Tumgik
#Assombro
luizramoa · 2 years
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Madrugada
Nesse momento, dentro do quarto, dentro de mim, dentro do meu pequeno cômodo escuro e agora pouco iluminado. Minha perspectiva de vida é que sinto que muitas vezes o universo conspira contra a maré, contra meu eu, contra meus anseios, contra meus desejos. Inquietação e ansiedade que assombram mais ainda esse cômodo, não tão cômodo como aparenta ser, mas que cada vez mais escuro fica. O mundo inteiro parece uma gigantesca madrugada sem fim.
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kretina · 1 month
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! OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE.
; se o fim do mundo tivesse nomes...
se mãos fossem responsáveis pelo caos,
desordem & tormento...
se o assombro tivesse rostos, seriam os destes oito semideuses
mencionados:
@lleccmte @apavorantes @bakrci @nemesiseyes @mskcvgaard @misshcrror @littlfrcak
disclaimer: peguei personagens que tem alguma conexão com a katrina ou que tem poder sombrio e etc. se não te mencionei, me perdoa!!!!
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mafleur · 2 months
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AS—SOM—BRA—DA.
𝐈. durante vários dias, fui atormentada por sons aterrorizantes, sombras dançantes e risadas soturnas. o cansaço das noites mal dormidas se reflete em meu rosto jovem, já não percorro os corredores do castelo com ternura, mas sim me arrasto e me esgueiro de medo.
𝐈𝐈. o piano ressoa uma nota melódica, entretanto, não há ninguém presente para tocá—lo. antes, ouvia—se contos sobre a SENHORA DOS MORTOS e seus assombros, agora percebo que ela é real, pois posso vê—la.
𝐈𝐈𝐈. a morte nunca está sozinha, sempre cercada por seus espíritos, seres que um dia foram tão vivos que o sangue pulsava visível nas maçãs rosadas de suas faces sob o calor do sol. se você os vê, é porque seu coração parou de bater, assim como o meu, que parou no instante em que repousei minha cabeça no travesseiro suave como algodão.
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chovendopalavras · 1 year
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faz tanto tempo que eu não sei o que é me sentir feliz de verdade, é como se eu tivesse perdido a capacidade de sentir algo intenso. nada me faz feliz por muito tempo, não sinto mais aquele frio na barriga gostoso quando anseio que algo bom vai acontecer, por eu sei que nada de bom vai acontecer, ou quando acontece não é nada que dure por muito tempo. tem sido dias sombrios, e eu ainda não aprendi a lidar com eles. ando por aí e as pessoas dizem que pareço bem, diferente, as vezes até dizem que pareço contente, será que sou mesmo boa atriz? mesmo depois de ter desistido de tentar? ainda existe alguém em algum lugar que consegue me decifrar? nunca fiz esforço para me esconder, mas parece que mesmo assim um muro de grafites distrativos se ergueu frente as minhas batalhas diárias, me trancou aqui, só eu e o caos. Me assombro quando penso que não lembro qual foi a última vez que sorri de verdade...Um momento em que eu não estivesse totalmente consumida pela angustia ou sendo conroida pela minha ansiedade ou pelo meu passado, sem conseguir seguir em frente. Fadigada da vida, isso que eu estou, presa em meu ciclo infinito de dor, onde nada acontece, só existe dor e vazio. Não consigo entender quando foi que minha vida tomou esse rumo, quando foi que meus sonhos começaram a ruir? Quando a esperança que existia morreu? quando perdi o controle de tal forma a não conseguir controlar meu próprio corpo? Quando tudo desmoronou? Eu me prendi em uma lugar isolado, sujo e escuro e não consigo encontrar a saída. Eu estou sozinha, incompreendida e ninguém pode me ajudar dessa vez.
