#sorry pelo tamanho do gif
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58. ENZO VOGRINCIC IMAGINE +18
ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: smut. 🍷
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 598.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? esse imagine é a continuação desse daqui. espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
Com todo o prazer que Enzo estava sentindo ao receber um boquete de sua namorada, ele não conseguia controlar seus atos. Ele jogava a cabeça para trás, se contorcia e mexia seu quadril, soltava grunhidos roucos, xingava baixinho quando os gemidos de sua mulher mandava algumas vibrações ao redor de seu pau ─ pois ao mesmo tempo que S/n dava prazer para seu homem, seus dedinhos eram esfregados em seu clitóris molhado por cima da calcinha ensopada.
Chupar o pau de Vogrincic é tão gostoso. Tem um sabor adocicado, os pelinhos são rasos, sua glande é macia e o tamanho dele… Pela Virgem de Guadalupe! Ele é grosso, cheio de veias e, como se não pudesse ser melhor, pulsava com maestria toda vez que encostava na garganta da garota ─ que estava amando sentir ele enrijecer ainda mais dentro da sua boca.
Os gemidos e grunhidos que o mais velho soltava eram como música para os ouvidos da brasileira, que estava ficando cada vez mais zonza e com tesão, procurando pelo seu próprio prazer e o de seu namorado.
Enzo sorriu ao olhar para baixo e ver sua mulher toda bonitinha, mamando o seu pau com gosto. Ela tinha os olhos cheios de lágrimas porque era tão gostoso mamar Vogrincic! Tão gostoso sentir ele ir fundo em sua garganta… Tirava o fôlego dela e deixava sua bocetinha pingando, beirando o orgasmo? Com toda certeza!
─ Carajo, mami, assim eu não vou aguentar por muito tempo. Você tá me usando tão bem. ─ Enzo revirou os olhos. Sua voz estava pesada e sua boca estava entreaberta.
Ao observar agora a coluna da brasileira e sentir ainda mais as vibrações de sua garganta e os gemidos abafados dela, Enzo sorriu com aquela carinha de cafajeste que só ele sabe fazer naquelas fotos que publica no stories do Instagram.
─ Tá se tocando, amor? ─ Indaga o mais velho e joga a cabeça para trás, sentindo sua mulher sugar a cabecinha inchada do seu pau.
Chupar o pau desse homem de trinta e um anos com certeza era uma dádiva e S/n aproveitava isso ao máximo que conseguia!
S/n acabou gozando só esfregando seu clitóris. Ela revirou os olhinhos e sentiu pequenas ondas relaxantes em seu corpo. Agora sim, a atenção era voltada só para o seu uruguaio.
─ Eu vou gozar, chiquita, porra… ─ Vogrincic diz rouco e começa a simular estocadas na boca de sua mulher.
Assim que a garota engoliu com gosto aquele leitinho quente e levemente adocicado, ela se levantou e se sentou nas coxas de Enzo, que prontamente a puxou pela nuca e selou seus lábios iniciando um beijo molhado e apressado.
Ao contrário de muitos filhos da puta, inúteis por aí, que tem nojinho de sentir o próprio gosto ou que só faltam jogar a mulher do outro lado do cômodo, mas o uruguaio não era assim. Enzo Vogrincic realmente é um homem de verdade!
─ Você fica tão linda me mamando, nena. ─ O mais velho fala abraçando sua mulher, meio tontinho por conta do orgasmo recente. ─ Yo te amo, mi reina. ─ Ele sorri passando a mão pela coluna da brasileira e num só movimento a joga no sofá do lado que ela estava e sobe em cima de seu corpo, sussurrando: ─ Mas agora eu não vou te tratar como uma, e sim como uma putinha sedenta por pau.
E Tropa de Elite? Bem, eles poderiam ver outra hora já que o filme tinha acabado há alguns minutos atrás e o casal latino tinha outras coisas em mente…
#imagines da nana 💡#enzo vogrincic#enzo vogrincic fanfic#enzo vogrincic imagine#enzo vogrincic smut#enzo vogrincic x you#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic × leitora#enzo vogrincic one shot#a sociedade da neve#la sociedad de la nieve#society of the snow#lsdln cast#lsdln x reader#lsdln smut#lsdln imagine#lsdln fanfic#pt br#cncowitcher
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⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ˖˙ ᰋ ── part II. Διόνυσος
⠀⠀ ⠀⌜ 𝔖𝔢𝔫𝔞𝔱𝔲𝔰 𝔠𝔬𝔫𝔰𝔲𝔩𝔱𝔲𝔪 𝔡𝔢 𝔅𝔞𝔠𝔠𝔥𝔞𝔫𝔞𝔩𝔦𝔟𝔲𝔰 𝔑𝔢𝔮𝔲𝔦𝔰 𝔢𝔬𝔯𝔲𝔪 ⌝
⠀⠀ Em 186 a.c, os cônsules Quinto Márcio e Espúrio Postúmio proibiram em toda República Romana os rituais delirantes ao deus Baco devido à desordem e aos escândalos.
﹙ ʚɞ˚ ﹚ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: swann!dionísio, mitologia greco-romana, bebida alcóolica (bebam com moderação), literatura erótica (sexo sem proteção mas se protejam na vida real, dirty talk, lingerie, dumbification, um tapinha). Estou adorando escrever esses especiais porque posso ficar pesquisando horas sobre os cultos aos deuses e ficar colocando referências igual easter egg da marvel.
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀.⸙
⠀⠀
𝐃𝐄𝐏𝐎𝐈𝐒 𝐃𝐎 𝐓𝐄𝐀𝐓𝐑𝐎, você aceita prolongar o encontro na casa dele. O apartamento é espaçoso, bem decorado. Honestamente, se depara com mais cores do que esperava. Diversas almofadas, mantas e tapetes fazem com que a sala de estar conjugada se mostre convidativa, aconchegante. Quadros se espalham pelas paredes, e embora o tamanho varie, todos refletem a mesma estética renascentista.
Ele retira o seu casaco, pendura junto a bolsa no cabideiro próximo à porta, cortês. Os seus olhos correm pelo cômodo e se interessam na adega intimista à frente. As garrafas se acumulam nos expositores, ocupam uma parede toda num tom de madeira que se aproxima ao dourado. Parece que está diante de um baú recheado com joias e és um pirata que, finalmente, encontra sua fortuna. Quer beber um?, a voz dele soa suave por cima dos seus ombros, pode escolher qualquer um. “Qualquer um?”, você repete, e mais uma vez ouvindo outra resposta positiva, pende a cabeça para estabelecer contato visual. Se senta no divã, o olhar afiado, “Então, eu quero o melhor, o mais caro.”
O homem sorri, brevemente, a audácia banha até as suas palavras, o seu tom. Mas caminha até as prateleiras, abre a porta de vidro que sela a repartição e busca por uma garrafa em específico. Recolhe, também, a taça cristalina destinada àquele sabor. Você sente falta de autenticação no frasco, não há nomes, datas, desenhos. Nem mesmo consegue flagrar a coloração do líquido por causa do recipiente escuro. É somente quando te é servida a bebida que pode notar pigmentação levemente rosada. “Este é bastante especial, o último”, te diz antes de deixar a garrafa na mesinha de centro e acomodar-se no sofá adjacente, “Chama-se néctar dos deuses.”
O nome te faz erguer o nariz, metida. “E o que acontece se eu beber?”, pergunta, a taça próxima à boca, “Viro uma deusa, ou algo assim?”
“Não, infelizmente”, ele responde, “Mas é o mais perto que vai chegar do divino.”
A borda fria toca seus lábios, e o líquido desce mais cálido garganta adentro. Doce, de fato, semelhante à substância que ele mencionou. Só que existe um quê a mais, um certo je ne sais quoi que você não consegue definir. Capta um agridoce, ao fim da degustação, uma herança porosa à textura. O aroma, quando inspira, te lembra o frescor de jardins abertos, talvez os campos elísios nos quais os poetas descansam. Algo em ti se transforma depois do gole. “Não vai beber?”, questiona-o.
O homem saca dos bolsos da calça um maço de cigarro e um isqueiro. Guarda o maço sobre a mesinha enquanto o pito se isola entre os lábios. Risco o isqueiro, acende. É só a pós o primeiro trago, a primeira bufada de fumaça para cima que a voz mansa retorna pros seus ouvidos, “Gostei da peça hoje”.
Você não se incomoda com a pergunta ignorada, mantém os olhos de predadora sob o corpo magro no sofá. No movimento dos dedos amassando os fios grisalhos quando correm pelo comprimento. Na postura relaxada, como se oferecesse o colo. Fala calmo, escolhe termos bonitos de ouvir, cujos significados passam longe do seu raciocínio porque prefere perder-se na aura pegajosa dele. E não é nem de longe exagero dizer que nenhum mísero fio de pensamento se constrói na sua cabeça. Swann tem dessas coisas, não? Ele tira, mesmo que inconscientemente, bagunça o seu tino, te revela uma bacante de guirlanda de hera e tirso nas mãos; furiosa e primitiva. Sente uma intensa repulsa por não possuí-lo, por vê-lo interagir com outros senão você mesma. Chama pelos seus instintos selvagens, a doce vontade de comer acima de qualquer juízo. É o vinho que estava na sua taça e esquentou a goela. Dos quais as propriedades se misturam às entranhas e denunciam o calor que te incendeia desde a primeira vez que colocou os olhos nele.
Jamais desejou alguém com tamanha urgência. Por mais entretida que pudesse ficar com a ladainha sobre artes, não se permite desfrutar do assunto pois te é mais divertido pensar no quão prazeroso seria foder com ele aqui e agora.
Sem pensar duas vezes, ergue e repousa a perna no encosto do divã.
“E é legal pensar que...”, ele pausa no meio da cena, ao visualizar as suas pernas espaçadas. Traga mais uma vez, expulsa a fumaça. A barra do seu vestido se embola, é possível ver, agora, a cinta liga se conectando as meias 7/8. Não sorri, porém o olhar sério não é repreensivo, pelo contrário, a aparente indiferença te excita. “Tem algo por baixo desse vestido que queira me mostrar?”
“Se vier aqui e tirá-lo, vai poder ver.”
O cigarro é apagado no cinzeiro. Swann se levanta do sofá e caminha até o divã. Tem delicadeza para beijar as costas das suas mãos e te erguer, mas lhe falta fineza ao agarrar a sua cintura e te colocar de costas. O vestido cai fácil, expõe as curvas delineado pelo conjunto rendado. Deixa um beijo no seu ombro, “estava guardando isso tudo pra quando?”
“Pra quando cala-se a boca e me comesse”, se vira de volta para ele.
Swann sorri, “Não escutou uma palavra que eu disse, escutou?”, sussurra pertinho do seu rosto. Não, você nega em outro sussurro. Ao passo que ele mesmo desabotoa a camisa, os seus dedinhos nervosos desafivelam o cinto, se preocupando em despi-lo da cintura pra baixo. “Pensei que tivesse um pouco de cérebro”, faz questão de estar com a ponta do nariz relando na sua bochecha enquanto fala, com charme, o indicador apontando na sua têmpora, “mas é tão morta aqui dentro quanto todas as outras putas.”
“O que eu posso fazer quando tudo que me faz pensar é no quanto quero que me coma?”
“É?”, o sorriso aumenta. Cata as suas mãos no ar antes que possa tocar na nudez masculina, “Quero te ouvir você pedindo, então.”
“Já não demonstrei que quero o suficiente?”, não o olha nos olhos, mas nos lábios, sedenta.
O toque áspero da mão pegando o seu maxilar te faz arfar, “Quero ouvir você pedindo”, demanda, “Quero que diga exatamente o que quer que aconteça aqui, de joelhos. Só concedo o que me é pedido.”
Você, então, se ajoelha. Se apoia com as mãos nas coxas dele, os olhinhos parecendo duas vezes maiores, pedintes, nesse ângulo. A atenção se alterna entre a vontade de encará-lo e a concentração roubada pela ereção pulsante a poucos centímetro do seu rosto. “Quero você”, diz de início, “Quero que foda cada partezinha do meu corpo, até que não consiga mais levantar, ou que sinta doer... Quer que eu seja mais específica?”, a sua ousadia conhece o pesa da mão dele na sua nuca, quero que peça por favor, e, por isso, você pede, sem rodeios, “Por favor, me come.”
