#solitária simplesmente estranha
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azulmiosotis · 6 months ago
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ohaishwarya · 12 days ago
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𝐑 𝐄 𝐒 𝐔 𝐌 𝐎 . Lady Aishwarya Suryavanshi é uma jovem nobre de saúde frágil e entusiasta por arte, terceira filha, mas primeira menina de um Marquês humano e uma mãe khajol. Criada em meio ao luxo em Powys, foi abençoada pela predileção de seu pai, mas o precito e a repulsão de sua mãe, que aspirava mais ambição e grandeza de sua prole.
↳ estou sempre aberta para novas ideias e plots, então se tiver alguma coisa em mente, vamos conversar! ♡
𝒊 . Muse é filho de uma das famílias de Mercia, onde amargor inexorável perpetua-se com as famílias de Powys, lugar de origem de Arya; bem, foi quase natural que não se agradassem um com o outro.  ¸  (khajols)
𝒊𝒊 . Entre as várias paixões de Aishwarya, uma das mais queridas é a pintura e o desenho; nesse sentido, Muse tornou-se uma espécie de musa viva para muitos de seus projetos. Se Muse for changeling, Aishwarya certamente possui um caderno secreto e especial, recheado de esboços a carvão – desde pequenos detalhes de suas feições até cenas raras que pôde captar, como um vislumbre fugaz de Muse em pleno voo com seu dragão. Se for um khajol, o efeito é o mesmo; até mesmo seu Seon ocupa as páginas, preenchendo-as como uma sombra vibrante.
𝒊𝒊𝒊 . Ela por um tempo se imaginava envolvida em uma história repleta de romance, exatamente como nos livros em que lia, com muitíssima magia, trocas de olhares e, quem sabe, o nefasto e profundo amor à primeira vista embalando-os logo de cara. Mas Arya foi crescendo e, como filha de nobres, isto passou a permanecer em segundo plano; com a doença, a ideia se afastou ainda mais, pois parecia feio permitir que alguém se envolvesse numa relação fadada ao desastre. Entretanto, com a convivência e tantos momentos preciosos, não pôde evitar nutrir sentimentos por Muse. Não houve nada propriamente dito, ela sequer chegou a se confessar, mas o sentimento foi muito genuíno.
𝒊𝒗 . Viserion, sempre mais sério e ponderado, vê-se atraído pelas ideias e travessuras de Aishwarya, que persiste em colocá-lo em situações inusitadas que jamais experimentaria por si mesmo. E, de alguma forma, embora ciente dos absurdos, sempre acaba cedendo aos caprichos ímpares da mulher.  ¸  @viserionz
𝒗 . Arya é uma sonhadora de imaginação fértil, e não é raro vê-la atribuindo nomes a cada um dos peixes de Sycamore Park, tampouco às árvores que, em segredo, aprecia dormir em suas escapadas solitárias. Mas, além disso, ela se considera uma "colecionadora de vivências". Sempre que visita uma praia, ao menos uma pequena concha será guardada; em um parque, é inevitável que uma pedrinha ou flor que seria esquecida pelo tempo se junte ao seu acervo. Cada um desses itens, guarda em pequenas caixas em seus aposentos, como se fossem relíquias de valor imensurável. Um dia, Muse a flagrou nesse hábito e, por razões que nem ele saberia explicar, começou a acompanhá-la em algumas destas buscas e essa estranha atividade transformou-se em um ritual compartilhado.
𝒗𝒊 . Para Arya, ler é um deleite, mas é na escrita que se derrama por completo; ela escreve sobre o que lhe escapa à compreensão, traçando comparações com o que há de mais próximo de sua realidade, e, em outros casos, sobre o que conhece profundamente — embora estes sejam mais raros, já que se vê como eterna aprendiz desse mundo grandão. Vincent adora ler as reflexões mirabolantes que brotam da mente dela, e ela se diverte em observar as reações e ouvir os comentários.  ¸  @princetwo
𝒗𝒊𝒊 . Aishwarya sempre se revelou um desastre na arte de disfarçar-se para circular pela cidade, e foi Muse quem, de fato, aprimorou suas habilidades nesse aspecto. Talvez um khajol habituado às escapadas ousadas, ou um changeling de coração generoso que simplesmente se compadeceu de sua inaptidão.
