#Resenhas de livros
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Inscrições Abertas: Parceria com a Editora Arqueiro!
Inscreva-se agora para uma emocionante parceria com a renomada Editora Arqueiro! Apresente sua paixão pela literatura e junte-se a eles.
Prepare-se, produtor de conteúdo literário! A tão aguardada temporada de inscrições para parcerias com editoras está oficialmente aberta, e a Editora Arqueiro já definiu suas datas! Seja você um novato no mundo da criação de conteúdo literário ou um veterano experiente, esta é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. As inscrições começam em 1º de março de 2023 e encerram em 10 de…
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Resenha de "A Metamorfose" de Franz Kafka
*alguns spoilers
A Metamorfose conta a história de Gregor Samsa, um homem que misteriosamente se transforma em um inseto, mudando consequentemente toda a rotina de sua família e a própria
Ao decorrer da sucinta narrativa a gente consegue acompanhar de perto a metamorfose de Gregor, nos momentos em que ele deixa de ser tratado como humano em condições desfavoráveis pelos seus familiares e passa a ser visto como um incômodo e um fardo
Kafka usa de metáforas muito bem pensadas para explorar os dilemas ao redor do considerado "inútil", e como isso desafia a nossa moralidade, do que achamos aceitável ou não
Por exemplo, é fácil pensar que a família de Gregor era interesseira e o via apenas como um meio para fins, e quando ele deixou de ser útil tornou-se um fardo
Mas analisar a situação pela perspectiva da família também é pertinente
cuidar de um inseto, um ser inútil e peçonhento, quando se sente uma grande repulsa e tristeza pela "perda" de um parente pra aquela condição não é muito fácil
Quando se coloca a situação desse jeito, a gente consegue muito bem relacionar a uns certos problemas que muitas famílias enfrentam até hoje
(acho inclusive muito interessante como Kafka alegadamente pediu que não colocassem inseto nenhum na capa deste livro, porque não queria que fosse interpretado de forma literal, provavelmente temendo que a caracterização de um inseto tirasse o foco da moral que a história tenta passar. Infelizmente acho que quase nenhuma editora, antiga ou contemporânea, acatou o seu pedido)
E é difícil ler esse livro e não ficar extremamente pensativo depois, simplesmente maravilhoso como um simples conto, tão simples se o analisar superficialmente, consegue expor um dilema social tão pertinente e atual, apesar da idade da obra
Filosofei legal, muito obrigado pela atenção e até a próxima
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27 de outubro de 2024. Domingo.
Terminei a 8ª leitura do ano: Ninfeias Negras de Michel Bussi, mais uma aposta para o Suspense do Ano.
É difícil fazer um resumo dessa história, mas, basicamente, é sobre a investigação de um assassinato que aconteceu em Giverny, a cidade em que o pintor Monet criou as suas mais famosas obras.
O livro se divide em acompanhar três personagens femininas que rodeiam o assassino e a investigação em si.
O legal da história é descobrir um pouco sobre a história de Monet (que está intimamente ligado com o assassinato de uma forma bem legal). Por outro lado, o que mais me incomodou foi a falta de exploração das relações dos personagens... Tudo apareceu que aconteceu DO NADA, sabe?
Eu achei o começa bem OK, só que as últimas cem páginas são muito boas!!! O livro foi feito para enganar a gente!! E vamos combinar, é mais legal cair na armadilha do autor do que adivinhar o final.
Vale a leitura.
/// #embuscadosuspensedoano2024
Esse é o último forte candidato ao suspense do ano que pretendo ler esse ano e, sinceramente, ainda preciso de um tempo para decidir entre ele e ex/mulher (apesar de, no momento em que escrevo isso, eu estiver pendendo para escolher esse...)
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★★★★★
Para encontrar seu cachorro de estimação, Cebolinha conta com os amigos Cascão, Mônica e Magali e um plano ´infalível´. Os irmãos Cafaggi abriram a série Graphic MSP com chave de ouro, 'Laços' foi o começo de tudo, trazendo muito sucesso à marca 'Turma da Mônica'. Em ´Laços´, os irmãos Vitor e Lu Cafaggi levam os clássicos personagens de Mauricio de Sousa a uma aventura repleta de emoção, lembrança e perigos.
