#╰ * fantasfly .
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kitdeferramentas · 6 months ago
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Waterland + @fantasfly
Quase 20 anos no acampamento e pouquíssima coisa surpreendia o filho de Hefesto. Logo, não foi nada fora do normal tomar um caminho diferente do marcado no chão sem qualquer ideia do que esperar no fim. Ele ainda olhou por cima do ombro, meio desconfiado, notando que ninguém prestava muita atenção. ✶ — › O que foi, Flintstone? Está tudo bem? — Kit parecia tão preocupado com seu cenho franzido e mão apertando o ombro alheio. ✶ — › Precisa recuperar o fôlego depois de me ver? — A brincadeira estava ali, no sorriso travesso em seu rosto, mas... Ainda tinha um receio ali; incerto da gravidade da situação.
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alekseii · 5 months ago
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"você me daria a honra dessa dança?" passos silenciosos como sempre, era a postura a se adotar perto de @fantasfly, o cuidado absurdo para que ele não fugisse. o predador e a presa. poético, não? a mente inebriada poderia divagar por esses assuntos todos em milésimos de segundos, para voltar com conclusões complexas e profundas. agora, estava determinado a convidar a figura triste nas sombras para uma dança. porque tinha projetado aquilo na cabeça, mesmo sem saber ao certo dançar. quem sabe ele pudesse guiar, e aleksei pudesse seguir. todos sabiam como ele era ótimo em seguir ordens.
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mortimersage · 11 months ago
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entrega para @fantasfly na manhã pós plot drop na enfermaria
Não costumava incomodar os feridos, ainda mais com tudo o que havia ocorrido. Ainda sim, era necessário trocar as ataduras de muitos que haviam se machucado, principalmente quando a enfermaria estava tão cheia. A noite tinha sido muito longa, principalmente fazendo parte dos Curandeiros, focando em curar o máximo de pessoas que conseguia. Os olhos focaram, no entanto, em uma figura muito conhecida de Sage. Uma coisa que é necessário compreender antes de tudo: a mulher adorava uma boa provocação e, quando outros demonstravam que odiavam aquilo, era quando sentia-se verdadeiramente entusiasmada em ser uma peste. Sentou-se ao lado da cama, o violão em suas mãos, e começou a tocar Womanizer da Britney Spears, o que não demorou para acompanhar a voz melódica dela. Os olhos brilhavam de perversão, desejando acordá-lo e fazê-lo melhorar da forma que o outro mais odiava. Quando o homem finalmente se deu por desperto e sentiu a ferida alheia cicatrizar um pouco, abriu um sorriso largo. "Bom dia, meu querido. Está se sentindo um pouco melhor? Preparei essa música exclusivamente para você. "
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likethemo0n-archive · 6 months ago
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✦ ・ closed starter at the ball with @fantasfly
Qualquer um que conhecesse Calista pelo menos um pouco sabia que ela amava dançar. Desde sua adolescência, quando pensava não ser nada além de uma mera mortal, a filha de Afrodite era frequentemente deixada levar pelo ritmo da música, e é óbvio que naquele momento não seria diferente. Já havia bebido umas duas taças de vinho, o que não era suficiente para embebedá-la, mas já a relaxava um pouco, então deixou a taça vazia na mesa mais próxima e foi para a pista de dança, sozinha mesmo. Fechou os olhos e deixou que o ritmo da dança dominasse seu corpo e se moveu de forma graciosa e elegante, como se fizesse isso todos os dias. Não sabia quanto tempo havia passado, mas eventualmente abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi Flynn, lhe encarando fixamente.
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windynwild-archive · 6 months ago
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✦ ・ closed starter at the ball with @fantasfly
Sawyer estava importunando Flynn desde que havia o encontrado. Ela sabia que podia ser chata e insistente como uma criança quando queria, mas o que podia fazer se havia gastado sua única chance de fazer um ursinho para criar a pequena abominação com Kitty? Agora ela não tinha um ursinho fofo para dar de presente para Natalia, e era ali que o filho de Tânatos entrava. "Eu pago o quanto for necessário", garantiu. "O que você quiser, mesmo. É só que eu gastei a minha vez para fazer essa coisa feia aqui", mostrou o bichinho para ele. "E eu não posso dar isso pra Nati, seria um insulto. Deixa eu usar a sua vez pra fazer um pra ela? Por favorzinho? Eu limpo o seu chalé, sei lá."
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ertois · 11 months ago
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── pelo menos ninguém morreu. ── gabe repetiu, com certa ironia na voz, o mantra que vinha ouvindo desde que acordara. recostado no que restara do bar de dionísio, tinha um drink em mãos e o oferecia aos céus em algo semelhante a um brinde. após outro golinho, virou-se para encarar @fantasfly. ── o novato fez uma entrada e tanto, aliás. assisti a reprise. la rue e di angelo roubaram metade do tempo de tela, mas não acho que vai demorar até alguém reclamá-lo. um programa assim te dá certa... visibilidade. ── falava como quem entendia do assunto, e no fundo pensava mesmo entender. para gabriel, sua reclamação pela deusa do arco-iris estava intrinsecamente ligada à aparição que ele próprio havia tido meses atrás no keeping up with the olympians. nada mais. ── você viu os olhos? pra mim, ele tem cara de criança proibida. coloco três dracmas no troglodita da aljava de raios. ── pôs a mão sobre a boca imediatamente, olhando para os céus num gesto deliberadamente sarcástico. ── oops, perdão, perdão, acho melhor eu olhar a minha língua. vai que ele arranca ela dessa vez?
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kitkitkitttty · 11 months ago
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Localização: covil da fera Chalé de Hefesto
O som do martelo contra o metal incandescente reverberava pela forja, o calor opressor sequer fazendo cócegas na forma metálica do filho de Hefesto. Pelo contrário, o metal orgânico ficava mais maleável e fácil de mover, permitindo-o um torque tão absurdo que os mecanismos de ajuda permaneciam no mesmo lugar - guardados. Aquele escudo estava dando trabalho, os rasgos de garras fortes demais entortando a estrutura e destruindo as alegorias da frente. Depois eu lanço minhas habilidades e tento resolver. Pensou consigo mesmo, os dedos abrindo um espaço certeiro para o novo golpe. Quando se virou para resfriar a peça, Kit percebeu... A água estava borbulhante de quente e pela metade. Sua camisa, amarrotada e irreconhecível, apresentava uma camada de fuligem que só significava uma coisa.
