#submetida
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thedeacanedous · 2 years ago
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interpretame · 2 months ago
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A mesma mão que machuca é também a que afaga.
Conversando com minha psicóloga sobre padrões de comportamento uma vez, descobri que fui submetida a vida toda ao padrão abusivo que consiste numa dinâmica emocional onde uma pessoa alterna entre atitudes de agressividade e gestos de gentileza. Vivi a vida neste ciclo confuso e desgastante de dor e alívio, que me prendia numa montanha-russa emocional. A cada gesto agressivo, eu me sentia diminuída e desamparada, mas bastava um gesto de gentileza para que a esperança de que tudo poderia melhorar fosse reacendida. A alternância entre críticas severas, ataques e atitudes hostis e, em seguida, palavras de carinho, gestos de cuidado ou promessas de mudança geraram uma instabilidade emocional profunda em mim. Um padrão que surgiu com meus genitores e que se estendeu para meus relacionamentos, principalmente amorosos, e por vezes me perguntava, como era possível a única pessoa capaz de me acalmar ser a mesma que me machucava. Foi libertador entender que essa dinâmica não é normal, que essas não são oscilações normais e não fazem parte das relações saudáveis. Aprendi a identificar os sinais, embora nunca tenha suportado esse padrão morde e assopra. Hoje sei que mereço relações baseadas no respeito genuíno, na empatia e no equilíbrio emocional. A conscientização é o primeiro passo para romper esse ciclo e buscar relações que realmente promovam nosso crescimento e felicidade.
Você também consegue.
interpretame.
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projetovelhopoema · 4 months ago
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Melancolia
Hoje sentou-se à mesa uma convidada ilustre para tomar o chá das cinco comigo. Com sua presença inesperada, a melancolia pegou uma chávena de porcelana e serviu-se sem delongas. A cada golada a melancolia recordava-me das minhas mem��rias mais profundas, meus amigos de infância, de minha melhor amiga a qual não me despedi quando foi morar em outra cidade, dos meus entes queridos, daquela casa de azulejos portugueses de número 170, de barcos de papel, de bem-te-vis, de samambaias, de como minha mãe passou com tanto esmero aquela roupa lilás, de ex amores… Nunca fui boa em chegadas, tampouco em partidas. Nunca fui boa em dizer “olá”, tampouco em dizer “adeus”. Ambos são silenciosos, como se me encontrasse em estado de inércia. Inércia é uma forma de me sentir confiante o bastante mesmo estando submetida a um conjunto de forças que sei que será de resultante nula. Se tens de partir, tens de partir, não há nada a fazer, a próxima escala sempre espera por alguém. Mas, os entes queridos, esses sim, serão as partidas mais dolorosas. Se pudesse, os impediria, imploraria por mais tempo. Se calhar, a lágrima que escorreu por minha face tenha sido por eles, principalmente por um. Me perdoe por não conseguir usar lilás. E como chegou, a melancolia fora embora, só me pergunto quando será a próxima visita.
— Jessy em Relicário dos poetas.
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becosemsaida · 11 months ago
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Eu não sei se você é o amor da minha vida ou alguma desgraça a qual minha vida foi submetida
- becosemsaida
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cartasparaviolet · 1 year ago
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Aquele espírito selvagem dentro de mim começava a uivar. Deparava-me com aquela gaiola outrora trancafiada agora de portas abertas com um certo sorriso malicioso de quem desceu aos infernos e retornou. Dentro da minha própria psique, ou submundo interno, uma viagem nada tranquila, onde o buraco do coelho da Alice levou-me sem demora e sem direção, ao confronto com os meus piores demônios. Em um labirinto de ilusões e promessas falsas, eu desviei relutante ouvindo a intuição que dizia “vá adiante, não pare agora!” mesmo em meio às tentações mais profundas que uma alma poderia ser submetida. Muita coisa havia sido ceifada. A começar pelos meus restos. O velho eu foi cedendo espaço para que essa mulher livre e tenaz se manifestasse e colocasse as coisas em seu devido lugar. Aquela criança ferida, fraca e medrosa, jamais conseguiria impor os limites necessários e resgatar seus sonhos no porão de seu próprio templo abandonado. Desci pela escada lateral rumo aos destroços, precisava ver o que havia sobrado naquelas terras inférteis. Todavia, além de ruínas, pude também encontrar, como tesouro inestimável, aquela figura renascida das cinzas, que pôde contemplar, enfim, o baú repleto das mais belas joias e riquezas. Nada no mundo valia tanto quanto a sua liberdade merecidamente conquistada e sua própria vida de ares renovados.
