#Concílio Vaticano II
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Abolição do Celibato e Inculturação: Arcebispo Dom Jaime Spengler Defende Adaptações Litúrgicas na Amazônia
O Arcebispo Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre e futuro cardeal, expressou em uma conferência de imprensa durante o ex-sínodo que a abolição do celibato poderia ser uma solução para regiões com poucos sacerdotes, como a Amazônia. Ele destacou a necessidade de explorar a criação de um rito amazônico, inculturando o rito romano para se adequar às diferentes culturas e línguas da…
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### A Blasfêmia nas Olimpíadas na França em 2024 e a Agenda Globalista Contra Cristo e Sua Igreja
#### Introdução
As Olimpíadas de 2024, que acontecem em Paris, França, têm suscitado debates intensos e preocupações entre os católicos e outros grupos religiosos. A acusação de blasfêmia relacionada ao evento não é apenas um reflexo de um crescente sentimento anticristão, mas também um indicativo das tensões entre a agenda globalista e os valores cristãos. Este artigo examina como esses eventos se conectam com as tradições e ensinamentos da Igreja Católica, oferecendo uma análise crítica através de citações bíblicas, doutores da Igreja, e documentos eclesiais.
#### Contexto das Olimpíadas e o Fenômeno da Blasfêmia
Em julho de 2024, Paris está sendo o palco de um dos maiores eventos esportivos mundiais: os Jogos Olímpicos. No entanto, a escolha de certos temas e símbolos para as cerimônias e apresentações gerou controvérsias. Em particular, elementos que alguns consideram ofensivos ou blasfemos foram incluídos, levando a uma discussão sobre a relação entre religião e eventos públicos.
A blasfêmia, definida como uma ação ou expressão que desrespeita o sagrado, é um conceito bem discutido na tradição cristã. Em Mateus 12:31-32, Jesus fala sobre o pecado contra o Espírito Santo, um pecado imperdoável. Esse conceito de blasfêmia é amplamente interpretado como uma ofensa direta ao Deus vivo e à Sua obra redentora.
#### Agenda Globalista e Seus Impactos
A agenda globalista, frequentemente associada a uma visão secular e relativista da moralidade, tem se manifestado através de políticas e práticas que, em muitos casos, entram em conflito com os valores cristãos. De acordo com o Papa Bento XVI, "a globalização não é um fenômeno neutro, mas sim um processo que pode ser moldado de acordo com valores morais e éticos" (Encíclica "Caritas in Veritate", 2009).
Os críticos argumentam que a agenda globalista promove uma cultura de relativismo moral que desconsidera princípios absolutos, como os encontrados na doutrina cristã. Este ambiente pode facilitar a inclusão de símbolos e temas em eventos como as Olimpíadas que desrespeitam ou ridicularizam a fé cristã.
#### Perspectiva dos Doutores da Igreja
São Tomás de Aquino, um dos maiores doutores da Igreja, discute a blasfêmia em sua "Summa Theologiae". Ele escreve: "A blasfêmia é um pecado grave porque denigre a honra de Deus e é uma ofensa direta ao Criador" (ST II-II, q. 13, a. 1). Aquino argumenta que a blasfêmia é particularmente grave porque reflete uma rejeição consciente da reverência devida a Deus.
São Agostinho, em seus escritos, também reflete sobre o impacto da blasfêmia: "Quando se despreza o sagrado, não é apenas uma ofensa contra a verdade divina, mas também um ataque à ordem moral estabelecida por Deus" (Confissões, Livro I). Esta visão ressoa com as preocupações atuais sobre a representação da religião em eventos globais e sua potencial banalização.
#### Documentos da Igreja e Condenação da Blasfêmia
O Catecismo da Igreja Católica também aborda a blasfêmia com clareza. O número 2148 afirma: "A blasfêmia é uma ofensa direta ao nome de Deus, ao qual o homem deve reverência e adoração. A blasfêmia é um pecado grave e, como tal, deve ser evitada." Este ensinamento destaca a seriedade com que a Igreja vê qualquer ação que diminua a dignidade de Deus.
Além disso, o Concílio Vaticano II, em "Gaudium et Spes", sublinha a importância de proteger os valores religiosos dentro da sociedade: "Os cristãos são chamados a dar um testemunho autêntico da sua fé, respeitando e promovendo os valores morais e espirituais" (Gaudium et Spes, 21). Esse compromisso com a verdade e o respeito pela dignidade de Deus é uma base essencial para a crítica da blasfêmia nas Olimpíadas.
#### Considerações Finais
A crescente tensão entre a agenda globalista e os valores cristãos é evidente em eventos como as Olimpíadas de 2024 em Paris. A inclusão de elementos que podem ser vistos como blasfemos não é apenas uma questão de sensibilidade religiosa, mas também um reflexo de uma luta maior entre a moralidade tradicional e as tendências secularizantes da sociedade moderna.
A tradição cristã, conforme expressa nos ensinamentos de Cristo, doutores da Igreja e documentos eclesiais, oferece uma base sólida para entender e responder a esses desafios. Em um mundo onde o respeito pela fé muitas vezes é comprometido por agendas globalistas, a Igreja Católica continua a defender a dignidade de Deus e a moralidade universal, conforme revelado nas Escrituras e na tradição da Igreja.
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Igreja em Cisma: Papa Francisco expulsa cardeal conservador de residência no Vaticano
O papa Francisco expulsou o cardeal norte-americano Raymond Leo Burke, de 75 anos, da sua residência no Vaticano e cortou seu salário. Se a punição se baseia na premissa de que nenhum membro do clero deve desfrutar de privilégios enquanto critica o chefe da Igreja, então o precedente aberto deve desencadear uma reação significativa e aprofundar as divisões entre o Vaticano e aqueles que se opõem às reformas modernizantes, o que seria o início de um Cisma, até porque a medida é "sem precedentes" na Era de Francisco.
Para um aprofundamento na questão, assista O CONCÍLIO VATICANO II, a edificação da ANTI-IGREJA e a fusão com a RELIGIÃO MUNDIAL:
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🙏SANTO DO DIA🙏
🙏26 DE JULHO🙏
🙏São Joaquim e Sant'Ana, avós de Jesus🙏
Origens
Não há nenhuma referência na Bíblia e notícias certas sobre Joaquim e Ana, pais de Maria. As informações existentes foram tiradas dos textos apócrifos, como o Protoevangelho de Tiago e o Evangelho do pseudoMateus, além da tradição. Sabe-se que ambos moravam em Jerusalém.
Casal sem filhos
Quando se casaram, Joaquim e Ana não tiveram filhos durante vinte anos. Naquela época, para os judeus, não ter descendentes era sinal da falta de bênção de Deus.
Certo dia, ao levar suas ofertas ao Templo, Joaquim foi repreendido por um homem pelo fato de não ter filhos. Por essa razão, ele não tinha o direito de apresentar as ofertas.
Joaquim ficou transtornado com as palavras do homem e decidiu retirar-se para o deserto. Durante quarenta dias e quarenta noites, ele suplicou a Deus, entre lágrimas e jejuns, que lhe desse descendentes. Ana também passou dias em oração, pedindo a Deus a graça da maternidade.
O anúncio
Deus ouviu as preces; e um anjo apareceu a eles, separadamente, avisando que iriam se tornar pais. Assim que Maria completou 3 anos, foi levada ao Templo para ser consagrada ao seu serviço, conforme Ana e Joaquim haviam prometido em suas orações. A criança foi criada na casa situada perto da piscina de Betzaeda.
Ali, no século XII, os Cruzados construíram uma igreja, que ainda existe, dedicada a Ana.
Culto aos avós de Jesus
A princípio, apenas Santa Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Porém, em 1969, após o Concílio Vaticano II, os pais de Maria passaram a ser celebrados em uma única data, 26 de julho.
🙏Minha oração🙏
“São Joaquim e Sant’Ana, avós de Jesus, exemplos de perseverança na fé e na criação da mãe do Salvador, interceda a Jesus por todos os avós neste dia. Amém.”
São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós!
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O tempo que não passa
Hoje de madrugada eu assisti um vídeo de uma palestra do frei Clodovis Boff sobre a teologia da libertação e a crise na Igreja. Aparentemente ele escreveu um livro com este título, e a ideia era discutir ou aprofundar o tema em uma palestra (há um outro vídeo com outro padre falando sobre isso, então não sei se o assunto é mesmo o livro, ou foi coincidência entre o assunto e o livro).
O frei foi enquadrado pela Congregação da Doutrina da Fé lá pelos anos 70 (80? 90?) pelo seu envolvimento com a teologia da libertação, assim como o seu irmão mais famoso, Leonardo Boff. Ele, o irmão mais famoso, se tornou uma espécie de Wood & Stock, do Angeli, incapaz de articular algo parecido com o aggiornamento do Vaticano II, do qual a teologia da libertação, e portanto o próprio Leonardo Boff, foram resultados.
