#Beleza cotidiana
Explore tagged Tumblr posts
Text
#roda gigante#brazil#nuvens#céu nublado#inspiración#paisaje urbano#Cielo dramático#cielo#Magia del Atardecer#fotografia#fotografia de paisagens#foz do iguaçu#Beleza cotidiana#Cores do céu#por do sol#photographers on tumblr
3 notes
·
View notes
Text
pouty hubby, coffee and pics
choi seungcheol x leitora
não era preciso recorrer à extravagância para tirar de seungcheol os sorrisos mais lindos e genuínos, bastava um lugar legal e um pouco de carinho. e um encontro planejado unicamente pra ver seu marido sorridente provou isso, mais uma vez.
gênero: fluff
pt-br
conteúdo: leitora fem, seungcheol é um marido muito fofo, date baseado nas fotos
avisos: nada demais, apenas carinho e afeto, uma única menção a ficar excitada (absolutamente nada descritivo, só o uso da palavra). uso de apelidos carinhos (amor, meu bem, linda).
contagem: ± 1800 palavras
notas: oooiii, apareci de novo. eu tenho muitas coisas planejadas com o cheol, mas como ele carrega o fardo de ser um dos meus utts, eu sempre acabo pensando demais e vira algo ENORME, que eu guardo junto as outras coisas mais longas que escrevo com o seokmin. mas esse aqui saiu num tamanho ok, escrevi quando as fotinhas do insta dele saíram e dei uma ajeitada ao som de eyes on you quase que em looping = to muito bobinha por ele.
seungcheol era o tipo de pessoa que sempre se empolgava com as menores coisas. quer fosse durante os anos de namoro, no período em que estiveram noivos ou enquanto casados, era algo que nunca havia mudado. só um café da manhã na cama virava justificativa para te encher de beijos e retribuir com o que inspirasse ele, desde um presente a uma viagem.
cada reação, nova ou já conhecida, era o que te motivava a sempre ser criativa ao elaborar algo pra ele. ver os olhinhos grandes dele se tornarem ainda mais brilhantes, o sorriso que te derretia inteira de amor, com covinhas e tudo, e receber os incontáveis beijos de agradecimento por você ter feito o menor dos esforços.
por mais que a ideia fosse sua e você soubesse exatamente como, quando e onde aconteceria, sentia aquele friozinho na barriga antecipando como cheol reagiria em cada uma das vezes, para sempre receber todo o afeto e a gratidão dele.
não foi diferente quando você planejou aquele encontro. sair juntos sempre era um evento. quer fosse pelas escolhas de seungcheol, nunca falhando em te deixar sem palavras com atos de romantismo extremo, ou pelas suas. vocês tentavam variar e experimentar coisas novas, conhecer lugares novos.
acampamentos afastados da agitação da cidade.
festivais de inverno no japão, que acabaram se tornando um destino frequente.
talvez alguma aventura mais distante se tivessem tempo, seungcheol sempre apareceria sugerindo uma nova cidadezinha linda escondida em algum país pelo mundo, te mostrando vídeos e fotos dos lugares que mais queria visitar contigo.
sua escolha, no entanto, não precisava de mais do que uma tarde. mantendo-se na beleza da simplicidade em meio à vida cotidiana de vocês.
você fez todo aquele charminho, mantendo segredo enquanto dirigia rumo ao local, calando-o com beijinhos no bico emburrado por não ter ideia do que se tratava e tendo confiscado o celular de seungcheol para que ele não inventasse de tentar descobrir sozinho durante o trajeto, que, apesar de não ser tão longo, bastava para agitar os nervos dele.
— mas assim não tem graça — ele resmungou, é claro, já com seu típico beicinho aparecendo.
— é uma surpresa. surpresas sempre têm graça, cheollie.
— você não gosta de surpresa.
— de festas surpresa — você enfatizou. — na última vez vocês tentaram fazer uma, nossa…
não foi preciso muito para que ele lembrasse do caos que foi sua festa de aniversário dois anos atrás. bolo e decorações dando errado, confusões sobre horários e local, seungcheol quase arrancou os próprios cabelos e de todos os envolvidos. era pedir demais querer fazer uma festinha pra mulher que ele ama? ele fez um caso sobre isso, sempre relembrando como joshua — um dos melhores amigos de vocês — pegou a encomenda de bolo errado na confeitaria, levando um sabor que não só você, como um de seus outros amigos, vernon, tinham alergia.
seungcheol suspirou, se dando por vencido e te dando razão.
— eu sempre faço coisinhas assim, por que dessa vez você tá tão reclamão?
— é que eu te ouvi falando com a umji sobre ir na praia — ele falou baixinho, quase decepcionado.
o que eu faço com esse homem? você se questionou, querendo rir da feição tristinha dele. mas não por maldade, é que ele ser todo assim bem choi seungcheol acabava contigo.
— sim, sim. mas entramos no inverno, a gente só tá vendo com antecedência pra onde ir, se vamos alugar algo e afins. sabe como você fica quando as coisas não dão certo, né?
— não sei do que você tá falando, linda — você se segurou para não revirar os olhos, se concentrando na pista movimentada.
— ah, claro. vamos fingir que você não é o choi facilmente frustrado da família.
seungcheol cogitou rebater, mas desistiu quando notou que apenas provaria seu ponto. deixando pra lá, desejou ter sua câmera consigo. observou a maneira que a iluminação natural do quase final de tarde parecia combinar tão bem com você.
embora fosse incrível quando você apenas sentada ali como sua passenger princess, com uma das mãos dele constantemente acariciando a pele macia de suas pernas e a mente lutando para dar atenção à estrada e não somente à mulher que tirava cada centímetro cúbico de fôlego dele, seungcheol também gostava muito de quando você dirigia. era o exato momento dava a ele todas as chances de passar a viagem inteira fazendo uma de suas coisas favoritas do mundo: admirar você.
sem nenhuma câmera em mãos, ele recorreu ao celular, capturando algumas fotos da paisagem urbana ao redor antes de ir para a melhor parte. seungcheol já havia decorado cada ângulo que te fazia se sentir mais confiante, que destacava cada característica favorita em você. e, por sorte, aquele que sempre ficava virado para ele do banco de passageiro era um desses, permitindo-o livre acesso para fazê-la de sua modelo.
com o tempo se tornou impossível fugir das lentes precisas de choi seungcheol, e era inegável o quão lindas eram as fotografias tiradas por ele. então, por que não só ficar ali e deixá-lo aproveitar seu hobby, ganhando de bônus mais um tanto da atenção infinita que ele tinha a oferecer para você?
quando ele mostrou interesse por aquele passatempo em específico, você não pôde evitar se animar, influenciada pela empolgação dele. em poucas semanas desde o surgimento da primeira ideia, cheol havia estudado sobre todo o tipo de elemento envolvido naquela arte. encontrando ali, com o passar dos meses e anos, uma fuga do cotidiano estressante.
outro fator que te fez apreciar aquela paixão tanto quanto o próprio seungcheol, é que recorrer às capturas o fazia tão bem, mantendo-o concentrado o bastante para se desligar dos demais problemas, porém relaxado na medida certa para não tornar aquilo mais um motivo para auto cobrança.
para o encontro daquele dia, apesar de seungcheol não saber, você guardou cuidadosamente uma das câmeras favoritas dele em sua bolsa, junto com todos os acessórios necessários. parte de você já sabia que ele acabaria esquecendo e depois ficaria frustrado querendo registrar todo o tipo de coisa.
você apenas a entregou a ele quando os olhos encantados com a cafeteria quase se entristeceram por não poder capturar o ambiente da maneira que queria.