@nevalisca + @catarsediaria + @confissoesangustiadas, para @chovendopalavras
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O Sonho Pigmentado dos Corações de Hidrogênio
Uma pequena glória recolhe-se no meu peito Entre assombros e paranoias Um país é afogado em um rio sujo Simultaneamente um choro de luto antecipado
O movimento cria ambiguidade Não há como prevê-lo A tua rigidez constante enumerada Tal qual um gráfico
Este rosto é o reflexo de um Cérbero Guardião de toda a perda e radiação Os ossos simulam ânforas, O músculo convence coices
Todo esse museu é um ato contraditório Todas essas peças são um teatro Objetos deixados para trás Por gente que se esquiva da nostalgia
A perplexidade é um hotel no paraíso Com sorte, ode. Com azar, intimidade E outra vez, a rigidez configura o tato Uma síntese capaz de unir elefantes brancos
A culpa estampada nos lábios feito um sudário Correm para fora de cavalos recém incendiados Abraçando deriva decorrendo trilhas Pronunciando um ruído entre efemérides
O sonho elétrico fora de covas ou Cronos Uma ovelha proibida que parece Saturno Intercedendo nossa própria mortalidade Revezando especulação com gira
Vamos nos alimentar das imagens ambicionadas Esculpidas por um fragmento do Deus ex machina Costurando repetições, desenvolvendo minotauros Serão ambas paródias até tornarem-se prosódias
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bfontes · 14 days
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me dá o beijo mais longo dessa cidade, quebre comigo recordes de horas de sexo, de brigas, de carinho em cabelos embaraçados, de saudade matada em menos e mais tempo, me dá o calor que derrete as geleiras, que iniciam as queimadas, que taxa os carbonos, me dá as curtidas das celebridades, o assombro do futuro e a esperança de uma nação pequena numa copa do mundo. me dá tudo! depois me tira, e devolve. faz tudo isso, e nem isso será chamado de amor.
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zeusraynar · 2 months
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ANDÚRIL. Nányë Andúril i né Narsil i macil Elendilo. Lercuvanten i máli Mordórëo.
“From the ashes a fire shall be woken, a light from the shadows shall spring; Renewed shall be blade that was broken, the crownless again shall be king... Reforge the sword."
Pelo bem do seu nerd interior, Raynar usará a benção de Hécate para manter o dourado material da lâmina de ouro imperial no mais prateado metal possível. O nome, a forma, os escritos, tudo escolhido para ser a réplica perfeita de uma de suas sagas preferidas! Quer dizer, tirando o detalhe que ela precisaria ser um pouquinho maior para equilibrar com o físico do portador.
A lâmina é grossa e resistente, tão pesada que pouquíssimos conseguiriam sustentá-la. O filho de Zeus consegue pelo tempo dedicado à desenvoltura da resistência e força, coisa que fica ainda mais fácil quando o poder secundário entra em cena. A empunhadura de couro tem as concavidades dos dedos, encaixando num aperto que só alcança com a lança preferida.
Essencialmente é uma espada mais longa e mais grossa, feita para romper qualquer defesa pela força bruta. Há quem diga que falta elegância num combate assim, mas empunhada pelo guerreiro certo com habilidades ímpares, a dança metálica é impossível de desviar os olhos. Raynar tem esse talento e, por isso, decidiu encontrar uma companheira mais íntima.
Quando a lança, que vira duas espadas, não alcança o sentimento que carrega no peito; o montante entra em ação. Andúril torna-se extensão dos braços, do próprio corpo. Adquirindo vida própria com assombro e oferecendo, singelamente, momentos cinematográficos para o filho do deus do drama. A posição preferida de Hornsby é quando a lâmina emoldura, por baixo, os olhos azuis acinzentados. O contraste claro e escuro deixando ainda mais evidente a eletricidade ininterrupta dentro de si.
Sem encantamentos, sem truques na manga. A lâmina sozinha, sem efeitos, é uma representação do que ele é.
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delirantesko · 1 month
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Algo não humano, a espreita (texto, provocações, 2024)
Não é coincidência não, estou lendo sua mente, sua existência, como se fosse um livro. Faço parecer como coincidência pois não é algo natural e vocês têm a tendência de ficar com medo dessas coisas.
Como um predador silencioso, meus olhos repusam na escuridão, observando seus trejeitos, manias, estudando o idioma que é só seu, ao mesmo tempo que cobrem toda extensão do seu corpo, mente e coração.
