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X PREMIUM COLLECTION
VOLS 1 - 18.5
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OS DRAGÕES DA SUBARUBA - FUGA
Diante de Rodji, a espada sagrada brilhava. Era luz, calor, som e vida: pulsando, crepitando, reverberando e ardendo como labaredas. Algumas casas ao redor começaram a pegar fogo, em consequência desse poder. Rodji ainda estava no chão, reunindo forças para ficar de pé. Não conseguiu. Seu corpo não tinha mais energia para tal esforço. Estava esgotado. Para complicar a situação, os vizinhos começaram a sair de suas casas, devido a forte luz no local. “Droga, o que farei agora? ”, pensou Rodji, com a cabeça latejando. Mal sabia ele que, a alguns metros de distância, alguém o observava. No telhado de umas das casas, alguém presenciara tudo. Longe dos holofotes, um vulto se deliciava com a cena abaixo dele. Saboreando o vinho barato numa taça em uma das mãos e, com a outra, segurando a garrafa, a pessoa sentara-se preguiçosamente com uma perna flexionada enquanto balançava a outra, estendida.
- Rodja parece estar em apuros.... – Didz ficou de pé. Finalizou o resto de vinho que havia na taça, jogando-a junto com a garrafa vazia. – Ai ai.... Vamos trabalhar!
OPENING - https://youtu.be/almG54sVBuw?si=K58N71xoznjnImtd
Jardel estava com os pensamentos acelerados. Misturavam-se ao sentimento de terror. Ele queria sair dali o quanto antes, mas seu instinto dizia para ficar. Algo importante estava acontecendo naquela sala e ele sabia que tinha a ver com o seu destino. O único problema era Gaby-chan. “Ela não tem nada a ver com isso”, pensava ele. Porém, ao mesmo tempo que ele achava isso, sentia o contrário. “Se ela está aqui, é porque tem tudo a ver com o que está acontecendo” Observou a amiga totalmente absorta no diálogo entre os três estranhos, que aparentemente não notaram a presença deles.
- Gaby, preste muita atenção no que direi agora – sussurrou Jardel, chegando mais perto dela – o que estamos presenciando não é simples sadomasoquismo ou um joguinho sexual.
- Sim. – Gaby concordou, sem desviar sua atenção.
- É um tipo de ritual. Invocaram alguém no corpo da outra pessoa. – Jardel voltou a observar o jovem que fora açoitado - Continue gravando.
- Livre, finalmente! Até que enfim fui despertada! – Princesa Hinoto, mais conhecida como a Princesa Clarividente, o oráculo participante da guerra ocorrida há onze anos, analisava o corpo em que foi despertada.
- Hinoto-sama, este é o corpo que contém sua linhagem desde a guerra passada. - Respondeu Tokito, adivinhando os pensamentos do oráculo.
- Este corpo é perfeito! Não aquele trapo velho de sessenta anos sem possibilidade alguma para falar, ver e ouvir. Bem, era a condição para se contemplar os sonhos. Usar a telepatia com restrições era muito exaustivo. – Hinoto olhou para a mulher de cabelos ruivos – Você me é familiar… Magami Tokiko, não é?
- De fato, tenho os genes dela. Mas não sou ela, princesa. Herdei quase todos os seus poderes e aptidões, com algumas diferenças evidentes. * - ela tocou o cabelo ruivo, - Pode me chamar de Tokito. (*Nota: aqui, Tokito refere-se à mudança do nome e a cor dos cabelos, que são ruivos. A cor original é preta: https://cdn.anisearch.de/images/character/cover/8/8214_400.webp).
- JP. – Os olhos da contempladora de sonhos encontraram os dele – Você é um dos Dragões… Mas não consigo identificar se é um Dragão da Terra ou um Dragão do Céu.
- E aí? - Respondeu JP.
- Hinoto - Sama, na verdade precisamos te atualizar sobre os acontecimentos da última Guerra - Tokito ficou próximo de JP, colocando a uma de suas mãos no ombro dele - JP é um Dragão das Sombras, e há uma nova estrela que irá definir o futuro da Terra.
- Então, a guerra entre os Dragões do Céu e os Dragões da Terra não foi definida. - concluiu a Princesa, ordenando os pensamentos.
- Não. Ambos os Kamuis desapareceram durante a batalha, e muitos anos se passaram desde então. Porém um novo Kamui precisa da sua ajuda para encontrarmos os outros Conjurados - Tokito chegou mais perto de Hinoto, fazendo uma reverência - pois quando ele retornar, irá realizar seu novo desejo.
- Bem, vejo que muita coisa mudou durante minha ausência. – Hinoto estendeu a mão direita, sentindo a conexão rápida com seu novo corpo. Alisou delicadamente a face de Tokito, como ordem para desfazer a reverência – Como este corpo é jovem e ainda tenho as lembranças do detentor que possui minha linhagem sanguínea, a partir de agora me chamem de Drico. Drico-sama.
- Como desejar – Tokito foi até a escrivaninha, ficando ao lado de JP novamente - Hora de colocarmos o plano em prática.
- Conte-me tudo – respondeu a sacerdotisa, o sorriso malévolo se formando na face.
Não muito distante dali, um evento ocorria naquela noite. Pessoas fantasiadas, carros alegóricos, marchas de dançarinos, Drags, Go Go Boys e todo tipo de tribos que se possa imaginar. O nome do evento? Carnival Fest! E Betz, funcionário recém-contratado do bordel mais badalado de Brassar (um dos mais badalados, na verdade), sentia que não iria se divertir essa noite. Principalmente, se dependesse do seu chefe e amigo, Karenzito.
- Mas que roupa é essa?!
(Nota do Autor: Referência - http://sarana.centerblog.net/m/voir-photo?u=http://sarana.s.a.pic.centerblog.net/0c92va78.jpg)
- É o uniforme oficial das Karenzetes para noite de hoje, ué! – Raul estendeu a mão com o figurino de noite pendurado no cabide – Feito sob medida para ti!
- M-mas, eu pensei...
- Pensou o quê, Betinho? – interrompeu Karenzito, franzindo o cenho – Ah, sim! Quer fazer parte do grupo que irá dançar música contemporânea? Desculpe, mas não consegui te incluir lá. Tive que te encaixar de última hora em outro grupo.
- MAS POR QUE NÃO? Você sabe da minha experiência com jazz, sapateado, teatro e MÚSICA CONTEMPORÂNEA! Não quero usar uma roupa dessas! – O garoto cuspiu a última palavra como se tivesse ofendido a vó de alguém, um dedo inquisidor acusava o traje nas mãos de Karenzito. Este, por sinal, mal deu atenção, pois seu celular começara a tocar.
- Um segundo. Oi? Alô! – uma pausa – Sim! Aham... O QUÊ?! COMO ASSIM NÃO TEM NINGUÉM CONFERINDO O ESTOQUE DE JURUBEBA QUE ENCOMENDEI?! CADÊ O ALEXANDRE?! - mais duas veias saltaram da testa de Raulzito enquanto recebia a informação do outro lado da linha – Mande-o vir pra cá AGORA! - e desligou o telefone todo babado. Voltou-se para Betinho, que esperava emburrado por ter sido deixado de lado. Raulzito respirou fundo, tentando não ter mais veias saltadas até o fim da noite.
- Betz, vai ter que me desculpar, mas hoje não posso mesmo te colocar pra se apresentar com o grupo de dança contemporânea. – o celular dele começou a tocar de novo – Não tenho figurino feito pra ti e eles vão se apresentar em dez minutos. Encaixei você com as Karenzetes porque o grupo estava desfalcado, o que é algo raro de se ocorrer – ele estendeu o cabide com o traje sensual – desculpe, mas é o que tem pra hoje.
