#to tentando escrever algo e preciso de informações
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enigmadomedo · 18 days ago
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FANDOM DE ORDEM do tumblr!! alguém sabe me dizer em quais partes a frase "Olhos sempre abertos" aparece nas campanhas?
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umipolarix · 9 months ago
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Uma reflexão sobre tempos verbais
Recentemente estive vendo alguns vídeos no YouTube relacionados à histórias, fanfics e literatura no geral. Nesses vídeos, o pessoal comentava muito sobre a bagunça das histórias amadoras quando o assunto é tempo verbal.
Não sendo nenhuma profissional ou veterana no mundo da literatura (mas também não sendo tão amadora assim), decidi pesquisar sobre isso e estudar um pouco essa parte da gramática, tentando entender não só como funcionam os tempos verbais, mas também o porquê de darem tanta importância a isso. Sempre pensei que escolher entre passado e presente para narrar uma história fosse mero capricho, mas hoje descobri algo interessante e surpreendente para mim mesma: é um ótimo recurso narrativo. O motivo de falarem para nunca misturar tempos verbais de modo desordenado é para que, na hora da leitura, o leitor não fique perdido sobre quem está narrando ou se teve alguma quebra temporal. Serve também para evitar que ele fique voltando no mesmo parágrafo diversas vezes porque não entendeu o que o escritor quis passar. Não que fosse proibido misturar os dois, até porque existem estratégias para alternar entre narração no passado e presente de maneira fluida e compreensível, mas que devemos nos atentar ao uso dessa alternância.
Enquanto o uso do presente é mais útil em histórias mais dinâmicas de muito suspense, o passado é muito bem utilizado naquelas histórias cujo ritmo da história seja contemplativo ou possua muito mistério. O presente abusa da tensão e urgência, o passado se aproveita da expectativa e da reflexão. Claro, não há regras quanto o uso desses tempos, principalmente porque depende muito do estilo de cada escritor, mas achei essa informação bem útil. Além de todas essas descobertas, fiquei curiosa se existe algum livro com a narração em tempo futuro. Parece doideira, mas a maioria dos blogs que utilizei para me auxiliar nessa pesquisa diziam que "o tempo futuro é extremamente raro". Foco no "extremamente raro". Ser raro não é sinônimo de inexistente.
Se existir algum ser corajoso o suficiente para escrever uma história no tempo verbal futuro ou que saiba de alguma que já existe, por favor me diga. EU PRECISO SABER!
É isso, esse post não tem nenhum tutorial nem nada, apenas minhas notas a respeito do assunto e algumas informações interessantes de serem compartilhadas dessa maneira. Talvez um dia, quando eu for mais experiente, eu escreva mais sobre tempos verbais, quem sabe? :)
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PEW!
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freeyourselv · 1 year ago
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Hoje é dia 3 de janeiro de 2023. Eu pensei algumas vezes antes de escrever isso. Eu não quero chatear ninguém. Hoje faz 3 anos e 21 dias desde que meu pai morreu. Mas acho que talvez tenha começado antes disso, quando eu tinha 16 anos, mais ou menos. Eu não consigo muito bem explicar o que é, mas parece que nunca vai embora. Às vezes fica mais brando. Acho que já me conformei de que nada nunca vai voltar a ser como era antes, e eu não tenho saída. Nessa altura eu me pergunto o quanto da minha personalidade é a depressão. E lamento que nunca vou estar curada.
Há alguns anos eu me convenci de que meu objetivo em vida era viver ao lado de uma pessoa a qual eu amasse muito, já que dizem que o amor salva. E me salvou, durante um tempo. Ultimamente tenho pensado bastante sobre isso, mas não cheguei à nenhuma conclusão.
Eu tenho lido O Mundo de Sofia. Você precisaria ler pra entender. Acho que eu preferia viver na ignorância. Mas também não é só isso. Não me leve a mal, mas será que a vida um dia vai ser melhor do que isso? Acho que não. É sempre muito pra verbalizar. E eu nunca consigo. Mas eu sinto muito. Fico cansada de tantos processos dolorosos. Não quero machucar ninguém. Por isso guardo essa melancolia comigo.
Eu tenho procurado algo que eu talvez nunca encontre. E eu preciso saber. Essa minha busca por sentido é tão sem sentido, mas mesmo assim eu sigo buscando. Também espero pacientemente, caso o universo tenha algo especial guardado pra mim, mas temo que as respostas não existam.
Quanto mais caio em mim e em minha própria consciência menos me interesso por coisas banais. Receio que não tenha me sobrado muito. Não tenho como reverter ou mesmo interromper o processo. A auto descoberta é um ciclo vicioso. E acho que ninguém é imune. É disso que se trata a alegoria da caverna de Platão?
O tempo passa tão rápido; me assusta. Algum dia vou encontrar minha paixão? E será que ela será suficiente para me salvar da indiferença? E se eu estiver tentando fugir do mundo e descobrir que não tenho onde me esconder? Me sinto uma farsa.
Será essa minha experiência tão singular que por mais que eu busque histórias similares e conforto em palavras que já foram ditas 1 milhão de vezes, não haverá uma única pessoa com quem eu possa compartilhar essa solidão?
Do que adianta dizer tudo isso? Minha condição de espectadora do mundo me faz ter preferência por ficções televisivas.
02 de janeiro de 2024.
Eu penso tanto, em quase tudo. Na verdade eu penso nas mesmas coisas todos os dias. Mas me sinto um pouco diferente também. Eu tento ler na intenção de descobrir palavras novas para conseguir verbalizar o que eu sinto, mas eu nunca uso nenhuma delas. Atualmente tenho me questionado bastante. No último ano eu diria que passei procurando respostas sobre mim e sobre o universo. Eu li e assisti algumas coisas. Graças à filosofia e à cosmologia eu consegui um arranjo maior de informações para usar no meu arsenal de conhecimento. A má notícia é que cheguei à conclusão de que não faz diferença.
Eu poderia viver 100 mil anos e consumir toda a informação que tenho acesso no universo e ainda assim isso não me levaria a lugar nenhum. Dizem que conhecimento é poder mas acho que nem todo o conhecimento do mundo mudaria como eu me sinto. Acho que o existencialismo de Sartre é de fato o ponto final da filosofia pós moderna. Não tem mais nada pra mim.
É difícil até ler o que escrevi. Soa estranho. O tempo tende a deixar as coisas menos interess
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stuffidoandwrite · 2 years ago
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BTS Reaction - Ele descobre que a namorada tem uma irmã gêmea idêntica (Parte 1)
Obs.: Criei alguns cenários e também histórias dos relacionamentos para entendermos um pouco o motivo de eles ainda não saberem a existência da irmã gêmea! Como a minha imaginação foi um pouco longe, os demais membros serão postados depois para que não fique muito extenso e também não demore mais ainda pra sair já que sou lenta pra escrever rs. 
Lembrem que S/N: seu nome & N/S/I: nome da sua irmã. 
Palavras: 1895.
Avisos: Menções de sexo, mas nada descritivo. O Jungkook é um pouco (talvez muito) iludido no cenário dele, peço desculpas rs.
Namjoon
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Um mês. Esse era o tempo exato que você e Namjoon estavam namorando, parecia pouco... e era, mas aquele tempo se provou mais do que suficiente pra você entender que queria namorar ele por muito mais tempo. Na verdade, vocês se conheciam por duas semanas antes de começar a namorar, duas semanas resumidas em muitos flertes e beijos escondidos até assumirem a relação. A questão era que se assumiram apenas para si mesmos, pois os amigos e familiares de ambos ainda não sabiam.
Depois desses quase dois meses vivendo um romance com Namjoon, você tinha certeza de que sua irmã estava a ponto de explodir com a falta de informações sobre o rapaz.
"S/N... pelo amor de Deus, eu não aguento mais, qual a razão de tanto mistério? Achei que compartilhasse tudo comigo!" Sua irmã disse tristonha.
"Calma besta, eu estava esperando o momento certo, tá? Nunca gostei tanto de um cara assim antes, tive a sensação de que deveria esperar antes de contar tudo pra você." Você disse sorrindo, se aproximando dela.
"Tudo bem, eu te conheço, sei que só faz isso quando tem algo precioso em mãos. Você sempre gostou de esconder o jogo, danada toda..." Ela disse rindo.
"Vai me atacar agora? Logo quando tive uma ideia brilhante pra apresentar vocês dois."
"QUE?" Olhos idênticos aos seus te encararam com entusiasmo. "Plano maligno é comigo mesmo, me conta!"
"Então, eu tava pensando..."
-Alguns dias depois, numa noite de sábado-
Namjoon abriu a porta do carro, te ajudando a sair.
"Obrigada amor. Tá nervoso?"
"Um pouco... talvez muito. Acha que sua irmã vai gostar de mim?" Ele disse com um pouco de receio.
"Claro que vai, relaxe!" Você disse distraída, olhando ao redor e vendo uma farmácia do outro lado da rua, uma desculpa perfeita para deixar seu namorado sozinho. "Mas, antes de entrarmos preciso comprar uma coisa na farmácia, coisa de mulher, sabe? Pode me esperar ali na frente do restaurante?"
"Tudo bem, vai lá que eu te espero." Ele disse deixando um beijo inocente nos seus lábios e seguindo para a frente do local enquanto você saia em direção a farmácia. Se ele não estivesse tão nervoso perceberia que algo estava estranho naquela situação.
Já em pé na frente do restaurante, Namjoon te seguiu com os olhos até ver você entrar na farmácia e em seguida se perdeu observando o estabelecimento a sua frente, ou pelo menos o que era possível ver do lado de fora através das grandes janelas de vidro. Ele leu boas críticas desse local, não apenas a incrível culinária mas também a decoração chamava bastante atenção, composta por diversas obras de arte como estátuas e quadros.
Ele observava um quadro em específico, tentando decifrar o artista da obra, quando viu uma mulher passar no seu campo de visão. Uma mulher não... você!
"S/N? Como assim?" Namjoon se aproximou do vidro e praticamente esmagou o rosto nele, tentando entender como estava te vendo ali sendo que você estava do outro lado da rua. A farmácia não era tão longe então ele conseguia te ver olhando as prateleiras, mas ali também era você! Mesmo cabelo, mesma roupa... ele piscou os olhos com força, sentindo que estava com as lentes de contato então não era sua visão lhe pregando peças, mas como?
Ele olhava confuso em direção a farmácia e de volta para o restaurante quando viu que a sua clone se virou na direção dele e sorriu, acenando para que ele entrasse. Mesmo confuso, ele caminhou até ela.
"E aí cara, sua namorada é gata né?" Ela disse colocando as mãos na cintura e fazendo uma pose engraçada.
"Eu não... quem é você? Ela..."
"Você não fala a minha língua bonitão?"
"Não. Quer dizer! Falo sim, meu deus... vocês são gêmeas?" Namjoon disse exasperado, olhando novamente para trás tentando ver se você ainda estava mesmo lá fora.
"Minha irmã me disse que você tinha um QI muito alto, será mesmo?" Namjoon ficou calado, ainda a olhando chocado. "Tudo bem, eu já tive a minha diversão. Sou a N/S/I, é um prazer te conhecer! E me desculpe pela pegadinha, mas eu não agi sozinha..." Ela sorriu, estendendo a mão para que ele apertasse.
Seokjin
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“Tem certeza que está bem meu anjo?” a voz de Jin soa preocupada através do seu celular.
“Sim Jinnie, é apenas uma gripe pesada, vai ficar tudo bem com alguns remédios e muito repouso.”
“Você chama de gripe ‘pesada’ e quer que eu fique tranquilo?” ele diz emburrado. O rapaz não se conformava que você não queria ele lá, cuidando de você.
“Amor, eu já te falei… amaria ter o seu cuidado, mas não quero que fique doente também! Você precisa da sua saúde 100%, os meninos também precisam de ti bem.”
“Você tem razão, mas ainda fico preocupado.”
“Olha, vamos fazer assim, vou me deitar um pouco e tentar descansar. Quando acordar te ligo e fazemos chamada de vídeo na hora do jantar, tudo bem?”
“É uma ótima ideia amor. Vai lá e descansa, eu te amo.”
“Também te amo Jinnie, até mais tarde.”
Jin desligou o telefone com um sorriso astuto. Era mesmo uma ótima ideia jantar com você, mas não por chamada de vídeo e sim pessoalmente, ele precisava te ver e ter certeza que estava tudo bem. Mas, naquele momento ele lembrou que nunca havia entrado na sua casa. Sim, vocês namoram a 7 meses e isso talvez seja estranho, mas sempre tiveram um relacionamento de vai e volta, brigavam de teimosos que eram e sempre acabavam voltando por se amarem demais, era complicado e estavam tentando consertar isso. De toda forma, essa seria uma boa oportunidade para conhecer sua casa pela primeira vez.
Ele sabia que você morava com sua irmã, mas nunca a conheceu antes… será que ela também estará lá? Isso era mais um motivo pra atacar sua ansiedade, mas ele dispensou os pensamentos ansiosos e esperou algumas horas até receber uma mensagem sua informando que estava acordada e então seguiu de carro até a sua casa.
“Que estranho, o Jin não está respondendo as minhas ligações.” Você disse enquanto se deitava no sofá. Tinha acabado de acordar e estava faminta mas ele não atendia o telefone de jeito nenhum.
Estava digitando uma mensagem perguntando o que houve com ele quando de repente a campainha soou pelo apartamento.
“S/N, será que dá pra atender? Quem é uma hora dessas afinal? Eu te disse que não precisava comprar comida, a sopa está quase pronta.” Sua irmã gritou da cozinha.
“Eu não vou levantar não, meu corpo tá doendo e finalmente encontrei uma posição confortável aqui. E não pedi comida nenhuma, deve ser algum pacote que chegou.”
“Meu deus, doente e manhosa, eu mereço viu!” Ela disse enxugando as mãos e jogando o pano de prato nos ombros, indo em direção até a porta.
“Jin?” Sua irmã disse com um tom de surpresa depois de abrir a porta.
“Jin?” Você disse alarmada, se levantando do sofá.
“Oi…?” Ele disse confuso, olhando a mulher que era estranhamente parecida com você mas que de alguma forma ele sabia que não era.
“Jin? Seu louco! O que tá fazendo aqui? Não combinamos de falar por chamada?” Você apareceu na porta assustada.
“Eu… estava preocupado então pensei em vir aqui te ver e fazer uma surpresa.” Ele disse devagar, olhando entre você e sua irmã.
“Bem, não fomos devidamente apresentados.” Sua irmã disse estendendo a mão para que ele apertasse. “Sou a N/S/I, é um prazer conhecer o homem dos sonhos da minha irmã.”
Jungkook
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Leite, pão e biscoitos. Jungkook colocou a bandeja com seu lanche noturno ao lado do seu teclado e se sentou na cadeira confortável. A tela do computador mostrava a hora: 02:30. Em sua defesa, tudo parecia mais interessante na madrugada, desde jogar e ouvir música até... te stalkear. Ultimamente essa tem sido a atividade preferida dele, por mais que não admitisse isso a ninguém. Não era culpa dele que você era tão linda, e suas redes sociais tão interessantes. 
Jungkook não era de ter "casos de uma noite". Ele tentou antes, mas sempre acabava se sentindo estranho depois, como se não estivesse satisfeito com aquilo. Ele queria o sexo, mas também queria carinho e atenção, algo duradouro e sério. Então depois de algumas situações que o deixaram desconfortável, esses casos não se repetiram mais.
Porém, a vida sempre acha uma forma de fazer a gente repetir escolhas que juramos nunca mais fazer. Talvez seja por um bom motivo, né?
Ele te conheceu em um bar de Las Vegas, uma noite antes do voo de volta para casa, quando os meninos estavam entediados e queriam sair pra beber algo. Não importava onde, contanto que fosse seguro e eles pudessem ficar confortáveis sem se preocupar com pedidos de fotos e autógrafos. 
O encontro de vocês aconteceu da mesma forma que os demais casos de Jungkook: uma noite no bar, uma garota bonita sentada sozinha, conversa vai conversa vem e o resto era história para os quartos de hotel contarem. Durante essas noites, a atração que ele sentia era sempre física. O pensamento de repetir aquilo com aquela pessoa ou vê-la novamente não passava pela cabeça dele. Porém, depois de algumas horas em sua companhia, ele se viu atraído por cada detalhe seu e cada palavra que saía da sua boca. 
"Você tem Instagram?" 
"O que?" Sua voz soava abafada pela blusa que estava acabando de vestir, já se arrumando para ir embora.
A confiança de Jungkook na pergunta se esvaiu um pouco, mas ele repetiu. "Instagram. Eu não queria que essa fosse a última vez que vejo você..."