Hora de comprar um relógio.
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Ou ceder aos insistentes pedidos dos irmãos em não trabalhar naquelas partes e se atentar na movimentação ao redor. Mas o que eu posso fazer se no fogo tudo fica mais fácil? Kit suspirou para as chamas que o envelopavam, da boca deslizando pedidos de desculpas em rosário a cada passo que se colocava para fora. Subiu para o piso térreo, esperando que o frio do clima o esfriasse o suficiente para voltar à forma humana. Se eu for agora, dá pra pegar... Mas o pensamento não terminou. Por quê? Kit queria o céu pela janela, mas foi assaltado com a imagem de uma constelação. "Sabe, eu pensei ter ficado mais louco que o Batman quando achei ter te visto enquanto montava as armadilhas na colina." Começou, hesitante, porque a transformação ocorria cedo demais e o suor evaporava assim que pêlos apareciam. "Agora eu tenho certeza que deveria ter aceitado o convite à enfermaria com os outros alucinados, porque não é possível... Não é possível que você apareça aqui, todo cínico e exótico, achando que dá pra chegar aqui tendo desaparecido sem dar uma satisfação." Pegou o travesseiro da própria cama e arremessou, certeiro, na direção da cabeça de @fantasfly.
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maximeloi · 11 months ago
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ʿ starter with @fantasfly
¸ arena de treinamento.
ミ ♡ ˊˎ˖ ࣪ ʿ                                     parecia a milésima tentativa, mas era apenas a terceira naquele dia. a dracaenae de ciclopes encurralava max e duas figuras holográficas femininas. o suor descia pela sua nuca e também fazia a testa brilhar. maxime estava concentrado em tentar achar um jeito diferente de agir naquela situação, mas a dracaenae número um estava muito perto da semideusa de cabelo ruivos. a distância entre ele próprio e a colega era mostrada no óculos que usava para contemplar os hologramas dentro da arena, já quando olhou para a outra garota, perto, bem perto. conseguiria facilmente recuperar seu chicote no meio do caminho e prender o pescoço da criatura monstruosa que tentava atacar a jovem. max fez isso com rapidez mas assim que tentou se virar para repetir o processo com a outra, as luzes vermelhas brilhavam e o barulho alto soava na arena. uma morte. de novo. um grito frustrado e doloroso escapou de sua garganta, o loiro socou o chão com raiva e atirou os óculos para longe. foi somente quando olhou para checar se não tinha quebrado o aparelho, que viu que não estava sozinho. bem, merda. fazer papel de idiota na frente de flynn era a última coisa que desejava, mas acontecia. “ ━━━ desculpe. acho que... terminei. você pode usar os equipamentos." resmungou ainda sentado no meio do círculo, abaixando o olhar derrotado para o chão. não importanta quantas vezes tentasse, o final era sempre o mesmo com a simulação.
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mcdameb · 6 months ago
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🍷 starter with @evewintrs e @fantasfly
¸ WATERLAND: laser tag.
⭑🍇ʿ                                      o jogo estava quase no fim mas os três jogadores que continuam ativos ainda tinham munição e vidas para gastar. da equipe vermelha restava ainda brooklyn e evelyn, da azul, flynn. quem estava mais em desvantagem ali era brook que apesar de ainda ter a irmã consigo, ele próprio tinha apenas uma vida apenas. se atingido, seria seu fim. “ ━━━ você vai ter que ser forte, eve. minha morte é inevitável." disse para a irmã, escondidos atrás de uma das ruínas, o semideus deixava aparecer sua veia dramática. “ ━━━ terá que resistir e vencer. onde quer que eu esteja, estarei orgulhoso." falava como se realmente estivesse prestes a morrer, mas morreria lutando. para o outro competidor, porém, acabou levantando mais a voz para ver se conseguia atrair o som e descobrir em que lado do campo ele estava. “ ━━━ você está frito, ramsey! são dois contra um, você não vai vencer essa!" vangloriou-se, mesmo que não fosse nisso que acreditava no momento. vencê-lo não seria nada fácil para os irmãos.
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likethemo0n-archive · 6 months ago
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Calista não sabia dizer ao certo de a alta familiaridade nas palavras de Flynn a frustrava pela ousadia do outro ou pelo fato de que aquilo fazia seu peito doer de saudades de algo que um dia fora tão bom. "É, prefiro continuar em minha forma humana, mesmo. Principalmente porque as Caçadoras costumam caçar os animais depois de nossa senhora transformá-los, então...", comentou com um sorriso sarcástico. Ela não entendia o efeito que o filho de Tânatos ainda era capaz de causar nela; Calista não era sarcástica, defensiva ou reativa como estava sendo naquele momento, e ela não gostava do tipo de pessoa que estava sendo ali. "Ao menos por enquanto? Sério mesmo, Flynn?", cruzou os braços como que para se proteger das palavras do outro. Talvez, há tantos anos, a possibilidade tivesse sido tentadora, mas agora só conseguia deixá-la amarga. Desviou o olhar enquanto ele descreveu uma situação tão longínqua, mas ainda viva na memória da Caçadora. Ele estava certo; ela não se esquecia de nada. "Fico surpresa que você ainda se lembre de algo de tanto tempo atrás. Mas sim, ainda me lembro."
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"Bom, se te transformassem em um urso seria um polar só para combinar com seu cabelinho." O comentário foi feito com a pitada de intimidade que antes possuía com a caçadora. "E não seria tão ruim, poderia protagonizar um filme como o irmão urso ou aquele da menina ruiva." Esboçou uma falsa feição de surpresa, colocando a pão espalmada sobre o peito. O sorriso que se ficou em seu rosto era de completa satisfação, ciente que obteve aquilo que tanto desejava: mais do que um mero desprezo. Aproximou-se da semideusa tanto mais alguns passos, ouvindo atentamente suas palavras. "Fora de questão, ao menos por enquanto." Sua voz demonstrava o prazer em atiçar a irritação da caçadora. A troca de palavras lhe trouxe o prazer de tê-la de maneira amigável, como tinha há tempos atrás. Ao invés de responder a pergunta da semideusa, investiu novamente na sua empreitada, desviando os olhos para o horizonte nublado em admiração. Nem ele sabia o motivo pelo qual estava tão empenhado em atrair a amizade de Calista para si. Talvez o ego, a solidão, o afeto que ainda guardava, a nostalgia. "Lembra quando ficamos aqui, nessa praia, durante uma madrugada de junho? Lembro que você estava usando uma roupa clara que parecia brilhar com a luz da lua e me contou sobre uma das suas viagens, como o baile que participou e aquele combate maluco em que se envolveram." A memória lhe caía com certo amargor nos lábios, mas não cessou suas atividades. "É óbvio que você lembra. Você sempre se recorda de tudo, nos mínimos detalhes."