Desperta ou não, estou ali, capturando tudo isso.
Sou o desconforto que surge nos momentos de solidão, quando você olha curiosa para os lados.
Um vulto, uma impressão, seu nome dito numa voz que não está ali.
Seu assombro me deleita, me alimenta. O ar que não inala eu aspiro com vigor.
Amanhã estarei aqui de novo, para ouvir o ritmo descompassado de seu coração, de seus pulmões, o som de seu sangue correndo mais rápido por suas veias.
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christiebae · 2 months
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𝐈 𝐂𝐀𝐋𝐋 𝐈𝐓 𝐌𝐀𝐆𝐈𝐂 𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐈'𝐌 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐘𝐎𝐔 𝑠𝑢𝑐ℎ 𝑎 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑜𝑢𝑠 𝑗𝑒𝑤𝑒𝑙
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mães adotivas:
olivia sinclair. 50 anos. - status: viva. (fc. sara paulson)
rachel wilson. 52 anos. - status: viva. (fc. amanda peet)
pais biológicos:
afrodite. imortal - status: divina. (fc. park gyuyoung)
bae hyunsung. 50 anos. - status: desaparecido. (fc. jang hyuk)
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Uma história de amor que começa no circo, mas antes de contar sobre a verdadeira família de Christopher, vamos falar daquele que que lhe deu um sobrenome? Bae Hyunsung, um acrobata aéreo que ficava trinta minutos fazendo lindos movimentos aéreos pendurado em longas tiras de tecido que fez até a Afrodite se apaixonar.
Ninguém sabia ao certo de onde aquela mulher surgiu e nem mesmo o seu nome, só sabiam que quando pousaram na Austrália, ela estava na plateia com tanta frequência que era impossível não notar a sua presença. E para Hyunsung, era como se o mundo inteiro parasse, quando os seus pés enfim tocavam o chão e ele ia até o centro do picadeiro, os olhos sempre cruzavam com os dela e aquele sorriso fazia o seu coração falhar diversas vezes, perdia completamente a compostura e demorava alguns segundos para voltar a sua elegância habitual. A mulher surgia algumas vezes depois do espetáculo, facilmente fez amizade com todos do circo e até alguns se derreteram de amor por ela, relações surgiram e sumiram rapidamente com ela, definitivamente ela era um espírito livre.
Mesmo assim, haviam momentos, bem breves, em que ficava sozinha com Hyunsung e podia dividir do que gostavam, do que não gostavam, sobre amores do passado e aqueles que ainda queriam viver, sobre histórias e lendas, e o sentimento superou a casualidade da relação. A tal mulher misteriosa dividiu dias de amor intenso ao lado do acrobata, trocaram juras de amor e, tão rápido como muitos romances clichês da literatura, eles enfim decidiram se unir em matrimônio. Não foi um casamento habitual, ela com um sorriso radiante e um vestido simples, ele usando o seu melhor traje de apresentação, casaram sob as estrelas nas promessas vazias de um cabaretier de circo.
No dia seguinte, ela desapareceu e só retornou alguns meses, com uma criança no colo e uma expressão de tristeza no qual Hyunsung não queria guardar da sua memória. Sequer tocou naquele bebê, sendo deixado nas mãos do proprietário do circo antes que a mulher sumisse de novo.
— O que faremos com ele, hyun?
Era uma pergunta que se repetia pelos cantos como um tipo de assombro na escuridão, então Hyunsung simplesmente desistiu de tudo, da sua carreira, da sua história naquele circo, dos seus amigos e sumiu no mundo, a única coisa que deixou para trás, junto com aquela criança, foi o registro de nascimento com o seu sobrenome ao lado de um nome que sequer foi de sua escolha.
