#Ano Campo Aberto
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Não há heroísmo que sustente guerrilha
Esse sistema vigente é tão podre que consegue tornar escárnio qualquer ato sagrado, motivação de mudança, respiro ao acordar. Estamos correndo na rodinha das pautas alheias quais ratos, discutindo a semântica da militância de internet, ouvindo e inspirando comandos do mestre-algoritmo, fazendo piadas de vala enquanto a morte lambe as nossas caras.
Mulheres sendo estupradas, corpos-territórios invadidos, usurpados, saqueados, dilacerados, racismo comendo no centro e geral fazendo o quê? Jogando o joguinho torpe de se fazer de saudável. Competindo no mundinho asqueroso da especulação midiática. Pleiteando o direito de ser feita de otária. Aceitando a guiança da cegueira. Atirando no próprio solo, fechando as portas da mente pros aprendizados coletivos que precisam acontecer pra avançarmos nas pautas grandiosas. Cagando regras de um suposto cânone sobre o que é fazer revolução.
Não tem ninguém saudável aqui, sobra autoilusão e vergonha alheia. Tá todo mundo quebrado, fodido, ferrado. Achar que há aplauso e louvação pra quem age pra mudar o que também é seu é muito mais que cansativo, é perigoso. Quantas pessoas cabem na sua célula? Quantas lutas você não enxerga? O que você realmente sabe sobre quem insiste em julgar? Quantas concessões são necessárias até a absoluta desradicalização? Cada qual que saiba quem é de verdade na feira da fruta.
Não há heroísmo que sustente guerrilha. Caráter só se fecha depois que se perece. Enquanto houver fôlego, precisa haver espaço pro erro porque o importante é não se aceitar vítima incurável. E a travessia jamais poderia ser fácil. Rumar interessa mais.
Não cabemos em conformidades quadradas de existências virtuais. Quer saber mais? Aceite o desafio de construir confiança no olhar de frente, cara a cara, dia a dia, comendo cada quilo de sal pra estancar as feridas. Dentro da máquina não há nada pra sentir.
Bichos-plantas que somos, precisamos de alimento. Tudo o que entra deveria ser feito pra nutrir. Experiências fundam olhares. Olhares fundam experiências. Com generosidade ou perversidade, a Vida continuará seu curso. Não tem prêmio, nem troféu. Destino é caminho. Coragem é vento. É preciso mergulhar no movimento.
• xxx
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o cravo e a rosa
esteban kukuriczka x reader
n/a: inspirado no hc do cowboy!esteban da @amethvysts ✨️ fluff
“olha mas se não é o favo de mel mais doce da cidade” você ouviu de uma voz jovial e agora familiar enquanto entrava na casa, desde antes de se aposentar seu pai falava em se mudar para a cidade onde nasceu e cresceu, um interior no meio do nada onde as únicas lojas eram as de comerciantes locais e a maior diversão era ir na praça, você nunca levou muito a sério, nunca pensou que sua mãe ia aceitar largar a agitação da cidade, mas ela não apenas aceitou como foi quem teve a ideia de alugar a casa onde vocês viviam pra uma família, eliminando praticamente todas as chances de voltar, é claro que morando em uma república você não passava mais tanto tempo em casa, mas era bom ter um lugarzinho pra pousar de vez em quando, sem responsabilidades, só o seu quarto de adolescência e a comida da sua mãe.
"vai fazer bem pra você, docinho, quer coisa melhor que um cantinho calmo no interior pra descansar a mente depois de uma semana de provas?"
quando pensava em “cantinho calmo no interior” pensava em uma casa de campo, que apesar de distante tinha a cidade grande ao alcance da mão, mas roseiras, a cidade de seu pai, ficava a gloriosas 13 horas da capital, era o interior do interior, apesar de tudo, fazia tempo que não via seus pais tão felizes, as rugas praticamente desaparecendo dos rostos, sua mãe conhecia todas as vizinhas e entrou em um projeto de ensinar pintura pra criancinhas, seu pai não passava uma tarde sem receber um amigo antigo em casa, e foi em uma dessas visitas que conheceu esteban, filho de um amigo já falecido do seu pai, uns bons 12 anos mais velho que você, uma versão alta e loira do chico bento.
o senhor kukuriczka viveu uma boa vida do interior, nasceu, cresceu e casou (muito cedo) na cidade, sua vida pacata foi interrompida por um infarto que deixou a fazenda nas mãos do seu filho esteban, o mais velho mas ainda recém saído da adolescência e agora responsável por cuidar da mãe e dos irmãos, seu pai sempre mencionou o sobrenome kukuriczka aqui e ali, fazendo comentários sobre o filho do antigo amigo, sabia que esteban tinha cursado agronomia na universidade rural da região, tudo pra garantir o crescimento da fazenda da família, a responsabilidade pesou na personalidade do loiro, e não seria exagero dizer que ele tinha alma de velho, em relação a quase tudo, QUASE, porque quando te via o mais velho se transformava em um menino da sexta série, cheio de piadinhas e apelidinhos
- MEU FAVO DE MEL, VENHA CÁ, EU E ESTEBAN ESTAMOS FALANDO DE VOCÊ
o apelido te deixava com vontade de morrer, seu pai tê-lo adotado tão facilmente após ouvi-lo também era irritante, não era ofensivo, até achava bonitinho, mas o volume da voz do mais velho não deixava dúvidas que o favo de mel em questão era você, fosse na sua casa ou fosse na festa da igreja da cidade, enquanto esteban kukuriczka estivesse no recinto, você era o favo de mel, foi andando até os dois homens, seu pai com um leve ar de riso, o mais velho gostava muito de esteban, o suficiente pra fingir que não sabia que o loiro tinha um interesse genuíno por você.
- posso saber por que eu sou assunto entre vocês? - o loiro se prontificou a responder
- seu pai tava falando da sua faculdade de veterinária, só pra você saber que quando precisar de estágio pode ir lá na fazenda que eu vou te receber de braços abertos. - esteban deu um sorrisinho, você sentiu que deveria ficar brava pela audácia daquele caipira, mas tinha algo tão menino nele, que você esquecia a diferença de idade, parecia que por dentro você e ele tinham a mesma idade, por isso não teve coração pra rechaçar o mais velho de um jeito mais ríspido.
- ah claro, vou ver e te aviso - o meme passou despercebido pelo loiro, que muito provavelmente achou que você de fato ia verificar a possibilidade na sua faculdade
mais a tarde, seu pai tinha compromissos (tomar café na casa de outro amigo de infância) em uma parte mais distante da cidade, sua mãe queria presentear uma antiga professora dele com umas frutas do pomarzinho dela e esse trabalho ficou a seu encargo, seu pai te deixou no portão de dona sofia, uma das primeiras pessoas que conheceu na cidade nova, maternal e severa ao mesmo tempo, quanto mais tempo passava com a mais velha, mais entendia porque tantos ex-alunos mantinham contato com a mulher mesmo após tantos anos, a senhora ficava encantada ao te receber, te apresentava ao marido como futura médica e achava suas histórias de faculdade encantadoras.
- ‘ocê consegue trabalhar em qualquer lugar né fia, em todo canto tem um bichinho precisando de tratamento, uns meses atrás mesmo, o cavalo preferido do kukuriczka menino caiu doente, o veterinário tinha que dormir lá mesmo porque não daria pra voltar pra cidade no fim do dia.
- é ele comentou sobre uma veterinária ser útil na fazenda dele.- você comentou distraidamente, nem percebendo que suas palavras fariam as engrenagens da cabecinha da velha senhora girarem.
- que maravilha, filha, olha como essa cidadde tá sendo boa pra sua família, ‘ocê já conseguiu emprego e mexendo uns pauzinhos leva até um marido de brinde. - você se sobressaltou.
- marido não dona sofi, muito menos aqui. - na hora se arrependeu de suas palavras, claro que preferia sua cidade grande, mas era insensível jogar isso na cara de uma senhorinha que viu a cidade crescer, aquele era o mundo dela.
- eu entendo filha, os jovens gostam de badalação, de ter coisa pra fazer. - dona sofi se resignou em seu silêncio e você na sua vergonha, não querendo aumentar o constrangimento, se levantou e disse que sua mãe pediu que não ficasse zanzando a noite pela cidade
- mas ‘ocê veio de carro, minha linda, não é melhor ligar pro seu pai? - a senhora perguntou preocupada.
- não tem problema, eu caminho rapidinho, quando eu chegar em casa ainda vai estar claro. - a senhora te acompanhou até o portão e acenou enquanto você caminhava de volta a casa.
o que sua mente falhou em recordar, era que 18h da tarde no campo era diferente de 18h da tarde na cidade, não tardou muito para que a estrada onde você caminhava ficasse escura, só com as precárias luzes dos postes, em certo ponto, precisou usar a lanterna do seu telefone para iluminar o caminho, quando viu uma gota de água caindo na sua tela você percebeu em pânico que a escuridão não era apenas a noite, eram nuvens carregadíssimas de água, não tardou pra que o céu começasse a cair, encharcada e com frio, continuou andando quase que às cegas, até que foi iluminada por dois faróis, a caminhonete rapidamente emparelhou e te ultrapassou, bloqueando sua passagem, seu coração foi na boca até que a janela se abriu.
- mas ‘ocê veio andando até aqui, favinho de mel?
era esteban, seu choque foi interrompido pela porta do carona abrindo, seus instintos foram mais fortes e te obrigaram a entrar no carro, após fechar a porta, o loiro acelerou e seguiu.
- não tava chovendo quando eu saí, a chuva me cegou e eu saí andando sem rumo
- olha melzinho. - o mais velho segue olhando pra frente - talvez na sua cidade grande seja comum dar um chá de sumiço nas pessoas, tem gente em todo canto, alguém vai te ver, mas aqui é diferente, você parou pra contar quantas pessoas passaram no seu caminho enquanto você vinha? - as palavras de esteban fizeram um estalo na sua mente, repassando seu trajeto, você viu no máximo 3 pessoas, contando com o mais velho, a tranquilidade do interior não era a toa, aquelas bandas eram praticamente vazias
- você passou do caminho da sua casa e agora não dá mais pra voltar. - ele continuou - a não ser que a gente queira ficar preso na lama, eu vou pedir pra dona clara, que trabalha lá na fazenda, preparar um quarto pra você.
- não não, esteban eu tenho que voltar pra casa, você não tem um jeito de me ajudar a ir ainda hoje?
- ter eu tenho, mas você acha que eu vou atolar minha caminhonete nesse lamaçal? em outras circunstâncias eu te levaria, meu mel, mas tentar agora é inútil, antes ficar preso na minha casa com água e comida do que ficar preso na chuva dentro de um carro, mesmo que a companhia seja boa. - disse a última parte mais baixo, mas ainda se fez ouvido.
a possibilidade de dormir na casa de esteban formou um nevoeiro na sua mente, não queria ser mal educada, mas também não queria render assunto com o mais velho, sabia que se começasse a dar corda a seus sentimentos eles te prenderiam naquela cidade, e essa era a última coisa que você queria, chegaram na porteira da fazenda, esteban saiu para abri-la e voltou rapidamente, fazendo o mesmo processo para fechá-la, a casa da fazenda era imponente e bonita, não parecia muito moderna, mas aparentava ser forte o suficiente pra sobreviver um furacão, uma casa que com certeza foi um lar feliz e cheio de crianças.
entraram na casa, com esteban segurando sua jaqueta acima da sua cabeça pra evitar que você se molhasse mais, quando pisaram para dentro uma senhora de meia idade apareceu.
- meu deus seu esteban eu comecei a ficar agoniada com o senhor lá fora e essa chuva. - a senhora pegou a jaqueta das mãos de esteban enquanto o mais velho tirava as botas enlameadas.
-fui pego desprevenido também, mas trouxe uma convidada, você pode arrumar um banho quente pra ela? o banho frio ela claramente já tomou. - você não teve tempo de ironizar a brincadeira do loiro, a senhora já te pegava pelas mãos entoando “oh meu deus tadinha” como se você fosse um cachorrinho que caiu da mudança, você começou a se questionar se ela achava que você era uma moradora de rua que esteban tinha encontrado no meio do caminho, chegando ao segundo andar, a mais velha te conduziu ao último quarto no fim do corredor, pensou que era um lugar esquisito pra um quarto de hóspedes até que a senhora sanou suas dúvidas
- o chuveiro do patrão é o único que tá sempre quente, se eu for esquentar um do quarto de hóspedes você só vai ficar mais tempo congelando, tadinha meu deus, vai pegar um resfriado forte, haja chá pra essa garganta, pode entrar que eu vou pegar umas toalhas pra ti. - quando se deu por si já estava no quarto de esteban, um quarto de casal mas que claramente abrigava um homem solteiro, bem mobiliado mas estéril.
enquanto tomava o banho estava hiper consciente de estar no quarto do homem mais velho, consciente também que não era a primeira, um homem jovem e com dinheiro não fazia voto de castidade, esteban era o partido da cidade, de repente, pensar no homem dividindo uma cama com uma mulher que só estava interessada no dinheiro dele fez seu sangue esquentar, uma casa gigante merecia uma família unida pelo amor.
enquanto tomava banho ouviu uma batida na porta, era dona clara avisando que a toalha estava pendurada na maçaneta, desligou o chuveiro e foi andando com cuidado até a porta, a abriu rapidamente e resgatou a toalha, dobradas em uma cadeira perto da porta também tinham roupas femininas, resgatou-as também, se questionando de quem eram, já relativamente arrumada, saiu do banheiro e se deparou com dona clara te esperando, a mais velha te conduziu até outro quarto no mesmo corredor.
- você fica aqui, benzinho, talvez a luz caia por causa da chuva mas o quarto do seu esteban é logo no fim do corredor, não precisa entrar em pânico. - você agradeceu e entrou, o quarto cheirava a limpo e as roupas de cama pareciam recém trocadas, se olhou em um espelho maior e viu que pelo visto as roupas que dona clara arrumou para ti pertenciam a uma adolescente, não ficaram escandalosas, mas definitivamente um pouco pequenas demais, pensou em ficar no quarto e fingir que caiu no sono, mas seria mal educado demais, apesar de tudo esteban estava te dando teto e comida pela noite, respirou fundo e desceu até a cozinha, esperando ver só dona clara, mas encontrando esteban, quando o mais velho se virou pra você seus olhos se demoraram um pouco nas suas coxas, a boca se entreabriu, pôde ver o loiro engolindo em seco, mas ele se recompôs rapidamente.
- liguei pros seus pais, avisei que você tá aqui, seu pai ficou assustado por você só ter saído caminhando do nada, você tava na dona sofia né?
- é, ele me levou mas aconteceu uma descompostura e eu achei melhor ir andando. - você se sentou na cadeira ao lado do mais velho.
- a dona sofia te deixando sem graça? - o mais velho questionou.
- na verdade eu causei a descompostura em mim mesma, falei meio mal da cidade, disse que não tinha interesse em ficar aqui. - as palavras ficaram presas na garganta, não queria soar como uma patricinha que desprezava a cidade natal do pai, esteban deu um sorrisinho.
- eu sei que aqui não é o ideal pra uma garota da cidade, não é tão ruim, mas admito que não é uma vida pra todo mundo
uma das mãos quentes do mais velho acariciava suas costas e a outra se repousava no seu joelho, algumas vezes sentia apertos leves aqui e ali, levantou a cabeça e encarou o loiro, se sentiu abraçada, confortada e compreendida, de repente, roseiras não parecia esse inferno na terra, apoiou a cabeça no ombro de esteban e sentiu o seu perfume másculo, não conseguiu se segurar e resvelou os lábios no pescoço do homem, sentindo-o se resetar, o que você não sabia era que apesar do desejo e do carinho que o loiro sentia por você, esteban tinha medo de levar esses sentimentos pra frente, ele te via andando até ele no altar acompanhada pelo seu pai, mas você via a mesma coisa? ele não podia largar a fazenda, era a memória do pai dele, o kukuriczka mais velho seguia vivo naquelas paredes, mas também não queria te prender e te ter infeliz como um pássaro na gaiola.
- esteban, me dá um beijo? - o loiro sorriu, sentia que a cidade inteira conseguia ouvir seu coração batendo, se inclinou e deu um leve selinho nos seus lábios, depois de 3 segundos, pegou nos seus ombros e se afastou.
- boa noite, docinho. - você acompanhava com os olhos o homem alto, percebeu que esteban estava com os punhos cerrados apesar de seu comportamento calmo, o último sinal do mais velho foi a porta de seu quarto batendo com força, encerrando a noite, e te deixando no silêncio na casa que de repente se tornou tão grande.
