#Antologia Não é Amor
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AFTER MIDNIGHT (blurb)
+18!!! avisinhos: relacionamento proibido, penetração vaginal, fingering, masturbação, size kink, nao revisado pq tenho sono, raso ne, meus erros de digitação.
notinha: o povo clamou e eu atendi☝️ logo aqui está uma antologia do blurb Enzo namorado pobrete com a reader rica. Amo que só conseguia pensar na musica uptown girl escrevendo isso☠️
"Para, Enzo! A gente não pode fazer barulho." Responde rindo quando Enzo pula em cima de você deitada na cama.
Depois de uma semana separados, hoje você tinha chegado de uma viagem ao exterior e ambos não aguentaram a saudade, então impulsivamente chamou Enzo para vir até sua casa no meio da madrugada.
Apesar do casarão ser grande e seu quarto ficar no fim do corredor pararelo ao dos seus pais, tinha muito medo de qualquer pessoa escutar a voz do homem que seus pais desprezavam.
Enzo nunca havia sequer pisado em um lugar tão luxuoso, não conseguia parar de admirar o jardim enorme quando ele entrou pela porta dos fundos ou os lustres no teto da sala. E claro, seu quarto parecia ter saído de um castelo, grande e espaçoso, com tudo exalando extravagância. Mas ele amava como tinha um canto onde ficava umas pinturas e poesias que ele tinha te presenteado. Como seus pais não sabiam que vocês namoravam, Enzo sempre te dava as coisas que fazia pensando em você, já que não podia ter uma foto ou qualquer objeto relacionado a ele.
Entretanto, no momento ele só conseguia focar na maior preciosidade do mundo, que era a namorada lindinha dele com os olhos murchos de cansaço, mas com um soriso apaixonado. Ele segura seu rosto com as duas mãos gigantes e você passa os dedos pelos cabelos sedosos.
"Eres tan hermosa, mi amor." diz te encarando profundamente que suas bochechas esquentam com a intensidade do olhar e elogio.
Selando a distância entre vocês, Enzo roça o nariz grande no seu, logo em seguida inclina a cabeça e deixa um selinho demorado nos seus lábios. Insatisfeita, você encurta a distância novamente e agarra os fios lisos para beija-lo, passando a língua pelos lábios carnudos e massageando a boca dele com a sua, geme dengosa quando o moreno pressiona a ereção no short do seu pijama.
Os beijos começam a ficar mais desesperados assim como as mãos, você puxou a camisa dele até tirar e revelar o corpo malhado, enquanto Enzo acaricia sua cintura e barriga por baixo da sua blusa. O mais velho desce uma mão para dentro do seu shortinho de dormir, acariciando sua calcinha umedecida, fazendo círculos na região sabendo que os dedos grandes dele conseguiam massagear toda a sua intimidade.
Extasiada, você joga a cabeça para trás, por finalmente sentir os dedos dele te tocando onde mais necessitava. Cansado de te provocar, Enzo enfia a mão na sua roupa íntima passando dois dedos pela sua buceta molhada. Ele fazia círculos precisos no seu clitóris, admirando de perto cada expressão no seu rosto. O tempo separados parece ter te deixado mais afetada por ele, você apertava os biceps torneados e remexia os quadris contra a mão habilidosa.
"Que saudade que eu 'tava dessa bucetinha, chiquita." Enzo fala enquanto recolhe a umidade e volta a massagear seu pontinho inchado.
Seu namorado continua brincando com a sua bucetinha que piscava ansiosa por um orgasmo, você gemia baixinho e se contorcia empurrando seu grelinho inchado nos dedos do uruguaio, que tinha um sorriso malicioso no rosto ao te ver tão desesperada quanto a primeira vez que ele fez isso.
Enzo sentia muito prazer em te dar prazer pelo fato de você ser totalmente desinibida, não tinha vergonha de se esfregar nele ou pedir por mais, toda transa de vocês sempre acabava com ele te dizendo que você é uma gatinha no cio.
"Brinca com seus peitinhos pra mim, vai." Diz dando um tapa na sua coxa com a outra mão e depois levanta sua camisa acima dos seus seios.
Seu rosto esquenta com o pedido do moreno, mas obedece porque adora fazer um showzinho para ele. Segura os dois peitos e pressiona um contra o outro, amassando-os e beliscando os biquinhos levemente, gemia baixinho enquanto massageava a carne macia e remexia a pele de vez em quando. Sua performance parece agradá-lo, pois Enzo fica hipnotizado com a boca entreaberta fitando os movimentos das suas mãos.
Repentinamente, Enzo se curva um pouco e cospe nos seus peitinhos. Grunhe quando você pega a saliva dele e espalha pelos mamilos com toques suaves. A mão dele acelera os círculos na sua bucetinha, tudo estava sendo demais para você, sentia sua calcinha e os dedos de Enzo totalmente melados com os seus líquidos.
"Me fode logo, Enzo." Fala com uma voz ofegante, implorando pra ter aqueles dedos grossos dentro do seu buraquinho.
Enzo cessa os movimentos, para te dar um tapa nos seios babados e te fazendo soltar um choramingo alto pela mudança súbita de comportamento.
"Uma semana e você já perdeu toda a educação?" Questiona tombando a cabeça para o lado como se zombasse de ti. "Se quer ser fodida igual uma puta safada vai ter que pedir direitinho."
"Quero seus dedos dentro da minha bucetinha carente, papi." Pede com uma voz manhosa enquanto pressionava seus seios um no outro tentando atiçar mais ele.
Enzo tira os dedos do seu clitóris abusado e enfia tudo de uma vez na sua entradinha pulsante.
"Tá vendo? Se pedir do jeito que o papi ensinou vai ter tudo o que você quer, princesa." Enzo diz com um olhar satisfeito ao te ver abrir mais as pernas e franzir o cenho com a sensação de ter a buceta cheininha pelos dedos grossos.
O moreno prontamente curva os dedos buscando te fazer gozar rápido, porque ele também estava desperado para meter o pau inchado em você.
Mordia os lábios para conter os sons que teimavam em escapar ao sentir os dedos do Enzo socando a parte mais sensível da sua intimidade. O pulso do mais velho já tinha cãibras de tanta força que ele aplicava ao te dedar, sentia sua buceta se contraindo mais e mais, até um que um jato de líquidos manchou a sua calcinha e sujou a dele.
"Pelo visto ela sentia muita saudade de mim, gatinha." Enzo diz com um sorriso arrogante, enfim deitando sobre você, te esmaga com os músculos e te sufoca com o cheiro do perfume amadeirado.
Ele remove seu short e calcinha estragados e tira o pau babado de dentro da cueca. Ele pincela a ponta por toda a extensão molhada das suas dobrinhas até chegar no seu outro buraco mais apertado.
"Enzo!!! Aí não!" Fala aflita em uma voz meio alta que Enzo logo tapa sua boca com medo de alguém ter te escutado. Ele pressiona o rosto no seu pescoço rindo baixinho com seu desespero, mas o uruguaio sabia que era só uma questão de tempo até você pedir para ele foder seu cuzinho.
"Era brincadeira, amorcito." Diz quando retira a mão da sua boca, em seguida escuta você resmungar e te vê fazer um biquinho emburrado.
Tentando te amolecer, Ele enfia a cabecinha do membro grosso na sua buceta e deixa beijinhos carinhosos ao redor do seu rosto. Ele mete devagarinho saboreando como você o aperta, o pau tremia só ter suas paredes espremendo-o com a penetração. Quando Enzo começa a estocar lentinho para te alargar mais ainda, suas mãos vão para as costas dele, arranhando a pele bronzeada.
Enzo passa a ondular os quadris, gemendo contra os seus mamilos com a maneira que sua buceta engolia o pau dele, melando toda a circunferência avantajada com o seu melzinho. Para ele, era sempre um encontro de almas estar dentro de você, não só pelo prazer, mas sim porque realmente parecia que eram feitos um para o outro.
"Que buceta gostosa, amor." Diz em meio aos grunhidos, acelerando os movimentos e passando a criar um som estalado toda vez que ele socava tudo dentro de ti.
