#O que é a metacognição?
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elcitigre2021 · 1 year ago
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Efeito Dunning–Kruger e seus efeitos
O psicanalista e professor Christian Dunker diz que esse fenômeno – definido a partir do estudos de dois psicólogos americanos, David Dunning e Justin Kruger – explica dois efeitos diferentes
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O efeito Dunning-Kruger é o viés cognitivo pelo qual pessoas com baixa habilidade em uma tarefa superestimam sua habilidade. Alguns pesquisadores também incluem em sua definição o efeito oposto para as pessoas de alto desempenho: sua tendência a subestimar suas habilidades.
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A falta de conhecimento do indivíduo sobre sua própria ignorância é uma das mais importantes consequências do efeito Dunning-Kruger. – Arte com imagens Freepik
Nos últimos anos, o mundo passou por um intenso período de descrenças na ciência e no conhecimento baseado em estudos e análises científicas. O movimento terraplanista, por exemplo, apresentou constante crescimento e é possível notar que os indivíduos que participam dele muitas vezes parecem acreditar firmemente que apresentam mais conhecimento que especialistas na área. Cenas como essa não são difíceis de serem observadas e parecem fazer parte de diferentes fases do desenvolvimento humano. Apesar da estranheza causada por elas, nota-se que podem ser explicadas por um fenômeno conhecido como efeito Dunning-Kruger, definido em 1999 a partir do estudos de dois psicólogos americanos, David Dunning e Justin Kruger.
Segundo o psicanalista e professor do Instituto de Psicologia da USP, Christian Dunker, o fenômeno explica dois efeitos diferentes. O primeiro diz respeito aos indivíduos que conhecem pouco uma atividade e a realizam mal ou pior que os outros, mas tendem a superestimar os seus conhecimentos. Enquanto o segundo apresenta o efeito oposto, sendo possível observar que sujeitos que apresentam vasto entendimento sobre algumas áreas tendem a acreditar que não conhecem tanto daquele assunto.
Efeito
Entre as diferentes consequências negativas associadas ao efeito, Dunker destaca que a falta de conhecimento do indivíduo sobre sua própria ignorância é uma das mais importantes. “Aqueles que sofrem com o prejuízo dos ignorantes não conseguem regular e aprender com os próprios erros e com a apreciação dos erros dos outros”, comenta. Assim, nota-se que essas pessoas tendem a ficar ainda mais ignorantes com o passar do tempo. 
Em contrapartida, aqueles que acreditam não conhecer o suficiente sobre algum assunto, apesar de apresentarem amplo conhecimento nele, conseguem se libertar do efeito com maior facilidade, uma vez que o estudo frequente pode auxiliar nesse processo. 
É interessante notar que esse efeito apresenta diferentes consequências no desempenho e na vida social das pessoas. Dunker exemplifica o caso a partir de um estudo realizado com testes humorísticos, assim, aqueles que contavam piadas que não provocavam o riso do maior número de pessoas costumavam acreditar que eram os comediantes mais engraçados. “Isso pode causar muito constrangimento social, recriminação, decepção, insucesso e até o sentimento de injustiça, já que a pessoa acredita que possui dotes, aptidões e qualidades”, adiciona o especialista. 
O psicanalista comenta, ainda, que os indivíduos que subestimam os seus conhecimentos podem estar ligados a um complexo de inferioridade que impossibilita, em muitos casos, o avanço de seu aprendizado. “Esse sentimento de que não pode ter sido eu a ter feito essa grande realização, um excesso de humildade ou constrangimento diante do reconhecimento”, discorre. 
Como funciona? 
Existem diferentes hipóteses para explicar o funcionamento desse fenômeno, sendo um dos mais interessantes aquele que considera que está ligado a um processo que passa pela memória, pela linguagem, pela inteligência e pelo juízo. “Ele está sempre associado a uma metacognição, ou seja, a capacidade de aprender ao fazer, pensar sobre o pensamento, ter memórias sobre a memória, ter imaginações sobre a imaginação, entre outros.” Assim, os sujeitos que exploram a sua metacognição tendem a melhorar sua posição de apreciação dos próprios resultados. 
A partir dos estudos realizados é possível notar que ter noção de sua própria ignorância parece ser um dos melhores caminhos para evitar que os indivíduos caiam constantemente nesse efeito. Dunker avalia que, quando a ignorância é reconhecida, é capaz que ela se transforme em desejo de saber, por isso, a busca por conhecimento parece ser essencial. 
Por fim, observa-se que o efeito Dunning-Kruger consegue ser mais bem aplicado e identificado em atividades que apresentam uma alta dimensão prática, como o exercício de esportes, já que a possibilidade de comparação direta com outras pessoas é maior nesses cenários. “No fundo, esse feito não é apenas cognitivo, mas é também um efeito de como a gente interpreta a nossa própria diferença em relação aos outros e ao fato de que, muitas vezes, essa diferença traz uma hierarquia”, finaliza Dunker.  Fonte
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lucasmulato · 1 year ago
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Solidão e outras coisas.
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Neste ponto da minha vida começo a aceitar a solidão da forma menos destrutiva possivel, vejo que as relações parasociais são as melhores pra mim, socializar trás infinitas dores com uma mente que reconhece padrões de comportamento estupido e corelaciona a toda humanidade.
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Meu conforto vem de mim mesmo, meu desconforto vem do outro, isso é uma doença mas ta tudo bem, sou alheio a noção de uma metacognição do outro para poder julgar. Gostaria de viver no meu mundo sem parecer mais estranho ou inocente, mas afinal todos jovens são burros e estupido...
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Me recordo de fazer um teste social e ele trouxe consequencias psicosociais, no fundo só expandiu minha consciência, porém vejo como muita coisa que sei sobre as relações são basicas e pouco útil, talvez não tenha algo mais complicado pra um ser humano do que lidar com outros, imprint humano ser social, do meu neurodesenvolvimento desistir disso, e este é meu ciclo até minha verdadeira morte.
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Em relação a matéria, não vejo mais pra onde evoluir além de aprender cada vez mais a me relacionar, seja comigo ou com eventuais outros, com suas dores e pausas entre dores.
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O amor é a melhor ilusão, por isso desiludir é tão transformador, ainda não sei comigo mesmo se desisti dele, mas com certeza não quero me iludir novamente tão cedo, não tenho como cair nessa espiral de sonhos e esperanças, não que eu tenha algo importante para fazer, mas sim que no meu estado atual não conseguiria lidar com tamanha dor.
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Vou fazer meus rituais e procurar ritmo em meio ao caos, revertendo minimamente a entropia e sendo o mais prudente possivel.
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filigrama-agar-blog · 1 year ago
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Como podemos fazer os nossos cérebros prestarem atenção?
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Nossos cérebros estão programados para fazer todos os tipos de coisas – incluindo armazenar memórias e prestar atenção. Pense em uma situação cotidiana que requer mais atenção do que se imagina: pedir um café na cafeteria. Você vê as pessoas, o cardápio, sente os cheiros, vê as imagens na parede… Mas, conforme se prepara para pedir, o cardápio ganha destaque e todo o resto fica em segundo plano. Talvez, enquanto se prepara para pagar, um amigo chame seu nome, distraindo você.
Para receber a sua bebida com sucesso, você deve concentrar sua atenção em uma coisa, excluindo outras: primeiro no menu e depois no barista e, enquanto isso, você deve ignorar o que está ao seu redor no café. Você inconscientemente direcionou sua atenção para certas partes do ambiente, mas também teve sua atenção desviada quando seu amigo o chamou. E como isso é possível?
