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ONDE: Jardim Botânico
COM: @sigridz
Qualquer oportunidade para deixar a própria casa era mais que válida para Freyja, com ótimas desculpas para fugir das garras dos pais em cima de um casamento que ela não queria. Naquele dia, havia mentido com fervor sobre procurar flores com Sigrid, que entendia tão bem do assunto, para pensar em uma cartela para a celebração. A facilidade também se dava ao fato de os Hrafnkel adorarem a Briarsthorn e sua família, e mais que nunca, sua mãe queria que os bons costumes fossem enfiados na cabeça de Freyja. Em fingir, ela era ótima. Sendo para a fuga ou não, teria se encontrado com a amiga mesmo assim. Depois de Hexwood e da morte da imperatriz, tudo ficou embaralhado demais para que se comunicassem por cartas, a conversa sendo a melhor opção.
O problema é que Sigrid não falava. A forma com que a khajol encarava as flores como se nem estivesse dando atenção era algo inédito para Freyja, pensando demais em algo que fazia com que ela quisesse abrir o crânio de Sigrid para explorar tudo o que havia lá dentro. Se apoiou ao lado de uma pilastra, observando a amiga que nem parecia estar percebendo a sua presença. "Sigrid." Chamou uma vez, as sobrancelhas subindo sobre os olhos levemente caídos. "Da última vez que ficou tão quieta assim foi pela intoxicação alimentar que pegou Hexwood de uma só vez. Fazem anos." Não havia razão para esconder o quanto estava prestando atenção, genuinamente curiosa e preocupada. As duas pareciam estar em situações diferentes e ambas com complicações. O seon de Freyja aparecia e desaparecia conforme tinha vontade, mas não tinha visto sinal de Trevo por enquanto. Aquilo já era uma preocupação antiga de Freyja e sempre a fazia pensar mais um pouco. "Está se sentindo doente outra vez? Do que precisa?"
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Pouco acreditava que a visita aconteceria por ser adiada automaticamente em qualquer oportunidade, mas assentiu. A distância de seu lar implicava dificuldade para que amigos pudessem vê-la, sendo sempre ela a que acabava saindo por mais que insistisse. Não a incomodava totalmente, embora sentisse falta da presença de pessoas mais queridas que seus familiares que eram tão distantes quando estava por ali. "Um pouco. Não gosto muito do frio." Fez uma careta com a confissão, optando sempre por dias ensolarados para se colocar para fora do quarto, não deixando de afofar a neve conforme ele o fazia igualmente. "Um peito digno. Vamos fazer um boneco peitudo." Riu com a ideia infantil, quase contagiada pelo lado leve de Mikah. A pergunta feita, entretanto, a fez franzir o cenho. Sabia que o amigo tinha uma má fama por roubos, sempre estando na cena do crime sem querer, ou por querer. Ela não sabia a verdade dos fatos, apenas acreditava que ele era tão inofensivo quanto uma pluma. "Hm." Pensou um pouco pela primeira vez, tendo notado alguns olhos tortos há algumas semanas para eles quando conversavam em lugares mais cheios de pessoas. "O roubo é algo bem grave para fazer acusações sem fundamentos. Até mesmo contra os changelings precisamos ter cuidado. Tem alguém perseguindo você?" Estava curiosa para saber o que se passava e, se necessário, agir. "Mas as pessoas vão falar o que quiserem, Mikah. Se desconfiassem de você, o imperador teria feito alguma coisa para investigar... Eu acho." Era confusa sobre o posicionamento do império, parecendo mais silencioso que o normal diante dos ocorridos.