- Ok! Fazer o quê, né?! – Betinho pegou o traje a contragosto, guardando na mente uma futura oportunidade para enforcar seu novo chefe com a cinta-liga da fantasia.
- Agora preciso ir, pois tenho crises para resolver. – novamente pegou o celular, que vibrava ininterruptamente – Ah, a propósito: seu nome de noite está dentro da bolsa. Procure por Miyuki-chan no Bonde Das Karenzetes. Ela te passará as instruções. – Betz, concordou, observando seu chefe gritar o nome de Alexandre novamente no celular.
- Bom, é melhor ser Karenzete do que nada. - Betz deu de ombros e abriu o zíper do vestidinho vermelho, encontrando seu nome de guerra escrito num bilhete pequeno. Ao lê-lo, teve a total certeza que a noite podia ficar muito, muito pior.
Enquanto isso, na Casa de Swing, Drico-sama andava de um lado para o outro no escritório, questionando JP e Tokito incisivamente.
- Há oito anos, antes de eu ser morto por Sorata Arisugawa, um dos Setes Selos, o Dragão do Céu, Subaru, adquiriu o olho do último Sakurazukamori.
- Sim, Drico-sama. - concordou Tokito. Drico prosseguiu:
- O olho foi usado como instrumento para ter poder e interferir na luta entre Fuuma e Kamui. No entanto, aceitar o olho de Seishiro Sakurazuka era somente uma das ferramentas para algo maior.
- Correto, Drico-sama. O olho do Sakurazuka possui imenso poder e nosso mestre Subaru não poderia perder essa oportunidade.
- E, falando em mestre: onde ele está agora, Tokito?
- Assim como os sobreviventes que o serviram na guerra, ele ainda está pagando o preço. – disse JP antes de Tokito. - E precisamos reunir os outros Dragões para o dia em que ele despertar, travar a próxima Guerra Celestial.
- Entendo - respondeu Drico-Sama, pensativo - E quanto aos outros Dragões?
- Os Dragões do Céu também estão se reunindo. – respondeu Tokito – Apesar de Kamui estar desaparecido, sabemos agora que a previsão dada pela possível contempladora dos sonhos estava certa.
- “ O futuro ainda não está definido” - Proferiu Hinoto, pensando em Kotori.
- Exatamente. Kotori estava certa desde o início, e a vinda das estrelas está predestinada. Novos Selos irão ressurgir para concretizar o destino da Terra.
- E quanto aos Dragões da Terra? Sei que alguns sobreviveram - Drico sentou-se na cama, observando cada um dos presentes.
- A maioria mortos - interveio JP, antes de Tokito - Por ser um desejo de nosso Mestre, todos os Dragões da Terra foram mortos. - Drico Sama estacou, mas JP não se deixou interromper - Se o Kamui dos Dragões da Terra retornar, é uma ameaça maior.
- É por esse motivo que lhe chamamos. – respondeu Tokito – Fui criada somente para ajudar na invocação espada das sombras, localizando o predestinado a gerá-las até a chegada de Subaru. Mas é Drico-sama quem irá eleger os servos dignos para lutar ao lado de Subaru-sama. Os predestinados virão a seu comando através dos sonhos, encaixando as peças do destino.
- Criada? Ela está querendo dizer que é um clone?! – indignada, Gaby-chan esqueceu completamente que estava escondida, falando mais alto do que deveria.
- Shhhh! Fique quieta! – redarguiu Jardel, nervoso - Não podemos ser descobertos!
- Mas do que eles estão falando, Jardel? E que história é essa de estrelas gêmeas? Não estou entendendo nada!
- Já disse pra ficar quieta! Continue gravando!
- Mas... – antes de falar, Gaby sentiu a mão de Jardel tapar sua boca. Ela se deu conta de que os pés de Drico estava na direção deles. Jardel estava tão tenso que não moveu músculo algum. “Fodeu” pensou Gaby-chan, olhando para os pés de Hinoto a poucos metros da janela. Contudo, Hinoto voltou sua atenção para a mulher a quem eles chamavam de Tokito; o som de um celular tocando preencheu o recinto, sobressaltando os dois invasores.
- Alô? Didz?! Sim, estamos na Casa de Swing. – Tokito sorriu satisfeita após certa pausa – Traga-o direto pra cá!
- O que Didz queria? – perguntou JP, tentando adivinhar a mudança de humor de Tokito.
- É o Rodji! Ele gerou a espada sagrada!
- Ora, ora! As coisas estão indo melhor do que eu esperava! – Hinoto bateu palmas, com ar debochado – Com o retorno de Kamui, os servos de Subaru-sama estarão sob meu comando e temos a primeira espada divina! Parece que tudo está de acordo com o plano!
- O que precisamos agora é reunir os servos e destruir todas as barreiras. Somente assim é possível realizar o desejo de nosso mestre!
- De fato, Tokito. Seu raciocínio se mostra correto. – Drico-sama sorriu maliciosamente – Exceto por um pequeno detalhe – Antes que Tokito pudesse esboçar qualquer ação, a contempladora de sonhos direcionou um raio negro na pequena janela localizada no chão do escritório, acesso para um dos depósitos da casa de swing. A explosão causada revelou dois jovens, um deles formando uma barreira circular de fogo, protegendo ambos.
- Teremos de lidar com os intrusos mais cedo do que pensávamos. – Sob o olhar maléfico de Drico, Jardel tinha certeza de que não seria fácil escapar dali.
No enorme pátio do bordel, próximo dos suntuosos portões de entrada, Betz procurava pelo grupo das Karenzetes no meio da multidão de dançarinos, Drags, e Go Go Boys e Go Go Girls. O salto alto dificultava a caminhada, além da calcinha incomodando a virilha e as... Bem, outras partes. Tinha de concordar que o traje fora feito sob medida, apesar de sentir-se completamente nu. O único consolo (?!) era notar o número alto de pessoas mais despidas que ele, além dos vários tipos de grupos prontos para a passeata. Mas nada era pior do que seu nome de guerra! Ah, Karenzito! Betinho praguejava durante o caminho! Esperava ter o currículo reconhecido pelo seu amigo, mas nem por isso Karenzito teve consideração! “Espero ser bem pago!” pensava o garoto enquanto se perdia no meio daquele formigueiro de pessoas. Sem sucesso algum em localizar o grupo de dançarinas, Betz cutucou as costas de um jovem que não estava usando fantasia ou quase sem roupa.
- Hã, com licença! Poderia dizer onde... .
- AAAHH! – gritou o garoto, horrorizado ao ver Betinho – Minha nossa, que susto! Quase me mata do coração!
- Preciso de uma informação, pode ser? Estou procurando o grupo das Karenzetes. Fui contratado de última hora.
- Você? Uma Karenzete? – o jovem novamente olhou Betinho de cima a baixo – HAHAHAHAHAHAHA! MAS GENTE! QUE INCLUSÃO SOCIAL É ESSA!? HAHAHAHAHA!
- DESAFORADO! - Betz girou a bolsa cima do jovem, calando seu riso e fazendo ele se defender! – AH EU MATO O KARENZITOS! JURO QUE MATO AQUELA RAMPERA DESGRAÇADA!
- Ei! Ei! Pode parar! Calma aí! Estou só brincando! – retrucou o garoto, pedindo trégua – Você conhece o dono do bordel?
