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COM: @eirikhrafnkel
ONDE: Centro de Treinamento
A ideia de pedir ajuda para a única pessoa que não teria piedade de destrui-la em um duelo havia sido péssima desde o princípio, mas Freyja insistiu em aprender alguma coisa diferente por puro tédio. Tendo a plena consciência de que seu irmão seria seu maior pesadelo, sendo tão habilidoso naquela prática, não o faria novamente se não pudesse apenas observar. Limpou o suor com a manga da blusa, respirando fundo uma vez. "Que nojo." Retorceu os lábios uma vez, sentando-se no espaço e esticando as pernas. "De você." Retrucou antes que ele pudesse concordar. As runas que tinha desenhado nas próprias mãos para se lembrar de alguma coisa decente já estavam apagadas pela umidade e ela terminou de limpar nas próprias calças. Haviam poucos alunos por ali, changelings e khajols, e não conseguiu não encarar por pouco tempo. O roubo da pira havia espantado a maioria para brigas infundadas e que ela até concordava. Só podia ser um deles, mas não tinha tanta certeza assim. "Faz sentido se forem eles os ladrões para vingar o Cálice." Voltou o olhar para o gêmeo enquanto balançava os pés ainda extasiada pela adrenalina, ignorando a dupla de changelings por fim. "Mas faria mais sentido ainda se fosse alguém que sabe os segredos de Hexwood e como chegar até eles." A ideia não a confortava, acusar os seus era quase criminoso sem sua própria percepção. "Ouviu alguma coisa? Papai não responde minhas cartas há um tempo e não quero continuar implorando por atenção."
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Pouco acreditava que a visita aconteceria por ser adiada automaticamente em qualquer oportunidade, mas assentiu. A distância de seu lar implicava dificuldade para que amigos pudessem vê-la, sendo sempre ela a que acabava saindo por mais que insistisse. Não a incomodava totalmente, embora sentisse falta da presença de pessoas mais queridas que seus familiares que eram tão distantes quando estava por ali. "Um pouco. Não gosto muito do frio." Fez uma careta com a confissão, optando sempre por dias ensolarados para se colocar para fora do quarto, não deixando de afofar a neve conforme ele o fazia igualmente. "Um peito digno. Vamos fazer um boneco peitudo." Riu com a ideia infantil, quase contagiada pelo lado leve de Mikah. A pergunta feita, entretanto, a fez franzir o cenho. Sabia que o amigo tinha uma má fama por roubos, sempre estando na cena do crime sem querer, ou por querer. Ela não sabia a verdade dos fatos, apenas acreditava que ele era tão inofensivo quanto uma pluma. "Hm." Pensou um pouco pela primeira vez, tendo notado alguns olhos tortos há algumas semanas para eles quando conversavam em lugares mais cheios de pessoas. "O roubo é algo bem grave para fazer acusações sem fundamentos. Até mesmo contra os changelings precisamos ter cuidado. Tem alguém perseguindo você?" Estava curiosa para saber o que se passava e, se necessário, agir. "Mas as pessoas vão falar o que quiserem, Mikah. Se desconfiassem de você, o imperador teria feito alguma coisa para investigar... Eu acho." Era confusa sobre o posicionamento do império, parecendo mais silencioso que o normal diante dos ocorridos.
Não seria a primeira vez que alguém o cobrava por visitas. As próprias irmãs mal o viam o ano todo, mesmo seus pais por muitas vezes poucas notícias tinham do caçula. Esse era um de seus traços de personalidade problemáticos, se perdia tanto em livros e histórias que muitas vezes se esquecia de viver, e consequentemente, de visitar as pessoas queridas. - Eu vou sim, tá bem? Quem espera sempre alcança. E antes tarde do que nunca! - falou convicto, esperando que seus ditados populares passassem alguma confiança. - Que tal, nas próximas férias? - sugeriu, tentando melhorar as coisas para o seu lado conforme ia moldando o boneco de neve com cuidado, alisando a neve sem medo mesmo que os dedos estivessem endurecendo pelo contato direto. - Eu tenho alguma coisa em um baú, obrigado... Mas tem razão, vai ser difícil se acostumar, né? - disse dando um suspiro. Não queria ser mais uma pessoa bancando o detetive para descobrir o que houve com a pira, ou por qual motivo a neve caía ali, só esperava não ser culpado por isso. - Eu acredito que um barrigão, um peito modesto, e uma cabeça normal. O que acha? - perguntou enquanto terminava a bola gigante que deveria ser a barriga. Mikah então se sentou no chao, pegando um bocado de neve para juntar ao monte dela. Baixinho e até com vergonha, ele pronunciou as palavras que vinha temendo nos últimos dias, o motivo pelo qual estava mais pelos cantos do que de costume. - Ei... você acha que alguém vai dizer que fui eu dessa vez? - a pergunta era quase um choramingo. Estava cansado de boatos a seu respeito que não faziam sentido algum, e em Freyja via uma amizade com quem podia contar.