Bom, a atenção é o processo de focar profundamente em uma coisa, excluindo outras. Quando chegou a sua vez de pedir, seu cérebro aumentou o foco no barista e suprimiu outras partes do ambiente. Seu cérebro percebe e armazena o que é de interesse, e essa informação é processada em mais áreas do cérebro. A atenção tem um impacto físico real no cérebro, que pode ser visto em exames cerebrais.
Passamos a vida inteira treinando nossos cérebros sobre o que atender e o que ignorar, dependendo da situação. Prestamos atenção em algumas coisas porque podem nos ajudar a sobreviver e aprendemos a prestar atenção em outras coisas porque nos ajudam a atingir uma meta de curto prazo. E temos algumas características às quais nosso cérebro não pode deixar de prestar atenção, como rotina e familiaridade, coisas que nos recompensam e nos trazem reforço positivo, padrões, coisas diferentes e que se destacam às demais, e muito mais.
Usamos esse mecanismo do cérebro também para o aprendizado de idiomas, facilitando todo o processo! A atenção ajuda você e seu aprendizado, evitando a sobrecarga de informações e priorizando informações novas, interessantes ou úteis. Como prestar atenção a algo aumenta o sinal no cérebro, as chances são maiores de que algo seja lembrado no futuro.
Na hora de estudar, perceba quando rende mais e se sai melhor. Você é uma pessoa matinal? Mais focado com algum ruído ambiente? Descubra quando são seus bons momentos e aproveite-os! Dê a si mesmo todas as chances de controlar a sua atenção no horário de estudo. Para ajudá-lo a se concentrar no que é importante, reduza as distrações e torne o ambiente de aprendizagem previsível para o seu cérebro. Experimente estudar em locais semelhantes e no mesmo horário do dia e aprenda como limitar as distrações mais tentadoras, desenvolvendo hábitos de estudo mais consistentes.
Repare também no que faz sua atenção vagar e te distrai. Use o telefone ao seu favor, não como uma distração! Por exemplo, no menu de configurações, altere seus lembretes de notificações para o horário que achar melhor. E, claro, desative as de aplicativos específicos quando precisar de tempo de concentração. Nossos hábitos e ambiente podem ser difíceis de mudar, então aprenda o que pode controlar!
Seja intencional em relação ao seu tempo de estudo. Antes de começar uma tarefa de aprendizado, identifique qual é seu objetivo final do dia e o que precisa fazer para chegar lá. Isso funciona da mesma maneira que as perguntas do guia de estudo antes de um teste ou o que vemos às vezes no início do capítulo de um livro didático. Isto é chamado de metacognição – pensar sobre como você pensa – e essa intencionalidade ajuda a esclarecer no que deseja prestar atenção.
Gamifique seu aprendizado! Afinal, é possível estudar e se divertir ao mesmo tempo. No Duolingo, por exemplo, isso é possível durante as lições e nas ligas, que estimulam os alunos. Nos outros estudos, é interessante gamificar sua atenção encontrando uma maneira de torná-la interessante para você, especialmente quando é difícil prestar atenção. Outro exemplo já conhecido é o método pomodoro, que consiste em focar a atenção durante 25 minutos e fazer uma pausa de 5 – o que lhe dá uma meta de curto prazo e pode evitar que se sinta sobrecarregado.
E não menos importante, concentre-se no que importa! A atenção nos ajuda a captar as partes mais importantes da nova informação… desde que consigamos evitar distrações! Compreender o que o afasta de seus objetivos pode realmente ajudá-lo a gerenciar seu ambiente de aprendizagem e a se preparar para o sucesso.
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hurtslikethefuckinghell · 2 years ago
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Os dias têm sido diferentes. Entender um pouco mais sobre a metacognição foi de grande valia e, embora tímidos, consigo elencar dois ou três progressos. Refleti sobre o não pensamento como forma de pensamento, sobre a felicidade como pretensão ilusória de eternizar momentos, sobre o estoicismo de Hamlet. Não é preciso me conhecer muito, porém, pra deduzir que não cheguei a nenhuma conclusão empolgante. Na verdade, as coisas estão mais confusas do que nunca. Tenho sentido muito calor, muito enjoo. Talvez esteja na hora de trocar esse ventilador. Talvez seja pelo aumento da dosagem do remédio. É o terceiro aumento consecutivo, aliás. Doses cavalares que, confesso, não têm sido eficazes. Continuo acordando com o pior dos humores. Continuo com dificuldades pra dormir. Meus demônios, a saber, estão cada vez mais cruéis. Mérito (ou demérito?) meu, afinal, são criações minhas, mesmo que indiretamente. Queria compartilhar algo que li por aí, mas não lembro o teor, tampouco o autor. Podia jurar, em outros tempos, que tinha memória eidética. Agora, tomo remédios pra me lembrar de tomar os outros remédios. Continuo com os episódios psicóticos. Não consigo mais distinguir o que é real e o que não é. Delírios, alucinações, devaneios. A nota positiva é que como não sobrou ninguém por perto, ninguém se machuca, senão eu.
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devanalua · 3 years ago
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Entramos na temporada sagitariana. A energia de Sagitário nos fala da abertura, daquilo que nos mobiliza a busca de um novo sentido, algo que nos leve além. A capacidade de ter fé e confiança e especialmente, confiar que algo melhor está por vir é a maior riqueza dos nativos. Geralmente vão a fundo no que lhes interessa, seja estudos ou experiências, querer ser especializar, tornar-se mestres no que fazem, no fundo, se tornar o que realmente são, seja o que quer que isso queira significar. E o que os sagitarianos nos ensinam? Sobre metacognição, ou seja, como aprendemos a aprender. 🌞🔛 ♐️ Bem-vindes, sagitarines! O momento pede mais liberdade, amplitude dos sentidos, sabedoria e ousadia ao mesmo tempo. Aventuras, diversão e conversas profundas, tudo isso com o bom humor que nos é tão caro nesse momento, para que saibamos viver também o lado bom da vida. O que eu estou almejando nesse momento? O que preciso buscar na minha vida? Chegamos ao fim de Primavera no hemisfério Sul. A compreensão está aí, para quem pensa, discute, troca e se joga pelos caminhos tortuosos dessa vida. . SAGITÁRIO ♐️ Elemento: FOGO 🔥 Ritmo: MUTÁVEL ⏺ . . . #devanalua #sagittariusseason #signodesagitario #sagitarianes #sagitarianas #sagitarianos #sagitário #astrologia #zodiaco #solemsagitário #astrologiabrasileira #astrologiapsicologica (em Deva na Lua) https://www.instagram.com/p/CW_YRfoPWHD/?utm_medium=tumblr
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paraentenderoamor · 4 years ago
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11 portas
A dor do coração partido e a falta que ela faz chega à boca do estômago, sempre assim, na hora que deito.
Não que a vida parou e não tenha maiores preocupações com o trabalho, faculdade, amigos e família. Mas parece que meu cérebro programa um horário diário para pensar nela, seria para não esquece-la?
Hoje a reflexão foi sobre quantas portas tem em sua casa e porque eu saber disso. No meio de um isolamento social causado pela pandemia não temos vivências juntas em botecos, restaurantes, museu ou parque de diversão. E não sei qual lado da mesa amarela do boteco ela prefere sentar ou qual seria o nosso bar. Não sei quanto tempo ficaríamos olhando roupa na Marisa ou C&A. É engraçado né? (Modo de dizer.) Nem sei ao certo seu lugar favorito no cinema e se comeríamos um BK ou compraríamos pipoca antes da sessão começar.
Basicamente pulávamos uma para casa da outra, revezando mais aos fins de semana.
