#Cinema de Pedra
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marionsinspirations · 8 months ago
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luizdominguesfan · 6 months ago
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Estarei na live da Rádio Palermo na próxima segunda-feira, a partir das 16 horas, sobre a condução do comunicador, Claudio Palermo!
Acesse pelo Instagram: @radiopalermoweb
Venha participar dessa conversa exclusiva com o artista e músico Luiz Domingues! Vamos explorar sua carreira, música, livros e artes. Não perca!
Rádio Palermo - Desperte o melhor que há em você!
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simscici · 14 days ago
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Your new home is waiting for you. Get in touch now!
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Image transcripts (PT):
VISTA HERMOSA
SUA NOVA VIDA COMEÇA EM VISTA HERMOSA. AMIGÁVEL PARA A FAMÍLIA, ACESSÍVEL, PERFEITA.
AS CASAS EM VISTA HERMOSA POSSUEM UM CHARME INSPIRADO NA ARQUITETURA MEXICANA, COM FACHADAS EM TONALIDADES QUENTES, DETALHES EM TERRACOTA E ENTRADAS ARQUEADAS.
...
CULTURA E CHARME
Os edifícios combinam elementos tradicionais e modernos, com detalhes como azulejos cerâmicos e esculturas de pedra que refletem o patrimônio cultural. Pequenas praças com bancos de ferro e fontes criam um senso de comunidade, convidando os moradores a passear e se reunir ao ar livre.
...
Em Vista Hermosa, o lazer é uma parte essencial da vida comunitária. Famílias e amigos podem desfrutar de amplos parques com áreas para piquenique, playgrounds e trilhas para caminhadas, promovendo atividades ao ar livre. À noite, os moradores de Vista Hermosa podem aproveitar os salões de eventos que recebem atividades culturais, como exposições de arte, shows ao vivo e noites de cinema ao ar livre.
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xcallmevia · 1 month ago
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AMOR DE VERÃO
Esteban Kukuriczka x reader
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Ela não fazia ideia do que começar a escrever assim que chegou a Positano. O mar turquesa e as casas empilhadas nas encostas, como se tivessem sido colocadas à mão, eram belíssimos, mas ainda não provocavam o despertar criativo que ela buscava.
A paisagem parecia perfeita demais, imutável, quase estéril para a inquietação que precisava traduzir em palavras. Até que ela o conheceu.
Foi no mercado local, entre barracas de frutas frescas e o aroma de limões sicilianos, que eles se esbarraram. Ele se apresentou com um sorriso despretensioso: Esteban Kukuriczka, arquiteto argentino, ali para trabalhar no projeto de restauração de um hotel boutique da região.
A conversa fluiu como o vento leve daquela manhã. Eles caminharam juntos pelas ruelas estreitas, comentando sobre a vida na cidade. Ela não sabia dizer se o que a encantava era o jeito livre com que ele falava ou o cabelo loiro, sempre bagunçado, que parecia combinar com a sua personalidade despreocupada.
Nos dias seguintes, os encontros casuais se repetiram. Esteban, com seu bom humor constante, parecia estar sempre iluminado pelo sol de verão. Ele a fazia rir com pequenas histórias e observações sobre as peculiaridades do lugar. Até que, um dia, ele a surpreendeu com um convite:
— O que acha de um jantar diferente hoje à noite?
O lugar escolhido foi um velho cinema que exibia filmes antigos todas as noites. O ambiente era acolhedor, quase íntimo, com cadeiras de madeira e paredes decoradas com cartazes desbotados. Durante o filme, eles conversaram em sussurros, trocando impressões e risos contidos. Depois, o jantar aconteceu em um pequeno restaurantes a poucos passos do cinema, iluminado por lâmpadas amareladas que pendiam de árvores. A comida era simples, mas saborosa.
Entre uma taça e outra, ela falou sobre os romances que escreveu e os que ainda sonhava escrever, enquanto ele descrevia sua obsessão pelos detalhes arquitetônicos, as histórias que cada estrutura carregava, e como o hotel em que trabalhava era um desafio que o fazia se sentir vivo.
Quando a noite terminou, ela sentiu um misto de excitação e hesitação. Estava claro que algo crescia entre eles, mas havia um prazo inevitável para aquilo tudo. Ele não ficaria ali para sempre, e ela também tinha seu próprio destino. Era um romance com data de validade.
Ainda assim, ela resolveu continuar. Por que não?
Esteban a surpreendeu cada vez mais conforme os dias passavam. Em uma tarde ensolarada, ele a convidou para conhecer a obra onde trabalhava. O hotel boutique, ainda em reforma, tinha ares de algo que carregava o passado nas paredes, mas aguardava por uma nova vida.
Ele a guiou por entre os corredores empoeirados, explicando cada detalhe com paixão: a escolha dos azulejos, o cuidado em preservar as molduras originais das janelas, e a forma como a luz natural atravessava o salão principal.
— É como contar uma história, mas com pedras e madeira — disse ele, os olhos brilhando. — E você? Como é contar histórias com palavras?
Ela sorriu, encantada tanto pelo lugar quanto pela maneira como ele falava. Talvez fosse a forma como ele via o mundo — atento, detalhista e ainda assim tão livre — que fazia tudo ao seu redor parecer mais vibrante.