"O que foi, bebita?" Pergunta no seu ouvido quando você murmura algo contra o cabelo dele.
"Me ensina a sentar em você, por favor?" Pergunta com uma vozinha tímida com medo de ter estragado o momento.
Enzo solta um gemido grave impulsionando o pau contra a sua entradinha arrombada só de imaginar como seria te ter sentando nele.
"Claro, mi amor." Diz ao dar um beijinho na pele entre seus seios. Inverte saus posições sem sair de dentro da você.
Rapidamente, vocês se encontram grudados, com o seu corpo por cima e seus cabelos caindo ao redor do rosto dele. Enzo afasta suas madeixas e segurando os fios em um rabo de cavalo improvisado. Procura alguma dúvida nos seus olhos, mas quando não encontra nada, te puxa para um beijo longo e amoroso.
Te instrui a sentar totalmente no colo dele, sua buceta ardia um pouco pelo ângulo profundo, então remexia os quadris agoniada por algum alívio.
A visão do seu corpo em cima dele era paradisíaca, o seu rostinho, os seus peitos, as suas curvas e o modo como tudo no seu quarto parecia inocente em comparação com o momento ilícito. Além disso, a região que vocês estavam unidos era uma imagem que com certeza estaria em todos os sonhos selvagens dele, a sua bucetinha parecia engolir o membro grosso, a pele corada ao redor totalmente esticada.
Você apoia as mãos no peitoral suado e as mãos grandes seguram sua cintura, te ensinando como subir e descer. Vocês dois respiravam pesadamente com a forma que o pau dele preenchia tudo dentro do seu canal estreito. Logo você pega o ritmo certo, começando a se esfregar na virilha coberta por alguns pelos toda vez que descia. Alternava entre rebolar no colo dele e quicar rapidamente.
A cama rangia por conta da movimentação intensa adicionando um ar mais erótico ao se juntar com os sons dos suspiros pesados. Você sentava mais rápido e desengonçada, precisando da ajuda do uruguaio que impulsionava os quadris, te fodendo por baixo.
Tudo parecia te estimular nessa posição, por isso contorceu o rosto ao suprimir um gritinho ao gozar, criando uma bagunça ainda maior no meio das suas pernas. Com o aperto da sua buceta, Enzo solta uma série de palavrões junto com o jato de porra pintando seu interior. O líquido viscoso te deixava com uma sensação mais cheia ainda e vazava na virilha do seu namorado.
Você cai sobre o corpo dele enterrando sua cara no pescoço grosso e Enzo retira o membro melecado da sua buceta que já ardia por conta da intensa atividade.
amo q sou meio paty💅 e ter um cara assim na mimha cama é meio que um desejo obscuro
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Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma…
É um sossego, uma unção, um trasbordamento de carícias
E dote pede que te repouse quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade
o olhar extático da aurora.
De Antologia Poética
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TEMA: ESCRITA CRIATIVA
SUBTEMA: ANTOLOGIA
PEQUENA ANTOLOGIA
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Grande Majestade
Havia um reino abençoado, onde abundavam frutos e mel em fartura, e reinava uma Grande Majestade com amor, sabedoria e justiça.
E tinha tal Grande Majestade grande afeição pela sua gente, ergueu altas muralhas para protegê-los e construiu vastas estradas que atravessavam o território. Sua corte era composta por estadistas e vassalos virtuosos.
Todos cantavam os feitos dessa Grande Majestade: suas glórias, amores, justiças e bênçãos. Cantavam para si mesmos, para seus entes queridos, para viajantes, amantes, inimigos e amigos.
Mas um dia nublado, sem canto, brilho ou espanto, a Majestade não foi vista na varanda, não passeava pela esquina, não sorria aos humildes, não estendia a mão aos necessitados.
Com impaciência e urgência, o povo, dos moços a idosos, decidiram encontrar a Majestade que haviam perdido de vista. Nos salões de realeza encontraram-na não no trono da nobreza, mas caída no chão em desespero, vestida de trapos, desgrenhada, suja e despojada de sua antiga grandiosidade.
Vendo essa cena desoladora, a multidão cercou a Majestade que lamentava ter falhado com seu povo, desonrado seu dever, perdido sua força, destituído sua própria vida e manchado suas glórias.
A multidão insistia em respostas, consolando aquela alma despedaçada. Em meio às lágrimas, a Majestade proferiu: "Estamos arruinados, aflitos, perdidos. Perdi tudo, até a mim mesma."
Mas a resposta da sua gente foi firme:
"Você é nossa Grande Majestade. Sempre nos tratou como deveria, vestiu os nus, deu bebida aos sedentos, alimentou os famintos, sorriu para os abatidos, foi nossa companhia na solidão, abriu suas portas quando precisávamos, nos deu lugar à sua mesa quando menos merecíamos, nos deu coragem nos momentos de perigo. Temos tudo o que precisamos sempre que recorremos a você. Somos gratos por tudo o que fez por nós."
Diante da multidão emocionada, a Grande Majestade se ajoelhou, lamentando sua desgraça, sem saber mais o que dizer ou fazer. E uma criança tomando um passo a frente questionou com inocência:
"Majestade, você cuida tanto da gente, você se cuida e ama assim?"
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A Criança Especial
Uma mulher viúva, muito querida no vilarejo onde vive, está grávida de uma criança que tanto deseja. A velha parteira que a ajudou no parto disse: "Essa criança será especial, e terá uma sorte incrível, como nunca se viu antes, e seu nome será lembrado por muitos anos". E sozinha a mulher cria e cuida da criança. Mesmo doente, a criança parece escapar da morte, sempre se recuperando, para surpresa de todos.
Quando começa a falar frases compreensíveis, já falava como ninguém dali jamais tinha visto. Conhecia nomes que ninguém entendia e via e ouvia coisas que ninguém mais conseguia. Não se vestia, nem falava, nem se comportava como as pessoas do vilarejo. Nem era chamada como ninguém dali, pois escolheu um nome para si. Chegou ao ponto de ninguém mais saber quem era e se ainda era a mesma criança. Quando sua mãe viúva morreu, deixou o vilarejo, sob olhares injustos e cochichos maldosos.
Quando uma praga atingiu o reino, matando muitos, dos campos às cidades, dos moços ao velhos, e sem respostas satisfatórias dos deuses e espíritos, a rainha que os governa foi pessoalmente encontrar a criança especial de quem tanto se falava. E, ao encontrá-la, a rainha se ajoelhou e pediu:
"Ó criança! Ajude-nos e eu te darei tudo o que quiser, até a coroa e o cetro para reinar".
Mas a criança respondeu:
"Não tenho cura ou remédio. Não sou ninguém". E então a rainha foi embora, aflita. Depois veio a fome ao reino. A rainha voltou a pedir ajuda à criança, mas novamente ouviu: "Não cultivo a terra, não tenho sementes, nem mando no sol e na chuva para saciar essa fome".
Os vizinhos atacaram, invadiram e pilharam o reino. A rainha, agora desesperada, foi novamente à criança:
"Ó criança! Não vê a desgraça do reino, a morte, a fome e o sofrimento?!" Sem oferecer mais nada, pois estava irritada, a rainha disse que não tinha mais nada valioso para dar. A criança respondeu com calma: "Nunca pedi nada de valor. Vocês se esqueceram de viver cada dia. Eu não causei sua desgraça, nem sua glória. Se tivessem feito por si mesmos, o reino já seria grande. Se quer ajudar, comece com o básico e diga ao povo para viverem por si". A rainha foi embora, mas as palavras a tocaram. Contou ao povo, que seguiu o conselho da criança e tudo se resolveu pouco a pouco. E mesmo assim, a rainha adotou a criança e disse que ela seria sua sucessora, não somente porque não desejava o trono, mas porque podia ensinar ao povo a viverem por si, e assim, reinar até que o povo que é o reino saiba por si viver.
