Se eu puder me tornar um romancista, não me importo de não ser mais amado por ninguém, como uma troca equivalente.
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Me quebrei
Me quebrei em tantar salvar alguma coisa sobre nós. me perdi. me desconheci e hoje já não sei quem sou. tudo o que queria ser e fui era quando estávamos a sós, você e o nosso silêncio. antes era a nossa troca de olhar e as respirações em sincronia. antes os meus batimentos eram de forma descontrolada e hoje eles são simplesmente batimentos. tentei salvar isso, pequenos momentos que queria ter a oportunidade de viver todos os dias. tentei salvar uma história que sabia que iria acabar comigo. tentei sobreviver. tentei não chorar quando acabou. tentei não gritar quando você me deixou, mas falhei e ando falhando miseravelmente.
Ando tentando me reconstruir, colar os pedaços que ficaram no chão depois que você resolveu ir embora. que erro grotesco salvar quem não quer ser salvo, estender a mão pra quem não quer segurar, modificar e mudar as coisas de lugar pra tentar começar algo novo, me desfiz e me refiz pra tentar pelo menos te dar motivos pra ficar, mas a simples mudança não era o suficiente. não foi o suficiente. nunca será o suficiente.
Mas apesar de tudo, aprendi e reconheço que errei em tentar ser o salva vidas do nosso amor, reconheço que esperei demais de você, reconheço que tudo que senti, senti sozinha, reconheço que você sempre quis ir embora e hoje reconheço que fiz a melhor escolha, escolhi te deixar ir. escolhi não tentar salvar a sua presença constante em minha vida, salvar você das dores do mundo, mas apesar de tudo, valeu a pena me salvar de você e não me quebrar mais daqui pra frente. o fim de tudo pra mim ficar bem valeu a pena.
— Elle Alber
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Trilhas na Lagoa das Memórias
Uma garota bateu à minha porta, e seus olhos e cabelos eram uma imagem dolorosa daquela que eu tentava esquecer, cujo nome nunca ouso pronunciar em voz alta, por conta da minha tristeza. O tempo se torce cruelmente ao meu redor, e cada momento é uma tortura ao lembrar de quem se foi. Oh, como eu queria que você estivesse aqui; clamo ao céu: por que me tiras tudo o que é mais precioso?
O álcool, que deveria ser um consolo, revela-se um cruel lembrete, trazendo à tona memórias que nunca deveriam ter existido. Cada gole é uma faca que reabre feridas que jamais cicatrizarão, misturando realidade e borrões de lembranças. No fundo do copo, encontro um fragmento do seu riso perdido, uma sombra daquilo que fomos.
Em noites como esta, onde a solidão pesa sobre meus ombros como um fardo interminável, imagino um caminho alternativo. Talvez, se você se afastasse, se caminhássemos sobre um lago congelado ou sobre folhas mortas do outono, eu poderia, de algum modo, encontrar um pedaço de nós que se perdeu. Caminhar sobre essas folhas seria como tentar reescrever o passado, um gesto fútil, mas desesperado.
Meu coração, quase em ruínas, clama por um último vislumbre de você. Se eu pudesse ressuscitar apenas para ver seus olhos uma última vez e ouvir sua voz, ainda fresca em minhas memórias, mas ausente dos meus dias. Cada dia sem você é um deserto sem fim, onde cada passo é uma dolorosa lembrança de sua ausência.
E assim, enquanto a garota se afasta e o silêncio se instala novamente, vejo-me sozinho com minhas lembranças e lamentos. O vazio que você deixou é uma presença constante, uma sombra de uma história que nunca teve um final feliz. Continuo aqui, aguardando uma reconciliação impossível, agarrando-me ao último fio de esperança que o tempo possa devolver o que foi perdido. (Dandelion)
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Beijo Tóxico do Adeus
Deito sem sono, os olhos fixos no vazio da noite. A ansiedade pesa como uma constante opressão, mergulhada em dúvidas e lembranças. Por que é tão doloroso amar? Como se pode esquecer um amor que moldou cada canto do coração?
Decidi que teu beijo virou um veneno amargo para mim, e partir se tornou o único remédio. As lágrimas que derramo são um lamento necessário, o preço pela escolha de seguir em frente. Vejo casais ao redor, brigando e se reconciliando, uma sorte que me é alheia. Eles encontram caminhos de volta, enquanto eu me perco em uma saudade que me impede de avançar.