𝒗𝒊𝒊𝒊 . Arya e Aemma vivem como eternos desafetos por ciúmes de um antiguíssimo gostar partilhado pelo mesmo objeto de desejo. Hoje, quando compartilham o mesmo espaço, a tensão se torna quase palpável, e fica claro a todos que ali há problemas. Elas não se bicam, mas não se odeiam — ainda.  ¸  @aemmc
𝒊𝒙 . Arya costuma exibir mehndi sobre a pele, que são desenhos feitos pelo corpo com folhas trituradas e moídas de Lawsonia inermis linné, até que virem um pó, conhecido como henna. Muse, com sua curiosidade desinibida, não hesitou em um dia indagar sobre o signficado, e por qual razão ela fazia isso consigo. Com o tempo, a curiosidade expandiu-se, levando-o a questionar também sobre algumas das vestes e adornos. Pouco a pouco, foi se aprofundando na cultura mais reclusa da jovem, e Arya, por sua vez, aproveitou a abertura para conhecer os costumes do Império com Muse, o que, inevitavelmente, estreitou os laços entre os dois.
𝒐 𝐮 𝐭 𝐫 𝐨 𝐬 .
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paraadiselostt · 2 years ago
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Uma carta para mim mesma
Oi, eu sei que você está exausta até mesmo para desabafar mas não adianta ficar guardando para você porque um dia tudo isso explode e de gota em gota o copo transborda. Sei que você se culpa por tantas coisas que mais da metade não é sua culpa, tem coisas que simplesmente eram para acontecer. Bom, sei que seu coração anda tão apertado que nem mesmo você, dona dele sabe o que fazer. Sei que os dias estão cara vez mais longos, as madrugadas cada vez mais solitária e os pensamentos cada vez mais cruéis. Sei que é tão difícil de enxergar o seu futuro, porque agora está uma confusão na sua mente, sei que seu corpo não aguenta e a cada dia que passa a vontade de sair da cama diminui. Tá doendo, e as vezes não tem nem motivo ou o motivo é tão pequeno que você nem sabe o porque você o imagina tão grande. Sei que você tá rodeada de pessoas, mas não enxerga. Você se sente sozinha, você se sente cada vez mais triste e solitária. Você se sente cada vez menos você. Você está se perdendo, você não tem mais propósito de vida, você não tem mais fé e isso é o mais triste de tudo. Você precisa de tanta ajuda, mas ninguém te ouve, os que te escutam acham que é bobeira. É tão fácil alguém acreditar em esquizofrenia mas tão difícil alguém acreditar nessa tristeza profunda, que vem de dentro e que atormenta a gente todos os dias. É tão difícil alguém levar a sério, muitos dizem “mas é só não pensar no que te deixa mal” e não entendem que não é um motivo, e sim sua mente que transforma tudo, em tristeza. Transforma aquela multidão, em solidão, e aquele amor.., em estranha frieza. Eu sei que você sonha que isso acabe, antes você só queria que sua vida a acabasse e agora você só pensa em como viver sem isso pra poder estar sempre ao lado da sua menininha. Eu sei que você quer vê-la crescer, estar com ela e ensinar cada detalhe da vida. Essa carta é pra você entender que eu sinto o que você sente, eu sou o seu pensamento. E sei que você não aguenta mais. Só que eu te peço, aguenta firme. Não desiste não, você é forte. Você aguentou até aqui, você fez coisas lindas, você fez uma linda garotinha.., está tudo confuso mas espera que depois da tempestade vem o arco íris, e como ele é lindo. Aguenta firme!
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umadosedemim · 3 months ago
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Sólida solidão
Acredito que sempre carreguei uma estranha incapacidade de me enraizar nas pessoas. Com olhos distantes, observava tantos colegas se entregarem às paixões, perderem-se em sorrisos compartilhados, em olhares que falavam por si. Eu os observava como se estivesse atrás de um vidro. Para mim, relacionar-se era um enigma doloroso, uma dança à qual eu não havia sido convidado, ou talvez, simplesmente, nunca quis aprender. Havia uma quietude em mim, algo profundo e inominável, que me mantinha à parte.