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𝐆𝐄𝐓 𝐇𝐈𝐌 𝐁𝐀𝐂𝐊 ⸻ 𝘤𝘩𝘢𝘭𝘭𝘦𝘯𝘨𝘦𝘳𝘴.
pairing.: art donaldson x leitora!fem x tashi duncan x patrick zweig
sinopse.: olivia miller era tudo o que tashi duncan não era. e tudo o que ela era ao mesmo tempo. uma força a ser reconhecida. não foi uma surpresa quando elas se tornaram parceiras de tênis. elas eram lendas. nada nem ninguém poderia mexer com elas. exceto art donaldson e patrick zweig.
warnings.: esta história foi avaliada como +18. incluirá uso de cigarro, consumo de álcool, temas sexuais e linguagem forte. aconselha-se a opinião do autor, caso você se sinta desconfortável com alguma das citações anteriores priorize sua saúde evitando a leitura. não possuo nenhum desses personagens, exceto os millers e justine bonsoir. todos os direitos vão para MGM e Guadagnino. fora isso, isso aqui é apenas eu cedendo à minha necessidade bissexual de ter os três, não sei o que dizer.
notas da autora.: quem é vivo sempre aparece né? tava vendo rivais pela primeira vez esses dias e tudo que me veio a mente é como eles deviam ter formado um trisal. seria saudável? provavelmente não. resolveria os problemas deles? também não. mas a vida deles seria bem mais fácil se o casamento da tashi e do art fosse aberto! anyways, vendo esse filme eu fiquei mais obcecada ainda do que já era pelo mike faist e minha obsessão pelo josh o'connor e pela zendaya retornou. daí veio a ideia de montar a olivia e sua história! espero que vocês gostem! essa eu dedico pra @cruelyouths que tava ansiosa pela postagem. aliás, os personagens começam com dezoito anos como no filme. eu costumo postar tiktoks sobre a fanfic lá na minha continha, caso vocês queiram seguir pra ficar por dentro também o user é daemonyra!
elenco.: jennie kim como olivia miller, kim see-hun como aira choi, jeremy strong como oliver miller, zendaya como tashi duncan, josh o'connor como patrick zweig, mike faist como art donaldson, swann arlaud como justine bonsoir.
ESCUTE A TRILHA SONORA AQUI.
I. MISS SUGAR PINK, LIQUOR LIPS
2006
OLIVIA MILLER E TASHI DUNCAN eram parceiras desde crianças. Elas não tinham certeza de quando tudo começou, mas faziam tudo juntas. Frequentaram a mesma escola, tiveram os mesmos amigos, compartilharam alguns namorados… Não foi surpresa quando se tornaram parceiras de tênis. Duplas eram difíceis de manter no esporte, a maioria delas acabaria se separando para seguir carreira solo. Um certamente chamaria mais atenção do que o outro. E por isso as pessoas preferiram um jogador só. Mas não com elas.
Tashi e Olivia eram notáveis. Uma daquelas equipes que você sonha ver nos Jogos Olímpicos de Verão. Elas nunca perdiam uma partida, desde que começaram juntas. A rotina delas seria simples. Sempre começava com Olivia fazendo o saque, então Tashi entrava em modo animal no lado oposto da quadra e elas marcavam o match point. Juntas.
Desta vez não seria diferente. Enquanto a garota de dezoito anos fazia o saque, ela já podia ouvir a bola de tênis indo e voltando entre elas e a outra dupla do outro lado da quadra. Olivia olhou para Tashi. A grande Tashi Duncan, a mulher que fazia todos à sua frente se contorcerem de medo, bateu na bola com sua raquete. O suor escorria pela sua testa quando Olivia saltou para acertar a pequena esfera verde.
Anna Muller e sua parceira pareciam furiosas pelos próximos dois sets, mas Olivia não se importava, ela estava na lua. Elas estavam ganhando. A expectativa do público já estava escorrendo, todos sabiam quem estava prestes a vencer. E não era Anna Muller e seu traseiro racista.
"Chupa essa, vadia!" Olivia gritou, ignorando o par de olhos que seus pais lhe deram por xingar no campo de tênis. Ela não se importou. A partida deles foi vencida.
Quase como se fosse sua segunda natureza, Olivia Miller se lançou nos braços de Tashi Duncan gritando de alegria enquanto as duas se abraçavam febris e suadas. Era tênis em sua forma pura, a intensidade crua de como Tashi mantinha suas testas juntas e ela segurava o rosto de Tashi. Ambas sorrindo como tolas. Não. Como vencedoras.
“Isso sim foi tênis de verdade, porra”, disse ela com confiança. Claro que foi a primeira coisa que ela observou, Tashi respirava aquele esporte.
Passando o braço em volta do pescoço da garota, Olivia revirou os olhos saindo da quadra. Passando pelas perdedoras, a garota Miller não pôde deixar de notar o mau humor que Anna carregava consigo quando passavam. Ela sorriu, discretamente. Bem feito. Vadias. Sentindo um tapinha na bunda, Olivia olhou para sua parceira enquanto elas se dirigiam ao vestiário.
“Espero que esse espírito vencedor permaneça com você até esta noite”, Tashi franziu as sobrancelhas enquanto brincava, secando o suor do rosto. "Você não esqueceu, certo?"
“Como se você ou minha mãe fossem me deixar esquecer!” Olivia murmurou deixando sua amiga ir. “Mas quero dizer... Se isso significa ver a cara de perdedora da Anna, posso tolerar isso. Qualquer coisa para deixar aquela vadia racista infeliz.”
“Você realmente tem muito ódio pra alguém tão pequeno”, brincou sua melhor amiga antes de continuar. “Mas, na verdade, é a festa da Adidas. Você não pode desistir. É para nós.”
Era a dinâmica delas. Tashi Duncan vivia por todo aquele profissionalismo, embora ainda não quisesse seguir carreira. Aquela garota era a tenista mais profissional dos Challengers, disso Olivia Miller sempre poderia ter certeza. Não era como se ela não fosse profissional também, ela era. Elas fizeram muitos anúncios, conferências e treinamentos juntas. E Olivia Miller nunca chegou atrasada.
Mas ela era mais o tipo de garota que gostava de festas universitárias. Louca, bagunçada e divertida. Festas de trabalho? Esse era o playground de Tashi. Ela dominava a coisa enquanto Olivia permanecia ao seu lado, bebendo silenciosamente seu champanhe e aparecendo bonita para a câmera. Esse era o trabalho dela em festas como essas, Olivia odiava.
“Tash, está tudo bem! Eu sei, ok? Toda aquela merda de ‘celebrar os campeões de amanhã’. Eu sei, estarei lá mesmo que a festa seja uma merda.”
As duas entraram no vestiário, seguindo seus respectivos caminhos até seus armários. O clube de campo era enorme, mas era fácil ficar perplexo com o quão pequeno ele realmente era. De perto assim, Olivia pôde ver plenamente sua melhor amiga tirando a camisa. O sutiã esportivo que ela usava fazia a curva perfeita para seus seios, tanto que quase deu vontade de gritar. Era uma sensação com a qual ela estava acostumada quando estava ao lado de Tashi Duncan.
Tashi era perfeita demais, às vezes. Era esmagador.
“Ei, você pode me emprestar um de seus sutiãs para esta noite? Preciso de algo que não faça meus seios parecerem tão pequenos”, Olivia perguntou, encostando-se em seu armário enquanto olhava para frente. Quando de repente a peça de roupa bate em seu rosto. “Ai! Cadela."
Tashi olha para ela, com o peito totalmente à mostra enquanto ela sorri.
"Seus seios estão ótimos, mas se você precisar", ela encolheu os ombros. “Você está tentando impressionar alguém?”
Começando a se livrar das roupas de tênis, Olivia riu enquanto se dirigia para o chuveiro. Tashi seguindo. Virando-se, ela viu sua amiga em toda sua glória nua entrando em contato com a água fria de seu chuveiro. Apenas abrindo espaço para ela, Olivia começou a lavar o cabelo logo sentindo as mãos de Tashi substituírem as dela.
“Sabe, eu tenho que pelo menos transar já que você está me obrigando a ir a essa festa idiota.” Olivia sorriu suavemente, seu tom provocativo quando sentiu as mãos de Duncan agarrarem seu couro cabeludo com mais força. Ela riu. “Depois de tirar todas as fotos, claro!”
Se Tashi achou engraçado, ela decidiu ignorar isso, retomando seus tratamentos no couro cabeludo de Olivia com o condicionador. “Eu não subestimaria a festa se fosse você, pode ficar interessante,”
A garota Duncan encolheu os ombros.
“Não é subestimar se eu sei que a festa é uma merda.”
Na verdade, ela subestimou a festa.
Certo. Talvez ela tenha sido um pouco... severa ao julgar um livro pela capa. Afinal, toda a celebração dos campeões de amanhã não foi tão ruim. Fotos delas estavam espalhadas por metros quadrados, Olivia com suas raquetes e saltos e Tashi com suas elegantes poses de tênis. As estrelas do show.
Brilhantes era o que elas eram.
Olivia balançava os quadris para a esquerda e para a direita fazendo um movimento estranho que ela gostava de chamar de “o passo sexy”, tentando igualar a facilidade de sua melhor amiga em ficar linda na pista de dança. Apenas algumas pessoas poderiam parecer gostosas e suadas por se movimentarem no que achavam que é dançar. Tashi era uma dessas pessoas. Tanto que não era surpresa que ela chamasse atenção.
"Esses dois estão te comendo com o olhar desde que você chegou aqui", Olivia riu no ouvido da amiga, já embriagada com as bebidas. Confortavelmente, Miller deixou a garota na frente dela puxá-la para perto, dançando ao ritmo. "Danadinhos."
“Eles estão nos comendo com os olhos, cara de merda.” Tashi beliscou a cintura dela, sorrindo maliciosamente. “Um para cada uma de nós.”
E ali nas mesas estavam eles. Dois garotos perfeitamente legais, que Olivia Miller nem sonharia em imaginar jogando tênis de uma forma tão bruta e desagradável. Os tipos de características que você não imagina cobertas de suor. Um moreno e um loiro. Um alto e um baixo. Um parecia inteligente, o outro parecia bobinho. Olhando bem, Olivia sabia exatamente quem eles eram.
“Art Donaldson e Patrick Zweig, sério?” Um tom de zombaria pôde ser ouvido da boca da garota. O sorriso malicioso de Tashi só aumentou.
“Fogo e Gelo em carne e osso,” ela quase parecia ansiosa. Como se Art Donaldson e Patrick Zweig pudessem ser capazes de mudar o rumo daquela noite inteira para ela, como se ela estivesse esperando para experimentá-los. Foi a vez de Olivia sorrir.
“E justamente quando pensei que iríamos compartilhar,” ela brincou, balançando os braços em volta do pescoço de Duncan. Foi uma brincadeira, claro. Uma inofensiva, na melhor das hipóteses. Mas a maneira como Tashi Duncan arqueou uma sobrancelha e a girou enviou um frio na barriga, isso não poderia significar nada de bom. Isso significava que Tashi teve uma ideia. As ideias de Tashi sempre foram perigosas quando se tratavam disso.
“Ainda podemos.” A tenista deu um passo mais perto, olhando milimetricamente para os garotos que as fodiam com os olhos. Era quase imperceptível por causa do jeito que elas estavam tão próximos que o cabelo escuro de Olivia bloqueava a visão de Art ou Patrick do que estava acontecendo ali. Ou mesmo o que foi dito lá.
Se eles soubessem.
“Ok, hora de tirar você do álcool,” Olivia deu um tapinha de leve na bochecha de Tashi duas vezes como uma piada enquanto sorria elegantemente. Elas estavam próximas o suficiente para que a jovem pudesse sentir o hálito alcoólico de sua melhor amiga. “Sério, Tash! Está mexendo com sua cabeça. Fala sério, quatro?"
“Não me diga que você não aguenta.” Tashi respondeu.
Uma risada escapou dela, tão brilhante e encantadora que chamou a atenção de algumas pessoas ao seu redor. Brevemente, Olivia Miller abraçou a cintura da amiga, dando um beijo molhado em sua bochecha.
Parte dela sabia que ela só tomou tal atitude porque estava sendo observada, algo nas palavras de Tashi estava fazendo sua cabeça girar. Tirando seu julgamento normal. Isso e o fato de que eram Art Donaldson e Patrick Zweig quem os observava. Provavelmente os caras mais gostosos do clube de campo.
“Tudo bem, gatinha, vou pegar um pouco de água para você e então poderemos resolver seu problema. Tá? Se acalma aí, falou?" Foi a última coisa que Olivia lhe disse antes de Tashi Duncan simplesmente desaparecer diante de seus olhos.
Coincidentemente junto com Art e Patrick.
Areia não era muito seu forte. Na verdade, andar de salto alto na areia não era seu forte. Mas Olivia Miller marchava como se sua vida dependesse disso no momento em que avistou Tashi sentada em uma das rochas perto do mar.
Primeiramente com raiva. Até que ela notou os dois meninos que estavam sentados à sua frente nas cadeiras de praia, a dupla infame. Fogo e gelo. Tashi estava conversando com eles sobre tênis quando a jovem decidiu intervir com suas reclamações sobre como era desconfortável andar na areia da praia.
Naturalmente, os olhos se voltaram para a rica Olivia Miller em seu vestido tubinho branco com mangas compridas e esvoaçantes. Quase parecendo um anjo. Quase. Se não fosse pela boca pintada de vermelho.
Tashi sorriu, um daqueles sorrisos que ela reservava apenas para Olivia.
“Você perdeu as fotos”, disse ela, estendendo a mão para ajudar a amiga a se sentar na pedra. Dividindo o espaço com ela, porque era assim que elas eram. Não existia espaço pessoal quando se tratava de Tashi Duncan e Olivia Miller. As duas vinham como um combo. “Meninos, esta é Olivia Miller, mas suponho que vocês já saibam disso.”
Um pouco confusa, Olivia virou-se para os dois garotos sentados ali com seus cigarros e bebidas. Estranhamente, ela se sentiu pequena e envergonhada sob tantos olhares. Havia algo quase como uma reverência nos olhos de Art Donaldson quando ela se acomodou ao lado de Tashi, um breve sorriso nos lábios enquanto ele acenava com a cabeça em direção a ela em saudação. Patrick Zweig, por outro lado, olhou para ela como se ela fosse uma sobremesa que ele não comia há muito tempo. Seus olhos brilharam olhando para sua pele cremosa e físico tonificado.
Como se ela fosse uma estátua que merecesse ser elogiada. Sua própria heroína pessoal do tênis.
"Sobre o que estamos conversando?" Miller perguntou, sua voz suave uma distração da tensão que pairava no ar da conversa.
“Tashi estava prestes a nos explicar o que o tênis deveria ser.” Pela primeira vez, a voz de Art enfeitou os ouvidos de Olivia Miller. Desta vez, não coexistiu com o tom alto e frustrado que ele soltou quando perdeu uma partida de tênis na quadra. Foi infinitamente mais calmo, mais sério e aconchegante.
Ela teria feito uma careta se estivesse sozinha, porque como era possível que a existência daquele homem a fizesse descrever uma voz masculina como aconchegante? Mas em vez de se concentrar na própria vergonha, ela gemeu de brincadeira. Revirando os olhos brevemente com a revelação de Donaldson.
"O que?" Perguntou Patrick, sorrindo entretido.
“Você não está dando a eles o sermão de ‘tênis é um relacionamento’, né?" Olivia choramingou, já entediada enquanto colocava a cabeça no ombro de Tashi.
“Cala a boca, você sabe que é”, confessou Tashi, havia algo definidor em sua voz. Como se ela não estivesse aberta a discussões, ainda assim permaneceu excepcionalmente d��cil na frente dos meninos.
Certamente convenceu Patrick Zweig, o pobre rapaz... Ele mal conseguiu esconder a sua admiração ao ouvir a grandiosa Tashi Duncan ensinar-lhe rapidamente o que realmente era o tênis. Ensinar o que era tênis para um tenista. Exceto que Olivia entendeu brevemente o motivo de tudo isso, o excesso de confiança de Patrick transparecia em seus movimentos, mas não em sua compreensão do esporte.
Não como seu amigo ao lado dele.
“Foi isso que vocês e Anna Muller tiveram hoje?” Ele perguntou, brincando com seu cigarro. Curiosa, Olivia apoiou-se nas duas mãos observando as idas e vindas de Tashi com o cara Zweig. Assim como Art Donaldson estava fazendo o mesmo. Ocasionalmente, roubando alguns olhares para ela.