Depois daquela noite, ele partiu para a Coréia com o seu @ e a esperança de te ver novamente.
"É muito fofo que queira ver ela mais uma vez, mas não acha que está sonhando demais?" Hoseok disse durante uma das conversas que teve com o Jungkook sobre o que aconteceu naquela noite.
"Sonhar não é proibido hyung."
"Eu sei que não, mas cuidado pra não sonhar demais e sair da realidade."
Jungkook não era idiota. Ele sabia que você não queria manter contato. Passou a noite com ele e foi embora, sem olhar para trás. E no dia que ele teve coragem de te mandar uma mensagem, se arrependeu amargamente quando você apenas visualizou e não respondeu. Mas no fim, tudo isso não o fazia parar de olhar suas fotos e relembrar aquela noite.
Já fazia algumas semanas que ele tinha olhado seu perfil porque além de estar ocupado trabalhando também estava tentando, sem muito sucesso, te esquecer. 
Passando os olhos pelo seu feed ele observou que 3 fotos novas foram postadas. A primeira era uma foto do seu gato, a segunda uma selfie sua que ele provavelmente passou muito tempo encarando, e a terceira...
Parabéns pela nova conquista, minha irmã! Estarei sempre aqui para te apoiar em todas as suas escolhas. Te amo! 
Dizia a legenda da foto em que você e sua irmã estavam sentadas na areia da praia, sorrindo para a câmera, a lua iluminando os rostos idênticos.
"Só pode ser brincadeira, pelo amor de Deus! Uma irmã gêmea? Eu vou ficar maluco!" Jungkook disse rindo, já pegando o celular e enviando uma mensagem para o grupo dos meninos. Sem dúvidas, esse seria um assunto que ainda iria durar por muito muito tempo.
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6 meses depois da minha primeira reaction, voltei com mais uma. Peço desculpas pela demora, pois como falei na primeira postagem isso ainda é novo pra mim. Mas estou feliz de compartilhar minha imaginação com vocês! Então espero que gostem, fiquem bem e se cuidem!
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fatimaapsilva · 3 years ago
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Planejando e entendendo o romance (Parte 1)
Talvez o grande erro do escritor seja não estudar muito antes de começar a escrever, e não planejar. Mesmo que você não queria seguir padrões (o que acontece muito comigo), precisa saber justamente o que está ou não seguindo. É preciso saber uma regra para quebrá-la, certo? Por isso estudei tanto sobre Escrita Criativa, até porque, como minha mãe sempre diz, conhecimento nunca é demais. Para evitar que isso aconteça com você, ensinarei algumas coisas que aprendi na jornada, tentando deixá-las o mais simples e acessíveis possível. Também disponibilizarei coisas que podem te ajudar no planejamento.
Começaremos os textos da “Escrita Criativa Descomplicada” tentando entender alguns detalhes da narrativa e alguns métodos para se preparar para escrever. Aliás, essa é a primeira dica que dou: prepare o livro antes de escrever. Realmente prepare, planeje! Livros aparecem depois de uma simples ideia, mas não saber pelo menos o rumo da história pode te fazer ficar empacado no meio. Acredite você ou não, planejar acaba sendo sempre o melhor caminho. Agora que expliquei mais ou menos meu ponto, vamos começar com o estudo, propriamente dizendo. Espero que ajude!
Sete Elementos Chave
Há diversos elementos que criam uma obra fictícia, mas podemos listar alguns essenciais, que tornam a ficção mais palpável e proveitosa. Entre eles, temos:
1 - Personagens
Na criação dos personagens, você deve convencer o leitor (e a si mesmo) de que eles são consistentes, motivados e naturais. Deve achar um modo de criar certa realidade para eles, mesmo que em um universo fictício. O grande segredo de um bom livro é o leitor entrar na história e sentir que pode, de fato, viver aquilo. Um bom personagem pode garantir uma história memorável, um personagem ruim pode jogar um enredo extraordinário no lixo. Lembre-se disso.
 2 - Tema
O ponto de vista da história sobre a vida e o comportamento das pessoas. SEM intenção de ensinar ou pregar. Seriam como observações do mundo, observações que levam à reflexão, mas que não são de forma alguma tendenciosas.
3 - Roteiro
A sequência de eventos contadas na história. Geralmente feita através de exposição, complicação, clímax e resolução. Nem sempre de forma direta.
4 - Ponto de vista
Quem está contando a história?
5 - Trejeitos
Criados pela linguagem usada, seja ela pelas palavras do autor ou pela imaginação do leitor: lugar, tempo, clima, condições sociais ou atmosfera.
6- Conflitos
A essência da ficção! Ela que cria o roteiro. 4 tipos: Homem vs. Homem, Homem vs. Sociedade, Homem vs. Natureza, Homem vs. Si Próprio. 
7- Tom
Significado emocional da obra. Extremamente importante para o significado geral de toda a história. Apesar disso, é importante lembrar que cada um apresenta sua própria leitura de mundo então, independente do que o autor quer passar com o livro, os leitores encontrarão centenas de outras interpretações e conclusões. Isso foi algo que aprendi com Letras: nunca há só uma interpretação para algo e você nunca vai saber 100% o que o escritor quis dizer, a não ser que ele diga. Do outro lado, você também nunca poderá delimitar o número de interpretações possíveis de seus leitores, pois estas são infinitas.
Estrutura da história
Gancho: criar interesse logo em seguida. Introduz personagens, mundos, objetivos e pontos. 
Incidentes insistentes: ponto de viragem! Conflitos no mundo normal, chamada para uma aventura. Adicionar informações, tensão aumenta. 
Evento chave: cruzamento de personagens, decisão de ato. Fim do primeiro ato. Dificuldade em compreensão, planos vão para as cucuias. 
Meio do caminho: História muda! Mudança ou desastre, momento da verdade.
Cruzamentos: caminho para o terceiro ato, decisão de seguir em frente. 
Momento sombrio: tudo parece perdido. Noite sombria da alma. Repensar os motivos, decisão de seguir em frente.
Clímax: o confronto final. Problema resolvido. 
Resolução: desenrolar das coisas, gancho final.
4 elementos básicos de qualquer romance
                                                  (Nicholas Sparks)
Eu não sou, particularmente, muito fã de Nicholas Sparks, mas não posso negar que ele é um ótimo escritor e ótimo com dicas. Por isso, vim traduzir um artigo dele (se não me engano, era um artigo) para que possam refletir. 
1 - Roteiro
O roteiro é definido por um conflito, seja ele interno (por exemplo, pela perda do marido/esposa) ou externo (alguém observando pela janela) e os melhores roteiros são os originais e interessantes. Complexidade de roteiro é uma questão de gosto, assim como o cenário. 
2 - Desenvolvimento de personagens
Trazer o personagem à vida na cabeça do leitor. Pode ser através de desenhos característicos até a biografias profundas, cheias de detalhes de cada personagem. É importante levar em consideração que diferentes gêneros e histórias requerem diferentes tipos de desenvolvimento de personagens. 
3 - Estilo de escrita
O estilo deve ser sempre apropriado para o gênero da história. Um estilo apropriado agrega muito para a textura de um romance, assim como um estilo inapropriado faz o contrário.
4 - Comprimento 
O comprimento deve ser apropriado ao gênero e a história.
E aí, o que estão achando até agora? Para não ficar muito grande, separei o que preparei para esse artigo em três (ou mais) partes, então podem continuar lendo sobre ao longo das semanas.
ALIÁS:
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rufatto · 3 years ago
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o dia que eu sai das redes sociais.
Estou realizando uma experiência psicológica de sair completamente das redes sociais por um tempo. Uso as redes como uma espécie de cérebro digital onde armazeno informação inútil e que de tempos em tempos acesso quando preciso embasar ou rever algum argumento. Meu twitter tinha (ou tem) quase 100000 (escrevi por extenso pra dar uma noção clara) mensagens realizadas desde 2008 e era possível pesquisar sobre tudo jogando minha arroba e o assunto. Isso era divertido e muito assustador pois eu conseguia ver minhas opiniões mudando com o tempo enquanto o mundo mudava também. O Twitter era pra mim o que Paris é para o casal do filme Casablanca. No começo da rede social a qual devotei meu amor, eu era um jovem tentando viver o conto do rock, sem grana, movido por paixões que mudavam toda semana. Está tudo documentado no que gosto de chamar “grande período egocêntrico e utópico proporcionado pelo governo lula”, o país ia tão bem que gastávamos muito tempo refletindo sobre o nada. Não por acaso o maior expoente musical deste período eucentrico foi o Los Hermanos. Estávamos realmente nos dividindo em pequenas causas e nada naquele momento nos dizia que em 2021 estaríamos vivendo sob o domínio do mal. Sim, o mal sempre existiu, mas lá em 2009, 2010, vivíamos uma grande utopia e a internet era o reino das tretas ingênuas e apaixonadas. Enfim, muita coisa que não preciso escrever aqui aconteceu e muita coisa ainda acontecerá até que a internet se torne um universo completamente paralelo que pouco se parecerá com a vida real.
Então, no meio do supermercado, enquanto fazia compras, o som do estabelecimento tocava “Mr Jones” do Counting Crows e uma senhora reclamava com um garoto que o local não tinha sinal de internet, eu decidi sair das redes por um tempo. Continuo gravando minhas musicas no youtube e escrevendo aqui que é como estar off-line. Desde que a geração que minha mãe passou a ficar online, as redes e os apps viraram a internet e tudo fora das redes é um mistério.
O estalo real me ocorreu quando joguei meu nome no google e todas as primeiras informações vinham do meu twitter e do instagram. Eram tuites com milhares de curtidas, elogios e piadas sobre artistas que amo, reflexões politicas, uma piada sobre a durabilidade maçã da Monica havia sido retuitado milhares de vezes e já estava em outras redes, havia gente sem senso de humor me xingando por não saber que maçãs são assim mesmo. Aquilo iluminou minha mente. Estou aqui escrevendo e gravando musicas há 17 anos e o que a internet sabia sobre mim era que eu fazia piadas em uma rede social, aquilo sou eu, um piadista que coleciona discos. Me toquei que nada do que tinha feito importava para o algoritmo, não havia relevância nas redes, nada era tão relevante quanto um tweet bobo sobre uma maçã e isso me fez ver com certa claridade que estava me anulando. Não importa quantos projetos você tenha feito ao longo dos anos, a internet mudou e valoriza o hoje, o agora acima de tudo, foi o que um figurão da internet disse certa vez.
Enfim, estou aqui no 6º dia longe das redes sociais. No primeiro dia não foi fácil, na verdade foi horrível. Como no momento trabalho de casa e em frente ao notebook esquecer as redes é uma tarefa árdua. Por varias vezes me peguei entrando na pagina em que o twitter pergunta se você quer reativar sua conta e você tem exatamente um mês para pensar no caso, depois babau. Também descobri que o instagram só te deixa excluir a conta uma vez por semana, o que me fez pensar que talvez seja uma ocorrência comum o cidadão fechar a rede por um ou dois dias, se arrepender e voltar correndo. A sensação de não saber o que ocorre no mundo me pegou mesmo no segundo dia, comecei a ler a Folha de São Paulo aqui e ali, liguei a tv, vi o jornal nacional, limpei espaços na minha casa que não limpava há anos, fiz pão, cozinhei, joguei joguinho de blocos (meu novo vicio), comprei um disco da Stevie Nicks. No terceiro dia eu já estava lendo 3 livros ao mesmo tempo e a partir dai senti que o céu estava limpando e que conseguiria ficar uma semana em paz. No domingo ocorreu uma coisa maluca: soube de uma polemica com quatro dias de atraso e fiquei muito feliz. Mas não tanto quanto saber pela televisão que os aplicativos e redes sociais do facebook haviam ficado fora do ar por um dia inteiro, causando o caos no mundo e mostrando para as pessoas que elas não devem apostar tudo que tem num monopólio digital. Ocorre que, pelo menos no meu caso, a grande questão sobre sair das redes vem de encontrar maneiras de suprimir a vontade imensa de emitir opinião sobre coisas que não importam realmente, é apenas o calor do momento, o sentimento de comunidade que te faz falar sobre algo que desaparecerá em segundos. Felizmente tenho esse blog onde falo sobre o nada com muita verborragia.
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thatadrianp · 4 years ago
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i̶ ̶c̶a̶n̶ ̶t̶e̶l̶l̶ ̶a̶ ̶p̶e̶r̶f̶e̶c̶t̶ ̶l̶i̶e̶  // task 1
“Adrian sentou em sua cama, os pés no chão e os cotovelos em seus joelhos, e seu rosto virado para a janela, não via nada, no entanto, com um rápido olhar para seu rosto era possível perceber que ele não estava ali, focado. Sua mente estava distante, sua mente estava em outro mundo, onde Adrian tinha a vida que sempre quis para si. Nada adiantava agora, podia imaginar o quanto quisesse, sonhando acordado em momentos inoportunos, não importava, sua alma foi vendida, e ele não tinha como escapar daquilo.”
O momento em que descobriu sobre o pacto era o motivo para estar escrevendo aquele pergaminho, e não abrindo mão de suas memórias, ninguém poderia saber que não queria nada com aquela guerra, ou correria o risco de uma maldição, talvez até a morte. Sentado em sua cama, com a pena em mãos, começou a escrever.
O meu presente? “Eu sou Adrian Pucey, estudante do sétimo ano, sonserino, tentando conciliar as aulas com todo o resto, nada de emocionante, na verdade.”
Visão para o futuro? Um suspiro deixou seus lábios, a imagem de si mesmo, buscando uma vida que lhe desse prazer, livre de sua família, que o prendeu a vida toda e quando achou que poderia escapar, criou a pior das amarras para si. Jogador de quadribol talvez, Adrian gostaria da fama, só esperava que ainda teria lugar para ele após o que seria obrigado a fazer. “Não penso além da guerra, nunca pensei muito no futuro distante, apenas no que está à minha frente e quais caminhos posso seguir. Por hora, quero fazer o meu papel, e sobreviver.”
Concorda com sua posição na guerra? A resposta que rugia em sua mente era não, Adrian não se importava com a guerra, não queria fazer parte de nenhum lado dela, mas obrigou-se a colocar a pena no papel e escrever um “sim, concordo.”
Qual sua motivação para lutar, ou então não se rebelar? “Sou um homem de palavra, se estou no pacto, farei o que for preciso para honrá-lo, sou um sonserino, e não trairei os da minha casa.” Não era uma mentira, esperava que aquela resposta fosse o suficiente. Adrian não era realmente um purista, mas concordava em partes na conservação do sangue bruxo, afinal a população bruxa não era tão grande assim, precisavam se certificar de que não corriam o risco de serem extintos, mas duvidava que uma guerra era a melhor maneira de fazê-lo. 
“Adrian abriu os olhos, seu campo de visão tomado por Nott, ambos rindo com uma despreocupação que em poucos anos seria uma estranha à Adrian. “Agora um arco-íris!” O outro exclamou, e os cachos do metamorfomago foram tomados por cores. Aos seis anos, Adrian estava conseguindo controlar um pouco mais do poder que nascera com ele, emoções fortes ainda o faziam perdê-lo, mas agora estava sentado no jardim com o amigo que conhecia há tanto tempo que não se lembrava da vida antes dele, era uma tarde de primavera, seus jeans estavam sujos e o riso saía fácil, era fácil mudar suas feições assim.”
A memória tomou conta de seus pensamentos ao ver as próximas perguntas, aquilo seria fácil, pelo menos, Adrian nunca escondeu seus poderes, não tinha como quando seus cabelos ou olhos mudavam quando perdia o controle, apesar desses momentos se tornarem cada vez mais raros com o passar dos anos. Ele aproveitava todas as vantagens de ser um metamorfomago, desde mudar a cor de seus cabelos quando cansava da atual, até transformar-se em outras pessoas para escapar de alguma situação indesejada. 
Qual a sua habilidade e como ela funciona? “Metamorfomagia, consigo me transformar em qualquer coisa, desde que seja humana, parcial ou totalmente.” Escreveu rapidamente, virando sua cabeça em um círculo para alongar-se em seguida, já estava há muito tempo em uma posição desconfortável para escrever em sua cama. 
Dom inato ou adquirido? “Inato.” Como todos os metamorfomagos, você nascia com aquilo, houve alguns em sua família com o mesmo dom, mas já estavam todos mortos, foi uma surpresa para todos quando Adrian acordou com cabelos vermelhos um dia. 
Como descobriu? E como foi o primeiro contato? “Eu não sei o que é viver sem ele, sempre foi algo natural para mim, eu só entendi que não era algo que todos possuíam quando já havia completado três anos.” 