@cartasparaviolet
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beasladies · 3 months ago
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Charlie Campbell: Book rec
ou os oito livros de cabeceira de uma filha de Atena
As Ondas Virginia Woolf
As ondas, considerada uma das mais importantes obras de Virginia Woolf e do século XX, oferece uma visão única e emocionante sobre a vida humana, a natureza da identidade e a importância da conexão. A história é contada por meio de uma série de monólogos interiores ― os fluxos de consciência ― que seguem a vida de seis amigos, da infância à idade adulta. Cada personagem tem sua própria voz e uma perspectiva única, que, juntas, criam uma imagem profunda e complexa da experiência humana. Ao longo do romance experimental, Woolf explora temas como amizade, amor, solidão, autodescoberta, feminismo e espiritualidade a partir das inquietações e sensações íntimas de suas personagens principais, tecendo uma história poderosa e emocionante com a qual é impossível não se envolver.
2. Alice No País Das Maravilhas Lewis Carroll
Conta a história de Alice, menina que cai numa toca de coelho e vai parar num lugar fantástico, povoado por criaturas estranhas que lembram seres humanos. Um universo nonsense, com uma lógica do absurdo, que remete ao mundo dos sonhos, numa narrativa pontuada por paródias de poemas populares infantis ingleses daquela época. Nesse lugar, Alice enfrenta estranhas e absurdas aventuras, passa por situações incomuns, conhece seres extravagantes, é submetida a perguntas e situações enigmáticas ou desprovidas de sentido lógico, aumenta e diminui de tamanho... e vive tudo com naturalidade e muita, muita curiosidade.
3. Antígona Sófocles
Na lendária Tebas, Creonte, um novo tirano, ordena que sejam dados tratamentos desiguais aos dois irmãos de Antígona. Sua imposição é didática. Se aquele que lutou ao lado da cidade deve receber as honras do sepultamento, o outro, que atacou as muralhas, deve ser jogado no ermo para que sirva de exemplo aos opositores. A ordem, no entanto, não é aceita por Antígona. Ela se insurge contra o édito, honrando seu irmão, defendendo os ritos sacros devidos aos deuses, pondo em risco sua própria vida, trazendo à tona a herança e a verve da antiga estirpe dos Labdácidas. Composta por volta de 442 a. C., Antígona é ainda hoje uma peça conturbada e polêmica. É uma tragédia que pontua os limites do poder, o seu lugar e as suas instâncias, e que oferece o espetáculo grandioso da vontade, do sentimento de estirpe, da piedade e da justiça.
4. A Divina Comédia Dante Alighieri
Escrito no século XIV,  A divina comédia , o poema épico de Dante Alighieri é considerado também um dos textos fundadores da língua italiana. Nele, o escritor apresenta uma jornada inesquecível pelo tormento infinito do Inferno e a árdua subida da montanha do Purgatório até o glorioso reino do Paraíso. Dante conseguiu fundir sátira, inteligência e paixão em uma alegoria cristã imortal sobre a busca da humanidade pelo autoconhecimento e pela transformação espiritual.
5. O Mundo de Sofia Jostein Gaarder
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões-postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo. Os postais são enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma certa Hilde Møller Knag, garota a quem Sofia também não conhece. De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado a percorrer toda a história da filosofia ocidental, ao mesmo tempo que se vê envolvido por um thriller que toma um rumo surpreendente.
6. Eu Sei Por Que O Pássaro Canta Na Gaiola Maya Angelou
RACISMO. ABUSO. LIBERTAÇÃO. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê.
7. Hamlet William Shakespeare
Um jovem príncipe se reúne com o fantasma de seu pai, que alega que seu próprio irmão, agora casado com sua viúva, o assassinou. O príncipe cria um plano para testar a veracidade de tal acusação, forjando uma brutal loucura para traçar sua vingança. Mas sua aparente insanidade logo começa a causar estragos - para culpados e inocentes. 
8. Amor Nos Tempos Do Cólera Gabriel García Márquez
Ainda muito jovem, o telegrafista, violinista e poeta Gabriel Elígio Garcia se apaixonou por Luiza Márquez, mas o romance enfrentou a oposição do pai da moça, coronel Nicolas, que tentou impedir o casamento enviando a filha ao interior numa viagem de um ano. Para manter seu amor, Gabriel montou, com a ajuda de amigos telegrafistas, uma rede de comunicação que alcançava Luiza onde ela estivesse.
