#ADEUS MEDOS
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2675 Hz Áudio de Ativação da Glândula Pineal Ressonância Cristal Música Meditação Taças Tibetanas
🙏✨Ativação da Glândula Pineal - Ressonância Cristal a 2675 Hz 🙏✨
🌌 | Meditação com Taças Tibetanas
🙏✨Prezados seguidores da Aura Divina Espiritual, é com grande alegria que compartilho nosso mais recente vídeo de elevação espiritual.
🌟 Experimentem a poderosa ativação da Glândula Pineal através da ressonância cristalina a 2675 Hz.
🎶Sintonizem-se com a música meditativa, habilmente harmonizada com taças tibetanas, criando uma sinfonia celestial que ressoa com os chacras mais elevados.
🎶 Deixe-se envolver por essa jornada espiritual única.
🌈Não se esqueçam de compartilhar essa experiência transcendental com seus entes queridos e ajudem-nos a espalhar a luz espiritual.
🌈 Juntos, estamos construindo uma comunidade vibrante de consciência elevada.
🙏✨Gratidão por fazerem parte da nossa jornada espiritual. 🙏✨
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Meu ato final está próximo.
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“E um dia seus medos irão embora da mesma maneira que as pessoas também foram.”
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Jesus Misericordioso, Convosco irei com bravura e coragem para o combate e as batalhas. Diário 859.
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esse dia está, se dúvidas, na lista dos piores dias, pela reflexão desencadeada após um sonho ruim, pelos resultados dessa reflexão também. o coração pesou como a muito tempo não acontece... um sonho que eu nunca esperava "ver", a morte, o desespero diante daquela cena, como contar aos pais, parentes? passei o dia inteiro remoendo a situação, uma morte boba, com trágicas consequências. e se tivesse sido eu? a comoção teria sido a mesma que "presenciei"? não é de hoje que venho me perguntando isso, porém hoje definitivamente a pergunta ficou mais clara na minha mente: e quando >> eu << morrer? será que vão sentir falta por quem eu era de verdade? ou pela boa pessoa que fazia favores, que "quebrava um galho"? ou simplesmente irão esquecer? não que eu me importe de ser esquecida, - seria até um favor ser esquecida por algumas pessoas rsrs - e nem que eu esteja me preocupando com o pós morte em si, é mais para uma dúvida que eu gostaria de assistir. é claro que eu gostaria de ver como vão reagir sabendo que não fizeram 1/3 do ressentimento em vida. mas o coração pesou não foi por essas dúvidas, não. senti um peso enorme quando fui mais a fundo, em coisas que a muito tempo vou deixando de lado, pra depois, tipo por saber que eu tive a chance de fazer terapia e desisti, como eu sempre desisto de tudo, e por mais que eu tente justificar, não tem justificativa isso; por entender que eu tenho uma baita probabilidade de tentar suicídio mais uma vez e não faço absolutamente nada pra mudar isso; por conseguir enxergar o quanto me sinto culpada por coisas que não estão no meu alcance e também não movo um dedo pra fazer diferente; entre tantas outras coisas que eu simplesmente deixo rolar pra ver onde vai dar, quando na verdade eu sei muito bem, pois já passei por isso antes. parece que estou presa num looping, eu vejo as coisas acontecendo exatamente como antes e não faço o mínimo para procurar meios de quebrar esses paradigmas. me sinto fraca, frágil, inútil. invento mil desculpas pra enrolar, procrastinar. e depois de tudo, só consegui me perguntar por que sou assim? e essa, meus caros, essa pergunta segue sem resposta. ter consciência e não ter forças é, de longe, a pior circunstância que um depressivo pode se encontrar.
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(Foto meramente ilustrativa)
Quando é hora de partir?
Quando a dúvida bate na sua porta e você já percebeu que o teu relacionamento já não é mais sadio, já não tem mais perspectiva, você sabe que não vai mudar, tudo vai continuar a mesma coisa, você tem quase todos os dias uma conversa séria ou uma discussão, você tem o bem querer de querer o bem da pessoa, porque essa pessoa faz parte da metade da tua vida, porém, continuar mesmo sabendo que nada vai mudar… Vale a pena continuar? Na dúvida você vai empurrando com a barriga, com o tempo o medo do término, as expectativas criadas em torno desse relacionamento, os tantos planos, projetos, momentos, não sei! é como se fosse o teu oxigênio, mas você já sabe que não tem mais amor que não tem mais borboletas no estômago, você já sabe que dali não vai mais sair nada de bom, os filhos já estão praticamente criados, tem algum sonho escondido nas gavetas, você até compartilha alguns poucos e monótonos momentos juntos mas é o suficiente? Continuar?