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ONDE: Baldwin’s General Wares
COM: @eirikhrafnkel
Freyja adorava fazer compras e colecionar mais besteiras do que já tinha, tendo sido seu passatempo com Eirik desde que eram adolescentes e se tornaram amigos do proprietário da loja mais bagunçada de todas em Zelaria, recebendo em primeira mão, até os dias de hoje, quando novidades chegavam. Garimpava como louca e enchia os braços de objetos, interessada por tudo o que via para usar de decoração, oferendas e até mesmo presentear. Não era exatamente um lugar digno de presente para a nobreza, mas o sentimentalismo com quem era próximo fazia valer a pena. Naquele dia, entretanto, estava pouco interessada, vendo um objeto ou outro sem prestar muita atenção.
Eirik, por outro lado, parecia se divertir, os ânimos vorazes pelo novo estoque de tantas coisas que se perdiam. Em um dos corredores da loja, pegou uma presilha enferrujada que daria um jeito de melhorar e colocou sobre a pilha do irmão, recostando-se na estante enquanto o assistia entediada. "Quanto tempo vai demorar?" Estava com a garganta entalada de coisas para falar e não era exatamente ali que esperou estar quando o convidou para um passeio longe de Hexwood, querendo confidencializar a informação de seu sonho até ter certeza de que não era a única; duvidava, especialmente com um sonho tão específico e lúcido. Se fosse a única, ninguém acreditaria. "Você já tem seis desse." Julgou enquanto ele avaliava um ovo bem desenhado em ouro e cristais falsos, o objeto decorativo sendo uma das maiores raivas de Freyja por não terem objetivo algum além de assentarem em uma estante qualquer. "Não acredito que vai começar outra coleção que nunca vai acabar. Isso se chama compulsão, sabia?"
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ONDE: Pátio Central
COM: @angusdelaunay
Como em toda boa tragédia, havia sempre alguém para erguer o circo. Não soube exatamente como havia ido parar ali, apenas seguiu a movimentação e logo se alojou nas escadaria para assistir a dois colegas khajols disputando com os pincéis sem razão alguma. A cada dia que passava, alguns pareciam querer se exibir mais agora que changelings perambulavam o lugar. Aquele era o caso oposto de Freyja, que preferia deixar um leque escondido na manga para não entregar o que sabia de melhor. Assistir, entretanto, a fazia aprender mais do que parecia e também a divertia de certa forma. "Se for entrar no meio, não vou apostar em você." Olhou para Angus a seu lado quando o vencedor do duelo chamou pelo próximo na plateia, que oscilava entra aplaudir e vaiar. "Ele está ganhando há três rodadas e parece adorar a atenção... O pior tipo de pessoa possível." Estremeceu uma vez, olhando para o pobre coitado que aceitou o desafio e seguindo a multidão com aplausos atrasados. "Pelo menos estamos entretidos longe do interior da academia. Não acredito na audácia de terem feito o que fizeram com o imperador aqui."
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COM: @rhyscolmain
ONDE: Moinho dos Fen
"Se pedir muito para Heimdall, ele te mostra todos os segredos do mundo?" Perguntou descontraída, aproveitando o vento que vinha das hélices do moinho sobre seu rosto. Não era um dia necessariamente quente e o vento era um pouco cortante, embora tivesse o frescor ideal para dar um conforto. Já estava começando a anoitecer e após um tempo de estudos, Freyja decidiu que era hora de descansar a mente deitando sobre as folhas que caíram das árvores ao longo do dia. "Ou nem todos os segredos, só os mais interessantes." Deu de ombros na mesma posição, o lábio inferior franzindo-se um pouco para formar um bico. Odiava se sentir intrigada e odiava mais ainda quando as coisas aconteciam longe de seu olhar, de maneira que não conseguia perceber o que havia por trás. "Mas honestamente, preferiria saber uma fofoca podre do baile ao invés do paradeiro da pira. Como pode uma situação ser tão cansativa?"