Não seria a primeira vez que alguém o cobrava por visitas. As próprias irmãs mal o viam o ano todo, mesmo seus pais por muitas vezes poucas notícias tinham do caçula. Esse era um de seus traços de personalidade problemáticos, se perdia tanto em livros e histórias que muitas vezes se esquecia de viver, e consequentemente, de visitar as pessoas queridas. - Eu vou sim, tá bem? Quem espera sempre alcança. E antes tarde do que nunca! - falou convicto, esperando que seus ditados populares passassem alguma confiança. - Que tal, nas próximas férias? - sugeriu, tentando melhorar as coisas para o seu lado conforme ia moldando o boneco de neve com cuidado, alisando a neve sem medo mesmo que os dedos estivessem endurecendo pelo contato direto. - Eu tenho alguma coisa em um baú, obrigado... Mas tem razão, vai ser difícil se acostumar, né? - disse dando um suspiro. Não queria ser mais uma pessoa bancando o detetive para descobrir o que houve com a pira, ou por qual motivo a neve caía ali, só esperava não ser culpado por isso. - Eu acredito que um barrigão, um peito modesto, e uma cabeça normal. O que acha? - perguntou enquanto terminava a bola gigante que deveria ser a barriga. Mikah então se sentou no chao, pegando um bocado de neve para juntar ao monte dela. Baixinho e até com vergonha, ele pronunciou as palavras que vinha temendo nos últimos dias, o motivo pelo qual estava mais pelos cantos do que de costume. - Ei... você acha que alguém vai dizer que fui eu dessa vez? - a pergunta era quase um choramingo. Estava cansado de boatos a seu respeito que não faziam sentido algum, e em Freyja via uma amizade com quem podia contar.
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ONDE: Rua de Vidro
COM: @twcfaced
Deu espaço a Elewen até que fosse chamada pela mesma, tendo enviado pelo menos duas cartas para lembrá-la de que tinha amigos do lado de fora que podiam oferecer um ombro amigo. Freyja ainda não tinha passado por uma situação de luto para saber o que ela sentia, mas imaginava como era a dor de ter algo arrancado de si, especialmente uma mãe decente. Até onde sabia, a imperatriz era ótima com as princesas, embora tivesse sua antipatia devido ao tratamento com os príncipes que ocupavam um espaço grande em seu coração.
Não insistira em ir a outro lugar quando um assassino estava à solta e com o alvo específico contra a família real, mas Elewen teve uma ideia melhor que foi aprovada: por que não levar Roderic para passear? Esperava pela amiga em sua outra forma não próxima do castelo, mas em uma das ruas mais famosas de Ânglia para que pudessem decidir qual seria o destino. Um pouco de ar fresco parecia ser uma boa ideia para quem vinha sendo sufocada por todos os cantos e, principalmente, por uma perda tão significante. Quando avistou Roderic, se aproximou dele rapidamente, puxando um pouco o capuz da capa que usava mais para se esconder de quem a visse andando com outro homem que qualquer outra coisa. "Oi, querido." Brincou com o cumprimento, contente por espantar as formalidades em públicos uma vez que a realeza verdadeira estava escondida. "Fez um bom trajeto? Sabe que podia ter aceitado companhia para vir até aqui." Suspirou, apertando o ombro antes de levá-lo consigo. "A cidade está mais quieta nos últimos dias. Podemos ir aonde quiser, e falar do que quiser também."
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ONDE: residência dos Hrafnkel
COM: @caelanessaex
Soube da notícia da visita do príncipe enquanto passava o tempo distraída no estaleiro naval, se ocupando com qualquer coisa que não fosse o falatório de sua mãe. O barco que estava sendo construído por ordem do pai não era mais extraordinário que os demais e serviria apenas para troca de mercadorias, como boa parte era. Com os lucros aumentando, a demanda também, e o inverno era o melhor momento para construí-los. Quando os rios descongelassem, teriam todo o transporte pronto para começar outra temporada. É claro que Caelan foi até o mesmo lugar que ela, conversando com os funcionários empolgados em mostrar a obra que estava sendo contruída em busca de um reconhecimento melhor.
A khajol observou em silêncio, sorrindo vez ou outra com a facilidade que Caelan tinha em falar com os plebeus, parecendo até mesmo um deles apenas pelo dialeto. Era de fato engraçadinho, só não podia pensar muito sobre a origem daquele aprendizado. Quando a conversa finalmente terminou, foi sua vez de chamar a atenção — não tinha certeza se ele já a tinha visto ali, ou sequer se estava procurando por si. Talvez quisesse dar uma boa explicação sobre o que acontecera no casamento ou celebrar a morte da imperatriz, algo em que ela acabaria o acompanhando também. "Alteza." Cumprimentou com o curvar leve, não muito tradicional, antes de voltar a se recostar na pilastra. "Não temos notícias de vocês desde o funeral. Como tem passado?" Tinha um toque de malícia na pergunta que acompanhou um sorriso curto, mas logo tratou de ficar séria outra vez. Não podia se deixar levar pela expectativa de algo que não aconteceria. Fora um erro. "Rapazes, é hora de fazer uma intervalo. Vossa Alteza quer discutir um assunto importante." Deu a ordem sem tirar os olhos dele, e rapidamente os homens a obedeceram. Os poucos que a respeitavam ao menos eram muito fieis.
