#Folha Morta
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projetovelhopoema · 3 months ago
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Palavras... Essas pequenas junções que quando unidas têm o poder de construir pontes ou erguer muros, salvar ou matar. São elas que traduzem o que sentimos, o que pensamos e o que somos. Mas há quem as use como quem espalha pó ao vento, sem peso, sem cor, sem alma. Palavras vazias e desprovidas de essência são como ecos de uma voz que nunca existiu, reverberando em um vazio que nada preenche. Eu nunca fui uma pessoa de palavras vazias, as minhas sempre foram cheias... De sentimentos, de significados, de demonstrações. Em cada frase, em cada sílaba e em cada grito silencioso que dei ao escrever, carreguei comigo uma parte do que sou, do que sinto, do que acredito. Minhas palavras não são apenas sons articulados, são confissões de uma alma que se recusa a ser superficial, que anseia por ser compreendida em sua profundidade. E ainda assim me vejo cercado por discursos vazios, promessas que nunca encontraram abrigo na verdade, elogios desprovidos de sinceridade, consolos que não aquecem. Essas palavras flutuam, sem direção, sem raiz, desaparecendo tão rápido quanto surgiram. Elas não deixam marcas, não tocam o coração, não fazem história. A diferença entre as palavras vazias e as palavras cheias é a mesma que separa uma folha morta levada pelo vento, de uma árvore que se firma no solo. As primeiras se perdem, as últimas permanecem. As palavras cheias têm peso e esse peso vem dos sentimentos que ali existem, do propósito que as direciona, do significado que as sustenta. Quem vive de palavras vazias vive na superfície, onde tudo é transitório e nada é permanente. Eu, por outro lado, prefiro mergulhar, prefiro o fundo, prefiro o desconhecido. Porque só nas profundezas é que encontramos o que é real, o que é duradouro, o que faz sentido, o que realmente é de verdade. Então, quando eu falo e quando eu escrevo, sei que cada palavra é uma extensão de mim mesmo, é um reflexo do que existe em meu interior. E é por isso que minhas palavras jamais serão vazias, pois nelas reside a verdade de quem sou e do que eu sinto... E eu sou muito, sinto muito.
— Diego em Relicário dos poetas.
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domquixotedospobresblog · 5 months ago
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O vento também cria vida onde não se acha,as árvores que parecem mortas,tem seus membros agitados,as folhas dançam e correm,a terra vira redemoinho e os cabelos longos da moças ficam acenando para os moços olharem.
Jonas r Cezar
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remediosvarou · 1 year ago
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Folhas mortas, 1956
Walter Gruen fala sobre seu casamento com Remédios Varo, sua fuga do Nazismo e a crença da artista no destino e no além. Clique aqui para ler.
Dead Leaves, 1956
In Voices of Mexico, you can read Walter Gruen talking about his marriage to Remedios Varo, his escape from the nazis and Varo's belief in faith. Click here to read.
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alpsfiction · 1 year ago
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〈 〈 ᕁᕁ . . 🏔 顳顴䤐䵳 ¡!
━ ─── ━
A História dos Grandes Alpes, Parte I.
‹ 䵳䵴ࣹࣽ麓圞⟩
1. 1; — 𝐈𝐧𝐭𝐫𝐨𝐝𝐮𝐜̧𝐚̃𝐨
❝Auroras, Eclipses, Luas. Todas as estações. Por do sóis e amanheceres perfeitos, Os grandes alpes são uma maravilha da natureza vista por algumas pessoas, alcançadas por pouquíssimas. Crostas de gelo são vistas no horizonte no inverno, grandes gramados verdejantes iluminados por uma luz amarela fascinante no verão. Na primavera, é visto paletas de cores diferentes reluzindo como flores do campo, bem como o avermelhado de folhas mortas que descem até o vilarejo no outono. Os Grandes Alpes são o lar do amor verdadeiro. ❞
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〈 〈 ᕁᕁ . . 🏔 顳顴䤐䵳 ¡!
‹ 䵳䵴ࣹࣽ麓圞⟩
1. 2; —𝐎𝐬 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐚𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐜̧𝐨𝐞𝐬.
❝Era um lugar distante do resto do mundo. - fascinante - Os grandes Alpes perto dos céus. Havia um grande vilarejo abaixo deles, com maravilhas humanas, chalés, pequenas barracas de comércio local. Havia maravilhas da natureza; belos jardins que acompanhavam a beleza de cada estação. As pessoas se reuniam no centro daquele pequeno lugar para manifestar as diferentes culturas dos lugares onde vieram. Os caminhos até o vilarejo eram poucos, pois poucos sabiam ou revelavam sua localização. Havia uma estação de trem, alguns chegavam pelas águas quando não estavam na época de congelarem, menos ainda conseguiam por meios aéreos. Ninguém nasceu ali, aquele era o novo mundo, um lugar reservado aos mais afortunados para um recomeço. Eles contavam histórias, as histórias das estações, as histórias da grande casa de vidro no topo das montanhas, ainda mais distante de formas inimagináveis. A casa maravilhosa que abrigou amor e calor por dentro mesmo no mais rigoroso dos invernos situada num caminho sinuoso entre os grandes alpes, o ar rarefeito que abrigava misteriosamente 4 estações bem definidas tinha um segredo; a história da paixão que superou todas as estações, nasceu ali.❞
ㅤㅤ๑ contos da primavera.ㅤㅤ' ' ' '
⦅ setembro; alpsfiction.tumblr.com䶫䪛醴 ⦆ – ◌   ◌   ◌   ◌   ◌
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externavel · 25 days ago
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Por você, eu viro bicho lento, como jabuti que carrega a própria história nas costas. Se for pra caminhar devagar, que seja com a poesia do chão, sentindo o cheiro das folhas mortas que viram vida nova. Os jabutis, atravessaram o tempo com a sabedoria de quem conversou com os dinossauros e aprendeu que a pressa só faz a alma tropeçar. Eu te espero no teu tempo, com o compasso do vento que faz silêncio nas folhas. Porque, no fim, o que importa não é o quanto a gente anda, mas o que a gente carrega dentro. E o que carrego por você é feito de raízes fundas, que sabem esperar, crescer, e tocar o céu devagarinho.