- Conheço! Ele quem me botou nesta situação! Sou novo aqui. Me chamo Betinho.
- Me chamo Raphael. Mas muitos aqui me chamam de Papha. Não sou exatamente funcionário do bordel, mas trabalho para o sócio dele, Alexandre. Chegou a conhecê-lo?
- Não, mas ouvi Raulzito mencioná-lo. Eu devia procurar pelas Karenzetes, mas este lugar está lotado de gente! - Betz indicou a multidão ao redor – E eu nem sei quem é Miyuki-chan!
- Miyuki-chan? – perguntou Papha, com um sorriso na voz.
- É! Raulzito pediu pra procurar procurá-la, mas... .
- Não precisa dizer mais nada, Betinho! – interrompeu Papha, triunfante – Miyuki-chan está com Dudy. Eles estão comigo! - Papha observou o movimento, localizando seus amigos e chamando a atenção deles.
- Dudy! Miyuki-chan! Aqui! - Papha esticava o braço direito, enquanto Duduy e Miyuki iam na direção deles. A garota usava a mesma roupa que Betz.
- Ainda bem que você chamou, Papha! Tá impossível de andar por aqui! Felizmente consegui as bebidas antes de irmos para o evento! – Dudy entregou uma garrafa de jurubeba ao amigo, ao mesmo tempo em que notou a presença de Betz.
- Papha, por acaso deu pra me trair com uma Karenzete, também?! HEIN?
- Até Parece, Dudy! - retrucou o jovem, pegando a garrafa de jurubeba das mãos do amigo.
- EU NÃO SOU KAREN..! – retrucou Betinho, interrompendo a própria fala. Ele era uma Karenzete.
- Foi o que pensei – respondeu Dudy com ar debochado.
- Siiimm, sou Karenzete, tá bom! Não está vendo que o meu figurino é igual ao dela?! - Betinho apontou para Miyuki-chan, vestida com o mesmo traje.
- Nossa, mas que rolou neste ano para mudarem as Karenzetes? Cota? Inclusão social?
- NÃO - É - INCLUSÃO - SOCIAL! MAS QUE CARA$%#!
- Ok! Ok! Trégua! Trégua! – Papha ficou entre Dudy e Betz - Dudy, Betinho é o novo funcionário do bordel e Karenzito o colocou para trabalhar no grupo das Karenzetes. Ele pediu ajuda porque foi indicado para procurar pela Miyuki-chan.
- Ah, tá. Entendi. - Dudy olhou a nova Karenzete de cima a baixo, mas pareceu menos tenso.
- Ah, então você é o Betz! – disse Miyuki-chan, um pouco tímida – Desculpe pela confusão, mas Karenzito me avisou sobre você. Tentei saber sobre seu paradeiro, mas nosso chefe foi resolver um problema com a encomenda de bebidas e não me informou onde encontrá-lo.
- Nem me fale! Achei que não iria encontrar ninguém!
- Não encontrar nenhuma Karenzete? Impossível de acontecer! – Dudy tomou um gole de jurubeba - O grupo das Karenzetes é um dos trios mais esperadas do Carnival Fest!
- E o grupo possui um bonde próprio que sai daqui do pátio. – Concordou Papha.
- E as novas Karenzetes são anunciadas pelo nome de guerra no alto-falante assim que o bonde chega! – Complementou Miyuki-chan.
- O QUÊ?! – Betinho ficou tenso – Você não está falando sério, está?
- Essa parte antes do desfile é a mais legal! Parece que estão elegendo as novas candidatas para ser Miss Universo! – Disse Dudy, empolgado.
- Por favor, digam que é brincadeira! – Betinho tremia como vara verde.
(Trilha sonora: https://www.youtube.com/watch?v=sePD18TTrW8 )
- Por falar nelas, olha o bonde chegando! – Papha apontou para os portões do bordel, o enorme carro alegórico adentrando o pátio enquanto as pessoas abriam passagem. Nele, várias Karenzetes acenavam e dançavam sensualmente ao som do próprio veículo, causando um alvoroço por toda área. Quando o bonde parou, uma mulher de cabelos rosados surgiu no teto do veículo. Ela trajava uma roupa mais sensual que as das Karenzetes, como se fosse uma espécie de líder. Tinha consigo um microfone sem fio.
- BOA NOITE, PESSOAL! TODOS PRONTOS PARA O CARNIVAL FEST? - Ao ter um uma gritaria afirmativa, a mulher prosseguiu – ENTÃO BORA PRA PASSEATA, PORQUE EU, CALDINA E AS KARENZETES ESTAREMOS LÁ SÓ PRA VOCÊS! – Uma explosão de gritos ecoou por todo pátio, a música do bonde aumentando e as Karenzetes dançando novamente. Miyuki-chan chamou Betinho discretamente.
- Betinho, vamos chegar mais perto do bonde. Caldina vai anunciar as novas Karenzetes.
- Não! Nem pensar! Ficarei escondido! - Porém, antes que conseguisse se esconder, já estava sendo arrastado por Dudy e Papha. – Ei! Me soltem!
- E AGORA: VAMOS ANUNCIAR AS NOVAS KARENZETES! – Disse Caldina, ao mesmo em que uma das Karenzetes entregava a pequena folha de papel. – HÃ... . – Caldinha franziu o cenho ao ler a folha, sorrindo logo em seguida para desanuviar a tensão.
- NESTE ANO, SOMENTE UMA KARENZETE FOI CHAMADA PARA O BONDE! - Uma cacofonia de comentários invadiu o ambiente, mas a líder das Karenzetes prosseguiu - A NOSSA NOVA KARENZETE A SUBIR NO BONDE É – pausa dramática - PBP, A PUTINHA BOM PREÇO!
- Betinho! Vai até o bonde! – Encorajou Miyuki-chan – Você precisa ir até lá!
- Nem pensar! Depois dela me... .
- ELE ESTÁ BEM AQUI, ��! – Gritou Dudy, com um sorriso perverso e apontando para Betz.
- Vai lá, Betinho! – Papha empurrou o amigo e a multidão abriu espaço para a nova Karenzete chamada PBP.
Sem alternativas, Betz deu o primeiro passo... .A noite só estava começando.
- Droga! – Jardel avançava pelos corredores estreitos da Casa de Swing, puxando uma Gaby-chan assustada. Apesar de não ter dito muita coisa, o amigo sabia como ela estava. No momento em que a explosão ocorreu, Jardel criou uma barreira de fogo envolvendo-os. O olhar frio contrastava com a cor rubra do poder maligno de Hinoto-sama, estendendo-se pelo recinto.
- JP, Mate-os!
- Só se for AGORA! – JP investiu contra os jovens com fúria, mas Jardel foi mais rápido: direcionou as chamas pra todo o escritório, fugindo com Gaby-chan.
Os corredores do subsolo eram um labirinto, como um formigueiro. Algo surpreendente para uma casa aparentemente pequena, quando vista de fora. Inicialmente, parecia a Gaby que o amigo a guiava a esmo, cruzando corredores de luz baixa e quartos trancados. Duas horas antes, estaria curiosa para saber o que havia atrás de cada porta, mas ,agora, só queria sair dali. Gravar não importava mais, ter uma noite vendo homens nus se pegando não importava mais, e nem a calcinha toda errada importava (mentira! Importava, sim!). O alarme entrou em ação, revelando os intrusos e a preocupação aumentava cada vez mais. Após cruzarem mais algumas portas e corredores, Jardel e Gaby-chan atravessaram uma porta de metal, acesso direto ao estacionamento da casa.