O ego masculino se satisfaz com o seu apelo. Deita as costas no encosto do divã, te convida para o colo, “Obedece bem”, as mãos circulam o seu quadril, “agora merece se foder até não aguentar mais, não é isso, meu amor?”
Você tem fome, ânsia, mal escuta o que ele te murmura, assim que pode escorregar tudo pra dentro, se empala e movimenta-se de imediato. Os olhos cerram, a boca entreabrindo, ofegante nas primeiras sentadas. Arranha as unhas nos ombros dele, os gemidos soam mais altos que a orquestra do seu corpo se chocando ao dele. É só com o estalo do tapa na sua bunda que o seu compasso diminui, arfando, tonta de tesão. “Tão estúpida que nem consegue manter um ritmo, hm?”, ele continua falando, totalmente dono de si e da situação. “O que foi, ahm?”, ainda tenta acompanhar o seu rosto perdido, a cabeça pendendo de um lado pro outro, molinha. “O quê? Não sabe montar? Quer que eu te ensine?”, sorri, “Melhor: quer que eu te pegue pra foder, pra que possa deitar aqui e apenas ficar paradinha recebendo a quantidade de pica que tanto sonhou?”, e agora um sorriso domina a sua face, “É isso que quer, não é?”
A mão ocupa o seu pescoço, é o impulso firme necessário pra que te tombe sobre o estofado. A boca não abandona a sua, coladas o caminho todo até as posições se inverterem. Te beija, sorri contra os seus lábios, devasso. A experiência aguda o faz ajeitar uma almofada na altura do seu cóccix antes de começar a meter. Tem velocidade e segurança, te acerta por dentro de modo que apaga de vez a mente.
Está domada, completamente levada pelo prazer que te é proporcionado. Os olhinhos revirados encontram a beleza classicista dos detalhes no teto. As bordas douradas em arabesco limitando um mural colorido: o cortejo feminino e bêbado, a nudez regada às videiras e as jarras douradas espalhando vinho pelo percurso. Centralizado, o deus roga por seus súditos e pelos crimes rituais que cometeram em prece. Vê, nos olhos esbugalhados da corte, a insanidade de se entregar ao festim. Geme, arranhando a nuca do homem, puxando os cabelos dele entre os dedos. Se provar da loucura também, se ganhar o néctar divino na pontinha da língua, jorrando quente e libertino, será que amanhã ainda vai se lembrar que fez parte do brado báquico?
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ 𝔑𝔢𝔮𝔲𝔦𝔰 𝔢𝔬𝔯𝔲𝔪 [𝔅]𝔞𝔠𝔠𝔥𝔞𝔫𝔞𝔩 𝔥𝔞𝔟𝔲𝔦𝔰𝔰𝔢 𝔳𝔢𝔩𝔩𝔢𝔱.
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Fica com raiva não, tá? — Na Jaemin
avisos: dubcon!! jaemin +/- soft dom (+/- por conta do dubcon), pet names, thigh riding, big dick(?), pequeno subspace (eu acho), n sei si eu esqueci de alguma coisa
a/n: primeira vez escrevendo c dubcon, espero q gostem, n sei se chegou as expectativas de vcs, mas eh isso ai, pelo amor de deus leiam os avisos, eh isso ai, se vcs gostaram me mandem oq acharam aq nos comentários ou na ask, vou amar saber oq vcs tb pensam💋 se divirtam lendo!
Estava mais uma vez sentada nas coxas de Jaemin, as mãos dele pousando na sua bunda, algumas vezes ditando o movimento, acreditava nele dizendo que se você se esfregasse nele, te aliviaria mais.
Jaemin poderia muito bem te foder, mas você negava, dizia que queria manter sua pureza, sua virgindade, acreditava em ‘pessoa certa’ e com certeza o Na não seria a pessoa que estava a procura, mas provavelmente a pessoa certa que com certeza te satisfaria.
Gostava muito da proximidade, a forma com que sentia o pau por baixo da calça dele, raspando repetidamente na sua buceta coberta pela calcinha, ele sorria, via seu sofrimento, as gotinhas de suor se formando na sua testa, o peito subindo e descendo com a respiração ofegante, as perninhas tremendo de tamanho esforço que fazia pra poder gozar.
“Sabe, eu poderia te fazer gozar tão rapidinho, deixa o Nana te foder, hm?” ouve a voz grave se fazer presente, puxa um pouco mais de ar para conseguir responder “Nana, sabe…que não pode…” um certo frio na barriga te atinge, você estava confusa, queria experimentar dessa sensação com Jaemin, mas ao mesmo tempo não queria aceitar perder a virgindade com o Jaemin. Estava extremamente confusa sobre o que queria.
Ele sorri, “Eu prometo não te machucar gatinha…”sobe uma mão de sua bunda para suas costas, apenas para te puxar pra perto dele e sussurrar no seu ouvido “…gostaria tanto de estar dentro de você, te fodendo com tanta força, pra você ficar bobinha e insignificante embaixo de mim.”
Ali é o ápice, você chega ao seu êxtase, sente o orgasmo vir tão forte ao ponto de ficar molinha, deita a cabeça no ombro de Jaemin, a respiração continua ofegante e dentro do peito o coração parecia querer pular pra fora.
“Foi tão bom assim, gatinha?” ele pergunta, você grunhe, tão bobinha ao ponto de não conseguir formular uma frase.
“Tá tão bobinha que não consegue nem formular uma frase?” ele da um risinho soprado, você sente o ventinho do riso bater na sua nuca e arrepia, começa novamente a se sentir excitada, odiava estar no seu período mais sensível, qualquer mínima coisa te excitava, a deixava com vontade de realmente pedir para Jaemin ou qualquer outro garoto que te atraísse, para te comer.
Jaemin sentia a própria calça totalmente molhada, bem onde estava sentada ali, decidiu fazer algo, sendo totalmente seduzido pelo impulso de te colocar na cama e te foder.
Você dizia que não queria, mas seus olhos não diziam a mesma coisa, era um olhar confuso, não sabia o que queria, sendo assim, talvez Jaemin decidisse por ti o que você deveria ter escolhido.
O garoto te deita na cama, fica por cima, extremamente fascinado com a visão que ele tinha por cima de ti.
“Boneca, o Nana vai fazer algo, mas não fica com raiva não, tá? Uma boa parte de você também deseja isso.” você ouvia ele dizer algo mas o êxtase presente ainda não a deixava entender muito bem o que foi dito.
Jaemin abaixa a calça e a peça íntima que vestia, pega o pano fino que era engolido pelos seus lábios íntimos encharcados e desce até estar totalmente fora de seu corpo, ele encara sua intimidade totalmente molhada, passa o dedão por cima de seu pontinho inchado apenas para poder sentir o quão molhada estava, recebe um gemido sofrido seu.
Sorri e volta para cima de você, entrelaçando as suas duas mãos nas mãos dele, deixando-as acima de sua cabeça. Molha o próprio pau com seu líquido e logo invade cada centímetro vazio dentro de você, beijava seu rosto e seu pescoço para tentar de alguma forma distraí-la do desconforto que provavelmente sentia por sentir pela primeira vez algo lá dentro, sabia que provavelmente estava sentido isso pela tamanha força que arranhava as costas da mão do garoto.
“Jaemin…” chama o nome dele como se estivesse reclamando, “Diz princesa…” diz abafado contra seu pescoço. Faltava apenas um pouquinho para que finalmente você tivesse abrigado todo o comprimento.
“Isso…é bom…” você diz com os olhinhos entreabertos, “É, não é? Eu disse que não iria te machucar, nunca machucaria minha princesinha.” Lentamente o Na começa a se mover dentro de ti, fazendo você se acostumar com a sensação nova, você fecha os olhos, apenas sentindo todo aquele
“Nana…eu quero…mais…” diz pausadamente por conta de sua respiração descompassada. “Mais? Mais rápido?” começa se mover um pouco mais rápido e forte “Assim?” ele pergunta respirando fundo, vendo sua carinha de sofrimento, você geme em satisfação.
O Na abaixa o rosto à altura do seu e deixa leves selares por todo o seu rostinho, você sorri, abre os olhos quando sente Jaemin se afastar e o olha, ele estava olhando sua boca, se aproxima lentamente e deixa ali um breve selar bagunçado.
Levanta o dorso, soltando suas mãos, sentando-se sobre as panturrilhas, leva as duas mãos até sua cintura, a puxa para mais perto, deixando a parte onde segurava mais elevada, para que pudesse enfiar tudo até o último átomo dentro de ti, a fazendo senti-lo bem fundo.
A cada vez que ele se enfiava por inteiro o seu corpo almejava cada vez mais por aquela sensação relaxante, seus gemidos saiam em forma de chorinhos que quase imploravam para chegar logo a um orgasmo.
As mãos do Na seguravam com força seu corpo, se agora mesmo ele tirasse as mãos de sua cintura, ali estaria a marca avermelhada na sua pele. De tanta força que o maior fazia.
Antes que percebesse seu corpinho todo se tremia e uma grande quantidade de líquido era despejada de seu íntimo, Jaemin se retira de dentro de você e goza na sua buceta, mela tudo para depois pegar com o dedo e colocar dentro do seu buraquinho.
Soltava gemidinhos baixinhos, seus olhinhos se fechando lentamente, se sentia exausta por ter gozado mais vezes do que costumava.
Jaemin se sentia no céu por ter uma visão daquelas “Tá vendo gatinha? Prometi te fazer gozar rapidinho e prometi não te machucar, fiz como prometi.” ele sorri, de alguma forma se sentia extremamente aliviada por aquilo ter acontecido, mas com certeza o que precisava agora era de uma soneca, ou um banho, mas banho apenas se o Na te levasse à banheira, te lavasse e te comesse de novo ali.
espero ki tenham gostado😞😞😞😞😞😞
#na jaemin#nct dream smut#nct dream#nct smut#jaemin dubcon#nct dubcon#na jaemin scenarios#nct x reader#nct
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oi princesa, você pode escrever um smut do mark ou jaehyun com ciúmes plissss
oi, meu amor! consigo sim. como tenho um outro pedido apenas do jaehyun ciumento, esse vai com o meu markinhos.
JEALOUS — w. mark lee
🫐 avisos: sugestivo, Mark inseguro, e você também é famosa.
— Sério isso?
Você revira os olhinhos, está em pé no quarto de seu namorado, que se mantém com os olhinhos fixados no computador realizando produções de suas próximas músicas. Ele ao menos te responde, está irritado, e você não vê razão nenhuma. Ah, mas ele vê.
— Mark, pelo amor de Deus! Deixa de ser infantil. — você se senta ao lado dele, ele continua sério, mexendo no computador.
— Infantil? Você acha infantilidade ficar puto por ter descoberto pela boca dos outros que você ficava com a porra do Jungkook do BTS? — ele diz, ainda sem olhar pra você.
— Acho. Se eu não fiz questão de contar, é porque não julguei ser importante. Tem como você parar com ciúme? Eu namoro você, Mark. Eu não ligo pra nenhuma outra pessoa. — você diz, tenta ser complacente mesmo estando irritada.
— Mas é foda, geral fica me comparando com ele agora, maknae de ouro e os 'caralho à quatro. — ele está visivelmente incomodado. Entende que ele não gosta das comparações, mas você também não tem muito o que fazer, é algo que passa muito sob o que você consegue fazer.
Você sorri fraquinho, passa os dedos pelo braço branquinho dele, e se acomoda no colinho do canadense, com uma perna de cada lado da cadeira.
— Você tem que entender que o que importa é que eu tô com você. Eu não vim pra Coréia pra ver o Jungkook, eu não vim pra Coréia pra ver quem tá falando graça do nosso namoro, eu vim pra te ver. Porque eu 'tava com saudade de você, do meu namorado, do meu Markinhos. — você fala, acariciando o rosto de tigrinho dele, enquanto ele te olha ainda meio cabisbaixo.
— A parada é que eu tô muito amarradão em você. Só consigo pensar em você o tempo inteiro, e às vezes acho que você é areia demais pro meu caminhãozinho. — Agora ele passa a te acariciar também, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.
— Não fala merda, Mark. — você ri, e ele sorri fraquinho. — Eu sou completamente apaixonada por você, não precisa ficar inseguro, ou com ciúmes. Eu te acho o máximo, o melhor. Tá? Não esquece disso nunca.
Ele assente, e sela seus lábios em um beijinho casto. Os dedos bonitos entram em seu cabelo pela sua nuca, e te puxam para mais perto de si. A língua morninha adentra em sua boca, iniciando um ósculo mais intenso. Instantaneamente você passa a rebolar no colo dele, que passa a destra para seu quadril, afim de orquestrar seus movimentos. O cenho chega a franzir, tamanho desejo.
