#Companhia das Letras
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Augusto de Campos, O anticrítico, Companhia das Letras, São Paulo, 1986 (Monoskop pdf here) [Fondazione Bonotto, Molvena (VI)]
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Mais um livro terminado
Os poemas são bem legais (amo quando tem uma crítica a pobreza, política, sociedade, agronegócio, guerras entre outros assuntos que aparecem toda hr no livro)
Tem uns poemas q eu tive q pesquisar pra entender mas isso é normal
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Eu só quero ESTE livro sobre a vida de Clarice Lispector com as cores lésbicas de capa ༎ຶ‿༎ຶ
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Ir às livrarias para ele era cumprir um rito. Adorar os bons livros, uma religião.
Erico Verissimo, Olhai os lírios do campo
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Vem ano, passa ano, e as pessoas ainda discutem que são melhores do que os outros porque lêem em lugar de assistir Big Brother. Bom, há quinze anos não tenho televisão em casa e comecei 2024 desempregada, mas, no intervalo das entrevistas e aplicações para vagas, leio Saramago e vejo memes sobre a nova edição do BBB. Saramago, que é meu autor favorito, também é um autor difícil: é difícil se adaptar com a pontuação, por exemplo; é facílimo se perder. Não é com soberba que digo estar lendo Saramago, é com vitória. Desde a pandemia, leio muito pouco. Em dezembro, aproveitando meu contrato temporário em uma empresa, peguei A insustentável leveza do ser para reler no ônibus, caminho de ida e volta do trabalho. Com esse Saramago, estabeleci ler um capítulo por dia. Só isso, aos poucos, para retomar o hábito da leitura. As intermitências da morte é o Saramago que sempre quis ler, mas nunca tive coragem, ainda mais com as perdas recentes (e busquei essa edição na minha coleção em Salvador, quando fui enterrar minha mãe). Mas a leitura flui levíssima, há momentos muito engraçados no livro, porque caóticos. Com suas 207 páginas, creio que é o Saramago mais breve, então, fica como recomendação para quem quer começar a ler o autor.
Em As intermitências da morte, a morte tira férias: em um determinado país, todo mundo deixa de morrer. Os idosos e doentes agonizam, mas não morrem. A situação fica complicada para o governo e a igreja. Uma "máfia da morte" surge, levando para fora do país aqueles que querem morrer ou dos quais querem se livrar. Muito bom.
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É a Ales, de Jon Fosse [Resenha]
A comunidade literária recebeu sem surpresa a notícia de que Jon Fosse seria o laureado pelo Nobel de LIteratura este ano, já que ele há muito vem sendo considerado um dos melhores autores de sua geração. Decidi então embarcar no hype e ler uma de suas poucas obras disponíveis em português, "É a Asle".
Signe e Asle vivem em uma pequena cidade dinamarquesa a beira de um fiorde. O tempo passou, não tiveram filhos, vivem na mesma casa onde os antepassados de Asle viveram, e ele passa quase todas as tardes em um passeio, que pode acabar em uma pequena viagem no fiorde em um pequeno barco.
Signe sabe que seu marido não se encaixa na maioria das situações e que há algo mais complicado em sua essência. Ela sabe que deveria ir com ele quando ele sai para o fiorde, ela sabe que poderia se fazer mais presente, mas existe algo cru na relação deles que a impede de segui-lo, mas que a mantém acordada esperando por ele olhando pela janela da velha casa de gerações.
Asle tem um apego enorme pelas coisas: o fiorde, as ruas do vilarejo, seu barco feito por um amigo que já se fora e que Signe diz que é muito pequeno e instável para navegar no fiorde, mas que Asle diz que ele pedira assim, e seu amigo fizera o barco da forma como ele pedira, e que ele não gostaria de trocar seu barco pois aquele fora um dos últimos barcos que seu amigo construiu.