O que ele não sabe, é que a deusa retornou ao picadeiro e soube do desaparecimento do homem, chegou a cogitar em leva-lo com ela, mas sabia que não era seguro. E foi então que ela dividiu a sua verdadeira história a Rachel, uma das suas várias paixões que viveu naquele lugar e a quem confiava cegamente até a própria divindade. Disse que era Afrodite, que o garoto não teria uma vida segura e que logo os perigos viriam, que ele teria poderes ou habilidades sobre-humanas, além da beleza eterna que qualquer um que carrega o seu sangue divino poderia ter. Que o amava, mas que não podia ficar com ele, ao menos não no mesmo lugar que seu marido, tinha medo que algo ruim pudesse acontecer com ele, por isso, confiou o filho a Rachel e esperou que, com isso, ele tivesse uma vida longa e saudável.
Apesar de tudo, Rachel viu naquele momento a oportunidade de ser mãe, um sonho que dividia com a sua companheira por toda a vida.
— Cuidaremos dele como se fosse nosso.
Quanto mais aquele circo crescia, maior era o amor daquelas duas por Christopher. Rachel quando conheceu Olivia, também tinha sido no circo, enquanto uma trabalhava com o irmão no trapézio, com espetáculos maravilhosos e fazendo todos prenderem o ar, a outra trabalhava com a administração do circo, quase o tempo todo estressada e brigando com todo mundo, Olivia é filha do dono do circo, além de prima da maioria dos administradores e diretores que passaram por ali, mas todos sabiam que aquele elenco era uma grande família no final das contas. Então quando Rachel chegou com o irmão, foi o típico amor a primeira vista que viveu sob as sombras das incertezas do preconceito por muitos anos, era inocente e belíssimo de acompanhar, quase sempre trocavam olhares e toques de suas mãos como se fossem juras de amor silenciosas.
Foi na primeira noite delas que o pai de Olivia descobriu, mas diferente do que esperavam, receberam a benção que deveria ter sido recebido ainda no começo, logo todos do circo dividiram que aquele amor era o mais transparente e visível do mundo, que eles só não interferiram porque queriam dar o tempo que elas precisavam. Olivia e Rachel se casaram depois de quatro anos de relacionamento, desde então ficaram juntas, mesmo depois da passagem daquele furacão intenso chamado Afrodite.
Christopher só somou, Rachel nem saberia dizer o que mais amou nele, se era aquele sorrisinho de quem iria aprontar ou os olhos minúsculos e tão brilhantes que pareciam as estrelas, ela sabia que era exatamente por isso que os olhos eram os preferidos de Afrodite. Quanto mais ele crescia, mais bonito ficava e as mulheres, ainda mais preocupadas. Se tornaram leoas quando os poderes começaram a se manifestar, causando aquele trauma horroroso em seu filho e não hesitaram de forma alguma em simplesmente deixar de ser um circo fixo, para se tornar em um circo itinerante, viajando em cidades mais distantes para que, quando esses poderes se manifestassem novamente, eles conseguissem se livrar e partir daquele lugar. Por sorte, sentiram o mínimo, pois o fascínio que ele transmitia não era maior que o amor que eles tinham pelo garoto. E então veio o ataque do monstro durante um espetáculo, que apesar de ter sido assustador, fez com que toda a plateia aplaudisse no final por achar que fazia parte de toda a encenação.
E quando a idade chegou, Rachel soube porque a lua ficou vermelha antes do tempo, um grande fenômeno que é estudado pela ciência até hoje, mas que Rachel sabia que era o sinal de Afrodite. Um plano que sempre mudava os protagonistas mas nunca deixava de ser de uma única maneira: leva-lo ao acampamento em segurança, usar os métodos de segurança que Afrodite ensinou, entregar o presente que lhe foi deixado e então, partir, que era a parte mais dolorosa.
Foi assim que ele se despediu daquela vida para uma nova, mesmo sabendo que ainda teria a sua família circense com ele, o garoto sentia que as coisas seriam diferentes simplesmente porque nasceu com aquele sangue divino maldito. É, ele pragueja e amaldiçoa a mãe algumas vezes, na verdade, muitas vezes, mesmo assim, Olivia e Rachel a defendem e sempre ressaltam o fato de que ela não teve muita escolha.
— Até porque, ela ama a cor dos seus olhos, é onde o amor dela está nesse momento.