“Foi, na verdade. Durante cerca de quinze segundos em que estávamos jogando tênis, nós nos entendemos completamente, assim como todos que estavam assistindo. Era como se estivéssemos apaixonadas”, disse Duncan, batendo o ombro dela no da filha.
Balançando a cabeça, Olivia revirou os olhos de brincadeira mais uma vez, mas concordou. Isso? Essa era sua área, não havia nada no mundo que Tashi Duncan entendesse e amasse mais do que tênis. Mais do que qualquer profissional.
Isso fez Olivia sentir tremores na espinha, a alegria de ver sua amiga entusiasmada com o que ela amava. Foi contagioso.
“Ou como se não existíssemos”, terminou Miller para a amiga.
“Sim,” ela riu, inclinando a cabeça para o lado. Satisfeita consigo mesma. “Fomos a algum lugar… lindo juntas.”
“Tão lindo quanto pode ser com a porra da Anna Muller”, brincou Olivia, algumas risadas puderam ser ouvidas do trio. Art olhou para eles por alguns minutos antes de falar, curioso sobre suas reações. Patrick ao lado dele, não conseguia identificar se a pergunta tinha sido bem-vinda ou não. Isso pareceu frustrá-lo.
“Você gritou”, disse ele, dando uma tragada no cigarro. “Nunca ouvi nada parecido antes.”
Olivia quase riu. Foi chocante, para dizer o mínimo, mas ver Tashi sorrindo e escondendo o rosto no ombro foi uma visão nova para ela. Era quase magnético. Art Donaldson foi capaz de extrair tanta emoção dela, considerando que era a Tashi que ela estava se referindo.
Foi surpreendente, ela não podia negar. Talvez esse garoto realmente soubesse do que estava falando, afinal ele não queria apenas transar com ela.
No entanto, Tashi não estava errada quando apontou o interesse deles nas duas. Pois os olhos claros de Art se voltaram para sua figura, o sorriso que acabara de desconcertar Duncan mirava direto no coração de Olivia Miller.
“Mas você não fez, você nunca faz. Por que?"
A pergunta a pegou desprevenida, assim como Tashi alguns segundos antes.
Afinal, qual foi o motivo?
Foi uma pergunta fácil. Não foi falta de motivação nas partidas, mas também nunca despertaram emoções tão viscerais de dentro. Ela gostava de vencer, obviamente. Ela também gostaria de ser profissional um dia.
Porém, por que ela não era tão crua quanto Tashi?
“Temos que ir”, Seu mundinho de percepções foi quebrado pela voz da amiga, pelo calor de sua mão na dela. Pelo canto do olho, Miller pôde identificar o olhar de segurança que Duncan lhe deu. Ela provavelmente ficou quieta por um tempo. “Nossos pais estão esperando.”
“Sim, hum… Nos vemos na escola, Art. Ouvi dizer que você entrou em Stanford.” Olivia tentou pelo menos se despedir para não parecer estranha. Mas foi difícil com a maneira como ela estava ajustando o vestido, pois ela estava envergonhada.
Os dois parceiros de tênis estavam prontos para partir quando a voz de Patrick soou estridente e incerta, esperando que eles realmente esperassem.
"Espere!" Ele disse, sentando-se muito rapidamente em sua cadeira. "Vocês tem Facebook?"
Se Olivia pudesse fechar os olhos e soltar uma risada dolorosa, ela o faria. Mas isso seria demais para o coração já acelerado de Patrick. Em vez disso, ela escolheu sorrir, tendo que virar a cabeça para o lado para esconder a leve risada que lhe escapou. Rapidamente, a garota Miller viu o sorriso preguiçoso nas feições de Art tomando forma.
“Ele está pedindo o número de vocês e eu também.” Aquele merdinha presunçoso, Art Donaldson, inclinou a cabeça loira para o lado enquanto olhava para os dois de cima a baixo.
“Vocês dois querem nossos números?” Tashi perguntou, fingindo bajulação. Olivia cruzou os braços, isso estava ficando interessante.
“Muito, sim.”
“Vocês dois querem nossos números?” Olivia provocou, erguendo a sobrancelha em convicção. De repente, estar diante do mar não despertava mais o frio dentro dela. Pelo contrário. O tecido leve do vestido branco que ela usava aqueceu sua pele como um micro-ondas.
“Somos dois caras, vocês são duas garotas”, Patrick sorriu, aquele sorriso libertino.
"E daí? Você tentará nós duas para ver qual de nós encaixa melhor?" A insinuação da frase foi clara o suficiente para fazer crescer o sorriso canalha no rosto de Patrick, assim como o de Art.
Tashi Duncan pendurou um dos braços no pescoço da amiga, sorrindo também. Eles pareceriam maníacos para quem olhasse de fora, mas a compreensão era suficiente para permanecer ali.
“Bem, não somos destruidoras de lares”, ela brincou. Como se elas também não tivessem compartilhado um monte de caras antes. Olivia mordeu o lábio contendo o sorriso.
"Está tudo bem, não moramos juntos."
“É um relacionamento aberto.”
“Venha passar um tempo conosco mais tarde, estamos hospedados em um hotel próximo”, disse Patrick, com a boca cheia de fumaça. Seus modos sujos eram um pouco cativantes para Olivia, como é que um homem assim era tão bonito? Estava além dela.
“Quer que a gente coloque vocês na cama?” Ela não perdeu a oportunidade ali, abraçando a cintura de Tashi.
“Ou podemos continuar conversando”, sugeriu ele, olhando para as outras três pessoas ali. Parecia tentador, Olivia não era mentirosa. Um quarto de hotel com Art Donaldson, Patrick Zweig e sua melhor amiga. Parecia a porra de um sonho. “Sobre tênis.”
"Boa noite!" Foi tudo o que Tashi disse antes de afastá-la dos meninos, rindo das tentativas fracassadas de Patrick de fazê-las ficar.
"Foi um prazer te conhecer!" A garota gritou, acenando de volta para eles. Olivia estava tropeçando um pouco devido aos saltos arenosos, mas a proximidade do contato permitiu que ela visse o rosto de sua melhor amiga.
E nele ela viu algo que pensou que nunca veria enquanto eles se afastavam.
Desejo.
©️ jenniejjun. todos os trabalhos postados aqui pertencem a mim e não devem ser repostados sem meu consentimento de maneira alguma.
#₊‧ ˖ ࣪ ་ 🐇 works by vivi#challengers#challengers movie#art donaldson x reader#patrick zweig x reader#tashi duncan x reader#challengers smut#mike faist smut#art donaldson smut#patrick zweig smut#tashi duncan smut
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POV: so the lord said to the serpent.
their throats are open graves, they use their tongues to deceive : vipers’ venom is under their lips. — ROMANS 3:13
⚠ TRIGGER WARNINGS: imagem e menção de cobras.
⚲ fenda, acampamento meio-sangue.
A coragem sempre parecia estupidez quando vista de longe.
Santiago sabia o que estava fazendo. Aquela não era sua primeira vez enfrentando campe e, por muito que as anteriores tenham sido apenas em simulações, correu em direção à fenda tão logo avistou a primeira serpente surgir, com a espada ainda por desembainhar. O ferro estígio lhe pareceu gelado ao toque, um lembrete de quem o acompanhava mesmo à distância, enquanto o restante do Olimpo vacilava. Não podiam esperar a ajuda dos deuses, não quando eram os segredos do panteão que os tornava alvo–e não quando era de seu interesse o manter esquecido. Se queriam ter alguma esperança de fechar a fenda e sair vivos, caberia a cada semideus tomar o destino em suas próprias mãos.
Encheu os pulmões e, erguendo Windshadow como um herói em fábula em meio a um grito de guerra, fez o metal e o vento cortarem o ar. Seus movimentos eram ágeis, calculados e precisos: para alguém movido pelo coração, Santi era formidável na luta. Os anos de treino haviam tornado a arma uma extensão de seu corpo, o golpear sua segunda natureza, e o poder de sua herança divina o ajudava a manter as serpentes contidas onde não podiam alcançar os demais campistas.
Por um ou dois minutos, nada que não o monstro existiu em seu campo de visão, e o seu Universo pessoal encolheu até que nada mais importasse. Como se convocada para o lembrar do que era realmente importante, ouviu a voz de Antonia em meio aos sons. Ela estava perto, perto demais–Santiago girou para a procurar com seus olhos, dando as costas a campi para confirmar que a melhor amiga estava em segurança.
E alguns clichês de Hollywood eram verdade, afinal: na fração de segundo entre a vida e a morte, o tempo corria devagar.
Uma das serpentes a quem continha escapou e, testando seus escudos, esperou pelo momento em que estava distraído para o atacar. As presas se afundaram em sua panturrilha, e a dor instantânea fez cada músculo de seu corpo enrijecer. Em um momento tomava a própria vitória como garantida, e no seguinte o controle sobre suas funções motoras parecia escorregar. Não gritou quando veio ao chão, preocupado que o anúncio de sua queda fizesse Tony o notar e correr para tentar salvá-lo.
Já estivera no limiar do aqui e do além muitas vezes antes, sempre guiado pelo impulso que o fazia agir antes de pensar. Naquela ocasião em especial, não se arrependia de suas escolhas. Havia sido criado para acreditar em uma vida após a morte, em um céu que o receberia de braços abertos e em um Deus benevolente que o acolheria como um filho em uma farta mesa de jantar. Há muito já não era um de seus discípulos mas, no momento em que se agarrava à própria vida com o desespero de quem tinha pelo que lutar, foi seu nome que se pegou sussurrando no campo de batalha, o espanhol lhe parecendo a maneira mais genuína de o voltar a chamar.
Sabia que o que esperava era o submundo mas, com o veneno em suas veias, era como se tivesse voltado a ter fé no impossível, a realidade sendo corroída pela lavagem cerebral que tanto o atormentara na infância. Caído às margens da fenda, a cacofonia dos sons da guerra ao seu redor se fizeram a cobertura perfeita e, consigo mesmo, Santiago começou a rezar–não por si mesmo, mas por todas as pessoas que tinha o privilégio de amar, e por quem prontamente daria sua vida se houvesse esperança de salvar.
Padre nuestro que estás en el cielo.
Sua espada pendia inerte ao lado do corpo enquanto a peçonha de campe o paralisava, seu efeito se espalhando com cada batimento cardíaco. Se pudesse erguer as mãos, o faria não em combate, mas em prece–para pedir que o primeiro Deus a traí-lo salvasse o lugar que chamava de lar.
Santificado sea tu nombre.
Havia poder em um nome, e dizê-lo em voz alta era o mais próximo que podia chegar de o invocar.
Venga tu reino. Hágase tu voluntad en la tierra como en el cielo.
Torcia para que a vontade do Deus que abandonara fosse menos volátil da do panteão a quem servia, e que o escolhera abandonar.
Danos hoy nuestro pan de cada día.
E mesmo então tinha algo pelo que agradecer: desde que deixara a família no passado, qualquer deus que por ele olhava nunca lhe havia deixado faltar. Era um privilégio viver em abundância, cercado de quem tinha afeto a dar. Seus vinte e sete anos de vida haviam valido à pena, e como despedida, listou cada um dos nomes de quem lhe importava mentalmente–canalizando a oração para os abençoar.
Perdona nuestras ofensas, como también nosotros perdonamos a los que nos ofenden.
Aquela era a parte difícil: mesmo em seu desespero por um milagre, não era capaz de o perdoar. Deus, deuses–todos sofreriam sua ira se o escolhessem salvar.
No nos dejes caer en tentación y líbranos del mal.
Estava delirando, percebeu–só assim para um Pai Nosso o reconfortar. Quando já não podia se prender ao que lhe restava de consciência, pôde ver uma figura familiar o notando e correndo em sua direção. O nome lhe veio à ponta da língua, mas o que lhe restava se força se esvaiu antes que o pudesse falar.
Amén.
⚲ enfermaria, acampamento meio-sangue.
Ao tentar abrir os olhos, suas pálpebras pareciam pesar, e a luz fria da enfermaria o cegou. O lugar irrompeu em expressões de surpresa e alegria, e soube não estar sozinho antes mesmo de os enxergar. Estavam ali por ele. Para o ver. Para garantir que estava bem. Santiago cobriu os olhos como se os esfregasse de maneira sonolenta por um motivo simples: não queria que o vissem chorar. Com um bocejo e atitude despreocupada, disfarçou a própria vulnerabilidade com a maestria de sempre.
Um a um, fez inventário dos rostos que o cercavam, tentando absorver todas as perguntas e palavras arremessadas em sua direção enquanto assimilava a sensação de despertar. Você ficou apagado mais de 24h, alguém lhe disse. Você é um imbecil, foi a repreensão que recebeu. Precisaram te manter dormindo até conseguirem filtrar todo o veneno, foi a tentativa de o ajudar a fazer com que as peças se encaixassem. Eu achei que ia precisar encomendar o caixã–, o som de um tapa interrompeu. A fenda foi fechada, a única pessoa com bom senso escolheu anunciar.
Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis… A contagem não estava completa–com um nó no estômago, percebeu que duas figuras queridas não estavam lá. Quando cada um dos presentes pareceu hesitar ao decidir o que dizer a seguir, soube exatamente o que precisava perguntar.
Sabia com a mais plena certeza que ela estaria ali se a escolha fosse sua. Só havia um motivo para que ela não o fosse visitar.
ʿ Cadê a Kat ? ʾ A pergunta cortou o silêncio como uma navalha. Ninguém teve a coragem de falar. ʿ Cadê a Kat, porra ? ʾ Tentou uma segunda vez, seu temperamento vindo à superfície ao perceber que ninguém sabia por onde começar. ʿ E Melis ? ʾ Acrescentou após checar cada um dos rostos uma outra vez, e novamente nenhuma das vozes ali presente soube como lhe contar. Coube à uma enfermeira arrancar o band-aid de uma só vez.
Elas caíram na fenda. Ao seu redor, o planeta parou de girar.
Melis, sua doce e gentil Melis, estava onde os monstros procuravam jantar. Katrina estava com ela, e com as duas havia mais quatro, mas era só nas amigas que conseguia pensar. Arrancou curativos, fios, monitores–tentou se colocar de pé, tateando na mesa de cabeceira pela carteira onde a dracma que era sua espada o esperava. Mesmo com a agonia e a exaustão de um ferimento não curado, não tinha escolha que não lutar.
Se recusou a ouvir a voz da razão, determinado a partir naquele exato momento para uma missão de resgate–havia desperdiçado horas dormindo enquanto não sabia onde e como elas estavam, e se autoflagelaria por aquilo depois de as trazer para casa em segurança. Pouco importava que quase tivesse morrido bancando o herói–o faria de novo se aquele fosse o preço a pagar, e não havia viva alma naquela enfermaria ou no mundo capaz de o dissuadir.
Foi preciso quatro pessoas ao todo para o restringir, e a única maneira de o manter na cama descansando foi administrar uma dose cavalar de calmantes em sua veia para o apagar.
Em seu sonho, encontrou Katrina e Melis no submundo, onde agora faziam morada. Quando o assunto era salvá-las, não sabia para qual deus rezar.
↳ para @silencehq. personagens citados: @arktoib, @kretina, @melisezgin. disclaimer: se seu personagem e Santiago são próximos, fique à vontade para considerar que elu estava presente para o ver despertar.
#SWF:SUPERFÍCIE#tw: cobra#dei uma gigantesca empolgada...#༄ . ° a safe spot wıthın every tornado. › povs | santıago aguıllar.
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things that hurt enough to - with Liam Payne and special guest Sam Winchester - Parte II
PARTE I
Situação: traição!ex namorado! Liam Payne x Leitora
Contagem de palavras: 2760
Sinopse: Após alguns meses longe do ex e com uma “nova” vida, S/N encara o passado e recebe a ajuda que tanto precisava.
N/A: Depois de algum (bom tempo rs) resolvi dar uma continuidade ao nosso último imagine do mundo paralelo. Para ler a Parte I só clicar no aqui! Pirei trazendo o universo de Supernatural pra história? Só um pouquinho… mas eu amei escrever o enredo com um toque de misticismo e fantasia hahahaha. Primeira vez que faço isso então quero muito saber a opinião de voceeeees!
curte e reblogue o post para me ajudar 🫶
A ausência de barulho daquele lugar escuro e gelado causava calafrios pelo meu corpo, ao mesmo tempo que sentia um calor tendo a adrenalina correndo pelas minhas veias. Segurar uma .45 não era lá uma das minhas atividades favoritas, mas eu até que gostava de vez em quando. Era bom estar de volta.