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Queria sentir raiva dos changelings por tratarem os dragões como deuses, sabendo que, no lugar deles, faria até pior. Era impossível não compará-los e enaletecê-los diante de tamanha formorusa e pavor, especialmente pavor. "Ouvi dizer." Resmungou a resposta com a lembrança do encontro desagradável que tivera dias antes. "E porque vocês os alimentam bem, espero. Aprendi que gostam de ser reverenciados como forma de respeito e... nada mais. Ninguém parece ser fã de contar os segredos de um dragão para uma khajol xereta." Deu de ombros sem culpa por revelar seus modos baixos para com os rivais de sangue. Já havia tentado descobrir mais sobre as feras de todas as formas e pouco havia sobre que não passava do básico de sobrevivência nas bibliotecas. Ergueu as sobrancelhas levemente ofendida, a olhando de cima a baixo. "Prefere levar duas facadas a pedir ajuda a um khajol? Está fazendo isso agora, não está?"
Achou o conceito diferenciado, ponderando se nobres eram tão arrogantes assim, parte da ignorância de ser uma. Eram seus seons, seus aons, seus deuses... Nunca eles de outros, e por isso o Saturnália existia, embora optassem apenas pela parte boa. "Dragões podem escolher outro montador? Essa é novidade. Pensei que vocês os capturavam... colhiam os ovos em algum lugar, foi o que ouvi dizer." Franziu o cenho, levemente confusa. "É bonito, aliás. O jeito que você fala sobre." Não conteve o elogio, realmente impressionada pela oratória alheia. Deu um riso curto e balançou a cabeça. "É Saturnália. Ou Yule, como preferir. Fazer maldade com os outros está fora do padrão." Se levantou do banco, ficando de frente para ela. "Fora o fato de que um dragão alimentado é menos problema para todos." Tirou o pincel de dentro de um dos bolsos e o molhou na tinta que o acompanhava pendurado, desenhando o aon de intuição na própria palma rapidamente. "E então, como é esse porco? Vou ajudar você se já tiver desistido da facada."
Brynn riu brevemente, com aquele humor seco e levemente irônico que parecia ser sua marca registrada. "Quem quer que tenha dito isso não mentiu. Eu mesma já vi o que dragões são capazes de fazer." O tom de adoração em sua voz era evidente, contrastando com a franqueza das palavras. "É um bom ponto... a maioria dos dragões realmente não teria problema nenhum em nos transformar em jantar, se não fôssemos dignos. Respeito vai muito longe com eles, e, sinceramente, eles são criaturas fascinantes." Ela coçou a cabeça, olhando ao redor com uma expressão exasperada quando ouviu o tamanho do lugar onde teria que procurar. A ideia de passar a noite inteira atrás de um porco perdido parecia cada vez menos atraente. "Sabe..." começou, mas se interrompeu ao notar o olhar da outra, engolindo as palavras antes de confessar que não queria aceitar ajuda de um khajol. "Eu acho que prefiro duas facadas antes de..." Deixou a frase morrer no ar, balançando a cabeça.
Quando a outra insinuou que o dragão era dela, Brynn soltou uma risada curta, negando com a cabeça. "Meu?" repetiu, como se a ideia fosse ridícula. "É mais o contrário. Eu sou dele. Quando eu morrer, ele vai continuar vivendo, e com o tempo, vai encontrar outra pessoa digna de seu vínculo, de novo e de novo. Dragões não nos servem. Nós os servimos, e eles nos presenteiam com o elo. É um privilégio, não um direito." Ela fez uma careta ao pensar no espaço. Mesmo sendo um pouco menor que outros dragões, Khazmuda ainda era grande demais para caber ali sem causar um desastre. "Eu tive a leve impressão de que não ia dar certo. E bingo. Você matou a charada... mas vai me dedurar?"
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ONDE: Porta das Criptas
COM: @aemmc
As criptas eram silenciosas por si só, fosse pela falta de afeição pelo lugar ou pela energia mais tensa que o normal. Para Freyja, não era um problema. Não se sentia intimidada pelo lugar e até gostava de perambular quando queria esvaziar a cabeça de tanto falatório. Aquele era um dia daqueles, onde pagava o preço por querer saber demais e meter o nariz onde não era chamada. Havia ficado obcecada com o sumiço da pira, assim como ficara com o cálice no primeiro dia — logo passou por dar pouca importância para o lado changeling de tudo —, e as informações incertas a irritavam por demais. Não tinha o intuito de passar pelos assentos do lado de fora do lugar, mas não conseguiu conter os passos na direção quando viu que era Aemma quem ocupava um dos bancos largos. Para a falta de sorte da morena, Freyja tinha um atrativo forte que quase a tirava do sério, especialmente quando suas provocações eram respondidas de alguma forma. "Está esperando por alguém?" Perguntou com o sorriso discreto pintado nos lábios rosados. "Ou evitando que alguém xereta apareça?" Fez uma careta referindo-se à própria presença.