Em outro dia, ele a surpreendeu novamente, desta vez com um presente. Era um pequeno bloco de desenhos, onde ele havia esboçado partes de Positano, cenas que ele dizia lembrar dela: a curva de uma rua que terminava no mar, uma sacada cheia de flores, uma cadeira de madeira na sombra de uma oliveira.
— Não é nem um pouco profissional — ele disse, quase envergonhado. — Mas achei que você gostaria.
Ela, emocionada, retribuiu com algo especial também: um pequeno livro de poesias italianas, com algumas anotações que fizera enquanto lia.
— Para você entender a poesia que há nesse lugar — disse, entregando-o com um sorriso tímido.
A conexão entre os dois parecia crescer a cada encontro, até culminar em uma noite onde tudo finalmente transbordou. Era o último dia de um festival local, e eles haviam caminhado até um mirante isolado, de onde podiam ver as luzes da cidade refletidas no mar. Enquanto conversavam sobre sonhos, medos e o que os fazia seguir em frente, Esteban se aproximou, segurando o rosto dela com delicadeza.
O beijo foi intenso, carregado de tudo o que palavras ou desenhos não poderiam expressar.
Eles acordaram juntos naquela manhã, com a luz do sol filtrada pelas cortinas, cobrindo o quarto com um tom dourado. Ela observou Esteban, ainda adormecido ao seu lado, e sentiu um aperto no peito. O tempo parecia escorrer entre os dedos, e os últimos dias juntos já tinham o peso de uma despedida que ambos evitavam mencionar.
Quando ele finalmente abriu os olhos, deu um sorriso preguiçoso, e por um momento, tudo parecia simples.
— Temos mais alguns dias, certo? — ele perguntou, segurando a mão dela.
— Certo — ela respondeu, tentando esconder a melancolia na voz.
Prometeram aproveitar cada instante como se o fim não estivesse à espreita. Passearam pelas ruas de Positano, compraram frutas frescas no mercado, e passaram uma tarde inteira na praia, onde ele a convenceu a mergulhar no mar turquesa, apesar de suas hesitações.
À noite, subiram até o terraço de um restaurante com vista para a cidade iluminada. Brindaram ao verão, à vida e ao que quer que o futuro lhes reservasse. Ele a olhou nos olhos, como se quisesse decorar cada detalhe de seu rosto, enquanto ela fazia o mesmo.
No último dia de Esteban, eles se despediram sem promessas. Ele precisava voltar à Argentina; o projeto em Positano estava concluído, e novos compromissos o esperavam.
— Cuida bem das palavras, como cuidaria de uma casa — ele disse, antes de partir.
Ela sorriu, mas não conseguiu responder. O beijo de despedida foi longo e silencioso, como um adeus e um agradecimento.
Dias depois, chegou a vez dela de partir. Enquanto arrumava as malas, olhou uma última vez para o pequeno bloco de desenhos que ele lhe dera, sentindo o peso do vazio que ficava no lugar dele. Ela sabia que seria difícil revê-lo, talvez até impossível. A vida era implacável, cheia de caminhos que se cruzavam apenas para se afastarem de novo.
Ela publicou o livro no ano seguinte, sem citar nomes ou lugares. Não era necessário. Ninguém precisava entender os detalhes além dos dois.
Esteban, como esperado, comprou um exemplar assim que soube do lançamento. Não disse nada a ninguém, apenas levou o livro para casa, sentou-se no sofá de sua sala iluminada pela luz amarelada do abajur e começou a folhear.
A cada página, ele era transportado de volta àquele verão. O mercado local, o cinema antigo, o terraço iluminado pelas luzes da cidade e, principalmente, o som da risada dela, o jeito como ela o olhava quando falava sobre seus sonhos.
Ele leu devagar, como se quisesse prolongar a sensação de reviver cada instante. Quando chegou ao fim, fechou o livro com um sorriso grato.
Na última página, uma dedicatória simples dizia tudo:
"Para quem já viveu um verão eterno."
E ele sabia, sem sombra de dúvida, que era para ele.
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inutilidadeaflorada · 9 months ago
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Sina
Derreteríamos vidros com a língua Subestima as cinzas desse carnaval Bocas que vibram Romarias Em cada desencanto
Transparecer saltos sem significado Cada grama dessa vã aparição Era uma cidade acessa pelo desejo Rompendo com a unha a qualquer sinal de prestígio
Emergido entre tuas pupilas Derramando um azul predileção Meu próprio peito um azul dilatado Apresentado aos ossos da vigília
O ofício é completamente frágil E eu sou um Lázaro suprimido Agarrado as palavras exorcizadas Por esses lábios macios
Aqui eu rezo para que esse toque Não seja como pedras desafiando o tempo A matéria suspensa endereçando miudezas Para respirar cada poro dessa entrega
É um satélite velando tua morte derretida É um Saturno devorando a pele cordial São lágrimas que espelham corredeiras Roendo prisões com os dentes
Repouso as quedas que infringi Local de sumo, barulho e feras A cada ordem, moinhos esfarelam Moendo qualquer angústia que surja
Os corpos agora são um cinema cintilando danças Cortando o mistério com o corpo das mãos Espasmos são um tango incentivado pelo instinto A pressa é um ato que não figura nesse momento...