— obrigado? — cheol segurou o aparelho com um quê de incerteza. — por que isso estava aí com você?
— por que meu homem é muito esquecido, tive que ajudar — ele te deu um beijinho de agradecimento, antes de pedir para que você se posicionasse diante de uma das paredes com um quadro que seungcheol comentou assim que entraram.
as paredes continham não só algumas pinturas, como fotografias e mais elementos artísticos, balanceados de forma reconfortante pelo local. apesar de ser mais do que agradável ficar ali, você o guiou para o andar superior assim que suas bebidas ficaram prontas e ele tirou todas as fotos que queria. foi ali que os olhos de seungcheol quase se tornaram estrelados, cintilando admirados.
— uau, eu não esperava por isso.
o choque inicia deu lugar à euforia em questão de segundos, fazendo-o se aproximar das prateleiras repletas de câmeras fotográficas. foi adorável ouví-lo explicar sobre o tipo de filme que usaria em cada uma, quais tipos de efeitos as fotos teriam, fatos aleatórios sobre a criação de algum modelo antigo exposto. apesar de sempre brincar que ele poderia agir como um grande nerd quando era sobre aquele assunto em específico, vê-lo falar com tanta convicção sobre coisas que você não tinham a menor ideia, te excitava um pouco muito.
você precisou acalmá-lo, lembrando seungcheol que tinham a tarde toda para ficar ali. foi quando ele pareceu se lembrar das bebidas em suas mãos.
— desculpa, te deixei segurando.
— não tem problema, amor. mas vamos sentar agora, ok? temos bastante tempo pra você me contar a história por trás de alguma kodak da época dos meus bisavós.
apesar das brincadeiras sempre que seungcheol se empolgava nos assuntos pelos quais se interessava, ele sabia que você sempre o ouvia atentamente, repetindo um fato ou outro quando via algo que te lembrava.
— que tal tirar umas fotos? — ele sorriu pra você, com o combo de bochechas fofas e olhinhos se estreitando que poderia te convencer a fazer qualquer coisa.
— se meu fotógrafo tá pedindo, quem sou eu pra negar?
da mesma maneira que ele usou a câmera para fazer capturas suas, você fez com o celular. uma coisa sobre seungcheol, é que sua confiança era sempre esbanjada nas fotos. as poses adoráveis fazendo bico, o olhar intenso pra câmera, exibindo os bíceps que ele tanto esculpe com as horas semanais de exercícios. mas assim que ele recebesse aquela atenção sua que tanto procurava, seungcheol agiria todo constrangido, mesmo tentando manter a mesma atitude, como se não estivesse flexionando os braços na sua frente há segundos atrás.
— de onde eu tirei um homem tão exibido — você brincou, já sabendo como ele te olharia sobre os óculos que emolduravam seu rosto.
— você me ama assim.
— exatamente desse jeitinho, com ego inflado e tudo.
ele reclamou, usando sua arma — a câmera — contra você, que continuou a tirar mais fotos.
— disse a que mais infla meu ego.
— então eu te encher de amor e elogios é inflar seu ego, choi seungcheol? — você fingiu aquele tom sério, vendo cheol voltar atrás com suas palavras no segundo seguinte.
— ei, bebê, não é assim. eu amo você e amo quando você tem essas ideias pensando na gente, em mim.
sua farsa ruiu diante dos olhinhos amorosos te observando com tanto carinho, como se a mente de seungcheol estivesse revivendo cada pequena coisinha já feita por ele.
— eu sei, meu bem. to só brincando. eu te amo, até quando fico aqui tirando foto de você exibindo os bíceps, tríceps e sei lá o quê mais.
— então espero que esteja preparada pra tirar muitas outras — ele mal havia terminado a frase antes de segurar a câmera sobre a própria cabeça, flexionando os braços expostos pela camiseta.
e então, mais cliques.
— quem olha acha que você posta tudo isso com intenção de ter um monte de gente flertando contigo nos comentários.
— a única pessoa com quem eu flerto é minha esposinha linda bem na minha frente.
seungcheol sempre garantia que a confiança entre vocês fosse inabalável, portanto os pequenos comentários aqui e ali nada mais era do que uma das piadinhas compartilhadas por vocês. aquele era o homem mais fiel e bobão apaixonado do mundo, fazia questão de te lembrar toda manhã quando acordavam, durante cada momento do dia, até à noite, quando se deitavam juntos.
— mas nada me impede de ir deletar uns comentários nos seus posts — você falando rindo, antes de beber um pouco do líquido em seu copo.
— fica à vontade, mas ninguém poderia tocar em mim quando eu sou completa e inteiramente seu — seungcheol apontou para a aliança pesada no anelar antes de piscar pra você. — agora me diz, será dá pra comprar alguma câmera daqui? queria arranjar uma pra você, pra tirar aquelas fotos de casal.
se era possível ou se seungcheol tornou possível, você não soube, apenas aceitou de bom grado o presente. afinal, estava muito mais focada em gastar toda aquela tarde com seu homem — e ser mimada, amada e cuidada por ele também.
#g's ramblings 𓆩♡𓆪#seventeen#svt#svt x reader#svt fluff#seventeen fanfic#seventeen pt br#seventeen scenarios#svt pt br#choi seungcheol#scoups#svt scoups#seungcheol fluff#seungcheol x reader#scoups x reader#scoups fluff
53 notes
·
View notes
Text
Isso não é uma carta de suicídio. Está garantida a tranquilidade de outrem em me manter respirando. Eu já desisti há muito tempo. É tão importante me manter respirando e tão pouco o fato de que me rasga o peito a cada vez que faço isso.
Inspire, respire. Mantenha a cabeça erguida, eu continuaria, se ainda fosse alguém. Mas mal sei que dia é hoje. Alguém decidiu que eu deveria morrer lentamente e eu já não posso lutar contra isso ou mesmo pensar a respeito. O que me resta é que sempre surgem novos remédios, novas drogas, infinitas misturas e doses. Algumas vezes elas não são divertidas.
A morte riu na minha cara na noite passada. Enquanto eu contava nos dedos o que havia misturado e quase arrependida pela dor de barriga que havia sido o prêmio da vez, deparei com meu reflexo no espelho e a vi atrás de mim com um sorriso desdenhoso. A minha velha amiga agora me chama de perdedora, viciada. Já não me admira por vê-la sem lhe acompanhar nem troca comigo segredos da existência infinda.