Mark estava totalmente apaixonado por você, e aquilo o assustava um pouco. Nunca teve um relacionamento público, e se relacionar com você, que também é famosa, e vive viajando, ao menos morando no mesmo país que ele tem sido difícil para sua confiança, mas ele não conseguia deixar de pensar em você ao menos por um segundo. Sentia algumas crises de insegurança, ciúmes, ainda mais por você ter se relacionado com outros famosos ao longo de sua vida, mas por você ele se ajustaria. Ele só morria de medo de perder uma das únicas coisas que o fazia verdadeiramente feliz.
— É tão bom te ter aqui. — ele murmura entre o beijo. — Quero passar a noite inteira de beijando.
— Só beijando? — você murmura sapeca, e ele sorri, mordendo os lábios bonitinhos. Nega com a cabeça.
— Uh, uh. Quero fazer amor com você a noite inteira também. Vou te fazer minha.
— Eu já sou inteiramente sua, bobinho.
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WANTED CONNECTIONS. man, am i the greatest ? my congratulations. all my love and patience, all my admiration. all the times i waited for you to want me naked. made it all look painless. man, am i the greatest.
ps. tudo pode ser discutido, combinado & reformulado , então se alguma chamou sua atenção , não se acanhe em dizer !
press #001 to sing : ❛ the alchemy ❜
❝ so when i touch down, call the amateurs and cut 'em from the team. ditch the clowns, get the crown. baby i'm the one to beat, 'cause the sign on your heart said it's still reserved for me. ❞
MUSE & ARTH se conheceram ainda muito novos no acampamento, e acabaram saindo em uma missão os dois e NPC, irmão do rapaz. quando o irmão estava em perigo, os esforços combinados de arth e MUSE, salvaram o filho de ares que sequer mostrou gratidão aos dois. contudo, vendo a semideusa em ação, uma relação que antes era de ódio mútuo acendeu a chama de uma paixão duradoura. ela era a musa dele, quem o via da arquibancada em cada jogo e para quem ele dedicava cada homerun, até que por uma força mais forte que os dois, seu relacionamento de quase um ano, veio a um fim abrupto que ele nunca superou.
press #002 to sing : ❛ woke up ❜
❝ light flex go easy, tag it up, graffiti. drop a pin or addy, that's where i'll go, rip the show and that's all i know. i'm super visioned, y'all just built on superstitions - watch me do everythin', everywhere, all at once, all the time, all around the world. ❞
MUSE & ARTH a muito tempo tiveram um grande desentendimento, provavelmente por culpa do rapaz e suas maneiras egoístas e arrogantes - MUSE disse então, que ele jamais seria realmente feliz , que não poderia da forma que vivia , sempre pensando em ser numero um. arth ignorou o aviso na época, mas agora começa a pensar que talvez MUSE estivesse certo , que ele jamais tenha sido feliz e quer voltar a conversa que tiveram tanto tempo atrás.
press #003 to sing : ❛ glory and gore ❜
❝ there's a humming in the restless summer air and we're slipping off the course that we prepared. but in all chaos, there is calculation, dropping glasses just to hear them break. you've been drinking like the world was gonna end , took a shiner from the fist of your best friend. ❞
MUSE e ARTH eram amigos de infância, mais velhos que o rapaz por alguns anos - sempre pensou saber melhor da vida que ele, e por algum tempo, arth acreditou no mesmo. chegaram na adolescência e começaram a se estranhar, o filho de ares já não mais venerava a amiga, e foi em um momento de descontrole do próprio poder que eles se meteram em uma briga feia - raiva e ódio fluindo entre os dois, palavras duras sendo trocadas e ações que não podiam ser apagadas. ( @kretina )
press #004 to sing : ❛ BLOW ❜
❝ you red leather rocket, you little foxy queen - everybody's watching, pretty little thing. baby, tell me what's your fantasy. come closer, let's talk about it. you want white lines in a limousine, whipped cream, and everything in between ? ❞
MUSE é inocente, e não tem muita experiencia no âmbito romântico da vida - o que intriga arth. se conheceram por acaso quando ela o salvou de uma briga certa com quatro pessoas o dobro de seu tamanho, e ele passou a se referir a semideusa como ' salvadora de sua vida ' , e flertar com ela em toda chance que tem.
press #005 to sing : ❛ when was it over ❜
❝ was it that night you didn't ask where i had been ? was it that fight we didn't have when i came in ? was it the first time that you saw me drunk ? second time that i said, "i'm sorry" ? third time that i didn't call ? stayed out and missed your party ? that time i met your friends, i was indifferent. the way you act has got me questionin' - when was it over for you ? ❞
SASHA e ARTH namoraram quando ele tinha apenas seus vinte e um anos, pouco antes de ser convocado pelo 49ers, MUSE era um pouco mais velho que si & a relação foi marcada por altos e baixos, em sua maioria - baixos , mas quando era bom ; era ótimo. fez com que arth insistisse que eles podiam continuar mesmo que agora todo o holofote fosse estar nele, e estar com um homem tivesse que ser mantido em segredo por certo tempo. sentiu-se como o pai, escondendo nick - mas diferente do padrasto , SASHA não aceitou ser um segredo e assim veio o final. ( @littlfrcak )
press #006 to sing : ❛ fragile things ❜
❝ love is like a house of fragile things, where hearts can be broken as easy as antiques and now there's glass all shattered at my feet. what we built together, you left in smithereens. ❞
ILYA e ARTH eram amigos, até que um dia, depois de notar uma mudança no comportamento do filho de ares após descobrir que tinha sido cortado do 49ers , MUSE teve um medo e o seguiu até o final, achando o esconderijo das drogas, cigarros, álcool, entre outros & sendo ignorade ao pedir que arth parasse, antes que ele destruísse mais que a carreira e sim a vida, teve de entregar a evidencia para alguém que pudesse confiscar . oque não parou ARTH, mas lhe rendeu uma punição severa e grande ressentimento du amigue - bem, ex amigue.
press #007 to sing : ❛ saturn ❜
❝ stuck in this paradigm - don’t believe in paradise. this must be what hell is like. there’s got to be more, got to be more. sick of this head of mine. intrusive thoughts, they paralyze. nirvana’s not as advertised ❞
ARTH é um péssimo artista em geral , mas o rapaz sabe desenhar retratos melhor que qualquer um, com todos os detalhes garantidos. tem um pouco de dificuldade de ficar zen o suficiente para focar nesse hobby - mas com BROOK, se sente calmo , e se diverte fazendo oque gosta já que BROOK é talentose em tudo que tem haver com arte. ( @sinestbrook )
press #008 to sing : ❛ young volcanos ❜
❝ tonight the foxes hunt the hounds and it’s all over now before it has begun - we’ve already won. we are wild, we are like young volcanoes. we are wild, americana, exotica ❞
ARTH e MUSE hoje são parceiros de treino, mas em era uma vez, MUSE tornou-se seu mentor após um jovem arth demonstrar que tinha talento e garra, além de uma determinação quase doentia para vencer. já havia aprendido muito sozinho, mas cheio de raiva, ainda era um diamante bruto e o que MUSE fez foi lapidar essa energia em um guerreiro que sempre ganha.
++
antes amigos, agora inimigos.
antes inimigos, agora amigos.
parceiros de treinamento.
parceiros de festa.
boa influência.
fã e ídolo.
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Lua | 月
Como num impasse, estou presa dançando com essa silhueta invisível no frio do outono. As luzes de Tóquio em ruas de bairros discretos que parecem encobertos pelo tamanho gigante da cidade. Dançando uma melodia que remete à sensação de embriaguez, porém sem perder um pingo sequer de sobriedade. O vento transporta gelado uma indiferença e calma que se chocam com meu corpo, que guarda um calor ardente e caos que não se adapta ao céu, que parece congelado, assim como tudo ao meu redor. Me pergunto o que essa figura que não vejo, porém me impulsiona, quer dizer com tudo isso. Estou no meio da semana ainda. Ouço o som dos meus passos, meu converse de sempre se tornou em um salto alto preto sem que eu percebesse. Afiado, é como se a cada passo ele cravasse uma marca no chão e, ao dançar, eu estivesse marcando um desenho no chão. A silhueta segura minha cintura, me puxando para si e me fazendo rodar. Não sinto nada além de uma pressão gelada do que parecia ter forma humana. Ao rodopiar, noto que tudo ao meu redor está congelado. Os carros pararam, a mulher voltando apressada do serviço deixou cair seu celular, que está parado no ar, o garoto com chapéu de beisebol interrompeu sua piada que falava ao amigo. A melodia que pensava comigo mesma segundos atrás ressoa em meio ao ambiente, como se o mundo todo tivesse grandes caixas de som que preenchem todo o ambiente. Sinto algo gelado descendo pelo meu braço, neve. Percebo que estou usando um lindo vestido vermelho escuro, porém o frio não me incomoda. Um solo de violoncelo parece me chamar em direção à rodovia. Dou meu primeiro passo, e o asfalto, em um momento, se transforma em gelo; todo o ambiente muda, e apenas o céu e a rodovia permanecem no ambiente cercado de noite. Meus passos são estranhamente fáceis e tranquilos, sigo em direção à ponte que leva à rodovia. Subo-a e vejo o gelo do que antes era chão quebrar-se, transformando a paisagem abaixo da ponte em um cenário mutável. Um lago com uma grande área verde ao redor, iluminado pelas estrelas. Ao longe há uma fogueira acesa, porém não há ninguém, apenas animais aninhados ao seu redor. Vejo uma estrela cadente, e a melodia toma mais forte presença, com notas rápidas e stacattos marcantes do violoncelo acompanhando a brisa que carregava a linha do violino; as estrelas parecem brilhar junto do piano, e meu andar é uma dança da qual eu sequer tenho controle. Como uma tempestade de verão que acaba logo, tudo termina e me vejo passos adiante, no meio da ponte. A neve discreta e o frio de antes dão espaço a uma brisa fresca em meio ao calor do começo do verão. A visão abaixo da ponte agora é uma praia longa que se estende até o horizonte. A lua cheia parece me encarar de volta por um momento. Da lua cai uma lágrima. Essa lágrima se torna uma silhueta indistinguível de puro brilho, que se levanta após ter caído na areia. A silhueta sorri para mim e, de sua mão fluida, transforma-se num violão que começa a tocar. A silhueta segue andando, e eu acompanho seus passos. Sorrio de volta para ela, que dá um sorriso angelical e desaparece como pó que se dissipa no ar. Apoiada na beira da ponte, vejo a paisagem mudar de novo. E de novo. Como se estivesse vendo uma paisagem mudando de dentro de um trem, vejo cidades, vejo campos e vejo mares. Até que fecho meus olhos. Ao abri-los, estou em meu quarto. Choque duro e desesperança. Sentimento de frustração. Está de noite, vejo uma luz passar pela cortina mais forte que o normal. Basta eu me sentar na cama e vejo um braço de pura luz acenar para mim. Surpresa, vou correndo abrir a porta da varanda. Apenas a vista de sempre, mas com uma brisa, meu olhar é guiado para a lua, que parecia mais brilhante que o normal.