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surrealsubversivo · 2 years ago
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22 anos e mais mil formas de se sentir vivo
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Eu tenho passado horas no supermercado em busca de aromas artificiais do sabor de tangerina, opa, olha só eu mais uma vez perdido em uma seção de produtos nada confiáveis desse cheiro maravilhoso. A vida jovem adulta chega e você começa a desenvolver hábitos peculiares. Tenho olhado para os espelhos apreciando aquilo que eles chamam de existência. A existência é mesmo uma coisa fascinante, não? olhar para pele, dedos, mãos e sentir o seu coração bater. É curioso, como levamos tempo para aprendermos a amar quem realmente somos; para desvendar que talvez tenhamos mesmo que conviver com os nossos traumas, para compreender, por exemplo, que você pode levar a si mesmo até ao cinema no meio da tarde de uma segunda-feira, para esclarecer, de uma vez por todas, que os filmes sobre os vinte e dois são mesmo uma grande bobagem. Separamos os nossos melhores momentos para colocarmos nas vitrines virtuais, e escondemos a vida como realmente ela é. Okay, eu estou aprendendo a lidar com o fato do arroz ter acabado de queimar, estou aceitando se não existe absolutamente nenhum cara gato apaixonado por mim ou até mesmo se precisarei recomeçar novamente a organizar o meu quarto pela vigésima vez nessa semana. Quando lembro do garoto que eu era e agora para o que eu estou me tornando, mergulho o mais fundo na água gelada verde da cachoeira afim de encontrar eu mesmo em uma dessas pedras no fundo. Ás vezes, eu encontro quem eu esperava, ás vezes, descubro mais mil versões de mim mesmo implorando para serem o que são. Não há como voltar para as portas do passado e tentar resgatar quem você foi, aprenda com aquele coração a moldar as novas versões de ti mesmo. A vida te faz perceber que nada é para sempre, tudo pode mudar, nenhuma dor ou sofrimento é eterno, doce criança, nenhuma alegria ou euforia te consumiram até o fim. De uma hora para a outro, o tempo passa, e você começa a ver beleza em seus caninos maiores que o normal. O sino da igreja toca às cinco da tarde, e eu me perco em mais um sebo com palavras que não faço a mínima ideia do que significam, sorrio para a civilização se reconstruindo pós uma pandemia muito doida e deixo os meus fones de ouvidos continuarem nutrindo o futuro que tanto quero. Eu tenho vinte e dois e agora eu tenho mais uma chance de respirar ar fresco, de passar pelos lugares com esse sorriso que me invade como ondas do mar, de puxar oxigênio e fazer uma oração antes de dormir. Esses dias a minha psicóloga me falou sobre o conceito de plasticidade neural, que é basicamente a capacidade do nosso cérebro de aprender coisas novas sempre que quer. Juro que quero aprender cada vez mais, quero aprender a beijar aqueles lábios cor de terra embaixo de uma pracinha cheia de árvores, quero desafiar a minha respiração com mais uma corrida até um novo kilômetro, quero olhar no fundo daqueles olhinhos e dizer o quão importante eles são.
Eu tenho vinte e dois anos e uma sede insaciável de se sentir vivo.
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sobreiromecanico · 6 months ago
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Domingo de cinema
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Há uns dias conversava no escritório com uma colega de trabalho sobre as dificuldades de se viver hoje em dia em Lisboa (a habitação é um sarilho). Sei que continuo a viver no centro da cidade a prazo; mais dia menos dia quererei uma casa um pouco maior, preferencialmente minha (ou, com mais rigor, do banco até eu morrer ou pagar o crédito, o que quer que aconteça primeiro), e aí terei de abandonar a cidade onde vivo faz em Setembro 19 anos. Nem tudo é mau em viver na periferia, imagino: será decerto uma vivência mais calma, se bem que a famosa confusão da capital sempre tenha parecido um fenómeno algo exagerado. É claro que há inúmeras e óbvias vantagens de se viver no centro de uma cidade grande, e também por isso é mais caro (a pergunta que importa colocar é se devia ser tão caro); e depois há as pequenas vantagens, os benefícios discretos de que só nos apercebemos mesmo quando deixamos de os ter à mão. Por exemplo, sair de casa a meio da manhã e em pouco mais de dez minutos estar a entrar no cinema para ver a sessão das 11:00 de O Sétimo Selo, agora em reposição no contexto da grande retrospectiva de Ingmar Bergmam que tem decorrido no Cinema Nimas, um dos dois tesouros cinéfilos de Lisboa (o outro é a Cinemteca, evidentemente). Há anos que andava para ver este filme de 1957, e ter tido a oportunidade de vê-lo numa boa sala de cinema é um pequeno luxo: O Sétimo Selo é de facto um filme espantoso, com um Max Von Sidow jovem e magnético no papel de Antonius Block, um cavaleiro que regressa desencantado das Cruzadas e desafia a Morte para uma partida de xadrez que lhe poupe a vida, ou que pelo menos lhe dê tempo suficiente para encontrar um propósito para a sua breve passagem pela luz. E é durante essa partida que vagueia com o seu escudeiro, Jöns, por uma Suécia devastada pela peste negra e por um fervor religioso quase-apocalíptico, encontrando nos entretantos da partida de xadrez todo um conjunto de personagens que o vão acompanhando. Ver agora O Sétimo Selo lembra-me de quando vi, salvo erro em 2020, Os Sete Samurais e A Fortaleza Escondida de Akira Kurosawa (por sinal todos filmes dos anos 50 - e também num excelente ciclo do Nimas): é descobrir as pedras angulares do cinema moderno, as origens de inúmeras alusões, referências, piscares de olhos e até paródias de tantos e tantos filmes que se lhes seguiram, e que à sua maneira se tornaram icónicos. Enfim, é um grande filme, sem dúvida um dos grandes filmes, que vem reforçar uma convicção crescente: é bem possível que a década de 50 tenha sido a grande década do cinema. Ou não fosse a década que também nos deu, para além dos títulos já referidos, obras como The Night of the Hunter, Paths of Glory, Vertigo, Forbidden Planet, ou The Day the Earth Stood Still.
