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COM: @eirikhrafnkel
ONDE: Centro de Treinamento
A ideia de pedir ajuda para a única pessoa que não teria piedade de destrui-la em um duelo havia sido péssima desde o princípio, mas Freyja insistiu em aprender alguma coisa diferente por puro tédio. Tendo a plena consciência de que seu irmão seria seu maior pesadelo, sendo tão habilidoso naquela prática, não o faria novamente se não pudesse apenas observar. Limpou o suor com a manga da blusa, respirando fundo uma vez. "Que nojo." Retorceu os lábios uma vez, sentando-se no espaço e esticando as pernas. "De você." Retrucou antes que ele pudesse concordar. As runas que tinha desenhado nas próprias mãos para se lembrar de alguma coisa decente já estavam apagadas pela umidade e ela terminou de limpar nas próprias calças. Haviam poucos alunos por ali, changelings e khajols, e não conseguiu não encarar por pouco tempo. O roubo da pira havia espantado a maioria para brigas infundadas e que ela até concordava. Só podia ser um deles, mas não tinha tanta certeza assim. "Faz sentido se forem eles os ladrões para vingar o Cálice." Voltou o olhar para o gêmeo enquanto balan��ava os pés ainda extasiada pela adrenalina, ignorando a dupla de changelings por fim. "Mas faria mais sentido ainda se fosse alguém que sabe os segredos de Hexwood e como chegar até eles." A ideia não a confortava, acusar os seus era quase criminoso sem sua própria percepção. "Ouviu alguma coisa? Papai não responde minhas cartas há um tempo e não quero continuar implorando por atenção."
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Deu um peteleco em resposta para a provocação e fez uma careta para o outro, sendo aquele comportamento típico entre a dinâmica deles, com mais sinceridade e leveza que as demais. "Temos tantos professores e acabamos tendo que fazer tudo sozinhos na prática. Sinto falta de mais aulas assim, só a teoria não basta, especialmente agora." Suspirou com um leve descontentamento, sentindo que via os professores menos do que antigamente. Com tantos acontecimentos, os mesmos pareciam estar focados em reforçar a segurança de Hexwood junto a professores changelings, e não sabia se garantiam alguma coisa com tanta divergência de opiniões. "Ando bem mais mal humorada ultimamente, é bom se acostumar." E era verdade, andando irritadiça e cansada, quase amargurada demais.
Conhecia bem os aons de cura e como podia ser manipulado quando usado a outras que fortaleciam algo, e nunca havia colocado em prática pela falta de necessidade. Não estivera em conflitos diretos até então e nem em acidentes catastróficos que uma bandagem não resolvia. "Queria ter recebido esse conselho quando era mais desastrada. Vou tentar praticar mais com ferimentos leves. Sei que se for bem feito nem deixa cicatriz." Ponderou sobre a ideia, anotando-a mentalmente para o futuro enquanto dava meia volta na mesa, observando-o deixar o ambiente adequado em silêncio. Os ensinamentos de Gale estavam sendo de grande utilidade, abrindo caminhos para estratégias que ela não tinha antes. Sabia que o combate corpo-a-corpo era essencial, mas usar da magia que lhe fora presenteada era muito melhor. Dominá-la a deixava ansiosa e ambiciosa, com vontade de saber mais. "Decorar o ambiente e apagar. Certo, acho que consigo fazer isso. Em casos extremos, talvez o de coragem seja útil?" Indagou enquanto desenhava a runa citada, um pouco insegura por estar ao lado de alguém bem mais experiente. "Me mostre como geralmente faz."
"Ehh. Talvez. Sabe, o interessante dos rios é que eles podem receber suas águas de vários afluentes." Deu de ombros, fazendo pouco caso da argumentação. "Eu só acho que se pode aprender mais de várias influências ao invés de fechar-se em uma. É parte do motivo para termos tantos professores", e girou o dedo como se demontrasse todo o prédio e, por extensão, a instituição de ensino", não?" Gale gostava de saber o que a amiga pensava, principalmente quando estavam a sós e podiam ser mais honestos que aquele teatro de não se darem bem permitia. As regras da corte lhe eram tão complexas que não fazia questão de mudá-las, por vezes sequer as questionava tanto, mas eram lampejos como esses, em que Freyja era próxima de si, que valiam a pena por tal grande espetáculo. "Era brincadeira. Você já teve um humor melhor", e levantou os braços, como se desarmado, em pedido de trégua. Se bem pudesse apostar, algo lhe dizia que era Eirik quem enchia os ouvidos da khajol com as amenidades do dia-a-dia mais exageradas.