Como foi desenvolvê-la e o que o motivou a conquistá-la? Lembrou-se de quando não tinha o controle, e de como odiava ser um livro aberto que mostrava a todo mundo quando suas emoções não estavam estáveis, como tinha basicamente uma cor para cada sentimento. “Tive muitos treinos que envolviam concentração e foco, aprendi a não me deixar ser dominado pelo poder, e sim usá-lo a minha vontade. Eu queria que meu poder fosse útil para mim, e não ser uma inconveniência, por isso treinei o máximo que pude.”
Qual o maior benefício? “Transformar-se em quem você quiser a qualquer momento tem suas vantagens, é muito útil para me livrar de algumas situações.” 
Quais os riscos? Já se feriu? “Acredito que o único risco seria perder o controle em um momento inoportuno, mas considerando a minha habilidade com o poder, é um risco muito baixo. Nunca me feri.” Adrian às vezes perdia o controle por alguns instantes, mas nunca quando estava realmente utilizando seu poder conscientemente. 
Você possui orgulho ou medo? “Não sei se é possível se orgulhar de algo que nasceu com você, não tive muito trabalho para controlá-lo, e não passei horas extensivas pesquisando e aprendendo sobre ele, mas não tenho medo.” Adrian ponderou se aquela resposta fazia algum sentido, era difícil colocar em palavras como se sentia sobre a metamorfomagia, adorava a habilidade, é claro, mas não era como aprender a manipular venenos e poções complicadas ou se aperfeiçoar em feitiços. 
As pessoas sabem dessa habilidade? “Sim, eu nunca a escondi.” Nunca viu motivo para escondê-la, afinal era algo recorrente no mundo bruxo, e quando chegou em Hogwarts seus cabelos ainda mudavam de cor sem querer. 
De que forma pretende utilizá-la? Adrian apertou a pena com mais força, não queria utilizá-la, não naquela guerra, mas apenas respirou fundo e voltou a escrever. “Suponho que uma habilidade dessas é vantajosa para espionagens, posso me tornar um qualquer em uma multidão, que ninguém olhará duas vezes, e repassar informações.”
Melhor e pior lembrança? Ele não queria escrever sobre aquilo, mas não tinha escolha. Escreveu rapidamente sobre os momentos em sua infância quando brincava com seu poder, fazendo seus amigos rirem, era o único propósito que tinha naquela época. Também escreveu sobre o dia em que teve um ataque de pânico quando se deparou com seu bicho papão na aula de defesa contra as artes das trevas e perdeu totalmente o controle, expondo para todos o que estava sentindo naquele momento. Seus sentimentos reais eram algo que Adrian escondia muito bem, e saber que estava mostrando a todos o quão descontrolado estava só piorava a situação. Foi difícil escrever sobre aquilo, deixou a resposta o mais sucinta possível, com sorte poucas pessoas iriam ler a carta. 
Qual a sua ambição em relação ao poder que tem? “Não tenho ambições no sentido de fazer algo da vida com ele, a não ser aproveitar todas as vantagens que ele já me trás, afinal, não posso desenvolvê-lo mais do que já fiz, então suponho que a resposta seja utilizá-lo ao meu favor sempre que puder.” 
Esperou a tinta secar, e então dobrou a carta, sentado em sua cama e encarando o pedaço de pergaminho em suas mãos, Adrian se perguntava o que seria de sua vida a partir daquele momento. 
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ezreals-hc · 5 years ago
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Gata garota, diga-me como seria o Mista/polenguinho conhecendo o pai da leitora?
Oiiii anjinho do meu coração!!! Aqui está essa request maravilhosa e que eu AMEI escrever *u* espero que o tumblr não coma minhas notas iniciais como ele sempre faz quando olho pelo celular, mas enfim, BORA BORA pq o Mista merece MUITO AMOR
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Guido Mista conhecendo seu pai
•"Você tem certeza disso?! Eu sou parte de uma gangue, [Nome]! Não quero colocar seu pai ou você em risco!“ Seria a primeira coisa que ele diria ao você sugerir algo assim. Contudo, você o assegurou de que seu pai não precisava saber desse pequeno detalhe. Mista não estava muito convencido disso, caramba, ele nunca conheceu o pai de uma garota, especialmente DA GAROTA DELE! Isso não devia ser bom, mas quando você o olhou com aqueles olhos pidões, ele já não soube mais dizer não. 
 • Ele pediria conselhos para Bucciarati antes do jantar que você marcou. Bruno não tinha muita experiência no ramo, mas soube tranquilizar Mista muito bem com seus conselhos. “Causar uma boa impressão é importante, Mista, mas ser você mesmo é o que valerá. O pai de [Nome] tem que saber quem é realmente a pessoa por quem ela se apaixonou”. E se antes havia alguma chance de Mista esconder algum comportamento, ele excluiu completamente. Ser ele mesmo… não era como se ele fosse desagradável. Ele te amava, e jamais faria mal a você. Seu pai precisava saber daquilo.
• De banho tomado e carregando uma garrafa de vinho, que foi uma sugestão de Abbacchio, Mista então bateu na sua porta, dez minutos antes da hora marcada. Gostava de ser o mais pontual possível. Por talvez coincidência, ou alguma outra coisa, quem atendeu a porta foi exatamente seu pai. Protetor, cuidadoso e inspecionando Mista dos pés a cabeça, seu pai já o bombardeou com perguntas, como: “Nome completo, idade, o que você faz da vida”. Mista não queria e nem podia ficar nervoso, então antes que pudesse responder, seu pai já olhava atentamente para a garrafa de vinho. Nem precisou responder as perguntas preliminares, seu pai amou o presente. Tinha que lembrar de agradecer Abbacchio depois.
• Quando entrou e te encontrou, Mista não te cumprimentou com o usual beijo. Lembrava que precisava manter a compostura na frente do seu pai. Ele te deu uns tapinhas nos ombros, sorrindo descontraído, tentando ao máximo demonstrar respeito. Seu pai claro, reparou naquilo e sabia bem o que Mista queria fazer. Seu pai preferiu não dizer nada, estava atento a todo movimento do rapaz. Era por aquele homem que sua filha estava apaixonada? Ele não parecia ser grande coisa e nem era o maior galã da cidade. Parecia razoavelmente comum apesar das roupas que usava e aquela touca esquisita. Bem… o que ele diria, afinal? Sua filha era esquisita igualmente!
• Você deixou que Mista e seu pai conversassem enquanto preparava o jantar, e tranquilizou seu namorado dizendo bem baixinho que seu pai prometeu sem gentil. Na sala, o clima não parecia estranho. Na verdade seu pai foi bem razoável, apesar da carranca de pai protetor. Mista passou boa parte do tempo calado, apenas respondendo. Não deveria fazer interrogatórios a respeito de seu pai, afinal, estava na casa dele, o entrevistado era ele próprio. Estava se sentindo mais solto para agir como sempre, e quando o assunto migrou para áreas mais gerais, foi então que Mista começou a dialogar sobre suas suposições estranhas sobre os fatos da vida. Aquilo incrivelmente tranquilizou seu pai, apesar de que ele esboçava uma expressão de “que cara estranho é esse no meu sofá?”
• Mista pensou que ficaria nervoso durante toda a conversa com seu pai, mas eles se entenderam bem cedo. Mista era naturalmente cativante e uma pessoa interessante, o que com os minutos de conversa foi começando a amaciar a carranca de seu pai. Ele tinha cuidado com o que falava e com as informações pessoais que passava. Mentiu sobre seu trabalho, dizendo que era segurança particular de um empresário e foi completamente vago sobre a vida pessoal. No que dizia respeito ao futuro, Mista foi mais claro e concreto, uma expressão séria e honesta.
• “Eu só quero o melhor para [Nome], e quero que ela seja feliz ao meu lado, por isso eu quero que o senhor confie em mim. Não há nada que eu não faria por ela” ele disse, sabendo que deveria ter sido menos direto, mas mesmo assim dizendo do fundo do coração. Era a realidade, ele tomaria um tiro por você se preciso fosse. Aquilo não amaciou seu pai, porém fez com que o respeito por Mista crescesse um pouco mais. Já não achava ele tão esquisito agora, sabendo que ele realmente te respeitava e te amava de verdade.
• Durante todo o jantar, você percebeu como de uma forma seu pai, sempre tão rígido, gostara de Mista mesmo que um pouquinho só. Ele era tão protetor, insistiu em conhecer Mista para saber se sua filha estava em boas mãos e agora parecia completamente envolvido nos assuntos de mesa de jantar de Mista.  Foi descontraído, não foi tão terrível como você achou em uma parcela de sua mente que seria. Ficou feliz por Mista agir como ele sempre agia, sendo sincero, honesto e engraçado mesmo quando não queria. Olhou orgulhosa pra ele enquanto seu pai distraído bebia vinho e murmurou um “Eu te amo”. 
• Mista teria se derretido na mesa, mas manteve a compostura apesar das bochechas vermelhas. Ele sussurrou de volta “E eu amo você”, e seu pai perguntou o que ele tinha dito. Falou alto demais, e logo tentou se justificar da forma mais exagerada possível: “Eu disse que eu amo PATÊ!!! E Foie Gras, o senhor já provou?!” Seu pai não entendeu o contexto e como chegou naquele ponto de conversa, mas o que ele diria afinal? Mista era realmente esquisito… mas era um bom garoto. Ele não admitiria isso, claro.
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mariafetamina · 4 years ago
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Mais um dia de trabalho para o profeta diário, eu sou a própria home Office em pessoa. Estava quase no final da matéria quando recebo um chamado da Diretora do jornal. Você sabe que você fez algo de errado quando a própria diretora quer falar com você.
No final descobri que não era nada demais, ela só gostaria que eu acompanhace de perto uma caso reaberto no ministério, na verdade, eu sei muito bem o que ela gostaria que eu fizesse e isso inclui tentar tirar o máximo de informações que eu conseguir. Bem, pelo o que eu sei é sobre um antigo caso, quando digo antigo, quero dizer que ocorreu a quatro anos, na época da guerra que envolveu a grande batalha de hogwarts, pelo menos é como as pessoas a chamam. É incrível que o ministério queira trazer tudo isso à tona, visto que eles tentam o máximo fazer com que as suas próprias falhas e a sua falta de eficiência não sejam mais expostas do que seria possível não ser. Enfim, amanhã irei conferir isso de perto e ver o que posso fazer, mas será o julgamento de mais algum ex-comesal da morte?
Acordei bem cedo e pus-me a iniciar o dia com um café da manhã bem reforçado, as minhas roupas já estavam escolhidas, peguei um dos meus melhores looks. Entrei no ministério com a ajuda da minha colega Katie, ela trabalha como secretária e adora receber um presentinhos exclusivos que recebemos de teste na coluna "Beauty witch". Ontem à noite, antes de ir para cama, fiz questão de revisar tudo que sei sobre a batalha de hogwarts e sobre você-sabe-quem, quero dizer Voldemort. Parece que a coisa vai esquentar hoje, e eu mau posso esperar para escrever sobre, estava observando tudo do jeito mais detalhista possível, preciso pegar casa situação e informação para uma matéria excepcional. Parei os meus olhos em um cara de cabelos loiros caídos em seu rosto, ele não parecia muito feliz de está aqui, mas afinal qual deles estava. Caraca, acho que realmente gamei nele, não consigo desviar o olhar, é como uma Veela. Ele levantou o olhar e começou a me observar, como eu estava fazendo com ele, mas de um jeito confuso. Virei o rosto porque estava meio envergonhada de ter sido pega no ato, mesmo assim tentava o máximo revisar entre olhar pra ele e tentar pegar mais informações. Até que todos entraram na sala de julgando e eu os segui. Sentei-me na parte do público enquanto estava me organizando percebi o belo loiro indo em direção a parte de acusados e testemunhas o que me deixou meio confusa, mas ok. O julgamento comecou e eu precisei ficar a minha atenção em outra coisa.
No final o carinha gato loiro era um ex-comesal da morte e o nome dele é Draco malfoy, pelo o que eu li e entendi durante o julgamento do Gordon Gostein, praticamente a família toda dele eram seguidores. Assim que o julgamento foi concluído e sentença foi dada, me retirei do recinto para tentar conversar com as pessoas e tirar o que elas achavam da situação toda, parece que muito deles ficaram felizes, é óbvio!
Estava ajustando as minhas coisas enquanto andava em direção ao elevador, quanto trombei no Draco. Sorri para ele e ele retribui com uma coisa que acho ser um sorriso, só que meio carregado de tristeza e outras coisas. Estremeci. Minhas mãos suaram tanto que quase deixei minha bolsa escorregar no chão, sorte que ele me ajudou, o que foi de tamanha importância, nossas mãos acabaram por se tocar e percebi o quanto as suas são delicadas, me senti mal por ser tão desleixada. Eu tenho que parar, ele é um comesal da morte, ex-comesal, mas mesmo assim.
– Me desculpa, eu sou uma desastrada! Que vergonha.
– Não precisa se desculpar, essas coisas acontecem.
–Obrigado por ter me ajudado, sério!
– Foi um prazer.
A descida foi bem estranha, algumas pessoas entraram e outras saíram, mas ficamos juntos até o último andar. Peguei o meu celular, você se surpreenderia em saber o quanto os muggles são criativos, essas coisinhas salvam vidas. Peguei o meu fone é coloquei em meu ouvido, ele ficou me olhando de um jeito estranho, acho que ele nunca tinha visto na vida, mas enfim. Chegamos ao terreno e fui em direção à saída. Decidi andar até um restaurante próximo, pois a minha barriga estava suplicando por comida. Londres está tão estranha ultimamente, quero dizer, olha o sol, tão radiante e tudo tão verão. Como eu amo essa cidade, eu estou gostando tanto de trabalhar e morar aqui. Claro que sinto saudades do Brasil, é o meu país, mas parece que aqui é a minha casa. Abri a porta do local e adentrei, peguei a cadeira do fundo, pois não gosto que as pessoas me vejam almoçando por aquela enorme vidraçaria. Enquanto esperava a comida dei uns retoques no meu caderno de anotações, adicionando notas importantes que acabei por esquecer de pôr.
Terminei toda a minha matéria ontem e logo enviei, na manhã do dia seguinte já tinha recebido um feedback da Madeline Morphes, ela é diretora desde que entrei para o Profeta Diário, parece que a antiga, uma tal de Rita Skeeter era muito sensacionalista e irritou umas pessoas do alto escalão do jornal. Ao chegar em casa, fiz questão de fazer uma varredura sobre a família Malfoy, até contatei para uma colega que conheci recentemente, o nome dela é Hermione, nos conhecemos na Floreios & Borrões, ela estava a procura do mesmo livro que eu, depois disso mantemos contato e até um clube do livro.
– Alô, Hermione ?
– Oi, Oie. RONALD, FIQUE QUEITO, ESTOU TENTANDO RESPONDER O TELEFONE AQUI. Desculpe-me, ele está me tirando do sério hoje.
– Hehe...Tudo bem, tenho uma perguntas para fazer, será que você poderia aparatar aqui em casa ?
– Ok. Daqui a pouco estou aí. Estou curiosa para saber sobre o que é, será que você poderia de adiantar?
–Não, Não. Venha aqui logooo!
–Ok! OK!
Fiquei esperando ela, estava apreensiva, odeio ter esses ataques de ansiedade. Eu não estudei em hogwarts, portanto desconheço de quase tudo deles. Amo minha antiga escola, Castelobruxo, mas nada, me tira a vontade de ter estudado em hogwarts. É tão bela...o castelo parece ser encantador, é uma pena ter essas histórias toda envolvendo uma instituição tão importante, felizmente esses tempos se foram.
Quando Hermione chegou, deixei o assunto de lado por um tempo, sei que ainda dói falar sobre isso, ela fica um pouco abalada, mas adora falar dos tempos antes, como ela conheceu os meninos e como eles fizeram várias coisas proibidas.
– Será que você pode dizer logo o que você quer perguntar ?
– Você por acaso sabe alguma coisa da família Malfoy ?
A boca dela caiu, formando um perfeito O.
– Mas...porque você quer saber sobre eles? Alguma matéria nova?
Fiquei na dúvida se mentia ou não. Hehe... então, pela reação dela sobre o assunto preferi desenvolver uma pequena mentira, pois seria mais fácil que aguentar uma coisa que não parecia boa.
– É para uma matéria, sim. Eu não faço ideia quem são. Apenas sei que eles eram comensais da morte, nada além. Você sabe algo ? Pela sua reação sim, então me diga.
– Bem, não sei tanto assim. Quando era mais nova eu estudei com um deles...Draco, era o nome dele. Sinceramente, ele não era uma das melhores pessoas, sempre tentava nos importunar, eu e os meninos. Ele era um verdadeiro Bullyer. Ficava me chamando de... Me chamando de sangue ruim.