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kitdeferramentas · 5 months ago
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⸤ 🫀 ⸣ ⸻ Grief, I've learned, is really just love. It's all the love you want to give but cannot. All of that unspent love gathers up in the corners of your eyes, the lump in your throat, and in the hollow part of your chest. ,
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disclaimer: pov - antes / depois da queima da mortalha de Flynn Ramsey (@fantasfly). PT1
semideuses mencionados: @kaitoflames , @kerimboz , @liamworths , @helsonfire
Foi a secura da garganta, os lábios secos ou a dificuldade de respirar? Talvez tenha sido a câimbra de corpo inteiro ou os músculos tremendo de esforço. A verdade é que alguma coisa aconteceu e ele, ao piscar, se via em um lugar novo.
Ou melhor dizendo, velho.
Curvado sobre si mesmo, o testamento e o envelope negro eram segurados pela mão direita. Tremendo no ar, bem longe do rosto que voltou a banhar-se de lágrimas. Na outra... O pulso adornado da pulseira dourada, tinha os dedos girando cada conta do colar de Flynn.
Uma conta. Uma memória. A vida de um semideus resumida a isso? Pinturas de momentos esparsos? Um único evento memorável? Ele girava cada uma devagar e negava, se recusava a aceitar, que aquele ano da conta laranja com estrelas não mostrasse a noite do acampamento dentro do acampamento. Do dia que ele quase se afogou naquela fantasia idiota de tubarão. Ou que nada lembrasse da algazarra durante a refeição. Ou quando ele sorriu para o crush, depois do dia inteiro de Kit encher o ouvido para ter coragem.
O corpo afundava na cama e ele virava, o olhar no travesseiro, e os via. Entrelaçados, brigando por mais centímetros para se esticar e rindo. Rindo tanto. Porque Dionísio tinha feito três semideuses beber suco de uva até reclamar. Ou tinha sido aquele desastre nos campos de morango? O dedo passou para outra conta e a imagem mudou, Kit e Flynn dormindo exaustos. Entregues a um sono que, ele sabia, seria acordado pelo susto do filho de Hefesto. O seu primeiro pesadelo, um dia antes de Flynn sair na missão cheia de mortes.
Aquele lugar... Aquele lugar... Por onde olhasse, as lembranças o assaltavam sem misericórdia. Provocando com seus ínfimos detalhes, o iludindo de que estava ali de novo. Para depois enfiar o tridente entre as costelas, rasgando a ilusão e expondo que faltava... O principal não existia mais ali. Não tinha... Não ia... Não voltaria...
Os dentes afundaram no lábio inferior e a coluna cedeu, os joelhos aguentando os cotovelos pontudos enquanto ele chorava. E chorava. E chorava. O peito não aliviando com as lágrimas, algo querendo escavar para fora em busca de ar. De liberdade. Porque o vazio crescia e não tinha para onde ir, para onde expandir. Ora, o vazio não faz peso? Então porque ele se arrastava? Puxava para baixo? Ameaçava liquefazer todos os ossos e transformá-lo numa poça?
Seus dedos estavam pontilhados de vermelho e rosa. Sensíveis ao toque. Não tinha dormido, nem descansado. Todo aquele esforço para ajudar na confecção da mortalha. Nada de metal. Nenhum artifício para salvaguardá-lo da dor, de todo um processo que ele se colocava inteiro para ajudar a superar.
E se não quisesse superar?
Porque o ideal era bater a poeira, tomar um banho, levantar e passar por cada estágio. Não tinha ajudado tantos semideuses a passar por isso? Mais de vinte anos vivendo quase exclusivamente no acampamento, sem sair em missões porque não era bem sua praia. Não era de seu feitio ser o herói de canções e de admiração. Seu lugar era ali, dando vida aos sonhos dos outros. Que nenhuma falha viesse de arma ou equipamento, de garantir aquela proteção do golpe que seria mortal.
Ah, como tinha feito e aberto o coração. Puxando quem fosse para o meio dos braços, apertando-o com tudo o que tinha. O que? Você quer? Vamos fazer? Levando-os para uma mesa e desenhando, criando, transformando cada um no protagonista de seus desejos. E depois, como se já não tivesse passado o dia todo falando, corria para o chalé de Tânatos e repassava tudo para Flynn.
O silêncio ficou pior. O choro silenciou e o drenou.
E agora...
Agora ele deixava o testamento dentro do envelope, no mesmo lugar que tinha encontrado. Porque ele não era o único... Não tinha direito algum em levar para si o que era de todos. Levantando-se, arrumando a cama, olhando mais uma vez... Só mais uma... Para a cabeça de Flynn enquanto ele amarrava os sapatos rapidamente, reclamando que Kit tinha chego muito cedo. Não era esse o combinado! Ou a ponta da cama tendo o lençol erguido, a mão metálica gelada raspando o solado do pé descoberto.
Ele tinha uma mortalha para queimar.
E aquela sensação voltou de novo. A amnésia que o tinha trazido para o chalé do melhor amigo. Uma confusão que desdobrava a cada passou pelo gramado e o colocava na linha de frente da pira funerária.
Kit? Uma voz fininha, distante, o chamava e ele não ouvia. Não quando a mortalha cobria-o pela última vez no mesmo mundo de Kit. As mãos esquelética encostando no meio do mar negro brilhante, estrelas cadentes e... Kit? Se ele pedisse para sair, daria tempo. Ir para atrás de qualquer coisa e se transformar em algo pequeno e voador. Enfiar-se no meio da palha, espremer o corpo pelo tecido e ficar ali. Só... Ali. Talvez derretesse sem problemas. Algo pequeno assim, poderia evaporar com essa temperatura? Kit, você está me ouvindo? Ou iria quando acendesse. Mas... Mas o poder não deixaria... Acabaria transformando em metal e não... Não... Kit suspirou. Kit!
