#Pátio do Paraíso
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Pátio do Paraíso, Esquina com a Rua Larga do Rosário - Centro do Recife Em 27/03/1940.
Photo Benício Whatley Dias.
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CAPÍTULO 16: OS DEUSES SOFREM GOLPES MORTAIS, MAITREYA SUBJUGA O DEMÔNIO
Vamos continuar a história com Sun Wukong, que, sem opções restantes, subiu em uma nuvem auspiciosa e voou diretamente para o sul, em direção ao Monte Wudang, na região de Nanzhan Buzhou, para buscar a ajuda do Venerável Exterminador de Demônios, Zhenwu, na esperança de libertar Tang Sanzang, Zhu Bajie, Sha Wujing, e os soldados celestiais da calamidade que enfrentavam. Ele não parou nem por um momento e, em um único dia, já avistava o reino celestial do mestre Zhenwu. Ele desceu suavemente da nuvem e olhou ao redor, admirando o local:
Um lugar majestoso no sudeste, uma montanha sagrada no centro do céu. O pico de Lótus eleva-se imponente, e a Cordilheira de Ziguai é majestosa. As águas de Nove Rios fluem para longe, ligando-se às montanhas de Yizhen. No alto, há uma caverna celestial do grande vazio, e um pátio sagrado de jade e rubi. Os sinos de ouro das 36 mansões ressoam, enquanto milhares de devotos entram para prestar suas oferendas. Shun e Yu ofereciam seus sacrifícios aqui, e inscrições em jade e livros dourados eram lidos. Pássaros azuis voavam entre os pavilhões, e bandeiras vermelhas tremulavam com graça. O nome desta montanha ecoa por todo o universo, e a visão celestial abre os portões do paraíso. Árvores de ameixa florescem em abundância, e ervas imortais cobrem as encostas. Dragões escondem-se nos vales, e tigres repousam nas falésias. A paz permeia o ambiente, enquanto veados domesticados caminham ao lado das pessoas. Garças brancas descansam entre as nuvens junto a antigos ciprestes, e grifos azuis e fênix vermelhas cantam ao sol. O mestre de Jade vive em um verdadeiro reino celestial, e o portão dourado da benevolência governa o mundo.
O mestre supremo do lugar, Zhenwu, era o filho do Rei Jinglu e da Rainha Shansheng, que sonhou em engolir a luz do sol e, após catorze meses de gestação, deu à luz Zhenwu ao meio-dia do primeiro dia do terceiro mês do ano Jiachen, durante o primeiro ano da era Kaihuang. Sobre ele, podemos dizer:
Desde jovem, ele era corajoso e destemido, e quando cresceu, tornou-se espiritual e sábio. Ele não assumiu o trono, dedicando-se inteiramente ao cultivo espiritual. Seus pais não podiam contê-lo, e ele abandonou o palácio real. Ele mergulhou no estudo profundo e na meditação, nas montanhas. Completando sua prática, ele ascendeu aos céus em plena luz do dia. O Imperador de Jade lhe concedeu o título de Zhenwu, o Exterminador de Demônios. Ele responde ao chamado da espiritualidade suprema, com a união da tartaruga e da serpente. Ele é reverenciado por todas as criaturas, e seu poder é inigualável. Ele vê tanto o oculto quanto o manifesto, e nada escapa à sua visão. Ele corta os demônios do início ao fim dos tempos, subjugando todas as forças malignas.
Sun Wukong, enquanto admirava a paisagem celestial, logo chegou ao primeiro, segundo e terceiro portões celestiais. Quando finalmente chegou ao Palácio Taihe, viu uma luz auspiciosa e uma aura sagrada, cercada por quinhentos oficiais espirituais. Esses oficiais vieram à frente e perguntaram: "Quem é você?" Sun Wukong respondeu: "Eu sou Sun Wukong, o Grande Sábio Igual aos Céus, e venho aqui para ver o mestre Zhenwu." Ao ouvirem isso, os oficiais imediatamente relataram ao mestre, que desceu do palácio para encontrar Sun Wukong. Sun Wukong fez uma reverência e disse: "Vim aqui pedir ajuda." Zhenwu perguntou: "O que aconteceu?" Sun Wukong explicou: "Enquanto protegia Tang Sanzang em sua jornada para o oeste, nos deparamos com muitos perigos. Em Xiniu Hezhou, encontramos uma montanha chamada Pequeno Paraíso Ocidental, onde havia um templo conhecido como Pequeno Templo do Trovão. Um demônio se disfarçou de Buda e meu mestre, ao ver os arhat, kinnaras, monges e santos em fila, acreditou que fosse o verdadeiro Buda e se prostrou para venerá-los, mas foi capturado e amarrado. Eu, por não ter ficado alerta, fui preso dentro de uma tigela de ouro, sem nenhuma fenda ou brecha, selada como uma pinça. Felizmente, Jiedi, o mensageiro celestial, informou ao Imperador de Jade, que enviou as 28 constelações para me resgatar, mas não conseguiram abrir a tigela. Finalmente, o Dragão Dourado conseguiu enfiar seu chifre na tigela e me libertar. Eu quebrei a tigela e acordei o demônio. Durante a batalha, o demônio lançou uma bolsa mágica sobre mim, capturando-me, juntamente com as 28 constelações e os cinco guardiões celestiais. Fui amarrado novamente, mas consegui escapar durante a noite e libertei meu mestre e os deuses. No entanto, quando fui procurar as bagagens sagradas, despertei o demônio, e uma nova batalha começou. O demônio lançou sua bolsa mágica mais uma vez, e eu, reconhecendo o perigo, fugi. Todos os outros foram capturados novamente. Não tenho mais recursos, então vim pedir sua ajuda, mestre Zhenwu."
Zhenwu respondeu: "Eu, no passado, comandei as forças celestiais no norte, subjugando os demônios sob o comando do Imperador de Jade. Mais tarde, recebi a ordem do Mestre Primordial e, com a ajuda de deuses e criaturas, subjuguei os demônios do nordeste. Agora, vivo em paz no Monte Wudang, e a terra está tranquila e segura. Mas vejo que os demônios estão causando problemas no sul de Nanzhan Buzhou e no norte de Julu Zhou. Como você veio me pedir ajuda, não posso recusar. Embora eu não tenha recebido ordens diretas do céu, e isso me impeça de mobilizar exércitos celestiais, darei a você o auxílio de duas de minhas divindades: a Tartaruga e a Serpente, juntamente com cinco dragões poderosos. Eles irão com você para capturar o demônio e salvar seu mestre."
Sun Wukong agradeceu ao mestre Zhenwu e, acompanhado pela Tartaruga, pela Serpente e pelos cinco dragões, partiu de volta para o território de Xiniu Hezhou. Em pouco tempo, chegaram ao Pequeno Templo do Trovão e, descendo das nuvens, foram diretamente para o portão da montanha para desafiar o demônio.
Dentro do templo, o Grande Rei Sobrancelha Amarela estava reunido com seus seguidores no salão principal, e disse: "Já faz dois dias que Sun Wukong não apareceu. Será que ele foi buscar reforços?" Mal havia terminado de falar, um pequeno demônio entrou apressado pela porta da frente e relatou: "Sun Wukong está lá fora com alguns dragões, uma tartaruga e uma serpente, chamando-o para lutar!" O demônio exclamou: "Como esse macaco conseguiu recrutar dragões, tartarugas e serpentes? De onde vêm essas criaturas?" Ele imediatamente vestiu sua armadura e saiu correndo pelos portões da montanha, gritando: "Quem são vocês, dragões e serpentes, que ousam invadir meu domínio celestial?"
Os cinco dragões e os dois guerreiros, a Tartaruga e a Serpente, eram impressionantes, com um espírito formidável. Eles gritaram em resposta: "Seu demônio insolente! Somos os cinco dragões e os dois generais da Tartaruga e da Serpente, servos do Venerável Exterminador de Demônios do Palácio Taihe no Monte Wudang. Fomos convocados pelo Grande Sábio Sun Wukong para capturá-lo. Renda-se imediatamente, liberte Tang Sanzang e os deuses, e pouparemos sua vida. Caso contrário, destruiremos todos os monstros desta montanha e reduziremos seus palácios a cinzas." O demônio, enfurecido ao ouvir essas palavras, gritou: "Suas criaturas, o que podem fazer com seu poder insignificante? Preparem-se para minha maça!"
Os cinco dragões invocaram nuvens e chuvas, enquanto a Tartaruga e a Serpente levantaram areia e poeira, e todos brandiram suas armas para atacar o demônio. Sun Wukong também entrou na batalha com seu bastão de ferro. Assim começou uma feroz luta:
O demônio feroz empunha sua arma, enquanto Sun Wukong busca reforços. O demônio domina o palácio, disfarçando-se de Buda; Sun Wukong viaja a um reino distante para buscar dragões. A Tartaruga e a Serpente controlam os elementos da água e do fogo, enquanto o demônio empunha sua lâmina afiada. Os cinco dragões, sob ordens celestiais, avançam pelo oeste, enquanto Sun Wukong se prepara para recuperar seu mestre. Espadas e lanças brilham como relâmpagos, e as armas cintilam como arco-íris. A maça do demônio é poderosa e resistente, enquanto o bastão de Sun Wukong responde à sua vontade. O som dos golpes ressoa como fogos de artifício, e o tilintar das armas soa como ouro sendo golpeado. Água e fogo se unem para combater o demônio, enquanto armas cercam o espírito maligno. Os gritos de guerra assustam lobos e tigres, e o clamor sacode os deuses e espíritos. A batalha se intensifica, sem um vencedor claro, e o demônio recorre a seus tesouros mágicos.
Sun Wukong liderou os cinco dragões e os dois guerreiros, a Tartaruga e a Serpente, em uma batalha contra o demônio durante meia hora. Nesse momento, o demônio tirou sua bolsa mágica, o que assustou Sun Wukong, que gritou: "Cuidado, todos!" Os dragões, a Tartaruga e a Serpente, sem saber do perigo, pararam de lutar e se aproximaram. O demônio então lançou a bolsa com um movimento rápido, e Sun Wukong, vendo o perigo, não teve tempo para se preocupar com os outros e fugiu para o céu em um salto. O demônio, por sua vez, capturou os cinco dragões, a Tartaruga e a Serpente na bolsa e retornou vitorioso ao templo, onde os amarrou e os trancou na caverna subterrânea.
Sun Wukong desceu das nuvens e pousou, exausto e abatido, no topo de uma montanha, lamentando: "Esse monstro é realmente poderoso." Sem perceber, ele fechou os olhos e caiu em um leve sono. De repente, ouviu alguém chamá-lo: "Grande Sábio, não adormeça! Rápido, vá buscar ajuda, pois a vida de seu mestre está por um fio!" Sun Wukong acordou com um sobressalto e viu que era o Deus Supervisor do Sol. Sun Wukong, irritado, gritou: "Você, Deus menor, onde esteve todo esse tempo se alimentando de sangue, sem aparecer para cumprir seus deveres? E agora vem me perturbar! Estique sua bengala para que eu a quebre em dois para aliviar minha frustração!" O Deus Supervisor, apavorado, fez uma reverência e disse: "Grande Sábio, você é um imortal alegre, por que deveria se sentir tão frustrado? Nós, deuses, já havíamos recebido ordens da Bodhisattva Guanyin para proteger Tang Sanzang em segredo, junto com os deuses locais, e não ousamos nos afastar dele por um momento sequer. É por isso que não viemos visitá-lo regularmente. Como pode me culpar por isso?"