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xolilith · 1 year ago
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Terça-Feira, 01 de agosto
A viagem com Jaehyun até a Itália foi um completo desastre. Desde os dias que antecederam e eu estive submetida à boa vontade de Danbi em deixá-lo ir, até as horas de viagem preenchidas por um silêncio corrosivo.
Não éramos mais os mesmos e a presença do fantasma de Danbi permanecia em nosso meio mesmo nas horas que eram dirigidas a mim. A Itália também não era a mesma desde a última vez que estivemos ali. Lembro-me com clareza da lua de mel passada ali, da paixão e promessa de toda uma vida implícita em cada coisa e plano que eu e Jaehyun fizemos.
Durante as visitas aos lugares históricos, ao nosso restaurante favorito, eu me perguntei se não havia sido compreensiva demais em ceder tão facilmente ao caso de Jaehyun e Danbi. Não queria competir com ela porque tinha certeza que o meu marido se cansaria dessa aventura. Será que Danbi também me via como empecilho que não permitia que Jaehyun fosse dela inteiramente?
Por um tempo durante a estadia na cidade, eu pude ter um pouco do meu Jaehyun, os sorrisos animados por relembrar alguma lembrança de nós ali, o sotaque italiano que tornava-o ainda mais atrante e me lembrava também o porque de amá-lo tanto. Porém, de alguma forma, nada mais parecia ser igual a antes e eu continuava a me enganar.
O estopim veio ao retorno para o hotel. Com as costas apoiada na cabeceira, observava os pés descalços de Jaehyum andar pelo carpete, o corpo esguio coberto pelo pijama azul era como um dejavú de outras noites sob mesmo ar da cidade.
Ele se aproximou, sentando-se na beirada da cama para me mostrar algumas fotos de nossas filhas e não deixou de demonstrar mais uma vez seu desgosto por Olivia não ter seguido seus planos.
Depois de ter relembrado que filhos são criados para o mundo e dividido uma risadinha cúmplice, seus olhos me observaram por um tempo. Sua atenção fez com que eu me perdesse um pouco nos detalhes de seu rosto. Fazia um tempo desde que eu estive próxima fisicamente dele, não pensei muito quando inclinei meu corpo e aproximei meu rosto dele, nossas bocas e respiração roçando, misturando-se. Entretando, quando o ósculo ocorreu, todo o corpo de Jaehyun se tornou tenso sob o meu toque. Quase que macanizado.
Aquilo me encheu de desgosto, fez um gosto amargo subir por minha garganta e tomar todo meu paladar. Meus olhos transbordaram de lágrimas e mais uma vez eu chorei na sua frente. Mas, dessa vez, a raiva sobrepôs a mágoa. E meus lábios largaram os seus para descer furiosamente pela mandíbula, o pescoço. Minhas mãos desceram por seu braços, afangando, segurando, como se ele estivesse escapando pelos meus dedos.
– Faça amor comigo, Jaehyun, uh? V-você ainda me ama a esse ponto, não é?
– Pare, querida, por favor.
Ele então se afastou num sobressalto. Não tive coragem de encarar seu rosto, tudo que ouvi foi seus passos e o barulho da porta batendo. Mais uma vez o pensamento de que eu deveria ter exigido que ele parasse de ver Danbi, que eu não aceitaria alguém entre nós e não competiria com ela, fez-se presente. Como alguém poderia ser tão egoísta?
Chorei até que pegasse no sono, sozinha e culpada.
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arystogata · 7 months ago
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Emoção
Essa noite eu dormi com o corpo encolhido de saudade, sinto frio nas noites de verão pela falta do teu afago.
Essa noite eu sonhei com um gesto teu, nada grande o suficiente para ser impossível, doloroso demais para que lágrimas inundassem meu rosto.
Essa noite eu acordei com o coração acelerado, me senti nos céus com os devaneios que minha mente criou sobre você, cenários que a simplicidade toma e que se tornavam rotina.
Essa noite percebi que estava completamente apaixonada por você, ao ponto de que minha própria mente tentava me confortar sobre a realidade dolorosa a qual sou submetida.
Emoções, engraçado, não?
- Uma carta aberta para alago que não deveria ser sentido
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addietive · 9 months ago
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⚡🌪️ RAIOS E TROVÕES! Você está olhando para uma cria de ZEUS, que faz parte do CHALÉ UM e tem VINTE E SETE ANOS. ADDISON BRYANT é instrutora (machado) e lider da equipe vermelha de corrida com obstáculos. Você pode encontrá-la treinando pra caramba ou tramando a queda dos deuses em seus momentos de ócio.
