Se eu puder me tornar um romancista, não me importo de não ser mais amado por ninguém, como uma troca equivalente.
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Eu quero deslizar meus dedos na tua pele e ouvir o barulho que a tua alma faz
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Tumblr, terra dos corações quebrados e cheios de tesão.
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A Ausência da Chuva
Às vezes, tenho a sensação de que já não há mais espaço para mim. Faz tanto tempo que a felicidade me escapou, que já não sei mais como ela se parece, como um perfume perdido no ar, como algo que passou sem deixar vestígios. Sinto falta de algo ou alguém, como o deserto sente a ausência da chuva que não vem.
Tudo parece perder o sentido quando a dor de perder alguém que amamos se instala, e o mundo se torna uma tela sem cores, onde tudo é raso, apenas reflexo. Como um lago que nunca tocou a profundidade, tudo à minha volta se resume à superfície, e as conexões parecem se tornar tão raras quanto um cometa, aparecendo apenas uma vez em séculos de escuridão.
Talvez seja assim… Como um trovão distante, no céu nublado que antecipa a chuva. Se for, me faça companhia, mesmo no silêncio da espera, mesmo no vazio que resta. Dandelion 12/12/2024
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No Caminho da Tempestade
O peso da saudade é um rio profundo, que corre sem se ver, invisível aos olhos mas que, ao seu toque, deixa o coração inundado. Cada lembrança, um fragmento de algo perdido, como estrelas que caem, e nós, cegos, tentamos alcançá-las.
O vazio se estende como um campo sem fim, onde o eco da minha voz é a única resposta. Tento me encontrar nas sombras que criei, mas elas me dizem: “não é aqui.”
E assim sigo, entre as palavras não ditas, e os gestos que nunca existiram. A vida parece uma mentira tão doce, uma mentira que me afaga, mas não me abraça.
E ainda assim, eu continuo a procurar no silêncio, na dor que me é familiar, como quem espera a tempestade que vai limpar a poeira do caminho.
Dandelion 12/12/ 2024
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De pouquinho em pouquinho fui perdendo alguns pedaços meus. Que foram embora com as dores que eu não soube gritar.
Lágrimas caem e meu rosto fica marcado.
Machuquei pessoas que prometi cuidar e proteger.
Outra lágrima caí, mas dessa dessa vez não é uma lágrima de tristeza.
Foi quando percebi de que eu era tão devastador e frágil, quanto uma onda que se quebra no oceano.
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Entre as Sombras do Meu Amor
A saudade me consome como se fosse a única coisa que eu soubesse sentir. Não há mais espaço dentro de mim para outra emoção. Tudo ficou pesado, tudo ficou cinza, mas não é um cinza qualquer; é o cinza daquilo que se perde sem aviso, do que se vai sem deixar sequer um adeus.
Eu lembro dos seus olhos, da maneira como você me olhava, e me pego aqui, sozinho, tentando entender o que foi que se quebrou. O que foi que desapareceu no meio de promessas não cumpridas e palavras não ditas? O amor não desaparece assim, de repente… Ou será que desaparece? Ou será que sempre esteve aqui, na dor, e eu não soube ver?
A cada dia que passa, mais me afundo nesse silêncio. Eu te vejo em tudo — no vento que bate na janela, no perfume das flores que nunca te mostrei, nas ruas vazias onde nossos passos ainda ecoam. O que é a ausência senão o eco daquilo que nunca mais vai voltar?
E se o tempo não me curar, se a saudade não me deixar, o que me resta? Talvez nada. Talvez eu me perca no meio daquilo que você deixou de mim, nas palavras que não consigo mais dizer, no amor que não cabe mais em mim, mas que ainda queima, como uma chama que arde sem se apagar.
Você se foi, mas continua dentro de mim, em cada pedaço que eu ainda não consigo devolver ao mundo. Talvez um dia, quem sabe, eu consiga respirar sem que o seu nome me faça falta. Mas, por agora, me deixo ir, me perco em cada pedaço de dor, e sigo tentando entender o que resta do que foi. O que sobra depois do fim de um amor?
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No Labirinto do Silêncio
As palavras que não foram ditas, os silêncios que ficaram mais altos do que qualquer grito. Eu já não me reconheço no reflexo do seu olhar, como se tudo o que foi construído se desintegrasse a cada instante. Talvez a dor de partir seja o que me mantém aqui, em um lugar onde não sou mais eu, mas não sei como sair.
Há dias que a falta de sentido se estende como uma névoa densa e impenetrável, e eu sou o único a caminhar nela, tentando respirar sem saber onde finquei os pés. Já nem sei mais se minha saudade é de algo que vivi ou do que eu queria ter sido. Eu continuo, mas sem pressa, pois nada mais parece urgir.