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A Rainha E O Amor
Num lugar bonito vivia uma rainha, filha de um sábio rei. Quando ficou noiva, seu pai lhe disse: "Viva em si mesma, e viverá sempre. Viva para o outro, e se perderá." O pai faleceu, e a jovem rainha se casou. Apesar da dor, foi feliz até que seu marido também morreu. Então, vestiu-se de preto e ficou de luto. E, como se não bastasse, tornou-se uma pessoa amarga.
Desdenhando do que não tinha e desgostosa do que tinha, mandou que procurassem o amor que a fazia infeliz. Dizia "olhem ali", e iam ali, mas nada viam; dizia "olhem aqui", e iam aqui, e nada encontravam. Sem saber mais onde procurar, desistiu da busca. Dia e noite, procurava incessantemente. Até que, na sua cama, ouviu uma voz na escuridão da noite.
— Estou aqui, você que me chamou! —
Levantando-se atordoada — Quem está aí? Revele-se! —
— Acha que sou uma pessoa para obedecer? —
— Seja o que for, saia da sombra e diga por que veio! —
— Você me chamou e agora não quer que eu atenda? Procurou-me em todos os lugares e agora manda que eu vá embora? —
— Não pode ser o vil e jocoso! —
— Duvida de mim, você que me chamou e me buscou como uma caça? —
— Já disse! Não pode ser o vil e jocoso. Sua voz é calma, não porta armas, nem grita, nem cheira mal. —
— Descreve como me vê. —
— Ora, é o que você sempre foi! Não negue! —
— Não posso negar ou afirmar o que acredita que sou.
— Não? Você nega que tirou tudo que eu estimei?
— Fala das perdas que teve e dos bens que não conseguiu ter? —
— Como sabe de perdas e bens que não sentiu?
— Você sente a dor e a perda, não? E disso, eu sei.
— Deixe de zombaria e diga por que veio aqui, monstro! —
— Me diga você, pois me procurou e agora me encontrou.
— Cessei a busca. Não procuro mais nada.
— Tem certeza do que fala? Ou é o que quer acreditar? —
— Diz então, sabichão! Sabe tudo, vê tudo, ouve tudo. E ninguém te encontrou antes, não é verdade? — Aproximando-se da rainha, toca-lhe o peito com a mão. — Sente agora? —
— Sua mão é quente e pequena. Posso sentir, mas não ver. Por quê?
— Não precisa me ver. Apenas me sentir. Sou pequeno porque me esconde aí — aponta para o peito da rainha — e não me mostrou mais a ninguém, nem a si mesma. Como espera que eu cresça?
— Por que tirou tudo que estimei?
— Nunca pude tirar nada de você. Não sou a morte, nem a vida. Sou o amor, e sei que você sabe disso em seu coração.
— Como fugiu de mim por tanto tempo?
— Você se cegou e surda se tornou, mas sempre estive com você, nunca deixei de estar em cada batida do seu coração, em cada suspiro, no canto dos pássaros, na brisa suave. Me procurou lá fora, mas eu sempre estive dentro de você. —
— Por que vem agora e só agora?
— Porque eu quis. Não sou cavalo para ter cabresto, nem gado para viver no arado. Venho quando quero e vou quando quero.
— Por que é tão vil e jocoso?
— Colhe o que planta. Não culpe a lavoura pelos erros do lavrador.
— Então, me culpa?
— Pense e me diga quem tem culpa. Mas te aconselho que de nada vai te servir a culpa, pois não ressarce o lavrador, nem replanta a lavoura. Tentando tocá-lo, mas em vão. — Por que sinto você mas não posso te tocar?
— Já disse: não sou algo para ver, mas para sentir.
— Como posso ter você sem te tocar e nem ver?
— Lembre de seu pai. Era amado? Sim, porque sabia ser amado. Amava? Sim, porque sabia amar a si mesmo. —
— Por que fala de algo que nunca vi meu pai me ensinar? E se fala, por que nunca ouvi meu pai me ensinar essas coisas?
— Há coisas neste mundo que não têm palavras para explicar, meios para ensinar, olhos para ver e ouvidos para ouvir. Queria todo velho passar ao jovem tudo quanto pudesse, e amparado pela experiência, só aí mostrado com inferências ao ensinar.
— Então, como poderia eu aprender isso que me fala se diz que não é possível?
— Afirmou ser impossível, mas está diante do que também poderia ser impossível.
— Como posso ter você mais vezes e com mais frequência?
Levantando-se — Deve saber que cada coração escolhe semente e adubo, o arado e a irrigação, a colheita e o deleite por capricho próprio, e não cabe a mim distinguir o fruto e o caule que sou cultivado. Cabe a mim apenas existir.
Ela se levanta. — Espere! — o detém pelo braço, mas o solta ao sentir sua textura. — Como posso sentir você agora? — pergunta.
— Acredita em mim outra vez. Pude tocar você porque sou o que sou e em tudo estou, mas agora acredita e, acreditando, há de sentir e ser sentida também — disse, dando as costas à mulher.
— Por que me fala essas coisas se diz que sempre esteve aqui? — declarou com um brado, com ele na soleira da janela.
De soslaio, responde — Às vezes, todos vocês buscam raciocinar a natureza que sou, quando nem compreendem quem são. Assim, procure e achará, peça e terá, pense e existirá. Não duvide de nada, e terá sempre. Conheça-se a si mesmo e tudo conhecerá — pulou e abriu voo.
A mulher correu e gritou à janela — Para onde vai e quando volta aqui? —
— Me procure adentro e me encontre afora — disse por fim, sumindo na noite. E assim, a rainha despiu o preto e desfez o luto. Abriu as cortinas, destrancou as portas, sorriu ao povo e abraçou o tempo. E o povo nunca mais viu tanta afeição e encanto de uma rainha que antes era fria como noite de inverno, e agora era quente e rosada como a manhã de verão.
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A Editora Veros torna público o edital para publicação gratuita de poemas na Antologia Poética "Faces do amor".
A antologia "Faces do amor", como o próprio titulo evidencia, é voltada para a publicação de poemas que tenham o amor como assunto, e as abordagens podem ser diversas, visto que esse sentimento é múltiplo e se manifesta de maneiras muito únicas em cada um, trazendo vivências doces, amargas e com sabores ainda não nomeados.
Acesse o edital clicando AQUI!
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Note
parei pra pensar no tempo que nos conhecemos, na sorte que eu tive do destino cruzar o meu caminho com o seu, e sei lá, cheguei a conclusão que sou muito sortuda. obrigada por ter chego e principalmente, por ficar. te amo além.
Meu amor, quero que saiba que tu foi um presente que eu ganhei. Espero que nunca se esqueça da nossa primeira interação. Anos atrás, quando eu ainda tinha o retalhejar, passando por diversas coisas na minha vida, e te mandei uma ask te elogiando, quando você começou a interagir comigo. Sei que muita coisa aconteceu de lá pra cá... Mas você ficou. Permaneceu aqui, mesmo com tudo. Houve um tempo em que eu fui apedrejada, de todas as maneiras. Me acusaram, me feriram... Você foi uma das poucas que ficou. É maluco pensar que eu entrei nessa rede sem intenção alguma, somente a de expor meus sentimentos. E hoje eu tenho uma antologia publicada, subindo pro meu 1° livro autoral.
Nada disso teria acontecido se não fosse a minha força interna e a de pessoas que pararam pra me ouvir, pra me acolher e pra me ler. Sou grata por todas as pessoas que conheci aqui, grata pelas pessoas que estão comigo até hoje. Você é uma delas. Eu te amo muito, oro por sua vida. Obrigada por tudo. Cada segundo. Cada milésimo de segundo. Eu amo sua vida. Eu amo você.
Minha... Minha Gabi. 💙
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MENTORIA DE ESCRITA CRIATIVA
- Para projetos não terminados
- Para quem quer aprender a escrever
- Para quem quer melhorar a escrita
A mentoria de escrita criativa é um serviço que estou oferecendo, afinal estou desempregada e preciso ajudar a pagar as contas de casa. Contigo, eu vou:
- Para quem tiver com um projeto não terminado de ficção, eu ofereço uma leitura crítica do material já escrito, incluindo anotações de ideias.