"Do que está precisando?" A voz saiu um pouco mais baixa, na tentativa de instigar a razão da visita dele. Estava contando com tudo, menos com o que queria: que ele estava ali para vê-la, para tocá-la outra vez. Era mais racional pensar que o príncipe procuraria sua casa para algum favor, graças a aliança estranha que tinham entre as famílias. "Não deve ficar muito tempo. Sabe como as coisas acabam quando você aparece." Suspirou pensando na mãe que sempre se irritava com a mera sombra do Essaex, encarando os chão de madeira que exalava o cheiro de água salgada. Ela amava aquele cheiro. "Na verdade, não é um bom momento ao todo, Caelan."
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ONDE: Área externa da Estufa dos Presságios
COM: @princetwo
Era quase cômico como a Estufa dos Presságios vinha sendo evitada por qualquer um, até mesmo changelings. Ninguém queria ter borboletas pousando, nem mesmo na ponta dos sapatos, e assimilar algo com tudo o que acontecia. Mais perturbação era o ideal a se evitar no momento. Ao menos por isso, o ambiente estava vazio e só era possível ouvir os estalos dos galhos se rompendo conforme o gelo se desfazia apenas para se refazer durante a noite, perfeito para a conversa com o príncipe. "Pssss, Alteza." Chamou a atenção de Vincent com o sussurro gritado, andando até ele enquanto esfregava as mãos no próprio sobretudo branco e peludo, um arrepio frio correndo pelo pescoço. "Já sabe o que vou perguntar." Não tinha maneirismos para apresentar com um amigo de infância e que era próximo o suficiente para que fossem dispensados. A intimidade entre eles havia sido construída ao longo dos anos e Freyja tinha o péssimo hábito de protegê-lo mais do que devia. Sabia que, às vezes, Eirik tinha razão em praguejar sobre Vincent, mas não conseguia contrariá-lo por puro afeto. No momento, entretanto, estava desconfiada dele e do quanto ele poderia saber sobre os planos do imperador. O tempo dos príncipes estava chegando ao fim em Hexwood e logo teriam muito mais para fazer para com o império, parecendo quase criminoso pensar que eles não teriam conhecimento da declaração do próprio pai. "Você sabia daquilo? E concorda?" As dúvidas diretas e breves bastavam para que ele pudesse entender mais sobre o que achava: estava surpresa e em contradição consigo mesma. Havia sido criada para separar changelings e khajols para toda uma vida, porém, vinha criando vínculo com alguns changelings, alguns tendo sido também fruto daquele tipo de traição. Tudo estava bagunçado, assim como ela. Franziu o cenho com a expressão cansada de Vincent como se estivesse se vendo no espelho, reparando nos traços do outro pela primeira vez desde que se esbarraram no salão e combinaram o encontro com poucas palavras. "Ei. Tudo bem?"
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Queria sentir raiva dos changelings por tratarem os dragões como deuses, sabendo que, no lugar deles, faria até pior. Era impossível não compará-los e enaletecê-los diante de tamanha formorusa e pavor, especialmente pavor. "Ouvi dizer." Resmungou a resposta com a lembrança do encontro desagradável que tivera dias antes. "E porque vocês os alimentam bem, espero. Aprendi que gostam de ser reverenciados como forma de respeito e... nada mais. Ninguém parece ser fã de contar os segredos de um dragão para uma khajol xereta." Deu de ombros sem culpa por revelar seus modos baixos para com os rivais de sangue. Já havia tentado descobrir mais sobre as feras de todas as formas e pouco havia sobre que não passava do básico de sobrevivência nas bibliotecas. Ergueu as sobrancelhas levemente ofendida, a olhando de cima a baixo. "Prefere levar duas facadas a pedir ajuda a um khajol? Está fazendo isso agora, não está?"