Sun Wukong perguntou: "Se vocês estão protegendo, como é que meu mestre, meus irmãos, os deuses estelares e os guardiões celestiais foram capturados pelo demônio e agora estão sofrendo?" O Deus Supervisor respondeu: "Seu mestre e seus irmãos estão pendurados sob a varanda do salão principal, enquanto os deuses estelares estão presos na caverna subterrânea. Nos últimos dois dias, não ouvimos notícias do Grande Sábio, e só agora soubemos que o demônio capturou os dragões, a Tartaruga e a Serpente, e os trancou na caverna subterrânea. Foi então que percebi que o Grande Sábio havia pedido ajuda a eles, e vim procurá-lo. Por favor, não descanse, vá rapidamente buscar mais reforços."
Ao ouvir isso, Sun Wukong não pôde evitar derramar lágrimas de vergonha e tristeza, dizendo: "Agora me sinto envergonhado de retornar ao Palácio Celestial e de enfrentar o Mestre do Mar; temo perguntar à Bodhisattva e me preocupo em ver o semblante do Buda. Os que foram capturados agora são os dragões, a Tartaruga e a Serpente, servos do Mestre Zhenwu. Não sei a quem mais recorrer para pedir ajuda. O que devo fazer?" O Deus Supervisor sorriu e disse: "Grande Sábio, acalme-se. Lembrei-me de um exército poderoso que certamente pode subjugar o demônio. Quando o Grande Sábio foi ao Monte Wudang, isso ainda estava na região de Nanzhan Buzhou. Esse exército está localizado no Monte Xuanyi, na cidade de Pizhou, atualmente conhecida como Sizhou. Lá reside o Mestre do Reino, o Bodhisattva Wang, que possui grandes poderes espirituais. Ele tem um discípulo chamado Príncipe Zhang, e quatro generais divinos que, no passado, subjugaram a Senhora dos Mares. Se você for pessoalmente pedir ajuda, ele certamente virá em seu auxílio e poderá capturar o demônio e salvar seu mestre." Sun Wukong ficou contente ao ouvir isso e disse: "Vá proteger meu mestre, não deixe que ele seja ferido. Eu vou imediatamente pedir ajuda."
Sun Wukong saltou para sua nuvem e voou rapidamente para longe do território do demônio, dirigindo-se diretamente para o Monte Xuanyi. Em pouco tempo, ele chegou ao local. Observando ao redor, ele viu que era realmente um lugar magnífico:
Ao sul, perto do rio Yangtze; ao norte, junto ao rio Huai; a leste, conectado ao mar; a oeste, adjacente ao Monte Fengfu. No topo da montanha havia torres imponentes, e nos vales, nascentes de água jorravam. Rochas imponentes e pinheiros majestosos decoravam a paisagem. Frutas frescas e flores desabrochando em abundância eram vistas por toda parte. As pessoas iam e vinham como formigas, e os barcos navegavam em fileiras como gansos voltando para casa. No topo, havia o Templo Ruiyan, o Palácio Dongyue, o Templo Wuxian, e o Templo Gushan, com sinos ressoando e incenso subindo ao céu. Também havia a Fonte de Cristal, o Vale das Cinco Torres, o Terraço dos Oito Imortais, e o Jardim das Flores de Damasco, com o brilho das montanhas e as cores das árvores refletindo na cidade de Pizhou. As nuvens brancas pairavam, e os pássaros cantavam suavemente. Comparado aos Montes Tai, Song, Heng e Hua, este lugar parecia um verdadeiro cenário celestial.
Sun Wukong, encantado com a beleza do lugar, atravessou o rio Huai e entrou na cidade de Pizhou, parando diante do portão do Templo Daxing. Ele viu um salão imponente, com corredores longos e decorados, e uma alta torre dourada erguendo-se no céu. Realmente era:
Erguendo-se para tocar as nuvens, alcançando o céu, olhando para cima, as urnas douradas brilhavam no espaço. Luz irradiando por todo o universo, sem sombra projetada nas paredes e cortinas. O vento fazia soar os sinos, trazendo a música celestial; o sol refletia nos dragões de gelo, criando uma imagem divina. Pássaros sagrados pousavam ocasionalmente para conversar, e ao longe, o rio Huai parecia infinito.
Sun Wukong, enquanto observava e caminhava, chegou ao segundo portão. O Bodhisattva Wang, já ciente de sua chegada, saiu com o Príncipe Zhang para recebê-lo. Depois das saudações, Sun Wukong explicou: "Estou protegendo Tang Sanzang em sua jornada para o oeste em busca das escrituras, mas no caminho encontramos um lugar chamado Pequeno Templo do Trovão, onde um demônio chamado Huangmei se disfarçou de Buda. Meu mestre, enganado, se prostrou diante dele e foi capturado. Eu também fui preso por uma tigela dourada, mas fui libertado graças aos deuses celestiais. Quebrei a tigela e lutei contra o demônio, mas ele lançou uma bolsa mágica que capturou os deuses, meu mestre, meus irmãos e a mim. Eu fui ao Monte Wudang para pedir ajuda ao Mestre Zhenwu, que enviou cinco dragões, a Tartaruga e a Serpente para capturar o demônio, mas eles também foram capturados pela bolsa mágica. Sem ter a quem recorrer, vim pedir ao Bodhisattva que mostre sua grande misericórdia, use seus poderes que subjugaram a Senhora dos Mares, e venha comigo para salvar meu mestre. Uma vez que tivermos as escrituras, elas serão transmitidas para a China, espalhando a sabedoria do Buda e promovendo o Dharma."
O Bodhisattva Wang respondeu: "O que você me contou hoje é verdadeiramente para o florescimento da fé budista, e eu deveria ir pessoalmente. No entanto, estamos no início do verão, e o rio Huai está em sua cheia. Acabei de subjugar o Grande Sábio Aquático, que se fortalece na presença da água. Se eu sair agora, temo que ele possa causar problemas novamente, e não haverá ninguém para contê-lo. Portanto, pedirei a meu discípulo que, junto com os quatro generais, vá ajudá-lo a subjugar o demônio e resgatar seu mestre."
Sun Wukong agradeceu, e junto com os quatro generais e o Príncipe Zhang, subiu nas nuvens e voltou ao Pequeno Paraíso Ocidental, indo direto ao Pequeno Templo do Trovão. O Príncipe Zhang empunhava uma lança branca, enquanto os quatro generais manejavam espadas de aço afiadas. Eles avançaram, gritando insultos ao demônio. Um pequeno demônio correu para informar o rei demônio, que imediatamente liderou seus seguidores, saindo com alvoroço e gritando: "Macaco, quem você trouxe desta vez?" Antes que Sun Wukong pudesse responder, o Príncipe Zhang ordenou que os quatro generais avançassem, e gritou: "Maldito demônio! Você tem coragem de não nos reconhecer?"
O rei demônio perguntou: "Quem é esse jovem general que ousa me desafiar?" O Príncipe Zhang respondeu: "Eu sou o discípulo do Mestre Wang, o Bodhisattva de Daxing, e lidero os quatro grandes generais sob suas ordens para capturá-lo." O rei demônio riu e disse: "Você, criança, que habilidades tem para ousar vir até aqui?" O Príncipe Zhang respondeu: "Se quer conhecer minhas habilidades, ouça bem:
Meu ancestral era rei do Reino de Sha, nas terras ocidentais, Desde jovem, sofri com doenças e desgraças, meu destino foi afetado por uma estrela maligna. Buscando a imortalidade, encontrei meu mestre e abandonei os remédios mundanos. Com uma pequena dose de elixir, curei minhas doenças e abandonei o trono para praticar o Dao. Alcancei a imortalidade, vivendo eternamente jovem. Participei da Assembléia do Dragão, voei aos templos budistas. Capturei monstros das águas, subjuguei dragões e tigres, protegendo as montanhas. Erigi torres budistas para guiar o povo, e minha sabedoria iluminou o mundo. Minha lança branca pode prender demônios, minha túnica monástica subjugou monstros. Agora, resido pacificamente em Pizhou, onde meu nome é famoso como o Pequeno Zhang!"
Ouvindo isso, o rei demônio riu levemente e disse: "Príncipe, você abandonou seu reino para seguir o Mestre Wang e aprender a arte da imortalidade. Tudo o que conseguiu foi capturar monstros no rio Huai, e agora, por que você daria ouvidos às mentiras de Sun Wukong, cruzando montanhas e rios para encontrar sua morte? Vamos ver se você realmente é imortal!"
O Príncipe Zhang, enraivecido por essas palavras, girou sua lança e atacou de frente; os quatro generais avançaram juntos, enquanto Sun Wukong balançava seu bastão de ferro e se juntava à luta. Mas o rei demônio, sem temor, brandia sua curta e resistente maça de dentes de lobo, bloqueando e contra-atacando habilmente. A batalha foi intensa:
O Príncipe Zhang brandia sua lança branca, Enquanto os quatro generais empunhavam suas afiadas espadas. Sun Wukong com seu bastão dourado, Juntos, eles cercaram o rei demônio.
O rei demônio possuía grande poder espiritual, Sem medo, bloqueava e contra-atacava com destreza. Sua maça de dentes de lobo era um tesouro budista, Inabalável contra espadas e lanças. O vento rugia furiosamente, E a atmosfera se tornava sombria e opressiva.
De um lado, havia quem usasse suas habilidades para lutar, Do outro, aqueles dedicados à busca do Dharma. A luta continuava feroz, com ataques e recuos, Nuvens de névoa escureciam o céu, A raiva e o ódio alimentavam a batalha, Mas nenhum conseguia a vitória.
Depois de muito tempo, sem que houvesse um vencedor, o demônio tirou novamente sua bolsa mágica. Sun Wukong gritou: "Cuidado, todos!" Mas o Príncipe Zhang e os outros não sabiam do perigo iminente. Com um movimento rápido, o demônio lançou a bolsa e capturou os quatro generais e o Príncipe Zhang, enquanto Sun Wukong, prevendo o perigo, fugiu antes de ser capturado. O rei demônio, vitorioso, retornou ao templo, onde amarrou seus prisioneiros e os trancou na caverna subterrânea.
Sun Wukong, em sua nuvem, subiu aos céus e observou o demônio recuando com seu exército e fechando as portas do templo. Ele desceu até uma encosta na montanha ocidental, triste e lamentando:
"Mestre, Desde que aceitei os ensinamentos, adentrei o mosteiro, Agradecido à Bodhisattva por salvar minha vida. Eu protegi você em sua jornada ao Oeste, em busca do Dao, Auxiliando na busca pelo Templo do Trovão. Eu pensei que o caminho seria tranquilo, Mas como poderia prever esses monstros implacáveis? Todos os meus esforços e planos falharam, E minhas súplicas no leste e no oeste foram em vão."
Enquanto Sun Wukong estava imerso em sua tristeza, de repente viu uma nuvem colorida descendo do sudoeste, trazendo uma chuva torrencial que encharcou a montanha. Uma voz chamou: "Wukong, você me reconhece?" Sun Wukong rapidamente correu para ver, e quem estava lá era:
Uma pessoa de orelhas grandes e rosto largo, Com ombros largos e uma barriga cheia, de constituição robusta. Com um sorriso caloroso que irradiava alegria, E olhos brilhantes que refletiam bondade. Suas mangas largas balançavam com facilidade, E seus sapatos de palha eram simples, mas ele exalava vigor. Ele era o mais exaltado na Terra da Suprema Felicidade, O venerável MaitreSun Wukong, ao ver Maitreya, imediatamente se prostrou e disse: "Grande Buda do Leste, para onde vai? Seu discípulo não conseguiu evitá-lo, mil desculpas, mil desculpas." Maitreya respondeu: "Eu vim aqui especialmente para lidar com o demônio do Pequeno Templo do Trovão." Sun Wukong, cheio de gratidão, perguntou: "Agradeço profundamente por sua grande benevolência. Posso perguntar, de onde veio esse demônio, e que tipo de criatura é ele? E o que é essa bolsa mágica que ele usa? Por favor, poderia me esclarecer?"