- Te ajudo a criar metas realistas e criar uma rotina para você atingi-las e terminar seus projetos.
- Te ajudo com outline e brainstorms, independente de qual tipo o seu processo criativo é.
- Caso seja necessário e/ou desejado, te darei aulas de escrita criativa semanalmente. Com exercícios e teoria de narrativa. Tudo adaptado ao que você quer e precisa.
- Acompanhamento semanal dos seus projetos.
Extra: análise crítica de textos terminados.
O pagamento é mensal e, pela quantidade de coisas que estou oferecendo, o preço é 250 reais
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Tá, mas quem eu sou?
Meu nome é Bia Sá, nasci em 28 de novembro de 1995. Sou formada em Letras – Produção Textual e pós-graduada em Literatura, arte e pensamento contemporâneo, pela Puc-RJ. Dou aulas de escrita criativa desde 2019, pesquiso sobre escritoras mulheres e, de vez em quando, escrevo crônicas, poesias e artigos sobre escrita e literatura para o médium e para o substrack.
Escrevo space opera, hopepunk, fantasia épica, mulheres LGBTQIA+ protagonizando aventuras em qualquer lugar, em qualquer tempo, sempre com bastante drama e questões pessoais. E tbm escrevo poemas, crônicas e ensaios. Ah, e, aparentemente, voltei a escrever fanfics de Percy Jackson.
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PROJETOS PUBLICADOS:
Uma rachadura entre nós (2021):
Uma mulher cede ao pedido de três adolescentes e conta a história de como suas mães se conheceram. Uma história de mundos paralelos, duas melhores amigas e um amor não correspondido. Uma história que começou quando um aplicativo de socialização interdimensional foi criado e a Terra deixou de ser uma.
Essa noveleta faz parte da coleção Espectros de roxo e cinza, uma coleção com protagonistas assexuais e escrita somente por escritories ace.
Para conhecer um pouco mais sobre esse projeto.
Na tempestade vermelha (2023):
A minha publicação mais recente é também sci-fi, dessa vez escrito para a antologia Sai-fai: ficção científica à brasileira, organizada pelo Museu do Amanhã.
O meu conto se chama Na tempestade vermelha. Em formato de podcast, Ruby conta a história de como sobreviveu à maior tempestade de Júpiter.
Palavras inacabadas (2023 - atual):
Essa é a minha newsletter no Substrack. Lá, escrevi e publiquei crônicas às 18h, aos sábados. No momento, estou reformulando as ideias para ela, por exemplo, quero muito escrever uma coluna sobre Bullet Journal e uma sobre crítica literária feminista, além de manter as crônicas, só mudar a periodicidade.
Enquanto isso, você pode ler o que já está lá.
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Você tbm pode me encontrar:
- Instagram
- Twitter
- Youtube (tem uns vídeos que eu editei lá)
E é isso... Sintam-se à vontade para me chamar no privado para conversar sobre a mentoria ou sobre qualquer outra coisa XD
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Amor (ou caridade), Esperança e Fé: As três principais virtudes cristãs, conforme arroladas pelo apóstolo Paulo no décimo terceiro capítulo da Primeira Carta aos Coríntios, um dos ou talvez mesmo o mais belo capítulo de todo o Novo Testamento. Os católicos chamam-nas de virtudes teologais, que seriam infundidas por Deus no homem, e cuja ação é complementada pelas virtudes cardinais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).
Nesta breve seleta, reunimos nada menos que mil (e cem) citações. São textos notadamente de autores cristãos (reformados, católicos e de outras vertentes), mas não somente; autores de outras confissões religiosas aqui comparecem, e mesmo agnósticos e livres pensadores os mais diversos, contribuindo para o entendimento e a reflexão plurais sobre tais temas de infindável profundidade. Assim, mesmo focado na seara cristã, esta pequena antologia é de valia para todo tipo de leitor, todo aquele que tem sua atenção capturada pelo mundo das ideias.
Este livro é uma edição revista e ampliada do e-book “Amor, Esperança e Fé – Uma antologia de citações”, publicado em 2017, e que reunia em torno de 750 citações sobre as três virtudes. Além do acréscimo em citações, aqui inserimos uma nova seção, “As Três Virtudes”, reunindo citações que falem ao mesmo tempo sobre as três, ou ao menos duas delas. O referido e-book foi uma publicação que surgiu no rastro de comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante.
“Bem, as virtudes teologais: o que tem isso a ver com a Reforma?”, perguntará o leitor mais desatento. E que foi a Reforma, senão um retorno ou esforço de retorno aos fundamentos da fé cristã uma vez perdidos ou obnubilados? Anseio desesperado de tornar às bases e raízes que foram amortecidas ou banidas em troca de conceitos débeis e prostituídos? Se assim entendermos, percebemos que nada há de mais basilar em nossa crença do que o consórcio destas três virtudes capitais. São elas que garantem a simplicidade revolucionária da mensagem dAquele que por todos se ofereceu na cruz.
Que esta pequena seleta seja de proveitosa e edificante leitura a você, amigo leitor. Mais do que um livro a ser lido, nosso esforço foi para tornar este volume um livro a ser revisitado enquanto durar nossa peregrinação terrena.
E agora, além da versão em e-book, gratuita, atendemos a um pedido de muitos e disponibilizamos uma versão impressa, à venda no site da Editora UICLAP.
Para baixar o e-book GRATUITO pelo site Google Drive, CLIQUE AQUI.
Caso queira adquirir o livro impresso, confira no site da UICLAP, CLICANDO AQUI.
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Os Anos Dourados
Eu queria escrever com o teu tato Como o amor que ressente tua ausência Como o amor que respira amor na tua ausência Mas eu não sei mais ser afável Eu preciso sentir o odor de romãs apodrecidas Eu preciso dançar com os dedos em fissuras desconhecidas Eu anseio a maldição que corroerá todos os meus poros Eu creio em ocasiões que inventam deuses burlescos Atravesso noites e antologias Ergui paredes e performei Fins do mundo diurnos Cantando meu desarranjo ao teu louvor Eu aprendi a dançar só Cinema de varanda, noite americana Surrealismo no beijo da boca quente do formigueiro A estreia é um movimento estreito entre atenção e a fuga As vozes são enganos Tente suprimir Saturno Em seus próprios dentes E encontre-se afogada em corantes Eu me deixei levar pela tua lábia destruição Eu prometi a vinda de lágrimas de prata Sob o território sombras mordazes da lua A cada segundo, me enveneno um pouco mais O silêncio é um punhal tão certeiro Que leva meu trabalho, sangra minha libido, Sangra minha vaidade, sangra minha sanidade, Sangra minha idade, sangra minha força física Meu espírito atado em linhas retas Prefere o desejo por força do hábito Urrar na espera de estômagos semi abertos: Eu sou inadequado à todas as ocasiões
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Drinking from Graveyard Wells: histórias de África, de mulheres, e da fúria de ambas
Seria difícil ter começado melhor as leituras de 2024. Drinking from Graveyard Wells, de Yvette Lisa Ndlovu, é uma pequena mas riquíssima colectânea de contos que a autora publicou em várias revistas temáticas e antologias ao longo dos últimos anos, e que aqui surgem em edição revista pela University Press of Kentucky.
Ao todo, a colectânea inclui 14 contos, todos relativamente curtos, com registos que oscilam entre o realismo, um certo realismo mágico, e territórios temáticos da fantasia literária, chegando mesmo a uma ou outra aproximação ao horror. Nestas páginas encontramos girafas fantasmas, espíritos vingativos, demónios ancestrais sob o jugo do extractivismo capitalista, sereias ameaçadoras, divindades matreiras cujas bênçãos nem sempre produzem o efeito desejado. Sempre com um ponto de vista africano, ou de diáspora africana - a autora é natural do Zimbabwe e vive e estuda nos Estados Unidos. Quase sempre de um ponto de vista feminino/feminista - a única excepção talvez seja When Death Comes to Find You, a única história da colectânea que tem um protagonista masculino, partindo do princípio de que a personagem principal é Takura e não Grootsland, claro (será discutível). Na verdade, a haver um tema que liga todos estes contos, será mesmo a condição feminina, e em particular a condição das mulheres africanas - seja nas feridas que mantém das muitas guerras de independência travadas naquela região do Sul de África, seja no contraste entre os papéis que aspiram desempenhar e aqueles que é esperado que desempenhem, seja na forma como os espartilhos de normas patriarcais condicionam tanto a sua vida como a sua morte, seja nos esforços e sacrifícios que empreendem em busca de uma vida melhor (que passa com frequência com o desejo de deixarem a sua terra), seja até na relação amor-ódio que mantém com a terra natal quando dela saem em busca de uma vida melhor.
