#Primeiras mexidas
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Quando o bebê começa a mexer na barriga: O que esperar em cada fase
A gravidez é uma jornada repleta de momentos emocionantes, e sentir o bebê mexendo pela primeira vez é um dos marcos mais inesquecíveis para os pais. Este artigo detalha tudo o que você precisa saber sobre quando o bebê começa a mexer na barriga, o que esperar em cada fase e como essas movimentações refletem o desenvolvimento do seu pequeno. O início dos movimentos do bebê: Quando ocorre? Os…
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Medo do Medo - QSMP Oneshot repost
E se as explosões não fossem avisadas tão cedo?
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O hospital da ilha nunca esteve tão cheio, os moradores correndo de um lado pro outro, os médicos e os policiais fazendo perguntas que o choque das explosões não deixava responder.
— Senhor, conseguiria dar alguns depoimentos? — O veterano de guerra assentiu sem tirar os olhos de seu filho, que tremia e chorava ainda do choque.
[...]
A animação das crianças, o coração agitado dos adultos pós aquele debate acalorado. Fit e Ramon seguiam mais atrás dos outros pais, o garoto de seus onze anos conversava agitado com o pai sobre as coisas que fizera quando saiu com o gêmeo na noite passada e, sendo sincero, Fit gostava de ouvir seu garoto falando tanta bobagem quanto naquele momento. Ele não entendia quase nada que o filho falava, mas mesmo assim o ouvia com tanta atenção que fazia o outro se sentir ainda mais confortável para falar pelos cotovelos.
Em meio a falação, Ramon, atento como sempre, até porque não tinha como não ser quando se crescia com um pai traumatizado pela guerra, percebeu um padrão esquisito na parede do prédio que iam adentrar.
— Vamos, Ramon, estão esperando a gente lá dentro. — O homem mais velho falou ao perceber que o filho parou para olhar a parede. O careca se aproximou ao ver o filho mexendo no mármore solto do prédio. — Filho?
E, ao ver o que o filho via, o coração de Fit gelou e, mais uma vez, ele se via no campo de guerra, pisando com cuidado na grama mexida, vendo seus companheiros e amigos caindo ao seu lado, ele viu tudo aquilo novamente. Tudo veio a tona ao ver seu garoto a centímetros da TNT presa a parede
— Pai? Isso é...
— Ramon, vem para trás com cuidado. — Ele podia ver as lágrimas formando-se nos olhos do filho. Cacete, eu não queria que você sentisse isso também.
Fit não tirou os olhos do filho enquanto as tremedeiras voltavam e a dor no braço voltava. Maldito membro fantasma. Ele agarrou o braço do primeiro que passava e apenas sussurrou:
— Esse lugar está cheio de TNT.
[...]
— ¡¿Donde está Cellbit?!
Roier entrou correndo no hospital, os olhos correndo pelos pacientes, pelas pessoas que ele conhecia machucadas e sangrando. O coração batendo rápido no peito, a cabeça a milhão e as mãos frias, ele iria desmaiar a qualquer momento. Viu Forever e Pac ao lado de uma das salas e correu, correu na velocidade da luz quase em busca do marido.
— Roier!
— ¿Donde está el? ¡Digame, Forever! — O desespero perceptível assustou o loiro. O medo crescendo no peito.
— Roier, ele está aqui dentro... — O mexicano já tentou empurrar os brasileiros, mas Pac continuou falando enquanto o segurava. — Mas... Mas ele talvez não seja mais o mesmo...
¿Como?
[...]
— Esse lugar está cheio de TNT.
O que Fit queria dizer com isso? Cellbit observou Ramon andando lentamente para o pai enquanto ele se aproximava da parede, remexeu com cuidado no local e ao ver a quantidade ali, gelou.
Muitos pensamentos passaram em sua mente, mas não conseguia distinguir nenhum deles, a não ser pelo sorriso de seu filho. As passadas apressadas se tornaram uma corrida desesperada para dentro do prédio e ao ver as crianças felizes ali com os pais, a mente do gato apagou.
— Corram! — Ele gritou a plenos pulmões chamando a atenção de todos enquanto corria em direção a Richarlyson.
— Pai! — O sorriso largo com dentinhos tortos do garoto desapareceu ao ver o quão desesperado seu pai Cellbit estava.
— Saiam todos daqui! Este lugar está cheio de dinamite! — Pegou o filho no colo, o entregando para Mike, que saiu correndo com o garoto no colo.
— Pai!
Cellbit nem ao menos enxergava o desespero dos adultos correndo com os filhos no colo, muito menos ouviu a primeira explosão acontecer, seus olhos estavam presos a uma única criança.
Uma criança que passou o dia contando os minutos para aquele momento, que foi a primeira a chegar ao evento de boas vindas de seu pai que não aparecia tinha meses, a garota que olhava confusa às paredes que explodiam. Seu pai havia preparado aquele show para sua chegada? Onde ele estava, afinal?
— Tallulah! — Ele gritou e, quando ela virou para olhá-lo, mais uma explosão ocorreu.
Conseguia sentir o sangue escorrendo de seu ouvido, conseguia ver a menina cobrindo os ouvidos e gritando e seu corpo ardendo como tudo, mas ele não poderia parar, ele não deixaria Tallulah ali. Ao alcança-la, a pegou no colo enquanto a mesma chorava, implorando por seu pai que nunca apareceu, e correu como se sua vida dependesse disso e realmente dependia, mas ele não se importava consigo agora.
Terror. Pavor. Nunca sentira tanto estes sentimentos como agora, pois nunca se importou consigo mesmo, mas agora ele tinha alguém a proteger, alguém indefeso que precisava de um adulto, de um herói.
Durante aqueles cem metros, que mais pareciam cinquenta quilômetros, mais três explosões ocorreram. Escondeu o rosto de Tallulah na curva de seu pescoço enquanto o mármore caído do teto cortava sua pele, acelerava as pernas enquanto sua pele pegava fogo e era queimada ali naquele momento. Ao ver Forever correndo para si, apenas pode entregar a menina e ver o amigo correr antes de perceber onde havia pisado.
Olhou o pé e viu que era seu fim. O pé em cima da dinamite brilhante o fez perceber que aquela era uma morte justa, afinal era um assassino frio, um canibal, um fugitivo, o pior tipo de ser humano. Respirou fundo e aqueles dois segundos pareciam horas, seu cérebro tentava amenizar a dor do impacto, enviando adrenalina ao seu corpo e projetando suas melhores memórias diante de seus olhos.
Fechou os olhos e apenas se permitiu explodir, se permitiu queimar. E achou que doeria mais perder a consciência e ser apagado da existência, achou que seria mais turbulento, mas o vazio, que antes o perseguia, o abraçou num abraço cuidadoso enquanto a vida parecia desgarrar-se de sua casca vazia.
[...]
O limbo entre a vida e a morte é algo curioso para a ciência, para onde íamos? Víamos algo? O que sentíamos? Ninguém conseguia explicar e aqueles que ficaram naquele limbo nunca mais foram os mesmos. E era lá que se encontrava Tallulah.
Mas não era um vazio escuro com o chão espelhado e molhado, como se andasse num lago extremamente raso, era bonito até. Ela não conseguia distinguir formas ou pessoas, apenas as cores e as luzes eram identificáveis. A garota caminhou como uma pena levada pelo vento enquanto ouvia levemente vozes daqueles que ela amava.
As vozes de Chayanne e do abuelito a acordando se destacavam em meio as risadas infantis de seus amigos e das vozes de seus tios. Ela buscava-os com os olhos borrados, tateava por algum tipo de sensação conhecida e não apenas aquela incerteza eterna que parecia viver... ou não. Caminhou pelo que suas pernas julgaram serem horas e apenas desistiu, sentando ao chão e chorando. Mais uma vez perdida, mais uma vez abandonada.
— Posso me sentar aqui? — Uma voz doce de mulher soou e ela olhou, conseguindo reconhecer parte daquela figura vestida num vermelho sangue belíssimo. — Oh, minha criança... ¿Que haces ahi?
A figura sem rosto era acolhedora, a única coisa ali além das vozes e de Tallulah. A menina retirou os longos cabelos do rosto e se aninhou a perto da figura, que acarinhava os fios da garota.
— Estava esperando meu Papi... Ele vem me buscar, não vem?
— Temo que não, minha criança... — O choro da menina voltou a ser ouvido, ela só queria seu papai a protegendo naquele momento. — Eu vim te buscar...
— Você?
— Sim, minha criança... Eu vim buscar você. — A figura se levantou, pegando a menina no colo e fez questão de que ela estivesse acomodada antes de começar a andar. E até continuaria, mas depois de alguns metros precisou parar. — Acho que temos outros planos para ti...
— Tallulah?
A criança olhou para a direção e, mesmo que não reconhecesse nem um pouco a figura vestida num dourado e branco lindo, parecendo translúcida até molhada pelo jeito que se movia, ela abriu um largo sorriso, pois a voz era a que ela queria ter ouvido todos os dias durante estes meses.
— Papi! Papi! — Ela tentou soltar-se dos braços da mulher com toda a força que tinha enquanto a mesma andava em direção a voz conhecida de Wilbur.
E por minutos, as criaturas conversavam e discutiam no que soavam como sinos badalando suavemente no ouvido da criança. A melodia era tão bela aos ouvidos da pequena Tallulah, mas ela sabia que ela deveria ter fim logo. Olhou a criatura feminina e sorriu, com as bochechas quentes e vermelhas e a criatura tentou replicar o sorriso, colocando a garota no chão e abaixando-se para ficar a sua altura.
— Espero não te ver tão cedo, doce menina... — O que ela queria dizer com isto?
— Vamos, minha menina. — Tallulah segurou na mão de Wilbur, se esticando quase toda para tal e se virou vez para olhar a mulher uma última vez, que a olhava com um olhar gentil e singelo.
— Onde estamos indo, papi?
— Encontrar o abuelo Phil.
[...]
— ¿Gatinho?
Roier adentrou o quarto a meia luz, retirou os sapatos e caminhou até onde deveria estar a cama. Suspirou quando ouvindo apenas um baixo soluçar vindo do escuro. Aninhou-se na pequena cama, tocando com cuidado na cintura do marido, que parecia querer desvincular-se daquilo.