A Congregação da Doutrina da Fé que enquadrou os dois irmãos era subordinada a João Paulo II e presidida cardeal Ratzinger, que sucedeu o antigo chefe. Certamente eles pegaram pesado com Leonardo Boff: da última vez que eu li sobre, entendi que ele pediu dispensa do sacerdócio e o Vaticano não disse nem sim, nem não. Boff cansou de esperar e se casou. Isso depois do enquadramento. Acho que Leonardo Boff deveria ter esperado? Acho, mas antes disto, o Vaticano não deveria ter feito ele ficar esperando. Eu não leio mentes, mas dá a impressão que a intenção era essa mesma, fazer ele se precipitar à (falta de) resposta.
Tanto João Paulo II quanto Bento XVI reconhecem não somente a importância como a necessidade da teologia da libertação, descartando somente o materialismo e a falta de uma perspectiva transcendente nela (“nela” para simplificar, pois ela se constitui de variantes, como os regionalismos da Língua Portuguesa ou os diferentes tipos de rock, por exemplo). Mas os dois antecessores de Francisco não foram capazes de tratar Leonardo Boff com a mesma delicadeza com que trataram a própria teologia da libertação. Talvez se tivessem dado logo a dispensa que ele pediu (e que teria sido sensato ter esperado), ele não tivesse ficado como me parece que ficou, engessado naquela época, por isso a comparação com Wood & Stock.
Clodovis Boff, até o vídeo da palestra que eu vi, me parecia ser o irmão sensato que soube manter os princípios da teologia da libertação dentro dos parâmetros religiosos que, afinal de contas, dão sentido tanto ao termo “teologia” quanto ao termo “libertação”. Seu livro Mariologia Social é uma obra-prima, um compêndio que deveria dar origem a mais um título a Maria, Nossa Senhora da Libertação. Mas o vídeo, mais recente do que o livro, é deprimente.
Nele o frei faz constatações pertinentes, mas repete basicamente o que a Igreja já falou sobre a teologia da libertação (nas minhas palavras): a necessidade de conciliar a fé com a luta social para que a luta social não caia na desumanização que pretende combater. Mas ele acusa, ainda que muito sutilmente, o papa Francisco e a CNBB da mesma carência de transcendência que a Igreja apontou em algumas variantes da teologia da libertação. Eu ainda fico tentando me convencer que talvez tenha sido uma boa jogada de marketing para adequar-se a um público que, afinal de contas, é rentável (eu mesmo fico tentado a escrever um livro dizendo que o papa Francisco, ou o Concílio Vaticano II, ou a CNBB, ou os comunistas infiltrados, etc., estão levando a Igreja para um caminho sem volta em direção ao secularismo, não porque eu ache que isso é verdade, mas porque a ideia de crise na Igreja aparentemente dá uma boa alavancada nas vendas), mas o que mais me parece é que seja um caso de ultracorreção.
Quando uma criança aprende uma determinada regra do português, ela pode, às vezes, aplicar aquela regra em casos para as quais a regra não vale. Por exemplo: depois de descobrir que não se escreve “prassa” e sim “praça”, ela começa a tocar o ç em tudo o que aparece pela frente, “maça” em vez de “massa”, “aça” em vez de “assa”, “paçado” em vez de “passado” e por aí vai. O que eu acho (e este texto é um longo exercício de achismo) é que o Clodovis Boff do vídeo é o resultado de uma ultracorreção, como se, depois de ter compreendido que estava se perdendo em uma imanência fechada para a transcendência, tivesse passado a ver o reflexo do seu passado em tudo.
Esse vídeo de uma hora foi a recomendação do YouTube para um outro vídeo, que tem um título parecido, os mesmos integrantes na mesa (exceto por um padre) e dura apenas 16 minutos. Deve ter sido no mesmo evento. No final deste vídeo menor, o frei toma o microfone das mãos do padre ao lado depois que este diz que Clodovis Boff rompeu com a teologia da libertação, para corrigir esta ideia explicando que, na verdade, ainda permanece nela e só rompeu com, nas minhas palavras, as perspectivas materialistas contrabandeadas para dentro dela. Foi um alívio ter ouvido isso.
A minha burrice foi ter ido assistir o vídeo mais longo.
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IMPACTO NO III° MILÊNIO...
"O conhecimento do Espírito Santo foi em parte retido como *estratégia deliberada. Algo deveria ser preservado sob os véus de Mistérios, como elemento de *revigoração na dinâmica Doutrinal dos Últimos Tempos!
A Apostasia aguardada para o III° Milênio exigia da Igreja um posicionamento audacioso e de grande impacto. Isto aconteceu com o Concílio Vaticano II, infelizmente usurpado em seus regimentos e deturpado por 'progressistas' nem sempre de boa índole. Apesar disso, uma Revolução acontecia em pequenas e modestas escalas. Com o passar dos anos tornou-se foco de grandes controvérsias, justamente pela abertura realizada através da Unção do Espírito e sua atuação definitiva no seio da Igreja Católica. A Renovação Carismática tornou-se, depois de seus inúmeros ajustes, algo irreversível para a vida e continuidade da Doutrina de Cristo!..." (Jesus a Marjorie Dawe)
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A Igreja do Concílio Vaticano II - Lumen Gentium https://www.bialto.com/listing/a-igreja-do-concilio-vaticano-ii-lumen-gentium/18405445
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Na Constituição Dogmática sobre Revelação Divina, o Concílio Vaticano II, no capítulo sobre Escritura Sagrada na Vida da Igreja, declarou que "Ela (a igreja) sempre considerou as Escrituras junto com a tradição sagrada como a regra suprema de fé, e sempre as considerará assim".
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"Tempus Veritatis" ou VERITATIS SPLENDOR ?
Por: Fred Borges
"CARTA ENCÍCLICA
VERITATIS SPLENDOR
DO SUMO PONTÍFICE
JOÃO PAULO II
A TODOS OS BISPOS DA IGREJA CATÓLICA
SOBRE ALGUMAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS
DO ENSINAMENTO MORAL DA IGREJA
CARTA ENCÍCLICA
VERITATIS SPLENDOR
DO SUMO PONTÍFICE
JOÃO PAULO II
A TODOS OS BISPOS DA IGREJA CATÓLICA
SOBRE ALGUMAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS
DO ENSINAMENTO MORAL DA IGREJA
Veneráveis Irmãos no Episcopado,
saúde e Bênção Apostólica!
O ESPLENDOR DA VERDADE brilha em todas as obras do Criador, particularmente no homem criado à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 26): a verdade ilumina a inteligência e modela a liberdade do homem, que, deste modo, é levado a conhecer e a amar o Senhor. Por isso, reza o salmista: «Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face» (Sal 4, 7).
INTRODUÇÃO.
Jesus Cristo, luz verdadeira que a todo o homem ilumina
1. Chamados à salvação pela fé em Jesus Cristo, «luz verdadeira que a todo o homem ilumina» (Jo 1, 9), os homens tornam-se «luz no Senhor» e «filhos da luz» (Ef 5, 8) e santificam-se pela «obediência à verdade» (1 Pd 1, 22).
Esta obediência nem sempre é fácil. Na sequência daquele misterioso pecado de origem, cometido por instigação de Satanás, que é «mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44), o homem é continuamente tentado a desviar o seu olhar do Deus vivo e verdadeiro para o dirigir aos ídolos (cf. 1 Ts 1, 9), trocando «a verdade de Deus pela mentira» (Rm 1, 25); então também a sua capacidade para conhecer a verdade fica ofuscada, e enfraquecida a sua vontade para se submeter a ela. E assim, abandonando-se ao relativismo e ao cepticismo (cf. Jo 18, 38), ele vai à procura de uma ilusória liberdade fora da própria verdade.
Mas nenhuma sombra de erro e de pecado pode eliminar totalmente do homem a luz de Deus Criador. Nas profundezas do seu coração, permanece sempre a nostalgia da verdade absoluta e a sede de chegar à plenitude do seu conhecimento. Prova-o, de modo eloquente, a incansável pesquisa do homem em todas as áreas e sectores. Demonstra-o ainda mais a sua busca do sentido da vida. O progresso da ciência e da técnica, esplêndido testemunho da capacidade da inteligência e da tenacidade dos homens, não dispensa a humanidade de pôr-se as questões religiosas últimas, mas antes, estimula-a a enfrentar as lutas mais dolorosas e decisivas, que são as do coração e da consciência moral.
2. Nenhum homem pode esquivar-se às perguntas fundamentais: Que devo fazer? Como discernir o bem do mal? A resposta somente é possível graças ao esplendor da verdade que brilha no íntimo do espírito humano, como atesta o salmista: «Muitos dizem: "Quem nos fará ver o bem?" Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face» (Sal 4, 7).
