#Vergílio Ferreira
Explore tagged Tumblr posts
Text
463 No demuestres de más, si no quieres contradecirte. No quieras saber de más, si quieres saber alguna cosa. El límite de la razón es el silencio. Como el de la luz es la ceguera. O el de la justicia, el crimen. O el del amor, el servilismo o la imbecilidad.
- Vergílio Ferreira, Pensar. Edit. Acantilado. Traducción: Isabel Soler.
Diana Blok y Marlo Broekmans, Fuerzas invisibles, 1979
48 notes
·
View notes
Text
Ama-se um corpo como instrumento de amar, como forma de onanismo de que o trabalho é dele. Ou como êxtase de um terror paralítico. Ou como orientação ao impossível que não está lá. Com raiva desespero de quem já não pode mais e não sabe o quê. Como avidez insuportável não de o ter tido na mão, porque o podemos ter nela, sofregamente, boca seios o volume quente harmonioso da anca e tudo esmagar até à fúria, ter o que aí se procura e que é o que lá está, mas não o que está atrás disso e é justamente o que se procura e se não sabe o que é nem jamais poderemos atingir.
Vergílio Ferreira, in: Em nome da terra
3 notes
·
View notes
Text
Todo o amor começa antes de começar, devia saber.
Começa num encontro que se não teve.
Vergílio Ferreira, Na Tua Face
2 notes
·
View notes
Text
Autor não identificado, Vergílio Ferreira, Évora, Alentejo, Portugal, 1958
7 notes
·
View notes
Text
O amor acrescenta-nos com o que
amarmos. O ódio diminui-nos. Se amares o universo, serás do tamanho dele. Mas quanto mais odiares, mais
ficas apenas do teu. Porque odeias tanto? Compra uma tabuada. E aprende a fazer contas.
Vergílio Ferreira
4 notes
·
View notes
Text
Vergílio Ferreira, "Pensar"
17.03.2019
0 notes
Text
youtube
2 notes
·
View notes
Text
Booksky #2: Aparição, de Vergílio Ferreira
Na Bluesky surgiu um desafio literário: escolher 20 livros que nos tenham influenciado, e publicar as capas respectivas - sem explicações, análises ou críticas. É daquelas coisas que servem para entreter e partilhar em redes sociais. Mas se na Bluesky publiquei as capas, aqui darei algum contexto às minhas escolhas.
Eis uma forma simples de revelar a minha idade: ainda sou do tempo em que no décimo-segundo ano se podia ler a Aparição, de Vergílio Ferreira, antes de a presença de Saramago nos programas lectivos se tornar incontornável; no meu tempo, as escolas ainda podiam optar entre Memorial do Convento e Aparição.
(não faço ideia do que se dará hoje no último ano do secundário, mas imagino que Saramago permaneça)
Se a memória não me falha, na minha turma do décimo-segundo ano fui o único aluno que gostou verdadeiramente de Aparição: as reflexões existencialistas e a prosa etérea afugentaram toda a gente. Já a mim, o existencialismo intrigou-me, mas a prosa evocativa de Vergílio Ferreira, essa, explodiu na minha imaginação. Naquela altura não sabia que era possível escrever assim, que era possível juntar palavras de forma tão espantosa e tão bela. Nenhum outro livro me fez tanto querer escrever, querer recriar um pouco daquela beleza, encontrar algo meu para partilhar por palavras. Tentei imitar aquele tom, aquelas imagens, em rascunhos e proto-contos que, salvo uma única excepção, nunca partilhei com ninguém, e que nem sei bem onde possam estar hoje.
Talvez devesse ter continuado a tentar.
Enfim, o sonho da escrita desvaneceu-se há muito, por muitos motivos. E há muitos anos que não regresso a Aparição; não sei se hoje continuaria a apreciar o livro, ou se há distância de mais de 20 anos (e do défice de atenção destes tempos) o texto me aborreceria como aborreceu as minhas colegas da turma de 2002-2003 em Odemira. Mas de Vergílio Ferreira ficou o gosto pela beleza da prosa, algo que procuro sempre quando me embrenho em novos livros. Já será qualquer coisa, suponho.