Claro que passar de uma sessão de O Sétimo Selo antes de almoço para ir ver durante a tarde (e apenas a uma estação de metro de distância) Deadpool & Wolverine será (foi) um exercício surreal de... sei lá, dissonância cognitiva? Não pretendo manifestar aqui o espírito de um dos críticos de cinema do Ípsilon (cruzes canhoto), mas será necessária muita generosidade para designar Deadpool & Wolverine como um filme: na melhor das hipóteses estará mais próximo de um sketch de duas horas e sete minutos que consiste em pouco mais do que referências internas aos últimos 26 anos de filmes de super-heróis da Marvel e de segmentos de humor cru com referências musicais irónicas (na definição moderna de ironia). Se quisermos desenvolver um pouco mais: é uma espécie de Ready Player One hiper-centrado nas versões cinematográficas de personagens da Marvel, com sangue, tripas e calão suficiente para justificarem a classificação R, e que vive apenas das piadas assentes nas referências, na violência, no innuendo e no constante diálogo com o espectador que se tornou imagem de marca de Deadpool. Resultou bastante bem no primeiro filme em 2016, quando o contraste com a restante oferta do Marvel Cinematic Universe trouxe algo de novo (até porque o MCU estava a ficar cada vez mais maçador), mas ao fim de três filmes a própria irreverência já se tornou formulaica, sendo embalada e servida ao público tal como o público a quer. Nada contra: eu também me ri em vários momentos (é preciso ser-se muito sisudo para resistir a 127 minutos de humor juvenil), achei a piada em redor de Chris Evans muitíssimo bem conseguida, e diria até que apanhei a esmagadora maioria das referências. Mas como filme, como objecto cinematográfico, é, passe a citação política, muito poucochinho.
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domquixotedospobresblog · 1 year ago
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Ela resolveu fazer uma limpeza no velho baú cheio de recordações de um amor que lhe prendia ao passado,logo de cara uma foto dos tempos de escola,com todos os amigos da turma,eram quatorze ao todo,uma galera pequena até,se contarmos as salas de aula super lotadas de hoje em dia, quatorze também foram os anos que viveram juntos, olhou bem para ela antes de jogar, afinal seria a última vez que a veria,tinha uma velha caneleira,uma árvore imensa,foi onde eles deram o primeiro beijo,um coreto lá no fundo,onde se viram pela primeira vez,os bancos de pedra da praça,era onde ele esperava por ela na saída da escola,o carrinho de algodão doce e o pipoqueira,sempre passavam antes de irem para o cinema,a amiga que os tinha apresentado e o amigo que sempre marcava os encontros proibidos, já que seu pai que era o delegado,dava pra ver um pedaço da velha barbearia do seu Nestor,onde ele fazia faxina nas horas de folga para ganhar um trocado,depois ia comprar sorvetes para os dois que já eram namorados,tinha uns carros atrás da foto,no seus vidros dava pra ver a antiga igreja onde se casaram pouco depois da formatura,ela já não iria mais jogar a foto fora,eram boas lembranças daquela época,mas no reflexo dava pra ver olhando pra eles da escadaria da igreja uma outra pessoa,era uma menina que pertencia a outra turma, não vou dizer o nome para não cometer exposição desnecessária,mas foi por ela que ele a deixou quase dois anos, não tenho raiva dela não,pois a tristeza que notou nos olhos delas nessa foto é a mesma que via em seus olhos hoje toda vez que se olha nos espelho, olheira e profundidade em um tom branco misturado com vermelho,a foto era em branco e preto,mas a dor é a mesma que a dela, então mais que suposição, é uma certeza de que aquele olhar era de um grande amor partindo, já que na foto ele a beija com amor sincero, jogou a foto fora e se sentiu muito feliz,depois de ver aquela imagem, agora sabe que amor sincero não é para eternidade,tem gente que vem ao mundo pra dividir felicidade,ele é a amor da vida delas.