Qual é a hora de partir?
Qual é a hora de deixar pra trás o que não te satisfaz mais?
Qual é hora de desistir?
Quando você se pergunta se tem amor? Ou quando você sabe todas as respostas e o medo do novo te paralisa?
O que tem lá fora? Outro amor? Uma paixão? Uma noite tórrida? Um emprego? Novos amigos? Lugares não vistos?
A partida dói? Ou permanecer dói mais?
06/05/23
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Mania - Choi Seungcheol
Seungcheol sentia que ia enlouquecer com a nova mania que você tinha adquirido nas últimas semanas.
Primeiro, ele retém na memória, começou com o ato de passar o batom clarinho avermelhado, brilhoso, que tinha o cheiro excessivamente doce de cereja, na boca. Todos os dias, quando vocês sempre saíam atrasados de casa pras aulas, ele via pelo canto dos olhos você, religiosamente, cobrir os lábios com a textura espessa.
Então, depois ele tinha que encarar como seus lábios se tornavam tão, mais, atrativos. Logo depois você se aproximava para beijar a bochecha dele ao se despedir e partir para seu bloco, e a sensação do gloss ficava sobre a pele. Não só a sensação, mas o contorno da sua boca, que ele tinha orgulho em deixar, exibindo por aí.
Era um gesto simples, mas ele tinha que se segurar muito para não virar, nem que seja um pouquinho, deixar que os lábios roçassem acidentalmente ou, sendo mais ousado, finalmente deixar que os pensamentos apaixonadas vencessem e ele tomasse seus lábios num beijo, tomando um pouquinho do gloss pra si mesmo. Então ele poderia comprovar se era tão doce quanto parecia.
Mas, se fosse só isso, estaria tudo certo. Porém, nas últimas semanas você tinha desbloqueado uma nova mania: morder os lábios.
Em diversos momentos, quase sempre quando os olhos dele estavam sobre você, então ele assistia você prender a carne macia entre os dentes. Acontecia enquanto estudavam, enquanto você lia um livro em silêncio, quando estava apreensiva com algo ou só distraída em algum pensamento.
Nada sobre você passava despercebido pelo Choi. Mas ele tem que admitir, de todas as suas manias que ele descobriu ao longo da amizade, essa tem sido a mais desafiadora. A forma como os olhos dele não conseguiam desgrudar de como seus lábios eram mastigados devagarinho pelos próprios dentes, como a carne parece tão macia.
Porra. Seungcheol achava loucura demais. Era loucura demais como tinha que se conter, porque tinha medo de quebrar a linha fina que separava vocês dois entre amigos ou qualquer coisa a mais.
Porque, ele não era totalmente platônico, existiam coisas que o faziam acreditar que talvez, pelo menos numa medida muito mínima, você também correspondia ao que ele sente. Seja na forma como você deixava que ele estivesse sempre com as mãos sobre você, abraçando, mantendo perto. Como você sempre se esgueirava embaixo dos lençóis dele, mesmo que fosse só para dormir. Como você parecia ficar derretida quando, no meio desses abraços, Seungcheol roçava o nariz na pele do seu pescoço, os lábios, e sempre largava um beijinho ou outro.
Mas era uma relação tão delicada que Seungcheol morria de medo de quebrar, de perder mesmo isso.
Por isso, agora mesmo quando vocês estão na biblioteca, os olhos dele permanecem presos no seu rosto concentrado, como você morde os lábios. Seungcheol suspira alto, esfregando o rosto, dramático. Chama sua atenção.
– Tudo bem? – Indaga.
Ele assente.
– Só sono. – Mente, descaradamente.
– Você quer ir pra casa? Eu sinto que eu vou demorar aqui e eu ainda tenho o grupo de estudos a noite...
Ele assente, compreensivo. O Choi não tinha mais aulas, seria bom ir para casa, limpar a mente.
– Eu venho buscar você mais tarde.
Você nega, inclina a cabeça.
– Não precisa, Cheol, eu pego carona com uma das meninas.