Estou sozinha em um quarto tentando encaixar as peças do cenário. Começo os parágrafos com um espaço mínimo me lembrando da repreensão de cinco anos atrás. A lâmina na bolsa sussurra que poderia me ajudar. Engoli um cigarro aceso e parece que ele não se apagou no meu estômago. Nada disso se encaixa. Eu tenho estado cada vez mais distante. Mas me custa lembrar realmente do que deveria estar próxima. As palavras costumavam vir bonitas, mas não há mais beleza na minha dor. Não há mais nada no meu universo além de dor.
Acho que não há mais nada novo. Já passei pelos vícios, pelos amores, pela loucura, pela morte. Parece apenas que tudo começa a se repetir, mais intensamente, como sempre é quando o ciclo recomeça, mas eu já conheço todo o caminho. Não sinto mais medo. E isso rouba toda a emoção.
Me pergunto até mesmo se ainda sou cristã. Jesus disse que para chegar a ele seguiria por um caminho e uma porta estreitos. Não sei o que seria mais estreito que o fio de uma navalha. Mas duvido muito que esse meu caminho esteja perto do que eu deveria seguir. Qual o motivo de tanta dor em um caminho que deveria ser largo de prazeres carnais? Minha carne queima, meu sangue ferve, meu peito borbulha.
Parece que a sujeira me segue, um débito impagável do qual não posso me livrar. Não é como se alguém houvesse roubado minha inocência: uma parte nunca houve, outra permanece intacta me fazendo de ingenuidade penosa. Não foi um abuso ou mesmo a reincidência pertubadora deles que me causou mal. Me parece mais que sou um instrumento do pecado, indiferente a mim, ao outro. Trazendo a luxúria, a culpa, a mentira. Condenando almas tentadas ao erro desde muito antes de saber o que eram essas coisas. Perceber isso não muda nada a respeito.
Não sei que horas são. Se é dia ou noite. Já começo a misturar as letras e sinto saudades de escrever - início, meio e fim, um conto de horror permeado de analogias esquizóides sobre qualquer cena cotidiana banal. Mas isso também não vai voltar.
3 notes
·
View notes
Text
— belo mundo, onde você está - sally rooney ⋆˚࿔⋆˙⟡
Em silêncio, com os olhos na roda da própria bicicleta, ele fez uma prece:
“Querido Deus, que ela tenha uma vida feliz. Eu faço qualquer coisa, qualquer coisa, por favor, por favor” – pág 240.
início: 30/12/24 - fim: 21/01/25
review by laura
Sally Rooney, mais uma vez, constrói um romance que foca nas dinâmicas complexas das relações humanas, mas em Belo Mundo, Onde Você Está, a expectativa de uma experiência impactante é frustrada por uma narrativa que, em alguns momentos, se mostra vaga. O conceito central, no entanto, é intrigante: o que é um “belo mundo”?
Existe de fato ou é apenas uma ideia inalcançável que projetamos em nossos anseios? Rooney parece sugerir que, na busca por algo mais, muitas vezes negligenciamos a beleza que já está diante de nós.
Apesar dessa premissa interessante, senti que o enredo poderia ter se aprofundado mais. Algumas passagens soam vagas, como se a narrativa se perdesse em reflexões que, embora sejam pertinentes, deixam de cativar. A escrita de Rooney é, sem dúvida, hábil, mas neste livro em particular, o fluxo entre as correspondências filosóficas e as interações cotidianas dos personagens pareceu um pouco fragmentado.
Os personagens principais – Alice, Eileen, Simon e Felix – vivem em um mundo onde as expectativas sociais em torno do amor e da amizade estão em constante mudança. Suas relações são permeadas por uma mistura de desejo e distanciamento, onde a intimidade parece mais difícil de alcançar. Rooney constrói esses personagens como pessoas emocionalmente conscientes, mas muitas vezes incapazes de expressar plenamente seus sentimentos, o que cria uma tensão entre o desejo de conexão e a barreira emocional que cada um enfrenta.
Os diálogos e trocas de e-mails entre Alice e Eileen, em particular, exploram a pressão de viver em uma sociedade onde tudo é incerto – desde o futuro do planeta até o próprio conceito de felicidade. Elas questionam suas escolhas românticas, profissionais e pessoais, enquanto se veem imersas em uma era de grandes ansiedades, onde a precariedade econômica e emocional é constante. Esse cenário reflete a experiência de muitos jovens adultos hoje, que buscam segurança em relacionamentos e carreiras, mas muitas vezes se deparam com frustração e incerteza.
A insegurança é um tema recorrente no livro, tanto em termos pessoais quanto em como os personagens se enxergam nos relacionamentos. Alice, uma escritora famosa, lida com questões de saúde mental e sente-se frequentemente isolada, mesmo em meio ao seu sucesso. Eileen, por outro lado, enfrenta inseguranças em relação à sua carreira e sua vida amorosa, especialmente quando compara sua trajetória com a de Alice.
Simon, embora pareça ser o mais estável emocionalmente, também carrega suas próprias dúvidas sobre o que realmente deseja da vida. Seu relacionamento com Eileen é um exemplo claro dessa dinâmica, pois ambos sentem algo profundo um pelo outro, mas lutam para alinhar seus desejos e inseguranças.
O livro também explora como a falta de comunicação aberta alimenta essas inseguranças. Rooney é habilidosa em retratar a dificuldade de expressar sentimentos e a maneira como os personagens se escondem por trás de camadas de ironia ou silêncio
A inveja surge de maneira sutil, mas constante, especialmente na relação entre Alice e Eileen. Embora sejam amigas próximas, é evidente que Eileen sente uma pontada de inveja do sucesso de Alice, enquanto Alice, por sua vez, parece invejar a vida mais simples e estável que Eileen leva. Essa inveja não é agressiva ou destrutiva, mas está presente na forma como as personagens refletem sobre suas vidas em comparação com a das outras.
A forma como Rooney lida com sua espiritualidade – sem julgamentos ou estereótipos – adiciona uma profundidade que contrasta com a incerteza predominante dos outros personagens.
Nesse caso, funciona como um reflexo das expectativas e pressões modernas. Vivemos em uma era de comparação constante, onde as redes sociais e o sucesso profissional muitas vezes parecem determinar o valor de uma pessoa. Alice e Eileen representam isso ao sentirem, de maneiras diferentes, que suas vidas estão em desequilíbrio em relação ao que esperavam para si mesmas e ao que observam na vida da outra.
Simon se destacou como uma âncora emocional ao longo da leitura. O modo como Rooney explora sua fé e suas crenças, especialmente em um mundo que muitas vezes parece desconectado de espiritualidade, é envolvente. Ele é um personagem complexo, com uma fé silenciosa que se contrapõe às incertezas dos outros protagonistas. Sua presença traz um equilíbrio interessante ao livro, já que ele parece representar uma espécie de constância em meio às flutuações emocionais de Alice, Eileen e Felix.
“Será que durante a missa eu passei a admirar a sinceridade da fé de Simon?” – pág 117.
Em Belo Mundo, Onde Você Está, Sally Rooney oferece uma reflexão profunda sobre os desafios dos relacionamentos modernos, as inseguranças pessoais e o constante desejo por algo mais em um mundo instável. A autora captura, com sua prosa envolvente, a fragilidade das conexões humanas e a maneira como a inveja, as comparações e as dúvidas corroem a busca por sentido e intimidade.