- Ele estava aqui. - escuto a voz de Dean quando me aproximo daquilo que deveria ser uma cozinha naquela cabana abandonada, no meio da floresta.
- Como tem tanta certeza? - minha pergunta logo é respondida sem ele dizer nada, visto que vejo todo o sangue derramado na bancada de madeira quando iluminada pela luz da lanterna. - Ah sim, certo.
- O sangue está fresco, não devem estar muito longe.
- Eu vi um rastro logo que saímos do carro, que ia para dentro da floresta. Podemos seguir.
- Boa. - disse ele enquanto discava algo no celular.
- Ele não vai atender, Dean.
- Custa eu tentar?
- Nós sabemos que ele foi pego pelos caras. Sam matou aquela menina.
- Ela era um lobisomem!
- Tá, que seja, e ele está com o pai dela agora mesmo. Então tic tac! - após convencê-lo que o nosso tempo era precioso, corremos atrás do rastro de sangue floresta adentro até chegarmos em um campo aberto, com um único celeiro e várias galinhas mortas passos antes da porta. De dentro da construção era possível escutar a voz de Sam e uma mais grossa, provavelmente do tal Robert, chefe da alcateia e pai da garota que Sam deu um fim há alguns anos.
- Tem três deles. - Dean falou baixo observando os monstros por meio de uma fresta no celeiro. - Os dois do canto estão tão focados na conversa do Sam com o chefão que nem vão nos perceber se aparecermos.
- Tá fácil, então. - sorri como forma de transmitir confiança e Dean revirou os olhos.
- Vai pelos fundos, que eu vou entrar por aqui. Faça menos barulho possível. - Dean cochichou e assenti, obedecendo-o.
De forma apressada mas com cuidado dei a volta na construção e entrei pela porta de trás. Sam, que estava amarrado em uma cadeira de balanço antiga, me viu assim que dei alguns passos e eu fiz sinal de silêncio para não estragar o plano. Meu objetivo era pegar o lobisomem mais afastado de surpresa e matá-lo sem fazer barulho, já que minha arma tinha silenciador.
Ao me aproximar do cara, ele imediatamente sentiu meu cheiro, fugando o nariz várias vezes procurando o aroma diferente que era sentido de longe por eles. As garras automaticamente ficaram em posição de ataque, no entanto fui mais rápida ao puxá-lo para trás de um monte de feno e assim lhe dar um tiro certeiro de bala de prata pelas costas, atravessando o coração. Pude observar que Dean tinha feito a mesma estratégia com o monstro perto dele e logo mirou em Robert, que demonstrava toda a sua angustia através da raiva e ameaças contra Sam.
- Você destruiu a minha menina! - o velho praticamente gritou, arranhando parte do peitoral - e roupa - do moreno aprisionado, que gemeu de dor, espremendo os olhos. - E por mais que você tenha me prometido que a morte dela foi rápida, a sua vai ser muito, mais muito lenta! Quero que você desmaie de dor, seu desgraçado! - o lobisomem aproximou-se de Sam, mostrando as presas assustadoras pronto para mordê-lo, até a voz de Dean ecoar pelo lugar.
- Hoje não, velhote! - pela cara de espanto, Robert percebeu que os capangas dele já haviam sido executados.
- Ótimo! Família reunida! - afastou-se de Sam indo em direção ao Dean, devagar. Felizmente ele ainda não tinha notado a minha presença e então fui me aproximando por trás. - Você era o próximo da minha lista!
- Jura? Uma pena que você não vai conseguir realizar a sua listinha dos desejos ao me matar.
- E quem disse que eu vou te matar? - soou irônico. - Eu vou te transformar, e seu irmãozinho acorrentado não vai poder fazer absolutamente nada, a não ser te assistir de camarote.
- Acontece que a gente não é só mais uma dupla. - naquele momento, apesar de Dean estar mirando em Robert, eles estavam bem próximos, assim como eu do lobisomem. E dada a deixa de Dean, posicionei a arma na parte superior das costas, no lado esquerdo e disparei no mesmo segundo que ele nem teve tempo de reagir. - Agora nós somos três, seu filho da mãe! - o lobisomem caiu morto e Dean piscou pra mim, encarrei a piscadinha como um ótimo trabalho.
- Isso foi bem arriscado. - Sammy falou enquanto livrávamos ele das cordas que prendiam-no à cadeira. - Se ele tivesse virado, você já era. - olhou pra mim.
- Ele era um lobo velho, Sam. Sequer sentia cheiro.
- E nós estávamos em sintonia. - Dean completou.
- Mandamos bem pra caralho, né não?
- Pra caralho! - O mais velho comentou orgulho, dando um sorriso e aceitou meu high five quando levantei a mão, me puxando para um abraço de lado em seguida. - Muito bom caçar com você de novo, S/A.
- Foi bom estar de volta a ativa.
- Vamos se mandar daqui antes que os outros apareçam.
Já na cidade, Dean parou em um bar como de costume e depois de umas três cervejas e dois shots de tequila, ele estava na saia de uma das garçonetes do bar. Eu e Sam permanecemos na mesa, bebendo e jogando conversa fora.
- Sei que ficar tocando no assunto é chato mas..
- É o que você faz de melhor. - concluí dando um leve sorriso antes de levar a garrafa até a boca. O moreno riu fraco e negou com a cabeça a minha brincadeira.
- Foi realmente perigoso o que você fez.
- Eu fui muito cautelosa, nem você percebeu quando eu cheguei ali.
- Claro que percebi! A primeira coisa que vi foi você!
- Tá tão de olho em mim?
- Para de graça, S/A. - ri novamente e levantei as mãos um pouquinho, como se estivesse rendida. - Você poderia ter se machucado.
- Mas não me machuquei. E inclusive, se ele tivesse percebido, Dean conseguiria atirar nele. O cara tava cercado.
- Que seja. - deu de ombros e bebeu mais um gole da cerveja.
- Você anda muito preocupado comigo.
- Vai ver é porque você ficou praticamente dez anos longe. Está sem prática.
- Eu te salvei, idiota!
- E eu agradeço. - ele riu. - Mas você sabe o quão arriscado é essa coisa que fazemos. Os monstros não são mais os mesmos, tá tudo mais perigoso.
- Eu sei. Não vou dizer que não cacei nenhuma vez nesses oito anos. Tiveram algumas vezes que eu dei uma de Winchester quando aparecia algo pela cidade. Então teoricamente eu não estou totalmente sem prática.
- Fez isso sozinha?
- Na maioria. Outras tinha ajuda de uns amigos.
- Caçadores?
- Por aí. - dei um pequeno sorriso, desconversando.
- Você, viu…
- Estou viva, não estou? - novamente ele desaprovou meu comentário, acompanhado de um lindo sorriso que me desconstruiu por meros segundos. - Vou pegar uma batata frita. - tentei disfarçar o meu encanto levantando da cadeira. - Quer uma salada?
- Vou te acompanhar na batata.
- O que? - digo supresa. - Sam Winchester comendo gordura?
- Comemorar que estamos vivos. - pisquei pra ele antes de me afastar e ir até o balcão para fazer o pedido. Um minuto depois de estar ali e pedir a porção, uma mão me puxa para retornar ao balcão e vejo a última pessoa que gostaria.
- Não vai me cumprimentar? - claramente estava bêbado.
- Como se você merecesse qualquer coisa que venha de mim. - respondi com a cara fechada. - Me solta, Liam. - ele obedeceu. - Tá me perseguindo?
- Algum problema?
- Todos! - aumentei meu tom. - Primeiro que essa sua obsessão por mim já deu. Se você não parar, serei obrigada a ir até a delegacia.
- Eu só quero me explicar pra você!
- Explicar o quê, Liam? Eu vi e senti o suficiente. Ou você acha que eu vou te perdoar pela segunda vez? - Payne permaneceu calado e olhou para o copo de uísque na mão. Percebi seus olhos encherem d’água antes de me encarar de novo.
- A verdade é que eu sou um fraco. - sua voz falhou e meu coração apertou. - Eu não quis te magoar, S/N, eu juro.
- Mas você magoou.. magoou muito.
- Você não tem ideia do quanto isso me machuca.
- Seria injustiça só eu sofrer.
- Me deixa consertar o que eu fiz, S/A? - devagar, Payne aproximou a sua mão da minha. O toque dele ainda me arrepiava.
- Eu não consigo, Liam. - imediatamente uma lágrima caiu de seu olho direito e sinto ele apertar meus dedos, antes de acariciar minha mão. - E mesmo se eu conseguisse, perdi toda a confiança em você.
- Dessa vez eu vou mudar! Não vou deixar acontecer de novo. Eu te amo muito para fazer essa merda de novo com você, meu amor.
- Você disse isso da última vez, Payno.. - o choro estava engasgado em minha garganta e acho que ele percebeu, pois sua feição triste piorou. Liam não gostava de me ver chorar. - Meu coração está tão machucado que eu não posso me submeter a nossa relação de novo. Eu preciso me curar de você.
- Uau.. - tinha ciência quanto havia pego pesado com as palavras e pelo semblante dele, o rapaz também havia sentido a dor da verdade. - Você vai mesmo jogar todos esses anos no lixo?
- Você fez isso primeiro quando me traiu ano passado. A segunda vez foi só a confirmação de que nosso relacionamento não significa nada para você.
- Acha que se não tivesse significado eu estaria aqui, no meio de Michigan, atrás de você?
- Não confunda as coisas. Você está se sentindo culpado. Se você realmente se importasse conosco, não teria me traído pela segunda vez.
- OK. - respirou fundo, levando as mãos para o cabelo. Era nítido o seu nervosismo em querer o que ele não havia mais controle. - E você vai me deixar para pegar qual dos babacas? - com certeza ele falava dos meninos.
- Não mete eles nisso.
- Acha que eu não sei que você foi dormir na casa do Sam no dia que tudo aconteceu?
- Ele cuidou de mim no momento que eu precisei.
- Como? Te fodendo enquanto gemia pra ele? - minha raiva foi tanta que só caiu a ficha que dei um belo tapa na cara de Liam quando senti o ardor na minha mão. E a nossa conversa havia virado uma discussão que chamou a atenção de todos lá dentro.
- Lava a sua boca para falar qualquer coisa do Sammy, tá me ouvindo? E principalmente minha! Você não tem o mínimo direto depois de tudo que aprontou comigo.
- Ei, S/A, tá tudo bem? - Sam surgiu do meu lado um pouco assustado e encarando Liam de um forma não muito receptiva.
- Tá. - suspirei profundamente. - Eu já volto pra mesa.
- Tem certeza?
- Ela tem sim! - Liam se intrometeu.
- Não falei com você. - Sam retrucou com a voz firme e os dois ficaram se encarando.
- Algum problema por aqui? - dessa vez era Dean quem surgira no nosso meio.
- Não, tá tudo bem. Eu já estou terminando.
- Então você virou a vadia preferida desses dois fodidos, S/N? - Sam, que estava bem perto de Liam, puxou com força a gola da jaqueta dele, fazendo-o ficar de costas para o balcão e eu estava vendo a cena de Sammy arrebatando a cara do meu ex.
- Escuta aqui, seu filho da puta, já ficou claro que você não sabe como tratar uma mulher com respeito. Mas enquanto eu estiver por perto, você não vai falar nada, sequer da S/N. Ou então vai se arrepender de ter aberto a boca.
- Sam, por favor. Ele está bêbado, larga ele. - O mais novo obedeceu, mas ainda tinha os olhos furiosos cravados em Liam.
- Estamos te esperando no carro, S/A. - Dean falou enquanto guiava o irmão até a saída e eu assenti.
- Como você quer que eu te perdoe se você ao menos me respeita, Liam? - o meu olhar de chateação era visível e o moreno permaneceu em silêncio, talvez envergonhado pois ele nem me olhava nos olhos. - Se você realmente me quer bem, me esquece de uma vez por todas, tá legal? - dito isso, deixei meu ex namorado e aquele bar, entrando calada no banco de trás do Impala.
- Tudo bem? - Dean perguntou ao me encarar pelo retrovisor.
- Só dirige, por favor. - respondi com a voz chorosa enquanto limpava algumas lágrimas que insistiram em cair.
O caminho até o motel de beira de estrada que estávamos hospedado demorou uma eternidade e o silêncio dentro do carro estava me matando. Minha vida tinha virado de cabeça para baixo nos últimos dois meses. Eu havia perdido meu relacionamento, meu emprego e decidi por impulso voltar a vida que tinha há quase dez anos, quando eu era uma menina e sequer tinha responsabilidades direito. A realidade é que eu não sabia como encarar a minha vida depois de tanta dor, e os meninos, em especial o Sam, estavam me ajudando a suportar todos esses sentimentos confusos.
- Obrigada por me ajudarem, meninos. - disse assim que fechei a porta do carro, antes de ir para o meu quarto.
- Não precisa agradecer, S/A. - Dean falou e me abraçou logo em seguida. - Que bom que se separou daquele idiota. Você vai ficar bem, querida. - o mais velho deixou um beijo na minha cabeça e foi para o quarto, restando apenas eu e Sam no estacionamento vazio.
- Como você tá? - de um jeito todo fofo, o rapaz perguntou preocupado ao aproximar-se de mim, que estava apoiada de costas na lateral carro.
- Destruída. - desabafei em meio a uma risada misturada com choro, e as lágrimas desceram quando ele me abraçou forte. - Eu tô tão confusa.
- Ainda sente algo por ele?
- Não! - repreendi aquela possibilidade. - Quer dizer, eu senti algumas coisas no início da conversa, mas depois só consegui sentir raiva. Raiva de mim e dele.
- Dele eu entendo, mas de você?
- Olha ao que eu me submeti.
- Acontece, S/A. - ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás, olhando diretamente para os meus olhos. Parte de mim amoleceu ao ver aqueles par de íris verdes me encarando de tal forma. Deus, como esse homem é lindo! - Acontece com as melhores pessoas inclusive. - o sorrisinho dele foi o motivo do meu e um leve frio na barriga me atacou. - Ele não merece o seu sofrimento, de verdade.
- Eu sei. É que veio uma enxurrada de sentimentos, sabe? A perda dele, do meu emprego. - suspirei fundo. - Mudei completamente a minha vida em dois meses. Eu voltei a caçar, Sam! Quando imaginei que voltaria fazer isso como algo fixo?
- Você vai voltar fixamente? - senti uma ponta de esperança na pergunta e meu coração se aquece.
- Eu não sei.. ao mesmo tempo que eu quero, não sei se vou aguentar.
- Está te fazendo bem por agora?
- Está ocupando minha cabeça.
- Bom, já é alguma coisa. - nós rimos. - Se você quer um conselho, eu acho que poderia ficar comigo e Dean até organizar suas ideias e decidir o que quer. Não precisamos te envolver em todos os casos se não quiser. Você tem o direito de escolha. E a sua companhia é muito melhor do que ter o meu irmão no meu pé toda hora.
- Tem certeza que não vou atrapalhar vocês?
- É claro que não. Estamos nessa há quase dois meses e está tudo bem. Fique tranquila quanto a isso.
- Tudo bem. - nos abraçamos novamente e cheirar seu perfume relaxou meus músculos tensos. Era incrível o quanto ele me acalmava.
- Mas se você ficar, tem que me prometer que vai me deixar cuidar de você. - olhei para ele, ainda abraçados, e meu sorrisinho expressou o quanto havia gostado daquela proposta e achado a coisinha mais fofo do mundo.
- Prometo.
- E aceitar quando eu disser que algo é perigoso.
- Aí já é demais. - ele riu e me apertou forte contra seu corpo.
- Eu me importo com você.
- Digo o mesmo. Fiquei com medo de te perder hoje.
- Ficou?
- Claro.
- Por que?
- Porque você é importante pra mim, cabeção..
- Só por isso? - nós estamos incrivelmente perto um do outro, e por mais que Sam fosse muito mais alto que eu, ele estava posicionado de modo que nossos rostos estavam bem próximos, que eu podia sentir a sua respiração contra a minha. Meus olhos fixaram-se nos lábios deles e magicamente nos beijamos. O beijo saiu perfeito, calmo e delicado. Tinha um toque de paixão antiga que eu nunca superei, e que eu sabia que ele também não havia esquecido. Seria burrice ignorar essa mistura de sentimentos de ambos indo para o quarto.
- Dorme comigo hoje? - propus com a voz baixa após nos afastarmos milimetricamente, mas tendo as testas coladas.