Seungcheol suspira mais uma vez, juntando o material que usava pra estudo anteriormente. Quando se levanta se inclina para se despedir. Beija sua bochecha, avisando que ligasse caso precisasse dele. Você corresponde o adeus também.
Seu cheiro, o calor, que apetece ele e ficam mesmo quando ele se vai. Caramba, Seungcheol pensa quando põe os pés fora da biblioteca, parecia intoxicado aquele dia.
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Somos feito de tudo aquilo que não queremos passar e não queremos sentir. dor. angústia. despedida. tristeza. coração quebrado. saudade. mentiras. medos. receios. ilusões. adeus. até logo. até mais. fim. ponto final. vírgula. frieza. desesperança. insuficiência. ausência. luto. quebrado. perdido. frio. entre todos os substantivos e adjetivos que conhecemos nunca esperamos que um dia iremos ter a experiência e vivencia-los no cru. na pele. mas o que anda mesmo me consumindo dia após dia é o mais temeroso ‘’vazio‘’. o incrível hábito de nos olharmos no espelho e se perguntar ‘’o que foi que me tornei? como pude deixar isso me consumir?’’ eu não me reconheço mais. sinto tudo. o vazio presente e ele me consumindo um pouco a cada dia. sinto ele me abraçar. sinto quando conversa comigo através dos meus olhos que refletem no espelho. sinto quando o meu coração que é feito dele batendo em uma forma rítmica. sinto a presença dele como uma segunda pele. uma só carne e uma pessoa inteiramente feita dele.
É triste. decepcionante. irracional. impulsivo. imprudente. mesmo em torpor pelo choro me consumindo, ainda consigo identificar tudo o que me fez ser assim, um completo corpo cheio de vazio e solidão. as vezes não há muito o que ser feito a não ser lidar com os nossos próprios demônios. as vezes o que pode ser feito é enfrentar o nosso maior inimigo ‘’que somos nós mesmos’’ e tentar descobrir quem vencerá ou como estaremos ao chegar no final de tudo isso. como entrar em uma guerra consigo mesmo? como controlar as vozes dizendo que seremos sempre assim, um completo caos em desordem e que não sabe lidar com as suas próprias emoções? como não deixar o vazio nos consumir? como deixar de ouvir as vozes e os pensamentos dizendo que seremos um ser humano apático e invisível? Se alguém souber da fórmula mágica para essa resolução me convite para um café e me ensine como chegar ao final do dia sem me perder em meio a dor.
Talvez em algum momento iremos descobrir em como não deixar o vazio nos consumir. em como não nos perdemos e saber o caminho de volta pra casa. nos olhar com mais carinho no espelho e dar a oportunidade de entender que não somos feitos apenas de dor e escuridão, um sorriso em meio a dor pode aparecer e ele será o mais sincero de todos que você já deu por toda uma vida. talvez o que falta é a paciência de entender o processo de superar e que esse processo faz parte para sermos fortes e enxergar que somos pessoas e não máquinas programadas para sentir aquilo que nos mata lentamente. a tristeza mata. o choro mata. espaço vazio mata. a dor mata. a falta de esperança mata. o sorriso forçado, mata. não acreditar que seremos melhor, mata. mais o que mata mesmo é o momento em que desistimos de nós mesmos deixando tudo nos consumir e no final o que resta? pó. um pó que tentou sobreviver os mais terríveis sentimentos que um ser humano pode sentir ou suportar. ainda há esperança para dias melhores. ainda podemos ser pessoas melhores. a vida não é somente dor ou vazio. ainda não é o fim. ainda não acabou. ainda há esperança para dias melhores.
Elle Alber
#usem a tag espalhepoesias em suas autorias 🌈#espalhepoesias#lardepoetas#escritos#pequenosescritores#pequenospoetas#pequenos textos#pequenosautores#autorias#pequenosversos#lardospoetas#pequenasescritoras#dornasentrelinhas#saudades#poesia#pensamentos
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tenho tantas coisas a te contar. faz um silêncio ensurdecedor lá fora e eu tenho medos como não tinha há tanto tempo. se você está lendo isso, é provável que o sentimento já tenha passado. eu vou estar mais segura quando publicar isso. eu só publico coisas atrasadas agora. eu sinto muito. as coisas não são mais como eram há anos atrás. eu mudei, troquei de roupas e de personalidade. você não me reconheceria e eu não te reconheceria. há a cura no meio do caminho, a cura sempre está no meio do caminho de algo. pra chegar até você eu tive que respeitar esses limites. e atravessar!!! eu brinquei de tanto faz tantas vezes - é que eu não sabia o que eu queria porque tudo era oco e exagerado. faz pouco tempo que descobri que a versão que você conhecia de mim nunca foi quem eu era de verdade. você gostava de mim por quem eu dizia ser, e por você gostar do papel que eu criei pra você eu continuava, mas eu nunca fui aquela pessoa e eu nunca fui sincera com você. eu sou sentimental, eu quero uma família, eu quero viajar com o amor da minha vida pra itália e eu quero sonhos.