— Cellbo... Mirame, gatinho... — O chamou, mas o marido ainda sim continuava chorando baixo, aquele choro que partia a alma de Roier em estilhaços.
Não soube descrever a sensação absurda de vazio, um medo crescente no peito, quando soube sobre a explosão. Largou tudo que preparava em seu grande Castelo e correu, correu como se houve uma perseguição louca ocorrendo. Não sabia como havia ocorrido, o que havia ocorrido, Cellbit não estava entre os levemente feridos e isso causou pavor em sua mais pura forma no peito de Roier. E se ele estivesse morto? O que faria? Deixaria a morte levar o amor de sua vida como deixou levar seu filho de si?
Mas ali estavam, deitados, na meia luz enquanto seu gatinho brasileiro tentava esconder-se de si mesmo. Ao menos vivo. Deixou beijos na nuca queimada do marido, enquanto o mesmo chorava agora a plenos pulmões, os gritos de agonia, as súplicas para que fosse abandonado ali, os soluços quebravam Roier em pedaços, mas ele não sairia dali nem que o matassem para tal.
Horas doloridas se passaram e os gritos de alguém que perdeu tudo para o fogo foram cessando aos poucos. E Roier permaneceu ali, agarrado ao corpo do marido, sem solta-lo em nenhum momento, as vezes sussurrando o quanto o amava e que não estava sozinho, nunca estaria.
— Guapito?
— ¿Si, mi amor?
— Eu... — Ele falava baixo, ainda se recusando a virar de frente ao outro. — Eu sei que você não vai, mas... mas você pode me prometer algo?
— Todo lo que quieres, Cellbit.
— Promete que não vai deixar de me amar?
— ¿Por que lo haria? Te amo más que todo, gatinho, más que mi corazón puede soportar...
— Apenas me promete.
— Prometo. — Ele nem ao menos hesitou.
E após alguns segundos daquele silêncio acido e mortal, sentiu seu gatinho mexer-se na cama desconfortável do hospital e então pode ver finalmente o rosto do amado. Diferente da última vez que estiveram daquele jeito, isso era verdade, analisou cada novo detalhe para que não se esquecesse nunca. O lado direito do rosto queimado, mas já cicatrizado, num tom avermelhado com toques de roxo, alguns dentes aparentes pela bochecha, uma orelha faltando e um olho branco, cego.
Levou a mão lentamente ao rosto do amado, com medo de o machucar, mas percebeu que aquele toque era aceito pelo outro, então o fez um leve carinho. Cellbit chorava e Roier mal imaginava que, agora, aquele choro era de um alivio no peito gigante, um alivio que nunca sentira antes. Ele ainda me ama, mesmo assim… Roier ainda me ama… Ele não fugiu de mim.
— ¿Gatinho? ¿Por que lloras? ¿Te duele la piel? — Cellbit só soube unir seus lábios chamuscados aos do marido, que retribuiu sem hesitação, o trazendo para perto de si.
— Eu te amo, Roier… Obrigado por não ter fugido…
— Ei… Te prometi que no te dejaria solo, ¿no? Te amo, Cellbo, como nunca he amado a nadie.
Cellbit o contou todo o ocorrido, desde o debate agitado até o momento em que soube como Tallulah estava. E, sinceramente, nunca deixaria de se culpar por não ter conseguido proteger a menina da primeira explosão que acabou tirando a audição dela, se tivesse sido mais rápido, se não tivesse se deixado abalar talvez a pequena musicista não teria que reaprender música de um jeito diferente, de um jeito que se não fosse por Cellbit não existiria.
Ouviu de muitos que era um herói por tê-la salvado, mas heróis de verdade protegem os sonhos das pessoas e isso Cellbit não fez, tirou da garota o que a tornava ela e nunca, nunca mesmo, se perdoaria por isso, mas não contaria nunca a ninguém isso.
Bem, exceto ao Roier, que ouviu cada lamento, cada reclamação e cada “e se” que o amor de sua vida lançou para si, o deixando soltar o que tinha entalado em seu peito, tudo o que o marido quisesse o confessar naquele quarto desconfortável com cheiro de produto de limpeza. Não rebateu nada, não disse nada por todas as horas que passaram conversando, pois sabia o quanto aquilo era importante pro outro, não fazia ideia do que tinha sido aquilo, mas devia ser pesado de carregar sozinho, não é?
E foi naquelas horas que Cellbit percebeu que nunca estaria sozinho enquanto Roier se encontrasse respirando. Não importa o que acontecesse ou como acontecesse, enquanto os dois estiverem vivos, nenhum deles estará sozinho. Não importa por quantas infelicidades, explosões e acidentes eles passem, eles vão voltar um para o outro, porque quando se encontra a pessoa certa, não importa o que ou quem tente impedir, nada vai mudar. E o medo, que antes o perseguia, agora se dissipava entre aqueles carinhos quentinhos e palavras gentis daquele quem considerava seu maior confidente e maior amor.
#qsmp#qsmp brasil#qsmp au#qsmp roier#qsmp fitmc#qsmp ramón#qsmp cellbit#qsmp tallulah#qsmp forever#qsmp eggs#qsmp oneshot#qsmp repost#qsmp guapoduo
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Há quase 15 anos...
ACORDEI com uma ressaquinha, resultado de duas ou três doses de uísque enquanto cozinhava e de quase uma garrafa de vinho, um português, Cigarra, o nome não é inspirador para um vinho, no entanto, é bom. Já tive ressacas homéricas, nos idos dos 90 e também começo dos 2000, até nos primeiros anos de Curitiba, quando minha vida noturna era ativa, isso pelos anos 2006 até 2012, o ano que o mundo não acabou, não sei se foi um bom negócio, penso que talvez se tivesse acontecido o tão desejado apocalipse já teria se passado uma década e talvez o planeta estivesse em estado melhor. O fim não será um evento boom e acabou, não, a morte será lenta, o aquecimento global não será uma chuva de fogo e enxofre, o planeta não explodirá, em vez disso será como cozinhar rãs vivas, todo mundo sabe como faz, até as vadias básicas, e as malandragens de "todes" as pessoas farão o planeta se tornar o lugar infernal que os filmes futuristas retratam, superpopulações e pobreza, mega cidades que tomam o planeta todo, falta de água ou se há água é imprópria para o uso, o fim será lento, assim como lenta está sendo essa ressaquinha, enquanto escrevo tomo café, bem forte, sempre tomo forte. Forte, com grãos moídos na hora, a cafeteira italiana é uma das melhores invenções para se fazer café. Café filtrado é para as vadias básicas. Lá fora o dia está cinzento, escuro, friozinho, previsão de chuva, amanhã também repete esse típico clima curitibano, houve um ano que Curitiba teve menos dias de Sol que Milão, também uma cidade cinzenta. Interessante como a memória nos traz recordações, não sei por que lembrei de C, C era dono do restaurante que tinha na frente do meu prédio quando me mudei em 2007, acho que ele ficou com o restaurantes uns 3 anos, na época ele tinha 26 anos por aí, acho que dá para jogar a margem de erro para menos, talvez tivesse 24, mas não mais que 26, era um tipo super interessante, qualquer bicha malandra pegaria, o tipo que faz as vadias básicas se tornarem malandras, ninguém resiste. Eu almoçava todos os dias no restaurante e em geral nos sábados ia mais tarde quase perto das 14h e quase sempre de ressaca, naquele tempo eu sai sexta, sábado e às vezes domingo e até no meio de semana, quarta e quinta, não sempre, mas saia também no meio de semana, aos finais de semana era certo, sexta e sábado não falhava. Num sábado com o restaurante vazio e a equipe cuidando já da limpeza para fechar eu convidei ele para uma cerveja no meu apê, e ele topou! A cena ficou tatuada na minha memória, eu sentado à mesa na sala e ele em pé apoiado na bancada com uma Heineken aberta e um cigarro aceso que ele tragava e devolvia para o cinzeiro que estava sobre a bancada. Ele também estava de ressaca, já havia falado. Apoiado na bancada com o corpo meio largado, de repente ele enfiou a mão dentro do jeans que envolvia aquele corpo bem definido, sarado, ele malhava, tinha músculos firmes e bem marcados, no jeans justo ficava evidente o volume bem acomodado e tal, mas naquele momento ele enfiou o mão e deixou lá, bebendo a cerveja e conversando, tragando vez ou outra o cigarro que já deveria ser o terceiro ou quarto, a cerveja também não era a primeira, a mão lá, de vez em quando eu fazia o cara-crachá, descia meu olhar para ver o que a mão fazia enfiada dentro da calça. Ele ficou um bom tempo com a mão lá, enfiada, metida dentro da cueca, dedos envolvendo o pau e talvez até o saco, entre pentelhos, dava uma mexida de vez em quando. De repente ele fez um movimento interno para ajeitar e tirou a mão, então dei uma conferida para ver se havia alguma evidência de excitação, o pau marcava 3 horas ou 9 horas, para ele estava do lado direito, para mim que olhava estava a minha esquerda, duro, bem marcado no jeans. E ele conversando normalmente, eu no cara-crachá sem parar, parecendo uma boneca endemoniada que revira os olhos, ele acendeu mais um cigarro, deu um tragada e soltou a fumaça para cima, em seguida baixou a cabeça e olhou para o pau duro, olhou para mim e disse -- agora é com você...
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~☆ Minha análise da Temporada 4 de Steven Universo
Estou colocando aqui minha análise mais pra salvar em algum lugar, não sei se alguém vai ler, mas se ler primeiramente gostaria de fazer algumas ressalvas:
- Da última vez que assisti Steven universe ( em 2023) eu resolvi assisti tentando analisar construção de personagem e com uma interpretação sobre o meu olhar sobre a obra, eu não acho que a minha interpretação é a verdade absoluta, sinta-se livre para dar sua opinião e olhar sobre nos comentários, eu vou adorar saber;
- Eu tento fazer umas análises de personagem, mas também acabei anotando coisas sobre os episódios que eu gostaria de lembrar;
- Eu assisti dublado então alguns nomes estão diferentes do inglês ;
- Eu não assisti SU quando os eps estavam lançando, não sou muito de acompanhar cada semana lançando um ep, fico ansiosa e com agonia então na maioria das vezes prefiro esperar terminar de lançar pra assistir tudo;
- Eu não sou muito de participar de fandom, acabo curtindo e aproveitando as coisas que eu gosto sozinha;
- Vou dividir as análises por temporada em posts diferentes
- Desculpe pelos eventuais erros de gramática.