Achou o conceito diferenciado, ponderando se nobres eram tão arrogantes assim, parte da ignorância de ser uma. Eram seus seons, seus aons, seus deuses... Nunca eles de outros, e por isso o Saturnália existia, embora optassem apenas pela parte boa. "Dragões podem escolher outro montador? Essa é novidade. Pensei que vocês os capturavam... colhiam os ovos em algum lugar, foi o que ouvi dizer." Franziu o cenho, levemente confusa. "É bonito, aliás. O jeito que você fala sobre." Não conteve o elogio, realmente impressionada pela oratória alheia. Deu um riso curto e balançou a cabeça. "É Saturnália. Ou Yule, como preferir. Fazer maldade com os outros está fora do padrão." Se levantou do banco, ficando de frente para ela. "Fora o fato de que um dragão alimentado é menos problema para todos." Tirou o pincel de dentro de um dos bolsos e o molhou na tinta que o acompanhava pendurado, desenhando o aon de intuição na própria palma rapidamente. "E então, como é esse porco? Vou ajudar você se já tiver desistido da facada."
Brynn riu brevemente, com aquele humor seco e levemente irônico que parecia ser sua marca registrada. "Quem quer que tenha dito isso não mentiu. Eu mesma já vi o que dragões são capazes de fazer." O tom de adoração em sua voz era evidente, contrastando com a franqueza das palavras. "É um bom ponto... a maioria dos dragões realmente não teria problema nenhum em nos transformar em jantar, se não fôssemos dignos. Respeito vai muito longe com eles, e, sinceramente, eles são criaturas fascinantes." Ela coçou a cabeça, olhando ao redor com uma expressão exasperada quando ouviu o tamanho do lugar onde teria que procurar. A ideia de passar a noite inteira atrás de um porco perdido parecia cada vez menos atraente. "Sabe..." começou, mas se interrompeu ao notar o olhar da outra, engolindo as palavras antes de confessar que não queria aceitar ajuda de um khajol. "Eu acho que prefiro duas facadas antes de..." Deixou a frase morrer no ar, balançando a cabeça.
Quando a outra insinuou que o dragão era dela, Brynn soltou uma risada curta, negando com a cabeça. "Meu?" repetiu, como se a ideia fosse ridícula. "É mais o contrário. Eu sou dele. Quando eu morrer, ele vai continuar vivendo, e com o tempo, vai encontrar outra pessoa digna de seu vínculo, de novo e de novo. Dragões não nos servem. Nós os servimos, e eles nos presenteiam com o elo. É um privilégio, não um direito." Ela fez uma careta ao pensar no espaço. Mesmo sendo um pouco menor que outros dragões, Khazmuda ainda era grande demais para caber ali sem causar um desastre. "Eu tive a leve impressão de que não ia dar certo. E bingo. Você matou a charada... mas vai me dedurar?"
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COM: @eirikhrafnkel
ONDE: Centro de Treinamento
A ideia de pedir ajuda para a única pessoa que não teria piedade de destrui-la em um duelo havia sido péssima desde o princípio, mas Freyja insistiu em aprender alguma coisa diferente por puro tédio. Tendo a plena consciência de que seu irmão seria seu maior pesadelo, sendo tão habilidoso naquela prática, não o faria novamente se não pudesse apenas observar. Limpou o suor com a manga da blusa, respirando fundo uma vez. "Que nojo." Retorceu os lábios uma vez, sentando-se no espaço e esticando as pernas. "De você." Retrucou antes que ele pudesse concordar. As runas que tinha desenhado nas próprias mãos para se lembrar de alguma coisa decente já estavam apagadas pela umidade e ela terminou de limpar nas próprias calças. Haviam poucos alunos por ali, changelings e khajols, e não conseguiu não encarar por pouco tempo. O roubo da pira havia espantado a maioria para brigas infundadas e que ela até concordava. Só podia ser um deles, mas não tinha tanta certeza assim. "Faz sentido se forem eles os ladrões para vingar o Cálice." Voltou o olhar para o gêmeo enquanto balançava os pés ainda extasiada pela adrenalina, ignorando a dupla de changelings por fim. "Mas faria mais sentido ainda se fosse alguém que sabe os segredos de Hexwood e como chegar até eles." A ideia não a confortava, acusar os seus era quase criminoso sem sua própria percepção. "Ouviu alguma coisa? Papai não responde minhas cartas há um tempo e não quero continuar implorando por atenção."
