E sem saber que era impossível ele foi lá e simplesmente fez!
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Caixa fechada
Hoje eu te chamei pra conversar, estava frio e a luz que batia em você era quente. Ironia sádica instalada na situação, que notei logo de cara. Comecei falando que sempre gostei de você e como tudo começou, “não conseguia parar de olhar pra você, embora eu precise parar e fingir olhar algo ainda mais interessante, como se houvesse algo assim por lá”. Falei que desde então eu sempre esperava algo acontecer na sua direção pra eu ter desculpa pra te olhar. Falei tudo sem medo e sem querer resposta, apenas pra tirar do fundo do meu peito.
Um pouco egoísta da minha parte te dar mais essa bagagem, confesso, mas essa caixinha que cabe no seu bolso, pra mim, era uma mala pesada e complicada de ficar levando pra onde eu ia. Contei sobre muita coisa e me sentindo cada vez melhor de não ter de levar aquela mala sem rodas que achei que não era mais problema pra mim. Doeu pensar no passado e de como eu sempre levei em segredo o assunto e na saudades e nostalgia daquele tempo que eu tinha poder de mudar o hoje que nunca foi.
Você ficou em silêncio todo o tempo do meu monólogo. Ao fim só me abraçou e se perdeu na multidão mais uma vez. Fiquei olhando pra luz quente da tarde nos meus braços gelados e pensando sobre o futuro, muito embora eu já estivesse nele. Finalmente entendi que você sempre foi o amor da minha vida e que era hora de mudar.
Mesmo depois de anos desse sentimento que achei que estava enterrado e sufocado, a minha alma aparece sem avisar com essa situação. Mas hoje senti que era diferente, uma carta de despedida e conciliação a esse apego, foi ela mexendo os sedimentos do fundo para arrumar de uma vez isso tudo, foi o que eu lembro de ter pensado enquanto nadava naquela nuvem turva que subia do fundo.
E agora com um dia arruinado eu me vejo sentado pela manhã escrevendo sobre meu sonho. Com sorte o último dia arruinado pela luz quente e ar frio que a caixa que nunca abri emanava.
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Drift apart
Era bom estar nadando com você, sou apaixonado por esses momentos, mas eu sempre acabava me afogando. Por mais que eu sinta saudades das nossas conversas eu não aguentava tava água sem descanso. Você sempre foi correnteza e eu deriva, e agora que faz milhas e milhas da última curva que fizemos juntos nesse rio eu me pego lembrando da intensidade, querendo mais, mas sem pensar na minha inabilidade de nadar como você. Foi bom, obrigado.
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Dejavú
-...uma máquina do tempo? - falou deixando cair a caneta esquisita e quente no chão. - Depois eu me preocupo com você.
Continuou procurando pela sala por uma pasta verde, onde deixava seus documentos originais.
-Quando precisa não se acha essas coisas! - Falou irritado pra sí.
Após alguns minutos procurando ele pensou naquele brinquedo estranhamente nostálgico, que não lembrava onde havia conseguido. Foi até a caneta pegá-la, colocou no bolso mais externo de sua mochila, que usava como estojo por anos já, desde que ganhou a mochila da mãe por ter entrado na faculdade. A última vez que havia pegado na pasta foi no dia de ir fazer sua matrícula. Lembrava que quando chegou, perto da hora do almoço, colocou a pasta na gaveta mais a direita da estante, e num susto com essa lembrança foi correndo procurar ela ali, onde estava soterrada por tudo que era papel.
Guardou a pasta na mochila, fechou as janelas da sala. Foi correndo pegar as chaves do carro e foi embora.
Sentou em sua mesa do trabalho e viu seu calendário de mesa ainda em agosto, esqueceu de virar a página na saída do dia anterior, como sempre fazia no final de cada dia. Apertou o botão de ligar do computador e mudou a página do calendário, abriu a mochila e depositou a pasta em sua mesa. Olhou para o calendário do computador e viu “31/08”.
-Caralho, que agosto não acaba nem quando ele já acabou! Jurava que hoje era dia primeiro de setembro.