A luz da face de Deus resplandece em toda a sua beleza no rosto de Jesus Cristo, «imagem do Deus invisível» (Col 1, 15), «resplendor da sua glória» (Heb 1, 3), «cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14): Ele é «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14, 6). Por isso, a resposta decisiva a cada interrogação do homem, e particularmente às suas questões religiosas e morais, é dada por Jesus Cristo, mais, é o próprio Jesus Cristo, como lembra o Concílio Vaticano II: «Na realidade, o mistério do homem só se esclarece verdadeiramente no mistério do Verbo Encarnado. Efectivamente, Adão, o primeiro homem, era figura do que havia de vir, Cristo Senhor. Cristo, novo Adão, na mesma revelação do mistério do Pai e do seu amor, manifesta perfeitamente o homem ao próprio homem e descobre-lhe a sublimidade da sua vocação».[1] Jesus Cristo, «luz dos povos», ilumina a face da sua Igreja, que Ele envia pelo mundo inteiro a anunciar o Evangelho a toda criatura (cf. Mc 16, 15).[2] Assim a Igreja, Povo de Deus no meio das nações, [3] ao mesmo tempo que permanece atenta aos novos desafios da história e aos esforços que os homens realizam na procura do sentido da vida, oferece a todos a resposta que provém da verdade de Jesus Cristo e do seu Evangelho. Na Igreja, permanece sempre viva a consciência do seu «dever de investigar a todo o momento os sinais dos tempos, e interpretá-los à luz do Evangelho, para que assim possa responder, de modo adaptado em cada geração, às eternas perguntas dos homens acerca do sentido da vida presente e da futura e da relação entre ambas».[4]
3. Os Pastores da Igreja, em comunhão com o Sucessor de Pedro, estão solidários com os fiéis neste esforço, acompanham e guiam-nos com o seu magistério, encontrando expressões sempre novas de amor e misericórdia para se dirigirem não só aos crentes, mas a todos os homens de boa vontade. O Concílio Vaticano II permanece um testemunho extraordinário desta atitude da Igreja que, «perita em humanidade»,[5] se põe ao serviço de cada homem e do mundo inteiro.
A Igreja sabe que a instância moral atinge em profundidade cada homem, compromete a todos, inclusive aqueles que não conhecem Cristo e o Seu Evangelho, ou nem mesmo a Deus. Ela sabe que precisamente sobre o caminho da vida moral se abre para todos a via da salvação, como claramente o recordou o Concílio Vaticano II ao escrever: «Aqueles que ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo, e a Sua Igreja, procuram, contudo, a Deus com coração sincero, e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a Sua vontade, manifestada pelo ditame da consciência, também eles podem alcançar a salvação eterna». E acrescenta: «Nem a divina Providência nega os auxílios necessários à salvação àqueles que, sem culpa, não chegaram ainda ao conhecimento explícito de Deus e se esforçam, não sem o auxílio da graça, por levar uma vida recta. Tudo o que de bom e verdadeiro neles há, é considerado pela Igreja como preparação para receberem o Evangelho, dado por Aquele que ilumina todos os homens, para que possuam finalmente a vida»
Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres» (Jo 8, 32)
31. Os problemas humanos mais debatidos e diversamente resolvidos na reflexão moral contemporânea, estão ligados, mesmo se de várias maneiras, a um problema crucial: o da liberdade do homem.
. A liberdade e a lei
«Não comas da árvore da ciência do bem e do mal» (Gn 2, 17)
«Mas ao princípio não foi assim» (Mt 19, 8)
51. O suposto conflito entre liberdade e natureza repercute-se também sobre a interpretação de alguns aspectos específicos da lei natural, sobretudo da sua universalidade e imutabilidade. «Onde estão, pois, escritas estas regras — perguntava-se S. Agostinho — a não ser no livro daquela luz que se chama verdade? Daqui, portanto, é ditada toda a lei justa e se transfere directamente ao coração do homem que pratica a justiça, não vivendo aí como estrangeira, mas quase que imprimindo-se nele, à semelhança da imagem que passa do anel à cera, sem abandonar todavia o anel».
A consciência e a verdade
O santuário do homem
54. A relação que existe entre a liberdade do homem e a lei de Deus tem a sua sede viva no «coração» da pessoa, ou seja, na sua consciência moral: «No fundo da própria consciência — escreve o Concílio Vaticano II — o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer; essa voz, que sempre o está a chamar ao amor do bem e fuga do mal, soa no momento oportuno, na intimidade do seu coração: faze isto, evita aquilo. O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus: a sua dignidade está em obedecer-lhe, e por ela é que será julgado (cf. Rm 2, 14-16)»"
A pós-verdade é uma mentira que o Estado Brasileiro por meio dos seus atuais governantes querem emplacar ou aplacar, a mentira é e sempre será uma mentira! Não importa o adorno vermelho de verdade, vermelho fogo do inferno, do diabo ou Satanás do Lula e os seus ministros e os ministros da Justiça do STF,por meio da lavagem cerebral conduzida desde a plena pandemia e globalismo.
O "negacionismo" é negar a verdade numa era a pós-verdade.
A Constituição está sendo execrada,a liberdade de opinião, de livre reunião está sendo jogada no lixo,no lixo de Satã!
O " Tempus Veritatis" é a negação do " Tempus da VERITATIS SPLENDOR, da Carta Encíclica do sumo pontífice João Paulo II, do ensinamento da boa ética e moral, contra a nossa Carta Magna.
Medíocres e malditos são àqueles que se vendem por 30 moedas de prata, dos que operacionalizam, executam, planejam, são artífices da obra de Satã, da suja Política Federal, Da Polícia Federal,da convivência, omissão, covardia Do Senado, Da Câmera, da Justiça e Da Presidência da República, Do Caos Democrático ou Ditadura!
Que Deus nos liberte deste Satanás e de seus medíocres, corruptos e ladrões subordinados, subordinação que em nada lhes é retirada a responsabilidade pela instalação da contravenção aos princípios Constitucionais.
" Tempus Veritatis" é uma grande mentira!
VERITATIS SPLENDOR é Deus falando por meio das mentes e bocas dos homens de boa fé!
Se você não sabe diferenciar a verdade da mentira, volte-se ao tempo do SENHOR, tempo INFINITO e o saberá!
Tempo que mulheres eram mulheres.
Homens eram homens.
Crianças eram crianças.
O Mal era o Mal!
O Bem era o Bem!
O Vermelho era o Fogo!
O Diabo era Vermelho!
OREMOS!!!
Ó Maria,
Mãe de misericórdia,
velai sobre todos
para não se desvirtuar a Cruz de Cristo,
para que o homem não se extravie
do caminho do bem,
nem perca a consciência do pecado,
mas cresça na esperança
em Deus «rico de misericórdia» (Ef 2, 4),
cumpra livremente as boas obras
por Ele de antemão preparadas (cf. Ef 2, 10)
e toda a sua vida seja assim
«para louvor da Sua glória» (Ef 1, 12).
Amém?
Amém! 🙏
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Introdução à Liturgia das Horas
A Liturgia das Horas é uma prática profunda e rica da tradição cristã, também conhecida como "Ofício Divino". Ela integra a oração da Igreja em diferentes momentos do dia, permitindo que os fiéis se unam em louvor e adoração a Deus. (...)
Liturgia das Horas A Liturgia das Horas é uma prática profunda e rica da tradição cristã, também conhecida como “Ofício Divino”. Ela integra a oração da Igreja em diferentes momentos do dia, permitindo que os fiéis se unam em louvor e adoração a Deus em todas as horas da vida. Vamos explorar sua origem, história e a renovação promovida pelo Concílio Vaticano II. O Que é a Liturgia das Horas? A…
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Concílio Vaticano II: aberto em 11 outubro 1962 pelo papa João XXIII e encerrado em 8 dezembro 1965 pelo papa Paulo VI. É considerado o evento mais significativo na história do catolicismo romano desde a Reforma Protestante.
Fonte: https://www.reddit.com/r/HistoryPorn/
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De como a Igreja Católica vem sendo destruída desde dentro
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
“…o demônio usará de toda a sua malícia para introduzir nas ordens religiosas pessoas dadas ao pecado, pois as desordens e o amor aos prazeres da carne estarão espalhados por toda a Terra.” (Profecia de Nossa Senhora de La Salette, 1846)
“Satanás reinará mesmo nos lugares mais altos. Ele até entrará na posição mais elevada da Igreja”. (Profecia de Nossa Senhora de Fátima, 1917)
“A Igreja é o ingrediente indispensável para a chegada da Nova Ordem Mundial”. (Padre Malachi Martin, SJ)
A Igreja Católica está enfrentando a pior crise desde a Reforma (1517–1648). Não bastasse a sua debilitação moral-teológica e a decaída de sua condição de “alma do Ocidente”, nestes últimos anos novas denúncias de abusos sexuais envolvendo altos membros do clero vieram à tona. Um relatório de um Grande Júri dos Estados Unidos detalhou os casos de 1.000 crianças abusadas por 300 padres somente no Estado da Pensilvânia ao longo de sete décadas. A persistência dos abusos e seu acobertamento é o que mais choca.