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ONDE: Lago Oeste
COM: @caelanessaex
Desde a retomada da amizade, ou o que quer que fosse aquilo, Freyja tentou ser mais flexível para receber Caelan de volta em seu cotidiano. No fundo, estava satisfeita com o resultado, mas não feliz. Caelan ainda era errático e confuso quando queria, além de ter o orgulho tão grande quanto o dela, que fazia com que eles se chocassem com frequência. Por outro lado, era melhor tê-lo do que não tê-lo de maneira alguma, e mesmo se fosse para discutir besteiras sem o peso de uma briga verdadeira, se sentia menos vazia. O lado bom de ter chegado ao lago mais cedo era poder escolher o lugar que queria, e tudo virou uma bagunça em questão de segundos: estava em quatro patas com pelos curtos e os sentidos aguçados. As narinas felinas conseguiam sentir o cheiro de peixe debaixo do lago congelado pela metade e tentou controlar a impulsividade de mergulhar nas águas, mas o instinto animal foi muito mais forte do que qualquer outra coisa. Logo estava debaixo da água, procurando por algum peixe para pegar entre as presas afiadas de gato-caçador e precisou voltar à superfício diversas vezes. Se afogou, voltou para água e se afogou de novo, e de novo. A cena era cômica e triste. A vitória veio: havia conseguido um peixe pequeno que foi estraçalhado pela sua falta de modos e o largou em qualquer lugar na neve, sem interesse em comê-lo. A mente de gato entrou em combustão e Freyja voltou à si deitada na neve rasa, sentindo o peito congelar pelo contato. Ficou de pé rapidamente, praguejando contra si mesma pelo ocorrido enquanto tentava se aquecer outra vez, até ver Caelan a encarando como se estivesse bêbado — a parte ruim é que poderia mesmo estar —, assistindo a algo surreal. "Você viu isso?" Lutava para não choramingar, frustrada. "Eu peguei o peixe. Com minha boca."
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ONDE: Corredor
COM: @mxgicmikah
O caos estava instaurado desde que os khajols começaram a se transformar em animais durante as aulas sem explicações. Após sair da sala às pressas, descobriu que changelings também pareciam ter seus próprios problemas embora fossem mais... graciosos de se lidar. Freyja preferiria ter a magia sem ter que usar o pincel do que virar um animal de repente. Para sua sorte e confusão, nada havia acontecido consigo até então, mas podia ver os rostos assustados e imaginava que o seu não diferia da situação. Estava um tanto perdida na bagunça até finalmente avistar Mikah, para quem estendeu a mão para ser puxada para longe do amontoado de alunos falando mais alto que a própria voz. "Que merda." Praguejou em voz alta, tentando sair da roda cheia quando um professor se transformou em uma gazela.
Os olhos se arregalaram enquanto todos se afastavam do bicho, vez ou outra, alguns se manifestando da mesma forma e voltando para quem eram como se fosse absurdamente fácil. Ao menos estava longe do centro, mas a respiração ofegante não escondia seu pavor. "Dá pra acreditar? Um professor também!" Buscou refúgio no amigo. Parecia uma grande piada ou um castigo. "Você também criou patas ou asas de repente? Não aconteceu nada comigo." Pensava que era obra dos deuses de muito mau gosto e, se fosse, estaria fazendo alguma coisa certa, entretanto, sabia que pensava assim para se consolar.
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O lado mais brincalhão e infantil de Gale trazia uma sutileza que Freyja precisava ter quando estava tensa, como agora. Não necessariamente preocupada, mas praticar magia sentindo a própria enfraquecida era um desafio e não havia mal algum em quebrar o gelo. Revirou os olhos para o moreno, reagindo bem ao apertão que ele havia dado com um passo largo para o lado. "Não quero reclamações quando der um aperto desses. Quanta falta de cavalheirismo, Gale." Retrucou com o amigo, mesmo que a intimidade permitisse tal atitude.
"Não tenho intenção alguma de causar ferimentos em mim mesma para praticar, mas posso usar outros por aí." Suspirou com a possibilidade. Não era exatamente ético, só não faria mal se aproveitar de momentos oportunos para tentar algo novo. Curar não era o forte de Freyja, sendo mais prática com a defensiva. Abrir novas portas era um bom começo para melhorar outras aptidões. Olhou para o teto e conseguia imaginar os pingos caírem sobre seu rosto, adorando a sensação falsa e desejando tê-la se não fosse pela neve. "Você esconde mais segredos do que parece, hm? Por que nunca fez chover para mim?" Dramatizou falsamente enquanto o acompanhava no movimento lento, tentando imitar os trejeitos à sua maneira. "Costumo desenhar nas mãos quando treino um pouco além do normal. Preciso arranjar bons combos que funcionem... E se não funcionarem, tudo bem, certo? Melhor que explodir em combate." Fez uma careta antes de estender o braço a ele, pensando um pouco à respeito. "Preciso mudar a estratégia. Posso tentar aprisionar? Farei o meu melhor para não criar uma corrente mágica forte demais... Ou tão ridícula que vai ser possível atravessar os vãos."
