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#trans masculinidade
erinelliotc · 2 years
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Minha experiência como lésbica butch
Antes de iniciar, acho que vale notar que a minha experiência com a lesbianidade e com gênero se relaciona imensamente com o fato de eu ser autista, sendo algo que afeta diretamente meu comportamento e visão de mundo, influenciando fortemente para eu, por exemplo, ter uma dificuldade de compreensão (no sentido de enxergar uma lógica e sentido) e perpetuação das normas sociais, e logo, dos papéis e estereótipos de gênero, dessa dicotomia do mundo em homem/mulher e diferença de tratamento com base na genitália com a qual a pessoa nasceu. Com 10 anos, eu não compreendia, por exemplo, que havia diferença para a sociedade um menino cis ficar sem blusa em público, e uma menina/pessoa AFAB – no caso eu – ficar sem blusa em público (foi um episódio engraçado, inclusive).
Eu sempre senti essa pressão enorme para performar feminilidade, principalmente sendo uma pessoa AFAB (designado mulher no nascimento) e tendo características físicas que não correspondem totalmente ao que se espera de um corpo AFAB. Enquanto eu ia crescendo e vendo as meninas ao meu redor se tornando “mulherões”, com “corpão” e tudo mais, eu continuava e continuei com minha aparência um tanto “infantil”, como se as características “femininas” não tivessem se desenvolvido ou tivessem se desenvolvido pouco em comparação às outras, então geralmente as pessoas pensam que eu tenho 13-15 anos e que sou um menino:
Desde criancinha eu já tinha muitos pelos corporais escuros e grossos. Com 6 anos minhas pernas já eram bem cabeludas e motivo de deboche na escola, com 9 anos a minha quantidade de pelos pubianos já era muito parecida com a quantidade que tenho agora como adulto, e com 13 a 14 anos eu tinha bem mais pelos nas pernas e nas axilas do que meus colegas homens cis. Mais tarde na adolescência, eu estava sempre tentando me livrar deles, depilando ou descolorindo (ambos horríveis), pra me encaixar no que esperavam de mim e isso sempre foi extremamente exaustivo e frustrante, até porque eu sequer gosto da minha perna lisa, tanto esteticamente quanto sensorialmente falando. Eu gosto dos meus pelos, foi a sociedade que me ensinou a não gostar deles. E esse processo de exterminá-los também era por si só muito cansativo já que eu tenho muitos pelos, então eliminá-los não é uma tarefa fácil e nem rápida, principalmente considerando que sou uma pessoa autista, e era ainda pior considerando que em 1 mês já seria necessário passar por esse terrível processo novamente (ao menos nas pernas), e ficar basicamente repetindo isso pelo resto da vida;
Tenho peito pequeno que dificilmente fica aparente se eu não estiver usando uma blusa mais justa, sendo algo que eu desde cedo aprendi a odiar e sentia muita insegurança pela maioria das outras meninas terem peito maior que o meu. Atualmente gosto dele, apesar de ainda bater uma insegurança ao ver pessoas com peito grande;
Tenho uma voz um pouco mais grossa do que o esperado (ainda é lida como “feminina”, mas ela beira a androginia);
Deixar meu cabelo curto já é o suficiente pras pessoas me lerem como homem 99% das vezes;
Me sinto muito desconfortável de maquiagem (só gosto de lip tint) porque sinto que não combina, não faz sentido comigo, não fica bonito em mim como eu acho que fica em outras pessoas, apesar de eu querer que ficasse. É como se tivesse algo “errado” quando estou de maquiagem;
Quando era mais novo, eu não gostava de usar saia e vestido pelo mesmo motivo de não gostar de usar maquiagem (atualmente uso, mas questiono até que ponto eu genuinamente gosto de usar e até que ponto é uma reprodução das expectativas que me foram impostas);
Não tenho o comportamento mais “feminino” do mundo: o Nunca fui uma pessoa vaidosa, sempre priorizando conforto acima de aparência; o Não ligava/gostava de comprar roupa; o Tenho preguiça/não faço questão de pintar e arrumar as unhas, preferindo elas curtinhas; o Meu comportamento/conduta geral (modo de andar, sentar, e coisas do gênero relacionadas ao meu modo de me portar “fisicamente”) parece mais próximo do comportamento esperado de homens do que de mulheres; o Nunca dei muita importância pra regras de etiqueta no geral, comportamento mais comumente esperado de homens do que de mulheres; o Nunca me liguei muito nas coisas do “universo feminino” de modo geral; o Tenho maus hábitos “nojentos” e hábitos de higiene que são comumente classificados como “de homem” por serem considerados uma postura mais desleixada e anti-higiênica (como tomar pouco banho, resultado das minhas questões relacionadas ao autismo, como disfunção executiva e o excesso de informações e etapas que envolvem os momentos antes e depois do banho);
Quando criança, eu tendia a brincar mais com os meninos do que com as meninas, e na pré-adolescência continuei a andar mais com meninos, e inclusive parece que minha afinidade com meninos e dificuldade de interagir e lidar com meninas se intensificou.
Enfim… Simplesmente existir do jeito que eu sou e me sinto confortável é considerado pela sociedade como impróprio pra mim, como algo que não é o “certo” pro papel e gênero que me foram impostos porque são “coisas masculinas”.
Todas essas características que eu citei são coisas que eu gosto/amo em mim e sinto orgulho (até mesmo as “ruins”, simplesmente porque fazem parte de quem eu sou), não são coisas que eu não gostava/odiava naturalmente, são coisas que eu aprendi a odiar e queria me livrar porque a sociedade me ensinou que elas eram erradas pra mim e porque a sociedade não me aceitaria tendo essas características, e as minhas tentativas de mudá-las foram unicamente por pressão pra me encaixar nas expectativas da sociedade. E a minha frustração é ainda maior quando vejo que essas mesmas características que condenam quando são expressas por nós, mulheres e pessoas AFAB, são ignoradas ou até mesmo tratadas com naturalidade quando são expressas por homens cis, e não só isso, muitas vezes são esperadas que eles as tenham, e incentivadas. Essa diferença de tratamento é algo que me fere e revolta profundamente. O que há de tão errado e absurdo em eu ser desse jeito? Por que eles podem e eu não?
Eu também amo não corresponder ao que a sociedade espera de mim como “mulher”, amo não estar em conformidade com as normas e expectativas de gênero, gosto que o meu jeito de ser naturalmente vai de encontro com isso sem eu nem precisar me esforçar pra desafiar esses estereótipos e imposições (eu não tento ser desfem de forma proposital, eu simplesmente tenho essas características e comportamentos porque eu sou assim, e eu gosto do fato deles serem “pouco femininos”).
Eu só não tenho roupas da sessão masculina porque minha mãe mal me deixa pisar lá, então quase todo meu guarda-roupa é de roupas da sessão feminina, e tenho no máximo uma ou duas roupas unissex. Quando eu estou com roupa mais neutra/unissex, as pessoas geralmente me leem como homem, e com roupa “feminina” geralmente me leem como mulher. No entanto, também já aconteceu mais de uma vez (e tem acontecido com certa frequência ultimamente) de eu ser lido como homem mesmo estando com uma roupa que era pra ser “feminina”, então é realmente um mistério pra mim saber quando vão me ler como mulher, acho que só acontece quando eu estou usando roupas bem evidentemente “femininas” e/ou que marquem bem o meu peito (se bem que uma criança uma vez já me leu como menino mesmo eu estando de vestido, então sei lá kk).
Porém, eu também tenho características socialmente associadas ao conceito de “feminilidade”. Ser uma pessoa tímida, quieta e reservada, gentil e delicada, gostar de coisas fofinhas e pequenas, gostar de rosa, às vezes usar saias e vestidos. São características que eu também gosto em mim, e antes de entender de fato o que é ser butch, ter essas características me fez questionar se elas eram compatíveis com alguém ser butch, se alguém podia ser butch e ter essas características.