Eu queria retornar ao tempo em que nos apaixonamos, a um lugar onde a dor ainda não havia entrado. Imagino viver naquela lembrança, onde a felicidade parecia eterna e o futuro estava cheio de promessas. Mas essas memórias se dissipam como fantasmas, deixando-me com um desejo incessante de recuperar o que foi perdido.
Agora, entendo que essa decisão é inevitável. O beijo que um dia trouxe alegria é agora um lembrete cruel da dor, e partir é o único caminho que resta. Fecho os olhos, e embora o vazio persista, sei que a única forma de cicatrizar é deixar o passado onde ele pertence.
(Dandelion)
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O Silêncio das Tempestades
A tarde se dissolve em uma sombra úmida, e a chuva cai incessante, desenhando fios de prata nas janelas embaçadas. Cada gota parece carregar o peso de um tempo que se esvai, e eu me vejo perdido entre a cortina de água e o sussurro distante de dias passados. O som da chuva é um lamento constante, um lembrete de que o mundo continua, indiferente ao meu lamento.
A cada passo que dou sobre o chão molhado, sinto como se estivesse atravessando um véu de lembranças. As ruas, agora escorregadias e brilhantes, refletem uma versão distorcida dos meus pensamentos, como se a própria realidade estivesse borrada pela dor. As memórias vêm e vão como as tempestades, às vezes suaves e outras vezes devastadoras.
As sombras das árvores balançam sob o peso da chuva, criando padrões que se parecem com os contornos dos rostos que já amei e perdi. Há uma tristeza silenciosa na forma como as folhas se desprendem e dançam com o vento, como se estivessem seguindo o mesmo ciclo interminável de partir e retornar. Eu me sinto como uma folha caída, carregada pelas correntes de um destino que não compreendo.
Sentado à beira da janela, com o olhar perdido no borrão das ruas, sinto o peso de uma saudade que não pode ser traduzida em palavras. É como se a própria chuva fosse uma metáfora para as lágrimas que nunca foram choradas, uma lembrança constante do que foi e do que nunca mais será. A noite se aproxima, e a escuridão se faz mais profunda, mas a chuva continua a cantar sua canção melancólica, uma sinfonia de perda e esperança que nunca chega a se concretizar.
No silêncio que segue o crepúsculo, encontro um momento de paz amarga. O mundo exterior está encharcado, e eu, à sua mercê, descubro que até mesmo nas tempestades mais densas há uma beleza triste, um lembrete de que, apesar das dores e das partidas, a vida continua a se mover, levando consigo as memórias que, de alguma forma, permanecem.
(Dandelion)
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Vinho e Sangue
Sinto sua presença entre nós, mesmo quando você tenta se esconder na escuridão. Novamente, sou consumido pelo turbilhão dos meus próprios pensamentos, enquanto um rádio antigo preenche o ar com melodias dos anos 80. A música, um contraste cruel com o caos interior, só serve para amplificar a raiva que atravessa meu peito. Vejo através das cicatrizes em você; cada acorde é uma lâmina que corta fundo, trazendo à tona lembranças dolorosas que se agarram às minhas entranhas. A dor chora, e a solidão permanece.
Em um acesso de fúria, lanço a taça de vinho contra a parede. O vidro se estilhaça, e o líquido rubro se mistura ao sangue e às lágrimas que escorrem. A parede agora testemunha silenciosa da minha tormenta, um grito visual de um desespero que não pode ser contido.
Sinto-me marcado por cada dor, como se estivesse tatuando meu corpo com a própria agonia. A escuridão se aproxima, engolindo-me em seu manto pesado, e tudo o que resta é o resíduo distante de sorrisos enferrujados e uma sensação de perda interminável.
É doloroso encarar o fato de que nós dois mudamos, e que o que éramos se desfez como um sonho quebrado. A vida que eu levo agora é um labirinto de desilusão, onde cada tentativa de esquecer você só reabre feridas antigas. O que ficou para mim é um vazio que não pode ser preenchido, e o lamento de um adeus que não consigo deixar para trás. A realidade se impõe, e eu busco na escuridão uma forma de transformar a tristeza em algo que possa suportar, enquanto as memórias permanecem, como sombras persistentes, à espera de uma resolução que nunca virá.