Apesar de atentos, o estacionamento aparentava não ter nenhuma segurança. Jardel percorreu o perímetro para ter certeza, e Gaby-chan esperava próximo da porta de ferro para se proteger da brisa da noite. Apesar do tempo ameno, sentia arrepios, um incômodo mental questionando a segurança do lugar. Quando o amigo retornou, não conseguiu conter o medo e lágrimas surgiram na face da menina.
- Jardel! Estou com medo! O que está acontecendo?!
- Primeiro, vista isso. - Jardel ofereceu um paletó social - Encontrei na guarita na entrada do estacionamento. – Gaby vestiu-se enquanto tentava recuperar a calma.
- Prometo te contar tudo assim que sairmos daqui. – Jardel mantinha-se alerta, olhando ao redor em busca de qualquer movimento suspeito. Prosseguiu – O que está acontecendo hoje é consequência de uma guerra ocorrida há nove anos.
- Guerra?!
- Sim. Uma nova profecia que irá mudar o destino da... – De repente, vindo das sombras, homens e mulheres surgiram. Pareciam pessoas da casa, usando roupas sensuais ou peças de couro. Eles rodearam os jovens como animais prontos para o bote, esperando o menor sinal de movimento. Fogo incandescente preencheu as mãos de Jardel, e os inimigos atacaram impiedosamente.
- Karyuu no Tekken!*- Jardel golpeou os inimigos rapidamente, ao mesmo tempo em que envolvia Gaby-chan na barreira circular de fogo (*Karyuu no Tekken: Punho de Ferro do Dragão de Fogo). Em questão de segundos, todos viraram cinza e papel. Jardel estava prestes a pegar um dos papéis do chão, mas uma presença desviou sua atenção.
- JAOU ENSATSU RENGOKUSHOU! * - JP desferiu um soco de chamas negras em Jardel, mas este se defendeu usando o braço também coberto de chamas. JP girou no ar rapidamente, chutando o ponto cego de Jardel, no lado oposto. O jovem se esquivou a tempo, arqueando o corpo para trás, inspirando rapidamente. (*Jaou Ensatsu Rengokushou: Super Chama Mortal do Inferno)
- Karyuu No Houko!* - um sopro incandescente espalhou-se violentamente pelo estacionamento, danificando tudo que entrava em contato. Devido à distância, JP não tinha como esquivar-se, recebendo as chamas em cheio. Jardel aproveitou a chance, puxando Gaby-chan e correndo para a saída do estacionamento enquanto o inimigo ardia em chamas. (*Karyuu No Houko: Rugido Do Dragão De Fogo)
- Vamos, Gaby! É a nossa chance! – Jardel indicou um beco vazio e escuro.
- Não, por ali não! – a amiga se reteve no meio do caminho – Temos de seguir o fluxo! Por acaso não consegue ouvir a música? – Jardel sorriu ao apurar os ouvidos, puxando Gaby-chan para o lado oposto.
O corpo de JP estava no chão, coberto pelas chamas. Aparentemente, seu oponente deu um golpe certeiro, mas o fogo - antes em tons vermelho e laranja – mudara de cor. JP abriu os olhos enquanto as chamas ficavam totalmente escuras, como se esperasse pelo processo de transformação. Alguns metros adiante, uma mão tornou-se visível, e em questão de segundos Drico Sama e Tokito tomaram forma completa.
- Por acaso irá ficar aí até quando? – Drico puxou uma fina manta de seda, dobrando-a e fazendo desaparecer como passe de mágica. JP se deu conta que a manta tinha a função de teletransporte.
- Shikigamis Swingueiros* - Tokito pegou umas folhas no chão – achei que fossem mais efetivos (*Shikigami: são espíritos invocados para servir e proteger um Onmyoji)
- O garoto é forte! Até fiquei excitado! - JP levantou-se, o corpo coberto de fuligem e a roupa chamuscada – Shikigamis não dariam conta do recado!
- Agora que eles fugiram, ficará mais difícil localizá-los – Tokito pegou o celular, digitando nas teclas com rapidez – Por sorte, temos alguém que pode ser nossos olhos no Carnival Fest.
- A quem você se refere, querida Tokito? – Questionou Drico Hinoto enquanto andava pelo local, examinando as cinzas no chão.
- É um dos servos que chegaram recentemente para servir ao mestre, Drico-sama.
- Caralho, Tokito! Não acredito que vai pedir ajuda pra esse cara! Não gosto dele. – JP foi até a saída do estacionamento, a passos largos – EU ACHAREI O GAROTO PRIMEIRO!
- Acalme-se, querido JP. – Respondeu Drico-sama, ficando provocativo e maliciosamente próximo – Devemos deixar os conflitos internos de lado. Quanto mais aliados conosco, menor a dificuldade em encontrá-los. Principalmente a garota.
- Drico-sama, perdoe-me, mas não senti nenhum poder emanando dela.
- De fato, Tokito, a garota não possui poder algum. – Drico afastou-se do seu lacaio, que ficara excitado demais com a mão boba nas partes baixas – Mas a vi com uma câmera em mãos e tenho quase certeza que ela gravou o ritual de invocação. Por isso, devemos tomar medidas extremas. – Drico-sama posicionou o dedo indicador rente aos olhos, pronunciando uma palavra incompreensível até para Tokito.
- Makai Shuu* - um pequeno inseto surgiu no dedo indicador de Drico-sama, assim como vários ao redor dela. Seu criador sussurrou um comando para o inseto em seu dedo e este voou para fora do estacionamento, fazendo os outros o seguirem. (*Makai Shuu: Inseto do Mal)
Em cima do carro alegórico da Casa de Swing, Rafa Gutcho dançava sensualmente liderando os outros go go boys. Ele sorria maliciosamente para o público, exibindo-se e despertando as mais diversas fantasias eróticas. Jogava colares, atiçava, ameaçando tirar a sunga, e até chamava uma pessoa aleatória da rua para subir no palco do carro alegórico e dançar com ele. E adorava fazer isso! Porém, naquele momento, estava mais atento ao movimento dos transeuntes. Antes de subir no carro alegórico, no trailer da Casa de Swing, recebeu uma mensagem estranha de Tokito enquanto discutia com Didz.
- Não dá pra eu te ajudar agora! Daqui a cinco minutos vou me apresentar! Terá de levar o Rodji sozinho! – Didz estava pronto para rebater, quando Gutcho acrescentou – E não pode deixá-lo no trailer!
- Rafa, MEU QUE-RI-DO! Acho que você não entendeu a ordem de Tokito! Está rolando uma profecia aqui! - Ele chegou mais perto de Rafa, meio manhoso – Desde que nos conhecemos, você nunca me recusou um favor.
- Pois é! Mas vou ter que recusar! – Rafa afastou-se de Didz, indo até a porta do trailer. Desde que conheceu Tokito e os outros, ouvia essa história de profecia, de que ele está destinado a ser um servo de Subaru e ajudar na transformação do mundo e coisa e tal. Mas estava um pouco cansado de ouvir sempre a mesma coisa! (Zzz me cansa!) Não poderia continuar vivendo sua vida como os outros? Estava ciente que não podia ignorar totalmente o fato de que adquiriu poderes estranhos. Além dos sonhos todas as noites! E o destino encarregou-se de fazer o resto, levando-o para a Casa de Swing, contratado por Tokito.
