#E tÁ ENORME MAS É SÓ CONTEXTO
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gimmenctar · 5 months ago
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MNDI smut sem contexto, size kink, dirty talk, masturbação e oral (m) para as minhas asteroids! vocês que têm corruption kink, eu não. mais do mesmo.
"sua mão é tão pequena…" jisung declara, e sua mente corrompida pensa uma besteira enorme.
você ri e estende as mãos, mostrando-as ao garoto com um sorriso travesso.
"eu sou muito boa com as mãos, sabia?" pergunta debochada e vê jisung morder o lábio inferior pra conter um sorrisinho. nada passa batido.
já não é de hoje que você joga essas piadinhas pra ele, antes era só entre você e chenle, até que ele te deu confiança demais, porque ele também queria ser alvo da tua atenção. chenle devolvia as piadinhas, não passavam de brincadeira, porém jisung queria levar a sério.
"não sabia, me mostra?" a voz fica mais grave, algo entre sexy e tímido. não acreditou que conseguiu realizar a proposta.
"como que eu posso te mostrar, ji? tem tantas possibilidades."
teu sorriso havia mudado, os olhos estavam escuros de desejo. sabia que a proximidade no sofá da sala de estar da tua casa daria merda, por isso chamou-o pra passar o dia contigo. já estava preparada isso, não, você queria isso.
"por onde eu começo? eu quero tanta coisa." murmura pra si mesma, sendo observada atentamente por jisung.
quando você se inclina pra beijá-lo, ele recebe seus lábios de muito bom grado, submisso, obediente. te permite conduzí-lo pela nuca, amando a queimação entre as pernas, a pressão da cueca ficando apertada.
queima mais quando sua boca se separa da dele e beija o pescoço quente. jisung sempre imaginou como seria sentir tua língua no pescoço dele, e nossa, como é bom. muito melhor do que a imaginação limitada dele.
"eu quero te ouvir, sung."
os suspiros altos são insuficientes. com vergonha, ele deixa de arfar, permite que o ar encontre as cordas vocais que emitem os sons mais deliciosos do mundo. a vibração do tom grave a cada beijo molhado, cheio de língua, de mordidas, te incentiva a continuar.
"você tá duro, ji. posso cuidar de você?" o jeito que você propõe com uma falsa preocupação deixa o garoto anestesiado, ele apenas balança a cabeça ao sentir sua mãozinha envolver o volume na calça.
"não, amor. fala." você deixa um beijinho doce nos lábios entreabertos de jisung, ele quer gemer em antecipação.
"cuida de mim, eu te quero muito."
jisung já bateu punheta várias vezes, as mais recentes pensando em você. talvez ele goze rápido demais de tanto tesão, ele acompanha os seus dedinhos abrirem o zíper da calça com habilidade.
o contorno do pau salta para fora, desejando liberdade, quando você abaixa a calça. sua boca enche d'água ao constatar a manchinha do pré gozo na calvin klein cinza, sua própria intimidade toda molhada por causa da inocência falsa de jisung.
"hmmm, tão grande, ji. quero colocar tudo na boca. cê deixa?"
o contato visual, a putaria com carinha de santa, o tamanho comparado ao seu. jisung jura estar beirando a loucura.
"eu posso te chupar, ou eu posso bater uma pra você, amor. o que vc prefere, hm?"
"os dois. tudo. senta." parece um bêbado, e você ri da doçura do garoto.
beija-o com luxúria, chupando o lábio inferior do garoto sôfrego, os gemidos não têm mais nenhum vestígio de timidez. jisung não sabe, mas está prestes a ficar bobinho.
"vamos começar devagar, amorzinho."
jisung assiste você lubrificar a palma com saliva completamente vidrado, e quase desmaia ao ver sua mão envolver o pau enorme e rígido.
"bem assim, bem devagarinho." sussurra ao pé do ouvido, usando a língua no lóbulo do rapaz. "quero te ouvir, jisung. cê gosta assim?"
"tá m-muito b-bom."
"cê gosta de ver minha mão assim, ji? bem pequena em você, grande demais pra caber tudo. será que se você me comer eu te aguento, ji? acho que não dá, eu sou muito, muito apertada pra você, amor."
jisung geme alto, a imaginação de repente fica fértil. ele consegue ver claramente o que você descreve, e o pau treme na tua mão.
"tá tão gostoso, quero mais."
"ah, ji, pede direitinho. pede que nem o anjinho que você é."
"por favor, usa a boca também? por favor."
você sorri e se inclina pra frente, engolindo a cabecinha carente, irritada, vermelha e babada de jisung. a visão é demais, ele joga a cabeça pra trás pra não gozar.
engole a extensão quase toda, sente cada veia na boca, engasga na garganta, ministra os movimentos sincronizados com a mão na base. jisung murmura qualquer merda, perdido, estúpido com tua boca se acabando no pau dele. ele consegue ver os seus olhos enchendo de lágrima, mas você não para.
"você disse que não ia caber, mas tá engolindo meu pau todo." ele diz, impressionado, empurrando tua cabeça pra ajudar. a mão afasta o cabelo do teu rosto e forma um rabo de cavalo entre os dedos trêmulos do garoto.
jisung não contém e não economiza os gemidos, ele está muito perto. você o chupa que nem uma puta, e ainda massageia o saco pesado, cheio, com tanto carinho.
ele dá um puxão mais forte no teu cabelo e vc cantarola em aprovação, a vibração o leva ao limite. os quadris inquietos do garoto empurram o pau mais profundo na tua boca, e ele fode tua garganta sem pena.
"vou gozar. porra, vou gozar!"
você abre a boca, descansando a cabecinha bem na sua língua. os jatinhos quentes pintam o músculo de branco. a diferença de tamanho o faz gemer com manha, ele está obcecado.
jisung tenta regular a respiração enquanto você o beija em todos os lugares que consegue.
"você foi tão bem, ji." deixa os elogios escaparem entre os beijos, e o ego do garoto cresce.
"agora eu posso cuidar de você? me ensina?"
os olhinhos semicerrados de quem acabou de foder desmontam tua pose, você o deixaria fazer o que quisesse.
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geniousbh · 7 months ago
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⸻ ❝ 𝒍𝒐𝒐𝒌 𝒘𝒉𝒂𝒕 𝒚𝒐𝒖 𝒎𝒂𝒅𝒆 𝒎𝒆 𝒅𝒐 ❞
felipe otaño ₓ f.reader
wc: 6,8k
prompt: você começa a perceber coincidências muito estranhas entre 3 assassinatos e o barista bonitinho da cafeteria que você frequenta
TW.: SMUT, DUBCON, violência gráfica, manipulação, perseguição, gaslighting, menção à s.h (abuso), menção à suicídio, menção à vômito, menção à catolicismo, consumo de álcool, stockholm syndrome?👀 if u squint, sexo oral, rimming (muito ligeiro), nipple play, worship, p in v, SIZE KINK, MANHANDLING, BULGE KINK, sexo desprotegido (não façam), creampie, love bombing. tudo nessa história é TÓXICO, a reader ainda tá passando por TEPT e tem ataques de pânico (mas eu n dei nome aos bois, só escrevi os sintomas dentro do contexto). o felipe é um sociopata e stalker, se você é sensível com qualquer um desses tópicos NÃO LEIA. mdni
obs.: optei por deixar os avisos antes porque mais do que nunca preciso que vocês estejam informadas sobre o que vão ler, amigas🤒👍 não é e nunca será de forma alguma minha intenção denegrir a imagem do pipe, é uma história original que usa pouquíssimos traços da personalidade que ele demonstra! eu ouvi let the world burn do chris grey e animals do maroon 5 enquanto escrevia! revisei muitas vezes, mas por estar enorme provavelmente ainda tem erros, então me perdoem! no mais, espero do fundo do meu coração que vocês gostem 💐🎀🎁😚❣️boa leiturinhaaaa!
o primeiro assassinato havia sido televisionado, mas sem grande impacto. o rapaz era incapaz de ser identificado devido aos vários ferimentos no rosto - que o deixaram deformado para as fotografias da perícia - mas, para você, não restava dúvidas de quem era. a pulseira fina no braço esquerdo e a tatuagem na mesma região. cristian tinha sido quem te atraíra naquela noite depois da festa, com uma boa aparência e boa lábia, se aproveitando do seu estado embriagado, e te levando de carro para um galpão abandonado afastado de qualquer bairro residencial.
o terceiro e último tinha sido considerado o mais brutal. o vídeo se espalhara numa velocidade absurda, saindo do fórum onde havia sido publicado por uma conta anônima e indo para as grandes plataformas. os quatro minutos de gravação contavam com o garoto lendo uma carta onde ele se desculpava. se desculpava por todos os crimes e pela índole horrível qual ele tinha, se desculpava com os pais que não mereciam a vergonha de ter um filho como tal, e por fim, se enforcava com uma corrente presa no apoio de cortina no alto da parede. wilson fora o rapaz quem filmara enquanto os outros dois te violavam, os insultos que ele te direcionava no ato eram podres e por várias noites ecoaram em sua cabeça te impedindo de dormir.
o segundo assassinato tinha sido maior em proporções, diferente do primeiro, não seguindo qualquer padrão para a infelicidade dos policiais responsáveis pela investigação. o corpo esquartejado tinha sido espalhado aos arredores de um colégio público da pequena província onde você morava. o cheiro fétido e o horror que os jovens passaram quando o cadáver, ou os pedaços cadavéricos, melhor dizendo, foram encontrados deixou os moradores e pais revoltados. este, por conseguinte, teve o nome revelado em rede nacional. depois que cristian te conduziu forçosamente para o galpão quem te "recepcionou" fora henri. ainda conseguia sentir o toque bruto dele enquanto o rapaz rasgava suas roupas e te forçava contra o colchão antes de te prender com cordas - essas quais a fibra tinha deixado sua pele em carne viva -, restringindo seus movimentos de maneira que ele conseguisse fazer o que quisesse, mesmo com você lutando.
porém, a cidade era pequena, então as notícias corriam como o vento, tornando sua busca exaustiva e praticamente impossível.
faziam cinco meses, e apesar da sua terapeuta não recomendar que você ficasse indo atrás e procurando mais materiais sobre os casos, revivendo o trauma, era intrigante demais e você não se enquadrava no grupo de pessoas que acreditava em coincidências. todas as evidências te levavam a apostar que as mortes tinham sido cometidas por uma mesma pessoa, e uma que era próxima o suficiente para saber o que você havia passado na mão dos três indivíduos naquela madrugada infernal.
no primeiro assassinato haviam achado algumas pegadas masculinas, de tamanho 42-43 aproximadamente; um homem alto. já no segundo, o relatório emitido pela delegacia contava com uma descrição detalhada dos restos mortais que haviam sido cortados com uma precisão assustadora. "exigiria uma força muscular nos braços e no tronco todo realizar um desmembramento limpo, além de certo conhecimento anatômico". já no terceiro, o ip rastreado não dava em lugar algum, como se o aparelho de onde tivesse sido enviado não existisse mais - e muito provavelmente havia sido destruído mesmo. o fórum em si fora criado uma semana antes e o mais incomum era que o url da página havia sido modificado para "ni-una-sola-línea-que-no-cruzaría-por-ti".
o que te fez começar a ter aulas de espanhol com uma professora particular; uma senhorinha muito simpática que, apesar de dizer ter dois filhos, morava com seu gato frajola apenas. as aulas eram todas as quartas, você ia e voltava a pé ouvindo música nos fones.
muitas coisas haviam mudado desde o episódio, evitava algumas ruas, não ia mais ao cinema e por muito tempo ficara sem visitar a cafeteria que sempre frequentava aos sábados. não conseguia dizer se era por ter vergonha - já que aquelas pessoas provavelmente tinham ouvido sobre -, ou se porque tentava urgentemente se esquecer da rotina que tinha antes, já que não se sentia mais como sua antiga persona. a violência fora tão grande e tão injusta, quem poderia te culpar?
quando passou pela porta, ouviu o sininho soar nostalgicamente. uma das atendentes se virava e sorria cumprimentando "seja bem vinda". ah sim, se recordava numa onda melancólica do cheiro do café - que eles mesmos moíam já que o estabelecimento tinha uma tradição de vários anos -, do jazz suave e bem baixinho que preenchia os ambientes da locação, e de como o ar condicionado era sempre agradável, nem frio e nem calor, só aconchegante.
se sentava numa das mesas próximas à parede, ainda não se sentindo pronta para se sentar no mezanino ou perto das janelas como tinha costume. e antes que terminasse de folhear o cardápio um rapaz alto se aproximava para tomar seu pedido. você se lembrava dele também, mas quando seus olhos se encontravam, uma estranheza grande mexia com seu âmago te fazendo retesar na cadeira.
— não te vi mais aqui. — ele comentou com um sorriso singelo te fazendo notar que apertava os próprios dedos nas páginas do papel firme do menu, parando em seguida. — pensei que tinha se mudado.
felipe gonzalez otaño era neto do primeiro dono da cafeteria el dulce camino, um rapaz que beirava a mesma idade que você, alto, de ombros largos e olhos que te remetiam a imensidão do oceano - mesmo tendo ido à praia uma vez só quando ainda era pequena. olhos que ao te reconhecerem ali haviam se iluminado ainda mais. mas, diferente de quando você era cliente assídua, agora ele tinha uma cicatriz numa das mãos e outra no rosto - e a julgar pela coloração ainda rosada, deviam ser recentes.
— não... — você retribuía o sorriso pequeno e então recolhia as mãos para o colo, ainda sentindo-se desassossegada. — se eu tivesse me mudado, acho difícil que você não ficasse sabendo... — desconversou, tentando brincar.
— entonces encontraste un café mejor? — ouviu a resposta e o fitou dali debaixo. apesar do tom provocativo, felipe, ou "pipe" como o chamavam lá, não parecia brincar quando perguntava.
— não. isso nunca. — soprou sem jeito antes de colocar uma mecha do cabelo atrás da orelha. — e você, como se machucou? — arriscou.
— acidente. — ele respondia rápido, quase ensaiado. — posso anotar o de sempre?
— nossa, você ainda lembra? — indagou divertida.
café com leite gelado, sem açúcar e uma fatia de bolo de cenoura com cobertura, era o seu favorito, o que você pedia sempre, e exatamente o que felipe te respondera. o lisonjeio não perdurava mais graças ao sentimento ruim que agora comia suas entranhas te fazendo sentir as palmas e a nuca suarem frio. ainda assim, havia sido capaz de finalizar a bebida, pedindo que embalassem o bolo para a viagem.
"acho que você pode estar um pouco impressionada com o sentimento de voltar a fazer algo da sua antiga rotina. e estou muito orgulhosa de ter conseguido! vamos conversar mais sobre isso na sessão desta semana. abraço!"
o caminho para seu apartamento tinha sido completamente dissociado, num piscar de olhos você estava na sala de casa, se sentando no sofá com o corpo pesado e uma sensação de incompletude que te fez mandar uma mensagem para sua psicóloga. não seria a primeira vez que a chamaria num final de semana, e pelo valor mensal que seus pais desembolsavam era mais do que justo que ela te respondesse.
não era o suficiente pra você. passou o jantar todo beliscando a comida que sua mãe preparara e na missa do dia seguinte era incapaz de acompanhar as músicas tocadas. estudar para o pequeno seminário que teria na faculdade segunda-feira então?... fora de cogitação.
seu domingo acabava com você enfurnada no quarto revirando a caixa onde guardava as matérias impressas, os jornais com notícias e fotos dos assassinatos, apurações públicas do corpo policial local e boletins que a imprensa nacional tinha feito. relia tudo e bufava frustrada quando seu alarme para acordar tocava, te tirando do frenesi e avisando que havia passado a noite em claro, sem qualquer resolução.
na faculdade, suas olheiras espantavam todas as amigas que perguntavam com preocupação o motivo. não tinha porquê mentir, todas eram bem próximas desde o primeiro semestre e haviam sido peça chave para sua recuperação.
— como é mesmo o nome do barista? — julie questionava antes de puxar o celular depois de te ouvir contar suas percepções.
— aqui! eu sabia que não me era estranho! — a garota dizia de súbito e virava a tela do aparelho para compartilhar. — ele se matriculou aqui na facul faz um mês mais ou menos... depois do meio do ano.
— felipe. felipe otaño. — respondeu desanimada, se esforçando para copiar as anotações de marcela em seu caderno já que o sono tinha sido tanto nas primeiras aulas que tirar um cochilo havia sido inevitável.
você esbugalhava os olhos e segurava o pulso da amiga, confirmando ao ler o nome na lista pdf que ela mostrava. estava matriculado em fisioterapia, no período noturno... então como nunca tinham o visto? ou sequer topado com ele?
— mas não é tão estranho assim, 'miga... pensa, a cidade de vocês é um sopro e aqui é a universidade mais próxima. — mar tocava seu ombro fazendo um afago cuidadoso. — pode ser só uma má impressão.
— sabe o que eu acho? que você precisa se distrair mais dessas coisas. — foi a vez de rebecca, que estava quietinha até então, falar. — vamos com a gente numa festinha do curso, por favooor... a gente não bebe, ficamos juntinhas... — a ruiva sugeria e esticava as mãos para segurar as suas. — eu sinto sua falta! todas nós sentimos! vai ser bom se divertir! — e todas te olhavam com carinhas pidonas, te deixando numa saia justa.