Tudo bem mas volte logo, diz Signe Eu só vou ver o barco, diz Asle E estou bem agasalhado, você sabe, ele diz Você tricotou para mim um excelente blusão, ele diz
A narrativa de Fosse é impregnada de repetições que mostram um relacionamento gasto pelo tempo mas sem grandes marcas: eles se explicam uns aos outros e respondem uns aos outros com frases que muitas vezes são redundantes mas que mostra que ainda se importam.
Os parágrafos longos, a pontuação rebelde, e o tempo que flutua entre as ações dos personagens fazem desse livro uma obra a ser admirada em cada frase de sua curta duração.
Me perdi algumas vezes. Tive que voltar algumas vezes. Em certo momento Asle sai para um passeio que ele sabe que não deveria estar fazendo, que o frio, a chuva, e o sol que se põe cada vez mais cedo durante o outono torna impraticável, mas ele vai mesmo assim.
Então ele vê uma fogueira acesa no embarcadouro, e vê sua trisavó, Ales, que dera seu nome a seu tio avô, Asle, que faleceram em criança, e do qual Asle herdará deu nome.
Nesse momento, Fosse coloca na mesa boa parte daquilo pelo qual é conhecido: história, filosofia, relações humanas e sociais.
O velho Asle, vendo Ales, se pega repetindo é a Ales, e de um momento para outro ele é apenas a lembrança de um menino que esperava sua avó chegar com as compras até a casa onde agora ele mora com Signe, e Asle criança ajuda sua avó a entrar em casa, mas é Signe, sua esposa, que pede que ele se adiante e não deixe o calor escapar pela porta aberta.
Não é confuso, é lindo pois se parece com uma trama bem tecida com tempo e dedicação mas que lhe é apresentada como leitor em um tempo que te tira o chão.
E não há como escapar da solidão, do medo, da preocupação da Signe, a percepção de que falta algo quando Asle não está presente e essa sensação aumenta conforme a narrativa avança, de tal modo que ela se questiona se aquela casa ainda é a casa dela, ou a casa dos anteássados de Asle.
o que foi feito dele afinal?, por que ele desapareceu, simplesmente não voltou mais, ela pensa, afinal ele sempre este ve aqui, e simplesmente desapareceu, e o barco dele, ela pensa, foi encontrado à deriva, no meio do Fiorde, vazio, em uma tarde escura de outono, no fim de novembro, muitos anos atrás, já se passaram vinte e três anos,
Jon Fosse imprimiu em mim uma escrita forte, ritmada, que em nenhum momento se propôs a ser grandiosa. É a Ales é um livro que para em pé pois cada palavra escrita, cada recurso empregado, cada sentimento é percepção tem seu lugar e não são meras ferramentas de estilo.
É lindo. É muito lindo. É das melhores coisas que li na vida.
★★★★★
Ficha técnica: É a Ales Jon Fosse Editora Companhia das Letras 112 páginas Título original: Det Er Ales Tradução de Guilherme da Silva Braga
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Crédito da Imagem
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[Livros] Séries que indico: 6 melhores policial/suspense/mistério/thriller que já li
Somos leitores apaixonados e nem sempre encontramos pessoas que compartilhem nossa paixão, então deixo aqui 6 séries de suspense/mistério/thriller/policial que já li há anos, mas que nunca esqueci. Pode compartilhar as suas também!:) Série Millennium (Stieg Larsson/David Lagercrantz/Karin Smirnoff)Lisbeth Salander forever Começamos Millenium como uma trilogia de tirar o fôlego e que depois da…
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#A Garota Marcada para Morrer#A garota na teia de aranha#A menina que brincava com fogo#A rainha do castelo de ar#Archie Sheridan#Archie Sheridan & Gretchen Lowell#Chelsea Cain#Companhia das Letras#Coração Ferido#David Lagercrantz#Donato Carrisi#Goran Gavila#Gretchen Lowell#Jane Rizzoli#Karin Smirnoff#Lisbeth Salander#Livros#Marcus#Maura Isles#Mikael Blomkvist#Mila Vazquez#Millennium#Mistério#O Aliciador#O Homem que Buscava Sua Sombra#O Tribunal das Almas#Policiais#Rizzoli & Isles#Sandra Vega#Séries
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“Um pouco da complexidade africana a partir de seus artistas“: resenha do livro “Em busca da África” (por Silas Fiorotti, A Pátria, Funchal, 17 fev. 2023).