- Mas olha o tamanho dele, Gutchito! Eu não aguento carregá-lo e nem a espada que ele pariu! – Olha só o tamanho do trambolho! – Didz apontou para a espada - Só consegui trazê-lo pra cá porque a casa dele é perto daqui! Mas andar até Swing´s House não dá!
- Entendo, Didz, mas, mesmo assim, não posso!
- Me dê um bom motivo! – Didz cruzou os braços enquanto esperava Gutcho se pronunciar. “Porque eu não quero perder o evento, cacete!” Pensava ele enquanto arrumava uma desculpa plausível.
- Bem, o motivo é que... – Rafa engrolou nas palavras, quando um lampejo óbvio surgiu - não posso sair porque a própria Tokito mandou uma mensagem. Disse para ficar e procurar dois jovens usando apenas roupas íntimas.
- HAHAHAHAHAHA! Povo seminu é o que mais tem hoje! Ela explicou o motivo?
- Não. Mas, pela caixa alta, parecia urgente. – Rafa mostrou a mensagem praticamente berrada em caixa alta, confirmando a ordem de Tokito e sossegando o facho de Didz. Contudo, minutos depois do ocorrido, a busca perdera um pouco o foco. A Casa de Swing, sendo um dos ambientes mais conhecidos pelos belos go go boys e o atendimento cinco estrelas: era questão de honra manter sua reputação! E durante o Carnival Fest rolava uma competição elegendo as melhores Drags, Fantasias, Garotas Canival Fest - as Karenzestes participavam da categoria - e os go go boys dos carros alegóricos (a maioria dos bordéis mais requisitados da região) . E o único que rivalizava com Rafa Gutcho era ninguém mais, ninguém menos, que Justin Junior! Ah, Justin Junior! Um dos go go boys mais cobiçados da região e seu atual rival! Tinham belezas distintas, e Justin Junior era bem atribuído na altura. Apesar disso, não deixava abalar-se, esbanjando charme exagerado e simpatia, mesmo que não desejasse fazê-lo.
Passados mais alguns minutos, enquanto Gutcho ansiava cruzar com o carro alegórico em que estava seu rival – o evento passava numa longa e larga avenida de mão dupla, em que os carros alegóricos se encontravam em vias opostas -, seu pensamento foi interrompido pela música vinda do Bonde Das Karenzetes. “Ah, não. Lá vem. ” Pensou Gutcho com ar de asco. Vindo do mesmo bordel de Justin, (Qual era o nome do bordel, mesmo?) As Karenzetes eram as queridinhas do Carnival Fest! Tanto homens, mulheres e jovens pediam para tirar fotos, autógrafos e compravam todo o tipo de bugigangas patrocinado pelo bordel – bonecas, camisetas, lingerie, vibradores, camisinhas, DVDs de dança (Zumbazetes), perfumes... .Tudo em prol do lucro e da fama em torno delas! E Rapha Gutcho detestava tudo isso!
Quando o Bonde cruzou com o carro alegórico da Casa de Swing, (lembrando que ambos vinham de direções opostas, já que era uma via de mão dupla, uma pequena batalha de dança teve início. Vários go, go boys provocavam as Karenzetes, que respondiam no mesmo nível (#As Branquelas). Betinho ficava perto de Miyuki-chan o tempo todo, principalmente depois do ocorrido no pátio do bordel. Pelo menos agora usava uma calcinha que segurava as partes.
- Está melhor, Betinho? – Perguntou Miyuki-chan, incentivando-o a dançar.
- S-sim, bem melhor, Miyuki-chan. – respondeu ele se sentindo mais confortável. Percebeu que as Karenzetes não são apenas um bando de dançarinas contratadas para simples entretenimento; elas são como abelhas numa colmeia. Sempre unidas. Mesmo em situação difícil, abraçam uma nova Karenzete como se estivesse há muito tempo entre elas. E agora, elas dançavam e provocavam os go go boys do carro alegórico diante deles.
- Miyuki-chan, quem é aquele loiro exibido, ali? – Betz apontou para Rafa Gutcho, que dançava sensualmente no carro alegórico.
- Aquele ali é o famoso Gutcho, go go boy de uma casa aí - Ela deu de ombros - Dizem as más línguas que rola uma rixa entre ele e Justin Junior.
- Dá uma bela briga entre os dois – Betinho tinha visto Justin momentos antes de subir no carro alegórico, as pessoas se acotovelando em busca de um autógrafo, foto, selinho, fazendo propostas indecentes, etc. Sentiu-se intimidado pela altura do jovem, o corpo entalhado como mármore e o ar confiante, porém humilde. Não era como os outros go go boys: arrogantes e convencidos.
- Justin Júnior não liga muito pra isso. – Miyuki-chan dançava timidamente, para acompanhar o fluxo - Ele vê como diversão! Não se preocupa com essas coisas.
- Hey, vocês dois! – Caldina apareceu de surpresa - Estamos no meio de uma batalha de dança! Não fiquem de conversa! Dancem! Dancem!
- Vamos, Gaby! Mais rápido! - Jardel corria freneticamente, pressionando a amiga – somente mais cinco quadras e estaremos na avenida principal!
- Estou tentando! Estou tentando! - O peito de Gaby arfava enquanto tentava correr o mais depressa que podia. Naquele trecho, algumas pessoas na rua estranharam a pressa dos jovens, outros não deram importância alguma. Faltando três quadras para chegar até a avenida com maior movimentação, Jardel parou de repente, fazendo Gaby-chan parar junto com ele.
- O que foi?
- Tem alguma coisa se aproximando – ele pulou em cima de um carro, tenso – são vários, na verdade! - Um zumbido incômodo vindo à direção deles revelou ser um grupo de insetos totalmente diferentes do normal. Cada um tinha uma forma distinta, como uma fusão de insetos. Apesar de poucos, o barulho era como o de um enxame de abelhas.
- Jardel? - Gaby chegou perto do carro onde estava o amigo, que continuava estático. Não sabia como interpretar direito a situação, mas seu corpo tremeu ao notar a frieza nos olhos de Jardel.
- Makai Shuu – disse ele cerrando os punhos – Gaby, se escon... - a cena aconteceu muito rápido. Os insetos voadores atacaram impiedosamente Jardel, que deu um mortal para trás enquanto as chamas brotavam dos seus pés.
- Karyuu no Kagitsume* - alguns insetos foram queimados instantaneamente, ao mesmo tempo em que os outros se ordenaram para outro ataque (*Nota: Karyuu no Kagitsume: Garras Afiadas Do Dragão De Fogo). Não prevendo a tática inimiga, Jardel não percebeu que os Makais atacaram diretamente as pessoas que passavam ao redor. Muitas delas estavam paradas, pensando ser uma apresentação especial. Mesmo Jardel ateando fogo na maioria dos insetos, alguns se alojaram em suas vítimas, injetando um tipo de soro e causando mutação em questão de segundos. Um tomou a forma de um escaravelho gigante com pinças afiadas de quase três metros de altura; a segunda vítima tinha a forma de um louva-deus. Mais duas pessoas se transformaram numa espécie de zangões com antenas e garras nascendo pelo corpo; e o último infectado tinha aparência grotesca de uma libélula. Tudo se mesclava com a forma humana, assustando e horrorizando o público ao redor. Jardel foi até Gaby-chan:
- A partir de agora as coisas ficarão feias! Quero que vá até a avenida e me espere lá!
- Mas e quanto a você, Jar?