As pessoas mais velhas que me conhecem (família e amigas da minha mãe, que são gente dos 40/50 anos pra cima), e claro, sabem que sou AFAB, tendem a me ver como uma pessoa delicadinha e bonitinha, “feminina” (principalmente se me veem usando vestido/saia) por uma simples questão de me enxergarem como mulher e me associarem a feminilidade só por eu ser AFAB e quererem reforçar isso, mesmo eu não sendo “feminino” na maior parte do tempo, porque quem não me conhece e vê na rua geralmente vai me ler como homem, e não é nem ficar em dúvida se eu sou homem ou mulher, é ler direto como homem sem hesitar, e depois me pedir desculpa quando descobre que sou AFAB. Tem se tornado até cada vez mais frequente pessoas conhecidas da minha mãe perguntarem pra ela “esse é o seu filho?” quando eu estou junto com ela.
Então assim, todas as características que eu falei, tanto “masculinas” quanto “femininas”, são coisas que eu gosto em mim. As coisas classificadas como “femininas” são coisas que eu faço/sou sem associar elas diretamente a gênero (por exemplo, eu uso vestido/saia só porque acho que fica bonito em mim). Eu gosto de desvincular essas coisas de gênero, de não ver/definir coisas que eu faço e uso como “femininas” ou “masculinas”, só que as características “masculinas” eu também gosto de ver como formas de resistência, formas de lutar contra as imposições sociais de gênero, de quebrar com o padrão que tentaram impor em mim, o que me faz muitas vezes meio que abraçar a “masculinidade” e sentir afinidade com ela, pois são as “coisas masculinas” que me trazem conforto e liberdade pra ser quem eu sou. Por exemplo, eu gosto da combinação de usar saia ou vestido enquanto eu também tenho muitos pelos corporais para uma “mulher”, porque isso contribui pra eu quebrar com o padrão imposto e esperado de mim, contribui pra eu não me conformar com a feminilidade imposta a mim, e também a ter uma expressão de gênero mais andrógina. Meus pelos estão aqui porque eu gosto deles, e eu estou usando esse vestido porque eu gosto dele, e eu amo ter essa expressão de gênero “ambígua” e não-conformista de gênero.
No passado, antes de me entender butch, eu já senti algo muito esquisito em relação à minha identidade de gênero porque parecia que eu sentia “masculinidade” na minha identidade, só que não era a masculinidade “tradicional”, como se não fosse masculinidade “de verdade”, e eu simplesmente não sabia explicar isso. Pra mim era quase como se fosse um “quarto gênero” (feminino, não-binário, masculino e esse outro “masculino”), um “outro tipo” de masculinidade (uma “masculinidade soft”) que não era masculinidade mesmo, porque a masculinidade mesmo eu não me identifico, não gosto e nem me atraio. A sensação que eu tinha era como se eu tivesse “criado” a minha própria “masculinidade”, uma “subcategoria” que estava simultaneamente dentro e fora da “masculinidade” (dentro por ter sido criada a partir da masculinidade, tendo ela como base, e fora por não ser masculinidade de fato). Tipo, eu sinto gender envy e euforia de gênero com personagens masculinos fofos, gentis e delicados que quebram com os estereótipos de masculinidade, não são agressivos/brutos, não reproduzem a masculinidade tóxica, são pouco “masculinos”/mais “afeminados”, etc. E eu também sou uma pessoa delicada e gentil, então acho que por isso também esses personagens me causam tanto entusiasmo e identificação, além da quebra de padrões de gênero, retratando uma masculinidade de forma diferente do esperado (tipo como eu faço). Agora sinto que, além do xenogênero gênero-fofo, a subcultura butch me ajudou a me entender muito melhor em relação a isso.
Como dito antes, eu nunca satisfiz os padrões de feminilidade que a sociedade me impôs e espera de mim simplesmente por existir do jeito que eu sou e fazendo o que gosto e me sinto confortável, sendo classificado como “masculino” demais, mas eu não sou homem. É uma relação complicada de gostar e sentir maior afinidade com “coisas de homem” sem ser homem. É incorporar a “masculinidade” na minha conduta e jeito de ser, sem ser homem. E, no entanto, apesar de ser “masculino demais”, também é quebrar com o padrão de masculinidade, porque não sou homem. Mesmo sendo “masculino demais” pro papel que me foi designado, eu também não sou “masculino o suficiente” pra masculinidade padrão, e nem quero ser. Pra começo de conversa, nem foi eu que nomeei o meu simples modo de ser e existir como “masculino”, mas já que é assim que chamam, que assim seja.
A feminilidade compulsória, a imposição da feminilidade, é algo devastador e extremamente exaustivo pra mim. Me forçar a caber nessa caixa que esperam de mim é muito frustrante e danoso pra minha própria identidade. Não sou femme porque, realmente, não me vejo de forma nenhuma como construindo minha própria feminilidade, não vejo minha identidade nem nada do que eu sou como dentro da feminilidade, não me classifico dessa forma, apesar de ter coisas que gosto e faço que podem ser classificadas como “femininas” de acordo com a sociedade. Me vejo abraçando a “masculinidade”, ou melhor, essas coisas que eu faço e sou que a sociedade chama de “masculinas”. E realmente não me importo se a minha existência é classificada assim. Não sou homem, mas são essas coisas ditas como “de homem” que me trazem tanto conforto e me fazem tão bem, então acabo percebendo minha identidade como bem mais próxima da masculinidade do que da feminilidade, embora eu me entenda como estando fora de ambas. Não há nada de errado com a feminilidade, é só que a mim, ela aprisiona, enquanto que a “masculinidade” me liberta, me permite ser quem eu realmente sou. A tentativa de me imporem a feminilidade simplesmente destruiu minha relação com ela. Não consigo me sentir bem com a feminilidade, não consigo me reconciliar com ela, não consigo sentir que a feminilidade faz parte da minha identidade. Mesmo quando uso vestidos e saias, mesmo quando me refiro a mim como “princesinha” e coisas do gênero, é da forma mais agênero possível (se é que isso faz sentido para você leitore, mas caso não faça, para mim faz), é um “princesa” que não classifico como feminino, apenas como delicado e fofo.
Enfim, tudo isso é tão difícil de explicar e traduzir. Abraçar a identidade butch me fez muito bem, de verdade. Sinto que facilitou meu próprio entendimento, e simplificou demais tudo isso que eu não sabia explicar.
Eu sou butch, ponto.
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um-garoto-chamado-yuri · 11 months
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Fiz uma bandeira para homens trans!
Hoje em dia quase todos os gêneros (e sexualidades) da comunidade LGBT possuem uma bandeira, mas nunca havia visto uma para homens trans (por mais que exista uma transmasculina, nem todo mundo se identificará com o termo), por isso decidi fazer uma exclusiva pra gente!
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Significado das cores (de cima para baixo):
Azul escuro: Homens trans com expressão de gênero masculina.
Azul: Masculinidade.
Azul claro: Aceitação.
Branco: Homens trans intersexo ou em transição.
Verde claro: Paz.
Verde: Androginia.
Verde escuro: Homens trans com expressão de gênero andrógina ou feminina.
Se quiserem divulgar, fico grato!