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controlaria · 1 year
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Me perco em meus pensamentos, será que estou fazendo o certo? Te esperando assim, sem nada garantido, sem nada em troca além de palavras ao vento. Me perco em meus pensamentos e me assombro com a ideia de partir. Confesso que nunca deixei de pensar em ir embora, a solidão me conforta mais do que essa espera. Não consegui te deixar ainda, será que um dia conseguirei? Não consegui te esquecer em um só momento, o que será que a vida reserva para nós? Me perco em meus pensamentos, porque tudo isso é incerto, tudo são possibilidades, minha única certeza é que te quero, disso eu nunca tive dúvidas. Desde o primeiro encontro de nossos olhares, desde nosso primeiro beijo e até mesmo nossa primeira despedida, eu nunca duvidei de tudo que senti por você.
Controlaria.
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wamnt · 4 months
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Tão bem sucedido que eu que assombro meu passado
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dreenwood · 1 year
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Cazuza (@cazuzaoficial) completaria 65 anos hoje. Não se passa por uma letra de Cazuza sem um acontecimento que excite o interesse. Vê-las, lê-las, é constatar com assombro a intensidade do sentimento que atravessou a música brasileira na pessoa desse menino de Ipanema. ❤️👈🏼
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meu-fragil-miocardio · 11 months
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Descobrindo meus assombros, meu lado sombrio, minhas tempestades e aceitando os monstros que habitam dentro de mim.
Abnasci
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sosad-b · 3 months
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Preenchendo vazios
Tem dias que me esvazio de vazios
Sou feliz alegre
A esperança e as possibilidades me acordam pra tomar café
Mas tem dias que eu sou só vazio
Que o eco da minha voz não assopra
Que o relógio roda ao contrário
Que me assombro com as minhas sombras
Como algo que é meu pode me assustar tanto
Como posso existir no pesadelo
Sendo assim
Tão desconhecida, desconfortável
Tão vazia de mim?
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inutilidadeaflorada · 5 months
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Terra em Transe
A rotação dissimula ofertas E todo afeto vira cinismo Girando trópicos em centrífugas Reinventando idiomas mortos
Um tempo-sujo que não é divino Sofre como todos nós Enfrenta seus dilemas temendo A intenção que os injustos espalham
Que lacraias me comam a cara Deixando buracos para as ovas Que serpentes me propunham Depois, descartar-me por oito meses
Todo êxtase beira o assombro de sofrer A experiência insuportável de despedaçar-se Movendo tatos incrédulos como um refúgio Invertendo ponteiros ao erguer babilônias cênicas
Retomo a sequência sufocada, com retumbante zelo Eu nem me dei conta quando dancei com carrosséis O adversário árido dos meus lábios invoca palavras Sua ordem era superar o ritmo inglês superficial
Me disponho a enfeitar tais cotidianos Intervir quando a chuva de sal fizer escolta Ao prometer um exército de cravos no paladar Quando desmoronem corpos inóspitos
Não se apavora nesse silêncio, a flor que murcha Permanecerá inerte e sem cuidado Confabulando substâncias desérticas Ao evitar o material biodegradável de solos sagrados
Devastar a nostalgia de espaços três por quatro A lua derrama tais lágrimas prateadas Associando infância perdida com fardas O evangelho escrito por um narrador estéril...
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klimtjardin · 1 year
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Q U A N D O B A T E A Q U E L A S A U D A D E
Jaehyun x Personagem Original
{enredo: Jaehyun retorna ao lugar onde foi criado e lá desenterra um balde de memórias; isso é ficção!; romace; Jaehyun é brasileiro/gaúcho; um pouco de angst; regionalismos; essa é uma história antiga que esteve em meu perfil no Spirit, que fiz para uma pessoa com quem hoje nem tenho mais contato. Não sei. Lembrei da existência e quis repostar. Escrevi essa numa época de muita saudade de casa. Gostaria de escrever bem como Veríssimo, mas esse foi o máximo que pude naquele momento, acho que vocês vão perceber as diferenças dessa pra minha escrita atual.}
Jaehyun ainda se sentia inexperiente em campo aberto, mesmo tendo passado mais de metade de sua vida em um. Cavalgar era um escape, e foi exultante a sensação de saber que o seu cavalo se lembrava dele. Não foi necessário mais do que alguns assobios para que o animal atendesse e deixasse ser montado.