"vou pensar", foi o que disse com uma expressão sem graça não querendo magoá-las. mas, era bem verdade. você sentia saudades tanto quanto elas e no fim, todas aquelas coisas podiam ser só acasos do destino. não poderia deixar que o resto de sua vida fosse consumido pelos fantasmas de sua ferida emocional. por isso, mais tarde naquela semana conversou com as colegas e combinou que iriam na próxima comemoração da atlética ou qualquer coisa assim, que fosse num lugar mais fechado e limitado só para os estudantes.
na quarta decidia ir até a biblioteca que ficava no subterrâneo da faculdade, ocupando quase o andar todo, com uma infinitude de armários e estantes com os mais diversos gêneros de livros, desde manuais de administração e coletâneas de herpetologia até romances e fantasias - tudo o que você precisasse eles tinham, e se não tivessem, mandavam encomendar se o aluno levasse uma solicitação por escrito.
lá também tinham salas de estudos, individuais e grupais além de algumas mesas de madeira espalhadas onde vez ou outra alguém se sentava para ler.
era assim que via a silhueta conhecida, mas tão rapidamente e tão de relance enquanto olhava por entre as brechinhas da prateleira de romances policiais que por alguns segundos duvidava que estava só sonhando acordada.
continuando em sua busca, sequer notava a pequena escadinha no caminho, onde alguns exemplares estavam colocados no primeiro degrau - provavelmente esperando que o bibliotecário viesse devolvê-los às suas respectivas seções -, se atrapalhando toda quando se esbarrava e tropeçava fazendo o móvel tombar e os livros em cima se espalharem no chão com um barulho seco.
— merda... — sussurrava nervosamente, se agachando rápido e vendo se nada tinha estragado, seria o fim se algum dos de capa dura tivesse avariado.
— quer ajuda? — a voz te fez congelar.
seu corpo pequeno diante da figura se petrificava. assistindo o otaño aparecer no corredor e se juntar a ti, apanhando todos os livros com as mãos grandes que alcançavam dois de uma só vez, os empilhando entre ambos. este te encarava com uma expressão que passava de neutra para confusa reparando no seu estado catatônico. sibilava algo, mas você não ouvia, apenas olhando para os lábios carnudos mexendo e no cenho dele franzindo.
— hola?! — o moreno estalava os dedos em frente ao seu rosto. — chamando para a terra? — ele soprava um riso. — 'cê me ouviu antes? se machucou com o tropeção?
negou devagar e apertou os lábios quando ele colocava os livros no colo e arrumava a escada antes de te estender a mão oferecendo ajuda para que ficasse de pé. nunca tinha reparado em como ele era alto. obviamente sabia, mas sempre que estavam próximos era no café com você sentada então nunca tendo a real noção da diferença acentuada.
o sentimento de ansiedade voltava com tudo na boca do seu estômago - borbulhando a bile -, te fazendo ignorar grande parte das coisas que ele dizia.
— você tem certeza que tá bem? — o maior insistia. — se precisar que eu ligue pra alguém... algum familiar ou amigo que você confie? — e então alcançava o próprio bolso da calça tirando de lá um celular antigo, estilo flip.
— seu celular... — falava baixo e pausada, pega de surpresa por não ver um daqueles há quase quinze anos.
— ah, é. o meu antigo quebrou, então tô usando essa relíquia aqui. — ele mostrava mais de perto, te deixando abrir e ver a telinha pequena se acendendo numa cor alaranjada. — es practico, fora que a bateria dura dias.
ergueu os olhos até estarem se entreolhando e viu pipe parar de balbuciar e dar um suspiro afável.
— acho que tô falando muito, né? — ele coçava a nuca e olhava em volta como quem quer te dar espaço para pensar no que responder.
— por quê escolheu fazer faculdade aqui? — perguntou depois de um tempinho ainda processando.
— e por quê tão de repente? — continuou.
— hm... — ele voltava a focar e então dava de ombros. — não sei, acho que é cômodo pra mim. é perto de casa... perto de quem eu conheço. e o curso que eu faço tem uma nota boa também. creo que eso es todo. — mas ao fim da explicação os olhos azuis pousavam em ti, te medindo com aquele brilho que lhe despertava uma necessidade intensa de fugir.
— você ia preferir que eu dissesse algo poético? do tipo, finalmente decidi seguir meus sonhos? — ele ralhava e passava os dedos por entre os fios compridinhos. — no soy tan interesante, nena... — concluía. — mas acho que posso dizer que meu propósito tá aqui.
antes que pudessem continuar com a conversa - que mais parecia um interrogatório -, seu celular tocava. seu pai falava sobre conseguir ir te buscar daquela vez, e você não sabia se agradecia ou se o amaldiçoava. apesar de tudo, queria perguntar mais coisas ao latino. precisava acabar com as dúvidas.
"meu propósito tá aqui", não era um jeito incomum de parafrasear que ele gostaria de se formar como fisioterapeuta? ou talvez fosse uma divergência de línguas... uma falha sua, na sua interpretação.
sua obsessão estava tão latente que a terapeuta tinha achado melhor aumentar as sessões para duas vezes na semana. enquanto isso, quanto mais tentava ignorar, mais vezes se encontrava com felipe, fosse na biblioteca ou no pátio da instituição, ou ainda indo numa farmácia ou fazendo compras na tendinha de frutas e vegetais do seu bairro - ele sempre te tratando cordialmente, sem ultrapassar os limites de uma conversa pequena.
quanto mais percebia, mais o enxergava, chegando a sonhar vividamente que havia recebido uma ligação cujo o timbre do outro lado da linha era idêntico ao dele. mas, seria improvável já que nunca tinham trocado números de telefone.
o ápice era quando visitava a casa de uma tia por parte de mãe. recordando algumas fotos da infância, encontrava uma imagem curiosa de sua turminha de pré-escola. você estava na frente, trajando o uniforme de conjunto e um penteado alto com marias-chiquinhas, sentada com as pernas cruzadas, junto das outras garotas, enquanto na fileira de traz os meninos eram ordenados de forma crescente. o do canto direito lhe chamando a atenção. era igual... o nariz, a cor dos olhos e visivelmente mais troncudo que os outros.
não... você devia estar enlouquecendo. seu fim, mofando em algum hospital psiquiátrico, parecia cada vez mais perto de se realizar.
— e aí, gatinhas melindrosas. — rebecca soltava já chegando na mesa durante o intervalo. você reagia sem levantar a cabeça do caderno, apenas dando um jóinha. — caraca, que clima de enterro. não sei se vai mudar algo, masss... confirmei os nossos nomes num rolêzinho. eles vão fechar um barzinho e tudo, a gente tem desconto.
— nossa, que chique. vamos, não vamos? — marcela indagou, e mesmo sendo no plural, dava para saber que era direcionado a você - depois de passar meses furando com elas ou só não respondendo, você não se incomodava mais.
— honestamente... qualquer coisa que me faça esquecer de pensar um pouco. — disse vencida e riu com a comemoração geral da mesinha.
— meu deus, o que é isso? vai chover!!! — julie se debruçava sobre seu corpo e deixava um selar no topo da sua cabeça.
— não esqueçam de mandar o lookinho no grupo. não quero ser a única que vai desarrumada. — rebecca pontuou contribuindo para o clima de risadas.
ficar planejando a saída realmente tinha te tirado do foco. depois da aula de espanhol com a sra. perez tinha feito questão de passar num dos pontos comerciais para ver algumas lojas de roupa. tinha poucos vestidos e estava querendo um novo, e por quê não aproveitar-se da ocasião para gastar suas economias? como era um barzinho não teria problema se usasse algo mais solto... mas como era de noite ficava presa nas cores neutras já que dispensava os brilhos.
assim, quando o dia chegava tudo o que precisava era separar sua roupa e torcer para que não tivesse nenhuma crise de ansiedade e desmarcasse em cima da hora.
foi então que, parecendo ler sua mente, uma das atendentes te mostrava um vestido curtinho com manguinhas românticas e um tecido de viscose, super leve, num branco perolado. você poderia vestir com uma sapatilha e acessórios que já possuía, então não teve dúvidas ao escolher e mandar uma foto no provador para o chat "girlies", recebendo diversos elogios e até mesmo algumas figurinhas engraçadas de becca.
não, definitivamente iria até o fim, seria uma mulher de páginas viradas! deixaria este capítulo assombroso para trás e resgataria um pouco da alegria e delicadeza da sua personalidade.
o táxi te deixava na porta do bar que parecia animado. alguns canhões de luz atravessavam o ar e o céu escuro com os fachos abertos, e a fila se formava sobre um tapete roxo aveludado. checavam nomes e identidades com o segurança e estavam dentro.
a iluminação negra fazia seu vestido se destacar um bocado enquanto procuravam uma mesa para ficarem. e, mesmo que a ideia principal fosse não beber e só aproveitar o seu "comeback" à vida universitária, pediu que nenhuma delas se segurasse por você, que estava se sentindo bem e que se algo incomodasse pediria outro táxi pra casa.
e era desse jeito que em duas horas, marcela se encontrava se engraçando com o barman - muitos anos mais velho -, julie dançava com outras duas colegas na pista de dança improvisada e rebecca flertava com uma mulher numa das mesas perto dos fundos - fingindo não ver a aliança grossa na mão direita da outra.
você bebericava uma batidinha, aproveitando a música que era uma mistura de anos 2000 com as mais atuais. a bebida estava fraca o suficiente pra que ainda conseguisse sentir o gosto do suco de morango. tudo corria numa boa.
mas, por algum motivo se sentia observada. a agonia da sensação te levava a descascar o esmalte de um dos polegares enquanto olhava para os lados apreensiva. o que só fez sentido quando um rapaz se aproximou todo simpático para conversar, te tirando da espiral que se iniciava...
— acho que nunca te encontrei, que curso você faz? juro, você é a coisinha mais linda que eu já vi, queria muito te pagar uma bebida. — não era muito alto e parecia desinibido apoiando o cotovelo na mesinha, brincando com a manga do seu vestido enquanto disfarçava o fato de te comer com os olhos.
não se importou, não era tão invasivo, embora não sentisse qualquer atração de volta. apenas aceitava conversar e a bebida - qual você se certificava de que passaria da garçonete para ti, sem ficar na mão de mais ninguém.
o tal santi era bem humorado, te tirava alguns risinhos, mesmo que não escondesse as intenções; mas odiaria tomar uma carinha bonita por tudo que uma pessoa pode ser.
subitamente o clima pesava.
"você é burra ou o quê?"
sentia um arrepio percorrer sua espinha e não mais conseguia olhar nos olhos do garoto que tagarelava sobre algum interesse particular. seu celular vibrava emitindo um "beep-beep" de sms e você pedia licença para ver o que era.
"por quê veio?"
"uma vez não foi o suficiente?"
engolia seco e olhava os arredores mais uma vez, atenta. algo pinçava sua testa lendo as letras miúdas no visor, uma dor de cabeça instantânea acompanhada de uma náusea tonteante causada pelos órgãos internos revirando.
— qual foi, gatinha, tá com algum problema? quer ir pra um lugar mais calmo? — santiago fazia menção de te tocar o queixo e você o estapeava para longe.
— não. — respondia seca e se levantava no ímpeto, deixando-o para trás e procurando um banheiro próximo.
"vai embora"
se prostrava e jogava a água gelada no rosto com abundância sem se importar se a maquiagem borraria em algum canto. não podia estar acontecendo uma merda daquela, justo naquela noite. a porra do celular não parava mais de apitar e tremelicar na sua bolsa te deixando frustrada e com vontade de descartá-lo na primeira lixeira que visse.
"você não consegue se proteger sozinha"
"esse cara não conseguiria te proteger se precisasse."
se agachou no chão largando o smartphone na pia fazendo com que toda a superfície de granito vibrasse a cada nova notificação. quis chorar, engolindo o nó que se formava na garganta e sentindo o corpo pulsar, ora com força ora fraquejando as pernas que se sustentavam vacilantes.
saindo do cubículo, o loiro te perseguia, querendo saber se estava tudo bem, te acompanhando até o lado de fora.
chegavam na calçada e você se virava com a expressão espantada, completamente diferente de meia hora atrás, forçando um sorriso torto a ele.
— escuta, não precisa mesmo. eu me lembrei de algo que tenho que fazer e vou embora...
— impossível, 'cê tava de boa até agora e do nada isso? poxa, se não quisesse nada comigo pelo menos avisasse antes de eu te pagar um drink. — ele cruzava os braços, claramente incomodado e com o ego ferido. — não quer nem ir pra outro lugar? eu moro umas três quadras daqui, sei lá.
— não, você não entende... — ria de nervoso — eu preciso ir de verdade. — abria o aplicativo de corridas e se esforçava muito para conseguir digitar o endereço com os dedos tremendo.
— a gente pode conversar e tomar um vinho lá... — ele se aproximava de novo, envolvendo seus ombros por trás e tentando afastar seu cabelo que caía teimosamente sobre suas bochechas.
seus pés se arrastavam, inábeis de acompanhar o ritmo das passadas longas que as pernas do argentino davam.
contudo, antes que você pudesse se esquivar o corpo de outrem era agarrado e arremessado para longe caindo perto de alguns arbustos. seus olhos arregalavam notando a figura grande tomar seu campo de visão e segurar firme um de seus pulsos. "ela disse que não quer, não ouviu, puto?", felipe cuspia ríspido e no segundo seguinte te puxava com ele.
te colocava dentro de um carro e dava a volta para entrar no banco do motorista, se virando para lhe passar o cinto antes de dar partida e segurar o volante. seu corpo ficava completamente estacado, sua mente freezada, mesmo que todos os seus poros se dilatassem e seus bronquíolos abrissem para puxar mais fôlego, te indicando que você deveria fugir.
então porquê não conseguia? olhando para a frente e não enxergando nada, não memorizando nenhum caminho que ele fazia, não pegando nenhuma referência para saber como voltar...
ele, por sua vez também não falava, se atentava ao trânsito e vez ou outra te observava com o canto dos olhos. o brilho azul sendo o único ponto de destaque no interior lúgubre do veículo. estacionava em frente a um conjunto de apartamentos e descia, indo te buscar. o cavalheirismo era tão boçal e estúpido com a maneira que ele te manejava sem poupar força que qualquer um teria reações adversas assistindo.
quando sua voz finalmente saía, já era tarde, o otaño te passava para dentro da quitinete alugada, trancando a porta atrás dele. o ambiente estava um breu, nem mesmo a luz dos postes que entrava por entre as frestas da persiana conseguiam te nortear.
— as m-mensagens... foi você, não foi?
— e quem mais seria? — ele perguntava olhando para baixo antes de te fitar. a áurea do maior ainda mais robusta que ele mesmo, te fazendo cambalear para trás quando este avançava um passo na sua direção. — quem é que estaria lá pra te proteger se não fosse eu, chiquita?
— eu não preciso... da sua ajuda. — soprava hesitante tateando o sofá que batia contra suas costas e negava com a cabeça.
— como? — pipe soprava nasalado, achando graça. — você ia preferir sofrer tudo aquilo de novo? que eles ainda estivessem andando por aí... escolhendo a próxima vítima? — estreitava os olhos.
— como assim?
e rapidamente ele batia o dedo nos interruptores do cômodo, acendendo as lâmpadas claras que te queimavam a vista nos primeiros segundos. quando se adaptava, a primeira coisa que notava - e seria impossível de não fazê-lo - era uma parede grande, com um quadro de madeira processada, várias fotos pregadas com alfinetes coloridos, papéis e linhas tracejadas conectando uma coisa na outra. os retratos de cristian, henri e wilson com um x marcado em cima de cada.
— tudo que eu fiz por você... pra você dizer que não precisa de mim? — felipe sussurrava aproveitando-se do seu espanto, te encarando de cima quando se aproximava pelas suas costas. o remorso palpável fazendo as sobrancelhas dele caírem, mas a raiva alternando erraticamente o semblante de uma emoção para outra.
— o quê...? — suas pupilas dobravam em tamanho, o coração parecia parar quando as coisas se encaixavam para fazer sentido.
— olha o que você me fez fazer... — felipe segurava seu dedo indicador com cuidado e firmeza te guiando pelo mural. — eles estavam te observando fazia tempo... te caçando... pobrecita... — a tristeza na voz era real, parecia tão frágil. — não podia ficar assim. então... tudo o que tornava atraente, eu arranquei... — ele te fazia contornar o rosto do primeiro menino marcado - todas as informações, horários, todo o planejamento escrito na mesma caligrafia com que seu pedido na cafeteria era anotado -, antes de arrastar seu dígito para o segundo. — quebrei e despedacei... — os sussurros eram praticamente rosnados e você podia sentir uma lágrima quente cair sobre seu ombro desnudo. — fiz com que se odiassem... — ele pressionava sua digital contra o último. — pra que você pudesse ter paz e ficasse segura, mi amor... — te segurava os ombros e virava seu corpo franzino, colando suas testas. — tudo por você... qualquer coisa por você...
sobressaltou, desequilibrando para trás, mas ele já estava te bloqueando.
quando o bolo de restos chegava em seu esôfago sem aviso prévio tudo o que podia fazer era empurrar o outro e despejar o líquido no chão de tacos, começando a chorar; aterrorizada.
— você... matou... matou três pessoas! — soluçava lutando contra a ânsia que continuava. — desconfigurou, esquartejou, e assombrou... você... o q-uê é vo-cê?! — perguntava entre soluços.
— ssshhh... você tá assustada. mas, não precisa. tá segura agora. — os braços grandes te puxavam para um abraço sem se importar com suas roupas sujas e com sua boca babada de vômito.
— não!! não..! — se debatia e erguia uma das mãos tentando manter distância dele. — você é um assassino!
desde a primeira vez que tinha o visto na cafeteria, o rosto de felipe era o mesmo. não era uma pessoa que demonstrava emoções que não fossem agradáveis, sempre estava com os olhos calmos, apaziguados e a boca nunca se retorcia.
era lindo, tão lindo que a maioria das mulheres se sentia intimidada quando ele as atendia - você gostava de observar então tinha notado tudo isso. entretanto, o homem que estava à sua frente agora era algo completamente diferente. as veias saltadas na testa e no pescoço contrastavam tanto com o que ele dizia, como se fosse um animal violento condicionado a se comportar. e ele não havia gostado nada de escutar a acusação... não porque ele se recusava a ver a verdade, e sim porque você deveria ser grata. afinal, tinha dado muito trabalho.