Precisamos criar uma bandeira para demonstrar orgulho pela nossa luta, agradeço quem for aderir <3
Também criei uma bandeira para mulheres trans :)
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txttletale · 1 year
Note
Hello, you speak spanish, right? if not, I will try to translate it later, I hope it isn't out of place to leave my two cents here. Vi el reblogueo que hiciste sobre las personas transmasculinas, y fue raro ver eso. Porque, si bien entiendo a lo que se referia la chica, no me parece que una persona trans exprese eso con la intención de ser desconsiderado con las mujeres trans o transfemeninas, es muy pero muy raro que nos vean como hombres (hablando de aquellos que lo son exclusivamente, porque ser transmasculino avarca un sinfin de generos, incluso algunos en el que la persona se identifica como mujer), para el mundo somos mujeres de alguna manera u otra, y por eso que una persona nos diga eso, para algunos es como valido. A los transfobicos no les importa que genero sea une, nos odian por igual, y no solo necesariamente porque la persona sea, por ejemplo, una chica trans, porque hay muchos casos de hombres siendo agredidos, asesinados, etc, simplemente por ser transgenero, y no, no es porque los confuden, sino porque como ya dije, al transfobo le molesta nuestra existencia sin importar lo que tengamos ahí abajo. En internet tiendo a ver gente siendo un poco transfobica con las personas con identidades masculinas y siento que ese post tambien venia desde ese lugar, por eso supongo me cayo pesado. No hablo con la intención de ofenderle o insultarle, pero quería comentar sobre mi perspectiva de como creo que es realmente. Perdón por la longitud del mensaje y espero que tenga un buen día.
pues claramente entiendo porqué a un chamo transgenero ésa interacción le podría hacer sentir válido — y no es eso realmente el problema en fondo, pero más la manera en de se habla sobre este tipo de interacción. porque yo siempre lo he visto contado como chiste de 'jaja, transfobico idiota, por accidente me ha afirmado mi masculinidad! que inútil de intolerante!'. pero para las transfemininas es muy difícil encontrar el humor en estas anécdotas porque se tratan de alguien que nos odia y nos quiere muertas. asi que aunque claramente no hay ninguna intención de faltar de respeto de los que hacen esos posts, en cualquier caso salen con esa implicacion.
porque además, aunque clato los transfobicos odian a todos nosotros, las chicas trans son la cara de el movimiento transfobico. escucha a cualquier programa de fox news o lo que sea y nota cuánto hablan de drag queens contra drag queens. y claramente no nego que hay mucho odio también para los transmasculinos! pero siempre es el imágen de la transfemenina peligrosa y asquerosa que usa la derecha para enrabiar y asustar la gente -- así que cuando oímos que alguien le dijo algo transfobico a un chamo trans lo único en que podemos pensar es justamente esa hiperinvisibilidad -- y que se trate como chiste de "jaja transfobico idiota" nos cae muy mal por eso
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complex-crux · 3 months
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GENDERFLUID (self indulgent) flag alternative
[PT; biggest title text saying, "GENDERFLUID (self indulgent) flag alternative". end PT]
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[ID; two rectangular flags with 6 equally-sized horizontal stripes and colors in this order, from top to bottom: baltic sea, light lime green, malibu, lavender indigo, candy pink and dawn pink. the second flag has text that gives the meaning of each color; from top to bottom, the text for every meaning says; absence of gender or "genderlessness", gender outside of the binary system, gender related to masculinity, gender related to androgyny or the "inbetween", gender related to femininity, presence of limitless genders or "genderfullness". the second flag also has the spanish translation to each meaning; from top to bottom, the spanish translation for every meaning says; ausencia de género, género fuera del sistema binario, género en relación a la masculinidad, género en relación a la androginidad o el "intermedio", género en relación a la feminidad, presencia de géneros ilimitados. end ID]
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first time posting ! but I've been interested in flags and queer vexillology for a while and I decided to give it a try :-)
I wanted to create my own personal take on the genderfluid flag, since it was the first label I ever used as a queer, trans person ! I hold a very special love for that label, because it gave me the opportunity to start my gender-searching-journey.
** this is JUST a self-indulgent alternative, it is NOT meant to be a replacement for the original flag
[PT; first time posting! but I've been interested in flags and queer vexillology for a while and I decided to give it a try. I wanted to create my own personal take on the genderfluid flag, since it was the first label I ever used as a queer, trans person! I hold a very special love for that label, because it gave me the opportunity to start my gender-searching-journey. this is just a self-indulgent alternative, it is not meant to be a replacement for the original flag. end PT]
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tagging: @pride-color-schemes
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please, feel free to use it or edit it to your own liking and, if possible, tag me so I can see your edits ! :-3
[PT; please, feel free to use it or edit it to your own liking and, if possible, tag me so I can see your edits!. end PT]
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erosrpbr · 1 year
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AME UM PERSONAGEM TRANS
Esse texto é um ensaio onde eu apenas falo e falo coisas que se passam pela minha cabeça sobre o assunto e tento relacionar elas ao rpg. Se te ajudar em alguma coisa, eu fico feliz, mas às vezes a gente só precisa ler algo sem precisar desenvolver qualquer opinião sobre.
Há um tempo houve a grande discussão sobre a utilização de avatares cisgênero para personagens transgênero e no meio desse debate houve também a discussão sobre esses personagens em relacionamentos amorosos.
Atualmente eu estou vivendo um episódio pseudo-amoroso e me senti na necessidade de abordar com mais afinco o assunto, afinal são coisas que por mais que eu viva 24 horas, não lembro de algum dia ter abordado isso em meus personagens.
Pessoa cisgênero que estiver lendo esse texto, eu lhe pergunto: quantas vezes você se interessou por alguém, essa pessoa retribuiu o sentimento e você ficou apavorado com esse sentimento? Eu sei, não é uma pergunta nichada. Muitas pessoas se sentem assim, provavelmente sua resposta pode ser sido "na maioria das vezes", mas eu aposto que esse medo não se compara ao medo de uma pessoa trans quando alguém diz que sente algo romântico por ela.
Eu estou interessado em uma menina que teoricamente retribui o sentimento. Infelizmente isso não é uma notícia boa porque eu não posso investir nela. Os motivos não importam e não estão relacionados ao que vai ser dito aqui, mas eu ainda to assustado. Ainda mais porque eu estou idealizando romanticamente alguém com quem as únicas palavras que troquei foram "Bota! Bota logo antes que vaze", e eu não estarei dando contexto.
A possibilidade de ela retribuir o interesse é apavorante. Uma menina cis e muito linda tem interesse em mim, um cara trans.
Vamos lá, pessoas trans são comumente associadas à coisas... não boas. Mulheres trans são muito vistas como ou objetos sexuais ou um endeusamento que não passa disso. Homens trans precisam ser super masculinos para terem uma imagem desejável, atingindo a passabilidade, ou então indo para um lado menos másculo, mas ainda masculino, onde são fofos e nenéns. Pessoas não-binárias precisam ser andrógenas o suficiente para reforçar o não-binarismo, mas precisam ser binárias o suficiente para não confundir os outros. E quando esses corpos fogem do que é agradável aos olhos cisgêneros, eles se tornam ou marginalizáveis ou fetichizáveis, mas nunca sexualizáveis (e existe uma diferença entre esses dois termos). Mas sempre vão nos relacionar às nossas genitais. Não existe isso. Seremos sempre grandes pênis e vaginas ambulantes, atrativos para curiosos e facilmente substituíveis por alguém cis. Em qualquer ocasião, esses corpos não são romanticamente interessantes.
E é por isso o meu pavor em relação à pessoas se interessando em mim, seja sexual ou romanticamente. Eu sou masculino o suficiente pra essa menina cis gostar de mim? Nem falo de beleza, apesar de ser sim um fator importante. Mas eu sou passável o suficiente? Bem, se ela está interessada, então a resposta deve ser sim, né? Mas eu não sou tão masculino assim na minha essência. Eu gosto de desmunhecar, às vezes eu saio com um short mais colado no corpo, eu não gosto de performar o que é considerado masculino algumas vezes. No ambiente que a gente frequenta o que mais tem são homens cis demonstrando o quão homem eles são, exalando masculinidade, muitos com certeza mais atraentes do que eu, então o que faria eu me destacar no meio de tantos outros homens melhores? Tantas outras opções bem mais consistentes?
Parece errado que ela goste de mim. Parece errado demais, afinal eu não sou a pessoa mais masculina, principalmente do lugar que a gente frequenta. Parece errado porque eu não posso proporcionar pra ela toda a experiência, e eu nem falo de sexo, eu falo romântica mesmo.
Parece errado que alguém me ame.