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ONDE: Baldwin’s General Wares
COM: @eirikhrafnkel
Freyja adorava fazer compras e colecionar mais besteiras do que já tinha, tendo sido seu passatempo com Eirik desde que eram adolescentes e se tornaram amigos do proprietário da loja mais bagunçada de todas em Zelaria, recebendo em primeira mão, até os dias de hoje, quando novidades chegavam. Garimpava como louca e enchia os braços de objetos, interessada por tudo o que via para usar de decoração, oferendas e até mesmo presentear. Não era exatamente um lugar digno de presente para a nobreza, mas o sentimentalismo com quem era próximo fazia valer a pena. Naquele dia, entretanto, estava pouco interessada, vendo um objeto ou outro sem prestar muita atenção.
Eirik, por outro lado, parecia se divertir, os ânimos vorazes pelo novo estoque de tantas coisas que se perdiam. Em um dos corredores da loja, pegou uma presilha enferrujada que daria um jeito de melhorar e colocou sobre a pilha do irmão, recostando-se na estante enquanto o assistia entediada. "Quanto tempo vai demorar?" Estava com a garganta entalada de coisas para falar e não era exatamente ali que esperou estar quando o convidou para um passeio longe de Hexwood, querendo confidencializar a informação de seu sonho até ter certeza de que não era a única; duvidava, especialmente com um sonho tão específico e lúcido. Se fosse a única, ninguém acreditaria. "Você já tem seis desse." Julgou enquanto ele avaliava um ovo bem desenhado em ouro e cristais falsos, o objeto decorativo sendo uma das maiores raivas de Freyja por não terem objetivo algum além de assentarem em uma estante qualquer. "Não acredito que vai começar outra coleção que nunca vai acabar. Isso se chama compulsão, sabia?"
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ONDE: Pátio Central
COM: @angusdelaunay
Como em toda boa tragédia, havia sempre alguém para erguer o circo. Não soube exatamente como havia ido parar ali, apenas seguiu a movimentação e logo se alojou nas escadaria para assistir a dois colegas khajols disputando com os pincéis sem razão alguma. A cada dia que passava, alguns pareciam querer se exibir mais agora que changelings perambulavam o lugar. Aquele era o caso oposto de Freyja, que preferia deixar um leque escondido na manga para não entregar o que sabia de melhor. Assistir, entretanto, a fazia aprender mais do que parecia e também a divertia de certa forma. "Se for entrar no meio, não vou apostar em você." Olhou para Angus a seu lado quando o vencedor do duelo chamou pelo próximo na plateia, que oscilava entra aplaudir e vaiar. "Ele está ganhando há três rodadas e parece adorar a atenção... O pior tipo de pessoa possível." Estremeceu uma vez, olhando para o pobre coitado que aceitou o desafio e seguindo a multidão com aplausos atrasados. "Pelo menos estamos entretidos longe do interior da academia. Não acredito na audácia de terem feito o que fizeram com o imperador aqui."
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O lado mais brincalhão e infantil de Gale trazia uma sutileza que Freyja precisava ter quando estava tensa, como agora. Não necessariamente preocupada, mas praticar magia sentindo a própria enfraquecida era um desafio e não havia mal algum em quebrar o gelo. Revirou os olhos para o moreno, reagindo bem ao apertão que ele havia dado com um passo largo para o lado. "Não quero reclamações quando der um aperto desses. Quanta falta de cavalheirismo, Gale." Retrucou com o amigo, mesmo que a intimidade permitisse tal atitude.
"Não tenho intenção alguma de causar ferimentos em mim mesma para praticar, mas posso usar outros por aí." Suspirou com a possibilidade. Não era exatamente ético, só não faria mal se aproveitar de momentos oportunos para tentar algo novo. Curar não era o forte de Freyja, sendo mais prática com a defensiva. Abrir novas portas era um bom começo para melhorar outras aptidões. Olhou para o teto e conseguia imaginar os pingos caírem sobre seu rosto, adorando a sensação falsa e desejando tê-la se não fosse pela neve. "Você esconde mais segredos do que parece, hm? Por que nunca fez chover para mim?" Dramatizou falsamente enquanto o acompanhava no movimento lento, tentando imitar os trejeitos à sua maneira. "Costumo desenhar nas mãos quando treino um pouco além do normal. Preciso arranjar bons combos que funcionem... E se não funcionarem, tudo bem, certo? Melhor que explodir em combate." Fez uma careta antes de estender o braço a ele, pensando um pouco à respeito. "Preciso mudar a estratégia. Posso tentar aprisionar? Farei o meu melhor para não criar uma corrente mágica forte demais... Ou tão ridícula que vai ser possível atravessar os vãos."