O vislumbre dos pampas pela manhã era uma visão da qual jamais se cansaria, mesmo com os pensamentos enuviados como naquele dia. Com uma milonga nos fones de ouvido, saiu galopando pelo conhecido caminho da infância. Passou pelos verdejantes campos que terminavam com uma pastagem quase dourada, os pomares da família, um campo de gado, e rente ao fim, às parreiras carregadas com as uvas que produziam o melhor vinho da região. Memórias recorriam a mente do menino, de quando ainda era guri correndo por aquilo que parecia tão infinito quanto um mar. Relutava em admitir que sentia um vazio ao pensar no lar, de longe. Escolheu terminar o colégio e fazer uma faculdade no exterior, portanto, passou um bom tempo com a outra metade da sua família, mas nenhum lugar era ou seria como aquele que abrigava todas as fragrâncias, sabores e sentimentos dum pequenino Jaehyun.
Quando o cavalo já trotava próximo à vila mais perto da estância, Jaehyun teve um misto de confusão e nostalgia. Como estariam aquelas pessoas? Será que se lembravam dele? Será que se perguntavam como estava o menino Jung que corria com as mãos gordinhas cheias de uvas?
Ele parou à frente do único mercadinho da região, uma construção singela, por onde recordava passar muito tempo. Esperou que o dono o cumprimentasse com um aceno de cabeça, talvez um olhar surpreso. Porém, quem lhe atendeu foi uma moça. Enquanto ela lhe encarava com certo assombro, ele não pôde conter um sorriso largo que mostrou as duas covinhas cavadas no canto de suas bochechas.
– Bela? – Questionou.
A moça por sua vez, endireitou-se. Reconheceria aquela voz de barítono em qualquer lugar.
– Seu Jung? – Ela lhe devolveu a pergunta.
– Não me chame assim, parece quem nem nos conhecemos…
De fato… Se não fossem pelos olhos gigantes como duas bolitas, talvez Jaehyun não a reconhecesse, já que esta se encontrava tão diferente de quando costumavam brincar juntos. Bela agora era uma mulher; o que fazia Jaehyun diretamente inferir que ele também era um homem, e não mais o guri louco de assanhado de tempos atrás.
– Vieste comprar algo?
– Bem, sim, mas já que te vi aqui vamos conversar – ele respondeu.
– Pai eu vou dar uma volta, o Jaehyun está aqui – Ela virou, desamarrando o nó do avental. – Sim, o Jung, filho do dono da estância.
O pai de Bela deu um aceno tímido ao rapaz quando ela saiu da venda pela porta lateral.
– Este é o Garibaldi, o teu cavalo? – Ela perguntou assim que viu o animal parado ao lado dele.
– É sim, eu tinha medo que ele não me reconhecesse – Jaehyun acariciou as costas do bicho daquele jeito tosco, dando umas batidinhas. – E tu? Quanto tempo demorou para perceber quem eu era?
– Bom… Não tem muitos rapazes iguais a ti por aqui – Ela deu de ombros.
– Ainda sabe montar? – Ele indicou.
– Podemos descobrir.
Jaehyun subiu no cavalo novamente, em seguida ajudando Bela a sentar atrás de si.
– Com emoção ou sem emoção?
– Se me conhece bem, sabe a resposta.
Jaehyun impulsionou-se para frente, evocando um relinchar de Garibaldi. O cavalo saiu em desatino pelo mesmo caminho que o dono percorreu para chegar ali. Jaehyun respirou fundo assim que Bela enlaçou sua cintura com os braços; esperou aquele momento por muito. Queria encher-lhe de perguntas sobre como havia sido a vida ali por aquele tempo em que esteve fora, porque a dele com certeza fora um porre atrás do outro, e nenhuma festa se comparava a calmaria daquele lugar. Garibaldi parou perto das parreiras a comando de seu dono. Ele desceu do cavalo e ofereceu a mão para a moça que o acompanhava. Os dois caminharam por um pedaço sem falar nada, apenas admirando a plantação - e porque não - a companhia um do outro.