O amor à pessoas trans é negado desde quando essa pessoa demonstrar não ser cis, antes mesmo de ela se descobrir. Primeiro ela se descobre lésbica ou gay, e aí vem toda a aceitação e rejeição com isso, depois ela se redescobre trans e tem mais aceitação e rejeição. A chacota e infeliz sensação de que seremos substituídos facilmente por alguém "mais completo". Ou pior, por alguém mais fácil de lidar. Porque quando você se relaciona com uma pessoa LGBT, você também vai se relacionar com a LGBTfobia. Então por que essa pessoa iria querer levar problema pra vida dela?
Por que ela gosta de mim?
Eu nunca namorei. A primeira pessoa com quem eu tive algo romântico foi antes mesmo de eu me descobrir trans. Ela tava se descobrindo bi e meio que houve essa trocar: a necessidade dela de uma resposta e a minha necessidade de atenção. Pouco depois que eu me descobri trans eu descobri que uma menina que eu gostava na escola também gostava de mim naquela época, mas nunca rolou nada sobre porque ela andava com as pessoas que me faziam bullying todos os dias. A segunda pessoa com a qual eu me relacionei também tava se descobrindo uma mulher bi, o que invalidou a minha identidade como homem trans afinal eu já era assumido na época.
Usado duas vezes e desprezado pelo medo uma. Por que alguém gostaria de mim?
O amor não me é uma possibilidade. Eu sou legal, eu sou engraçado, eu sou bonito, eu sou inteligente, eu erro, mas eu reconheço, eu sei conversar. Eu tenho várias qualidade. Mas eu não sou cis. E isso é um puta defeito.
E eu nem vou entrar em questões familiares aqui porque não é um assunto legal de abordar, mas ainda encaixa na ausência de amor.
O amor não é uma possibilidade para pessoas trans.
É muito difícil acreditar que você pode ser amado por uma pessoa cis quando todas as suas experiências com o amor foram de apenas uso. Eu me vejo questionando: por que essa pessoa se apaixonaria por mim? Eu tenho qualidades, eu sei, mas até onde ela está me vendo?
A coisificação de um corpo trans nos deixa longe de sermos dignos de amor. Somos objetos para entretenimento cis. A deusa, o homem perfeito, o bobo da corte, mas nunca uma opção de relacionamento, pelo menos não a primeira. Sempre romantizado, mas nunca romântico.
Ter passado por essas experiências me fizeram questionar frequentemente se eu sou digno de ser amado. Se as pessoas realmente sentem interesse por mim ou se elas só não querem me usar pra alguma coisa, se não há uma intenção por trás.
E eu não sei onde é mais difícil encontrar amor: dentro ou fora da comunidade. Já ouvi de amigos trans dizendo que não ficariam com mulheres trans e vice versa. Nem a gente quer se amar, nem a gente quer se dar uma chance.
Eu tive muito mais casais heteronormativos em mente enquanto escrevia isso, mas eu também sou uma pessoa pansexual e também já fui muito rejeitado por homens cis. Eu nem vou entrar em detalhes, mas ser uma pessoa trans e não ser hétero é se tornar ainda mais uma genitália ambulante.
Nós somos objetos de estudo, curiosidade, fetiche e descobertas, mas nunca de amor, carinho, afeição e cuidado.
E o que isso tem a ver com o título?
Eu jogo na tag há mais ou menos 10 anos e há 8 anos eu me descobri trans, e é o mesmo tempo que eu comecei a criar pelo menos um personagem trans em todo rpg que eu jogava.
A tag infelizmente funciona igual.
Eu utilizei poucos avatares trans nas minhas jogatinas, mas a diferença é absurdamente grande no tratamento desses personagens. Quando eu criava personagens cis, independente da personalidade, plot, sempre foi muito fácil conseguir casal. Não necessariamente ship, mas uns beijos vez ou outra, quando no twitter, até uns flertes ou comentários mais sacanas nas fotos. Quando esses personagens eram trans, isso já diminuía. Mesmo utilizando avatares cis, só a informação de que eles eram personagens trans parecia afastar qualquer possibilidade de uma atração romântica ou sexual. Eu consigo lembrar da maioria dos ships que eu tive com personagens cis, mas quando eu penso nos personagens trans, é um pouco mais difícil de lembrar. Acho que eu consigo contar nos dedos, sinceramente. Mas quando eu comparo com todas as (poucas) vezes que eu joguei com avatares trans para personagens trans... Bem, eu não consigo lembrar de nenhum ship. E vou confessar, na maioria das vezes eu fazia o personagens cis ser um puta babaca e o personagem trans ser a melhor pessoa do mundo justamente pra tentar entender o que tava acontecendo. Mesmo sendo grandes filhos da puta, os personagens cis ainda conseguiam um ou outro beijo enquanto os personagens trans eram frequentemente infantilizados ou descartados como amigos.
E essa não é uma experiência só minha, eu conversei com pelo menos duas pessoas que relataram a mesma coisa.
Ou seja, nossa personalidade não é importante, nossa aparência ajuda um pouco, mas o cara cis sempre vai ser uma opção mais agradável pra um ship, mesmo sendo um casal de mentira em um universo de mentira.
Não é uma ordem e nem um pedido pra você sempre se relacionar com um personagem trans, mas me responde uma coisa.
Quantas vezes o seu char flertou ou se relacionou romântica ou sexualmente com um personagem trans?
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capstao · 5 months
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2014 era o máximo!
Sabe o cara bonitão das séries teen que é bom em tudo, que todas as garotas caem aos pés e que todos os caras tem vontade de ser? Theodore era esse cara.
Mas Maxwell não passava longe. Se quisesse ser esse cara, poderia facilmente. E o pior é que ele sempre soube disso, sempre brincou com seu carisma e com seu six pack definido, mas só quando precisava. Se não fossem por esses pequenos momentos de auto estima (e seus quase 2 metros de altura), Max seria conhecido como um carinha gente boa que tinha um sorriso bonito, que nunca se envolvia e que vez ou outra aparecia com alguns machucados estranhos pelo corpo. E não, não era um problema com a gagueira como muitos especulavam. Já tinha superado aquilo.
É que ele realmente tinha mais com o que se preocupar. Estudo, esporte e trabalho. Ele precisava manter a bolsa e qualquer coisinha fora da curva poderia prejudicar. Precisava estudar e fazer seu dinheiro. Por isso era bem comum que o vissem por aí vendo qualquer coisa.
Sanduíche natural pra não comer a comida podre da cantina? Chama o Max! O armário emperrou e seu trabalho de recuperação ficou preso? Chama o Max! Precisa de uma mesa de centro nova pra sua sala? Chama o Max! O carro não quer pegar por nada no meio da estrada? Chama o Max! Pelo valor certo ele poderia até ser seu namorado de mentira. Afinal, ele era o máximo! Estava sempre exausto, sim, mas se tivesse dentro da lei, usava até seu corpo pra conseguir dinheiro. Não por ambição. Por necessidade.
E, claro, por prestar tantos serviços, era difícil não acabar se aproximando das pessoas, entendendo elas e se afeiçoando. O que era um problema por ele sempre foi do tipo "Te defendo em público, mas chamo a atenção no privado", e no privado descobria ter passado a maior vergonha defendendo alguém que estava completamente errado. Ainda assim, comprar essas brigas e lutar pelo o que acreditava era o que o movia. Era bom fazer os outros sentirem o que você nunca sentiu. Era bom ser o cara em quem as pessoas confiavam. Se não atrapalhasse seus estudos e seu trabalho, Max fazia qualquer coisa pelas pessoas, à ponto de ir contra as próprias vontades. "Sim, eu vou com você nessa festa que eu claramente não conheço ninguém e vou ficar totalmente desconfortável e de fora só pra você não ir só." "Sim, eu posso dividir meu lanche que esperei o dia inteiro pra comer porque você tem alguma espécie de verme no estômago e já comeu o seu." "Sim, eu posso ir pra essa viagem contigo e aproveitar o tempo pra estudar, mesmo que isso signifique perder uma noite de sono." "Sim, eu posso te levar pra casa mesmo sendo contra mão pra mim." "Sim, eu posso beijar aquele feio só pra você pegar o bonito." "Sim, eu posso fazer isso por você."