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まるで決着がつかない膠着状態のように、私は秋の冷えた空気の中で見えないシルエットと踊っている。巨大な東京の街の影に隠れるような控えめな住宅街の通りに、東京の光がぼんやりと輝いている。酔ったような、けれど一滴も正気を失っていない不思議なメロディに合わせて踊っている。
冷たい風が私の体を通り抜けていく。その風は冷たさと共に冷静さと無関心を運び、私の体の内に燃えるような熱と混乱がその冷たさと衝突している。凍りついたような空の下で、周りのすべてが静止しているように感じる。
その見えない存在は何を伝えたいのだろうかと自問する。週の真ん中だというのに、私はその答えを見つけられない。
自分の足音を聞き、いつものコンバースがいつの間にか鋭い黒いハイヒールに変わっていることに気づく。歩を進めるたびに、鋭いヒールが地面に痕を残し、踊るたびに足跡で地面に模様を描いているようだ。シルエットは私の腰を掴み、自分の方へ引き寄せてくる。氷のような冷たい感触が、かろうじて人の形をしたものとして感じられる。
回転するたび、周りの景色が凍りついていることに気づく。車は止まり、急いで帰宅する女性の携帯は空中に浮かんでいる。野球帽を被った少年が話しかけるジョークも途中で途切れている。先ほどまで頭の中で流れていたメロディが、まるで大きなスピーカーから鳴り響くように、周囲の静寂を満たしている。
ふと腕に冷たいものが流れ落ちる。それは雪だった。私は濃い赤の美しいドレスを着ていることに気づくが、冷たさは感じない。
チェロの独奏が遠くから私を呼んでいるようだ。高速道路の方へと歩き出すと、アスファルトが一瞬で氷に変わり、周囲の景色も一変する。空と高速道路だけが夜の中に浮かび上がっている。足元は不思議なほど軽く、私は橋に向かって進む。
橋を上りきると、足元の氷が割れ、橋の下の景色が変わる。広大な緑に囲まれた湖が星明かりに照らされている。遠くには焚き火が灯されているが、誰もいない。動物たちだけがその周りに集まっている。流れ星が空を横切り、メロディはますます強く響き渡る。チェロの速い音とスタッカートが、バイオリンの旋律に合わせて吹く風に乗り、ピアノの音とともに星々が輝く。
それはまるで夏の嵐が静まった瞬間のように、すべてが突然終わり、私は橋の真ん中に立っている。さっきの雪と冷たさが引き、心地よい夏の初めのようなそよ風が吹き始める。橋の下には広い砂浜が続き、遠くまで伸びている。満月が私を見つめ返し、一瞬だけ何かを伝えているように感じた。
月から一滴の涙が落ち、それは砂浜に降り立った瞬間、輝くシルエットへと変わる。そのシルエットは私に微笑みかけ、手からギターを生み出して弾き始める。シルエットが歩き出すと、私はその後を追いかける。
私も微笑み返すと、彼は天使のような笑顔を浮かべ、やがて風の中に溶け込むように消えていった。
橋の欄干に寄りかかり、私は再び景色の変化を見つめる。まるで電車の窓から見ているかのように、街並みや野原、海が次々と目の前を流れていく。そして、そっと目を閉じる。
目を開くと、そこは自分の部屋だった。突然の現実に打ちのめされるような絶望感が広がる。夜が訪れ、カーテン越しにいつもよりも強い光が差し込んでいる。ベッドの上に座り、見慣れた光景の中で光の腕が私に手を振っていることに気づく。驚きながらバルコニーのドアを開けてみると、いつもの景色が広がっているが、微かな風が吹いている。視線を月に向けると、普段よりも明るく輝いていた。
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Caught in a deadlock, I find myself dancing with an invisible silhouette in the chilly autumn air. The lights of Tokyo shimmer on the streets of quiet neighborhoods, seemingly overshadowed by the city's vastness. I'm dancing to a melody that gives an intoxicating feel, yet I haven't lost even a drop of sobriety.
A cold wind sweeps through, bringing an indifference and calmness that clashes with the fiery warmth and chaos simmering within me, a heat that doesn't blend with the frozen sky and everything around it.
I wonder what this figure I cannot see, but feel pushing me forward, is trying to tell me. It's only the middle of the week.
I hear my footsteps; my usual Converse has somehow transformed into sharp black heels without my noticing. With each step, the heels leave marks on the ground, and as I dance, I seem to be sketching a pattern across it. The silhouette grips my waist, pulling me in and spinning me around. I feel only a cold pressure from what seemed vaguely human in form. As I spin, I realize everything around me is frozen. The cars have stopped; a woman rushing home has dropped her phone midair, and a boy with a baseball cap is frozen in the middle of telling a joke to his friend. The melody I was imagining a moment ago now resounds in the air, as if the entire world is filled with massive speakers projecting the sound.
I feel something cold on my arm. Snow. I notice I'm wearing a beautiful dark red dress, yet the chill doesn’t bother me.
A cello solo seems to call me towards the highway. With my first step, the asphalt transforms into ice, and the entire scenery shifts, leaving only the sky and highway in a nocturnal stillness. My steps feel strangely light and easy as I walk toward the bridge that leads to the road.
I ascend, and as the ice below me breaks, the view below the bridge transforms. A lake surrounded by lush greenery glows under the starlight. In the distance, a fire flickers, but there’s no one around, only animals nestled by the warmth. I spot a shooting star, and the melody grows stronger, with rapid, staccato notes from the cello mingling with the breeze that carries the violin’s tune, the stars twinkling in harmony with the piano. My steps are a dance over which I have no control.
Like a sudden summer storm that swiftly passes, everything halts, and I find myself steps further along, in the middle of the bridge. The subtle snow and previous chill have given way to a gentle breeze of early summer warmth. Beneath the bridge now stretches a vast beach that runs toward the horizon. The full moon seems to gaze back at me for a moment.
A single tear falls from the moon. As it lands on the sand, it takes shape, transforming into a luminous silhouette that stands and smiles at me. From its flowing hand, a guitar materializes and begins to play. The silhouette starts to walk, and I follow.
I smile back at it, and as it gives me an angelic smile, it dissolves into dust that dissipates into the air.
Leaning against the bridge rail, I watch the landscape change once more. And again. As if observing the world from a moving train, I see cities, fields, and seas pass by. Finally, I close my eyes.
When I open them, I am back in my room. A harsh shock and a sense of hopelessness fill me. Frustration. It’s nighttime, and I see an unusually bright light streaming through the curtain. I sit up in bed, noticing a luminous arm waving at me. Surprised, I rush to open the balcony door. Outside, it’s the same view as always, but with a gentle breeze guiding my gaze up to the moon, which shines brighter than ever.
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send ❂ for elinor’s reaction to merida desperately shaking her awake ( @bearida )
As árvores no caminho atrapalhavam a desenfreada corrida pela noite. O sol, perto de nascer, surgia tímido no horizonte, sua presença oferecendo uma modesta iluminação ao desespero arfante que tomava conta de mãe e filha. Segurando firme a mãe de Merida, Elinor disparava pelo terreno acidentado, o tempo todo olhando por cima do ombro, para a menina, e para aquilo que as perseguia. Facilmente duas vezes seu tamanho, de patas pesadas e pelo escuro, o urso corria com uma expressão de ódio, pronto para dar o bote. "What! What?" Se vê desperta. Merida bem ali. Toca o rosto dela, as bochechas quentes, os cabelos lindamente emaranhados e vermelhos. E sorri. Estão bem. Estão a salvo. "Está tudo bem? Está tudo bem."
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Pela primeira vez eu olhei para um homem e pensei que poderia beijar cada centímetro do corpo dele se ele me permitisse, que eu aceitaria até mesmo a proposta mais indecente, seria dele por uma única noite se ele quisesse, eu aceitaria a menor migalha do seu amor, poderia aceitar apenas um beijo, ou sentir o cheiro que exala do seu corpo e das suas roupas. Eu seria amiga, confidente, um amor ou apenas alguém para esquentar sua cama fria se ele deixasse.
Pela primeira vez minha boca se enchia d'agua apenas com a ideia de sentir seu gosto. Eu fechei os olhos e pude sentir o gosto do seu amor, algo como morango com chocolate, quando os abri era real, ele segurava um morango com os dedos e colocava em minha boca.
Eu fitei os olhos azuis que me encaravam de canto, um sorriso que escondia muitas más intenções, mas ele ria da minha expressão de prazer comendo a fruta. Seus dedos ficaram cobertos de chocolate, eu os coloquei na boca e lambi o doce, nossos olhares se encontraram e o sorriso em seu rosto se desfez, o olhar intenso me fez perceber que eu tinha feito algo muito, muito perigoso.
- Cuidado garota. - a voz grave e baixa ressoou nos meus ouvidos como um incentivo.
Segurei o dedo indicador e o médio colocando ambos em minha boca e chupando com mais intensidade. Sua mão livre envolveu meu pescoço apertando devagar, me empurrou contra o sofá em que estávamos sentados em sua sala, por alguns segundos apenas observou a cena da minha completa submissão, sendo enforcada com seus dedos em minha boca sem conseguir esconder um sorriso de satisfação enquanto ele retirava os dedos de dentro da minha boca e tocava os lábios.
- você está me deixando louco... - a voz saiu mais rouca e sufocada. Eu sorri.
Tirou a mão do meu pescoço para segurar meu cabelo pela nuca com força me puxando para um beijo, a outra mão me puxou pela cintura para mais perto, eu não podia e nem ao menos queria resistir a ele. Sentei em seu colo, suas mãos passeando entre a bunda e as coxas, enquanto eu segurava os cabelos negros com delicados cachos puxando suave para aprofundar o beijo, sentia que podia devora-lo.
Meu quadril rebolava involuntariamente em seu colo, as mãos pequenas desceram para puxar sua camisa, um dia frio em Londres, a blusa de lã justa ao corpo deixava aparente o tamanho de seu corpo, peito e braços fortes, mas eu precisava ver sem aquele tecido. Quando tirei sua blusa, parei de beija-lo e gastei alguns segundos para observa-lo, o peito forte e peludo subia e descia em um ritmo de uma respiração descompassada, eu queria sentir então passei os dedos, os braços eram tão firmes quanto uma rocha, o abdomen definido, a imagem me deslumbrava e involuntariamente mordi o lábio inferior.
Impaciente ele arrancou minha blusa e rapidamente se desfez do sutiã também. Me segurou pelas pernas em seu colo e levantou do sofá em que estava sentado, me pressionando contra uma parede, beijava meu pescoço com tanta força que doía.
Desci de seu colo, queria sentir seu gosto. O perfume do seu corpo tinha cheiro de suor e uma fragrância amadeirada, eu beijei seu pescoço, desci por seu peito, sua barriga, parando no fecho da calça para que eu pudesse abri-la, era possível notar a ereção mesmo por cima do jeans, desci as calças junto com a cueca e o membro saltou ereto como se estivesse explodindo de desejo. Minha boca se encheu d'agua ainda mais, ele era lindo, grande, grosso o suficiente para que eu não conseguisse fechar a mão ao seu redor. Lambi primeiro, da base a ponta, então abocanhei, enquanto chupava podia ouvir alguns grunhidos guturais contidos, tímidos.
- Caralho garota. - Ele pronunciou.
Me puxou pelo cabelo me tomando um beijo intenso. Me empurrou contra uma bancada me fazendo ficar de bruços sobre ela, puxou minha saia e a meia calça junto da calcinha. Afastou minhas pernas, primeiro senti o roçar da barba por fazer, depois sua respiração quente foi o suficiente para que eu estivesse em chamas, mas ele me chupou até que percebesse que eu mal conseguia manter as pernas firmes no chão. Então me pegou no colo novamente apoiando na parede, encaixou o membro em mim e penetrou.
Minhas unhas arranhavam suas costas enquanto ele estocava, cheguei a morder seu ombro próximo ao ápice, ouvir ele gemer me transtornava. Me segurava com facilidade, como se eu fosse leve como uma pena, apoiou uma das mãos na parede antes de anunciar seu limite.
- Eu não consigo aguentar mais, vou gozar...
Não havia palavra que eu conseguisse pronunciar, ele percebeu que eu estava tão perto quanto ele e intensificou os movimentos. Apoiou a testa no meu ombro despois de chegarmos ao limite, enquanto tentava retomar o ar.
"Porra acho que estou apaixonada" foi a única coisa que consegui pensar.
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CAPÍTULO 11
O gramado era completamente instável. Completamente.
Quase caí, no mínimo três vezes, sobre os saltos de altura sobrenatural. O vestido justo demais em minhas coxas não ajudava no meu equilíbrio, bem próximo de malabarismo. O decote em V não era menos exagerado.
“Não vai dar certo.” Falei, quando vi o vestido e os sapatos.
E não deu. Retirei o enchimento e o lancei em algum arbusto enquanto me encaminhava para a porta. Enfiei na fechadura a chave única que ele me entregara e ela girou com facilidade. Quase não consegui passar pelo batente da porta com o enorme volume das quarenta e duas rosas brancas nos braços.
Eu não acreditava no que eu estava fazendo. Em que é que eu estava pensando quando aceitei ajudá-lo? Não importava. Não havia tempo para desistir. Iraque me prometera que seu pai e sua… acompanhante estariam vestidos. Aparentemente, o homem tem essa coisa de rotina e organização. Respirei fundo, podendo apenas esperar que ele estivesse certo.
A casa era encantadora. No teto, um grande lustre repleto de finos cristais de vidro que poderiam cair e cortar a minha cabeça para fora do corpo em segundos. Em uma parede, via-se uma grande janela e, na outra, um espelho brilhante. Pulei em um susto ao ver meu próprio reflexo.