Era fácil desenhar aquela expressão em seu semblante com Freyja: a de compreensão, sem tantos adendos ou vírgulas, só um silêncio velado de quem parecia partilhar da mesma substância de pensamento. Assim, assentindo com a cabeça, Gale só acrescentou baixinho, mais por reflexo que por necessidade de ser escutado: "Teoricamente falando, estamos vivendo muitos 'isso é impossível' nesses dias." Com um suspiro, girou ao redor dela e apertou-lhe os ombros uma, duas vezes apenas, em massagem amistosa. "Tudo bem. Você tem o dom de ser ainda bem tragável mesmo mal-humorada", e o comentário engraçadinho, haha foi complementado por um apertão um tanto mais forte, quase como para fazê-la se saltar, se mexer um pouco. Se estivessem jogando como faziam nos invernos do continente, provavelmente teria jogado uma bola de neve nela.
"Pra ser sincero, esses tempos turbulentos podem servir nesse treino curativo. Não faltam cobaias", tamanhas eram as disputas infantis entre os dois lados com machucados leves", e significa que você não tem que ficar, sei lá, se acidentando pra testá-los." Ele não pôde deixar de sorrir, estalando os próprios dedos como se os aquecesse, porque havia um quê gostoso de reconhecimento quando explicava algo e suas palavras eram facilmente assimiladas por alguém tão inteligente quanto Freyja. "Eu adoro mexer com o espaço. Você ficaria surpresa com quanta chuva pode caber numa sala." Sua risada se espalhou no silêncio, ecoante. "Sim, o de coragem é ótimo. Eu começo por aqui", e se posicionou ao lado dela, quase convidando-a para que o espelhasse", e faço assim pra…", continuou, explicando enquanto se movimentava mais lentamente que o normal, de forma didática. "E o que mais adoro também é combinar. Tipo, coragem? Funciona muito bem com proteção, com equilíbrio, com aprisionar ou possuir se você desenhar em si mesma antes de algum embate que sabe que vai ter…", e esticou a mão em direção à dela, pedindo permissão para praticamente tatuá-la com o sacro cardo, em um procedimento que já fizera tantas vezes consigo mesmo antes de aprontar alguma pela academia. "Ou intuição também. Qual vai ser a pedida da vez?"
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COM: @rhyscolmain
ONDE: Moinho dos Fen
"Se pedir muito para Heimdall, ele te mostra todos os segredos do mundo?" Perguntou descontraída, aproveitando o vento que vinha das hélices do moinho sobre seu rosto. Não era um dia necessariamente quente e o vento era um pouco cortante, embora tivesse o frescor ideal para dar um conforto. Já estava começando a anoitecer e após um tempo de estudos, Freyja decidiu que era hora de descansar a mente deitando sobre as folhas que caíram das árvores ao longo do dia. "Ou nem todos os segredos, só os mais interessantes." Deu de ombros na mesma posição, o lábio inferior franzindo-se um pouco para formar um bico. Odiava se sentir intrigada e odiava mais ainda quando as coisas aconteciam longe de seu olhar, de maneira que não conseguia perceber o que havia por trás. "Mas honestamente, preferiria saber uma fofoca podre do baile ao invés do paradeiro da pira. Como pode uma situação ser tão cansativa?"