Max era esse cara que você poderia pedir socorro que ele iria ao seu encontro sem pestanejar. Era a figura masculina de segurança mais próxima, a primeira que você deveria pensar se precisasse de algo. Ele iria. Sem pestanejar.
Ele era o máximo!
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2024 cobrou caro
Como ajudar quem nunca pede ajuda? Como ajudar alguém que não aparentava precisar de ajuda? Como consertar um muro que parece inquebrável?
tw: transfobia
Desde 2014 Max tinha muita dificuldade de se impor. E apesar disso não ter nenhuma relação com a gagueira... meio que tinha sim. É que dois anos depois do acidente descobriu que era um homem trans e isso... isso acabou com qualquer relação positiva com o pai. Afinal, se essa queda o fez começar a gaguejar, que outros problemas não poderia ter causado? E foram 20 anos de brigas constantes, cobranças "masculinas demais" pra Max, uma preferência descarada pela irmã - que também era o ser humano mais difícil do mundo de lidar - e provações constantes por coisas que, depois de um tempo, você para de acreditar que é capaz. E existe momento pior pra perder a fé em si quando se está lutando pela sua filha?
Max não resistiu à residência porque era sensível demais pra ver aquelas imagens pesadas. - 30 pontos de masculinidade Casou com uma mulher tóxica que não deixava ele fazer nada, olhar pra ninguém, ter redes sociais, falar com a própria mãe. - 10 pontos de masculinidade Trabalhou em 2 empregos ao mesmo tempo e foi demitido dos dois porque não conseguia ser bom o suficiente em nenhum. - 5 pontos de masculinidade Não conseguia arrumar um emprego decente porque ninguém queria contratar alguém com problemas na fala (e já fazia fono há uns 2 anos). - 5 pontos de masculinidade Quando finalmente conseguiu um bom trabalho no corpo de bombeiros e pôde se estabelecer financeiramente, descobriu que só foi possível porque a esposa transou com avaliador. - 50 pontos de masculinidade Sequer brigou pela mulher, sendo incapaz de manter ela na linha. - 50 pontos de masculinidade
E como ele ia conseguir manter a guarda da filha se tudo ia contra? As provas de que ele não era presente por conta do trabalho eram mais do que claras. A própria garota testemunhou dizendo que passava mais tempo com a tia psicopata do que com o pai. E não era por falta de tentativa, era de tempo mesmo. E, de acordo com seu pai, "de um homem decente dentro de casa".
fim do tw
E qual era a única coisa que fazia Max se sentir homem de verdade? Ajudar o amigos.
Não! De jeito nenhum.
Tinha esse clube não muito longe da UCLA. Não era tão bem escondido assim, mas era surpreendente o quão pouca gente tinha conhecimento sobre. Era uma espécie de cassino... de homem. Sabe? Não, não desse jeito. Era mais coisa de hétero mesmo. Apostas em cavalos, torneios de sinuca, briga de galo, jogo do bicho. A atração principal, no entanto, era o clube da luta. Um bando de marmanjo de cuequinha e regata branca, suado, exalando testosterona, se estapeando por algumas notas de 100. Extremamente hétero. Sempre foi ele a estrela do clube. Max ganhava a maioria das brigas. De lá vinha o dinheiro extra que Max dizia ser das caronas que dava. As pessoas apostavam muito alto nele. Ali a única coisa que eles se importavam se tinha no meio das pernas de Max era o joelho e estavam dispostos a quebrá-lo. Max era mais um dos homens naquele clube. Max era mais um desafio naquele clube. Max era o desafio. Ele era o máximo!
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levelingupmychinese · 2 years
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Vocabulario de feminismo
Básico
性别不平(Xìngbié bùpíng)/性别不平等(xìngbié bù píngděng) - Desigualdad de género
性别歧视(xìngbiéqíshì) - Discriminación de género
平权(píngquán) - Igualdad
女权主义者(nǚquán zhǔyì zhě)/性别平等主义者(xìngbié píngděng zhǔyì zhě) - Feminista
性别角色 (xìngbié juésè) - Rol de género
社会角色(shèhuìjuésè) - Rol en sociedad
赋权(fù quán) - Empoderamiento
自我赋能(zìwǒ fù néng) - Empoderamiento propio
刻板印象(kèbǎnyìnxiàng) -Estereotipo
Trabajo
巾帼不让须眉 (jīnguóbúràngxǖméi) - Una mujer es tan buena como un hombre
薪资平等(xīnzī píngděng) - Igualdad salarial
同工同酬(tónggōngtóngchóu) - Mismo salario por mismo trabajo
性别差距(Xìngbié chājù) - Brecha de género
薪资差距(xīnzī chājù) - Brecha salarial
产假(chǎnjià) - Permiso de maternidad
育婴假(yù yīng jiǎ) - Permiso de paternidad
给予女性经济独立的权利(jǐyǔ nǚxìng jīngjì dúlì de quánlì) - Dar a las mujeres el derecho a la independencia económica
潜规则(qiánguīzé) - Norma no escrita
Violencia
性暴力(xìng bàolì) - Violencia sexual
伴侣之间的性暴力(bànlǚ zhī jiān de xìng bàolì) - Violencia sexual dentro de la pareja
家庭暴力(jiātíng bàolì) - Violencia doméstica
冷暴力(lěng bàolì) - Maltrato emocional/Hacer el vacío(como el ghosting) (lit. violencia fría)
煤气灯效应(Méiqìdēng xiàoyìng) - Luz de gas (Gaslighting)
网络暴力(wǎngluò bàolì) - Ciberacoso
骚扰(sāorǎo) - Acosar, molestar
职场性骚扰(zhíchǎng xìngsāorǎo) - Acoso sexual en el trabajo
威胁(Wēixié) - Amenaza (ej. 死亡威胁 amenaza de muerte)
幸存者(xìngcún zhě) - Superviviente
亲历者(qīnlì zhě) - Testigo (que lo ha experimentado)
强奸罪(qiáng jiān zuì) - Violación
性侵(xìng qīn) - Abuso sexual
诱奸(yòujiān) - Violar (lit. seducir y profanar)
迷奸(míjiān) - Drogar y violar a alguien
未成年(wèi chéngnián) - Menor de edad
处女(chǔ nǚ) - Virgen
荡妇羞辱(dàng fù xiūrù) - Slut-shaming (atacar a una mujer en base a su actividad sexual (real o percibida) o forma de vestir tachándola de puta/zorra)
双重标准(Shuāngchóng biāozhǔn) - Doble moral
受害者有罪论(shòuhài zhě yǒuzuì lùn) - Victim-blaming (Culpar a la víctima)
性骚扰(xìngsāorǎo) - Acoso sexual
性侵犯(xìng qīnfàn) - Asaltar sexualmente
性自主权(xìng zìzhǔ quán) - Autonomía sexual
性同意(xìng tóngyì) - Consentimiento sexual
自残(zìcán) - Autolesionarse
自杀(zìshā) - Suicidio
做人流(zuò rénliú) - Abortar
性病(xìngbìng) - Enfermedad de transmisión sexual
指控涉嫌强奸罪(zhǐkòng shèxián qiángjiān zuì) - Acusado de violación
对X进行了起诉(duì X jìnxíngle qǐsù) - Denunciar a X
证据(zhèngjù) - Prueba, evidencia
见证者(jiànzhèng zhě) - Testigos
验伤(yàn shāng) - Examinar herida (normalmente por razones forenses)
Otros
女权运动(nǚquán yùn dòng) - Movimiento feminista
迷途运动(mítú yùndòng) - Movimiento MeToo
女强人(nǚ qiáng rén) - Mujer fuerte
推动 X 政策(tuīdòng X zhèngcè) - Promover X política
父权(Fù quán) - Patriarcado
女性贬抑(nǚ xìng biǎn yì) - Misoginia
交叉性(Jiāochā xìng) - Interseccionalidad
顺性别(Shùn xìngbié) - Cisgénero
跨性别(Kuà xìngbié) - Transgénero
跨性别恐惧(Kuà xìngbié kǒngjù) - Transfobia
排跨激女(Pái kuà jī nǚ)/排跨基女(pái kuà jī nǚ) - TERF ("feminista" trans-excluyente)
同性恋恐惧(tóngxìngliàn kǒngjù) - Homofobia
体能歧视(Tǐnéng qíshì) - Capacitismo
种族主义(zhǒngzú zhǔyì) - Racismo
特权(tè quán) - Privilegio
男性凝视(Nánxìng níngshì) - Mirada masculina (male gaze)
男言之瘾(Nán yán zhī yǐn)/男性说教(nánxìng shuōjiào) - Mansplaining
有毒害的男子气概(Yǒu dúhài de nánzǐ qìgài) - Masculinidad tóxica
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nightmarist · 4 days
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if anyone has recommendations for books in spanish or english about latino trans men or includes trans men, please let me know 🙏
alguien tiene recomendaciones de libros en español o inglés sobre trans latinos, específicamente trans men y otro masculinidades, dígame por favor 🙏
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vitrinedogiba · 3 months