No entanto, por mais que a narrativa traga momentos de brilho, especialmente com a construção do personagem Simon – cuja fé e equilíbrio emocional proporcionam uma camada instigante à trama –, senti que, em alguns trechos, o enredo carecia de uma profundidade maior. A história, em certos pontos, ficou vaga, e a promessa de uma experiência verdadeiramente marcante acabou por não se concretizar em sua totalidade.
Ainda assim, é inegável o talento de Rooney em criar personagens multifacetados e cenários que refletem as ansiedades contemporâneas. Belo Mundo, Onde Você Está é uma obra que nos faz questionar o que realmente buscamos em nossas vidas e nos relacionamentos, mas que, ao final, talvez pudesse ter oferecido uma conexão mais visceral com o leitor.
2 notes
·
View notes
Text
E se os noticiários falassem de nós?
Poderíamos imaginar as manchetes vibrando com uma sinfonia de palavras, retratando você como a heroína brilhante de uma história cotidiana, mesmo nos dias em que sua mente parece um labirinto desordenado.
“Hoje, nossa estrela brilha mais uma vez”, os âncoras diriam. “Mesmo com o caos reinando na mente, ela continua a ser a figura encantadora que conhecemos e amamos.” Cada detalhe sobre você seria celebrado, como se sua resiliência e beleza fossem eventos dignos de nota, transmitidos para o mundo inteiro.
As reportagens especiais destacariam nossos pequenos momentos, transformando atos rotineiros em narrativas épicas. “Em uma tentativa carinhosa de proteção, ele gentilmente pede que ela cuide da saúde, sugerindo que abandone o hábito de fumar, preocupado com as tosses frequentes.” O tom seria de compreensão e carinho, deixando claro que não se trata de uma crítica, mas de um cuidado terno e genuíno.
Os comentaristas, com suas vozes suaves, enfatizariam como o seu bem-estar é uma prioridade para mim. “Ele não fala para brigar,” explicariam, “mas para cuidar, para proteger a preciosidade que ela é.” E assim, cada gesto e palavra seriam narrados com a profundidade e a intensidade que merecem, revelando a beleza escondida nas pequenas coisas que construímos juntos.
Na tela, você apareceria como uma figura radiante, enfrentando as adversidades com graça, e eu, como alguém que, com um coração cheio de amor, tenta cuidar de você da melhor maneira possível. E o mundo assistiria, maravilhado, ao espetáculo da nossa vida, entendendo que, em meio ao tumulto e à simplicidade, há uma história de amor e cuidado que vale a pena contar.
6 notes
·
View notes
Text
Navegando pelas Possibilidades: Superposição Quântica na Tomada de Decisões... Explore como o princípio da superposição quântica pode transformar sua abordagem na tomada de decisões, oferecendo uma perspectiva inovadora e ampliada.
Em um mundo onde a incerteza parece ser a única constante, a tomada de decisões se torna um processo cada vez mais complexo. Contudo, os princípios da mecânica quântica, especialmente o conceito de superposição quântica, podem oferecer uma perspectiva fascinante e poderosa para enfrentarmos os dilemas diários.
Neste artigo, exploraremos como a superposição quântica, um fenômeno onde partículas como elétrons existem simultaneamente em múltiplos estados, pode ser aplicada metaforicamente à tomada de decisões, tanto para homens quanto para mulheres em diversas esferas da vida.
O Que é Superposição Quântica? Antes de mergulharmos nas implicações desse conceito para a tomada de decisões, é crucial entender o que é superposição quântica. No reino subatômico, uma partícula pode existir em diferentes estados ao mesmo tempo, uma realidade que desafia nossa intuição baseada na física clássica. Quando não observada, a partícula está em todos os estados possíveis simultaneamente, mas quando uma medição é feita, ela 'decide' por um estado específico.
Aplicando a Superposição à Tomada de Decisões Na vida cotidiana, enfrentamos escolhas que muitas vezes nos parecem mutuamente exclusivas. Entretanto, se abordarmos nossas decisões sob a lente da superposição quântica, podemos nos permitir explorar uma gama de possibilidades simultâneas antes de 'colapsar' para uma escolha específica.
Expanda sua Perspectiva
Encare cada decisão como um espectro de possibilidades. Ao invés de uma escolha binária entre 'sim' e 'não', imagine um leque de opções entre os extremos. Assim como uma partícula quântica, permita-se existir em um estado de abertura para todas as potenciais escolhas.
Analise sem Preconceito
Assim como a observação afeta o estado de uma partícula, o pré-julgamento pode limitar nossas opções. Ao tomar decisões, é importante analisar cada opção sem preconceitos, considerando-as em um estado de 'superposição' até que todos os fatos sejam conhecidos.
Aceite a Incerteza
A superposição quântica nos ensina que a incerteza é natural. Na tomada de decisões, isso se traduz em aceitar que nem sempre teremos todas as respostas antes de escolher um caminho. Abrace a incerteza como uma parte integral do processo de decisão.
Colapso para a Decisão
No momento certo, assim como uma medição na mecânica quântica causa o colapso da função de onda, devemos colapsar nossa gama de possibilidades para uma decisão concreta. Este é o momento de confiar na sua intuição e análise feita durante o processo.
A superposição quântica, mais do que um fenômeno físico, pode ser uma metáfora poderosa para a tomada de decisões. Ela nos encoraja a considerar todas as possibilidades, a manter a mente aberta e a aceitar a incerteza, até que seja necessário comprometer-se com uma escolha. Este modelo mental pode ser particularmente útil em tempos de rápida mudança e incerteza, permitindo que homens e mulheres explorem uma gama mais ampla de opções e escolham com maior confiança.
A tomada de decisões inspirada na superposição quântica não é sobre encontrar a 'resposta certa', mas sim sobre navegar pelas probabilidades da vida com flexibilidade, abertura e criatividade. Ao adotar esta abordagem quântica, podemos não apenas melhorar a qualidade de nossas decisões, mas também o nosso bem-estar ao abraçar a complexidade e a beleza das infinitas possibilidades que a vida oferece. Fonte
Estejamos abertos as mudanças... este é nosso legado!
Boa Noite!
