# dezembro 1982
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GRINGOS DESCOBREM A HISTÓRIA DO VIDEOGAME NO BRASIL 1.2
GRINGOS DESCOBREM A HISTÓRIA DO VIDEOGAME NO BRASIL | TV Cringe #061 – Meteoro Brasil. 20 ago 2024 A história do videogame no Brasil é única: envolve contrabando, pirataria e muita contravenção. Isso resultou em toda uma variedade de consoles e jogos que os estrangeiros não conhecem. Recentemente, alguns entusiastas da história do videogame estão descobrindo esse passado. E eles estão…
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Largo da Sé, Rua Bispo Coutinho à Esquerda o Passo da Sé e o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe), Olinda Em 1946.
Inaugurado no dia 11 de abril de 1977, o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe) está instalado numa das primeiras edificações da Vila de Olinda, a antiga Casa da Câmara, fundada por Duarte Coelho em 1537. Em 1676, quando Olinda foi elevada ao status de cidade, o edifício serviu como Palácio Episcopal para seu 1º Bispo, Dom Estevão Brioso de Figueiredo.
O antigo Palácio dos Bispos de Olinda, pertencente à Arquidiocese de Olinda e Recife, sofreu várias adaptações ao longo dos séculos XVIII e XIX, servindo como residência coletiva de religiosos, colégio e quartel do exército durante a 2ª Guerra Mundial. Em sua fachada, é possível ver o antigo brasão episcopal e uma placa da Unesco, de 14 de dezembro de 1982, que declara Olinda Monumento Cultural da Humanidade.
Photo Benício Whatley Dias.
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Killing Joke at Rock Rendez-Vous in Lisbon - Portugal
Friday 7 de dezembro de 1984
"HA" Killing Joke Live
Price: 3€ (0,75€ of which are intended for drinks and beverages at the bar)
Killing Joke are an English rock band from Notting Hill, London, England, formed in 1979 by Jaz Coleman (vocals, keyboards), Paul Ferguson (drums), Geordie Walker (guitar) and Youth (bass). Their first album, Killing Joke, was released in 1980. After the release of Revelations in 1982, bassist Youth was replaced by Paul Raven. The band achieved mainstream success in 1985 with both the studio album Night Time and the single "Love Like Blood". The band's musical style emerged from the post-punk scene, but stood out due to their heavier approach, and has been cited as a key influence on industrial rock. Their style evolved over many years, at times incorporating elements of gothic rock, synth-pop and electronic music, often bearing Walker's prominent guitar and Coleman's "savagely strident vocals". Killing Joke have influenced many later bands and artists, such as Metallica, Nirvana, Nine Inch Nails and Soundgarden. Coleman and Walker have been the only constant members of the band, but the current line-up features all four original members.
Mais um grande concerto no Rock Rendez Vous
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Cynthia Jane "Cindy" Williams (Los Angeles, 22 de agosto de 1947 – Los Angeles, 25 de janeiro de 2023) foi uma atriz norte-americana, mais conhecida por ter interpretado Shirley Feeney, uma das protagonistas da série de comédia Laverne & Shirley. Biografia Williams é filha de John e Lillie Williams. Graduou-se pela Birmingham High School onde foi colega de Michael Milken e da também atriz Sally Field. Cursou a faculdado no Los Angeles City College e iniciou a carreira no começo dos anos 1970. Participou de vários comerciais e fez figurações em alguns programas televisivos. No começo da carreira desempenhou importantes papéis em filmes como Travels with My Aunt, de George Cukor (1972); American Graffiti, de George Lucas, onde interpretou a noiva de Ron Howard (1973), e The Conversation, de Francis Ford Coppola (1974). Mais tarde participou das audições para o projeto de Lucas, Star Wars, mas o papel da Princesa Leia ficou com Carrie Fisher. Williams alcançou a fama ao protagonizar, de 1976 até 1982, "Shirley Feeney" na sitcom Laverne & Shirley. Deixou o programa ao ficar grávida de seu primeiro filho. Mais tarde participou de outra série cômica, Getting By. Figurou como convidada em um dos episódios da série 8 Simple Rules. Foi produtora executiva do filme de Steve Martin Father of the Bride, e da sua sequência. Na Broadway estreou no musical The Drowsy Chaperone, no papel de "Mrs. Tottendale", em 11 de dezembro de 2007, sucedendo a JoAnne Worley no papel, previamente interpretado por Georgia Engel. Foi casada com Bill Hudson, do trío musical Hudson Brothers, de 1981 até o divorcio, em 2000. Tiveram dois filhos: Emily Hudson (nascida em 1983) e Zachary Hudson (nascido em 1986). Ela e sua família residem em Los Angeles. Foto: internet Info: Wikipedia Colorização: @coresdopassado1 • • • • • #cynthiajanewilliams #shirleyfeeney #laverneandshirley #hollywood #cultura #cinema #história #PhotoRepair #oldpictures #colorizada #colorized #colorization #colourised #colorizationdigital #VintagePhoto #blackandwhitephotography #photorestoration #colorizedphoto #restauracaofotos #brasil🇧🇷 #portugal🇵🇹 (em Brazil) https://www.instagram.com/p/Co3jVhINzVW/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Mercedes-Benz W201: primeiro capítulo da história Classe C faz 40 anos
A 8 de dezembro de 1982, a Mercedes-Benz apresentou o W201. Este modelo faz parte da história de sucesso do Classe C, tendo todos os Mercedes-Benz do segmento esta designação desde 1993.
Durante décadas, os automóveis de passageiros da Mercedes-Benz pertenceram às classes de luxo e média-alta. Isso mudou no final de 1982, através do 190. Com a introdução do modelo 190 e 190 E (W201), a Mercedes-Benz lançava-se na gama dos veículos compactos (naquela altura, a definição de “compacto” era diferente da atual), produzindo um modelo de menores dimensões, que se juntava a outros bem enraizados na marca como o executivo Classe S, o modelo de gama média superior, W124 (antecessor do Classe E) e o desportivo SL.
O design do W201 também estabeleceu referências ao definir um segmento totalmente novo na gama da marca, destacando-se pelas suas linhas modernas, que privilegiavam o aerodinamismo. Com um coeficiente aerodinâmico (Cd) igual a 0.34, o modelo evidenciava a melhor aerodinâmica de todos os modelos de três volumes da Mercedes-Benz, aquando da sua apresentação.
Mais conhecido como o "190" ou "Baby-Benz", o modelo celebrou a sua estreia com dois motores de quatro cilindros a gasolina: 190 era a designação atribuída inicialmente à versão equipada com motor de 90 cv de potência. O 190 E a gasolina com sistema de injeção produzia 122 cv de potência.
A Mercedes-Benz alargou subsequente e sistematicamente a gama através da produção de várias versões inovadoras. Apenas alguns exemplos: o 190 D (72 cv, de 1983) era conhecido como o whisper diesel e foi o primeiro veículo ligeiro de passageiros produzido em série com isolamento acústico do motor. Em 1986 o modelo equipado com motor Diesel foi lançado com novos níveis de prestações – exclusivamente para o mercado americano até ao outono de 1987 - na versão 190 D 2.5 Turbo, cujo motor de cinco cilindros produzia 122 cv. Para a potente versão de seis cilindros 190 E 2.6 (122 kW/166 cv, também a partir de 1986), os engenheiros venceram o desafio tecnológico de instalar o motor M 103 de seis cilindros em linha no compartimento do motor do W201.
Histórico de competição
O 190 E 2.3-16 também demonstrou as suas capacidades desportivas na inauguração do novo circuito de Nürburgring: a 12 de maio de 1984, 20 pilotos inauguraram o novo circuito com uma prova ao volante deste veículo. O vencedor foi o jovem piloto Brasileiro Ayrton Senna. O topo de gama era o 190 E 2.5-16 Evolution II de elevada potência (235 cv), que também formou a base para o bem-sucedido veículo de competição que participou no Campeonato Alemão de Turismo (DTM) desde 1990.
Inovador na segurança
O W201 mostrou-se revolucionário também no capítulo da segurança o dos mais destacados. Realce para a suspensão traseira independente multilink, com cinco braços em cada lado, que, até hoje, permanece um conceito standard utilizado na indústria automóvel. O design do tejadilho do W201 com as suas longarinas posicionadas na periferia, tornou-se o padrão utilizado nos modelos seguintes da Mercedes-Benz, dado o seu baixo peso e excecional estabilidade. Pela primeira vez na classe de compactos foi utilizada uma estrutura em forquilha constituída por longarinas cónicas de deformação programada, construídas em chapa de aço de elevada resistência, para um excelente desempenho durante uma colisão, particularmente em situações de impacto frontal descentrado.