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Não creio em uma única forma de ser e viver (e pensar) e nessa forma de viver estamos sempre – em processo – tentando superar preconceitos enraizados a respeito dos diversos significados: masculino, masculinidade, machismo, feminino, feminismos etc. Somos múltiplis e vários! Demais, permancer na unicidade, pode incorrer em imposição totalitária. A questão da dualidade é outra… Então são feminismos, masculismos (ou outra expressão melhor) e gêneros. Hoje, afinal é o Dia da Visibilidade Trans que lembra a importância da visibilidade trans para enfrentar a violência praticada contra travestis, transexuais e transgênero no Brasil. PS: melhor (na minha opinião) errar, mas corrigir do que permanecer sempre no erro. E Voltando ao Rosa de Grande Sertão: Veredas: ” pão ou pães, é questão de opiniães…”
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naotequerais · 3 months
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Como definimos verdadeiramente o que é ser homem? Será que a nossa percepção do masculino é limitada pelas normas e expectativas sociais que frequentemente nos são impostas, ou existe uma profundidade maior que muitas vezes ignoramos? Como tu, enquanto homem cisgénero, vês e interpretas a diversidade de experiências e identidades masculinas que existem?
Quando te deparas com alguém como eu, um homem trans, que desafia as normas tradicionais de género, qual é a tua reação inicial? Há espaço para compreensão e aceitação, ou é comum haver uma resistência baseada no desconhecido? O que isso revela sobre as tuas próprias concepções de masculinidade e como foram moldadas ao longo da vida?
Será que ser homem se resume apenas a seguir estereótipos rígidos e pré-estabelecidos, ou existe espaço para uma visão mais inclusiva e compassiva do que significa ser masculino? Como podemos aprender uns com os outros, homens cis e trans, para enriquecer a nossa compreensão coletiva de masculinidade e abrir caminho para uma diversidade de expressões identitárias?
Além disso, como podemos construir uma sociedade onde todos os homens, independentemente da sua história pessoal ou trajetória de género, se sintam verdadeiramente validados e respeitados na sua identidade? Como podemos superar as barreiras da incompreensão e construir pontes de diálogo e empatia entre homens de diferentes experiências de género?
Ao refletirmos juntos sobre estas questões, podemos não apenas desafiar os limites estreitos das normas de género impostas, mas também cultivar um espaço onde cada indivíduo seja valorizado por quem é, não por quanto se encaixa em expectativas pré-concebidas. Este é um convite para um diálogo aberto e sincero sobre masculinidade, buscando uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todos os homens, independentemente da sua jornada de género.
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Escola: o famoso machismo e passada de pano para bullying e assédio.
Bem, hoje vim falar sobre a uma barreira enorme na escola. Envolve algumas coisas tipo, machismo, LGBTfobia e bullying.
Estudo com um garoto desde a quarta ou terceira série que SEMPRE me deu medo. Ele é bem "padrãozinho", uso boné pra trás, corrente, tênis esportivo, beleza né? Cada um tem seu estilo. Porém, esse menino sempre foi muito agressivo com todo mundo (até os amigos dele). Sempre xingando, fazendo apelidos super errados com todo mundo. Um hétero top dos piores, eu diria. Mas ele nunca assume seus erros, mesmo sabendo que já fez coisas terríveis como bullying. E bem, não para por aí, ele já disse absurdos como "lugar da mulher é na cozinha" e ficava julgando a beleza de meninas da minha sala. Lembro como se fosse ontem, estávamos na quinta série, no intervalo, fiquei caminhando pelo pátio e encontrei o grupo de amigos desse garoto. Do outro lado, uma garota que estudava conosco estava correndo, acho que ela foi jogar algo no lixo. Foi quando eu ouvi ISSO:
-Nossa, ela só tem 10 anos mas tem mó peitão.
Juro que naquele dia, me segurei para não xingá-lo. Éramos só CRIANÇAS. Logo me afastei dele e fui conversar com meus amigos. Depois de um tempo soube de que meninas da minha sala passavam por situações parecidas envolvendo ele, e quase sempre denunciaram, mas.... são as escolas, né? Nunca soube do desenvolvimento desses casos, mas tenho certeza que elas ouviam: "meninos são assim mesmo", "a gente conversa com ele depois, tá?".
Não é preciso ser mulher para entender que a culpa NUNCA é da vítima. E sim, eu sempre dou grande apoio pras meninas que o denunciaram, mas lá está ele na sala, chamando qualquer menino suspeito de "viadinho" e fazendo seus comentários escrotos de teor misógino. O melhor de tudo isso é que maior parte dos amigos deles são super gente boa e me respeitam, mesmo sabendo que sou LGBT. Me dá raiva ver que nossa sala ainda tem um cara preconceituoso como aquele. Era horrível ver meninas da panelinha ouvindo todas as merdas saindo da boca dele, mas... todas se afastaram dele! Ótimo!
Eu, como menino trans, nunca entendi esse machismo e masculinidade frágil de alguns meninos cis. É terrível isso. Talvez seja pela minha mente aberta que mais meninas da minha sala conversem e desabafem comigo. Nunca vivi situações como essa (e espero não viver), mas sei que é um pesadelo. Nossa sociedade é tão machista que se importam com o jeito da mulher se vestir quando é violentada, com o horário que ela estava fora de casa, são muitas coisas.
E aqui entra o "passa pano" das escolas: se querem ser um ambiente acolhedor, por que tantas barreiras? Tanta culpabilização da vítima? Eu sou SIM contra o assédio, independente de tudo. E se você já passou por situações como essa que contei e mesmo denunciando não deu em nada, sinto muito. Porém, essa luta não acaba por aqui!
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resistenciaotredaria · 10 months
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The Rocky Horror Picture Show
Podría hablarse de esta película desde el hecho de que es un musical o una sátira. Sin embargo, el género de la película en este caso no toma tanta relevancia sino cómo se expresa en sí misma. Encontramos que lo queer es comparado a lo alienígena (literalmente).
Lo alien se define como "extranjero”, “extraño”, “ajeno” o "el/lo otro" (aquí coincide con la otra palabra de origen latino alter). Es decir, lo alienígena se ha utilizado incontables veces para representar la otredad. Incluso el mismo título nos da la pista de que estamos por presenciar algo monstruoso, algo que nos va a provocar horror
La otredad en este caso es lo proporcionalmente inverso a nuestros protagonistas: Blancos, heterosexuales,religiosos, una pareja que perfectamente encaja el status-quo. El dr. Frank buscará "pervertir" estas cualidades y es eso lo que provoca horror. Es una sátira a los irracionales pensamientos heterosexuales de que lo queer es casi una enfermedad que puede ser transmitida o una mentalidad que puede ser insertada
En la película, el doctor Frank N. Further se describe a sí mismo como un "dulce trasvesti de la Transexual Transilvania". Cada año se realiza una reunión de Transilvania en la cual el doctor es anfitrión y en este contexto, Transilvania es de hecho un planeta y ellos son textualmente alienígenas.