"Honestamente?, o de cura. Poucas coisas são tão valiosas quanto curar os próprios machucados, porque isso nos permite seguir praticando. Mas o mais fácil-e-interessante, na verdade, eu diria que…", e pensou por poucos segundos, em dúvida entre alguns. "Apagar." Apontou para a parede cheia de aons básicos. "Cortar é fácil, mas é igualmente perigoso pra se perder a dimensão e acabar causando algo pior que o desejado. Proteger é extremamente versátil e útil, mas ninguém gosta de magia defensiva", o que talvez fosse um reflexo da relação sempre combativa entre changelings e khajols, talvez, mas isso era uma discussão para depois. "Agora, apagar? É fácil demais apagar as luzes." Com seu pincel, acendeu uma tocha ao desenhar "acender" e "fogo". Também fechou as cortinas exteriores para dar razão a seu ponto. "E mais do que tudo: quando as luzes se apagam, quem toma essa decisão, normalmente, está em vantagem. Porque você sabe o que quer fazer depois, no escuro, embora o seu adversário não saiba se acender a luz de volta, se proteger de um lado, atacar por outro…" Poderia continuar listando. Era uma tática de combate da vida, não apenas dos duelos mágicos. "É a típica ideia fácil de dominar, mas que fundamenta vários princípios pro resto." A vela bruxuleava timidamente, e ele se apoiou com o quadril na mesa, com os braços cruzados enquanto a esperava, convidando-a a testar as próprias habilidades. Também: para que ele soubesse de qual nível se tratava, e quão difícil seria o trabalho com a espectadora.
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COM: @rhyscolmain
ONDE: Moinho dos Fen
"Se pedir muito para Heimdall, ele te mostra todos os segredos do mundo?" Perguntou descontraída, aproveitando o vento que vinha das hélices do moinho sobre seu rosto. Não era um dia necessariamente quente e o vento era um pouco cortante, embora tivesse o frescor ideal para dar um conforto. Já estava começando a anoitecer e após um tempo de estudos, Freyja decidiu que era hora de descansar a mente deitando sobre as folhas que caíram das árvores ao longo do dia. "Ou nem todos os segredos, só os mais interessantes." Deu de ombros na mesma posição, o lábio inferior franzindo-se um pouco para formar um bico. Odiava se sentir intrigada e odiava mais ainda quando as coisas aconteciam longe de seu olhar, de maneira que não conseguia perceber o que havia por trás. "Mas honestamente, preferiria saber uma fofoca podre do baile ao invés do paradeiro da pira. Como pode uma situação ser tão cansativa?"
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ONDE: Espaço aberto entre a muralha de Hexwood e a Academia
COM: @kyrellvortigern
O lugar vasto e extenso foi a opção de Freyja apenas para cortar caminho, desejando chegar ao outro lado da Academia sem ter que atravessar todas as escadarias, torres e corredores. Até preferia caminhar do lado de fora para aproveitar um pouco do sol, que se encontrava mais cinzento pelo tempo desagradável nos últimos dias. Vez ou outra, acabava se surpreendendo com o barulho das asas dos dragões e seus rugidos, mal acostumada com a presença das criaturas enormes. Era melhor vê-los no céu, e não em sua frente... Como acabara de acontecer. Para sua sorte, o mesmo se encontrava de costas, refletido as escamas em tom escarlate conforme se movimentava. Teve tempo de perceber o montador que tentava alguma coisa com ele e se recolheu para a curva do muro, observando atentamente de olho. Por mais que fosse uma khajol nata e tivesse suas crenças, era inegável: dragões eram magníficos. Morria de medo deles e preferia passar longe, mas aquela oportunidade era especial e importante. Tentou entender o que estava acontecendo, hipnotizada pelos movimentos entre dragão e changeling, mal conseguindo ver o montador, tão minúsculo ao lado da fera. Pousou a mão na parede e apoiou o rosto contra, temendo piscar e perder algo importante. Estava admirada e deslumbrada, entrando e saindo em devaneios que a assustavam com a hipótese de ser esmagada que ocasionalmente aparecia. Foi em uma daquelas que percebeu o silêncio repentino, tendo virado o foco da atenção de ambos. Os olhos azuis ficaram mais expostos com o levantar das pálpebras, completamente constrangida. "Oi." Disse após um breve instante, focando no focinho enorme do dragão. O medo a consumiu e, quase que imediatamente, o seon Huginn apareceu, denunciando a emoção com um vermelho quase da mesma cor do dragão. "Eu queria... passar." Quase engasgou, a respiração aumentando conforme o medo crescia.