A história é bem simples, que traz mensagens sobre amizade e faz lembrar como era bom ser criança. A história utiliza-se da palavra laços e seus significados como metáfora para a trama, por exemplo, como a turminha se uniu ainda no jardim de infância criando laços que nem os planos infalíveis conseguem quebrar e também temos os laços de amor entre Cebolinha e Floquinho.
Você vai encontrar muito do filme 'Conta Comigo' na história, com uma pitada de 'Os Goonies', entre outros filmes oitentistas sobre amizade. Ao decorrer da história temos participações especiais de personagens clássicos dos gibis que deixa a história bem mais familiar, como Titi, Xaveco e Maria Cascuda. Há algumas referências à cultura nacional, como um pôster do Roberto Carlos e à própria mitologia das histórias da 'Turma da Mônica'.
A arte é realmente algo muito bonito nessa HQ, trazendo um clima antigo. Há uma boa combinação de traços, ora delicados ora divertidos, e aumentam a tensão e as encrencas, bem como criam um ar mais intimista nos momentos necessários. Nada é por acaso, cada quadro, cada cor, cada expressão é intencional e serve para intensificar as emoções presentes na história.
Existem momentos na HQ que não há palavras, pois se mostram desnecessárias, como é o caso da cena de abertura, onde vemos o pai de Cebolinha chegar em casa uma caixa misteriosa. Todas as emoções necessárias estão presentes na arte.
'Laços' é muito intimista e é nesse detalhe que essa graphic novel se sai tão bem. Não é uma história espetacular, inovadora ou surpreendente, mas consegue passar emoção e fortalecer o laço entre os personagens e entre o leitor e os personagens. 'Turma da Mônica: Laços' é uma história que traz uma atmosfera de infância, que te faz lembrar mais uma vez o porquê você sempre gostou tanto da turminha do bairro do Limoeiro.
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LIVRO: A Natureza da Mordida - Carla Madeira
O que você não tem mais que te entristece tanto?
Deixarei o resumo do livro, sem spoilers, neste primeiro parágrafo. Nos próximos, não me comprometerei, rs. O livro conta o encontro de Biá, uma psicanalista aposentada, que aborda Olívia, uma jovem jornalista devastada por uma perda. Esse encontro desencadeia uma série de conversas íntimas, revelando as histórias de ambas. A narrativa objetiva de Olívia e as anotações sarcásticas de Biá expõem eventos passados, destacando as diversas formas de abandono que ambas sofreram e causaram.
Sim, eu emendei dois livros da Carla Madeira. Me arrependo? Não. Saí com algumas ressacas literárias? Sim. Ao mesmo tempo que acho que acertei no timing desse livro, acho que também errei. Me identifiquei demais com este e precisei tirar um tempo para digeri-lo.
Gosto muito da escrita da Carla. Sinto uma confusão mental com ansiedade, bem fluxo de pensamento estilo Clarice Lispector, e tão bem escrito quanto. Traz uma delicadeza e acalanto ao mesmo tempo que é misturado com ansiedade. Nas primeiras páginas do livro já era perceptível que iria sofrer com ele.
"Você sabe o que eu aprendi sobre o amor? Que nem sempre ele ouve quando chamamos..."
Nessa passagem da segunda imagem, eu estava em uma viagem de férias em Barcelona, mas não conseguia me desvencilhar deste livro, então, em toda e qualquer oportunidade, estava com ele. Estava passando por um mix de sentimentos pessoais e essa passagem me pegou totalmente desprevenida.
Biá com acento no "Á" é a maluca mais lúcida que a literatura trouxe.
Apesar das páginas girarem em torno de Olivia e sua perda no começo, claramente a personagem principal desta história é Biá.
Biá me lembrou tantos personagens da vida real. Tantas emoções que foram abafadas dentro de si, tantos enredos que criamos na nossa cabeça a fim de tentar mudar os acontecimentos reais.
Outro personagem que começa a ganhar relevância mais para o final da história é a mãe de Olivia e tudo o que ela passou - gostosas também sofrem. Brincadeiras à parte, tudo o que foi contado sobre ela cria um embrulho no estômago. Aquele embrulho de ser mulher que a gente sabe bem.
Porém, na trama principal de Olivia e Rita, não consegui me conectar com a fixação que Olivia tinha pela amiga, antes mesmo da tragédia. O que era grande para ela, com toda certeza, não era isso tudo para Rita.