1,8 milhões de unidades produzidas
A produção em série do W201 teve início em Sindelfingen. Posteriormente, a produção também foi iniciada na fábrica de Bremen da Mercedes-Benz. Até agosto de 1993 foram produzidas cerca de 1 879 630 unidades W201. Até hoje, a fábrica de Bremen mantém-se como a principal fábrica do Classe C, que se tornou o sucessor do W201 com o modelo 202 lançado em 1993.
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Exposição «40 anos do processo-crime do atentado de 12 de Maio de 1982 contra o Papa João Paulo II», alusiva ao mediático processo judicial, patente ao público de novembro a dezembro de 2022 no Castelo de Ourém.
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Fotos: Ricardo Wolffenbuttel / Secom Nesta quinta-feira, 13, dia em que a Ponte Hercílio Luz completa 95 anos, o governador Carlos Moisés liberou o trânsito de carros na via, independentemente do número de ocupantes e sem restrição de horários. Por questões de segurança, segue proibido o tráfego de motocicletas. “Assim a Ponte Hercílio Luz passa a se integrar ainda mais ao nosso cotidiano”, ressalta Carlos Moisés. “A Velha Senhora é um patrimônio histórico, artístico e arquitetônico e merece ser usufruída pelos catarinenses na sua totalidade”, acrescenta o governador. >> Mais fotos na galeria Aos sábados, domingos e feriados, continua a exclusividade para pedestres e ciclistas. O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Augusto Vieira, explica que essa é uma forma de conectar o monumento à comunidade. “A reabertura da Ponte foi um reencontro dela com a comunidade. Se de segunda a sexta ela é uma importante ferramenta para desafogar o trânsito entre a Ilha e o Continente, nos domingos e feriados passa a ser um espaço de lazer e de contemplação”, avalia Vieira. A decisão foi tomada a partir de uma reavaliação que contou, ainda, com a Polícia Militar, Prefeitura e Guarda Municipal de Florianópolis. Conserva e manutenção A Ponte Hercílio Luz foi reaberta ao público em dezembro de 2019. Mas, nos próximos 15 dias, a restauração será oficialmente entregue à Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIE) pela empresa Teixeira Duarte. O fiscal da obra e atual diretor de projetos rodoviários da SIE, engenheiro José Abel da Silva, explica que mesmo após a conclusão dos serviços, a empresa fica responsável pela manutenção da estrutura por determinado período. “Funciona como uma garantia, que termina com a entrega oficial”,observa o diretor de projetos rodoviários. Em até 30 dias está previsto o lançamento da licitação para a manutenção da Ponte Hercílio Luz. Com duração de três anos, esse contrato de prestação de serviço prevê ajustes, pintura, instalação de câmeras de vigilância, etc. Velha Senhora A construção do primeiro elo entre a Ilha de Santa Catarina e o continente foi um marco histórico para os catarinenses e para os brasileiros. A obra, que durou quatro anos, contou com material importado dos Estados Unidos e tecnologia de ponta. Tratava-se da maior ponte pênsil com sistemas de barras de olhal no mundo. Fatores como o salitre (produto da ação corrosiva do mar), aumento da capacidade para além do planejado na inauguração e falta de manutenção culminaram na primeira interdição, em 1982 (houve reabertura parcial em 1988 e total em 1990) e na segunda, em 1992 (que durou até a reabertura de 2019). Para que fosse devolvida à comunidade, a Velha Senhora passou pela maior e mais complexa obra de recuperação da história de Santa Catarina. Na semana de sua reabertura, a Velha Senhora serviu de palco cultural e recebeu mais de 1 milhão de pessoas. Mais informações para imprensa:Bianca BackesVanessa PiresAssessoria de ComunicaçãoSecretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade(48) 3664-2008 / [email protected] Fonte: Governo SC
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Kreator - Nova data anunciada
A histórica banda alemã de thrash metal, fundada em 1982 em Essen, já tem data marcada para regressar a Portugal, depois do cancelamento inesperado no dia 15 de Junho. Contando já com mais de quatro décadas de carreira, os lendários KREATOR mantêm a sua posição como uma das mais influentes e bem-sucedidas bandas saídas do fenómeno thrash. Desde que se deram a conhecer no início dos 80s, Mille Petrozza e companhia mantiveram-se sempre resilientes e irredutivelmente fiéis às suas convicções, nunca abrindo mão da atitude feroz que os empolgava na adolescência. A provar que a dedicação ainda compensa, continuam a arrastar multidões sedentas de thrash por todo o mundo.
O concerto irá realizar-se no dia 16 de dezembro, na Sala Tejo, Meo Arena.
Todos os bilhetes comprados para o espetáculo do dia 15 de junho são automaticamente válidos para a nova data e quem ainda não adquiriu bilhete, pode fazê-lo nos locais habituais.
Para concertos de abertura teremos novamente a oportunidade de ver Toxikull, acrescentando também os portugueses Sacred Sin. São duas bandas nacionais de alta qualidade que acompanharão Kreator neste concerto na Sala Tejo.
Horários
Abertura Portas: 20h00
Inicio do espetáculo: 21h00
Promotora: Prime Artists
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ÁLBUM II DO PINTOR ATTÍLIO TORO.
Nascimento: 4 de dezembro de1892, Nápoles, Itália.
Falecimento: 1982, Nápoles, Itália.
Educação: estudou na Academia de Belas Artes de Nápoles, aluno preferido de Vincenzo Volpe, professor de pintura. Após a formatura, devido ao seu talento notado e valorizado pelo pintor Carlo Siviero, diretor da Academia Napolitana, foi-lhe oferecido o cargo de assistente no curso de pintura.
Ocupação. Pintor.
Temas: entre os temas preferidos das suas pinturas «... destacam-se os retratos de bom gosto entre mancinianos e irolianos», «... nus caracterizados por forte sensibilidade e paisagens extensas e simples». Graças ao seu estilo muito pessoal, foi considerado um dos maiores expoentes da pintura napolitana do século XX.
Prêmio: Em 1940, foi premiado pela Columbus Association por suas telas. Em 1961, pela pintura San Gregorio d'Alife, apresentada na Exposição Nacional de Caserta, foi premiado com a medalha de ouro.
Título da obra: Intimidade, óleo sobre tela de papelão, 40 x30cm.
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Herbert Tobias
Herbert Tobias (14 de dezembro de 1924 – 17 de agosto de 1982) foi um fotógrafo alemão que se tornou conhecido por sua fotografia de moda durante a década de 1950. Seus estudos de retratos, suas fotografias da Rússia durante a Segunda Guerra Mundial e suas fotos homoeróticas de homens são todas de valor artístico. Ele foi uma das primeiras pessoas conhecidas na Alemanha a morrer de AIDS .
Vida
Herbert Tobias nasceu em Dessau , filho de um armeiro. Ele aprendeu fotografia sozinho desde os dez anos de idade. Sua ambição era se tornar ator, mas a morte precoce de seu pai em 1936 o impediu. Depois de algum tempo como agrimensor em Höxter , Tobias foi convocado para a Wehrmacht em 1942 e enviado para a Frente Oriental , onde tirou suas primeiras fotografias significativas. Pouco antes do fim da guerra, ele desertou e foi capturado pelos americanos na Frente Ocidental . Ele foi libertado no final de 1945.
Depois de frequentar uma escola de teatro em Siegburg, ele obteve um compromisso com a companhia de teatro itinerante Niedersachsen-Bühne . Em 1948, enquanto estava na área de Heidelberg , ele se apaixonou e começou um relacionamento com um funcionário civil das Forças de Ocupação Americanas. Em 1950, ambos os homens foram denunciados sob o § 175 do Código Penal Alemão e se mudaram para Paris .
Lá, Tobias conheceu o famoso fotógrafo alemão Willy Maywald , para quem trabalhou como retocador e que lhe deu seus primeiros contatos no mundo da moda. Em 1953, as primeiras fotos de Tobias apareceram na Vogue . No mesmo ano, após resistir à prisão durante uma batida policial em um estabelecimento gay, ele foi expulso da França e retornou a Heidelberg. A partir de outubro de 1953, suas fotografias de moda começaram a aparecer em revistas da Alemanha Ocidental e, em novembro, entre mais de 18.000 inscritos, ele ganhou o primeiro prêmio em uma competição altamente lucrativa para a foto de primeira página do Frankfurter Illustrierten Zeitung .