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ONDE: Porta das Criptas
COM: @aemmc
As criptas eram silenciosas por si só, fosse pela falta de afeição pelo lugar ou pela energia mais tensa que o normal. Para Freyja, não era um problema. Não se sentia intimidada pelo lugar e até gostava de perambular quando queria esvaziar a cabeça de tanto falatório. Aquele era um dia daqueles, onde pagava o preço por querer saber demais e meter o nariz onde não era chamada. Havia ficado obcecada com o sumiço da pira, assim como ficara com o cálice no primeiro dia — logo passou por dar pouca importância para o lado changeling de tudo —, e as informações incertas a irritavam por demais. Não tinha o intuito de passar pelos assentos do lado de fora do lugar, mas não conseguiu conter os passos na direção quando viu que era Aemma quem ocupava um dos bancos largos. Para a falta de sorte da morena, Freyja tinha um atrativo forte que quase a tirava do sério, especialmente quando suas provocações eram respondidas de alguma forma. "Está esperando por alguém?" Perguntou com o sorriso discreto pintado nos lábios rosados. "Ou evitando que alguém xereta apareça?" Fez uma careta referindo-se à própria presença.
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Deu um riso sincero, admirada com a honestidade da outra. "Não pensei que fossem ávidos por romance a esse ponto." Havia se chocado com a informação, totalmente ignorante quanto aos changelings. Ethel poderia ser uma parcela diferenciada, mas não deixou de deixar Freyja intrigada e até mesmo curiosa para saber de quais romances eles liam. "Se puder me indicar uma lista, vou ficar feliz em tirar a dúvida. É uma pena que não vá poder desfrutar das autorias originais. Pagaria para ler alguma coisa de origem duvidosa feito por alunos com os hormônios à flor da pele." Manteve o semblante divertido, intrigada com a informação e muito decidida a buscar mais informações sobre.
Não conseguiu não se compadecer com Ethel, sentindo a dor como se fosse sua. Se perdesse seus livros para as chamas, ficaria arrasada. Suas coleções eram extensas e algumas raras, de pouco acesso no reino, o privilégio de ter uma família tão importante sendo bem usado naquela ocasião. "Sinto muito por isso. Vocês... perderam muita coisa." Em voz alta, era a primeira vez em que Freyja se compadecia com o incêndio. Não gostava de se assimilar muito pela preservação do próprio ego e da própria origem, mas seria cruel não respeitar aquilo naquele momento. "Ah, não tenho dúvidas. Acredito que há algumas coisas na sessão reservada, mas não me interessei até agora. Posso dar uma olhada depois." Deu de ombros, o fato sendo óbvio o suficiente para que não se sentisse ofendida.
"Seria ótimo." Tinha um bom pressentimento quanto a Ethel e queria encontrá-la mais vezes para dividir os interesses e ouvir as histórias que ela conhecia, achando-a uma boa fonte para saber mais do outro lado. "Não são as correspondências que me atrapalham e sim as aulas. Não faz uma hora e já tenho outras várias." Suspirou, apertando os olhos com a preguiça e cansaço constantes. "Vou pedir para um corvo te avisar quando chegarem os livros e tiver separado alguns. Pelo menos vai ter uma desculpa para usar o aviário." Brincou, saindo do banco para desperdir-se da outra. "E está tudo bem se não puder emprestar algum decente. Se lembrar de algum dos romances originais, aceito ouvir tudo como troca." Gesticulou com a mão uma vez. "Boa tarde, Ethel. Vejo você em breve."
ENCERRADO.
Com parte considerável da tensão inicial agora dissipada, Ethel permitiu-se relaxar contra a moldura de umas das janelas, a conversa surpreendentemente leve ao adentrar nos interesses em comum das duas. “Sabe que eu também tenho essa ambição? A companhia de um livro nunca me fez mal, mesmo quando me deparo com ficções de qualidade duvidosa que definitivamente passaram despercebidas pela curadoria da biblioteca de Wulfhere. Ou talvez essas sejam produções dos próprios alunos ao longo dos anos, e nesse caso acho satisfatório pensar que a elite militar desse império gasta seu tempo livre escrevendo sobre romances proibidos e amores selvagens.” Dividiu a particular curiosidade com contentamento, certa de que a reputação rígida dos changelings não sofreria muito com a revelação. Ethel assentiu em silêncio diante da explicação de Freyja, não tendo nada de valor a acrescentar. O legado da família Denholm carregava apenas um peso opressor, uma desonra sistemática que diminuíra ao longo dos anos, mas ainda se fazia presente e inescapável; Ethel não conseguia compreender, não de verdade ou em primeira mão, como era viver para suprir expectativas positivas ao invés de tentar reparar as adversas.