Eu estava perdida, parece que a Hermione ainda guarda algumas mágoas, é claro. Algumas lágrimas começaram a deslizar sobre o seu rosto. Não dá pra acreditar que aquele cara que eu achei fofo e meio tímido tenha feito isso, para você ver como as aparências enganam. Abracei ela por um tempo.
–Está tudo bem. Aposto que você não é nada do que ele dizia. Sangue ruim é ele, por se portar deste jeito. Você é incrível. Eu queria ter tido a sorte de ter uma amiga como você na minha época da escola, talvez eu teria sido muito mais feliz.
Nos abraçamos por um longo tempo e depois ficamos assistindo filmes muggles. Adoro aquele "Legalmente loira" a Reese interpretou muito bem o papel e nos duas concordamos que é ridículo julgar uma mulher pela coloração de seu cabelo, e que ela realmente se tornou alguém realizada. Acabamos por adormecer no sófa, percebi que valeu a pena cada centavo que gastei nele, parece que dormi nas núvens e a Hermione concorda comigo. Preparei um café da manhã cheio de pães, bolo e suco natural, nada daquelas coisas feitas em máquinas pelos não mágicos. Me orgulho de saber tanto sobre a cultura deles, afinal, é fascinante. A minha prima é mestiça, então aprendi muitas coisas sobre o mundo. E meus pais sempre foram de boa com isso.
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tatabitat · 5 years ago
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Ok, ok, ok. Não tem mais como procrastinar (tem sim, mas não irei).
Acabei de botar um alarme para tocar daqui a 30min, e espero terminar o post até lá. (edit: são 12:26 agora e mudei o alarme para 13:30 kkkkkk)
Bom, gente. Como eu disse no meu instagram semana passada, segunda-feira dia 04 as minhas aulas no cursinho começaram. Eu havia dito que faria um post sobre a experiência da minha primeira semana e tal, só que obviamente acabei não fazendo, então agora estou aqui para isso.
Honestamente, estou até feliz, em parte, por ter deixado para fazer depois, porque essa segunda semana está sendo bem diferente da anterior.
Mas vamos lá. Antes de começar a falar dessas duas semanas, preciso fazer uma contextualização que começa lá no Ensino Médio.
(edit, de novo: como eu falo demais, acabei fazendo uma contextualização enorme, que pareceu um post à parte, então apaguei e fiz outra muito mais sintetizada 🤪)
Contextualização: 
eu quero cursar Medicina;
me formei na escola em 2017;
2017 foi o ano em que a minha mãe começou a se aprofundar sobre TDAH, consequentemente me introduzindo ao assunto (por mais que eu o rejeitasse na época);
em 2018 eu entrei no Cursinho Pré-Vestibular;
eu não consegui acompanhar o ritmo do cursinho, que era ainda mais rápido que o da escola, me levando à uma crise que me fez ceder e ir à uma psiquiatra;
em 2018, comecei a me medicar: tomo o Venvanse de 30mg, desde então;
saí do cursinho por volta de Junho de 2018 e passei a estudar em casa através de videoaulas (que foi o que eu fiz no Ensino Médio). 
O remédio fez uma diferença brutal na minha vida e eu percebi que nunca havia conseguido estudar de verdade — vulgo, com qualidade — antes disso. 
terminei o 2º semestre de 2018 hiperfocada, estudando da manhã até de madrugada (o que foi zero saudável), mas, principalmente, aprendi muito sobre as minhas necessidades e quais táticas funcionam para mim;
em 2019, resolvi cursar Microbiologia e Imunologia na UFRJ, pois, em meio à tantas crises, resolvi dar uma chance a outro curso além de Medicina. A grade do curso me interessava muito, mas não o suficiente para seguir até o fim. Entendi que queria Medicina mesmo, então voltei à estaca zero;
Com essas duas informações muito resumidas — de estudar em casa medicada e ter ido à faculdade — , quis dizer que essas experiências contribuíram DEMAIS para o meu crescimento geral, e foi esse amadurecimento que me deu a confiança/segurança de voltar para o cursinho.
Aqui estão alguns dos erros que eu cometia:
eu me depreciava demais por ter um processamento mais lento com certas coisas, principalmente exatas;
priorizava e hiperfocava nas tarefas erradas;
perdia muito tempo tentando fazer um caderno perfeito, com anotações e esquemas perfeitos;
perdia muito tempo BUSCANDO o material perfeito e como separá-lo;
estudava apenas fazendo resumos, sem treinar com exercícios (porque tinha medo de errar);
eu só ‘’conseguia’’ estudar seguindo uma linha reta. Eu me convencia de que não dava para estudar um assunto x se eu não estudasse a matéria y, antes, mesmo que fossem coisas não interligadas, por exemplo. Dessa forma, eu nunca avançava;
me obrigava a continuar estudando, por mais que não estivesse mais rendendo (exaustão física e emocional/já não assimilava mais nada);
abri mão de muitas coisas de uma forma muito extrema e nada saudável, o que me levou a problemas reais de estresse;
não dormia direito;
não sabia a hora de parar;
nada era suficiente: a cobrança era interminável;
mas, principalmente, tentava, de forma cruel, funcionar como uma pessoa neurotípica, rejeitando a ideia de que meus limites e deficiências eram reais. Eu queria alcançar o ‘’normal’’.
Dito isso, por mais que a primeira semana de aula tenha sido de adaptação (ou seja, algumas tentativas e erros para criar uma rotina), ela foi majoritariamente positiva, pois pude ver de forma evidente tanto a minha mudança de postura em muitos aspectos quanto, também, como preservo bem sutilmente alguns dos maus hábitos listados acima.
Observações Gerais
escolhi fazer o curso de manhã (07h-12h30) — diferentemente da última vez, em que fazia das 15:30 às 20:30 — principalmente por conta da duração do remédio (na bula, diz que são 12h-14h, mas, na prática, para mim, acaba sendo 10h). E, também, estudar de tarde implica em ter uma ‘’vida’’ na parte da manhã (estudos e atividades), o que é zero funcional para mim, então é bom sair do curso às 12:30 e ainda ter o resto do dia;
por conta da duração do remédio, o horário limite de estudo pós-aula que me dei é às 16h, no máx 17h30, caso esteja rendendo (o que é difícil, pois fico muito cansada). Ou seja, estou reconhecendo meus limites, ao invés de me forçar a excedê-los;
Após esse horário, é o tempo que eu tenho para minhas atividades extracurriculares, isso é, terapia, pole dance, alongamento, qualquer tipo de lazer/relaxamento. Ter um tempo para cuidar de si é extremamente fundamental para manter a vida equilibrada. Não tem como abrir mão disso!
o meu cursinho oferece um plano de estudos que é gerado automaticamente pelo aplicativo, de acordo com o curso e faculdade que deseja-se fazer. É ótimo, pois eles montam uma grade com base nas prioridades de cada objetivo, de forma bem explicadinha, indicando quais exercícios fazer e como estudar. Antes, eu ficava perdida pois não sabia o que estudar nem como, mas, agora, sei no que focar e o que priorizar: basta seguir o planejamento! :)
descobri recentemente que eles têm uma sala de estudos, e é lá que pretendo ficar até às 16h, pois me distraio muito em casa e não é sempre que consigo ou posso estudar em cafeterias;
eles também têm monitoria, mas ainda não me organizei direito para ir (com certeza é autossabotagem);
são duas matérias por dia, a primeira sendo das 07h às 09h30, com intervalo de meia hora para lanche, e a segunda das 10h às 12:30. Os professores costumam dar um intervalo de 10min quando dá 08:10 e 11:10, respectivamente.
estou procrastinando organizar o meu lanche e o meu almoço, e esse é um dos motivos de eu não ter ido pra monitoria ainda (ela so começa às 13:30, e eu fico com tanta fome sem almoço que vou pra casa comer kkkkk).
↳ Semana 1 (04 fev - 08 fev):
O ritmo de cursinho é puxado. São 3 anos de Ensino Médio em menos de 1, então as aulas são muito densas e rápidas. Sei que, se não estivesse tomando o Venvanse, não conseguiria acompanhar, pois foi exatamente o que aconteceu da última vez. É bizarro estar numa sala de aula de novo e sentir que não estou apenas ali existindo, mas realmente ASSIMILANDO e compreendendo a maioria das coisas dadas. É claro que ainda preciso de um tempo para processar umas coisas pontuais, afinal, o remédio não é mágico, mas, com certeza, não é a mesma coisa que antes (em que, no momento em que eu não compreendia algo, empacada e, quando via, a aula já tinha avançado demais e eu estava a quilômetros de distância atrás). 
Para me ajudar a acompanhar as aulas que considero mais puxadas (ex: matemática e física), em que as explicações do professor costumam não ser tão claras para mim, deixo a apostila aberta do lado para ler as definições, além de que, como tenho dificuldade em focar em leituras, é um dos únicos momentos que eu tenho certeza de que vou conseguir ler.
A minha inquietação em sala continua (ficar balançando a perna, batendo o pé, mexendo as mãos, rabiscando ponta de folha etc.), então aproveito os intervalos para dar uma esticada. Ficar sentada por duas horas e meia me deixa doida (principalmente se a matéria for chata).
Cometi uns vacilos antigos, tipo me preocupar demais com um caderno bonito; deixar para fazer anotações mais aprofundadas em casa, que acabam sendo cópias de tudo o que tá escrito na apostila (isso me faz perder um tempo enorme; preciso muito aprender a sintetizar as coisas/ser objetiva); estudar/fazer exercícios quando meu cérebro já tá pifado (o que é zero produtivo, já que eu raciocino tudo errado ou faço tipo, 3 exercícios em uma hora); dormir tarde e, consequentemente pouco. Não é nada legal dormir 5, 4 horas por noite, acordar e tomar um NEUROESTIMULANTE. Eventualmente, é claro que o corpo vai quebrar — e foi exatamente isso que aconteceu na semana seguinte.
↳ Semana 2 (11 fev - 15 fev):
Já estou um pouco cansada de escrever esse post, até porque era para eu ter terminado às 13:30, e são 15:23 agora. :) Então vou logo dizer que a segunda semana foi basicamente o oposto da primeira.
Por dormir mal, acabei acumulando muito cansaço e estresse. A produtividade que eu tinha que ter, não tive: matéria e exercícios acumulados. E isso não impacta somente os meus estudos: fico sem disposição até para fazer meu almoço e arrumar a minha cama na hora de dormir. Ontem, por exemplo, fui para o pole dance e a professora me mandou pra casa; estava tão cansada que passei mal só por me alongar.
Já hoje, das 08h às 13h30, eu tive um simulado ENEM no curso para o qual não fui, já que literalmente precisava dormir. 
Ciente de todas as minhas faltas e pendências, minha ansiedade está quietinha abraçando meu cérebro, mas, felizmente, por saber exatamente onde eu errei, sei o que preciso fazer para voltar pra linha.
Em conclusão, uhuuul por finalmente terminar esse post!
A cobrança tava me comendo viva. Se eu não escrevesse hoje, nunca escreveria. Só não sei se foram informações inúteis demais; dei vários ‘’detalhes’’ para ver se vocês se identificavam ou se interessavam por algumas das minhas estratégias. Espero que tenha sido uma leitura ok. 🤧
Qualquer coisa, falem comigo por aqui ou pelo instagram!
Lembrando que estou vendendo o meu Planner Completo para TDAH. Caso você ainda esteja procurando um planner para esse ano, aproveita e clica nesse link que já vem com desconto! 🤠
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theloonamoon · 6 years ago
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Escrevendo Antagonistas Parte I
[...]
Entendendo seu antagonista
Tenho recebido muitas perguntas sobre como tornar um antagonista realista / relacionável sem desculpar seu mau comportamento. Muitas das perguntas têm medo de que contar a história do antagonista seja uma maneira ruim de dar ao vilão uma "aprovação" por todas as coisas terríveis que eles fizeram. Eu já postei sobre antagonistas e como você deve se concentrar em torná-los tão reais quanto o seu protagonista, o que explica que você precisa desenvolver a história deles como faria com qualquer outro personagem. Aqui estão algumas dicas que devem ajudar:
Se você tiver problemas para desenvolver seu antagonista, tente pensar na história do ponto de vista deles.
Na maioria das vezes, fazer o seu antagonista mal sem motivo não faz qualquer sentido. Geralmente, há um motivo, mesmo que não esteja 100% exposto aos seus leitores. Todos na sua história devem ter um motivo, assim como na vida real. Seu antagonista acha que ele é o personagem principal. Seu antagonista acha que ele está fazendo a coisa certa. Muito raramente os vilões, sem motivos, trabalham ou se sentem realistas (sei que sim, mas é muito difícil de conseguir). Na mente do seu antagonista, seu personagem principal está impedindo-os de realizar seus objetivos.
Discutir a infância ruim de seu antagonista não é o mesmo que tentar dar a ele uma "aprovação" por seus maus caminhos.
Você só precisa encontrar uma maneira de entrelaçar sua história sem se sentir forçada. Se você disser "Ele foi maltratado quando criança e é por isso que ele trata as outras pessoas tão mal", sua história vai parecer plana. Encontrar uma maneira de mostrar essa informação em vez de contar é muito importante. Você não precisa dizer por que o antagonista é tão ruim, mas deve ajudar os leitores a tirarem suas próprias conclusões. Por exemplo, talvez seu antagonista fique furioso quando alguém menciona algo sobre seu pai. Os leitores poderão inferir que houve algum tipo de problema entre o antagonista e seu pai e podemos começar a entender a origem de sua raiva.
Como mencionei antes, desenvolver um passado realista para o seu antagonista é o mesmo que desenvolver qualquer outro personagem.
Seu personagem principal tem que ter falhas e suas falhas precisam vir de algum lugar. Eu sugeriria fazer algumas pesquisas sobre assassinos em série da vida real e ver de que lugares eles vieram. Às vezes, é impossível dizer por que as pessoas estalaram, mas geralmente há algumas pistas ou algumas que se acumulam no passado dessa pessoa. Você receberá ideias para seu próprio antagonista.
Para parecer que você não está dispensando o que seu antagonista fez, é preciso lembrar o público sobre o livre-arbítrio.
Se o seu antagonista tem um passado que parece que ele foi levado a praticar atos malignos, é preciso que haja ações que o seu antagonista tenha feito ao tomar suas próprias decisões. Seus leitores precisam de uma maneira de entender que seu antagonista é capaz de fazer suas próprias escolhas e também pode parar o que ele ou ela está fazendo. Ter um antagonista simpático não é uma coisa ruim, mas você precisa ter certeza de que seus leitores se relacionam mais com seu protagonista. Seus leitores geralmente devem querer que seu protagonista saia por cima.
Por que os personagens ruins não são sempre ruins
Esta é uma continuação do meu post Por que os bons personagens nem sempre são bons, mas desta vez vou me concentrar mais em antagonistas do que em protagonistas. Eu anteriormente falei sobre as diferenças entre escrever um personagem forte (bem escrito, desenvolvido, interessante) e escrever um personagem moralmente forte. Desta vez, vou falar sobre escrever um forte antagonista que também pode ter fortes morais. É importante lembrar que seu antagonista nem sempre estará errado; eles são apenas alguém que se opõe ao seu protagonista.
Seu antagonista nem sempre fará a coisa errada
Assim como seu protagonista nem sempre fará a coisa certa, seu antagonista nem sempre está tentando destruir o mundo. Na verdade, o seu antagonista pode realmente fazer a coisa certa de vez em quando e eles podem ser o único com todas as idéias certas. Eles podem decidir salvar seu protagonista, mesmo que eles não necessariamente concordem com o que estão fazendo. Eles podem até mesmo ficar do lado de seus protagonistas em alguns problemas. O antagonista nem sempre tem que sair para destruir completamente o seu protagonista, então tenha isso em mente. Tire um tempo para descobrir suas motivações e como elas se encaixam na sua história.
Bom x Bom é uma maneira interessante de pensar em personagens
Se você quiser escrever uma história interessante, pense no conflito de seu personagem como bom vs. bom. Seu protagonista acha que eles estão fazendo a coisa certa, mas também o seu antagonista na maioria dos casos. Eu sei que houve casos em que o antagonista é apenas uma pessoa horrível, mas na maioria das vezes eles pensam que o que estão fazendo é necessário. Se encontrarmos razões para ficar ao lado do seu protagonista e antagonista, sua história se tornará muito fascinante. Considere que ambos os personagens acreditam que estão certos.
