A selection of images chosen with care, prior to remembering your indifference to them.
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Susan Sontag, from As Consciousness Is Harnessed to Flesh: Journals and Notebooks 1964-1980
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— Susan Sontag, from “Death Kit,” (1967) (via lunamonchtuna)
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The Secret of a Full Life
The secret of a full life is to live and relate to others as if they might not be there tomorrow, as if you might not be there tomorrow. It eliminates the vice of procrastination, the sin of postponement, failed communications, failed communions. This thought has made me more and more attentive to all encounters. meetings, introductions, which might contain the seed of depth that might be carelessly overlooked. This feeling has become a rarity, and rarer every day now that we have reached a hastier and more superficial rhythm, now that we believe we are in touch with a greater amount of people, more people, more countries. This is the illusion which might cheat us of being in touch deeply with the one breathing next to us.
The dangerous time when mechanical voices, radios, telephones, take the place of human intimacies, and the concept of being in touch with millions brings a greater and greater poverty in intimacy and human vision.
~ Anais Nin
The Diary of Anaïs Nin
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Inconscientemente desperdiçado.
Ai, o que os jovens não sabiam, pensou ela, deitando-se ao lado daquele homem, com a mão dele no seu ombro, no seu braço, o que os jovens não sabiam… Não sabiam que corpos flácidos, envelhecidos e enrugados eram tão carentes como os seus corpos jovens e firmes, que o amor não era para se deitar fora descuidadamente, como se fosse uma tarte numa bandeja, a meio de outras que seriam novamente oferecidas. Não, se o amor estivesse disponível, uma pessoa escolhia-o, ou não o escolhia.
— Elizabeth Strout, Olive Kitteridge.
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Finisterra - paisagem e povoamento | Carlos de Oliveira
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Trago os instrumentos do fogo Ponho-os na boca Ponho-os no coração Trago os instrumentos da respiração – Uma montanha, uma árvores que lhe dá abrigo – E suspendo-os nos ramos como pinhas que dão sombra Um lugar fresco para os deportados de Sião nas margens Trouxe também os instrumentos dos mineiros Uma luz na cabeça voltada para o pensamento Um olhar profundo O modo prisioneiro de virem livremente para fora E trago todos os instrumentos na circulação do sangue e na ocupação [permanente Das mãos Para o instrumento difícil Do silêncio
Daniel Faria poesia homens que são como lugares mal situados
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Durante um minuto permanecemos desconcertadamente juntos. Perguntas a ti mesmo em que língua hás-de falar-me, ofereces, antes, uma cebola avinagrada num palito. És jovem e talvez te esqueças de que o Império vive apenas nos sons puros das vogais que te ofereço acima do ruído. Eunice de Souza a rosa do mundo 2001 poemas para o futuro
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Todo o espaço é uma linha no centro do átomo
a que se reduz cada homem, no seu canto de solidão. O horizonte,
que nos parece imenso com o seu desenho matinal,
cabe no fundo de um copo, quando bebemos o primeiro
café, em que os sonhos da noite se desfazem com um sabor
amargo a dia de inverno. E as nuvens descem ao nível dos olhos,
para que as metamos no dedal de uma costura de limites,
e o seu contorno sirva de renda à almofada do tédio. Então,
o ser soltar-se-á desta caixa vazia. Levará com ele o
horizonte e as nuvens; e só se nos agarrarmos a um fio de névoa
poderemos seguir o seu caminho, até esse rebordo de
falésia que o corpo não transpõe. Para lá dele, é o mar
da essência, com as suas marés de inquietação e de
certeza, e o abismo de dúvida que se abre quando o
temporal nos ameaça. Para trás, ficou a existência,
a vida, as coisas concretas, como os sentimentos e
as palavras que formam e transformam o que somos. Porém,
nesta fronteira, que fazer dos caminhos que se nos abrem?
Como avançar, sem barco ou rumo, em direcção a que
porto? E que nos espera no regresso ao lugar de
onde ninguém deve partir se não tiver, no bolso, a carta
de chamada, o endereço, a voz acolhedora de um deus?