São 11 portas se você quer saber e também há um taco solto assim que sai do quarto para o corredor. Pequenos detalhes que não notaria nem daria atenção se não ficássemos a maior parte do tempo lá.
É ruim não ter feito o circuito da praça da liberdade ou aproveitado um festival na praça da estação e também nunca fomos a shows ou boates, mesmo que eu odeie boates.
Daqui a 2, 3 anos quando já nem lembrarmos mais da existência da outra e por acaso esbarrarmos lá no bar da Cássia, tomaríamos um litrão e conversaríamos sobre isso? Sobre uma paixão na quarentena?
Se não fosse essa confusão e fosse em outra época; ocasião, será que nos encontraríamos? São tantas perguntas não respondidas.
Hoje em dia o isolamento só existe para quem tem condição, quem não tem segue a vida "normal", pegando ônibus cheio e trabalhando na rua até tarde da noite. Há quem se arrisque a ver um filme numa sala de cinema completamente fechada ou sair para jantar, não que a vacina tenha saído e que a doença não seja altamente contagiosa.
Inclusive nem sei como ela está, chego a pegar o celular e procurar seu número que havia salvado em algum lugar caso precisasse, porque não daria certo ter seu número a mostra na lista de contatos e a ver on line no WhatsApp numa situação como essa por exemplo.
Já se passaram semanas ou meses, sei lá. E essa dorzinha chata no peito parece nunca passar, a metacognição é a raiz da auto sabotagem. Quanto mais queremos parar de pensar em algo, mais pensamos, nosso cérebro é extremamente jocoso.
A gente tentou, sabe? Ou pelo menos eu tentei. Se ela quisesse o mundo eu facilmente pedia três para viagem, colocando um laço para presenteá-la.
Mas o mundo também já foi nosso ou algo do tipo.
Se estivéssemos em época de DVD seríamos clientes VIP’s das locadoras, mas em tempos de internet os sites não nos da “olá” nem perguntam: "Gostou do filme? Chegou um novo ontem, vai levar?". A gente assistia pelo menos cinco filmes por semana ou alguns episódios de séries, mesmo que distantes; cada uma em seu canto, sincronizávamos o filme e comentávamos por ligação.
Chegava a ser também um web namoro. Regressão para pré-adolescência e adaptação para atualidade.
Às vezes também dava pra sentir saudade, uma tosse ali ou uma rouquidão evitávamos contato por segurança, porque além de nós duas havia nossas respectivas famílias, nem todo mundo pensava assim o que ainda é péssimo porque nos obriga a ficar mais tempo isolados.
Certa vez fomos ao parque municipal quando reabriram seguindo protocolos de segurança, estava vazio e silencioso, tirando as crianças que por vezes rodeavam. Era bom esses pequenos momentos que tínhamos contato com a natureza porque na maior parte do tempo trancafiadas em casa mal víamos árvores ou conseguíamos escutar o canto de um bem-te-vi. Da saudade desse dia. Conversamos bastantes sobre historias do passado; nada acontecia de novidade, mal mal uma mexerico do trabalho ou fofoca da internet. E depois de tanto falarmos só ficamos em silêncio ouvindo  os pássaros e vendo os enormes patos rebolando pelo parque. Tudo foi ótimo mas aquele beijo que demos na hora de ir embora foi inexplicável de bom, se soubesse que não teria outros logo mais pediria replay sem hesitar.
E aqui está toda confusão aleatória que penso antes de dormir, falando em dormir, é péssimo não tê-la deitada aqui no canto roncando, e também é péssimo saber que vou acordar e ela não vai estar.
Maldita dor do coração partido que não se resolve com uma dipirona ou dorflex, quem sabe neosaldina?
Enfim, aqui em casa são dez portas, será que ela notou? Não faço ideia e também que diferença isso faria?
Agora o mal mesmo é revirar a galeria.
Eu preciso dormir.
E se eu contar para vocês quem sempre aparece em meu sonhos? Nesse caso parece que ela também sonha comigo, uma espécie de conexão paranormal? Ou apenas meu cérebro idealizando o que quero ver?
Pois chega.
Vou ver mais nada.
 Questão de milésimos de segundos depois, fiquei sem reação. Teve uma rápida chamada. Dois toques, nem deu tempo de pensar e ela já havia desligado.
Devo retornar? Ou apenas sonhar? Fingir que já estava dormindo também é uma opção, como saberia que era ela? Ninguém mais decora o número dos outros, bem, ninguém da minha idade que eu conheça além de mim.
E se for alguma urgência? Não é normal ligar para as pessoas de madrugada.
Tá! Vocês estão certos, eu retornei.
Que os sonhos esperem e que o sono se desfaça, loucura ir para lá às duas da manhã? Só vou descobrir se for, não é?
Começou com um: "Tá tudo bem?" e acabou em:
— Vem pra cá, vamos conversar.
— Agora? São duas da manhã.
— E?
...
— Isso é uma boa ideia?
Houve um silêncio como se ela estivesse analisando a situação.
— É uma péssima ideia.
Então eu simplesmente fui atravessar a cidade para vê-la. E depois de horas de choro, lavando as roupas sujas, calcinhas e colocando botões em seus respectivos lugares sem nenhuma falácia.
Ela me beijou, ou eu a beijei? A gente se beijou, e se encarou. Ela alisou meu rosto por segundos e eu segurava sua mão, absorvendo o momento.
De repente lá estávamos nós despidas cientes que quando acordássemos não encontraríamos algumas peças de roupa. Reconectamos da carne a alma tentando por em dia os dias perdidos e saciar a vontade que tínhamos uma da outra, rolavamos na cama entre gemidos, tapas e arranhões, sem mais caricias.
  Deitadas cobertas por um leve lençol para não sentir frio quando o corpo esfriasse, novamente nos encaramos enquanto ajeitávamos em uma posição anormal, porém super confortável e quando notamos a claridade vindo de fora, já era dia.
O sol já invadia as frestas da janela, ela se levantou e puxou a cortina numa falha tentativa de escurecer o quarto.
Nos ajeitamos de novo e minhas mãos junto às dela pairavam sobre seus seios, conseguia sentir cada batida de seu coração até que os meus aparentemente sincronizaram com os dela. Com um beijo em minhas mãos me desejou bom dia como se fosse noite e eu retribui. Assim fomos dormir enquanto o mundo acordava.
Mas o que eu tenho a ver com o resto do mundo se meu mundo estava bem ali nos meus braços? O resto não importava.
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theolympusrp · 4 years ago
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IC:
Nome terreno: Ali El Hammani Nome mitológico: Herona Faceclaim: Zayn Jawaad Malik (Ali) / Zara Peerzada (Herona) @zarapeerzada Nascimento: 12 de janeiro de 1993 Naturalidade: Islamabad, Paquistão.
Ser: Lâmia Tempo de treino: Menos de 1 ano.  Nível: 01 Dormitório: Vulpecula (Ala 02) - Quarto 02
Twitter: @hero_olp Ocupação: Graduado em Design de Moda/desempregado.
Qualidades: Fiel, bem humorado e empático. Defeitos: Destrutivo, impulsivo e medroso.   Plots de interesse: angst, fluff, general, squick, crack, smut.
Biografia:
TW: Canibalismo
Nascido de uma antiga linhagem de Lâmias inteiramente feminina, as criaturas que não nasciam mulheres eram devoradas por suas mães - e esse deveria ser o destino do garoto. Poseidon, por ter um antigo ancestral daquela família se compadeceu com a criança além de já estar farto com as atitudes das lâmias para com seus filhos homens, e por isso roubou a criança e a levou para o mundo humano longe do perigo de sua família de verdade. Ele foi entregue à uma família paquistanesa infértil que a todo custo queria ter um filho homem, e foi assim que recebeu o nome de Ali.