Piscou. Piscou. Pessoas o olhavam, suas expressões variando de confusão para pena, empatia misturado com algo... Ele parecia assim? Pediu desculpas baixinho e deu um passo à frente, do bolso tirando um folha que tinha separado para escrever suas últimas palavras.
...
A folha em branco foi jogada no fogo da forja mais potente do bunker 9 dias depois. As palavras de seu discurso saindo de dentro enquanto ele fingia ler a folha em branco. Pouco. Tão pouco. Kit incapaz de colocar uma frase completa para fora sem precisar parar e respirar fundo. E a mão limpando as lágrimas, esfregando, sem parar.
O filho de Hefesto pegou outra do bloco da própria mesa, uma pedaço fino de carvão e viu desfazer nas mãos enquanto escrevia um recado.
AVISO Kit Culpepper não está aceitando encomendas. Por motivos de força maior, todos os trabalhos criativos foram repassados adiante. Pedimos desculpas pelo contratempo. Até novas atualizações. Bom dia / Boa tarde / Boa noite
O bunker 9 tinha virado sua nova casa fixa. O calor insuportável e as condições inóspitas eram excelentes para manter-se isolado. Sem visitas, sem perguntas como estava. Encostado na forja mais distante, de braços cruzados e olhando para baixo, a silhueta metálica de Kit brilhava perto do fogo baixo. Esperando qualquer arma para ser reparada, deixada por Kaito ou Liam. O corpo só entrando em movimento para erguer o martelo e fazer a bigorna vibrar. Ele não olhava, não chorava, não fazia nada além de.... Existir. E, mesmo quando Kerim ou Helena o obrigavam a levantar e seguir para o refeitório, Kit só saía do estado metálico por tempo o suficiente para mastigar e engolir tudo rapidamente. E esperar... Esperar que eles o devolvesse ao bunker 9 e pudesse continuar...
Continuar...
Ás vezes, seus irmãos trocavam os papéis. Tentavam uma interação diferente. Isso em troca disso. Uma resposta por três adagas rachadas. E ele apenas olhava... Esperando... Os lábios tremendo pelo choro que segurava, com as mãos fechando em punho e os lábios torcendo.
Ainda não.
A voz poderia ser metálica, mas o quebrar ainda era humano.
Talvez um dia ele conseguisse sair sozinho do bunker. Talvez, um dia, ele deixasse a pele respirar um pouco. Talvez... Só talvez... Ele...
Ele não sabia completar, porque não tinha um objetivo para alcançar.
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A MORTALHA:
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tommasopraxis · 5 months ago
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PAST THE POINT OF RESCUING, WHY'D I KEEP PUSHING MY SOUL? { POV }
Um homem silencioso não deveria ter a alma perturbada até o desvairo, pois é a ira do indivíduo tranquilo um reflexo de todas as desordens naturais; e é o choque de um nascido da morte em relação a ela que anuncia a chegada do fim dos tempos como a efemeridade de um instante sobre as asas abertas de um corvo.
Menções ao escritório das autoridades máximas do acampamento (com @silencehq)
Outras menções: @fantasfly
Não era porque era filiado a Tânatos que Tommaso era insensível nas questões que envolviam a morte, muito pelo contrário. Enxergava-a com mais sensibilidade e delicadeza, mas quando ocorria de maneira justa ou natural, não quando era promovida por tanta violência e por tanto choque como o que acontecera com Flynn, com o adicional de envolver seu irmão mais velho, o que doía por tabela, ainda que não fossem tão próximos; o laço sanguíneo divino e a convivência no dia a dia, dentro daquele chalé majestoso, bastava para que a dor de Tommaso soassse como triplicada, senão quadruplicada quando pensava que poderia ter sido qualquer um de seus amigos também sob aquela mortalha.
Sendo assim, havia levado cerca de três dias até que Tommaso, de fato, processasse melhor seus sentimentos. Quando isso aconteceu, entretanto, eles vieram como uma avalanche: como tudo poderia continuar fluindo tão normalmente quando estavam literalmente diante do caos instaurado? Vivenciando uma extensão daquele período de horror que procedeu a chegada de Petrus e já arrancara a vida de outro semideus?
Sua revolta pós cerimônia, algumas horas depois dela, acabou por guiá-lo Acampamento a fora, perambulando, a passos firmes, com os três corvos caminhando junto de si. Tótis, o mais normal dos três, tentava negociar toda a fúria e a chateação que consumiam o Beneviento, tentando frear o avanço do caminho que ele traçava até o escritório de Quíron, trocando a conexão e o instinto que os interligava pelos poderes do italiano, para tentar contê-lo. Tíras, por outro lado, tempestivo como era, grasnava alto com os semideuses que haviam pelo caminho, arreganhando os dentes pontiagudos e abrindo as asas igualmente perigosas, junto de Trítis, no intento de abrir caminho ainda mais facilmente enquanto Tommaso terminava de dirigir seus passos até seu destino final.
Lá, bastou um rompante para abrir a porta dos aposentos da Casa Grande e adentrar o espaço, contemplando as figuras de Quíron e Dionísio. O primeiro usualmente aparentando estar mais tenso do que o segundo, mas ainda assim, não faziam jus à concepção de chateação e dor do luto sob a perspectiva do filho da morte.
"PRECISAM DE MAIS QUANTAS MORTES PARA COMEÇAREM A ENXERGAR QUE NÃO ESTAMOS MAIS SEGUROS EM LUGAR NENHUM?" Foram suas primeiras palavras, instáveis, levemente esganiçadas já que não era do feitio de Tommaso alterar tanto a voz, tampouco gritar daquela forma. Seu rosto estava avermelhado, tanto porque estava segurando o choro que não deixara escapar em meio aos outros irmãos, quanto porque sentia o sangue ferver em suas veias devido à raiva que o consumia. Sentimento particularmente atípico, levando em conta como era difícil que algo realmente perturbasse ou tirasse o Beneviento do sério, sendo este mais um indicativo de como estava aos pedaços e sendo consumido pelo desespero, pela chateação, pela revolta e principalmente pelo medo. "Meu irmão está morto, outro semideus foi assassinado aqui dentro, quantos mais precisarão ter o mesmo fim?" Rosnou, aproximando-se em mais alguns passos, pouco afetado, desta vez, pelo respeito que nutria um pouco mais por Dionísio do que por Quíron. "Precisarão atingir um filho seu para que comece a se importar de verdade, Dionísio? Porque se for preciso, você sabe que isso vai acontecer!" Meneou levemente a cabeça, sentindo o coração bater ainda mais ensandecidamente dentro do peito. As lágrimas que haviam sido seguradas, agora escapavam, teimosas, mas quase solitárias. Ainda estava tentando ser firme, mas aquela dor toda precisava transbordar, certo? Mesmo que isso significasse fazer uma ameaça implícita aos filhos do deus do vinho, ainda que não tivesse sido sua principal intenção.