Seu antagonista pode ter as melhores intenções em mente
O seu protagonista é apenas o protagonista, porque é o personagem que sua história está se concentrando. Eles são o personagem principal do seu romance e aquele que nos dizem para nos preocuparmos mais. No entanto, isso não significa que o seu protagonista esteja tomando todas as decisões corretas e o que elas dizem. Seu antagonista também pode ter as melhores intenções em mente. Algumas das melhores histórias são quando o protagonista percebe que pode não estar tomando as melhores decisões OU quando se vê no antagonista. Lembre-se, seu antagonista pode pensar que está fazendo a coisa certa e pode querer fazer algo de bom.
É possível que o seu antagonista se preocupe com o seu protagonista
Seu antagonista e protagonista não têm que se odiar. Como mencionei antes, seu protagonista não precisa ser o bom e seu antagonista não precisa ser o maligno. Eles apenas se opõem de alguma forma. Geralmente, o que eles querem, eles não podem ter, a menos que o outro falhe. Isso não significa que seu antagonista não pode se importar com o que acontece com o protagonista. As histórias tornam-se mais interessantes quando o protagonista e o antagonista têm um relacionamento que vai além de se odiarem.
Este post destina-se a ajudá-lo a mudar a forma como você olha antagonistas, por isso espero que você possa explorar isso em sua escrita. Antagonistas e protagonistas vêm em muitas formas e formas, por isso nem sempre pense que um tem que ser "bom" e um tem que ser "mal". Eu costumo pensar no personagem "errado" como aquele que não muda ou se desenvolve em toda a sua história, apesar das informações apresentadas a eles e das experiências pelas quais passam. Descubra o que funciona para o seu romance e o que ajuda a tornar o enredo mais interessante / excitante.
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blcndbeauty · 6 years ago
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                      𝗶’𝗺 𝗶𝗻 𝘁𝗵𝗲 𝗺𝗼𝗼𝗱 𝗳𝗼𝗿 𝗰𝗵𝗮𝗼𝘀 ┄ 𝗳𝗹𝗲𝘂𝗿’𝘀 𝗽𝗼𝘃
✧ · ˚ . flashback
Tudo aquilo havia começado há pouco mais de uma semana, uma fofoca de uma de suas colegas da equipe de torcida e a cólera tomou Fleur. A outra adolescente lhe disse que vira @blackdahlic junto de Tyler, que ambos pareciam bem à vontade a presença um do outro e alguns beijos teriam acontecido. É claro que não demorou muito para que a loira pedisse licença, se debulhasse em lágrimas sozinha no vestiário feminino e jurasse vingança à Dahlia. Naquela mesma tarde já começou arquitetar o que faria, precisava ser furtiva para que ninguém desconfiasse de si. Fora então que começou sua pequena investigação; a maneira mais fácil de se vingar seria descobrindo algo podre sobre Dahlia. 
Ser a estagiária assistente de sua tia, a jornalista Maise Rutherford, fazia com que a adolescente tivesse acesso livre ao seu computador e consequentemente a todos os arquivos do Las Vegas Review-Journal. Maise não havia motivos para desconfiar das intenções de Fleur quando a adolescente pediu para fazer uma pesquisa em seu computador, a desculpa era que se tratava de um trabalho escolar. Algumas pesquisas em vão, mas não demorou muito para descobrir o envolvimento da família Nox em negócios escusos como tráfico de drogas e armas. A família era citada como suspeita mas Fleur era filha de Genevieve Rutherford, sabia que um boato era capaz de ser tão destruidor como um fato. Ficara surpresa com a facilidade da informação que recebera e também pelo nível da informação.
Aquela havia sido uma decisão arriscada, catucar o crime organizado não era algo que Fleur faria de cabeça fria, mas, estava cega pelo ciúmes. Estava determinada a fazer Dahlia se sentir arrependida por ter mexido com o que era seu, e iria até as últimas consequências. Com as informações adquiridas, agora era só executar a parte mais fácil do plano: espalhar a notícia por toda Trinity. Logo o nome Nancy Smith apareceu em sua mente, a garota conhecida como a mais fofoqueira de toda Trinity. Não era a primeira vez que Fleur utilizava da “rádio corredor” para suas vinganças, mas era a primeira vez que iria expor algo tão intimo e perigoso. Já havia inventado boatos catastróficos; como quando na vez que ligou para a mãe de uma das conquistas de Tyler e fez a filha da mulher ser enviada para fora do estado. Tudo isso porque Fleur fingiu seu funcionária de uma clínica de planejamento familiar com resultados positivos para DST e gravidez.
A loira observou os passos de Nancy Smith e a seguiu até o banheiro, esperou a menina entrar em uma das cabines e colocou seu plano em prática. Levantou seu celular até seu campo de visão e aumentou seu volume para o máximo, respirou profundamente antes de começar. Aquela era uma das poucas vezes que tinha uma parceira, sua cunhada Katherine iria fazer parte de seu teatro maldoso. Foi até o contato de sua irmã por lei e a telefonou, dois toques depois a voz da mulher fora escutada por Fleur. A loira afastou o telefone de sua orelha e habilitou o viva-voz, pode notar que Nancy fazia o máximo para não emitir barulho e poder ouvir aquela conversa. ❝ ┄ Fleur, querida!❞ Katherine disse do outro lado da linha. ❝ ┄ Bom dia, tia Maisie. Como você está?❞ indagou a jovem com sua costumeira voz doce, seus olhos estavam fixados nos espelho encarando o reflexo da cabine em que se encontrava Nancy. ❝ ┄ Eu estou ótima, estou apenas preocupada com você. Acho que talvez a Trinity já não seja tão boa quanto antigamente...❞ a cunhada de Fleur fingia preocupação em sua voz. ❝ ┄ Não quero você no mesmo lugar que filhos de traficante!❞ continuou, dessa vez em um sussurro fingindo estar tentando ser discreta. ❝ ┄ Titia!❞ exclamou Fleur fingindo estar exasperada. ❝ ┄ Não fale isso em voz alta, se o tio Zion ouve pode contar para o meu pai. Não quero nem pensar no que ele faria caso descobrisse.❞ suspirou profundamente e notou uma inquietação nos pés de Nancy. ❝ ┄ Também não quero prejudicar Dahlia, ela não tem culpa de ser filha de quem é.❞ sua voz soava pesarosa, embora um pequeno sorriso repousasse em seus lábios. ❝ ┄ Eu sei, meu bem. Mas tráfico de drogas e de armas, provavelmente alguns homicídios... Os Nox são perigosos demais e essa menina Dahlia pode ser exatamente como eles.❞ Katherine teve de se segurar para não gargalhar no telefone, não podia imaginar o que Maisie diria se ficasse sabendo daquilo. Não era atoa que a maldosa Katherine era a nora favorita de Genevieve, elas tinham personalidades parecidas. ❝ ┄ Eu também acho que a família dela é perigosa, mas não tem o que nós possamos fazer. Se eu pudesse também não estudaria com a filha de uma traficante, eu sinto medo... Mas também não podemos crucificar a coitada.❞ a loira respondeu aproximando-se do espelho e ajeitando seu batom com os dedos de sua mão livre. ❝ ┄ É um assunto muito delicado, pensar que seus colegas não fazem ideia do risco que correm diariamente com a presença dessa menina.❞ a irmã por lei de Fleur suspirou profundamente e agora fora a vez de Fleur se segurar para não rir, achava a atuação de Katherine exagerada. ❝ ┄ Eu sei, mas não podemos falar sobre isso agora. Tenho que me trocar para o treino das líderes e alguém pode acabar escutando.❞ a última frase assustou Nancy e a curiosa garota bateu com a cabeça contra o mármore da cabine. O barulho fez com que Fleur franzisse o cenho curiosa pelo o que havia ocorrido e suspirasse antes decidir que já era o suficiente.  ❝ ┄ Preciso desligar, titia.❞ anunciou a adolescente fazendo com que Katherine entendesse que já haviam alcançado o objetivo. ❝ ┄ Tudo bem, meu amor. Também tenho que ir, tenho que escrever um artigo sobre umas vagabundas de Los Angeles. Beijos, te amo!❞ a mais velha interrompeu a ligação não dando chance de Fleur finalizar, a jovem afastou o telefone e sorriu balançando cabeça negativamente.
Rutherford guardou o celular na sua clássica mochila da Chanel e abriu o registro da torneira lavando as mãos. Não demorou muito para que o barulho da porta da cabine de Nancy sendo aberta fizesse a atenção de Fleur voltar-se para o espelho. A face de Nancy estava pálida, nunca havia sido capaz de descobrir uma fofoca daquelas e estava amedrontada. A loira das íris claras arregalou os olhos fingindo surpresa pela presença Nancy naquele banheiro, a outra engoliu seco ao ver a reação da líder de torcida. ❝ ┄ Nancy... E-eu não fazia ideia de que você estava aí.❞ pronunciou a frase de forma rápida, fingindo nervosismo. ❝ ┄ Qualquer coisa que você ouviu aqui, não pode contar a ninguém! É caso de vida ou morte!❞ sua face parecia espantada, Nancy assentiu rapidamente. ❝ ┄ Eu não escutei muito... Não vou contar a ninguém.❞ a adolescente respondeu com um tom de voz inseguro.  ❝ ┄ Você promete?❞ Fleur indagou arqueando uma das sobrancelhas e finalmente virando-se na direção da jovem para a olhar nos olhos. ❝ ┄ Eu prometo!❞  Nancy disse último antes de desviar o olhar para o chão e aproximar-se da pia. Fleur sabia que aquela promessa era vazia, Nancy não era capaz de segurar sua língua. Não sentiu medo de ser descoberta como fonte, afinal se havia algo que Nancy gostava era de ter a confiança das suas fontes de informação. A loira saiu do banheiro após um longo suspiro e seguiu com seu dia, sabia que estava feito.
E antes do final das aulas os sussurros e mensagens em grupos de chat já estavam a todo vapor. Olhares assustados e o medo estava espalhado por Trinity, aqueles jovens privilegiados sentiam o medo correr por suas veias ao pensar na periculosidade que Dahlia podia oferecer. Telefonemas de pais assustados foram feitos para a direção da Trinity e as secretárias sequer sabiam se as afirmações dos responsáveis procediam, estavam tão surpresas quanto eles. Ninguém imaginaria que a angelical Fleur havia criado todo aquele caos. Fleur não conseguia segurar o sorriso que insistia tomar seus lábios, a vingança a fazia se sentir bem. Nothing's ever perfect in paradise.
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bellaciaobitch · 6 years ago
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E se Raquel conhece o Sérgio de outra maneira? E se não existisse o plano? E o que ela pensaria dele depois de conhecê-lo? Vc escreve incrivelmente bem!😍
ok, since she asked in portuguese, I wrote it in portuguese too. God, that was so hard, I feel like I spent years trying to finish it. I really love my mother language but it’s so difficult for me to express my ideas in portuguese and avoid cliché… but anyway, espero que goste ;)
conselho de classe
Quase não havia vagas no estacionamento da escola de ensino fundamental de Paula e Raquel sinceramente não soube entender o porque. Era um sábado. Crianças não estudam aos sábados, logo, seus pais não precisam estacionar seus grandes e estúpidos carros para buscar ninguém. Parecia que o universo estava conspirando contra ela justo no dia em que estava mais atrasada para o trabalho - mais um cansativo plantão para resolver o caso do sequestro de embarcações no porto de Madri -  e seu humor também não estava dos melhores, por conta da falta de sono.
Ao finalmente encontrar um mínimo espacinho para parar seu carro, Raquel saiu do estacionamento xingando baixinho por conta de um grande arranhão na lataria, causado pela baliza feita às pressas. Abarrotada de pastas com documentos que levaria para o trabalho mais tarde e com um café latte grande na mão, ela empurrou a porta principal com o corpo porque o ombro sustentava o celular em seu ouvido.
“Não importa se eu já estou aí ou não, Suarez, eu preciso desses arquivos para já” ela disse firme, andando rápido enquanto tomava um gole do café. Com tanto trabalho a fazer mal reparou no caminho que seguia, virando em um corredor e depois no outro sem pensar muito. Quando percebeu, já estava perdida no meio do mini-labirinto infantil que era aquela escola. Não se lembrava qual era a sala do conselho de classe e amaldiçoou Alberto por insistir em colocar Paula em uma escola tão cheia de regalias.
“Droga…” pensou consigo parada em frente a um mapa colado em um dos quadros de aviso, perto dos armários. “Suarez, consiga os arquivos e me mande por e-mail, eu respondo assim que conseguir. Diga a todos que chegarei em 20 minutos” e desligou a ligação sem esperar a resposta do policial. Procurou novamente o e-mail com as informações da reunião no celular quanto engolia mais café, agradecendo pelo líquido quente que descia por sua garganta. Mas quando finalmente pensou ter se encontrado no meio de sua bagunça, acabou por fazer uma muito maior.
Em questão de segundos, suas pastas e papéis estavam no chão, o celular na mão voou para longe e metade do copo de café com leite havia derramado na blusa de um homem que ela havia esbarrado, ao sair destrambelhada em busca da sala.
“Meu deus! Me perdoa” ela disse mas ainda não olhava para ele, procurando o mínimo respingo de café em seus importantes documentos espalhados pelo chão.
“Não não, foi minha culpa, eu estava desatento!” o estranho disse e Raquel finalmente levantou a cabeça para olhá-lo. Tinha um sorriso desajeitado nos lábios e os cabelos propositalmente bagunçados, a barba escura alinhava seu rosto em harmonia com os óculos quadrados, que escondia um olhar bondoso.
“Acho que vou precisar de um banho agora” ele disse, tirando o paletó e tentando enxugar a grande mancha marrom que se formou em sua blusa azul clara e Raquel riu nervosamente de seu próprio desastre.
“Eu estava a caminho da reunião com o diretor agora e não vi você chegando…” Raquel abaixou para recolher os papéis e o celular e ele fez o mesmo, tentando ajudar.
“Você é Raquel Murillo então?”
“Sim…?” ela respondeu, incerta
“Prazer, Senhora Murillo. Sou Sergio Marquina. Professor de matemática e diretor do ensino fundamental”
Sergio estendeu a mão para Raquel com um sorriso encantador mas ela demorou para pegá-la, ainda mortificada com o que havia feito. Ela jogou café quente no diretor da escola de sua filha. O mesmo diretor que a chamou para uma reunião de urgência. Sem mencionar que ele parecia ser bem atraente aos olhos dela. Quando Raquel finalmente apertou a mão dele, sentiu as bochechas esquentarem escancarando a vermelhidão que denunciava a sua vergonha.
***
“Olha, eu realmente não sei como me desculpar, você agora vai ter que passar o resto do dia com essa camisa manchada“ Raquel falou, se sentando em uma das poltronas no escritório do diretor. O lugar era tão meticulosamente organizado e limpo que ela se sentiu completamente deslocada ali, com toda a sua vida bagunçada. Nas estantes ao seu lado havia livros diversos, mapas de várias partes do mundo e mini esculturas de origami que intrigaram o olhar dela. A sua frente, a mesa de madeira era adornada por papéis perfeitamente empilhados e um notebook alinhado à um porta-lápis, meticulosamente arrumado.
“Não tem o menor problema, juro! Eu tenho algo aqui que pode servir…” Sergio deu a volta e abriu um armário tipo locker verde atrás dela, de onde retirou um suéter marrom bem dobrado. Ele olhou do casaco e para Raquel algumas vezes, com a expressão indecisa.
“Quer que eu…?” ela disse, sinalizando para a porta
“Não! Não, onde estão os meus modos? Não expulsaria você da minha sala. É só que… o banheiro foi interditado hoje pela manhã e o mais próximo é dois andares abaixo, então…”
“AH!” Raquel disse, um pouco mais nervosa do que deveria “Não tem problema! Eu fecho os olhos, fico de costas, o que precisar.”
“Faria mesmo isso?”
“É o mínimo que posso fazer depois de derramar meio copo de café com leite em você” ela riu, nervosa, endireitando o corpo pra frente e notou que suas mãos suavam.
Um silêncio um pouco constrangedor caiu sobre a sala e Raquel disfarçadamente pegou o celular, fingindo digitar. Pelo reflexo da tela escura, ela pode ver que ele sorria de um jeito bobo, enquanto desabotoava lentamente a camisa suja de cima para baixo. Nunca pensou que fosse voltar a agir como uma adolescente com os hormônios a flor da pele no auge dos 40 anos mas, a cada pedaço de pele que era exposta no corpo de Sérgio. Raquel sentia algo gostoso fervilhar debaixo da saia. Ela ansiava por cada botão, encarando o peitoral dele e tentando não babar. Só desviou os olhos quando uma mensagem de Suarez no celular lhe deu um susto que a fez pular da cadeira. Quando olhou para cima novamente, o diretor já estava sentado à sua frente vestindo uma nova roupa.