Nuno Júdice
50 anos de poesia
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Um colo ficou vazio, intacto na noite, quando te foste em direção a outras noites, e o silêncio ficou a arejar-me o peito que já não tem o teu contorno, que é só escândalo escuro. Carolina Amaral escândalo escuro
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Num país que não é o meu O vento continua a soprar As árvores dão frutos O sol nasce O rio corre O mar ruge A chuva cai As pessoas continuam a rir As pessoas continuam a errar No meu país O vento espera pela licença de soprar O rio espera pelo direito de se derramar O galo espera pela permissão de cantar A chuva espera a regalia de chorar No meu país Só o coração bate sem autorização Só a liberdade paira sem pré-aviso. Faiha Abdulhadi (palestina)
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hoje, dia de todos os demónios irei ao cemitério onde repousa Sá-Carneiro a gente às vezes esquece a dor dos outros o trabalho dos outros o coval dos outros ora este foi dos tais a quem não deram passaporte de forma que embarcou clandestino não tinha política tinha física mas nem assim o passaram e quando a coisa estava a ir a mais tzzt… uma poção de estricnina deu-lhe a moleza foi dormir preferiu umas dores no lado esquerdo da alma uns disparates com as pernas na hora apaziguadora herói à sua maneira recusou-se a beber o pátrio mijo deu a mão ao Antero, foi-se, e pronto, desembarcou como tinha embarcado Sem Jeito Para o Negócio Mário Cesariny a única real tradição viva
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Acabado de vir da chuva,
perguntaste-me
quanto era um côvado.
Pensei
que o assunto em questão
fosse amor.
Mas era uma arca
que estavas a construir,
pequena, só para ti.
Billy Collins // Cupido
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num desses momentos,
a objecto de beleza
sob o aspecto de uma abertura larga,
terá medo que o amor a desfeie e lhe roube o brilho que a envolve.
Nesse momento, serei naturalmente implacável,
por ora, a única abertura visível é a porta da minha casa, ladeada por duas lanternas.
Dentro, e ao lado das nossas casas, estão várias casas,
abrigo que nos permitimos atingir quando sentimos fadiga.
Fadiga muito doce por não se querer sentir a fadiga cruel que
todo o vento brando, àquela hora, espalha pela clareira,
todos somos, de facto, incompletos a certas horas do dia, e
mostrei-lhe a Casa.
Maria Gabriela Ilansol
onde vais drama-poesia?
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Concordou em vivermos
juntos só depois
de termos pendurado imagens
de lugares em todas
as paredes, de modo que houvesse,
para onde se olhasse,
uma ruela ou uma alameda
verde, um ponto de fuga para
em direcção a ele nos movermos.
Andrea Cohen
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Concordou em vivermos
juntos só depois
de termos pendurado imagens
de lugares em todas
as paredes, de modo que houvesse,
para onde se olhasse,
uma ruela ou uma alameda
verde, um ponto de fuga para
em direcção a ele nos movermos.
Andrea Cohen
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Em Vigo preocupei-me sobretudo com o calor excessivo.
Entrei num café claro para beber cerveja. Escrevi um
poema que não sei onde pára. No meio de tudo
o que me acontece e que por vezes desejei
que acontecesse, sou eu que me procuro. Uma pro-
cura relativa, comedida, bem entendido. Porque
a certa altura toma-me o cansaço.
E quase me destruo, ao pensar que cheguei a um
vazio oposto a tudo quanto procurava. A respeito
de mim em Vigo, quase nada. queria comprar
livros. Escolhi dois livros que depois verifiquei não
serem de grande utilidade. Mas ainda não os li.
Ah, gosto de cemitérios. Agradeço ao Nuno, isso. Mas
em Vigo os mortos deambulavam estranhamente
pelas próprias ruas e a galiza continuava deste
modo a ser-me insuportável.
Rui Diniz
ossos de sépia
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Resolvi andar na rua com os olhos postos no chão. Quem me quiser que me chame ou que me toque com a mão. Quando a angústia embaciar de tédio os olhos vidrados, olharei para os prédios altos, para as telhas dos telhados. Amador sem coisa amada, aprendiz colegial. Sou amador da existência, não chego a profissional. António Gedeão poemas escolhidos
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