Quíron, então, fez menção de se aproximar ou dizer algo, mas Tommaso voltou-se em alguns passos para atrás apenas para se aproximar das estantes dispostas. De lá, empurrou como podia os objetos expostos; troféus, mapas, o que quer que estivesse no caminho. Os três corvos grasnando e voando pela sala, rapidamente, atingindo o que mais estivesse à vista, como os abajures ou outros itens delicados como algumas das garrafas sem utilidade alcoólica de Dionísio; os cacos de vidro espatifando-se no chão, os cristais dispostos encontrando o mesmo fim.
"Essas coisas parecem ter mais valor pra vocês do que as nossas vidas. Como vamos continuar sobrevivendo nesse inferno?! Ninguém sabe como os deuses estão falhando tanto em nos proteger se são tão poderosos?!" Por mais que pudesse soar repetitivo, seu questionamento era válido. Como seguiriam adiante sabendo que mesmo dentro do espaço que deveria contê-los e assegurá-los, não estavam mais em paz? Talvez no Acampamento Júpiter, mas ali... E mesmo assim, como poderia deixar o espaço que fora seu lar por mais de dez anos? Realmente chateava Tommaso pensar em como aquele poderia ser o fim do espaço dos semideuses do panteão grego. "EU NÃO--"
Até que a voz de Dionísio finalmente irrompeu, chamando sua atenção. Não que Tommaso fosse muito capaz de focar nela, mas interrompeu sua série de puxar e empurrar qualquer coisa em seu caminho, tendo cortado consideravelmente a mão em uma das lanças dispostas, apenas para voltar a olhá-lo. Agora sim haviam mais lágrimas no rosto do filho de Tânatos, incomodado com a própria frustração e agora com a dor na palma da mão, que teria começado a sangrar e gotejar se ele não tivesse a empurrado contra as vestes sociais e pretas que usara durante a despedida à memória de Flynn.
Escutou a pseudo-orientação e pensou em mais mil tipos de respostas, mas não era capaz de raciocinar muito mais. Estava tomado por aquela dor lancinante e pelo mais puro e absoluto desespero, intrigado com o fim que teriam se seguissem por aquele caminho, assombrado com a possibilidade de amanhecer com a notícia de mais um de seus irmãos ou amigos mais próximos igualmente mortos única e exclusivamente porque os deuses, aparentemente, eram incapazes de zelar por suas próprias crias.
Seu próprio pai incluso, talvez ( @swfolimpo ), por mais que gostasse de acreditar que assim que o procurasse no submundo, com a ajuda de seu tio Hipnos, poderia ter mais algumas das respostas que buscava.
"Que fique claro..." Só então respirou fundo, usando do braço da mão boa para poder enxugar as lágrimas de qualquer jeito, engolindo o restante da sensação de choro. Com um aceno da destra também os corvos pararam e retomaram as laterais do corpo de Tommaso. "Eu vou atrás de todos os filhos da magia. Um por um, enquanto eu não conseguir saber o que aconteceu ou ter a justiça que meu irmão merece." Garantiu. A voz ainda era trêmula, mas bem mais firme. Séria. Como uma promessa, um pacto de sangue. "E isso pode me custar quantas punições vocês queiram me dar. Minha expulsão. Mas isso não vai ficar assim." Rosnou novamente, os dentes cerrando-se, o maxilar travando. Agora sua voz estava carregada do mais puro e absoluto ódio. "Isso já foi longe demais."
E poderia ter ficado para ver até onde aquele contato iria, mas estava começando a sentir o estômago revirando e a gana por vingança e por retaliação, aumentando também. Gostaria de continuar quebrando e atacando todas as estruturas possíveis do acampamento, mas sabia que se dependesse de Lacerador e de Triturador, seus corvos de combate, a situação poderia se agravar e muito. E isso, querendo ou não, não orgulharia seu pai.
Ainda assim, o chalé 22 não se esqueceria.
E era só isso que Tommaso tinha em mente quando finalmente recuou, saindo pela porta, pouco incomodado com a ideia de uma detenção ou algo do tipo, ou uma nova orientação quando estivesse, supostamente, mais calmo. Tudo o que precisava agora, por ora, era encontrar pelo menos @deathpoiscn e buscar pelo suporte de quem realmente entendia sobre vingança e acerto de contas.
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likethemo0n-archive · 5 months ago
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✦ ・ POV : T H E S T R A N G E R ou um tributo a @fantasfly
Disclaimer: Essa não é uma história de amor.
Eram 5 horas da manhã e Calista estava acordada, sentada na terra em meio à plantação de morangos. Ela sabia que era perigoso estar do lado de fora àquela altura da noite, mas honestamente não conseguia se importar. Ela podia estar dormindo, ou sendo útil de alguma maneira; apenas uma noite havia se passado desde o baile e havia muito a ser feito. Mais uma vez, porém, aquilo estava longe da lista de prioridades da Caçadora.
Ela estava de preto. Qualquer um que a conhecesse minimamente sabia que Calista preferia tons claros e vibrantes, mas ela estava ali com uma missão, e faria o possível para que ela fosse um sucesso. Por causa disso, lá estava ela: calça jeans escura, blusa de manga longa preta, tênis pretos. Ela podia muito bem imaginar ele vestido assim.
Em silêncio, Calista colocou os fones de ouvido e deu play no seu celular. A música logo começou a invadir seus ouvidos.
Well, we all have a face That we hide away forever And we take them out and show ourselves When everyone has gone
Dois anos atrás. É claro que ela se lembrava, do que ela não se lembrava? Ártemis estava em missão com os deuses e ordenou às Caçadoras que esperassem por ela no Acampamento. As outras Caçadoras detestavam o Acampamento, mas Calista gostava de conhecer novos rostos, de ter a oportunidade de ouvir histórias diferentes. Ela estava na fila para fazer sua oferta antes do café da manhã quando sentiu algo pequeno se chocar contra sua nuca. Levou a mão ao lugar, esperando ser um mosquito, mas se surpreendeu com a umidade na pele e na cor que manchava seus dedos. Olhou para trás bem a tempo de receber outro projétil - uma amora, ela percebeu - bem na sua bochecha dessa vez.