O cardeal Theodore McCarrick (1930-), ex-arcebispo de Washington que desempenhou um papel fundamental na arrecadação de fundos para a Santa Sé por ricos doadores norte-americanos, já havia renunciado ao Colégio dos Cardeais em julho de 2018, acusado de ter abusado sexualmente de um menor e assediado os seminaristas que ele supervisionava.
O cardeal Theodore Edgar McCarrick fala durante uma cerimônia em South Bend, no estado de Indiana. Foto de Robert Franklin — 4.mar.2015/Associated Press.
Em 22 de agosto daquele ano, o arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos Estados Unidos e diplomata emérito da Santa Sé, publicou uma carta acusando o Papa Francisco de estar ciente dos abusos sexuais de McCarrick há anos e de ajudar a encobri-los. Em uma extensa entrevista publicada em 10 de junho de 2019 no jornal The Washington Post, Viganò acusou o Papa Francisco de “mentir descaradamente” no caso de McCarrick e reiterou que o Papa sabia desde 2013 dos abusos cometidos pelo ex-arcebispo de Washington DC.
O arcebispo Carlo Maria Viganò.
No dia 10 de novembro de 2020, o Vaticano divulgou um relatório de 450 páginas, feito a pedido do Papa Francisco, em que nega ter acobertado o abuso sexual de menores praticado por McCarrick, alçado ao cargo de cardeal um ano depois de ter sido nomeado arcebispo de Washington pelo Papa João Paulo II, que sabia dos rumores sobre sua conduta.
Cardeal Theodore McCarrick com o Papa Francisco. Foto: Jonathan Newton/The Washington Post via Associated Press.
Como a pedofilia não é propriamente um problema que se restringe à Igreja Católica, muito pelo contrário, os escândalos sexuais são invariavelmente tratados como desvios isolados de conduta, colocados à parte e abafados.
Permanentemente exposta é a divisão nas fundações da Igreja, nitidamente rachada entre alas progressistas e conservadoras. Enquanto as progressistas procuram avançar junto com o mundo moderno, fazendo-lhe todo tipo de concessões, as neotradicionalistas — com suas próprias paróquias e seminários — continuam em um curso diferente do restante da Igreja, em uma tentativa quixotesca de restaurar o catolicismo romano e a teologia católica a um modelo anterior ao Concílio Vaticano II e até mesmo anterior ao século XX.
Por muitos caminhos tortuosos, o embate nos primeiros tempos cristãos e na Idade Média com os inimigos da Igreja prosseguiu durante a Idade Moderna e Contemporânea, quando passou da guerra aberta para a penetração pacífica, uma estratégia da Maçonaria e da complexa rede de sociedades secretas sinistras em sua diretiva final de “alçar Satanás ao trono no Vaticano” e de “tornar o Papa o seu escravo”.
No século XX, niilistas e ateus foram exortados para que provocassem deliberadamente uma catástrofe social formidável que, em todo o seu horror, mostrasse claramente às nações o efeito do ateísmo absoluto, da selvageria original e da turbulência mais sangrenta. Arrastadas pelos líderes revolucionários mundiais e destruidores de civilizações, as multidões, desiludidas com o cristianismo e cujos espíritos deístas estariam desde então sem bússola, ansiosas por um novo ideal, mas sem saber onde prestar sua adoração, receberiam a “verdadeira” luz através da manifestação universal da pura doutrina de Lúcifer, trazida finalmente à vista do público, uma manifestação que resultaria do movimento revolucionário geral que se seguiria à destruição do cristianismo e da Igreja Católica, ambas ao mesmo tempo.
Para os Illuminati e os ocultistas, Lúcifer ou Satanás é benigno. Filosoficamente, religiosamente, ou o que quer que seja, não importa. Lúcifer é bom para eles. Lúcifer é simbolicamente o salvador por causa do conhecimento proibido, o autoconhecimento e o raciocínio intelectual que ele (figurativamente, metaforicamente ou literalmente) dá aos humanos, junto com a capacidade de pensar racionalmente e elevá-los a deuses entre todos os outros animais na Terra.
Se a inteligência clama pelo reconhecimento de um deus, elas encontrariam um em Lúcifer, filho da manhã e portador da luz, o mais brilhante dos arcanjos que liderou a revolução celestial na tentativa de se tornar igual a Deus. O credo luciferiano foi altamente desenvolvido, promulgado e disseminado, sob diversos aspectos e nomes, em espectros multiculturais.
Os objetivos finais dessa elite ocultista macabra, isto é, da Maçonaria e dos Illuminati, consiste no estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial, de um Governo Único Mundial e de uma Religião Mundial. A primeira meta, a de uma Nova Ordem Mundial, se consolida agora com o engodo da Divoc, que estendeu o controle totalitário aos recônditos mais distantes e isolados do planeta, engolfando desde a economia aos últimos recintos da vida privada e até o âmago dos próprios pensamentos.
E os clamores pela dissolução ou destruição de nações individuais, o estabelecimento de uma economia única e harmonicamente abrangente, “no interesse da paz e da conservação da humanidade”, já se fazem sentir por todos os lados.
Logo, um Governo Mundial e, para completar, uma Religião Mundial, um culto unificado acessível apenas a uns poucos eleitos das camadas superiores que por fora mantém uma aparência de religião tradicional, mas por dentro é puro ocultismo e satanismo comandado pelos altos iniciados, os próximos passos que faltam para o domínio total, não demorarão a ser implementados.
A Igreja Católica (do grego katholikos = universal), pelo seu poder e influência que vieram com a promulgação do Édito de Milão em 313 (que garantiu a liberdade de culto para os cristãos, restituiu-lhes os bens confiscados, aboliu o suplício na cruz e os combates de gladiadores) por Constantino [Flavius Valerius Constantinus (272–337), cognominado o Grande, Senhor do Ocidente], sem o qual certamente o paganismo teria triunfado e a religião cristã sido extinta (coroado imperador, Constantino fez do cristianismo a religião oficial do Estado romano, quase 300 anos depois da crucificação de Cristo), como não poderia deixar de ser vem sendo usada, ainda mais nos últimos anos, como um dos instrumentos mais eficazes e de maior abrangência pela elite ocultista macabra para atingir esses seus intentos, e para tanto nela tem infiltrado muitos de seus agentes.
A infiltração comunista na Igreja
A infiltração do comunismo (que nada mais é do que satanismo) na Igreja Católica e em outras religiões é algo por demais evidente. Douglas Hyde (1860–1949), secretário do Partido Comunista Britânico [Communist Party of Britain (CPB)], revelou que nos anos 30 os chefes comunistas enviaram uma diretiva para a escalada mundial da infiltração na Igreja Católica.
Como diretor do jornal The Daily Worker, Hyde tinha que refutar escritores católicos como Gilbert Keith Chesterton (1874–1936), e cada vez que fazia isso ficava impressionado pelo confronto das ideias. Em certa ocasião, ao entrar numa igreja, num recanto escuro, defronte à imagem da Virgem Santíssima, foi profundamente tocado: “Era feliz. Dei-me conta de que minha dolorosa peregrinação terminara. Murmurei: ‘Senhora tão meiga e tão boa, sê boa para mim!’.”
A italiana Bella Visono Dodd (1904–1969) foi agente soviética e membro do Partido Comunista dos Estados Unidos, o Communist Party of America (CPUSA) nos anos 1930 e 40. Em 1952, ela ingressou na Igreja Católica sob a orientação do então bispo (depois arcebispo) Fulton Sheen. No início de 1953, em pleno macartismo, período marcado pelas ações de caça aos comunistas conduzido pelo senador Joseph Raymond McCarthy (1909–1957) e sua Comissão de Atividades Anti-Americanas, consentiu em dar, pela primeira vez, informações pormenorizadas acerca da infiltração comunista nas instituições dos Estados Unidos. Ela testemunhou perante o Senado norte-americano sobre a infiltração do CPUSA nos sindicatos e outras instituições.
Bella Dodd.
E essas foram de tal magnitude, que nem mesmo um jornal esquerdista como o The New York Times pôde deixar de noticiá-las, tanto que destacou na primeira página de sua edição de 11 de março de 1953 que Bella havia jurado no dia anterior, perante a Subcomissão do Senado de Segurança Interna (Senate Subcommittee on Internal Security), “que os comunistas tinham se infiltrado em muitos escritórios do Congresso e agiam disfarçados de assessores do próprio presidente dos Estados Unidos”. O mesmo jornal reportou em sua edição de 8 de março de 1954, que Bella “advertiu ontem que a ‘filosofia materialista’ que agora orientava a educação pública, acabaria por desmoralizar a nação”.
As edições do The New York Times de 11 de março de 1953 e 8 de março de 1954 com as reportagens sobre Bella Dodd.