“Desculpe” ela disse constrangida, desligando o aparelho “Trabalho…”
“Tudo bem, eu tentarei ser breve.” Sergio mudou de expressão de repente e passou a olhá-la de forma séria “Bom, serei direto. Sua filha, Paula, é uma aluna exemplar e um doce de criança. Mas me preocupo com sua segurança fora da escola.”
O coração de Raquel palpitou ao ouvir as palavras dele e ela franziu as sobrancelhas. “O que quer dizer?”
Sergio manteve-se em silêncio e retirou da gaveta da escrivaninha um diário de classe colorido, abrindo no dia 7 de abril, quinze dias antes da reunião. Haviam relatos da professora de Paula de “condutas indevidas” de Alberto, que mandava recados insistindo para que saíssem juntos. Outros depoimentos, eram sobre o pai querer buscar Paula na escola antes do horário mesmo depois de Raquel enfatizar que ela era a única que poderia buscar a filha.
“Raquel, sei que é um assunto complicado. Fiquei sabendo do mandado de restrição contra seu ex-marido” ele disse e Raquel evitou seu olhar. Ela estava muito puta e segurar as lágrimas de ódio na frente do diretor gato da filha não estava sendo nada fácil. Não podia acreditar no fato de que Alberto conseguiria persegui-la mesmo que indiretamente, assediando as professoras da filha para atingi-la. Raquel esfregou as têmporas, se perguntando o que tinha feito para merecer aquilo.
“Ele é mesmo um filho da puta, perdão pelo vocabulário” ela disse soltando o ar dos pulmões “Sinto muito pela professora, vou me certificar de que ele não fará novamente.”
“Desculpe-me, não pretendo me meter na sua vida, mas como pretende fazer isso? Porque se você tem uma medida protetiva é porque ele é perigoso. E se é perigoso para sua filha, porque não está na cadeia ainda?”
“Sim, se é isso que quer saber, ele batia em mim e eu não o denunciei por medo. Quando finalmente o fiz, perdi a briga na justiça.  Acho que as fofocas correm rápido mesmo.” Raquel sentiu os olhos se encherem de lágrimas “Me desculpe mas não há mais o que eu possa fazer a não ser ameaçá-lo com um processo”
“Deve haver algo que possamos fazer para ajudar!” o diretor disse
“Ajudar…” Raquel riu amargamente enxugando as lágrimas antes que borrasse a maquiagem “Quem vai me ajudar?”
“Eu vou” Sergio, num impulso desesperado para confortá-la, segurou a mão de Raquel sobre a mesa. Apenas o pequeno contato dos dedos fez a pele gelada de Raquel formigar e ela não pode deixar de olhar para baixo. Ele, por outro lado, a encarava intensamente, tentando transmitir segurança para aquela mulher tão frágil. Quando percebeu que ela havia prendido a respiração ele soltou sua mão, desconcertado.
“Desculpe eu…” ele disse “Eu só…tentei… “ Sergio coçou a nuca para disfarçar mas  quando finalmente encontrou os olhos cansados de Raquel, sentiu a vergonha indo embora.
“Muito obrigada por se oferecer, diretor.” ela disse com sorriso triste, abrindo seu coração para ele. “Não vou me esquecer disso.”
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jonazkahnwald · 7 years ago
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conselhos para pessoas que também foram diagnosticadas com tdah <3
desabafo de uma pessoa com tdah para outras euheuheu. pfv se vocês não concordam com algo que eu escrevi, não mandem hate. eu precisava tirar essas coisas do peito, e quem sabe isso não pode ajudar outras pessoas também? fechou? fechou. bjocas, ta tudo dps do read more.
se você achou daora, por favor!!!!! rebloga isso, porque pode acabar alcançando pessoas que também tenham e isso pode ajudar de alguma forma!!!!
ter tdah não é somente você não conseguir ficar sentado em uma cadeira por cinco segundos. existem pessoas assim, mas nós também temos momentos de agitação maior, momentos de concentração (ainda que não seja o tipo de concentração das pessoas neurotípicas), momentos em que nossa ansiedade fica tão grande que chega a paralisar e momentos em que estamos bem.
você pode vir a ter a “síndrome do impostor”, e seu cérebro pode te falar que você está fingindo/atuando e que o diagnóstico tá errado porque você não sente as coisas que se espera de uma pessoa com tdah. às vezes você pode sentir que o que você está sentindo não é verdade, tudo é coisa da sua cabeça e você tá mentindo (ou algo assim). isso não é real. você não deixa de ter tdah porque você consegue ficar de boa e se concentrar às vezes. seus sentimentos e experiências são válidos, você não é um “impostor”. eu sempre me martirizo por isso, então se você também sente, tamo junto suhduhs.
às vezes você vai ficar ansioso e tentar fazer trinta coisas ao mesmo tempo. dez abas abertas no navegador, spotify tocando, tentando escrever/fazer replies, rede social e photoshop aberto. tudo ao mesmo tempo. você pode sentir que você não tá dando conta de nada, seu cérebro vai ficar sobrecarregado e sua ansiedade pode crescer.
PARE! se afaste do computador por alguns segundos, vá beber água e tente prestar atenção nos sons ambiente. preste atenção nas vozes das pessoas ao seu redor, nos pássaros cantando, no ventilador ligado, ou o que esteja ao seu redor. enquanto você faz isso, feche os olhos, e foque no que você ouve.
MEDITE!!!! respire fundo, encha seu pulmão de ar devagar, e solte devagar. vai ser difícil, você vai querer respirar duas vezes e ir embora. são nossos instintos falando mais alto e querendo nos colocar em movimento, resista. segure o ar até se sentir bem, e solte aos poucos. faça isso por uns cinco minutos, ou o tempo que você achar necessário para sua mente se acalmar.
vão ter vezes em que você vai não vai conseguir se concentrar em nada. você vai começar a estudar/escrever, ai você levanta e vai começar a lavar os pratos, mas você para no meio e vai no banheiro, aí você resolve tomar banho. e você não termina de lavar os pratos, de estudar/escrever, e termina nem lavando o cabelo porque ficou com preguiça. você vai precisar ser FIRME consigo mesmo, e perceber os momentos em que fizer isso. eu sei que não é fácil, mas você precisa dizer pra si mesmo “eu consigo”, vai lá e termina. FEITO É MELHOR QUE PERFEITO!!!!
às vezes você vai ficar obcecado com alguma coisa. exemplo: você entra no tumblr, fica na dash, entra em trinta blogs diferentes, mas não consegue realmente absorver nada. você não está lendo de verdade, no máximo vendo figuras e passando por vários posts. e você não consegue parar de fazer aquilo, é mais forte que você, você fica passando os vídeos ou posts rápido e as pessoas ao seu redor não entendem como você faz isso. eu entendo de verdade uehuehueh. por isso, eu repito: SE VIGIE! você vai ter que reconhecer quando esses momentos estão vindo, e dar seu máximo para fechar o aplicativo e fazer outra coisa. 
vão haver momentos em que você está muito empolgado, nervoso, ou sua mente está pensando em várias coisas ao mesmo tempo. são várias ideias abstratas, informações, dados, pensamentos, e você não consegue lidar com tanta coisa ao mesmo tempo. você quer falar tudo de uma vez, mas não consegue organizar os pensamentos. e aí você começa a gaguejar, trava na hora de falar, ou fala muito rápido por isso as palavras grudam umas nas outras e ninguém entende nada. isso é super real, e dói porque as pessoas não entendem o que você fala e às vezes você pode ficar chateado consigo mesmo.
não seja tão duro com você mesmo. assim como você entende os outros e é gentil, seja gentil consigo mesmo. respire fundo e tente organizar o que você quer falar em tópicos na sua cabeça. você não tem pressa, as pessoas estão te ouvindo, elas querem te escutar. fale devagar, ouça as palavras saírem da sua boca, preste atenção na sua própria voz. formular as frases na sua cabeça ajuda.
às vezes você pode ficar agitado sem motivo aparente, e você acaba descontando nos outros. preste atenção, porque você pode estar agitado e estressado por não conseguir se concentrar, ou não conseguir terminar uma coisa que você começou. sempre tem um motivo, não tenha medo de prestar atenção no que sente e tentar descobrir o motivo.
vão haver momentos em que você não vai se concentrar de jeito nenhum, não importa quanto você tente. você está ouvindo o que a pessoa está dizendo, e isso faz você ter várias ideias que viram um efeito dominó na sua cabeça, e fodeu. sua atenção foi embora e quando você percebe, já tá em júpiter. ou pode ser quando você tá lendo, tentando escrever, vendo filme, ou outras situações. meu conselho é: quando você perceber que isso acontece, anote o horário, o que você estava fazendo e o que você pensou na hora. no fim do dia, pare e veja quais foram suas distrações e o período de tempo em que elas aconteceram. eu sou totalmente control freak, então isso ajuda a amenizar minha ansiedade e ter uma ideia de quando os momentos vão vir.
às vezes não vai ter jeito, e você vai ficar frustradíssimo porque você não consegue fazer coisas que pra outras pessoas são super normais. você pode ter vontade de chorar por isso, se sentir culpado, etc. seja gentil consigo mesmo, você é uma pessoa incrível e você consegue fazer muitas coisas maravilhosas.
somos pessoas extremamente boas em multitasking. pode ser que a gente não termine a maioria, mas pelo menos a gente tenta euhueheuh. use isso ao seu favor!!!!! isso não precisa ser uma coisa ruim.
NEM TODAS AS PESSOAS COM TDAH AMAM ATIVIDADE FÍSICA!!!! isso é mito. eu ODEIO malhar, fazer esportes e eu sou muito preguiçosa. eu também sou asmática, então isso colabora bastante pra me livrar de várias coisas euieehuehu. MASSSSS caminhar ajuda mesmo, galera. não tô falando pra você dar uma de usain bolt e ir correndo por 100km. eu tô falando pra você ir andando a lugares em que você poderia ir de carro/ônibus.
adapte o exercício à sua rotina!!!!! eu moro a 15min da minha faculdade andando, e eu tô sem dinheiro. dinheiro pra mim é uma prioridade, então eu resolvi economizar dinheiro indo e voltando da faculdade. eu vou devagar, no meu ritmo, e às vezes eu exijo mais de mim mesma e apresso o passo. eu controlo meu padrão respiratório porque isso melhora minha capacidade pulmonar, e em consequência, a asma. em seis meses de exercício regular (não por escolha própria, mas prioridades kkkkkkk), eu consigo subir uma ladeira sem ficar morrendo, e eu emagreci real uehuehueh.
como isso se liga com tdah? simples. eu tenho muita energia e eu preciso direcionar ela pra algum lugar. enquanto uma pessoa sem tdah se cansa pra caralho fazendo uma coisa X, eu to de boa e ainda consigo fazer X, Y e Z. só que tem todos aqueles problemas que a gente já sabe e ter tanta energia nem sempre bom (sente o eufemismo euheuheuhe). por isso eu gasto toda a energia em excesso que me atrapalha no exercício físico. eu continuo detestando esportes e se você me chamar pra correr uma maratona ou jogar tênis/vôlei, eu vou sair correndo.
nem todo mundo tem dinheiros pra ir em um psiquiatra porque são caros pra caralho kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. mas eu sugiro que você economize uma grana e vá quando puder, porque é importante. se você puder fazer terapia, é melhor ainda porque psicólogos são essenciais ajudando a gente a lidar com essas dificuldades que o tdah coloca no meio do caminho. eu sei que é foda se abrir com alguém que você não conhece, e ninguém tá te obrigando a ir, mas pense: qual é minha prioridade? isso deve ser sua saúde mental e você mesmo. então se isso vai te ajudar a ficar bem, seria bom. claro, quero ressaltar que é foda pagar essas coisas, e é privilégio sim ter acompanhamento. mas tente fazer seu orçamento e ver como isso pode se encaixar.
NÃO FIQUE DEPENDENTE DA RITALINA (ou outros remédios prescritos). é sério. eu fico muito neurada com tomar muita ritalina e ficar dependente disso pra fazer as coisas do meu dia. MEU MÉDICO me prescreveu, por isso eu tomo. é um remédio TARJA PRETA, e é perigoso tomar sem prescrição!!! NÃO TOME SEM ACONSELHAMENTO MÉDICO!!!!!!!! e não dependa da ritalina pra fazer alguma coisa. o grande lance é você se vigiar, se conhecer e conversar consigo mesmo quando sentir que alguma coisa tá errada.
se você tem tdah e quer desabafar sobre isso, pode me chamar no chat real pq eu sei como é foda você ter tdah e não conhecer ninguém que também tenha, e precisar de alguém que te entenda kkkkkkkkkkkk.
bjo fiquem na luz <3 saúde pra geral
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redemptor · 4 years ago
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Não.
Não é possível. Não, não.
No entanto, a feição crua de Melissa me diz que sim. Sim, eu estava sendo expulsa. O desconforto cresce pela garganta e preciso conter as lágrimas nos olhos, o ardor se faz presente. Haviam papéis sobre a mesa e poderia identificar as páginas há metros de distância e não haveria outra forma, era o trabalho árduo de nove meses. E ali estavam, jogados como se não fossem nada além de um plágio mau feito. Não conseguia compreender, era impossível. As transcrições do meu trabalho não foram copiadas de um exemplar milenar, aliás como eu, uma vendedora sem qualquer dinheiro que mal paga sua Internet, teria acesso a um título recém-descoberto? Não haveria como, mas é. Aparentemente, meu artigo fora plagiado de um autor desconhecido do século IX que nem sei como traduziria e estou sendo expulsa por expor a Universidade de Londres a vergonha. Fito minhas palmas trêmulas e pouso-as sob as pernas também inquietas, meu corpo reagia ao pior cenário que minha vida poderia encenar. Desempregada e sem um futuro. Nesse momento, lembro-me de ter sonhos ainda mais comedidos. Continuar respirando, talvez. Finalmente ergo o olhar para Melissa e o seus cabelos, devidamente presos em um coque, acompanhados da armação elegante me fazem tremer. Ela confiou em mim, acreditou em mim e agora... Melissa suspira, visivelmente cansada. Era uma mulher que beirava os sessenta, com uma carreira de renome e um coração surpreendentemente puro. Não era casada, tinha filhos e durante os fins de semana eu era babá deles. Melissa dizia que eu era um Anjo por suportá-los, até mesmo quando Kyle quebrou o braço sob meus cuidados. Devia tudo à ela e não poderia retribuir. 
      ─── Noa... sinto muito. ─ A diretora diz, como se minha desgraça fosse de sua responsabilidade. Encara-me, dispondo entre nós compaixão e empatia. Melissa sabia da minha história, mas não me via como uma criança destituída, sim como uma sobrevivente. ─ Não há nada que posso fazer, não com você mentindo para mim.
Não posso culpá-la. Com o exemplar como prova, minha alegação de inocência não poderia ser levada em consideração. Plágio é plágio, mesmo que Melissa, em seu interior, soubesse que nunca seria capaz de fazê-lo. O restante da conversa é difícil, especialmente nos momentos em que tento explicar para a diretora de que não, não estou a enganando e que não faço ideia de que como o trabalho da minha vida fora escrita séculos atrás. Por fim, Melissa assina minha carta de expulsão e sou acompanhada por Simmons até a saída do campus. No caminho, sinto-me nos piores e mais sombrios capítulos de uma tragédia, com a dor sufocando-me. Claire costumava ler para mim e mesmo que negue veemente, esse é o motivo por trás do ingresso ao curso de Literatura. E agora, o perdi como perdi mamãe, por algo que não posso explicar. Seguindo pelo Tâmisa a medida que a garoa se transforma em uma chuva brutal, não me custo a correr ou buscar por cobertura, caminho calmamente pelas ruelas de Londres. Vagueio pelos pensamentos. Vinte e cinco dólares e nada além disso. Minha poupança havia sido limpa no mês anterior para pagar as despesas da Universidade e com o último pagamento da livraria, me restava pouco para o jantar. Macarrão com queijo e um vinho barato, é o máximo que posso dar. Entro no mercado encharcada, com olhares presos a minha presença, poderia ser lida como uma mulher insana que fugira do hospital, mas não me demoro nesse pensamento. O corredor de vinhos é mais atraente do que os comentários de duas senhoras acerca de minhas roupas. Passo alguns minutos calculando o preço total dos vinhos com seus pesos e decido finalmente por um seco de marca desconhecida. Em seguida, vou aos congelados e apanho um macarrão pré-cozido. O valor $26,00 surge no caixa. Deixo o vinho e caminho para casa abaixo da chuva.