Maitreya explicou: "Ele é um servo meu, um jovem de sobrancelhas amarelas que costumava bater o sino em minha presença. No terceiro dia do terceiro mês, eu fui participar de uma reunião do Yuan Shi Tian Zun e deixei o jovem para cuidar do palácio. Ele, entretanto, roubou alguns dos meus tesouros e, ao se disfarçar de Buda, se transformou em um demônio. Essa bolsa mágica que ele usa é meu 'Saco de Sementes Humanas', um artefato pós-celestial, e a maça de dentes de lobo que ele usa é, na verdade, o martelo que ele utilizava para bater o sino." Ao ouvir isso, Sun Wukong exclamou: "Então, aquele monge sorridente deixou o jovem fugir, permitindo que ele se passasse por Buda e causasse problemas para mim. Não é de admirar que haja uma certa falta de disciplina em sua casa." Maitreya riu e disse: "Sim, foi minha negligência que permitiu isso, mas também é parte do destino que você e seus discípulos precisassem passar por essa provação. Agora estou aqui para levá-lo de volta."
Sun Wukong perguntou: "Esse demônio tem grandes poderes, e você não tem nenhuma arma. Como pretende capturá-lo?" Maitreya sorriu e respondeu: "Eu já preparei uma cabana de palha no sopé desta montanha, onde cultivo algumas frutas. Você deve desafiá-lo para uma batalha, e durante a luta, finge que está perdendo e o atrai para minha plantação de melões. Enquanto isso, transforme-se em um grande melão maduro. Quando ele vier, certamente pegará o melão para comer, e assim que ele o devorar, você estará dentro dele. Dentro do estômago dele, você poderá fazer o que quiser. Nesse momento, tomarei sua bolsa mágica e o capturarei de volta." Sun Wukong, entusiasmado com o plano, perguntou: "O plano é excelente, mas como você vai reconhecer o melão em que eu me transformei? E como podemos garantir que ele me seguirá até lá?"
Maitreya riu e disse: "Eu sou o grande mestre que governa este mundo, com uma visão espiritual que pode ver tudo. Não importa em que você se transforme, eu saberei. Mas o único problema é garantir que o demônio o siga. Para isso, vou lhe ensinar uma técnica." Sun Wukong, curioso, perguntou: "Ele certamente tentará me capturar com sua bolsa mágica. Como posso fazê-lo me seguir? Que técnica é essa?" Maitreya riu novamente e disse: "Estenda sua mão." Sun Wukong estendeu sua mão esquerda, e Maitreya, com o dedo indicador direito, molhou-o com um pouco de saliva divina e escreveu o caractere "禁" (que significa "proibição") na palma de Sun Wukong, instruindo-o a fechar o punho. Maitreya explicou: "Quando você encontrar o demônio, abra a mão na frente dele, e ele o seguirá."
Sun Wukong, satisfeito, agradeceu pela instrução. Com uma mão segurando firmemente o bastão de ferro, ele foi diretamente para fora dos portões do templo e gritou em voz alta: "Demônio, seu avô Sun está de volta! Saia e enfrente-me se tiver coragem!" Os pequenos demônios correram para informar o rei demônio, que perguntou: "Ele trouxe mais reforços desta vez?" Os pequenos demônios responderam: "Não, ele está sozinho." O rei demônio riu e disse: "Esse macaco está sem recursos, sem ninguém para recorrer. Ele definitivamente veio aqui para encontrar a morte." Ele então se preparou, pegou suas armas e saiu, dizendo: "Sun Wukong, desta vez você não escapará!" Sun Wukong, furioso, gritou: "Seu demônio miserável, quem disse que eu não escaparei?" O rei demônio respondeu: "Vejo que você está sem opções, sem ninguém para ajudar, e veio sozinho. Se eu te capturar agora, não haverá mais deuses para te salvar, por isso digo que você não escapará."
Sun Wukong respondeu: "Você, demônio tolo, pare de falar besteiras e receba meu golpe!" O rei demônio, ao ver que Sun Wukong estava empunhando o bastão com apenas uma mão, riu e disse: "Esse macaco está tentando algo novo, usando uma só mão para segurar o bastão. Que tolice!" Sun Wukong respondeu: "Seu tolo, você não aguentaria se eu usasse as duas mãos. Se você não usar sua bolsa mágica, mesmo que me enfrente com mais três ou cinco demônios, você não poderá derrotar o velho Sun!" O rei demônio, ouvindo isso, disse: "Muito bem, desta vez não usarei minha bolsa mágica. Vamos lutar de verdade e ver quem vence!" Ele então levantou sua maça de dentes de lobo e avançou para a luta.
Sun Wukong abriu sua mão, revelando o caractere "禁" e, em seguida, empunhou o bastão com ambas as mãos. O demônio, sob a influência da magia, não pensou em usar a bolsa mágica e se concentrou apenas em lutar com sua maça. Sun Wukong fingiu uma retirada e começou a fugir em direção ao sopé da montanha oeste, com o demônio o seguindo de perto.
Quando Sun Wukong avistou o campo de melões, ele rolou e se transformou em um grande melão maduro, suculento e doce. O demônio parou, olhando ao redor, sem saber para onde Sun Wukong havia ido. Ele se aproximou da cabana e gritou: "Quem cultiva esses melões?" Maitreya, disfarçado como um velho agricultor, saiu da cabana e respondeu: "Grande rei, esses melões foram plantados por mim." O demônio perguntou: "Há algum melão maduro?" Maitreya respondeu: "Sim, há um que está bem maduro." O demônio ordenou: "Pegue um para mim, estou com sede." Maitreya imediatamente pegou o melão em que Sun Wukong havia se transformado e o entregou ao demônio. O demônio, sem suspeitar de nada, pegou o melão, abriu a boca e deu uma grande mordida. Sun Wukong aproveitou a oportunidade para deslizar rapidamente pela garganta do demônio e, uma vez dentro de seu estômago, começou a causar o maior caos: arranhando o intestino, revirando as entranhas, causando uma dor excruciante. O demônio rolava pelo campo de melões, contorcendo-se de dor, como se estivesse em uma eira. Ele gritava: "Estou acabado, estou acabado! Alguém, por favor, me ajude!"
Maitreya, agora em sua forma verdadeira, rindo e sorrindo, disse: "Criatura maligna, você me reconhece?" O demônio, ao levantar a cabeça e ver Maitreya, ficou aterrorizado. Ele imediatamente caiu de joelhos, segurando a barriga com as mãos, e começou a bater a cabeça no chão, implorando: "Senhor, por favor, poupe minha vida, poupe minha vida, nunca mais farei isso novamente!" Maitreya se aproximou, pegou a bolsa mágica do demônio e tomou a maça de dentes de lobo. Ele então disse: "Sun Wukong, em consideração a mim, poupe a vida dele."ya, o Buda Sorridente.
Sun Wukong, ainda cheio de rancor e raiva, começou a socar e chutar dentro do estômago do demônio, causando-lhe uma dor insuportável. O demônio caiu ao chão, incapaz de suportar a agonia. Maitreya, vendo a situação, disse: "Wukong, ele já aprendeu a lição. Perdoe-o, por favor." Sun Wukong então gritou: "Abra bem a boca para que o velho Sun possa sair!" Embora o demônio estivesse com dores terríveis no estômago, ele ainda não havia perdido toda a esperança. Como diz o ditado: "Enquanto o coração não se quebra, a morte não chega; quando a flor murcha e as folhas caem, a raiz também morre." Ao ouvir Sun Wukong pedir para abrir a boca, o demônio, suportando a dor, abriu bem a boca. Sun Wukong então saltou para fora e voltou à sua forma original, já segurando o bastão, pronto para atacar novamente. No entanto, Maitreya rapidamente capturou o demônio na bolsa mágica e a pendurou em seu cinto. Com o martelo de sino em mãos, ele repreendeu: "Criatura maligna! Você roubou o sino de ouro, onde ele está?" O demônio, em desespero dentro da bolsa, respondeu: "O sino de ouro foi quebrado por Sun Wukong." Maitreya disse: "Se o sino foi quebrado, onde estão os pedaços de ouro?" O demônio respondeu: "Os pedaços de ouro estão empilhados no salão, sob o trono de lótus."
Maitreya, ainda segurando a bolsa mágica e o martelo, riu e disse: "Wukong, vamos procurar o ouro e recuperá-lo." Sun Wukong, impressionado com o poder de Maitreya, não ousou hesitar e guiou Maitreya até a montanha, retornando ao templo. Ao chegarem, encontraram os portões fechados. Maitreya, com um toque do martelo, abriu os portões. Ao entrarem, perceberam que os pequenos demônios, ao saberem que o grande demônio havia sido capturado, estavam se preparando para fugir. Sun Wukong, ao ver isso, atacou cada demônio que encontrou, matando centenas deles. Quando os demônios morreram, todos retornaram à sua forma original: eram espíritos da montanha, monstros da floresta, bestas selvagens e pássaros demoníacos. Maitreya reuniu os pedaços de ouro, soprou um pouco de ar celestial e recitou um encantamento, restaurando o sino de ouro à sua forma original. Ele então se despediu de Sun Wukong e, montado em sua nuvem auspiciosa, retornou ao Paraíso da Suprema Felicidade.
Depois disso, Sun Wukong finalmente libertou Tang Sanzang, Zhu Bajie e Sha Wujing. Zhu Bajie, que estava faminto após dias pendurado, não perdeu tempo em agradecer a Sun Wukong. Em vez disso, foi diretamente para a cozinha procurar comida. Lá, ele encontrou o almoço que o demônio havia preparado, mas não teve tempo de comer antes de ser interrompido por Sun Wukong. Zhu Bajie rapidamente comeu metade de uma panela de comida e trouxe duas tigelas para que seu mestre e irmãos também pudessem comer. Só depois de estarem alimentados é que Zhu Bajie agradeceu a Sun Wukong. Tang Sanzang perguntou sobre a origem do demônio, e Sun Wukong explicou toda a história, desde a ida ao Monte Wudang para pedir ajuda a Zhenwu, até a intervenção final de Maitreya. Tang Sanzang, ouvindo a história, expressou sua profunda gratidão e fez reverências aos céus, dizendo: "Discípulo, onde estão os deuses e santos que foram capturados?"
Sun Wukong respondeu: "Ontem, o Deus Supervisor do Sol me disse que todos estavam presos na caverna subterrânea." Ele então chamou: "Zhu Bajie, venha comigo para libertá-los."
Zhu Bajie, agora fortalecido pela comida, pegou sua ferramenta de escavação e, junto com Sun Wukong, foram até a parte de trás do templo, onde abriram a caverna subterrânea e libertaram todos os prisioneiros, trazendo-os para fora do palácio. Tang Sanzang vestiu sua túnica de monge, fez reverências e agradeceu a cada um deles. Sun Wukong então escoltou os cinco dragões e os dois generais de volta ao Monte Wudang, o Príncipe Zhang e os quatro generais de volta à cidade de Pizhou, e, por fim, as 28 constelações de volta ao Palácio Celestial, liberando os guardiões e protetores de volta aos seus domínios.