Logo depois, naquele ano de 1954, Bella teve publicado o seu livro The School of Darkness: The Record of a Life and of a Conflict Between Two Faiths [publicado no Brasil em 2020 pela editora Ecclesiae sob o título Escola das Trevas: o Registro de uma Vida e de um Conflito Entre Duas Crenças (Campinas, SP)], no qual denunciava que o comunismo era um artifício perpetrado por financistas “para controlar o homem comum”.
Bella descreve o comunismo como “um estranho culto secreto” cujo objetivo é destruir a civilização ocidental cristã. Milhões de idiotas idealistas (“inocentes”) são enganados pelo discurso de ajuda aos pobres que na verdade visa somente o poder. O Partido Comunista age por meio da infiltração e subversão de instituições sociais como igrejas, escolas, mídia e administração pública. O objetivo é “criar novos modelos de seres humanos que obedecem ao projeto mundial que eles pretendem implementar”.
Segundo Bella, o objetivo era acabar com a família tradicional para que no final restasse apenas a tirania do Partido e do Estado: “O partido fez o que pôde para induzir as mulheres a entrarem na indústria. Seus estilistas de moda criaram modelos próprios para elas e compositores escreveram músicas especiais para estimulá-las… As condições do período de guerra, conforme planejavam, se tornariam uma parte permanente do futuro programa educacional. Procurava-se tornar antiquada a família burguesa enquanto unidade social”.
Para tanto, Dodd ajudou a organizar o “Congresso de Mulheres Americanas”, um precursor do movimento feminista. “Uma vez que era, alegadamente, um movimento pela paz, atraiu muitas mulheres. Mas era realmente apenas uma renovada ofensiva para controlar as mulheres americanas… Como a juventude e os grupos de minorias, elas eram consideradas uma reserva de forças da revolução, porque eram manipuladas mais facilmente por apelos emocionais”.
De acordo com ela, “a chave da escravidão mental da humanidade é transformar o indivíduo em nada e fazer ele operar como uma parte física de um alto grupo de inteligência”. Ficou claro para ela que aquilo “era o conluio entre duas forças: os comunistas com o seu projeto de controle mundial, e certas forças mercenárias do mundo livre empenhadas em lucrar por meio do sangue”.
Bella detalhou que a infiltração comunista na Igreja estava sendo feita por milhares de agentes encarregados de colocar em seminários e outras instituições religiosas o maior número possível de “adormecidos”, isto é, agentes que de imediato não desempenhariam nenhum papel ativo, mas que ficariam aguardando que fossem ordenados e subissem até ocupar posições de influência e autoridade como monsenhores e bispos.
Bella confessou que ela mesma teria ajudado a colocar, nos anos 30, mais de 1.100 homens no sacerdócio para destruir a Igreja a partir do seu interior, muitos dos quais, naquele momento, já ocupavam os mais altos cargos da Igreja.
A ideia geral era a de destruir antes a fé do povo usando a própria instituição da Igreja, que para tanto deveria se converter em uma pseudo-religião, qualquer coisa parecida com o catolicismo, mas que já não seria mais o autêntico catolicismo: “Assim que a fé fosse destruída”, explicou ela, introduzir-se-ia na Igreja um complexo de culpa “para estigmatizar a ‘Igreja do passado’ como opressiva, autoritária, cheia de preconceitos, arrogante ao afirmar-se como única possuidora da verdade, além de responsável pelas divisões das comunidades religiosas através dos séculos. Isto seria necessário para que os responsáveis da Igreja, envergonhados, adotassem uma ‘abertura ao Mundo’ e uma atitude mais flexível para com todas as religiões e filosofias. Os comunistas explorariam então essa abertura para enfraquecer insidiosamente a Igreja e implementar mudanças que de tão radicais não mais reconheceríamos a Igreja Católica.”
Responsável pela conversão de Bella ao catolicismo, o arcebispo norte-americano Fulton J. Sheen (1895–1979), decretado Venerável pelo Papa Bento XVI (de 2005 a 2013) em 28 de Junho de 2012, também havia previsto que “Ele [Satanás] criará uma contra-igreja que será o macaco da Igreja, porque ele, o Diabo, é o macaco de Deus. Ela terá todas as notas e as características da Igreja, mas no sentido inverso e esvaziada do seu divino conteúdo. Será um corpo místico do anticristo que vai em todas as aparências assemelhando-se ao corpo místico de Cristo. Em seguida, será verificado um paradoxo: as muitas acusações com que os homens no século passado rejeitaram a Igreja, serão as razões pelas quais passarão a aceitar a contra-igreja.” (Communism and the Conscience of the West, Bobbs-Merrill, 1948, pp. 24–25).
O Concílio Vaticano II
Tudo o que Bella disse cumpriu-se ao pé da letra — não que ela fosse uma profetisa, visto que apenas expôs um plano macabro do qual tomara parte e se arrependera — menos de uma década depois com aquele que até o momento é o último Concílio Ecumênico, o Vaticano II, que se reuniu de 1962 a 1965 no próprio Vaticano, sob a presidência dos papas João XXIII (1881–1963, eleito em 1958) e Paulo VI (1897–1978, eleito em 1963), e que foi e continua sendo elogiado por muitos como o concílio que promoveu “a abertura para os grandes temas da atualidade no mundo”, mas que não foi senão um deliberado e devastador assalto à Igreja e à fé católicas.
Os “reformistas” ou “neomodernistas” lograram destruir todo e qualquer vestígio da Igreja e da fé tradicionais ao orientarem a Igreja para uma direção completamente nova, no que a atualização do rito da Missa, que passou a ser rezada não mais em latim (que sempre foi odiado pelos inimigos da Igreja), mas em língua vernácula, constitui um tímido exemplo quando comparada às nefandas resoluções de se estabelecer um “diálogo” com comunistas e maçons, seus inimigos declarados, e de se abandonar o ensinamento de que a Igreja Católica Romana é exclusivamente a única e verdadeira Igreja de Cristo, dispensando-a assim de procurar a reconversão e o regresso dos hereges e cismáticos.
Como se não bastasse tamanhos disparates de tão novas e estranhas ideias, a Igreja pós-Vaticano II incorreu na demolição da Liturgia, da Teologia e da própria Alma da Igreja. Para uma visão mais abrangente a esse respeito, recomendo a leitura de minha matéria “Os 60 anos do início do Concílio Vaticano II, da edificação da Anti-Igreja e da fusão com a Religião Mundial”.
Em A Crucificação de São Pedro: A Paixão da Igreja” (2009), Pascal Bernardin, autor de Maquiavel Pedagogo (1995) e O Império Ecológico ou a Subversão da Ecologia pelo Globalismo (1998), demonstra que o Concílio Vaticano II pôs em marcha um processo de autodestruição da Igreja, que a abalou desde seus fundamentos. Como consequência, todos os países católicos e todas as nações foram gravemente afetados.
Bernardin conclui que o Concílio Vaticano II e a Nova Teologia inspiraram-se na doutrina panteísta da Maçonaria, que confunde o Criador e a criatura, a natureza e a graça. Esta “Espiritualidade Global” será a Religião Global, indissoluvelmente ligada ao Governo Global. Compreendemos melhor, nessa perspectiva, porque a igreja Conciliar tinha necessidade do Concílio Vaticano II e porque esta igreja apóstata — que não tem mais nada a ver com a autêntica Igreja Católica — deve se fundir à Religião Universal em curso de edificação.
Bernardin mostra ainda porque o espírito maçônico soprou sobre o Vaticano II: “A História da Humanidade é a história da salvação e da luta entre as Duas Cidades pela conquista das almas, única questão que vale a pena. De essência diabólica, a Revolução é uma revolta contra Deus, inspirada constantemente por Satã. Seu fim último é a destruição da Igreja e a edificação da Contra-Igreja. Com esta verdade elementar esquecida, o fio condutor partido, a História se obscurece, perde seu sentido e se torna um mistério incompreensível.”
A cruz vergada
O autor católico Piers Compton (1901–1986), que durante 14 anos foi editor da publicação semanal católica The Universe, em seu livro The Broken Cross: The Hidden Hand in the Vatican (Channel Island, Neville Spearman, 1981), explica que o Vaticano foi infiltrado pelos Illuminati e que o símbolo luciferiano do “olho que tudo vê” é largamente utilizado por autoridades religiosas católicas e jesuítas, como foi, por exemplo, no logotipo do 41° Congresso Eucarístico Internacional da Filadélfia de 1976, sobre o selo do Vaticano de 1978 e sobre a cruz pessoal do Papa João XXIII. De a
Um símbolo sinistro usado por satanistas no século VI, e que foi reavivado na época do Concílio Vaticano II, conforme explica Compton, “é o crucifixo vergado, uma cruz vergada ou quebrada, na qual era exibida uma figura repulsiva e distorcida de Cristo, que os magos e bruxos de magia negra da Idade Média criaram para representar o termo bíblico da ‘marca da besta’. Entretanto, não somente Paulo VI, mas todos os seus sucessores, de João Paulo I ao Papa Francisco (1936-, eleito em 2013) vem carregando esse objeto e o exibindo para ser reverenciado pelas multidões, que não têm a menor ideia de que ele representa o Anticristo.” (Ibid, p.72)
A casa varrida pelo vento
Malachi Brendan Martin, SJ (1921–1999), foi um padre jesuíta irlandês, professor de Paleontologia no Pontifício Instituto Bíblico do Vaticano e escritor católico, graduado em teologia e doutorado em línguas semíticas, arqueologia e história oriental, com especialidade nos Manuscritos do Mar Morto.