Chegando no final do livro, também senti uma repetição de histórias, várias páginas da mesma história - só que agora com mais fluidez - que já vínhamos lendo ao longo dos encontros de Olivia com Biá. Diferente do que senti com as histórias repetidas de Biá contadas por Tereza, sua filha. Porque não eram especificamente repetidas, eram novas perspectivas de um mesmo fato.
"Ele se foi do pior jeito que alguém pode ir: ficando"
Essa frase ecoou na minha cabeça semanas a fio. Seria uma pena ter me identificado tanto com ela? Fiquei pensando se tivesse tido a oportunidade de Rita de ter esse reencontro, se teríamos o mesmo desfecho.
Bom, este livro me pegou do jeito mais íntimo que poderia. Não à toa eu passei alguns dias achando que seu título era: "A Natureza da Mordida Mórbida", rs. É de uma delicadeza e morbidez transvestida de inteligência emocional.
Biá com acento no "Á" me inspirou. Mas, que eu não guarde as mesmas mazelas para não chegar à loucura.
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Resenha do livro O meu pé de laranja lima:
Esse livro conta sobre um menino chamado Zezé. Ele é de uma família muito pobre com muitos irmãos e irmãs e seu pai é desempregado. Sua situações são muito ruins mas no meio do livro ele encontra uma pessoa para se refugiar de seus problemas que é um homem chamado Manuel Valadares ou Portuga. Eu fiquei muito triste pois no final ele morre.
Vale muito apena ler esse livro mas ele é muito triste.
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Declínio de um homem - Osamu Dazai
TW do livro: Abuso Infantil, depressão, suicídio
"Declínio de um homem", dos muitos livros que li, essa foi a história mais trágica e marcante e que me destruí emocionalmente mas ao mesmo tempo me deu acolhimento, sinto que o Osamu Dazai me entenderia e o fato dele ter morrido me entristece todos os dias.
A obra retrata de forma melancólica a decadência de um personagem em meio ao caos e desespero de sua própria existência. A narrativa fusiona a deterioração física e emocional do protagonista, que se vê cada vez mais distante de si mesmo e dos que o rodeiam.
Dazai constrói uma atmosfera sombria e depressiva ao longo do livro, destacando a solidão, a melancolia e a falta de sentido da vida do personagem principal. A perda de controle sobre sua própria trajetória é evidente, assim como a desesperança que o consome lentamente.
À medida que o personagem se afunda em sua própria angústia e desilusão, o leitor é levado a refletir sobre a fragilidade da condição humana e a inevitabilidade do declínio pessoal. A narrativa de Dazai é envolvente e perturbadora, levando-nos a questionar o significado da vida e a brutalidade do destino.
"Declínio de um homem" é uma obra que nos faz encarar a realidade crua e implacável do ser humano, sem rodeios ou ilusões. É um retrato corajoso e visceral da fragilidade da existência e da inevitabilidade da decadência. Uma leitura que nos convida a refletir sobre nossos próprios medos e anseios, e a encarar a vida com toda a sua complexidade e crueldade.
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Não porque esse livro é uma releitura sáfica do Fantasma da Ópera. Já quero por isso.
Aí fui ler resenhas e descubro que é yuri tóxico. Agora que eu quero mesmo.
As únicas resenhas negativas criticavam a editora que mandou um brinde, um broche, ENFIADO NA CAPA DO LIVRO. Imagine receber um livro novo com um furo na capa.
#não li a duologia anterior da autora#mas parece que ela evoluiu bastante nesse de acordo com as resenhas#espero gostar a expectativa tá alta#não acompanho muito editoras e tals mas vejo muita gente criticando a galera record#livros#literatura brasileira#brblr
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O Xangô de Baker Street
O romance cômico policial brasileiro "O Xangô de Baker Street" é o primeiro romance escrito pelo humorista, dramaturgo e escritor Jô Soares. Que vai trazer , aliada a uma pesquisa histórica da vida no Rio de Janeiro durante o segundo reinado, a vinda de ninguém mais ninguém menos que Sherlock Holmes ao Brasil.
O livro foi uma recomendação antiga que estava pegando pó a muitos anos já na minha estante mental ( desculpa mãe), e com a oportunidade de trazer literatura brasileira a página o momento dele chegou (risos). Li o livro em questão de dias, intrigada em saber quem era o assassino ri e participei das atrapalhadas investigações que Jô Soares faz o pobre inglês passa.