Após se mudar para Berlim Ocidental, ele fez sua primeira exposição individual, em novembro de 1954, e foi elogiado pelo crítico Friedrich Luft��. Também em Berlim ele descobriu a cantora Nico , mais tarde famosa com The Velvet Underground , e lançou sua carreira como modelo fotográfica.
Por meio da publicação de seu trabalho em muitas revistas de alta classe, Herbert Tobias se tornou, em 1956, uma figura estabelecida na moda da Alemanha Ocidental. Seus contatos no mundo da moda e do cinema levaram, nos anos seguintes, a muitos retratos fotográficos de famosos, incluindo Hildegard Knef , Zarah Leander , Valeska Gert , Amanda Lear , Klaus Kinski , Tatjana Gsovsky , Jean-Pierre Ponnelle e Andreas Baader .
No entanto, por volta de 1960, Tobias achou cada vez mais difícil lidar com a disciplina do mundo da moda e suas comissões caíram significativamente. Em 1966, ele voltou a atuar e assumiu papéis no teatro e no cinema.
Em 1969, após se mudar para Hamburgo-Altona , ele só conseguiu se sustentar com ajuda financeira de amigos e de algumas encomendas de capas de álbuns da Deutsche Grammophon .
A partir de 1972 suas fotos começaram a aparecer em diversas revistas gays, principalmente na dele (ELE, revista).
Em 1981, houve exposições muito elogiadas de seu trabalho em Amsterdã e Berlim. Esse reconhecimento tardio e o planejamento de um livro de fotos fizeram com que ele mandasse copiar seus negativos antigos e os legendasse.
Ele ficou gravemente doente em fevereiro de 1982 e morreu em 17 de agosto do mesmo ano, uma das primeiras vítimas de AIDS de alto perfil na Alemanha. Ele foi enterrado no Cemitério Altona ; em 2007, seu túmulo foi declarado um Ehrengrab ("túmulo de honra") pelo Senado de Hamburgo .
Tobias legou seu espólio fotográfico ao Berlinische Galerie (Museu Estadual de Arte Moderna, Fotografia e Arquitetura), que deu ao seu trabalho uma grande retrospectiva de maio a agosto de 2008, com 200 exposições, também exibidas em 2009 no Deichtorhallen em Hamburgo.
Herbert Tobias. Autoportrait, Jardin du Luxembourg, Paris, 1952.
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Gigantes farmacêuticos venderam conscientemente tratamento infetado com HIV ao NHS
Numa exposição angustiante, Cara McGoogan, autora de The Poison Line: Life and Death in the Infected Blood Scandal , revela no Telegraph que as empresas farmacêuticas forneceram deliberadamente um tratamento médico para pessoas infectadas pelo VIH ao NHS. Aqui está um trecho :
Documentos internos de empresas farmacêuticas americanas mostram que sabiam que um “medicamento milagroso” feito a partir de plasma humano poderia transmitir o VIH aos pacientes , mas venderam-no mesmo assim.
Cerca de 1.250 pessoas no Reino Unido contraíram o VIH nas décadas de 70 e 80 devido ao Factor VIII, um tratamento para a doença hemorrágica hemofilia. Mais de 5.000 também contraíram hepatite C.
O Infected Blood Inquiry apresentará um relatório no final deste mês sobre os erros que permitiram que o Factor VIII contaminado com VIH e hepatite C fosse importado para o Reino Unido e prescrito a pacientes do NHS.
Os sobreviventes que procuram justiça há 40 anos esperam que o relatório final de 20 de Maio seja crítico aos fabricantes do Factor VIII, aos sucessivos governos e aos médicos. O relatório também explicará como cerca de 26.800 pessoas contraíram hepatite C através de transfusões de sangue.
Quando as primeiras três pessoas com hemofilia contraíram SIDA nos EUA, em Julho de 1982, os Centros de Controlo de Doenças (CDC) alertaram que a doença fatal poderia ser causada por um agente transmitido pelo sangue, o Factor VIII.
Em Dezembro de 1982, os Laboratórios Cutter da Bayer descobriram que os chimpanzés tinham desenvolvido sintomas semelhantes aos da SIDA depois de também terem sido tratados com Factor VIII, de acordo com um memorando interno. No entanto, a empresa não alertou os pacientes sobre os riscos potenciais.
À medida que os perigos se tornaram claros, a Bayer continuou a vender o Fator VIII.
Tendo criado uma versão mais segura e tratada termicamente sem vírus em fevereiro de 1984, a Bayer continuou a vender o Fator VIII contaminado com HIV e hepatite C até agosto de 1985.
O Reino Unido continuou a prescrever a versão perigosa do Fator VIII até finais de 1985 e nunca a retirou dos hospitais.
Cutter rejeitou a ideia de recolher o seu Factor VIII infectado dos países asiáticos em 1984 porque poderia custar “até 2 milhões de dólares em vendas”, de acordo com documentos publicados em The Poison Line: Life and Death in the Infected Blood Scandal.
Um ano mais tarde, o plano de marketing da empresa dizia: “A SIDA não se tornou um problema importante na Ásia”. A empresa descreveu como iria despejar o produto infectado em países como Taiwan, Hong Kong, Malásia, Singapura e Argentina. Acrescentou que “a histeria devido à SIDA poderia reduzir as nossas vendas em até 400 mil dólares”.
Noutro caso, a Armor Pharmaceuticals, propriedade da Revlon Healthcare, suprimiu provas, entre 1985 e 1986, de que o VIH tinha sido descoberto na sua versão “segura” do Factor VIII, que tinha sido tratado termicamente para matar vírus. Em vez de retirar da venda o produto defeituoso, a empresa considerou o problema uma “questão de marketing” e encobriu-o.
Seis pacientes no Reino Unido contraíram o VIH através daquela versão do Factor VIII que tinha sido licenciada como segura contra vírus transmitidos pelo sangue.