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yooncmelia · 9 months ago
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Bad news 식지 않는 논란 My attitude 못된 짓만 골라
「     🍂     」   ⸻ HUH YUNJIN? não! é apenas CAMELIA YOON, ela é filha de PERSÉFONE do chalé 24 e tem VINTE E TRÊS ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III DOS PODERES por estar no acampamento há VINTE, sabia? e se lá estiver certo, ELLIE é bastante OUSADA mas também dizem que ela é VINGATIVA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
º ✧ 。━━ 𝐏𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐄𝐒𝐓 ╲ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝐓𝐀𝐆
º ✧ 。━━ 𝐁𝐀𝐒𝐈𝐂𝐒
aniversário: 21 de dezembro
apelidos: lia, ellie.
nome coreano: Yoon (윤) Chanmin (찬민)
espécie: semideusa
gênero: mulher cis
pronomes: ela/dela
orientação sexual: pansexual
altura: 1,72 m
º ✧ 。━━ 𝐓𝐑𝐈𝐕𝐈𝐀
Uma das primeiras coisas que Hades disse para ela foi "Se cuida". E até hoje não sabe se isso foi uma ameaça ou não.
Membro do time vermelho de arco e flecha. Líder do time vermelho de queimada.
Suas habilidades são velocidade sobre-humana e sentidos aguçados.
º ✧ 。━━ 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑
Seu poder é chamado de Flor das estações - Inverno/Outono.
NÍVEL I - De forma passiva, seu poder a faz mais forte e ágil durante os meses de outono e inverno. Isso acaba afetando outras partes da sua vida, como: Atividades do dia a dia, o que costuma comer, como reage a situações inesperadas, etc. Nos outros meses do ano, sua imunidade fica mais baixa, e sua energia durante o dia também é afetada.
NÍVEL II - Após cinco anos de treinamento, descobriu os usos ativos de seu poder. Soube que poderia usar flores vivas e mortas relacionadas a suas duas estações de três maneiras: Ataque, Defesa e Cura. Em sua forma de ataque, as pétalas se tornam pequenas adagas, podendo ser arremessadas. Essas adagas são poderosas, porém frágeis, podendo ser arremessadas apenas uma vez. Elas parecem ser feitas de resina transparente, com as pétalas das flores, ou flores inteiras, podendo ser vistas em seu interior. As folhas das flores viram um escudo do tamanho de seu antebraço. E, se adicionadas a uma poção ou garrafa de água, dá um acréscimo de cura. Nesse nível, conseguia apenas atacar. Todos os outros falhavam em segundos. Chegou a esse nível com 14 anos.
NÍVEL III - Em seu oitavo ano de treinamento intenso, conseguiu manter a defesa e usar o ataque ao mesmo tempo. Além disso, o chá que faz com as flores das estações relacionadas a seu poder dão leve efeito curativo. Não conseguiu mais dar efeito curativo a poções já prontas. Alguns dizem que faz efeito, mas a diferença é tão pequena que Ellie prefere ignorar. O chá curativo que faz para si mesma ajuda a amenizar os efeitos negativos que sente nos meses de primavera e verão. Mas em compensação, Camelia fica cansada muito mais rápido quando o toma, e a sonolência bem mais agressiva depois de algumas horas. Chegou a esse nível com 17 anos de idade.
º ✧ 。━━ 𝐀𝐑𝐌𝐀
Uma espada de ferro estígio. Recebeu de Hades em uma de suas primeiras missões, ao ir ao submundo. λεπίδα του ἀσφόδελος que significa lâmina de asfódelo. Camelia nunca soube se seu nome vem do lugar no submundo, ou das flores do gênero Asphodelus. Hades não se explicou ao lhe dar a espada, e nunca teve a oportunidade de perguntar se esse era mesmo o nome da arma (ou só um título, apelido, introdução, explicação de onde vinha…?). Quando não está usando, se transforma em um anel no formato de uma serpente preta. Camelia tem a sensação que a posição da serpente muda toda vez que volta a essa forma, mas não tem provas e não acha que isso importe muito.