— eu sou tudo o que você precisa. — retrucou indiferente e sóbrio enfim, as lágrimas que outrora caíam, completamente secas.
— você nem me conhece! é um maluco! meu deus, meu d-deus do céu...!! — gritava. uma das mãos agarrando o tecido do vestido na altura do abdômen que ardia de tanto se contrair, curvando o corpo e respirando com dificuldade.
sua cabeça girava, o instinto de correr para uma das janelas e tentar abrir te consumia e você fazia, sem sucesso porém, correndo e ultrapassando-o, indo até a porta da entrada, esmurrando e virando a maçaneta sem parar enquanto se desesperava gritando para que alguém viesse ajudar.
— eu sei tudo sobre você. — a calma com que a frase saía era delirante. — desde os seus quatro anos de idade. sei todas as suas vontades, gostos, sonhos. todas as suas amizades, cada idiota com quem você quis se envolver. todas as suas redes sociais, seus históricos de notas, todas as fotos, mesmo aquelas que você só aparece um pouco. as comidas que gosta, as que desgosta. sua catequese, crisma, as aulas de espanhol que você vêm tendo porque... querendo ou não — e então ele sorria soberbo e orgulhoso. — você gostou do que leu, não gostou, nenita? não existe una sola línea que no cruzaria por tí...
— ay, me duele asi... mas, não adianta, amor... todo mundo sabe que eu fui feito pra você e você foi feita pra mim... ninguém vai atrapalhar a gente. — ele soprava condescendente, caminhando até você e te pegando no colo, jogando seu peso sobre o ombro e recebendo de bom grado os golpes que você desferia enquanto tentava escapar. sua força sendo a mesma que a de uma criancinha.
ao entrar no quarto, separado por uma divisória, você parava mais uma vez - pensando que o cenário não podia piorar... - de repente... sua face estampava quase tudo a sua volta.
fotos e mais fotos coladas nas paredes e no teto, algumas que você sabia da existência e outras que nem sonhava - de longe, pixealizadas devido ao zoom. num quadro emoldurado sobre a cômoda estava um cachecol que você há muito tinha perdido no colégio e nunca conseguido recuperar porque nunca fora parar nos achados e perdidos.
ele te colocava na cama, sentada, assistindo seu rosto estarrecido com a decoração e se agachava a sua frente passando as mãos por suas bochechinhas suadas e coradas do choro.
— se você pudesse só entender o quanto eu te amo... o quanto eu esperei... — segredava e você finalmente o olhava, parando de chorar lentamente, piscando morosa e prestando atenção. seu cérebrozinho atrofiando as engrenagens como mecanismo de defesa pra que você não elaborasse o que acontecia. — eu nunca vou deixar que te machuquem de novo. eu posso te fazer feliz... tão feliz que você nunca se lembraria do que aconteceu naquele galpão... mas, eu não quero ser o vilão, cariño... — trazia suas mãos juntas e beijava seus dedinhos miúdos que espasmavam.
estava tão consumida que uma parte de si finalmente se sentia plena por saber da verdade, por não precisar mais ter de fazer aquelas associações com cada nova informação que aparecia.
uma outra parte, se sentia extremamente perdida e encurralada, aos poucos aceitando que não havia acordo - e que era natural da cadeia alimentar que o mais forte vencesse.
por último, uma fração crescente queria agradecer felipe pelo o que ele tinha feito. nenhum policial, da cidade ou do estado, fora solicito em dar continuidade com as investigações, e no segundo mês toda a papelada fora arquivada e nunca mais citada, fosse sobre o abuso ou os homicídios.
por isso, quando ele repetia que ninguém mais seria suficiente pra você, que ninguém te merecia como ele, não te restava outra escolha que não fosse acreditar.
meses de incontáveis sessões terapêuticas que iam pelo ralo, te convencendo muito facilmente de que ninguém a não ser ele aceitaria uma pessoa tão quebrada e inconsequente...
deitou a cabeça na palma grande que te acariciava a maçã do rosto e descansou as pálpebras, suspirando e sentindo o corpo doer devido toda força que usara antes. e assim que sentiu os lábios grandes pousarem nos teus, rachados e trêmulos, não resistiu.
— me deixa cuidar de você... — pipe silvou contra o selar.
a mão dele deslizava para sua nuca te segurando por ali enquanto a outra livre descia para uma de suas coxas, fazendo um carinho manso, querendo que você relaxasse. ele tinha um cheiro bom, - tinha estudado minuciosamente para escolher as notas do perfume que mais te agradariam. pedia passagem com a língua sem dar importância para o gosto amargo na sua boca e aos poucos você derretia sobre os lençóis.
o corpo era pesado e estava emanando um calor reconfortante. pressionando sua estrutura pequena enquanto o ósculo se tornava mais necessitado.
te soltava os pulsos permitindo que você o tocasse os fios castanhos sedosos, emaranhando-se ali enquanto suas línguas dançavam, girando e enrolando uma na outra. quando se afastavam, um fiozinho de saliva ainda os conectava. tinha tanto tempo desde que não era tocada assim que tudo ficava mais intenso.
arfou quando os lábios rosados do maior selavam suas clavículas, beijando e lambendo todo o seu colo, e não parando, apenas descendo um pouco do decote do vestido e colocando um dos biquinhos arrebitados na boca. mascava o mamilo, chupando com força antes de abrir a boca e colocar o máximo do seio dentro para mamar, fungando manhoso.
era horrível que fosse tão bom... se sentia suja, mas queria mais, forçando a cabeça dele até o outro lado para dar a mesma atenção ao biquinho que era negligenciado.
— eres tan buena, tan mia... — ele soprava contra sua pele.
o via se colocar de joelhos e tirar a camisa que vestia expondo o tronco forte e trabalhado. o abdômen desenhado e o peitoral largo... levou a ponta do pé até lá, vendo como parecia minúscula - todas as suas partes eram - perto dele, deslizando pelos gominhos torneados antes que ele sorrisse e puxasse para cima, envolvendo alguns dedinhos com a boca para chupar e soltar estalado.
tirou seu vestido em sequência adentrando as mãos enormes por baixo e subindo até que passasse a peça por sua cabeça, jogando longe, logo mais se curvando e beijando sua barriguinha. mordiscava algumas vezes em volta do umbigo te fazendo eriçar. aos poucos a lubrificação que melava seu canal ia se acumulando e umedecendo a calcinha, te deixando afetada.
pipe te virava de bruços e puxava um travesseiro para colocar debaixo do seu quadril, só pra te ter empinada. enchia as mãos com seus glúteos e apertava, afastando as bandas e soltando; vendo a carne balançar. você era tão gostosa, tão linda, tão dele... mordia de levinho ali também antes de descer a calcinha e ver sua bucetinha estreita reluzindo. apertava as laterais fazendo os labiozinhos se espremerem mais um contra o outro e entreabria a boca antes de vergar-se e inspirar o cheiro do seu sexo, revirando os olhos e levando a mão até o próprio falo coberto para se apertar por cima da calça.
ia se condenar mentalmente por estar tão excitada já, mas não teve tempo quando felipe começava a te devorar naquela posição. ele enfiava o rosto entre as suas pernas abocanhando sua buceta e sugando despudorado. lambia animalesco arrastando o músculo quente do grelinho até a entradinha traseira onde forçava para encaixar a ponta e mexer te tirando choramingos sôfregos.
quando você estava toda babada ele se distanciava observando a obra. chutava o próprio jeans para se livrar da roupa e sentava na cama, te trazendo para o colo, com você de costas. o membro duro na cueca te espetava a lombar enquanto ele amassava seus seios e beijava seu pescoço.
— tá vendo, nena? só você me deixa assim duro... não quero mais ninguém. tem que ser você. — sussurrava arrastado na sua orelhinha antes de mordiscar o lóbulo.
descia a mão até sua rachinha e dava tapinhas sobre a púbis melecada, rindo seco atrás de ti notando como você reagia a cada ação. segurou seus quadris e te ergueu o suficiente para que pudesse retirar o membro do aperto e ajeitá-lo na sua entrada. no mesmo instante seus olhos corriam para ver o tamanho avantajado. ele era grosso e a glande estava inchada vazando pré-gozo.
— n-não vai caber. — negou subitamente apertando um dos antebraços do maior tentando se levantar, se frustrando já que com apenas um braço ele te mantinha no lugar.
— lógico que vai. você não entendeu ainda? nós fomos feitos um pro outro... — dizia antes de te deslizar para baixo fazendo o cacete penetrar até o fim.
você puxava o ar com a sensação sufocante. era grande demais, preenchia todos os cantinhos possíveis e alargava suas paredes que se esforçavam para fazê-lo acomodar. sua barriguinha estufava automaticamente e o clitóris ficava todo expostinho por conta da pele esticada enquanto felipe por muito pouco não te partia ao meio. suas perninhas inquietavam e você chorava baixinho com a ardência, pedindo que ele fosse devagar como se recitasse um mantra.
começava te guiando, apertando seu quadril para te fazer subir e descer e soltava a respiração falhadamente "muito apertada, porra...", sussurrava sozinho enquanto te fodia. queria ter um espelho para ver você de frente, mas conseguia imaginar como estava. a cada vez que colocava até o talo um som molhadinho ressoava; era a cabecinha dele beijando o colo do seu útero, te fazendo arrepiar inteira.
ele era paciente, não aumentava o ritmo, mas o seu aperto intenso estava fazendo todo o trabalho para ele, apertando toda a extensão como se quisesse expulsá-lo enquanto você mesma babava e balbuciava algo apoiada no ombro dele.
quando já estava treinadinha, o garoto te deixava subir e descer como queria, cheia de dificuldade já que era empaladinha por ele. sentia-te rebolando e ouvia as lamúrias dizendo que era demais para si.
te puxava para ficar com as costas coladinhas no peitoral e descia os dedos de novo para sua xotinha, massageando em círculos o pontinho que pulsava antes de subir um pouco a mão e pressionar o baixo ventre inchado com ele dentro; sua reação era espernear e colocar a mãozinha pequena sobre a dele.
— assim, hm? olha como você me tem bem, amor... bem fundinho, atolado em você... — a palma botava mais força e você conseguia sentir internamente os centímetros deslizando no vai e vem. — e quando eu gozar você vai ficar toda buchudinha, não vai? vai tomar a minha porra e guardar aqui, sí?
nenhum pensamento coerente se formava no seu consciente mais, nenhuma frase saía, e toda a estimulação fazia seu corpo ficar inflamadinho, cada vez mais perto de gozar.
ele não estava diferente, o membro pulsava, as veias salientes que massageavam sua cavidade nas estocadas denunciavam o quanto ele estava perto latejando de forma dolorosa naquela bucetinha tão justa sua. ficando pertinho do ápice felipe usava as duas mãos para te guiar de novo, ouvindo o plap plap das suas coxas chocando contra o colo dele e o barulhinho encharcado que a mistura da sua lubrificação com a porra dele começavam a fazer.
mas, se segurava, esperando que você arqueasse e desse um gemido alto e penurioso enquanto atingia seu orgasmo para poder se desfazer junto. o leitinho dele te lotando.
pipe arfava com a cabeça apoiada na sua enquanto a boca entreaberta buscava ar para se recuperar e as mãos te percorriam, sentindo todas as curvas e a pele morna e macia abaixo. virava seu rosto e tomava seus lábios outra vez. "te amo, te amo tanto", segredando amolecido.
e de fato amava.
amava loucamente e de uma forma que você nunca poderia compreender por completo. viraria o mundo de cabeça pra baixo por você, moveria mares e montanhas se fosse possível e não deixaria que ninguém te perturbasse, não permitiria que qualquer coisa ou pessoa ficasse no seu caminho e te faria entender que só ele poderia proporcionar aquilo tudo.
e era por isso que você devia amá-lo de volta. além do mais, você já estava ali... não era como se ele fosse te deixar escapar.
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hansolsticio · 4 months ago
Note
ok, segura que dependendo de como ficar eu mando outra ask ou sei lá porque eu escrevi um >resumo< e ficou enorme.
adendos: como foi um sonho, vai ter coisa confusa (como uma janela no banheiro que dá pro corredor?) mas vamos apenas ignorar e seguir pois o foco aqui é um joshua com seus "fuck me eyes" e uma tensão sexual do caralho.
tá, me acompanha com calma.
você estava em casa com seus colegas de quarto e sabia que ele viria visitar, mesmo que não fosse com o objetivo de te ver. tentou não parecer nervosa, mas quando ele atravessou a porta e te encarou daquele jeitinho, enquanto cumprimentava seus amigos... é, fodeu.
no contexto do (meu) sonho, vocês se conheciam, mas não eram próximos. o grupo de amigos era o mesmo, mas mesmo que você não se conhecessem direito, sabiam que tinha algo ali no meio.
sempre que se encontravam, tinha aquela troca de olhares, como se um segredo fosse compartilhado apenas por vocês. a garotinha pura do grupo que não falava muito e o rapaz mais cavalheiro possível. por fora era inocente, mas entre vocês ardia demais.
ah, e não é como se vocês tivessem tido uma interação enorme, tá? vocês nunca trocaram mais de duas palavras, um "oi" e um "tchau" nos rolês, junto de um sorriso nervoso e um abraço desajeitado.
e era por isso que na cabeça de ambos tinha aquele medo: "será que sou só eu? será que eu tô imaginando coisas? esse tesão inimaginável é só meu?"
e olha só, no final não era. :)
quando ele entrou em casa, te deu um oi simples de longe, mas com aquele olhar queimando tudo dentro de ti. como se ele te comesse com os olhos, sutil o suficiente pra só você perceber.
você pediu licença e foi tomar banho (uma desculpa besta só pra se afastar, ou apagar seu fogo). porém, a água gelada parecia ter sido gasta a toa, já que ao sair só de toalha do banheiro, pingando no chão, ele estava no corredor.
foi meio segundo de uma troca intensa de olhares, daquele jeitinho que só vocês sabiam. ele te encarava forte o suficiente pra fazer você acreditar que, por um segundo, ele iria realmente pular no seu cangote e te foder tanto que suas pernas parariam de funcionar.
mas ele só sorriu. ele sorriu e você seguiu caminho pro quarto, envergonhada. talvez o devaneio tivesse durado muito e ele percebeu, mas agora já foi. paciência.
e foi a vez dele de tomar um banho. talvez, ele e os amigos fossem sair, e tivessem combinado de se arrumar juntos.
você fez questão de se trocar no quarto que era na frente do banheiro, com a porta encostada pra que aquela brecha fosse mais do que o suficiente para mostrar seu corpo.
já que ficaria em casa, vestiu um conjuntinho vermelho de renda, mas confortável, e um blusão branco por cima. inocente e provocativo. você queria mais do que tudo tirar a prova do que existia entre vocês dois.
joshua te fitou pela fresta. você sabia que ele estaria te encarando.
enfim, começou a se tocar lento, só passando a mão no corpo encarando um nada, como se estivesse distraída com alguma dor forte muscular. bobagem. queria que ele visse o que tinha por baixo da sua roupa.
deixou o blusão cair enquanto se massageava, desviando o olhar de vez em quando pra janela e confirmando se a silhueta continuava a assistir.
e ele estava.
joshua demorou mais no banho do que o previsto, o que te deixou meio impaciente. você se contentou em colocar novamente o blusão e aguardou na sala, mexendo no celular enquanto comia alguma besteira.
até que ele saiu. a toalha na cintura e o cabelo molhado que pingava sobre o peitoral eram um charme, mas o olhar matava. vocês se fitaram novamente no corredor, com os papéis invertidos, e foi a sua vez de sorrir.
foi um sorriso gentil, inocente, como se você não tivesse dado um show há uns minutos. e isso com certeza o afetou.
ele atravessou o corredor e usou o seu quarto para se trocar, como havia sido acordado anteriormente pelo seu amigo. mas era a oportunidade perfeita pra ficar sozinha com ele.
bateu na porta e pediu licença, não esperando uma resposta concreta para abrir. era seu quarto, afinal.
deu a desculpa fajuta de pegar algo seu. evitou ao máximo encará-lo diretamente, fuçando as suas coisas como se procurasse algo. mas só queria dar tempo o suficiente para que ele fizesse alguma coisa.
e no final, não houve diálogo. não houve preparo, um aviso, nada. em um segundo você estava revirando a sua gaveta, e no outro joshua te prendia na parede.
ele já estava vestido, mas não era o suficiente pra fazer ele ser menos atrativo. a franja lhe cobria os olhos, mas eles estavam claramente encarando você toda. te comendo, devorando.
sentiu o corpo acordar com um calor tremendo, com o tesão aumentando a cada instante apenas de tê-lo ali, tão próximo de si.
a minha memória curta não me permite lembrar de muita coisa, mas só isso já me deixou ansiosa de um jeito gostoso. não teve nada explícito, mas só essa expectativa e tensão parecem ser deliciosos por si só.
tô carente e com tesão. quero o joshua com skin de bom moço por fora e diabinho por dentro.
sosolie, se você quiser continuar ou usar isso de base eu iria ADORAR. um joshua amigo do seu colega/irmão que adora se passar por cavalheiro mas na verdade tá doidinho pra te comer.
desculpa isso tá enorme. me perdoa. com licença, te adoro ☝🏻
eu queria começar falando que pedi uma refeição e você serviu um BANQUETE para nós entusiastas do 'shua carinha de santo', agradecemos muito pelos seus serviços 🙏🏽🙏🏽🙏🏽
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n/a: o tempo bisonho que eu levei pra fazer esse se justifica no fato de você já ter nos dado a fic completa, então eu não sabia muito o que falarkkkkkkkk
OBS: Eu não garanto que consigo seguir a mesma linha de raciocínio da história, mas posso fazer alguns comentários sobre o assunto no geral.