Logo ao lado, havia uma extensa escadaria de mármore polido. A cozinha, que eu procurava por indicação de Iraque, provavelmente estaria no andar de baixo.
Mas eu queria subir. Queria encontrar o quarto de Iraque, observar o aposento no qual ele passara noites chorando baixinho enquanto os pais brigavam no sótão. Queria me sentar na cama na qual ele costumava dormir antes de ter um beliche na clínica psiquiátrica. Queria ver como era por dentro. Queria pular no abismo ou, pelo menos, em uma parte dele.
Ouvi vozes e meu coração disparou. Percebi que tocava o corrimão e me afastei rapidamente. Droga. Não acredito no que eu estava fazendo. Voltei ao plano, pisando com cuidado para que não fizesse muito barulho.
Mas a porta, que eu deixara aberta, bateu devagar e fui obrigada a mudar de tática. Caminhei pela casa o mais rápido que meus sapatos me permitiram, tentando encontrar o local certo.
Achei os dois mais rápido que gostaria. A Sra. Acompanhante possuía os braços finos e pálidos erguidos como se quisesse abraçar o Sr. West. Ou estrangulá-lo. Ele, por sua vez, segurava uma garrafa aberta de cerveja, também imóvel. Seu cabelo, exatamente do mesmo tom escuro de Iraque, estava desgrenhado e ele não usava camisa. Reprimi um suspiro de alívio. Essa foi por pouco.
A semelhança era incrível. Era uma versão pouco mais velha de Iraque. Os dois poderiam facilmente se passar por irmãos, apesar de a barba por fazer envelhecer o homem e o cabelo recém cortado tornar seus olhos mais claros. Olhei de novo para a Sra. Acompanhante. Ah, sim, nós duas poderíamos nos passar por irmãs. Quantos anos ela devia ter? Vinte e seis? Menos?
Por um momento, diante dos dois, esqueci tudo o que Iraque pedira que eu dissesse. Pensando rápido, abri o maior e mais afetado sorriso que eu pude e entrei na personagem.
“Oh, querido.” Exclamei em uma voz aguda e hedionda, adentrando a cozinha. A pobre Sra. Acompanhante estava espantada demais para dizer qualquer coisa, e quando me aproximei e toquei seu corpo flácido de leve, ela se moveu para o lado sem se opor. “Senti tanto a sua falta. As flores são deslumbrantes, me desculpe pela demora.”
Lancei meus braços pelo seu pescoço e, pasmo, ele sequer se moveu.
“Obrigada pela chave. Agora não terei de acordá-lo tão tarde, não é? Eu sei que você não gosta de levantar de madrugada. Não está chateado, está? Senti taaanto a sua falta!”
Foi a coisa mais repulsiva que eu já fiz. Eu enfatizava praticamente todas as palavras. Todas as palavras.
Soltei o homem que ainda não fora capaz de produzir som algum. Sobre os saltos, olhei para baixo para encarar a Sra. Acompanhante e sorrir ainda mais, como se houvesse reparado em sua presença apenas agora.
“Você deve ser a filha do Steve.” Falei, improvisando. Droga, quem era Steve? Eu estava perdendo o controle da situação. Queria contar até dez, mas não podia me dar a tamanho luxo. Contei até dois e continuei antes que o Sr. West se desse conta do que estava havendo e me acertasse na cabeça com a garrafa ou chamasse a polícia. Empurrei as flores brancas murchas nos braços moles da mulher. “Poderia fazer a gentileza de deixar lá dentro para mim?”
O rosto dela finalmente começou a expressar uma reação, uma reação compreensível: fúria. Mas fúria por mim, ou pelo homem que, de acordo com toda a encenação, a traía? Provavelmente por ambos.
Hora de dar o fora.
Meus dedos caminharam pelo ombro do pai do Iraque e meu estômago se embrulhou.
“Estarei na banheira, querido. Você me encontra lá?”
Não esperei que ele respondesse, porém. Deixei a cozinha rapidamente e me permiti correr escada acima. Correr muito rápido. Arfei ao alcançar o último degrau.
O segundo andar estava escuro e, com dificuldade, consegui visualizar a entrada para o sótão; um quadrado furtivo no teto. havia mais três portas bem espalhadas pelo local.
A Sra. Acompanhante começou a gritar.
Passei correndo por um escritório e por um pequeno banheiro. De acordo com as instruções de Iraque, o quarto do pai era no fim do corredor. Podia vê-lo. Pela porta entreaberta, havia uma luz amarelada de luminária que alguém se esquecera de apagar. No entanto, parei de correr diante do segundo quarto. Era a única porta fechada. Salas em uso não ficam fechadas.
Toquei a porta de Iraque. Queria muito, muito abrir. Porém, os gritos ficavam cada vez mais altos lá embaixo, ainda que incompreensíveis. Os passos ficaram mais claros. Ele saiu da cozinha. Quero dizer, é claro que saiu, havia uma estranha em sua casa.
A Sra. Acompanhante não cessava os berros furiosos nem por um segundo, mas eu não prestava atenção. Ela devia estar louca da vida.
Bem, eu não ligava a mínima.
Escancarei a porta bruscamente. O quarto de Iraque era estranhamente pouco mobiliado. As paredes eram azuis, do mesmo tom da sua mochila. Havia uma estante, mas estava vazia e todos os livros estavam organizado em uma pilha ao pé da cama. Capas de discos dos anos 70 foram coladas na parede oposta a um grande armário de madeira, mas isso era tudo. As persianas estavam fechadas porque ninguém vivia ali há algum tempo.
Meus olhos pousaram sobre um porta-retratos sobre o criado mudo. Era a foto de uma mulher. Um tubo transparente fornecia oxigênio em suas narinas e os olhos estavam inchados, mas ela sorria. Vestia um gorro esverdeado e, em seu colo, havia uma criança. Recém-nascido, percebi. Cara de joelho. Careca, enrugado, o nariz achatado e a face corada, enrolado em um grosso manto cor de rosa.
Ela era bonita. Não a criança. A mulher era bonita. Me chateou perceber que não se parecia em nada com o filho. Os cabelos eram vermelhos como o fogo e o rosto era redondo, enquanto o de Iraque era longo e bem definido por ossos notórios. Os olhos da mulher eram caídos, assim como os lábios. Mas ainda era bonita. Embora Iraque fosse mais atraente.
Os passos finalmente subindo as escadas me trouxeram de volta a realidade. O que eu estava fazendo?
A Sra. Acompanhante começou a chorar muito alto e, por um segundo, me senti mal por ela. Depois, desejei que ela chorasse até ter de estocar suas lágrimas.
Agarrei o porta retratos e corri até o quarto do fundo do corredor, fechando a porta atrás de mim.
Não parei para analisar o local. Me enfiei no banheiro e tranquei a fechadura. Abri a janela que, realmente, era grande o suficiente para que eu me jogasse para fora e descesse pela escada de incêndios com prontidão.
Descobri que escadas de incêndio eram o meu forte.
Mas o vento apenas me deixou mais enjoada. Agir como a Sra. Acompanhante 2 não foi a experiência mais agradável da minha vida.
A ânsia aumentou, por precaução, levantei a tampa da privada. Era ornamentada com uma borboleta-monarca pintada em cores vivas no tampo que parecia de verdade. E cheirava bem, também; a essência de lavanda imediatamente invadiu minhas narinas.
Não queria vomitar. Respirei fundo e ousei contar até dez.
“Preciso dar o fora daqui.” Afirmei para mim mesma, em um murmúrio.
Passei as pernas pela abertura e andei com cautela pelo telhado tomado por hera. Desci devagar, degrau por degrau. Por pouco não fui derrubada pelo medo quando escutei punhos pesados contra porta do banheiro. Apressei o passo e, finalmente, pousei no chão, dando mais alguns passos em direção ao carro.
De repente, trombei com algo em minha frente. Um flash explodiu bem na minha cara.
"Não é justo que só eu apareça nas fotos!" Sussurrei.
"Na próxima eu vou aparecer." Iraque prometeu, com um sorriso. Guardou a câmera e ergueu duas bolas acolchoadas, uma em cada mão. “Acho que deixou isso cair, Srta. Australia.”
Bati em seu pulso, as bolas voaram para longe.
“Eu disse que não precisava deles.”
Estava escuro sobre o gramado, mas eu percebi quando o garoto me olhou de cima abaixo. As minhas pernas expostas. O meu pescoço. Ah, meu Deus, o decote. Ah, meu Deus, a saia muito acima do joelho. Justa em minhas coxas. Ah, meu Deus.
Só podia esperar que ele não fosse capaz de enxergar o rubor em meu rosto.
Iraque segurou minha mão e continuamos a corrida até o carro, juntos dessa vez. Ele bateu a porta do carro ao se sentar ao meu lado.
“Como foi?”
“Repulsivo.” Respondi, com um suspiro.
“E a Tiffany?”
"Sabe o nome dela?”Arqueei uma sobrancelha.
"Russ descobriu há uma semana. Não pergunte como.” Assenti, então dei de ombros.
“Deve estar longe, agora.” Sorri maliciosamente. Mas ele balançou a cabeça, em negativa. Meu sorriso desapareceu. Não fomos bem-sucedidos? Então, tirou da mochila um par de chaves.
“Peguei a chave do carro. Dos dois.”
“Por que fez isso? Assim terão tempo de se reconciliar.”
Ele negou novamente.
“Ela chamará algum dos trezentos amantes para buscá-la. Não se preocupe.”
Enquanto eu recuperava o fôlego, Iraque riscou o terceiro item, momento desafiador. Ele fechou o livro e abaixei o freio de mão, quando uma voz masculina ressoou atrás de nós. O pai de Iraque berrou um palavrão e disparou em nossa direção.
"Dirija!" Gritou Iraque.
Pisei no acelerador com força e virei algumas esquinas, até ter certeza de que não havia mais ninguém na rua.
"Minha nossa." Eu disse, buscando seus olhos no escuro. Iraque abriu um sorriso, e comecei a rir. "Isso foi incrível!"
"Você acha que se jogar nos braços de um cara de quarenta anos e depois correr é incrível?"
"Eu não sei. Eu só... eu não sei, eu nunca fiz nada assim antes. Me sinto viva."
"Você tem glicose nas veias, Australia." Seu sorriso aumentou, e eu retribui. "Me conte tudo."
Enchi os pulmões de ar e prendi o cabelo em um rabo, à medida em que narrava minuciosamente os acontecimentos dentro da casa, com exceção do momento em que invadi o seu quarto. Enfiei a foto na mochila sem que ele percebesse e entregaria mais tarde.
"E agora?"
"Quarto item. Algo brilhante."
“Qual é o caminho?”
“Você sabe o caminho.”
Iraque arregaçou as manga do braço direito, exibindo o endereço que eu escrevi ali há algumas manhãs.
“Donovan” Falei, amargurada. “O que você quer lá, Iraque?”
Iraque não disse nada. Não havia ninguém para atravessar as ruas. É claro que não; o painel do carro indicava vinte minutos para as três da manhã. Mas parei no sinal vermelho mesmo assim, olhando para o garoto. Eu ainda queria uma resposta.
Seus olhos estavam em mim e eles brilhavam sob a luz avermelhada. Ele me estudava com o cenho franzido. Estava prestes a repetir a pergunta quando ele falou antes de mim.
“Ele machucou você, não foi?”
Olhei para o meu colo, e pisei no acelerador. Respondi com outra pergunta.
"Você acha que uma pessoa pode machucar a outra sem querer?"
"Ele não te machucou sem querer."
"Não estou falando dele. Você acha que pessoas no geral podem machucar outras sem querer?"
"Não. Você acha?"
“Posso usar uma metáfora?”
“Sem dúvidas.”
“Eu acho que nem faz diferença se as pessoas são boas ou não. Elas plantam demônios em você e depois que o inferno já está lá dentro, elas vão embora. É. Eu acho que isso pode ser feito por acidente.”
Escutei a sua respiração apressada. Outro semáforo. Estava verde, mas parei mesmo assim. Porque queria olhar para ele.
“Posso usar uma também?” Balancei a cabeça devagar. Eu não conseguia respirar e responder. “Eu espero que os demônios que ele plantou em você apareçam em seus sonhos como aparecem nos meus.”
Umedeci os lábios e reparei que prendia a respiração, inalando um monte de ar de uma vez.