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ONDE: Porta das Criptas
COM: @aemmc
As criptas eram silenciosas por si só, fosse pela falta de afeição pelo lugar ou pela energia mais tensa que o normal. Para Freyja, não era um problema. Não se sentia intimidada pelo lugar e até gostava de perambular quando queria esvaziar a cabeça de tanto falatório. Aquele era um dia daqueles, onde pagava o preço por querer saber demais e meter o nariz onde não era chamada. Havia ficado obcecada com o sumiço da pira, assim como ficara com o cálice no primeiro dia — logo passou por dar pouca importância para o lado changeling de tudo —, e as informações incertas a irritavam por demais. Não tinha o intuito de passar pelos assentos do lado de fora do lugar, mas não conseguiu conter os passos na direção quando viu que era Aemma quem ocupava um dos bancos largos. Para a falta de sorte da morena, Freyja tinha um atrativo forte que quase a tirava do sério, especialmente quando suas provocações eram respondidas de alguma forma. "Está esperando por alguém?" Perguntou com o sorriso discreto pintado nos lábios rosados. "Ou evitando que alguém xereta apareça?" Fez uma careta referindo-se à própria presença.
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ONDE: Boticário
COM: @zaydvn
A figura do changeling chamou a atenção de Freyja de imediato por lembrar de todos os detalhes sobre ele: não tinha um dragão, era mais inteligente que qualquer outra pessoa e tinha a habilidade como curandeiro atiçada. Sobre a última parte, não tinha tanta certeza, emobora pelo tempo infinito que o viu na biblioteca de Hexwood gostasse de pensar que sim e que seria um ótimo aliado para o seu problema atual. Seria difícil abordá-lo com discrição e agradeceu aos deuses pela sorte de vê-lo entrar no boticário, pensando em que materiais ele compraria daquela vez e que remédios conseguiria fazer. Até estava curiosa para perguntar sobre como andava o acampamento. Esperou que o balconista entrasse no estoque para entrar na loja, andando por entre as prateleiras até alcançá-lo sem saber nem para o que estava olhando a não ser extratos e... só. Era uma negação com aquela parte. "Zayden." Chamou e abriu um sorriso amistoso para não assustá-lo demais. "Conseguiu uma folga do acampamento para as compras? Imagino que esteja com muito a fazer depois do... ocorrido." Não quis mencionar a morte da imperatriz pelo cansaço que tinha sobre o assunto. "Na verdade, não sei como funciona a escala de vocês. Fico feliz em ver você por aqui, mesmo."
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Optou por ficar em silêncio enquanto um dos curandeiros falava sem parar, mal dando tempo para que ela abrisse a boca. Após a frase nada amigável de Thorn, um sorriso se abriu nos lábios da khajol que finalmente tomou coragem de se aproximar, os olhos levemente cerrados. “É assim que fala com uma amiga?” Não sabia ao certo que tipo de relação tinha com o changeling, mas Freyja gostava dele. Gostava de quando conversavam e gostava de como não sentia medo algum do dragão que ele montava, achando-a um tanto graciosa e menos ameaçadora, ou talvez fosse apenas sua confiança nele que a deixava mais confortável. Não tinha visto o ataque e nem participado, tendo as informações sobre o ocorrido quando fumaça subia em bicos pelos céus. O pouco que ficou sabendo bastou para que ela fosse atrás de seus amigos mais próximos, preocupando-se e querendo saber mais. “Você deve ser muito corajoso mesmo.” Brincou com um leve divertimento, mas querendo mostrar a ele que não precisava daquelas cerimônias para se garantir, pois acreditava e estava ali puramente por afeto. “É bom te ver inteiro. Como está Azula?” Perguntou com o olhar baixo, sem saber ao certo se o que tinha ouvido sobre eles eram apenas rumores ou fora literal. “Não estava por perto e não faço ideia do que aconteceu, mas as pessoas estão falando bem de vocês. Todos vocês. Não sei se devo me considerar sortuda ou não por ter estado tão longe, mas queria ter visto o que aconteceu com o panteão nórdico na hora. Melian é... imprevisível demais para Thor.”