Desconhecendo que era possível uma criança do sexo masculino atribuir os poderes mágicos das lâmias, Ali nasceu com seu alter ego Herona, uma moça que atribuía todos os poderes de lâmia enquanto Ali não. Para que os poderes de lâmia fossem manifestados Herona deveria assumir o corpo de Ali, e como mágica sua aparência também se alterava. É claro que ele escondia esta forma de seus pais porque não havia explicação para isso, e desde então teve de esconde-la e o fez com a ajuda do deus dos mares que às vezes aparecia para ajuda-lo.  
Desde então, Ali teve de conviver com Herona dentro de si tanto no seu corpo quanto sua mente, assemelhando-se ao que os humanos chamavam de dupla personalidade, entretanto nada passava de sua natureza. Herona não só fazia mal às pessoas ao redor, assim como ao próprio Ali pois as coisas saiam de controle constantemente, pois a lâmica nunca teve senso e sequer tinha empatia por alguém ou algo. Isso moldou a personalidade do próprio Ali, que além de ter medo de tudo ao seu redor, também tinha medo de si mesmo e das coisas que fazia quando perdia o controle para seu alter ego, tudo isso entrando em colapso quando sua família se mudou para o ocidente.
Os Hammani mudaram-se para a Inglaterra por conta do trabalho do patriarca e foi onde viveu desde os 4 anos, longe de todo o resto da família além de seus pais, vez ou outra voltando ao Paquistão para rever seus parentes. E apesar da família muçulmana tradicional, tanto Ali quanto Herona foram influenciados pela cultura ocidental, o que resultou na ruína de ambas as partes, pois durante a adolescência, Ali se envolveu com drogas e depredação enquanto Herona se envolvia com vandalismos mais pesados e algumas brigas de rua. Como dividiam a mesma consciência, um sempre tinha ciência do que o outro fazia, explicação para o vício em drogas de Ali, que já não suportava mais as atitudes destrutivas da lâmia e pensava que as substâncias eram um escape para que ela se fizesse menos presente em sua mente.
Aos quatorze anos, Ali tinha dependência em diversas drogas e já havia sido detido diversas vezes por vandalismo e brigas, o que incitou seus pais a colocá-lo em um internato fora de Londres. Apesar do pensionato livrá-lo das drogas, não o livrava das confusões em sua maioria criadas por Herona. Fora nesse período em que sua outra personalidade tomava mais protagonismo, falando em sua mente o que Ali deveria fazer ou não, já que não poderia assumir misteriosamente a forma de uma mulher, e também fora quando suas habilidades se fizeram presentes resultando na tentativa de ocultamento destas - por parte de Ali -  para que ninguém as percebesse. Fora neste internato onde passou quatro anos de sua vida até se formar, saindo apenas em datas comemorativas e férias; definitivamente não se orgulhava de sua época de escola, mas preferiu apagá-la de sua mente.
Como a condição financeira de sua família era confortável, ele pôde ingressar em uma faculdade de moda em Nova York e ainda recebendo o apoio dos pais; por mais tradicionais que eles fossem, prezavam pela felicidade de seu filho. Vivendo nos Estados Unidos e atingindo a maioridade pouco tempo depois, ele finalmente “se perdeu” por completo para o Ocidente, deixando todos os seus costumes para trás para viver a famosa vida americana. Formou-se e conseguiu um bom emprego ainda no país, assim como o visto de trabalho, e permaneceu por lá ainda mantendo o contato com os pais.
O destino o levou para a Olympus aos 27 anos quando voltava para a Inglaterra, seu segundo país, quando houve uma festa para ex-alunos em sua antiga escola.
Habilidades:
1. CHARME: Para alimentar seu apetite por carne, precisa atrair as presas que serão seu alimento. Para isso, emana um doce perfume que é capaz de encantar e aturdir quem sentir o aroma. A vítima fica incapaz de se mover ou reagir a qualquer possível ataque, tendo a duração de alguns minutos até que a criatura seja capaz de se alimentar.
2. TRANSFORMAÇÃO REPTILIANA: Assim como todos os répteis, a lâmia é capaz de trocar sua pele e, com isso, alterar sua aparência. É capaz de assumir qualquer forma que já tenha visto antes, porém o processo de mudança leva algumas horas para ser concluído.
3. FORÇA AVANTAJADA: Em sua forma natural, as lâmias possuem uma força semelhante a de uma anaconda quando abraça suas vítimas, conseguindo esmagar os ossos com seus abraços e quebrar ossos e ferro com seus punhos.
4. IRMÃ DE PEÇONHA (TWINT): Devido à sua natureza, é capaz de se comunicar com animais peçonhentos e utilizá-los para diversos fins, seja para atacar um alvo ou obter informações ao se conectar telepaticamente com os animais. A ligação telepática tem duração de apenas dez minutos e causa fortes dores de cabeça ao usuário devido ao esforço realizado.
5. CAUDA DE AÇO: Ao fortalecer a musculatura da parte inferior de sua cauda, a lâmia consegue fazer uso desta como uma poderosa arma, quase como se fosse de aço, com força suficiente para aturdir ou ferir seu alvo. Não tem efeito em pessoas com maior resistência física.
6. GARRAS AFIADAS: Ao retrair os dedos, a lâmia adquire longas garras que são capazes de dilacerar carne com muita facilidade. Precisa de mais força para cortar materiais mais duros e resistentes, porém materiais duros como diamante, por exemplo, podem quebrar as garras da lâmia e estas não poderão ser utilizadas até crescerem novamente.
7. GARRAS VENENOSAS: Ao rasgar a pele de seu alvo, as garras da lâmia emanam uma tóxica com força suficiente para incapacitar o alvo e, quanto mais tempo o alvo passar em contato com as garras da lâmia, mais veneno será absorvido podendo causar sérios danos em seu corpo e até a morte.
8. BEIJO MORTAL: Além de se alimentar das vítimas que atrai, a lâmia é capaz de sugar a vitalidade de seu alvo com um beijo e assim se manter sempre jovem. Não é capaz de matar sua vítima, mas a deixa incapacitada por muito tempo até que recupere a vitalidade novamente e, quando isso acontece, a energia que havia sido roubada se esvai e a lâmia precisa de outra vítima para sempre manter sua aparência jovial.
9. EMPODERAMENTO CANIBAL (TWCNB): A lâmia é capaz de se tornar mais poderosa e aumentar consideravelmente seus atributos (como força, resistência, velocidade, etc.) ao se alimentar de suas vítimas. Apesar disso, o efeito é temporário e o desgaste em seu corpo após isso requer horas de descanso.
10. SANGUE DIVINO (TWSNG): A lâmia quando entrar em contato com o sangue de um semideus ou criatura, tem a capacidade de tomar uma de suas habilidades para si por até dois dias. Durante esse período, a habilidade funciona de maneira caótica e dependendo de como for usada, pode levar a lâmia a morte.
11. CAMUFLAGEM RÉPTIL: Enquanto com sua cauda e toda a sua energia intacta, a lâmia consegue se esconder em uma floresta ou em qualquer lugar de natureza animal, seja o mar ou mata fechada. A habilidade é extremamente útil enquanto em combate pois pode atacar sem ser notada.