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/febad238b3d2b515defaab502dc44ec0/5ac5386dd5a1b4dc-86/s540x810/0b5f14ff8fb0d6e07c971904169d78f5440c816f.jpg)
Era fácil desenhar aquela expressão em seu semblante com Freyja: a de compreensão, sem tantos adendos ou vírgulas, só um silêncio velado de quem parecia partilhar da mesma substância de pensamento. Assim, assentindo com a cabeça, Gale só acrescentou baixinho, mais por reflexo que por necessidade de ser escutado: "Teoricamente falando, estamos vivendo muitos 'isso é impossível' nesses dias." Com um suspiro, girou ao redor dela e apertou-lhe os ombros uma, duas vezes apenas, em massagem amistosa. "Tudo bem. Você tem o dom de ser ainda bem tragável mesmo mal-humorada", e o comentário engraçadinho, haha foi complementado por um apertão um tanto mais forte, quase como para fazê-la se saltar, se mexer um pouco. Se estivessem jogando como faziam nos invernos do continente, provavelmente teria jogado uma bola de neve nela.
"Pra ser sincero, esses tempos turbulentos podem servir nesse treino curativo. Não faltam cobaias", tamanhas eram as disputas infantis entre os dois lados com machucados leves", e significa que você não tem que ficar, sei lá, se acidentando pra testá-los." Ele não pôde deixar de sorrir, estalando os próprios dedos como se os aquecesse, porque havia um quê gostoso de reconhecimento quando explicava algo e suas palavras eram facilmente assimiladas por alguém tão inteligente quanto Freyja. "Eu adoro mexer com o espaço. Você ficaria surpresa com quanta chuva pode caber numa sala." Sua risada se espalhou no silêncio, ecoante. "Sim, o de coragem é ótimo. Eu começo por aqui", e se posicionou ao lado dela, quase convidando-a para que o espelhasse", e faço assim pra…", continuou, explicando enquanto se movimentava mais lentamente que o normal, de forma didática. "E o que mais adoro também é combinar. Tipo, coragem? Funciona muito bem com proteção, com equilíbrio, com aprisionar ou possuir se você desenhar em si mesma antes de algum embate que sabe que vai ter…", e esticou a mão em direção à dela, pedindo permissão para praticamente tatuá-la com o sacro cardo, em um procedimento que já fizera tantas vezes consigo mesmo antes de aprontar alguma pela academia. "Ou intuição também. Qual vai ser a pedida da vez?"
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ONDE: Área externa da Estufa dos Presságios
COM: @princetwo
Era quase cômico como a Estufa dos Presságios vinha sendo evitada por qualquer um, até mesmo changelings. Ninguém queria ter borboletas pousando, nem mesmo na ponta dos sapatos, e assimilar algo com tudo o que acontecia. Mais perturbação era o ideal a se evitar no momento. Ao menos por isso, o ambiente estava vazio e só era possível ouvir os estalos dos galhos se rompendo conforme o gelo se desfazia apenas para se refazer durante a noite, perfeito para a conversa com o príncipe. "Pssss, Alteza." Chamou a atenção de Vincent com o sussurro gritado, andando até ele enquanto esfregava as mãos no próprio sobretudo branco e peludo, um arrepio frio correndo pelo pescoço. "Já sabe o que vou perguntar." Não tinha maneirismos para apresentar com um amigo de infância e que era próximo o suficiente para que fossem dispensados. A intimidade entre eles havia sido construída ao longo dos anos e Freyja tinha o péssimo hábito de protegê-lo mais do que devia. Sabia que, às vezes, Eirik tinha razão em praguejar sobre Vincent, mas não conseguia contrariá-lo por puro afeto. No momento, entretanto, estava desconfiada dele e do quanto ele poderia saber sobre os planos do imperador. O tempo dos príncipes estava chegando ao fim em Hexwood e logo teriam muito mais para fazer para com o império, parecendo quase criminoso pensar que eles não teriam conhecimento da declaração do próprio pai. "Você sabia daquilo? E concorda?" As dúvidas diretas e breves bastavam para que ele pudesse entender mais sobre o que achava: estava surpresa e em contradição consigo mesma. Havia sido criada para separar changelings e khajols para toda uma vida, porém, vinha criando vínculo com alguns changelings, alguns tendo sido também fruto daquele tipo de traição. Tudo estava bagunçado, assim como ela. Franziu o cenho com a expressão cansada de Vincent como se estivesse se vendo no espelho, reparando nos traços do outro pela primeira vez desde que se esbarraram no salão e combinaram o encontro com poucas palavras. "Ei. Tudo bem?"