Ou sobre vingança, um tema ao qual Yvette Lisa Ndlovu regressa com frequência nestas histórias - seja contra a opressão das mulheres na vida e na morte, seja contra a exploração colonialista ou capitalista, seja contra a corrupção que grassa na sociedade. De facto, se há outro tema comum a estas histórias, a correr em paralelo à condição das mulheres, é o tema da raiva, de uma injustiça que só será corrigida pela força, jamais pelo tempo.
Não estando directamente interligados num contínuo narrativo (como acontece por exemplo em Arboreality de Rebecca Campbell), a ordem com que os contos surgem neste livro acaba por revelar uma certa continuidade, se nem sempre temática, pelo menos simbólica: expressões, noções, e ideias que um conto apresenta e explica são consideradas "matéria dada" nos contos seguintes, surgindo já sem necessidade de contextualização ou explicação. E essa organização contribui para tornar a experiência de leitura mais coesa enquanto seguimos pelas curvas e contracurvas do caminho que Yvette Lisa Ndlovu vai traçando com a sua prosa limpa, rica e evocativa, repleta de frases que perdurarão na memória.
Por norma, as colectâneas de ficção curta tendem a ser algo irregulares - histórias muito boas ao lado de experiências que nem sempre resultam muito bem. Algo que não acontece neste livro, resultado do talento e da disciplina que Ndlovu demonstra. Certo, haverá algumas histórias melhores do que outras, e cada leitor encontrará textos que lhe dirão mais ou menos - mas todos os contos efectivamente muito bons, e seleccionar os melhores revela-se um exercício algo espinhoso. Da parte que me toca, destacaria talvez Home Became a Thing With Thorns, When Death Comes to Find You, e o conto que dá o título à colectânea, Drinking from Graveyard Wells, uma história espantosa cujas imagens que Ndlovu evoca ficarão comigo durante muito tempo.
Drinking from Graveyard Wells é o terceiro livro que leio da shortlist do Prémio Ursula K. Le Guin de 2023, depois do já mencionado Arboreality e de The Spear Cuts Through Water, de Simon Jimenez. E vem confirmar a excelência absoluta desta shortlist - não venceu o prémio, mas se tivesse ganho teria sido um justíssimo vencedor. Yvette Lisa Ndlovu é uma contadora de histórias exemplar, a seguir com atenção.
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Yvette Lisa Ndvolu (2023), Drinking From Graveyard Wells, Lexington, University Press of Kentucky.
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Você ama livros? Então deveria conhecer estas 10 palavras
Louise Oliveira
Professora de Português A Academia Brasileira de Letras incluiu uma nova palavra no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa: bibliosmia. Com um significado único, ela descreve a atração que sentimos pelo cheiro dos livros. Identificou-se? Conheça mais sobre ela e outras palavras que são irresistíveis para quem ama livros.
Bibliosmia
Significado: fascínio que sentimos ao cheirar um livro, principalmente os antigos.
Não só os livros novos têm seu encanto, os mais raros também exercem fascínio e convidam para serem ‘cafungados’, que o Vocabulário Controlado não nos descubra, nem a nossa rinite alérgica. É amor à primeira bibliosmia. (Ana Karina Fraga. Disponível no site da ABL.)
Logofilia
Significado: amor pelas palavras ou por se expressar por meio delas.
… Sim Senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam… [...] Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as… Amo tanto as palavras [...] (Pablo Neruda)
Enlevo
Significado: encantamento, deleite, prazer.
[...] a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós. (Manoel de Barros)
Bibliófilo
Significado: pessoa que ama os livros e, geralmente, os coleciona.
Mas se um bibliófilo quiser colecionar a torto e a direito [...] e formar um verdadeiro coquetel de livros, meu Deus, deixem-no juntar seus livrinhos em paz! (Rubens Borba de Moraes)
Florilégio
Significado: coleção de flores. No sentido figurado, refere-se a uma coletânea de textos literários. É sinônimo de antologia.
Registam-se no século XIX, em particular, várias seletas de poesia, como o Florilégio da poesia brasileira, [...] compilado por Francisco Adolpho de Varnhagem. (Carlos Ceia, E-Dicionário de Termos Literários)
Book-bosomed
Significado: termo do inglês, sem tradução direta para o português. Tem o sentido de carregar um livro consigo o tempo todo.
Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam! Não duro nem para metade da livraria! (Almada Negreiros)
Bibliófago
Significado: devorador de livros (especialmente insetos); leitor voraz.
Trecho de Firmin, romance que conta o ponto de vista de um rato nascido em uma livraria. Ele aprende a ler devorando as páginas de um livro: E você não precisa acreditar nas histórias para gostar delas. Eu gosto de todas as histórias. Gosto da progressão do começo, meio e fim. Gosto da lenta acumulação de significados, das paisagens imprecisas da imaginação, dos avanços labirínticos, das encostas cheias de árvores, dos reflexos nas águas, das viradas trágicas e dos tropeços cômicos. (Sam Savage. Fonte: O guia completo do Storytelling, de Palacios e Terenzzo)
Metamorfose
Significado: transformação; mudança completa.
A mente humana, uma vez ampliada por uma nova ideia, nunca mais volta ao seu tamanho original. (Oliver Wendell Holmes)
Intertextualidade
Significado: relação ou diálogo que um texto mantém com outros textos.
As próprias ideias nem sempre conservam o nome do pai; muitas aparecem órfãs, nascidas do nada e de ninguém. Cada um pega delas, verte-as como pode e vai levá-las à feira, onde todos as têm por suas. (Machado de Assis)
Resistência
Significado: capacidade de resistir e persistir diante de obstáculos.
Narrar é resistir. (Guimarães Rosa) Se somos filhos do tempo, então não há nada de errado que, de cada dia, brote uma história. Porque os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias. (Eduardo Galeano) Fonte: https://www.dicio.com.br/palavras-para-quem-ama-livros/
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Tia Cherry 🤓 como você acha que seria a reação do elenco, ao chegar em casa cansados, todo capenga procurando pela namo e quando chegam no quarto, ela tá de lingerie, toda arrumada e pronta pra eles??