~☆ Vamos lá:
• Temporada 4
- Ep 4 : Tudo que Steven tava guardando e aguentando transborda. Ele não queria pensar sobre os últimos eventos ruins e não sabia o que fazer além de evitar o máximo pensar nisso e confrontar. Ele da esse conselho pra Connie, de evitar pensar porque ele achou que fosse a unica maneira. Mas eles consegue nesse ep pelo menos começar a pensar sobre que pode tirar um pouco o peso dele, mas não significa que resolveu, acho que é muito mais complexo.
Referência a Studios Ghibli;
- Ep 6: Nesse vemos a Pérola tendo um leve interesse, ficando meio mexida por alguém que não é a Rose pela primeira vez. A pessoa tinha um cabelo Rosa como o da Rose e aparentemente tinha semelhanças também.
Foi interessante ver a Pérola tentando se encaixar e tentar ser sociável e no fim ficando de boa em não tendo que desempenhar um papel pra socializar, só ser ela mesma.
Claro que ela não superou a Rose e ta longe disso ainda, mas ela quis tentar algo novo e não pensar no passado, é uma coisa boa. Embora o interesse na humana de cabelo rosa tenha vindo dela se parecer com a Rose;
- Ep 7 : Foi sobre amizade, foi bonitinho;
- Ep 8 : É muito bom ver como as Gems se encaixaram no conceito de familia, com companheirismo, cuidado com os outros, fazer coisas divertidas juntos, apoiar. Já é algo que o Steven fez melhor que a Rose;
Obs: Peridot dizendo: "Eu achei que tivesse dito algo bem sentimental" kjhkjk <3
- Ep 9: Foi poucos meses depois da Rose ir e da pra ver como a Pérola ta perdida, muito triste e confusa, com raiva e sentindo saudade. Tudo ta mudando e não é natural pras Gems.
Mas da pra ver que mesmo se sentindo assim ela não passaria por cima de uma decisão da Rose porque era algo que a Rose queria muito e a Pérola fala isso nesse ep;
- Ep 11 : Steven finalmente demonstra raiva e impaciência. Ele ta cansado de esconderem as coisas dele e sempre que descobre algo novo sobre a Rose geralmente é algo ruim. Raiva não é bom, fez ele ser precipitado, o Greg ser levado e ficou apavorado com a missão de resgate quase matando todo mundo sem querer, mas pelo menos ele ta demonstrando ou se permitindo sentir algo do que guardar dentro de si e sofrer.
Acho que o Greg tem uma visão idealizada da Rose ou é muito de boa com tudo. Mas mesmo assim acho que ele também é parte do problema dessa construção endeusada da Rose que pesa tanto pro Steven;
- Ep 14 : As diamantes Amarelo e Azul sentem muita falta da Rosa, mas elas lidam de formas diferentes.
A azul ainda não superou e quer continuar apegada as mínimas coisas que possam lembra-la a Rosa e a tristeza.
A Amarelo sente raiva e prefere ignorar a tristeza e ela acaba se incomodando com a persistência da Azul em querer se manter triste, ela não entende o querer continuar triste e quer a forçar a seguir em frente porque a tristeza da Azul faz ela pensar na própria tristeza e também porque não gosta de ver a Azul sofrendo;
- Ep 16 : Steven cria a mãe dele no quarto dela. To pensando na merda que isso poderia dar em ele acabar querendo viver dentro do quarto mesmo não sendo real. Esse seria um ótimo mecanismo para quem tem o problema de criar cenários excessivamente. Um quarto que torna eles reais
Mas não acontece com o Steven, ele acaba passando bons momentos com a mãe, mas depois de perceber que não é real ele confronta ela. Joga tudo na cara dela, os erros, as mentiras, a raiva. No fim ele entende que a Rose não queria que ele lidasse com os problemas dela, mas ele vai ter que lidar mesmo assim;
- Ep 17 : Steven explode com o Ronaldo depois de ele ficar agindo de maneira egoísta. Da pra ver que o Steven vem sentindo mais raiva, tem muita coisa acontecendo, sempre surge problema e ele ainda é um pre-adolescente.
Ronaldo faz Gaslighting com o Steven;
- Ep 18: Steven se preocupa em suprir as necessidades dos outros e acaba se frustrando.
A Ametista fala que lutava pra se sentir melhor quando achava que não era necessária, mas agora não é mais assim
Já pro Steven era sobre o tempo que passava junto com a Ametista, algo deles e ele se sentiu triste por ser deixado e se apegou ao que faziam juntos tentando agradar os outros pra tentar suprir a falta da Ametista.
No fim eles percebem que não precisam mais das lutas;
- Ep 19 : Tem umas coisas interessantes sobre a Lapis, ela não entende como alguém pode se adaptar tão rápido e estar de boa com tudo, ela sente que tem algo errado, porém mais que isso ela se sente mal porque as coisas parecem tão fácil pra Ruby do umbigo quando foram tão difíceis pra ela.
Steven é enganado de novo, isso pode abalar a fé dele nos outros, ter mais dificuldade pra confiar;
- Ep 20 : Steven começa a pirar sobre propósito, pra quê ele existe, porque foi criado, o que a Rose esperava dele ?
Ele ta se sobrecarregando com as expectativas que acha que os outros tem nele e ele mesmo tem
A Rose esperava que um dia alguém do Planeta Natal viesse atras deles, ela diz no vídeo da Nora " Se vierem atras de ti mostre pra eles, proteja elas ". A Rose sabe que não resolveu as coisas, pode ter salvado a terra, mas não resolveu nada, tinha muita coisa em aberto e mesmo sabendo disso deixou todos pra trás e recaiu sobre o Steven o peso das decisões dela.
Nesse ep ja tem indícios de que a Rose é a Diamante Rosa, aparecem as pernas rosas que é a nave dela em um dos locais da Rose, onde o Leão sempre ta;
- Ep 21 : Referência a Carmen Sandiego e Mário Bros;
- Ep 22 : Parece que a Sadie finalmente parou pra pensar que seria bom pensar sobre a própria vida do que ficar dedicando tanto tempo as necessidades do Lars. Ela não pilha muito em querer agradar os outros, mas ainda fica nervosa com outros adoledcente e socialização, mas depois de perceber que é de boa ela fica mais tranquila;
- Ep 25 : Último episódio da temporada, o Steven assume responsabilidade pelas atitudes da Rose e se entrega pra ser levado para o Planeta Natal, ele estava pronto pra sofrer as consequências. Autosacrificio
As Gems e a Connie ficam em pânico, mas não conseguem impedir ele.
Referência ao filme Ghost.
Lars paralisa e entra em pânico e não ajuda Sadie, ela fica decepcionada.
Essa temporada eles desenvolveram mais a história do passado da Rose e introduziu mais sobre o Planeta Natal, deu pra ver nuances da dinâmica hierarquica que acontece lá.
Vemos como as consequências das escolhas da Rose estão afetando o Steven, como ta pesado e por guardar as coisas esta ficando pior e mais pesado.
A Pérola finalmente conseguiu dar um pequeno passo adiante.
Desenvolvimento da Ametista se sentindo melhor com ela mesma, deixando de se odiar e como esse processo é lento e gradual.
#amethyst#crystal gems#garnet#gems#pearl#peridot#steven universe#rose quartz#pink diamond#yellow diamond#blue diamond#lion#sadie miller#lars#lapis lazuli#tumblr#análiseSU#SU#Spotify
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Reportagem - Bela Noia, Casa da Música
Bela Noia: um daqueles acasos maravilhosos
Foi no dia 22 de Fevereiro que os recentes Bela Noia actuaram no Café da Casa da Música que se encheu para os receber e para estar presente no momento. Para tocar músicas do seu recente álbum ‘Os Miúdos estão bem’, mas também para nos aguçar a curiosidade com novas composições, os quatro artistas da banda oriunda de Viseu provaram que há acasos maravilhosos e a sua junção enquanto banda foi um desses.
Demonstrando aquilo de que são capazes, os Bela Noia (Pedro Vieira na voz e guitarra, Gonçalo Alegre no baixo, Leonardo Outeiro na guitarra e Miguel Rodrigues na bateria) ofereceram aos presentes uma lufada de sentimento, emoção e introspeção. Foi um confronto com a realidade que é viver sem negar sentir, mas também um conforto de nos sentirmos compreendidos.
Tendo começado com as canções do ‘Os Miúdos estão bem’, nomeadamente com a primeira música ‘No mesmo lugar’, a voz de Pedro Vieira fez-se também ouvir em novas sonoridades que, como contou, foram surgindo enquanto gravavam em estúdio. Sonoridades essas mais mexidas e mais ao estilo rock, mas que através das palavras continuam a mostrar a melancolia e o quão duro pode ser viver, sobretudo dentro da nossa cabeça.
Pelo meio houve tempo para um momento mais intimista, onde Pedro Vieira decidiu fazer “uma das coisas que faz no quarto: tocar guitarra e cantar” e, assim, apresentou mais uma nova canção preenchida de versos sentidos e preenchidos de significados.
Com tempo para ainda brindar o público com um cover de ‘Capitão Romance’ dos Ornatos Violeta, os Bela Noia despediram-se com a última do álbum, a ‘Tu foste o Sol’, uma ode a quanto o amor nos pode iluminar, mas também cegar.
Pedro Vieira, Gonçalo Alegre, Leonardo Outeiro e Miguel Rodrigues juntaram-se num bonito acaso e deram vida aos Bela Noia, um projecto que se materializou somente em Setembro de 2023, mas que surgiu para nos fazer lembrar que viver também pode ser bonito.
Fotos e texto: Catarina Moreira Rodrigues
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Transei com outro!
By; Lucyane
Oi me chamo Lucyane, e há cinco anos conheci um homem, casado, bonito, alto e musculoso. Nunca me atirei para ele, pois sempre respeitei meu marido e não imaginava a possibilidade de transar com outro. Mas logo que nos conhecemos, ele ficou atrás de mim, trocamos mensagens, olhares e nunca passou disso, pois decidi cortar antes que pudéssemos ir além.
Estou com 25 anos, sou casada, feliz, satisfeita e acabei de me formar na faculdade. Tenho 1,60m de altura, pele clara, cabelo com mechas loiras, corpo definido, sempre depilado e lisinho e bumbum bem avantajado (100cm).