O semideus por trás do "ataque" vestia um sorriso provocador no rosto, os olhos de repente fixos nos seus. Por algum motivo, Calista não foi capaz de lidar com isso e voltou seus olhos para a frente de forma resoluta, ignorando a situação. Quem era ele e o que pretendia com aquilo? Uma briga com uma Caçadora?
Ela pôde ver, com o canto dos olhos, o semideus se apressar para ficar atrás de si na fila. Teve que conter seu sorriso e, ao invés disso, revirou os olhos com a voz masculina atrás de si:
"Hey, bravinha. Vai continuar ignorando?"
Calista se manteve resoluta em seu silêncio, mas naquele dia, fez duas oferendas ao invés de uma: sua habitual para Ártemis, pedindo segurança e proteção, e uma para sua mãe, com uma curta prece:
Por favor, mãe. Não brinque com o meu coração enganoso.
Some are satin, some are steel Some are silk and some are leather They're the faces of a stranger But we'd love to try them on
Seguindo com sua missão, Calista enfiou a mão no bolso dos jeans e tirou de lá um maço de cigarros. Aquilo era algo que nunca havia feito antes; não fazia ideia do que a esperava. Com o isqueiro que guardara da tarefa de Quíron sobre as missões, acendeu o pequeno cilindro assassino que pendia entre seus lábios. Foda-se, ela não iria morrer mesmo.
A fumaça densa invadiu seus pulmões e a fez tossir com intensidade, inflando os órgãos gêmeos de uma forma tão dolorosa que até mesmo ele seria capaz de ouvir, de onde quer que estivesse. Ou ao menos ela esperava que ele pudesse, Calista sabia que ele iria adorar a cena.
Well, we all fall in love But we disregard the danger Though we share so many secrets There are some we never tell
De alguma forma, eles ficaram amigos. Ele tinha um humor peculiar que acabou por entreter Calista, além de curiosidade sobre sua história. A filha de Afrodite tinha ciência de que suas irmãs de Caçada não aprovavam essa amizade. Ele é um homem, Cali, elas a alertavam. Você está próxima de mais. O que você acha que nossa senhora diria se visse isso?
Ela não sabia. Gostava de acreditar que a deusa Ártemis a conhecia por tempo suficiente para confiar em sua fidelidade. Qual era o problema de ter amigos? Ele estava longe de ser o primeiro amigo homem que Calista fazia. Ela não tinha a mesma ressalva de suas irmãs com o gênero masculino, mas isso não significava que ela quebraria seu voto. Eles eram amigos, só isso e nada mais.
E então veio a noite na praia. Ele havia conseguido tirá-la de perto das outras Caçadoras e a levara para uma caminhada, de forma que pudessem conversar. Ela estava olhando para o céu, com um sorriso nos lábios, explicando para ele o por quê de a Ursa Maior ser sua constelação favorita desde criancinha e, quando voltou o olhar para ele, o percebeu olhando fixamente para si, uma constelação de repente muito mais interessante morando nos olhos alheios do que aquela que habitava os céus. Olhar de volta foi inevitável. Calista pensou, inutilmente, que poderia passar séculos olhando para aqueles olhos e não se cansaria. Se perguntou como seria poder fazer isso.
Percebeu então o que estava fazendo e desviou o olhar, rindo constrangida e, em um ato de total impulsividade, escondeu o rosto no ombro alheio, para que ele não visse suas bochechas avermelhadas. Foi então que sentiu o seu cheiro pela primeira vez, aquele aroma amadeirado tão característico, desdobrado em tons de âmbar. Naquele exato momento ela soube que sua memória privilegiada era uma maldição, pois ela jamais esqueceria aquele cheiro.
Why were you so surprised That you never saw the stranger? Did you ever let your lover See the stranger in yourself?
Estava, aos poucos, se acostumando com a fumaça do cigarro. Ela até conseguia entender por que ele gostava, a nicotina relaxando seus membros ao menos um pouco. Obviamente que não faria daquilo um hábito, mas se fechasse os olhos e usasse sua imaginação, quase conseguia fingir que o cheiro da fumaça não saía de si mesma, mas estava misturado àquele outro cheiro, vindo de alguém ao seu lado. Deuses, ela mataria por isso.
Pegou uma das frutas ao seu lado, uma romã, e a partiu ao meio, o suco vermelho como sangue pintando suas mãos. A fruta, representante do Mundo Inferior, lugar para onde todos os caminhos se direcionam, foi colocada no chão perante a Caçadora, sem altares. Ela não estava fazendo oferta a um deus.
Don't be afraid to try again Everyone goes south every now and then Oh, you've done it, why can't someone else? You should know by now You've been there yourself
Ela estava deitada naquela toalha negra, seus cabelos muito claros espalhados, num contraste intenso, escondida nos campos de morangos com ele ao seu lado. Eles haviam brigado - Calista, em um ataque de lucidez, havia mandado que ele se afastasse - e aquela era a reconciliação. Ele havia trazido flores brancas - como o seu cabelo, está vendo? - e também frutas. Calista havia dado um riso alto quando viu as amoras.
"Sério? Você é um palhaço, mesmo."
Eles haviam conversado por horas e horas, sobre tudo e sobre nada, virados um na direção do outro, chegando mais e mais perto conforme o tempo passava. Calista nem percebeu quando ao certo a mão dele foi parar em seus cabelos, uma mecha enrolada entre seus dedos, e Calista também não percebeu quando sua própria mão foi parar eu seu peito, sentindo as batidas de seu coração. O filho do deus da morte era vivo, muito vivo, e era só nisso que ela pensava enquanto sua mão subiu do peito alheio até o pescoço, o pulso do semideus como uma bateria sob seus dedos, e então pousando em sua bochecha, tão quente contra a sua pele.
Seus rostos se aproximaram. Seus narizes se tocaram. Aquele seria o primeiro beijo da mulher de 440 anos.