12. METACOGNIÇÃO: Enquanto estiver perto de pessoas com poderes psíquicos e persuasão, a lâmia consegue notar quando tais habilidades agem perante outras pessoas. Apesar de não conseguir ver o que as pessoas veem, pode ver se uma pessoa está sendo manipulada ou não.
13. CHOCALHO DA MORTE: Enquanto estiver se rastejando, a lâmia poderá sacudir o chocalho de sua cauda para atrair vítimas. O mesmo não funciona como aqueles que têm resistência mental mas pode ser ainda mais agressivo naqueles com poderes inferior.
14. VELOCIDADE MELHORADA: A lâmia poderia alcançar velocidades exageradas enquanto em sua forma natural mas terá muito de sua energia gasta. A habilidade não funciona se estiver fizer o uso exacerbado de suas habilidades.
15. RIVALIDADE ANCESTRAL: As lâmias serão capazes de causar uma briga intensa entre semideuses de pais rivais como Poseidon e Atena e Afrodite e Perséfone. Os semideuses podem até mesmo ser amigos e a briga será desconexa, acontecendo por trinta minutos.
16. VAIDADE FATAL (TWCNB): A lâmia pode enfeitiçar uma pessoa para ficar mais atraente, chamando a atenção de semideuses e criaturas com sua sensualidade e personalidade. A maldição porém não funciona de maneira coerente e desperta até mesmo no mais forte semideus a vontade de devorar o amaldiçoado. A maldição tem duração de duas horas.
17. LÁBIOS MORTAIS: A criatura consegue ler os lábios e decorar feitiços de filhos de Hécate e Nyx enquanto estes os conjuram, podendo replicar de mesmos de maneira perfeita. Os mesmos não são tão fortes quanto os de feiticeiros porém, ainda funcionam.
18. ROSTO CONFUSO: Lâmias são conhecidas por seduzirem principalmente aqueles que estão apenas de passagens por cidades e para manter a sua identidade intacta, o rosto parece sempre de uma forma diferente para aqueles que se tornam suas vítimas. Alguns também já disseram que as expressões dessas criaturas parecem distorcidas.
19. BENÇÃO DE POSEIDON: Por ser descendente direta de Poseidon, as lâmias podem adentrar a mente de seus filhos e os manipular como fantoches. Dura por doze horas e após isso, se sente extremamente cansada e precisa dormir imediatamente.
20. VITALIDADE SANGUÍNEA (TWSNG): A lâmia terá muita mais vitalidade para lutar em combate se fizer uma pessoa sangrar e sujar suas mãos com seu sangue. Não poderá diretamente roubar nenhuma de suas habilidades mas terá sua força melhorada em 60%.
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tmychrstntr-4y4 · 5 years ago
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Sonhos sobre consciência
Você já sonhou que estava consciente de um sonho? Um sonho lúcido é como estar consciente dentro do próprio sonho.
Estima-se que 55% da humanidade já teve pelo menos um sonho lúcido na vida. Outras pesquisas apontam os benefícios terapêuticos no combate da ansiedade que essa experiência pode proporcionar. A metacognição, entretanto, é o campo mais vasto e interessante na relação do sonho lúcido e a nossa realidade particular.
Por exemplo, se você está lendo isso agora....o que te garante que não esteja sonhando?
Talvez uma pergunta que pareça sem sentido ou importância, pode ser, um oportuno teste de realidade. E é sobre isso que a metacognição atua: sua capacidade mental de checar a própria consciência de aprendizagem. Dessa forma, a experiência de sonho-lúcido se torna uma potente ferramenta de automonitorar e conhecer a Si.
O teste de realidade é uma das formas de treinameno mental e aumenta a metacognição. Conferir diariamente o ambiente é outra maneira de evoluir a metacognição.
Os sonhos acontecem geralmente na fase REM (Rapid Eye Moviment) do sono, e é nesse momento que podemos transicionar da consciência usual para a inusual, interferindo no sonho com o próprio raciocínio lógico definido antes de dormir.
(continua)
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cursocompletodepedagogia · 5 years ago
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Resumo: Como se aprende? Estratégias, estilos e metacognição
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Resumo: Como se aprende? Estratégias, estilos e metacognição
O livro fala sobre as teorias da aprendizagem destacando a visão de alguns teóricos e como ocorre o processo de aprendizagem. O livro aborda sobre a visão cognitivista da aprendizagem destacando os fatores a serem considerados na prática educativa para que o aluno desenvolva a metacognição.
Para que o aluno adquira consciência…
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friendlycuteghosts · 6 years ago
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Em termos de estratégias terapêuticas 
Diante dos principais objetivos terapêuticos expostos, sugerem-se algumas estratégias essenciais para ajudar o enlutado a produzir uma resposta saudável, utilizando mecanismos e comportamentos que possam ser aprendidos e/ ou modificados. Enfatiza-se que tanto as estratégias quanto as técnicas terapêuticas, foram listadas aleatoriamente, e não exigem, necessariamente, uma ordem específica, pois isso tende a variar de acordo com cada paciente. A seguir, podem- -se verificar algumas delas: • Resolução de Problemas: é usada para avaliar como e o que o enlutado está priorizando. Nesse momento, busca-se a melhora na habilidade de ressolucionar problemas, maximizando o que está funcional e diminuindo a complexidade dos mesmos (Nezu & Nezu, 1999). É importante que o paciente consiga verificar a existência de distorções cognitivas que impossibilitam a busca e a tentativa de alternativas saudáveis. Ainda, é fundamental a construção de estratégias e recursos que podem facilitar e auxiliar no enfrentamento da situação problemática: “Será que não haveria outras formas de lidar com essa situação”; “Que empecilhos podemos encontrar?”; “Haveria algum recurso disponível que pudesse nos auxiliar nesse momento?”. • Automonitoramento: aumentar a capacidade de metacognição, com intuito de o paciente perceber como pensa e passa a ter sentimentos e comportamentos devido às crenças (Flavell, 1979). Recomenda-se que, diante de uma situação aversiva, o paciente identifique o que está fazendo, pensando, sentindo. É o pensar sobre o pensamento: “Desde quando fulano faleceu, as pessoas não me procuraram mais [...]. Se esse pensamento fosse verdade, como me sentiria?”. • Treino de Habilidades Sociais: aumentar e ensinar novas habilidades cognitivas como o automonitoramento, habilidades verbais e, principalmente, comportamentais, para que o enlutado consiga perceber e lidar melhor com o ambiente (Caballo, 2003). Neste caso, recomenda-se que possam ser listadas algumas situações em que o paciente apresenta dificuldades para resolver. Na maioria das vezes, os pacientes enlutados encontram-se deprimidos e tendem a antecipar sentimentos negativos, bem como avaliam erroneamente o grau de dificuldade. Diante das situações listadas e por meio de um ensaio comportamental, avalia-se como o paciente se comportaria em determinada situação, e juntos, paciente e terapeuta, treinam uma resposta adaptativa: “Já que treinamos em sessão, o que você acha de tentar aplicar nas situações que,
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vetrallie · 6 years ago
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Em termos de estratégias terapêuticas
Diante dos principais objetivos terapêuticos expostos, sugerem-se algumas estratégias essenciais para ajudar o enlutado a produzir uma resposta saudável, utilizando mecanismos e comportamentos que possam ser aprendidos e/ ou modificados. Enfatiza-se que tanto as estratégias quanto as técnicas terapêuticas, foram listadas aleatoriamente, e não exigem, necessariamente, uma ordem específica, pois isso tende a variar de acordo com cada paciente. A seguir, podem- -se verificar algumas delas: • Resolução de Problemas: é usada para avaliar como e o que o enlutado está priorizando. Nesse momento, busca-se a melhora na habilidade de ressolucionar problemas, maximizando o que está funcional e diminuindo a complexidade dos mesmos (Nezu & Nezu, 1999). É importante que o paciente consiga verificar a existência de distorções cognitivas que impossibilitam a busca e a tentativa de alternativas saudáveis. 