às vezes quando eu quase caio da corda bamba e me perco de quem eu sou, eu me lembro de você. porque pra você era fácil ser uma pessoa perdida porque você também era, mas nós merecíamos mais. só que se perder no processo da vida é uma coisa que acontece, sempre vai. faz parte dos funerais e renascimentos. então ainda pulsa e quando pulsa, eu me lembro que entre um caminho e outro, há a cura. é preciso perdoar um milhões de vezes. é preciso comparecer ao funeral milhões de vezes. é preciso dizer adeus um milhão de vezes. não há outro jeito. mas entre um caminho e o outro, há a cura. ou por vezes, não. às vezes a cura está exatamente do outro lado.
[é preciso toda a coragem de atravessar]
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E se perguntassem o que vem a ser o certo, Gabriela olharia com a cabeça torta como a de um cachorro quando parece não compreender o que se passa. O olhar de repente vidrado de quem tem sede de entender as coisas que acontecem ao redor. Ela não sabia amar, talvez. Então mais um amor havia ido embora, mais um amor havia chegado ao fim. Nessa imensa individualidade onde ninguém podia entristecê-la sempre cresciam espinhos. Espinhos para machucar aqueles que a machucavam, então assim não a tocavam. Não tocava porque o medo da mágoa não deixava que lhe tocassem, ou então havia medo porque não haviam tocado fundo o suficiente para que o medo não existisse. Que triste então estava sendo, mas Gabriela parecia acostumada. Acostumada e fria porque depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado. A maquiagem borrada em volta dos olhos tinha sido limpa na noite anterior. Quando Antônio e ela se encontraram; ela parecia inteira. Inteira porque não tinha ficado nada dela para trás. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes. Era mais um fim doído, choroso, arrastado. Fosse o ponto final sua última lágrima de dor, já havia então sido decretado. Decretado num discurso mudo, num adeus em silêncio. Dito através de tudo daquilo que não havia sido falado. Antônio não parecia prestes a dizer nada. Gabriela não diria; se pudesse escolher, teria ficado calada, mas lhe escapou: “Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Seu amor, comparado ao meu, é pouco. Muito pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.”.
Caio Fernando Abreu
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963Hz BATIDA DA CURA E DOS MILAGRES FORTALECER E ATIVAR 3º OLHO & LIMPEZA DA GLÂNDULA PINEAL
A Frequência 963hz fortalece o seu 3º Olho & Limpa a sua Glândula Pineal. Música para relaxamento, meditação, para fundo para leitura, dormir, estudar ou qualquer outra atividade. Assista ou apenas ouça - você decide como se sente melhor. Fones de ouvido podem aumentar a experiência. A frequência solfeggio 963hz se mistura perfeitamente com a música.
Acesse o canal e compartilhe nossos vídeos.
Gratidão.
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O luto é o preço que se paga por amar alguém.