O último Papa Paulo foi Camillo Borghese, ordenado em 1605 e que morreu em 1621. Em 21 de junho de 1963, por sua vez, o Cardeal Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini foi eleito Papa, tomando o nome de Paulo VI. Martin detalha então que esse ritual satânico foi realizado na Capela Paulina [Cappella Paolina, uma famosa capela que serve como igreja paroquial no Palácio do Vaticano, construída pelo Papa Paulo III (1468–1549, eleito em 1534) daí seu nome], na noite entre 28 e 29 de junho de 1963, uma semana após a eleição de Paulo VI, a fim de entronizar Satanás no coração da Cristandade.
Capela Paulina no Palácio do Vaticano.
Sacerdote satanista em cena de Rosemary’s Baby (O Bebê de Rosemary), filme de 1968 dirigido por Roman Polanski.
Martin denuncia ainda que pelo menos em três grandes cidades dos Estados Unidos, membros do clero têm à sua disposição pelo menos um coven (local de encontro para o ritual satânico) pedófilo, frequentado e mantido exclusivamente para membros do clero. “De repente, tornou-se indiscutível que agora durante este papado, a Igreja Católica Romana organizou uma presença permanente de clérigos que adoravam Satanás”, escreve Martin.
A loja de aluguel de fantasias “Rainbow” de Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados), filme de 1999 dirigido por Stanley Kubrick.
“Havia bispos e sacerdotes e meninos se unindo uns com os outros; realizavam os ‘Rituais negros de Wicca’, e havia relações lésbicas todos os dias, incluindo domingos e dias santos, atos de heresia e blasfêmia, indignação e indiferença foram cometidos e permitidos em altares sagrados por homens que haviam sido chamados de sacerdotes. As ações de sacrílegos e seus rituais foram não só realizados em altares de Cristo, mas teve a conivência ou pelo menos a permissão tácita de certos cardeais, arcebispos e bispos. No total eram uma minoria qualquer, cerca de um para dez por cento do pessoal da Igreja. Mas dessa minoria, muitos ocupantes possuíam espantosamente altos cargos…” (Ibid., pp.492–93)
Cena da missa negra de Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados), filme de 1999 dirigido por Stanley Kubrick.
Não é à toa, portanto, que tantos casos de pedofilia envolvendo desde padres a bispos e cardeais, têm sido trazidos à tona nos últimos tempos. Sabemos que crianças e púberes são os preferidas pelos satanistas devido a sua “energia mais pura”.
Uma das discussões mais marcantes do livro é a respeito do papa eslavo (supostamente João Paulo II). Este se apresenta como um campeão da vida, lutando com todas as suas forças contra o aborto, a eutanásia, contra a ruína da estrutura familiar. Entretanto, ele abandonou a tarefa de vigiar pela ortodoxia dos fiéis e do clero, e promoveu um ecumenismo insano e insensato. Ao longo do livro, Malachi Martin oferece diversas opiniões a respeito do Sumo Pontífice e sobre toda a sua ambiguidade, revelando ao final do livro o que entende ser o pensamento do Papa e porque ele age de maneira tão heterodoxa em assuntos cruciais da Igreja, e ainda, porque ele se recusa a punir bispos e teólogos rebeldes e hereges.
O papa João Paulo II (1920–2005, eleito em 1978), que se de um lado engajou-se pessoalmente para livrar o Leste Europeu e a sua terra natal, a Polônia, das garras do comunismo, do outro pouco fez para deter o avanço das correntes ditas “progressistas” como a Teologia da Libertação na América Latina, mormente no Brasil, deixando, por exemplo, de extirpar os quadros assumidamente marxistas, limitando-se a aplicar-lhes tímidas recomendações e reprimendas.
No início de 1981, ainda praticamente no início, portanto, de seu pontificado, descreveu com dramaticidade a crise e o paroxismo a que chegara a Igreja e os católicos pós-Vaticano II, dando-nos a esperança de que pudesse modificar tal situação que, no entanto, para nos causar ainda mais espécie, só se agravou nos últimos anos:
“Temos que admitir realisticamente e com sentimentos de intensa dor que hoje os Cristãos, na sua grande parte, sentem-se perdidos, confusos, perplexos e mesmo desapontados; abundantemente se espalham ideias contrárias à verdade que foi revelada e que sempre foi ensinada; heresias, no sentido lato e próprio da palavra, propagaram-se na área do dogma e da moral, criando dúvidas, confusões e rebelião; a liturgia foi adulterada. Imersos num relativismo intelectual e moral e, portanto, no permissivismo, os Cristãos são tentados pelo ateísmo, pelo agnosticismo, por um iluminismo vagamente moral e por um Cristianismo sociológico desprovido de dogmas definidos ou de uma moralidade objetiva.” (Citado em L’Osservatore Romano, 07–02–1981).
Malachi Martin conta ainda em seu livro que na Rússia existe uma indústria de aborto que processa fetos abortados como se fossem uma matéria-prima qualquer. O Papa teria visto um vídeo no qual os bebês são abortados e colocados numa linha de produção industrial onde são esquartejados (alguns ainda vivos), empacotados e remetidos a várias partes do mundo para indústrias de cosméticos e centros de pesquisa.
Segundo Martin, a elite oculta macabra teria engendrado a Guerra da Bósnia, e também teriam decretado o fim da existência da União Soviética. A Guerra da Bósnia foi planejada para que o mundo se acostumasse com a ideia de que uma forca multinacional pode agir em conflitos nacionais, dando assim mais autonomia e direitos de ação à ONU.
Malachi Martin.
De acordo com Martin, não existe coincidência no fato do aborto, da eutanásia e da destruição da estrutura familiar através da promoção do homossexualismo e da libertinagem estarem na ordem do dia de vários países ao redor do mundo. Ele alega que o que existe é um esforço coordenado. O que é feito localmente, e feito para atender ao interesse de tal grupo de pessoas que controlam a política internacional.
O grande objetivo da elite oculta macabra, segundo Martin, é implantar o “Processo” ou, melhor dizendo, “The Craft” (ou a “obra”) como é conhecido nos ambientes maçônicos. O processo consiste em unificar o mundo econômica, política, social e principalmente religiosamente, de forma a se atingir uma Nova Ordem Mundial (New World Order), ou seja, a implantação prática da Utopia. Este objetivo é partilhado pelos maçons e pelos satanistas, que é fazer toda a humanidade adorar a Lúcifer como Único deus.
Este processo possui quatro etapas distintas:
Congelamento (freezing) — o agente de mudanças ‘congela’ a atenção e a experiência do grupo em seu próprio isolamento e vulnerabilidade.
Descongelamento ou desagregação (unfreezing) — o agente distancia os membros da audiência dos valores “velhos” nos quais eles confiavam. Isto, em suma, significa que os valores anteriores são mostrados como não mais apropriados e desejáveis.
Reagregação (reagregation) — Segue com a aceitação da nova estrutura de pensamento proposta pelo agente (facilitador).
Rotinização (routining) — As novas estruturas de pensamento são incorporadas no fluxo diário normal.
Conforme assinalou Malachi Martin, nós, de fato, já vivemos sob a égide de uma Nova Ordem Mundial, onde os principais acontecimentos nacionais atendem a interesses globalistas, e onde uma pequena minoria de pessoas que controlam as finanças mundiais, também controlam e manipulam a política internacional, tal é a dependência dos estados modernos do sistema financeiro internacional.
Sob o domínio do mal
A disseminação do mal por toda parte, dominando a tudo e a todos, é a realidade no qual nos encontramos mergulhados neste início de século XXI. Afinal, o mundo de hoje, mais do que nunca, não é daqueles que praticam o mal em micro ou macro escala? E não estamos vendo acontecer, todos os dias, todas as horas, bem diante de nós, tantas cenas de horror verdadeiramente satânicas?
Os que combatem o mal de frente e não ficam meramente na defensiva, sempre foram e continuam sendo muito poucos, e estes por vezes são até combatidos por aqueles que só ficam na defensiva, e que se não combatem o mal, seja por fraqueza, covardia ou até por interesses mesquinhos em obter desses que praticam o mal alguma vantagem, o que os tornam tão piores quanto, combatem os que combatem o mal. A maioria prefere mesmo praticar o mal, já que aí se junta à maioria, e as pessoas, na dúvida, optam por seguir o rebanho. Entre o bem e o mal, a opção preferida é quase sempre o mal, que traz de imediato e até a médio e longo prazos, em se referindo a esta vida e a esta época de injustiças, todo tipo de benefícios, já que seus adeptos, além de não serem combatidos, considerando serem cada vez em menor número os que ainda insistem em continuar combatendo o mal, contam com os préstimos, a proteção e os favores de Satanás.