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Ainda, é fundamental a construção de estratégias e recursos que podem facilitar e auxiliar no enfrentamento da situação problemática: “Será que não haveria outras formas de lidar com essa situação”; “Que empecilhos podemos encontrar?”; “Haveria algum recurso disponível que pudesse nos auxiliar nesse momento?”. • Automonitoramento: aumentar a capacidade de metacognição, com intuito de o paciente perceber como pensa e passa a ter sentimentos e comportamentos devido às crenças (Flavell, 1979). Recomenda-se que, diante de uma situação aversiva, o paciente identifique o que está fazendo, pensando, sentindo. É o pensar sobre o pensamento: “Desde quando fulano faleceu, as pessoas não me procuraram mais [...]. Se esse pensamento fosse verdade, como me sentiria?”. • Treino de Habilidades Sociais: aumentar e ensinar novas habilidades cognitivas como o automonitoramento, habilidades verbais e, principalmente, comportamentais, para que o enlutado consiga perceber e lidar melhor com o ambiente (Caballo, 2003). Neste caso, recomenda-se que possam ser listadas algumas situações em que o paciente apresenta dificuldades para resolver. Na maioria das vezes, os pacientes enlutados encontram-se deprimidos e tendem a antecipar sentimentos negativos, bem como avaliam erroneamente o grau de dificuldade. Diante das situações listadas e por meio de um ensaio comportamental, avalia-se como o paciente se comportaria em determinada situação, e juntos, paciente e terapeuta, treinam uma resposta adaptativa: “Já que treinamos em sessão, o que você acha de tentar aplicar nas situações que, num primeiro momento, você consideraria embaraçosas?”; “O que aconteceria se você tentasse?”. • Estratégias de Coping: o conjunto das estratégias utilizadas pelas pessoas para adaptarem-se a circunstâncias adversas, ou seja, uma resposta cognitiva e comportamental ao estresse, com objetivo de suavizar características aversivas. É preciso que os pacientes busquem novas estratégias de enfrentamento, frente às anteriormente internalizadas (Lisboa et al., 2005;Folkman & Lazarus, 1980). Indica-se o levantamento de outros eventos adversos na vida dos enlutados e quais estratégias foram úteis para amenizar os sintomas gerados: “Quando você se encontrou numa situação difícil, como você lidou com ela?”; “Se uma pessoa amiga estivesse na mesma situação na qual você se encontra, que conselho daria a ela?”. • Restruturação Cognitiva: numa colaboração entre paciente e terapeuta, identifica-se pensamentos irracionais e catastróficos, exame das evidências favoráveis e contrárias aos pensamentos distorcidos, a fim de avaliar e perceber outros pensamentos mais adaptativos (Beck, 1997). Nesse momento, pode ser usado o modelo A-B-C (A=situação, B=pensamento, C=consequência) para auxiliar o paciente a identificar a situação perturbadora e o pensamento automático: “O que aconteceu para eu me sentir assim?”; “O que passou pela minha cabeça?”. Identificado esse pensamento, o segundo passo é avaliar a veracidade desse pensamento: “Que evidências eu tenho para comprovar esse pensamento?”; “Esse pensamento é realista?”. Num último momento, orienta-se o paciente a desafiar e substituir o pensamento por afirmações mais racionais: “Qual vantagem tenho em manter esse pensamento irracional?”; “Qual seria o pensamento saudável nessa situação?”. • Prevenção e Recaída: psicoeducar o enlutado quanto ao seu funcionamento, suas dificuldades e também sua autoeficácia (Beck, et al., 1979). No decorrer do processo psicoterapêutico, foi lhe orientado a utilizar estratégias e habilidades para lidar de maneira eficaz com o problema percebido. Ao se deparar com outras situações, terá recursos para enfrentar possíveis problemas: “Quais os pródromos de um evento adverso?”; “Que situações são consideradas como situação de risco?”; “Que estratégicas disponíveis me auxiliariam neste momento?”.
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elcitigre2021 · 1 year ago
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O Autoconhecimento é o remédio para a humanidade...
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Sri Prem Baba em sânscrito, o Pai do Amor, mestre espiritual, líder humanitário, brasileiro e criador do festival Awaken Love (Amor Desperto, em livre tradução), que busca despertar a consciência amorosa em todos os segmentos da sociedade e convoca as pessoas para uma intervenção com mantras e silêncios.
Silêncio para mudar o mundo. Isso é o que propõe Sri Prem Baba .
Nós nos tornamos muito barulhentos. A gente acabou se tornando viciado em pensar. O pensar se tornou compulsivo. Os pensamentos vão para direções imprevisíveis. Acabam nos levando a lugares de sofrimento, de ansiedade, gerando desejos por coisas que, às vezes, são muito distantes de nós. A mente é um veículo que precisa ser sabiamente conduzido, porque, do contrário, pode nos levar a lugares indesejados - ensina o paulista.
Por que do silêncio? Nós nos tornamos muito barulhentos. A gente acabou se tornando viciado em pensar. O pensar se tornou compulsivo. Nós não temos domínio sobre a nossa mente. Na hora que você quer parar de pensar, você para?
Não, é muito difícil. É difícil. Na mente, ocorrem muitas coisas. Os pensamentos vão para direções imprevisíveis. Acabam nos levando para lugares de sofrimento, de ansiedade, acabam gerando desejos por coisas que, às vezes, são muito distantes de nós. A mente é um veículo que precisa ser sabiamente conduzido, porque, do contrário, a mente pode nos levar para lugares indesejados. Esse veículo pode nos levar para abismos. Esse veículo pode bater em um poste. Pode promover repetições de situações negativas, destrutivas, na vida financeira, profissional, afetiva, sexual, familiar, na saúde, na própria vida espiritual. É uma preparação para este estado onde temos a mente sob nosso domínio. Leia artigo aqui
“A ignorância gera confiança com mais frequência do que o conhecimento.” –Charles Darwin
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O aprendizado de algo novo é um processo interessantíssimo, mas que muitas vezes passa despercebido pela nossa mente. A Cognição é um processo de conhecer/aprender algo novo, enquanto “meta” é um termo meio complicado de explicar, usado para indicar algo se refere a si próprio. Ou seja: metacognição é “aprender a aprender”. É ir cada vez mais a um nível mais a fundo. #ElcieneGalindo
A falta de informações, estudos e autoconhecimento de nossa verdadeira essência de ser, leva o ser humano a ver a vida e o mundo de froma distorcida na triste ilusão criada pelo apego do ego. Na verdade nossa impermanência nesta materialidade, faz com que a mente mergulhe apenas nas necessidades dos 5 sentidos, degenerando e desvirtuando-se assim de seu real propósito divino. Por isso se faz necessário de uma reforma interior, moral e espiritual, caso contrário o homem cai literalmente no abismo do inconsciente, no labirinto da matrix, e se deixa levar pelas leviandades do mundo obscuro ausente de luz, amor e consciência. #ElcieneGalindo
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Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta. ~ Carl Jung ~
O processo de se autoconhecer refere-se ao movimento, tem que estar sempre na caminhada, que é importante dizer aqui, não é linear! Tem dias que vai parecer mais fácil, e em outros, praticamente impossível! O mais importante aqui é você conseguir identificar esses momentos e também se respeitar.