O tempo passou, minha vida e estrutura financeira mudaram e, uns três anos depois, em um belo dia recebi uma mensagem inusitada e inesperada. Aquela tentação do passado veio à tona novamente. Confesso que fiquei mexida, mas com medo e receio. Naquela época meu casamento estava em crise, eu e meu marido mal nos falávamos, carinho era algo escasso na nossa casa. Há alguns meses tínhamos ido pela primeira vez ao swing (falo dessa história em outro conto). De um certo modo isso influenciou na minha decisão, pois não foi uma experiência tão boa assim.
Mas voltando ao assunto, nessas trocas de mensagens ele insistiu para que nos víssemos para conversar e colocar o papo em dia. Eu, me fazendo inocente, acreditei.
Combinei com minha amiga de nos encontrarmos, mas antes de ir para casa dela, marcamos em um local mais calmo e tranquilo. Chegando lá avistei o carro dele. Conversamos um pouco e, não satisfeito, ele insistiu para que fôssemos para um local mais reservado. Eu acabei aceitando e, sem me dar conta, lá estávamos nós dois dentro de um quarto de motel.
No primeiro momento me senti mal, sabia que aquilo não era certo. Mesmo com o que estava acontecendo na minha casa, eu sentia que não era legal transar com outro, mas o desejo, a excitação e o tesão, a cada momento, tomavam conta de mim.
Então, ele me olhou e disse: - “como você é linda”!
De um certo modo aquilo mexeu comigo, pois há muito tempo não ouvia um elogio. Ele veio me beijando, um beijo leve e gostoso, sem forçar a barra. Enquanto me beijava, tirava minha blusa, me acariciando, descendo, abaixando minha calça e dizendo:
- “como você é gostosa, que bunda linda você tem!”
Quando olhei para baixo, não me contive e passei a mão no pau duro dele. Naquele momento, minha buceta já estava molhada e cheia de tesão. Ele me colocou na cama, beijou levemente minha boca, meu pescoço, meus peitos e foi descendo, quando chegou na minha buceta, ele caiu de boca e chupava tão gostoso que me fazia delirar.
Senti o mundo parar por alguns minutos naquela chupada deliciosa e excitante. Então, ele passou a me beijar a boca novamente e, sem cerimônias, me colocou de quatro e enfiou aquela pica inteira dentro de mim. Eu delirava e gemia de prazer, parecia uma adolescente com sua primeira transa, só que muito mais experiente. Ele colocava e tirava enquanto eu inundava o pau dele e gemia muito.
Eram gemidos de prazer incontroláveis porque ele bombava muito gostoso, com uma força fora do normal que me deixava mais louca de tesão. De repente, eu o puxei, joguei na cama e sentei nele. Que delícia aquele pica quase explodindo de tesão dentro de mim!
Eu cavalgava feito uma puta mesmo, o suor escorria pelo meu rosto, os gemidos eram incontroláveis naquele quarto. Quanto mais cavalgava nele, mais ele gemia e se retorcia de prazer. Depois ele me pegou de quatro de novo, puxava meu cabelo e me dizia sem parar o quanto eu era gostosa, que estava louco pela minha bunda e que era a bunda mais gostosa que ele pegou na vida.
Ele pediu para tirar uma foto, eu neguei, mas sem esperar, ele tirou. Uma foto deliciosa com a mão dele na minha bunda de quatro na cama, típica posição de uma putinha.
Para finalizar, após nossa gozada triunfal, tomamos banho, cada um entrou no seu carro e seguimos nossa vida. Ele voltou para a esposa e eu para o meu marido. Nos esbarramos algumas vezes pela cidade, pois cidade pequena é assim mesmo, mas nunca mais tivemos um encontro como aquele. Sempre que ele me vê, sinto no olhar o desejo, mas não nos falamos, ficam as lembranças e aquela foto deliciosa de uma das transas mais loucas e gostosas da minha vida.
Enviado ao Te Contos por Lucyane
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[ TRAP. ] the sender is caught in a trap by hunters (FLASHBACK DE QUANDO OS MOZIS SE CONHECERAM)
Flashback
Gretel sempre ficava receosa em caçar lobisomens, uma incerteza crescendo no instinto natural das caçadas. Avolumando-se no peito, mas não restringindo o movimento esquivo entre as árvores. Quase rente ao solo, usando o vento para levar o cheiro para longe, os olhos brilhando com a magia de melhorar seus sentidos. A bruxa levava jeito, a bússola monstruosa em si fácil de usar para encontrar parecidos. Semelhantes. Duas pontas de um espectro com a diferença tão complicada quanto a da consciência. Porque era isso. Isso. A insuportável realização de que seu corpo não pertencia a si mesmo, mesmo que por um breve momento na vida (um numa certa estação lunar), e não conseguia responder pelos seus atos.
A primeira das armadilhas estava vazia. Esperado. Aquela óbvia e robusta, anciã, estava ali para distrair e conduzir. Levar a criatura de dentes afiados para o caminho que ela tinha traçado. Andando um pouco mais, a outra igualmente pesada estava intacta. A cidade inteira sabia bem que não deveria entrar na floresta até que Gretel desse permissão, porque não desmontaria uma arapuca até ter certeza do resultado. A trilha ali começava a ficar mexida, patas enormes marcadas no solo fofo da área inabitada. Silenciosamente, a bruxa tirou a arma das costas e preparou o tiro explosivo. Prata e pólvora num cartucho que prometia ser letal - e usado apenas uma vez.
As árvores fechavam ao redor de si, abraçando a figura esguia e protegendo dos olhos intrusos. O som aumentando tanto que o sorriso quebrou a concentração do rosto. Aquele ali estava bem preso. E, no último virar de curva, o trabalho da caçadora brilhou na gloriosa manhã sangrenta.
Os dentes de ferro desapareciam na carne ferida do homem nu. Dentadura poderosa e sofisticada, cheia de serras contrárias, ficando e prendendo ainda mais conforme o lobisomem se movia. Gretel conferiu as correntes que ligava às árvores, garantindo primeiro sua segurança antes do culpado daquela confusão toda. Seus olhos subiram pelas pernas, contornaram a cintura e perderam-se na quantidade de cicatrizes do torso. O cenho franzido e os pelos do braço eriçando, o estômago dando uma volta nauseante com a constatação. Não, aquilo não. O sentimento de receio crescendo dentro do peito. Ervas daninhas apertando os pulmões, restringindo a respiração e...
Clichê, sim, mas os olhos são a janela da alma. E o que Gretel viu nos cerúleos comprovou toda a desconfiança da reunião de reconhecimento. Algo de errado com aquelas pessoas. Hansel precisando interferir e assumir o papel de porta-voz enquanto a gêmea segurava a expressão numa fria. Distante. Empurrando as sobrancelhas para cima. Eu faço isso, pegou a tarefa para si e não aceitou outra resposta. Eu cuido disso. Como, naquele momento, baixava o cano da arma e se aproximava.
Sem falar nada, sem emitir som ao pesar nos cantos sem folhas. A bruxa acocorou ao lado do lobisomem. Seus olhos não saindo do dele. Não desviando por nada. Porque travava uma discussão mental delicada, estabelecida pela compreensão entre dois monstros que se reconheciam. A escuridão dentro de si, espiralada e concentrada na linha de ressurreição do pulso, ronronando de volta para o lobo dentro dos dele. Ainda fresco da lua cheia que o sol da manhã expulsava.
A arma aceitou o novo lar, entre as folhas e terra remexida, porque as mãos de Gretel iam para a primeira armadilha. Dedos finos encontrando os pontos fracos, de desarme, da dentadura metálica. E realmente não combinava. O que fazia, libertando o lobisomem, com a expressão dura em seu rosto. Todo tenso, os lábios encrespados de força, os olhos escuros brilhando de insatisfação. De raiva. Do cinto, a estaca de preta cresceu e brilhou contra o peito masculino, a ponta exatamente sobre o coração. "Não volte aqui." Sussurrou decidida, pulando de uma íris para a outra buscando o entendimento. "Corra. Desapareça." As palavras que queria ter ouvido quando entrou em outra cidade, ainda nova demais para entender que a herança da mãe não era uma coisa boa.
Não tinha tempo para esperá-lo se acomodar. Juntar mais do que dois neurônios responsáveis pelo instinto de fuga. Gretel o puxou consigo para o céu, colocando-os em pé e o segurando para o equilíbrio. A mão pegajosa de sangue que não era seu. "Vá." Indicou as árvores com o queixo, sentido oposto de onde tinha vinha e ficava a cidade. Contudo, a mão permaneceu no antebraço. O arrepio da pele atingindo o corpo inteiro, suavizando a expressão para uma morna. Esperançosa. "Cabine de madeira. Porta verde. Janela azul." Do bolso tirou a fita de couro preferida, a que usava para manter os cabelos fora do rosto. Esperava ser o suficiente para direcionar o rastro, levá-lo para si. "Não precisa ficar sozinho." Acrescentou. Gretel fechou o rosto com o empurrão no homem, preferindo ocupar-se com o ocultamente de evidências. Tirando as armadilhas, juntando galhos secos, recolhendo os animais mortos da floresta. "Não pode estar aqui quando eu começar."
E naquele dia, ocultando o sol de um dia perfeito, a pira do lobisomem foi o início de três dias de festa.
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As Crônicas de Nárnia são as crônicas de tudo!
Resenha escrita por Gabriela Ramalho
Comprei o volume único de As Crônicas de Nárnia porque estava em promoção, nunca nem tinha assistido os filmes, mas como sempre falavam que era bom e o exemplar estava por 15 reais, segui meu impulso consumista. O livro (ou os livros) ficou (ficaram) algum tempo na minha estante até eu descobrir que era uma obra de muitas referências cristãs, como me interesso pelo assunto, comecei a leitura.
O primeiro livro dentro do volume único, "O Sobrinho do Mago" (1955), não é de fato o primeiro, ele veio depois para explicar a origem da terra do guarda-roupa, da feiticeira e de todos os outros “mundos “ que Lewis criou dentro das Crônicas. A edição de volume único traz as histórias em ordem cronológica e não na ordem de publicação.