Com o passar dos anos, as coisas não foram mandando. Na vida adulta, enquanto outros se acorrentavam em laços, levantavam famílias e criavam o que chamavam de futuros, eu continuei à deriva. Tentava, por vezes, entrar nesse jogo de afetos, mas era como se as palavras morressem na minha boca. O que para os outros parecia uma escolha natural, para mim era uma construção artificial, desconfortável. O amor, em sua forma mais crua, me escorria pelas mãos, e eu, por fim, aceitei que não nasci para ele.
Então, fiz uma escolha! Uma escolha que parecia inevitável. Desisti de procurar. O amor romântico, aquela promessa sussurrada nas noites, tornou-se uma sombra que eu deixei para trás. Não havia rancor, nem tristeza. Apenas uma sensação de abandono silencioso, como quem larga uma estrada que nunca deveria ter seguido. Escolhi caminhar só, sem a necessidade de me moldar ao que esperavam de mim. Havia uma liberdade amarga nisso, como quem se despe de um casaco que nunca serviu.
Os anos continuaram a passar, e eu segui assim, leve e só. Sem parcerias, sem planos a dois. Os dias se desenrolavam em sua cadência solitária, mas não havia lamento. A solidão, aos poucos, se tornou uma companheira discreta, uma presença que não exigia nada de mim além de aceitação. Eu me acostumei a ela, e ela a mim.
Agora, mais velho, olho ao redor e vejo que a vida, de fato, seguiu sem o toque de uma mão ao lado da minha. Não há lembranças de vozes murmuradas em madrugadas insones, nem memórias de braços que me acolheram em noites tempestuosas. O silêncio ao meu redor é vasto, mas não é vazio. Às vezes, me pergunto como seria ter escolhido outro caminho, mas essas perguntas se dissipam no ar. O que está feito, está feito.
E, ainda assim, não estou só. Pessoas me cercam. Amigos que ficaram, laços silenciosos que foram tecendo ao longo dos anos, sem que eu sequer percebesse. Não são amores de carne e osso, desses que se acendem e se apagam, mas são presenças. Pessoas que me amam, talvez sem a urgência do romance, mas com uma ternura que, por muito tempo, não percebi.
A melancolia, essa velha companheira, me segue nos passos, mas ela não me afoga. Ela apenas me lembra que a solidão, às vezes, é uma escolha. E, ao final de tudo, apesar da ausência de alguém ao meu lado, há um calor. Não o calor de um amor ardente, mas o calor suave de quem encontrou seu lugar – mesmo que esse lugar seja no espaço entre os outros.
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sunofglorysworld · 3 months ago
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Ela é minha melhor amiga, mas também a pessoa que ocupa meus pensamentos nas noites mais solitárias. Não importa quantas vezes ela me diga que o que temos é só uma relação muito estranha de amizade e amor platônico, para mim nada disso muda.
Ela sempre será a primeira.
Quando penso em um futuro, é ao lado dela que me imagino. Quando estou com alguma pessoa aleatória ao lado, é dos toques dela que eu me lembro. Eu a respiraria todos os dias. Mas, como um cantor e escritor brasileiro dizia, talvez ela nem goste tanto assim de mim.
E é uma merda viver nessa situação, porque nada é o suficiente para preencher seu lugar. Namoros, encontros, nada fez com que minha mente bagunçada me desse paz e simplesmente seguisse em frente. Eu amo ela, e é difícil colocar em palavras como a amo e porque a amo. Ela é a única que eu desejo e sempre desejarei. Seu humor quebrado, o jeito que ela se importa com meus dilemas mais idiotas e o quanto ela fica linda falando daquilo que gosta, das suas paixões e convicções… Eu perderia minha vida inteira escutando sua voz palermada defendendo sua opinião sincera sobre algo. De verdade, eu amo isso.
E eu sei que eu sou capaz de ser aquele que pode fazê-la rir e chorar. Aquele que pode causar a ferida mas também curar. Mas até onde vai a linha tênue de ter e não poder te ter? E até quando eu teria que viver na miséria de não te chamar de minha?