º ✧ 。━━ 𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐎𝐍𝐒
BongGyu tinha uma profecia. Essa era a única coisa que as pessoas ao redor sabiam. Tal profecia estava relacionada a sua morte e ao acampamento. O homem, filho de Tânato, com apenas 20 anos na época, sabia que mais cedo ou mais tarde morreria protegendo o acampamento. Essa era a única certeza em sua vida. Por um período da sua vida não se importou. Ia de bom grado a missões, ajudava ao máximo de semideuses e outros seres mitológicos que conseguia. O rumor do semideus que paquerava ninfas corria solto. Ninguém entendeu muito bem o que aconteceu quando, após longos quatro anos afastado do acampamento, BongGyu voltou com duas crianças gêmeas no colo. Ele dava certeza que eram filhas de Perséfone, e não demorou muito até a confirmação vir. Mas tão de repente que voltou, foi embora, mas dessa vez sozinho.
Camelia podia ver nos olhos da irmã que ela não o considerava seu pai. Talvez um tio, um tio muito querido, mas ainda assim um tio. Nos breves dias que passava no acampamento antes de sumir de novo, BongGyu achava que aquela era a melhor opção, pela segurança das filhas. Desde que não ficasse muito tempo ali, sua maldição não faria efeito e o acampamento não estaria em risco. O que ele não sabia era que aquilo nunca tinha sido uma maldição. Morrer na Guerra de Gaia sempre foi seu destino.
Não sabe o ano exato que percebeu os efeitos passivos de seu poder. Os instrutores notaram muito antes de Camelia ao menos desconfiar de alguma coisa. A forma como ela e a irmã pareciam sempre revezar ao longo do ano quem ficava mais suscetível a ficar doente, quem tinha melhores resultados nos treinos. Não demorou muito para notarem o padrão de duas estações para cada. Enquanto Camelia fica mais ágil, mais resistente, durante os meses das estações Outono e Inverno, sua irmã gêmea parecia ficar mais letárgica, com sono frequente. E nos meses das estações Primavera e Verão, o cenário é invertido.
Exatamente um mês após a queima de sua mortalha, Camelia entrou caminhando no acampamento. Estava fraca, machucada, desidratada, cansada, doente, mas viva. Há três anos atrás, a semideusa e mais outros dois campistas saíram para uma missão. Era para ser algo simples. Investigar atividade suspeita de algumas ninfas em uma cidade fronteira com o Canadá, buscar alguns ingredientes para poções era um bônus. Precisaram da ajuda de Proteu, mas nada era de graça. Para pagar por esse favor, precisavam buscar um item mágico em uma ilha no Mar de Monstros. Durante uma batalha com Charybdis, Camelia e um de seus colegas caíram do barco pouco antes dele começar a afundar. Desorientados, machucados, com fome, sede. Ficaram a deriva no mar por alguns dias até alcançar a costa da Carolina do Sul. Quando finalmente voltaram ao acampamento, descobriram que o corpo de seu colega foi levado pela maré (em compensação de não ter realmente lhes ajudado durante a missão).
Desde sua última missão, Camelia não saiu do acampamento por um momento sequer. As lembranças nos fragmentos do barco destruído ainda assombram seus sonhos, e é claro como ainda não está preparada para sair em missão novamente. Ou estaria claro se Camelia não fosse tão teimosa. Insiste que não saiu por escolha própria, e que prefere ajudar o acampamento de outras formas. O que todos sabem que é mentira. Todos ao seu redor sabem de seu trauma, todos sabem como mentir que nada aconteceu pesa em sua mente. Que, exatamente por falar que nada aconteceu, alguns semideuses ainda a culpam pelo fracasso da missão. Mas o assunto é proibido no chalé de Perséfone, proibido aonde vá e até onde sua audição alcança. Quer arranjar uma inimizade feia com Camelia? Pergunte sobre essa missão.
º ✧ 。━━ 𝐖𝐀𝐍𝐓𝐄𝐃 𝐂𝐎𝐍𝐍𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍
* Camelia é pansexual, então todas as conexões de romance são independente de gênero.
Outro sobrevivente da missão no Mar de Monstros. Essa conexão está bem aberta para escolha, na verdade. Se quiser, eu mando mais detalhes sobre essa missão (ou a gente inventa junto porque eu sou péssimo nisso). Mas basicamente eles foram nessa missão há três anos atrás e Ellie e muse caíram do barco antes dele afundar. Dessa missão, só muse e Camelia voltaram vivos.
(Semideuse mais velhe) Quem mais se responsabilizou por ela e pelo irmã quando as duas eram crianças. Camelia vê essa muse como uma figura paterna/materna.
ocupado Semideuse que Camelia não suportava, não se davam bem de jeito nenhum. Mas depois de uma boa trocação de soco, começaram a se aturar, e hoje em dia são amiges. @/santoroleo
(Chalé de Perséfone) Outre semideuse do mesmo chalé que não entende como Camelia acabou se dando tão bem com Hades. Se tiver algum problema com Hades, melhor ainda -q
ocupado (Chalé de Poseidon, ou algum outro chalé relacionado ao mar) Está tentando superar seu medo pelo mar. Dependendo do dia, até pisar na areia da praia a deixa enjoada e com coração palpitando. Joseph a ajuda como pode, alguns dias são mais promissores que outros. @/d4rkwater
Todos acham que estão em um relacionamento, mas ambos negam. Na verdade Camelia tem um crush em muse há muito tempo mas não quer admitir. Fica em aberto se muse gosta da Camelia desse jeito ou não.