A skin de amigo do seu colega de quarto/irmão cai como uma luva no conceito "Shua cara de santinho", porque deixa as coisas muito mais excitantes do que já são. Afinal, é comum que exista esse código esquisito entre os homens que colocam as mulheres mais próximas deles como "fora dos limites" para outros homens. E você ser alguém praticamente proibida, deixaria o Joshua com mais tesão ainda.
As coisas entre vocês não iriam começar assim logo de cara, eu acredito que o Shua ainda iria levar um tempinho para começar a fantasiar com você. No começo, seria puro respeito e ele basicamente mal olharia na sua cara. Mas com as visitas ficando mais frequentes e ele praticamente se tornando um novo morador na sua casa de tanto tempo que ele passa com seu amigo/irmão, a situação começaria a ficar diferente.
Os olhares se tornariam mais intensos, ele misteriosamente começaria a fazer uma perguntinha ou outra só para conseguir conversar contigo rapidinho. Ele jogaria algumas iscas durante as interações curtíssimas de vocês, só para ver se você "morde" — afinal ele não quer arriscar perder a figura de bom moço dele, sendo assim Shua precisa ter certeza de que você vai retribuir seja lá o que ele quiser te dar. Seria tudo calculado e discreto, seu amigo/irmão nem iria suspeitar já que o Shua é um homem tão comportadinho 😔🙏🏽.
E quando ele percebe que você retribui sempre que ele é mais ousadinho, a coisa vai triplicar. Joshua passa a te comer com o olho sempre que te vê e fica muito explícito, ele realmente encara seu corpo de um jeito totalmente descarado — e faz na intenção de deixar você saber. A voz agora desce alguns tons quando ele fala contigo, o tom é super complacente — quase como se você fosse meio... estúpida. Faz tudo de um jeitinho muito sonso, sem deixar ninguém mais perceber.
Gosta que você ache que é coisa da sua cabeça, que talvez você esteja ficando maluca. Parece que ele está jogando com você o tempo todo. Shua ama a ideia de que ele está te corrompendo aos pouquinhos, como se te condicionasse a enxergar segundas intenções em tudo o que ele faz — como se você fosse a pervertida da situação. Quer que você seja a primeira a ceder, que fique tão cega pelo desejo ao ponto de se oferecer abertamente para ele.
Quando você finalmente faz isso, aquele se torna literalmente o melhor dia da vida desse homem. É tudo arquitetado quando ele entra de mansinho no seu quarto e te faz arrumar um jeito de fazer seu amigo/irmão acreditar que ele precisou resolver algo fora da casa.
E esse homem vai te quebrar logo de cara. A mudança no comportamento é tão explícita que vai te deixar meio tonta. Joshua é um pervertido de marca maior e vai te tratar igual vadia ♡. Ele, inclusive, vai achar o fato de você estar surpresa uma graça. Afinal, você já deveria ter previsto isso... Shua jura que conseguiu te ler nas poucas interações que teve contigo, tem plena certeza de que você é tão putinha quanto ele imagina.
Como eu já disse, o caráter arriscado da situação vai encher ele de tesão e Shua não consegue evitar, vai querer realizar todas as fantasias possíveis contigo nesse tempinho que vocês estiverem sozinhos — afinal ele não sabe quando vai conseguir outra oportunidade. Por isso, vai ser a foda mais suja de toda a sua vida.
Ele não tem tempo a perder, vai foder sua boquinha até te ver engasgando, te ensina a fazer do jeitinho que ele gosta.— a voz doce sussurrando bonitinha no seu ouvido o que você precisa fazer, perguntando se você vai deixar ele jogar a porra dele no seu rosto 😵‍💫. Marca seu corpinho quase inteiro — em lugares que ele sabe que você é capaz de esconder depois — e só não te enche de tapa porque faria muito barulho. Mama nos seus peitinhos até cansar, mordendo e babando eles inteirinhos.
É uma experiência um tanto interessante... Shua realmente vai te tirar do eixo com o quão safado ele consegue ser. Vai falar uma tonelada de putaria no seu ouvido, tudo isso com os dedos bem no fundo da sua buceta. A outra mão vai estar ocupada demais cobrindo sua boca porque, segundo ele, "você é uma puta muito escandalosa".
Te come ali mesmo em pé e contra a parede (novamente, sua cama faria barulho demais) e faz questão de gozar bem em cima da sua bunda — acredito que ele tenha um tesão enorme em cobrir sua pele com algo tão "sujo", pois isso contribui para a fantasia de estar te corrompendo.
No final, ele ainda ri bastante do seu rostinho perdido, completamente burrinha depois de ter gozado super gostosinho. E te faz arrumar um jeitinho para ele sair as escondidas da casa — afinal, vocês precisavam sustentar a mentira de que ele havia saído.
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nominzn · 1 year ago
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127 com ciúmes; I
dividi esse hc em três partes pra construir contextos um pouco mais detalhados.
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taeil
apesar de ainda não terem nada sério, taeil não é de brincadeira. na verdade, ele deixou isso bem claro desde o início dessa enrolação que vocês têm. se não estivesse tão na tua, já teria metido o pé porque mal se aguenta vendo os caras flertando contigo bem na cara dele. é só deixar você sozinha por uns minutos que aparece um desavisado tentando a sorte contigo, o que deixa ele obviamente puto.
hoje não é diferente, taeil se afasta para pagar a conta do bar e pede para que o espere ali mesmo perto do balcão. já tinha te levado pra jantar, já tinha te amolecido com os seus drinks favoritos, agora os planos da noite são uns beijos - ou mais - na casa dele, onde ele anseia aliviar sua tensão após a semana intensa no trabalho.
voltando para te buscar, ele logo repara no idiota que te oferece umas cantadas baratas. você o procura com os olhos, rezando pra que ele volte logo. ao mesmo tempo que a visão o enfurece, sua postura o enche de confiança.
"voltei, princesa." taeil anuncia ao enroscar o braço esperto no seu quadril, te aproximando dele com uma força deliciosa.
ele encara o outro por um momento, que nem se dá o trabalho de continuar ali, apenas dá meia volta e some.
"até que esse era bonitinho." a sua intenção é provocar, óbvio. faz uma cara de séria e tenta disfarçar o máximo, comemorando no interior ao perceber que funciona.
o cenho de taeil está franzido, o olhar questionador e irônico quase te te corta ao meio.
"posso te deixar livre, se quiser." é o contrário do que ele queria dizer, mas a raiva não o permite pensar direito.
veja bem, ele normalmente não é assim. é bem centrado, mesmo com ciúmes não diz nada, apenas desconta nos beijos mais fervorosos e nas confissões sujas ao seu ouvido. o problema é que foi provocado, e ele não gosta nada da ideia de te dividir.
"então se eu for pedir o telefone dele agora, tudo bem por você?" passou dos limites, reconhece. a questão é que você também não tá pra brincadeira, quer taeil de verdade, mas gosta de levar as coisas num ritmo devagar. esse período gostosinho de 'se conhecerem' já se arrastou demais, porém não pode desperdiçar a chance de testá-lo. "tô brincando, ilie."
ele ri, metade com alívio e metade com escárnio.
"brincadeira tem hora, princesa. faz isso de novo pra ver." ele declara, implantando a tensão no ar... e no carro, e no sofá, e na cama.
a brincadeira e a enrolação acabaram bem naquela na noite, nos braços do ciumento.
johnny
"não, e o pior você não sabe. ela ainda reclamou comigo que eu não tinha enviado nada, mas mostrei logo as conversas pro grupo inteiro." você termina de gravar o áudio de fofoca pro seu amigo doyoung, que perdeu a maior briga do projeto porque precisou faltar a aula.
johnny ouve a conversa em silêncio, terminando de despejar a pipoca nos baldes que tinha separado. sextas à noite são reservadas pra vocês dois, um filme da lista de espera, e é isso. só. por que doyoung está, então, recebendo a atenção que deveria ser dele? a fofoca pode ser contada depois.
você abandona o celular, por fim, e segue o namorado para a sala, levando os copos de refrigerante para ajudá-lo.
"nossa, só uma pipoquinha mesmo pra esquecer esse dia." suspira aliviada enquanto se esparrama no sofá, aproveitando pra estirar as pernas sobre as coxas musculosas de johnny.
nenhum sinal de vida, nem te olha. o silêncio te faz fitá-lo, ele olha para a televisão sem nem tentar disfarçar o bico enorme que tem nos lábios.
"mô..." cantarola ao sacudir os braços dele com os próprios. "que houve, hein?" ajoelha-se ao lado dele, deixando alguns beijinhos na bochecha, mandíbula, nos ombros. ele cruza os braços, aumentando o bico.
"ai, dodô. que isso, que aquilo outro. você não sabe o que ela disse, dodô. mimimi, pipipi, popopó. te amo, meu dodozinho." johnny debocha numa tentativa de te imitar. você segura a risada para não aborrecer o namorado, mas as bochechas cheias te entregam. "ri de mim mesmo, pode rir."
"ô, minha vida..." segura o rosto do moreno para fazê-lo te olhar de verdade. "você é o meu amor, tá bem? não tem outro que eu ame mais que o meu na-mo-ra-do." a declaração derrete o coração de ferro, porém a birra ainda persiste por orgulho falso.
"quem é namorado?" ele brinca, arqueando a sobrancelha. agora seria a prova real. "se me ama mesmo, fala certo."
"ah, johnny. sério?" você revira os olhos, balançando a cabeça negativamente ao passo que ele confirma. "aff, tá bem."
"fala, então. te amo, mo..."
"te amo, momolado." não acredita que ele te fez dizer isso só de sacanagem.
johnny sorri satisfeito e finalmente te toma nos braços dele, dando play no filme. vira e mexe te dá algumas pipocas na boca e oferece refrigerante, amando ouvir suas respostas para cada pergunta boba que ele faz sobre o enredo que se desenrola. como ama ser seu, especialmente sextas à noite.
taeyong
é segredo que taeyong adora ser o centro da sua atenção, por isso mesmo que todo mundo sabe. por isso mesmo que todo mundo, yuta em especial, torna a vida do garoto mais difícil.
"eu nunca vi harry potter." admite com voz baixa para que só taeyong ouça, a mesa está num debate fervoroso sobre a saga.
"como assim?" o sussurro ofendido fica mais leve ao ver o sorriso brincar nos lábios dele. "não pode ser. bora marcar pra fazer maratona."
"BORAAAA! mó tempão que vi todos." yuta se intromete no diálogo, quebrando a alegria de taeyong por finalmente ter engatado um assunto contigo.
mark controla a risada ao tirar foto da cara de enterro que o hyung faz. essa viraria foto do grupo, certeza.
"caraca, hyung, lançou a braba." hyuck põe mais pilha, sem nem mesmo saber sobre o que a zoação se tratava.
é claro que você sabe o que está acontecendo, quer poder ajudar taeyong a sair por cima, mas é tão fofo o rostinho enfezado porque os amigos não param de caçoar.
yuta arrasta a cadeira até o seu lado, te abraçando com um braço só pelo resto da conversa. sempre fora carinhoso, porém agora tem mais uma motivação: o olhar ciumento do amigo. ainda deixa uns selares no topo da sua cabeça entre as rodadas de uno, mordendo os lábios para fingir não notar a raiva de taeyong inteiramente direcionada para si.
antes de irem embora, ajudaram o anfitrião inquieto a arrumarem a bagunça. despedem-se um por um, e você propositalmente fica por último. abraça o mais alto pelos ombros, fazendo-o apoiar a face na curva do seu pescoço. ele aproveita para relaxar a tensão das brincadeiras dos amigos distraídos lá fora.
"eu ia amar se a gente fizesse a maratona só nós dois." você sussurra com sorriso na voz, deixando um beijo na bochecha do yong.
os olhões animados te miram por uns segundos, procurando uma confirmação se tinha ouvido certo. você ri da inocência doce dele, se despedindo de novo antes de entrar no carro de johnny com um aceno discreto.
ao fechar a porta, comemora sozinho a chance que ganhou. quem ri por último, ri melhor.
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tinyznnie · 1 year ago
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Too late to apologize - l. h.
Haechan x leitora gênero: angst wc: 705 Apologize - One Republic
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Você estava incrédula. Seus olhos pareciam te enganar, tudo parecia uma realidade paralela onde você sofreria por anos a fio depois da cena que estava a sua frente. Tudo começou com o sumiço de Hyuck durante o dia todo, nenhum mínimo sinal de vida nas últimas 18 horas; você estava preocupada, ligava freneticamente pra todos os amigos dele, mas nenhum deles sabia de nada. Bom, nem todos os amigos. Haechan começou a sair com algumas pessoas estranhas recentemente, e ele não era mais o mesmo desde que isso começou. Antes, ele era um namorado doce, basicamente parecia ter saído de um livro de tão perfeito que era. Lembrava o teu pedido de café favorito, te ajudava com os estudos, mesmo que não tivesse a mesma matéria que você, e te buscava na faculdade sem que você precisasse pedir. Você era apaixonada, teria como não ser? Mas agora, tudo estava diferente, o seu doce Haechannie não existia mais, ou estava adormecido por baixo da nova persona de Hyuck, que esquecia dos encontros, ou que enchia a cara mais vezes na semana do que deveria, e que nem se dava ao trabalho de te procurar se você não procurasse por ele.
Mesmo assim, você não deixava de procurar por ele, de tentar salvar a relação que já estava desgastada e parecia fadada ao fracasso. Foi assim que você se encontrou dentro de um carro de aplicativo, indo em direção a um endereço que uma garota da sua aula de economia te enviou, porque ela viu o quão desesperada você estava atrás do namorado. Então você viu uma casa enorme, com pessoas amontoadas até no gramado, e seu estômago revirou ao ver que tinham pessoas vomitando atrás de um banco na rua, mas estava determinada a encontrá-lo. Descendo do carro, você foi caminhando até a parte interna da residência, e como se o destino realmente quisesse que você sofresse, você conseguiu ouvir em bom som, mesmo com a música eletrônica horrível que tocava, as palavras de Haechan:
"Eu estou cansado dela, aquela garota só sabe ficar no meu pé, e eu quero viver." ele comentava com um dos ditos amigos, passando o cigarro de maconha — seu mais novo hábito ruim — para o próximo. Não era bem o que ele dizia pra você, nas raras ocasiões que conseguiram ficar juntos nas últimas semanas.
Ele ainda não tinha notado sua presença, mas só demorou alguns segundos pra um dos homens sentado ao lado dele apontar pra você, que já estava com o rosto molhado pelas lágrimas, então ele se levantou, branco como se tivesse acabado de ver um fantasma, e foi aí que ele percebeu que tinha ferrado com tudo.
"Meu amor, eu…" ele começou, tentando segurar sua mão, mas você puxou rapidamente.
"Meu amor? É sério? Não 'a garota que só fica no seu pé'?" você retrucou, o que genuinamente assustou Haechan, porque responder assim não era seu estilo.
"Meu bem, isso tá fora de contexto, não…" ele continuou tentando e você o interrompeu.
"Não, Donghyuck. Eu tentei procurar desculpas, tentei de todas as formas me convencer que isso ia passar, indo atrás de você, mas… Eu cansei." Você respirou fundo, limpando o rosto com o dorso da mão. "Você pode ir viver agora, eu sinceramente não tenho cabeça pra isso." Foi sua última frase antes de sair andando, esbarrando em diversas pessoas no caminho até a porta.
Você até ouviu Hyuck gritando seu nome em meio à multidão, mas estava machucada demais pra voltar atrás, as pequenas coisas que aconteceram em seu relacionamento fazendo cortes e mais cortes em seu coração. Caminhou de volta pro dormitório madrugada a fora, até ficou surpresa que nada te aconteceu pelas ruas, mas com tudo, talvez você nem teria ligado.
Sua colega de quarto tentou te perguntar o que tinha acontecido, ela estava acompanhando o drama com Haechan desde o dia 1, assim como os amigos dele, que enchiam seu celular de mensagens, provavelmente a pedido dele; você não respondeu nenhuma, só desligou seu telefone e foi deitar na cama, deixando a dor te consumir e as lágrimas rolarem por seu rosto. Queria ficar sozinha, passar por tudo aquilo com a única pessoa que verdadeiramente entendia o que estava sentindo: você mesma.
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booklovershouse · 6 months ago
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Oi oi, booklovers!
Esse post pode gerar uma treta literária? Provavelmente, mas estou escrevendo até pq não fui a única que pensou assim e, com a confirmação do segundo filme, acho que é bom apresentar minha opinião sobre o primeiro.
Antes de tudo, vou deixar bem claro novamente que meu xodó é MVFS e a última vez que li FMF foi em 2019 - fora FMF lado B e os quadrinhos em 2021 - , então tem algumas coisas da história que não lembro, ou seja, problemas no enredo não são o foco desse post.
O filme de Fazendo Meu Filme foi aguardado por muito tempo, com quase três anos entre o fim das gravações (que eu acompanhei igual uma maluca, assistindo todos os stories e até baixei o TikTok pra ver oq o elenco postava por lá) e o lançamento do filme. Todo esse tempo gerou uma expectativa enorme em nós, amantes de filmes de amorzinho e livros cor-de-rosa.
Mas, agr que já expliquei o contexto, vamos às minhas opiniões - senta que lá vem o TCC 🙃
🩷| Fani Belluz
Que lugar melhor para começar do que pela nossa prota? Uma das coisas que me incomodaram foi a personalidade da Fani.