Os discípulos passaram o resto do dia descansando, alimentaram o cavalo branco e arrumaram suas bagagens. Na manhã seguinte, ao partirem, incendiaram o templo, reduzindo os palácios, tronos e torres a cinzas. E assim, finalmente:
Sem mais preocupações ou amarras, seguiram em frente, Desfazendo as desgraças e os obstáculos, continuaram sua jornada.
Mas quando finalmente chegarão ao Grande Templo do Trovão? Isso só saberemos no próximo capítulo.
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A Secretaria de Serviços Urbanos e Zeladoria informa o cronograma de atividades previstas para a semana de 4 a 8 de dezembro de 2023. A Secretaria reforça que o cronograma pode sofrer alterações devido às condições climáticas. Limpeza Pública: Coleta de galhos seguindo ordens de serviço. Roçada nos canteiros centrais nas Avenidas Porto Alegre, General Osório, ruas Marechal Deodoro, Marechal Floriano Peixoto, ruas centrais do bairro desbravador. Iluminação Pública: Reparos na Iluminação Pública nos seguintes bairros: Centro, Quedas do Palmital, Palmital, Santo Antônio, Maria Goretti, São Pedro, Paraíso, Vila Real, Desbravador, São Cristóvão, Bela Vista, Belvedere, Trevo, Engenho Braun, Interior, Distrito Marechal Bormann e Região da Grande Efapi. Obras/Interior: Manutenção, cascalhamento e patrolamento na Linha Tafona, São Rafael, Sede Trentin, São Vendelino, São Pedro A, São Pedro B e bairros. Usina: Pavimentação em ruas diversas do bairro Vila Rica. Tapa buraco em ruas diversas do bairro Quedas do Palmital, Santa Maria, Esplanada e chamados emergenciais. Praças e Parques: Serviço de manutenção, limpeza e roçada no Parque Edir de Marco, praças Medelín II e III, praça Realeza. Resíduos: Projeto Bota Fora dia 08/12 – Bom Pastor. Participe: Descarte em frente a sua casa seu móvel velho, sofás, colchões, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Projeto Harmoniza: onde as pessoas podem levar seus resíduos orgânicos e trocar por flores, a cada 12 entregas de resíduo orgânico no Horto Botânico Municipal as pessoas recebem cinco mudas de flores da estação. As entregas são na segunda-feira, quarta-feira e sábados, das 8h às 11h e a entrada é pelo Parque das Palmeiras. ECOPONTOS com atendimento das 7h30 as 17h. Equipe de Paisagismo e jardinagem do Horto Municipal: Corte de grama e limpeza de canteiros nas rótulas da rua Rui Barbosa, corte de grama e limpeza de canteiros nas Rótulas da Rua Condá, corte de grama na casa de acolhida, adubação e plantio de plantas ornamentais em alguns canteiros do pátio do Tributos, adubação e plantio de flores na rótula em frente ao Shopping, corte de grama e limpeza de canteiro com flores em frente ao Jardim do Éden, irrigação nos espaços recentemente plantados.Fonte: Prefeitura de Chapecó - SC
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Paraíso da Poetisa #12
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1- Texto escrito para a disciplina de Escrita Criativa para Crianças.
2- Referência ao capítulo “Por que o sapato do palhaço é grande?” do livro “O Palhaço e o Psicanalista”, de Christian Dunker e Cláudio Thebas.
Março, 2024.
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A Sábia
A outra menina Sábia
acordou de supetão.
Levantou, juntou seus caquinhos,
fez uma oração.
Hoje era mais um dia,
desses tristes, sem emoção.
Ela desceu as escadas — tantas,
que perdeu a noção.
Cruzou com a mãe,
com o filhinho,
e também com o irmão.
Mas ela não notara que todos a olharam,
esbugalhando, em exasperação.
E Sábia seguiu, rumo ao seu destino,
na mesma procissão.
Todos os dias, quase todas as horas,
era a mesma labutação.
Ir meio sem rumo, em um lugar triste,
repleto de solidão.
A outra Sábia cruza o pátio
E dá de cara com Assunção.
Esse estanca no caminho,
Pobrezinho, ficou sem chão.
Ao se deparar com a mulher,
tão diferente do que seria padrão.
— Meu Deus, senhora! — disse ele.
— O que houve com sua feição?
A jovem parou no meio passo,
No meio caminho, na saudação.
— Oh! — exclamou ela.
— O que há de errado?
Transpareceu confusão.
E ele: — Esse nariz vermelho,
rosto pálido e também o sorrisão.
Essa menina Sábia não entendeu,
Deu de ombros, em confusão.
O homem, constrangido, seguiu sozinho,
Não fez mais menção.
— Melhor deixá-la em paz.
Pensou consigo, em reflexão.
Depois percebeu que não sabia porque ia,
Ou vinha, em uma eterna coerção.
Essa outra Sábia segue sua jornada,
Cruzou uma praça, um portão.
Durante o caminho, vizinho por vizinho,
A admirava em exasperação.
Ela os ignorava, meio a contragosto,
Porém, com decisão.
Seguia o velho caminho,
De tristeza, desamparo e lamentação.
Essa Sábia não era boba —
Era outra mesmo — Que emoção!
Tão decidida, toda orgulhosa,
Tão cheia de convicção.
Que nada ali importava,
Apenas ela e sua interminável excursão.
Os olhares continuaram,
Os cochichos, a lamúriação.
A Sábia seguia sozinha,
No seu caminho sem rumo, sem fazer concessão.
Ela não notara que soava diferente,
Para todos uma assombração.
Até que cansada de ouvir os burburinhos,
Do falar, da expressão.
Sábia decidiu parar, procurar o lago,
Ali uma exceção.
Pois nesse mundo eram poucos
Que transparecia outra emoção.
Uma diferente do que estavam habituados,
Diferente da aflição.
Ao cruzar os olhos nas ondas opacas,
Suspirou em admiração.
— Essa daí sou eu mesma?
Soltou em choque, em exasperação.
Não sabia ser possível ser assim,
tão diferente, não uma simples aberração.
Depois do susto veio as gargalhadas,
O riso, a boa emoção.
Não haveria outro sentimento,
Ao olhar a pele pálida e o narigão.
Viu que o sorriso era grande e genuíno,
No seu rosto uma comunhão.
E aquele dia triste, depressivo,
De repente se fez razão.
Pois Sábia era diferente,
E assim foi seu dia e o da procissão.
Percebeu que não há necessidade
De reprimir-se, de seguir a velha tradição.
Que ela havia de priorizar-se,
pois o riso agora seria a sua salvação.
#poesia contemporanea#poesia#paraíso da poetisa#blackandwhite#poesia moderna#fantasia#literatura fantástica#literaturanacional
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Oásis de Compras: Explorando os Gigantes Shoppings do Brasil
O Brasil, conhecido por sua vibrante cultura e paisagens deslumbrantes, também é lar de alguns dos mais fascinantes centros comerciais do mundo. Nestes oásis de compras, não só se encontram as últimas tendências da moda e tecnologia, mas também uma verdadeira experiência cultural. Vamos mergulhar nos shoppings mais emblemáticos do Brasil, onde o ato de comprar se transforma numa aventura inesquecível.
1. Shopping Iguatemi São Paulo - Inaugurado em 1966, o Iguatemi é o primeiro shopping center do Brasil e continua a ser um dos mais luxuosos. Com uma seleção impecável de marcas internacionais e nacionais, é o ponto de encontro da elite paulistana. O design elegante e a oferta diversificada de restaurantes gourmet completam a experiência exclusiva.
2. BarraShopping, Rio de Janeiro - O maior centro comercial da América Latina, o BarraShopping, combina uma vasta gama de lojas com entretenimento de ponta, incluindo um complexo de cinema moderno e uma área de alimentação que satisfaz qualquer paladar. É um verdadeiro paraíso para os amantes de compras e lazer.
3. Shopping Recife, Pernambuco - Representando o Nordeste, o Shopping Recife não decepciona. Com uma mistura harmoniosa de marcas locais e internacionais, o shopping é um centro vital da moda e cultura regional. A proximidade com a praia e sua arquitetura aberta fazem dele um destino de compras único.
4. Pátio Batel, Curitiba - Luxo e sofisticação definem o Pátio Batel. Com um design arquitetônico impressionante e uma seleção de lojas premium, o shopping atrai visitantes que buscam uma experiência de compra de alta qualidade. O cinema VIP e os eventos culturais exclusivos são apenas algumas das atrações que fazem deste shopping um dos mais prestigiados do sul do país.
5. Shopping da Bahia, Salvador - Anteriormente conhecido como Iguatemi Salvador, este shopping é um dos maiores e mais antigos do Brasil. Ele reflete a vibrante cultura baiana com sua diversidade de lojas e opções de entretenimento, incluindo teatros e exposições artísticas. É um ponto de encontro importante para os moradores e turistas explorarem o espírito acolhedor de Salvador.
Estes centros de compras são mais do que simplesmente locais para adquirir novos produtos; são espaços onde a moda, cultura, gastronomia e entretenimento se encontram, oferecendo experiências únicas a todos os visitantes. Ao explorar os shoppings do Brasil, abre-se uma janela para a alma do país, mostrando sua diversidade, inovação e calor humano.
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Compras em Curitiba: De Feiras Locais a Shoppings Modernos
Curitiba é um paraíso para os amantes das compras, oferecendo uma variedade de opções que vão desde feiras de artesanato local até shoppings centers modernos. Se você está procurando por lembranças únicas, roupas da moda ou produtos de marcas internacionais, a capital paranaense tem tudo isso e muito mais. Neste guia, exploraremos as melhores opções de compras em Curitiba, garantindo que você aproveite ao máximo sua experiência de compra na cidade. E para uma estadia confortável e conveniente durante sua jornada de compras, a Nacional Inn oferece acomodações de luxo e uma localização estratégica próxima aos principais centros comerciais da cidade.
Feira do Largo da Ordem: Localizada no centro histórico de Curitiba, essa feira de artesanato é realizada todos os domingos e oferece uma variedade incrível de produtos feitos à mão, como bijuterias, roupas, acessórios, móveis e obras de arte. É o lugar perfeito para encontrar lembranças autênticas da cidade.
Feira Gastronômica do Batel: Realizada todas as terças-feiras à noite, essa feira é uma excelente opção para os amantes da gastronomia. Com uma variedade de barracas que oferecem desde comida local até pratos internacionais, é o lugar ideal para experimentar sabores únicos.
Shopping Curitiba: Localizado no coração da cidade, o Shopping Curitiba é um dos principais centros comerciais da região. Com mais de 300 lojas, incluindo marcas nacionais e internacionais, além de uma praça de alimentação com diversas opções gastronômicas, é o lugar ideal para fazer compras e se divertir.
Pátio Batel: Considerado o shopping mais sofisticado de Curitiba, o Pátio Batel oferece uma experiência de compras de luxo com uma seleção exclusiva de lojas de grife, restaurantes refinados e um ambiente elegante e moderno.
Rua 24 Horas: Conhecida como um dos pontos turísticos mais famosos da cidade, a Rua 24 Horas é um complexo comercial que oferece uma variedade de lojas, restaurantes e cafés que funcionam 24 horas por dia, proporcionando conveniência para os visitantes que desejam fazer compras a qualquer hora do dia ou da noite.
Mercado Municipal de Curitiba: Além de ser um ótimo lugar para comprar frutas frescas, queijos e embutidos, o Mercado Municipal também abriga diversas lojas que vendem artesanato local, especiarias, doces e lembranças da cidade.