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O Poder Judiciário de RO completa 42 anos no dia 25 de janeiro
Embora o Poder Judiciário tenha sido criado junto com o Estado de Rondônia, por meio da Lei nº 41, de 22 de dezembro de 1981, e instalado no dia 4 de janeiro de 1982 pelo então governador, Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, foi só no dia 25 de janeiro que saíram os decretos de nomeações dos quatro primeiros desembargadores, data em que também foi editado o Decreto-lei n. 8, de 25 de janeiro de 1982, que criou as comarcas. Por isso, a data é considerada um marco para o Tribunal de Justiça, que completa em 2024, 42 anos. “É uma data para reavivar a memória e homenagear os pioneiros desbravadores que implantaram a nossa Justiça. Para um tribunal considerado jovem, se comparado à maioria dos estados, completar 42 anos com tantas premiações e reconhecimentos, como os cinco selos diamante consecutivos do CNJ, só revela que os passos foram na direção correta”, refletiu o presidente do TJRO, desembargador Raduan Miguel Filho. No dia 26 de janeiro, foram empossados os desembargadores Darci Ferreira, José Clemenceau Pedrosa Maia, Francisco César Soares Montenegro e Fouad Darwich Zacharias, este último advogado militante e antigo na região, convidado pelo governador para organizar o Poder Judiciário do Estado, também foi eleito o primeiro presidente da recém-criada instituição. No mesmo ano, 1982, foi realizado ainda o primeiro concurso para juízes, consolidando a empreitada dos pioneiros da Justiça. 35 magistrados foram aprovados, 22 tomaram posse, sendo preenchidas as varas de Porto Velho, de terceira entrância, e as comarcas do interior do Estado: Ariquemes, Ji-Paraná, Vilhena, Guajará-Mirim, Cacoal e Pimenta Bueno, de segunda entrância; Jaru, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Espigão do Oeste e Costa Marques, de entrância inicial. Histórico A trajetória da Justiça em Rondônia acompanha os eventos históricos da região e ganha destaque a partir da inauguração da estrada de Ferro Madeira Mamoré, em 1912, quando se tem registros da primeira atividade judicial, a instalação da Comarca de Santo Antônio do Rio Madeira, que se deu no dia 8 de agosto daquele ano. A localidade pertencia ao Estado do Mato Grosso. Em 30 de outubro de 1913, o governador do Estado do Amazonas, Jônathas de Freitas Pedroza, por meio da Lei n.º 741, criou o Termo Judiciário de Porto Velho, anexo à Comarca de Humaitá, em 30 de janeiro, assim oficializando sua denominação de "Porto Velho". Pelo Decreto n.º 1063, de 17 de março de 1914, foram estabelecidos os limites do Termo Judiciário de Porto Velho. Também existem registros das atividades judiciárias na Vila de Porto Velho, que pertencia ao Estado do Amazonas, sendo que o mais antigo documento encontrado é de 1914. A Comarca de Santo Antônio do Rio Madeira foi desativada no início dos anos trinta, sendo que as atividades, assim como toda a documentação, foram transferidas para a Comarca de Guajará-Mirim, que havia sido criada no ano de 1929. Nesse hiato, a presença do Judiciário foi sempre atrelada aos estados vizinhos ou ao distrito federal, quando da criação do território federal do Guaporé e depois de Rondônia. Com a criação do Poder Judiciário e a nomeação de sete desembargadores - para a primeira composição do Tribunal de Justiça quatro iniciais e mais três), as primeiras reuniões foram realizadas no prédio do único Fórum, porque o Tribunal ainda não tinha prédio próprio. Mais tarde foi doado o prédio da antiga Companhia de Águas e Esgotos/Caerd, onde funcionou até o dia 30 de setembro de 2008, quando ocorreu a mudança para a atual sede, prédio construído para o melhor atendimento à população e mais conforto aos servidores do corpo administrativo e os desembargadores do Tribunal Pleno. Atualmente o TJRO funciona na Rua José Camacho, na esquina com a Avenida Farquar, no Bairro Olaria, na capital. Logo depois da posse dos 4 primeiros desembargadores, mais três se juntaram ao time, Aldo Alberto Castanheira e Silva, Hélio Fonseca e Dimas Ribeiro da Fonseca. Os sete primeiros desembargadores ficaram conhecidos como os Sete Samurais da Justiça, em alusão ao filme homônimo do diretor japonês Akira Kurosawa, pela atitude corajosa e destemida com que encararam a missão. Atualidade Das 12 comarcas iniciais o Judiciário Rondoniense evoluiu para 23, mas com soluções de alcance muito maior com as instalações de Fóruns Digitais em locais onde não há comarcas, nem fóruns instalados. Cinco unidades já instaladas - Mirante da Serra e no distrito de Extrema de Rondônia, Candeias do Jamari, Itapuã e Cujubim-, e novas em construção - Alto Paraíso, Montenegro, Campo Novo de Rondônia e Chupinguaia - demonstram que a missão de oferecer efetivo acesso à Justiça é premissa desde a sua fundação. O projeto é reconhecido nacionalmente com prêmio Innovare como exemplo de inclusão digital. Atualmente, o Tribunal de Justiça é composto de 21 desembargadores e 134 juízes(as). Conta ainda com 4.106 pessoas, sendo 2.787 servidores(as) efetivos(as); 453 comissionados(as), 553 estagiários(as) e 95 temporários(as). Assessoria de Comunicação Institucional JavaScript is currently disabled.Please enable it for a better experience of Jumi. Fonte: TJ RO Read the full article
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O Poder Judiciário de RO completa 42 anos no dia 25 de janeiro
Embora o Poder Judiciário tenha sido criado junto com o Estado de Rondônia, por meio da Lei nº 41, de 22 de dezembro de 1981, e instalado no dia 4 de janeiro de 1982 pelo então governador, Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, foi só no dia 25 de janeiro que saíram os decretos de nomeações dos quatro primeiros desembargadores, data em que também foi editado o Decreto-lei n. 8, de 25 de janeiro de…
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Hervé Guibert
Hervé Guibert , nasceu em 14 de dezembro de 1955 em Saint-Cloud e morreu em 27 de dezembro de 1991 em Clamart , é um escritor e jornalista francês . Escreveu contos e romances, alguns dos quais fazem parte do gênero literário denominado autoficção . Praticante diligentemente a fotografia , é também reconhecido pelos seus textos neste meio.
Biografia
Hervé Guibert nasceu em uma família parisiense de classe média . Seu pai é veterinário estadual e inspetor de serviços veterinários . Ele tem uma irmã, Dominique, cinco anos mais velha que ele. Suas tias-avós, Suzanne e Louise, deixaram marcas em sua família e em sua infância.
Após a educação escolar no 14º arrondissement de Paris , continuou os estudos secundários em La Rochelle , onde fez parte de uma trupe de teatro: “a Comédie de La Rochelle et du Centre-Ouest”.
Retornando a Paris em 1973 , foi reprovado no vestibular do IDHEC aos 18 anos.
Ame a vida
Três homens ocupam um lugar importante na sua vida emocional e no seu trabalho:
Thierry Jouno, diretor do centro sociocultural para surdos de Vincennes , conheceu em 1976 e que seria o homem da sua vida;
Michel Foucault , conhecido em 1977 após a publicação de seu primeiro livro La Mort propaganda e cuja agonia descreve em Ao amigo que não salvou minha vida ;
Vincent M., um adolescente de dezessete anos conhecido em 1982 , que inspirou seu romance Fou de Vincent .
Mantém também uma relação epistolar com Roland Barthes , que é interrompida quando este exige relações íntimas em troca de um texto.
Próximo do fotógrafo Hans Georg Berger desde 1978 , esteve várias vezes na sua residência em Santa Caterina, na ilha de Elba, onde escreveu vários dos seus livros e se deixou fotografar.
Uma estadia na Villa Medici de 1987 a 1989 , ao mesmo tempo que Eugène Savitzkaya e Mathieu Lindon, inspirou seu romance L'Incognito . Mathieu Lindon, por sua vez, contará estes anos romanos no seu livro Hervelino , publicado em 2021.
Com AIDS
EmJaneiro de 1988, ele descobre que tem AIDS . Ele é muito próximo de Thierry Jouno – que também sofre de AIDS e que morreu pouco depois dele, em 14 de julho de 1992 –, seus dois filhos e sua companheira Christine. Ele se casou com esta último em 15 de junho de 1989. É um casamento de amor e razão.
Em 1990 , ele revelou seu status sorológico em Ao amigo que não salvou minha vida . Este romance autobiográfico o tornou conhecido por um amplo público. Inaugura uma trilogia que inclui Protocolo Compassivo e O Homem do Chapéu Vermelho .
Nesse mesmo ano, foi convidado de Bernard Pivot no espetáculo literário Apostrophes . Em seu último trabalho, Citomegalovírus , ele descreve diariamente a evolução da doença que o acomete.
Produz trabalhos artísticos sobre AIDS, o que lhe priva de forças. O filme La Pudeur ou l'Impudeur , concluído com a produtora Pascale Breugnot algumas semanas antes de sua morte, foi transmitido na televisão em30 de janeiro de 1992.
Acometido pelo citomegalovírus , quase cego, tentou o suicídio na véspera de completar 36 anos tomando digitálicos . Ele morreu duas semanas depois, 27 de dezembro de 1991, no hospital Antoine-Béclère , após esse envenenamento. Está sepultado no cemitério de Rio nell'Elba , na costa oriental da Ilha de Elba . Em sua memória, uma estela cúbica com o seu nome é erguida no Jardim da Memória, perto da ermida de Santa Caterina.
Obra literária
Os textos de Hervé Guibert caracterizam-se pela busca pela simplicidade e simplicidade. O seu estilo evolui sob a influência das suas leituras ( Roland Barthes, Bernard-Marie Koltès ou mesmo Thomas Bernhard , este último marcando abertamente o estilo do romance Ao amigo que não salvou a minha vida ).
Hervé Guibert compõe romances curtos com capítulos de poucas páginas, muitas vezes baseados em fatos biográficos transformados em ficção. A trama é exposta de forma brutal (como em Meus Pais ), o vocabulário por vezes refinado e as descrições de tortura ou amor carnal muito grosseiras.
Ele trabalha com Patrice Chéreau , que co-escreveu o roteiro de The Wounded Man ; este filme ganhou o César de melhor roteiro em 1984. Ele se tornou amigo de Sophie Calle 20 , 21 . Jornalista, colaborou em 1973 em diversas revistas e entrevistou artistas como Isabelle Adjani , Zouc e Miquel Barceló ; em troca, este último fez mais de 25 retratos dele. Trabalhando no departamento cultural do jornal Le Monde até 1985 , escreveu resenhas de fotografia e cinema 22 .