“Eu costumava ter alguns exemplares colecionados ao longo dos anos, mas receio que tudo tenha se perdido no incêndio. A pior parte é não ter conseguido salvar meus diários, todos os registros da minha pesquisa ficaram para trás. Na verdade, estou no processo de tentar recomeçar alguns passos, mas até então não encontrei algo de muita utilidade.” Não se incomodou em esconder o pesar, já que o apreço de Ethel por seus estudos não era segredo algum para aqueles que a conheciam. Ainda não era o caso de Freyja, mas os melhores aliados são encontrados nas companhias mais improváveis. “Não me leve a mal, tenho certeza que Acervo Imperial é bastante completo para as necessidades dos alunos de Hexwood, mas deve imaginar a dificuldade de encontrar bons livros sobre draconologia por aqui.” Ofereceu um sorriso como desculpa, o tom um tanto sem graça por sentir que havia sido indelicada. Não tomava a outra como nada além de uma mulher forte, mas isso não se igualava à exigência de um tratamento menos digno.
Um raio de sol refletiu de forma intensa no ambiente, banhando o aviário no brilho do meio dia. “Devo ir, inclusive, se quiser produzir alguma coisa antes do dia terminar.” Ethel alisou as mãos contra a própria roupa, seu olhar buscando a figura de Freyja mais uma vez, mesmo que de forma ainda um pouco desconcertada. “Talvez não possa oferecer muito em troca dos seus exemplares que certamente me interessariam, mas é bom saber que podemos ao menos manter uma conversa sobre curiosidades em comum. Precisamos revisitar esses assuntos em uma próxima vez, quando não estiver atrapalhando seu momento de correspondência.”
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ONDE: Pátio Central
COM: @angusdelaunay
Como em toda boa tragédia, havia sempre alguém para erguer o circo. Não soube exatamente como havia ido parar ali, apenas seguiu a movimentação e logo se alojou nas escadaria para assistir a dois colegas khajols disputando com os pincéis sem razão alguma. A cada dia que passava, alguns pareciam querer se exibir mais agora que changelings perambulavam o lugar. Aquele era o caso oposto de Freyja, que preferia deixar um leque escondido na manga para não entregar o que sabia de melhor. Assistir, entretanto, a fazia aprender mais do que parecia e também a divertia de certa forma. "Se for entrar no meio, não vou apostar em você." Olhou para Angus a seu lado quando o vencedor do duelo chamou pelo próximo na plateia, que oscilava entra aplaudir e vaiar. "Ele está ganhando há três rodadas e parece adorar a atenção... O pior tipo de pessoa possível." Estremeceu uma vez, olhando para o pobre coitado que aceitou o desafio e seguindo a multidão com aplausos atrasados. "Pelo menos estamos entretidos longe do interior da academia. Não acredito na audácia de terem feito o que fizeram com o imperador aqui."
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COM: @satrianova
ONDE: Lago Oeste
O rosto de Freyja se iluminou com a presença de Katerina, facilmente uma das suas pessoas favoritas no mundo. Como sempre, ela se encontrava deslumbrante e com o semblante tranquilo, diferente da maioria e da própria, que parecia ter despertado para a vida real mais uma vez com o roubo da pira. "Se soubesse que passaria por aqui, teríamos vindo juntas." Apoiou o corpo nos próprios braços sobre o banco em que se sentava, esperando pela companhia da amiga. "Faz bem tomar um ar longe daquele surto." Estalou a língua e ela saberia muito bem a que se referia. Infelizmente, Freyja estava no escuro. Estava acostumada a pescar informações por todos os lados e guardar tudo em sua mente apenas para replicar, quando necessário, para Eirik. A aborrecia não saber de algo e aquilo estava exposto em sua cara. Não havia se importado com o cálice desaparecido de Wülfhere, mas como qualquer outro khajol, tinha uma grande exaltação para com a pira. "Pelo menos agora teremos assunto pelas próximas semanas. E brigas. Poderíamos testar suas habilidades contra os changelings uma vez e aproveitar as cobaias gratuitas. Tem praticado bastante?"
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ONDE: Baldwin’s General Wares
COM: @eirikhrafnkel
Freyja adorava fazer compras e colecionar mais besteiras do que já tinha, tendo sido seu passatempo com Eirik desde que eram adolescentes e se tornaram amigos do proprietário da loja mais bagunçada de todas em Zelaria, recebendo em primeira mão, até os dias de hoje, quando novidades chegavam. Garimpava como louca e enchia os braços de objetos, interessada por tudo o que via para usar de decoração, oferendas e até mesmo presentear. Não era exatamente um lugar digno de presente para a nobreza, mas o sentimentalismo com quem era próximo fazia valer a pena. Naquele dia, entretanto, estava pouco interessada, vendo um objeto ou outro sem prestar muita atenção.