No livro conhecemos Digory e Polly, as primeiras pessoas desta Terra a pisarem em Nárnia. Eles chegam lá exatamente no dia de sua criação. Ali percebi as primeiras influências cristãs (inclusive na própria criação do mundo e na forma como os meninos são tratados – filho de Eva e filho de Adão), achei interessante e continuei a ler partindo então para o famoso "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa" (1950).
Nesse volume eu comecei a perceber que a obra vai além dessas referências, os livros tem influências de grandes nomes da literatura universal, desde mitos gregos e romanos até a Divina Comédia, de Dante. Li todos os outros livros: O Cavalo e o seu Menino (1954), O Príncipe Caspian (1951), A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952), A Cadeira de Prata (1953) e A Última Batalha (1956). Não vou resumir um por um aqui porque o post vai ficar muito longo e por que tem filme de uma boa parte, é só assistir caso queiram.
Depois de completar a leitura de todas as histórias fiquei encantada e mexida, o tipo de sensação que leituras muito prazerosas causam. Tinha um preconceito enorme com literatura fantástica e infantil, mesmo tendo lido muitas coisas boas do subgênero na faculdade e gostando muito de Ficção Científica/Distopías, que de certa forma, são “primas” da fantasia, mas "As Crônicas de Nárnia" me fizeram engolir boa parte dele.
Os livros são muito bem escritos e as referências vão do primeiro ao último livro. Eu via coisas que eu tinha lido na Bíblia e na faculdade de Letras e isso me deixou maravilhada. O texto é bem fluido apesar da linguagem, por ser voltada para crianças, ser um pouco cansativa às vezes, principalmente em O Cavalo e seu Menino, que é bom, porém é meio que um spinn-off da história e te faz querer pular um trechos para voltar para as aventuras dos personagens principais (mas não deixa de ter suas referências).
Ler estes livros parecia uma dança de alguma das coisas que eu mais amo ler e é até engraçado em algumas partes como a Bíblia e literatura universal conseguiram, nesta obra, andar lado a lado. Um exemplo disso são as Musas e as Ninfas que aparecem na história logo depois de uma referência claramente bíblica e bonita, sem desrespeitar ou debochar de nada.
Resumindo: eu gostei muito da leitura, não é aquele livro cheio de críticas sociais, entretanto não deixa de ser bom e bem escrito, te faz pensar, viajar, procurar ler outros livros e acho uma pena ver as pessoas por ai desprezando as Crônicas. Vi pessoas falando mal por ter referências cristãs e vi gente falando mal por “não ser tão cristão assim”, todavia a literatura vai muito além disso e talvez a “crítica” de Lewis seja justamente esta: conhecimento não é uma arma contra a fé e fé não é coisa de gente ignorante, são as pessoas (adultos) que sempre estragam tudo.
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Aumentar de R$ 1,9 mil para R$ 3 mil a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) resultaria em uma perda de receita entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões para o governo federal. Segundo o coordenador-geral de Tributação da Secretaria Especial da Receita Federal, Fernando Mombelli, o aumento da faixa acarretaria a necessidade de o governo buscar outras formas de compensação orçamentária. Entre as possibilidades apontadas pelo coordenador durante audiência, hoje (5), na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, estão a mudança nos limites de abatimentos com despesas médicas e o fim da isenção de tributação de dividendos. Desde 2015, a tabela que define as alíquotas de Imposto de Renda não é reajustada, o que tem, como reflexo, uma tendência de tornar cada vez menor o número de pessoas isentas de pagar o tributo. Ao iniciar sua apresentação, Mombelli disse que “qualquer mexida nessa primeira faixa, que é de isenção, é muito representativa em termos de impacto de tributação. Para que tenhamos isso, precisamos ver a questão orçamentária, que hoje no Brasil é crítica”, argumentou o coordenador da Receita Federal. Ele explicou que, em 2019, a arrecadação com esse tributo incidente sobre trabalho e demais rendimentos somaram R$ 178 bilhões. “É um valor representativo”, acrescentou. “Outro aspecto diz respeito ao cálculo do montante da isenção limitado a R$ 3 mil por mês [caso a faixa seja ampliada]. Esse valor, sem atualização das deduções, ficaria em R$ 37 bilhões [em perdas para a Receita], se o adotássemos em 2022. Se atualizássemos as deduções e despesas de instruções, teríamos valor total de R$ 40 bilhões”, explicou o coordenador, que se comprometeu a enviar aos parlamentares, de forma detalhada, os dados utilizados na apresentação. Compensações Mombelli disse que qualquer alteração na faixa de isenção de Imposto de Renda precisa se levar em conta a compensação com outras fontes de receita para o governo. “A grande dificuldade na correção da tabela do Imposto de Renda é a de termos fonte de recursos orçamentários que possa contrabalançar o valor [de renúncia] para que possamos fazer e proceder a atualização”, disse. O secretário apontou alguns caminhos que, segundo ele, poderiam criar condições para a revisão da tabela. Ele citou, como exemplo de medida que possibilitaria a revisão da tabela, colocar limites para os descontos com despesas médicas no cálculo do Imposto de Renda. “Despesas de R$ 100 mil e despesas com cirurgias, inclusive estéticas, se encontram sem limites hoje. Se tivermos um modo de tributação diferente, poderíamos eventualmente fazer uma compensação interna”, defendeu. “Outra questão a se pensar diz respeito a não haver limites para aquelas receitas oriundas de aposentadoria ou reforma para quem tem moléstia grave. Evidentemente a isenção dessas rubricas é justa, mas a grande questão é que não há nenhuma limitação”, disse. Segundo ele, a diminuição dessas renúncias favoreceria a redistribuição da tabela. Mombelli apontou, ainda, a ausência de tributação de dividendos, nos casos em que parte do lucro das empresas é distribuída entre seus acionistas. “Grande parte dos que têm percentual de renda maior, geralmente têm poucos rendimentos tributáveis na sua composição. O que eles têm são rendimentos não tributáveis decorrentes da isenção de tributação de dividendos”, disse ao defender o retorno dessa tributação, que foi anulada em 1995. “Essa tributação de dividendos faria com que tivéssemos uma certa redistribuição de renda, que poderia ser usado para a tabela ou programas e benefícios sociais”, completou. Ainda segundo o coordenador da Receita Federal, uma outra questão a se analisar é a diferença de tributação no que se refere ao mercado financeiro e ao grande capital, hoje “de 15% a 22,5% e, portanto, não chega à alíquota máxima, que é de 27,5%”. “São diferentes tabelas, mas a questão seria verificar até que ponto vale à pena unificar essas tabelas ou de alguma forma aproximar esses
montantes”, disse Mombelli ao defender também a tributação de doações e heranças, “propostas já apresentadas pela Receita em 2016, mas não teve apoio do Congresso”. Números De acordo com a Receita Federal, há no Brasil 30,917 milhões de contribuintes declarados. Os isentos – que recebem salários inferiores a R$ 1,9 mil - totalizam 8,846 milhões de pessoas. A faixa dos com renda mensal entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65 (tributados em 7,5%) abrange um total de 7,778 milhões de contribuintes. Na terceira faixa (renda de R$ 2.826,22 a R$ 3.751,05, que paga alíquota de 15%) há 4,078 milhões de contribuintes. Outros 2,512 milhões de contribuintes se enquadram na faixa com renda entre R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 (à qual incide alíquota de 22,5%). Por fim, 7,7 milhões de contribuintes pagam uma alíquota de 27,5% por terem rendimentos mensais acima de R$ 4.664,68. Mombelli, em sua fala final, concordou que o aumento das tributações para faixas mais elevadas poderia “eventualmente” possibilitar o alargamento das tributações aplicadas nas faixas intermediárias. “Mas isso é também uma decisão política”, disse. Sistema financeiro Diante das explicações do coordenador de Tributação da Receita Federal, o vice-líder da oposição na Câmara, deputado Enio Verri (PT-PR), disse que o Fisco “se alimentar dos pobres”. “O que alimenta o Fisco são os pobres. Vemos que essa tabela cria, inclusive, um tributo sobre a inflação. Na medida em que ela não é corrigida em termos de inflação, se aumenta a arrecadação sobre quem ganha pouco, retirando deles a capacidade de compra”, disse o deputado. Verri acrescentou que “a isenção sobre a participação de lucros e dividendos é imoral. Ou seja, o pobre e o servidor público que recebe holerite [demonstrativo impresso de vencimentos] pagam imposto de renda. Pessoas que recebem lucros e dividendos, não pagam. E o que os bancos pagam de imposto, então, é uma vergonha. Eles não pagam praticamente nada. Ganham muito e não pagam nada. Ao que parece, o valor final fica entre 8 e 9%, enquanto qualquer trabalhador paga 40% se somarmos todos os tributos”, completou ao defender tributação mais incidente sobre grandes fortunas. O presidente da Comissão de Finanças e Tributação, deputado Julio Cesar (PSD-PI), também defendeu o aumento da tributação do sistema financeiro. "Espero que aumente esse limite para R$ 3 mil, para beneficiar 4,5 milhões de contribuintes. Quero sugerir duas saídas. Primeiro diminuir os gastos tributários. Segundo, aumentar a tributação do sistema financeiro, que é muito rentável no Brasil".
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Delicioso cruzamento intergeracional entre cool vibe dos Royel Otis, turbilhão Amy, sunset Harvey e magnetismo American Football - Dia 1 do Primavera Sound Porto 2024 | Reportagem Completa
Um turbilhão chamado Amy | mais fotos clicar aqui Quinta-feira, 6 de junho, dia de arranque do Primavera Sound Porto em 2024 no local do costume: Parque da Cidade e com algumas novidades. A mais relevante é a redução a 4 palcos: o Palco Bits destinado à música eletrónica nesta edição foi retirado, segundo a organização, pelo facto do pavilhão que era utilizado ter deixado de estar disponível.O proprietário vai dar-lhe destino. Devido ao layout não houve grandes alternativas para albergar uma tenda dentro do recinto sem fazer mexidas significativas. Palco Porto (o principal), Vodafone, Super Bock e Plenitude mantêm-se nos respetivos sítios e nomenclaturas tal como no ano passado.
No que concerne aos restantes aspetos, como stands das marcas patrocinadoras, restauração e merchandising manteve-se tudo dentro dos sítios habituais como em 2023.