Eu olhei para a porta e vi você indo embora, como se o peso da sua ausência me tomasse antes mesmo de você se afastar. Não há espaço para despedidas aqui, só para o vazio que agora preenche os espaços onde você costumava estar. E a saudade, que era só uma palavra, se tornou o meu corpo inteiro. Eu costumava me reconhecer em cada esquina da minha própria alma, mas agora, ao olhar para dentro, sou só um labirinto sem fim. O reflexo que vejo no espelho não é mais meu, mas de alguém que eu não sei como salvar. Cada pedaço do que fui se perdeu no caminho, e agora o que sobrou é apenas essa sombra que se arrasta sem destino. Dandelion 09/11/2024
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Me quebrei
Me quebrei em tantar salvar alguma coisa sobre nós. me perdi. me desconheci e hoje já não sei quem sou. tudo o que queria ser e fui era quando estávamos a sós, você e o nosso silêncio. antes era a nossa troca de olhar e as respirações em sincronia. antes os meus batimentos eram de forma descontrolada e hoje eles são simplesmente batimentos. tentei salvar isso, pequenos momentos que queria ter a oportunidade de viver todos os dias. tentei salvar uma história que sabia que iria acabar comigo. tentei sobreviver. tentei não chorar quando acabou. tentei não gritar quando você me deixou, mas falhei e ando falhando miseravelmente.
Ando tentando me reconstruir, colar os pedaços que ficaram no chão depois que você resolveu ir embora. que erro grotesco salvar quem não quer ser salvo, estender a mão pra quem não quer segurar, modificar e mudar as coisas de lugar pra tentar começar algo novo, me desfiz e me refiz pra tentar pelo menos te dar motivos pra ficar, mas a simples mudança não era o suficiente. não foi o suficiente. nunca será o suficiente.
Mas apesar de tudo, aprendi e reconheço que errei em tentar ser o salva vidas do nosso amor, reconheço que esperei demais de você, reconheço que tudo que senti, senti sozinha, reconheço que você sempre quis ir embora e hoje reconheço que fiz a melhor escolha, escolhi te deixar ir. escolhi não tentar salvar a sua presença constante em minha vida, salvar você das dores do mundo, mas apesar de tudo, valeu a pena me salvar de você e não me quebrar mais daqui pra frente. o fim de tudo pra mim ficar bem valeu a pena.
— Elle Alber
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Trilhas na Lagoa das Memórias
Uma garota bateu à minha porta, e seus olhos e cabelos eram uma imagem dolorosa daquela que eu tentava esquecer, cujo nome nunca ouso pronunciar em voz alta, por conta da minha tristeza. O tempo se torce cruelmente ao meu redor, e cada momento é uma tortura ao lembrar de quem se foi. Oh, como eu queria que você estivesse aqui; clamo ao céu: por que me tiras tudo o que é mais precioso?
O álcool, que deveria ser um consolo, revela-se um cruel lembrete, trazendo à tona memórias que nunca deveriam ter existido. Cada gole é uma faca que reabre feridas que jamais cicatrizarão, misturando realidade e borrões de lembranças. No fundo do copo, encontro um fragmento do seu riso perdido, uma sombra daquilo que fomos.
Em noites como esta, onde a solidão pesa sobre meus ombros como um fardo interminável, imagino um caminho alternativo. Talvez, se você se afastasse, se caminhássemos sobre um lago congelado ou sobre folhas mortas do outono, eu poderia, de algum modo, encontrar um pedaço de nós que se perdeu. Caminhar sobre essas folhas seria como tentar reescrever o passado, um gesto fútil, mas desesperado.
Meu coração, quase em ruínas, clama por um último vislumbre de você. Se eu pudesse ressuscitar apenas para ver seus olhos uma última vez e ouvir sua voz, ainda fresca em minhas memórias, mas ausente dos meus dias. Cada dia sem você é um deserto sem fim, onde cada passo é uma dolorosa lembrança de sua ausência.
E assim, enquanto a garota se afasta e o silêncio se instala novamente, vejo-me sozinho com minhas lembranças e lamentos. O vazio que você deixou é uma presença constante, uma sombra de uma história que nunca teve um final feliz. Continuo aqui, aguardando uma reconciliação impossível, agarrando-me ao último fio de esperança que o tempo possa devolver o que foi perdido. (Dandelion)
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Beijo Tóxico do Adeus
Deito sem sono, os olhos fixos no vazio da noite. A ansiedade pesa como uma constante opressão, mergulhada em dúvidas e lembranças. Por que é tão doloroso amar? Como se pode esquecer um amor que moldou cada canto do coração?
Decidi que teu beijo virou um veneno amargo para mim, e partir se tornou o único remédio. As lágrimas que derramo são um lamento necessário, o preço pela escolha de seguir em frente. Vejo casais ao redor, brigando e se reconciliando, uma sorte que me é alheia. Eles encontram caminhos de volta, enquanto eu me perco em uma saudade que me impede de avançar.
Eu queria retornar ao tempo em que nos apaixonamos, a um lugar onde a dor ainda não havia entrado. Imagino viver naquela lembrança, onde a felicidade parecia eterna e o futuro estava cheio de promessas. Mas essas memórias se dissipam como fantasmas, deixando-me com um desejo incessante de recuperar o que foi perdido.
Agora, entendo que essa decisão é inevitável. O beijo que um dia trouxe alegria é agora um lembrete cruel da dor, e partir é o único caminho que resta. Fecho os olhos, e embora o vazio persista, sei que a única forma de cicatrizar é deixar o passado onde ele pertence.