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ONDE: Passagem Norte
COM: @blckness
É claro que khajols e changelings voltariam a discutir sobre os panfletos já que não podiam contestar a ordem do imperador pelo risco de ter o pescoço cortado durante o sono. Mais uma vez, sentia o clima tenso entre eles e não foi diferente quando, atravessando o corredor, viu um par de khajols acusando alguém pelos panfletos, ainda que discretamente. Semicerrou os olhos e conseguiu ver Nerezza como alvo e imediatamente deixando Freyja irritada. Não pensou muito antes de ir na direção da encrenca; não era a melhor amiga de Nerezza, mas tinha algo em particular com a mulher. Podiam até discutir e existia um afeto esquisito ali, de maneira que ver os colegas tentando prejudicá-la a deixou desconfortável. Tomou o panfleto das mãos da dupla e os amassou antes de jogar contra eles. "Já não temos problemas o suficiente?" Falou em tom baixo e recebeu o olhar enojado de ambos que decidiram se afastar. Pelo menos Freyja ainda tinha sua importância familiar. Colocou as mãos na cintura e se voltou para a morena, os olhos cansados. "Tudo bem?" Perguntou e ergueu o queixo levemente. "Já sei que não precisava de defesa ou seja lá o que você queira dizer."
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ONDE: Porto da Alcova
COM: @caelancourt
Cantarolava baixinho uma canção na antiga linguagem nórdica de Odin, distraída com o grande vaso de areia que havia dentro do bote em que estava. Ocasionalmente, afundava o balde para procurar conchas para sua coleção enorme em casa e achava raridades, algumas com tons tão perolados e dourados que enchiam os olhos para quem fosse admirador. Não estava tendo muito sucesso, com mais pedregulhos e conchas partidas pelo tempo gasto debaixo do solo, e mesmo assim, não desanimava. Era sua terapia e precisava mesmo relaxar a mente dos últimos acontecimentos; nem mesmo seu deus conseguiria perturbá-la ali com outro sonho louco.
O porto da Alcova era evitado pela maioria pelas consequências de ser pego, e Freyja conhecia portos bem o suficiente para saber se safar caso aquilo acontecesse. Não se deixou intimidar pelo barulho que ouviu das águas, levantando o olhar antes de para a canção imediatamente, e vislumbrando a última pessoa que gostaria naquele momento tão íntimo e particular. Não dividia mais nada com Caelan e há muito ele havia escolhido deixar de ser parte de sua vida, ou assim ela havia interpretado quando ele proferiu palavras duras demais contra si. "For Odin's sake." Murmurou, arrebitando o nariz para tentar esconder a fragilização que a atingia e quando o viu mexer um mínimo músculo do rosto, temeu que falasse primeiro e se adiantou. "Não. Está ocupado. Vá pertubar outro lugar com sua deplorável presença."
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Se aquilo fosse uma nova prova de que estava ficando louca, Freyja acreditaria sem a menor dificuldade, mas era tão real que quase podia sentir a magia indo contra sua face enquanto Elewen se transformava, retransformava. Estava tão chocada para falar que apenas a encarou estática, mal piscando, e as palavras que ela dizia não fazendo sentido algum para sua mente. Aquilo explicava muita coisa e ao mesmo tempo faltava muito a ser explicado. Quando colocasse os neurônios em ordem, teria tantas perguntas que não saberia nem por onde começar, mas não agora. Entendia completamente os motivos de Elewen desejar segredo para algo tão único e exclusivo, algo que Freyja nunca tinha visto antes. A transformação foi tão sutil que quase não percebeu a mudança de traços e semblante, a versão masculina de Elewen sendo praticamente a mesma coisa. Como não havia percebido? Sentia-se um tanto tola e mal por ter insistido tanto no assunto que forçara Elewen a revelar o seu maior segredo. O peito subia e descia devagar como se doesse para respirar, e precisou mexer uma das pernas antes que a mesma ficasse dormente pela falta de movimento, já fazendo os músculos repuxarem-se para os lados. Abriu a boca diversas vezes e nenhum som saiu devido ao choque, e honestamente, não tinha o que dizer. Pediria desculpas? A elogiaria? Tudo queria sair, só não faziam sentido. Sentiu a língua secar pelo tempo que ficou de boca aberta e fechou os lábios, engolindo em seco sem tirar os olhos da princesa. Precisou olhar ao redor uma outra vez apenas por garantia já que estava convicta de que tinha perdido a noção de vez.