Retrospectivas fotográficas
Em 2011 , a Casa Europeia da Fotografia organizou a primeira retrospectiva da obra fotográfica de Hervé Guibert. Paralelamente a esta exposição, as edições Gallimard publicam um livro que apresenta mais de 200 fotografias suas tiradas entre 1976 e 1991. Em 2021, a instituição volta a apresentar inúmeras fotografias de Hervé Guibert na exposição Canções de Amor, fotografias do íntimo .
Em 2018, a exposição Les Palais des Monsters Desejáveis reuniu fotos de jovens reunidas por Christine Guibert e Agathe Gaillard na galeria Les Douches .
Em 2019, realizou-se uma retrospetiva na Fundação Loewe em Madrid.
Homenagens
Em 2013, a cidade de Paris decidiu criar a rue Hervé -Guibert no 14º arrondissement.
Em 2018, Christophe Honoré fez dele personagem de sua peça Les Idoles , interpretada por Marina Foïs.
Em janeiro de 2021, o escritor Mathieu Lindon publicou Hervelino, livro em que homenageou a amizade deles, iniciada em 1978 através de Michel Foucault , e recordou em particular os dois anos que passaram juntos no final da década de 1980 em Roma . , onde ambos eram moradores da Villa Medici.
Toda a obra de Hervé Guibert desperta a admiração da autora Nina Bouraoui , e em particular Le Mausoleum des amants , porque "detectamos ali todas as tramas dos seus outros romances, as suas fobias, os seus medos, as suas andanças, as suas personagens, incluindo Vincent, um de seus amantes, e T., o homem de toda a sua vida…”.
Em abril de 2021, o escritor Baptiste Thery-Guilbert fez dele personagem principal de seu romance Pas dire.
Por ocasião do Dia Internacional Contra o HIV/AIDS, em 1º de dezembro de 2021, o canal Arte apresenta o novo documentário Hervé Guibert, la mort propaganda , do diretor David Teboul.
Hervé Guibert. Thierry Jouno, Sienne, France 1979
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Conheça a carreira da cantora Wanessa Camargo
Wanessa Camargo, uma renomada cantora brasileira, trilhou uma carreira musical brilhante que a posicionou como uma das artistas mais reconhecidas do cenário musical do Brasil. Nascida em Goiânia, Goiás, no dia 28 de dezembro de 1982, Wanessa começou a sua jornada artística em uma família ligada à música sertaneja, sendo filha do cantor Zezé Di Camargo. Conheça a carreira de Wanessa…
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"entre a arte e o progresso" - A formação da Pinacoteca Ruben Berta
DIEST, Jeronimus Van – The Rejalma – 1673 – óleo s/ tela – 120,5 x 166,0 cm
Luiz Mariano Figueira da Silva - Dissertação de Mestrado
p.12: O nome da Pinacoteca homenageia o pioneiro da aviação comercial do Brasil, Ruben Berta, diretor da VARIG (Viação Aérea Riograndense) e um colaborador voluntário de Chateaubriand no transporte daquelas coleções para seus lugares de destino. Originalmente, a coleção deveria se chamar “Boitatá”, mas a inesperada morte de Berta, em dezembro de 1966, poucos meses antes da inauguração oficial, fez com que Chateaubriand batizasse a coleção com o nome do amigo.
p. 13: [...] em 1982, um convênio com o Governo do Estado possibilitou a guarda do acervo nas dependências do MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul), onde permaneceu até 2008, quando retornou ao Paço.
p. 13-14: O primeiro catálogo geral foi editado em 1991, e o conjunto de 126 obras não foi ampliado no curso dos anos, permanecendo como um acervo fechado, com peças de Cândido Portinari, Almeida Júnior, Di Cavalcanti, Manabu Mabe, Lasar Segall, Francisco Stockinger, Angelo Guido e vários outros artistas de relevância nacional, com diversas obras de autores estrangeiros, com destaque para o 14 chinês Chang Dai-Chien, o indonésio Affandi e diversos exemplares da pop art britânica da década de 1960.
p. 19: Um valor fundamental da Pinacoteca Ruben Berta foi o papel que a sua coleção teve enquanto referência para os jovens artistas gaúchos no início dos anos 1970, como, por exemplo, Carlos Carrion de Britto Velho.
p. 20: Através dos estudos pioneiros de Pierre Bourdieu e Alain Darbel (2003) sobre o público frequentador dos museus de arte europeus, concluiu-se que o acesso e a compreensão das obras de arte estavam restritos a uma parcela da população que detinha a necessária cultura e educação para tal.
O capital simbólico necessário para o entendimento das obras de arte, ao estar restrito a uma pequena parcela da população, constituía um papel de diferenciação social.
p. 20: No mercado de bens simbólicos, a arte é, ao mesmo tempo, um bem simbólico e econômico. Simbólico para o detentor dos meios para decifrá-la e econômico por seu valor monetário. A visita a museus não é um hábito espontâneo, é um hábito que se forma na família, através da escola ou através de amigos.
p. 21: As cifras de público relativas aos centros culturais e museus de arte confirmam um enorme e crescente número de visitantes a exposições de arte em espaços públicos das grandes cidades. Entretanto, a multiplicidade de atividades oferecidas nesses locais parece ser o principal fator de atração de público, o que não ocorre num museu de arte convencional.
p. 22: Verifica-se aí a tensão entre a promoção dos referenciais da cultura popular versus a instrumentalização das classes populares para que decifrem e se sintam parte da visão de mundo da elite. No caso da formação dos Museus Regionais, na década de 1960, em que pese ações de ampliação do acesso à educação das classes populares, num período de acelerada industrialização e urbanização, vigorou o projeto de modernização conservadora, em pleno governo militar, de desenvolver e integrar o Brasil e afastar a ameaça comunista através do discurso moderno (LOURENÇO, 1999; PAUSINI, 2018; 2020).
p. 22: Conservador, nesse caso, segundo o autor, é um conceito que deve ser entendido como o sentimento de compartilharem uma mesma visão de mundo, de que estavam participando e promovendo um processo civilizatório e de integração nacional, construindo uma nação/civilização brasileira.
p. 23: [citação] "A obra de arte – única e primordial – preserva também o pensamento de quem a colecionou. O pensamento que emana do acervo das obras de arte da Pinacoteca Ruben Berta constitui um forte elo no sistema da arte da capital, do estado e nação com os seus múltiplos vínculos internacionais. Assim, este elo extrapola a circulação local, pois, desde a sua origem, o acervo das obras de arte Ruben Berta faz parte do projeto civilizatório brasileiro, possibilitando retomar o sistema nacional com os demais acervos de obras de arte criados pelo jornalista embaixador. [...]" (SIMON, 2013)
p. 23: É a partir do final dos anos 1940 que surgem diversas iniciativas na área cultural em São Paulo, com destaque para a fundação do MASP - Museu de Arte de São Paulo, do MAM-SP – Museu de Arte Moderna de São Paulo e da Bienal de São Paulo. No grupo de mecenas que atuavam nessa arena, um dos personagens principais – ao lado de Yolanda Penteado, Ciccillo Matarazzo e Nelson Rockefeller - era Assis Chateaubriand, dono dos Diários e Emissoras Associados, o maior grupo de comunicações da América Latina entre o final dos anos 1930 e início dos anos 1960.
p. 24: (sobre Assis Chateaubriand) Sua ideologia político-econômica era a de um liberal, defensor do capitalismo e favorável ao capital estrangeiro (MORAIS, 2016).
p. 24-25: O personagem principal na criação dos Museus Regionais, nos anos 1960, foi Assis Chateaubriand que, auxiliado, entre outros, por Yolanda Penteado, Pietro Maria Bardi e Ruben Berta, inaugurou uma rede de seis museus regionais entre dezembro de 1965 e outubro de 1967, sendo que todos esses museus estão ativos até os dias atuais.
p. 25: A partir dos anos 1950, principalmente a partir do Governo JK, muda o perfil da nossa indústria. João Manuel Cardoso Mello, em O Capitalismo Tardio (1982) identifica que passamos da fase da industrialização restringida – 1933/55 – para a fase da industrialização pesada – 1956/64, com São Paulo se tornando o centro manufatureiro hegemônico do Brasil.
↳ O avanço acelerado da industrialização e da urbanização ➨ propiciou o surgimento de uma burguesia industrial com condições de investir em empreendimentos culturais.