2 notes
·
View notes
Text
Capa do romance POR AMOR A LEONOR, Prémio Vergílio Ferreira 2024. O livro sairá em outubro próximo depois de ser apresentado no FESTIVAL LITERÁRIO "EM NOME DA TERRA", iniciativa da Câmara Municipal de Gouveia, a realizar em Melo (Gouveia), terra do escritor Vergílio Ferreira, patrono do Prémio. (A ação decorre no séc. XVI)
Cover of the novel POR AMOR A LEONOR, Vergílio Ferreira Prize 2024. The book will be released next October after being presented at the LITERARY FESTIVAL "IN NAME OF TERRA", an initiative of the Gouveia City Council, to be held in Melo (Gouveia), land of writer Vergílio Ferreira, patron of the Prize. (The action takes place in the 16th century)
3 notes
·
View notes
Text
326 – Não o perguntes. Basta pensar no que se perdeu não de há muito tempo até hoje. Ídolos das artes e letras, do futebol, da política, do que parecia bem ou mal. Tens razão, agora é diferente. Porque o que se sente no vento, o que se percebe na voz inaudível de um incerto aviso de morte não tem que ver com o mais e o menos, o que sobra do que se eliminou, mas com tudo o que se imaginou de toda a ordem da vida. Um homem novo está a nascer e não traz sinais do nosso sangue, do modo de se ser humano como limite de tudo o que se precisa imaginar. Será possível conceber-se um ser humano que nada tenha a ver com o ser-se homem? Um homem que se reconheça numa ordem de ser pensante e sensível? Hoje já não precisa de saber a tabuada para fazer contas, de saber ler e escrever para existir o livro e a carta, de haver amor ou simples atracção para produzir humanidade, de quaisquer regras para a consciência existir, se saber o que é isso de consciência para haver culpa ou remorso. O que se segue é ininteligível para um modo de haver entendimento das coisas. O que se segue começa no nada e o nada é impensável. Pois. Mas não te faças perguntas sobre um nada a começar. E acaba tu nos limites do que te foi pensar e sentir o justo e o injusto e tudo o mais que te ordenou o seres vivente na ordenação de tudo o que te coube. Porque amanhã nada te existe e o mundo terá portanto acabado. Não te canses a perguntar. E sê inteiro para quando a morte chegar cumprir o seu dever e tu o teu para não chegar em vão.
Vergílio Ferreira
escrever
7 notes
·
View notes
Text
Encontro na Amoreira de Idanha - Passado, Presente e Futuro
O que nos faz ligar aos espaços e aos tempos, aos outros, aos que cá estão e aos que se foram, a este e a outros lugares?
Idanha-a-Velha tem esta aura de tempos imemoriais, de mistura de povos e realidades - romanos, visigodos, árabes, conquistadores e reconquistadores, antigos e modernos, que por sua vez são antigos, face a novos modernos, num "mise en abyme" que reflete a condição humana, ou a comédia humana num sentido mais cínico.
Sinto que neste local está patente um sentido de suspensão temporal e espacial, de não se saber a que tempo se pertence, se a outro ou ao agora, e a uma certa desorientação de referentes espaciais.
Aqui, sentado à beira de uma debilitada amoreira, encontrei um senhor idoso a vender um livro sobre aldeias históricas, que me despertou curiosidade. Parei, eu e o meu amigo, conversámos, e acabámos por comprar o livro, que percebemos ser da sua autoria. Com simpatia fez-nos uma dedicatória nesta aquisição. Constatámos que, na contracapa, Vergílio Ferreira e Agostinho da Silva elogiavam o autor, o Dr. Vítor Pereira Neves. Não deixei de sentir, com um sorriso no lábios, que aqui se estabelecia uma ligação, a dois passos, e através dos tempos, com estas personalidades.
3 notes
·
View notes
Text
(...) o peso da dor nada tem que ver com a qualidade da dor. A dor é o que se sente. Nada mais. Desisto definitivamente de me iludir com a minha força de adulto sobre o peso de uma amargura infantil. Exactamente porque toda a vida que tive sempre se me representa investida da importância que em cada momento teve. Como se eu jamais tivesse envelhecido. Exactamente porque só é fútil e ingénua a infância dos outros - quando se não é já criança.
Vergílio Ferreira, in: Manhã Submersa
4 notes
·
View notes
Text
Perguntei com a estupidez
de quando não há perguntas a fazer
Vergílio Ferreira
4 notes
·
View notes
Text
"FÍMBRIA DE MELANCOLIA"
Fímbria de melancolia,
memória incerta da dor,
ouço-a no gravador,
no fado que não se ouvia
quando ouvia o seu clamor.
Porque era já no passado
o presente dessa hora
e que me ressoa agora
a um outro mais alongado.
Assim a dor que se sente
no outro obscuro de nós
nunca fala a nossa voz
mas de quem de nós ausente,
só a nós próprios consente
quando não estamos nós
mas mais sós do que ao estar sós.
Onde então estamos nós?
(Vergílio Ferreira)
0 notes
Text
Pensar o livro. Pensá-lo antes de mais como objecto na simples volúpia de o ter na mão. Na beleza do seu esquadriado, da sua apresentação, do seu volume, da gramagem. Na tessitura e tom das folhas, na possível cartonagem ou encadernação, no halo de mistério que o envolve. Perdeu-se o deleite de o desflorar, agora com as folhas cortadas a cutelo. O prazer de lhe revelar o oculto de si, agora que tudo é público e envidraçado e exposto na rua. Pensar o livro na sua intimidade connosco sem mais ninguém a assistir. Pensá-lo no silêncio de quatro paredes, no que só a nós nos diz.
Vergílio Ferreira, "Escrever
2 notes
·
View notes