(Dandelion)
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O Silêncio das Tempestades
A tarde se dissolve em uma sombra úmida, e a chuva cai incessante, desenhando fios de prata nas janelas embaçadas. Cada gota parece carregar o peso de um tempo que se esvai, e eu me vejo perdido entre a cortina de água e o sussurro distante de dias passados. O som da chuva é um lamento constante, um lembrete de que o mundo continua, indiferente ao meu lamento.
A cada passo que dou sobre o chão molhado, sinto como se estivesse atravessando um véu de lembranças. As ruas, agora escorregadias e brilhantes, refletem uma versão distorcida dos meus pensamentos, como se a própria realidade estivesse borrada pela dor. As memórias vêm e vão como as tempestades, às vezes suaves e outras vezes devastadoras.
As sombras das árvores balançam sob o peso da chuva, criando padrões que se parecem com os contornos dos rostos que já amei e perdi. Há uma tristeza silenciosa na forma como as folhas se desprendem e dançam com o vento, como se estivessem seguindo o mesmo ciclo interminável de partir e retornar. Eu me sinto como uma folha caída, carregada pelas correntes de um destino que não compreendo.
Sentado à beira da janela, com o olhar perdido no borrão das ruas, sinto o peso de uma saudade que não pode ser traduzida em palavras. É como se a própria chuva fosse uma metáfora para as lágrimas que nunca foram choradas, uma lembrança constante do que foi e do que nunca mais será. A noite se aproxima, e a escuridão se faz mais profunda, mas a chuva continua a cantar sua canção melancólica, uma sinfonia de perda e esperança que nunca chega a se concretizar.
No silêncio que segue o crepúsculo, encontro um momento de paz amarga. O mundo exterior está encharcado, e eu, à sua mercê, descubro que até mesmo nas tempestades mais densas há uma beleza triste, um lembrete de que, apesar das dores e das partidas, a vida continua a se mover, levando consigo as memórias que, de alguma forma, permanecem.
(Dandelion)
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Vinho e Sangue
Sinto sua presença entre nós, mesmo quando você tenta se esconder na escuridão. Novamente, sou consumido pelo turbilhão dos meus próprios pensamentos, enquanto um rádio antigo preenche o ar com melodias dos anos 80. A música, um contraste cruel com o caos interior, só serve para amplificar a raiva que atravessa meu peito. Vejo através das cicatrizes em você; cada acorde é uma lâmina que corta fundo, trazendo à tona lembranças dolorosas que se agarram às minhas entranhas. A dor chora, e a solidão permanece.
Em um acesso de fúria, lanço a taça de vinho contra a parede. O vidro se estilhaça, e o líquido rubro se mistura ao sangue e às lágrimas que escorrem. A parede agora testemunha silenciosa da minha tormenta, um grito visual de um desespero que não pode ser contido.
Sinto-me marcado por cada dor, como se estivesse tatuando meu corpo com a própria agonia. A escuridão se aproxima, engolindo-me em seu manto pesado, e tudo o que resta é o resíduo distante de sorrisos enferrujados e uma sensação de perda interminável.
É doloroso encarar o fato de que nós dois mudamos, e que o que éramos se desfez como um sonho quebrado. A vida que eu levo agora é um labirinto de desilusão, onde cada tentativa de esquecer você só reabre feridas antigas. O que ficou para mim é um vazio que não pode ser preenchido, e o lamento de um adeus que não consigo deixar para trás. A realidade se impõe, e eu busco na escuridão uma forma de transformar a tristeza em algo que possa suportar, enquanto as memórias permanecem, como sombras persistentes, à espera de uma resolução que nunca virá.
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Meu Jardim Ordinário
Em meu coração, havia um jardim secreto, onde flores desabrochavam e murchavam ao ritmo das estações. Mas eu, um viajante incauto, andava por caminhos áridos, buscando por algo que parecia escapar entre os dedos como areia.
O inverno, com seu frio implacável, congelava meus sonhos, enquanto a primavera me prometia um renascimento que nunca chegava. Cada estação tinha seu próprio segredo, uma melodia de esperança e frustração que ressoava em cada pétala caída e cada raio de sol perdido.
A luz parecia sempre se esconder atrás de nuvens pesadas, e eu, cego pela minha própria busca, não via que o verdadeiro calor estava na aceitação das mudanças inevitáveis. O jardim interno florescia a seu próprio ritmo, indiferente às minhas ansiedades.
Assim, aprendi que a busca incessante por algo que não pode ser controlado apenas alimenta a saudade. O amor e a paz estavam ali, no ciclo contínuo das estações, no simples fato de permitir que o coração se adapte e encontre beleza em cada transição.
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A verdade é que ninguém nunca me terá como você me teve.
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se eu te falasse sobre a escuridão
dentro de mim você ainda
ainda vai olhar para mim como se eu fosse o sol ?
poemasdocaos
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Só existe alguém que se comporta como rei porque há quem aceita ser escravo.
Não é porque você está hierarquicamente abaixo, que deve aceitar ser tratado por baixo.
@merciapoeta me siga no insta <3
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