Ex-relacionamento. Foi um dos que mais se enlutou quando Camelia suspostamente tinha morrido. Eles estavam em um relacionamento na época, e muse já estava pensando em separar mas não tinha coragem em tocar no assunto. E quando Camelia voltou depois da missão teve menos coragem ainda. Mas a relação não estava mais funcionando e muse pediu o término. Eles nunca sentaram e falaram sobre, então ainda tem essa aura de ressentimento, mágoa.
CRÉDITOS
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flaneur-poetico · 4 months ago
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O ENTERRO DOS VIVOS
(Para T.S. ELIOT)
Agosto o mais cruel dos meses ... Floresce ipês amarelos, roxos Folhas caem ao vento Poeira nos olhos Portas batendo “Lilases da terra morta, mistura Memória e desejo, aviva Agônicas raízes com a chuva da primavera.” Uivos de cachorro louco Uivos do lobo-guará Quarto vazio Queda no poço Cruel Moloch que esmaga meu celebro Ser que vaga pela seca de meu corpo Espinhos crescem em meu coro e a grossa saliva da salamandra escorre pelo boxe do banheiro malcheiroso.
Marcos Antonio de Menezes
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clonazepao · 2 months ago
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Trilhas na Lagoa das Memórias
Uma garota bateu à minha porta, e seus olhos e cabelos eram uma imagem dolorosa daquela que eu tentava esquecer, cujo nome nunca ouso pronunciar em voz alta, por conta da minha tristeza. O tempo se torce cruelmente ao meu redor, e cada momento é uma tortura ao lembrar de quem se foi. Oh, como eu queria que você estivesse aqui; clamo ao céu: por que me tiras tudo o que é mais precioso?
O álcool, que deveria ser um consolo, revela-se um cruel lembrete, trazendo à tona memórias que nunca deveriam ter existido. Cada gole é uma faca que reabre feridas que jamais cicatrizarão, misturando realidade e borrões de lembranças. No fundo do copo, encontro um fragmento do seu riso perdido, uma sombra daquilo que fomos.
Em noites como esta, onde a solidão pesa sobre meus ombros como um fardo interminável, imagino um caminho alternativo. Talvez, se você se afastasse, se caminhássemos sobre um lago congelado ou sobre folhas mortas do outono, eu poderia, de algum modo, encontrar um pedaço de nós que se perdeu. Caminhar sobre essas folhas seria como tentar reescrever o passado, um gesto fútil, mas desesperado.
Meu coração, quase em ruínas, clama por um último vislumbre de você. Se eu pudesse ressuscitar apenas para ver seus olhos uma última vez e ouvir sua voz, ainda fresca em minhas memórias, mas ausente dos meus dias. Cada dia sem você é um deserto sem fim, onde cada passo é uma dolorosa lembrança de sua ausência.
E assim, enquanto a garota se afasta e o silêncio se instala novamente, vejo-me sozinho com minhas lembranças e lamentos. O vazio que você deixou é uma presença constante, uma sombra de uma história que nunca teve um final feliz. Continuo aqui, aguardando uma reconciliação impossível, agarrando-me ao último fio de esperança que o tempo possa devolver o que foi perdido. (Dandelion)
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amarionetista · 1 year ago
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Clichê ou mal entendido?
Em um dos seus intervalos na enfermaria de Hogwarts Cha se encontrava terminando um dos trabalhos de Transfiguração, sua mão no automático, escrevendo todas as palavras que lhe vinham à mente no momento, depois que voltasse ao dormitório a leria e veria qual palavras manter e cortar quando fosse passar a limpo no pergaminho.
  Sempre foi assim enquanto conciliava seus deveres escolares com a ajuda que oferecia a madame Pomfrey na enfermaria, mas dessa vez havia algo em sua mente que bagunçava esse equilíbrio que Chiara tanto zelou para manter. Seus olhos saíram da folha e pararam na pena que segurava em sua mão.
  Ela era nova e havia sido um presente de Penny, uma Lufana gentil e popular. Chiara também era da Lufa-lufa e conhecia Penny tão bem quanto toda Hogwarts. Tudo que Chiara sabia sobre Penny antes era que ela era a melhor com poções e também era conhecida e querida por praticamente todos da escola.
  Mas quando Melissa, uma das melhores amigas de Penny se aproximou dela durante o ataque de Fenrir Greyback a escola, na noite de Halloween, isso criou uma ponte entre elas.
  Um fato sobre Chiara que somente quem ela confia totalmente sabe é que a jovem bruxa é um lobisomem. Penny parecia ter sido atingida por uma maldição imperdoável quando soube disso. Melissa contou a ela depois que uma amiga de infância de Penny fora morta por um lobisomem e isso gerou nela um pavor completo de lobisomens.
  Com isso em mente, Chiara estava pronta para que Penny se afastasse, que ela não quisesse tê-la por perto, como se a visse como uma bomba relógio prestes a explodir.