“Eu também.” Sussurrei. E retomei em silêncio o percurso até a casa do garoto.
No geral, era longe. Era longe da minha casa, do hospital, do colégio e da sua própria casa, onde as festas desastrosas eram realizadas e onde ficava o sofá-da-traição-da-vaca-Jennifer. Mas, partindo da casa de Iraque, demorei menos de trinta minutos dirigindo até lá.
Quis perguntar por que fora internado tão longe de casa, mas acho que sabia a resposta. Ou simplesmente tinha medo dela.
Parei o veículo por entre algumas árvores. O som das ondas se quebrando na margem era agradável e acolhedor. Confortável, como se eu estivesse em casa.
Mas não estava.
Iraque saiu também, jogando a mochila sobre um dos ombros. Caminhamos silenciosamente até o local onde os carros estavam estacionados. Reparei no carro dos pais de Done e... hum, Pene, o carro pênis.
Ele levara alguém, por isso os dois carros. Olhei para cima, mas sabia que a janela de seu quarto dava para outro lado da casa. Ele estaria na sala de estar, diante da enorme televisão, jogando videogames com Noah e Avedis ou na cama com as gêmeas Norin, do segundo ano? Quem sabe Jennifer?
“Australia.”
Olhei para Iraque. No meu primeiro ano nessa cidade, fiz todos pensarem que eu gostava que me chamassem de Allie. Mas não sei ao certo o por quê. Achava ‘Australia’ estranho, mas soava perfeito quando ele dizia.
“Você ainda gosta dele?”
Arregalei os olhos. Quis rir, mas não o fiz.
“Do Done? É claro que não, Iraque.”
“Você parece nostálgica.”
“Estou com nojo, não nostalgia.”
Repliquei, me aproximando e perguntando qual era o plano. Ele pediu que eu segurasse a mochila, da qual retirou, com cuidado, o saco escurecido.
“O que é isso?”Ele me lançou um sorriso maroto.
“Ah, você vai adorar.” Falou, fechando a mochila e fazendo certo esforço para rasgar o topo do saco. “E o Donovan também. Espero que ele não se importe em entrar no precioso carro e ter os tecidos dos pés cruelmente devorados.” Meus olhos saltaram das órbitas, ainda maiores do que antes. Ótimo. Estava louca para ferrar com a vida do Done. Mas eu experienciei ter o pé desprezado essa noite, e não é muito divertido. Iraque riu da minha cara e abriu o saco. “Brincadeirinha. São minhocas. Não temos tempo para perder com esse babaca. Me ajude a jogar aqui.”
Torcendo o nariz, me aproximei do conversível Pene. A capota estava recolhida. Garoto tolo. Despejamos os anelídeos por todo o veículo. Ri deixando-os cair nos assentos traseiros e frontais, além do piso revestido de couro falso de Pene. Pobre Pene.
“Onde você conseguiu minhocas?” Indaguei, limpando a mão na barra do vestido desconfortável.
“Em uma loja de pesca.” Respondeu, como se fosse óbvio. “Onde mais?” Ergui as mãos em inocência.
“Ora, desculpe, não sabia que você as frequentava.”
“Não frequento. Passei para comprar isso.”
Ele tirou da mochila o livro de bolso. Analisei a capa, onde um homem com um chapéu de pescador sorria e espremia os olhos como se estivesse de frente para o sol. O título era ‘Como pilotar uma lancha por Mark Turner’ e o subtítulo ‘Com imagens!’, o grande ponto de exclamação cutucando o chapéu do homem.
“Também ensina a fazer uma ligação direta em menos de cinco minutos.” E começou a andar em direção ao pequeno píer comunitário, onde os barcos estavam ancorados. Ficava a alguns metros da casa.
“Espere. Por favor, diga que não vamos roubar uma lancha.” Ele começava a se distanciar, então o segui, contra a minha vontade.
“Não vamos roubar uma lancha.” Ele disse, e relaxei instantaneamente. “Vamos pegar emprestado. Sem pedir.”
Caminhamos pela esplanada de madeira e ele parecia saber exatamente o que estava fazendo, se dirigindo à lancha em frente a uma placa de madeira onde o nome ‘Sharkaris’ havia sido cravado à faca. Como ele sabia o sobrenome do meu ex-namorado?
Iraque pulou na embarcação e eu envolvi meu corpo em um auto abraço, checando a casa atrás de nós a cada cinco segundos. O chamei algumas vezes, mas Iraque não pareceu me ouvir. Estava ocupado demais com a cabeça enterrada sob o volante.
De repente, a coisa rangeu muito alto e eu pulei, em um susto.
“Shhh.” Eu sussurrei, fitando seu rosto que aparecera novamente, um vergão amarronzado na bochecha. “Se nos ouvirem, estamos mortos.”
“Não vão. Entra logo.”
Eu sabia que não tinha escolha. A coisa balançou perigosamente quando pisei dentro dela.
Iraque sorria abertamente. Não pela primeira vez em uma noite, quis matá-lo.
Era loucura. A noite toda. A semana toda. Iraque estava despertando uma parte louca de meu ser, e eu não me decidir, até então, se isso era bom ou ruim.
Me arrancando de meu transe psicológico, ele lançou um colete salva-vidas laranja berrante em meu colo e mandou que eu o vestisse. Percebi que ele usava um, também. O meu, provavelmente era GGG ou algo assim. Quando o vesti, quase alcançou a barra do vestido curtíssimo e desconfortável.
Iraque se sentou e perguntou se eu estava pronta. Disse que sim. Ele primou o motor, pressionando alguma coisa, e o som voltou, ainda mais algo. Abaixou uma alavanca como se colocasse a lancha em ponto morto.
“Australia.” Chamou. “Está vendo aquela coisa ali?”
“Hum, sim.” Disse, quando ele apontou para uma caixa perto de mim.
“É o motor. Vamos fazer a ignição funcionar, ok? Puxe a corda no três.”
“Ok.” Eu me levantei.
“Certo. Um. Dois. Três.” Puxei. Não aconteceu absolutamente nada. “Tudo bem, você pode tentar outra vez. Pronta? Um, dois, três.” Nada. “Concentre-se. Um. Três.”
A coisa disparou na direção oposta ao píer tão rápido que eu precisei agarrar o ombro de Iraque para não cair. Ele riu sonoramente, orgulhoso do nosso sucesso. Eu ri também, e o vento era algo fora do comum. Algo maravilhoso.
Eu estava viva, Iraque estava vivo, eu não quebrara o barco e o vento era inacreditavelmente maravilhoso. Em poucos momentos eu havia me sentido dessa forma. Era como se eu estivesse viva.
Com uma mão no volante, ele apontou para que eu me sentasse no assento ao seu lado. Foi o que fiz.
"Olha para mim." Pedi. Ele mexeu o pescoço e, com o polegar, limpei a mancha marrom acima de seu queixo. "Tem certeza de que vamos chegar no hospital a tempo?"
"Essa é a última atração dessa noite. Vai dar tempo."
“Por que nós só temos cinco horas?” Perguntei, sobre o vento. Iraque me avaliou por um momento; o barco seguindo em linha reta.
“Você sabe da Andie.” Não sabia bem se era uma pergunta ou uma afirmação, então assenti. “Russ trabalha nas segundas, terças, quartas, quintas e sextas em horários até o horário da quimioterapia. Ele recebe por hora. No sábado, chega meia-noite, como você já sabe, e vai embora cinco e meia. Tecnicamente, cinco, mas como precisa do dinheiro, fica mais um pouco para que o seu substituto possa fazer a ronda dentro da clínica."
"Dentro?"
"Ele checa se todos estão em suas camas, entendeu? Preciso estar lá antes desse horário para entrar e fingir que durmo como um anjo quando ele passar pelo meu quarto. Entendeu?”
Confirmei com cautela.
“No dia da praia, ele me deixou em casa. Não eram mais de três horas.” A expressão de Iraque ficou estranha.
“A Andie ligou. Tinha vomitado. Seis vezes. Você sabe, o tratamento faz isso com as pessoas.”
Não respondi. Como era possível que tudo isso estivesse acontecendo? Russell Anderson sabia como esconder seus sentimentos. Ele deveria ganhar o prêmio Nobel por conta disso.
“Certo. Feche os olhos, estamos chegando.”
“Fechar os olhos por quê?”
“Porque sim. Confie em mim.”
Fechei e esperei. Eu confiava nele. Não sabia bem a razão. Em uma generalização estatística, eu não era boa em confiar nas pessoas.
Esfreguei as pálpebras. Estava exausta.
“O meu pai me trouxe aqui quando eu tinha sete anos, e... Ei! Não vale espiar.” Me repreendeu, quando ele começou a falar e eu pensei que poderia abrir os olhos. “Faz uma década, mas é como se fosse ontem. Me lembro do lugar perfeitamente. Foi bem nessa época do ano, mas naquele dia havia chovido por todos os dias do mês. Eu odeio a chuva, e tinha feito planos de fugir para o México. Quando eu tinha aquela idade, seria capaz de jurar com a mão direita na Bíblia que nunca chovia no México. Ele ainda não era horrível quando eu tinha aquela idade. O meu pai. E quando o sol se pôs, a chuva parou, deixando apenas os rastros de um ralo arco-íris e ele me levou até o píer. Ele me disse que eu estava prestes a tocar o céu." De repente, sua voz se tornou rouca, como se ele estivesse emocionado. "Eu me lembro como se fosse ontem. Mas não me lembrava que era tão bonito.”
Abri os olhos. Iraque não brigou comigo. Ele estava de pé, sorrindo em minha frente, os cantos dos lábios assimétricos, completamente diferentes dos da mãe, erguidos em um sorriso sincero. Não vi nada, no entanto. Ele pegou a minha mão, me erguendo de pé. Segurou meus ombros e, enquanto virava o meu corpo devagar, sussurrou:
“O barco está no piloto automático, caso esteja surtando em silêncio."
Eu ri, porque meio que estava surtando em silêncio desde que abri os olhos e vi o assento do piloto vazio.
Mas, então, de um segundo para o outro, perdi toda a linha de raciocínio.
Se houvesse palavras para descrever a beleza existencial do que eu via, eu sou capaz de jurar com a mão direita na Bíblia que as usaria. Mas não havia. Queimem os dicionários, destruam os sites da internet. Esse monte de tudo é um monte de nada diante daquilo.
No início, pensei que as águas escuras do Atlântico refletiam com perfeição as estrelas que brilhavam no céu. Mas a maré estava agitada demais pelo movimento do barco para isso.
Eram pigmentos azulados, deixando um rastro por onde passávamos e então dando lugar a novos e mais brilhantes à medida que os velhos desapareciam de meu campo de visão. Era como se o mar houvesse roubado as estrelas do céu e as abrigado em seu coração para que eu pudesse estar perto delas, para vê-las a centímetros de distância, para tocá-las.
Agora eu entendia. Para tocar o céu.
A embarcação parou de se mexer de repente e precisei me segurar na borda para não cair. As estrelas azuis nos cercavam em um brilho libertador e infinito. Iraque as admirava ao meu lado.
“O que é?”
“Fitoplâncton” Disse ele, que, assim como eu, não conseguia desviar os olhos do fenômeno. “Fitoplâncton bioluminescente. É um pouco parecido com os vaga-lumes. Um processo químico que os faz brilhar para atrair parceiros, comunicação, distração de inimigos, coisas assim.”
Sorri comigo mesma. Era tão bonito. Queria poder ficar ali para sempre. Após alguns segundos, eles pararam de brilhar em um efeito dominó. Primeiro, as estrelas atrás do barco e, então, as que estavam bem abaixo de nós.
“Iraque.” Chamei, assustada. “Estão indo embora.”
Ele negou com a cabeça.
“A luz é ativada quando estão estressados. A lancha está parada, então se sentem seguros.” Ele se virou por um momento e voltou com o livro de pescaria, jogando-o na água. Tudo se iluminou em pontos azuis mais uma vez.
“São tóxicos?”
“Geralmente, não são. Surfistas ficam loucos em praias assim.”
Sorri para ele. Eu sorria de verdade. Eu sorria de verdade para ele, como sorria de verdade para Caribe e como costumava sorrir de verdade para o meu pai. Era loucura.
“Então podemos tocar?”
Ele sorriu de volta.
“Você gostaria de estressar comida de plâncton comigo, Srta. Australia?”
“É Velibor. O meu sobrenome.”