⚡ BIOGRAFIA
Zeus e Ares se mostraram interessados em Anneliese Bryant durante o tempo que ela serviu ao Exército dos Estados Unidos como Sargento, mas em épocas diferentes, encontrando-a em sua residência localizada em Malibu. No caso, o Rei dos Deuses apareceu depois, consumando sua relação com a mortal que, até então, não vislumbrava a ideia de ter uma filha e interromper a carreira militar bem-sucedida na qual ascendia a cada nova missão, mas que se viu tendo de abandonar muitos de seus projetos pessoais quando se descobriu grávida e, posteriormente, viu-se completamente sozinha na maternidade.
Aos poucos, Anneliese foi sendo acometida pela depressão, tentando encontrar suporte na única companhia que realmente tinha até então: a filha. Os avós de Addison também serviram ao Exército, mas a avó de Addie havia falecido em missão e o avô dela, por sua vez, encontrava-se em uma casa de repouso especializada em veteranos da guerra visando atendimento humanizado aos traumas deles, de modo que não havia, realmente, mais ninguém com quem Addison pudesse ficar para que a mãe retomasse sua rotina e seus afazeres até que ela adquirisse idade o suficiente para ficar com babás e Anneliese confiasse sua única criança a outra pessoa. Episódio que se repetiu cada vez que elas precisaram se mudar, por conta da retomada do trabalho da Srta. Bryant, retornando à sua rotina como oficial do exército.
Todavia, sua mãe nunca havia escondido o fato de que Addie era uma semideusa. Detalhe este que povoou a mente dela por toda sua infância, elucidando melhor os fatos peculiares que lhe aconteciam, mas que também foi necessário ser exposto por conta do perigo que corria e de toda a exposição a que foi submetida como filha de Zeus, ainda que Anneliese tivesse a criado com maestria a ponto de usar a própria cria para servir em missões particulares dos Estados Unidos, em missões de infiltração, ainda que Addison não tivesse lá muita ideia do que aquilo poderia significar e significava, afinal: havia se tornado a arma de estratégia mais poderosa de sua mãe, que, por sua vez, havia lapidado uma ótima futura soldada, de modo que, quando ingressou no Acampamento aos dez anos de idade, Addie se adaptou facilmente à rotina do lugar.
TW: Menção a suicídio.
A parte mais difícil foi realmente deixar para trás a mãe que, até alguns anos mais tarde, continuou servindo militarmente, mas que se viu completamente desnorteada sem a presença da única família que, de fato, lhe restava. Além disso, Anneliese começou a demonstrar muito apego às histórias vividas com Zeus conforme sua idade avançava, tornando-se completamente presa dentro dos próprios pensamentos e da própria mente; o diagnóstico de Estresse Pós-Traumático veio durante um inverno que Addison passou junto da mãe, ao qual ambas assistiram ser justificado pela carreira militar e por todos os anos de comprometimento com o governo dos Estados Unidos, sendo este o último acontecimento significativo antes que Anneliese tirasse a própria vida, cerca de cinco anos atrás, algum tempo após a morte do avô de Addison também.
TW: Fim da menção.
Depois disso, a assiduidade de Addison no Acampamento se intensificou. Agora, por um motivo diferente: assistir ao desespero da mãe, observando a maneira como ela fora um mero peão na história de Zeus, sem valor ou amparo algum ao final da vida, encheu seu coração de uma raiva que, na verdade, ela guardava há muito tempo, mas que nunca havia conseguido verbalizar ou transparecer tão facilmente, além da frustração por ter visto o quanto seus irmãos e outros semideuses também sofriam pelo parentesco divino sem tanta consideração assim dos pais pelos mestiços que haviam colocado no mundo.
O silêncio no Olimpo, então, agravou o rancor de Addison em relação aos deuses: ela estava determinada a entender o que estava acontecendo e, mais do que isso, resolver a situação com as próprias mãos, logo após o pronunciamento durante o fatídico jantar que trouxe à tona a existência da nova profecia.
⚡ PODERES: Metamorfose. Zeus era conhecido por suas metamorfoses, então não é tão surpreendente que Addison tenha herdado esta característica do pai, podendo então se transformar fisicamente, de maneira idêntica, tanto na aparência quanto na voz e afins, em qualquer humano, semideus ou animal, se for o caso, com a limitação de que o processo de transformação é extremamente exaustivo para Addison que nunca conseguiu passar mais do que cinco horas transformada (quando em uma missão).