  Mas não foi o que aconteceu. Talvez ser amiga de Melissa tenha dado a Penny coragem o suficiente para dar a ela um voto de confiança, mesmo que o fato de Melissa correr riscos desnecessários e que isso sempre se voltava contra ela não fosse algo conhecido por poucas pessoas.
  Apesar disso, a amizade entre elas cresceu. Com Penny parecendo cada vez mais relaxada perto de Chiara, sorrindo quando a encontrava na sala comunal da Lufa-lufa.
  Mais cedo naquele ano elas se encontraram no Beco Diagonal para as compras de material daquele ano e decidiram visitar as lojas juntas. Penny então se perdeu em um loja cheia de ingredientes de poções, seus olhos brilharam quando ela praticamente arrastou Chiara para dentro e encheu seu caldeirão até a boca de ervas, penas, ferrões e outras coisas.
  Do lado de fora Chiara notou como Penny lutava para segurar todo o peso extra que havia adquirido com a última compra, sem pensar muito ela lhe estendeu seu caldeirão dizendo:
— Coloque seus livros aqui. Eu carrego eles para você.
  O rosto de Penny explodiu em tons vermelhos e ela gaguejou uma pergunta para Chiara, dizendo também que poderia levar tudo se ficasse muito pesado.
— Está tudo bem, Penny. — Chiara sorriu para ela, um costume que havia pego para convencer pacientes teimosos a tomar seus remédios. — Eu sou mais forte do que pareço. 
  Com isso Chiara agora tinha os livros de Penny dentro de seu caldeirão também, estava realmente pesado, mas Chiara não queria dizer nada sobre isso depois de ver o sorriso agradecido de Penny.
  Talvez tenham visitado mais uma ou duas lojas quando Penny parou diante uma vitrine muito bem polida e com letras douradas anunciando materiais para estudantes de Hogwarts.
  Penny lhe disse para esperar do lado de fora, que ela não demoraria e então correu para dentro. Chiara ficou lá, tentando pensar no que Penny compraria, pois se lembrava de ter visto pergaminhos em seu caldeirão quando se encontraram. 
   Quando voltou Penny entregou a Chiara um embrulho elegante que continha cinco belas penas brancas. Chiara olhou para boquiaberta, lutando para fazer as palavras saírem como ela queria, mas Penny foi mais rápida em dizer:
— Fique com elas, Chiara. É um presente.
  De volta a realidade Chiara sentiu seu coração bater um pouco mais rápido com a lembrança, cada detalhe tão vivido que era quase como se ela pudesse sentir o perfume de Penny caso se esforçasse um pouco mais.
— Ah não, de novo não. — Ela ouviu madame Pomfrey exclamar enquanto avistava Melissa adentrar a enfermeira. Seu queixo e mãos estavam machucados, como se tivesse caído e os ralado.
   Prevendo o sermão que sua amiga tomaria se madame Pomfrey a atendesse Chiara deixou a pena e o pergaminho de lado e correu até Melissa, a puxando para um banquinho próximo a porta.
— Estava duelando com Mérula novamente? — Chiara perguntou enquanto limpava os machucados antes de lançar o feitiço certo.
— Você sabe como ela é…hunf…sempre querendo ser a maior bruxa de Hogwarts.
— Ainda sim é estranho você sempre aceitar duelar com a sua namorada. Ela não pode pedir isso a Diego ou a outro alguém?
— Mas é divertido vê-la feliz quando ganha. — Melissa comentou com olhos brilhantes. — É bom ver o sorriso em seu rosto.
  Chiara apertou os dedos em volta da sua varinha, o hábito de guardá-la no bolso de trás de sua calça esquecido e perdido em algum lugar de seu cérebro quando a memória do sorriso de Penny lhe surgiu como uma forte luz ligada no escuro.
— Está tudo bem, Chiara? — Melissa perguntou preocupada.
— Preciso de dicas. — Chiara disse antes mesmo de pensar direito.
  Desde que recebeu o presente de Penny havia aquela sensação de que necessitava retribuir, que também deveria dar algo a Penny. Não era uma sensação de obrigação, mas Chiara sentia que queria retribuir o gesto.
— Bom, me deixe pensar — Melissa disse enquanto deixava a mente viajar por alguns momentos. — Você sabe, Penny é uma excelente preparadora de poções…
  Isso trouxe a Chiara uma memória, ela se lembrou de quando Rowan e Melissa lhe contaram algumas de suas aventuras, como a vez que Rowan distraiu o professor Snape para que Melissa pudesse roubar um dos ingredientes da sala.
— Não iremos roubar nada do Snape. — Chiara pediu depressa, fazendo os olhos de Melissa se abrirem mais por conta da surpresa. — Ele me ajuda tanto com a poção do Acônito. Não quero estar em maus lençóis com ele. 
— Não, não Chiara. Não vamos roubar nada dele. Eu iria dizer que Penny tem que lidar com diversas ervas e outras plantas, acho que ela pode gostar de receber flores. McGonagall nos ensinou um feitiço que invoca um buquê. Posso praticar com você.
— Agradeço. — Chiara sorriu. — Mas se vou dar flores a Penny acredito que seria muito mais significativo colhê-las eu mesma.