Essas são apenas algumas das muitas opções de compras em Curitiba. Com sua diversidade de feiras locais, shoppings modernos e mercados tradicionais, a cidade oferece uma experiência de compra única para todos os gostos e orçamentos. E para uma estadia confortável e conveniente durante sua jornada de compras, escolha a Nacional Inn, que oferece acomodações de luxo e uma localização estratégica próxima aos principais centros comerciais da cidade. Para mais dicas e informações sobre viagens, visite nosso blog da Nacional Inn.
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Avanços em inovação e sustentabilidade para melhorar abastecimento de água em Rondônia são destacados pela Caerd
Para garantir qualidade nos serviços prestados à população a Caerd adquiriu novos medidores, cavaletes e tubulações Nos últimos dois anos, com o aporte de mais de R$ 20 milhões do Governo de Rondônia, a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) passou por uma transformação, reescrevendo sua história no setor e mudando a realidade de famílias que são assistidas pelos serviços da Companhia. Um dos marcos dessa transformação foi a renovação da frota, a fim de melhor atender às demandas da população. A Diretoria Executiva adquiriu novos conjuntos motobombas de água, garantindo um fornecimento mais estável e confiável. MODERNIZAÇÃO Frota renovada para atender às demandas da população Além disso, a estatal dedicou-se à modernização dos equipamentos, substituindo medidores antigos por novos, renovando o pátio de hidrômetros. Tubulações desgastadas foram trocadas, e um estoque de materiais modernos e eficientes agora contribui para a redução das perdas e melhoria na qualidade do serviço prestado. Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a ampliação do abastecimento também foi uma prioridade, com a perfuração de mais de 20 poços tubulares profundos em vários municípios e distritos, dentre eles: Porto Velho, Espigão do Oeste, Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste. Um investimento de R$ 1.640.671,24 (um milhão, seiscentos e quarenta mil, seiscentos e setenta e um reais e vinte e quatro centavos) beneficiou famílias que antes não tinham acesso à água potável. “Um exemplo é o município de Vale do Paraíso, onde a população agora desfruta de água tratada, com a revitalização da Estação de Tratamento de Água (ETA) realizada pela Caerd”, ressaltou. COMBATE AO DESPERDÍCIO Caerd aumentou em 100% os serviços de combate ao desperdício de água Desde 2022, a Companhia aumentou em 100% os serviços de combate ao desperdício de água, com manutenções corretivas e preventivas para sanar vazamentos no sistema de abastecimento de água, sejam eles causados por terceiros ou sazonais. São vazamentos que prejudicam a qualidade do serviço prestado pela Companhia. Tanto em Porto Velho quanto em Ji-Paraná essas ações, realizadas pelas equipes operacionais, foram intensificadas. OBRAS DO PAC As importantes obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) são empreendimentos muito aguardados pelos rondonienses, principalmente quando o Poder Executivo Estadual conseguiu, pelo bom relacionamento com o Governo Federal, destravar as obras paradas. Muitas estão em andamento, e quando concluídas, a Caerd assumirá a administração dos serviços de captação, tratamento e distribuição de água. Em Porto Velho e no distrito de União Bandeirantes os trabalhos estão bem avançados, assim como em Jaru e Ji-Paraná. Quando entregues, as obras irão beneficiar centenas de famílias. VERÃO AMAZÔNICO Caminhões-pipa foram enviados para atender às famílias afetadas Durante o verão amazônico, a Companhia atendeu à população de Espigão do Oeste, ocasião em que o rio Palmeiras, principal manancial que abastece o município, secou com os impactos do fenômeno El Niño. Em resposta à escassez hídrica, a estatal desencadeou uma ação emergencial para minimizar os impactos da seca na localidade. Com o apoio de um empresário local que disponibilizou água represada em sua fazenda, a Companhia executou uma manobra inovadora com a instalação de 500 metros de tubulação direcionando a água da represa para a calha do rio Palmeiras, que seguiu o curso normal até o ponto de captação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do município. Caminhões-pipa foram prontamente enviados para atender às famílias afetadas. Uma força-tarefa envolvendo veículos da estatal, do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes (DER) e da prefeitura de Espigão do Oeste foi desencadeada com a missão de distribuir água porta a porta, principalmente em áreas elevadas, onde o acesso à água estava comprometido. PINGO Outro investimento da Companhia foi a criação do assistente virtual “Pingo”, uma inovação tecnológica que ajuda os clientes de maneira simples e intuitiva, quando precisam de algum serviço, sem a necessidade de comparecer a uma loja de atendimento da Caerd, fazendo uso do aplicativo ou no site da empresa. A implantação da Agência Virtual, foi mais uma inovação da Companhia, onde os clientes com faturas atrasadas podem quitar as contas por meio de cartões de crédito, débito e Pix. A agência virtual pode ser acessada através do link https://agenciavirtualcaerd.gsan.com.br/gsan/exibirServicosPortalCaerdAction.do?menu=sim O presidente da Caerd, Cleverson Brancalhão destacou que, os recursos estão sendo aplicados atendendo à população rondoniense com mais acesso à água potável e saneamento básico, garantindo saúde e qualidade de vida. Fonte: Governo RO Read the full article
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Neste último sábado (18), Belém parou para receber o maior Buteco do mundo que é sucesso absoluto por onde passa. Com uma mega estrutura, nunca vista antes no estádio Mangueirão, foi realizada a terceira e última edição do festival na capital paraense. Foram mais de 10h de evento em um palco com uma tecnologia de mais de 250m² de dimensão e 380m² de LED. Henrico DJ iniciou a festa com uma playlist prá lá de especial. Na sequência e ao som de seus grandes sucessos, “Cavalo de Pau”, “Me Esquece Primeiro”, e o mais recente lançamento, “Estado Civil”, a dupla Bruno & Denner levantou a galera. A animação tomou conta do público quando Iguinho & Lulinha subiram ao palco com suas batidas envolventes de piseiro. “Boy da Hilux”, “Eu e Você” e "Morena Serena” fizeram parte do repertório. Em um show muito emocionante, Zé Neto, que se apresentou sozinho, pois o parceiro Cristiano estava acompanhando uma cirurgia de seu filho caçula Miguel, esbanjou talento e emoção. Não faltaram hits como: “Largado as Traças”, “Pátio do Posto”, “Oi Balde”, “Barulho do Foguete”, entre outros. E para fechar esse capítulo do Buteco em Belém com chave de ouro, foi a vez do Embaixador e anfitrião da festa subir ao palco e levar a galera a loucura até às 06h30 da manhã. Com um show de mais de 4h, ele cantou grandes sucessos de sua carreira e muito modão sertanejo. De “Inventor dos Amores”, “Rosas, Versos e Vinhos”, “Bloqueado”, “Fala Mal de Mim”, “Balada”, até chegar a hits recentes como “Oi Vida”, “Mala dos Porta Mala”, e "Canudinho”, que fazem parte do novo DVD “Paraíso Particular” (gravado em julho), o artista foi aclamado pelo público. A multidão presente curtiu e aplaudiu cada momento, foi uma despedida épica, digna da grandiosidade do Buteco. Para saber mais, acesse: Site: www.gusttavolima.com.br / www.butecooficial.com.br Facebook:/gusttavolimaoficial/buteco Instagram: @ gusttavolima @buteco YouTube: gusttavolimaoficia
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Era não mais que uma vírgula, uma pausa entre a noite anterior e a manhã que os esperava tão logo ele despertasse, e sabia que Vincent seria seu ponto final. Notou primeiro no ritmo do subir e descer de seu peito, antes mesmo que tivesse a chance de se revirar–o príncipe estava acordando. Tadhg sentiu não ter escolha que não observar, paralisado, o desenfrear do próprio coração audível em seus ouvidos. Em silêncio, se sentia suspenso na expectativa de ter os tempestuosos olhos azuis encarando os seus, e o próprio olhar o percorreu com o desespero de quem se agarra aos detalhes, sem esperança alguma de os voltar a ver. Agora que o havia provado, queria lembrá-lo por inteiro, e talvez viver de memórias o bastasse então. Mesmo sob o peso do que haviam feito e a realização de quem tinha ao seu lado, ainda o queria–e aquele seria seu fim. Tão facilmente o poderia ter matado em seu sono, percebeu, e talvez fosse essa a noção que mais o perturbava; havia uma parte de si que desejava o ter feito, mas esta era menor do que a queria beijá-lo.
De olhos ainda fechados, Vincent parecia procurar por seu calor sob as cobertas, o tatear às cegas só tendo fim quando voltou a tomá-lo em seus braços. Não hesitou ao ir de seu encontro, eliminando qualquer espaço que os ousasse separar e buscando pela colisão. Prontamente aceitaria migalhas–não acreditava merecer muito mais. Ao sentir a testa pousar contra a sua, foi a sua vez de cerrar as pálpebras, se permitindo respirar fundo e absorver o perfume de lavanda. Devia tê-lo reconhecido ainda no baile, quiçá no corredor. Como podia tê-lo esquecido? Talvez a mesma mágica o pudesse apagar quando o deixasse para trás. Entrelaçou os dedos em seus cachos dourados, oferecendo o mais gentil dos cafunés, como se na esperança de que a carícia o fizesse voltar a cair no sono. Queria voltar a odiá-lo–desprezá-lo com o calor com que o queria. Pela deusa, como seria mais fácil se o fizesse mas, mesmo naquele momento, o podia sentir se espalhando em suas veias como uma doença, contaminando tudo o que tocava. Não sabia como arrancá-lo, e tampouco conhecia cura. Não queria que o pequeno pedaço do paraíso que havia provado virasse cinzas em sua boca e, como se evocado pelos pensamentos de Tadhg, Vincent o beijou.
Lembrava de ter provado o próprio gosto em sua boca e, mesmo com o beijo casto, era só naquilo em que conseguia pensar. O mais inocente dos toques foi suficiente para despertá-lo do estupor.
Imundo. A lembrança da palavra, atirada como ofensa aos seus pés em outra ocasião, o atingiu como um soco na base do estômago. Era o que ele era por se aproveitar de alguém que não sabia onde estava se metendo, e era como Vincent o via–sujo, defeituoso, inferior. Sua consciência pesou, é claro, mas não o suficiente para o fazer parar. Sabia que aquela escolha deliberada voltaria para lhe assombrar no instante em que o príncipe abrisse os olhos mas, cego de desejo, por ora não queria se preocupar. Ignorou o alerta de que ele precisava ir; prolongaria o momento até que não lhe restasse escolha que não o encarar. Se Vincent o havia beijado com um selinho, o que ofereceu em retorno foi a mesma fome com que o havia devorado madrugada adentro. Se moveu até ter o corpo dele sob o seu, o prendendo contra o colchão, aprofundando o beijo como se sequer o tivesse ouvido resmungar. Para o inferno com o mau hálito matinal e com o medo de por ele ser visto–se aquele seria o último beijo, o faria contar. Os dígitos entrelaçados nos cabelos loiros os puxaram suavemente, enquanto a mão livre explorava cada centímetro de pele nua ao seu dispor; escolheu por fim pousá-la em sua garganta–como queria que ele tivesse feito consigo naquela tarde esquecida no Pátio Principal. Com os lábios ainda pressionados aos dele, lhe pediu em um sussurro: ❛ Fique comigo. ❜
Para sempre, as palavras que ameaçaram escapar. Tolo, tolo, tolo, cego pela poesia e pelo despudor. Desesperado e patético frente à lembrança do que haviam dividido na noite anterior, não teria problemas em implorar.