Na minha cabeça, o Kuku ia ficar bem 😧😧 e ia deixar ser dominado, o Enzo ia rir na hora mas ia gostar e raw pra cima, o Matias ia ficar piscando os olhos várias vezes, desacreditado ☝🏻 e o Pipi ia ficar vermelho que nem tomate
Descreva diva
ola sobrinha😜 amei o tia cherry kkkkkk vou tentar fazer com todos os que eu escrevo espero q agrade todos os públicos🤗❤️
o esteban ficaria literalmente de queixo caído, do tipo que só fica encarando de boca aberta quase babando ao ver seu corpo quase nu a não ser a lingerie delicada da cor favorita dele. Eu escrevo mt o Kuku meandom, mas no geral eu acho que ele deixa vc dominar e faz suas vontades, e claro que quando te vê toda gostosa engatinhando até ele e pedindo com uma voz manhosa para te comer ❣️ querem sujeira? pq eu quero! AMA gozar em cima da rendinha sujando a roupa íntima de porra só pra vc comprar outros 🙈
felipe é como vc falou anonzita. eu penso mt que é vc que guia o relacionamento nessa questão, sempre vc que ousa mais ou pede pra fazerem algo diferente, porque o pipe tem tesão demais e coragem de menos, além de não querer te assustar com os pensamentos sujos dele. No momento que ele te vê toda princesa deitada na cama chamando ele com um dedinho, fica hipnotizado e obedece tudo o que você diz. acho que pode ir por dois caminhos: ele vai perder o controle e te foder bem forte com direito a um dirty talk sinistro👻 ou todo bobinho deixando vc sentar na pica dele ate ficar com o cenho franzido e gemendo fino a cada sentada. reizinho do goza e dorme
O enzo filhas... vc pensa que pegou o lobo, mas quem te caça é ele! imagino ele com aquele sorriso arrogante e cruzando os braços ao te ver toda arrumadinha e sexy com uma lingerie preta. Fica te provocando, pergunta se vc colocou isso só pra atiçar ele pedindo pra te foder até esquecer o seu próprio nome - como se ele não fizesse isso toda vez awnnn - acaricia seu corpo inteiro, percorrendo as mãos pelo tecido e tocando sua buceta por cima da renda, homens gozam na cueca e vem aí antologia ele te fazendo gozar na calcinha🫦 gosta de te foder com a roupa íntima em frente a um espelho, afastando seu cabelo e chupando seu pescoço enquanto segura seu rosto para ficar com os olhos fixos no reflexo do pau dele te arrombando😜👍
rafa chega todo preocupadinho pq vc não respondia já que quando ele entra pela porta vc logo corre pra abraçá-lo, mas ao entrar no quarto e te ver toda bonitinha com um body rosa rendado perde toda a linha de pensamento. se recupera quando escuta sua voz sedutora pedindo pra ele vir deitar contigo e ele te obedece na hora completamente encantado pela visão. Ele faz um amor lentinho, dizendo como vc era linda, a mulher da vida dele e mt praise kink🥰🙈❣️
matías eu vejo duas possibilidades kkkk ele ficar burrinho, indo na sua direção até se deitar no meio das suas pernas e logo cair de boca na sua buceta, ele estraga a roupa na hora pq baba tudinho e rasga enquanto te fode com força. A segunda possibilidade é ele soltar uma risada não sabendo como reagir e na hora fazendo alguma piadinha que te deixa puta da vida, então o sexo que segue se torna meio que um make-up sex pq ele realmente sabe te tirar do sério e tenta te amaciar de todas as formas. NÃO PENSEM!!! em um mati sub brat com a calcinha enfiada na boca enquanto vc senta e bate no rosto dele😔👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻 -> aplausos da minha xereca
o fernando reage de uma forma parecida com o enzo, fica super convencido e meio que abalado com a sua recepção, você toda princesinha deitada na cama e chamando ele pelo apelido, dizendo que só quer surpreendê-lo e agradá-lo, o qeu torna meio que um praise kink do fer, ele adora quando vc diz o quanto o adora, o quanto ele te fode bem e como vc pertence só a ele. Vejo mt ele começando super bruto, te fodendo de quatro com direito a muitos tapas e apertos, mas quando ta perto de gozar começa a desacelerar e dizer o quanto vc era lindinha até te deitar de bruços estocando suavemente.
simon, seu cachorrao, por fora fica super convencido quando te vê assim, mas por dentro ta em pânico pq sente um desespero com o pau subindo tão rápido. Chega te dando uns beijinhos no pescoço, querendo te deixar tão afetada quanto ele, desce beijos pelo seu corpo enchendo a parte exposta dos seus seios de chupões para em seguida chupar sua buceta até você esguichar💦💦💦 ele fica dedicado a te foder a noite inteira em todas as posições possíveis (e respeitando seu limite of course). Também enxergo vc tipo vendando ele em um surpresa e meio que usando aquelas lingeries que são uma fantasia, aí quando tira a venda o simon fica louco👁👁 mas vc queria se vingar de um dia que ele te provocou mt em público então amarrou os pulsos dele na cama e sentava no seu ritmo no pauzao dele❤️❤️❤️🤗🤗❤️ mas como esse homi é forte💪🏻 ele se solta e aguente agr😔👏🏻
#ask 🍒#enzo vogrincic#felipe otaño#pipe otaño#lsdln x reader#lsdln cast#esteban kukuriczka#fernando contigiani#rafa federman#rafael federman#simon hempe#matias recalt
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solidão, ai dão, ai dão
solidão, ai dão, ai dão curta metragem · 5´ · 2024 · magriço
Um homem caminha num areal deserto carregando consigo a sua pá... De onde vem? Para onde vai? O que procura? Entre o amor e a morte, entre o desejo e a destruição. Um olhar sobre a condição humana e a busca pela plenitude… Baseado no poema “quasi” de Mario Sá Carneiro (Dispersão, 1914) numa celebração ao folclore português.
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A man walks on a deserted sandy shore carrying his spade… Where does he come from? Where is he going? What is he searching for? Between love and death, between desire and destruction. A gaze upon the human condition and the pursuit of fulfillment… Based on the poem "Quasi/Almost" by Mario Sá Carneiro (Dispersão, 1914) in a celebration of Portuguese folklore.
trailer · solidão, ai dão, ai dão
O guião consiste na fusão entre a adaptação do poema «Quasi» de Mario Sá Carneiro (Dispersão, 1914) e a reinvenção de alguns registos fonográficos do folclore português. Um poema dramático, em que o sujeito poético faz um balanço da sua vida…
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The script consists of a fusion between an adaptation of the poem "Quasi" by Mario Sá Carneiro (Dispersão, 1914) and the reinvention of some Portuguese folk recordings. A dramatic poem in which the poetic subject takes stock of his life… a life almost lived.
CARNEIRO, Mário de Sá, 1890-1916 Dispersão : 12 poesias / por Mario de Sá-Carneiro. - Lisboa : em casa do Autor: 1, Travessa do Carmo, 1914. - 70 p (ver livro)
Mário de Sá-Carneiro (1980 · 1916), foi uma figura complexa e enigmática da literatura portuguesa. Desafiou as convenções artísticas de sua época. Fundou a revista Orpheu com Fernando Pessoa . Embora a sua partida prematura aos 25 anos tenha impedido o desenvolvimento completo de seu potencial literário, o impacto da sua obra e sua influência na literatura portuguesa permanecem indeléveis.
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Mário de Sá-Carneiro (1980 · 1916) was a complex and enigmatic figure in Portuguese literature. He challenged the artistic conventions of his time, especially during his time in Paris. He co-founded the Orpheu magazine with Fernando Pessoa. Although his premature departure at the age of 25 prevented the full development of his literary potential, the impact of his work and his influence on Portuguese literature remain indelible.
Videografia / Videography · Magriço:
Recolha videográfica realizada no litoral Alentejano (Melides) e na Leziria Ribatejana (Coruche), entre 2014 e 2023.
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Videographic collection carried out on the Alentejo coast (Melides) and in the Ribatejo Lezíria (Coruche), between 2014 and 2023.