Não existe resposta pronta ou receita para seguir, pois cada processo é único para cada pessoa, de acordo com suas particularidades, seus limites e suas escolhas, porém, existem exercícios simples que qualquer pessoa pode acrescentar no seu dia a dia e que podem te ajudar a se conhecer melhor.
Lembre-se de que quanto mais você souber sobre si, mais preparado estará para conhecer outras pessoas e, consequentemente, melhores serão suas relações tanto familiares, quanto sociais e afetivo/amorosas, além de ajudar a tomar decisões e expor sua opinião de forma mais coerente e firme com seus princípios.
Então vamos às dicas:
Criar o hábito de escrever sobre si: comece aos poucos. Em um caderno, anote emoções que sentiu ao longo de cada dia, em seguida, escreva brevemente sobre situações que te chamaram a atenção e como você se sentiu em cada uma delas. Aos poucos, isso virará um hábito e aí você pode escrever com mais detalhes reações e atitudes que teve. Isso é um ótimo registro de como você se sente na maioria dos dias, o que ajudará muito no processo de autoconhecimento quando começar a reconhecer padrões e identificar comportamentos.
Se abra para novas experiências: vá ao restaurante que nunca foi, faça o caminho mais longo para o trabalho, peça aquela sobremesa diferente, tente mudar os horários de coisas rotineiras na sua vida… faça essas mudanças de forma gradual e observe como se sente com essas novas oportunidades que criar na sua rotina. O melhor momento para mudanças é sempre o HOJE.
Questione: não aceite o que é imposto a você de forma passiva, questione por que deve ser feito daquele jeito, de que forma pode inserir sua personalidade naquela ação, pense como gostaria que as coisas acontecessem e se pode fazer algo para mudar, isso tanto consigo mesmo quanto com os outros. Muitas vezes, você faz ou deixa de fazer algo apenas por acreditar que não é capaz ou não leva jeito, sem se perguntar o que é possível fazer para tentar. Acredite em você.
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clubebrincante · 2 years ago
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Já conheceu o novo lançamento do Clube Brincante?📬 O Categorize Casa é um jogo que auxilia a criança a realizar associações e nomeações a partir de sua observação. ⠀ ⠀ Além disso, à medida que a criança pega as fichas, ela desenvolve a coordenação motora fina e a coordenação viso motora. ⠀ É um excelente exercício das funções executivas, tais como: ✅Atenção e percepção visual; ✅Memória de trabalho, raciocínio e decisão para as associações; ✅Metacognição para a auto avaliação da tarefa; ✅Flexibilidade para detectar erros e buscar soluções. Ele vem com uma base de madeira para encaixar 4 caixas, 4 caixas que representam individualmente os cômodos da casa e 24 fichas associativas. Indicado para crianças a partir de 3 anos, ele já está disponível no site do Clube Brincante com entregas para todo o país!⠀🚗🚕🚙 ⠀ #brinquedoseducativos #clubebrincante #recursopedagógico #recursoterapeutico #coordenaçãomotorafina #categirize #coleçãocategorize
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vvdts · 3 years ago
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O rei morreu. Viva a criança coroada!
Aquele que rege com sua consciência repousada sobre a torre, iluminado pela abóboda celeste e pelo fogo da Vontade, que queima em seu peito como a fúria do Dragão.
Queima tudo aquilo que parece ser outro, taca fora o que é automático e automatizado, pois a criança coroada só avança quando está livre de impedimentos. Livre para agir, livre pra criar, livre pra amar. Como pode Um se conectar ao outro se o outro for limitado por aquilo que o envolveu e condicionou?
O primeiro passo para uma consciência liberta é a capacidade de estar presente, estar consciente. “Atenção plena” (mindfulness pros coaches), é o nome que a monja da cerveja dá ao estado de consciência tão buscado por todos aqueles que não conseguem frear a torrente de pensamentos e informações que nos bombardeiam a cada segundo (ouçam o que ela tem a dizer sobre atenção plena, a técnica que ela passa nos vídeos dela sobre respiração consciente ensina em poucos minutos e com resultados bem bacanas). Aparentemente muito difícil praqueles que nunca se dedicaram ou tentaram, de alguma forma, focar o pensamento em si mesmo, no próprio pensamento, mas um dos primeiros exercícios na maioria dos roteiros famosinhos de magia e desenvolvimento místico/mágicko que encontramos por aí (vide os exercícios de concentração que encontramos no Liber ABA, no Liber Null, nos manuais de wicca e bruxaria (o primeiro tomo oculto que passou por minhas mãos foi o querido “A Dança Cósmica das Feiticeiras” de Starhawk)).
Por meio da atenção plena conseguimos nos conectar à nuances da esfera das sensações que, muito comumente, passam desapercebidas pelo nosso aparelho sensorial. A meditação em sí, ou, como meu amado colega Frater Teth chama, a “metacognição”, é o ato de fazer com que o alvo da consciência ativa, observadora seja a própria consiencia, o ato de pensar e observar o próprio fluxo de pensamentos, sem viés e sem apego, e deixa-los ir, da mesma forma com que apareceram. Tendo dito isso, reitero aqui a importância da metacognição na minha abordagem de fazer mágicko. E reitero também a importância de estar “no alto da torre”, parafraseando sua majestade Lord A, pois é no alto da torre em que observamos, absorvemos e temos as condições ideais para agir de acordo com aquilo que queima a nossa Vontade, sem freios e livres daquilo que nos condiciona.
Continua..
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hurtslikethefuckinghell · 2 years ago
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Estou impaciente de organizar factos. Gosto, contudo, de lusismo. Mais uma vez, então, prostro-me a escrever, aleatoriamente. Só quero tirar isso de mim. Os dias têm sido diferentes. Entender um pouco mais sobre a metacognição foi de grande valia e, embora tímidos, consigo elencar um ou dois progressos. Refleti sobre o não pensamento como forma de pensamento, sobre a felicidade como pretensão ilusória de eternizar momentos, sobre o estoicismo de Hamlet. Não é preciso me conhecer muito, contudo, pra deduzir que não cheguei a nenhuma conclusão empolgante. Na verdade, as coisas estão confusas como quase sempre. Tenho sentido, constantemente, muito calor, muito enjoo. Talvez seja pelo aumento da dosagem do remédio. É o terceiro aumento, aliás. As doses têm sido cavalares, mas não fazem muita diferença no meu dia-a-dia. Acordo praguejando, vivo praguejado e, mesmo dormindo, meus demônios atacam. São implacáveis, afinal, muitos deles são criações minhas, direta ou indiretamente. Tem um trecho que li recentemente, gostei bastante. Queria poder dar os créditos, mas minha memória tem falhado ultimamente. Estranho, pois podia jurar que era eidética. Talvez a covid tenha influenciado em algo, afinal. Enfim, era algo sobre escrever visceralmente, mesmo uns odiando e outros amando. Uma máquina de escrever fazendo analogia a uma metralhadora carregada. Tem jeito de ser coisa do Bukowski... Bom, continuo tendo episódios psicóticos. Não são bem alucinações ou delírios, mas continuo pirando. Eu não quero e, quando está prestes a acontecer, meu corpo se contorce e tenta, com as forças que restam, contornar a situação. Mas é em vão e, daí, explodo. Como não sobrou ninguém por perto, ninguém se machuca, exceto eu.
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fresnosongs · 3 years ago
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Ter um 'branco' na hora de fazer uma prova para a qual você vinha se preparando há seis meses, preocupar-se que a vacina pode dar uma reação grave adversa, lembrar-se que sua mãe ainda não telefonou hoje (talvez tenha acontecido alguma coisa?), estressar-se que seu filho não come nada, que sua cabeça dói (seria um tumor?)...