"Não odeio você." Respondeu sutilmente, a voz falhando com a sensação amarga a comprometendo. Negou com a cabeça algumas vezes e passou a mão pelo rosto, tateando os próprios sentidos para se trazer à realidade outra vez. Os olhos encararam o chão por um tempo longo demais. "Isso é..." Começou, procurando os dizeres que pareciam ter desaparecido de sua mente. "Demais." A palavra serviu para elogiá-la ao mesmo tempo em que a alertava que estava com uma turbulência pessoal pela revelação. A máscara que era usada servia como um escape e, aparentemente, se tornara um vício. Elewen brincava com a própria sorte assim como Caelan e Vincent. Queria entender o que se passava na mente deles, mas ela poderia fazer pior se tivesse o mesmo poder de nascença e, claro, o literal. Os ouvidos zumbiram algumas vezes com a hipotensão invasiva e ela deu alguns passos para trás. "Não vou contar nada. Só... Só preciso de um tempo." Gaguejou involuntariamente pelo baque que recebia. Estava procurando a maçaneta ainda de costas e precisou se virar para fazê-lo corretamente, não antes de olhar para a loira por cima do ombro: "Você precisa ser mais cautelosa ou vai acabar sendo pega." Murmurou. Ainda tinha uma preocupação enorme com Elewen, afinal, ainda que precisasse acalmar o coração para compreender a novidade, o que supreendeu a si mesma. Não a odiava de verdade e provavelmente nunca conseguiria, embora precisasse do próprio espaço, da mesma maneira que ela precisou anteriormente. Saiu do quarto como um gato, silenciosa e passando despercebida pelos demais — na verdade, estava tão atordoada que sequer reparou outros olhares.
ENCERRADO.
Embora quisesse respondê-la sobre sua dúvida, observando a esperança que nascia no olhar de Freyja, optou por permanecer em silêncio e dar continuidade ao seu plano impulsivo, pois assim a privava de mais uma mentira. O buraco que havia cavado com as próprias mãos já era fundo demais para continuar a procura por algo que jamais alcançaria. Apenas no momento em que se viu diante da antiga amiga dentro do dormitório, foi percebendo o quão alarmante aquela situação se tornava. O que estaria pensando e sentindo se fosse ela a ser arrastada até um quarto por um completo desconhecido? Os dedos das mãos encontraram o rosto para esfregá-lo, visivelmente consternado com tudo que acontecia. Quanto mais tentava se livrar daquela situação, pior a deixava. Talvez esse fosse seu talento especial, digno do orgulho de toda família real. Pacientemente deixou que ela respondesse à altura da absurdidade que vivia, apenas esperando pela confirmação de que era seguro prosseguir. Nunca seria. Vendo-a avançar em sua direção, inconscientemente se agarrou à maçaneta com a destra. Como era assustador seria o alvo da fúria de Freyja! Um gosto de sangue parecia invadir o seu paladar, enquanto sentia o coração bater em uma velocidade vertiginosa. E com a permissão do ultimato, lançou-se com medo em direção ao abismo cavado. ── É quase isso! ── Hesitante, fez menção à suposição absurda levantada por ela, que estava mais próxima da verdade do que poderia imaginar. Enfrentando o último obstáculo a se erguer diante de si, fechou os olhos para vencer o instante de hesitação que quase a fez recuar. Aquilo já havia ido longe demais. ── Eu sou a Elewen. ── A voz trêmula expôs a verdade. E num sopro, sua ilusão se desfez, a imagem de Roderic se dissipando no ar feito fumaça e alguns pontos de luz, para revelar a imagem da princesa vestindo as roupas do rapaz. Um peso pareceu sair de seus ombros, para se alojar em seu peito.