Jonas R Cezar
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ursocongelado · 8 months ago
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Os que pararam no tempo cobram nosso passado como se tivéssemos virado um elefante branco
Um estádio preso num gol de placa
Um cinema em chamas
Um teatro sem Medéia
Uma escola sem baderna
E recordam sem parar sobre fatos que não lembramos mais
"E fulana? Ainda está com ela?" "Não, nunca mais a vi" "poxa, vocês se gostavam tanto"
Os que pararam no tempo cobram nossas mancadas
Ainda lembram dos nossos piores momentos
Fazem de conta que os porcos ainda estão no chiqueiro
Que nunca virarão bacon
Chafurdam nossa lama
E caminhamos olhando para as colinas
Nunca para trás
Quem olha muito o retrovisor sente medo de coisas novas
"Ainda cheira pó? Vamos beber umas e fumar umas pedras?" "Não, tô de boa"
Os que pararam no tempo abrem sorrisos falsos
Debochados
Recheados de desdém
Acham que anjos competem
Que paz e felicidade são esportes olímpicos
Todo sádico deseja o pódio
Os que pararam no tempo acham que morri
Que já não sinto o sangue quente da literatura no peito
Não sabem o real significado do amor
Os que pararam no tempo desconhecem o tempo de apanhar os frutos do lirismo na árvore da vida
Os retardatários enxergam melhor a corrida
Só querem atrapalhar quem está na frente
Os que não pararam no tempo não se importam
Os miseráveis tem muito tempo.
Diego Moraes
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iluzorio · 11 months ago
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O nada virou tudo
Água e fogo já dividem espaço
No seu espaço.
Se cansei de mim ✅
Pedra virou areia e areia vira pó
Em demolição:
Eu me acabo.
Eu me afago?
Eu me calo!
Eu me saboto e
Eu uma vez, inventei de ser feliz
Ai de mim :(
Que engraçado, eu te leio
Odeio odiar e a cor púrpura me fez enxergar
Que odeio o fato de não querer perdoar
Se matar sempre dentro de si
Hoje é outro dia que o sol se põe
Muita gente se decompõe
Eu me apodreço e muitas vezes me perco
No personagem
Na vida
Na obra
O nada virou tudo, eu me recuso
Eu me acuso
E eu recluso, reclusamente vou sendo normal
Amando as vezes, se torturando?
Sempre
Gostando?
Também!
Eu gosto de ver onde me encontro,
Eu gosto de ver nosso confronto
Somos alguns milhares dentro de mim
Dias sutis
Ideias ruins
Um sol nascente ? ja ja
logo vem
O vazio se tornou imensurável!
Porque me convém escrever, me comove não se esquecer e me agradeço por poder transcrever algumas coisas assim
Eu me……
Nada
Vazio
Tudo
INCOMPLETO: completo no próximo sol e no cinema mais próximo
A vida é um filme.
Nada é maior que existir!”.
Nx
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doce-22 · 10 months ago
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Se acaso me quiseres, sou dessas mulheres que só dizem SIM,por uma coisa atoa,por uma noitada boa,um cinema,um botequim,e se tiveres renda aceito uma prenda, qualquer coisa assim, como um pedra falsa,um sonho de valsa,ou um corte de cetim..
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azul-branco · 2 years ago
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Folhetim cantada por Luiza Possi
Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres que só dizem sim
Por uma coisa à toa, uma noitada boa
Um cinema, um botequim
E se tiveres renda
Aceito uma prenda, qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa, um sonho de valsa
Ou um corte de cetim
E eu te farei as vontades
Direi meias verdades sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que és o maior e que me possuis
Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte, te afasta de mim
Pois já não vales nada, és página virada
Descartada do meu folhetim
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kinocube · 1 year ago
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Á luz do candil
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Á luz do candil poden ocorrer moitas cousas. Evoca un tempo -unha época na que non existía a electricidade-, un momento -a noite pecha-, unha situación -alguén conta un conto, alguén axexa en silencio- e un xénero cinematográfico -o horror-.
O lume é unha fonte de iluminación moi interesante: a súa luz ambárica foi a primeira da que fixo uso a humanidade para chegar alí onde -ou cando- o sol non podía. Alumou aos nosos ancestros durante anos con forma de fogueira, facho ou candea. Logo chegou o combustible en forma de aceites de todo tipo e, con el, as lámpadas.
No século XVIII, Aimé Argand formulou e patentou un dispositivo que foi quen de desprazar -polo menos en certos lugares e aplicado a certas clases sociais dominantes- á lámpada de aceite. Unha nova lanterna capaz de alumar dunha maneira moito máis potente e estable durante máis tempo, canalizando a chama nun tubo de vidro: falamos do quinqué.
Posteriormente, no tempo dos grandes inventos e das grandes paixóns, de acurtar distancias, o século da mecánica, dos xoguetes e do espiritismo, tamén xorde un cambio de paradigma na iluminación dos fogares: os aceites animais son substituídos polo queroseno, un derivado do petróleo, moito máis barato pero tamén máis cómodo. Xorden os quinqués de queroseno -tamén chamados de parafina- e os candís de gas, que pechan a chama herméticamente e son máis eficaces que os quinqués. Todo isto, claro, até a descuberta e aproveitamento da corrente eléctrica, que levou toda esta liña de inventos á ruína.
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É normal, entón, que a novela gótica (enmarcada nesta época de quinqués e parafinas), nai dos principais arquetipos do horror occidental, estea pragada de lanternas, lámpadas, candís e candeas. Se a noite é o fogar do terror, e a meirande parte de escenas ocorren con nocturnidade, estas fontes de luz son inevitables.