No livro ela é tímida, mas a Fani das telinhas tá longe disso. E eu sei do que estou falando, pq já fui tímida e sou introvertida. Ela parecia a líder do grupo, andando na frente e no centro, todo mundo calado prestando atenção no que ela falava.
Ok, ela é a protagonista, mas acho que exageraram nesse traço.
E tbm senti a parte da Fani ser apaixonada por filmes um pouquinho fraca. Se não fosse aqueles "remakes" de cenas de filmes - inclusive, foi meio ridículo e quebrou a dinâmica da história -, eu nem """lembraria""" disso. Seria melhor se as referências fossem implícitas, tipo soltar uma frase de filme ou sei lá. Coisas que a gente faz de vez em quando.
💿| Léo Santiago
Muita gnt disse que o Léo tava meio "sem sal" e que parecia "mais tímido que a Fani" e cara, eu concordo. Creio que não é culpa da atuação do Xande, mas sim o fato de que o pobre coitado mal teve destaque no filme, mesmo sendo o par romântico da protagonista.
Sabe, o personagem sempre foi super animado, festeiro, amigo de todo mundo e ele tava tão apagadinho, parecia até ser um secundário.
🩷| Rodriscila
Sim, o filme não é deles e eles mal aparecem no livro, eu sei - e que pena, pq parece que a adaptação de MVFS não vai ser anunciada nunca - mas gente, pelo amor de Deus, eles tiveram menos de dois minuto de tela, apareciam sempre juntos e ainda dividiam as falas. Ok, eles são um casal, mas que sincronia é essa pra eles falarem a mesma coisa ao mesmo tempo mais de uma vez? Em que universo isso é real???
Senti que meu Rodriscila foi humilhado 🤡 Poderiam ter aproveitado o momento pra fazer propaganda.
💿| Quebra da quarta parede
Esse estilo veio ganhando força nos filmes atuais, inclusive com obras maravilhosas como Enola Holmes, mas confesso que esperava algo bem diferente. Fazendo Meu Filme se passa no início dos anos 2000 e a protagonista é apaixonada por filmes da época, o mínimo seria receber uma adaptação estilo comédia romântica dos anos 2000.
Acho que fizeram isso pra introduzir as "falas" do livro, apresentar os personagens pra qm não conhecia e tals, mas antigamente não tinha nada disso e a galera conseguia entender, então não acho tãooo necessário. Além disso, parece que deixou o filme "seco", não havia uma continuidade de uma cena pra outra.
🩷| Juju e Inácio
Não tenho muita certeza, porém achava que tinham escolhido uma atriz pra Juju, sobrinha da Fani que, pelo que me lembro, aparece no primeiro volume umas duas vezes. Aí, quando vi, nenhum sinal dela o filme inteiro 🤡
Melhor foi o Inácio (o outro irmão da Fani) aparecendo beeeeem escondido na cena do aeroporto com a esposa dele. Imagina a galera que nunca leu o livro sem saber quem raios eram aquelas pessoas.
💿| Fanielo
O livro é adaptação de FMF1, mas tem alguns detalhes da história que a gnt só descobre em FMF Lado B, fora que, acabou deixando o romance entre eles um pouco "sem fundamento". A gente não viu muito do Léo apaixonado pela Fani, não teve um grande desenvolvimento, uma evolução de "friends to lovers", como diz a trope.
Em resumo, não foi ruim. Os atores tavam incríveis, a caracterização simplesmente maravilhosa (até a Gabi, que a gnt n tinha posto muita fé, pq ficou bem diferente da versão dos quadrinhos) e enfim, tava tudo lindo.
Foi muito emocionante ver meu grupinho favorito finalmente nas telas - dá vontade de chorar só de pensar que não foi invenção da minha cabeça kkkkkk -, mas o filme pecou na questão desenvolvimento.
Desculpem o post quilométrico, tô guardando minha opinião desde o lançamento kkkkk
Mas e vcs que assistiram - sei que devem existir pimentinhas por aqui - acharam oq?
Bjs e boas leituras <333
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joegrafia · 2 months ago
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Uma Coisa Absolutamente Fantástica - Hank Green
Queria ter gostado mais do livro de Hank Green – Uma Coisa Absolutamente Fantástica. Pronto. Começo logo tirando isso do caminho, porque sei que o livro é mais do que essa impressão que me acompanhou da primeira à última página.
Uma Coisa Absolutamente Fantástica narra exatamente o que o título propõe: um acontecimento totalmente fora de série! E essa história fantástica, com traços futuristas e absurdos, é muito envolvente. April e Andy, um dia, se deparam com uma escultura gigante, que mais parece um robô, em plena madrugada, em um dos lugares mais movimentados do mundo. Decidem filmar um vídeo para documentar na internet e ver se ganham alguma notoriedade (altamente Vlogbrothers, não é mesmo?!). E acabam ganhando um enorme destaque mundial – já que, na verdade, de escultura, esse "robô" não tem nada. E essa coisa – absolutamente fantástica �� vai mudar o curso da humanidade.
Acho que as proporções das histórias que mudam o curso de toda a humanidade me afastam um pouco de me prender à trama, e sei que isso é algo mais pessoal. Quero dizer, como?! Como um evento nos afeta de forma global? Como um acontecimento fantástico poderia acontecer dessa forma? É claro que estamos falando de uma ficção. Então entra a figura de Hank Green para ajudar a "sanar" essa "falha".
Hank captura bem a percepção científica de tudo que acontece na história – o que é fantástico, já que ele mesmo é o "cara da ciência". Só por isso, me vejo envolvido em uma aventura narrada sob a perspectiva dessa ficção, desse acontecimento fantástico, mas até certo ponto também da ciência. Também dos elementos, da pesquisa – e da falsa pesquisa! Não sei ao certo em que momento Hank escreveu o livro, mas dá para perceber as alfinetadas que ele dá em fake news, na polarização – esta sim, mundial – e nas consequências duríssimas das guerras ideológicas e bélicas.
Hank consegue capturar um momento recente da história da humanidade, o que nos arrasta ainda mais para perto de uma realidade… Mas uma realidade atravessada pelo fato absolutamente fantástico de robôs gigantes alienígenas invadindo a Terra. Tá vendo?! É confuso, mas de um jeito bom. "A vida imita a arte, e a arte imita a vida…" Mas o fato permanece: mesmo sabendo que este livro rapidamente vai envelhecer (Hank usa muitas referências a uma internet do agora, com redes sociais e acontecimentos localizados no tempo. Isso tende a esvanecer rapidamente em livros), é muito legal ver a forma como ele conseguiu capturar toda uma década de polarização e conflitos e escrever uma ficção sob esses contextos.
Mas volto ao começo deste texto: Queria ter gostado mais do livro de Hank Green – Uma Coisa Absolutamente Fantástica. E queria ter me envolvido mais com os personagens – principalmente com nossa protagonista, April May! Fiquei frustrado com a forma como a personalidade dela preenche o livro e não parece ceder facilmente. O que comecei a achar que era apenas o autor querendo mostrar que, na verdade, não somos perfeitos e nem sempre estamos certos, acaba parecendo mais um "não, é isso mesmo. April é egocêntrica, egoísta e completamente cheia de si."
A obra alimenta esse comportamento da protagonista. Insiste no fato de que nada daquilo seria possível se não fosse pela mente de April May – e ela parece saber disso também. Quando parece que teremos a redenção, ou alguém finalmente a confrontou profundamente (como foi com Maya, ou Andy), ela entenderá tudo! Mas não. Logo em seguida, o livro prova novamente que talvez ela esteja correta. Talvez o esforço feito pelos outros valha mesmo menos que o dela. É irritante.
É claro que isso não significa que não gostei do livro. Para ser sincero, estou bastante envolvido! O suficiente para querer desesperadamente saber o desfecho, na continuação – que ainda vou comprar – Um Esforço Lindo e Fútil! Já disse antes e repito: Hank captura o nosso tempo e consegue comprimir isso em um livro repleto de mistérios sobre os alienígenas Carl, muita polarização política relacionada à ciência e quebra-cabeças envolventes que desvendam a origem (ou pelo menos o caminho) dos extraterrestres espalhados pelo mundo!
É nisso que o livro brilha: na união, no senso de comunidade (que, por algum motivo não muito claro, April ignora), na união dos personagens curiosos que cercam a vida de April May – Andy, Maya, Miranda… E suas mentes brilhantes, cada um com sua especificidade. Gosto também de como o livro gira muito mais em torno da reação das pessoas – dentro da internet – do que sobre o fato de que há seres fantásticos pairando sobre a Terra. É quase real demais para imaginar tudo isso. Me faz pensar como seria para nós, aqui e agora, fora da ficção, se descobríssemos os caminhos para os extraterrestres Carl.
Mais do que isso, é muito prazeroso ver um mundo que existe na mente do autor sendo descrito à nossa frente. Ver a relação de Hank com a internet e vídeos (um paralelo legal com os Vlogbrothers e o canal de Andy e April), ou mesmo toda a questão dos quebra-cabeças, ciência, dados científicos do mundo real x ficção. Sem contar a grande sacada do sonho compartilhado dos Carl – que imediatamente me fez lembrar desse "horror" que vem sendo propagado na internet, dos "Espaços Liminares". Seria o sonho dos Carl um desses lugares? Uma backroom? Nem sei, e também não sei se Hank conhecia esses conceitos, ou se foi apenas o zeitgeist.
Por fim, Uma Coisa Absolutamente Fantástica entrega exatamente o que seu nome tão adjetivo propõe: uma aventura fantástica sobre esse fato intrigante e inesperado. Uma trama que evolui como o fogo-vivo que é a internet. Com mistérios que só poderiam vir de alguém tão conectado com a ficção, a ciência e a música quanto Hank. Mal posso esperar pela continuação! Espero gostar ainda mais e que, quem sabe, ela resolva algumas das minhas questões sobre essa coisa absolutamente fantástica.
(Acho que tem dois Carls "estacionados" na orla de Olinda... Não acha?!)
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Uma Coisa Absolutamente Fantástica - Hank Green
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criticandocriticas · 2 years ago
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Perfect Blue (パーフェクトブル - 1997)
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Direção: Satoshi Kon
Produção: Hiroaki Inoue
Roteiro: Sadayuki Murai
Nota: Oi pessoal, tudo bom? Eu tenho episódios depressivos e acabo sumindo, mas eu estou de volta. Não desistam de mim.
Minha alma otaku está voltando e o ultimo desenho que eu assisti deu tanto gatilho, que eu tinha que assistir outros para lembrar porque eu gostava desse tipo de filme/série, então se prepare, que até que eu me lembre, vou falar muito sobre o assunto. Eu já tinha assistido "Perfect Blue", quando eu tinha uns 18 anos, e sinceramente, eu amei essa obra prima do terror psicológico que inspirou outros filmes como "Cisne Negro" de Darren Aronofsky, que nós já falamos na resenha de "A Baleia", e ainda na minha pesquisa, descobri que ele também se inspirou pra fazer "Requiém para um Sonho", comprando até os direitos! Mágico.
"Perfect Blue" é baseado numa novel com o mesmo nome, escrito por Yoshikazu Takeuchi que conta a história de Mima, uma Idol japonesa que está no processo de sair desse trabalho de cantora pop para fazer trabalhos mais adultos de atriz. Quando ela começa esse trabalho, Mima começa à desenvolver uma série de problemas psicológicos que nos fazem ficar sem saber o que é realidade enquanto a protagonista sente o mesmo. A partir daqui podem conter gatilhos para pessoas sensíveis, então fique por sua conta e risco. Não digam que não avisei!
Apesar de muita gente amar o trabalho, achar super difícil e complexa a história, eu tenho uma má notícia: Não é. "Perfect Blue" apesar de jogar um monte de semiótica na sua cara, a história por trás é muito clara se você não sair procurando pelo em ovo. Eu tenho que avisar que eu estudei semiótica na faculdade e continuei estudando muito, porque é um assunto que me apaixona demais. Óbvio que essa parte de referências, coisas escondidas, uso de cores e tudo mais é muito bonito e bem colocado, mas apesar de ser um filme muito lindo, ele não é complexo como a maioria fala. Nem tudo que tem elementos de semiótica é complexo, aliás, todo filme tem esses elementos, vocês só não procuram. "Psicose" de Hitchcock mesmo, é um exemplo gritante, é super simples mas cheio de semiótica e foi até objeto de estudo na minha faculdade.
A questão é que qualquer leigo assistiria o filme e entenderia que a história fala sobre a deterioração da saúde mental de Mima e outros personagens. Eu não sei se vocês conhecem o contexto da vida dos Idols no Japão, mas é importante entender que isso é muito importante pra a compreensão da história. As Idols são contratadas muito novas e elas precisam ter uma imagem impecável para o público. Por trás de todo aquele glamour e carinhas angelicais, tem uma pressão enorme em ser e parecer inocente, intocável (e intocada). Todas essas meninas (e acho que os meninos também) assinam um contrato em que uma das cláusulas é não ter um relacionamento amoroso ou sexual com ninguém e isso acontece porque a maioria das pessoas que seguem esses artistas são principalmente homens adultos que vêm elas como um fetiche de mulher perfeita que eles gostariam de casar. Basicamente esse é o produto vendido, mas óbvio que eles mascaram falando que é para dar um bom exemplo para a juventude e etc. Mas a gente sabe que não é bem assim e a gente viu algo parecido em "Happy Sugar Life".
Quando essas meninas não são mais meninas, é muito comum que elas abandonem a carreira de Idol. Se forem famosas e amadas o suficiente, se comportaram bem durante o tempo de contrato, conseguem algum emprego de atriz ou, se tiverem sorte, uma carreira solo de sucesso. Raros são os exemplos de alguém que envelhece e continua cantando pop no Japão, como a Kyary Pamyu Pamyu (30), mas ali a gata já tá em outro nível de divindade. No caso da protagonista de "Perfect Blue", Mima conseguiu um contrato como atriz num papel mais adulto e mesmo não querendo ir por esse caminho, ela aceitou. Só que ela construiu toda uma persona baseado no que esperavam dela e quando essa persona não tinha mais sentido em existir, a atriz desabou e perdeu a sua identidade. Acho legal comparar com a história da Miley Cyrus que foi por muitos anos uma menina Disney, fez a personagem "Hannah Montana" e um dia não tinha mais idade para essa série e foi obrigada a encarar o mundo real e adulto. Segundo a mesma, Miley precisou passar por todo um processo para conseguir se encontrar como pessoa e como artista.
Quando a mais nova atriz começa as gravações, percebe-se o nervosismo e o desespero em não saber mais quem é. Então, logo na segunda cena gravada nesse filme novo, Mima precisa performar uma cena de estupro. Nesse momento a vida dela começa a desandar e entramos na onda da perda gradual da personalidade, o diretor não deixa claro se ela foi mesmo estuprada ou se apenas se sentiu violentada, mas o fato é que a protagonista não estava só perdendo a sua identidade como artista pura e intocável, ela perdia também sua própria identidade e começa a ter apagões. Quando finalmente sua imagem infantil é manchada, a ex Idol se vê fazendo um ensaio fotográfico sensual, o que é bastante problemático, a sociedade inteira sexualiza esse estupro. Parece absurdo, mas é o que mais vemos na vida real: cenas de violências em geral contra mulheres sendo sexualizadas, fetiches sendo jogados na sua cara sem mesmo você perceber e consentir. Sexo vende, fetiches vendem e você não têm ideia de como vendem.
Paralelo a tudo isso, começam à acontecer alguns assassinatos, todos ligados à pessoas que trabalham com a Mima e que a violentaram de alguma forma. Além desse fato, nos é mostrado um blog chamado "O quarto da Mima" que é um diário da sua vida, que inclusive falam coisas muito pessoais, que só ela poderia saber. A protagonista chega até a se assustar com o site e fica paranoica, como existe um stalker na história, ficamos de início tentando palpitar se é esse cara que está perseguindo ela, se é ela escrevendo ou se é uma terceira pessoa que ainda não temos ideia de quem é.
Em um momento do filme, as coisas começam a ficar confusas porque não da para entender o que é real e o que é da cabeça da ex Idol, e o Satoshi Kon ainda joga uma cena do filme de uma doutora dizendo que ela tem transtorno dissociativo de identidade (o famoso multiplas personalidades) o que confunde tudo. Aquilo ali é real ou só uma cena do filme de Mima? Eu sinto que ninguém prestou muita atenção, é que tudo que parece errado e que trás um desconforto, tá errado. É muito claro com o stalker, por exemplo, que tem um rosto estranho, os olhos tortos e separados, mas não é só esse personagem que é assim. Os que são considerados "doentes" tem um aspecto mais deformado e por não causarem tanta estranheza quanto o perseguidor obcecado, passam despercebidos, então, quem assiste fica surpreso no final. Você consegue lembrar de alguém muito importante na história que passa esse sentimento e que te surpreendeu?
Se você pensou na Rumi, que é aparentemente uma das produtoras, acertou em cheio. Ela tem um rosto mais deformado, olhos muito separados e é a pessoa que mais se incomoda com o rumo da carreira de Mima. A mulher reclama o tempo todo, não quer deixá-la fazer a cena violenta, sai do estúdio chorando e revoltada com o que estava vendo, como se estivesse vivenciando toda a experiência. Spoiler: Era isso mesmo, na cabeça dela, em muitos momentos, Rumi vive indiretamente a vida de Mima, quando dissocia, se torna a Mima que ela idealizou e passa cometer os assassinatos em nome da honra da sua persona.