Antes de adormecer, Vincent tinha a perfeita ciência que havia quebrado várias das regras que regem sua política pessoal naquela noite, mas não sentia que havia cometido um erro. Se permitia cometê-los sem culpa de vez em quando, desde que julgasse valer a pena. Não tinha dúvidas que o que havia acontecido entre eles naquela noite foi algo único. Foi fisgado por um magnetismo que o atraiu e o enfeitiçou, mas ainda assim a conexão havia superado todas as expectativas. Pretendia voltar ao próprio quarto assim que acabassem, mas a noite levou embora todos os planos, sendo dispensados entre as roupas perdidas no chão, as poesias jogados ao vento e o calor dos corpos, porque nada mais parecia importar. Não precisava mais retornar. Não queria que a noite terminasse. Para a própria surpresa, havia encontrado algo mais. Aquele estranho lhe despertava uma curiosidade compulsiva e incessante, se parecendo com um livro cujas páginas Vincent não poderia resistir a tentação de devorar uma atrás da outra. Sentia que, explorando-o, também tinha sido visto além das barreiras que o protegiam, e gostava da falsa impressão que podia valer alguma coisa para alguém. Vincent só costumava ver conexões inexplicáveis e intensas como aquelas nos livros que o entretinham nas madrugadas de insônia, onde a ficção tende a ser muito mais romântica e interessante que a realidade. Dessa vez, a ficção havia se tornado palpável, presa logo sob seus braços — ou ao menos deveria estar.
Não demorou para que o incômodo de não senti-lo no alcance começasse a formigar, fazendo-o soltar um resmungo incompreensível de reclamação. Por que fugir do encaixe perfeito? Não era essa a graça de dormir junto? Ainda meio adormecido, de olhos fechados e testa franzida com a forte insatisfação de não ter mais o corpo quente para abraçar, Vincent tateou com a mão para procurá-lo. Se pudesse estender a noite por mais um pouquinho que fosse, não deixaria a oportunidade escapar — agarraria-se a ela com força, pois não gosta de ter nada sendo tomado de si. Ao encontrá-lo logo à sua frente, jogou o braço por cima para abraçá-lo novamente, arrastando-se de volta para perto até que os poucos centímetros que os separavam não existissem mais. Testa colada com testa, o Príncipe parecia um felino manhoso, seus cabelos loiros espalhados pelo travesseiro, apenas apreciando com tranquilidade o calor do estranho que ele explorou cada pedaço na noite anterior. Ainda tinha o mesmo cheiro estranhamente familiar de sândalo e floresta. De volta ao pequeno conto de fadas, Vincent imediatamente relaxou, um suspiro profundo escapando no ar e alimentando a atmosfera aconchegante que os envolvia.
Ao mesmo tempo que as memórias pareciam vívidas na mente, também pareciam estranhamente confusas, como se algo as tivesse bagunçado. Faltavam pedaços importantes, e era estranho não saber mais qual era o rosto de alguém que desejava conhecer melhor, porque somente uma noite jamais poderia ser o suficiente. Queria percorrer de novo as cicatrizes com a ponta dos dedos para gravá-las minuciosamente na mente. A ardência castigando as costas fortalecia a vontade de se afundar um pouco mais no conforto do colchão. No entanto, agora que estava acordado e podia ouvir o som distante dos pássaros, era impossível ignorar a consciência que já era manhã, e portanto deveria retornar ao próprio quarto antes que acabasse se enfiando em algum escândalo que alimentasse a vontade que Kieran tinha de casá-lo. Casamento�� Talvez fosse essa a palavra que orientou a outra metade do cérebro de Vincent a despertar. Sentindo-se bêbado de sono, os lábios do loiro buscaram reivindicar parte da sensação inebriante que experimentou naquela noite, só precisando levantar o queixo para unir os lábios num selinho demorado, como se tentasse congelar o passar do tempo. ❛ Eu tenho que ir… ❜ Mas aquele era o murmúrio inconfundível de alguém que queria ficar, e o corpo de Vincent não se moveu um centímetro com a intenção de ir embora. Esperava que o estranho ficasse com a parte difícil de dar fim ao momento, porque ele mesmo nem queria acordar ainda.
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Logo, ele vai desabrochar e virar uma grande flor
Shinobu: Muito obrigado por aceitar meu pedido repentino.
Mayoi: Ufufu, por você eu faço qualquer coisa, basta pedir. Vamos aproveitar nosso dia juntos......♪
(Aah, que felicidade! Eu posso ficar junto com o Shonibu-kyun no meu dia livre!)
(Você me disse que queria fazer umas ativides no pátio, mas o que exatamente você quer fazer? Alias, falando do pátio---)
(Uh!? Será que... E se ele quiser brincar de casinha!)
(Eu vou ser a mãe, e o Shinobu-kyun vai ser o pai. Uma casa aconchegante e muito modesta......♪)
(Seria muito bom se o Shinobu-kyun pudesse ser o filho. Não, seria dificil desapegar do papel dele de minha criança!)
(Mas não importa como fiquem os papeis no final, nós vamos construir uma linda família juntos♪)
Shinobu: Mayoi-dono, você está se sentindo bem?
Mayoi: Sim~, vamos viver nosso felizes para sempre!
Shinobu: Hmm, você está falando da sua vida no dormitório? Não sei do que se trata mas o importante é você estar feliz♪
Sora: Haha♪ Shinobu-chan, por aqui! Então o Nii-san sombrio também está com você~?
Mayoi: Chefe. Então você também chamou o Sora-san......?
Shinobu: Isso mesmo. Ontem o ceu estava muito nublado então eu estava com medo, mas o dia hoje está bem ensolarado.
Eu tenho certeza que é por conta do "Teru Teru Bozu" que eu fiz com o Harukawa-kun♪
Mayoi: (Eu achava que iam ser só nós dois, mas agora que o Sora-san vai passar o dia com a gente......)
(Não, isso já é bom o suficiente. Eu vou passar o dia com esses dois fofinhos aqui.)
(Aah, se isso aqui é um sonho, que eu não acorde agora. E mesmo que eu acorde eu já me sinto mais purificado!)
Rinne: Ei vocês, me desculpa pela demora.
Mayoi: ............
...... An?
Rinne: Aqui está, a toalha de pique-nique que eu tinha prometido.
Shinobu: Uaa♪ Muito obrigado Rinne-dono!
Mayoi: R-Rinne-dono......?
Rinne: Oh, se não é o Mayoi-chan que anda sempre com meu irmãozinho. Agora que temos um número par, vai ser mais fácil nor dividir-mos♪
Mayoi: (P-Por que o Rinne Amagi...)
Uhh, Chefe...... Que tipo de relação você tem com o Rinne-san......?
Shinobu: Ele é um membro do Clube Asobi. Quando eu perguntei se ele queria se juntar a nós, ele aceitou na hora~
Mayoi: A-Ah, então é por isso......
(Eu nunca imaginei que o Rinne-san iria se juntar. Ahh, meu paraíso......)
(Não, as portas do paraíso ainda não se fecharam, eu ainda vou passar o dia com o chefe!)
Shinobu: Ok, então vamos dar início ao nosso jogo de "Kubb"~
Mayoi: "Kubb"....?
Shinobu: É um jogo bem simples de entender, você joga esses pedaços de madeira nos alvos de madeira para tentar derrubar eles. Vamos nos dividir em times com esses papeizinhos que eu mesmo fiz!
Mayoi: Feito à mão pelo chefe.... Por favor me deixe levar para casa como um souvenir!
Shinobu: Tudo bem, você pode ficar com eles depois que a gente usar. Você pode começar tirando um~
Mayoi: Ah sim sim. Com licença então~
(Ficar em um time com o Shinobu-kyun ou com o Sora-san, são duas chances entre três. Eu tenho certeza de que eu vou ficar com um deles~)
...... O papel tem "Ying" escrito nele.
Sora: Hihi~♪ No papel do Sora está escrito "Yang"!
Shinobu: O meu papel também tem "Yang" nele♪
Mayoi: E-Então isso quer dizer que......
Rinne: O do Mayoi-chan é o mesmo que o meu. Vamos ficar juntos até o fim dos tempos, Kyahaha☆
Mayoi: Ughh, eu não consigo ir do céu ao inferno justo no feriado.
(Eu nunca imaginei que eu ia ficar com o Rinne-san.... Mas eu não vou posso ficar de birra por causa disso.)
(Pelo seu bem chefe, eu vou tentar agir o mais alegre possível...!)
<Uma hora depois>
Sora: Nii-san sombrio, você consegue♪
Shinobu: Se lembre do nosso treino! Está tudo bem Mayoi-dono, você consegue!
Mayoi: C-Certo!
(Agora eu tenho que dar o meu melhor, preciso mostrar para o chefe que o nosso treino não foi em vão.)
(Todos os dias que ele cuidou de mim e que me ensinou ninjutsu...)
(Aquele sentimento das mãos dele tocando em mim....... Ufufufu......)
(Uuh, eu não posso me deixar cair na tentação desses desejos sujos!)
Saiam de mim desejos mundanos.... Ah!
Rinne: Na mosca! Você conseguiu Mayoi-chan.
Mayoi: S-Sim. Eu consegui de alguma forma.
Pessoal obrigado pelo apoio. Até mesmo você chefe e Sora-san, apesar de serem nossos oponentes......
Sora: Podemos estar em times diferentes, mas ainda estamos jogando como amigos.
Mayoi: Amigos...... Fufu, verdade. Nós somos todos amigos.
<Um tempo depois......>
Sora: O próximo turno é o do Sora. Por que a gente não aproveita para fazer uma pausa e comer alguma coisa...? Sora está com fome!
Rinne: Se eu me lembro bem, você pediu pro Niki preparar alguma coisa né? Eu vou ir lá pegar.
Sora: Haha~♪ Eu vou ir junto. Vai ser mais fácil de trazer por que é bastante coisa~
Shinobu: Enquanto vocês vão buscar, nós vamos arrumar a toalha para a gente sentar!
Mayoi: Tenham uma boa viajem Sora-san e Rinne-san
Shinobu: Até agora estamos empatados e você está se divertindo, isso me deixa muito feliz.
Mayoi: Você está feliz que estamos empatados?
Shinobu: Não! Eu estou feliz que você está se divertindo, Mayoi-dono.
Como você sabe, nós somos os unicos no Clube Ninja. Por causa disso nós não temos muitas oportunidades de interagir com outras pessoas.
Por isso que eu estava preocupado com você Mayoi-dono, você não conseguia interagir nem comigo direito. Eu também tenho uma personalidade meio timida sabe~
Mayoi: Você é uma pessoa tímida? Eu não acredito você deve estar mentindo.
Shinobu: Fufu, pode não parecer mas eu costumava ter muito medo das outras pessoas.
Mas depois de conhecer pessoas importantes na minha vida. Eu fiquei mais forte e os meus laços com as outras pessoas ficou mais forte.
Mas claro, eu não vou te forçar. Mas eu ficaria feliz se você conseguisse se juntar a outros círculos a partir de hoje......♪
Mayoi: Você pensando em mim desse jeito......
Chefe. De agora em diante, eu não vou ficar para tras, eu vou te alcançar algum dia...☆
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Pátio do Paraíso, Esquina com a Rua Larga do Rosário, ao Fundo a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos - Centro do Recife Em 27/03/1940.
Photo Benício Whatley Dias.
#Recife Ruas#Recife City#Recife PE#Rua Larga#Pátio do Paraíso#1940s#Pernambuco#Nordeste#Old Photography#Old Photo#Efemérides#Fotografia Antiga#Photo#Vintage#Vintage Photography#Recife Antigamente
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CRÔNICA CELESTIAL
Desculpem-me se lhes pareço ousado. De fato, a ousadia, às vezes, me cai bem. Os fatos narrados a seguir foram cuidadosamente ornamentados. Se acharem que ficou por demais "viajante", perdão! Adoro mesmo viajar.