Eu quero que você saiba que, mesmo depois de todos esses anos, você é ainda é meu primeiro amor, minha primeira dança, minha primeira quase namorada, minha primeira música, meu primeiro ciúmes e minha primeira dor, porque te ver com outro estranho foi demais para mim.
Heaven, eu amo você mais do que eu poderia colocar em palavras, e sei que sou péssimo demonstrando essas pequenas particularidades, mas ainda sonho em te ver em cima do altar, com o sorriso lindo que só tu tem, me dizendo as três palavras que nunca foram ditas, me beijando sob o por do sol ou o luar estrelado que estaríamos sujeitos naquele momento. Você escolhe, eu só quero estar lá dizendo que te aceitaria na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza e toda a baboseira que teríamos que dizer um ao outro, sabendo que entre nós, tudo seria mais que isso.
Mesmo nesses desencontros, eu sei que vamos nos encontrar. E eu vou poder dizer para mim mesmo e para ti que sempre foi você.
Heaven Vaugh, sempre foi você.
written on July 9, 2022.
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vic-ito · 5 months ago
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Contos ito
conto: Analog School
Ryan Filipe caminhava pelas ruas silenciosas de Belo Horizonte, carregando o peso de seu passado conturbado. Uma vida de excessos e desvios havia sido substituída pela fé fervorosa após sua conversão em uma pequena igreja local onde ele conheceu Camilla Ramos uma medica abatida, A fé em Cristo sendo luz de sua nova devoção, no entanto, não apagava as sombras de seu antigo eu que o assombravam nas noites solitárias, Antes de sua conversão, ele era conhecido por sua vida desregrada, onde prazeres efêmeros e falsas alegrias o mantinham distante da verdadeira paz interior.
Carlos Eduardo era conhecido pelos moradores de Belo Horizonte como um homem excêntrico e solitário, frequentemente visto pelos cantos da cidade murmurando sobre uma religião antiga e esquecida. Ele era conhecido por suas teorias obscuras sobre rituais esquecidos e entidades cósmicas que, segundo ele, estavam adormecidas há séculos sob a superfície de uma escola.
Para muitos, Carlos era simplesmente um louco inofensivo, cujas histórias sobre cultos antigos e rituais macabros eram vistas com ceticismo e até mesmo compaixão. No entanto, entre aqueles que ousavam ouvir suas palavras com mente aberta, havia uma sensação de intriga e inquietação. Alguns se perguntavam se havia alguma verdade nas narrativas de Carlos, escondida sob a névoa de sua aparente loucura.
No hospital onde trabalhava, Camilla Ramos lidava diariamente com a morte. Seu coração, uma vez cheio de esperança na medicina, agora estava manchado pelo arrependimento. Um dia, um velho estranho, com mais de 100 anos, foi admitido na ala de emergência, murmurando palavras em uma língua desconhecida. Camilla sentiu um arrepio ao observá-lo, como se algo ancestral e sinistro estivesse entrelaçado em suas palavras incompreensíveis. Intrigada e perturbada pela presença do velho e suas estranhas vocalizações, Camilla decidiu investigar seu passado e descobrir a origem dessas palavras antigas e misteriosas.
Movida por uma curiosidade intensa e uma inquietação crescente, Camilla mergulhou na investigação do velho e das línguas antigas que ele falava. Descobriu que as palavras eram parte de um antigo ritual perdido, utilizado por cultos há séculos para invocar entidades cósmicas e indescritíveis. Essa descoberta a levou a explorar registros históricos e textos esotéricos, buscando entender os rituais sombrios que permeavam a história e que, aparentemente, continuavam a exercer influência sombria nos dias atuais.
Convencida de que a chave para desvendar os mistérios dos rituais ancestrais estava na escola particular católica abandonada, Camilla convocou Ryan e Carlos para acompanhá-la. Ryan, ainda consolidando sua fé renovada, viu na investigação uma oportunidade de testar sua devoção contra forças desconhecidas. Carlos, assombrado por lembranças de seu passado obscuro e intrigado pela ligação entre o velho e os rituais antigos, aceitou relutantemente se juntar à expedição. Juntos, eles adentraram os corredores empoeirados e salas silenciosas da escola, cada passo os aproximando mais dos segredos enterrados e das entidades que os guardavam.