Música / Music · Magriço:
Solidão, ai dão, ai dão
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«Solidão, ai dão, ai dão», a música introdutória que empresta o seu nome a esta obra cinematográfica. Esta é uma reinterpretação do Cante Alentejano, imbuída de uma tonalidade afetiva melancólica, com referências à solidão, à paixão não correspondida, bem como a sentimentos de resignação e introspeção. Estas referências constituem o mote para o poema "Quasi" de Mário Sá Carneiro.
produção e edição música por magriço (2014) sampler vozes (Rancho dos Ceifeiros de Cuba): arquivo sonoro de Michel Giacometti, Fernando Lopes Graça; 1965 (Antologia da Musica Regional Portuguesa - Alentejo)
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"Solidão, ai dão, ai dão", the introductory song that lends its name to this film. This is a reinterpretation of Cante Alentejano, imbued with a melancholic affective tone, with references to loneliness, unrequited passion, as well as feelings of resignation and introspection. These references are the motto for the poem "Quasi/Almost" by Mário Sá Carneiro.
production and editing music by magriço (2014) sampler voices (Rancho dos Ceifeiros de Cuba): sound archive by Michel Giacometti, Fernando Lopes Graça; 1965 (Antologia da Musica Regional Portuguesa - Alentejo)
Encomendação das almas
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«Encomendação das Almas, antigo culto dos mortos associado aos símbolos do cristianismo. Prática religiosa muito difundida em várias províncias portuguesas, mas atualmente em vias de desaparecimento. Sendo uma oração em forma de cântico, a encomendação tinha como objetivo aliviar as dores das almas do Purgatório. Eram cantadas na Quaresma, à meia-noite, por grupos de aldeões, que percorriam as ruas, parando nos cruzamentos onde havia pequenas alminhas, ou subiam a lugares altos, ou mesmo ao campanário da igreja local. O grupo, ou um ou dois homens, ou mesmo uma só mulher, entoava em voz lúbrica a encomendação, ao mesmo tempo que tocava sinos de mão ou outros instrumentos de percussão» in Michel Giacometti & Fernando Lopes Graça (1962) Antologia da Música Regional · Beiras.
produção e edição música por magriço (2023); sampler vozes: arquivo sonoro de Michel Giacometti, Fernando Lopes Graça; 1971 (Antologia da Musica Regional Portuguesa - Beiras)
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«Encomendação das Almas, an ancient cult of the dead associated with the symbols of Christianity. This religious practice was widespread in several Portuguese provinces, but is currently on the verge of disappearing. As a prayer in the form of a song, the encomendação was intended to relieve the pain of the souls in Purgatory. They were sung in Lent at midnight by groups of villagers who travelled through the streets, stopping at crossroads where there were little souls, or climbed to high places, or even to the belfry of the local church. The group, or one or two men, or even a single woman, would chant the encomium in a mournful voice, at the same time as playing hand bells or other percussion instruments» in Michel Giacometti & Fernando Lopes Graça (1962) Antologia da Música Regional - Beiras.
production and editing music by magriço (2023); sampler voices: sound archive of Michel Giacometti, Fernando Lopes Graça; 1971 (Antologia da Musica Regional Portuguesa - Beiras)
Como se fosse o adeus
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Custódia Padeirinha, poeta popular oriunda do Alentejo canta a música que encerra esta obra cinematográfica. Evoca a tristeza, a saudade, sugerindo uma despedida dolorosa ou um momento de separação emocionalmente carregado, a sensação de perda e sofrimento.
produção e edição música por magriço (2024), poema escrito e cantado por Custódia Padeirinha; gravado em Zorra Produções Artísticas, Évora (2014)
#magriço#solidão ai dão ai dão#curta metragem#filme#art film#experimental film#Mário sá carneiro#Quase#Dispersão#Folclore Português#cinema nacional#cinema português
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Boletim de Anelândia: #21 - Minha carreira como autora publicada (Autora de antologias)
Oie, pessoas! Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia. Decidi finalmente comentar sobre onde comecei a publicar minhas histórias de maneira oficial, estando num livro e tudo o mais. Sim, foram nas antologias! Dá para acreditar que eu já publiquei um bocado de contos desse jeito? Pois é! Já participei e organizei algumas antologias. Quero aproveitar a edição de hoje para falar sobre esse assunto, como foi minha experiência e se vale a pena.
Como virei autora de antologias
Dez anos atrás, lá em 2014, não lembro exatamente como, deve ter sido através dos milhares de grupos de autores que eu participava naquela (quase) finada rede chamada Facebook, mas acabei encontrando os editais de antologias da Editora Andross e depois de ler, decidi participar. O que eu tinha a perder afinal? O organizador gostou da minha ideia, mas pediu para eu mudar o conto, pois já tinha um outro com a temática parecida. Então, eu transformei o conto, tirando que um dos personagens havia morrido e o outro não. E assim, meu conto foi aprovado! Então, nos anos seguintes fui me inscrevendo e participando de várias outras, fosse com contos de romance, terror, até de natal. Isso porque quando eu comecei nas antologias, eu nem tinha descoberto a minha força como autora de contos... Coisa que eu só fui perceber quando comecei a escrever para o Café com Letra. (Que tem uma edição presente no Boletim de Anelândia.) Mesmo que em ambas eu tivesse dificuldade por causa da quantidade de caracteres ou palavras.
Foto do dia que fiz uma mini sessão de autógrafos lá em 2014, quando publiquei na primeira antologia.
As antologias que participei
Listando brevemente cada uma das quais eu participei, comentando brevemente também sobre cada um dos contos/textos presentes neles.
Amor nas Entrelinhas (2014)
A ideia era usar alguma coisa escrita dentro do conto, eu escolhi uma carta e um casal perdido no meio do apocalipse zumbi e os dois queriam se reencontrar. (A temática de Zumbis estava forte na época ainda!)
De repente, nós (2015)
A ideia era escrever histórias sobre união ou separação, então escolhi usar de inspiração um casal de dubladores japoneses: Maaya Sakamoto e Suzumura Kenichi. Os personagens eram amigos na escola, acabaram brigando e cada um seguiu para seu lado, até que eles se reencontraram dentro da nova profissão (já que eles são dubladores).
King Edgar Hotel (2015)
A ideia era escrever uma história ambientada dentro de um mesmo hotel, onde todas as histórias aconteciam no mesmo dia. Na minha, duas amigas acabam escolhendo o hotel para fazer uma noite de festa só delas duas, já que uma brigou com o ex-namorado. Contudo, nada sai como esperado.
Poderes (2016)
O próprio nome já diz a premissa, que são pessoas com poderes, tipo super-heróis ou não. Meu conto é inspirado numa das minhas personagens literárias favoritas, que é capaz de alterar a realidade através da escrita e como esse poder pode dar muito ruim se acabar nas mãos erradas. (O conto que eu reescrevi 4 vezes!)
Valquírias (2017)
A ideia aqui era ser uma antologia feminina e de fantasia, porque tem gente que diz que mulher não sabe escrever esse gênero. Meu conto é sobre uma youkai de gelo e sobre como ela percebe as relações humanas.
MMR: Construtoras do Bem (2018)
Todos do Mulheres são mais textos do que contos. Aqui foram dois: Por você mesmo; Sororidade.
MMR: Parceiros Reais (2019)
Mesma coisa da anterior, mas a temática era só parcerias. O mais legal aqui é que eu publiquei junto com meu digníssimo. Meu texto foi: Parceria para a vida. (Também fui organizadora, mas falo sobre abaixo!)
MMR: Encontro do Dom (2019)
Mesma coisa, mas a temática era com crianças e sobre como descobrimos os dons na infância. Tive que homenagear as minhas primogênitas com o texto: Ser sempre uma Super Agente. (Também fui organizadora aqui!)
Aventuras Natalinas (2021)
A premissa era bem simples, sobre histórias de Natal. Aproveitei a temática para fazer o crossover de dois personagens que sempre achei que se dariam muito bem: Magus e Seiyus. O nome do conto é Meu Pequeno Monstrinho: Um Amigo de Natal.