Eirik, por outro lado, parecia se divertir, os ânimos vorazes pelo novo estoque de tantas coisas que se perdiam. Em um dos corredores da loja, pegou uma presilha enferrujada que daria um jeito de melhorar e colocou sobre a pilha do irmão, recostando-se na estante enquanto o assistia entediada. "Quanto tempo vai demorar?" Estava com a garganta entalada de coisas para falar e não era exatamente ali que esperou estar quando o convidou para um passeio longe de Hexwood, querendo confidencializar a informação de seu sonho até ter certeza de que não era a única; duvidava, especialmente com um sonho tão específico e lúcido. Se fosse a única, ninguém acreditaria. "Você já tem seis desse." Julgou enquanto ele avaliava um ovo bem desenhado em ouro e cristais falsos, o objeto decorativo sendo uma das maiores raivas de Freyja por não terem objetivo algum além de assentarem em uma estante qualquer. "Não acredito que vai começar outra coleção que nunca vai acabar. Isso se chama compulsão, sabia?"
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Em um ponto Elora tinha razão: ela jamais os entenderia e queria entender cada vez menos conforme aquele tipo de clonfito surgia. O equívoco em se envolver com a changeling passara despercebido e se tornara um pesadelo, a perseguindo como um fantasma pelos corredores de Hexwood. Não o suficiente, ainda tinha todo o caos com os roubos misteriosos e sem um ponto de partida para investigar. Wülfhere não passava de um amontoado de ruínas e Hexwood não parecia tão segura quanto ela imaginava, o roubo a pira sendo prova de sua teoria. A conversa, entretanto, estava começando a intoxicar Freyja por dentro. Quando queria, era má e terrível e, no fundo, não queria agir daquela maneira com Elora. Por mais que não a quisesse mais em seu caminho, também não a queria magoada e infeliz, a ligação rápida e intensa tendo sido o suficiente para que ela soubesse suas intenções verdadeiras. Acabaria falando palavras envenenadas demais que não teriam volta e deixaria pior o que já não era bom. "O que você gostaria que acontecesse? Khajols saíssem de mãos dadas com changelings procurando um cálice pelo mundo?" Era uma retórica e ela sabia que não havia qualquer possibilidade de haver unção para resolverem ambos os problemas. Também era arriscado quando todos pareciam tão determinados a se sabotarem, além da perda da força da magia que Freyja sentia morrer lentamente em suas veias. Os dragões ainda voavam independentes, livres e tomando a maior parte do céu enquanto os seons piscavam como nunca, enfraquecidos assim como seus companheiros. Os olhos azuis de Freyja se tornaram ainda mais azuis, influência de Odin, seu hospedeiro. O deus não gostava de ser confrontado e manipulado, assim como ela, e agia diretamente em sua personalidade. Estava enraivecida e magoada, com sede de vingança de alguma coisa que ainda parecia incerta. "Você deve se achar muito importante para acreditar que eu penso em você morta o tempo todo." A voz soou tão grave que quase não parecia a dela, carregando todas as emoções que remoíam há tanto tempo. "Ou talvez só queira saber se é importante para mim?" Continuou antes de retroceder os passos, determinada a avançar pelas escadas. Repetia para si mesma o tempo todo o não para magoá-la. "Deve estar acostumada com decepções." Finalizou, dando meia volta e seguindo na verdadeira direção que desejava antes do empecilho de Elora em seu caminho.
Decerto, Elora não pensava que aquele reencontro pudesse se tornar tão doloroso. As próprias palavras já não faziam sentido, tornando-se tão vagas quanto a relação delas havia se tornado. Mentirosa, era isso que era. Jamais se tornaria algo vago, embora ela nunca ousasse admitir em voz alta que havia sentimentos conflitantes demais para que lidasse tão facilmente. Sabia que suas palavras não possuíam uma lógica, tornando-se apenas acusações sem fundamento por mágoa de um passado que dividiram, mas algo nela estava exausto de lutar contra, enquanto, em oposição, acreditava ser melhor não colocar o orgulho à parte e enfim se acertarem. “Temos nossos motivos para responsabilizá-los pelo cálice, é só olhar ao redor e analisar como tudo ocorreu desde o dia que chegamos. Na verdade, desde o dia em que nascemos. E honestamente, Freyja, você jamais nos entenderia.” A hostilidade entre as raças sempre andaria de mãos dadas, e independente do que ocorresse, se fosse culpa dos seus ou não, a responsabilidade sempre cairia por seus ombros. Tentaria viver com dignidade até o dia de sua partida, isso era algo que jamais se negaria, mas era uma realidade clara demais em sua mente. “Muito menos no seu.” O tom de voz já não era mais acusatório, mas havia ali um cansaço. Aquela conversa sequer deveria ter se iniciado, mas algo em Elora gostaria de conversar com Freyja um pouco mais. Gostaria de ouvi-la depois de tanto tempo, por mais que suas palavras não fossem amigáveis. Tudo aquilo se tornara um pretexto perfeito para deixar seu lado emocional fluir. Um lado que ainda era sensível demais à sua presença e que, até aquele momento, acreditou estar morto. Por um momento, não a escutara tão bem; seu olhar estava distraído por seu rosto, imaginando se a pele continuava tão macia quanto se lembrava. Amaldiçoou a própria existência por isso, sobretudo quando o olhar se dirigiu para a boca alheia enquanto ela falava. Era uma tola. “Os khajols não foram os únicos que perderam algo importante, mas vocês também não conseguem perceber isso.” Limitou-se a poucas palavras, sentindo o nervosismo recair sobre seus ombros quando ela se aproximou um passo. Por pouco, não se aproximou ainda mais, e sabia ser um caminho perigoso demais. “Eu não me surpreenderia se esse fosse o caso, sendo honesta.” Por mais que desejasse, ela não conseguia dispensar a mágoa em sua voz. “Me diga que estou errada.”