Sobre os elementos de semióticas, é aí que conseguimos reparar porque acham tão complicado. Satoshi Kon joga muito com espelhos e a cor vermelha, como você consegue ler ou assistir em qualquer lugar, mas ele também joga com cores sóbrias em muitos momentos. Essa é a realidade. Não se trata apenas da cor vermelha presente nas cenas de violência ou para passar o sentimento de que algo está errado, ele também identifica quando as personagens estão tendo um episódio dissociativo, enquanto as cores sóbrias mostram a realidade. No final, sabemos que todas as cenas do filme dentro da história foram reais e a grande protagonista era Rumi com seu alter ego, Mima era só uma atriz fazendo o que foi mandado e tendo seus momentos de psicose e sofrimento paralelos ao enredo principal.
A verdade é que a maioria das pessoas prestaram atenção maravilhadas à somente os elementos de semiótica e esqueceram da história. Eu disse que era simples, é linear. A história fala sobre duas mulheres em processo dissociativos por traumas e sobre a pressão de ser quem os outros esperam delas. E sinceramente, eu nunca pensei que um filme de 97 fosse tão atual como agora com todas essas personas que inventamos para que possamos ser aceitos e amados nas redes sociais ao mesmo tempo que esperamos das personas de outras pessoas. Muitas vezes deixamos de ser nós mesmos em busca de aprovação, criamos o tempo todo máscaras para cada ambiente que convivemos: uma pessoa mais séria no trabalho, uma mais divertida e maluquinha com os amigos, outra mais responsável e amorosa na frente da família. Mas quem nós somos de verdade? Você tem sido você mesmo ultimamente?
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Capítulo 192
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Armin se isolou completamente após nosso pedido de achar a Debrah.
Ficamos todos em silêncio enquanto ele fazia suas pesquisas, no máximo falávamos baixo entre nos.
“Ah, que horas são?” Azriel perguntou um tanto desesperado.
“Hora de aventura” Armin respondeu sem sequer tirar os olhos do computador ou mudar sua expressão. Bem, no meu caso e provavelmente no caso do Nath, que o conhecemos muito bem, notamos um leve sorriso de canto.
“Tem certeza que ele tá mal Boreal?” Nathaniel questionou enquanto dava um sorriso por conta da minha cara de quem queria bater no Armin… como sempre. E assim, deixando claro que eu estava certa e ele notou o sorriso de Armin.
“São 10 da manhã” Alexy respondeu ignorando completamente o Armin.
“Vou ficar só mias alguns minutos, não quero me atrasar pra encontrar o Hyun.” ele completou.
“Hyun? O rapaz que fica no restaurante?” Nathaniel perguntou.
“Sim, ele mesmo! Todo dia de manhã ele me ensina a cozinhar, primeiros socorros e várias coisas importantes pra ajudar no grupo, ele me ensina muita coisa daqui sabe, então sempre vou ver ele!” Azriel respondia sendo inocentemente quebrado por Alexy
“Ele te ensina a beijar também?” Ele ria falando isso.
“Para Alexy! Nada a ver” Azriel respondia tímido
“Ele já nos falou que vocês já ficaram, não tem o que esconder mais querido.” Alexy respondia rindo.
“Foi algo rápido e nada serio! Somos só amigos.” Azriel insistia.
“Eu tenho vários amigos que eu beijo, transo etc, o nome que dá é amizade colorida, podemos iniciar uma se quiser.” Alexy ria fazendo Azriel se levantar e começar a sair do local.
“Pensando melhor, vou logo, tchau pra vocês” com um rosto tão vermelho quanto seu cabelo e completamente emburrado, ele se retirou.
“Alexy, sempre tem que ser tão inconveniente? Ele não queria falar disso!” Dake que estava perto quietinho se meteu.
“Eu me ofereci! Como sou inconveniente se até quis participar pra ficar com algum contexto pra me meter?” Dake só respirou fundo enquanto todos riam.
Ficamos mais um tempo ali esperando até que Armin veio até nós.
“Então, eu consegui algumas Debrahs, mas não sei se alguma dessas é a que procuramos já que não achei ninguém com o sobrenome dela…” ele mostrava uma lista extensa.
“Podemos ligar pra todas, a nossa Debrah vai saber quem somos, afinal, ela tem ligação com todas as linhas, mesmo sem nos conhecer ela vai nos reconhecer” Nathaniel falava calmamente.
“É a melhor opção no momento… Ter até tem outras formas, mas acho que assim já conseguem o contato dela de uma vez, até porque a lista não é extensa, a menos que ela tenha mudado de país, ai realmente vou ter mais trabalho.” Armin dizia com apatia.
“OK, vamos começar então.” Dake dizia já começando a ligar pra um número.
“Meu escravo se tornou bem eficiente sem minhas ordens, né?” Armin provocou Dake.
“Não enche porra” e o Dake rebateu deixando um leve clima de descontração.
Começamos todos a ligar, e foram horas ligando mesmo a lista não sendo enorme, ela era grande o suficiente pra ser cansativo.
Foi quando, Ambre que estava ali perto pareceu ter conseguido algo.
Ela não falou nada conosco, só deduzi pela conversa que ouvi, e após ela desligar ela confirmou: “Debrah nos chamou pra encontrar com ela no endereço da casa do Lysandre…” Ambre dizia.
“Casa do Lysandre? A mansão?” Nath perguntou.
“Não… a fazenda onde ele morava na nossa linha…” todos se olharam confusos, como assim a fazenda onde ele morava? O que a Debrah faz lá? Sei que tudo está diferente, mas… isso não é um pouco demais?!
“Então vamos logo ver a cabeçuda filha da puta” Castiel dizia.
“Você tem que parar com essa agressão gratuita com ela, até porque ela pode ser nossa única ajuda” Ambre falava.
“PREFIRO ENFIAR A CABEÇA NO MEU CU E CAGAR DO QUE SER AJUDADO POR ELA.” Ele disse.
“BELEZA ENTÃO ENFIA A CABEÇA NO SEU CU E MORRE AQUI NESSA LINHA TEMPORAL SOZINHO!!” Ambre gritou saindo do lugar.
 “É… Vamos?” Nathaniel sorriu e assim todos nos retiramos.
Passamos pela sala principal onde estava o Ken e o Daniel conversando, Ken ainda estava abatido e eu completamente sem jeito com toda a situação.
Suas olheiras eram fundas e horríveis.
“Vou pegar um carro no estacionamento ok?” Armin falava com Daniel e Ken já com completa intimidade.
“OK, mas… vão onde? Precisamos saber. Sabe que somos cuidadosos, e depois do que houve com a Iris… Nosso cuidado precisa redobrar” Ken dizia colocando sua máscara de liderança firme como sempre, mesmo com cara de quem quer chorar e desabar a qualquer momento…
“Visitar uma amiga de outra linha, digo, dessa linha, mas… é complicado. Já falei dela com  Daniel, a Debrah. Estamos indo atrás de uma solução pra toda essa confusão” Armin respondeu.
“Onde ela mora? Talvez me passando a localidade poderemos monitorar tudo” Ken dizia.
“Ou podemos ir com eles, eu quero muito conhecer essa tal Debrah. Não é todo dia que conhecemos uma pessoa com a mente tão expandida ao ponto de ter consciência em todas as linhas temporais simultaneamente.” Daniel dizia realmente interessado.
Ken mesmo com todo seu desanimo, respirou fundo e já se virou pegando seu casaco sem retrucar nem falar muita coisa, ele simplesmente decidiu levar a gente pra la de carro, até porque ele demonstrava muita curiosidade quanto a quem era Debrah depois o Daniel ter falado dela.
Daniel ficou monitorando de dentro do carro, pois como sempre ele era bem desconfiado de tudo, nada de muito diferente do Armin no fim das contas, o não nega que os dois são a “mesma” pessoa.
Fora que nossa situação atual precisa do dobro de cuidado né…
Ken estava com um olhar abatido, uma postura abatida, um ar abatido… com motivo, não tinham nem 24 horas direito que a Iris tinha morrido… E pior é pensar que ele viu tudo, cada detalhe na frente dele.
Não que fosse ser menos doloroso ver ela morta depois, mas… Assistir ela morrendo… é muito cruel.
O Lysandre definitivamente é um monstro…
Ele até tentou puxar alguns assuntos, algumas vezes, mas dava pra sentir aquela vibe muito ruim sabe? Ele não prestava atenção em suas próprias palavras.
Quando chegamos lá, estava a Debrah nos esperando na porta da enorme casa na fazenda do Lysandre.
Sem aquelas roupas de modelo dela, penteados espalhafatoso, nada, eram roupas simples e até sem graças se comparado ao que eu estava acostumada.
“Oi Armin.” Ela falou se aproximando dele logo de cara, talvez ela tenha lido algo na mente dele pela troca de olhares que eles tiveram, e pude notar desconforto por parte do Armin.
Em outra situação eu morreria de ciúmes, mas ali naquela hora não… Especialmente após notar seu desconforto.
“SUA CABEÇUDA, FILHA DA PUTA!” Castiel gritava.
“Oh, olá Castiel.” Ela falou calmamente, ignorando o ataque de histeria dele.
“Porque tá morando na casa antiga do Lysandre?” Perguntei.
“Podemos conversar lá dentro?” Ela dizia abrindo passagem pra gente em seguida.
Ao entrarmos, Leigh estava la dentro sentado com uma criança no colo.
“Oh, esses são seus amigos que disse que viriam nos visitar! Sejam bem vindos.” Ele falava gentilmente daquele jeitinho que o Leigh tem, eu fiquei muito mais confusa e pude optar todos confusos.
Debrah sorriu pra ele e nos levou até a sala.
Após todos nós cumprimentarmos ele e o Leigh ter saído pra por o bebê no quarto e pegar coisas para comermos na fazenda, Debrah finalmente começou a falar.
“Eu e Leigh casamos e tivemos um filho recentemente.” ela falava sem rodeios ao notar nossa confusão estampada em nossos rostos.
Se lembro bem, a Debrah era louca pelo Leigh, dizia que ele tinha genes perfeitos pra procriação. Nunca compreendi.
“Então, seu filho tem genes perfeitos?” Perguntei.
Debrah sorriu pra mim e balançou a cabeça positivamente.
“O que esperar de alguém com memória eidética né mesmo Boreal?” Ela sorria discretamente.
“O que isso significa Debrah? Um filho com genes perfeitos?” Ken perguntou.
“Oh, basicamente os genes do Leigh permitem que nosso filho desenvolva habilidades com maior facilidade que as demais pessoas, além de ele ser praticamente imune a doenças. O Leigh tem esse notável detalhe no DNA que foi o que me chamou atenção. Afinal, sabe que meus planos são que dominação e evolução, logo, ter um filho com tais genes me facilita muito.” ela respondia.
“Ainda tá nessa de dominação?” Armin falava cansado, sendo interrompido por Nathaniel.
“Posso perguntar onde está a Rosalya?" Nathaniel questionou.
“Sinto muito, mas não tenho como responder isso, nunca conheci ela aqui nessa linha, nunca nem a vi.” Ela respondia calmamente.
“Então já conheceu o Leigh solteiro?” Perguntei.
“Basicamente. Ele morava aqui e eu me mudei pra perto, quando nos conhecemos e começamos a namorar, casamos esse ano e meu filho nasceu tem 2 meses.” Debrah respondia calmamente.
“Entendo. Bem recente. Parabéns pros dois!” Nathaniel completou sorrindo.
“Bem, já li a mente do Armin e já sei pra que estão aqui, e tudo que tenho a dizer é: tem muita coisa planejada pra vocês.” Ela dizia.
“Como pode ter certeza disso? Você ter conexão com outras de você não te faz conhecedora de planos e do que vai acontecer conosco…” Armin dizia.
“… Não sei até onde eu devia estar falando isso, mas… Muitas Debrahs já morreram ou se mataram, minha mente está bem em paz quanto a isso, mas muito em pânico quanto ao que pode acontecer a qualquer momento nessa linha…É a primeira linha que minha vida está plena e pacifica” ela se silenciou enquanto pegava a xícara que o Leigh servia gentilmente pra todos.
Ele era meigo e calmo, um pouco diferente do que eu lembrava dele.
“Eu queria muito poder conhecê-los mais, mas tenho que ir na fazenda vizinha. Sintam-se a vontade ok?” Leigh falava gentilmente.
“O Antoine está dormindo, certo?” Debrah perguntou. Deduzo que esse seja o nome de seu filho pelo dialogo.
“Sim, e já está alimentado.” Ele dizia sorrindo e dando um beijo na testa dela enquanto saia.
A Debrah parecia genuinamente feliz, o que é estranho pra pessoa que dava um discurso inteiro a respeito do quanto sentimentos são inúteis.
“NOSSA ELE TEM BASTANTE ESPAÇO PRA BEIJAR NESSA TUA CABEÇA DE BALÃO NE?!” Castiel dizia após Leigh sair, com Debrah o ignorando completamente.
“Mas prossiga falando sobre o que vai acontecer com nosso futuro e como sabe disso. Seus poderes não são previsões que eu saiba.” Armin questionava.
“Eu não sei do futuro, sei o que planejam pra vocês… o computador principal, do bunker do seu eu mais velho sou eu, Armin. Eu não devia estar falando isso provavelmente, mas a situação atual requer essa informação.” Quando ela falou isso, todos se olharam e ficou um clima muito estranho. 
Debrah é um computador do bunker?
“Explica isso direito porque esse quebra cabeça tá muito confuso, e quem começou ele vai ter que terminar.” Alexy respondia.
“Minha eu que se encontrava na linha do Armin foi usada pra ser o computador do Armin. Ele literalmente colocou minha consciência no computador, e assim ele tem acesso a todos os acontecimentos simultaneamente de qualquer linha, claro, através da minha visão. Ele sabe exatamente quais linhas foram afetadas ou desapareceram por completo usando minhas memórias e existência de base.” Debrah dizia.
“Ele, então, tem como saber que estamos falando contigo agora?!” Ambre questionou assustada.
“Talvez. Mas mesmo sendo sua maquina, eu tenho minha própria consciência, então tenho direito de esconder certas coisas dele.”
“Pera, então é verdade mesmo que você tem consciência de todas as linhas temporais?” Daniel estava muito assustado, mas era aquele assustado de Armin sabe? Surpreso de uma forma positiva.
“Sim Daniel.”
“Então agora explique sobre o que falou mais cedo sobre nosso destino.” Nathaniel dizia.
“Basicamente, vocês nunca poderão descansar até completarem a missão ou toda realidade acabar pra sempre. Armin do bunker não vai deixar. Vocês são soldados dele e ele mantêm backup de vocês pra caso algo assim aconteça trazê-los de volta pra continuar a missão. E eu sou uma peça pra chave pra ele saber quais linhas ele ainda tem acesso. Se todas as minhas outras eus de outras dimensões e linhas temporais decidirem se matar, ele perde acesso às demais linhas.” Debrah comentou.
“Vocês são um sistema com mente coletiva composto por uma única pessoa, vocês podem tomar a decisão de se matar se quiserem acabar com isso tudo a qualquer hora.” Daniel afirmou.
“Sim, podemos. Mas não queremos, afinal, somos lógicas, e isso faz com que continuemos tentando até conseguirmos alguma solução pra essa situação toda. Sabemos que somos um dos poucos acessos que vocês possuem com outras linhas e dimensões.” ela dizia.
“Você falou mais de uma vez de dimensão… até então eu sabia que tinha a dimensão da Boreal e tinha a nossa, você quer dizer que existe uma versão sua na dimensão da Boreal?” Ken finalmente falou algo.
“Deve ter, mas aí vai contra meu conhecimento da situação. Quando falo dimensões me refiro de microversos dentro da nossa dimensão atual. A nossa linha atual é dividida em várias linhas temporais, que são criadas a cada escolha diferente de nossa vida. O certo é existem poucas, entre umas 4 ou 5 pra falar números elevados, a criação de paradoxos criou possibilidades tão infinitas que começou a sobrecarregar essa dimensão. Mas as modificações são tão grandes que algumas se tornaram microversos, que nada mais são do que universos pequenos dentro de nosso próprio universo, na nossa dimensão atual dimensão.
Tudo é completamente diferente ao ponto de às vezes só sobrarem resquícios nossos e nada mais. Mas por se encontrarem em nossa dimensão atual, eu ainda consigo acesso. O que difere esses microversos de uma linha temporal, é que os microversos tem sua própria linha temporal e possuem estrutura completamente diferente da nossa dimensão atual. 
Digamos que foi uma forma do universo não explodir, começar a expandir pra criar novas linhas.
Nosso universo está sobrecarregado e gritando por socorro. Tudo isso são tentativas falhas de nossa realidade se manter viva.
Já tentei ficar com o Nathaniel na linha de vocês porque vi que em outra linha temporal minha eu usei o Castiel pra tentar ficar com o Nathaniel e funcionou, mas o fato de terem linhas distintas, isso pode ter confundido minha eu da linha de vocês de como prosseguir com isso.”
“EU SABIA QUE VOCÊ ERA UMA VADIA QUE TAVA DANDO EM CIMA DO NATHANIEL E ME USANDO! NOSSA EU TE ODEIO TANTO!!” enquanto Castiel esbravejava, Debrah o ignorava por completo.
“Outro exemplo, agora de microverso, eu tenho acesso a uma eu, por exemplo, que vive em um vilarejo bem distante daqui, completamente tropical que usam crianças pra controlar o clima temporal, algo que não acontece aqui onde vivemos.
Nessa pequena dimensão eu já vi a gente morrendo por conta de tentar controlar uma criança, como sempre, a realidade sendo destruída porque o ser humano quer controlar coisas que não devem ser controladas.” Ela então encarou o Armin que desviou o olhar. Pobre Armin… O peso está todo sob ele, e ele sabe disso…
“Saudade de quando o maior dos nossos problemas era a diretora…” respirei fundo enquanto falava.