ᴇꜱꜱᴇ É ᴜᴍ ꜱᴛᴀʀᴛᴇʀ ᴀʙᴇʀᴛᴏ (ᴠÁʟɪᴅᴏ ᴘᴀʀᴀ ᴄʜᴀɴɢᴇʟɪɴɢꜱ ᴇ ᴋʜᴀᴊᴏʟꜱ)
Thorn sentia que sua cabeça poderia explodir a qualquer momento. O changeling sentia um misto de emoções difíceis de descrever e nomear, mas, não mudava o fato de que ele ainda estava atônito perante o ataque que tinha acabado de vivenciar. Recordava-se perfeitamente de tentar fazer algo para ajudar e como em questões de segundos a situação tinha se transformado em um verdadeiro caos. Num momento estava lá alcançando o rasgo do véu, em outro estava no sufocante hálito venenoso da serpente e sua última lembrança era do chão se aproximar rapidamente até o mundo escurecer. “Eu já disse que estou bem”, enfatizou para MUSE, que não parava de falar em sua cabeça. A maior preocupação de Trinket era com Azula, queria garantir que a Flamion ficasse bem — através do laço que compartilhavam, o cavaleiro conseguiu sentir o mesmo medo que ela; o sentimento de desespero era algo latente em seu coração. Uma coisa era certa: para um dragão de pequeno porte, até que Azula era dotada de uma coragem imensa. “Já sobrevivi a coisas piores, ok? Então, poupe seu trabalho e me deixe em paz”, disse rispidamente, sem muita paciência para escutar o falatório em sua cabeça.
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ONDE: jardim da residência dos Yi
COM: @thclioness
Brianna e Freyja tinham em comum o lar conturbado, com fantasmas e monstros por todos os lados, dispostos a perturbá-las quando bem queriam. As famílias nobres de um modo geral pareciam muito piores que boa parte das changelings, mesmo que a maioria deles não tivesse uma família de verdade. Freyja vinha percebendo a discrepância agora que vivenciada o que considerava tortura dia após dia. Não bastava a imperatriz falecer, também havia Hexwood os colocando para fora no pior momento possível. Passou os cabelos para trás da orelha, aconchegando-se um pouco mais no sobretudo que usava sobre o vestido logo em seguida. "Sinto muito ter vindo sem avisar." Pediu para a amiga assim que ficaram sozinhas, não confiando nem nos serviçais da casa.
Era grata por morar perto o suficiente de Brianna para poder ir com poucos recursos, e o trajeto não durava vinte minutos com o transporte certo. Sua casa fora o primeiro refúgio em que conseguiu pensar quando a mãe passou a rondá-la com as exigências de damas de honra, ao mesmo tempo em que ela mesma as escolhia. "Precisava fugir do meu pesadelo que acontece enquanto fico acordada, embora não seja o único." A amiga já sabia detalhes de suas visões e as consequências. Freyja só não tinha as olheiras mais profundas porque estava usando os truques de maquiagem que Brianna havia ensinado. "Como você está? Pensei em escrever, mas não deu tempo. Fiquei ocupada fingindo que escrevia meus votos de casamento."
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ONDE: salão do casamento
COM: @ethcl
A changeling tinha um lugar especial na lista de relacionamentos de Freyja. Desde as festas de fim de ano, vinham trocando livros e cartas, sempre contando suas opiniões, resenhas e até jogando um pouco de conversa fora. Com os dias corridos em Hexwood, mal tinham tempo de se verem além de nos corredores, e todas as vezes que tentavam combinar uma leitura coletiva decente, a qual Freyja tinha considerado até convidar Brianna e Sigrid para participar, algo ocorria e atropelava qualquer chance. Aquela era, provavelmente, a primeira vez que via Ethel sem ninguém a alugando, embora a tivesse visto cochichar algo com Eirik — tinha prestado pouca atenção, na verdade, preocupada com outros assuntos que a estavam atormentando. Se aproximou da morena, contente por ser alguém completamente excluída de seu círculo social. Pelo menos teria um assunto diferente para puxar. "Senhorita." Tocou o braço para chamar a atenção, estendendo a ela um dos copos com a bebida cor de rosa tão sem vinda quanto a falta de álcool. "É bom ver você e poder conversar de verdade. Quase fiquei enciumada quando vi você conversar com minha cópia e não comigo." Apontou na direção do gêmeo do outro lado, interagindo com outras pessoas. "Não que eu esteja desacostumada a dividir tudo com o único gêmeo que tenho." Brincou com um piscar de olhos, aliviada pelo fim da tensão que tinha com o irmão, ou assim pensava. Agora, tinham outros problemas. "Veio acompanhada com seu noivo? Irmão? Amigo?" Não via sinal do changeling que estava por perto de Ethel até então, sorrindo satisfeita. "Aposto que ele não vai se importar em te emprestar uns minutinhos."
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