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Meu Jardim Ordinário
Em meu coração, havia um jardim secreto, onde flores desabrochavam e murchavam ao ritmo das estações. Mas eu, um viajante incauto, andava por caminhos áridos, buscando por algo que parecia escapar entre os dedos como areia.
O inverno, com seu frio implacável, congelava meus sonhos, enquanto a primavera me prometia um renascimento que nunca chegava. Cada estação tinha seu próprio segredo, uma melodia de esperança e frustração que ressoava em cada pétala caída e cada raio de sol perdido.
A luz parecia sempre se esconder atrás de nuvens pesadas, e eu, cego pela minha própria busca, não via que o verdadeiro calor estava na aceitação das mudanças inevitáveis. O jardim interno florescia a seu próprio ritmo, indiferente às minhas ansiedades.
Assim, aprendi que a busca incessante por algo que não pode ser controlado apenas alimenta a saudade. O amor e a paz estavam ali, no ciclo contínuo das estações, no simples fato de permitir que o coração se adapte e encontre beleza em cada transição.
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A verdade é que ninguém nunca me terá como você me teve.
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se eu te falasse sobre a escuridão
dentro de mim você ainda
ainda vai olhar para mim como se eu fosse o sol ?
poemasdocaos
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Só existe alguém que se comporta como rei porque há quem aceita ser escravo.
Não é porque você está hierarquicamente abaixo, que deve aceitar ser tratado por baixo.
@merciapoeta me siga no insta <3
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Versos de mim para mim mesmo
Quando tudo ficar escuro, e você temer a escuridão… Não feche seus olhos.
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É sufocante, como ar que falta, Sentir tua ausência, pesada, amarga. O peito se aperta, a mente se cala, E o silêncio grita, a dor se propaga.
Queria poder te trazer de volta, Mas o destino, cruel, não permite. Resta-me apenas a sombra da falta, Que invade meu ser, me prende, me aflige.
E nada há que possa mudar Esse vazio que teima em ficar, Essa ausência que insiste em doer, Essa saudade que me faz perder.
É sufocante, não há como negar, Sentir tua falta e não poder agir, Só resta esperar o tempo passar, E com ele, talvez, a dor se diluir.
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Naquela madrugada, como em tantas outras, busquei escrever para acalmar meus sentimentos, mas, pela primeira vez, eles permaneceram em silêncio. Naquela noite, eu era como um vendaval silencioso, um silêncio doloroso que ansiava por se transformar em vento calmo.
Autoral: @andressatunes
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A palavra desculpa virou carta branca , na verdade, um convite pra você quebrar meu coração de novo.
E é por isso que não te desculpando ,eu vou estar fazendo algo que não faço há muito tempo:
Um gesto de amor por mim.
@merciapoeta me siga no insta <3
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Nos Espaços Entre Palavras
Eu me pergunto se você ainda pensa em nós, Nos pequenos momentos que compartilhamos. O silêncio entre nós diz mais do que eu poderia expressar, E eu fico aqui, buscando um sinal, uma palavra que não vem.
A vida continua, e as horas se tornam dias, Mas eu ainda me pego esperando uma mensagem, um “olá.” Cada palavra não dita se transforma em um peso, E eu fico aqui, na espera de um gesto que nunca chega.
Talvez, se eu tivesse conseguido dizer tudo o que estava em meu coração, Você ainda estaria por perto. Mas agora, só me resta o espaço entre as palavras, Onde o que poderia ter sido se perdeu na espera.
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O Fim Presente
Eu sempre soube, em algum lugar profundo, que nosso final era uma inevitabilidade. Não era uma questão de “se”, mas de “quando”. Mesmo assim, entreguei-me à esperança, mergulhei na ilusão de que algo real poderia surgir do que parecia ser um caminho tortuoso e destinado à ruptura.
Eu tentei com a intensidade de quem acredita no impossível. Fui guiado não pela certeza, mas pelo desejo ardente de que talvez, apenas talvez, nossas diferenças pudessem se fundir em algo mais forte. Cada esforço, cada momento compartilhado, era uma luta contra o destino, uma tentativa de redefinir o que eu sabia ser inevitável.
Agora, o que resta é a melancolia de uma tentativa que nunca teve chance. O vazio que sentimos é um reflexo da nossa compreensão tardia. O final, que sempre soubemos que viria, chegou para nos lembrar da fragilidade de nossas esperanças e da força do que já estava escrito nas estrelas.
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