⚡HABILIDADES: Força sobre-humana e fator de cura acima do normal.
⚡ ARMA: Um machado produzido com ouro imperial, com os nomes de Addison e de sua mãe entalhados em cada lateral do cabo da arma. É uma arma consideravelmente pesada quando empunhada, de modo que somente seus irmãos poderiam erguê-lo quando não está em sua forma usual: um anel delicado usado no dedo mindinho dela.
Membro da Equipe Vermelha de Corrida com Obstáculos;
Instrutora de arma (machado).
⚡ PERSONALIDADE
Em geral, Addie é bastante tranquila e gentil. Entretanto, quando provocada ou desafiada de qualquer forma que seja, pode se tornar tempestiva e realmente complicada de lidar, uma vez que tem a mesma postura competitiva e combativa do pai. Tende a ser mais reservada e gosta bastante de observar os movimentos e opiniões das pessoas, chegando a ter um perfil mais diplomático que o dos irmãos.
Aliás, por ser a única mulher dentro do chalé, Addie tem uma postura que pode ser lida mais ainda como intransigente: jamais permitiria que alguém a comparasse de maneira inferior aos outros filhos de Zeus, então ela realmente dá o melhor de si em absolutamente tudo o que faz.
É extremamente dedicada também com seus relacionamentos; a bem da verdade, Addie está sempre desejando recrutar novas mentes rebeldes para seu plano insano de enfrentar os deuses em algum ponto de sua vida, então ela tenta ser o mais atenciosa e companheira possível, ainda que tenha seus momentos, mesmo que raros, de isolamento.
O lance dela é ver gente e estar no meio do povo. Não pelo viés da bagunça, mas sim, pelo de se informar e também observar pessoas diferentes que vem de lugares diferentes, o que, aliás, juntando com o combo de ter nascido nos Estados Unidos, talvez a torne meio inconveniente com comentários esteriotipados ou limitados da mente de uma cidadã norte-americana que, ainda que tenha conhecido outras culturas, realmente aprecia e defende com unhas e dentes a sua própria (o que talvez a coloque em situações polêmicas, mas olha só de quem é filha também...)
⚡ OUTROS
Ela vem de Malibu; então qualquer coisa que envolva praia e dias ensolarados, é com ela;
É bissexual, mas com uma preferência drástica por mulheres; suas inclinações lésbicas são gritantes. Não é que não goste de homens, mas... Para atrai-la, eles têm que se destacar muito mais, o que faz com que ela tenha se relacionado com 3 ou 4 durante toda a vida, seja dentro ou fora do Acampamento;
É relativamente próxima de outros filhos da guerra e do combate, como os de Athena e Ares, devido a sua natureza competitiva e capaz de apelar, ciente de que só estas proles poderiam lhe dar o que deseja no sentido de treinar e se preparar sem preocupações;
Mesmo que tenha um machado, ela é realmente boa manuseando espadas médias, curtas ou longas; sua fraqueza está mais em abordagens de defesa, já que ela realmente prefere atacar e atordoar do que executar um movimento de recuo e contenção; isso só porque seus movimentos costumam ser bastante assertivos, mas quando não, Addie realmente poderia se colocar em uma situação delicada numa batalha real;
Tecnicamente, ela é casada. Isso aconteceu em uma missão, situada em Las Vegas, na qual, depois de beber um pouco demais além da conta, acabou se casando com outro semideus (conexão aberta!!!). Nunca tratou de resolver isso, mas é uma história que conta aos risos, já que não existe realmente o fator romântico e infinito do amor nessa empreitada;
Tem 1, 70 de altura;
Possui cerca de 25 tatuagens espalhadas pelo corpo. Normalmente, cobrem cicatrizes antigas ou novas;
Seus cabelos são pretos e, atualmente, possui uma mecha vermelha na lateral deles;
É bastante vaidosa quando não está no contexto de treinamentos e de levar o próprio corpo ao ápice com exercícios e treinamento, o que pode gerar certa estranheza em quem acha que ela não seria do tipo que se cuida ou se produz toda quando quer;
Foi muito explorada pela mãe que usava seus poderes em missões do Exército. Addie era como uma Arma Secreta e talvez essa seja a única parte de sua vida sobre a qual não fala tão abertamente, porque lhe causa dor e muita tristeza;
Ainda por conta do trabalho da mãe, Addison conheceu vários países e se mudou com frequência antes de frequentar o Acampamento;
Como boa norte-americana, ela só fala inglês mesmo.