A primeira ressaca, a invenção da caipirinha, o primeiro amor de Sherlock sendo uma mulata e muitas e muitas cenas constrangedoras que os brasileiros boêmios da “Malta” fazem os ingleses passarem tornam o livro envolvente. Não foram poucas as vez que segurei sinceras gargalhadas pelas gafes do detetive inglês.
O livro é uma mistura engraçada de cenários e personagens históricos e fictícios. A vinda da legendária atriz Francesa Sarah Bernahard ao Rio de Janeiro e o desaparecimento de um violino Stradivarius faz com que D.Pedro II acabe chamando Sherlock Holmes ao Brasil e é claro, junto dele o fiel escudeiro dr. Watson. No meio da trama nos deparamos com Olavo Bilac, Chiquinha Gonzaga, Paula Nei (que eu jurei por metade do livro que era uma mulher), Guimarães Passos, Coelho Neto, que hora ajudam, hora gozam dos dois ingleses em meio as investigações.
Investigações que se tornam sérias quando veem que o caso do stradivarius desaparecido está possivelmente nas mãos do primeiro serial Killer brasileiro.
O livro passa por lugares famosos do Rio que eu como "manézinha da ilha" (Nascida em Florianópolis) não conheço, o que me fez ficar tão perdida quanto, se não mais, que o próprio Sherlock andando por lá. Mas não deixei de me sentir parte da trama, principalmente nas reuniões do grupo "Malta" como se autodenominaram, no bar do necrotério onde realmente me sentia ouvindo conversas e teorias de bons e velhos amigos entre si e junto deles, Sherlock e do delegado Mello Pimenta tentei decifrar os enigmas do louco assassino de jovens moças.
Jô Soares colocou no livro e claro rindo muito da forma com Jô fazia de mim uma quase amante dos livros de Sherlock rir das bobagens que ele faz Sherlock cometer ao longo da trama.
Pelos poucos dias que estive lendo o livro não consegui descobrir quem era o assassino antes dele mesmo se mostrar, fiquei indignada com isso (risos) achava que com minhas muitas experiências de investigação eu teria encontrado de primeira, mas pelo menos eu estava na trilha certa.
O Xangô de Baker Street se você ainda não leu é a minha recomendação de leitura de uma aventura que vai te surpreender do começo ao fim.
resenha por: Tainá✨
#gliterarias#literatura#livros#resenha#Jô Soares#sherlock holmes#dr john watson#Xangô de Baker Street#literatura nascional
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O worldbuilding de Dragões de Éter tão criativo. A ideia que nós somos os semideuses que mantêm os personagens vivos deixa tudo mais imersivo.
As bruxas serem fadas (forma avatar dos semideuses) que um dia se corromperam parece até algo bíblico
E a forma que o autor trabalha os acontecimentos dos contos de fadas não só no psicológico dos personagens mas no contexto político do mundo é GENIAL
#dragões de éter#raphael draccon#bookblr#livros#livros nacionais#books#high fantasy#fantasia#brblr#resenha#ariane narin#maria hanson#João hanson
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Resenha: Perdida, de Carina Rissi
Livro: Perdida Série: #1 - Perdida Autora: Carina Rissi Gênero: Romance de Época, Fantasia Ano de Publicação: 2013 Editora: Verus Páginas: 364 Classificação: +14
É, estou começando a achar que o amor da minha vida está mesmo a dois séculos de distância de mim! 😂
O favorito dos romances de época nacionais, Perdida é um livro indispensável para os amantes do gênero.
A história contada é a de Sofia Alonzo, uma jovem antenada do século XXI, amante das tecnologias e tudo que a evolução da ciência pode oferecer, acaba deixando o seu celular cair numa privada nojenta de um bar dando adeus a todas as engrenagens que fazem sua vida funcionar.
Que exagero… Porém, determinada comprar um novo, Sofia acorda no dia seguinte e parte em direção a loja mais próxima onde uma agradável e peculiar senhora lhe oferece um modelo único de celular garantido que Sofia terá tudo o que precisa.
Ao sair da loja e tentar ligar o aparelho, uma luz ofuscante faz com que ela tropece e acabe caindo literalmente no século XIX. Ela fica desnorteada por um segundo e então alarmada ao notar que a primeira pessoa a lhe prestar socorro é um homem sobre um cavalo usando roupas formais e um pouco antiquadas para o tempo de Sofia.