As preocupações estão por toda parte em nossa vida, quase o tempo todo. As preocupações pequenas e as grandes, as razoáveis e as excessivas, as bem fundadas e as estapafúrdias... existem todos os tipos.
Elas se comportam como uma goteira irritante que cai ruidosamente em nossa mente, como se ela fosse um balde de metal que, no final das contas, pode transbordar com tantos pensamentos. A boa notícia é que a maioria das nossas preocupações geralmente não se concretiza.
Cientistas da Pennsylvania State University (EUA) realizaram um estudo sobre as preocupações mais recorrentes de um grupo de pacientes e, com o passar do tempo, verificou se elas eram reais.
O resultado? 91% de suas noites sem dormir foram por motivos que nunca se materializaram. Eles sofreram em vão.
Cérebro e irrealidade
Mas ainda há os 9 pontos percentuais restantes.
"Todos nós podemos ter ansiedade, tristeza ou depressão em maior ou menor grau", explica à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) Juan Ramos Cejudo, professor de psicologia da Universidade Camilo José Cela (Madrid) e diretor do centro Mindlab.
Todos nós podemos sofrer com medo e ansiedade antecipados mesmo em casos que parecem pouco importantes, como ir a uma festa onde você não conhece ninguém, conversar com seu chefe ou falar em público. São situações normais em que não haveria necessidade de se preocupar demais.
Paradoxalmente, para preservar uma boa saúde mental, a primeira coisa é não confiar tanto em nosso cérebro.
"Se colocarmos em dúvida o que estamos vendo ou sentindo, teremos mais condições de obter bem-estar", diz Ramos Cejudo.
Ele explica: "Nem tudo o que o nosso cérebro nos diz é real. Percebemos a realidade através dos nossos sentidos e o nosso cérebro processa conclusões com muitos erros — ele está constantemente errado".
No entanto, é difícil ter esse discernimento, ainda mais nestes tempos turbulentos.
Estima-se que, antes da pandemia de covid, 284 milhões de pessoas em todo o mundo sofriam de algum tipo de transtorno de ansiedade, com uma taxa de prevalência entre os países que varia entre 2% e 7% da população, de acordo com o Global Burden of Disease, um estudo envolvendo mais de 3 mil pesquisadores de 145 países e coordenado pela Universidade de Washington.
Os transtornos de ansiedade dispararam com a pandemia do coronavírus
Esses dados foram completamente superados pela pandemia.
A revista científica Psychiatry Research publicou uma análise baseada em 55 estudos internacionais com mais de 190 mil pessoas que constatou que a prevalência de ansiedade é quatro vezes maior agora (15,5% da população contra 3,6% antes da pandemia, segundo a OMS).
O artigo destaca que o transtorno de estresse pós-traumático (16%) e a depressão (16%) também foram cinco e três vezes mais frequentes em relação ao normal.
O papel da metacognição
Estes dados não surpreendem o psicólogo Jesús Matos, professor do Instituto Superior de Estudos Psicológicos (ISEP) e diretor da clínica En Equilibrio Mental de Madrid (Espanha).
"O paciente com ansiedade generalizada é alguém que não começa a se preocupar de repente, mas é alguém que pensa assim durante toda a vida. Mas é uma pessoa que consegue funcionar bem, até que aconteça algo, um evento, que faz tudo desmoronar. E com a pandemia tivemos um grande evento desencadeador", explica ele em entrevista à BBC News Mundo.
O elemento-chave da terapia metacognitiva não é focar em um pensamento específico que nos desequilibra, mas a maneira como pensamos.
"Nos últimos anos, os psicólogos perceberam que não é tão importante o que as pessoas pensam, mas como elas pensam. Não é tão importante que eu ache que sou desajeitado ou que vou ter um ataque de ansiedade (cognição simples ou pensamento), mas sim o estilo de raciocínio que leva a essa reflexão", explica Ramos Cejudo, autor do livro Terapia Cognitiva junto com seu sócio José Martín Salguero Noguera.
"Uma metacognição é uma avaliação que fazemos sobre ter esses pensamentos", diz ele.
Ele dá alguns exemplos desse tipo de pensamento: "Posso me preocupar porque tenho uma prova, é uma cognição simples. Mas posso acabar me preocupando que sempre fico assim com qualquer prova, e que, se eu continuar me preocupando desse jeito, vou acabar ficando doente. Tudo isso são metacognições."
E qual é o problema dessas metacognições?
"[O problema é] que geralmente esse conteúdo desencadeia a resposta de ansiedade e a percepção de falta de controle a longo prazo. Sei o quanto me preocupo muito, mas também com o que não consigo controlar, tenho uma cognição sobre outra cognição que aumenta a ansiedade."
"Foi o professor Adrian Wells da Universidade de Manchester quem desenvolveu essa teoria nos anos 1990", diz Jesús Matos.
Pessoa preocupada
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Tradicionalmente, os transtornos de ansiedade (fobias, pânico, transtornos obsessivos, etc.) têm sido tratados "com grande sucesso, cerca de 70%-80% com terapia cognitivo-comportamental", explica.
Mas no caso do transtorno de ansiedade generalizada — aquele em que o indivíduo se preocupa excessivamente com problemas comuns e cotidianos, como saúde, dinheiro, trabalho e família, quase diariamente por pelo menos seis meses, conforme definido pela Library National Medicine dos EUA —, "essa eficácia cai até 50% e há um problema de recaídas".
"A terapia metacognitiva aumenta a eficácia para cerca de 80% e consegue isso com poucas sessões, de 8 a 12, de acordo com os estudos", afirma o professor do ISEP.
Como a terapia metacognitiva é aplicada
"A terapia metacognitiva mostra ao paciente que a preocupação é controlável e não perigosa, e também que se preocupar em nada adianta", resume Matos.
Ela é "herdeira" da terapia cognitivo-comportamental e ambas podem ser aplicadas em conjunto, explicam os especialistas. Mas em vez de focar na modificação do conteúdo dos pensamentos (como faz a terapia cognitivo-comportamental), a terapia metacognitiva foca na reestruturação do processo associado aos pensamentos.
E consegue isso, entre outras coisas, com técnicas baseadas em algo chamado Atenção Plena do Desapego (Detached Mindfulness, em inglês). O exercício da janela
Outro exercício que Pi Callesen usa com seus próprios pacientes é o "exercício da janela".
Isso envolve escrever os pensamentos desencadeadores no vidro da janela com uma caneta que você pode apagar mais tarde.
"Os pensamentos desencadeadores podem ser, por exemplo, 'O que há de errado comigo?' 'Estou preocupado que meus colegas não gostem de mim.' 'Por que me sinto tão triste?'."
"Peço a meus pacientes que se concentrem totalmente em seus pensamentos desencadeadores e percebam o céu azul ou a casa do outro lado da janela, e não foquem no que está escrito."
Depois, o foco é mudado, é preciso olhar através dos pensamentos escritos e se concentrar no que se vê por trás do texto. Seja nas árvores em frente da casa, nos carros na rua ou nos detalhes do prédio em frente.
"O cliente agora percebe como os pensamentos desencadeadores se tornam diferentes. Eles ainda estão lá, não desaparecem, mas ele pode se concentrar em outras coisas e ver além deles. Então ele entende que pode controlar sua atenção", descreve.
Então, o elefante rosa desaparece. Mas se isso não passar e os pensamentos afetarem sua vida na forma de insônia ou sentimento de sofrimento excessivo, não hesite em procurar ajuda. Todos os especialistas concordam com isso.
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