Así mismo se hace la comparativa no solo del alienígena, sino que hay una clara alusión al Dr. Victor Frankenstein, en cuanto que Frank Furter busca crear al hombre perfecto, un esclavo sexual que es la representación de lo masculino sometido ante lo queer. Aquí hay otra creencia errónea sobre lo queer, que es el hecho de que los hombres homosexuales objetizan sexualmente a otros hombre, así como lo haría un hombre hetero con una mujer.
La película no es solo un viaje de perversión, sino que es una historia sobre liberación. Janeth al ser una chica virgen, religiosa, esperando al matrimonio para tener intimidad, logra descubrir su sexualidad y el placer que existe en ella, quitándose así los prejuicios y roles de género que la limitan. Así mismo su esposo Brad logra hallarse en un nuevo concepto de masculinidad, adquiriendo incluso más confianza en sí mismo al permitirse jugar con los límites de ella.
Nuestros protagonistas nunca buscan eliminar la otredad, sino escapar de ella. Le temen y buscan negarse una parte de ellos mismos que yacía durmiente bajo la superficie. En este caso el personaje que representa la eliminación a la otredad es el Dr. Scott, amigo de Brad y cazador de ovnis y alienígenas. Su rol es el del "caza monstruos", nuevamente retomando lo monstruoso.
Lo monstruoso en los estudios visuales es algo que a pesar de que nos genera inquietud, no podemos dejar de mirar. El monstruo es aquella imagen que nos persigue, que nos aterra, que buscamos eliminar pero nos obliga a ser mirada. Lo queer, sobre todo lo trans, históricamente exige ser mirado. Pretendemos ocultar todo rastro de ello en el pasado, justificándolo con "eso no existía en ese tiempo".
Sin embargo siempre ha existido, solo que su imagen ha sido ocultada, tal y como el castillo del Dr. Frank Furter se encuentra en medio del bosque alejado de la sociedad y Transilvania es una galaxia lejana y sus habitantes una sociedad secreta. Hay gente que sin embargo lo ve claramente y busca eliminarlo, en este caso el Dr. Scott.
¿Aquí por qué existe el deseo de eliminar la otredad? Lo primero sería el miedo a dejar el status-quo, el miedo a ir en contra de lo que la sociedad te ha dicho que debería ser tu comportamiento, lo que es "correcto" y "puro". Lo segundo sería ver la otredad como lo monstruoso, como algo que abiertamente amenaza con disrumpir nuestra existencia completa y generar caos en el mundo "ordenado" en que vivimos.
Lo trans siempre ha sido una declaración en la historia de lo queer, incluso su misma existencia. Las personas trans han sido las precursoras del movimiento, las que han exigido visibilidad, reconocimiento y respeto. El hecho de que el principal "antagonista" sea transexual es, incluso siendo una sátira, un reconocimiento al hecho de que estas personas son las que han tenido un mayor impacto en lo queer.
Rocky Horror no es más que una burla a que, el querer eliminar la otredad, lo queer, no está basado en nada más que el miedo irracional por el desconocimiento de ello y el tratar de mantener el status-quo cis-hetero patriarcal.
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diario-vespertino · 1 year
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28S: Por qué es una fecha clave para los feminismos
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¿Sabías por qué el 28 de septiembre es el Día de Acción Global por el Acceso al Aborto Legal, Seguro y Gratuito? En América Latina salimos a las calles para exigir que se cumpla este derecho y decirle a las derechas: Ni un paso atrás. Miles de mujeres, lesbianas, bisexuales, travestis, personas trans y no binaries, y masculinidades trans, saldrán a las calles el jueves 28 de septiembre (28S) en América Latina. Lo harán en el marco del Día de Acción Global por el Acceso al Aborto Legal, Seguro y Gratuito para defender lo conseguido y reclamar por lo que aún hace falta.
¿Por qué el 28S?
La fecha surgió en 1990 en el V Encuentro Feminista Latinoamericano y del Caribe, que se hizo en Argentina. Entonces se aprobó la fecha a través de la Declaración de San Bernardo, localidad donde se hizo un taller sobre aborto y se plasmó ese documento.  Las complicaciones por el aborto inseguro y clandestino continúan siendo la primera causa de mortalidad de personas gestantes en muchos de los países de América Latina. Cada año se realizan en el mundo más de 25 millones de abortos no seguros, según datos de la Organización Mundial de la Salud. Esto provoca 39 mil muertes anuales. Gracias a la lucha y a las alianzas construidas desde los feminismos, en los últimos 30 años más de 60 países liberalizaron sus leyes sobre el aborto. 
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Sin embargo, este derecho no está asegurado. En ese mismo período, cuatro países retrocedieron en materia de derechos reproductivos: Estados Unidos en 2022, con la anulación del fallo Roe versus Wade; El Salvador, Nicaragua y Polonia. En Argentina, en tanto, Javier Milei, uno de los candidatos a presidente con mayor expectativa de votos, llamó a plebiscitar la ley de interrupción voluntaria del embarazo aprobada en el 2020.  Una buena: en septiembre de 2023 la Corte Suprema de México resolvió que es inconstitucional criminalizar a personas con capacidad de gestar que deciden interrumpir su embarazo, y al personal médico que brinda este servicio. Si bien fue un gran avance, la despenalización es por estado por lo que continúa la lucha para su total garantía.
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Ni un paso atrás
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Como respuesta, este 28S los feminismos saldrán a marchar en todas partes para decir “ni un paso atrás”. También se posicionarán en contra del avance de movimientos y partidos que atentan contra los derechos humanos.  “Este 28 nos da una nueva excusa para decir: Ni un paso atrás. Nadie afuera. Nunca menos. Ni una menos. Y Nunca más. Todas nuestras consignas, más vigentes que nunca. Y también es una ocasión para unirnos con nuestras pares de Latinoamérica que siguen luchando por legalizar el aborto, en Brasil, en Honduras, en Chile: ni presas, ni muertas”, aseguró Pate Palero, directora ejecutiva de Católicas por el Derecho a Decidir, en diálogo con Presentes.  “Hay una necesidad imperiosa de estar, de gritar fuerte quiénes somos y de no retroceder en ninguna de las conquistas de estos últimos tiempos. El feminismo es un movimiento que nació para luchar contra las opresiones y no podemos permitir bajo ningún punto de vista que se avance sobre las conquistas de nuestros derechos”, dijo, por su parte, Mónica Santino, militante feminista y lesbiana. La también ex jugadora de fútbol, actual directora técnica y parte de La Nuestra Fútbol Feminista, el equipo que entrena en el Barrio Padre Carlos Mugica (Ex Villa 31), recordó que “la calle es nuestro lugar natural de lucha”. Y expresó: “Necesitamos este espacio para volver a convencernos de quiénes somos”. Desde el colectivo “ESI en quechua” también convocaron a marchar “con el impulso de la marea verde y el de nuestras ancestras” en defensa de los territorios. Además, por “infancias travestis y trans libres, felices y orgullosas, con futuro” y “por una educación sexual integral intercultural, en lenguas indígenas y antirracista”, entre otras consignas.
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Marchas en Argentina y México
En Argentina tendrá lugar una masiva movilización en unidad, con sectores de izquierda, peronistas, sindicales, de la economía popular, organizades y autónomes.  Marcharán para defender el aborto legal, la Educación Sexual Integral (ESI) y con un claro posicionamiento en contra de las derechas, el ajuste y el Fondo Monetario Internacional. La convocatoria es a las 16 desde Plaza de Mayo hasta el Congreso en la Ciudad de Buenos Aires, con réplicas a lo largo de todo el país.