“No fim, a diretora só estava vivendo a vida dela, assim como vocês. Vocês julgam ela como ruim, mas já pararam pra pensar quantas coisas absurdas já fizeram pra se protegerem, protegerem a Boreal e pra conseguir coisas fúteis?” Debrah falou silenciando todos ainda mais, exceto Castiel que começou a gritar com ela.
“NÃO COMPARA A GENTE COM AQUELA FILHA DA PUTA! ELA MATOU A MÃE DA BOREAL E TENTOU MATAR A PRÓPRIA BOREAL!! ALÉM DE FICAR MATANDO GENTE PRA FICAR VIVA!!”
“Castiel, você matou apenas pra conseguir super força, quem é você pra julgar ela? Não só atou como continua matando pra se manter vivo, assim como ela faz. O que faz dela a vilã é a história de que está sendo contada, a perspectiva, se a história fosse do ponto de vista da diretora claramente a vilã seria a Boreal, você e todos que estão impedindo ela de se reencontrar com seu amado. E mais uma vez esse sentimento inútil atrapalhando a vida das pessoas.” Debrah continuava.
“E digo mais, sabemos que Armin fez coisas piores do que ela, afinal, se tudo está esse caos, a culpa é de quem?  Minha que não é. Tudo porque ele quis proteger ela, assim como a diretora com Nathaniel e o Nathaniel com a diretora…”
“VIU PORRA?! TÁ AI A DIFERENÇA! CADA UM NO NOSSO GRUPO FAZ UMA COISA! ELA FAZ OS DOIS!! EU SÓ MATO!”
“Só”...  Foi tudo que consegui pensar…
“E o que faremos…?” Ken dizia desanimado, usando completamente o assunto.
“Eu também não sei Kentin. Já tá tudo tão embaralhado que penso se não é melhor que vivam suas vidas até o fim chegar… Eu já perdi a conta de quantas consciências já perdi ao longo do tempo. E quanto mais usarem a viagem temporal, mais irão acelerar o processo de destruição de tudo. É como uma pessoa com câncer no pulmão que insiste em fumar, isso vai acelerar a morte dela, o receptor é o cigarro que está parando nosso pulmão, aka realidade. No fim, que bom que não possuem mais o receptor. O universo está colapsando tentando se manter com essa quantidade de linhas que foram criadas. Viagem no tempo nunca deveria ter sido tocada pra começo de conversa” senti ela mandar mais indireta pro Armin que estava com jeito desconfortável no local e se levantou sem mais nem menos.
Decidi ir atrás dele, deixando todos conversando com a Debrah.
“Armin! Tá tudo bem?” Já ame aproximei falando.
“Não Boreal, não tá. Sabe porque não tá?! Porque EU DESTRUÍ TUDO COMO SEMPRE!” Ele dizia, eu não sabia como consolar ja que ele estava certo.
 Não e bem assim… voc—“‘ 
“Boreal, se tudo ta a merda que ta foi porque eu criei a máquina! Não finge que acredita na sua própria mentira de que eu não fiz nada.  Eu não sei como arrumar tá bom?! Tá sentindo esperança?! Porque eu senti um pouco quando citaram a Debrah e agora, após falar com ela, simplesmente voltei pro desespero! Se nem ela que tem acesso a tudo e é o computador central do bunker consegue resolver as coisas, quem sou eu?!” Ele estava em um misto de desespero e raiva.
“Nós podemos—-“
“Eu vou pra casa sozinho…preciso… me acalmar longe das pessoas… fica tranquila que não vou em matar… eu preciso resolver tudo isso que eu fiz antes…”
Sem me dar mais nenhum pouco de atenção, e sequer me dar oportunidade pra falar sobre sua frase horrivelmente fúnebre,  Armin saiu pelo portão da fazenda sozinho.
Fiquei la um tempo até Ambre vir atrás de mim, depois Nathaniel e aos pouco todos estavam comigo
Expliquei tudo que havia acontecido e por fim, fomos embora.
Debrah deixou seu contato conosco e pegou o contato de Ken e Daniel
E assim seguimos de volta pro shopping.
Eu estava muito mal, e a realidade é que todos estavam…
O clima morto dali era terrível, tipo o fato do Ken ter perdido a Iris tão recentemente.
Assim que chegamos no shopping todos de dissiparam, exceto Nathaniel e Alexy que pareciam preocupados comigo.
“Tá tudo bem?” Alexy perguntou.
“Sim… eu vou… procurar o Armin.” respondi.
“Qualquer coisa eu vou estar na academia do shopping” Nathaniel dizia com olhar preocupado.
“E eu na praça de alimentação.” Alexy me abraçou.
Eles sabiam como eu estava…
Subi e notei que a loja onde eu ficava com o Armin estava “fechada”, o que indicava que ele estava lá.
Assim que entrei, ele estava deitado no meio das pelúcias com o notebook jogado no canto com a tela quebrada.
Haviam fios pra todo canto.
“Armin…?” falei me aproximando aos poucos e vendo que ele estava com um olhar muito frustrado.
“Boreal, me deixa quieto.” ele dizia.
“Mas… Você tá bem?” falei baixo.
“Boreal, me deixa quieto.” ele voltou a repetir.
Eu sei que eu devia ter saído, ele pediu numa boa, mas… eu insisti.
“Armin…Eu só–”
“EU FALEI PRA ME DEIXAR QUIETO!! QUER FICAR AQUI?! TUDO BEM EU SAIO!!! MAS EU QUERO FICAR QUIETO!!!!” ele então começou a se levantar pra sair quando eu saí correndo primeiro que ele ao ouvir seu berro.
Ele gritou muito, MUITO forte comigo…
Meu coração estava disparado, meu olho ardia já com lagrimas prontas pra caírem.
Corri direto pra academia.
Sei que o Alexy se ofereceu também, e ele é um dos meus melhores amigos e conhece bem o Armin, mas senti que naquele momento eu precisava o Nathaniel, não do Alexy.
Eu entrei ofegante, estava escuro e o Nathaniel estava no fundo batendo em um saco.
Pude notar pela pouca iluminação local suas cicatrizes das costas e o brilho do suor em seu corpo destacava ainda mais aquelas cicatrizes… Seria impressão minha ou elas pareciam mais fortes?
Talvez pelo tempo que eu não o via, eu esqueci completamente de como elas eram… Poderia ser.
Não esquecer no literal, mas… ver com clareza a intensidade delas.
Ou talvez a iluminação destacasse mais.
Sei que aquele buraco enorme que a Ambre fez chamava muita atenção e me dava gatilhos de bons momentos.
Momentos que não nos preocupamos com nada.
Foi horrível a princípio mas… Eramos mais felizes que agora. Todos unidos.
E esses flashes de memórias me fizeram chorar na mesma hora que olhei suas cicatrizes.
Como pode algo tão simples e banal dar um gatilho grande desses…
Ele notou minha presença e se virou, parando de bater no saco.
“Boreal?” ele falava assustado ao notar meu estado, e se aproximando já foi passando a toalha úmida que estava ali pra secar seu suor.
“Nathaniel… posso falar com você?” Perguntei entrando na área em que ele estava da academia do shopping. 
Quase ninguém vai la…
“Claro! Não esperava que seria tão rápido. O que houve?” assim que ele perguntou eu desabei, eu não conseguia falar, só chorar. 
Nathaniel ficou o tempo todo do meu lado quieto e passando a mão nas minhas costas até eu conseguir começar a falar.
Ele me consolava mesmo que em silêncio, e terminou me abraçando ao me ver chorar naquela intensidade. 
Finalmente consegui falar.
“Eu não aguento mais Nathaniel… Eu só quero que isso tudo acabe! Eu já perdi tudo! E a tendência é piorar mais!!” Eu me alterava e chorava mais e mais.
“E vai acabar, estamos trabalhando pra isso.” Ele tentava me consolar, mas eu sentia ser em vão.
“Enquanto passo isso, é justo eu ser tratada dessa forma?! O Armin gritou comigo Nathaniel! Eu sei que ele também tá mal! Mas e eu?! Faz meses que cheguei aqui e eu só queria conforto pra enfrentar isso tudo!! Eu sou a causa disso tudo!! Não tá fácil seguir em frente sem apoio, sendo deixada de lado…” eu gritei no rosto do Nathaniel aos prantos.
“… Não, mas pense que todos estamos no mesmo barco… Além do mais, não pegue a culpa exclusivamente pra si Boreal. Armin com certeza tá sofrendo muito também. Pense que tudo que a Debrah falou, infelizmente é verdade, ele criou a máquina do tempo e isso foi o que começou tudo. Não sou isento de culpa, eu usei o receptor pra te manter viva também.” Nathaniel dizia olhando profundamente em meu olho.
“E NO FIM ELE CRIOU A MAQUINA PRA ME SALVAR! VOCÊ VOLTOU NO TEMPO PRA ME SALVAR! O GRUPO DO LYSANDRE ESTÁ MATANDO GENTE DESSA REALIDADE PORQUE ESTÁ ME CAÇANDO! EU SOU O CENTRO DISSO TUDO NATHANIEL! EU!!!” eu gritava mais.
Ele então em sacudiu de leve.
“BOREAL! Olha nos meus olhos. Respira fundo. Se acalma ok?” ele dizia depois de ter me sacudido e segurado firme meus ombros.
Aos poucos ele foi respirando fundo, e expirando, meio que me forçando a seguir o ritmo de sua respiração pra fazer om que eu me acalmasse.
Eu não conseguia parar de chorar um segundo, mas confesso, olhar os olhos do Nathaniel mexeu comigo.
Eu estava fragilizada, com medo e me sentindo sozinha.
Ele era o único ali pra mim no momento.
Após meses isolada, ele era o primeiro a verdadeiramente me dar atenção e se preocupar em como eu estava.
Não o casual “como vai?” esperando sempre a resposta “Vou bem e você?”.
Mas verdadeiramente me ouvir e querer em ajudar.
Confesso que até hoje, ainda quando vejo o Nathaniel sem camisa, isso mexe comigo, nunca neguei e nem irei negar isso.
Eu amei o Nathaniel em grande intensidade mesmo sem termos ficado por um período longo.
E ele sempre foi um amigo precioso pra mim, não somente um romance, assim como aconteceu com o Armin…
Gradualmente eu fui estabilizando meu estado enquanto acompanhava a respiração do Nathaniel.
Eu conseguia sentir sua respiração em meu rosto de tão perto que estávamos.
Meu coração disparava como se fosse acontecer algo inédito, algo com aquela pessoa que você gosta a tempos espera ter algo e parece que finalmente vai rolar, sabe?
Eu olhava pros seus olhos e olhava pros seus lábios, em seguida sem parar, pude notar que ele claramente fazia o mesmo.
Comecei a alisar seus cabelos enquanto ele me encarava ainda mais.
Nossos corpos se aproximavam mais e mais, era algo quase que automático, sabe?
Meu coração disparava mais e mais, eu podia sentir minhas mãos suarem e meu coração como se fosse sair do meu peito pela minha boca.
Foi quando ambos tomaram o impulso de se aproximar, nossos lábios estavam ao ponto de se tocarem, mas, ele me freou colocando a mão sob meu rosto e me afastando gentilmente.
“Tenta falar com o Armin Boreal… Insista. Ele deve estar tão mal quanto você.” sua frase me trouxe de volta pra realidade.
Se o Nathaniel fosse outra pessoa e não fosse tão certinho, provavelmente eu teria feito uma besteira da qual teria me arrependido…
Memo que eu tivesse a intenção de terminar com o Armin…trair ele com seu melhor amigo é muito errado.
Além do mais, eu sei a história de vida do Armin e todos os pontos fortes de sua personalidade, eu seria muito, MUITO mau caráter ao fazer algo assim… Já fui no passado com o Nathaniel, não posso repetir esse erro.
E eu quero me resolver com o Armin… eu só to… fragilizada.
“Me desculpe…” falei com vergonha e colocando minhas mãos no meu próprio rosto.
“Tudo bem Boreal… eu te entendo… Me desculpe também. Me deixei levar pela situação. Mas o melhor a se fazer agora é conversar com ele. Ele não tá nada bem, e eu tenho certeza que ele te ama muito, só… não sabe o que fazer. Você conhece o Armin tanto quanto eu, talvez até mais, sabe que ele é confuso às vezes e se isola numa bolha pra fingir que tá tudo bem e conseguir voltar a raciocinar.” ele sorria.
“Ele já tá meses nessa bolha…” resmunguei, voltando um silêncio constrangedor.
“… você pode conversar com ele junto comigo?” Perguntei o encarando.
“É algo que acho melhor que vocês resolvam a sós” ele respondeu
“Ele não vai me ouvir… por favor, tenho certeza que contigo ele vai parar pra escutar, o problema dele sou eu e você é melhor amigo dele, ele sempre te ouve…Já tem meses que eu tento Nath, é em vão. Ele me evita.” continuei.
Nathaniel ficou em silêncio um tempo, parecia pensar na resposta, mas em seguida, como esperado, ele deu uma resposta positiva.
“… ok, eu faço… Mas vamos dar um tempo pra ele antes ok?” Nathaniel respondeu sorrindo gentilmente pra mim.
Eu quase fiz algo do qual eu iria me arrepender eternamente… o Armin mesmo estando distante não merece esse tipo de coisa.
Eu pensei que essa Boreal não existisse mais, mas com esses problemas todos, essa carência que estou sofrendo e o fato do Nathaniel ser o Nathaniel… somou tudo e eu me perdi…
Obrigada Nathaniel por me frear.
Desculpe Armin por não me portar devidamente…
Bem… Tudo que me resta é tentar resolver as coisas.
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mortx · 2 years ago
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acho que sou assexual?
para contexto: sou homem, vinte e seis anos, branco, magro e um pouco calvo
perdi total interesse em sexo após fazer um teste rápido que deu positivo para hiv [aquele título clickbait]
já faz um ano e dois meses desde que fiz o teste, hoje não sinto interesse nenhum em sexo (o que é diferente de interesse por prazer ok)
no começo, logo após a constatação e a nova rotina de fazer exames periodicamente e tomar medicamento todos os dias, comecei a sentir um medo enorme de me relacionar novamente com alguém, transmitir para a pessoa o vírus e ter que carregar essa culpa pro resto da vida, acho que não é um peso que eu quero carregar
eu sei que com o medicamento e proteção soropositivos podem se relacionar sexualmente sem problemas, mas eu não consigo, prefiro evitar
não acho isso lá grandes coisa também, existem tantas formas de conseguir prazer sozinho que nem preciso me preocupar
mas, tem uma parte muito ruim: fazer amizade [no mundo gay]
se você não tem sexo para oferecer, difícil continuar uma amizade
essa semana fui bloqueado no whatsapp [de forma dramática ainda] por uma pessoa que eu curtia muito a companhia mas só queria sexo, e como eu não tinha a oferecer:
Tumblr media
tinha até um coração no nome do contato, caprica com lua em câncer poisé (removi o nome pra não dar merda)
por fim, isso tudo está me deixando muito confuso e repensando umas coisas, será que sou gay mesmo? eu sinto atração pelo corpo masculino, mas não tenho interesse no contato sexual com nenhum (nem sei mais o que tá rolando alguém me ajuda)
será trauma uma possibilidade?
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jaywritesrps · 2 years ago
Note
Oi jay, como está? Estou vindo aqui fazer uma pergunta importante e que eu sempre tive curiosidade para entender (já aviso que vou fazer essa mesma pergunta, no estilo ctrl c e ctrl v, para outros talkers, porque é sempre bom saber mais de uma opinião sobre o assunto), mas vem aqui: o que você entende de sexualização dentro do âmbito do rpg? Tipo, fora dele, nós entendemos como isso acontece e podemos apontar situações com muita facilidade, mas dentro do universo do rpg, no "in character", o que você consegue ver como "sexualização de um corpo"? e não do tipo "players isso e aquilo", eu realmente quero saber no círculo dos personagens, na construção deles, dentro do círculo imaginário do rpg...
Opa, tudo bem. Então vamos começar pelo começo:
De acordo com o Dicionário Merriam-Webster:
Sexualização é tornar algo sexual ou tornar-se consciente da sexualidade, especialmente em relação a homens e mulheres. É um ato ligado a objetificação sexual, que ocorre quando os indivíduos são considerados objetos sexuais e avaliados em termos de suas características físicas e sensualidade
Trocando em miúdos, é quando a Marvel coloca a Viúva Negra em posicionamentos quase ginecológicos ou em closes que gritam "OLHEM PARA OS PEITOS DELA". Como vc mesme falou, é mais fácil perceber em mídias mais visualmente práticas porque os diretores atuais enfiaram a sutileza na orelha ou parece que nunca tiveram contato com outro ser humano que não fosse um nerdola pervertido, RPG de tumblr se aproxima mais da literatura nesse aspecto, pq ela consegue ser disfarçada, dependendo da habilidade do escritor. E boto a habilidade do player como um condicional porque tem muita gente que escreve cada coisa no smut q olha... só jesus na causa.(Quem nunca deu uma risada com algum smut por causa de algum termo, que atire a primeira pedra kkkk).
O negócio tb é que a sexualização anda de mãos dadas com o fetichismo, com a objetificação e a desumanização de um personagem. Pra mim, ocorre principalmente quando o player se apoia em estereótipos típicos da cultura ocidental como "loira burra e fácil" ou "homem preto tem as partes enorme" e coisas desse nível, mas também ocorre quando o texto se foca bastante em descrever partes do corpo do outro personagem que se fosse em outro momento não teria tanto foco. Por exemplo quando o player foca muito em descrever os pés ou as partes íntimas de alguém, que fica elogiando demais, chegando em ponto que chega ser desconfortável pra quem está lendo.