Minha experiência como organizadora de antologias
Além de escrever para antologias, também fiquei como organizadora em algumas. Foram duas do Movimento Mundial Mulheres Reais: Parceiros Reais; Encontro do Dom. Fui convidada pela criadora do projeto e resolvi participar pois achei que seria uma ótima experiência e aprendizado para minha carreira. E bem, foi, mas não de um jeito legal. Não querendo cuspir no prato que eu comi, mas foi mais um dos meus grandes picos de estresse. Porque acabou que juntou as coisas da antologia com coisas dos meus livros solo. Tudo isso, só para contextualizar, foi lá em 2019, quando publiquei O Diário da Escrava Amada e o 1º livro de As Aventuras de Jimmy Wayn. Além disso, havia uma desorganização e falta de comprometimento das pessoas que estavam participando. Coisas que dificultavam e muito a minha função de produzir o arquivo do livro diagramado. A falta de envio de material, a falta de cumprimento de prazos e claro, como algumas pessoas acabaram me desrespeitando durante o processo (como se eu fosse funcionária delas). Como uma pessoa formada em jornalismo e que chegou a trabalhar um tempo como estagiária num jornal... Sei que existe um período de fechamento para uma edição seja de revista, jornal e até livro. Contudo, cada um dos livros chegou a ficar um mês em fechamento. O que na minha visão é muito, mas muito tempo! Perdi a conta de quantos ajustes eu fiz, mexia coisa para lá e para cá e não acabava nunca! Alguns dias que eu fiquei até acima do meu limite de horário e fui trabalhar no dia seguinte completamente com sono, porque estava mexendo no arquivo do livro que não ficava pronto. Isso não foi só com um dos projetos, foi com os dois. Nem sei até hoje como que eu sobrevivi a tudo isso, mas sai com um aprendizado de algo que nunca mais quero fazer. Isso sem contar a falsidade de algumas pessoas de chegarem no dia de lançamento e me abraçarem como se nada tivesse acontecido, mas me xingaram pelas costas e me cobraram de forma desproporcional. Até viagem eu cheguei a perder porque esse livro levou um século para ficar pronto! (Fiz o livro na viagem e não acabou também.) Peço perdão pelo desabafo! Não cheguei a comentar muita coisa na época, mas eu fiquei com a saúde mental bem ferrada. (Pode até ser que alguém que era de lá leia isso, mas foi o que eu senti.) O que ficou de experiência foi algo que não quero que nunca mais se repita. Aconteceu pois não tinha nenhuma organização e muito menos limites. Duas coisas que, com certeza, quando for fazer a antologia da minha editora, vou querer fazer. Tanto que até fiz um vídeo no canal de autora sobre o tema!
Vale a pena participar de antologias?
Essa pergunta fica aqui no ar para qualquer outro autor que tenha interesse ou esteja pensando em participar de antologias. Sim, vale super a pena! Só tem, claro, algumas pequenas dificuldades que vou listar. Primeiro é ler o edital direitinho, pois sempre é importante saber de todas as regras e para cumprir os prazos e mandar o que é pedido certinho. Segundo que tem que já ter um pequeno público para poder vender os livros da antologia – se ela for em físico. Pois algumas editoras dão uma cota de livros para os autores venderem. Terceiro que é bem provável que você tenha que mexer no conto algumas vezes para que ele fique nos conformes. (Isso em qualquer publicação, na real!) Quarto que é importante lembrar, talvez seu conto seja só mais um no meio de tantos, mas ele ainda é seu. Pode não ser o melhor da antologia, mas te escolheram por algum motivo. No mais, é super válido para conquistar público, fazer seu nome ser um bocadinho mais reconhecido e até se inserir melhor no mercado editorial. Antologias são sim uma excelente porta de entrada para os autores novos e que sonha em ter suas histórias publicadas.
Bem, pessoal, é isto! Minha pequena e humilde experiência com as antologias. Nos vemos no próximo “Boletim de Anelândia”!
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O amor não é algo homogêneo. É um erro descrevê-lo como um sentimento único. Ele é formado por tantas coisas a mais. Tem sabores que contrastam e ritmos que bagunçam a vida. É múltiplo nas unidades – cada amor é um universo inteiro de vivências sem igual. Essa antologia, então, pode ser definida como um multiverso.
A antologia é composta por textos dos seguintes autores: Gian Lucas, Aurora, Rafaela Garcia, Letícia Ferrari, Heloiza Garcez, AndGoulart, Lucas Leivas, Brazzdyvinnuh, Maria Thereza e Olivia Ernesto.
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MEDIATECA DE LUANDA SERÁ PALCO DO LANÇAMENTO
DO LIVRO “PRELÚDIO” DO POETA ANGOLANO ISMAEL FARINHA
O poeta e activista cultural angolano Ismael Farinha, estará lançando seu primeiro livro solo “Prelúdio: Dito interdito”, Editora Azul - 68 páginas, Kz 5.000, no próximo dia 27 de Fevereiro (terça-feira), ás 17 horas, na Mediateca de Luanda (Largo das Escolas, 1º de Maio).
A obra tem apresentação do escritor e jurista Mabanza Kambaca. com capa e ilustrações do artista plástico cabo verdiano Moustafa Assem. E é espelhada por temas do quotidiano e recheada de aventuras poéticas que envolvem uma forma muito pessoal, obedecendo o prelúdio da humanidade, bem dito, liberto e Continental. Foi ali onde tudo começou, “teria nascido lá a poesia também?”. “A arte de declamação começou em África por conta da oralidade no Continente, aliás, importante realçar que o conhecimento sempre foi e é passado por esta via, os chamados Griots tem a fama se ter este traquejo. No Mali, Egypto entre outras partes do Continente”, disse Farinha.
É uma obra que tem 40 poesias, que apresentam um desconhecido desenrolar de versos capazes de confrontar a originalidade técnica, mostrando o saber de uma vasta cultura linguística do seu criador. Ademais, utiliza uma expressão de amor muito forte, no sentido bem diferente do que nós costumamos a ler. Assim, o autor adentra na complexidade da sua alma, para desnudar a sua sensibilidade poética e trazer os versos que há muito estavam escondidos, em sua mais tenra criatividade literária.
Farinha pertence a nova geração da poética angolana, quer queiram, quer não. Fazer poesia não é só escrever poesia, é respirar poesia, semear poesia, cultivar poesia, para colher poesia e servir a todos, e esse poeta tem a mão nessa terra fértil. Tem trabalhos publicados em várias colectâneas e antologias, dentre elas “Kimpwanza Poesia & Poemas”, Editora Òmnira, é colaborador e correspondente da revista de Literatura & Arte “Òmnira”. Como activista cultural é mentor do projecto “Palavra Poética” com o artista plástico angolano Guilherme Mampuya e empresta ainda seus préstimos as “ Noites de Poesia”, na Fundação de Arte e Cultura em Luanda. “O público alvo é a juventude que pretendo atingir”, foi taxativo Farinha quanto ao seu objectivo.
Ismael Farinha, nasceu em 27 de Agosto de 1981, em Luanda, município do Cazenga, filho de Ambrósio Farinha, um médico de profissão e Dona Teresa Dias, uma antiga combatente de guerra, uma veterana da pátria, que hoje ganhou popularidade produzindo e vendendo Kissangua, a famosa “Kissangua da Dona Teresa”. Mais informações e reserva do seu exemplar pelo whatasApp +244 924 960 854.
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update de escrita
depois de muito tempo (4 meses) apareço aqui pra contar o que estou fazendo, e é muita coisa!
no último update falei que estava revisando meu livro antes de mandar pra revisão ortográfica, e consegui terminar e ficou meio que "em pausa" antes de poder mandar pra minha revisora - correrias da vida e tudo mais
o livro já está em revisão e não sei quando vai ficar pronto, mas tudo bem se demorar um pouquinho - desde que em fevereiro eu tenha em mãos ksssk
agora estou
revisando a antologia
escrevendo um livro (do mesmo universo) do zero
essa parte de revisar é tranquila porque estou só lendo de boa e vendo se tá tudo ok, nenhum erro que deixou passar. e algo que queria comentar é que é muito louco sentir algo específico durante a escrita. não sei se isso acontece com outros escritores mas comigo cada livro me passa uma sensação diferente, como uma máquina do tempo: imagine uma memória afetiva que você tem com uma comida que te lembra um lugar/ dia/ local/ pessoa. também tenho isso com minhas histórias
essa antologia em específico me lembra demais a época que escrevi, as músicas que eu ouvia e o sentimento de ansiedade por algo novo finalmente ganhando vida - porque depois de anos com medo de colocar essa história no papel eu tive plena certeza de cada palavra que iria escrever. eu leio e me sinto no cenário - aquela madrugada com o vento frio, a umidade no ar anunciando uma chuva, o barulho de pneus no asfalto e a música vibrante no fundo bem abafada. é um lugar intenso, divertido, mas por dentro a personagem é triste e melancólica. eu sinto tudo o que ela sente
depois posso vir aqui falar sobre o livro que estou escrevendo porque ainda tenho que organizar tudo, é uma mistura de amor e ódio ksksks mas enfim, a antologia por enquanto está incrível :)
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