- Eu alcanço você. – Jardel sentiu a tensão aumentar atrás dele – VAI! – Ele empurrou a amiga, que não pensou duas vezes e começou a correr até a avenida principal. Sentiu uma lufada de calor vinda de trás, o chão tremendo e sons de destruição. Gaby não se permitia parar pra pensar e muito menos olhar pra trás. Estava com os pés doloridos, o corpo cansado pelo esforço, mas ainda sim corria. Quando finalmente alcançou a grande avenida, sentindo as luzes e cores ofuscar seus olhos, sentiu o vento passar por ela e o som de concreto desmoronando do lado oposto da avenida.
- JARDEL! - Desesperada, Gaby via o amigo encurralado pelo humano que tinha a forma de escaravelho. Apesar da desvantagem, notou que os outros monstros não apareceram, supondo que foram derrotados. Jardel conseguiu se desvencilhar das pinças afiadas do inimigo, golpeando nos pontos vulneráveis dele e finalizando o ataque com mais um rugido do dragão.
- Ufa! Essa foi por pouco! – Jar se aproximou de Gaby-chan, não tirando os olhos do humano-escaravelho chamuscado. O jovem, apesar de não demonstrar, não estava em condições melhores. Gaby percebeu que o amigo tinha vários cortes pelo corpo, além dos vergões e hematomas, o rosto sujo de pó e concreto, sangue escorrendo pela testa.
- Jardel! Como pode dizer isso?! – A garota batia nele, a irritação subindo cada vez mais – Descubro que você tem poderes, que algo de errado está acontecendo no mundo, além desse pessoal doido que você nem disse quem são e o que querem! E olhe só para nós, totalmente acabados! Tudo que eu queria era gravar um vídeo!
- Hahahahaha! A culpa foi sua por querer entrar naquela casa! Se tivéssemos ido a outro, aposto que teria o vídeo!
- Como eu ia adivinhar que ia dar encrenca? – Gaby pegou a câmera do bolso do paletó – Acabei gravando um ritual de invocação da pomba gira!
- Melhor não brincar com isso. Quase fomos pulverizados por eles. – Jar perscruta o perímetro com o olhar – E ainda não estamos seguros. Não até encontrarmos Caldina.
- Caldina? Quem é ela?
- É uma amiga que nos dará proteção. Ela entende a gravidade da situação. E como você gravou o ritual na câmera, ela terá ideia do que fazer. – Jardel abriu as palmas das mãos, em que reluzia uma energia dourada. Essa energia aumentou de tamanho, e um colar se materializou. O colar era simples, sem detalhe algum. Porém o que chamava atenção era o pingente. Uma pequenina espada bem decorada, da cor vermelha. (Nota: Imagem da joia:
https://i32.photobucket.com/albums/d47/FantasiesAnime/eBay%20Vol-11/s-l1600_zpshtuztknc.jpg)
- Quero que fique com isto – Jardel colocou a corrente no pescoço de Gaby-chan – caso aconteça alguma coisa, você estará protegida.
- Isso me dará poderes? – Perguntou Gaby, esperançosa.
- Quem sabe?
- Esse dia nunca vai acontecer! - Interrompeu Drico-sama, usando um roupão de seda prateado e chinelos de madeira. – Antes que isso aconteça, tanto ela quanto você estarão mortos.
- Gaby, - Jardel ficou na frente, usando o corpo, protegendo-a – quero que procure por Caldina. Siga pela avenida e procure pelo Bonde Das Karenzetes. Eu te alcanço assim que der um jeito nele.
- Você quis dizer ela, não? – Rebateu Gaby.
- É ele! Só tem o espírito feminino incorporado! O corpo continua o mesmo!
- Shide no Kagokoromo* - Drico Hinoto invocou a manta de seda, tão reluzente quanto o roupão de prata que estava usando – Acho que preciso dar uma lição nesses ninfetinhos insolentes! - Ao lado dele, JP surgiu das sombras olhando fixamente para os jovens. (*Nota: Shide no Kagokoromo: (Artefato Uraotogi) Manta da Morte)
(http://www.oocities.org/tokyo/dojo/4563/Shishiwakamaru/art/shishi_cloak.jpg)
- O que acha, JP?
- Quero o garoto! QUERO PRA MIM!
- Eu cuido do garoto. – Drico moveu-se com graça, a manta farfalhando ao redor dele - Cuide da menina com a calcinha esquisita!
- PARE DE ME OLHAR! Minha calcinha tá toda errada! - Gaby puxou o paletó constrangida, cobrindo as coxas.
- GABY! FAÇA O QUE EU DISSE! CORRA! - Jardel invocou o poder das chamas, na tentativa vã de interceptar JP e Drico, mas sabia que não seria por muito tempo. A garota começou a correr pela avenida, a multidão dificultando a passagem, seguindo o fluxo contrário. “Essas pessoas não têm noção do que acontece?” pensou ela mantendo o ritmo descompassado. Mas nem ela tinha a real noção dos acontecimentos! Está envolvida numa guerra que não é dela, entrando no lugar errado, vendo a coisa errada e na hora errada! Realmente, não era somente a calcinha que estava errada, mas tudo naquela noite. E Gaby só queria gravar um vídeo!
- Droga! – Caldina bateu no volante do bonde, revoltada – Estamos mais de dez minutos parados e ninguém anda! O que será que houve lá na frente?
- Algum carro alegórico deve ter quebrado. – Sugeriu Betz, dando de ombros – Já que mencionaram um acidente, talvez seja isso.
- Nãããoo, PBP! Tem alguma coisa errada! Normalmente não causam tanto alarde por causa de um carro quebrado. Isso seria resolvido em questão de segundos! - PBP deu de ombros diante do comentário, indo até a porta do bonde. Como o clima parecia tenso do lado de fora, a maioria das dançarinas estavam dentro do bonde, rindo e falando sobre assuntos triviais. Betz observava o movimento, com certa curiosidade pra saber qual era o rebuliço. A situação, inicialmente movimentada, começou a ficar grave durante aquele tempo parado. Helicópteros começaram a sobrevoar o perímetro, o ar da noite emanando o leve odor de algo queimando. Seus devaneios foram interrompidos ao sentir um puxão no braço!
- Por favor! Preciso de ajuda! – disse a garota seminua, suja, descabelada, usando um paletó e descalça – Este é o Bonde das Karenzetes? Preciso falar com uma pessoa! É urgente!
- Ai! Sai pra lá, mendiga! Não precisa me puxar desse jeito! Tá acabando com meu figurino! – Betinho voltou a subir no degrau do bonde, se recompondo – Não tenho dinheiro, se é isso o que quer. E vá trocar essa calcinha porque tá bem fei... .
- ESQUECE A MINHA CALCINHA! – Gaby-chan gritou, frustrada – Onde está a Karenzete chamada Caldina?
- OLHA AQUI, SUA MALTRAPILHA! Está pensando que pode falar desse jeito comigo? SAI DAQUI, ESFARRAPADA! Vai pedir abrigo em outro lugar! SAI! SAI!
- QUE BARRACO É ESSE QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Caldina apareceu do fundo do bonde – Porque está brigando com a garota, PBP?
- Essa esfarrapada estava querendo pedir esmola! Puxou-me com intenção de invadir o Bonde!
- MAS QUE MENTIRA! - Retrucou Gaby-chan, indignada – Pra sua informação, não sou mendiga! Meu nome é Gaby! E estou procurando a Caldina! Vim a pedido de Jardel!
- Você é amiga dele? - Perguntou Caldina, com ar apaixonado.
- Sim, eu... .
- AH, Jardelzinho! Eu sabia que iria encontrá-lo hoje, no Carnival Fest! – Caldina rodopiava de alegria, enquanto Betz e Gaby-chan a olhavam de maneira desdenhosa.