Aqui na tag br é um lugar bem curioso pq já vi acontecer mais com personagens masculinos e asiáticos. Na tag gringa acontece mais com mulher e homem não-branco. Teve um rp aqui na tag br uma vez q passou um turno pela dash, e eu véio desse jeito, fiquei até com vergonha e desconfortável de ler aquilo. Não tinha putaria propriamente dita, nem era uma cena de tchaki tchaki, o cara só tinha tirado a camisa pra arrumar o carro da personagem, mas a player falava tanto do peito e do abdomen do cara, que era definido q tinha isso q tinha aquilo, que queria lamber e pipipi popopó que pra quem tava só lendo, dava uma sensação de ter aberto a porta do quarto dos seus pais pra pegar alguma coisa e dar de cara com eles tendo atos libidinosos. É nesses momentos que acho q vale a pena dar um toque na moderação, pq por mais q a linha seja tênue, às vezes nem quem tá fazendo imagina que tá fazendo algo sério.
Do ponto de vista da comunicação, acho q vale a pena ficar de olho tb nas palavras utilizadas e como a cena se encaixa no contexto da coisa. Não é de roleplay, mas serve como exemplo, é a cena de Suicide Squad do David Ayer, na qual o Coringa tortura a Dra. Quinzel ainda no Arkam. Até escrita na página do roteiro é nojenta, A parte marcada "She licks her lips, sexy," é completamente absurda. Ela está a ponto de ser torturada, com o torturador em cima dela, ela está com uma navalha na boca, e ainda tem tempo pra flertar com o cara que tá torturando ela. São coisas assim que a gente deve evitar na hora de escrever pq o contexto sempre vai ser determinante nessa situação. Pq o contexto é o que marca o discurso e pontua como aquilo se encaixa.
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fi-lo-b · 11 months ago
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Uma explicação muito simples do porquê de SV, The Scum Villain's Self-Saving System, não conter Noncon ou qualquer uma dessas merdas
AVISO: Tá cheio de SPOILERS, então, CUIDADO!
Me propus a vir e perder meu tempo fazendo essa thread/post porque tenho visto muitas discussões sobre isso.
Bom, pra começar vamos deixar algo claro. SV se trata de uma GRANDE, ENORME E ESCANDALOSA sátira à novels com harém em que TUDO pode se resolver com SEXO.
Pegamos esse ponto? Ótimo.
Seguindo.
SV, por ter esse como um ponto central, muitas vezes trás críticas e cenas que comprovam isso. Eu poderia facilmente pegar várias, mas no momento só tenho a novel em PDF/EPUB comigo, e, confesso, estou com preguiça. Então, você pode ir atrás e me trazer caso ache que estou falando merda. Nisso a gente discute se necessário.
Voltando ao ponto… Essas partes estão espalhadas pela leitura e são facilmente encontradas se você apenas prestar o mínimo de atenção.
Agora, você talvez se pergunte: “por que caralhos essa maluca está trazendo todo esse papo?”
Contexto, meu bem. Contexto.
Contexto para falar sobre a problemática que tenho visto: a questão de noncon, falta de consentimento e mais uns 500.
Falaram que Shen Qingqiu diz não e pede pro Binghe parar em diversos pontos da novel. E, realmente, ele faz.
Só que ele faz em momentos que não envolvem NENHUMA, REPITO, NENHUMA RELAÇÃO SEXUAL! Inclusive, se você voltar a leitura e, se eu não estiver lembrando errado, no primeiro beijo deles, ele afasta o Binghe e o próprio não insiste, só reclama um pouco, falando de que era injusto que não pudesse fazer algo assim nem mesmo em um sonho. Ou seja, ele basicamente RESPEITOU e não FORÇOU o Shen!
Outra parte para comentar é que, na maioria das vezes em que o Shen repreende ou afasta o Binghe, se trata de vezes em que eles estão brigando como duas crianças do primário. Suas ações, palavras e todo o resto carregam uma infantilidade incrível.
Aquela cena deles brigando no reino demoníaco pouco depois que o Binghe descobre que o Shen está vivo, é, inclusive, uma dessas. (bônus: nela também temos a narrativa do Shen batendo UNILATERALMENTE no Binghe, e ele em momento ALGUM devolvendo. Ele só ameaça, querendo assustar, mas sempre sem realmente fazer nada.)
O segundo beijo eu sinceramente não lembro muito bem quando foi, mas sei que o Shen não disse não ou sequer afastou completamente o Binghe. Lembro vagamente dele repreendendo um pouco, mas sem negar explicitamente. O que, na minha opinião, mostra que ele próprio talvez estivesse confuso graças a essa possível nova dinâmica no relacionamento deles e estivesse com algum medo ou receio de como sentimentos tão incertos poderiam acabar afetando a ambos.
Agora vamos para o ponto central: Montanha Maigu.
Meu trauma novelístico e também os capítulos mais sufocantes de SV, onde você vê o quão humano, quebrado e inteiramente instável o Binghe é. Tanto graças à própria mente quanto à corrupção da Xin Mo.
Toda a cena da Montanha Maigu é feita para ser desconfortável. Não deve ser algo legal, algo memorável ou sequer agradável, seja para Luo Binghe, Shen Qingqiu e muito menos para quem está lendo.
Essa cena traz o ápice da sátira e crítica, deixando claro o quão irreal é esperar que sexo resolva magicamente todos os problemas. Mas, o importante nela aqui é o fato de que Shen Qingqiu SABIA o que ia acontecer e estava DISPOSTO a passar por tudo aquilo. Só porque ele ACREDITAVA que iria funcionar e também por que o sistema empurrou a situação toda naquela direção.
E, por favor, nem traga Luo Binghe para essa discussão. Ele é uma das maiores vítimas nessa cena. Ele não tem consciência ALGUMA e está completamente ferrado e perdido na corrupção da Xin Mo, chegando ao ponto de perguntar ao Shen o porquê dele não ter o matado, o afastado ou qualquer coisa. Inclusive, ele estava completamente disposto a morrer, tanto por conta disso quanto pelo fato de que ele achava que o Shen iria novamente se sacrificar por ele.
Fora isso, temos também um extra onde a autora trás Os ressentimentos da montanha primaveril e mais a fanfic feita pelas três irmãs lá, fazendo com que BingQiu as leia e nos trazendo uma cena onde o PRÓPRIO Luo Binghe e o PRÓPRIO Shen Qingqiu lêem aquilo e falam que é TOTALMENTE OOC e impossível que Luo Binghe forçasse Shen Qingqiu a fazer sexo com ele. Luo Binghe, inclusive, deixa claro que se afastaria ou se mataria ao qualquer sinal de desconforto ou negação que Shen Qingqiu demonstrasse, seja em qual forma ela viesse.
Então, em resumo… NÃO TEM NONCON EM SV, ESTUPRO OU QUALQUER UMA DESSAS MERDAS! LUO BINGHE É UM CHUNNY COM TRAUMAS E UMA BELA DAMA CHORONA! NADA ALÉM DISSO!
Acredito que estamos entendidos? (⁠.⁠ ⁠❛⁠ ⁠ᴗ⁠ ⁠❛⁠.⁠)
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alostase · 2 years ago
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Independência
esses dias me perguntaram qual era o meu sonho de infância e eu não soube responder porque não lembrava, mas passado uns dias eu lembrei de como eu almejava pela vida adulta. Eu não via a hora de ter autonomia o bastante pra resolver minhas coisas, fazer tudo sozinha, decidir tudo do jeito que eu julgo o correto..inclusive uma das minhas primeiras pautas de terapia foi justamente essa, sobre a minha frustração em ter uma opinião tão invalidada dentro de casa, porque sempre me doeu muito sentir que a minha opinião é irrelevante ou que a minha forma de pensar não faz sentido nenhum, porém hoje cheguei num determinado ponto da minha vida em que eu atingi a minha tão sonhada 'independência' e me sinto mais sozinha do que nunca, porque eu passo por mil coisas que dependem exclusivamente de mim para serem resolvidas e nem sempre eu dou conta. Nem sempre dá pra fazer tudo sozinha, nem sempre resolvo as coisas da forma mais eficiente. E acontece que quando eu chego no meu limite é tão cansativo.... porque é um momento em que eu só queria alguém pra dividir meu fardo, ou alguém que me trouxesse conforto sem me julgar.
Infelizmente eu tenho um bloqueio emocional onde eu não consigo me abrir, eu tenho uma dificuldade enorme em falar sobre algo que me causa desconforto, algo que ouvi e me chateou, etc. Tudo o que me faz mal eu não revido, eu absorvo. Quando estou numa roda de amigos, no estágio, na faculdade, gosto de ser a pessoa que faz as pessoas darem risada, gosto de transmitir a energia boa de um elogio sincero, de uma piada sem graça, de uma demonstração de carinho gratuita e nunca me permito gastar tempo falando sobre os meus problemas, os meus desconfortos, inseguranças, etc. Dessa forma, todo mundo acha que está sempre tudo bem, que a minha vida é perfeita, que eu não tenho problemas pra resolver, que eu durmo o dia todo, que eu não tenho perspectiva de futuro, que eu estou sempre preocupada com coisas banais, justamente porque eu não expresso o meu lado mais sensível e mais pessoal. Já passei por dias em que eu tive que lidar com luto, problemas burocráticos, crise de ansiedade (tudo isso num mesmo dia) e no final do dia ter que ouvir "você tá cansada porque? não faz nada o dia todo." e frases como essa me doem profundamente, porque de certa forma a pessoa invalida todo o meu contexto de vida e reforça ainda mais o fato de eu me sentir desamparada.
Enfim, as vezes eu queria que as pessoas me olhassem com mais cuidado, tivessem um pouco mais de empatia ao lidar comigo e que me levassem mais a sério, mas entendo que ninguém é obrigado saber o que se passa dentro de mim, já que eu não me expresso.
09 de Abril de 2023 - 20h13
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princetfcharming · 2 years ago
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RUMOURS
Flashback. Alguns anos atrás.
Localização: Premiação de Príncipe do Ano.
A demora de princesa era condizente com a do personagem de Prince Tomas Frederick Charming. Encarregado de deixar o smoking ainda mais extravagante e único, peça rara que seria leiloada em algum momento da semana seguinte. As expectativas altas para a vitória do pai só deixando aquele momento ainda mais delicado e crucial. Mostrar ainda mais apoio estava na lista de prioridades, ser um dos primeiros a abraçá-lo quando anunciar o nome, ser o herdeiro para o futuro da família. Sendo o primeiro homem depois de Wyatt, o sobrenome seria carregado consigo mesmo após o casamento, prolongando a linhagem até o fim dos tempos. E, bem, dando três tipos de nó no estômago de Fred por ser esse um dos seus papéis.
Ele e a mão, Snow White, admiravam as penas de beija-flor sintéticas (eram reais, Toothiana se recusou a comparecer ao evento quando descobriu) com suspiros intercalados. As mãos entrelaçadas se apertando conforme a imaginação preenchia lacunas e enaltecia a composição final nos ombros largos do Prince. “Você será um deleite, meu filho.” O rosto ainda perfeito da mãe, pouquíssimos sinais de envelhecimento perturbadores, o encarou de volta com olhos marejados. As mãos postas em seu rosto, segurando-o como se fosse a coisa mais frágil do mundo. “Um suspiro para todos os membros da realeza. Tão bonito, tão parecido com seu pai...” E a expressão fechava com a comparação, cenho franzido com leveza - e Fred sabendo onde iriam acabar chegando. “Não acha que está levando a brincadeira com a menina dos Hood muito longe? Não, deixe-me terminar. Você tem a liberdade de escolher quem quiser, não o impedirei disso, mas já estão começando a falar. Ela não pertence ao nosso círculo, querido. A pobrezinha não sabe nem segurar uma colher de sobremesa?” Os dedos escorregaram por seus cabelos e as costas reclamaram da posição inclinada, aquele Charming alto demais até para os padrões familiares. “Era tão bom ver você e a princesa dos Crystal. Sol, não é? Por favor, pense nisso... Eu e Cinderella somos tão amigas.” 
Foi pela vontade pétrea que Fred engoliu a revolta e manteve o rosto intacto, o sorriso suave ainda curvando os lábios enquanto olhava amoroso Snow White. “Mãe, sua visão das relações é sempre muito pertinente.” O discurso começou cauteloso, porque não tinha conseguido juntar doçura e delicadeza o suficiente para transmitir um tom diferente de frio. “Mas não se preocupe, trarei logo uma solução para o empecilho que vê.” Segurou-a pelos pulsos e puxou o agarrar do rosto para baixo, o polegar fazendo círculos para acalmá-la. “Preocupação dá rugas. Pode ficar tranquila, confie em mim.” Snow deve ter visto algo na expressão do filho que se convenceu da veracidade das palavras, algo que empurrava para frente com determinação. Afundava os sentimentos por Daphne e levantava a bandeira do orgulho Charming.
Bom, que bela porcaria tinha caído no colo. Fred observava a mãe sair por uma porta e a voz aumentar, disparando ordens para os funcionários. Não tinha tempo para resolver nada agora e, olhando para o relógio, já estava atrasado para encontrar a namorada no saguão. Prince estava com a mão estendida para pegar a camisa preta bem passada no cabide quando ouviu a aproximação. “Daphne.”
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@daphnehood​
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babineux-blog · 5 years ago
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Seu passeio por entre as ruelas de Bonnabri mostrava-se exaustivo. Ao contrário do ano anterior, cujas memórias divertidas agora faziam sombra numa parte obsoleta da mente, Babineux não estava no clima para festividades. Via as luzes, as pessoas felizes, a celebração bonita que faziam --- e era como olhar um quadro: Estava bem a sua frente, se movia, fazia barulho; ao mesmo tempo, não parecia real. 
Em dado momento, vagando solitária pelas lojinhas, decidiu dar um basta em sua autopiedade. Estava ficando farta da angústia, da raiva. Da dor. Não queria mais senti-las. Há quanto tempo, desde a morte de Blaise, não dava um sorriso genuíno? Largo, eufórico, sem culpa? Os dedos percorriam os objetos à venda de maneira habitual, sem que sequer percebesse fazê-lo. Gostava de tocar nas coisas. Potes, vidros, folhas. Um olhar mais atento naquela planta e percebeu, escrito sob o pequeno vaso, uma palavra: Alihotsy. 
A solução de seus problemas, a velha bruxa afirmava. Aparência desleixada, roupas folgadas, cabelo por pentear; mas o sorriso era doce e convidativo, divertido enquanto erguia e baixava as sobrancelhas como se soubesse de algo que Camille não sabia. Como se tentasse convencê-la. Nenhuma tristeza é mais potente do que Alihotsy.
Então ela confiou.  
[...]
Um lugar tranquilo, longe da multidão -- ainda que temesse jamais conseguir ficar completamente sozinha durante o festival. O kit inteiro sobre uma superfície, recém comprado, era montado e embalado da maneira que a bruxa a havia ensinado. Folhas de Alihosty amassadas, envoltas em seda. Um isqueiro bem seguro na mão direita, o qual Camille encarava fixamente. Reunia coragem para acender. Poderia ter feito aquilo com a varinha, mas não mais confiava em si e no elemento. Não, aquela era a maneira mais segura.
Pôs o cigarro artesanal entre os lábios. Acendeu. Inspirou.
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A fumaça inebriou-lhe os sentidos rapidamente. Em questão de poucas e sôfregas tragadas -- não era acostumada ao fumo --, começava a sentir o comichão no estômago. Cócegas. Sorrisos. Felicidade. Ou, no mínimo, ausência de dor. Estava anestesiada. Desinibida.
Não demorou muito até que perdesse o controle.
--- Eu... --- risadinhas baixas escapavam, meio descompensadas. --- odeio a minha vida. Ouviu? Eu o-deee-io! --- Ela exasperou, mas as palavras eram o completo oposto da forma eufórica com a qual as proferia. Parecia extremamente entusiasmada. E com quem estava falando? Qualquer um que quisesse ouvir. Com Blaise, se ele estivesse ali para escutar. --- É estranho porque... porque isso é tudo besteira! Tudo. Tudo, tudo, tudo, tudo. Minha vida toda. Tudo besteira. --- O tom ia diminuindo. Enquanto olhava o chão, sugou o cigarro outra vez. --- Camille, arrume a postura. Camille, use a faca certa pra cortar a carne... ---  Dobrando os joelhos, levou as mãos às coxas para uma mesura imaginária. Não conseguia parar de rir. --- Sim, mamãe. --- a voz, dessa vez, era quase sarcástica. E o seria completamente, se não estivesse sob o efeito da droga mágica. --- Eu já sou perfeita agora?
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kpop-locks · 3 years ago
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Minhas aulas voltam dia 3 eu sou super insegurança com o meu corpo e afins, eu odeio odeio meu cabelo, e tenho pouco corpo por ser de genética e ser magrinha.
O pior é que minha família não me apoia muito, minha avó por parte de mãe sempre que pode solta um "ela é tão bonitinha, só falta corpo", enfim, pra resumir, comprei algumas coisinhas na shein pra me sentir melhor, até agora não chegaram e parece que vai demorar.
então amg, vou ser sincera que nenhuma de nós sabe o que responder, esse tipo de ask sempre pega a gente de surpresa, mas espero que vc fique bem <3
eu queria aproveitar essa ask pra falar algo que vem nos incomodando um pouco: nos preocupa demais o jeito que vocês falam tão facilmente sobre seus problemas pessoais com qualquer um na internet, de verdade. essa confiança cega que vocês tem na internet é muito ruim pq alguém mal intencionado pode usar isso contra vocês e gerar um problema enorme!
além de né criar uma saia justa quando vc fala essas coisas na ask de uma conta de edição sem nenhum contexto, se a gente escrever oq realmente pensa pode dar confusão e parecer q tá dando bronca mas se responder um "eh foda amg" podem falar que estamos diminuindo as preocupações do anon, quando na vdd a gente só não faz ideia do que falar!
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