– Como ficou aqui? – Jaehyun sondou.
– O mesmo de sempre – Bela mais uma vez se esquivou, dando uma risadinha para evitar que ele pensasse que estava sendo grosseira. – Aqui é… calmo.
– Quer uma? – Ele lhe ofereceu uma uva recém arrancada do pé.
– Tu não perde os maus costumes. – Bela deu um chega pra lá em seu ombro, mas aceitou.
Jaehyun riu de canto.
– Lembra que a gente corria por tudo isso? Eu sinto saudade.
– Lá fora não é tão legal?
– É, é bem chato. Não tem cavalo. Nem tu.
– Que guri bacudo! Não sabe nem aproveitar. Aposto que tem um monte de coisas boas lá.
– Já disse que não é que nem aqui. – Ele chutou o chão irregular mesmo que a ponta da alpargata não fizesse nem cócegas no mato. Virou-se para Bela com um sorriso sapeca e empurrando-a com o ombro anunciou que a brincadeira de pegar estava com ela.
Eles dispararam entre os parreirais, rindo e gritando como duas crianças que outrora cresceram por ali. Jaehyun pegou Bela pela cintura, a erguendo e recebendo resmungos de protesto. A menor balançou os pés elevados numa birra que não foi atendida. Quando se cansou, Jaehyun a largou embaixo de uma das árvores do pomar, ambos ofegantes, as bochechas cheias coloridas igual maçãs. Ele foi o primeiro a sentar-se embaixo da sombra da copa, sendo seguido pela moça num movimento estabanado. Jaehyun recostou a cabeça na coxa dela, suspirando pesado.
– Canta – Sugeriu.
Bela limpou a garganta demorando meio segundo apenas para pensar em uma música.
– “É você que tem
Os olhos tão gigantes
A boca tão gostosa
Eu não vou aguentar.”
Jaehyun sorriu de canto, revelando apenas uma covinha. Os seus pensamentos viajaram longe, muito longe dali. Num lugar onde se encontrava pouco tempo atrás; uma espécie de inércia mental que sugava sua energia. Uma rotina de universidade, festas, bebidas, bocas estranhas, corpos estranhos, sentimentos nulos que preenchiam a falta que aquele cenário lhe fazia. Um cotidiano fútil que aprendera com seus colegas enquanto tomava notas sobre agrotóxicos e transgênicos, o olhar atravessando a janela ao se perguntar o que a turma de jornalismo estaria fazendo naquele instante.
– “Olha bem, mulher
Eu vou te ser sincero
Eu tô com uma vontade danada de te entregar todos beijos que eu não te dei
E eu tô com uma saudade apertada de ir dormir bem cansado
E de acordar do teu lado pra te dizer que eu te amo
Que eu te amo demais.”
E sim, os devaneios sobre ela. Mesmo que houvesse conhecido muitas pessoas diferentes e diversas de suas próprias maneiras, ele constantemente lembrava Bela. Quando caminhava pela rua da floricultura e via as rosas abertas. Quando alguém citava qualquer literatura numa conversa. Quando ouvia Rubel, e até quando seus professores soltavam um ‘todavia’ durante uma explicação. Jaehyun sentia saudade. Saudade, aquela palavra cuja existência se encontra unicamente no dicionário brasileiro. De todas as palavras que poderiam existir em sua língua mãe, saudade não existia em nenhum outro lugar.
– “Olha bem, mulher
Eu vou te ser sincero
Quero te ver de branco
Quero te ver no altar”
Jaehyun ergueu-se interrompendo a canção da moça.
– Eu não aguento – disse somente.
Ela esperou que ele completasse com alguma sentença a mais, que explicasse o que aquela frase solta queria dizer. Entretanto, Jaehyun encarou-a por um longo momento, sem piscar. Seus olhos esquadrinharam o semblante dela na busca de algum sentimento que se parecesse com o que se passava em seu interior.
– Eu te amo demais – Sorriu.
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