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Companhia das Letras vai publicar biografia de Delfim Netto
Companhia das Letras deve publicar em 2025, livro de memórias do ex-ministro Delfim Netto, que morreu no último dia 12 de agosto. Ele mesmo auxiliava a edição, e disse que ele deveria ser publicado mesmo se ele viesse a falecer. #Biografia #DelfimNetto
A Companhia das Letras deve publicar em breve uma biografia do economista, ex-deputado federal e ex-ministro Delfim Netto. O ex-ministro, que faleceu na última segunda-feira (12 de agosto), já trabalhava em um livro de memórias, escrito em conjunto com o jornalista André Mendonça de Barros, há cerca de quatro anos. Segundo a editora, Delfim Netto já se dedicava ao texto final do projeto. Ele…
#André Mendonça de Barros#biografia#Companhia das Letras#Delfim Netto#Livro#livro de memórias#Ministro#Regime Militar
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A vida como ela é
O fim de cinco personagens. O fim da vida de cinco amigos quase sem arrependimentos, mas também ser ter do que se vangloriar. Cinco exemplares do carioca que viveu a juventude nos anos 60. Malandros ou canalhas?
Fernanda Torres é ácida, flertando com a fronteira com o cruel. A quem estamos enganando? Há momentos de crueldade nas relações entre os personagens do livro. Entre machismos, racismos e outros "ismos", a autora usa de deboche para ironizar a classe média carioca.
O texto não segue uma cronologia linear; ela entra fundo nos pensamentos dos cinco personagens principais e nos dos personagens secundários que participaram ou se envolveram de alguma outra forma no fim dos protagonistas.
A escrita é fluida e muito boa, assim como crua no sentido de botar o dedo na ferida. Me perdi um pouco no início de quem era quem dos cinco amigos. Mas, como as situações se repetem (são narradas por mais de um ponto de vista), no final do livro essa confusão acaba.
Há humor no livro? Sim, mas um humor perverso, daquele que ri da desgraça do outro e das verdades que ninguém tem coragem de confessar.
A pergunta que me vem no final é: será que a humanidade não tem salvação? Somos todos podres e sem esperança ou submissos? De qualquer maneira, o livro faz pensar.
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E lá se foi o old man...
Soube da morte de Paul Auster durante uma conversa entre mundos-realidades tantas e não busquei pela notícia nas redes. Há coisas que eu gosto de evitar. Deixar a pele se entender com as emoções...
É sempre espantoso saber da morte de um escritor. Não sou fã de muitos contemporâneos. Não sou o tipo de leitora que coleciona autógrafos ou que vai a livrarias em tardes-noites de lançamentos. Quando gosto da escrita e do estilo… escrevo cartas, a maioria: não enviadas. Leio muitos autores da atual geração e me correspondo com poucos — dois ou três, quatro ou cinco. Alguns são autores de um…
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O talento, o sucesso, as contradições e a decadência de Nelson Ned
A fama de Nelson Ned era tão grande que, em 1985, quando foi levar os filhos para pedir autógrafos para os Menudos, Ricky Martin disse “minha mãe te ama” e ele deu autógrafos aos porto-riquenhos. Foto: Acervo pessoal de Monalisa Ned/ Reprodução “Ponha-se no lugar do Nelson. Imagina como é acordar todo dia e ter os problemas dele. Não deve ser fácil ser Nelson Ned [1947-2014]”, disse o cantor e…
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Imagine all the people living without prêmios literários comprados por grandes editoras 🗣️🗣️🗣️
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