Mesmo que suas pálpebras parecessem pesar toneladas, Elewen abriu os olhos para fitar a outra khajol, nas írises azuladas surgindo a sombra da culpa e apreensão. Não sabia o que esperar da reação de Freyja e não o faria. Sentindo-se sufocada com a distância limitada que as separava, afastou-se da porta para caminhar em direção à própria cama, retirando sua bolsa a tiracolo enquanto se deslocava. ── Há muito tempo eu venho usando minha ilusão e esse disfarce para tentar levar pelo menos parte da minha vida sem o peso de ser uma princesa, de ser uma mulher. E assim que descobri o doce sabor dessa liberdade, acabei caindo num buraco sem fundo, pois nunca mais consegui me renegar este prazer. ── Feito torrente, as verdades deixavam sua boca sem o menor resquício de irresolução. Voltando a mirá-la, agora à uma distância mais confortável, retomou. ── E você esteve tão próxima de descobrir esse segredo, que minha reação foi te isolar da minha vida, pois não sabia se era seguro compartilhá-lo com você. ── Assim, descobria que admitir a atrocidade cometida contra aquela amizade era mais difícil do que revelar a existência de seu alter ego. Percebendo a voz falhar, inspirou profundamente, de modo a se recompor. Sentia-se uma idiota em escrúpulos por ter agido com tamanha covardia. ── Quer dizer, o que poderia acontecer se ele fosse exposto e você apontada como minha cúmplice? ── Engoliu seco. Revelar a realidade era o mesmo que encará-la, tão doloroso quanto. ── Eu também tinha medo de que me odiasse por ter mantido isso de você por tanto tempo. Mas, no final acabou me odiando de qualquer jeito, não foi? ── Um nó se formava na garganta, mas os olhos se recusaram a lacrimejar. Se alguém tinha o direito de chorar e esbravejar, era Freyja. ── Bom, pelo menos agora sabe a verdade e tem mais um motivo para me ressentir, mas não precisa mais se perguntar o que diabos tem acontecido ou se culpar por isso. ── Concluiu com um suspiro, pronta para enfrentar as consequência de seus atos e a fúria da outra.
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ONDE: Passagem Norte
COM: @ofdeorain
A mente nublada havia se estabilizado no lugar de tantas ideias e teorias de forma que Freyja havia ficado lenta e exausta. Geralmente, aquela sensação vinha após longos dias de estudos e cobranças, onde exigia mais de si mesma que qualquer outra pessoa. Entretanto, não estava estudando e tampouco treinando para algo, a razão de sua energia esvaída sendo a presença de Odin em seus sonhos. Há duas noites, seu sono havia sido completamente perturbado e ainda tinha muito a decifrar, tendo algumas certezas sobre e sem saber por onde começar para quebrar as dúvidas.
Estava tão dispersa no nada que sequer reparou em Elora recostada sobre o parapeito do corredor da passagem, a notando apenas quando a lua saiu de trás das nuvens e prateou seus cabelos usualmente loiros. Um nó se fechou na garganta, recordando-se do último encontro nada amigável, cheio de acusações e desfeitas que haviam atingido ambas com toda a força que podiam. Sentia um pesar pelas coisas que havia dito, embora não quisesse ser tão enfrentada daquela forma. Agora tinha uma certeza que ela não tinha, ainda tendo dúvidas se deveria ou não compartilhar. Quando a loira notou sua presença, não conseguiu fugir, sendo atraída quase que automaticamente, desejando a atenção alheia. "Boa noite." O tom sereno anunciava que não estava disposta a passar por outra confusão, mas conhecendo a si mesma, tudo poderia mudar em um único segundo. "Há quanto tempo está aqui? O jantar já foi encerrado."
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ONDE: Espaço aberto entre a muralha de Hexwood e a Academia
COM: @kyrellvortigern
O lugar vasto e extenso foi a opção de Freyja apenas para cortar caminho, desejando chegar ao outro lado da Academia sem ter que atravessar todas as escadarias, torres e corredores. Até preferia caminhar do lado de fora para aproveitar um pouco do sol, que se encontrava mais cinzento pelo tempo desagradável nos últimos dias. Vez ou outra, acabava se surpreendendo com o barulho das asas dos dragões e seus rugidos, mal acostumada com a presença das criaturas enormes. Era melhor vê-los no céu, e não em sua frente... Como acabara de acontecer. Para sua sorte, o mesmo se encontrava de costas, refletido as escamas em tom escarlate conforme se movimentava. Teve tempo de perceber o montador que tentava alguma coisa com ele e se recolheu para a curva do muro, observando atentamente de olho. Por mais que fosse uma khajol nata e tivesse suas crenças, era inegável: dragões eram magníficos. Morria de medo deles e preferia passar longe, mas aquela oportunidade era especial e importante. Tentou entender o que estava acontecendo, hipnotizada pelos movimentos entre dragão e changeling, mal conseguindo ver o montador, tão minúsculo ao lado da fera. Pousou a mão na parede e apoiou o rosto contra, temendo piscar e perder algo importante. Estava admirada e deslumbrada, entrando e saindo em devaneios que a assustavam com a hipótese de ser esmagada que ocasionalmente aparecia. Foi em uma daquelas que percebeu o silêncio repentino, tendo virado o foco da atenção de ambos. Os olhos azuis ficaram mais expostos com o levantar das pálpebras, completamente constrangida. "Oi." Disse após um breve instante, focando no focinho enorme do dragão. O medo a consumiu e, quase que imediatamente, o seon Huginn apareceu, denunciando a emoção com um vermelho quase da mesma cor do dragão. "Eu queria... passar." Quase engasgou, a respiração aumentando conforme o medo crescia.
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