Dentro dos muros decadentes da escola, as sombras do passado ganharam vida. Ryan foi atormentado por visões de seu antigo parceiro, Hansel, um homem cujos crimes horrendos assombravam sua consciência. As visões revelaram os momentos de colaboração e traição que marcaram seu passado, desafiando sua nova fé e forçando-o a confrontar a escuridão dentro de si mesmo. Enquanto isso, Carlos, lutando contra os fantasmas de suas próprias decisões passadas, foi torturado pelas ilusões criadas pela entidade indescritível. A entidade tentava manipulá-lo, usando suas fraquezas e medos para tentar convertê-lo novamente à sua causa sombria. Camilla, assombrada pelas decisões difíceis que teve que tomar como médica, foi confrontada pelas ilusões de seus pacientes, cujas vidas ela não pôde salvar, enquanto outros prosperaram. As vozes ecoavam pelos corredores vazios da escola, questionando suas escolhas e seu papel na linha tênue entre vida e morte.
Com o passar do tempo na escola das sombras, Carlos sucumbiu lentamente às manipulações da entidade. Sua resistência enfraqueceu diante das ilusões envolventes que a entidade projetava, levando-o a abraçar sua escuridão interior. Ryan e Camilla, testemunhando a transformação de Carlos, sentiram-se impotentes diante da influência insidiosa da entidade. Carlos, agora submisso à vontade da entidade, tornou-se um agente de seus desígnios sombrios dentro dos corredores infinitos da escola. Seu olhar vazio refletia a perda de humanidade, enquanto ele vagava pelas sombras, servindo a entidade que se alimentava do desespero e da dor dos três.
Enquanto as estações mudavam lá fora, dentro dos corredores enevoados e das salas silenciosas, Ryan e Camilla enfrentavam seu destino imutável ao lado de um Carlos irreconhecível. Seus espíritos foram lentamente consumidos pela escuridão da escola, as vozes das ilusões ecoando em seus ouvidos como um lamento sem fim. A entidade indescritível, que se divertia em assistir ao sofrimento humano, manipulava suas mentes e seus medos, perpetuando uma eterna tormenta de desespero e desamparo. Na quietude de suas almas aprisionadas, eles refletiam sobre suas vidas, sobre as escolhas que os trouxeram ali, e sobre a inevitabilidade de seu destino sombrio, prisioneiros para sempre na escola das sombras
Meses se passaram na escola das sombras, e os três estavam presos em um ciclo eterno de tormento e desespero. Porém, um dia, a entidade decidiu liberar Carlos de seu controle, enviando-o de volta ao mundo exterior com uma única missão: encontrar um hospital.
Após mais de 100 anos preso no ciclo da escola das sombras, Carlos emergiu como um espectro perturbado e sombrio, guiado pela vontade da entidade que ainda mantinha seu poder sobre ele. O destino de Camilla, Ryan e Carlos permanecia incerto enquanto o ciclo continuava a girar, presos entre a luz e a escuridão, em um eterno jogo de sacrifício e redenção.
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sociedadedopseudoestranho · 6 months ago
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A reação é inexistente
Ultimamente venho pensando no meu impacto na vida das pessoas e cheguei à conclusão que ele é inexistente. Eu não causo nenhuma reação, ninguém me odeia ou me ama, eu sou apenas um fantasma. Fico vagando por aí, flutuando nas suas vidas e vendo tudo acontecer, sem fazer parte.
E eu não acho que isso é resolvido em conversas com o terapeuta. Nem os remédios para ansiedade conseguem me livrar disso. Isso é velho, feio, bem alimentado e um sintoma de pecados maiores, pecados estes que não foram meus e eu pago até hoje.
É miserável ter que diminuir tudo isso na frase “eu sou carente e solitária”, mas é o que eu posso fazer para que as pessoas entendam. Quem vai entender? Sei lá, qualquer um com tempo livre; as pessoas com quem converso por dois minutos e então elas encontram coisas mais interessantes para fazer. Eu não tenho realmente “pessoas” na minha vida. Eu sou um fantasma, nem vida eu tenho.
Você acha que se o meu namorado atual visse isso ele se sentiria muito desrespeitado por eu estar dizendo que ninguém me ama e ninguém realmente está na minha vida?