“Eu sei.”
Olhei para baixo. Eu queria tocá-las. Tocar a estrela que o mar roubou para mim. Iraque tirou a camisa, os sapatos e me deu a câmera, antes de pular na água, fazendo com que pontos esverdeados brilhassem ao seu redor. Tirei uma foto dele antes de fazer o mesmo. Afinal, aquele vestido vermelho nem era tão confortável assim.
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[ DEFEND ] : your muse intervenes between my muse and a source of unwanted attention. / regulus
A marca ainda incomodava o braço de Regulus, e ele tinha a estranha sensação de que jamais pararia, não enquanto estivesse vivo, pelo menos. Foi com esse pensamento que desenrolou as mangas da camisa, ainda que estivesse um dia especialmente quente em Hogwarts e ele sempre tomasse extremo cuidado para que ninguém, jamais, fosse capaz de ver a marca. Havia certas coisas que ele podia esbanjar e se orgulhar abertamente, ainda que isso fosse mais a cara de seu irmão, como seu sobrenome, fortuna e até mesmo habilidades no quadribol, mas, essa, preferia manter um segredo. E, quando o barulhento grupo de grifinórios decidiu que todos precisavam saber sobre suas vidas, o garoto decidiu voltar ao Salão Comunal da Sonserina, onde, de qualquer maneira, estaria bem mais fresco que o lago.
Mas sua, calma e introspectiva, caminhada foi interrompida ao virar um dos corredores e dar de cara com a Scamander sendo encurralada contra a parede, os outros garotos rindo e dizendo alguma coisa sobre ela ser ‘uma sangue-ruim’. Seu punho se fechou, raivoso, enquanto a outra mão foi até o bolso, apertando a varinha com força. “Rosier, Lestrange.” Fingiu cumprimentar, ainda que soasse mais como uma ameaça do que qualquer outra coisa. Os dois se afastaram minimamente, e o Black torceu para que ela conseguisse sair, mas a tentativa foi falha e eles riram, o convidando a se juntar a conversa, como chamaram o que acontecia ali. “Leave Scamander to me.” Evitou a encarar, ainda que pudesse sentir os olhos azuis dela em si, enquanto parecia exatamente aquilo que gostava que acreditassem que fosse: só mais um Black mimado, se achando o dono do mundo. Ele e Victoria, bem, Regulus a conhecia, talvez até demais. Os dois compartilhavam a mesma aula de Runas Antigas desde o terceiro ano e, mesmo com seus círculos sociais claramente diferentes, acabaram na relação complicada de agora. “You know I like to do things on my own, especially these ones.” Duvidava que houvesse algum respeito, individual, conferido a si, mas talvez houvesse o suficiente para sua família, pois Rosier e Lestrange, mesmo que claramente contrariados, se afastaram e lhe deram um último olhar irritado antes de irem embora.
O sonserino ficou parado, no mesmo lugar, o punho ainda fechado e a mão machucando por causa da força com que apertava a varinha, até nem ao menos ouvir mais os passos alheios. Só então se apressou em direção a ela, a destra indo até sua cintura. “Are you alright? Did they do something?” O tamanho de sua preocupação foi uma surpresa até para o próprio, mas não se importou, agora segurando seu rosto em suas mãos e, finalmente, a encarando. “Are you hurt? I swear if they-” Reg a olhou dos pés a cabeça, quase de forma frenética, e só parou quando ela o chamou, seu nome soando muito mais agradável quando ela o dizia. “I’m sorry.” Foi o que conseguiu a dizer, se sentindo completamente culpado. A marca no braço esquerdo pareceu incomodar ainda mais, conforme encostava sua testa contra a dela, pensando em como suas ações poderiam vir a machucar, ou até pior. “I’m sorry, Tory.” Havia acreditado em muitas coisas, desde criança, mas Victoria conseguia o fazer duvidar (e negar) de todas, até mesmo de sua própria sanidade. Os polegares acariciaram gentilmente a pele macia de sua bochecha, pensando em como havia um claro objetivo em tudo o que fazia, ainda que no fim fosse movido por apenas uma coisa: seu coração. Daria um jeito das coisas darem certo, teria que dar, custasse o que custasse, pois só assim saberia que ela estaria salva.
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thirdhopps:
Seu corpo pedia a todo momento para sair correndo dali, mas havia feito uma promessa ao melhor amigo de apoiá-lo durante aquela atividade, uma vez que toda aquela mudança de cenário era importante para ele e Camryn sabia disso. No entanto, mesmo que o amasse mais do que a si própria, seu trauma não estava lhe ajudando a conseguir cumprir o combinado. No momento que ouviu seu nome ser sorteado, por exemplo, arregalou os olhos na direção do Triton. Sua garganta já começava a fechar, como se estivesse sufocando dentro d’água, da mesma forma que acontecera anos atrás. Se apressou na direção do amigo e o puxou de canto. “Eu não vou, Pat. Não posso ir.” Começou a balançar a cabeça em negação diversas vezes. Mais um pouco e poderia começar a chorar, tanto pelo medo quanto porque odiava negar alguma coisa ao melhor amigo. “Chegar até aqui já foi difícil demais para mim. Me sinto sufocando! Como vou conseguir mergulhar? Sei que tenho uma hora respirando debaixo da água, mas não dá, não consigo. I’m really sorry.”
Foi uma invenção sem tamanho Camryn com sua teimosia dizer que conseguiria lhe acompanhar no mergulho. Patrick estava de olho na garota desde que juntou o grupo e verdade seja dita, o nome no papelzinho nem era o dela, mas ele anunciou assim para que pudesse ficar atento à amiga. Com a garota lhe puxando para um espacinho mais afastado das pessoas, o Triton suspirou pesadamente. Por quê em nome de Merlin concordou com aquilo antes? "Ei, tudo bem. Está tudo bem. Não vamos. Nem você e nem eu, ok?" as letrinhas apareceram no ar prontamente e Pat esticou a mão para segurar as dela, apertando os dígitos nos seus. "Não precisa se desculpar, está tudo bem. Eu não devia ter concordado com isso." assentiu antes de voltar a atenção para o grupo, chamando a atenção com um estalar de dedos. "Mudança de planos, vocês vão encontrar os seus guias ali no raso e lá embaixo, sigam a trilha de conchas e eles já estarão lá, boa visita." com isso, sua atenção mais uma vez estava de volta apenas na melhor amiga. "Vamos sair daqui? Quer tomar um suco na barraquinha da Mirana ou quer voltar pra academia?"
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Oi oi gente! Capítulo dois postadíssimo, como prometido. Vocês podem ler o primeiro aqui ou no próprio tumblr da história. Espero que gostem!
CAPÍTULO 2
E nós saímos a pé, sem avisar o meu pai, sem dizer que estávamos vivos, sem verificar se ele estava bem.
Da última vez que eu apareci na casa de Done, foi uma catástrofe. Mas não estávamos mais namorando e eu não estava indo sozinha. O que poderia dar errado?
Eu carregava o único par de sandálias que minha mãe havia esquecido para trás. Não havia carta para mim. Mas a verdade é que sim, eu encontrara algo entre os meus sapatos. Vesti um vestido repleto de lantejoulas pretas na altura da coxa e por uma noite, apenas naquela noite, eu tiraria os saltos finos da bolsa e veria como era ser como ela.
A Casa Número 1 do Done ficava perto da minha e, por isso, fomos andando. Era uma construção branca de dois andares em frente a um gramado adorável. Simples, se comparada à Casa Número 2.
A Número 2 era enorme, próxima aos limites da cidade e era para onde ele ia com a família nos feriados e fins de semana. As festas na Casa Número 2 eram incríveis porque ela ficava às margens do Oceano Atlântico. Done decorava o píer com luzes pisca-pisca e todos se jogavam na água ou simplesmente não faziam nada, recostados nas lanchas dos vizinhos, ancoradas por ali. A festa só terminava quando um deles percebia a confusão e resolvia ligar para a polícia.
Toquei a campainha da Casa Número 1, tentando identificar a música que vinha de dentro. Porém, dezenas de vozes se amontoavam sobre o som, tornando isso impossível. Done abriu a porta, rindo para alguém dentro da casa, com uma lata de cerveja aberta em uma mão e uma bacia cheia de Doritos na outra. Seu sorriso se desmanchou ao me ver diante de si.
“Oi.” Eu disse a ele.
“Oi.” Ele disse a mim. Suguei o canto do lábio.
“Eu não queria deixá-lo esperando hoje, no colégio. Houve um imprevisto.” Apertei a mão de meu irmão ao pronunciar a última palavra. O anfitrião olhou torto para nossas mãos e me apressei em completar: “Este é Caribe, meu irmão. Você já o viu, acho. Lá em casa? Nós, hum, podemos entrar?”
O garoto permaneceu petrificado por alguns segundos, a aparência meio chocada, as sobrancelhas unidas e um pouco de cerveja pingando da mão esquerda. Ele olhou para o rosto de Caribe como se percebesse pela primeira vez que ele era uma pessoa, e não um chaveiro gigante pendurado na minha bolsa ou um gnomo de jardim que havia sido arrastado até a entrada. Então, como se finalmente assimilasse minhas palavras, sorriu o sorriso que sorria para as garotas.
“Ah, claro! Caribe. Entrem, por favor!” Cérebro pequeno, me lembrei, enquanto ele largava os Doritos no colo de um garoto sentado no fatídico “sofá da Jennifer”, apertava a mão de Caribe e, com o braço em torno de meu pescoço, me conduzia casa adentro.
Cerca de uma dúzia de adolescentes se empoleirava na bancada da cozinha, o que era genuinamente perigoso. Eu podia prever o final trágico do calouro sentado na ponta da mesa de pedra.
Havia dezenas balões vermelhos de gás hélio flutuando na sala de estar e o objetivo de metade das pessoas que estavam lá era estourar cada um deles, jogando para cima talheres prateados de todas as formas e tamanhos.
Novamente, isso não me parecia nada seguro. Eu não me importava com essas coisas quando eu estava sozinha. Mas Caribe estava bem ali comigo, e eu não conseguia evitar o enorme desejo de protegê-lo.
“Tem cerveja na geladeira e um barril no segundo andar. Uns caras estão jogando pôquer no banheiro de baixo e, até agora, só um quarto foi ocupado. A casa tem sete; estão à sua disposição.” Ele piscou para o meu irmão, que sorriu por educação, meio contrariado. “Um pessoal está fumando no porão. Caribe, você fuma?”
"Hum, não.” Respondeu.
"Ei, Noah!” Done gritou para um de nossos amigos, que estava escorado contra a geladeira. Quando Noah olhou para nós, Done lançou sua lata aberta para ele, que se assustou e a pegou no ar desajeitadamente, deixando sua camiseta encharcada.
“Porra, Done!” Ele reclamou, mas acabou rindo e virando o resto na boca.
Nós três fomos até ele e o resto dos nossos amigos, ao redor da mesa da cozinha. No fim dessas festas, quando a maior parte das pessoas já tinha ido embora, nós costumávamos jogar Twister de Roupa Íntima sobre esses mesmos azulejos alaranjados. Eu não curtia muito o jogo, mas brincava de vez em quando, quando namorava Done. Eu ficava de sutiã e deixava ele se divertir um pouco antes de perder de propósito quando Noah chegava perto demais do meu corpo.
Apresentei Caribe, que apenas acenou com a cabeça.
“Ele é do nosso ano?” Perguntou Noah, cujo cabelo loiro raspado há algumas semanas começava a crescer. Shelby, com quem namorava desde que eu podia me lembrar, vestia uma camiseta justa que terminava acima do umbigo e insistia em se agarrar no seu ombro como um chimpanzé.
Estreitei os olhos e percebi que ela usava a blusa horrível que minha mãe me deu uma semana após o meu aniversário, na tentativa de se desculpar por ter esquecido. Eu não tinha interesse em ficar com ela, então a levei até a casa de Shelby, que usou a tesoura da cozinha para cortar a estampa feia da bainha e transformá-la em um cropped. Era exatamente na área cortada, que expunha a pele clara de Shelby, que Noah posicionava os dedos.
Noah não era uma pessoa muito legal. A única coisa sobre a qual ele falava era esportes, assunto no qual eu sempre fui leiga. Shelby e eu éramos amigas há muito tempo, e uma das razões pelas quais comecei a namorar Done é porque ela ficou radiante quando comecei a ficar com o melhor amigo do seu namorado.