- Sempre que quiser, babe.
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xoxo
Ju
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͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏͏͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏STEVIE’S ARSENAL & INVENTORY
♡ Invicta (Aήττητη, Aíttiti) é a espada feita de bronze celestial de Stevie, forjada pelos ferreiros do Acampamento Meio-Sangue nos moldes de um gládio. Sua guarda possui o formato de um par de asas aberto, uma alusão à deusa da vitória, que toma vida quando a arma está distante demais da semideusa; com um assobio, ela pode convocar a espada de volta à sua mão, independente do quão longe esteja, contanto que Invicta possa voar até ela.
Sua arma primária, Invicta foi a primeira adição ao arsenal pessoal de Stevie, mas a criação dela é recente. Em seus primeiros anos de campista, apenas usava armas e equipamentos disponibilizados pelo Acampamento. Depois de meses de treinamento básico, afeiçoou-se à luta com espadas e ao modelo comumente produzido pelos Ferreiros de Hefesto, o clássico gládio grego, e, então, com duas contas em seu colar, encomendou uma especificamente para ela. Ainda prefere usar o metal grego padrão para suas armas, mas, por associar Niké ao ouro e ao dourado, todas elas são um pouco menos avermelhadas do que a cor verdadeira do material — uma mudança puramente estética e, mesmo assim, que exige toda vez que encomenda um item novo.
♡ Contenda (Νεῖκος, Neíkos) é um escudo de bronze celestial comissionado por Stevie a Kaito Aoki, filho de Hefesto. Ele é o par de sua espada, um escudo grego (áspide) com um par de asas abertas, também de bronze celestial, em seu centro. Quando o escudo é chamado por Stevie, suas asas tomam vida, se esticam e voam até a semideusa. Além disso, o escudo possui a propriedade especial de mandar de volta qualquer golpe, magia ou projétil que for defendido por ele, fazendo com que o dano ou encantamento ricocheteie e bata na pessoa que tentou causá-lo.
Stevie diz que se sente o Capitão América quando usa Contenda, já que o escudo está sempre cortando os céus do campo de batalha. Ainda que, às vezes, prefira lutar somente com a espada, por ser mais leve e oferecer-lhe mais versatilidade, o escudo completa o conjunto e a faz se sentir uma verdadeira guerreira. Usou-o pela primeira vez em uma missão para contatar o Acampamento Júpiter, pouco tempo após a abertura da Fenda no Acampamento Meio-Sangue, e, apesar da missão ter falhado, o escudo foi essencial para derrotar harpias e myrmekos que emboscaram seu grupo.
♡ Sua Adaga de Arremesso é uma adaga de lâmina de ouro imperial com um diferencial bastante notável: ela nunca errará o alvo. Sempre em conexão com seu portador, depois de estabelecido um alvo na mente, o acerto é garantido. Stevie apelidou-a de Conquistadora (Κατακτητής, Kataktitís) e normalmente reserva-a para emergências, já que prefere lutar com a espada e o escudo.
A adaga foi cedida ao Acampamento pelos deuses e é a única arma de Stevie em outro material que não bronze celestial. Também é a única que não foi encomendada ou feita especialmente para ela, portanto, foge do visual compartilhado entre as restantes — especificamente, as decorações de asas e penas —, mas, sendo incapaz de errar o alvo, Stevie aprecia a capacidade de se livrar de um aperto ou de impressionar garotas com sua “mira impecável”. Ademais, possui-la rendeu o hábito de praticar com armas de longa distância e treinar sua agilidade em batalha.
♡ Entre as armas, Ventania (Aνεμος, Anemos) é a adição mais recente. Feito de bronze celestial, o bumerangue quase parece uma pequena asa metálica, uma de suas pontas desabrochando-se em penas de bronze enquanto a outra se parece mais com a forma de um modelo comum. A excelência de um ferreiro experiente foi mais que necessária para que seu peso fosse balanceado apesar do formato assimétrico. Além disso, ainda que o propósito do bumerangue seja retornar à mão de seu arremessador, Ventania possui uma propriedade parecida com as armas aladas de Stevie: ele sempre retornará à mão dela, magicamente, não a permitindo o erro de não agarrá-lo de volta.
Novamente, Stevie procurou Kaito Aoki para forjá-la, pois sabia que o filho de Hefesto estava em perfeita sintonia com suas ideias depois de fazê-la Contenda. Nascido da necessidade do Acampamento Meio-Sangue de novas armas, logo antes do ritual de fechamento da Fenda, ele também nasceu de uma brincadeira entre Stevie e o ferreiro — já usava seu escudo como bumerangue, mas e se ela tivesse um bumerangue de verdade? Se beneficiaria de um encantamento no futuro, afinal, não era uma arma muito poderosa ou mesmo eficiente, porém, com o tempo apertado até o ritual, ela decidiu que cuidaria disso depois. Por ora, o bumerangue ainda é excelente para golpes contundentes e atrapalhar inimigos, que podem se distrair com a cena do objeto voando sobre suas cabeças ou mirando em seus rostos. Quanto à origem do nome, bem, a semideusa não pensou muito — o bumerangue é tão rápido que gera uma pequena brisa quando está no ar, e os Anemoi também são os deuses dos ventos.
♡ Suas Botas Aladas são um par de botas com asas nas laterais que lhe dão a habilidade de voar e mover-se rapidamente. Elas foram dadas a Stevie na Cerimônia de Honra e Glória, sediada após os semideuses enviados na primeira leva de missões dadas por Zeus retornarem ao Acampamento Meio-Sangue, embora ela não acredite que de fato as mereceu por sua missão ter fracassado. ♡ Sua Armadura de Resistência é feita de bronze celestial, um peitoral feito sob medida para Stevie na oficina de Waterland. Suas ombreiras têm o formato de asas, para combinar com as armas de sua portadora e representar as asas de Niké. Stevie a aprimorou pela Double Trouble e, agora, a armadura torna seu portador resistente a ácido e venenos enquanto ele a vestir. ♡ Sua Poção da Rápida Recuperação é um líquido esverdeado que, ao ser ingerido, acelera a cura do usuário, permitindo que se recupere rapidamente de ferimentos leves. Se tomada mais de uma dose por dia, o efeito colateral é ter enxaquecas de três dias. Stevie a adquiriu na Double Trouble. ♡ Seus Caramelos da Invisibilidade são doces que, ao serem comidos, tornam o usuário invisível. A duração é de 5 minutos por caramelo, no entanto, seu efeito de invisibilidade não é perfeito e pode causar desorientação. Stevie os adquiriu na Double Trouble.
#gostoso demais roubar arma de jogo#se tiver fã de zelda aqui tome 1 beijo#e gnt AS IMAGENS NÃO SÃO UMA REPRESENTAÇÃO PERFEITA OK? é mais pra simbolizar mesmo#ou são as inspirações das armas embora não sejam iguais (por exemplo a espada da stevie lembra a master sword do link mas não é igual)#ENFIM MANO CHEGA DE OBJETO MÁGICO PRA STEVIE NÉ#JÁ DEU#〈🌿〉 𝑰𝑽 ─── desenvolvimento.#〈🌿〉 𝑽𝑰𝑰 ─── edits.
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⸤ 🫀 ⸣ ⸻ Grief, I've learned, is really just love. It's all the love you want to give but cannot. All of that unspent love gathers up in the corners of your eyes, the lump in your throat, and in the hollow part of your chest. ,
disclaimer: pov - antes / depois da queima da mortalha de Flynn Ramsey (@fantasfly). PT1
semideuses mencionados: @kaitoflames , @kerimboz , @liamworths , @helsonfire
Foi a secura da garganta, os lábios secos ou a dificuldade de respirar? Talvez tenha sido a câimbra de corpo inteiro ou os músculos tremendo de esforço. A verdade é que alguma coisa aconteceu e ele, ao piscar, se via em um lugar novo.
Ou melhor dizendo, velho.
Curvado sobre si mesmo, o testamento e o envelope negro eram segurados pela mão direita. Tremendo no ar, bem longe do rosto que voltou a banhar-se de lágrimas. Na outra... O pulso adornado da pulseira dourada, tinha os dedos girando cada conta do colar de Flynn.
Uma conta. Uma memória. A vida de um semideus resumida a isso? Pinturas de momentos esparsos? Um único evento memorável? Ele girava cada uma devagar e negava, se recusava a aceitar, que aquele ano da conta laranja com estrelas não mostrasse a noite do acampamento dentro do acampamento. Do dia que ele quase se afogou naquela fantasia idiota de tubarão. Ou que nada lembrasse da algazarra durante a refeição. Ou quando ele sorriu para o crush, depois do dia inteiro de Kit encher o ouvido para ter coragem.
O corpo afundava na cama e ele virava, o olhar no travesseiro, e os via. Entrelaçados, brigando por mais centímetros para se esticar e rindo. Rindo tanto. Porque Dionísio tinha feito três semideuses beber suco de uva até reclamar. Ou tinha sido aquele desastre nos campos de morango? O dedo passou para outra conta e a imagem mudou, Kit e Flynn dormindo exaustos. Entregues a um sono que, ele sabia, seria acordado pelo susto do filho de Hefesto. O seu primeiro pesadelo, um dia antes de Flynn sair na missão cheia de mortes.
Aquele lugar... Aquele lugar... Por onde olhasse, as lembranças o assaltavam sem misericórdia. Provocando com seus ínfimos detalhes, o iludindo de que estava ali de novo. Para depois enfiar o tridente entre as costelas, rasgando a ilusão e expondo que faltava... O principal não existia mais ali. Não tinha... Não ia... Não voltaria...
Os dentes afundaram no lábio inferior e a coluna cedeu, os joelhos aguentando os cotovelos pontudos enquanto ele chorava. E chorava. E chorava. O peito não aliviando com as lágrimas, algo querendo escavar para fora em busca de ar. De liberdade. Porque o vazio crescia e não tinha para onde ir, para onde expandir. Ora, o vazio não faz peso? Então porque ele se arrastava? Puxava para baixo? Ameaçava liquefazer todos os ossos e transformá-lo numa poça?
Seus dedos estavam pontilhados de vermelho e rosa. Sensíveis ao toque. Não tinha dormido, nem descansado. Todo aquele esforço para ajudar na confecção da mortalha. Nada de metal. Nenhum artifício para salvaguardá-lo da dor, de todo um processo que ele se colocava inteiro para ajudar a superar.
E se não quisesse superar?
Porque o ideal era bater a poeira, tomar um banho, levantar e passar por cada estágio. Não tinha ajudado tantos semideuses a passar por isso? Mais de vinte anos vivendo quase exclusivamente no acampamento, sem sair em missões porque não era bem sua praia. Não era de seu feitio ser o herói de canções e de admiração. Seu lugar era ali, dando vida aos sonhos dos outros. Que nenhuma falha viesse de arma ou equipamento, de garantir aquela proteção do golpe que seria mortal.
Ah, como tinha feito e aberto o coração. Puxando quem fosse para o meio dos braços, apertando-o com tudo o que tinha. O que? Você quer? Vamos fazer? Levando-os para uma mesa e desenhando, criando, transformando cada um no protagonista de seus desejos. E depois, como se já não tivesse passado o dia todo falando, corria para o chalé de Tânatos e repassava tudo para Flynn.
O silêncio ficou pior. O choro silenciou e o drenou.
E agora...
Agora ele deixava o testamento dentro do envelope, no mesmo lugar que tinha encontrado. Porque ele não era o único... Não tinha direito algum em levar para si o que era de todos. Levantando-se, arrumando a cama, olhando mais uma vez... Só mais uma... Para a cabeça de Flynn enquanto ele amarrava os sapatos rapidamente, reclamando que Kit tinha chego muito cedo. Não era esse o combinado! Ou a ponta da cama tendo o lençol erguido, a mão metálica gelada raspando o solado do pé descoberto.
Ele tinha uma mortalha para queimar.
E aquela sensação voltou de novo. A amnésia que o tinha trazido para o chalé do melhor amigo. Uma confusão que desdobrava a cada passou pelo gramado e o colocava na linha de frente da pira funerária.
Kit? Uma voz fininha, distante, o chamava e ele não ouvia. Não quando a mortalha cobria-o pela última vez no mesmo mundo de Kit. As mãos esquelética encostando no meio do mar negro brilhante, estrelas cadentes e... Kit? Se ele pedisse para sair, daria tempo. Ir para atrás de qualquer coisa e se transformar em algo pequeno e voador. Enfiar-se no meio da palha, espremer o corpo pelo tecido e ficar ali. Só... Ali. Talvez derretesse sem problemas. Algo pequeno assim, poderia evaporar com essa temperatura? Kit, você está me ouvindo? Ou iria quando acendesse. Mas... Mas o poder não deixaria... Acabaria transformando em metal e não... Não... Kit suspirou. Kit!
Piscou. Piscou. Pessoas o olhavam, suas expressões variando de confusão para pena, empatia misturado com algo... Ele parecia assim? Pediu desculpas baixinho e deu um passo à frente, do bolso tirando um folha que tinha separado para escrever suas últimas palavras.
...
A folha em branco foi jogada no fogo da forja mais potente do bunker 9 dias depois. As palavras de seu discurso saindo de dentro enquanto ele fingia ler a folha em branco. Pouco. Tão pouco. Kit incapaz de colocar uma frase completa para fora sem precisar parar e respirar fundo. E a mão limpando as lágrimas, esfregando, sem parar.
O filho de Hefesto pegou outra do bloco da própria mesa, uma pedaço fino de carvão e viu desfazer nas mãos enquanto escrevia um recado.
AVISO Kit Culpepper não está aceitando encomendas. Por motivos de força maior, todos os trabalhos criativos foram repassados adiante. Pedimos desculpas pelo contratempo. Até novas atualizações. Bom dia / Boa tarde / Boa noite
O bunker 9 tinha virado sua nova casa fixa. O calor insuportável e as condições inóspitas eram excelentes para manter-se isolado. Sem visitas, sem perguntas como estava. Encostado na forja mais distante, de braços cruzados e olhando para baixo, a silhueta metálica de Kit brilhava perto do fogo baixo. Esperando qualquer arma para ser reparada, deixada por Kaito ou Liam. O corpo só entrando em movimento para erguer o martelo e fazer a bigorna vibrar. Ele não olhava, não chorava, não fazia nada além de.... Existir. E, mesmo quando Kerim ou Helena o obrigavam a levantar e seguir para o refeitório, Kit só saía do estado metálico por tempo o suficiente para mastigar e engolir tudo rapidamente. E esperar... Esperar que eles o devolvesse ao bunker 9 e pudesse continuar...
Continuar...
Ás vezes, seus irmãos trocavam os papéis. Tentavam uma interação diferente. Isso em troca disso. Uma resposta por três adagas rachadas. E ele apenas olhava... Esperando... Os lábios tremendo pelo choro que segurava, com as mãos fechando em punho e os lábios torcendo.
Ainda não.
A voz poderia ser metálica, mas o quebrar ainda era humano.
Talvez um dia ele conseguisse sair sozinho do bunker. Talvez, um dia, ele deixasse a pele respirar um pouco. Talvez... Só talvez... Ele...
Ele não sabia completar, porque não tinha um objetivo para alcançar.
A MORTALHA:
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SOPHIE THATCHER? Não! É apenas VIOLET WALKER, ela é filha de APOLO e CONSELHEIRA do chalé SETE e tem VINTE E TRÊS anos. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no acampamento há ONZE ANOS, sabia? E se lá estiver certo, Vi é bastante ALTRUÍSTA, mas também dizem que ela é PETULANTE. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
ɪ. 𝓅𝑜𝒹𝑒𝓇𝑒𝓈 —
Canção de Cura — Como filha de Apolo, Violet tem uma disposição natural para curar, mas, no caso dela, seu talento para medicina se manifestou também em seus poderes, na forma de música. Quando canta, Vi pode fechar ferimentos abertos, amenizar as dores e sintomas de uma doença e até neutralizar venenos, a depender do quanto de energia ela utilize. Ela também pode estabilizar alguém à beira da morte, às custas de usar imediatamente toda sua energia e passar um dia inteiro sem voz, porém, não pode trazer ninguém de volta à vida. Em questão de alcance, seus poderes são mais eficazes quando usados em uma pessoa por vez, visto que tentar espalhar os efeitos de sua canção para mais de um alvo diminui as capacidades curativas de seu canto. Sempre que a semideusa usa demais sua habilidade, ela fica um tempo sem poder utilizá-la, ficando literalmente sem voz, podendo variar de horas a dias, a depender da cura realizada.