— Então tente colher margaridas. Tenho certeza que ouvi Penny dizer a Rowan que as adorava.
Após isso Chiara teve muito com o quem ocupar sua mente, a lição de transfiguração esquecida por um momento, ainda tinha dias o suficiente para terminá-la e isso certamente não ocuparia tanto tempo.
  Então ela decidiu começar a trabalhar. Foi até Hagrid e lhe pediu algumas poucas abóboras para preparar doces e bebidas e o guarda caças pareceu mais que satisfeito em ajudá-la a encontrar as abóboras do tamanho certo.
  Agora ela estava nas pradarias das criaturas, longe o bastante dos pelúcios para que os copos e talheres não lhe chamassem a atenção. 
   Ela havia colhido flores naquela manhã e as embrulhado cuidadosamente em um papel amarelo com um laço branco que Diego a ajudou a fazer. Suas mãos ajeitando tudo ao seu redor na tentativa de se distrair daquela ansiedade que a situação trazia.
— Chiara! — Ela ouviu Penny chamar alegremente enquanto se aproximava. As vestes do uniforme deram lugar para uma camisa verde água folgada e um short jeans branco. — Recebi sua coruja. Você queria me…
  Penny congelou onde estava, olhando toda a cena com um leve espanto em seus olhos. Chiara então se aproximou.
— Eu queria fazer algo especial para você. — Chiara disse enquanto lhe entregava o buquê. 
— Isso tudo é para mim? — Penny perguntou incrédula, mas um sorriso surgindo em seus lábios, o que ajudou Chiara a relaxar.
— Uhum. Você merece e eu realmente queria que fosse perfeito.
  O rosto de Penny explodiu em vermelho, um contraste e tanto com seu cabelo loiro.
— Eu queria fazer isso a um tempo. Você é encantadora, legal e engraçada. Eu tenho sorte de alguém como você gostar de passar tanto tempo comigo. Por isso eu gostaria de te…
   As palavras de Chiara morreram na garganta uma vez que Penny acabou com a distância entre elas, seus lábios no dela em um beijo casto, uma das mãos de Penny estava em seu rosto, a palma de sua mão era quente e Chiara sentiu que podia ter se perdido na sensação se a surpresa não fosse maior do que tudo naquele momento.
  Foi só então que Chiara entendeu o mal entendido que havia criado. Flores, um piquenique e todas as palavras que escolheu para dizer, onde deixava o agradecimento pelo presente por último. Tudo praticamente gritava um cenário de confissão amorosa da mais clichê possível.
   Penny notou a mudança da energia e se afastou, seu sorriso fugiu de seu rosto e agora era uma expressão triste e preocupada em seu rosto.
— Chiara. Chiara, o que houve? Você não gostou?
  Chiara ainda estava em seus pensamentos. A surpresa foi embora, deixando uma sensação estranha nela. A conclusão de Penny foi a errada, mas ela realmente se importava com isso agora? Ela realmente sentia a necessidade de puxar a situação toda para o plano inicial após uma mudança tão grande?
  Chiara não sentia a necessidade. Talvez, se fosse mais honesta consigo mesma, ela notaria que estava até mais feliz por essa mudança, ela apreciava esses ventos da mudança.
  Então ela tornou a se aproximar, seu rosto perto o suficiente de Penny para ela sussurrar:
— Eu queria te agradecer pelo seu presente antes, mas…acho que gosto mais de como você leu a cena toda.
  Então Chiara beijou Penny novamente, mãos se perdendo nas madeixas loiras da outra Lufana. 
  Penny sentia seu peito prestes a explodir de felicidade. Se tivessem dito a ela, alguns meses atrás, que ela estaria sendo beijada por uma lobisomem e que estaria gostando ela diria que não havia gostado da brincadeira. Mas agora ela estava lá com Chiara e tudo só parecia perfeito.
  Chiara era perfeita.
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amamaia · 4 months ago
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Na despedida do inverno-ventania
Essa noite sonhei com minha Mãe da Floresta e seu ninho estava pronto, todo em clara prata de lua derramada, pra despedida do inverno soproso. Era um lugar pra muitas gentes, mas naquele momento estávamos sós. Ela me disse, segurando em meu queixo salgado de lágrimas, que nada aqui se sustenta só. É preciso lembrar das folhas, das mentes, dos atrevimentos. Já deveríamos estar mortas, Ela disse. Você e eu. O que mais você ainda espera? Seus grandes olhos esmeralda eram de sorriso firme. Deu tesão. Eu sabia que deveria dizer adeus a tudo o que precisa ficar pra chegar à terra debaixo da terra e banhar-me do sangue das Antigas mais uma vez. E eu quero. Eu sempre quero. .xxx.
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40602026 · 7 months ago
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tenho medo
Mais vale um amor por acontecer porque fica sempre inteiro e belo. Mais vale tudo por acontecer.
Amar alguém em sonho sem alguma vez lhe tocar é mais belo do que sentir-lhe a pele e os olhos a rir. Não te sei explicar bem porquê. Talvez seja porque a antecipação de alguma coisa sempre foi para mim a contemplação plena da natureza verdadeira do que vejo. É por não tocar que lhe sentes a consistência elástica, a firmeza suave regular. É ao veres os olhos ao pé de ti e o cabelo a cair perto de ti que mais te sentes afastado dela, da vontade de lhe sentir o cabelo e o olhar terno. Ao longe tudo se torna mais bonito.