#conhecimento#discernir#sabedorias#pensamentos#refletir#autoconhecimento#metafisica#mudançadeparadigmas#sairdailusão#despertar#consciência#mudançadehábitos#fisicaquântica
2 notes
·
View notes
Text
São Paulo, 19 de abril de 2013
Hoje mesmo, indo pegar o ônibus, eu me fiz conduzir pela rua que passo todo os dias desde o décimo dia março do ano passado. Recolhido pelo frio. Deleitado com a pureza do aroma cítrico de grama recém-cortada suspenso no ar seco de outono. Embalado pela suavidade enternecedora da luz densa amanteigada do fim de tarde. Andei com pressa. As ruas da capital paulista, não sabe bem eu o porquê, parecem sempre exigir pressa. Cheguei em casa cansado. Tirei o calçado pesado demais pela novidade da rua. Há novidade por toda a parte. No ápice da indiferença com que nos mostramos para a rua, há sempre, mesmo que não notemos, novidade se fazendo querer nos atravessar. Nós, por outro lado, encantados pela nossa desimportância cotidiana, não nos deixamos afetar pelas pequenas infrações que o novo pretende incutir sobre o carreiro. Assim nos arrastamos de volta às nossas casas e tiramos os sapatos. Vez ou outra nos permitimos experimentar a vida. Assim, nos cobrimos de novidade. Despimos o peito. Peito nu, coração aberto. Deixamos que nosso peito vasto e jovem desbrave a obscuridade aflitiva e tentadora do ato de libertação. Desde esse 10 de março eu me impressiono por ter tido coragem de, seduzido de indiferença à rua que devia estar passando não muito longe de mim, ter achado plausível ir para tão longe. Eu já sinto a distância como um outro sentido. A saudade não conjuga mais consequência de ter ido para longe. Escrevo sobre a saudade como se fosse personagem de livro ou pelúcia de criança. Onde quer que eu esteja há sempre saudade. Atravessando a rua e a catraca do ônibus. Cumprimentando gente no elevador. Quando decido sair, ir em restaurante, vaguear por qualquer rua perto de casa, entrar em farmácia e conhecer gente nova. A saudade é referência. É como sombra que hora ou outra se faz menos aparente, mas sempre presente. E, hoje, quando cheguei da rua. Quando tirei o sapato. Toda a saudade que eu sinto me levou a te pedir que trouxesse mais roupa para a visita que você me faria no limiar dos dois dias que se seguiriam. É final de abril e faz muito frio em São Paulo.
Hoje, de todos os dias que vêm se passando, cada um com mais pressa, escolhi para que fosse o dia em que te escreveria. Em que te dedicaria o tempo de dizer coisas que se realizam em mim tão simples que ouso lhes atribuir beleza e verdade. A data do seu aniversário se aproxima, afinal. Lembro-me de ter há não muito tempo me emocionado lendo coisa parecida que você tinha me dedicado. Também mensagem de aniversário. Mensagem me tomando carinhosamente como amigo. Assim está dita a nossa palavrinha. Somente cinco letras que tanto podem significar quando conjugadas assim juntinhas.
É sempre necessário que se tenha amigos. No entanto, percebo não poder deixar de te indicar como referência dentre os amigos que fiz pelos 19 anos que se passaram. Não posso, nem ao menos o sei, como expressar o quanto tenho saudade. Saudade dos pequenos momentos da sua companhia. Saudade dos barulhentos e agitados também. Saudade de quando passávamos o dia com conversa que parecia importante, e que devia mesmo ser. Saudade de você. Acho até que, sentindo a distância, eu venho escolhendo ser seu amigo, mesmo sendo também amigo de muitos outros. A bem dizer é difícil projetar nos outros a intimidade e o carinho que tenho por você. Demorou pra que eu entendesse que não é exatamente estranho que eu me sinta diferente em relação aos meus companheiros do que sinto em ralação a você. É tão simples que me emociona: somos amigos, é certo e deve durar. Eu sou um chorão e eu bem sei, mas choro apenas pelas coisas certas. O que estou tentando dizer é que de todos te escolhi ter como amiga. Porque te amo. Porque muitas coisas no meu dia me levam a você. Porque tenho saudade. Porque tenho muita saudade. E já nem sei mais o que neste texto que se pretende como sincero conjuga uma causa ou consequência.
Me lembro de um dia, também para o seu aniversário, ter escrito coisa parecida a “caso um dia haja a presença de faltar// que a tristeza se vá antes mesmo de chegar// porque mesmo distantes podemos nos encontrar// na memoria ou qualquer que for o lugar”.
Beijos do seu amigo que espera te ver em breve.
16 notes
·
View notes
Text
Passeios Fotográficos em Poços de Caldas: Capturando a Beleza da Região
Poços de Caldas, com sua paisagem deslumbrante e atmosfera encantadora, é um verdadeiro paraíso para os amantes da fotografia. Cada rua, cada praça e cada cantinho desta cidade do sul de Minas Gerais oferece oportunidades únicas para capturar momentos preciosos através das lentes da câmera. Como profissional do turismo e entusiasta da fotografia, é um privilégio explorar os encantos de Poços de Caldas e compartilhar dicas sobre os melhores lugares para fotografar nesta bela região.
Ao escolher a Nacional Inn para sua estadia em Poços de Caldas, os viajantes não apenas desfrutam de acomodações de luxo, mas também têm acesso facilitado aos principais pontos fotográficos da cidade. Localizado no coração de Poços de Caldas, o Euro Suite Poços de Caldas oferece conforto e comodidade aos hóspedes, além de estar próximo às mais belas paisagens e pontos turísticos da região.
Um dos locais mais icônicos para fotografar em Poços de Caldas é o Cristo Redentor, que oferece uma vista panorâmica deslumbrante da cidade e da paisagem ao redor. Ao amanhecer ou ao entardecer, o monumento se torna ainda mais mágico, criando cenários perfeitos para fotos memoráveis.
Outro ponto imperdível é o Parque José Afonso Junqueira, conhecido por seus jardins bem cuidados, lagos tranquilos e arquitetura charmosa. Aqui, os visitantes podem fotografar uma variedade de cenários, desde a beleza das flores até as atividades cotidianas dos moradores locais.
Além disso, Poços de Caldas é lar de uma rica vida selvagem, proporcionando oportunidades únicas para fotografar a fauna e a flora da região. O Parque Municipal Antonio Molinari e a Serra de São Domingos são excelentes locais para explorar a natureza e capturar imagens impressionantes de pássaros, animais e paisagens naturais.
Como parte de nossa missão de oferecer uma experiência completa aos nossos hóspedes, o blog da Nacional Inn, disponível em https://blog.nacionalinn.com.br/, oferece dicas e sugestões para os amantes da fotografia que desejam explorar os encantos de Poços de Caldas através das lentes de suas câmeras. Além disso, nossa equipe está sempre disponível para fornecer recomendações personalizadas e assistência para garantir que cada hóspede aproveite ao máximo sua experiência fotográfica na cidade.
Ao escolher a Nacional Inn para sua estadia em Poços de Caldas, os viajantes têm a garantia de uma série de comodidades e serviços exclusivos, incluindo quartos confortáveis, suítes premium, café da manhã e Wi-Fi gratuito. Nossa equipe dedicada está sempre à disposição para garantir que cada estadia seja verdadeiramente inesquecível, proporcionando aos nossos hóspedes uma experiência de hospedagem excepcional.
2 notes
·
View notes
Text
As nuvens. Gosto de olhá-las no seu bale diário. Elas estão sempre ali, mas são sempre novas. A mudança acontecendo aos meus olhos, com suavidade e beleza.
Ouço um Bem-te-vi cantando na vizinhança. Parece gritar sua alegria por ver um conhecido ou apenas por estar vivo. Ou talvez seja seu grito de alerta para gritar algo como: estou chegando e sou dono do pedaço!