Vigor de Luz Solar [ habilidade passiva ] — Quando estiver sob a luz do sol, Violet ganha resistência física aprimorada, sendo capaz de resistir a dor e a ataques severos sem perder a consciência, além de se tornar mais ágil e mais forte, ganhando uma pequena vantagem em um campo de batalha ativo e sendo capaz de alcançar e curar seus aliados com mais facilidade. O efeito não pode ser "desligado", mas é cancelado sempre que ela entrar em uma área de sombra, seja esta causada por nuvens, árvores, guarda-chuvas ou o teto de uma estrutura e, logicamente, não funciona durante a noite. A pele da semideusa brilha levemente com um reflexo dourado quando está sob a luz solar, desta forma é fácil identificar que sua habilidade passiva está em ação.
ɪɪ. 𝒽𝒶𝒷𝒾𝓁𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒𝓈 —
Fator de cura acima do normal e previsão.
ɪɪɪ. 𝒶𝓉𝒾𝓋𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒𝓈 —
Membro da Equipe de Curandeiros e faz parte do Time Azul no Arco e Flecha.
ɪᴠ. 𝒶𝓇𝓂𝒶𝓈 —
A arma de escolha de Vi é um arco e flecha, e um bem normal, diga-se de passagem, uma vez que achou melhor se encostar onde era mais “fácil” e onde sua descendência lhe daria alguma vantagem natural. Ela não se interessa muito por combate, sequer considera ter algum talento nisso, por isso não tem nenhuma arma especial, apenas um arco comum.
ᴠ. 𝒽𝒾𝓈𝓉ó𝓇𝒾𝒶 —
— Bonnie Walker não era uma mulher comum, na verdade, ela era apaixonante em todos os sentidos da palavra. Uma belíssima e talentosa cantora da Broadway que nunca recebia “não” como resposta e sempre conseguia exatamente o que queria, Bonnie tinha o carisma e o charme necessários para encantar até mesmo um deus. E foi exatamente isso o que ela fez. Apolo foi rapidamente atraído pelo magnetismo natural da mulher e, eventualmente, o relacionamento dos dois levou ao nascimento de uma linda menina de cabelos dourados chamada Violet. Quando a menina nasceu, Apolo já tinha deixado a vida de Bonnie há meses, um fato que evidentemente enfureceu a atriz, mas ela também não correu atrás, afinal, o show tinha que continuar.
— Desde pequena, Violet foi criada para ser uma cantora e uma artista, com aulas particulares de canto, sempre demonstrando ter um incrível e inquestionável talento, certamente uma herança de sua querida mamãe. Infelizmente, a atenção que lhe era dada pelos instrutores não era nada comparado à atenção de uma mãe. Mas o que Bonnie podia fazer? Ela tinha uma carreira para tomar conta e uma filha para sustentar. A atriz dizia que Violet era seu maior tesouro, mas não agia como tal, sempre colocando seus compromissos e trabalho em primeiro lugar. Assim, Vi, aprendeu a ser independente muito cedo e, consequentemente, acabou descobrindo cedo seu dom de cura, ainda que por acidente, mas foi exatamente nesse período que as coisas começaram a desandar.
— A carreira da mãe de Violet já não era como antes, afinal, a mulher estava envelhecendo, ela já não conseguia os mesmos papéis e seu temperamento explosivo e arrogante estava minando sua credibilidade. Aos poucos Bonnie navegava em direção a um fim de carreira deplorável… a não ser, é claro, que sua querida filha pudesse ajudá-la. A atriz descobriu que Violet era, realmente, sua gansa dos ovos de ouro, afinal, a voz da garota não apenas era majestosa, como também curava as dores físicas daqueles que a escutavam. Em pouco tempo, a mulher foi de atriz renomada para charlatã de marca maior, usando Vi como sua principal atração, ela vendia a cura para doenças incuráveis, prometia tratamento para Alzheimer e só os deuses sabem o que mais. Violet se sentia obrigada a ajudar a mãe, afinal, ela não era nenhuma ingrata, precisava retribuir a mulher que havia lhe dado a vida e gastado tantos anos trabalhando incansavelmente para sustentá-la, ou pelo menos essa era a ladainha que Bonnie oferecia à filha, constantemente se fazendo de vítima e se aproveitando do bom coração da garota.
— Com o tempo, ser uma alma bem intencionada passou a cobrar preços muito caros de Violet. No começo, o abuso era apenas emocional, e a menina se julgava forte o bastante para suportar sua mãe tóxica até ter idade suficiente para conseguir um emprego e viver sozinha, porém, as surras começaram. Quando uma das sessões de cura de Bonnie não vendia bem, quando perdia clientes e, principalmente, quando Vi ficava sem voz, a mulher perdia o controle e descontava tudo na filha. Era ainda pior quando Violet admitia para a mãe que não aguentava mais enganar aquelas pessoas, afinal, suas canções não eram milagrosas. Gradativamente, Vi percebia sua alma perdendo brilho, cedendo ao buraco negro de vaidade e ganância criado por sua mãe, por um tempo ela genuinamente acreditou que suas habilidades fossem algum tipo de maldição. Então, num dia em que o sol estava escondido pelas nuvens, ela fugiu, encoberta pela chuva.
— Após algumas semanas vagando e se escondendo da polícia, Vi foi encontrada por um sátiro, que a levou até o Acampamento Meio-Sangue junto de um grupo com outros semideuses. A viagem foi árdua e permeada de perigo, pois, no caminho, o grupo foi atacado mais de uma vez por monstros e, se não fosse pela filha de Apolo, talvez nem todos tivessem chegado ao acampamento com vida. Pela primeira vez, Violet sentiu que estava fazendo a coisa certa, usando seu dom da maneira que ele realmente deveria ser usado, foi como se uma parte da inocência e da pureza que ela tinha antes tivesse sido restaurada e, por um momento, ela realmente acreditou que poderia brilhar tanto quanto o sol, por um momento, seus poderes realmente lhe pareceram como uma bênção.
— Desde que chegou ao Acampamento Meio-Sangue — e foi rapidamente reclamada por Apolo — Vi saiu de suas imediações apenas quando estritamente necessário; para missões ou para estudos, visto que agora ela tinha o objetivo de tornar-se médica. Finalmente, a garota sentia que estava livre, e que podia seguir sua verdadeira vocação. Quando a oportunidade lhe foi dada, ela foi para Nova Roma estudar medicina, e a garota estava lá quando recebeu a mensagem de íris do Senhor D. exigindo o retorno de todos. No fim, a semideusa obedeceu, ainda que a contragosto, imaginando que algo sério devia ter acontecido para que o diretor mandasse aquela mensagem. Ao descobrir o que havia acontecido com o Oráculo após a profecia, Vi rapidamente retornou ao seu posto na Equipe de Curandeiros do acampamento, para ajudar Rachel e os outros campistas no que fosse possível.
ᴠɪ. 𝓉𝓇𝒾𝓋𝒾𝒶 —
— A semideusa fica extremamente irritada quando a chamam de qualquer coisa além de Violet ou Vi. Viv, Vivi, Vivizinha ou qualquer variante extraem reações variadas desde um pisão no pé até um chute no saco, depende do contexto.
— Ainda que seja bastante irritadiça, Vi é extremamente gentil e humilde, um comportamento que contradiz o rosto sério e maneirismos arredios.
— Embora tenha uma voz belíssima e seu trabalho constantemente exija que ela faça uso de seus poderes, Vi não gosta de plateia ou de palcos. Prefere ser observada apenas por seus pacientes; uma sequela do abuso que sofreu da mãe. Apesar disso, ela adora cantar e ama a sua voz.
— Também é importante lembrar que, após anos morando com uma oportunista, narcisista e mitomaníaca, Vi odeia mentiras e enganações, o que faz com que ela normalmente se mantenha longe dos filhos de Hermes. Só por precaução.
— Não importa a música que Vi cante, sua Canção de Cura funcionará desde que ela conheça a melodia e a letra... e cante com emoção, é claro. Se você pedir pra ela cantar "Brilha linda flor..." há a possibilidade de ela se matar na sua frente.
— A voz dela é um pouco rouca, como a de uma cantora de rock — coincidentemente, é o que ela costuma cantar, assim como punk rock, pop-punk e indie. Sua música favorita é Wonderwall e Smells like Teen Spirit (a única música do Nirvana).
— Ela aprendeu ASL para se comunicar com as pessoas quando fica sem voz após usar demais seu poder. Vi também carrega um bloquinho para anotar o que precisa dizer para aqueles que não conhecem linguagem de sinais.
— Vi é bissexual, embora seja reservada no geral, se a questionarem sobre sua sexualidade ela não tem problemas em responder. Apesar disso, a garota costuma estar muito ocupada com a própria carreira e os próprios objetivos para perseguir quaisquer noções de romance. Enquanto alguns colecionam dates, Violet coleciona uma lista de pobres coitados que tiveram a coragem de se declarar para ela. Apesar de tudo, ela sempre é muito gentil e elegante quando decide dar um fora em alguém.
— Deseja profundamente se formar como médica e poder ajudar tanto mortais quanto outros semideuses. Ela acredita que o seu poder é um tipo de higher calling, e ela pretende atender a esse chamado.
— Violet ama musicais e cantar suas músicas favoritas no chuveiro — mas não conte isso pra ninguém!
— Ela adora jaquetas e gosta de usá-las por cima das blusas do acampamento. Jaquetas de couro, jaquetas de aviador, bomber jackets... não importa, ela provavelmente vai estar usando uma acompanhada de um coturno ou uma bota acima do joelho. Quando veste algo estampado normalmente opta por padrões e desenhos de sol.
#swf:intro#demorou mas chegooou#se alguem que eu nao tiver chamado no chat tiver a fim de plot pode dar like aqui#vi tags: edits.#vi tags: fixado.
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! FLASHBACK : anos atrás, no mundo dos sonhos com @luisdeaguilar
o adormecer nunca era tranquilo quando se morava nas ruas. havia um pouco de chuva caindo depois do viaduto em que ficava, o vento fria a fazia ficar encolhida no edredom velho, mas estranhamente confortável; uma realidade que a pertencia fazia muitos anos, então não tinha como desejar algo melhor. errado, katrina sempre adormecia pensando em um pedaço de torta, em sua cama mas tudo desfazia-se rapidamente quando encarava a realidade. naquela noite em questão, foi transportada para um lugar diferente do que conhecia, do que sua consciência sempre projetava. parecia um campo aberto, o céu estava estranhamente claro, havia um sol mas embora forte, não incomodava; os pés pisavam firmes em flores que nunca havia visto, que não conhecia. a curiosidade a fez seguir em frente, caminhava ligeiro mas em algum momento, os passos eram calmos, quase como se apreciasse o passeio. olhou o céu e tinha uma figura diferente nas nuvens, ah, era um gato! depois um cavalo, um grande navio... não percebeu que não estava mais sozinha, mas o rosto que encarava não reconhecia, não era alguém que fazia parte do seu passado.
#i. boredom desire hell & hate. ヽ ❪ 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐀𝐃𝐒 ❫ *#luisdeaguilar.#queria gif de alguém meio pitico mas n tem então fica sem
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Se eu fosse...
{Olá! quis fazer uma brincadeirinha e vou marcar algumas pessoas (@imninahchan, @sunshyni e @cheolcam), mas quem quiser fazer, fique à vontade!}
Um lugar: um campo aberto onde em determinadas épocas do ano crescem flores amarelas.
Uma cor: verde oceano.
Uma estação/clima: primavera.
Um livro: O livro dos abraços, Eduardo Galeano.
Um aroma: baunilha.
Um animal: uma lebre.
Uma peça de roupa: um vestido branco longo de mangas levemente bufantes e detalhes em renda na gola.
Uma bebida: uma bebida gelada, amarguenta, mas refrescante.
Uma comida: uma bergamota.
Uma citação: "poderoso é aquele que descobre as insignificâncias" Manoel de Barros.
Uma música: 404 file not found - Taeyong.
Uma obra de arte: Water Lilies, Pink - Claude Monet e Voir la mer - Sophie Calle.
Um filme: O castelo animado.
Uma flor: uma rosa cor-de-rosa.
Um personagem: Sophie de O castelo animado (a versão do Studio Ghibli).
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THE BAD BEGINNING. i can read your mind - he's having the time of his life. there in his glittering prime.
durante o tempo que passou longe do acampamento, pouco mudou & tudo mudou - foi convocado para nfl aos vinte e um anos, e com seus vinte e dois já era o queridinho da liga. deixou de passar muito tempo no acampamento então, optando por ficar com os pais e o padrasto quando tinha tempo livre do esporte.
ainda sim, nas raras off seasons que não estava na frança, aparecia em long island, onde mantinha amigos fiéis & inimizades ainda mais determinadas a lhe trazer tormento. apesar da vida ter mudado repentinamente, não quis desistir do lugar que foi um segundo lar por tanto tempo - onde estava suas vitórias, amores e memórias mais queridas.
portanto, antes do chamado, aparecia esporadicamente no acampamento e depois sumia por longos períodos de tempo, onde só podia ser visto nos tabloides ou no campo.
porém, depois que a nova profecia foi proferida por rachel, e o chamado emitido - ele resolveu voltar, com um certo nível de relutância. estaria deixando para trás a família, já que a mãe nunca abandonaria o pai mortal para vir com ele, algo que ele nem mesmo queria & também, a sua carreira. por pouco, não desistiu de atender, mas a mãe o assegurou que um contrato lucrativo não era nada se ele estivesse morto. assim, relutante, ele voltou e está preso com os outros campistas a seis meses, tendo realmente sido demitido pela partida repentina, o que destruiu seu estado mental . era sua vida - como poderia recuperá-la ?
THE TRAGIC MIDDLE. 'cause i'm a real tough kid , i can handle my shit. they said, "babe, you gotta fake it till you make it" - and i did.
não foi convocado para as missões, o que permitiu que ficasse para trás, treinando e conforme foram voltando - amparando os amigos. até mesmo aqueles que não conhecia, que pareciam cada dia mais certos que a demissa se aproximava . ele não queria acreditar - mas os fatos eram os fatos ; estavam sendo atacados por todos os lados & e a presença de petrus fazia os ânimos se abalarem. ele cheirava a morte.
percebeu que talvez fosse, no dia do almoço, quando tranquilamente bebia da água e acusações começaram a ser jogadas em aberto - na sua opinião, de forma amadora. não se mostra todas as cartas imediatamente depois de obtê-las , talvez aquelas pessoas nunca tivessem jogado poker ? ou conduzido um time ? de qualquer forma, estava ali para todos saberem, petrus cheirava a morte, pois já tinha morrido.
ele manteve olhos cuidadosos sobre as idas e vindas do menino desde então, ainda não convencido que ele seria o vilão que prometeram. tem que conhecer o inimigo, antes de atacar, afinal.
contudo , depois que o drakon saiu da fenda, antes protegida por magia, o ângulo mudou . agora as pessoas culpavam não o chalé de hades, mas os filhos da magia. comum, objetivos e alvos mudam em tempos de conflito - ele ainda estava hesitante em acreditar, no entanto, que aquelas pessoas a quem julgava conhecer tão bem, tinham propositalmente deixado um monstro entrar no acampamento - mas ele começou a observar então ; quem não foi atacado ? quem saiu ileso ? quem sequer teria este tipo de poder combinado de oportunidade quando os patrulheiros mantinham olhos vigilantes na fenda ? as certezas se vão, e abrem espaço para as duvidas.