↳ União das elites tradicionais paulistas com a emergente burguesia industrial ➨ formação de novas instituições culturais em um cenário de forte urbanização, crescimento da indústria pesada e aliança crescente com o capital estrangeiro.
p. 26: Lourenço (1999) identifica o ano de 1947 como o marco inicial da arte moderna nos museus do Brasil, com a inauguração do MASP.
p. 26: Para a autora, a formação dos Museus Regionais, nos anos 1960, representa o epílogo dos museus de arte moderna no Brasil, já desprovidos do idealismo e utopias da época da formação do MASP, do MAM-SP e da Bienal de São Paulo, servindo, principalmente, para perpetuar ideologias nacionalistas do Governo Militar, de desenvolvimento e integração nacional, usadas como artifício para dominar a cena política nacional por um longo período.
↳ uso da arte como uma ferramenta de legitimação e diferenciação social da elite em relação às classes populares.
p. 27: O conceito de modernização conservadora, cunhado por Florestan Fernandes (2008), explicita que a modernização, no Brasil, não se deu com uma elite industrial suplantando a velha oligarquia agrária, como se deu na Europa e nos EUA. No caso brasileiro, não houve essa ruptura, com a elite agrária modernizando os seus meios de produção e abrindo-se para os influxos modernizadores da indústria, do moderno e do urbano, atraindo e se associando com as novas forças identificadas com essa perspectiva, como a emergente burguesia industrial dos descendentes de imigrantes.
Ou seja, a modernização no Brasil se deu, ao contrário do ocorrido nos EUA e Europa, através da própria oligarquia agrária e não pela sua suplantação pela burguesia comercial e industrial.
p. 28: O acesso ao mercado da arte passa a ser um fator de distinção para a emergente classe média, identificada com os signos e visão de mundo da elite:
[...] o novo passou a ser a garantia de permanência e de continuidade da estrutura social capitalista. A continuidade interessa aos grupos dominantes, garantindo seus privilégios, também, por meio da renovação constante dos signos de distinção, entre eles o sistema da arte. Essa circunstância estabelece uma necessidade de constantes renovações, para evitar a apropriação dos códigos da elite pelo grosso da população, o que determinaria sua dessacralização e a perda de seu “status”. (BULHÕES, 2014, p. 12)
p. 30: [citação] O fato das coleções se instalarem em edifícios históricos, assim como o conjunto revelar muito mais um painel geral das artes no Brasil e até diálogos com a arte estrangeira em alguns casos, revela que a pretensão de abrangência das coleções era muito mais ampla. (…) Observa-se que o projeto curatorial não era tão fechado quanto se anunciava inicialmente. A arte moderna parece ter sido mais um recurso retórico para promover as iniciativas, considerando o seu lugar consagrado na cultura nacional da época. (KNAUSS, 2018, p. 9-10)
p. 31: [...] a aquisição das obras de arte da Pinacoteca Ruben Berta em dois períodos distintos: o primeiro entre 1964 e março de 1967, data da sua inauguração, e o segundo de março de 1967 a dezembro de 1969, quando falece Angelo Guido, responsável pelas aquisições realizadas após a abertura do museu.
p. 32: [...] no final da guerra, os EUA se colocou como o guardião da liberdade artística, oferecendo abrigo aos artistas perseguidos pelo regime nazista e em oposição à arte de conotação socialista da União Soviética e dos países sob a sua órbita de influência. Com a Guerra Fria, o Departamento de Estado Americano percebeu o potencial de propaganda política do expressionismo abstrato, como símbolo da liberdade na cultura ocidental.
p. 33: [..] sincronicidade entre a formação dos Museus Regionais e o projeto do governo militar, a partir do golpe de 1964, de desenvolver e integrar o país através de uma modernização conservadora – em contexto de Guerra Fria – aliada aos EUA, de desenvolvimento industrial e urbanização.
p. 33: Constata-se, também, que a formação dos Museus Regionais, na década de 1960, é o ato final de um processo iniciado a partir dos anos 1940, quando a elite tradicional paulista se une à burguesia industrial emergente com condições de investir em empreendimentos culturais.
p. 33: Esse período, conforme descrito por Bueno (1999), marca o início de uma internacionalização, sob a liderança dos EUA, em direção a uma sociedade globalizada, com os países periféricos – como o Brasil – absorvendo modelos econômicos, políticos, filosóficos e modos de ser e viver de matriz estadunidense.
p. 34: A principal missão de (Nelson) Rockefeller foi, primeiro, promover a inclusão do Brasil entre as nações aliadas no combate às potências do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Num segundo momento, no imediato pós-guerra, sua tarefa foi manter o Brasil na área de influência norte-americana, já em pleno período de Guerra Fria contra a União Soviética.
p. 34: A partir do último quartil do século XIX, com a consolidação e expansão da lavoura cafeeira, aliada à circulação de grande capital oriundo dessa atividade agrícola, a elite paulista deu início a uma longa e complexa trajetória de inserção hegemônica de São Paulo na cena política e econômica nacional. ⇨ exportação do café.
p. 35: O momento de consolidação da transferência do poder econômico das antigas elites agrárias do Nordeste, produtoras de cana-de-açúcar, para a elite paulista de cafeicultores, entre o final do século XIX e o início do século XX, coincide com os nascimentos de Assis Chateaubriand (cujos avós eram produtores de açúcar e algodão no Nordeste), em 1892, e de Yolanda Penteado (cuja família “quatrocentona” era produtora de café), em 1903.
p. 37: Nesse período, famílias como os Silva Prado, Freitas Valle e Penteado, entre outras, começam a promover “Salões Culturais” - nos moldes dos que aconteciam em Paris e Londres - onde iniciam a implementação do seu processo de modernização conservadora através do mecenato (via recursos públicos e/ou privados) às artes e às ciências.
↳ Realizados nos palacetes dessas famílias tradicionais, os salões mais disputados por cientistas e artistas na época eram os de Veridiana e Paulo da Silva Prado, José de Freitas Valle e Olívia Guedes Penteado (tia de Yolanda Penteado).
p. 38: Os salões eram o espaço de ampliação das redes de relações entre a elite agrária paulista e os novos personagens emergentes nas artes e na ciência. O entrelaçamento entre ciência e artes se deu dentro da visão de mundo e interesses dessa elite. A necessidade de financiamento para esses dois campos era articulada e suprida nos salões, através do mecenato privado dos organizadores ou de recursos públicos obtidos através da rede de relações sociais do anfitrião junto aos ocupantes de cargos públicos.
↳ consolidação e aumento do prestígio social de seus anfitriões junto aos seus pares e aos novos membros que eram convidados a participar dos mesmos.
p. 39: O Movimento Modernista foi uma clara reação a essa construção de “fora para dentro” da identidade da elite nacional, trazendo elementos regionais e locais e inserindo-os num circuito de trânsito entre o local e o internacional, num primeiro momento entre o brasileiro e o europeu, que nas próximas décadas seria substituído pelo padrão estadunidense, como veremos adiante.
p. 39-40: Esse processo de hibridização entre a elite agrária e a burguesia industrial emergente, que irá atingir o seu ápice na década de 1940, explica o porquê da elite brasileira nunca ter conseguido se livrar completamente da “Casa-Grande” que habita o seu espírito , mesmo quando empenhada no desenvolvimento econômico-social e na promoção de iniciativas culturais de caráter civilizatório, como as surgidas a partir daquela década.
p. 42: Os anos 1930 assistem ao declínio dos salões, que ocorriam no âmbito privado, sendo substituídos por associações e clubes de arte. O financiamento continuava através da tradicional oligarquia paulista (Silva Prado, Freitas Valle e outros), mas os clubes e associações passaram a ter, progressivamente, uma liberdade e militância política com tendências ao comunismo e ao anarquismo, levando os artistas envolvidos à perda do financiamento e queda do prestígio social que gozavam nos tempos dos salões junto a essa oligarquia. Essa marginalização, financeira e simbólica, junto aos antigos mecenas, não impediu o surgimento de manifestações artísticas que defendiam o socialismo/comunismo de matriz soviética, processo que seria interrompido, principalmente, a partir de 1937, com a implantação do Estado Novo.
p. 43: (A união de Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo) é o símbolo do rearranjo da antiga aristocracia cafeeira decadente economicamente, mas detentora de grande poder simbólico e capital social, ao unir-se com a próspera burguesia industrial sedenta de reconhecimento social entre as elites paulistas.
p. 44: Com o mundo se aproximando de uma nova guerra mundial, era fundamental trazer o Brasil (“o gigante pobre e atrasado da América Latina”) para a órbita norte-americana, garantindo o fornecimento de matérias primas (agrícolas e minerais) e abrindo um novo mercado para a indústria dos EUA.