Nas minhas memórias amei verdadeiramente, de forma dedicada e plena. Foram, nas minhas memórias delas, presenças aladas ao meu redor, mas sem nunca se mexerem ou falarem - eram ausência de tudo o que as pudesse diminuir, nem discursos nem gestos; muito menos traições e fugas.
Antes de tudo é que é o tudo.
O sofrimento revela-te o segredo de todas as coisas, mas o segredo de todas as coisas é a ausência delas, é elas nunca serem; é elas poderem ser um dia e nunca chegarem a ser. É esperarmos por elas enquanto desesperamos e depois perdermos a esperança delas chegarem a nós. O sentimento que nos invade quando desesperamos é também antecipar outro sentimento ainda pior e mais inteiro que se segue e esse é que é o sentimento inteiro.
Do que me lembro era tudo perfeito. As suas mãos nas minhas, a certeza da presença sem horário ou obrigações, uma dedicação sombria e morna de primavera tardia. Sem ter para onde ir porque a nossa casa eramos nós os dois sem falarmos. A tristeza disto ser tudo uma doença não me leva a desistir de o pensar mais intensamente ainda - sei-me perdido nestes pensamentos absurdos que aniquilam a acção de algum substituto mais duro e persistente. O sonho vai e vem e nunca se concretiza realmente, por isso é que ele é tão belo, porque nos escapa gelatinoso, horrível.
Queria amá-las hoje como se fossem só uma sombra enorme impossível de abraçar. Juntam-se indistintas moles e quentes, acolhedoras e familiares. Ela - a sombra - a amante ideal, sem feições e bela, sem voz e aterradora num grito. Nem sei o que digo.
Antes é que é verdade. Antes de acontecer alguma coisa.
Antes de tudo a plenitude de tudo, porque potência. Já feito apagado e fraco, diluído.
As estrelas eram maiores e mais brancas antes de se formarem, com a energia ainda por perder no processo de se tornarem o que são. O que são nunca será inteiro. Nunca será O QUE ELAS PODERIAM SER.
Hoje despedi-me de todos outra vez, mas ninguém se despediu de mim. Há uma indiferença cruzada que corre pela minha vida de janelas abertas. Tenho medo de pertencer a alguma coisa que me roube à esperança de um regresso a um mundo perfeito.
A sombra, sempre a sombra enorme.
Lembro-me de estar sentado do outro lado da grande sala de jantar num hotel ao pé do mar, de olhar para ela na mesa ao longe e de achar tão perfeita e bonita, os seus olhos verdes e a sua pele clara, o cabelo louro escuro. Era sempre quando a vida ao longe que a amava mais profundamente. Ao perto ela não era a mesma pessoa, não era a mulher feita pose de um quadro ao longe contra uma parede branca com andorinhas penduradas em arte esquisita. É ali que ela permanece perfeita, sem vida que possa ter ou sequer respiração. Ela não sabe nem pode alguma dia adivinhar esta natureza morta feita da vida dela. Nem interessa. Ela vive ali em quadro-estado. Parada. Inteira. Linda. Magnífica. Imperturbável, de meio sorriso feito para um estranho qualquer e eu a vê-lo só de soslaio. Ela é o ideal que eu fiz dela e de que nunca me consigo livrar quando penso em amar alguém, mas fazendo desse amor algo impossível de tocar.
Queria escrever hoje sobre perda e em vez disso perco-me no que escrevo.
Estou às vezes meses sem escrever nada. Venho para o meu quarto que dá para a rua e, com a janela aberta, sinto as folhas de papel entre os meus dedos vazias sem olhar para elas. Estranhamente tenho-me sentido melhor no silêncio. O silêncio de fora invade-me. Há momentos em que estou em paz com a casa, a rua e a janela; em que tudo faz um sentido oblíquo qualquer que eu não sei definir bem. No entanto, a minha presença fantasma volta sempre com um arrepio. Talvez seja bom nós nunca conseguirmos ser verdadeiramente naturais. Algo nos rejeita. Algo nos reconhece errados.
Estou tão cansado.
Hoje, mais uma vez, muito cansado de tudo.
Tenho medo e ninguém que me ajude.
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eroscandy · 5 months ago
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i'll carry you out of this mess. + @magicwithaxes
Candace não era uma patrulheira. Pelos deuses, ficar dando voltas pelo acampamento em busca de ameaças? Ficar de alerta para trocas de turno? Não. Seus ciclos eram sagrados, assim como uma boa noite de sono e a preservação de suas roupas. Contudo, aquele choque de realidade do Baile - e a destruição do seu perfeito vestido - colocou-a em tal estado de preocupação que o arco dourado estava sempre em mãos. Uma flecha igualmente metálica pronta para ser atirada, uma rosa explosiva atrelada à ponta penada. As botas de salto alto não faziam som entre as folhas mortas e galhos caídos, seus passos buscando as raízes firmes para saltar. E... ╰ ♡ ✧ ˖ É de extrema sorte sua ser encontrada por mim, senhorita Pavlova. Não estou inclusa no revezamento de proteção, mas sinto que um certo alguém teria opiniões muito fortes com isso. ♡ ˙ ˖ ✧ Floreou o ar, a envolvendo, a ponta da flecha deixando um rastro dourado e perfumado. A filha de Eros fez barulho ao se aproximar, ficando de lado para a bolsa extra se fazer vista. ╰ ♡ ✧ ˖ Mas me poupa tempo. Eu estava indo para seu chalé entregar o que eu prometi no parque. ♡ ˙ ˖ ✧ O focinho pontudo saía da abertura da bolsa, o corpo largo e fofo fazendo volume na silhueta esguia de Candy.