THE HORRIBLE END. i'm so depressed, i act like it's my birthday every day.
com uma latente ponta de desconfiança, ficou de fora no dia do parque - apenas indo para checar algumas das atrações e voltando ao seu quarto, onde mantinha em um livro de desenhos, suas conspirações - ganhando nomes e retratos intrincados, muitos podiam ser achados com seus rostos por lá. apenas não perdeu a fé nos irmão pois - bem, eles não eram exatamente dotados da maior proeza intelectual para arquitetar tudo aquilo.
ainda sim, não pode escapar do baile e em seu terno branco, aproveitou a noite como todos os outros - dançando e bebendo, talvez além da conta ; suas próprias dores esquecidas por um momento. a vida que tinha o cuspido para longe, a mãe de quem não tinha noticias, o pai, mortal & frágil, um alvo perfeito com um coração enorme que iria o aconselhar a ter misericórdia do traidor.
claro, o traidor. o capuz cantarolando que apareceu na noite, apagando os filhos e aprendizes da magia , e fazendo os ursos se virarem contra eles. acabou com rasgos e cortes por todo o corpo depois de ajudar a combatê-los, e voltou ao pavilhão em chamas várias vezes para carregar mais corpos inconscientes para fora, fazendo com que a exaustão e a inalação da fumaça prejudicassem seu físico e o deixassem desacordado por algumas horas.
depois de acordar, soube da noticia - uma mortalha para um filho de thanatos. ele não se lembrava de conhecer o homem, o que significava que não estava em seu caderno ; para todas as vias, considerando sua morte, um inocente tinha caído em batalha. as pessoas choravam suas preces para que fosse liderado ao elísio, e alguns pareciam mais perdidos que outros ; ele reiterava que não se importava.
talvez fosse apenas o que queria acreditar, talvez a voz da mãe sempre dizendo : ' não sofra pelos outros, ninguém vai sofrer por você ' , tivesse finalmente o deixado dormente. contudo, mesmo que dissesse que não se culpava por aquela tragédia, que não importava quem tinha morrido - era apenas a guerra, nem todos saem vivos , talvez ele não saia - , não consegue dormir bem desde o ocorrido , e tem se esforçado em dobro nos treinos, procurando a mesma exaustão que o levou a um sono sem sonhos - ou pesadelos - da última vez.
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Durmo no ninho que construí com minhas armas
Quantas experiências intensas nos permeiam quando se calam as satisfações a modelos de existência pré-fabricados. O Fluxo se abre em pétalas cada vez maiores dessa flor brotando no peito cheio de faíscas de esperança formando centelhas pra aquecer pensamentos rebelados. Quando há pra onde rumar, há porque prosseguir acreditando.
Ainda assim essa paz que se oferece em sacerdócios varejistas é tão verdadeira quanto lâmpadas led fingindo ser velas acesas nas tantas capelas desse tão vasto mundo. Sem engodos. Dá medo. Cansa. Sufoca. A força se faz necessária. A Guerra que nunca se foi está mais aberta do que nunca, todas as cartas estão postas, alianças e ameaças cada vez mais nítidas, chamados brilhando forte no horizonte e se impondo em meio à proliferação de ruídos aleatórios que se sucedem.
Toda cantiga de docilização, definitivamente, é de ninar. Não mais há espaço pra dúvidas paralisantes. A essa altura já se viveu mais que antes, ou ao menos o suficiente pra não empenhar mais fervor em pautas absurdas. O estado de percepção do que vale a Vida enseja permanecermos despertas, uma vez que nos saibamos acordadas. O Sistema vai ceifando silenciosamente quem vive idílios escapistas fomentados pelos mesmos podres poderes que se imagina combater.
É preciso alcançar a nutrição ao mesmo tempo em que se atua. Somos todas as faces o tempo inteiro. Espaços seguros podem ser conjurados. A dicotomia trabalho x descanso só anima - com nossa energia vital - a lógica industrial maquinicista. Militância não deveria ser nicho de Mercado. Procurar pela folga é encontrar o bueiro que vai dar direto no esgoto da Fragmentação.
Dinheiro algum é capaz de endossar o valor de encontrar prazer na Guerra e fazer da luta o combustível pra acender-se no Caos. Durmo no ninho que construí com minhas armas. Como diria minha avó, 'descanso enquanto carrego pedra'. Quero sorrir com a faca entre os dentes. Quero ousar gozar todas as vezes. Sempre mais que. .xxx.
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COLETÂNEA DE CONTOS DE HALLOWEEN 2024
DOCES OU TRAVESSURAS
Dora
Os enfeites de halloween que assombram a rua se tornavam mais sombrios com o passar da noite, iluminados pela luz fantasmagórica da lua. Crianças corriam e gritavam vestidas das mais clássicas fantasias e disfarces, sempre comemorando ao receberem mais e mais doces.
Desde pequena, pedir doces era minha parte favorita da festa, mas hoje, poucos doces uma jovem da minha idade recebia. As sacolas, antes recheadas de guloseimas açucaradas, agora ecoavam vazias.
As ruas diminuíam conforme caminhava cidade afora, o clima gélido da noite pesava sobre meus ombros, cansando meu corpo a cada passo. Poucas casas faltavam até completar a rua. A noite derramará sua escuridão sobre a cidade, tornando os enfeites e decorações horripilantes. A falta do saber no halloween me assusta, saber distinguir o real do irreal, as fantasias da realidade, as brincadeiras e as verdades.
A última casa se escondia no breu. Sangue, corpos e cabeças falsas preenchiam todo o gramado. Era impressionante o realismo das peças, mesmo com a vasta escuridão que cercava, os detalhes minuciosos ainda podiam ser vistos. O barulho da campainha ecoa pela casa quando pressionada pela primeira vez. Um senhor abre a porta, seus olhos de vidro me fitam com raiva, ergo minha sacola e lhe peço “doces ou travessuras”. O homem me observa, procurando deboche em minha fala, sorrio novamente, e ele me entrega um olho de gelatina.
Me viro para ir embora, intrigada com o doce em minhas mãos. Parecia tão real e nada comestível. Meu corpo gela ao ver sangue escorrendo em minhas mãos. O horror toma conta. Me viro para a casa, o homem sorria para mim da porta, seus olhos fantasmagóricos não tinham piedade alguma, grito para correr, mas suas mãos gélidas me seguram com força, me arrastando. Meu corpo foi jogado para dentro da casa.
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127
A.L.
Minha cabeça latejava, pontos escuros embaçaram minha visão. Devo ter me distraído, uma paralisia temporária em meu cérebro que divagou na escuridão. Devia ser a ressaca da noite anterior, a falta de tato, a boca seca.
O local era um déjà-vu, como todos os cemitérios, você sabe que está em um, mesmo que seja pela primeira vez. Sempre gostei de visitar cemitérios, os da cidade já conheço de cor. Esse era novo, aberto há menos de um mês, moderno, lápides baixas, ainda sem baratas habitando por entre suas frestas.
Como cheguei aqui, com a mente ébria na noite passada, nem sei, mas era meu próximo destino de visitação
Tudo quieto, tudo limpo, poucas flores e a névoa da madrugada já se dissipara. Andava por entre os túmulos sem lê-los, apenas reconhecendo o local. Olhei o horizonte, bem ao fundo, um grande portão aberto, mas não via ninguém. Somente o silêncio sepulcral, absoluto, nem as almas gemiam.
Um arrepio percorreu minha espinha, um sussurro atrás de mim, vozes.
Olhei ao redor, ninguém. Era a ressaca.
A esquerda percebi um túmulo recém sepultado, terra e coroas de flores o cobriam, um dos primeiros funerais daquele campo. Meus olhos me enganaram novamente, não estava mais só, imagens fantasmagóricas refletiam a luz do Sol, formas quase humanas vistas por entre minhas pálpebras semicerradas.
Me aproximei, ouvi meu nome. Talvez as almas estivessem se manifestando, em um sussurro me chamavam.
Eram duas mulheres, jovens, se tivessem mais de dezoito anos era muito, jovens como eu. Era da boca de uma delas que vinha a evocação ao meu nome. De costas, só enxergava os cabelos volumosos. A voz era dela, Lenora. Minha amiga de infância, e chorava. Chorava e me chamava. Por que chorava por mim em um cemitério? Gritei seu nome, corri e toquei seu ombro, o que fez com que se sobressaltasse em um susto enorme, virando para trás e me encarando.
“O que foi Lenora?” Disse a outra mulher.
“Nada, só senti um arrepio, mas não era ninguém.”
Porque olhava para mim e não me via? Porque não sentia meu toque? Porque lamentava por mim?
O pânico me atingiu e corri. Corri sem respirar. Buscava o portão do cemitério, distante. Corria. Precisava sair dali. Corria.
E quando atravessava o portal maldito, uma força oculta me deteve, uma parede invisível me parou. Era isso. Eu estava preso naquele cemitério para sempre, com meu corpo a sete palmos, no jazigo 127.
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DECORAÇÃO DE HALLOWEEN
Ghoxt
A música tocava alta pelos meus ouvidos, pulsando na batida da melodia, eu movia meu corpo semi- embriagado no ritmo, sentindo meus músculos cansados e minha pele grudenta, a maquiagem já deveria estar derretendo, mas não era surpreendente considerando o espaço fechado repleto de gente que era o clube, eu mal podia diferenciar um rosto do outro com as luzes piscantes e duvidava que conseguiria achar qualquer um dos meus amigos no meio daquela gente toda, mesmo com as fantasias, tinha todo tipo de coisa ali, assustadoras, ridículas, sexys, tudo. As pessoas daqui realmente se empenharam quando o assunto era halloween.
A noite passava como um borrão, um copo atrás do outro, uma música após a outra, minha cabeça girava como um furacão, a sala dava voltas e as luzes piscavam. Quando percebi, estava na pequena rua atrás do clube, tentando pegar um pouco de ar fresco antes de acabar perdendo o controle no meio da festa. Já havia me perdido dos meus amigos pela quinta vez naquela noite, mas não ligava muito.
Para me distrair do frio noturno, já que minha fantasia quase não cobria minha carne, comecei a olhar as decorações das casas à minha volta, era impressionante o quanto os norte-americanos se dedicavam à data. Me mudei para cá há dois anos, e o realismo das coisas ainda me assusta.
Eu olhava para as casas e poucas pessoas ainda caminhavam pela rua a essa hora, quando algo me chamou a atenção, ou melhor, alguém. Era um homem, ele andava pelo que parecia ser o jardim da frente de sua casa, arrumando as decorações. Ao seu lado, no chão havia um corpo assustadoramente realista, eu quase podia ver sangue quente escorrendo e os olhos frios encarando o nada, ninguém que passava olhava duas vezes para a suposta decoração, alguns poucos até paravam para elogiar o homem pelo trabalho bem feito. Algo parecia errado, mas não dei muita importância, mesmo quando ele começou a arrastar o estranho enfeite para o pequeno bosque obscuro ao lado, mesmo quando o homem olhou para mim e sorriu.
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MARIPOSA
Ghoxt
Eu podia sentir o sangue começando a secar, grudando com a poeira do chão, a quanto tempo eu já estava ali? Eu estava completamente perdida, a maior parte de toda a situação ainda não havia me atingido. O peso de tudo o que foi feito, o quanto aquelas horas mudariam tudo o que eu fui e serei.
Eu me sentia como um cadáver, deitado descuidadamente naquela casa abandonada e empoeirada, eu sentia separada do resto do meu corpo ao mesmo tempo que eu estava superconsciente de tudo que tocava minha pele, era contraditório e estranho, eu queria gritar, mas minha boca estava seca e meu corpo não se mexia.
Em algum momento senti um pequeno inseto pousar em mim, eu não conseguia vê-lo, meu corpo ainda não queria cooperar o suficiente para espantá-lo, então apenas aceitei a estranha companhia, novamente me sentindo como um corpo morto enquanto aquele inseto caminhava sobre minha pele, será que eu não havia mesmo morrido? Depois de um tempo, apenas a casa silenciosa, meu corpo ensanguentado e o bichinho insistentemente em cima dele, que consegui mover ao menos meus olhos para observar meus estranho companheiro, uma mariposa, comum, não muito grande, parecia me encarar com seus… olhos?
A mariposa parecia comer o sangue que secava sobre minha carne, como se me ajudasse a encobrir o crime que eu havia cometido, afinal, eu não estava escondida em uma casa abandonada coberta de sangue porque eu era uma gótica depressiva, se o meu vestido azul claro, agora manchado de vermelho carmesim, pudesse dizer alguma coisa sobre o assunto eu era uma garota bastante normal, doce, e vinda de família decente, mesmo assim o que me levou até a minha situação atual foi que naquela tarde eu tinha matado meus pais, brutalmente e implacavelmente, o sangue que aquele mariposa comia era o deles, o líquido ferroso…bem, a essa altura já seria mais pastoso, como uma casca grudenta que lentamente derrete na língua. Eu podia sentir minha própria boca ficando mais úmida, saliva se acumulando cada vez mais, como se para saborear o gosto ferroso e doce que a preenchia, tomando o meu paladar, o sangue já estava seco demais para escorrer para a minha boca, eu havia mordida a língua? Eu não sentia nenhuma dor, agora apenas sentindo o chão o chão de baixo de mim e a mariposa andando e comendo o sangue…o sangue dos meus pais…o sangue que enchia a minha boca…
Os buracos negros e espelhados semelhantes a olhos naquele pequeno inseto me encaravam como se abrisse minhas costelas e olhasse dentro da minha alma
Assim como eu abri as costelas da minha mãe
Como se fizesse parte da minha alma, conhecendo cada parte e segredo meu, seus olhos profundos parecendo cada vez mais semelhantes com os meus próprios olhos pretos
Assim como os do meus pai que eu arranquei
Será que a mariposa começaria a comer a minha carne também?
Assim como comi a carne dos meus pais…eu comi a carne deles?
Minhas opalas pareciam doer toda vez que ela mexia suas asas, não, não doer, talvez coçar, minhas costas sempre estiveram tão pressionadas no chão?
Meus cabelos pareciam tocar não mais pele, mas pelos que cobriam todo o meu pescoço como um cachecol, sinto duas mechas de cabelo tocarem minha testa, espera, como mechas do meu cabelo alcançariam o topo da minha cabeça? Não eram mechas, olhando as antenas da mariposa se mexendo eu sabia o que era aquilo se mexendo na minha testa.
Eu já não sabia mais meus dedos, as articulações dos meus braços pareciam estranhos, eles eram só dois? Eu já não sabia mais como deveria ser meu corpo. A mariposa ainda caminhava sobre mim, a última coisa que prendia minha consciência ali, me encarando como se fosse parte de mim, como se fossemos o mesmo ser, mas eramos…ou não eramos?
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ANIMAIS NOTURNOS
Ghoxt
Voltava para casa de carro, a noite já escurecerá a tempo, tanto tempo que meus olhos mal se mantinham abertos, quase amaldiçoava a mim mesmo por morar tão longe da cidade, mas dificilmente me sentiria infeliz na minha confortável casa de campo.
O carro rodava de forma rápida e silenciosa, e eu quase não prestava atenção na estrada, pois já a conhecia decor e dificilmente havia carros por ali, principalmente naquele horário, ou era o que eu pensava. De repente os faróis iluminaram dois olhos muito brancos e muito redondos, e antes mesmo que eu pudesse raciocinar senti o carro bater duramente em algo. Eu havia atropelado um cervo.
Sai do carro apressadamente para ver o animal que havia ferido, o cervo tinha uma pelagem negra, chifres apenas um pouco mais amarronzados que o restante do seu corpo e dois grandes olhos negros já esbranquiçados pois o animal já se encontrava morto, felizmente seus chifres não haviam furado os pneus, embora ainda os tivesse sujado de sangue.
Como eu estava cansado e sabia que nada poderia ser feito pelo cervo morto, apenas o segurei pelos longos chifres e o arrastei para fora da estrada, voltei ao carro e dirigi para casa, apenas querendo tomar banho e dormir.
O acontecimento mal passou pela minha cabeça no dia seguinte enquanto eu rodava pela mesma estrada, não vendo nenhum sinal do animal morto. E assim a memória daquele dia foi deixada de lado por quase uma semana, até que eu visse, em um fim de tarde qualquer, um cervo negro, com chifres apenas um pouco mais amarronzados que o restante do seu corpo, me encarando com seus grande e redondos olhos negros, porém mais esbranquiçados que o normal, um pânico fora do normal se apossou de mim ao encarar aquela mesma cara do cervo que havia atropelado na semana passada, eu sequer lembrava do acontecimento, porém a semelhança era tanta que eu estava certo que se tratava do mesmo animal.
Me apressei em fechar as cortinas para deixar de ver a alma penada em meu jardim, não queria acreditar no que meus olhos viam, queria acreditar que era uma alucinação devido ao estresse, que não se tratava do mesmo cervo, afinal minha casa era rodeada por árvores, mas minha mente já estava certa sobre o que eu havia visto. Por fim decidi que minha paranoia de nada me ajudaria, fui tomar banho e cozinhar o jantar, meu cachorro pulava em minha perna pedindo por comida, isso me ajudou a esquecer o terror que agora estava cravado em meus ossos, naquela noite, não abri as cortinas.