Ian Clarke, o cavalheiro, fica abismado com os trajes "estranhos" da garota mas ainda assim oferece a sua casa agora que ela fique hospedada até a lembrar de como volta para casa.
Logo, Sofia descobre através de uma mensagem no celular novo, que o pequeno aparelho causara toda aquela confusão e que se ela quisesse voltar para o seu século, teria que completar uma missão que nem mesmo ela sabia qual era.
Enquanto tenta se adaptar às formalidades, costumes e à falta de modernidade do século XIX, Sofia começa a se apegar às pessoas que ali vivem. Além disso, para seu pesar, parece que cada vez que se aproxima mais de Ian, mais perto de voltar para casa ela fica. Ou melhor, o que ela costumava a chamar de casa.
Perdida é um livro envolvente, divertido, engraçado e romântico que te faz desejar ser levada a outro século só para ter certeza se sua alma gêmea não está lá. É um livro sobre encontrar a si mesma e o lugar onde você e seu coração realmente pertence; mesmo com todas as dificuldades, o amor acaba vencendo.
A obra foi o primeiro contato que tive com um livro de romance de época anos atrás e não fiquei nem um pouco arrependida de dar uma chance; acabei me apaixonando pelo gênero e pela escrita incrível da Carina Rissi.
A série Perdida é formada por seis livros (o último ainda não foi lançado) e está muito perto de ganhar uma adaptação cinematográfica!
Ainda não leu? Tá esperando o quê para viajar no tempo e se apaixonar perdidamente por Ian Clarke?
NOTA: 🌟🌟🌟🌟🌟 + 💖 - 5/5
*resenha escrita e publicada originalmente no skoob em 2016*
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resenha #5︱o retrato de dorian gray
"Toda a arte é completamente inútil."
avaliação: ★★★★★
Oscar Wilde, um dos maiores nomes da literatura ocidental, tem em torno de trinta e nove escritos publicados. Entre estes, O Retrato de Dorian Gray é seu único romance. Publicado em 1890 pela Lippincott's Monthly Magazine, é mundialmente visto como o livro que trouxe consigo a inquietude das opiniões morais por meio de sua homossexualidade implícita e foi utilizado contra o próprio autor anos mais tarde, levando-o a cumprir uma sentença de dois anos no cárcere de Reading Gaol, na Inglaterra.
No livro, acompanhamos Basil Hallard, um pintor humilde com princípios fortes na vida. Este, após conhecer Dorian Gray, se encontra fascinado pela pureza e beleza no rosto do jovem, encontrando nele a nova modalidade de suas pinturas e forçando-se a pedir que deixe transformar suas feições em um retrato. Dorian, sem saber que aquele mesmo retrato o assombraria pelo resto da vida, aceita.
Mais tarde na história, Basil apresenta-o a Lord Henry Wotton, um aristocrata e hedonista que vê significado útil apenas na juventude e na beleza, e em usufruir ao máximo delas. Este, então, mostra a Dorian um novo mundo, onde prova que a pureza de uma pessoa pode ser facilmente corrompida.
"A única justificação para uma coisa inútil é que ela seja profundamente admirada."
Se meu único trabalho na vida fosse falar desse livro, trabalharia até sem remuneração. Gostaria de começar expressando os pontos da minha opinião por meio de alguns fatos interessantes acerca das consequências que esse livro gerou na vida e carreira do autor e o escândalo que causou na época de seu lançamento.
Conhecido por ter duas versões, censurada e não censurada, O Retrato de Dorian Gray trouxe uma onda de opiniões quando alcançou os leitores e críticos. Como muitas obras do século, foi considerada imprópria, imoral e até mesmo rotulada como venenosa.
Foi tanta desaprovação direcionada a obra e ao autor, que a revista responsável pelo livro na época deixou de distribuir exemplares, mesmo após seu editor retirar em torno de 500 (quinhentas) palavras do manuscrito original que, por sinal, foi feito sem o consentimento de Wilde. Foram longos vinte anos sem autorização para publicarem qualquer trabalho seu, dos quais dois ele passou na cadeia cumprindo uma sentença por meio de trabalhos forçados.