p. 44: As potências do eixo, principalmente Alemanha e Itália, mantinham um ativo comércio com o Brasil e tinham a simpatia de amplas camadas do empresariado paulista (fascismo e integralismo) e das colônias germânicas do sul do país (nazismo); além de trânsito entre vários membros do Governo Getúlio Vargas.
p. 47: Conforme Morais (2016), Chateaubriand, que além de racista, era germanófilo desde a juventude, trocou de lado – bem ao seu estilo de estar sempre do lado que mais lhe beneficiasse – passando a ser um admirador dos EUA e da Inglaterra (afinal de contas, os anglo-saxões também são descendentes de tribos germânicas com cabelos e olhos claros…); Ciccillo, assim como boa parte dos empresários descendentes de italianos de São Paulo, teve, conforme Neves (2011), que conter suas simpatias pelo fascismo italiano e se aliar ao “amigo americano”.
p. 47: Nessa conjuntura, o caso mais emblemático foi o da VARIG, companhia aérea fundada por alemães em 1927, no Rio Grande do Sul, e sob a presidência do alemão Otto Ernst Meyer. Acusado de colaboração com o regime nazista pelos EUA, Meyer foi forçado a sair da empresa, cedendo a presidência ao gaúcho (descendente de alemães) Ruben Martin Berta.
p. 50: Nessa guerra fria cultural de promoção dos valores da liberdade artística e individual do mundo ocidental, Rockefeller não estava concentrado apenas no front brasileiro. Exerceu, como presidente do MoMA e, posteriormente, como encarregado de operações encobertas da CIA (Agência Central de Inteligência do Governo dos EUA), uma ação coordenada, de acordo com Saunders (2008), de promoção do expressionismo abstrato estadunidense em oposição ao realismo socialista da escola soviética.
p. 54: Conforme Bueno, a construção do conceito moderno de nação retirou os homens de suas referências locais e comunitárias, para integrá-los numa esfera mais ampla, à sociedade nacional.
p. 54: [citação] A nação, produto de um mundo que se moderniza, se fundamentou em tradições inventadas. Da aldeia ao Estado nacional, a identidade está vinculada à ideia de pertencimento. Pertencimento a uma comunidade, a um território, a uma tradição, a partir dos quais os indivíduos se reconhecem, se situam no mundo e atuam sobre ele. A internacionalização consiste na exportação, para além das fronteiras nacionais, de modelos econômicos, políticos, filosóficos, modos de ser e viver, conteúdos artísticos e culturais, produzidos em nações política e economicamente fortes para adquirirem hegemonia internacional em alguns ou em muitos setores. (BUENO, 1999, p. 111)
p. 56: Conforme Silva (2012; 2013) e Tota (2000; 2014), o principal feito de Rockefeller, através da atuação da AIA em um contexto de ideologia da modernização, foi a transformação do mundo (Brasil incluído) à imagem e semelhança dos EUA, naquilo que Bueno (1999) chama de sociedade globalizada, uma “civilização mundo”, liderada pelos estadunidenses.
p. 60: As ações exercidas pela AIA – American International Association – desde 1946, foram substituídas, paulatinamente (principalmente no Nordeste do Brasil), a partir de 1964, pela USAID, Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional criada no escopo da Aliança para o Progresso. A partir de 1964, diversos acordos firmados por essa agência e o governo brasileiro visaram a adequar o sistema educacional brasileiro aos interesses da economia internacional, promovendo uma formação mais técnica em detrimento de uma educação mais teórica e humanista.
p. 61: Também é identificado, neste trabalho, que a ideia de implantação dos Museus Regionais se deu em meio às conspirações e preparativos para o golpe.
p. 62: O plano de Chateaubriand, com o auxílio institucional de Yolanda Penteado e a colaboração de Pietro Maria Bardi, na composição dos acervos a serem doados, era criar mecanismos de fomento e circularidade da arte pelo território nacional, tendo o MASP como ponto de partida.
p. 63: [citação] A circularidade do projeto coadunava com a necessidade identificada pelo governo militar, após o golpe de 1964, de promover a integração do Brasil e o afastamento da ameaça comunista estando presente no discurso moderno, além da promoção do desenvolvimento urbano e industrial. (PAUSINI, 2018, p. 25)
p. 63: Entre dezembro de 1965 e outubro de 1967, foram inaugurados seis Museus Regionais, todos ativos até os dias atuais:
Museu Regional Dona Beja, em Araxá/MG (dezembro de 1965);
Galeria Brasiliana, em Belo Horizonte/MG (janeiro de 1966);
Museu de Arte Contemporânea de Olinda/PE (dezembro de 1966);
Galeria Ruben Berta, em Porto Alegre/RS (março de 1967);
Museu Regional de Feira de Santana/BA (março de 1967);
Museu Regional Pedro Américo, atual Museu de Arte Assis Chateaubriand, em Campina Grande/PB (outubro de 1967).
p. 63: Havia a previsão, conforme Lourenço (2004), de abertura de pelo menos mais três museus em 1968 (Jequié/BA, Maceió/AL e São Luís/MA), mas a morte de Chateaubriand, em abril de 1968, interrompeu a assim chamada Campanha Nacional dos Museus Regionais.
p. 66: [...] essa viagem a Londres teve dois objetivos: o primeiro era a aquisição de gado Hereford para a fazenda Chambá, em Viamão, e o segundo era negociar a compra de obras de arte para os Museus Regionais.
p. 69-70: consta a informação de que, em 1966, Chateaubriand batizou de “Boitatá” a coleção do Museu Regional que seria instalada em Porto Alegre, no ano seguinte, numa alusão às críticas de seus adversários à sua personalidade e ao fato de que estava formando museus fantasmas em São Paulo, uma vez que antes da abertura das seis unidades dos Museus Regionais pelo país, sendo a primeira em dezembro de 1965 e a última em outubro de 1967, as obras ficavam sob a guarda do MASP, em São Paulo/SP.
p. 72: [citação] Do ponto de vista curatorial, chama a atenção o fato de que estas coleções dos museus regionais, de modo geral, são associadas à arte moderna pelo seu anúncio inicial que prometia ter como marco a Semana de Arte Moderna de 1922. Contudo, as coleções constituídas não indicam a consolidação da proposta de enfatizar a arte moderna do Brasil, o que com frequência é visto como medida de um certo fracasso. (…) Maria Cecília França Lourenço situa estas coleções num quadro de epílogo dos museus de arte moderna (…). O fato das coleções se instalarem em edifícios históricos, assim como o conjunto revelar muito mais um painel geral das artes no Brasil e até diálogos com a arte estrangeira em alguns casos, revela que a pretensão de abrangência das coleções era muito mais ampla. (KNAUSS, 2018, p. 8-9)
p. 73: [citação] Se a era dos MAMs se inicia com um vendaval de idealismo, sonhos e utopias, seu fechamento é melancólico e nascido de uma aventura terminal do criador dos Diários, agora finalmente associado a Yolanda Penteado. Uma grande parcela dos museus, aqui selecionada, nesta etapa final do estudo, nasce à época do golpe militar, e espelha as alianças e as trocas nesse novo período. Atendem a algumas das funções culturais, mas também são usados no intento de perpetuar ideologias nacionalistas, em que a ocupação e defesa do território brasileiro camufla as artimanhas do poder para dominar a cena por um longo período, como de fato ocorreu. (LOURENÇO, 1999, p. 237).
p. 75: Pode-se considerar, também, com base em Lourenço (2004), a possibilidade de que a ideia de descentralizar os museus de arte moderna e/ou contemporânea do eixo Rio de Janeiro-São Paulo para outras regiões do Brasil, dentro de uma visão de modernização conservadora e aliada aos EUA, num contexto de Guerra Fria, estava adormecida desde a década de 1940 e só foi levada a cabo quando a aliança Brasil-EUA esteve sob “ameaça” no governo de João Goulart (1961- 1964).
p. 87: [citação] Entre os doadores não há apenas empresários endinheirados, mas igualmente personalidades do mundo da cultura, como Pietro Maria Bardi, que ofereceu uma tela de sua amiga italiana radicada no Brasil, Maria Polo. (KNAUSS, 2018, p. 15)
p. 94: Nos discursos e na cobertura do Diário de Notícias (sobre a abertura da Pinacoteca Ruben Berta) foi dada ênfase à necessidade de eliminar a miséria do povo e tornar a arte acessível a todos os públicos, diminuindo os contrates econômicos, sociais e culturais que marcavam a sociedade brasileira naquele momento.