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athenadev · 1 year ago
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A travestilidade lésbica
A lésbica tem uma relação bastante particular com a feminilidade. A feminilidade normativa, submetida ao homem, imposta, não faz sentido para a lésbica.
À travesti é oferecida a masculinidade por toda a sua vida: violenta, abrasiva, sem direito à emoção e à beleza. A masculinidade pune a travesti durante seu percurso por performar feminilidade.
A travesti lésbica rejeita a masculinidade duas vezes, a primeira no seu ser e a segunda no seu afeto, e de duas formas se reapropria da sua feminilidade. A feminilidade dela liberta ela dos sofrimentos e das agressões da masculinidade. A feminilidade do seu afeto a faz insubmissa, independentemente, igual.
Eu sou lésbica femme. A minha feminilidade é forte, confiante, questionadora, ativa. Isso é parte do meu gênero. Eu sou travesti. Eu não quero ser mulher. E não teria nada de errado com quem é, mas a minha feminilidade é outra.
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princesasapatona · 1 year ago
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Victor Perrault acompanha a Princesa Tony em uma caminhada pelos jardins ensolarados de Versailles para uma entrevista exclusiva. A queridinha do público responde tudo o que você precisa saber sobre a Seleção que escolherá a sua futura consorte, prevista para começar em Novembro, e deixa um recado no final... Quem será a garota sortuda que já tem a atenção da nossa princesa?
VP: As pessoas conheciam você pela sua fama e ela a precedia, porém isso nunca pareceu lhe incomodar. No entanto, agora é a mais desejada, com dezesseis meninas disputando a sua mão. Como é pra você essa mudança?
T: Espera, agora eu sou a mais desejada? Eu já não era? (Ri) Se a minha fama me precedia, então a resposta é óbvia, Victor. Nenhuma mudança tão significativa assim. (Pisca)
VP: No seu ponto de vista, quando a Seleção começar, você acha que vai conseguir lidar bem?
T: Não me parece nenhum desafio extraordinário. Quero dizer, ela tem que acontecer, certo? Assim como a coroa tem que estar na minha cabeça. São responsabilidades que estou acostumada a lidar.
VP: Vimos que tem bastante realezas convidadas, o que é ótimo. A pergunta que temos é: que imagem você quer passar sobre a França, e a família real, para os outros países?
T: É ótimo, sim. Fico feliz de estar rodeada por rostos conhecidos... Mais do que isso, amigos que vieram me apoiar. Acredito que a França possua um bom relacionamento com todos os países que vieram à Versailles e, é claro, a família real pretende manter isso. Vou deixar essa entrevista chata se eu começar a falar sobre política, então vamos ao que interessa. Quero que saiam da França sabendo que as nossas festas são as melhores porque aí eles vão querer voltar mais vezes... E, bom, os melhores acordos são feitos com uma taça de vinho na mão. Meu pai que dizia (Sorri afetuosa, fazendo Victor sorrir também).
VP: Agora, para quebrar o clima: sobre seus convidados, quem você gostaria de dar moradia permanente no palácio e quem você mandaria embora?
T: Você está tentando iniciar um confronto político, Victor? E ainda por cima colocar isso minha conta? Que absurdo. Não vou dar moradia permanente para ninguém, eles não precisam! (Ri). Mas vou mandar embora o Adonis. Vocês sabiam que ele me bloqueou no Whatsapp? Eu só mandei uma figurinha! Tirem esse traidor do meu país.
VP: Acredita que irá mudar, seja de pensamento ou opinião, quando a seleção começar, a respeito de todo esse processo?
T: Eu gosto de viver o hoje. Quem sabe o que vai acontecer quando a Seleção começar? Eu não sei e não fico pensando muito nisso. No momento, a minha prioridade é que as selecionadas estejam confortáveis no palácio, se divertindo e sobrevivendo ao tédio que foram submetidas durante essas semanas de pausa. Isso independe da minha opinião sobre o processo.
VP: Qual, na sua opinião, vai ser a parte mais difícil de namorar dezesseis meninas de uma vez só?
T: Não tenho gifs de bom dia o suficiente para mandar todas as manhãs para todas elas.
VP: Está mais empolgada para a coroação ou para o casamento?
T: Para as festas que vocês vão dar por todo o país para comemorar os eventos. Me convidem.
VP: Qual é a primeira coisa que deseja fazer quando a Seleção acabar?
