A selection of images chosen with care, prior to remembering your indifference to them.
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segredava-te, do tempo o vão aspecto; existias de noite como a letra de todo o movimento, e das estrelas o céu pintado ao fundo; e distraído, às vezes, confessava amar a tua pele como quem quer dizer-te: não morras nunca mais.
António Franco Alexandre quatro caprichos
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Numéro Deux, Jean-Luc Godard & Anne-Marie Miéville. 1975
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Tengo miedo de verte
necesidad de verte
esperanza de verte desazones de verte
tengo ganas de hallarte
preocupación de hallarte
certidumbre de hallarte
pobres dudas de hallarte
tengo urgencia de oírte
alegría de oírte
buena suerte de oírte
y temores de oírte
o sea resumiendo
estoy jodido y radiante
quizá más lo primero que lo segundo
y también viceversa.
Mario Benedetti
Viceversa
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Susan Sontag, from As Consciousness Is Harnessed to Flesh: Journals and Notebooks 1964-1980
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— Susan Sontag, from “Death Kit,” (1967) (via lunamonchtuna)
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The Secret of a Full Life
The secret of a full life is to live and relate to others as if they might not be there tomorrow, as if you might not be there tomorrow. It eliminates the vice of procrastination, the sin of postponement, failed communications, failed communions. This thought has made me more and more attentive to all encounters. meetings, introductions, which might contain the seed of depth that might be carelessly overlooked. This feeling has become a rarity, and rarer every day now that we have reached a hastier and more superficial rhythm, now that we believe we are in touch with a greater amount of people, more people, more countries. This is the illusion which might cheat us of being in touch deeply with the one breathing next to us.
The dangerous time when mechanical voices, radios, telephones, take the place of human intimacies, and the concept of being in touch with millions brings a greater and greater poverty in intimacy and human vision.
~ Anais Nin
The Diary of Anaïs Nin
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Inconscientemente desperdiçado.
Ai, o que os jovens não sabiam, pensou ela, deitando-se ao lado daquele homem, com a mão dele no seu ombro, no seu braço, o que os jovens não sabiam… Não sabiam que corpos flácidos, envelhecidos e enrugados eram tão carentes como os seus corpos jovens e firmes, que o amor não era para se deitar fora descuidadamente, como se fosse uma tarte numa bandeja, a meio de outras que seriam novamente oferecidas. Não, se o amor estivesse disponível, uma pessoa escolhia-o, ou não o escolhia.
— Elizabeth Strout, Olive Kitteridge.
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Finisterra - paisagem e povoamento | Carlos de Oliveira
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Trago os instrumentos do fogo Ponho-os na boca Ponho-os no coração Trago os instrumentos da respiração – Uma montanha, uma árvores que lhe dá abrigo – E suspendo-os nos ramos como pinhas que dão sombra Um lugar fresco para os deportados de Sião nas margens Trouxe também os instrumentos dos mineiros Uma luz na cabeça voltada para o pensamento Um olhar profundo O modo prisioneiro de virem livremente para fora E trago todos os instrumentos na circulação do sangue e na ocupação [permanente Das mãos Para o instrumento difícil Do silêncio
Daniel Faria poesia homens que são como lugares mal situados
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Durante um minuto permanecemos desconcertadamente juntos. Perguntas a ti mesmo em que língua hás-de falar-me, ofereces, antes, uma cebola avinagrada num palito. És jovem e talvez te esqueças de que o Império vive apenas nos sons puros das vogais que te ofereço acima do ruído. Eunice de Souza a rosa do mundo 2001 poemas para o futuro
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Todo o espaço é uma linha no centro do átomo
a que se reduz cada homem, no seu canto de solidão. O horizonte,
que nos parece imenso com o seu desenho matinal,
cabe no fundo de um copo, quando bebemos o primeiro
café, em que os sonhos da noite se desfazem com um sabor
amargo a dia de inverno. E as nuvens descem ao nível dos olhos,
para que as metamos no dedal de uma costura de limites,
e o seu contorno sirva de renda à almofada do tédio. Então,
o ser soltar-se-á desta caixa vazia. Levará com ele o
horizonte e as nuvens; e só se nos agarrarmos a um fio de névoa
poderemos seguir o seu caminho, até esse rebordo de
falésia que o corpo não transpõe. Para lá dele, é o mar
da essência, com as suas marés de inquietação e de
certeza, e o abismo de dúvida que se abre quando o
temporal nos ameaça. Para trás, ficou a existência,
a vida, as coisas concretas, como os sentimentos e
as palavras que formam e transformam o que somos. Porém,
nesta fronteira, que fazer dos caminhos que se nos abrem?
Como avançar, sem barco ou rumo, em direcção a que
porto? E que nos espera no regresso ao lugar de
onde ninguém deve partir se não tiver, no bolso, a carta
de chamada, o endereço, a voz acolhedora de um deus?
Nuno Júdice
50 anos de poesia
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Um colo ficou vazio, intacto na noite, quando te foste em direção a outras noites, e o silêncio ficou a arejar-me o peito que já não tem o teu contorno, que é só escândalo escuro. Carolina Amaral escândalo escuro
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Num país que não é o meu O vento continua a soprar As árvores dão frutos O sol nasce O rio corre O mar ruge A chuva cai As pessoas continuam a rir As pessoas continuam a errar No meu país O vento espera pela licença de soprar O rio espera pelo direito de se derramar O galo espera pela permissão de cantar A chuva espera a regalia de chorar No meu país Só o coração bate sem autorização Só a liberdade paira sem pré-aviso. Faiha Abdulhadi (palestina)
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hoje, dia de todos os demónios irei ao cemitério onde repousa Sá-Carneiro a gente às vezes esquece a dor dos outros o trabalho dos outros o coval dos outros ora este foi dos tais a quem não deram passaporte de forma que embarcou clandestino não tinha política tinha física mas nem assim o passaram e quando a coisa estava a ir a mais tzzt… uma poção de estricnina deu-lhe a moleza foi dormir preferiu umas dores no lado esquerdo da alma uns disparates com as pernas na hora apaziguadora herói à sua maneira recusou-se a beber o pátrio mijo deu a mão ao Antero, foi-se, e pronto, desembarcou como tinha embarcado Sem Jeito Para o Negócio Mário Cesariny a única real tradição viva
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