-Num é? Agosto sempre dura 3 meses a mais que os outros meses. - seu colega de mesa falou num tom bem humorado.
Chegou em casa, depois de virar a página do calendário no final do expediente, descongelou um prato de comida pronta que sempre havia no freezer, sentou no sofá com a tv ligada, em sua rotina noturna. Com uma cerveja no braço do sofá ficou conferindo seu celular antes da primeira garfada, viu uma piada sobre agosto nunca acabar e lembrou da sensação estranha de achar que era o dia seguinte. Como se fosse um dejavú (djavan, como costumava brincar) só que mais pastoso, não havia um momento certo de onde aquela sensação começou e ela não saiu por completo até o meio da tarde, que ficou atolado em suas demandas.
-E amanhã ainda tem aquela merda de questionário no RH. - falou para sí pensando que tinha que levar sua carteira de trabalho, já que nunca lembrava os números. - Como se eu pudesse mandar alguém no meu lugar pra responder as perguntas…
As 2 da manhã, deitado na cama, pensando se era possível, se o quarto estivesse ainda mais escuro, dormir com o olho aberto, já que não ia ver nada, igual com os olhos fechados.
O teto surgiu no escuro, iluminado pelo celular, que ligou a tela com alguma notificação. Olhou a tempo de ainda ver no visor: 2:31. - Tô fudido, só 4 horas de sono.
A cada dia que passava pior ficava sua insônia, fruto de stress no trabalho, diziam alguns amigos quando contara em uma noite que saíram para comer.
Acordou no susto com o despertador. Olhou o relógio do celular que marcava 7:30. O terceiro alarme disparado, o último dos 3 que sempre colocava. Pulou da cama pensando brevemente no café da manhã que seria pulado mais uma vez. Colocou a primeira roupa que achou e correu para a sala pegar sua carteira de trabalho. Não estava na gaveta que sempre guardava.
-Puta que pariu, cadê essa merda? - gritou já pensando que falaria que um motoqueiro fechou ele, desequilibrou e caiu, e teve que ficar pra ajudar o cara. Guardava essa desculpa a 2 semanas, quando viu um motoqueiro no corredor tirando a moto no susto da frente de um carro mudando de faixa.
-Cadê essa porra? - perguntou irritado olhando o resto da estante.
Abriu a mochila para pegar o papel informando quais documentos precisava levar, para ter certeza que estava procurando algo realmente necessário. Abriu o bolso mais de fora e viu o objeto metálico de um amarelo queimado, cor de bronze. Pegou ele tentando lembrar o que era e como o havia conseguido.
Era bem mais pesado que seu tamanho o fazia pensar. Apesar de parecer com uma caneta cara, não havia tampa para puxar. Talvez se rodasse, já tinha visto canetas que a tampa era de rosquear. Sentiu ela mexer um pouco, mas com muita resistência. A tampa devia estar emperrada.
Segurou com mais força e tentou outra vez. A tampa girou, mas quando soltou a pressão a tampa voltou pro lugar, como se uma mola dura estivesse fazendo aquela resistência toda. A coisa começou a esquentar de leve.
-Será que é uma máquina do tempo? - falou e deixou a caneta cair no chão por ter esquentado demais. Pensou na sensação estranha do dia anterior, o dia que foi dormir muito tarde e agora estava atrasado demais para pensar nessas coisas. - Depois eu me preocupo com você. - e continuou procurando pela sala a sua pasta verde de documentos.
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Carimbo
Cada poesia é uma receita que o poeta faz da vida O leitor apenas segue tal receita Sempre acompanhado de um eu lírico passado do próprio poeta Que vai guiando, levando pelas mãos Veredando matos para quem lê seguir caminhos novos
Um bom guia que vai mostrando os sentimentos do caminho Cada curva, cada parada. Pontos certeiros. É como colocar os sentimentos pra fora Moldá-los para que os outros usem da mesma forma que um autor Moldar seu jeito de ver na mente do outro Carimbo de alma pra alma
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