T: Viajar com o meu irmão. Só nós dois. Não sei o destino ainda, mas não precisamos saber até o dia.
VP: E por último, a pergunta mais esperada do país, seus olhos já estão em alguma das meninas?
T: (Ela hesita antes de responder essa pergunta. Esperamos um comentário evasivo ou brincalhão como nas suas últimas respostas, mas não é o que ela entrega) Se ela estiver vendo isso, vai saber que eu falo dela quando digo que sim.
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adonzelaemperigo · 2 months ago
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𝒍𝒐𝒔𝒕 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒔. ENTP-T.
Os dias não têm forma e as horas perdem o sentido no Submundo. Ofélia lembra pouco do antes da Morte. Agora, sua mente é um quebra-cabeças para sempre incompleto. Uma voz — essa voz… potente, firme, arrogante. Nunca a esqueceria: era a voz do seu pai — puxou a consciência da alma penada que Ofélia se tornou, retornando ela ao Mundo dos Vivos. Qual a razão pela qual Zeus trouxe à luz sua filha há tempos desaparecida e morta? Pois bem... isso continua sendo um mistério. A Donzela vaga pelo Acampamento Meio-Sangue há pouco mais de sete meses. É claro: não se adequou a nada da época atual. Se alguma coisa, rejeita os novos costumes; e especialmente o vestuário. Muito previsível, sim, para alguém que nasceu perto de 1570.
«•»
27 ANOS| 454 ) Ofélia — Lia; para os que ela tolera consideravelmente — cresceu adorada pelos deleites que são os direitos das princesas nobres. Você sabe; não é como se as mulheres nascidas na época de 1570 tivessem acesso à última palavra, ainda que nos assuntos mais triviais da aristocracia. Mas talvez Lia fosse esperta. Talvez ela colocasse um homem à frente dela para botar sequência às suas maquinações. Muitos a conheciam — não, risque isso. Não a conheciam. Jamais a Ofélia por trás da máscara — como o modelo perfeito de esposa para a alta sociedade. Pura, encantadora e submissa. Sob o olhar do mundo; a Donzela que as histórias enaltecem. Nas sombras, uma estrategista fiel apenas à sua própria segurança e à ascensão da família Lioncourt ao poder na França.
backstory.
tw: menção ao suicídio.
A garota pertencera ao chalé 1. Seu temperamento mimado e insolente já era lenda no Acampamento Meio-Sangue. Fora dos muros dos humanos, Ofélia podia ser a bastarda que desejasse ser — talvez até mais do que isso; se também fosse do seu agrado ser alguma coisa. Qual o louco ousaria desafiar a imagem do próprio Zeus?
Então, a "missão" aconteceu. Ela partiu acompanhada por um grupo pequeno de semideuses, todos eles atrás do artefato perdido de Artemis. O frio da noite penetrou em seus ossos e os fez pesados como âncoras, antes do olho alongado de um ciclope surgir no desenrolar das sombras pretas. A última vez que Ofélia foi vista.
Acabou sequestrada por um gigante. Uma semideusa feita prisioneira. Ora, modéstia à parte, Ofélia nunca fora fã dessa palavra — um rótulo indigno de qualquer Lady da Casa Lioncourt. Jamais seria submetida às masmorras como uma qualquer. Mas o destino é um homem com um deturpado senso de humor.
"Cante passarinho" ela escutou o gigante pedir, aquele único olho acrescentando um toque de drama ao pedido. Ofélia assistiu as horas tecerem os dias; os dias tecerem os meses; os meses os anos, e os anos as décadas. Era incapaz de envelhecer no calabouço da criatura, no entanto havia nos ossos dela idade o suficiente para paparicar seus tataranetos. "Cante" o Ciclope repetiu, repetiu, e repetiu sem parar.
Séculos mais tarde, Ofélia, com o rosto escurecido do ódio, perdera todas as esperanças da salvação dos Deuses. O punhal, com seu toque frio e metálico, era o único gesto de gentileza que o mundo poderia lhe oferecer.
O beijo gélido foi último traço de satisfação que ela encontrou antes da morte, deslizando a lâmina pela própria garganta. Uma vez, os cavaleiros no salão de baile disputaram como animais primitivos pela oportunidade de dançar com a Lady. No fim, ela não valera mais do que qualquer outro cadáver abandonado ao deleite dos corvos.
Muito adequado para uma donzela esquecida.
arsenal.
[ STILETTO ] É um punhal dourado, feito com ouro imperial. Os padrões entalhados nele prometem uma canção escondida, mas a memória de Lia não consegue captar exatamente qual a letra. Assim que entra em contato com o sangue, o punhal transforma-se em uma espada.