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ONDE: Passagem Norte
COM: @ofdeorain
A mente nublada havia se estabilizado no lugar de tantas ideias e teorias de forma que Freyja havia ficado lenta e exausta. Geralmente, aquela sensação vinha após longos dias de estudos e cobranças, onde exigia mais de si mesma que qualquer outra pessoa. Entretanto, não estava estudando e tampouco treinando para algo, a razão de sua energia esvaída sendo a presença de Odin em seus sonhos. Há duas noites, seu sono havia sido completamente perturbado e ainda tinha muito a decifrar, tendo algumas certezas sobre e sem saber por onde começar para quebrar as dúvidas.
Estava tão dispersa no nada que sequer reparou em Elora recostada sobre o parapeito do corredor da passagem, a notando apenas quando a lua saiu de trás das nuvens e prateou seus cabelos usualmente loiros. Um nó se fechou na garganta, recordando-se do último encontro nada amigável, cheio de acusações e desfeitas que haviam atingido ambas com toda a força que podiam. Sentia um pesar pelas coisas que havia dito, embora não quisesse ser tão enfrentada daquela forma. Agora tinha uma certeza que ela não tinha, ainda tendo dúvidas se deveria ou não compartilhar. Quando a loira notou sua presença, não conseguiu fugir, sendo atraída quase que automaticamente, desejando a atenção alheia. "Boa noite." O tom sereno anunciava que não estava disposta a passar por outra confusão, mas conhecendo a si mesma, tudo poderia mudar em um único segundo. "Há quanto tempo está aqui? O jantar já foi encerrado."
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ONDE: Praia Calis
COM: @khajoltic
Tentou ignorar a presença de Auryn até o último segundo, reprimindo um sorriso quando se deu por vencida. Não estava exatamente zangada com a amiga, mas era um pouco mais dramática que o necessário e precisava atuar quando lhe era conveniente. Mesmo tendo sucesso no princípio, logo se viu desesperada para conversar com a loira. "Vênus devia saber que é errado manipular as pessoas para quererem falar com você." Acusou a deusa em uma piada interna que tinham, não com a intenção de realmente ofendê-la — jamais o faria. O sonho de dividir o mesmo panteão sempre foi um objetivo distante, ambas sabendo o fardo que seus berços dourados carregavam quando o assunto eram as divindades. É claro que Freyja preferia Odin e amava tanto quanto a deusa que lhe deu o nome, mas não conseguia resistir aos efeitos de Vênus. "Ainda estou brava por ter me deixado só no baile. Não consegui te encontrar em algum lugar e não aguentava mais dançar!" Protestou como se fosse um grande problema. "O que ficou fazendo, hm? Roubando alguma coisa, ou alguém?"
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Freyja era bem mais expressiva do que conseguia tentar não ser e acabou por rolar os olhos com a acidez da outra. Típico de changelings, pensou consigo mesma, sem verbalizar pois era uma completa dama que sabia bem as regras de etiqueta da nobreza, algo notoriamente invalidado pela outra. "Devia agradecer ao imperador por querer festejar algo com a presença de vocês." Havia um certo ciúme já que há tempos não havia um bom baile em Hexwood, especialmente comandado pelo imperador. Não se recordava bem da festa, mal tendo tido tempo já que chegara atrasada e ficara completamente no escuro depois. "Mas não foi você quem perdeu, fomos nós. Já ouviu falar na Pira Sagrada?" A entoação saía como se a outra fosse ignorante quanto ao assunto, mesmo sabendo que qualquer um saberia bem o que o objeto era e de sua tamanha importância para Hexwood. "Sumiu. E não me surpreenderia se fosse uma vingança de vocês pelo Cálice, mesmo já sabendo que não fomos nós."