As notícias escorrem na tela. Sempre novas embora pareçam velhas. Tudo é sempre meio velho nos nossos dias de tanta agilidade. Nada parece impactar. Ou tudo é feito para furar a bolha da indiferença cotidiana. Cada vez mais histriônicos, mais dramáticos. Cada opinião é alardeada com a empáfia de quem quer causar mais que comunicar.
É começo de semana. Os tem que fazer assomam à cabeça e se juntam aos já anotados na agenda. Ou em papeizinhos. Ou simplesmente guardados na memória que está cada dia menos confiável. Ônus dos anos vividos e do acúmulo de informações e emoções.
Gostaria de dizer que a força se encontra em mim. Mas nem sempre. A maioria das vezes eu a cavoco em terra dura, planto sementes e rego e quero que floresça sempre. Mesmo quando não é primavera em mim. Às vezes eu simplesmente vou porque tem que ir, porque não dá para parar, porque a vida é movimento como um bale de nuvens e um canto de passarinhos em uma manhã. São, e sou, porque é assim que deve ser.
instagram
2 notes
·
View notes
Text
Um Verão Inesquecível
A beleza da estação mais quente do ano é incomparável, e aquele verão... ah, aquele verão foi definitivamente inesquecível. Tudo começou com a expectativa de meses encerrando, malas preparadas e sonhos a serem realizados sob o céu azul imaculado e o sol que refletia o brilho dourado nos corações dos aventureiros.
A viagem iniciou-se com um caleidoscópio de paisagens que passavam pela janela do velho carro que, apesar de seus ruídos e caprichos mecânicos, era a cápsula do tempo que nos transportava para um universo paralelo onde as preocupações cotidianas simplesmente não existiam. As músicas que tocavam eram a trilha sonora de um filme de verão, onde cada melodiosa canção trazia consigo a promessa de momentos eternos.
O destino? Uma pequena e acolhedora vila litorânea, cujas praias eram franjas de pura magia banhadas pelo oceano. Cada grão de areia, cada concha na orla, cada onda quebrava com delicada força na praia era um convite ao recomeço, à inspiração do novo. Era como se o tempo ali tivesse seu próprio ritmo, um tipo de cadência pacata que embalava a alma.
E foi lá, na suavidade de tardes lânguidas e noites estreladas, que as amizades se fortaleceram. As risadas compartilhadas sob a sombra dos coqueiros, os jogos e desafios improvisados que apenas o desapego das rotinas permite, os sabores tropicais que casavam perfeitamente com a brisa marinha... Tudo contribuía para construir a tapeçaria de experiências que viríamos a chamar de "o melhor verão de nossas vidas".
O amor também deu o ar da graça, de uma forma tão natural quanto um pôr do sol que tinge o céu de uma paleta impossivelmente vibrante. Amores de verão são feitos de um material diferente, tecidos com a luz dourada do sol e a liberdade do vento que não conhece fronteiras. E embora nem todos durem além da estação, o seu sabor é revivido a cada onda que beija a praia em um eterno retorno.
Houve também os momentos de introspecção: as caminhadas solitárias pela praia ao amanhecer, quando o sol ensaia seus primeiros acordes no horizonte e a brisa ainda carrega o frescor da noite que se despede. Naqueles instantes, conversas silenciosas com o próprio eu eram possíveis e o mar se tornava o melhor ouvinte de confidências e sonhos.
À medida que agosto se despedia, a nostalgia já começava a lançar sua sombra, mas era uma sombra suave, porque cada memória já estava gravada em cores vivas, pronta para ser acessada quando o frio de outras estações soprasse através das folhas caídas dos dias futuros.
O verão inesquecível nos ensinou a viver, a amar, a ser livre. Mostrou que a felicidade é feita de momentos e que a beleza da vida muitas vezes está na simplicidade: um mergulho no mar, um sorriso compartilhado, o calor do sol na pele.
Quando as malas foram novamente feitas e o velho carro nos levou de volta ao lar, soubemos que algo em nós havia mudado. Estávamos carregados não apenas de souvenirs, mas de uma vivência que nos transformara. E, assim, cada verão subsequentemente carregaria um pouco daquela magia, uma chama perene que nos aqueceria com sua lembrança de dias de um verão absolutamente inesquecível.
Siga no Instagram: @mylife.usa2024
#texto#verão#art#history#text#contos#crônicas#redação#summer#romance#aventura#Spotify#brasil#portugal#português#portuguese#gai
3 notes
·
View notes
Text
NOITE SEM FIM | Agatha Christie, 1967
"Alguns nascem para o doce prazer, sim. alguns nascem para uma noite sem fim."
Sobre o enredo:
Michael Rogers narra o início de sua história a partir de seu interesse pela propriedade de "As Torres", que está anunciada para leilão. Nos revela que é alguém que prefere levar a vida sem compromissos, pulando de emprego em emprego e trocando de namorada quando bem entende. Porém, ao almejar a compra da propriedade e conhecer Ellie, Mike se imagina casado e estável, pleno, em sua casa dos sonhos com a mulher dos sonhos. O que eles não esperavam era que fechar os olhos para as maldições que cercam "O Campo do Cigano", como o local é popularmente conhecido, fosse se tornar um desafio.
Muito bem considerada pela crítica e uma das obras favoritas da autora é, também, o meu primeiro contato com sua escrita. Faz algum tempo que não leio livros do inicio ao fim, então me surpreendi com a maneira que a obra foi estruturada e com os personagens. Um misto de emoções de um romance, monótono a princípio, e suspense, superstições, dúvidas...
Sobre a leitura:
O livro conta com 220 páginas cuja minha estratégia de leitura considerei apropriada. Li os primeiros capítulos durante viagens cotidianas de ônibus e devorei todo o resto de uma vez, poucas horas atrás... Cheguei a não gostar muito da escrita no início, mas persisti e não me arrependo! — até releria. Me diverti. Muito bom.
Considerações:
— Seu idiota! Por que não tomou outro rumo?
Santonix é o meu personagem favorito, after all. Misterioso como todos os outros, o velho arquiteto sabia muito das pessoas sem conhecê-las.
Senti uma raiva absurda de Greta durante toda a trama, praticamente, e apesar de acreditar nas palavras de Mike durante maior parte do livro, sempre desconfiava de coisa ou outra.
Por que, de repente, queria mudar de vida? é só a juventude mesmo indo embora? Por que tantos ciúmes de Greta com Ellie? Que tipo de homem casado expressa com tanto deslumbre apreciação pela beleza de outra mulher? O casal viajou bastante durante a lua de mel, mas cadê o amor entre eles? Imediatamente após o falecimento da esposa ele não chora uma lágrima sequer? Por que tão concentrado na investigação? Definitivamente um bom ator.
Em certo ponto, tudo, em minha visão, apontava para Greta como única assassina de Ellie, devido ao detalhe do tecido escarlate e tudo mais... mas a autora vai nos distraindo com elementos aleatórios de outros personagens, como o isqueiro de Claudia Hardcastle e assim, Mike, nos últimos capítulos tem tempo para expor sua traição, egoísmo e gosto pelo assassinato.