De maneira geral, o livro ia contra as normas padronizadas da época, principalmente com suas menções de cunho sexual e homossexualidade implícitos. Muitos acham que o livro possui essa homossexualidade de maneira explícita, mas pelo que senti lendo, pelo menos a versão editada pela Companhia Penguin, é que se lido sem atenção, então não se pode perceber essa linha tênue entre a negação e o amor de Dorian por Basil e vice-versa. Eu a encontrei nas entrelinhas e nas poucas palavras que pairavam no ar.
Para uma noção maior do impacto que essa obra teve, quando li Maurice, romance clássico de E.M Foster, conhecido principalmente por sua representatividade homossexual no século XX, fiquei tragicamente encantada com o nome de Wilde sendo utilizado para representar os sentimentos do personagem principal. Maurice, quando chega ao consultório do médico, buscando uma cura para o que até então era considerado uma doença e crime perante a lei, tem a seguinte conversa com o doutor:
"Você está bem", repetiu o médico. "Pode casar-se amanhã, se desejar, e se quiser aceitar o conselho de um velho, é o que deve fazer. Vista-se agora, há uma corrente de ar. Como foi meter essa ideia na cabeça?" "O senhor nunca adivinhou", ele disse, com um toque de desdém misturado ao terror. "Sou um dos imencionáveis, do tipo de Oscar Wilde."
Tudo que posso dizer é que qualquer mero indício de Wilde em diferentes obras melhora elas em milhões de vezes, e desta vez provou o quanto O Retrato de Dorian Gray alcançou as pessoas, tanto duma maneira desprezível quanto representativamente.
Os personagens, principalmente Lord Henry — ou Harry — foram tão bem desenvolvidos dentro deste cenário assombroso em que, gradualmente, vemos todos (talvez com exceção de Basil) se tornarem seres abomináveis. A repugnância que toma conta da personalidade de Dorian, a vulnerabilidade de Basil que com o tempo vai cedendo e Harry, que continua a acreditar no hedonismo, que a juventude deve ser eterna e o prazer é a maior forma de felicidade, levando Dorian a crer nas mesmas. O Crescimento de Gray ao lado do retrato que seu amor nunca acatado trouxe a vida, pendurado na parede de sua casa é o suficiente para levá-lo a loucura quando já não mais reconhece o menino de tinta que o observa tão intensamente.
Adoro a formatação do enredo, como acompanhamos esse crescimento de Dorian até uma idade superior, podendo desenvolver seus pensamentos, opiniões e sentimentos ao decorrer de uma vida praticando todo o tipo e coisa que Basil definitivamente não aprovaria, mas que Lord Henry havia o desensinado a viver sem.
"Os livros que o mundo chama de imorais, são os livros que mostram ao mundo sua própria vergonha."
Foi um livro excepcional. Além de ser um clássico ótimo para iniciantes, é daqueles que viverá na sua cabeça para sempre. A escrita predominante por seus poucos diálogos e páginas cobertas por parágrafos filosóficos nunca me foi tão atraente quanto nesse livro. O prefácio é simplesmente absurdo. Mensalmente me encontro relendo ele e memorizando techos. A partir da primeira linha, onde Wilde diz que o artista é o criador de coisas belas, já sabia que não seria mais a mesma ao fim da leitura.
Ainda pretendo ler a versão sem censuras, publicada pela editora Dark Side e trazer pra cá uma resenha comparando ambas, mas por enquanto tudo que posso fazer é recomendar essa maravilha e esperar que minhas palavras sejam o suficiente.
𝐢𝐧𝐟𝐨 𝐝𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨:
Editora: Companhia Penguin.
Páginas: 245
Gênero literário: literatura gótica, literatura decadente, romance filosófico.
Autor(a): Oscar Wilde.
Tradução: Paulo Schiller.
Classificação indicativa: +14
Data de publicação dessa edição: 12 de abril de 2012
Data de publicação original: julho de 1890
Gatilhos: morte animal (caça), racismo, sexismo, suicídio, assassinato, misoginia, gordofobia, antissemitismo, morte, sangue, drogas, discriminação contra deficientes físicos.
𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐞𝐦:
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Resenha de "Noites Brancas" de Fiódor Dostoievski
*sem muitos spoilers
Noites Brancas nos apresenta o sonhador, um homem louco apaixonado pela ideia de amar, nunca teve ninguém mas sonha com o momento em que encontra uma pessoa pra compartilhar o imenso amor que ele tem dentro de seu corpo
até que em seu caminho ele se depara com a jovem (esquisitamente muitíssimo jovem, 15 anos💀) Nastenka, que teve seu coração partido por um amante que a deixou com a promessa de voltar.