Ambiente durante o concerto dos Royel Otis | mais fotos clicar aqui A lotação máxima cifra-se em 40 mil pessoas por dia. Neste primeiro dia não foi atingido esse nível porém a jornada registou uma bela assistência. Daquilo que pude constatar, nas deambulações pelo Parque da Cidade, a fluidez de movimento das pessoas entre os vários pontos do recinto foi situação facilmente constatada. Não tive oportunidade de aperceber-me dos fluxos nas zonas da restauração, não precisei utilizar, pelo que isso ficará para um dos restantes dois dias. Tempo bastante encoberto e abafado porém sem ponta de chuva visível e logo desde a abertura de portas a adesão foi bastante significativa.
O escalonamento dos concertos tem sempre dois emparelhados, tal obriga sempre a uma escolha preferencial. Podemos “picar” um bocadinho ali e acolá, é uma possibilidade, pois claro. Em todo o caso isto significa que podemos usufruir, no máximo, um total de 8 concertos completos por dia.
Boa disposição dos Royel Otis | mais fotos clicar aqui A primeira escolha recaiu em Ana Lua Caiano. A jovem é uma multi-instrumentista bastante dotada e a mais recente coqueluche da música portuguesa. Nas primeiras atuações do dia há sempre um risco de não existir muita assistência, felizmente não foi o caso e a plateia do Palco Super Bock esteve com bastante gente a vê-la e a desfrutar a sua atuação em modo One Woman Show. Apenas um minuto depois das 16:45h entrou e logo iniciou a sua viagem pelas suas canções nas quais funde música tradicional portuguesa com sons eletrónicos. Um sintetizador, a Loop Station e o bombo são a tríade sagrada de ferramentas aos quais funde a sua voz. Teve uma mini câmara a filmá-la perto de si e de vez em quando lá ia aparecendo no ecrã gigante atrás de si. Foi bem curioso e a fazer lembrar Noiserv. Além disso também foram projetados vídeos intercalados com imagens ao vivo dessa câmara.
Samuel Úria foi um dos curiosos e pôde ouvir temas como, por exemplo, "Sai Da Frente, Vou Passar"; "Deixem o morto morrer" e "Adormeço Sem Dizer Para Onde Vou". Para encerramento de performance, cerca de 1h depois ficou "Mão na Mão". Este é um dos temas âncora da muito relevante discografia de Ana Lua Caiano. Não seria preciso escrevê-lo: espero muito mais desta artista lusa!
Quarteto Royel Otis em acção | mais fotos clicar aqui A primeira grande curiosidade que eu tinha para esta jornada inaugural eram os Royel Otis. Formados pela dupla Royel Maddell e Otis Pavlovic pelo que a origem do nome do projeto é perfeitamente percetível. São australianos oriundos de Sidney.
Não podia ter corrido melhor a inauguração do Palco Vodafone em 2024. À estreia portuguesa do duo Royal Otis (em formato banda) só faltou o sol a brilhar no céu. Com a encosta mais conhecida do Parque da Cidade muito bem preenchida a banda ofereceu-nos um concerto bem animado. Temas mais orelhudos como "Sofa King" e "Going Kokomo" foram inevitavelmente tocados.
Além de temas como “Sonic Blue” ou “Velvet” do mais recente disco ‘Pratts & Pain’, editado a 2 de maio deste ano, tocaram também “Fried Rice” e “Claw Foot”. Esta última foi adicionada à discografia como faixa extra desse álbum e, tal como a banda referiu, editada há poucos dias.
Uma inusitada versão de "Murder on the Dancefloor", original de Sophie Ellis-Bextor, ajudou também a elevar os ânimos. O pessoal apreciou tanto que até quem estava sentado se levantou para dançar.
Royel Maddell dos Royel Otis | mais fotos clicar aqui Para a parte final ficou guardada "Oysters in My Pocket" num momento em que os Royel Otis apelaram a que o pessoal saltasse com eles. O público respondeu de forma bem afirmativa. Atuação segura e competente de uma banda que tem tudo para ter uma carreira em modo crescente. A popularidade já começa a ser um dado adquirido e o fator do visual de “meninos bonitos” também já o têm.
De palco em palco lá cheguei ao meu debute no Palco Porto com aquela imensa curiosidade de perceber se as condições estavam boas e a alto nível. Com céu encoberto, sem ponta de chuva, relva em bom estado e tudo o resto a 100% conforme previsto pela organização. Foram excelentes sinais, efetivamente.
Ian Shelton dos Militaire Gun | mais fotos clicar aqui Às 18:40h a slot estava preenchida Militaire Gun. Estes norte-americanos oriundos da Califórnia trouxeram o seu rock alternativo e punk até ao Porto e o seu concerto vive muito através da alma agitada do seu vocalista Ian Shelton. Ele que tinha o olho direito esmurrado, seria efeito especial para o concerto?
Este quinteto é procedente da bela região norte-americana da Califórnia e são formados por Ian Shelton (o irrequieto vocalista) William Acuña, Nick Cogan, Waylon Trim e Vince Nguyen.
A estreia dos Militaire Gun no Porto | mais fotos clicar aqui Antes da interpretação de “My Friends Are Having a Hard Time” a dedicatória de Ian foi para os seus novos amigos, o público presente perante si. Mostraram um som bem porreiro e a malha “Thought You Were Waving” foi um excelente “cartão-de-visita” do seu repertório nomeadamente do álbum de estreia ‘Life Under The Gun’ editado em 2023.
Está bem vivo o punk rock na pessoa da Amy Taylor, a vocalista dos Amyl and the Sniffers. Ela destila uma fortíssima energia e não consegue parar um segundo que seja. Canta, dança, salta, corre todo o tempo de uma forma impressionante. O seu outfit de cor negra certamente deixou toda a gente deslumbrada. Deixou o habitual calção e o curto top, tal como tinha utilizado dias antes em Barcelona e em 2019 neste mesmo Primavera Sound Porto para uma indumentária bem mais arrojada. Faz tudo parte da sua personalidade bem animada e extremamente exuberante.
Amy Taylor dos Amyl and the Sniffers | mais fotos clicar aqui O baterista Bryce Wilson, o guitarrista Declan Martens e o baixista Gus Romer, são um complemento incrível a Amy, permitindo oferecer à performance da sua vocalista um acompanhamento musical de alta nota.
A ovação efusiva com que os Amyl and the Sniffers foram recebidos pelo muito público presente na encosta do Palco Vodafone foi o rastilho para uma atuação à sua maneira: enérgica, irreverente e irreversível.
A irreverente Amy Taylor | mais fotos clicar aqui A musculada performance iniciou-se com “Facts” e logo de seguida em "Starfire 500”, Taylor não se fez rogada e desceu ao fosso para cantar junto dos fãs e enfrentar o batalhão de fotógrafos aí presentes em serviço.
Ela que também abordou a questão da Faixa de Gaza e dos palestinos, à sua maneira, num audível gesto de quem quer o fim de toda esta intrincada situação.
“U Should Not Be Doing That”, o mais recente single, foi interpretado com toda a propriedade e a versão ao vivo soou incrível. O crowdsurf, já se sabia de antemão, que seria inevitável. Depois do rastilho acendido o público soube como corresponder.
A aposta num concerto dos Amyl and the Sniffers é inevitavelmente uma aposta vencedora. A banda australiana, neste regresso ao Primavera Sound Porto 5 anos depois, demonstrou toda a sua vitalidade!
Declan Martens dos Amyl and the Sniffers| mais fotos clicar aqui A atuação da cantautora e poetisa Polly Jean Harvey cifrou-se entre um tom de melancolia inspiracional e celestial. Iniciou de costas para o público durante uns longos segundos para na sequência realizar uma atuação com uma postura bastante teatral com um efeito bastante prático e imediato, o complemento necessário para assegurar vitalidade à performance. A banda contou com diversos elementos sendo que o enfoque principal, até o luminoso, centrado naturalmente em PJ Harvey.
Esta atuação portuense surge inserida na sua tournée 'I Inside the Old Year Dying', apelidada desta forma seguido o título do álbum editado há um ano.
A incrível PJ Harvey | mais fotos clicar aqui Estas sonoridades mais introspetivas foram uma ótima escolha perante uma bonita moldura humana a "enganar" o final de tarde friorento. "Love me tender" lá cantava PJ Harvey em ritmo de bom embalo.
Em “Send His Love to Me” tivemos uma passagem significativa, formulou-se aquele momento para os lives internéticos. “The Nether-Edge” e "Angelene", por exemplo, foram outros episódios revelantes de uma setlist com 18 temas.
A majestosa PJ Harvey | mais fotos clicar aqui No arranque para "The Words That Maketh Murder" a guitarra escolhida para utilização não estava funcional pelo que seguiu-se uma pausa sempre incómoda e inesperada. Com uma banda recheada de músicos experientes foi uma situação ultrapassada com a sua devida elegância.
As tonalidades de início de noite estiveram todas no ponto certo. Este concerto fica na história deste primeiro dia de Primavera Sound Porto 2024. Ícone do rock da década de 1990 PJ Harvey continua a arrebatar fãs por todo o mundo incluído, naturalmente, todos aqueles que marcaram presença nesta noite de 6 de junho.
Visão do palco de PJ Harvey | mais fotos clicar aqui No duelo Mitski x Lankum tinha optado pela opção da banda irlandesa. Dado que cancelaram a sua presença e a substituta Maria Hein não encheu as medidas musicais no “preview” musical da sua discografia decidi pelo descanso durante esta faixa horária da noite, entre as 22h e as 23:30h. Ainda assim, durante a performance da Mitsuki Miyawaki, conhecida artisticamente como Mitski resolvi ir ver o ambiente a desenrolar-se no Palco Vodafone. Efetivamente estava uma multidão concentrada anfiteatro abaixo e pelas reações o público estava a aderir vivamente ao concerto. Durante os minutos que por lá passei durante a interpretação “My Love Mine All Mine” assisti a um belo momento de telemóveis no ar, com o respetivo registo para as redes sociais, a “pintarem” a noite com um colorido engraçado. A ovação no final desse tema foi gigante. Mais tarde, pude escutar ao longe “Nobody”, um dos temas âncora de Mitski, ela que continua com um registo em palco demarcadamente teatral.