Tudo aconteceu em uma viagem à Cidade Eterna, a histórica Roma. Não há como explorar Roma sem invadir, educadamente, um terreno que mais parece um quarteirão. Vaticano. Se não foi ainda, vá. Deslumbrante. A Capela Sistina é inconceituável e inqualificável. Os aposentos papais, com pinturas de Rafael, por exemplo, também são esplendorosos. Aconteceu assim. Foi quando fui à Sistina, falar um "olá" para Michelângelo. Assim que saí embasbacado da Capela, encostei numa parede e, misteriosamente, fui tragado para o seu interior. É que ela girou, como uma porta giratória e me lançou para dentro de um cenário tridimensional. Lá dentro, as imagens da Sistina ganhavam vida, como hologramas que dançavam sobre um grande salão. Bem ali, no centro do recinto, um poste e um telefone público (estilo orelhão) nele afixado.
Curioso que sou, fui lá ter com ele. Para minha surpresa, um cartaz trazia impresso em vários idiomas a mensagem "Para falar no Paraíso, digite 0". Retirei o fone do gancho e meti a mão trêmula no teclado. Apertei o 0 e esperei. Tocou doze vezes. Não mais que isso. Nem menos. E me atendeu.
- C.É.U S/A, ao seu dispor.
- É do céu mesmo?
- Sim!
- Boa noite! Quero falar com Jesus.
- Ah, sim! É o nosso CEO. O senhor tem sorte. Sou assistente dele. A ligação caiu aqui.
- Eu sei que o Senhor tem sorte. Alô?
- Sim, filho.
- Não. A ligação não caiu.
- O que deseja, filho?
- Quando Jesus vai fazer a turnê por aqui?
- Filho, Jesus não é cantor e nem tem banda.
- Desculpe-me. Devo ter usado a palavra errada.
- Tudo bem, filho. Na verdade, Ele vai voltar apenas para o Juízo Final.
- E está perto?
- Não posso revelar, filho. Não tenho alçada para isso.
- Não tem como pedir para antecipar?
- Filho, como assim?
- É que - diríamos assim - estamos precisando de uns ajustes.
- Sempre precisaram, filho.
- Tem como ver se, ao menos, Ele nos visita? Uma visitinha de inspeção. Jogo rápido. Pa-puf!
- Quando Ele esteve ai, vocês O colocaram na cruz, filho. Imagina nos tempos atuais. Imagina!
- Pelo amor de Deus, me ajuda.
- Pelo amor Dele mesmo, filho. Melhor que Ele não volte. Só quando encerrarmos a coisa.
- E está longe?
- Como disse, filho, não posso lhe revelar.
- É que estou meio apavorado.
- Quem não está, filho? Quem? Tem gente por aí fazendo coisa que até Deus duvida. E usando o nome Dele.
- E o que posso fazer?
- Rezar, filho. Só rezar.
Uma luz brilhante me ofuscou a vista e, sem que pudesse perceber, estava novamente na porta próxima à Capela Sistina.
Quando acessei o pátio enorme, vi uma criança sentada em um banco de madeira. Falava calmamente. Estava rodeada por vários homens e mulheres que, como ouvintes, sorriam com cara de deboche. Um menino. Não tinha mais do que 12 anos...
(Leonardo Craveiro)
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A Secretaria de Serviços Urbanos e Zeladoria informa o cronograma de atividades previstas para a semana de 4 a 8 de dezembro de 2023. A Secretaria reforça que o cronograma pode sofrer alterações devido às condições climáticas. Limpeza Pública: Coleta de galhos seguindo ordens de serviço. Roçada nos canteiros centrais nas Avenidas Porto Alegre, General Osório, ruas Marechal Deodoro, Marechal Floriano Peixoto, ruas centrais do bairro desbravador. Iluminação Pública: Reparos na Iluminação Pública nos seguintes bairros: Centro, Quedas do Palmital, Palmital, Santo Antônio, Maria Goretti, São Pedro, Paraíso, Vila Real, Desbravador, São Cristóvão, Bela Vista, Belvedere, Trevo, Engenho Braun, Interior, Distrito Marechal Bormann e Região da Grande Efapi. Obras/Interior: Manutenção, cascalhamento e patrolamento na Linha Tafona, São Rafael, Sede Trentin, São Vendelino, São Pedro A, São Pedro B e bairros. Usina: Pavimentação em ruas diversas do bairro Vila Rica. Tapa buraco em ruas diversas do bairro Quedas do Palmital, Santa Maria, Esplanada e chamados emergenciais. Praças e Parques: Serviço de manutenção, limpeza e roçada no Parque Edir de Marco, praças Medelín II e III, praça Realeza. Resíduos: Projeto Bota Fora dia 08/12 – Bom Pastor. Participe: Descarte em frente a sua casa seu móvel velho, sofás, colchões, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Projeto Harmoniza: onde as pessoas podem levar seus resíduos orgânicos e trocar por flores, a cada 12 entregas de resíduo orgânico no Horto Botânico Municipal as pessoas recebem cinco mudas de flores da estação. As entregas são na segunda-feira, quarta-feira e sábados, das 8h às 11h e a entrada é pelo Parque das Palmeiras. ECOPONTOS com atendimento das 7h30 as 17h. Equipe de Paisagismo e jardinagem do Horto Municipal: Corte de grama e limpeza de canteiros nas rótulas da rua Rui Barbosa, corte de grama e limpeza de canteiros nas Rótulas da Rua Condá, corte de grama na casa de acolhida, adubação e plantio de plantas ornamentais em alguns canteiros do pátio do Tributos, adubação e plantio de flores na rótula em frente ao Shopping, corte de grama e limpeza de canteiro com flores em frente ao Jardim do Éden, irrigação nos espaços recentemente plantados.Fonte: Prefeitura de Chapecó - SC
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OPUS PASSIO IV
Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar.
(Laure Conan)
DIÁRIO DE JOSÉ DE ANCHIETA
RERITIBA, A 12 DE FEVEREIRO DO ANO DO SENHOR DE 1597
Mesmo antes dos meus 44 anos vividos nestas terras de Brasil, já lera e ouvira os mais variados relatos de eventos mágicos que supostamente ocorrem por todo o Novo Mundo, desde as colônias de Inglaterra até as de Espanha, passando pelas de Portugal. Sempre julguei serem delírios de mentes perturbadas ou mesmo obras de demônios, que cá certamente correram soltos a enganar gentios e viajantes devassos, antes de chegarem os braços de nossa Santa Madre Igreja nestes sítios para contê-los e expulsá-los.
Mas o que experienciei hoje, nesta altura que parece ser a final de minha vida, perturbou-me no meu mais fundo, e as sensações involuntárias que tive perante àquilo envergonham-me ao escrutínio do Meu Senhor Meu Deus. Tenho comigo por aluno e criado um jovem Tupinambá, tem pelos seus 17 anos, manso, zeloso, alfabetizado em português, catequizado e batizado na fé cristã, outrora atendia por Ubiratã, agora chama-se Tiago; ajuda-me no que já não me é mais possível fazer sozinho, em razão de minha avançada idade e do agravamento de minha moléstia óssea.
Pois esse mesmo Tiago, mais cedo, depois da refeição que fizemos de almoço, pediu-me que lêssemos juntos alguma passagem das escrituras que eu considere bonita. Achei por bem de escolher a primeira epístola de São Paulo aos Coríntios, pela beleza de seu tema. E assim a lemos. Ficou visivelmente emocionado e mudo o rapaz após o estudo. Deixei-o meditativo lá no pátio e vim para meus aposentos tirar uma sesta. Mas não sei que me deu: dormi profundo até o princípio do pôr-do-sol. E acordei-me somente em razão de ouvir o barulho de alguém que se movia no já escuro cômodo. Hesitante, perguntei:
– Quem aí está?
E a resposta veio em forma de fogo: as velas acenderam-se como que por magia, alumiando o quarto e revelando toda a forma nua do corpo do jovem, com sua parte pudenda acesa, tal como descrevem ser as estatuas de antigos deuses babilônicos, e em seus olhos não se via mais as íris – era apenas o branco, que brilhando em seu rosto austero, dava a entender que estivesse num estado de transe.
– Tiago?! – gritei, horrorizado, constrangido.
– Meu nome é Rudá. – respondeu em língua Tupi, numa empostação digna de um antigo e sábio pajé.
A atmosfera do momento já era demasiado sortilégica para que eu desse vazão em demasia à razão ou fizesse questionamentos, pois, ao mesmo tempo, uma profunda paz começou a invadir-me o coração. Aprendi desde meus tempos de seminário que o Inimigo se traveste até mesmo de anjo de luz para ludibriar os homens, porém, aquele torpor afetivo e leve que me dominava não haveria de ser obra demoníaca. Não, o demônio deve saber toda sorte de mentiras para todo tipo de situação, mas ele não saberia fingir aquela elevação que pairava no ar, aquilo só Deus saberia manejar. O meu quarto pruria o Paraíso. E como lesse meus pensamentos, ele prosseguiu:
– É Amor que eu sou.
– Não entendo... – balbuciei chocado.
– Nhanderuvuçu, a tudo fez e a mim me fez. Nhanderuvuçu a mim me fez desde os começos para domar Luisõ, a cachorra doida que mata toda a vida, Luisõ, a morte. As gentes se enganam, as gentes pensam que o amor é tão somente os folguedos dos amantes, os coitos, as juras. E desde que inventaram e passaram a fazer uso dessa coisa palavra, muito se tem confundido, muito se tem fabulado, como naquele teu livro, como em outros que já há e em muitos que ainda hão de vir, muito se tem empeçado e tentado fazer de luxo a respeito de mim. Até teu deus, que vós adorais tanto como único e supremo, até ele quer avidamente ser amado sobre tudo e se atrapalha todo em sua ânsia. Eu, Rudá, apenas sou. Eu é. Perdem tempo os que querem seguir essas cartilhas, os que romanceiam, os que ouvem a ti e a teus superiores, perdem tempo todos os que dificultam, os que se assustam ao ouvir um “eu te amo”, também os que temem dizê-lo por acharem que ainda não é hora, os que acham que é preciso sentir pirotecnia nas entranhas para confirmar minha presença, perdem tempo esses que algarismam os dias, enquanto o Tempo suplica quase como o teu deus também o quer, para que se ame. Tenho sido banido dos corações, tenho sido muita vez mordido por Luisõ, simplesmente porque não se permitem, porque fazem ideia errada de mim com a certeza soberba de que muito me sabem. Eu não sou o que se pensa da coisa. Eu apenas sou a coisa. Eu é.
E depois de toda essa fala, saiu pela porta a correr – ou a voar, eu já não sei – e fiquei só. O halo sublime do ambiente se desfez. E há horas estou aqui a refletir sobre tudo isso, que sei, não foi um sonho. Não terei coragem de contar nada a ninguém, dir-me-ão demente ou duvidarão de minha fé, tampouco o confessarei a nenhum colega jesuíta. Escrevo nestas páginas para que assim elas fiquem como confissão direta a Meu Senhor Meu Deus, que a tudo certamente deve ter assistido...
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CERTA TARDE DE DOMINGO
Naquele tempo, não havia ainda a televisão, para entreter as as pessoas, tão-pouco automóveis para poder passear por outras terras. Em virtude disso as pessoas reuniam-se aos domingos sob a sombra das latadas nos pátios de suas casas, para a habitual cavaqueira, falar de tudo um pouco, falar por falar para matar o tempo. Outros em especial os homens juntavam-se lá pelas tabernas para tomar uns copos; porque segunda-feira era dia de começar na dureza do trabalho de amanhar a terra, e cuidar de seus animais domésticos.