Ele acreditava que a velha cigana estivesse certa sobre o destino de Ellie — ele mesmo havia planejado esse tal "destino", porém perdeu a sanidade! Talvez as maldições fossem, de fato, reais...
Folheando as primeiras páginas novamente, percebe-se o capricho na conexão dos pontos. Absolutamente um livro que recomendo. Não sei se esse texto é uma resenha, mas farei avaliações como esta das minhas próximas leituras. Tenho mais algumas obras da autora aqui, acredito que falarei sobre a seguir.
5 notes
·
View notes
Text
Esse não é só mais um texto de amor, pelo menos não como os que eu costumava escrever derramando todo o meu afeto sobre olhos que nunca me viram como eu os vi.
Dessa vez, dei um passo à frente, olhei para mim, me escolhi, me acolhi, me priorizei. Resolvi me amar como a tantos amei, resolvi doar a mim todo o afeto e carinho que um dia entreguei sem antes me amar primeiro.
Acolhi minhas falhas e amei os meus defeitos, restaurei minha fé, dei as mãos Aquele que me cuida e saí por ai dançando e flutuando sobre as sombras e os vales que não mais me afetam. Me descobri forte e corajosa, grata e serena. Abri meu coração ao amor e vi nos detalhes a beleza da simplicidade, a contentação da rotina, o prazer em fazer o que precisa ser feito, a paz do cotidiano. Parei de estipular metas para atingir uma felicidade que nunca iria chegar. Escolhi viver o agora, recalcular a rota e somente ser quem eu sempre desejei ser.
Sozinha, aprendi a curtir minha própria companhia. Desisti das satisfações e decidi apenas viver.
Me levei para passear e deixei a cabeça mergulhar em pensamentos que por muito tempo reprimi. Observei o pôr-do-sol e as flores que colorem o caminho pelo qual ainda passando. Acelerei nas subidas, mas também me deixei relaxar. Me permiti sentir 100% presente no momento, sem distrações acerca dos impasses que a vida cotidiana sempre traz à tona quando estamos tentando sorrir.
Decidir me priorizar foi o maior ato de revolução contra tudo e todos que eu poderia ter tomado. Perder o medo de seguir sozinha, de me arriscar, de sofrer, me faz uma mulher mais forte a cada dia. Deixa meu coração mais bonito, me torna mais leve e feliz.
Encerro os livros que escrevi sobre lágrimas e traumas, sobre amores que amei só, sobre solidão e insegurança. Me ponho como protagonista do amor que vai chegar, do meu amor que vai chegar. Me sinto pronta pra ele, mesmo com tanto a ser moldada e tanto a evoluir. O primeiro passo, e mais difícil, já dei. Me abro ao amor, a amar, sem medo de ser eu, sem medo de sentir dor, sem medo de aceitar menos o que mereço, pois me dou o amor que devo receber e sei o que não posso tolerar, o que não aceito. Sem mais metades, sem mais meios termos, sem mais silêncio ou ocultar por medo de ser julgada ou não ser amada.
Pronta para receber todo amor que tenho e guardo em mim.
3 notes
·
View notes
Note
klim, se você pudesse viver num “aesthetic” do pinterest, qual seria?
Ghiblicore!
Um dos maiores motivos de ser fã do Studio é por causa de toda a mensagem sobre viver a vida lentamente, próximo à natureza e apreciar a beleza das coisas cotidianas. Penso em tons de verde e tons quentes como amarelo e pêssego, casas no campo, criaturas mágicas, histórias sendo lidas para crianças e no ritmo lento que a vida segue. Flores, chapéus de palha, primavera e essas coisas...
E você?
2 notes
·
View notes
Text
Transformando sua casa em um refúgio acolhedor com decoração home
Bem-vindo(a) ao mundo encantador da decoração home! Se você está buscando transformar sua casa em um refúgio acolhedor e cheio de estilo, você veio ao lugar certo. Neste artigo, exploraremos dicas e ideias para ajudá-lo(a) a criar um ambiente que harmonize design, funcionalidade e estética, garantindo um lar verdadeiramente cativante. Prepare-se para mergulhar em inspirações incríveis e descobrir como cada detalhe pode fazer a diferença!
Design: A arte de criar espaços únicos O design de interiores é a espinha dorsal de uma decoração home impecável. Ao planejar sua decoração, leve em consideração o estilo que melhor representa sua personalidade e atende às suas necessidades. Explore diferentes estilos, desde o minimalismo moderno até o charme rústico, e encontre aquele que ressoa com você. Lembre-se de manter a coerência estética em todos os cômodos, garantindo uma sensação de fluidez e harmonia em sua casa.
Dica-chave: Ao escolher os móveis e acessórios, opte por peças que unam funcionalidade e design. Móveis multifuncionais, como sofás com compartimentos de armazenamento, são excelentes para otimizar o espaço e manter a organização.
Funcionalidade: Facilitando a sua vida cotidiana Além de beleza e estilo, sua decoração home precisa ser funcional e adaptada às suas necessidades diárias. Pense na forma como você utiliza cada espaço e planeje soluções inteligentes que facilitem suas tarefas e promovam o conforto. Aproveite os benefícios da tecnologia, como a automação residencial, para adicionar um toque de praticidade ao seu lar.
Dica-chave: Invista em soluções de armazenamento inteligentes, como prateleiras suspensas e gavetas organizadoras, para maximizar o espaço e manter tudo em ordem.
A estética: Cores, texturas e elementos encantadores A estética é o aspecto mais visível de sua decoração home, responsável por criar um impacto visual poderoso. A escolha das cores, texturas e elementos decorativos pode definir o clima de cada ambiente. Explore paletas de cores aconchegantes, como tons terrosos e neutros, que transmitem uma sensação de calma e tranquilidade. Introduza elementos naturais, como plantas e materiais sustentáveis, para trazer um toque de frescor à sua casa.
Dica-chave: Adicione pontos focais aos ambientes, como uma parede com papel de parede estampado, um lustre elegante ou uma obra de arte marcante, para criar um visual impactante.
Chamada à ação: Esperamos que este artigo tenha inspirado você a criar uma decoração home incrível em sua casa. Combinando design, funcionalidade e estética, você pode transformar seu lar em um refúgio acolhedor e cheio de personalidade. Comente abaixo compartilhando suas ideias e experiências na decoração de interiores. Queremos ouvir suas histórias e sugestões!
#decoração#decor#arquitetura#design#designdeinteriores#interiores#decoracao#homedecor#arquiteturadeinteriores#home#interiordesign#architecture#instadecor#arte#casa#decoration#artesanato#art#inspiração#projeto#reforma#decoracaodeinteriores
2 notes
·
View notes
Text
HOJE EM DIA
Sei que para cada homem mediano há, no mínimo, sete mulheres de respeito. Dizem que o homem moderno gosta das mulheres trabalhadoras. Sinto que, dentre as trabalhadoras, elege a mais trabalhadeira para o sacramento do amor sem fim, a fim de que ela trate de não se ocupar do amor e assim não lhe dê trabalho.