Ora, cinco séculos de modernidade com o seu primado da “razão iluminada”, reforçados pelo laicismo, pelo cientificismo, pelo positivismo e pelo materialismo que vieram em seu bojo, acabaram por fazer com que a maioria passasse a duvidar da existência de Satanás e das demais potências divinas e espirituais, colocando o homem no centro de tudo, substituindo o teocentrismo pelo antropocentrismo, atribuindo, pois, aos homens e somente aos homens, a causa, as consequências e toda a obra que se ergueu neste mundo.
Não haveria nem mesmo, portanto, vida após a morte, Céu, Purgatório ou Inferno, quanto mais um Juízo Final. E o que temos e vemos hoje é exatamente isto, ou seja, a valorização excessiva desta vida, a busca incessante da “reconciliação com o mundo” — conforme orientou o infame Concílio Vaticano II, em contraposição ao próprio Cristo que concitou para que voltássemos as costas para este mundo dominado por Satanás, pois Seu Reino “não é deste mundo” –, a prevalência do imediatismo e do hedonismo, afinal, não haveria nada mais além desta vida, e só o que nos restaria seria aproveitá-la ao máximo.
Desfile de moda satânico organizado pela Igreja Católica Moderna do Reino Unido.
Até mesmo certas correntes “cristãs” e seitas evangélicas cismáticas e heréticas adotaram essa filosofia do “vale tudo” pelo aqui e agora, esbaldando-se no engodo, pregando que o que vale são as “bênçãos” proporcionadas pela riqueza imediata, que o que vale é gozar esta vida, não importando se para isso tenham que flertar e compactuar com os poderes terrenos, estabelecendo acordos espúrios com comunistas e todo tipo de bandidos e obliterando e distorcendo os ensinamentos do próprio Cristo, comercializando dentro do templo de Deus, vendendo falsos milagres, ultrajando, enfim, de todas as maneiras, como só o demônio faria, os nomes de Deus e de Cristo.
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🙏✝️21 DE NOVEMBRO✝️🙏
🙏✝️Apresentação de Nossa Senhora no Templo✝️🙏
✝️Origens✝️
A Festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo recorda, segundo os Evangelhos apócrifos, o dia em que Maria, ainda criança, vai ao templo de Jerusalém para se consagrar a Deus.
✝️Ciclo Mariano✝️
Depois de ter celebrado a Natividade de Maria Santíssima no dia 8 de setembro e quatro dias depois, dia 12, a Festa do Seu Santíssimo Nome, que lhe foi imposto logo após o seu nascimento. O Ciclo Mariano celebra, neste dia, a Apresentação no templo desta jovem, filha da bênção.
✝️A Memória✝️
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado protoevangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
✝️O Dom de Maria✝️
A Igreja não pretende dar realce apenas ao acontecimento histórico, que não existe nos Evangelhos, mas ao dom total da jovem de Nazaré, que, ao ouvir a frase “Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”, se preparou para ser “templo do Filho”.
✝️Apresentação de Nossa Senhora no Templo: um ato de amor e consagração✝️
✝️Os Manuscritos✝️
Os manuscritos não canônicos contam que Joaquim e Ana, por muito tempo, não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou total e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica. Por isso, essa festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar Jesus através daquela que muito bem soube fazer isso com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação, criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isso mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.
✝️Um ato de Amor✝️
A vida de Maria no Templo foi um profundo ato de amor e consagração de si mesma aos planos do Senhor. A festa da Apresentação de Maria nos leva a pensar em nossa consagração a Deus. A refletir sobre a graça que recebemos por meio de nosso batismo. Amar a Deus e servi-Lo é um compromisso ao qual nenhum cristão pode abrir mão.
✝️Devoção da Beata Maria do Divino Coração✝️
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.
✝️O Mundo Consagrado ao Coração de Maria✝️
✝️Concílio Vaticano II✝️
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
✝️A Festa✝️
Neste dia de festa, o “dom” que Maria faz de si a Deus se entrelaça com seu compromisso de viver a vida, animada pela fé, na certeza de que o próprio Deus providenciará tudo (cf. Gn 22). Quando, para o homem, tudo parece impossível, tudo se torna possível para quem acredita em Deus. É preciso, com fé, confiar na intercessão de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.
✝️Nossa Senhora da Saúde✝️
Neste mesmo dia 21 de novembro celebra-se a festa mais famosa de Maria, Nossa Senhora da Saúde. A festa foi instituída na então República do Vêneto, em 1630, que, depois, se espalhou por toda parte. Esta recorrência e tradição tiveram origem depois da epidemia, que atingiu todo o norte da Itália, entre 1630 e 1631, que também citada por Alessandro Manzoni em “Os Noivos”. Além disso, por desejo de Pio XII, a Igreja também celebra, desde 1953, o “Dia das Monjas de Clausura”.
🙏✝️Minha oração✝️🙏
“Ó Maria, assim como foste consagrada a Deus, faça de nós homens e mulheres consagrados da mesma forma. Não queremos nos consagrar só a Deus, mas também a ti porque reconhecemos que tu és um caminho perfeito para Cristo Jesus. Amém.”
🙏✝️Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!✝️🙏
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O tradicionalismo avança dentro e fora da Igreja Católica
Romero Venâncio (UFS) - Teologia Nordeste
Já é público e notório o crescimento vertiginoso de um tipo particular de "tradicionalismo contemporâneo” dentro do catolicismo romano no mundo e, em particular, no Brasil. Com o desenvolvimento das mídias digitais a coisa tornou-se irreversível. Trata-se de uma realidade. Se a CNBB e toda a "esquerda católica" faz vista grossa ou resolve aplicar a si a tática do avestruz, ou seja, enfiar a cabeça em baixo da terra e avaliar que nada acontece porque não está vendo, paciência. Uma realidade não deixa de existir porque eu penso que ela não existe.
Desde 2016 acompanho e monitoro as redes de um grupo chamado "Centro Dom Bosco" do Rio de Janeiro. Seus cursos, suas lives, seus processos contra a Netflix/Porta dos Fundos, sua ação em paróquias contra uma missa no dia da "consciência negra" ou suas aulas no domingo à noite. Atualmente, decidiram entrar de vez no campo do audiovisual na linha do "Brasil Paralelo", exatamente em cumprimento ao projeto propalado por Olavo de Carvalho.
Vai na sexta edição a chamada "Liga Cristo Rei". Uma tentativa do Centro dom Bosco de reunir toda a "direita católica" brasileira e com participação de figuras de cunho internacional. Neste 2023, tiveram a presença de Dom Athanasius Schneider (O.R.C.) que é um bispo católico romano do Cazaquistão, bispo auxiliar de Astana e tradicionalista de carteirinha. Todos os presentes se dedicaram em todo o encontro a criticar radicalmente o "Sínodo da sinodalidade" e a teologia do Papa Francisco. Todos são marcados por uma "teoria da conspiração" e um "pânico moral" que chegam ao delírio. Na leitura dessa gente, o fim da Igreja Católica está próximo, caso não se mude o rumo eclesial de acordo com o "tradicionalismo" deles.
Na leitura "teológica" do Centro Dom Bosco e seus apoiadores, tudo começou a partir do Concílio Vaticano II. Seguiu com as conferências episcopais na América Latina e chega seu ponto mais alto com a Teologia da Libertação. Em síntese, a Igreja Católica atual estaria atolada em uma grande forma de "heresia" e que o Papa Francisco passa a ser o seu promotor.
Segundo o antropólogo dos EUA Benjamin R. Teitelbaum em seu importante livro: "Guerra da eternidade: o retorno do tradicionalismo e a ascensão da direita populista" (Editora da UNICAMP, 2020), a volta de um tipo particular de "tradicionalismo" está em curso no mundo. Em seu livro, Teitelbaum entrevistou Steve Bannon, Olavo de Carvalho e Aleksandr Dugin e percebeu algo em comum entre os três e o papel que eles desempenham em seus países numa jornada tradicionalista de extrema direita. O livro do Teitelbaum deveria ter sido um alerta importante quando da sua tradução no Brasil. Fomos e somos um dos países atingidos por este movimento e que legou um projeto político que chegou à Presidência da República.
A pesquisadora e professora Gizele Zanotto que estuda a TFP (Tradição, Família e Propriedade), em um ensaio importante e atual, chama a atenção para uma América Latina marcada pelo "tradicionalismo reacionário católico". No texto aborda “uma rede de sociabilidade integrista: a expansão tefepista para a Argentina e o Chile" (2019). E alerta "para além das revistas, pontuamos que reuniões, grupos, de estudo, debates, palestras, manifestos, difusão de obras, páginas, blogs e outras formas de agregação online são sustentáculos de grupos articulados em torno de uma tradição intelectual."