“Nós somos gêmeos.” Gritei de volta para Noah, afastando os meus pensamentos. Noah ergueu as sobrancelhas para Avedis, um garoto cuja pele escura da testa se deformava em rugas, em resposta.
“Eu nunca o vi.” Ele falou em sua voz ainda mais grave que a de Done. Dei de ombros. Shelby soltou Noah e me puxou para o canto da cozinha.
"Pensei que estivesse evitando Donovan.”
Olhei para ele, de relance. Done abria mais uma lata de cerveja, já que derramou a sua no amigo.
“Eu estou.”
"Então por que veio até a casa dele?”
Soltei um suspiro.
"Problemas com a minha mãe. Preciso ficar bêbada.”
Por um minuto, seus olhos assumiram um brilho preocupado, mas então ergueu uma das sobrancelhas bem feitas e me entregou sua própria bebida.
"Veio ao lugar certo.”
"Vocês são gêmeos idênticos?” Noah continuou, depois que Shelby voltou a se pendurar em seu pescoço.
"Querido, é impossível ser idêntico a uma pessoa do sexo oposto ao seu.” Shelby disse, a voz melosa.
Os outros caíram em gargalhadas e forcei uma risadinha, olhando para os lados com atenção. Queria sair dali, mas nenhum outro grupo me chamava a atenção. Talvez algo interessante estivesse acontecendo do lado de fora.
“Tome cuidado.” Sussurrei para Caribe, quando Done colocou o primeiro copo plástico em suas mãos.
“Com o álcool?” Não gostei de seu tom satírico, mas resolvi ignorar.
“Com tudo. É uma festa do Ensino Médio. Há garotos que podem quebrar os seus dentes e garotas que podem quebrar seu coração.”
Comecei a me afastar, mas Caribe me segurou pelo pulso.
"Allie.” Ele chamou e, por um momento, vi em seus olhos um monte de dor. “Como você pode não estar completamente devastada?”
A pergunta me deixou meio atordoada. Por que ele pensaria isso?
“Eu estou.” Murmurei, mas a afirmação soou mais como uma pergunta.
"Não, não está. Você está chateada. Só isso. Como?”
Respirei fundo.
"Caribe, você vem alimentando uma imagem da mamãe como um ser humano perfeito. Quando ela foi embora, provou a você o contrário. E eu sempre a vi como uma pessoa que ia me decepcionar então acho que, quando isso aconteceu, ela estava simplesmente comprovando uma teoria já existente na minha cabeça, entende?”
Ele demorou a responder, como se tudo fosse muito complicado.
"Você faz isso com todo mundo? Olha para as pessoas e vê o pior?”
"Quase todo mundo.” Abri um sorriso amarelo. “Em você, eu nunca vejo coisas ruins.”
Apertei sua mão antes de soltá-la.
Havia pessoas na piscina. Como pareciam menos barulhentas do que as do lado de dentro, caminhei até o lado de fora. E então, a música ficou alta demais. Eu estava ao ar livre, pois sentia a chuva, havia perdido Caribe de vista e bebido o bastante para ficar zonza ao olhar na multidão a sua procura.
A próxima coisa da qual me lembro é do beijo.
Seus lábios eram frios como se o garoto fosse desoxigenado, um espécime de hipóxia humana cujas mãos feitas de água me seguravam com uma firmeza encantadora; a correnteza forte saturada em oxigênio dissolvido.
Qual era mesmo seu nome? Leonard, Liam, Landon? O nome garoto de gelo certamente começava com “L”. É claro que o toque gélido poderia também ser um mero resultado da chuva grossa que encharcava meus cabelos, mas eu gostava de acreditar que era algo maior. Talvez fosse. Eu sempre subestimei todas as coisas.
Sorri sob o rosto de “L”, o garoto de gelo. Quando eu era criança, costumava amar o fato de que, quando molhados, meus fios loiros atingiam um ruivo semelhante ao da Pequena Sereia. Era como se, por aquele momento em que meus olhos estavam fechados e o frio me abraçava acolhedoramente, eu tivesse todo um oceano só para mim.
O garoto de gelo passou a mão pelas minhas costas e me puxou para mais perto. Não sei se ele havia percebido que estávamos embaixo de uma tempestade, enquanto o beijo álgido se tornava cada vez mais feroz.
A minha vida parecia se personificar em uma balança, equilibrando o ‘certo’ e o ‘errado’. Ou os desequilibrando. A questão é que, por alguma razão, o lado ‘errado’ sempre pesava mais. Eu tomava as escolhas erradas, beijava os garotos errados, seguia os caminhos errados e, por causa ou consequência, todas as coisas sempre davam errado.
Mas quando as coisas davam certo, eu acabava com o cabelo ruivo debaixo das gotas de uma chuva extraordinária, afinal, após meses de sol ardente. Com certa frequência, quando as coisas davam certo para mim, talvez eu terminasse me agarrando com um desconhecido de quem nem o nome eu conseguia me lembrar além da primeira letra. Mas lá estava eu. Lá estava a chuva. Lá estava “L”. E eu devia saber que havia algo errado porque, bem, as coisas não estavam dando certo para mim.
“Não me deixe enlouquecer.” Supliquei a “L” em segredo, e foram as últimas palavras que proferi antes do meu mundo desabar.
Foi Avedis quem me trouxe de volta. Ele tocou o meu ombro gentil e timidamente, desconfortável pela missão à qual foi incumbido.
“Allie.” Ele chamou. Meus lábios pararam de se mover. Eu mal podia respirar tão perto da face de “L”. Ou enxergar. Ou qualquer coisa. “Australia, houve um acidente.”
Olhei para ele, não me preocupando em reparar no rosto do garoto de gelo. O que poderia ter acontecido? Alguém teve uma overdose? Encontraram um corpo na piscina? A chuva inundou a casa por um buraco no teto?
Mas um toque de particularidade em seu olhar descartou todas as outras opções. Done havia se machucado? O que isso tinha a ver comigo? Ele estava bebendo pra caramba, mas havia colocado um fim na época em que eu me importava com a sua saúde quando me traiu nessa mesma casa, e eu acho que Avedis sabia disso. Então, que diabos estava acontecendo?
De repente, me lembrei de que não havia ido sozinha. “Eu vim com Caribe”. Caribe.
O simples pensamento de que algo ruim pudesse ter acontecido com meu irmão me deixou tonta. Não podia ser. Ele não sofria acidentes. Até mesmo seus erros pareciam propositais.
E, bem, era Caribe. Ele ficava em casa e trocava mensagens de texto com Samantha ou assistia a filmes de terror de péssima qualidade com o meu pai.
Mas, ainda que eu tivesse uma enciclopédia de motivos para Caribe não estar presente no acidente, Avedis me puxou por entre o formigueiro humano com pressa. Queria perguntar o que estava havendo, mas não tinha força, não tinha voz, não tinha coragem.
Aparentemente, ele e o meu irmão conversavam com uns caras do time de futebol quando “Caribe enlouqueceu”. Ele disse que ia ao banheiro, mas seguiu em direção ao barril de cerveja. Avedis achou esquisito.
Ele havia bebido de um barril.
Deus, o que foi que eu fiz?
Alcancei a ambulância estacionada diante do jardim apenas a tempo de ver seus tênis novos desamarrados desaparecendo dentro do veículo.
Era a primeira vez que ele os usava, ainda que houvesse ganhado de presente da vovó no nosso aniversário.
Eram tênis incríveis, azuis e de cadarços de poliéster firmes e impecáveis. Eram tênis incríveis que Caribe nunca usou, temendo sujá-los de terra. Eram como o maior adesivo daquelas cartelas que vêm no caderno de espiral da Barbie, no Jardim de Infância. Você espera uma ocasião especial para usá-lo mas, como essa ocasião nunca chega, você cresce, perde o interesse e o joga fora.
Mas os tênis estavam bem ali. Frouxos em seus pés; talvez dois tamanhos a mais do que ele usava e quase caindo para fora do carro.
Um homem negro usando óculos retangulares bateu a porta da traseira do veículo e se virou para mim. Encarei, horrorizada, sua expressão tranquila, notando o guarda pó branco sobre a camisa social, o aparelho de pressão na mão direita e o crachá em algum ponto da roupa. Tentei ler seu nome, mas minha visão estava embaçada. A letra não contribuía. Parecia escrito à mão, em letras cursivas traçadas por canetinha amarela.
“É ela.” Avedis falou. Suas palavras soavam secas, vazias; como se ele me entregasse para a polícia por assassinato à sangue frio.
“O que está acontecendo?”
Foi tudo o que minha voz estrangulada de quem já sabe a resposta conseguiu balbuciar. O homem apenas me olhou de cima a baixo e, por um momento terrível, pensei que não diria nada, confirmando as minhas suspeitas: ele estava morto. Havia tido um ataque, uma aneurisma, um curto circuito, qualquer coisa. Minha mãe o matou.
Não, não, não. Eu o matei. O meu irmão. Meu irmãozinho, ainda que fosse mais velho. Cinquenta minutos mais velho. Os médicos chegaram a imaginar que eu não iria nascer. Bem, eu nasci. Para a desgraça da vida de todos.
“Australia.” Disse, por fim. “Seu irmão tentou se matar.”
Todo o meu corpo parou de funcionar. Na minha cabeça, tudo ficou silencioso, como nas cenas pós-apocalípticas de filmes de ficção científica, nas quais não há ninguém vivo para produzir um ruído sequer.
Eu não podia respirar, eu não podia me mover, eu sequer podia chorar. Até mesmo as minhas glândulas lacrimais pareciam ter se autodestruído ou pegado fogo ou explodido como fogos de artifício. Pane no sistema, erro 404.
Tudo o que eu fiz foi piscar, completamente incapaz de pronunciar uma palavra.
Eu deveria ter percebido, não deveria? Ele é o meu irmão e eu deveria ter percebido que algo estava muito errado. Eu deveria ter evitado tudo isso, cuidado dele. Deveria ter percebido o quão ferido Caribe estava para tentar se matar.
Voltei a realidade quando o homem estendeu um telefone celular em frente dos meus olhos paralisados. O brilho súbito fez com que pontos pretos dançassem em meu campo de visão.
Estava em choque. O aparelho era de Caribe. Eu sabia pela foto de fundo que reluziu na tela. Eu estava lendo no sofá da sala, naquele dia, e ele assistia à televisão com a Samantha. Quando Caribe bateu a foto dos dois, eu apareci no fundo, confusa e incomodada pelo flash.
O desconhecido sacudiu a cabeça e, mexendo na lista de contatos do meu irmão, encontrou o número da minha mãe. Tomei o telefone de suas mãos.
“Ela não.” Balbuciei, digitando o telefone do meu pai com dificuldade.
Ele atendeu no quarto toque e, diante de sua voz exausta, concluí que eu o havia acordado. Não tenho certeza, mas acho que foi aí que eu comecei a chorar.
“Papai.” Proferi, entre os soluços que estavam por vir. “Eu sinto muito. Eu não queria que isso acontecesse.”
“Allie?” Perguntou, repentinamente desperto. “É você?”
“Desculpe, desculpe, desculpe. Eu não queria que ninguém se machucasse. Que ninguém se machucasse ainda mais… Eu não queria. Desculpa.”
O médico, vendo que o diálogo não daria em nada, tomou o aparelho dos meus dedos trêmulos, e deixei que fizesse isso. Eu ouvia tudo o que ele dizia, imaginando a expressão de meu pai ao ouvir, nas palavras do médico, como Caribe havia tirado um canivete do bolso e o apontado contra o próprio umbigo. Como ele ficou tão frustrado quando alguém tentou impedi-lo que acabou ferindo outra pessoa. Como o médico sugeria que ele fosse internado em um hospital psiquiátrico por pensamentos suicidas e ameaça a vida e bem-estar das pessoas ao seu redor.
“Ele está a caminho.”
Declarou o homem de guarda-pó, desligando o celular e o devolvendo a mim.
Então, fugi. Fugi como uma criança assustada. A verdade é que eu sempre fui excelente em fugir. Aquela não era a primeira vez, e não seria a última.
Praticamente atravessei o ombro de Done ao me esbarrar com o garoto no meio do corredor e disparei para fora da propriedade. Filtrei as palavras do homem e me dirigi ao Hospital Psiquiátrico St. Lawrence. Se eu corresse, poderia chegar lá antes da ambulância.
Corri como a personificação do monstro que eu era: infinita, infinitamente destruidora; infinitamente destruída.
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