Steven Umoh, nigeriano de nascença, faz de Londres a sua base de operações e foi uma das excelentes surpresas desta jornada inaugural. Ele deu a conhecer o seu projeto Obongjayar e a sua inspiração Afrobeat imbuída de ramificações mundiais de vários géneros musicais.
A surpresa Obongjayar | mais fotos clicar aqui As colaborações que teve com Little Simz e Fred Again ajudaram a aumentar o nível de exposição para a sua obra musical. À mesma hora de SZA conseguiu angariar fãs e mesmo bastantes curiosos para junto do Palco Super Bock. O público não se fez rogado e deu também mais de si participando com coros festivos e corpos dançantes.
A surpresa inesperada por Obongjayar | mais fotos clicar aqui Com atraso de 10 minutos entraram os American Football. A responsabilidade não será deles com toda a certeza, o concerto de SZA terminou um pouco mais tarde. Foi por eles que me estreei no Palco Plenitude na edição deste ano do festival.
Além de Mike Kinsella (vocalista e guitarrista) tivemos Steve Holmes na guitarra, Nate Kinsella no baixo e Steve Lamos na bateria. Houve em palco mais outros dois músicos. Não tiveram uma enorme multidão a vê-lo, no entanto, quem lá estava fazia-o de corpo e alma. Um público bastante heterogéneo, nas primeiras filas junto ao gradeamento muitos jovens, no final do concerto a luta pelas setlist foi bem intensa. Mais recatados pelo meio da plateia ou mais para trás, um público mais adulto, de faixas etárias notoriamente acima dos 30 anos.
Mike Kinsella dos American Football | mais fotos clicar aqui Quem conhece o repertório dos American Football sabe que os seus temas têm longas passagens instrumentais. Foram momentos, durante a atuação, aproveitados para serem vividos com os olhos fechados por muita gente em faixas como, por exemplo, “Honestly”, “I'll See You When We're Both Not So Emotional”, “Never Meant” ou “Uncomfortably Numb” foram aproveitadas ao máximo num positivo esforço de interiorização das músicas. Nas partes em que surgiam as letras cantadas por Mike iam também sendo devoradas com um anseio bem próprio de um fã “hardcore”.
Neste que foi o último concerto durante algum tempo, como Mike revelou, a banda teve uma performance irrepreensível e marcante. Direi eu que, muito provavelmente, dificilmente vão regressar a Portugal pelo que a oportunidade aproveitada pelos fãs no tempo certo e foi mesmo “ouro sobre azul”.
O baterista dos American Football | mais fotos clicar aqui A reportagem segue agora o seu ritmo e há mais dois dias pela frente!
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
Texto: Edgar Silva Fotografia: Nuno Coelho
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P.O.V. — @tbthqs
Do you see what we've done? We're gonna make such fools of ourselves” — decode, Paramore.
Cansaço. A primeira coisa que Katherine pensou ao sair do ginásio, cruzar as famosas portas da UCLA e sair, finalmente, do inferno movido à nostalgia, sorrisos falsos e memórias traumáticas. A mulher deixou o corpo ceder à exaustão mental ao entrar no próprio carro, um Rolls Royce, e deitar a cabeça sobre o volante, respirando fundo, criando coragem para se afastar do prédio que prometeu nunca mais pisar.
Katherine remexeu-se, incomodada, sobre o banco de couro legítimo, e decidiu pegar o próprio celular. Iria ligar para o delivery que sempre pedia sua garrafa de vinho favorita, quando se deparou com um cartão que, até então, não deveria estar ali.
Só pode ser piada! Alguém estava montando um complô contra Katherine e ela estava decidida a caçar o infeliz. Do convite à reunião de ex alunos, à nostalgia forçada, agora um cartão da BlockBuster de 2014? Em nome de Jhon Jacob Harris?!
A mulher encarou o objeto com tanta surpresa e raiva. O cartão em sua destra tinha um peso muito maior do que o objeto realmente tem, trazia consigo lembranças que Katherine se recusava a lembrar.
Totalmente frustrada, com raiva, cansaço e vontade de apenas sair daquele contexto e lugar, deu partida no carro e saiu o mais rapidamente possível da terreno da UCLA, ganhando as ruas de Los Angeles no limite de velocidade. Tentando desanuviar sua mente, Katherine conectou seu celular ao carro, dando play no aplicativo de música de modo aleatório. Viva La Vida, do Coldplay, ganhou os auto falantes do Rolls, e uma risada alta de Katherine.
Repetindo mentalmente: “isso não pode ser possível”, em minutos, a mulher estacionou seu carro à frente da mansão que havia adquirido recentemente em Bel Air, descendo do mesmo de modo irritado, batendo a porta atrás de si. A racionalidade sempre foi o forte de Katherine, e não seria agora que ela iria abrir mão de sua razão. Por mais que tenha se sentido mexida e emocionalmente abalada com as últimas horas, o cartão-piada em sua bolsa, e a música em seu celular, não iria correlacionar todos os acontecimentos. Não queria correlacionar. A única relação entre todos era apenas um: uma grande piada usando o ano de 2014 como pano de fundo para a abalar.
Decidiu deixar tudo de lado e se concentrar em sua rotina. Rotina, tudo que Katherine precisava era de sua rotina. Iniciou sua tradição antes de dormir, um banho bem quente e relaxante, todo um processo de skin care e hidratação de sua pele, além de prender seus fios escuros em um coque preciso, mantendo a escova.
Vestida apenas de blusa e calcinha, Katherine desceu as escadas de sua mansão, enchendo uma taça de vinho tinto e pegando os papéis de um novo cliente. Rotina para ela era isso: os cuidados consigo, o vinho para relaxar e os arquivos que precisava ler para o dia seguinte. Ao voltar para o quarto, deixou o celular sobre a escrivaninha, deitando-se de bruços na cama, taça em uma mão e documentos na outra.
O cansaço anterior voltou com força, e Katherine não percebeu que adormecia aos poucos, deixando a taça cair ao chão, manchando o tapete bege de vermelho sangue. O sono que a atingiu não era o comum estado de adormecer que estava acostumada, o sono se tornou leve, com pitadas de consciência e agitação. Tentou ingressar em um sono mais estável, mas seu subconsciente a forçava a quase despertar, até que seus olhos se abriram por fim, determinada a descobrir o motivo do endurecimento de sua cama.
Totalmente contrariada, revirou-se sobre a superfície dura e gelada, estranhando estar no chão. Quando foi que caiu? Não deveria estar mais confortável pela presença do tapete? Ajustando a visão à imagem a seu redor, Katherine se levantou em um sobressalto. Estava no… John Wooden Center novamente? Como assim?
Ao se virar para o lado, notou rostos conhecidos. Não havia os visto hoje a noite? Estava em um sonho? Sua mente deu um looping ao notar que todos estavam de pijama. Sua mente não a faria sonhar com ex colegas de pijama, faria? Mas foi somente quando um pegou o próprio celular no chão, um iPhone que não via desde… 2014?, que Katherine reparou na própria aparência pelo reflexo na tela. Estava mais jovem, os cabelos cacheados… parecia a mesma, mas em sua versão jovem e universitária.
Apertou rapidamente o botão de ligar o aparelho, tendo o segundo susto: a data marcava o início do último ano de graduação, 2 de setembro de 2013. A garota olhou para a pessoa mais próxima, procurando respostas que não fossem “você está sonhando” ou “você está louca”, mas a pessoa parecia tão confusa como ela. Seu celular vibrou em sua mão, chamando a atenção novamente para a tela que exibia uma mensagem: “Vocês tem uma segunda chance, mas cuidado, nem tudo é o que parece. Ao final dessa aventura, vocês terão uma escolha a fazer. Estejam preparados. Faça cada segundo valer a pena!”
Katherine estava prestes a se beliscar para acordar do pesadelo que imaginou estar tendo, quando o som o apito dos guardas do campus a despertaram. Era real demais para ignorar o conhecido medo de ser pega fora do dormitório em horário proibido, maior do que a confusão mental. A garota correu, correu com todas as suas forças pelo campus, assustando-se ao sair do ginásio e encarar a claridade do lado de fora. Foi quando lembrou-se de suas roupas e olhou para baixo: blusa e calcinha. Ela estava apenas de calcinha na frente daquela gente toda!
Não era sonho ou alucinação coisa nenhuma, era real! Era ela, a versão mais jovem e universitária! Em 2013! De calcinha na frente de todos os colegas de faculdade. Não havia tempo para pensar ou procurar alguém que tivesse respostas. Sabia que não estava louca, e sabia muito bem que viagens no tempo eram impossíveis. Mas como explicar estar em 2013 novamente?!
A única coisa em que Katherine conseguia se apegar era o instinto de sobrevivência. E o de não pagar maior mico na frente de toda a UCLA. Havia apenas uma única solução: correr para o Olympic Hall e encontrar suas coisas no antigo dormitório. Se iria fazer isso sem surtar, precisava fazer com suas coisas e o instinto de familiaridade. Além de roupas adequadas e reputação intacta.
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A primeira carta enviada sem sucesso.
Naquele domingo, eram seis da tarde quando ouvi o sino da igreja. E meu coração que já estava aflito resolvia quebrar mais uma vez o orgulho e ir atrás de tentar consertar as coisas.
Mas a questão é que eu já não tinha tanta força como eu tive no início. Meu coração já estava despedaçado, minha confiança em você tinha sido mexida. Até hoje, por mais que não diga, você me bloqueou dos seus stories e eu realmente não entendo o porquê.
E mesmo que você já teria tomado sua decisão, por que eu tive que ir atrás dessa decisão?
Por que eu não tive um direito a uma segunda chance?
Por que você não me apontou todos esses problemas logo quando incomodou?
Eu queria que soubesse que ainda acreditava no potencial de um "nós". Mesmo que você estivesse atarefado demais no trabalho, ou que falássemos pouco.
Todos os dias eu sempre passei pela estação onde nos conhecemos e onde eu acabei namorando com você. E para falar a verdade, eu estava começando a perder meu trauma, acho que nunca comentei isso, mas eu estava voltando a ficar mais tranquila dentro de um trem. E obrigada por isso!
Bem... Estava disposta a fazer isso dar certo. Mesmo com todas as nossas diferenças, eu acreditava em nós. E realmente não consigo entender por que não quis nem falar isso cara a cara ou foi explícito sobre o que te incomodava, sendo que aprendi a falar o que incomodava justamente com você.