Ele se afeiçoa por ela, ela pede para que ele não se apegue mas ele ainda tem a esperança de que ela possa, no fim, retribuir o grande amor que ele tem pra dar
e, meu deus, como esse livro me cativou
Tenho certeza que Dostoiévski tava num mindset diferente escrevendo esse livro porque ir de "Crime e Castigo" para "Noites Brancas" é um pulo tremendo
Até acho que comecei a ler ele errado, a intensidade/densidade do ambiente de Crime e Castigo realmente pega de surpresa uma pessoa que não tá acostumada com a escrita de Dostoiévski
ele é um querido mas temos que admitir que ele gosta de escrever a bessa sobre coisas não muito relevantes a narrativa
Esse livro é bem curtinho (esta informação é extremamente importante já que estamos falando de Dostoiévski) bem tristinho e bem melancólicozinho do jeito que Bebel gosta
eu me envolvi real na história, fiquei alteradíssima lendo. Só o Jorge Amado tinha tido a proeza de me afetar tanto emocionalmente numa leitura
O plot twist é super previsível mas me pegou com força, destruiu a semana que eu li, destruiu meu coração minha alma e eu adorei
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15 de setembro de 2024. Domingo.
Terminei Ex/Mulher de Tess Stimson. Essa foi uma das apostas para ser o suspense do ano e, depois da decepção de A Camareira, me surpreendeu.
Ex/Mulher é sobre o triângulo amoroso entre Andrew, Louise (a ex) e Caz (a atual). O livro começa com as mulheres sendo flagradas na cena do homicídio de Andrew. A partir disso, a autora narra todos os embates que elas tiveram até culminar ao assassinato, em que ambas são as principais suspeitas.
Em nenhum momento achei a leitura ruim, mas ela não me prendeu logo de cara (ainda mais que tenho pouco tempo para ler). Só que, nas últimas 100 páginas, a história vai escalonando de uma forma que não tem como não ficar imerso.
O mais legal da história foi descobrir o passado e o limite de cada protagonista. E, por causa disso, ficar alternando sua torcida (ou torcer por nenhuma...).
/// #embuscadosuspensedoano2024
Apesar de Ex/Mulher não ser um livro 5 estrelas, ele é bom o suficiente para o título de Suspense do Ano. Mesmo assim, vou dar uma chance para Ninfeias Negras de Michel Bussi.
#livros#meusposts#leituras#diário de leitura#embuscadosuspensedoano#brasil#bookblr#embuscadosuspensedoano2024#resenha#ex/mulher#tess stimson
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Tudo o Que Eu Sei Sobre o Amor- Dolly Alderton
O livro para você ler nos seus 20 anos🌞
Esse livro foi uma experiência pra mim. É a biografia de uma mulher intensa, muito vivida, com tantos causos para contar que em alguns pontos do livro você chega a ficar sem fôlego.
Foi incrível acompanhar seu amadurecimento e suas diferentes perspectivas da vida ao longo de sua adolescência, início de seus 20 anos e seu final.
É o tipo de livro que se você não viveu a experiência da infância/ começo da adolescência até 2010 você talvez não se identifique. Se você tem menos de 20 anos provavelmente não vai gostar nenhum pouco dele. Eu mesma tive dificuldade de me identificar no começo, mas ao longo dos 20 e poucos anos dela, consegui criar algum laço, já que aparentemente nenhuma experiência é única mesmo né.
É um livro em que a gente acompanha sua pré adolescência até seus 30 anos. Ao longo do livro vemos ela se afundando e reerguendo, vemos sua história sem frufrus ou rodeios, é aquilo cru, com todos os defeitos escancarados, uma história real, sabem? Mas ao mesmo tempo é quase um manual, com dicas de receitas, lista de compras, indicação de filmes e livros.
São conselhos de irmã mais velha que acha que já viveu muito enquanto você não viveu nada ainda. Mas que da um aconchego meio do tipo, não, não deu tudo errado, se você está com medo do futuro, de tudo sair dos seus planos, não está tudo perdido, fique tranquila (além do clássico “tem sempre alguém pior que eu” pairando a cada página).
Não, não acho que é o tipo de livro que todo mundo vai gostar. Mas acho que mulheres na casa dos 20 deveriam dar uma chance. Quem gosta da Sally Rooney provavelmente vai gostar.