Naquela mesma noite, não consegui também fechar os olhos, acordando diversas vezes por sonhos repletos de pesadelos na qual não me lembro dos detalhes, apenas da presença daqueles grandes e redondos olhos negros que eu havia esbranquiçado. Silenciei meus pensamentos quando meus pés tocaram a madeira fria do chão, decidi tomar uma boa xícara de café para tirar minha mente de vez dos pensamentos que me perseguiam, porém, ao chegar na cozinha, não encontro pela casa meu cachorro, nos primeiros momentos não dou tanta importância, já que não era incomum vê-lo saindo sozinho, mas ao chegar da tarde começo a me preocupar, meu cachorro ainda não havia voltado. Decido então sair a sua procura, mas mal saio de casa antes de avistar pelos brancos manchados de sangue perto da orla da floresta, pelos esse muito parecidos com os do meu cachorro, não queria acreditar que era realmente isso mas quando começo a caminhar em direção ao animal morto, dois olhos esbranquiçados me encaram de longe por entre as árvores, me convidando a me aproximar, aquele cervo maldito havia matado meu cachorro e viria atrás de mim também.
Corri o mais rápido que pude para dentro e tranquei a porta, não deixaria aquele encosto chegar até mim. Sentei-me no sofá tentando reunir em minha mente, tão repleta de medos e paranoias, alguma forma de me livrar da maldição que aquele cervo havia me lançado.
Minha mente vagava em círculos, o tempo escapava como o vento, ouvia tudo e nada ao mesmo tempo, e já não sabia mais o que era real e o que não era, porém ainda não conseguia fugir das certezas que havia criado sobre o animal que rondava a minha propriedade, e antes que eu pudesse notar, a noite já havia se arrastado sob o céu, eu sequer havia almoçado, preocupado demais com as torturas e voltas de minha própria mente, devido então ir até a cozinha comer algo, só agora dando atenção ao meu estômago esfomeado, mas mal consigo colocar meus pés no ladrilho frio do cômodo antes de ouvir cascos batendo no andar de cima, eu não queria acreditar no que ouvia, rezava para que fosse mentira, não era possível.
O cervo havia entrado em minha casa.
Eu não sabia o que fazer, deveria enfrentar o bicho maldito ou fugir o mais rápido possível? A dúvida corroendo minha mente, mas fui tirado dela ao ver pelo canto dos olhos um vulto na janela, virei a cabeça lentamente, temendo o que veria, tudo parecia em câmera lenta e para meu total horror lá estava o cervo, me encarando com seus olhos opacos e sem vida, do lado de fora da janela da minha cozinha, meu coração disparou como nunca, parecia que o órgão estava sendo esmagado por mãos invisíveis, de tal modo que o ar fugiu de meus pulmões, e antes que desse por mim já estava no chão, sentindo meu coração sendo arrancado pela minha boca, um berro de puro terror e agonia encheu o ar e quase não soube o identificar como meu próprio.
A última coisa que me lembro foi o barulho de cascos correndo para longe e a sensação da língua do meu cão passando pelo meu rosto antes que a escuridão me tomasse por completo.
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Oiiii, booklovers!
Primeiramente, desculpem pelo sumiço 🤡 eu estava tentando terminar outro post (quilométrico) e daí me toquei que já era ✨30 de abril✨ e eu não tinha feito nem a capa das leituras do mês.
Minhas leituras desse mês foram mais ou menos tão mixurucas quanto nos outros meses - inclusive pq levei quase o mês inteiro pra ler Brás Cubas e fui lendo os outros junto com esse 🤡 em resumo, uma vergonha.
☁️| A Aposta de um Cavalheiro - Stefany Nunes 🇧🇷
• Nota: 3,5★
O mês dos nacionais chegou? Kkkkkkk considerando que há tempos venho tentando acabar com a lista enorme do meu Kindle, fiz até um bom progresso.
Winston deixou Londres há dois anos, fugindo da onda de fofocas que surgiu após ser traído por seu melhor amigo. Entretanto, como o novo Conde de Suffolk, ele precisa retornar à cidade - e descobrirá que ainda é o assunto no lugar. Porém, Amelia, uma velha conhecida da infância, é a única pessoa que não o julga e o faz sentir confortável nos intermináveis bailes.
Durante uma noite com muito álcool e provocações, Winston aceita uma aposta que envolve conquistar e descartar uma dama: Amelia Berrycloth.
A nota foi baixa mas não porque a história em si é ruim, apenas não me agradou. A atração do casal foi muito "física" e rápida. Gosto mais de slow burn e nada com cenas +18 ou indo para uma cena +18. Eu poderia ter percebido isso pela sinopse? Talvez, mas ele tava juntando poeira online e nem lembrava mais sobre o que era.
🌧️| Durante a Dança - Ludmila Wendy 🇧🇷
• Nota: 3★
Uma fuga, uma promessa de casamento, uma dança.
Dei 3★ pq foi um conto curtíssimo e com final aberto. Fora algumas partes que me deixaram um pouco confusa (meu app aparentemente tá meio bugado e de vez em quando começo a ler de um cap aleatório do e-book, até achar estranho e perceber que não estou no começo 🤡).
☁️| Dançando entre Galáxias - Madu Maia 🇧🇷
• Nota: 4★
Odile tinha tudo para ser a próxima primeira bailarina da Ópera Nacional de Paris, mas sofre um acidente bem no meio de sua apresentação. Convencida de que pode continuar a dançar mesmo com sua perna machucada, ela continua treinando e treinando. Até que sua mãe decide enviá-la para passar uns tempos com o pai, no Brasil.
Foi legal? Foi, porém, acho que algumas partes não foram bem construídas, por exemplo, quando ela decidiu vir para o Brasil tão facilmente. Nem eu faria isso e eu não sou egocêntrica como ela - o alecrim dourado se considera o sol. O SOL.
🌧️| Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis 🇧🇷
• Nota: 3★
Após a morte, Brás Cubas começa a narrar sua história. Conta sobre seus amigos, seus estudos, sua família e seus amores.
Assim, achei meio parado. Talvez tenha sido um problema meu, pq sou acostumada a procurar romance em todos os livros (esse é meu gênero principal, só comecei a sair da minha zona de conforto literária de 2022 pra cá) e quando não é isso, procuro mistério 🤡
☁️| A Biblioteca das Histórias não Contadas - Gabriella Campos 🇧🇷
• Nota: 4,5★
Arrancada de seu mundo, uma protagonista vai parar numa biblioteca cheia de personagens, com suas histórias abandonadas por sua Autora em crise. Dizem que só há duas formas de sair de lá: sendo escrita ou esquecida para sempre. Mas será que essas são as únicas opções?
Pessoalmente, gostei bastante (apesar de não explicar tuuuuudo). E eu, uma escritora que nunca terminou nada, só pude imaginar meus próprios personagens largados numa biblioteca no fundo da minha mente, querendo que suas histórias fossem escritas. ~ se vcs soubessem o tanto de histórias que tenho pra escrever...
Fora isso, estou lendo a amostra de O Departamento de Cartas Mortas e estou simplesmente apaixonada! Infelizmente sou uma leitora pobre e vou ter que esperar séculos pro preço baixar 🥲🫶🏻
Bjs e boas leiturassss <3333
#livros#leitura#livrosderomance#books & libraries#leitores#books#books and reading#livros nacionais#leituras do mês
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𝕹𝖔 𝖑𝖔𝖓𝖌𝖊𝖗 𝖜𝖆𝖎𝖙 𝖋𝖔𝖗 𝖘𝖑𝖊𝖊𝖕, 𝖈𝖗𝖆𝖜𝖑 𝖔𝖓 𝖙𝖍𝖊 𝖌𝖗𝖔𝖚𝖓𝖉 𝖔𝖓 𝖇𝖔𝖙𝖍 𝖞𝖔𝖚𝖗 𝖍𝖆𝖓𝖉𝖘 𝖆𝖓𝖉 𝖐𝖓𝖊𝖊𝖘...
ʿ a primeira noite que passou no acampamento não foi tão tranquila quanto maxime desejava. a chegada dos dois semideuses com a equipe de resgate os trazendo de volta chamou atenção dos campistas. devora tinha sido uma peça chave para manter a mente de elói sã, tinha restaurado sua força, curado parte de suas feridas ainda em campo e ter um rosto conhecido serviu para que tentassem ficar alerta para não serem emboscados de novo.
mas que dera fosse isso que lhe perturbou, quem dera tivesse sido o julgamento e a pena no olhar dos colegas. não. no momento em que deitou para dormir, tudo piorou.
o corpo começou a formigar e ao invés de mergulhar em um sono profundo, maxime viu-se… de pé na floresta de novo. bem na sua frente podia ver o corpo sem vida de thabata. o susto que tomou com isso lhe fez dar passos apressados para trás, tropeçando em uma raiz grossa que o levou para o chão. o semideus caiu sentado, os olhos arregalados presos na figura da amiga. a semideusa tinha a camisa laranja manchada de sangue, os olhos verdes pálidos, sem toda aquela animação e felicidade que ele adorava. a pele estava pálida, os lábios meio azulados. Elói sentia-se começar a tremer mas foi quase que automático se aproximar da garota para checar se aquilo era real.
mas não podia ser, certo? a namorada não estava ali presente, apenas a menina o chão. de repente, os olhos opacos se mexeram e focaram em si, a boca de tabby começou a mexer e a voz que saiu dali não era conhecida, não era dela.
“suas ações tiveram consequências pesadas demais para seus ombros, filho de afrodite.” as palavras eram entoadas com pesar, podia jurar sentir a dor que pingava de cada som que ouvia. “vê o que fez? escolher o amor nunca o levará a lugar algum. você apenas irá perder tudo no fim.” thabata continuava falando com a voz masculina, porém isso não demorou muito pois uma névoa cinza saiu de seus lábios fazendo elói se arrastar no chão para longe do local.
na sua frente, a figura de um homem de pele tão pálida quanto a da menina, com os lábios tão azuis também quanto os dela… mas ali estava os olhos verdes que encarou por anos. “escolher o amor tirou de thabata a chance de viver. você escolheu o amor ao invés de minha filha.”
ah, hipnos.
se antes a ideia de conhecer um deus parecia irreal, quase sem sentido já que não tinha cabimento achar que algum iria prestar atenção em si. mas agora, diante a figura sombria de morfeu, maxime desejava ter continuado nas sombras. “essa será a sua desgraça, filho de afrodite. você estará fadado a reviver essa noite todas as vezes que tentar dormir. tente vir para meu reino e será saudado por essa visão, pelas lembranças de suas ações.” o deus deu um passo a frente fazendo elói engolir em seco os olhos azuis refletindo a sombra do medo que fazia seu coração acelerar no peito. “todas as vezes, você lembrará a dor que trouxe a mim ao escolher o amor.”
a mão esguia e ossuda foi esticada em sua direção e a névoa cinza que antes saiu do corpo de tabby e formou o deus agora era enviada para si, entrava em suas narinas e parecia sufocar seus pulmões. eloi tentou gritar mas sua voz não saia, apenas quando despertou com os olhos bem abertos e no chão do quarto que percebeu que tudo não passava de um sonho. tentar dormir depois disso foi algo que não conseguiu. o dia se arrastou com uma nuvem sombria em seu humor e a noite, a tentativa fracassada de dormir mais uma vez lhe frustrou e na terceira manhã após sua chegada, o semideus foi até quíron falar sobre o sonho misterioso.
o olhar de pena e tristeza do centauro lhe disse tudo o que elói precisava saber. não foi apenas um sonho, não foi só um pesadelo. foi uma visita de hipnos. a névoa que ele lançou para si nada mais era que uma maldição e, a partir daquele momento, estava impedindo de dormir. ir ao reino do deus lhe levaria para a noite que tanto desejava esquecer.
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Você pode esperar experimentar uma sensação de alívio e melhoria dentro de si mesmo à medida que mudanças significativas se desenrolam e atualizam o seu sistema pessoal. O teu trabalho árduo está a dar frutos, permitindo-te ganhar uma perspectiva mais elevada sobre ti mesmo.
A tua influência positiva na Terra está a substituir significativamente as estruturas escuras. As coisas que foram feitas na escuridão neste planeta agora serão expostas à luz para todos verem.
Trabalhadores da luz desempenham um papel crucial na quebra de maldições geracionais e ciclos na Terra. Eles colaboram com a consciência de Gaia para aumentar a consciência coletiva e remover o modelo sombrio de ganância, abuso e sofrimento.
Aqueles que não estão alinhados com a luz neste planeta irão sofrer mudanças notáveis na sua aparência física e alterar o seu tom de voz. A escuridão dentro deles torna-se muito mais óbvia e aparente. Você também pode testemunhar falhas temporárias na matriz 3D e observar essas mudanças físicas em outras pessoas.
Indivíduos de baixa consciência são metamorfos e trapaceiros e mudarão a sua aparência e alterarão o seu tom de voz tentando enganar as almas ascendentes. No entanto, almas avançadas podem ver através de seus disfarces facilmente, pois operam muito além das ilusões e falsas programação.
No seu caminho da verdadeira Ascensão, você vai perceber que, infelizmente a maioria das pessoas neste planeta estão em baixa consciência e não foram colocadas aqui para evoluir. Eles foram criados pelas suas próprias sementes planetárias para estarem aqui para nos lembrar a todos de como será a vida se não escolhermos ascender, Eles também são um exemplo para muitas almas ascendentes.
Lembre-se que você não está aqui para agradar a todos. Seu propósito é compartilhar seus dons únicos com o mundo. Aqueles que ressoam com as tuas vibrações e talentos serão naturalmente atraídos por ti.
Concentre-se em atrair a sua tribo em vez de se sentir distraído por aqueles que não te entendem ou valorizam os seus dons. Este não é o teu povo.
Em 2024, o ano universal 8 vai enfatizar a estabilidade, a verdade e a exposição de ilusões, enganos e mentiras. Tudo estrá sendo revelado...
Estruturas construídas sobre falsidades e menores intenções desmoronarão sob a força da Verdade. Universal número 8 está profundamente ligado à maior consciência, verdade e justiça cármica. Seu eu interior está passando por uma transformação significativa através da recalibração metafísica. Permita que este processo se desenrole, pois você já percorreu um longo caminho. Continue seguindo em frente independente do caos ao seu redor. Mantenha-se profundamente baseado na verdade e maior consciência, pois elas são a sua escolha de armas neste planeta ascendente. Aprecie o poder e o valor da verdade no seu processo de ascensão. Vai sempre te proteger e fortalecer. Mantenha-se aberto e esforce-se para manter um nível mais elevado de energia e consciência. Confie que a nova energia da Terra suporta totalmente a sua ascensão, cura, descobertas e flutuações. Abrace este apoio e obtenha uma perspectiva mais clara sobre a sua nova forma de pensar estabelecida. Durante este tempo, pode sentir sintomas físicos à medida que o seu corpo energético se expande além das limitações do seu corpo físico. Estes sintomas podem incluir sensações vibratórias, energia esmagadora e excessiva, experiências fora do corpo, clarões quentes, pressão torácica e uma sensação de expansão ou dissolução nas bordas do seu corpo. Ativações do campo áurico estão acontecendo. Indivíduos ascendentes estão a terminar ativamente longos e a drenar ciclos cármicos em vários aspectos das suas vidas, incluindo situações, casamentos, relacionamentos, famílias e amizades. Eles tomaram consciência destes padrões e tomaram a decisão de encerrar estes ciclos. Esta mudança é particularmente prevalente agora devido a um despertar significativo e expansão da consciência coletiva.
A ativação da glândula pineal está a abrir-te para linhas temporais e dimensões mais altas, permitindo que indivíduos ascendentes vejam através de falsas personas e estruturas vibracionais mais baixas, situações e pessoas. Alguns indivíduos ascendentes ainda podem sentir-se como se estivessem num "vazio" ou presos entre mundos. Isto pode ser desorientador à medida que a velha realidade se desmorona, e os sentimentos de pesar e tristeza pela vida anterior e por si mesmo ainda podem persistir. Nesta situação, é importante confiar e saber que tudo foi planejado sob uma perspectiva mais elevada. Você está exatamente onde precisa estar neste momento, pois tudo está se desenrolando perfeitamente alinhado com a vontade divina do Criador. As activações no terceiro olho abrem-se mais e em linhas temporais mais elevadas / dimensões alteradas e agora vê através de qualquer e qualquer pessoa falsa e estruturas vibracionais mais baixas situações e pessoas . Tudo está se desenrolando em perfeita conformidade com a vontade divina da fonte amor e luz Abrace esta compreensão e tenha confiança no caminho de ascensão que escolheu. Como uma alma ascendente autêntica, estás a libertar todas as coisas do ano passado que causaram qualquer apego negativo. Você está preparando e dando boas-vindas a um novo ciclo de mudanças, novas lições e novas aventuras. Você receberá muitas novas oportunidades para ascender ainda mais emocionalmente, mentalmente e espiritualmente.
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