- Sou quase uma mãe pra ele! Vi esse menino crescer e pude ensinar muitas coisas! – Caldina divagava em pensamentos, o rosto corado exprimindo desejo. – Ele está bem? Está vindo pra cá?
- É por esse motivo que estou aqui! – Caldina arregalou os olhos ao ver a garota mostrar a joia da corrente no formato de uma espada – Eu não sei de quase nada, e as coisas aconteceram muito rápido, mas tem a ver com a tal profecia que ele mencionou. Em resumo, ele está lutando para me proteger! Por isso eu vim! Ele precisa de ajuda!
- A profecia... . – A líder das Karenzetes olhou na direção do suposto acidente, pensativa. Voltou sua atenção para Gaby-chan e Betinho, que entendia menos que ela – Essas pessoas com quem ele está lutando, também estão atrás de você?
- Bem, acredito que sim. Jardel me deu cobertura enquanto eu fugia.
- Bem típico dele. – Afirmou Caldina. Assim como PBP, Miyuki-chan e outras Karenzetes começaram a ouvir a conversa – Quantas pessoas estavam atrás de vocês?
- Inicialmente três. Depois vieram pessoas de terno, assim como insetos que transformaram pessoas em monstros! Depois duas dessas três pessoas nos alcançaram e agora eu não sei como ele... – A voz de Gaby-chan perdera força, ficando embargada. Lágrimas começaram a surgir e a embaçar a vista.
- Gaby, não é mesmo? – Caldina pousou carinhosamente a mão no ombro dela.- Não se preocupe, Jardel está bem! Pode deixar que eu assumo daqui. – Ela tirou dentre os seios uma cápsula, entregando a Betinho.
- PBP, use a mobjet e leve a garota com segurança para o Bordel! O bonde não sairá daqui enquanto o problema lá na frente não for resolvido!
- O – ok!- respondeu Betinho, sem fazer objeção.
- Miyuki-chan! – Caldina chamou a atenção da garota – Leve o bonde assim que o movimento na rua diminuir. Conto com você pra isso!
- E-entendido!
- PBP, leve a garota diretamente para Raulzito, entendeu? Volto assim que possível - Caldina pulou para abertura do teto do bonde. – Trarei Jardelzinho de volta! – E a mulher de cabelos rosados rumou em meio ao fluxo, deixando-os.
- Bom... – Betinho fez uma careta ao dar atenção a Gaby-chan – Venha comigo. – E ele saiu do Bonde, seguido pela garota. Cruzaram pela multidão e caminharam até ficarem fora de vista, no começo de uma ladeira íngreme. Betz pegou a cápsula do bolso, apertou o botão e jogou no chão; instantaneamente uma moto sem rodas, com design moderno, apareceu. Betinho subiu na mobjet acenando com a cabeça para Gaby-chan:
- Vamos, suba!
- Ok! – Gaby-chan estava pronta para subir, quando sentiu seu braço ser puxado.
- Achei você. – Rafa Gutcho analisou a garota de cima a baixo – Foi um pouco difícil te encontrar, mas a calcinha te denunciou.
- Quem é você, hein?! Me larga! Está me apertando - a jovem tentava se desvencilhar da mão de Gutcho, enquanto este não demonstrava nenhuma dificuldade em mantê-la presa.
- Você não ouviu não, Gutcho! Solta ela! – Betz desceu da mobjet, preparando para rodar a bolsa no rosto entediado de Rafa. O go go boy notou a presença dele apenas pelo fato de usar o uniforme das Karenzetes.
- Como sabe o meu nome? – Um ar de deboche surgiu na expressão dele – Nunca pensei que as Karenzetes cairiam mais no meu conceito contratando travesti! Já não gostava delas, agora então! Pfff!
- E DAÍ SE EU FOSSE, HEIN!? AGORA SOLTE-A! –Betinho foi com tudo para cima de Rapha Gutcho, sendo facilmente empurrado. Ficou de bunda no chão, a raiva crescendo por dentro.
- Desculpa, mas tenho ordens para levá-la – com a mão livre, Gutcho apontou pra Gaby.
- AH, NÃO VAI NÃO! – Um brilho rubro surgiu da joia da jovem enquanto esta tentava se desvencilhar dos braços do go go boy usando a outra mão.
- AAAH! - Gutcho soltou Gaby de imediato, sentindo o pulso queimar onde ela o tocou! – O que você fez, pirralha?!
- Deu um motivo pra você não mexer com ela! – Betz levantou do chão, aproveitando a oportunidade – E aqui vai mais um motivo para você detestar as Karezentes! – Reunindo toda a força que podia, pisou no pé de Gutcho com o salto agulha, seguido de um chute no saco dele. Gutcho caiu no chão se contorcendo de dor.
Trilha sonora: (https://www.youtube.com/watch?v=Zljw9gkAlsA )
- Vamos! – Betz subiu na mobjet, puxando Gaby. Ela subiu na garupa e eles saíram em disparada. Passaram por várias ruas e vielas, evitando as avenidas mais largas para não chamar atenção. Infelizmente, Betinho sabia que não podia fazer isso por muito tempo; o bordel era localizado em região aberta, e querendo ou não, tinha que tomar uma das avenidas principais. E, no momento em que fez a curva para sair da viela, não deu outra: sentiu um tremor repentino a cada segundo, a moto ficando instável – apesar de não tocar o chão. Gaby-chan olhou para trás e viu Gutcho correndo a passos largos, o braço direito estendido na direção deles.
- PBP, ele está atrás de nós!
- Segure-se! – Betz aumentou a velocidade, ultrapassando alguns carros e fazendo um ziguezague na tentativa de confundir o inimigo.
- El Directo!* – Gutcho lançou um meteoro na direção dos jovens, que desviaram por pouco. - Droga, errei! (*Nota: El Directo: O Direto. Dispara um golpe de energia, como um meteoro)
- Essa coisa não vai mais rápido, não?!
- Estou indo o mais rápido que consigo, garota! – Betz suava frio com a tensão, tentando não perder o controle da mobjet.
- Veja se tem um turbo, aí – Gaby olhou para trás, Rapha ficando cada vez mais próximo – Depressa!
- Estou tentando! Calma aí – eram difícil manobrar, ultrapassar os carros em alta velocidade e procurar um turbo no meio a tantos botões – Achei!
- EL DIRECTO! – Um segundo feixe de energia estava a ponto de pegá-los, mas a mobjet ganhou velocidade além do alcance do golpe de Rapha. O meteoro acertou o asfalto explodindo tudo num raio de dez metros. O go-go boy parou de correr, notando que não iria alcançá-los. Seu braço direito estava revestido de uma couraça negra, chegando até o ombro. Desfez a couraça e olhou para a parte onde a garota o havia tocado, a queimadura ficando cada vez mais incômoda.
- Ele parou de nos seguir! Conseguimos! – Disse Gaby-chan, aliviada.
- Mas foi por pouco! – Retrucou Betinho, fazendo uma curva fechada – Em que encrenca você está metida, hein?!
- Ah, nem eu sei! – Ela deu de ombros - Meu amigo que sabia de mais coisas, mas ele não teve tempo de me contar. – Novamente, Gaby-chan olhou para trás, na esperança de que Caldina o encontrasse. O coração voltou a ficar apertado.
- Não se preocupe. Caldina trará seu amigo de volta. Não sou íntimo dela, mas pelo que deu pra notar, não a colocaram como líder das Karenzetes à toa.