A resenha ficou tão confusa quanto o livro talvez, mas espero que gostem 🫣
#resenha#dolly alderton#tudo o que eu sei sobre o amor#all i know about love#resenha de livros#biografia
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LIVRO: Caim - José Saramago
Depois de chegar na metade do Livro do Desassossego pelo Kindle, eu CISMEI que precisava comprar a versão física. Eu não viveria sem. Então, em um dia de semana normal, pesquisei uma livraria, desci a rua e fui. Chegando lá, perto do livro que eu estava buscando, assim, do ladinho mesmo, vi aquela versão clássica portuguesa dos livros do Saramago e um título que eu não conhecia: Caim.
Li poucas coisas dele, apenas algumas obras soltas e Ensaio Sobre a Cegueira. E esse era o ÚNICO livro dele na mesa, e com o nome da história bíblica que também inspirou outro título que li recentemente: Véspera, da Carla Madeira. Entendi como um sinal. Que eu poderia até chamar de divino, rs... se esse livro não tivesse o objetivo de revirar essa ideia do avesso.
Saramago vai passando pelas histórias bíblicas com uma enorme dosagem de crítica e ironia. Ironia essa que não se vê apenas no storytelling, mas também na escolha consciente de algumas palavras, como, por exemplo, "deus" com letra minúscula, etc.
"Este episódio, que deu origem à primeira definição de um até aí ignorado pecado original, nunca ficou bem explicado. Em primeiro lugar, mesmo a inteligência mais rudimentar não teria qualquer dificuldade em compreender que estar informado sempre será preferível a desconhecer, mormente em matérias tão delicadas como são estas do bem e do mal, nas quais qualquer um se arrisca, sem dar por isso, a uma condenação eterna num inferno que então ainda estava por inventar. Em segundo lugar, brada aos céus a imprevidência do senhor, que se realmente não queria que lhe comessem do tal fruto, remédio fácil teria, bastaria não ter plantado a árvore, ou ir pô-la noutro sítio, ou rodeá-la por uma cerca de arame farpado. (...) e se o senhor nunca havia reparado em tão evidente falta de pudor, a culpa era da sua cegueira de progenitor, a tal, pelos vistos incurável, que nos impede de ver que os nossos filhos, no fim de contas, são tão bons ou tão maus como os demais."
Eu queria reduzir esse destaque, mas tenho tanta coisa para falar que não consegui escolher o que cortar. Primeiro, ao longo das histórias, Saramago insere sua opinião pessoal, seus questionamentos e sua interpretação para a história. O segundo ponto foi me questionar o que de fato gerou tanto alvoroço quando este livro saiu. E, por fim, mas não menos importante, gosto de descobrir algumas pequenas obsessões dos autores que vão se repetindo quase que involuntariamente. Como, por exemplo, neste trecho, Saramago mostra sua pequena obsessão pela cegueira subjetiva. Ou como em Pequena Coreografia do Adeus, onde a autora tem uma grande questão com descrição de cheiros. Ou no Livro do Desassossego, onde Pessoa traz o tempo todo suas questões em relação ao sono.
Mas e Abel, hein? Ele é vilão, afinal?
Quando li a primeira vez, vi grandes semelhanças com a interpretação da Carla Madeira para o mesmo personagem e fiquei intrigada com o que os fez pensar que, em uma história tão rápida e sem detalhes, imaginaram que Abel fosse egoísta e exibido, quase com um toque de "vilão". Mas, depois percebi que, na verdade, Véspera é inspirada em Caim, principalmente na questão de Caim ser chamado de Abel de vez em quando.
A versão original é bem curta também e com certeza não abre espaço para pensarmos isso. Mas há outro ponto que me intriga na história original. Acho curioso Deus ter conversado com Caim antes mesmo do acontecimento, como se previsse:
E aí volta o primeiro questionamento, aquele que eu fiz lá em Véspera: Deus queria mesmo testar até onde ele ia? O tal do livre-arbítrio... Será por isso a misericórdia de um Deus que, até então, não era tanto assim?
Gostei da forma como ele interpretou o castigo de Caim como andarilho. Gosto de como algumas referências religiosas distintas se misturam ao longo das páginas. Gosto de como ele misturou a misteriosa mulher de Caim com Lilith. E gosto de como Saramago questiona tudo o tempo todo.
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