E então a gravidade da situação veio em velocidade máxima contra sua mente, a verdade que seu coração, sua merda de coração traiçoeiro, quase havia conseguido ignorar. O que ela estava fazendo é assinar uma sentença de morte para si e para ele, jogar a vida dos dois no lixo. E ela tinha quase 500 anos, já havia vivido bastante, mas como faria aquilo com um homem de 36? E por que ele estava disposto a sacrificar a própria vida em troca de um beijo?
Se levantou num ímpeto, assustada. Assustada pelo ato que quase acontecera, assustada pelas possíveis consequências para os dois, mas acima de tudo, assustada por perceber que o amava.
Era sempre assim, não era?, uma voz muito semelhante à da deusa Éris falou em sua mente, zombeteira. Seu coração seria partido mais uma vez.
Saiu dali e correu. Correu, correu e correu por horas sem fim. E, naquele exato momento, prometeu a si mesma que jamais chegaria perto dele novamente, que faria de tudo para que ele ficasse longe. Pelo bem dos dois.
Once I used to believe I was such a great romancer Then I came home to a woman That I could not recognize
Pegou do bolso o broche de urso que era seu por direito de acordo com o testamento e, com a agulha do broche, picou o próprio dedo, observando o sangue descer pela pele. Depois disso, esfregou o dedo ensanguentado na romã, seu fluido vital se misturando ao suco da fruta, irreconhecível.
Como uma piada interna entre os dois, jogou algumas amoras sobre a romã e, respirando fundo, colocou fogo na pequena oferenda.
"Oi, Flynn, sou eu", ela disse, olhando fixamente para a chama. "Para ser honesta, não sei se isso vai dar certo. Provavelmente não vai, mas eu precisava fazer algo. Precisava dizer que..." e, sendo pega totalmente de surpresa por si mesma, deixou um soluço escapar, as lágrimas descendo pelas bochechas pela primeira vez. "Eu sinto muito. Sinto muito pela forma como eu te tratei desde que voltei ao Acampamento. Eu fui horrível, simplesmente por ser covarde demais para encarar meus próprios sentimentos." Engoliu em seco antes de continuar. "Nós não daríamos certo. Você sabe disso, não era pra ser. O tempo passou e eu... eu me apaixonei de novo. Não sei o que fazer. Não quero machucá-la como eu fiz com você, mas... eu tenho medo. Tenho medo de tudo." Enxugou as lágrimas restantes com as costas das mãos e finalizou a sua prece: "Eu só quero que você saiba que foi real. Cada momento, cada risada. E eu nunca, não importa quanto tempo eu viva, vou me esquecer de você. Você sabe que eu não esqueço nada, não é?"
Okay, talvez essa fosse sim uma história de amor.
When I pressed her for a reason She refused to even answer It was then I felt the stranger Kick me right between the eyes
Well, we all fall in love But we disregard the danger Though we share so many secrets There are some we never tell
Why were you so surprised That you never saw the stranger? Did you ever let your lover See the stranger in yourself?
Don't be afraid to try again Everyone goes south every now and then Oh, you've done it, why can't someone else? You should know by now You've been there yourself
You may never understand How the stranger is inspired But he isn't always evil And he is not always wrong
Though you drown in good intentions You will never quench the fire You'll give in to your desire When the stranger comes along
Oh, oh
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alekseii · 6 months ago
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"eu posso te prometer todo tipo de coisa." sorria, ladino, ainda que ocultasse a verdade: não era sempre que cumpria com suas promessas. peter pan. já havia sido chamado daquilo algumas vezes, e era engraçada a ironia. o menino com medo de crescer? teria alguma interpretação próxima? algum tipo de propósito da deusa, de sugerir que ele não passava de uma criança? não importava muito. "então falamos falamos e voltamos para a sua real intenção. me cobrar um beijo? era capaz que acordasse só para fugir novamente." passou a língua pelo próprio lábio inferior, umedecendo-o, antes de trazer o cigarro aos lábios mais uma vez. tragando, lentamente, para soprar a fumaça no rosto alheio. provocando, agora extremamente perto. "o quê? você quer ir para algum lugar mais reservado? era só pedir..." ia murmurando conforme se aproximava, os recuos alheios permitindo que agora apoiasse a mão na parede atrás de flynn. o cercando. não era a intenção inicial, mas não pudera conter seu instinto. o ato de provocar aquilo em alguém que nunca tinha ousado? particularmente interessante. "ou, se preferir, posso ser mais calmo. mais gentil."
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"É o tipo de promessa perigosa que me interessa." A aproximação foi intimidadora em outro momento, mas agora possuía novo significado. Seus olhos o acompanhavam hipnotizados o suficiente para esquecer da presença de sua sombra, ao menos por alguns minutos. "Bom, já percebemos que você não consegue controlar muitas coisas além da sua sombrinha, Peter Pan". Sua mão deslizou pela própria barba, alinhando-se inconscientemente para melhor se parecer para o outro. O nervosismo sutil que surgiu em si era como um menino que recém descobriu um universo dentro de si. E de fato havia descoberto. "Os boatos por aqui merecem um pouco de credibilidade. Não me recordo dos meus sonhos, infelizmente." Mentiu. E o fez na intenção de zelar por uma parte de si que ainda estava incerta sobre aquela interação, o rosto de sua antiga paixão tremulava sempre que Aleksei surgia em seus pensamentos, uma dualidade feroz dentro de si. "Uma pena saber que não me visitou. Acho que foi esse o motivo do sono ter se prolongado para além do prazo normal. Foi a Branca de Neve que despertou com um beijo, não foi?" Não sou o melhor com contos de fadas. A indagação foi acompanhada de um riso, sua sobrancelha se ergueu com a provocação em uma surpresa sutil. Os olhos transbordavam um interesse malicioso repleto de insensatez. Não gostaria de uma nova ocasião em um local como aquele. "Você realmente acha que seria adequado transarmos no meio da caverna dos deuses? Correndo o risco de ganharmos um telespectador real, além da sua sombrinha?" A desculpa ideal para os seus receios. Pouco ligava para o possível flagrante que atuariam em conjunto se caso fossem pegos por outras pessoas naquele dia. Fugiu por vergonha, fugiu por não entender os próprios desejos, fugiu pela inexperiência. Mas não falaria nada disso em voz alta. Seu ego era um monumento a ser preservado.
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zeusraynar · 5 months ago
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REVOLUÇÃO DOS BICHOS (de pelúcia)
ou POV - plotdrop#04: o traidor da magia. porém só humor. (@silencehq) mencionados: @wrxthbornx , @fantasfly salvos por raynar: @magicwithaxes, @tommasopraxis, @ncstya, @zmarylou .