𝖠𝖯𝖮𝖲 𝖮 𝖡𝖠𝖨𝖫𝖤 𝖣𝖮 𝖨𝖬𝖯𝖤𝖱𝖠𝖣𝖮𝖱 .
♡ 𝗦𝗧𝗔𝗧𝗨𝗦 : aberto para todos .
♡ 𝗟𝗢𝗖𝗔𝗧𝗜𝗢𝗡 : pelo palácio .
caminhava pelos corredores com passos ritmados e uma expressão de leve desdém tingindo-lhe o rosto. o salão do baile ainda pairava em murmúrios ao seu redor, resquícios de risos abafados e conversas mudas — ecos de uma noite em que, para sua infelicidade, não pudera se banquetear às custas do imperador nem aproveitar o vinho custoso que fluía livremente. com um suspiro cínico e as mãos a se moverem despretensiosamente pelo metal frio de seu cinturão, ergueu a voz para um grupo que se apressava para recolher as últimas decorações da festa.
"então, digam-me," ela começou, permitindo que um traço irônico dançasse em sua voz, "perdi algo relevante enquanto não estava a saborear os raros privilégios que o imperador tanto queria ostentar para seus convidados? ou foi apenas uma reunião entediante, repleta de máscaras que só encobrem a mesmice dos rostos por trás delas?" lynabeth estreitou os olhos, perscrutando as expressões dos ouvintes. "pois tenho de admitir, poucas coisas me frustram mais do que um evento anunciado com tamanha grandiosidade acabar por ser tão vazio de significado quanto as jóias nos colares da nobreza." ela se recostou casualmente contra uma coluna, o sorriso de canto exibindo o tédio mal disfarçado que sentia. "e então? houve algo que tenha, enfim, feito valer aquela bebida insossa que chamaram de valinor, ou posso tranquilamente me consolar com a perda do espetáculo banal que, ao que tudo indica, essa noite se revelou?"
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"Não é como se fôssemos adivinhar. Se os deuses que ministram o futuro deram alguma dica para quem hospedam, provavelmente não era para ser contado." A hipótese era fraca, mas pensava sobre. Não queria deduzir algo errado sobre os deuses alheios e tampouco sobre os colegas, ela mesmo sendo tão devota a Odin que seria capaz de trair até mesmo os mais próximos para servi-lo. A questão não a aborrecia de fato, só achava que talvez pudessem dizer algo agora que tudo havia acontecido daquela forma. Folheou um dos livros, tateando as folhas com o próprio pincel em busca de alguma informação, deparando-se com diversos contos dos lugares do mundo. Desviou o olhar para a loira com um meio sorriso antes de voltar para a escrita antiga. "Até me divirto de vez em quando e fico admirada com os dragões antes de pensar que posso ser a refeição do dia a qualquer momento." Brincou, se recordando das vezes em que havia azucrinado com changelings de propósito, sendo totalmente desgostoso quando o oposto ocorreu. "Já visitou outros lugares fora daqui algumas vezes?" Perguntou curiosa, imersa na leitura de repente. Haviam várias estátuas com histórias incompletas que pareciam estar entre os deuses dos khajols e a deusa dos changelings, até mesmo do povo que outrora viveu ali. "Nunca visitei muito à fundo... É o problema de ficar tanto tempo no mar." Divagou lentamente antes de piscar algumas vezes. "Ah, sim. Conspiração é o que nos resta para confortar as dúvidas." Tentou retomar o assunto, virando as páginas para que ela pudesse dar uma olhada e tendo a péssima ideia de sair de Aldanrae; não teria forças para aquilo, mas sua curiosidade era despertada aleatoriamente, como se estivesse recebendo alguma dica. Mal sabia ela. "Estão dizendo por aí que o imperado colocou papoula na bebida para deixar todos confusos. Claro que é só uma piada de mau gosto, mas eu pagaria pra ver. Sabia que nunca passei de vinhos e espumantes em eventos?" Fez uma careta com a pouca experiência, embora não fosse muito fã de bebida. "E do que exatamente você se lembra?"