-desconhecido
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acontece
Era noite no bar, sem álcool no sangue porque não faz meu tipo, você sabe. Observei suspensa no tempo enquanto nenhuma música fazia sentido, como se as letras fossem vazias por falar de algo que não tenho mais. O som de algo pesado se perdendo dentro de mim poderia ser ouvido por qualquer um que não se perdesse nos acordes tocados, mas ninguém ouviu. Só eu. Senti como um continente deslocando-se em milhares de anos, porém de uma vez, a percepção de que as músicas de amor não são mais minhas. Os planos de amor não são mais meus. Seus quadros ainda nas minhas paredes só dão mais tristeza para esse cenário de adeus, um adeus que nunca pensei em dar, enquanto tento munir minha certeza de ir embora. O problema é que você quem foi e eu fiquei com os quadros. Eu fiquei com a parede colorida que escolhemos. Eu fiquei com as marcas físicas de que a gente existiu aqui. Olho para lugares novos e sei que essa cidade está tomada, porque nós tivemos tempo suficiente de dar um beijo em cada esquina importante da redondeza. [não me esquece não me esquece] Tivemos tempo suficiente de conhecer e desconhecer lugares que agora terei de rever. Tivemos tempo, tempo demais, mas não todo o tempo. Não para sempre. Não somos os mesmos que se beijaram nessas esquinas, entretanto ainda não somos outros. Talvez você nem entenda mais meus jeitos igual antes e eu não ria mais das suas piadas. A saudade vem, não de nós, mas do que planejamos ser. Saudade do futuro que não vai existir mais uma vez. Ainda lembro de nós emaranhados, cheios de esperança pelo que poderia ser antes de termos a chance de ser qualquer coisa que não apenas nós. Todo meu DNA tem as marcas da sua passagem e do quanto eu sei seus trejeitos mais íntimos, meu armário está cheio de evidências da sua passagem e algumas roupas ainda tem o seu cheiro. Meu medo é você decidir levar tudo que é seu e levar uma parte grande de mim.
O que o amor vira quando chega o fim? É só que dói um pouco quando eu lembro assim mas, enfim, acontece.
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Mas Jesus me tira desse medo, dando-me a conhecer que grande glória Lhe trará essa obra da misericórdia. Diário 859.
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Às vezes, me pergunto se sou eu quem está quebrada ou se simplesmente aprendi a lidar com a dor. Cada desilusão que vivi, cada adeus que pronunciei, me fez mais forte, mas também mais ciente das minhas próprias fragilidades. A verdade é que me tornei uma especialista em despedidas, alguém que sabe quando é hora de partir antes que a ferida se torne insuportável.
Lembro-me de cada relação que tentei cultivar, cada sonho que construí ao lado de outra pessoa. A expectativa sempre estava lá, brilhando como uma estrela, mas, com o tempo, percebi que essas luzes muitas vezes se apagavam. O que começou como promessas de felicidade se transformou em um ciclo de frustração e desilusão. Aprendi a reconhecer os sinais: o jeito como as palavras se tornavam vazias, como os olhares se desviavam e como o amor, que um dia parecia abundante, se tornava escasso.
E assim, eu me protegi. A cada nova tentativa, a cada novo amor, eu construí muros mais altos ao meu redor. Tentei abrir meu coração, mas o medo de ser ferida novamente sempre sussurrava em meus ouvidos. Eu sou boa em dizer adeus, em fechar capítulos antes que a história se torne dolorosa demais para suportar. Por dentro, a luta é constante; enquanto o mundo me vê como alguém forte e indiferente, eu sinto a saudade e a perda, mesmo que não demonstre.
É uma dança estranha entre o desejo de amar e a necessidade de me preservar. Eu quero acreditar na possibilidade do amor verdadeiro, mas a experiência me ensina a ser cautelosa. O amor pode ser lindo, mas também pode ser um campo de batalha, e eu não estou disposta a lutar mais uma vez sem me preparar para a saída. Ser boa em despedidas é uma habilidade que desenvolvi para proteger meu coração, mas, no fundo, o que eu realmente anseio é por um amor que me faça esquecer do adeus, um amor que seja mais forte do que as minhas inseguranças.
Assim, sigo em frente, com a esperança de que um dia encontrarei alguém que me faça acreditar novamente. Alguém que não apenas entenda a minha dor, mas que também esteja disposto a construir algo duradouro, onde o adeus não seja uma opção.
(Texto autoral).
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escrever tem se tornado algo que eu tenho grande dificuldade, ultimamente. todas as vezes que eu tento começar alguma frase, você aparece nas últimas ou primeiras palavras. é quase a mesma coisa que mostrar uma droga pra um dependente químico pós reabilitação. tudo volta na minha mente como um filme de trás pra frente onde o final seria o começo, onde acaba com um oi, ao invés de um adeus. sinto o frio da conversa, o amargor do passado, as dores do presente e o medo do futuro, tudo ao mesmo tempo e na mesma intensidade.
e não tem ninguém que possa me abraçar. alguém pra me dizer que vai passar, que eu só preciso pensar em como recomeçar, em voltar a escrever.
mas fica difícil demais quando tudo se trata de você.
eu não sei mais nada sobre mim, porque sei demais sobre você.
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