O cinema de terror, por suposto, herdará da man das historias clásicas góticas este mesmo elemento. Escenas como as que aparecen no vídeo introdutorio, nas que unha personaxe -unha dama branca, quizabes- percorre un lugar escuro e silencioso coa axuda dunha lanterna. Escenas nas que a luz da candea ilumina tenuemente o rostro de quen ousa explorar o sobrenatural e o perigoso, unha luz que dá máis medo que a propia escuridade, unha luz que muda os rostros e os deforma ao compás das sombras escuras que xenera; e, falando de sombras, aquelas que perseguen á personaxe polos muros e corredores, lenemente, pintado sobre o lenzo de luz residual que tende a candea sobre a pedra. Xa o dixemos nalgunha ocasión: toda luz produce sombras.
Que arrepío! Ademais, hai moito simbolismo arredor das candeas e dos candís: poden representar o derradeiro baluarte de esperanza contra a escuridade, contra a maldade; poden contribuír a metáforas complexas como á estratexia de manipulación da psique coñecida como luz de gas, que por certo ten unha orixe cinematográfica no filme de Alfred Hitchcock titulado, precisamente Gaslight (1944).
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A luz do candil, ou da candea -para o caso cumpren a mesma función- é unha luz moi ténue, cálida e difusa. Ilumina só aquilo cara onde se dirixe, deixando, como diciamos, unha saba de luz difusa detrás. Como tal, é unha fonte de luz perfecta para ocultar nas tebras todos os elementos salvo o que queiramos destacar, pintando sobre a pantalla uns trazos que poden ser os volumes alaranxados dunha face ou dun obxecto, e así dilatar o suspense até a aparición do monstro. E incido na metáfora da pintura, porque isto non o inventou o cinema: Caravaggio xa empregaba a técnica do chiaroscuro, pola cal unha fonte de luz ilumina só aqueles elementos que nós como artistas queremos destacar, ocultando todo o demais en tons escuros e desdebuxados -no cinema usaríamos o desenfoque, cecais, para substituír este efecto- e aportando unha carga dramática que non se consegue coa iluminación plena.
Isto pódese conseguir con calquera tipo de lámpada ou candea, pero hai quizabes unha diferencia decisiva: a estabilidade. Non trema o mesmo a chama dunha candea que a dunha lámpada de aceite, que o dun quinqué ou dunha lanterna de parafina; todo depende da mecha ou do combustible, do aire ou do espazo arredor da chama... e o tremor da luz é importante á hora de reflectir, por exemplo, o medo ou as tribulacións dunha personaxe.
A nivel produción, aquí xorde o complexo: alumar toda unha escena de cinema cunha soa candea é todo un desafío para as persoas encargadas da dirección de fotografía nunha rodaxe. É sonado o empeño de Stanley Kubrick por alumar de maneira ultranaturalista o seu filme Barry Lyndon (1975), que o levou a utilizar unhas lentes moi especiais: as Carl Zeiss planar 50mm f/0.7 que, para resumir, deixan pasar moitísima máis luz que calquera outra lente. Kubrick tívoas que ir buscar á NASA, pois foran inventadas expresamente para utilizar no programa Apollo de exploración espacial.
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Non todo o mundo pode botar man dunha Carl Zeiss planar 50mm f/0.7, mais hai moitas maneiras de alumar escenas con candeas e lanternas; para comezar, as propias candeas e lanternas. Poñamos que queremos rodar unha cea romántica cunha veliña no medio: precisaríamos catro ou cinco para alumar ben os rostros das personaxes, non si? E se as poñemos en ringleira, de maneira que a cámara só poda ver a que está diante? É só un tema de perspectiva.
O máis habitual, porén, é desviar a luz con reflectores cara os rostros para conseguir as sombras e o ángulo axeitado; e incluso engadir fontes de luz cálidas e ténues que complementen á vela de maneira indirecta. Nese momento, o importante é sincronizar o movemento dos focos externos co da fonte de luz en plano, ao desprazarse ou ao consumirse.
Nestas datas arrepiantes, coidádevos de ir sós polas corredoiras. Ao mellor atopades o lene fulgor dunhas candeas na distancia... mais non vos preocupedes, pois así como a luz eléctrica matou ás lámpadas de parafina, ás de aceite, aos fachos e ás candeas; tamén matou á Compaña.
Ou non?
Até o vindeiro episodio!
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inutilidadeaflorada · 9 months ago
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Eu não sou o Resultado da tua Inspiração
Sensações bordam o novo Museus suspensos, jazigos imateriais Um povo vela dentro do meu corpo A luz imprópria desperdiçada com os anos
Guardar é um deleite, pertencer é um parêntesis Cinema-velório trocando olhos por fissuras O presente como materialização sobrenatural A voz em hiato deitada sob pedras de mármore
Ver um tipo de milagre ambulante Apenas os primogênitos se ajoelham Os pecadores cerram os dentes A inveja é uma irmã e um deus
Conhecer tais perssuações Os sons que contemplam o desespero Minha pele inexpressiva autuando um teatro Toda a cor em mim, são seus olhos derretidos
Meu terror oprimido dentro dessa face Que me gira pesos e diz ser a idade Que recomenda dores e diz ser calcanhares Aquiles, você é um motor ou um Lázaro em mim?