p. 94: Entretanto, o discurso mais revelador, no sentido de que os Diários Associados estavam travando uma luta de vida ou morte pela hegemonia da comunicação de massa no Brasil, foi o de João Calmon (velho crítico, ao lado de Chateaubriand, do acordo Globo/Time-Life promovido pelo Governo Castelo Branco a partir de 1964), apelando ao novo presidente Costa e Silva que a influência ilegal de empresas de comunicação estrangeiras no Brasil fosse revisada.
p. 95: Pela primeira vez em cerca de quarenta anos, Chateaubriand foi alijado do jogo do poder, com o governo militar promovendo a formação de uma cadeia nacional de comunicação que lhe desse apoio, a Rede Globo, financiada com capitais estadunidenses, principalmente do grupo Time-Life (Herz, 1986).
p. 97: O ano de 1968 também representou o último prego no caixão dos Diários Associados como o grande grupo de comunicação do país, com a Time-Life se associando ao empresário ítalo-brasileiro Victor Civita, da Editora Abril, e lançando, em setembro daquele ano, a revista Veja, que viria a ser, por muitos anos, a grande revista de circulação semanal do Brasil, exatamente o que foi O Cruzeiro nas décadas anteriores.
p. 99-100: Conforme apurado ao longo desta investigação, a provável configuração inicial da coleção, quando da abertura do museu, era de 34 obras, com trabalhos de Eliseu Visconti, Batista da Costa, Di Cavalcanti, Pedro Américo, Manezinho Araújo, Guignard, Kazuo Wakabayashi, Tomie Ohtake, Maria Polo, Fernando Duval, Peter Behan, Michael Buhler, Jenny Garland, John Johnstone, Allen Jones, Neville King, Bill Maynard, John Piper, Mario Dubsky, Patrick Procktor, Alan Davie e Graham Sutherland.
p. 100: As outras obras destinadas a Porto Alegre, cerca de 30 peças, continuaram depositadas no MASP, sendo transferidas para a Galeria Ruben Berta ao longo do ano de 1967. Dentre essas obras constavam trabalhos de Maciej Antoni Babinski, Fayga Ostrower, Anna Letycia Quadros, Isabel Pons, Maria Bonomi, Marcelo Grassmann, Rubens Martins Albuquerque e Chang DaiChien, entre outros.
p. 106: Com base em Knauss (2018), Penteado (1976) e as edições da revista O Cruzeiro de 29 de abril e 06 de maio de 1966, o “Festival da VARIG” em Londres, em abril daquele ano, marca um ponto de inflexão na composição dos acervos dos Museus Regionais, com a compra de um expressivo lote de obras de artistas britânicos dos anos 1950 e, principalmente, dos anos 1960.
p. 109: O capitalismo estava entrando, conforme Bulhões (2014), na sua fase monopolista. Isso significava que a união entre o empresariado nacional e o capital estrangeiro começava a ser superada através da progressiva desnacionalização do controle da indústria privada brasileira, ratificando o caráter periférico da burguesia nacional no capitalismo global.
p. 109-110: É esse deslocado Zeitgeist que inspira a manchete das páginas 103 e 104 de O Cruzeiro, de 25 de março daquele ano, sobre a inauguração da Pinacoteca Ruben Berta: “Entre a arte e o progresso”. A reportagem é curta e muito reveladora, ao associar a abertura do museu à visita à Fazenda Chambá, em Viamão, e à inauguração de indústria em Bento Gonçalves. Nada mais revelador do caráter da elite ali presente: as raízes no mundo rural, a modernização conservadora através do progresso científico-industrial e a promoção de seus valores e visão de mundo através da arte e dos museus.
p. 110: Esse processo, iniciado com os salões de arte no final do século XIX, que conferia um caráter de distinção social para uma elite que determinava o cânone no campo da arte, foi se complexificando e, nos anos 1960, a classe média ascendente foi, conforme Bulhões (2014) incorporada ao mercado de arte, com o “boom” das galerias. Tal investimento em obras de arte, por essa classe média ascendente, também foi utilizado como fator de distinção social.
p. 110: Além da substituição dos Diários Associados pela Rede Globo, verifica-se que todas as empresas envolvidas na Campanha Nacional dos Museus Regionais, desde o ramo industrial, passando pelo setor de comércio/serviços, bancos etc, foram, mais cedo ou mais tarde, com exceção do Grupo Votorantim, compradas ou incorporadas pelo capital estrangeiro ou, ainda, foram simplesmente extintas por não conseguir concorrer em um mercado cada vez mais complexo e competitivo.
p. 114: Conforme os registros localizados ao longo desta investigação, muito provavelmente, a composição da Pinacoteca Ruben Berta, no final de 1967, já era de, aproximadamente, 110 ou 115 obras. Isso significa que, no biênio 1968/1969, foram incorporadas as últimas 10 a 15 obras da coleção.
p. 116: A morte de Angelo Guido, em dezembro de 1969, deixou a coleção Ruben Berta totalmente órfã: Ruben Berta morreu em 1966, Carlos Dreher Neto morreu em 1967, Chateaubriand morreu em 1968 e Yolanda Penteado se afastou da Campanha Nacional dos Museus Regionais logo após a morte de Chatô, o que significou o encerramento da campanha.
p. 117: Todos os dados levantados na pesquisa apontam para a confirmação da hipótese central deste trabalho, que é: a existência da Pinacoteca Ruben Berta só se tornou possível devido a um “projeto civilizatório” de desenvolvimento econômico e cultural moldado a partir de uma modernização conservadora do país. Projeto esse que teve suas raízes na elite comercial e industrial paulista, a partir dos anos 1940 e que, entre outras iniciativas, promoveu o surgimento do MASP (Museu de Arte de São Paulo), em 1947, do MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo), em 1948, e da Bienal de São Paulo, em 1951.
p. 117: Concomitantemente a isso, a formação dos Museus Regionais – e por consequência, da Pinacoteca Ruben Berta – esteve inserida num contexto nacional de desenvolver e integrar o país e afastar a ameaça comunista através do discurso moderno, sob a esfera de influência dos EUA, levado a cabo pelo Governo Militar a partir de 1964.
p. 118: A dinâmica da criação das grandes instituições culturais a partir do MASP, em 1947, até os Museus Regionais, nos anos 1960, aponta, preponderantemente, para o uso da arte como uma ferramenta de legitimação e diferenciação social da elite em relação às classes populares. Esse processo, primeiramente centrado no eixo Rio de Janeiro-São Paulo e, nos anos 1960, com a difusão e circulação da produção artística pelo território nacional, assumiu, partindo das reflexões de Bourdieu e Darbel (2003) e de Bourdieu (1992), a construção de um projeto estético de arte com a função social de aclamar os valores burgueses, em oposição à visão de mundo de inspiração soviética, defendida pelos grupos de esquerda na época.
p. 120: Com relação a Yolanda Penteado, ela foi o elo de ligação entre Rockefeller e os rivais Assis Chateaubriand e Ciccillo Matarazzo, nos anos 1940/50, bem como a ligação entre a nova elite industrial ascendente dos descendentes de imigrantes e a tradicional aristocracia paulista, detentora de prestígio e capital social.
p. 120: Pausini (2018; 2020) destaca Yolanda Penteado como o personagem símbolo da antiga aristocracia cafeeira paulista, ressignificada e associada com a emergente burguesia industrial dos descendentes de imigrantes. Aristocracia essa que defendeu e implementou o seu projeto de modernização conservadora nos séculos XIX e XX, defendendo seus interesses através dos salões e, posteriormente, dos museus de arte.
p. 121: Assim como seus pares estadunidenses, Chateaubriand, conforme Morais (2016), nunca primou pelo caráter e pela ética, mas deixou um legado de realizações, principalmente no campo cultural, que marcaram o crescimento do país nos anos dourados do capitalismo, onde o Brasil foi a nação que mais cresceu economicamente, no mundo ocidental, de 1930 a 1980 (PETIT, 2003).
p. 121: As instituições culturais que surgiram de suas iniciativas e campanhas, desde o MASP, em 1947, até os Museus Regionais, de 1965 a 1967, refletem a capacidade de mobilização do grande empresariado nacional na consecução de projetos de interesse público e nacional. Tais empreitadas seriam impossíveis nos dias atuais, pois salvo raríssimas exceções e as empresas estatais que ainda resistem, nosso país não tem mais empresas nacionais. Somente filiais com matrizes no estrangeiro.
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