NÃO DEIXE QUE NOS ENCURRALE!
Raynar assumia a posição mais à frente do grupo voluntário para o controle de multidão. Apontando um ponto ou outro em que a formação tinha dado espaço para as pequenas criaturinhas pudessem avançar. A longa lança varrendo o chão com habilidade, cortando pequenas versões monstruosas como faca quente na manteiga.
Contudo, tão logo a facilidade se fez notada, o reviver daqueles pedacinhos trouxe preocupação às feições do filho de Zeus. O corte, de sua arma preferida, mais atrapalhava do que ajudava. E a distância que permitia se afastar, uma vantagem sem necessidade. Droga. Teria que usar a outra arma e não poderia, jamais poderia considerar, deixar o controle escapar para os relâmpagos e trovões.
A mecânica envolvia magia, era sabido, mas não daria chance ao incerto de que usasse seus poderes contra si. E se ficassem eletrizados? Cada toque ganhando uma ferroada profunda controlada por suas lâmpadas. E se ficassem mais velozes e fortes? Magia era uma coisa instável e imprevisível, ainda mais uma que não tinha nenhum resquício de ser boa.
O longo cabo foi ao joelho e as partes se dividiram. Duas espadas gêmeas e exóticas, bronze e dourada, ganhando foco momentaneamente em suas mãos. Mas não era o suficiente. Enquanto chutava os ursos e grifos, evitando as pontiagudas espadas, o curvar cortava sua respiração pelo maldito corset. Quando colocava a mão para trás, o laço escapava dos dedos; quando usava a arma, o avanço dos ursos deixava impreciso o corte num lugar delicado demais.
Com a ponta, abriu um talho na parte de cima. As metades da lança sendo jogadas em dois unicórnios chifrudos, empalando-os no chão.
Bem, Raynar pegou cada banda e forçou. Forçou tanto que o tecido cedeu num barulho tão alto que trouxe um sorriso para seu rosto. Estava livre, enfim. Aquele ponto final ficando ainda mais doce quando arremessou os restos mortais no incêndio sobre a mesa de comida.
Ninguém vai conseguir uma confirmação, mas ele achou ter sentido o mesmo prazer que aquela dia... De mulheres queimando sutiã e outros itens de tortura femininos.
Raynar pressionou as abotoaduras e o martelo surgiu na palma esquerda, uma pequena mudança pedida pelo filho de Zeus quando escolheu a forma de guarda. Uma era a arma, a outra uma extensão do cabo. Ou, realmente, seria ridículo vê-lo de joelhos para lutar no mesmo nível dos pequenos invasores.
O martelo zunia sobre a cabeça de Raynar. Girando e descendo, esmagando as pelúcias sem se importar que deixava marcas no chão. Aquela festa não deveria ter acontecido para início de conversa, então que ela aguentasse as consequências terríveis. A cabeça ainda ficava para para trás, rosto fechado em concentração, porque aquela fumaça... Só podia ser responsável.
RAYNAR!
Alguém chamou de trás, em pânico. Pelúcias pulavam das cadeiras quebradas e mesas derrubadas para cima de corpos. Mais semideuses. O martelo foi arremessado e levou para longe uma fila enfurecida, dando tempo para o gigante pegar dois sobre os ombros e correr para as vinhas de Dionísio. Tão logo despontou no gramado livre, semideuses correram em sua direção para recolher os machucados.
Tanta gente ainda.
Raynar entrava e saía do pavilhão na tarefa monótona mais urgente de todos os tempos. Correndo, localizando semideuses caídos, afastando os bichos com o martelo e carregando. Um, dois, até três de uma vez. Os treinos fazendo valer o esforço, porque a respiração só começou a perder o ritmo quando poucas ainda mantinham a forma original.
RAYNAR! RAYNAR!
Ceder a uma boa fumaça elétrica ficava mais convidativa a cada rodada de salvamento e destruição de pelúcia. Liberar todo o poder e torrar os circuitos internos, fazer vibrar o ar de estática. Eletricidade queima. O fogo controlado pelos filhos de Poseidon ficavam focados nas áreas estratégias, onde seu grupo e o de Daphne arremessavam os corpos semi destruídos.
Leve-a.
Raynar lembrava daquela última semideusa colocada em seus braços por Flynn. Lembrava de ranger os dentes quando pulou a estrutura decorativa derrubada pelas criaturinhas. Lembrava de olhar pra baixo e admirar o cinza escurecido que suas roupas tinham ficado. Do pé quase cedendo num pedaço de alguma coisa, os braços se fechando com mais força ao redor da semideusa. Lembrava da avidez dos curandeiros em recolhê-la dos braços, da ânsia de voltar logo. E lembrava de pedir o fim de tudo, de uma vez.
Quando voltou para dentro, o filho de Zeus reagiu de imediato. Três ursinhos, um em cima do outro, miravam as costas do semideus ocupado. Pulou, caindo por cima das pelúcias, e quando levantou o martelo para desferir o golpe. Silêncio. O brilho inteligente das contas voltando ao frio e sem vida. Os ofegos aumentando, as perguntas espalhadas e a voz... Quíron comunicando o que não tinha considerado.
Só não esperava que seu pedido de fim fosse tão definitivo.
Com uma morte.
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qiqilewis · 7 months ago
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Who: Qiyana & Flynn ( @fantasfly )
Where: Cachoeira
Roma não foi bem do jeito que Qiyana desejava. A missão ter sido bem sucedida e de certa forma fácil daria o tempo necessário para a mulher passar e fazer umas comprinhas como desejava, mas infelizmente tiveram que voltar na mesma hora, para a tristeza da filha de Zeus. Ao mesmo tempo, percebeu estar com saudades do acampamento assim que pôs os pés lá. Seu primeiro local de visita após conversar com Quíron foi a cachoeira com o intuito de revigorar as forças. Deixou a bolsa junto da saída de praia em um canto e trajando apenas um biquini, a garota pulou de cabeça, mergulhando um pouco antes de emergir. Ela só não esperava dar de cara com Flynn quando voltou. "Por Zeus!" Reclamou, levando a mão ao peito com o susto. "O que você está fazendo aqui?" O mais velho não era nem um pouco bem vindo aos olhos da morena com o passado conturbado que tiveram.
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