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anjoscaidos · 13 days ago
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Conversando com minha psicóloga sobre padrões de comportamento uma vez, descobri que fui submetida a vida toda ao padrão abusivo que consiste numa dinâmica emocional onde uma pessoa alterna entre atitudes de agressividade e gestos de gentileza. Vivi a vida neste ciclo confuso e desgastante de dor e alívio, que me prendia numa montanha-russa emocional.... A cada gesto agressivo, eu me sentia diminuída e desamparada, mas bastava um gesto de gentileza para que a esperança de que tudo poderia melhorar fosse reacendida. A alternância entre críticas severas, ataques e atitudes hostis e em seguida, palavras de carinho, gestos de cuidado ou promessas de mudança geraram uma instabilidade emocional profunda em mim....Um padrão que surgiu com meus avos e que se estendeu para meus relacionamentos, principalmente amorosos, e por vezes me perguntava, como era possível a única pessoa capaz de me acalmar ser a mesma que me machucava....Foi libertador entender que essa dinâmica não é normal, que essas não são oscilações normais e não fazem parte das relações saudáveis. Aprendi a identificar os sinais, embora nunca tenha suportado esse padrão morde e assopra. Hoje sei que mereço relações baseadas no respeito genuíno, na empatia e no equilíbrio emocional. A conscientização é o primeiro passo para romper esse ciclo e buscar relações que realmente promovam nosso crescimento e felicidade......
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cegodaltonico · 9 months ago
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"Só o que morreu é nosso, só é nosso o que perdemos.… Nossas são as mulheres que nos deixaram, já não submetidas à véspera, que é aflição, nem aos alvores e terrores da esperança. Não há outros paraísos senão os paraísos perdidos."
Jorge Luís Borges
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laleonie · 1 month ago
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QUINTA NOITE
Estava com um vestido delicadíssimo e tão caro quanto era delicado, mas isso não impedia Léonie de transitar de um lado para o outro durante o Equinócio, aproveitando ao máximo todas as atrações possíveis, do jeito que conseguia, do alto daqueles saltos e daquele vestido justíssimo. Até que, após se afastar das irmãs por um curto período de tempo, tendo retornado para as dependências do Lago para observar a movimentação dos pares que haviam por ali, a Allaire sentiu o primeiro rompante. E um segundo. Em alguma das partes da sustentação do vestido que usava, imediatamente levando um dos braços até a altura do busto e a outra mão até a altura dos próprios quadris, como quem tentava controlar o que poderia vir de pior. Até acreditava que poderia dar um jeito, mas precisava de ajuda, quisesse ela ou não. E para tanto, sua primeira opção foi o semideus mais desavisado e mais próximo de si. — Ei... Com licença. É um caso de vida ou morte aqui. — Os olhos claros baixaram-se para a própria peça e a situação a que estava submetida. — Será que poderia me dar uma ajudinha?
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olirockstar · 2 months ago
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❛ don’t look at me like that. ❜ (cecile x jared)
Possivelmente submetida a uma posição onde lhe faltava senso e dedos com a situação, Cecile não resistiu ao contatá-lo por ligação, mordiscando o polegar enquanto pedia um pequeno favor. Quando deparou-se com o chuveiro defeituoso naquela manhã, quase sorriu, engolindo tal oportunidade apenas como o acaso desde que o homem da casa, como o usual, não estava presente naquela semana. Dentro da autoridade de uma mulher adulta, seguia o combinado acordado entre os dois que foram muito familiares por um verão, e agora apenas restava a invenção de novas chances para se verem sem resultar na revolta dos cônjuges.
Ter Jared dentro de casa era como ter algo que não cabia naquele lugar, pensou encostada na soleira da porta, afastando o gato tricolor com o pé num movimento corriqueiro. Os olhos se arregalaram assim que a água jorrou em abundância e imediatamente correu atrás de toalhas no armário do cômodo ao lado. Em seu retorno, todo o material felpudo caiu sobre terra, quase engasgando-se com o homem despido. — O que? Eu… — Os sentidos sempre tão centrados esvaíram do corpo e a castanha encarou o teto, corada. — Não olhei de jeito nenhum. — Murmurou constrangida, apanhando uma das toalhas no chão ao estendê-la no ar com o braço esticado, mantendo uma distância saudável. — É melhor se secar. — O pigarro se tornara persistente. — Eu vou esperar lá embaixo.
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