- Espero que sim, PBP – a jovem deu um suspiro pesado – E tudo porque eu entrei naquele maldito prostíbulo! Tudo por causa de um vídeo, argh!
- Sério mesmo que você queria gravar um vídeo? - Betinho deu um riso relaxado, meneando a cabeça e fazendo a peruca ser balançada pelo vento – Com tantos bordéis legais por aí, foi no que te botou nessa encrenca hahaha!
- Lugar errado, hora errada!
- Devia ter ido no local onde eu trabalho. Pelo menos, lá você teria seu vídeo.
- E onde é seu trabalho?
- Fique olhando. – PBP deu uma guinada com a mobjet, aumentando a velocidade ao subir a ladeira. No final dela, eles começaram a descer a avenida, com Gaby-chan hipnotizada com a imagem. Entre os residenciais e locais simples da cidade, via-se uma imensa casa, os letreiros brilhando com as cores do arco-íris:
LA DOLCE COMO CUNET
Karenzito´s Bar.
EPÍLOGO
Caldina estava horrorizada. Pior que isso, estava à beira de um colapso nervoso! Tapando a boca com as mãos, comprimia o som do desespero enquanto via os socos de JP marcarem o corpo frágil de Jardel. Ela mal tinha forças para reagir, às expectativas de poder resgatá-lo morrendo junto com ele. Momentos antes, rumo à aglomeração na avenida em que ocorria o Carnival Fest, esperava encontrá-lo no perímetro em que o movimento era maior. Porém, ao chegar lá, apenas escombros do buraco de um prédio – com o risco de cair - e um homem metamorfoseado em inseto sendo levado pelos bombeiros. Ignorou o rebuliço e sentiu a energia de Jardel. Passou por uma rua deserta até chegar numa viela estreita, inabitada. Apenas alguns gatos da periferia apareciam furtivamente, surpreendidos pela presença sorrateira de Caldina. O rastro de energia ia até um estacionamento quase abandonado, e a dançarina colocou o capuz vermelho para esconder sua presença; estava invisível.
- Não quer desistir, jovem? – Drico-sama estava sentada numa escada de concreto, com acesso a porta de emergência da Casa de Swing. Na frente dele, JP andava como exímio lutador de MMA, observando atentamente seu oponente.
- Ficará mesmo em silêncio? – Sem retorno, a contempladora de sonhos fingiu um suspiro triste – JP, é contigo.
- É PRA JÁ! – No mesmo instante, JP acertou Jardel com socos precisos e rápidos, sem dar brecha para defesa. Este, por sua vez, mal conseguia levantar os braços, caindo e levantando toda vez que recebia um golpe. Seu rosto escorria sangue e seu corpo estava tingido de hematomas, cortes e algumas queimaduras profundas. “Jardel! ” Gritou a mente de Caldina, ao ver a cena. Vê-lo naquele estado despertou seu senso de ação, mas como ele notou a presença dela, mesmo que invisível, meneou negativamente a cabeça. Ela não podia se envolver. Ele não deixaria.
- JP, acabe logo com isso. Precisamos resolver outros assuntos na casa. – Caldina viu o cara em traje prateado estender uma fina manta de seda, que ganhou vida e esticou-se completamente atrás de JP.
- Hora de partir! – O movimento foi rápido e letal. JP agarrou o pescoço de Jardel, dificultando sua respiração. No começo, ele estava resistente, mas algo o fazia ceder pouco a pouco. Para o horror de Caldina, Jardel parecia um boneco de pano, e no exato momento em que ele parou de resistir, JP o jogou na manta de seda, e Jardel tragado por ela.
Continua... .
Ending:
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Hi (again 😂),
Since you seem to know TB/X characters well, maybe you could do a deep dive psychological personality test kinda thingy as to how a person is like depending on their fav TB/X character 😄
Hi :D idk how to make a quiz rly but I can do this:
What your fave TB/X character says about you:
Kamui - you see a cat on street and lose all braincells
Good boy Fuuma - no.1 fluff BL fan and I want 2k essay on desk by Monday morning
Subaru - you eat angst for breakfast and have water sign in sun or moon
Yuzuriha - you're either most cheerful person ever or most gloomy person ever that could use some joy. Alternatively no.1 dog lover would fight a cat lover on street
Sorata - biggest fan of crack fics and/or would kill for bf like that
Arashi - you're fan of shojo cold girl gets a cheerful bf trope and slow burn. Alternatively you're gay and want her to step on you
Kanoe - you're definitely gay and want her to step on you
Hinoto - please stop lying to yourself
Karen - you have a great taste and/or aspire to be wine aunt one day
Aoki - X is probably your first clamp manga so you latched onto dude with stable relationships and common sense
Keiichi - big fan of good guys score sometimes
Nataku - you aren't cis and defo want their gender
Kakyou - no.1 Kakoyin fan
Kusanagi - no.1 dilf fan
Toru or Tokiko Magami - no.1 milf fan
Antichrist Fuuma - all your favorite pieces of media are on hiatus older than you are. Also you have good taste
Hokuto - you're a hardcore seisub shipper
Kotori - you noticed how girls get treated in shonen and haven't recovered ever since. Alternatively you want her style like I do
Satsuki - you're a loner and forever lamenting there's was no sexy 3some in X
Yuuto - you're kinky and forever lamenting there was no sexy 3some in X
Seishirou - TB vol7 shattered your soul in pieces and you've been trying to recover ever since by prying this man's mental gymnastic apart but in process realized he's just a dumbess and thought that was cute
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cont of the x character guide
Satsuki Yatouji- works w Kanoe
Nataku- works w Kanoe, also big spoilers and canonically genderless
Tokiko Magami- Kamui's aunt, works with the school
Seiichiro Aoki- business man, uncle of Daisuke
Yuzuriha Nekoi- 14, trying her best
Karen Kasumi- another milf, not working w Kanoe (would be too many pretty women on one side)
Kakyō Kuzuki- (anything id say would be spoilers)
Subaru Sumeragi- traumatized little guy (u know what he looks like from Tokyo Babylon)
Seishirou Sakurazuka- the cause of the trauma, also fucked up lil dude (u know what he looks like from Tokyo Babylon)
Kusanagi Shiyu- works in the Japanese Self Defense Force
Segawa Keiichi- really enthusiastic to Kamui, has slightly more of a centerpart than Saiki (I confused them a lot during my read)
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Fandom meme: X?
Favourite Female: Karen!
Favourite Male: Subaru
3 Other Favourite Characters: Kakyou, Yuzuriha, Nataku
3 OTPs: Seishirou/Subaru, Kusanagi/Yuzuriha, Hokuto/Kakyou
Notp: Used to be Subaru/Kamui when I had NoTPs
Funniest character: Sorata
Prettiest character: Karen or Arashi? Can’t choose!
Most Annoying Character: Can I cheat and say Shougo from the movie?
Most badass character: Well Fuuma
Character I’d like as my BFF: Hokuto if she counts as a X character, otherwise Yuzuriha
Female Character I’d Marry: Karen
Male Character I’d Marry: Do I really have to? ^^
Character I hate/dislike/least like: I’m not fond of Tokiko Magami. She’s more infodumping than a character, to me.
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X Vol. 1 by CLAMP
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X PREMIUM COLLECTION
VOL 13
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For that which is conceived in her is of the Holy Spirit.
"And she'll bring forth a son, and you shall call His name Jesus, for He will save his people from their sins."
"Hosanna! Blessed is he who comes in the name of the Lord! The king of Israel!"
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