Assim, avança o tradicionalismo católico atual com um discurso reacionário em uma forma de comunicação mais avançada que temos. Um aparente paradoxo já desvendado por Adorno e Horkheimer no livro "Dialética do Esclarecimento". Usam os meios de comunicação mais avançados em termos técnicos para divulgar uma mensagem reacionária e de simpatia pelo fascismo.
Estão frutificando? Não temos mais dúvidas. Chegaram as paróquias e dioceses. Jovens padres tradicionalistas é o que mais cresce no catolicismo brasileiro com apoio de vários bispos e até cardeais (para maiores esclarecimentos, consultemos o pe. Agenor Brighenti em seus estudos sobre o clero brasileiro).
E não podemos esquecer de um laicato muito receptivo para todo tipo de tradicionalismo católico.
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ALEGRIA É *DOM!!... 😉😁😜
"Os que são contrários ao Concílio Vaticano II e se tornaram opositores ferozes da abertura aos Novos Movimentos, incrementarão as discórdias, uma vez que, como *radicais, acreditam defender a Igreja de Cristo inviolável ao Sopro do Espírito Santo!!... Não esqueçais de que *ELE sopra onde e como *ELE QUER!!... A descontração dos jovens de forma alguma macula a Minha Doutrina. Ao contrário!!... Acolhe os que dela estão distantes. A ALEGRIA é o dom mais precioso à geração deste Milênio!!... Não haveríamos de sobreviver às avalanches do Ateísmo, não fossem incutidos em Nossos jovens este ardor inicial dos primeiros discípulos!..."
JESUS a Marjorie Dawe
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AS JORNADAS TEIMOSAMENTE JOVIAIS
[Por vivermos uma semana excepcional, com a chegada do Papa, publico o artigo de ontem no Observador na íntegra]
Sinceramente, acho que sou o pastor protestante português mais injustamente bem tratado por católicos. Ainda agora, por conta das Jornadas da Juventude, recebi convites generosos. Aceitei os que em consciência senti que podia aceitar, e também houve espaço para recusar os que em consciência não podia. Mas em todos eles, sobressai essa prontidão e abertura com que a Igreja Romana consegue tratar um cismático como eu. O texto de hoje, sendo protestante qb, precisa de começar por um “obrigado” a estes amigos. Quero, portanto, falar-vos dessa pronta jovialidade católica, que nos assiste em 2023, tão investidamente apaixonada pela universalidade. A Igreja do Papa quer hoje ser o coração palpitante não apenas do cristianismo, mas do mundo inteiro. Logo, a festa destas mesmas Jornadas da Juventude não pode ser apenas católica; tem de ser de todos. Basta que o leitor seja um pouco menos ignorante acerca dos assuntos da religião que rapidamente me dirá: Tiago, não é possível um católico não ser obcecado pela universalidade quando a palavra católico quer precisamente dizer universal. Ao que responderei: nem mais. Do mesmo modo como um mísero baptista como eu só pensa em baptizar (e baptizar mesmo, mergulhando a pessoa crescida toda dentro de água), um católico só pensa em universalizar. Até aí, tudo bem. Acresce, todavia, o peso da história. O modo como católicos pensam na qualidade que querem defender de ser universais não foi sempre este. Para uma simplificação que torne este texto minimamente coerente (apesar de não acreditar tanto assim em textos minimamente coerentes), falaria no dilema católico da universalidade sobretudo nos últimos duzentos anos. Para oferecer dois postes à baliza onde queremos acertar algum golo nesta crónica, mencionaria o Concílio Vaticano Primeiro e o Concílio Vaticano Segundo. O Vaticano I aconteceu entre 1869 e 1870 e o Concílio Vaticano II em 1961. É tese de uns quantos, eu incluído, que, entre o Primeiro Concílio e o Segundo, a Igreja Católica Romana, naturalmente vidrada na questão da universalidade que lhe está no nome, passou do oito para o oitenta. O oito foi no Vaticano I a Igreja Católica oferecer-se como o antídoto à época moderna. Continuando a resumir muito, os católicos viam o mundo a ir de mal a pior e diziam: nós somos o antídoto para este mundo que vai de mal a pior. O oitenta foi no Vaticano II a Igreja Católica oferecer-se como a alma da época moderna. Continuando a resumir muito, os católicos passaram a ver o mundo a ir de bem a melhor e a Igreja a ficar para trás e passaram a dizer: nós somos a verdadeira alma deste mundo que vai de bem a melhor. Na obsessão católica pela universalidade, ser contra o mundo ou querer ser o mundo são faces da mesma moeda. Os católicos não sabem existir sem pensar constantemente no mundo. Nós, protestantes, somos outra história. Não é que não pensemos no mundo, até porque para grande parte de nós o primeiro verso que decoramos na Bíblia é precisamente o de João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigénito para que todo que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”. A questão é que os protestantes, quando pensam no mundo, não o externalizam tanto assim. Ou seja, o mundo existe dentro de nós mesmos, sobretudo no pecado que encontramos cá dentro. Logo, a universalidade dos protestantes não é marcada primeiro pelo exterior mas pelo interior. É por isso que nós, protestantes, somos razoavelmente chanfrados ainda antes de sairmos à rua (não é o mal dos outros que nos choca, é o nosso). O mundo para o protestante não começa fora, começa dentro. O que safa os protestantes da obsessão pela universalidade que os católicos têm é a sua morbidez. Como nós, protestantes, começamos por encontrar o pior que o mundo tem cá dentro, não pensamos tanto em termos de compromisso com ele. Salvar o mundo? Nem por isso. O melhor compromisso que se pode ter com o mundo é, para o protestante, salvar-se do Inferno. De resto, o mundo soa até como uma abstracção pouquíssimo sedutora. Na dicotomia entre o mundo e o indivíduo, marcam-nos as palavras de Jesus em Marcos 8:36: “que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” O mundo para nós é o que se ganha para se perder a alma. O mundo ser ganho irremediavelmente nos soa à nossa alma se perder. Nessa medida, um protestante receia a universalidade na mesma proporção que um católico não pensa noutra coisa. As palavras são as mesmas, os significados opostos. Claro que os menos ignorantes de alguma história religiosa sabem que, na prática, não foi a Reforma Protestante que inventou estes dilemas. Estas eram discussões que dividiam a Igreja Medieval e que, de certo modo, Roma posteriormente extirpou de dentro de si para poder demarcar-se dos Reformadores. Só para dar um exemplo anterior mas historicamente não tão remoto assim de Lutero, veja-se a rivalidade entre Pedro Abelardo e Bernardo de Claraval, no Século XII. O primeiro era a Igreja em progresso, toda feitinha para ser a alma do mundo, e o segundo era o antídoto para ele, nas tintas para as glórias mundanas. Esta tendência de ser do contra em grande parte transferiu-se para o protestantismo mas continua a encontrar-se dentro das duas tradições, mesmo que sem tanto espalhafato (tanto há anti-modernos no catolicismo como progressistas no protestantismo). Estas Jornadas da Juventude ilustram, com todos os extras do nervosismo adolescente típico dos nossos tempos, a obsessão católica pela universalidade. Aos católicos não basta hoje terem uma festa sua: de tão engatilhados que estão para serem a alma oficial do mundo, a festa tem de ser de todos. Costumo dizer, adaptando uma frase dos irmãos Marx, que uma das coisas que sempre me afastou do catolicismo é a sua prontidão para me aceitarem como membro. A ironia é que a prontidão que os católicos têm para querer ser a Igreja de todos (diríamos a Igreja hiper-católica) não vem de um delírio de grandeza. Em tantas falhas que aponto ao catolicismo, não encontro nele um excesso de auto-estima. A obsessão do catolicismo pela universalidade é uma demonstração inadvertida de insegurança. O catolicismo só descobre o mundo quando o afirma, de tão forte que guinou de antídoto para alma dele. É uma religião que tem vindo a perder o entendimento da vida que existe num não. Que as minhas festas não precisem de arrastar todos—eis talvez um gesto de verdadeira caridade cristã e um esboço de alguma universalidade alternativa. Boas Jornadas aos meus amigos católicos!
P.S. Depois de ter escrito este texto, vi que um rapaz que é pago para artisticamente juntar lixo em paredes pespegou uma passadeira de notas no altar feito para o Papa para assim criticar a suposta ganância da Igreja Católica num evento como as Jornadas da Juventude. Como calculam, apeteceu-me converter-me ao catolicismo imediatamente. Continua a surpreender-me que haja quem pense que uma religião para ser séria tem de ser incorruptível. Se fôssemos incorruptíveis, a religião não era precisa para nada. Espero que a Igreja Católica, ao envolver mais de um milhão de pessoas num mega-evento destes, faça mesmo algum guito—de outra forma, andariam a brincar com coisas sérias. Pior do que igrejas que hipoteticamente roubam dinheiro às pessoas são pessoas que não passam por essa tentação. Os puros é que me metem medo, não os corruptíveis.
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