Tire a humanidade, tire os músculos O ridículo suspiro ao desconhecido Alimentar-se de grunhidos Azedume e o desmonte de orifícios
Astros desvairados erram os caminhos Esvaziando o espírito para fora da hesitação Saudado os filamentos desprendidos da memória Esquecer é sobre tudo uma vingança polida
Eu não sou uma estrela Eu sou um devorador de planetas Eu não sou a imagem pela qual reza Eu sou a fome de um buraco negro...
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adelantecomunicacao · 2 years ago
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Leila Danziger. Papéis de um Dia (Cinelândia). 2019-2022. Tinta gráfica sobre papel e fotolitografia sobre papel. Foto Wilton Montenegro
Desde aquele domingo de outubro vejo a menina
no exato instante em que se eleva sobre a pedra e o bronze
em aceno: contra monumento à derrota. 
Se durante vários anos apaguei seletivamente páginas de jornais, agora as refaço. No centro destas páginas está uma praça, cinemas esquecidos, um palácio demolido, um monumento, uma espera, e, sobretudo, um gesto realizado por uma menina que se eleva como um contra monumento à derrota daquela noite, de tantas noites. No início, há uma foto trêmula, feita quase às cegas, sem qualidade ou definição. No início – novamente, porque são muitos os inícios –, há um desejo de escrita, inseparável do desejo de imagem (do desejo da imagem da página, essa quase obsessão). A menina que acena na Cinelândia, sobre o monumento ao Marechal Floriano, é minha vaga heroína, com sua silhueta frágil e rosto indefinido (o que a resguarda e protege das identificações sempre policialescas). Não cesso de tentar refazer seu aceno em texto-imagem, em imagem-texto. Preciso vê-la de novo e de novo, sustentar seu gesto, para que ele dure e se desdobre, em outros tempos a vir.
Leila Danziger. Artista e poeta, suas produções articulam arte, história, memória e esquecimento; imagem e escrita; arte e mídia. Entre suas exposições individuais recentes estão Navio de Emigrantes (Caixa Cultural, São Paulo, 2019) e Ao Sul do Futuro (Museu Lasar Segall, São Paulo, 2018). Entre as mostras coletivas destacam-se Lands, Real and Imagined: Women Artists Respond to the Art and Travel Writings of Maria Graham (Otterbein University, Westerville, EUA, 2022); On the Shoulders of Giants (Galeria Nara Rosler, Nova York, 2021), MemoriAntonia (Centro Maria Antonia/USP, São Paulo, 2021); Théâtre d’Ombres (Galerie Dix9 Hélène Lacharmoise, Paris, 2021); 47% de Mulheres nos Acervos (Museu de Arte Contemporânea, Porto Alegre, 2021); O Rio dos Navegantes (MAR, Rio de Janeiro, 2019); Hiatus: A Memória da Violência Ditatorial na América Latina (Memorial da Resistência, São Paulo 2017); Imagetexte (Topographie de l’Art, Paris, 2016). Entre suas publicações de artista estão Cadernos do Povo Brasileiro (Relicário, 2021) e Navio de Emigrantes (Caixa Cultural, 2018). Como poeta publicou Cinelândia (2021), Ano Novo (2016), Três Ensaios de Fala (2012), todos pela editora carioca 7Letras. Tem graduação em artes pelo Institut d’Arts Visuels d’Orléans (DNSEP, Orléans) e doutorado em história pela PUC-Rio. É professora associada do Instituto de Artes e do Programa de Pós-graduação em Artes da Uerj e pesquisadora do CNPq.
🔗 Esta obra integra a exposição coletiva “Espaços do Ainda”, em cartaz de 1. de julho a 13 de agosto de 2023 no Centro Cultural São Paulo - CCSP, São Paulo, SP. Acesse mais informações aqui:
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whileiamdying · 2 years ago
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Norma, sem normas
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Para a nova geração, ela foi a Deise Coturno no humorístico global “Toma lá, dá cá”. Para os mais velhos, com boa memória, ela foi vedete de Carlos Machado. Para os cinéfilos, uma das maiores atrizes do Cinema Novo. Para os cineastas, uma diretora de muita inspiração. Para os leitores de “Norma Bengell” (Editora nVersos, 352 páginas), a autobiografia póstuma da atriz, uma mulher vanguardista, que viveu sem receios. “Sou tão mortal quanto qualquer um, sou humana, da espécie dos que têm o dom de sorrir e chorar, muito além do meu dom de fazer rir e chorar. Sou invencivelmente frágil. Um sobrevivente que vive com intensidade”, escreveu ela, que não viu o livro pronto. Sua entrega a tudo e a todos não lhe permitiu que vivesse mais de 78 anos. Vitimada por um câncer de pulmão, em 2013, ela teve suas cinzas jogadas das pedras do Arpoador, em direção ao mar, logo depois de um velório esvaziado, sobrando apenas 15 pessoas no momento do fechamento de seu caixão.