Adoro cozinhar. Especialmente em dias que me sinto uma merda completa, mas hoje não o consegui. Após ingerir a maior porção de sódio disponível no mercado feita em cinco minutos, aguardo a água gélida preencher a banheira coberta por ferrugem. Com as curvas de minha silhueta despidas, entro na banheiro e permito o choque de temperatura obrigar meus músculos a relaxarem. Coberta por ela, permaneço por alguns segundos sem respirar. Os flashes surgem, a expressão de desgosto de Melissa e o salão imerso em desaprovação quando o homem revela o exemplar. Eu, sem me mover, com o Inferno sob mim. Me mantenho sem ar. O sangue. O riso. Claire morta e os demônios a nossa volta. Retorno. Afasto os fios negros dos olhos e forço-as para ver o apartamento recaído no silêncio, Satrina não virá essa noite, havia lhe enviado uma mensagem dizendo que estava comemorando com Melissa. Mentira. Não quero que ela me convença a incendiar a Universidade. Saio da banheiro sem cobrir meu corpo, a água caí pelo chão e busco pelo meu notebook, ao passar pelo espelho, tenho um vislumbre das cicatrizes nas costas. Seco as mãos no suéter jogado na cama. Meus dedos correm pelo teclado e se firmam nas teclas que correspondem ao título do exemplar. A comunidade estava em êxtase, era um dos poucos arquivos históricos em perfeitas condições. Leio o que há de informações sobre e mordo os lábios o suficiente para cortar a carne, o desconforto cresce outra vez. Escrever é o verdadeiro prazer. A citação ecoa pela minha mente. Com o desgaste, me permito deitar sobre a cama e sussurrá-la para mim outra vez. Como uma súplica, como um pedido por perdão. Minhas pálpebras caem sem ordená-las e em questão de segundos, adormeço.
Como de costume, você está em meus sonhos. Seus olhos são a minha primeira visão e então, enquanto sua palma cobre a minha, caminhamos por uma Floresta abrigada pela Noite. Me sinto segura por seu toque e nossas peles se unem como se o fosse intrínseco. Não dizemos nada, apenas caminhamos e é nesse instante que percebo o tecido nubente que me envolve. Você direciona o olhar para mim e interrompe os passos. Se despede de minhas palmas somente para apanhar, gentilmente, meu rosto. Posso vê-lo detalhadamente agora, a feição conhecida e desconhecida, a imagem da perdição que anseio desesperadamente encontrar. O Anjo mais belo que os Céus possuiu e que ainda cairá como uma benção. Nos aproximamos, nossas testas se encontram e posso sentir seu odor angelical, assim como o calor de seu corpo. Permanecemos por instantes incluídos no sonho, mas ele acaba tão repentinamente quanto começou. Quando percebo, estamos cercados por escuridão e não possuímos mais o toque do outro. Estou perdida. Você, com dor. Corro na direção de seus gritos, clamo repetidamente por seu nome, mas ele o impede de ouvir. O pesadelo é cruel e as horas parecem séculos, como se eu estivesse presa ao purgatório apenas a espera do Inferno. A espera de perdê-lo outra vez. Desperto em meio a um grito. Minhas mãos tremem e suam, meu corpo em alerta e as cortinas em meio a ventania. Levanto-me, ainda com as palpitações incontidas e o medo crescente de ser perseguida para além do pesadelo, fecho as janelas e por um segundo, consigo identificar sua silhueta em meio a escuridão de Londres. Me convenço de que é o sono me ludibriando. Caminho pelo apartamento e alcanço meu telefone celular em meio aos livros. O visor revela uma fotografia escaneada de mim e Claire, passo por ela com um curvar singelo nos lábios. Satrina havia deixado três mensagens de texto, leio-as:
            𝖲: 𝖤𝗌𝗉𝖾𝗋𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖺 𝖿𝖾𝗌𝗍𝖺 𝗌𝖾𝗃𝖺 𝗎𝗆𝖺 𝗆𝖾𝗋𝖽𝖺. 𝖮𝗎𝗏𝗂 𝖽𝗂𝗓𝖾𝗋 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗌𝖼𝗋𝗂𝗍𝗈𝗋𝖾𝗌 𝗌𝖺̃𝗈 𝗈𝗌 𝗌𝗎𝗂𝖼𝗂𝖽𝖺𝗌 𝗆𝖾𝗇𝗈𝗌 𝗂𝗇𝗌𝗍𝗂𝗀𝖺𝗇𝗍𝖾𝗌 𝖽𝖺 𝗁𝗂𝗌𝗍𝗈́𝗋𝗂𝖺. 
            𝖲: 𝖣𝖾 𝗊𝗅𝗊 𝖿𝗈𝗋𝗆𝖺, 𝗆𝖾 𝗅𝗂𝗀𝗎𝖾 𝖺𝗆𝖺𝗇𝗁𝖺̃. 𝖤𝗇𝖼𝗈𝗇𝗍𝗋𝖾𝗂 𝗎𝗆𝖺 𝗏𝖺𝗀𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝖾𝗆 𝗎𝗆𝖺 𝗅𝗂𝗏𝗋𝖺𝗋𝗂𝖺 𝖾𝗆 𝖿𝖺𝗅𝖾̂𝗇𝖼𝗂𝖺. 
            𝖲: 𝖯𝗌: 𝖳𝖾𝗇𝗍𝖾 𝗍𝗋𝖺𝗇𝗌𝖺𝗋 𝗁𝗈𝗃𝖾.
Ignoro a última e envio uma resposta rápida dizendo que estaria ocupada o restante da semana com o trabalho e as últimas alterações. Não quero mentir para S, especialmente por ela ser minha única confidente em Londres - e no restante do universo -, mas, agora, preciso apenas esquecer. Abandono o celular e vasculho os armários a procura de qualquer chocolate ou álcool, não encontro nada e vou de encontro a cama novamente. É impossível descansar a mente e é automático meu retorno ao vexame da cerimônia da Universidade. O momento em que mais me senti indefesa, o qual nem mesmo a terapia seria o bastante para superar. Rolo pelo colchão tentando me convencer a voltar a dormir, lembrando-me de que o dia seria preenchido pela busca de um novo emprego, um que aceitasse a merda de uma ladra. Uma ladra que não roubou nada, mas que foi demitida mesmo assim. Uma lágrima escorre dos meus olhos e a frustração me cobre. Eu não havia roubado o caixa e muito menos plagiado o trabalho da minha vida, mas o destino parecia querer me sabotar. O destino seja ele Deus ou não. Murmuro uma sequência de palavrões, uns mais criativos do que outros e fito o teto do meu apartamento. Haviam pinturas, claramente de xérox, preenchendo o espaço e em destaque, o Anjo Caído me fitava. Fecho os olhos, fugindo. Mas, sou obrigada a abri-los quando ouço grunhidos, levanto abruptamente e encaro para além do vidro. Soavam como... Cães. Merda. Outro grunhido, seguido por um pedido de socorro? Busco pelos responsáveis e me deparo com um homem caído na praça... havia muito sangue ao seu redor. Ele grita, mas não há ninguém na rua para salvá-lo. Instintivamente dou um passo para trás, mas em seguida recolho um saco e corro. É questão de meio-minuto para sair do meu prédio e ir na direção do homem.
Outro grunhido.
Outro e mais outro.
Me diz que você já matou Cães do Inferno, Angelo.
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galhioni · 5 years ago
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3. FIRST LOVE
A hashtag da fanfic é #MinDoJi e meu user no twitter é igual o daqui :)
Boa leitura!
~*~
Início do semestre. 
Ótima data para fazer planos, traçar metas e alcançar novos objetivos, afinal, era a faculdade, o início do ano letivo e a porta para a realização de todos os sonhos que qualquer jovem poderia ter. 
E eu? Eu só queria poder fazer música em paz, porque o mais difícil eu já tinha conseguido: entrar na universidade, que apesar do processo burocrático e das notas rigorosas, me aceitou na primeira chamada. Talvez eu devesse me gabar, já que a tão concorrida Universidade Nacional de Artes da Coréia me deu a oportunidade de estar ali e não era tão fácil assim ser aprovado, ainda mais na primeira chamada, mas depois de um ano morando sozinho, pude discernir bem o que era digno ou não da minha atenção e desgaste emocional e aquilo definitivamente não era. Quem liga se eu fui aprovado em primeiro ou em último? Foda-se, eu entrei, é o que importa. E por mais que o ser humano goste de colocar rótulos no geral, sempre querendo provar o quanto é melhor do que o outro, eu tenho preguiça entende? Eu só precisava entrar e foi isso que eu fiz. 
O mais importante era saber que a universidade oferecia alojamentos, o que facilitaria muito a vida de quem só pensava em estudar música e produzir sem descanso, no caso, eu. Claro que a herança deixada pela vovó aguentaria até o fim do curso (talvez até uns anos além dele), e mesmo podendo morar em outro lugar, a praticidade de estar dentro do campus era o suficiente para mim. As regras condiziam com a chatice que era para entrar na universidade: rigorosas demais, o que tornava o convívio com os estudantes um pouco complicado, já que a maioria se considerava livre (por estar na universidade, longe da vigilância constante dos pais) e só queria transar com quem desse na telha, fumando um baseado depois de uma boa foda. Para mim não faria diferença alguma, já que meu coração ainda pertencia ao mesmo garoto bochechudo de Busan, e eu não fazia questão de que as coisas fossem diferentes. 
Durante um ano inteiro eu fiquei remoendo o meu adeus, tentando compor, escrever, viver, mas não adiantava, tudo sempre voltava para ele. E quando se tratava dele as coisas não fluíam mais como antes. É como se meu coração soubesse a merda que eu havia feito e se recusasse a colocar paixão em qualquer outra mísera coisa, por isso, nem as cartas eram terminadas e as músicas sempre ficavam pela metade. É como se tudo gritasse "volte", mas eu sabia que era tarde demais, um ano muda tanta coisa... Eu mudei, pelo menos.
Era o último domingo do mês, o que significava que a data limite para se alojar na universidade havia chegado, todos deveriam entrar até às dezoito horas, caso contrário, a reitoria tinha total liberdade para colocar outra pessoa na sua vaga do dormitório, pois é, regras da instituição. Após arrumar as poucas coisas que eu tinha, peguei um táxi, estava cedo até e a universidade não ficava muito longe, então decidi sair com antecedência só por precaução. O taxista não era muito educado e além de tudo parecia perdido, ficou dando várias voltas no bairro, o que começou a me irritar, já que ele era da região e ficava no centro residencial da cidade, ou seja, as pessoas deveriam usar bastante o trajeto de casa até lá, não deveria ser uma novidade pra ele (que provavelmente conhecia tudo por ali). Quando olhei no relógio, já se passavam das dezessete, comecei a me preocupar:
- Será que tem como o senhor acelerar um pouco? Eu preciso estar lá antes das seis... É importante. - Disse tranquilo para que ele não reparasse no meu desespero.
- Só se você quiser que eu voe. - Retrucou mal humorado. Como é que é?
- Tudo bem então, pode encerrar a corrida. - Eu disse tranquilo, tentando manter toda a pose por fora, mas querendo esganá-lo por dentro.
- Você está de brincadeira comigo? - Seu olhar me fuzilou pelo retrovisor.
- Não, estou falando sério. O senhor rodou o bairro todo só para me levar num caminho de trinta minutos no máximo, já conseguiu o dinheiro que queria, certo? Agora com licença, não posso me dar ao luxo de chegar atrasado. - Seu rosto ficou vermelho e seus olhos tremiam de raiva, já que ele havia sido descoberto. Perplexo pela minha sinceridade, ele enfim destravou o veículo. Peguei minhas coisas e saí correndo em direção ao trem, eu tinha trinta minutos para chegar, precisava correr. Já estava escurecendo e isso só reforçava o quanto eu tinha que me apressar, já que aquele pedaço não era lá muito bonito e seguro. 
Ao comprar a passagem, saí correndo até a plataforma e por um minuto não perco o trem que partia, é, definitivamente não era meu dia. Quando o trem anunciou a chegada, mal esperei a parada, já estava na porta pronto para sair em disparada. Como um louco pelas ruas de Seul, eu procurei qualquer carro que pudesse me levar, mas todos pareciam ocupados por alguém, claro, eu estava em Seul, não em Busan, tudo era o mais completo caos, eu ainda precisava me acostumar com isso. Olhei no GPS e não era uma distância muito grande, meus pés teriam que aguentar, querendo ou não, eu não tinha mais opções. Corri até faltar o ar e o peito queimar pedindo socorro, quando avistei os prédios luxuosos, olhei para o relógio: 17:53, certo, só mais um pouco de ar. Com a mala de rodinhas me dirigi até o prédio um, que seria meu novo lar a partir de agora, não deu tempo de admirar o restante das coisas porque a pressa é inimiga da perfeição e eu só precisava entrar. Para minha surpresa, ao tentar empurrar a porta de entrada, a mesma estava trancada, merda! Eu ainda tinha três minutos, não era possível tanta má sorte assim! Não era hora de fechar ainda! Comecei a me desesperar e soquei a porta diversas vezes na esperança de alguém me ouvir. Quando achei que tudo estava perdido, enxerguei uma silhueta caminhando em minha direção:
- Em que posso ajudar? - Um moreno veio me recepcionar, abrindo somente uma fresta da porta principal. Olhos castanhos, lábios finos, cabelos desalinhados e um tom que parecia ser de puro deboche, mas seu sorriso era bonito, a boca parecia um coração. Ele me mediu de cima a baixo, o que me deixou extremamente nervoso e desconfortável:
- Eu... preciso entrar, sou aluno de música, vim me alojar. - Anunciei dando um passo à frente, mas ele nem se moveu.
- E por que eu deveria abrir a porta pra você? - Me fitou com seu sorriso ladino. Apesar de ele não ter nada a ver com o que tinha me acontecido anteriormente, eu estava um pouco puto e sem paciência.
- Primeiro porque eu ganhei uma bolsa, isso significa que eu não tenho muito dinheiro, - menti -então você pode escolher entre pagar um lugar pra eu ficar ou abrir a porra da porta! - Respondi irritado.
- Ei! Calma aí esquentadinho, foi só uma brincadeira! Seja bem-vindo à universidade, sinta-se em casa! - Finalmente abriu a porta, rindo em deboche. - Aqui é bem grande... Quer ajuda para encontrar seu quarto? - Continuou rindo, o safado.
- Não, acho que posso me virar sozinho, obrigado. - Eu disse andando na frente, sem nem me virar para olhá-lo.
- Cuidado hein, você pode se perder... - Qual era a graça? Ele não parava de rir. - Como devo te chamar esquentadinho?
- Pra você é Min Yoongi! - Dei uma risada sarcástica. - Como eu devo te chamar se quiser xingar você? Porque acredite, eu vou. - Garanti.
- Sem problemas! - Gargalhou, correndo e andando ao meu lado. - Meu nome é Jung Hoseok, mas pra você pode ser Hobinho. - Retrucou abusado.
- Por qual motivo eu te chamaria assim? Eu nem te conheço cara! - Cara esquisito... Caralho, que lugar enorme! O corredor não tinha fim.
- Você é nervoso mesmo hein? Calma Min, eu só quero fazer novas amizades... não precisa ficar bravo comigo! - Foi aí que eu estanquei, meus pés não conseguiram mais se mover. Um ano sem ouvir aquele apelido, um ano tentando lutar contra aquele calor no peito, um ano sem ele. Um apelido que foi por tantos anos foi dito com tanto carinho, tanto amor... agora na boca de um estranho, que mais soava como um deboche despretensioso, mas ainda sim tinha aquele toque de nostalgia, remexendo tudo dentro de mim, fazendo tudo doer consideravelmente.
- O que foi? Algum problema? Esqueceu alguma coisa? Eu posso... - Ele pareceu surpreso pela minha parada.
- Não... tá tudo bem, eu só... Obrigado por me receber, eu assumo daqui, com licença. - Falei sério, apertando o passo e deixando um Hoseok totalmente confuso pra trás.
Tentando afastar as emoções, segui até o final do corredor, onde deveria ficar meu quarto: 403. Quando avistei a fileira de portas, estava um pouco escuro, mas eu conseguia perceber todas elas fechadas, exceto uma, que parecia ter sido esquecida aberta, com uma pequena fresta, iluminando sutilmente o corredor. Conferi o número, 403, era esse, mas antes que eu pudesse abrir a porta, algo chamou minha atenção:
- Você sabe que alguém pode nos ouvir e chegar a qualquer momento né? – Uma voz sussurrada disse.