Mas na minha aldeia havia uma espécie de confraria dos enófilos que costumavam reunir-se nas tardes de domingo, para as ilibações a Baco, no frescor dos vínicos templos, pois que a parte matinal tinha sido dedicada e reverenciada a Nosso Senhor, com a ida à missa e o costumeiro bate-papo no adro da velha igreja onde se reuniam os habitantes de todas as aldeias da freguesia espalhadas lá por aquelas serras e montes.
Lá pelo meio da tarde, começava a romaria. Ia-se à adega de um, depois à adega do outro, do fulano e do beltrano, todos fieis companheiros dessas andanças e beberanças domingueiras.
Vez por outra, para forrar o estômago, roubava-se à salgadeira umas lascas de presunto bem curado, um pedaço de broa bem ali à mão na tábua pendurada à trave do forro da adega, e às vezes umas chouriças ao fumeiro depois de assadas, e sempre tudo bem acompanhado de umas azeitonas caseiras bem no ponto; que naquele tempo havia azeitona em abundância por ali.
E entre um tinto e mais outro tinto, tintos e rosados iam ficando os rostos e alma de cada um animadas; desgostos se havia eram mandados às favas. “Era o vinho meu Deus era o vinho, a coisa que eu mais adorava, só por morte meu Deus, só por morte, só por morte eu o vinho deixava”...
Quando algum irmão de fora por ali passava era convidado a reunir-se a eles conforme mandava a boa cortesia, a de oferecer um copo.
E se não aceite o convite, era tido como desfeita. E, então - ó fulano, mais um copito, que este tinto é de baixa (graduação) posso garantir que não sobe à cabeça. Aí meus amigos, era como atiçar o touro que enfurecido começa a chispar fogo pelas ventas...
Pois em uma daquelas alegres tardes, o “ti” Zé Maria”, gente fina e amigo da malta, de vizinha aldeia deixou-se embalar pelo canto da sereia e passou-se nos copitos.
Decidida a volta à sua aldeia e que fica a pouco mais de um levantar de queixo dali, mete pés à estrada, melhor dizendo, campo abaixo para encurtar caminho, e como é costume se dizer, para baixo todos os santos ajudam, isso se não houver percalços no caminho, bem entendido está. Mas o pior é que os havia e, naquele dia foi uma tremenda dor de barriga. Então veio o puxa para cá, empurra pra lá, e o raio das calças não arriavam. Então aconteceu o pior, ou o melhor, dependendo do ponto de vista com que se encarem as coisas, e as coisas são como são, e não adianta querer pintá-las com outras cores, para não desbotar a tela tão cheia de colorido. Alcançada, enfim, a estrada imaginem com quem nosso simpático amigo vai se defrontar! Nem mais nem menos do que com a senhora professora Celeste, que vendo o estado do mesmo, de calça ao ombro, cambaleante, e da cintura para baixo como andaria Adão no Paraíso antes da queda. Ela disfarça como se nada tenha visto e segue seu caminho.
O mesmo não aconteceu com o Felgueiras seu vizinho que, inventou de lhe pregar um sermão de moral, e o pior que o ti Zé não era dado a sermões, e ainda por cima a desoras. O impensável, a tragicomédia aconteceu. Ato reflexo, o nosso amigo dá das calças que carrega ao ombro, sem se importar do jeito que as mesmas estavam, ou talvez pelo jeito que estavam, e zás na cara do Felgueiras. Este surpreendido pelo inusitado ficou estático, embasbacado, sem reação, como se sobre ele tivesse caído um raio e o petrificado qual estátua de Sodoma.
Mas havia, na freguesia próxima - Belazaima, um certo melro, ou melhor, certo Lobo negociante de cabras, ao qual a confraria não conseguia entortar, porquanto o dito cujo tinha um odre maior que camelo do deserto das Árabias. Aquilo já era um caso tido como perdido, mas a confraria insistia, vai ver que numa destas ele cai do cavalo. Mas não havia jeito e, quando menos se esperava, lá aparecia ele mesmo sem ser convidado com seu sorriso esgar, dentes reluzentes como a festejar por antecipação sua nova vitória.
Infortúnio dos infortúnios, que grande desperdício!...
Eduardo de Almeida Farias
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Conto de Inverno Dylan Thomas, tradução do Ivan Junqueira É um conto de inverno Que o cego crepúsculo de neve transporta sobre os lagos E os flutuantes campos da fazenda na taça dos vales, Deslizando tranquilo entre os flocos agarrados com a mão, Sobre o pálido bafio do rebanho junto à vela furtiva, E as estrelas que caem frias, E o cheiro do feno em meio à neve, e a distante coruja Que adverte entre os apriscos e o gélido refúgio Agarrado à fumaça branco-ovelha da chaminé da estância Nos vales cruzados pelo rio onde a história é contada. Outrora, quando o mundo envelheceu Numa estrela de fé pura como o pão que boiava sem destino, Como o alimento e as chamas da neve, um homem desenrolou Os pergaminhos de fogo que ardiam em sua cabeça e em seu coração Rasgados e esquecidos numa casa sobre uma dobra da campina. E ardendo então Em sua ilha flamejante cingida pela neve alada E as esterqueiras brancas como a lã e os poleiros das galinhas Que dormiam enregeladas até que a chama da aurora Penteasse os pátios encapotados e os homens da manhã Tropeçassem nas enxadas, E o rebanho espreguiçasse, e o gato arisco perseguisse o rato, E os pássaros eriçados saltassem para caçar, e as suaves Ordenhadoras arrastassem seus tamancos sobre o céu desmoronado, E toda a fazenda despertasse em seus brancos afazeres, Ele se ajoelhou, chorou, rezou, Junto ao assador e à caneca escura sob a faiscante luz da lenha E à xícara e ao pão partido entre as sombras bailarinas, Na casa abafada, no decorrer da noite, À beira do amor, apreensivo e atraiçoado. Ajoelhou-se sobre as pedras frias, Chorou desde a crista da dor, rezou ao céu nublado Para que a fome fosse embora uivando sobre alvos ossos nus Além das estátuas dos estábulos e das pocilgas com tetos celestes E do cristal da lagoa dos patos e dos ofuscantes currais solitários Até o lugar das orações E das chamas, onde pudesse vagar sob a nuvem De seu amor cego pela neve e precipitar-se para as brancas tocas. Sua miséria desnuda o golpeava e, arqueado, ele uivava Embora som algum flutuasse no ar enrugado em sua mão A não ser o vento que excitava A fome dos pássaros nos campos do pão, da água, lançados Nos altos trigais e a colheita a derreter-se em suas línguas. E sua anónima miséria o enlaçava e ele ardia extraviado Quando, frio como a neve, tinha de correr entre os vales cruzados Pelos rios que desaguam na noite, E afogar-se nos torvelinhos de sua miséria, e estender-se enrolado, Agarrado ao centro desde sempre desejado do branco Berço desumano e do leito nupcial eternamente procurado Pelo crente perdido e o proscrito expurgado da luz. Liberta-o, gritava, Perdendo-o de todo no amor, e arroja a sua miséria Nua e solitária na engolfante noiva Para que ela nunca germine nos campos da branca semente Ou floresça escarranchada na carne agonizante. Escuta. Cantam os trovadores Nas aldeias mortas. O rouxinol, Poeira nos bosques sepultos, voa com os órgãos de suas asas E soletra o seu canto de inverno aos ventos dos mortos. A voz da poeira líquida que vem das fontes extintas Está falando. O córrego seco Salta com balidos e latidos aquáticos. O orvalho repica Nas folhas trituradas e nos reflexos que há muito já não brilham Da paróquia de neve. As bocas entalhadas na rocha são cordas tangidas pelo vento. O tempo canta por entre as obscuras campânulas mortas. Escuta. Foi um som ou certa mão Que abriu de par em par a tenebrosa porta na terra de outrora E lá fora, sobre o pão do solo, Uma ave se ergueu radiante como uma noiva em chamas, Uma ave amanheceu, e seu peito se emplumou de neve e escarlate. Olha. E os bailarinos se movem Sobre os mortos, a neve se vestiu de verde, liberta ao luar Com uma revoada de pombos. Exultantes, os cavalos de cascos solenes, Centauros mortos, regressam e percorrem os alvos pastos alagados Nas fazendas dos pássaros. O carvalho morto sai em busca do amor. Os membros esculpidos na rocha Saltam como ao som das trombetas. A caligrafia das velhas folhas Está dançando. Os traços da idade sobre a pedra se entrelaçam num rebanho. A voz de harpa da poeira das águas se desgarra de uma dobra das campinas. Em busca do amor, alça seu voo a ave de outrora. Olha. E as asas selvagens se elevaram Sobre a sua cabeça enrugada, e a doce voz das plumas Esvoaçou pela casa como se o pássaro entoasse louvores E todos os elementos da lenta queda se rejubilassem Porque um homem solitário se ajoelhara na taça dos vales, Sob o manto, em sossego, Junto ao assador e à caneca escura sob a faiscante luz da lenha, E o céu dos pássaros com a voz emplumada o erguia ao sortilégio E ele corria como o vento atrás do voo em chamas Para além dos celeiros sem luz e dos currais da fazenda em calma. Nos pólos do ano Quando os melros morriam como sacerdotes nas sebes embuçadas E as distantes colinas tangenciavam o tecido dos condados, Sob as árvores de uma só folha corria um espantalho de neve, Precipitando-se por entre os torvelinhos das moitas esgalhadas como cervos, Andrajos e orações caíam sobre As colinas ajoelhadas e ecoavam nos lagos adormecidos, Perdidos a noite inteira e a vagar por muito tempo no despertar Da ave através dos tempos, das terras e dos flocos de neve. Escuta e olha por onde ela navega no mar agitado pêlos gansos, O céu, o pássaro, a noiva, A nuvem, a miséria, as estrelas fincadas no azul, o júbilo Para além dos campos semeados e o tempo escarranchado na carne agonizante, E os céus, o céu, a tumba, a ardente pia batismal. Na terra que já fora, a porta de sua morte se abriu de par em par E o pássaro desceu Numa colina branca como o pão sobre a concha da fazenda E os lagos e os campos flutuantes e os vales cruzados pelo rio Onde ele rezava para alcançar o derradeiro prejuízo E a casa das preces e do fogo, já terminado o conto. A dança se extingue Na brancura que já não reverdece, e, morto o trovador, Aflora o canto nas aldeias de desejos calçados pela neve Que outrora entalharam as silhuetas dos pássaros no pão profundo E fizeram deslizar as formas dos peixes voadores sobre os lagos de cristal Degolou-se o ritual Do rouxinol e do centauro morto. As fontes voltam a secar. Os traços da idade dormem na pedra até que a aurora se anuncie. Jaz o júbilo. O tempo sepulta o clima da primavera Que retinha e saltava com o fóssil e o orvalho renascido. Porque a ave se deitara Num coro de asas, como se estivesse morta ou adormecida, E as asas se movessem em surdina e ele se sentisse louvado e casado, E por entre as coxas da noiva envolvente, A mulher com seus seios e o pássaro de crista celestial, Foi ele enfim derrubado Ardendo no leito nupcial do amor, No torvelinho do centro desejado, nas dobras Do paraíso, no botão rodopiante do universo. E ela se ergueu com ele florescendo em sua neve derretida.
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