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Foto: Ariel Gutraich/Archivo Presentes
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Foto: Ariel Gutraich/Archivo Presentes.
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Foto: Ariel Gutraich/Archivo Presentes En Ciudad de México tendrá lugar el festival «Abortemos la transfobia» desde las 14 afuera del Hotel Fiesta Americana. También será el Festival abortero a las 12 afuera del Museo de Memoria y Tolerancia.  :::Agustina Ramos para Agencia Presentes / FOTOS: Archivo Agencia Presentes, Ariel Gutraich::: Read the full article
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miguelsolano · 1 year
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boa parte das pessoas detesta as mulheres
acabei de assistir à materia do fantástico sobre a menina que foi deixada desacordada na calçada pelo motorista de aplicativo e vítima das atrocidades que você já deve estar sabendo (desculpa, mas não vou esmiuçar esse caso assombroso aqui). quero apenas deixar minha indignação por tamanha monstruosidade de TODAS as partes masculinas envolvidas: o "amigo” que a colocou no carro; o irmão que estava acompanhando a corrida e pegou no sono SABENDO que ela estava desacordada; o motorista que claramente quis se livrar da "encomenda" o mais rápido possível; o verme que a carregou para o campo de futebol; o motorista do SAMU, que podia ter se preocupado um pouco mais, já que ela estava claramente fora da normalidade. quanta canalhice! até o cara que passou de bicicleta e ajudou o motorista a tirar a passageira do carro foi escroto.
NINGUÉM pensou em aguardar um responsável chegar pra levar a mulher até um lugar seguro?! NINGUÉM?! pensou sim! todo mundo pensou! apenas a maldade é tão grande e o coração é tão podre que trataram um ser humano como um pedaço de lixo.
surreal é ouvir e ler comentários, de homens e DE MULHERES, do tipo “se ela não estivesse embriagada, nada disso teria acontecido.” MAS HOMENS SE EMBRIAGAM TODOS OS DIAS E NÃO SÃO ESTUPRADOS! HOMENS DESCARTAM MULHERES TODOS OS DIAS E NÃO SÃO CENSURADOS! HOMENS SÃO INFIÉIS O TEMPO TODO E NÃO SÃO VISTOS COMO PÁRIAS SOCIAIS! quem abre a boca pra falar uma merda dessa em público com certeza deve ser um asco de pessoa na vida íntima!
é claro que não estou concordando com o uso deliberado de drogas lícitas ou ilícitas, apenas condenando a diferença de nível das réguas de análise e julgamento quando algo, seja positivo ou negativo, é feito por um homem e por uma mulher. quando uma criança é estuprada e engravida, um bocado de gente vai opinar sobre a decisão dos profissionais de saúde e da família da menina a respeito do caso; quando uma mulher é espancada, um bocado de gente tenta relativizar o agressor; quando uma mulher é desrespeitada em sua vida profissional, um bocado de gente acredita que ela deve ter feito algo previamente pra merecer aquilo. quanta escrotice!
esse caso foi emblemático de como boa parte das pessoas detesta mulheres, pois até aquelas que abordam garotas com finalidades restritamente sexuais teriam mais cuidado. e não falo somente de héterossexuais, viu? tem muito homem gay que detesta mulher também e, o mais absurdo de tudo, muita mulher que detesta sua própria classe e acha piamente que deve ser submissa ao homem. como se não bastasse, ainda tem o elemento que mais me deixa indignado: o silêncio.
o que eu tenho visto de gente metendo o pau no filme da barbie é de assustar. eu ainda não assisti, mas estou com muita vontade só porque ouvi um cara dizendo que proibiu a filha de ir ao cinema com as amiguinhas porque, segundo ele, o longa estimula as crianças a serem pessoas trans (claro que ele falou isso de forma muito mais pejorativa, que não irei reproduzir aqui). nem sei se vou gostar do filme, mas é impressionante como as pessoas se ouriçam pra julgar alguma coisa que seja aparentemente do público feminino, né? mas na hora apontar o dedo para as inúmeras atrocidades que muitos homens fazem, ficam de biquinhos fechados. consciência de classe merda do cacete!
o machismo é uma vergonha pra todos os gêneros e o conceito de masculinidade precisa ser revisto urgentemente. atualmente, o que se vê por aí é uma cambada de macho na selva que, só porque possui um pênis, acha que pode fazer de tudo. depois, é essa mesma galera a reclamar que mulher é tudo puta, neurótica, traumatizada... (pra variar, colocando a culpa nas mulheres).
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jeansui · 1 year
Note
Antes que acabe o mês do orgulho:
Você faz parte da sigla? se sim, qual letra?
Quando descobriu e como foi a reação das pessoas à sua volta?
e você se considera mais top, bottom ou switch nas suas relações?
Oh, nunca me perguntam isso, já deduzem que sou gay logo de cara. Sim, sou parte da sigla e não sou a letra G, a minha letra é a A e a P, sou demipanssexual. Eu descobri sozinho, como a maioria dos lgbts, assistindo e lendo coisas de maneira bem aleatória, antes disso eu me achava um verdadeiro alienígena e me odiava um pouquinho. Primeiro, me apaixonei por pessoas diferentes, mulheres, homens, cis, trans e não binários, isso já me deixava confuso por si só e aí tinha o complemento da assexualidade que é simplesmente um terror, sem ninguém pra me dizer que é normal só sentir atração sexual por pessoas de uma maneira muito específica, eu cheguei a pedir que meus pais me levassem a um tipo de tratamento sexual porque eu não sentia vontade de transar como a maioria dos meus amigos alos. Enfim, hoje sou mais esclarecido, amém! E eu sou apenas um homem afeminado, cisgênero, então a parte sexual e o meu gênero não tem nada a ver com o que eu visto ou aparento ser. Os meus pais ainda não aceitam muito bem e não falam com ninguém sobre isso, ainda rola a conversa das namoradinhas no jantar de família. E meu pai ainda sonha que um dia eu me cure e me torne o filho homem que ele sempre sonhou. Sou switch, apesar de não ter sido ativo com nenhum dos parceiros homens que já me envolvi até então, porque a masculinidade era frágil demais sabe. E eu nunca conversei sobre isso com o Gaeul então...
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26|06|23
09:30 - am | Puerto Madero.
Resulta ser que el viernes pasado vi a Princeso en Oh no lulu, un bar hawaiano cerca de Villa Crespo y la verdad, estuvo buenísimo. Nos matamos de risa, pasaron las horas y no me di cuenta. Sin embargo, ese día no me besó. Pensaba que la estaba pasando mal, y que en breve iba a ser ghosteada pero no pasó eso. Es más, lo duplicó y me sorprendió que en la semana me haya escrito y me haya invitado a otros planes. Esta vez ir a patinar sobre hielo.
Qué decir… me atraen las personas queer/cuir, las masculinidades trans porque siento que son más sensibles que los varones cisfalocentricosdeturno. Entonces, el viernes fuimos a Margal, caídas en el hielo, charlas interesantes sobre palomas y hamburguesas raras y ricas. Terminamos en casa, cada une nerviose por la situación, nos besamos, hablamos hasta la madrugada y dormimos.
Estoy cada vez más demisexual y eso, en este momento de mi vida, me gusta. Él estaba contento porque le tocaba aplicarse la testosterona, ese líquido espeso y tan preciado que muchas personas añoran con tenerlo. Debo reconocer que también estaba un poco ansioso porque recién podia aplicarsela el próximo martes. En mí se despertaron no sólo los aprendizajes obtenidos por Gris, mi ex compa, enfermerx, sino los bagajes de haber aplicado testosterona a amigos.
Así que ese fue un poco del domingo: estudio, cuerpos hormonados, aplicaciones, sexo, líquidos y hamburguesas.
Un fin de semana de (trans)formación.
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