- Como se eu me importasse de verdade né Tê? Deixe entrar... quem sabe a gente convida pra fazer parte da nossa festa. - Por mais estranho que isso possa parecer, eu acho que conheço essa voz. Na verdade, só podia estar maluco. Decidi me aproximar e fiquei de cara com a porta entreaberta, onde um filete de luz iluminava o ambiente e revelava os dois corpos que estavam ali. Era errado bisbilhotar, mas era exatamente isso que eu estava fazendo.
- Ji... para, não faz isso, você sabe exatamente como me deixa. – Eu gelei. Espera, não pode ser... 
- E você sabe como eu fico quando me chama assim... – O loiro mais baixo respondeu com a voz rouca. E por mais que eu quisesse me enganar, não tinha como, porque eu sabia. Eu sempre saberia... Aquela voz... Aquele Ji era o meu Ji. Meu Jimin, meu primeiro amor, o primeiro e único garoto que sempre fez tudo se revirar dentro de mim, agora estava encostado numa escrivaninha, se... esfregando no mais alto. Rebolando, para ser mais exato. Meu cérebro pareceu explodir e minha cabeça pesou com o acúmulo de informações. Eu não estava acreditando no que via, e meu corpo simplesmente travou, ficando sem reação, mal conseguindo se mover.
- Eu só não entendo o porquê... Por que isso te afeta tanto? – O outro questionou. A voz carregada de dúvida e prazer pelas investidas.
- Shh, não precisa... só me faz esquecer Tê, eu só quero esquecer de tudo, tudo que esteja fora desse quarto! – "Tê" agarrou o pescoço do menor e o puxou para um beijo lascivo, onde as línguas se enroscavam e muitas vezes, de tão desesperadas, fugiam das bocas urgentes. Jimin impulsionava o quadril para trás, se esfregando na ereção alheia, enquanto a mão do maior foi mais ágil e agarrou a ereção que estava em sua frente, fazendo-o se entregar por completo, gemendo sôfrego.
- E alguma outra coisa importa quando você está aqui? – Ele sussurrou no ouvido do menor, bombeando a ereção com força. – O que pode ser mais importante do que você gemer meu nome Jimin? Hum? – Ele dizia baixo, causando arrepios na pele alheia.
- Nada Tê, nada mais importa... – O mais alto então colocou a mão por dentro da calça do outro, alcançando a ereção e bombeando ainda mais, enquanto o corpo do menor se contorcia em suas mãos e gemia baixo. – Me fode Tê, não me tortura... não hoje! – A voz manhosa pediu e os gemidos foram abafados pelos beijos urgentes. A mão que antes agarrava o pescoço de Jimin, desceu pelo seu torso, adentrando a camiseta e subindo novamente para estimular o mamilo direito, que estava totalmente intumescido pelo prazer que o maior proporcionava com as bombeadas em seu pênis. Os lábios volumosos de Jimin estavam entreabertos e ele mal conseguia controlar suas reações, deixando os gemidos morrerem na garganta. Seus dedos foram rápidos em abaixar a calça junto à cueca boxer e liberar seu corpo finalmente para que o maior tivesse livre acesso.
- Quanta pressa baby... – O maior riu sarcástico em seu ouvido, atiçando-o ainda mais. – Você vai ter que tirar pra mim também, sabe... estou um pouco ocupado aqui... – Riu novamente, chupando o pescoço de Jimin que parecia querer chorar e se contorcia a cada sussurro do mais alto em seu ouvido.
- Tê... por favor... – Pediu manhoso.
- Eu adoro tanto quando você implora Ji... Só me faz querer te foder mais baby. – Os dentes atacaram a clavícula do menor, que não sabia mais como se contorcer em meio à tantos estímulos. – Empina. – E como num passe de mágica, as roupas foram jogadas para baixo, as costas do menor se arquearam, obedecendo a ordem imposta. Os dedos que antes estimulavam o mamilo, foram parar nos lábios carnudos de Jimin. – Faz o que sabe fazer de melhor... Chupa. – Ele ordenou mais uma vez, fazendo o outro ofegar e receber os dois dedos na boca. Jimin lambuzava os dedos grandes com devoção, fazendo a saliva saltar até para fora dos próprios lábios. – Tão obediente... merece até um prêmio... – Os dedos foram retirados de forma brusca, causando um estalo e os lábios foram capturados novamente, enquanto a mão do maior deslizava para baixo. Com uma perna, ele empurrou um dos pés do menor, abrindo suas pernas. Os dedos foram ágeis até sua entrada, penetrando com tanta força que o corpo de Jimin deu um solavanco para frente.
- Porra Tae... – Jimin gemeu. – Gostoso... sempre tão gostoso... Puta que pariu!
- Não xingue baby, eu preciso me concentrar, não consigo ter foco com você falando assim. – O sorriso ladino dominou o rosto do maior e ele penetrava seus dedos em Jimin, sem dó, enquanto o mais novo mordia os lábios na tentativa de conter os gemidos.
- Tae... – Gemeu manhoso.
- Eu sei baby... shh, eu sei. Eu sempre sei... – O mais alto retirou os dedos e alcançou um tubo na gaveta da escrivaninha, o que identifiquei ser um lubrificante. Interrompeu as bombeadas apenas para abrir o tubo e despejar o líquido nos dedos, esfregou-os e segurou o corpo do menor novamente, mantendo o ritmo de antes, bombeando o pênis ereto e abrindo as pernas trêmulas. Jimin parecia já estar habituado aos movimentos e assim que entendeu o recado, alcançou um preservativo, encaixando-o na ereção alheia. Empinou a bunda novamente, pronto para receber o que queria.
- Eu quero ouvir Ji... – O maior sussurrou tão baixo, que foi quase inaudível.
- Tê, por favor... – E lá estava o sorriso novamente: ladino, sarcástico até. O maior parecia mesmo satisfeito em ver o outro implorar.
- Sempre baby, sempre... – E foi então que o grito veio, junto com o solavanco que o corpo menor deu. O mais alto esperou para seguir, e quando o menor colou as costas no peito do outro, era como se o recado tivesse sido entregue, pois os corpos começaram a se movimentar em sincronia. O maior empurrava com força, sem nunca soltar o pênis alheio, fazendo o outro gritar e morder os lábios em agonia, o que deixava tudo ainda mais excitante.
Eu estava num misto de emoções: ao mesmo tempo que doía ver aquilo, eu estava em choque, não conseguia desviar o olhar. Por mais que doesse admitir, tinha tanta cumplicidade ali, como se os corpos encaixassem perfeitamente, como se tivessem sido moldados para estarem ali, nos braços um do outro.
- Taehyung, pelo amor de Deus! – Jimin berrou.
- Ah baby, por favor... não diga o Santo nome em vão... Deus não tem nada a ver com isso! – O maior debochou no ouvido do outro, que só conseguia pressionar as pálpebras com força e tentava se segurar para não cair, totalmente em deleite.
- Você precisa se apoiar baby, você sabe o que eu quero. – Jimin prontamente se direcionou para a cama, segurando as costas do maior contra si, para que os corpos não se desgrudassem. – De quatro Jimin. Agora. - Ordenou.
- Eu amo quando você é mandão... – O menor sorriu debochado.
- É você que faz isso comigo... – Ele sorri, dando um tapa forte na bunda alheia. Jimin empina novamente, dessa vez, apoiando os quatro membros na cama. O cara que eu entendi se chamar Taehyung não perde tempo e mete com força, puxando o corpo de Jimin para cima, criando o ângulo perfeito para acometer ainda mais fundo.
- AH! Tê, por favor, aí! Não se mexe! – Jimin pediu, afoito.
- Ora, ora, olha o que encontramos aqui... - Sorriu ladino.
- Taehyung, caralho, não se mexe! – O maior nada disse, apenas riu, entendendo que havia encontrado a próstata alheia, surrando-a sem dó, até Jimin não ter mais forças nem para gritar. – Tê... não para, por favor! Mais forte! – Implorou.
- Nunca bebê... – E ele continuou, sem piedade, cada vez mais fundo e mais forte. Os barulhos obscenos ecoando para fora do quarto. Com um grito, Jimin se desmanchou nos lençóis, perdendo as forças e tremulando as pernas. Taehyung foi ágil em segurá-lo pela cintura, caso contrário, ele teria caído. – Hey baby... tudo bem? – Perguntou preocupado, deitando-o na cama.
- Eu só preciso respirar... – Ele ergueu o indicador, pedindo para que Taehyung aguardasse e ele riu. Como num passe de mágica, Jimin se recompôs.
- Você é tão bom pra mim Tê... – Disse, engatinhando na cama em direção à Taehyung. – Sempre me satisfaz tanto... – Se aproximou do corpo do maior, sussurrando em seu ouvido. – Deixa eu ser bom pra você também? – Beijou o pescoço, arrancando o preservativo e tomando sua ereção com os dedos curtos. Taehyung ficou totalmente entregue, e gemeu ao sentir a língua de Jimin deslizar pelo pescoço. – Você deixa baby? – Sussurrou, mordendo a orelha do maior.
- Você sabe que pode fazer o que quiser comigo Ji, eu não resisto a você... – Jimin nem respondeu, nem sorriu, estava obstinado a arrancar prazer do corpo alheio e com a boca, desceu beijos molhados pelo pescoço, tórax e baixo ventre, até morder o local e arrancar um gemido sôfrego de Taehyung.
- Ji... – Respondeu manhoso. Jimin não deu tempo para respostas, logo abocanhou a glande e sem aviso começou com os movimentos de vai e vem. – Puta que pariu! – Grunhiu.
- Sem xingar Tê! Eu quero te dar prazer, não ficar com tesão de novo... – Sorriu ladino. Sem demora, passou a língua por toda a extensão, rodeando a glande para depois levá-la até o fundo da garganta, causando um gemido alto de Taehyung, que jogou a cabeça para trás sem resistência.
- Porra Ji! – Praguejou.
Jimin não mais respondeu ou provocou, seu único objetivo era proporcionar com maestria o que o outro havia lhe proporcionado, e ele foi conseguindo aos poucos, pois os gemidos só aumentavam, e quando tudo se tornou insuportável, Taehyung puxou o menor pelos cabelos:
- O que foi? – Perguntou confuso.
- Eu quero deixar minha marca, aqui... – Mordeu o lábio inferior de Jimin.
- Não sabia que precisava de autorização baby. – Frisou o apelido que tanto usavam um com o outro em tom de provocação. Ansioso, Taehyung passou o pau pelos lábios carnudos e vermelhos, como se fizesse um contorno. Jimin, para provocar, colocou a língua para fora, enchendo-o de saliva.
- Você pode fazer melhor que isso, baby. – Desafiou. E seu erro foi esse, pois Jimin o engoliu tão fundo, que o corpo de Taehyung pendeu para frente e ele já não conseguia mais controlar os gritos e para não alarmar ninguém, ele acabou mordendo o próprio braço. Jimin o engolia e cravava as unhas na bunda do mais alto, arranhando e provocando. Quando sentiu Taehyung fraquejar, Jimin deu o golpe final, abrindo uma das bandas da bunda e acariciando a entrada do mais alto, fazendo-o gemer em agonia.
- Filho da puta! – Jimin estava com a boca ocupada, mas a mão foi rápida em deferir um tapa forte na bunda alheia, deixando a marca dos dedos na carne branca.
Sem conseguir se segurar mais, Taehyung gritou e puxou o corpo para trás, não aguentando mais segurar o prazer dentro de si. Contrariado, Jimin impulsionou novamente a boca para frente, engolindo-o novamente.
- Ji, eu vou explodir a qualquer momento... – Avisou com a respiração falha.
- Vem pra mim Têtê... – E aquela foi a cartada final. Jimin olhou bem em seus olhos e o engoliu uma última vez, desarmando Taehyung completamente, que explodiu num jato forte na boca do menor.
- Você quer me matar, porra? – Indagou ofegante.
- Só se for de prazer bebê. – Respondeu limpando os lábios.
- Então eu já morri. – Disse o mais alto se jogando na cama, sem forças.
- Nada de morrer, a gente precisa foder muito ainda! - Riu, se aproximando e beijando a boca de Taehyung. - Você não devia ter um colega de quarto? – Questionou com a sobrancelha arqueada.
- Ele já deveria ter chegado, que estranho. Ainda bem né? Assim a gente teve nosso momento em paz. – Riu novamente e o puxou para um abraço.
- Posso dormir aqui então? Só hoje... – Jimin pediu manhoso com os olhos fechados.
- Não só hoje meu bem, você é sempre bem-vindo aqui, sabe disso não sabe? – Jimin assentiu e os dois se aconchegaram na cama de solteiro, dando vez ao cansaço dos corpos suados.
E depois de tudo o que vi, me senti um intruso. Eu tinha acabado de presenciar uma transa do meu primeiro e único amor. O que eu supostamente deveria fazer? Entrar no quarto? Contar que que vi tudo o que eles fizeram? O quão doentio isso soaria? Sem que eu conseguisse controlar, as lágrimas rolaram, finalmente entregando o estado deplorável em que eu estava. Eu não podia mais continuar ali. Precisava me afogar na única coisa que ainda me trazia paz: música. Saí daquele corredor do mesmo jeito que entrei, em silêncio, como se nada tivesse acontecido, porque realmente não aconteceu... só para mim. 
Andando sem rumo, acabei encontrando uma sala de ensaio e um grande piano estava lá. Foi minha chance de pelo menos tentar esvaziar a cabeça e acalmar meu coração com o que eu fazia de melhor.
 Neowa hamkkeyeoseo geu sunganjocha
Aqueles momentos solitários quando eu estava com você
Ijeneun chueogeuro
Agora são só memorias
Baksallan eokkael buyeojapgo malhaeji
Agarrando meu ombro esmagado, eu disse
Ba deo isangeun jinjja mothagetdago
Que eu não seria mais capaz de fazer isso
[...]
Ppajyeotdeon geuttae
Mesmo quando eu te afastei
Naega neol mireonaego neol mannan geol wonmanghaedo
Mesmo quando eu queria te encontrar
[...]
Du beon dasi naega neol nohji anheul tenikka
Eu não vou soltar a sua mão outra vez nunca mais
 ~*~
 Depois de muito chorar sobre o piano, decidi que era melhor dar uma volta pela universidade, mesmo porque, eu precisava achar um lugar para dormir. Ainda não estava tarde, então eu poderia muito bem andar pelo local e conhecer todos os espaços que eu frequentaria daqui pra frente. Ao chegar na lanchonete, acabei encontrando Jung Hoseok novamente, e esse logo me abordou:
- Olha, um gatinho perdido! - Sorriu. - Se perdeu no jardim, foi? O que houve? Não achou seu quarto? – Ele me olhou preocupado.
- Eu achei sim, mas vou para lá mais tarde ou talvez amanhã. A porta estava trancada. – Menti.
- Que estranho, eles não costumam fechar os quartos que vão ficar ocupados, talvez tenha sido um engano... Podemos falar com o reitor se quiser.
- Não, tá tudo bem, eu posso me virar. Sabe de algum lugar aqui perto que eu possa dormir? - Questionei.
- Bom, meu colega de quarto ainda não chegou, você pode dormir na cama extra se quiser. Pelo menos por hoje. - Deu de ombros.
- Você não precisa ser tão legal comigo sempre Jung, mas obrigado. - Agradeci sincero.
- Entenda uma coisa: eu sou um cara legal. E pode me chamar de Hobinho, já disse! – Ele disse convencido.
- Tá, tá! Só me diz logo onde é seu quarto, estou cansado! - Resmunguei.
- Tá esquentadinho... Quarto 305. Fique à vontade, sinta-se em casa. - Ele riu.
- Você sempre diz isso né? "Sinta-se em casa", que piada! – Debochei. Por mais que tivesse me oferecido o quarto, Hoseok me deixou sozinho. Não que eu esteja reclamando, já que não sou uma pessoa muito sociável, mas não quero que ele me entenda mal. Eu não sou uma pessoa ruim, só não sou sentimental, não sei expressar sentimentos. Antes, até conseguia, mas depois de ir embora de Busan, a vida me fez tão frio que agora parece irremediável. 
Entrei em seu quarto tentando digerir tudo o que eu havia presenciado: Jimin está loiro, estuda alguma coisa que eu ainda não sei na mesma universidade que eu, nesse mesmo lugar. Mesmo sem notícias dele por um ano, eu ainda sinto meu coração acelerar como um adolescente. Ele parece ótimo depois da minha partida... até com outra pessoa está. Eu tinha que aceitar as consequências das minhas escolhas. Fui eu que deixei Jimin para trás, eu esperava o quê? Ele não ia me esperar pra sempre, as pessoas têm sua vida, seus próprios objetivos... só me restava aceitar. 
Se Jimin seguiu em frente, eu também deveria seguir, eu também deveria matar esse amor dentro de mim. E era isso que eu tentaria fazer a todo custo.
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