Sei que o homem mediano - e moderno - gosta das mulheres que andam vestidas de dignidade. Tão moderno, afina-se às que se esforçam, na labuta dos dias, em causas nobres. Ofícios que fortalecem os músculos do mundo, tais como medicina, advocacia, engenharia, política. Tão mediano, mediante suposto encantamento, flertam vez ou outra com as artistas. Contanto que a arte não as revele escandalosamente artistas. Contanto que não sejam dadas à poesia. Contanto que seus olhares não estourem em rubro sangue, novo ou velho. E que a Beleza dos seus métodos caiba com folga em um hall de hotel, ou em uma sala de esperas de um consultório de psicologia. Um amigo me disse a verdade: artista é quem faz dinheiro. Acho que o homem moderno - e mediano - deve adorar temas florais, paisagens, natureza morta. Talvez não se dê conta de que toda mulher, mesmo as de respeito, é uma florzinha murcha, desde a nascença, compondo a trama de uma paisagem inválida. E eis a sua natureza (viva).
O homem mediano, para ser moderno, precisa gostar das mulheres que vivem rodeadas de amizades frívolas, rejeitando constantemente o grito coeso de suas próprias percepções, sacrificando a bruta harmonia do caos interior em nome da colação de grau, do ménage à trois, do carnaval fora de época, da confraternização da empresa. Não sentindo não sentindo não sentindo - aquilo que não tem nome e que a umas e outras é dado de presente em segredo, presente de grego, e que a estas só lhes resta aceitar.
O homem moderno, para ser mediano, precisa gostar das mulheres que diluem suas dores no álcool, mas não o bastante ao ponto de fazê-las sentar-se à mesa do bar sem delicadeza trajando minissaias. É preciso que elas tenham o corpo tão liso e a mente tão sã, e que não fumem cigarro porque o cheiro do cigarro é horrível, e além de tudo o cigarro mata - assim como a vida mata, mas disto ele se esforça em não lembrar. O homem gosta, dizem, das mulheres que fazem a própria comida, feito sua avó. E que nunca se esquecem de alimentar os gatos, feito sua bá. E que ao dormirem não adivinham eventos que se sucederam às escuras, feito sua bisa. E que acordam tão repugnantes e belas quanto sua mãe. E que amamentam por longuíssimos anos o seu filho, seu filho homem, mas cuidam em não deixar cair o seio sobre seu sonho de verão. E que lhe disponham dos corpos em ruína para que ele não se sinta oprimido, mas que saibam gozar com ele para que não se sinta opressor.
O homem mediano gosta das mulheres que soam adequadas para um jantar em família, tal como o piano no canto do salão do estaurante: nem tão tímido ao ponto de se fazer ausente, nem tão obsceno ao ponto de comprometer a hora sagrada. Gosta das mulheres que pensam feito flauta doce. E, no quarto, das que dissolvem a boa conduta em líquidos límpidos, urgentes, agudos, tal como uma guitarrinha (há alguma obsessão masculina por instrumentos musicais; rapazes nunca se demitem da alegria juvenil da bandinha de garagem; dentro de cada homem mediano há um jovem astro sempre a despontar).
O homem moderno parece gostar das mulheres que não minguam. Que dormem tarde, companheiras de astúcia, e que se levantam às seis para fazer ginástica, antes de partirem, beijando-lhe os olhos, rumo às atividades cotidianas, quase atrasadas (o quase é o grande charme das moças inteligentes, pois viver tão verdadeiramente faz com que assumamos ares de megera, ou de fracasso, ou de tormento). Os homens modernos gostam das que saem de casa com os cabelos molhados, deixando pelo corredor o rastro perfumado de um shampoo invulgar; e que à noite voltam inteiras para os braços do marido meio-mole-meio-rijo; e que no cerne da madrugada, por motivos tantos, choram baixinho defronte ao espelho do banheiro para não acordá-lo.
Sei que o homem mediano moderno gosta das mulheres declaradamente trabalhadoras. E ai daquelas que travam certa batalha invisível, para aplacar outra espécie de fome, cujo afã consiste em golpear na própria barriga, diariamente, o monstro triste do trauma, encarando-se sem máscara: violadas, ultrajadas, rejeitadas, assombradas, derramadas no chão umbralino de uma infância - que tanto perdura, meu Deus.
#prosa poética#poesia#arte#literatura feminina#amandamoraes#cronica#crônica brasil#crônica#texto autoral#texto feminino#mulheres que escrevem#literatura feminista#literatura#saúde mental
5 notes
·
View notes
Text
O LATIM.
O latim é uma língua antiga que se originou na região do Lácio, na Itália, por volta do século VII a.C. Os romanos expandiram o uso do latim pela Europa Ocidental e Oriental durante o Império Romano, que durou de 27 a.C. a 476 d.C. O latim era a língua da política, da cultura, da religião romana e da ciência nesse período.
O latim clássico era a forma padrão e culta do latim, usada pelos escritores, filósofos e oradores mais famosos, como Cícero, Virgílio, Horácio e Ovídio. O latim clássico tinha uma gramática complexa, com cinco declinações, seis casos, três gêneros, três números, quatro conjugações e seis tempos verbais. O latim clássico era escrito em um alfabeto de 23 letras, derivado do alfabeto etrusco, que por sua vez era derivado do alfabeto grego.
O latim vulgar era a forma popular e coloquial do latim, usada pelo povo comum, pelos soldados, pelos comerciantes e pelos camponeses. O latim vulgar tinha uma gramática mais simples, com menos declinações, casos e conjugações. O latim vulgar era influenciado pelas línguas locais dos povos conquistados pelos romanos, como os celtas, os germânicos, os gregos e os árabes. O latim vulgar era transmitido oralmente e raramente era escrito.
Com a queda do Império Romano, o latim deixou de ser a língua dominante na Europa e começou a se fragmentar em diferentes dialetos regionais. Esses dialetos evoluíram gradualmente para as línguas românicas, como o português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno. Essas línguas mantiveram muitas palavras, expressões e estruturas do latim, mas também incorporaram elementos de outras línguas, como o germânico, o árabe e o eslavo.
O latim, porém, não desapareceu completamente. Ele continuou sendo usado como a língua oficial da Igreja Católica, que tinha uma grande influência na Europa medieval e moderna. O latim também era a língua da educação, da ciência, da filosofia e da literatura nessa época. Muitos autores renomados, como Dante, Petrarca, Erasmo, Newton e Descartes, escreveram suas obras em latim ou se inspiraram na literatura latina.
Hoje em dia, o latim é considerado uma língua morta, pois não tem mais falantes nativos e não é usado como língua de comunicação cotidiana. No entanto, o latim ainda tem uma grande importância histórica, cultural e acadêmica. Ele é estudado por pesquisadores, estudantes e curiosos que querem conhecer melhor a origem e a evolução das línguas e das culturas ocidentais. Ele também é usado em algumas áreas específicas, como a medicina, a biologia, a botânica, a zoologia, a teologia, a jurisprudência e a heráldica.
O latim é uma língua que marcou profundamente a história da humanidade e que ainda nos fascina e nos desafia com sua beleza, sua complexidade e seu legado.
(HISTÓRIAS DO MUNDO)
0 notes