siobhan desejou não ter sido tão incisiva com a amiga de imediato. contudo, não havia como voltar atrás, de forma que apenas copiou o respiro fundo de freyja, o início de uma afirmativa que se seguia. — sim, seria uma excelente alternativa. mas era inimaginável que poderíamos ficar sem a pira — talvez esse fosse o problema, embora ela jamais expressaria aquelas palavras em bom tom. nem mesmo na frente da mulher. engoliu um novo suspiro cansado, focando nos instrumentos que trouxe para a estufa. qual seria a utilidade deles agora? era nítido o torpor atrapalhava o foco da khajol, estando a um passo de deixar tudo para lá apenas para preservar as próprias energias. a sombra de uma incógnita de quanto tempo aquelas incertezas a assombrariam faziam seus braços se erriçarem. — parece que está durando até demais, como se eles quisessem mesmo ficar aqui, seja qual for a finalidade infeliz que todos parecem ter em comum. — a curiosidade em relação ao vínculo de freyja era palpável, permitindo-se, por um instante, divagar sobre os limites que aquela mulher poderia desafiar ou ultrapassar. — seria tolo descartar uma conspiração. ainda mais agora — desde as mudanças em hexwood, siobhan parecia cativa em uma maré de irritação e desencontros. poderia até tolerá-los se aprendessem que deveriam permanecer em seus devidos lugares. contudo, a verdade universal era de que todos mostravam não saber o que significava aquilo. de maneira quase instintiva, buscou copiar o sorriso da amiga, como quem busca no reflexo dela uma fagulha de entusiasmo que lhe escapava. — foi divertido, eu acho. quer dizer, todos pareciam e não pareciam familiares. não me recordo de um baile de máscaras ter me deixado tão confusa como aquele — sabia que poderia continuar falando, então apressou-se a complementar: — engraçado, nem me lembro de tantas coisas assim — a confusão se fez presente na expressão de siobhan, denunciando um instante de descoberta silenciosa, parecia que havia se dado conta do fato apenas agora.
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Rolou os olhos para a ambiguidade das palavras de Lysander, que apenas a deixavam mais irritada. Gostava da estratégia quando era ela quem estava usando, detestando a situação inversa por saber o quão difícil era desviar de duas respostas que poderiam muito bem agradá-lo de qualquer maneira. Mordeu a língua antes de retrucar e falar mais sobre a pira e a falta de sua força. Freyja tinha uma lista de coisas para falar sobre o que havia mudado desde o desaparecimento do objeto sagrado e não valia a pena compartilhar com ele. "É o que você está fazendo?" Sabia que não, já que até há pouco ele reclamava sobre o cálice. Sua vontade era de apertar as orelhas de Lysander até fazê-lo se desculpar por insutá-la o tempo todo, fosse com as provocações ou com o claro deboche sobre terem perdido um tanto de suas habilidades especiais. "Você tem um dom incrível de evitar minhas perguntas." Foi a sua vez de se tirar do caminho, notando as invertidas que ele dava todas as vezes em que o questionava sobre a capacidade, falta dela, de encontrar os objetos roubados sendo membro do exército. "Feitiços não escondem coisas do jeito que você está pensando e, honestamente, por que nos interessaria roubar o seu cálice?" A pergunta carregava um tom de quem exigia uma resposta justa, já que em sua mente ela não via sentido algum, parte do instinto de proteger os khajols, parte da provocação de dizer a ele que não eram tão significantes ou a sua cultura. O olhou de cima a baixo pelo tomar de passos na mesma velocidade para ficarem em sintonia, arrebitando o nariz para frente. "Aliás, por que tem visitado tanto o porto?"
— e essa é a prova de que não mentimos — devolveu quase que instantaneamente. mesmo que o desgosto pelos feiticeiros fosse tão automático quanto respirar, o olhar faiscou com uma satisfação velada. o canto da boca puxou sozinho, quase como se o corpo antecipasse a alegria de provocá-la. interrompeu o movimento, contendo o riso diante da acusação, sem querer provar o ponto de freyja tão rapidamente. qualquer empecilho que retirasse os membros daquele instituto de sua aura presunçosa era bem-vindo, e embora a fagulha de como tal evento pudesse escorrer entre os cavalheiros surgisse na mente, lysander sabia que a responsabilidade não era sua e, por isso, não ligaria para isso naquele momento. — está querendo desabafar? sinto muito, não levo jeito para ser conselheiro, mas se serve de consolo, acho que deveria seguir em frente, se reerguer — não conteve a própria ironia em seu tom de voz. lembrava-se bem, até demais, como havia sido os primeiros dias em hexwood: o desprezo era tangível pelos olhares em sua direção e os insultos em bom tom enquanto cruzava qualquer corredor. a única parte ruim de tudo aquilo era a impossibilidade de revidar. fosse esse o motivo que fez com que hjelmstad seguiu caminhando com ela. — não preciso te obrigar a algo que é bem nítido. curioso perguntar isso quando são vocês que podem usar magia para tudo. até para esconder coisas — deu de ombros, os braços curvados atrás de seu corpo, enquanto fazia questão de andar lado a lado, como se fossem iguais. certamente aquilo a aborreceria, ou era o que esperava.
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