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ohmurphy · 2 years ago
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Starter para @slccpylixn na Estufa.
A lavanda estava morta! Ou quase isso. A querida planta trouxa de Alice, recordação de sua amada casa, estava cada vez mais amarelada e murcha. Nenhum feitiço ou poção parecia capaz de salvá-la e embora Murphy não fosse tão ruim em herbologia, achava que uma visita a estufa poderia fazer bem. Quem sabe tivesse algum super adubo? “Você vai ficar bem, certo? Todo mundo passa por uma fase ruim.” Comentou com a lavanda ao colocá-la em cima do balcão, o aroma tomando o ambiente. A primeira providência seria tirar as folhas secas e... Alice se virou ao ouvir passos, deparando-se com Frank. Tinha alguns dias que não falava com ele, desde a noite na biblioteca, mas não era por querer. Tinha estado ocupada. Contudo, não havia deixado de pensar ou sonhar com o Longbottom. Na realidade, estava até um pouco envergonhada por ter pedido um beijo. Sentia-se um tanto rejeitada, mas não queria deixar que afetasse a amizade de ambos. “Oi, Frank.” Alice deu um sorriso pequeno para ele. “Como está? Nem te ouvi chegando.” Tinha percebido os passos apenas quando estavam perto demais.
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domquixotedospobresblog · 1 year ago
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Perguntei para o meu tio porquê tantas árvores na terra,me disse que cada folha era a linha da vida de um ser humano,e cada uma que caia e assim que tocava no chão era uma vida que se encerrava,isso me fez sentar muitas vezes debaixo delas e olhar quando uma ou outra caísse,foi nesses momentos que percebi minha sensibilidade,as lágrimas e a dor vinham quando uma delas tocava ao chão,morava em meio a calipais e a cada dia tinha mais folhas forrando o chão,mais parecia um tapete de pessoas mortas, esse era meu pensamento,nem andei por alí até ficar mais velho,seria um desrespeito aqueles que se foram, lembro que minha irmã adoeceu e corri para debaixo delas e corria atrás de cada uma que estava caindo,pegava o máximo que podia e colocava no bolso,uma poderia ser a vida de minha irmãzinha, enquanto ela não se recuperou cada dia de ventania meu coração se mantinha numa angústia de enlouquecer,com o tempo sentia que não poderia salvar a todos, só sei que quando meu pai se foi eu ficava olhando cada folha que e o vento levava em minha direção,poderia ser meu pai me dando um último adeus,um dia eu estava deitado no relvado e uma delas levada pelo vento pousou no meu peito e do nada senti uma paz,sem pensar disse assim com um sorriso no rosto, também sinto saudades meu velho,sempre respeito as árvores hoje em dia,pois sei que elas mantém muitos corações a bater por amigos e amores.
Jonas R Cezar
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3mocionado · 7 months ago
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Antes de mais nada, isso não é sobre você. Isso é sobre mim. Até onde sei, a única culpa que carrega é a do medo e da ignorância. Você não sabe lidar com problemas, você foge. É humana.
Então eu tenho me perguntado: o que fica quando se passam os bons dias, quando o trabalho é exaustivo e não há mais energia para gastar um com o outro. O que fica quando não há mais assunto, quando a intimidade começa a incomodar e desejamos maior individualidade, ao mesmo tempo que tememos ser mal compreendidos. O que fica quando não há acordo? Quando não há consenso?
É por isso que vamos e voltamos tantas vezes? Só gostamos do início, do céu aberto, do café ainda quente, dos dias de praia? Sabe, eu realmente gostava mais quando não tinha você sempre. Encontrá-la casualmente, não ter notícias suas, não ser você a primeira pessoa a ver pela manhã evitava que eu tivesse de lidar com muita merda. Minhas merdas.
Haverão dias frios e solitários, haverão folhas mortas e louça a lavar. O que faremos com eles?
Sei lá, na pior das hipóteses, isso tudo vira poesia.
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meninadobanheiroazul · 1 year ago
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autorretrato
um tronco de uma árvore morta
uma página em branco
um lençol amarrotado
um paradoxo de antíteses precipitadas
uma caixa velha de mudança
esquecida
empoeirada
assim sou, mas, ao olhar com atenção encontrará em letras miúdas, no rodapé da página “me preenche”.
não se engane, já fui rica em letras, histórias, músicas, cores, mas nada parece se encaixar de tal forma que a única opção foi apertar o
Deletar
uma planta seca, uma árvore retorcida
uma folha de papel amassado largado no canto do quarto
consegue ver?
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