Norma Bengell, a mulher que arrancou suspiros de toda uma geração, conheceu a pobreza e também as rodas mais luxuosas. Desfrutou das festas mais badaladas, mas também da casa vazia de amigos. Conquistou homens com o corpo escultural, as longas pernas, as mesmas que um dia paralisaram. “Certo dia, durante uma gravação do humorístico semanal da TV Globo, ‘Toma lá da cá’, com Miguel Falabella, ao ouvir a palavra ‘ação’ não consegui me levantar da cadeira. Não consegui mais andar. E passei a usar cadeiras de rodas. Mesmo assim, queria continuar trabalhando. E continuei gravando, mas só podia aparecer sentada. Eu ainda queria ser diretora. Afinal, poderia dirigir da cadeira. Mas todos sumiram. Todos sumiram”, conta, em tom bastante emocionado, sobre seu triste fim.
Redigido em sequência cronológica, e totalmente fragmentado, o relato de Norma segue fluido como as memórias a que ela escolheu se lembrar. Sem meias palavras, não abre mão dos autoelogios, mas também não enfeita para esconder seus fracassos. Com um curioso álbum fotográfico de mais de 90 páginas, o livro surpreende ao revelar a magnitude e amplidão de uma artista múltipla, que gravou quatro discos durante sua trajetória, entre eles “Ooooooh! Norma”, um precursor da bossa nova.
Na cama com Alain Delon Filha de uma família simples, com os pais vivendo intensa crise, aos 15 anos, Norma entrou para o teatro de revista. Autodidata, chamava atenção pela falta de pudores, num tempo em que às mulheres muito pouco era permitido. “As atrizes do rebolado, como eram chamadas as vedetes, foram o grande chamariz desses números musicais. Ser vedete era sinônimo de ser bonita, sensual e, em alguns casos, famosa. Ser vedete era a glória”, conta a atriz, que se inspirou nas “heroínas dos musicais da Metro” (atual MGM). O que a artista também se recorda é que ser vedete era ser marginal. Ainda assim, foi convidada para desfilar na Casa Canadá, uma das mais famosas lojas de moda do Rio de Janeiro. Foi aquela carreira de pequenas e elitizadas passarelas que lhe rendeu frutos nas artes dramáticas.
Elogiada como cantora, ela logo foi exaltada pela dramaticidade com que entoava as palavras. “Quando comecei a frequentar o grupo do Cinema Novo, me sentia muito burra. Quer dizer, eu sabia que era inteligente, ou, pelo menos, muito viva, mas não era um poço de cultura. Eu era uma moça que lutou muito e não teve tempo de estudar; tudo o que aprendi foi sozinha”, escreveu. Alçada à fama internacional por “O pagador de promessas”, de Anselmo Duarte, com quem namorou, ela foi para o Festival de Cannes, quando recebeu o prêmio principal, e demorou anos para voltar. Intérprete do primeiro nu frontal do cinema brasileiro, ela conheceu e trabalhou com cineastas do porte de Alberto Lattuada.
Em sua estadia pela Itália, envolveu-se com o eterno galã Alain Delon. “Um romance clandestino e delirante. Não era só um caso, como com os que eu estava habituada. Era mais fresco e jovem. Nós ríamos muito de tudo, corríamos, olhávamos a lua, felizes. Tudo escondido, o que dava mais sabor. Tinha muita paixão, entrega e curtição, mas sem idealismos, sem romantismo. Amávamos um ao outro loucamente e apenas enquanto estávamos juntos. Alain era escorpiano, um amante inigualável, insaciável. Ele realmente gostava de mulher, apesar de seu comportamento ambíguo”, recorda-se a mulher que fez 16 abortos, todos declarados publicamente, e chegou a se casar com o ator italiano Gabriele Tinti.
Dias frios
Atriz de emblemáticas peças nacionais, Norma foi obrigada a depor para a ditadura militar em 1968, ano em que apresentou “Cordélia Brasil”, de Antônio Bivar, nos palcos paulistanos. Décadas mais tarde, voltaria a se desentender com o Governo, mas por conta do filme “O guarani”, que lhe custou um indiciamento pela Polícia Federal de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e apropriação indébita, já que nas prestações de contas feitas com o Ministério da Cultura foram encontrados diversos problemas. A carreira de diretora, elogiada por “Eternamente Pagu”, de 1988, estaria terminada, bem como a fama da atriz. Com a saúde debilitada e as finanças comprometidas, a estrela foi pouco a pouco se apagando.
“A partir dos anos 1960, Norma Bengell foi a cara, o corpo e a alma do cinema brasileiro”, comenta o diretor Daniel Filho, em apresentação do livro. “Em 2012, fui a um aniversário da Norma em que havia muitos lugares para convidados, mas muito poucos presentes. Ali entendia o significado da palavra solidão”, conta o documentarista Silvio Tendler. “O texto de Norma não é apenas a narrativa das aventuras artísticas de uma menina que conseguiu furar a barreira do anonimato e saltar o muro enganoso da fama: é uma narrativa cheia de lances humanos e, poderíamos chamar, de saudável caldo humanista, em que a emoção e os sentimentos mais profundos da alma estão à flor da pele”, conclui o produtor Luiz Carlos Barreto. Sem normas, a atriz mostra, com o livro, que, acima de tudo, morreu desconhecida de todos.
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