Tudo isso ainda era muito novo para mim, era muita coisa para aprender e eu estava aprendendo. Eu poderia ter perguntado tudo sobre você de uma vez, mas preferi conhecer aos poucos, com a magia do que é o amor.
Me desculpa se não consegui aprender tudo sobre quem era você em pouco tempo.
Ao final da ligação, eu queria ter dito muita coisa, mas eu simplesmente não tinha mais força. Estava fraca, eu mantinha a esperança de uma segunda chance, porém meu corpo e mente estavam fracos. Tentando meu melhor, acabei mostrando o pior de mim.
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Coates regressa e Amorim vive cenário 'inédito' antes do Clássico
Treinador do Sporting vai ter toda a linha defensiva à disposição, pela primeira vez, na presente temporada. Numa altura em que se aproxima o Clássico entre Sporting e FC Porto, Rúben Amorim vai deparar-se com um cenário inédito na preparação para um dos jogos mais importantes da temporada, no que à defesa diz respeito. Após várias mexidas ao longo da temporada devido a lesões, o treinador dos…
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5ª aula de poções
Entrei na sala depressa, andando meio torta por causa do tombo que tinha levado. Segundos antes de eu passar pela porta, um aluno mais velho tinha me passado uma rasteira no corredor e se afastado rindo. Sentei em uma das carteiras, ainda confusa e conferi meu joelho que realmente tinha ralado quando caí no chão de pedra. Tinha ouvido me chamarem de "sangue ruim" enquanto eu caía e tive vontade de ir atrás dele e corrigi-lo, mas estava em cima da hora para a prova e já tinha perdido o outro aluno de vista. Percebi que todos estavam deixando suas mochilas perto da mesa da professora e corri para fazer o mesmo. Sentei de novo, tentando ignorar a ardência no joelho, me focando no que tinha aprendido durante o ano para ir bem na prova. Baixei meus olhos para a prova e li a primeira questão. Essa era fácil. Fazia poções com a minha mãe muito antes de vir estudar em uma escola de magia. 01 – Comente com suas palavras o que é uma poção. Poção é uma solução de ingredientes, mágicos ou não, com efeito mágico. Segui respondendo as questões confiante, até encontrar uma pergunta que me incomodou um pouco. Desde que tinha entrado na escola, viviam me chamando de trouxa e sangue-ruim pelos corredores. Por um segundo minha cabeça desviou para o garoto que me empurrou no corredor e notei meu joelho ardendo de novo. Sacudi a cabeça, me forcei a focar na prova e escrevi a resposta seguinte. 08 – Qual a definição de uma poção no dicionário trouxa? Um produto farmacêutico com medicamento dissolvido e administrado via oral. Disparei pelo restante da prova. Forçando a memória em algumas perguntas e outras lembrando a reposta imediatamente. Entre o que tinha aprendido em casa e na sala de aula, conseguia cobrir boa parte do conteúdo da prova, e quando me dei conta, percebi que estava respondendo as questões com um sorriso no rosto. 13 – Uma poção pode ser encontrado em diferentes estados, quais são eles? Além de líquida, pode ser sólida ou pastosa. Mais uma pergunta que me lembrava coisas que tinha aprendido em casa. Adorava fazer meu próprio chá com as ervas do quintal de casa. O método era um pouco diferente, mas lembrava de ter lido no livro de poções as diferentes formas de fazer chá e pensado em testar todas elas quando voltasse para casa. 19 – Comente com suas palavras sobre como é feita a preparação de chá por tisana. Ferve-se a água e depois acrescenta-se as ervas desejadas. É necessário deixar que as ervas fervam junto com a água por um determinado tempo e só depois se desliga o fogo e espera o chá chegar a uma temperatura mais agradável para consumo. 25 – Como chama o instrumento necessário para separar a parte líquida da parte sólida de uma poção? Coador 31 – Explique o que é e para que serve o ingrediente Balsamina. - Franzi a testa. Ela fazia parte de uma família de nome estranho, alguma coisa com coco… Fiz uma careta. Era melhor não escrever que escrever besteira certo? Escrevi o que lembrava e torci para que fosse o suficiente: É uma planta originária da Índia. Ela possui propriedades balsamizantes. 37 – Qual o nome do ingrediente que é um gênero de insetos neurópteros que vive na Europa e América do Norte? Hemeróbios A última questão era a que exigia uma resposta mais longa e já começava a sentir câimbra na mão. Estiquei os dedos enquanto pensava na resposta e comecei a escrever. 40 – Fale um pouco, com suas palavras, sobre a poção Adurganic, o que é, para o que serve, seus ingredientes, modo de preparo e uso. A poção Adurganic é um adubo mágico que pode ser aplicada em qualquer planta. É feita de uma mistura de excremento de dragão e bezerro apaixonado que deve ser fervida em fogo baixo. Depois são acrescentadas folhas da árvore de Afrodite e deve-se ferver por mais 5 minutos. As chamas então devem ser apagadas e espera-se a mistura esfriar. Em seguida, a poção deve ser mexida até que as folhas dissolvam completamente e a mistura adquira a cor característica. Quanto ao uso, a poção deve ser misturada na terra que receberá uma nova muda de planta. Soltei a caneta, satisfeita. Só quando levantei para entregar a prova foi que lembrei que estava com o joelho machucado. Deixei a prova na mesa da professora com um sorriso misturado com uma careta de dor e fui embora.
em 2020-05-20
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haydenrl:
Acreditar muito em sua sorte e em seu potencial, fazia com que Hayden sempre postasse alto. Seja lá o que ele poderia atribuir tudo aquilo, ele diria que havia dado certo. Era sempre go big or go home. Evie valia todas as suas apostas altas. Sempre. “I think I am.” Respondeu em meio a um sorriso. “Don’t you agree? That I’m pretty lucky here?” Provocou. “Olha, eu consegui fazer você apreciar meu lanche, marcar um jantar feito por mim, conversar sobre coisas para nos conhecermos melhor, te fiz rir e convenci a dar uma volta no meu carro novo. Se isso não ser sortudo pra caralho, eu não sei mais o que poderia ser, Evelyn.” Dizia fato por fato com um enorme sorriso no rosto, conforme enumerar os acontecimentos nos dedos da mão. “Acho muito legal gostar tanto de alguém assim, do trabalho da pessoa e essas coisas. É legal ver que vocês trabalham com a mesma coisa.” Concluiu, como se estivesse memorizando novos fatos sobre Blishen. “Evelyn, não me diga que teremos que planejar uma viagem juntos também? É impossível que você não tenha um lugar muito foda para visitar.”
Uma das únicas coisas que Hayden conseguia pensar naquele momento, que não envolviam o contato físico com Evelyn, era que ele estava fodido. Completamente e irrevogavelmente fodido. Foram noites e noite conversando em sua cozinha, trocas de olhares que o levaram a aquela posição. Ter a beijado foi a confirmação que faltava para saber o inevitável. Era quase desesperador perceber que não havia mais volta. Seja lá o que aquilo fosse, sinceramente. No entanto, Hayden estava tomado por aquela sensação inebriante, incapaz de raciocinar sobre. Logo, quando sentiu os lábios de Evelyn formarem um sorriso, Hayden teve a certeza que aquilo provavelmente seria a experiência mais celestial que seria capaz de vivenciar. Em um gesto impulsivo, Hayden levou as mãos para as dobras do joelho de Evie, a mantendo firme em seu colo conforme se levantava e a colocava apoiada sentada sobre a mesa da cozinha, descendo seus beijos para o pescoço de Evelyn.
Em algum momento o sorriso presunçoso de Hayden se transformou em algo mais doce e Evie observava a cena com certo carinho. Sentia-se esquisita, aquela era a primeira vez que o enxergava assim e o sentimento era assustador. Não era ingênua de pensar que o jeito dele de se esforçar para a agradar era algo que ele reservava apenas para ela, mas, por mais que tentasse o contrário, ela estava sim mexida. “Eu nunca disse que tinha gostado do lanche…” falou um pouco rápido, desesperada para dispensar o que estava sentindo. “Mas, é… Acho que é sim seu dia de sorte.” Piscou para ele antes de abaixar sua cabeça e encarar o balcão em que se apoiava. Se continuasse olhando os olhos azuis dele em breve subiria de volta ao quarto, aterrorizada por seus próprios pensamentos. “Essa conversa toda foi uma tentativa sua de marcar de sair comigo várias vezes? Viagem já é um pouco demais.” Fazia seu melhor para manter seu tom despreocupado, como se nenhuma palavra dele realmente a atingisse.
Não havia uma única veia sóbria no corpo de Evie, era como se houvesse misturado toda droga estimulante que conhecia e ela nem ao menos tinha esse costume. E mesmo assim tudo dentro de si parecia ter se alterado. Seu corpo estava tão leve que mal sentiu quando ele a levantou, suas pernas rapidamente se fechando ao redor do corpo dele como se já estivessem acostumadas a fazer isso. Quando ele começou a beijar seu pescoço, a morena foi lembrada de que ainda precisava respirar. O ar que Hayden havia roubado de seus pulmões começava a retornar e esse era um dos motivos pelo qual ofegava. Ele deixava um caminho eletrizante sobre seu corpo e apesar de ser tão bom quanto ter sua boca na dele, ter ar novamente também a ajudava a pensar que ainda estavam na cozinha. “Hayden,” chamou em um sussurro, ainda de olhos fechados, movendo sua mão pelas costas dele. Não queria que ele parasse, disso ela tinha certeza, porém também não queria ser o próximo grande assunto da família dele. “Hayden” repetiu, sem saber se queria chamar a atenção do loiro ou se dizia o seu nome porque o que estava sentindo era bom pra caralho.
@evieblishen
Desde que se entendia por gente, Hayden tinha hábitos noturnos. Preferia trabalhar e estudar a noite, quando parecia que era um dos poucos momentos que havia silêncio em sua casa. E agora que havia descoberto a existência de academias 24 horas, sua vida parecia ter entrado nos eixos.
Seu cabelo ainda estava molhado do banho quando desceu as escadas da sua casa, indo para a cozinha, um sorriso quase imperceptível delineou os lábios quando notou uma segunda presença no ambiente. “É alguma matéria do seu curso? Composições na madrugada?” Brincou enquanto se apoiava no balcão. “Se for, seu curso já é 200% melhor do que o meu."
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