Não. Ele não sentiria nada. Ele não sabe como é, ele nunca sofreu por isso. As coisas que me perturbam nunca foram objeto de preocupação dele. Se foram, eu não sei. Ele não me conta. Não pensem que ele é um filho da puta, ele é gente boa, só não é a visão do cara perfeito que eu criei na minha mente e por isso estou aqui toda decepcionada tentando entender por que tudo o que ele faz me deixa triste em certo ponto. Sempre tenham em mente que a doente sou eu.
Ele deixou claro que não fica triste ou chateado com esse tipo de coisa porque ele se contenta com a prova palpável de que eu o amo quando a gente passa alguns dias juntos. Qualquer coisa que acontece na minha mente durante esse tempo simplesmente não interessa porque ele não pode fazer nada a respeito.
Faz uns três ou quatro dias que eu não desejo boa noite para ele antes de dormir. Eu só apago na cama, às vezes depois de ver algum vídeo, em outras depois de chorar. Ele não me manda boa noite antes de dormir. Se não tem o meu boa noite, não tem nada. Independente de que horas ele faça isso, eu gostaria de receber um boa noite. Mas, eu não vou pedir por isso. Eu não gosto de pedir porque todas as vezes que fiz isso eu me senti uma idiota, uma criança berrando e puxando a saia da mãe, implorando por migalhas, por atenção. Eu queria que ele fosse atento o suficiente para perceber. Eu dar bom dia, boa tarde, boa noite e bom caralho de semana não faz diferença nenhuma para ele. Não há problema nisso. A mente dele deve estar focada em mil coisas que não dizem respeito a mim. Ele tem os problemas dele também.
Parece que eu não tenho nada melhor para fazer, não é? Eu fico aqui reclamando, andando por aí toda carente querendo a porra de um boa noite do meu namoradinho. Que humilhante, vai procurar um emprego, vai estudar. Tá infeliz? Então termina.
Eu detesto as vozes da minha cabeça.
Depois de tudo isso dito, eu não consigo seguir minha vidinha miserável por causa desses pensamentos: eu não causo reação alguma e ele não liga. Mês que vem vai ser pior. Junho, um mês que nunca significou nada para mim vai ser um inferno. O resto da minha vida vai ser um inferno.
Eu não consigo manter uma conversa com ele sem pensar que não vou conseguir me expressar da forma que eu quero e, mesmo que isso aconteça da forma mais estranha, ainda vou sair dessa situação frustrada e é isso. E isso nem tem a ver com ele, o cara tá lá, existindo. Ele realmente não pode fazer nada, eu que sou a maluca.
Eu não sirvo para essas coisas. Eu não fui feita para tentar ter uma vida normal, isso é ridículo. Eu detesto ser morna, essa coisa que existe no vácuo.
Quando a gente começou a namorar eu até cheguei a pensar como uma garotinha esperançosa: finalmente eu vou ser a personagem principal da minha própria vida! Finalmente essa porra vai rolar!
E... nada.
Eu devia ter deixado mais claro as absurdices das quais estou interessada desde o primeiro dia, pelo menos teria sido verdadeira comigo mesma em vez de estar aqui, engasgada, tentando contar. Ele teria fugido de mim mais cedo.
Fugido. Ele não fugiria, ninguém foge de mim porque eu não causo reação alguma. Eles simplesmente andariam na direção contrária para procurar outra coisa e eu nem faria parte da equação. “Fugir de você? Garota eu nem sei quem você é. A gente só passou um tempo juntos, isso não significa nada.”
Eu sou infeliz, solitária, extremamente carente por atenção, mas não ao ponto de ficar enchendo o seu saco o dia todo. Me forço a ter uma dependência emocional só para sentir algo e não tenho paciência para construir coisas bonitas com alguém. Na verdade, eu nunca fiz isso e também não sei se estou a fim de tentar. Eu sou difícil para um caramba, eu sou esquisita, eu detesto brincar de papagaio extrovertido, prefiro ser deixada em um canto observando as pessoas do que tentar agradar gente que poderia muito bem ir para a casa do caralho. Tenho medo de perceberem que me falta energia, ao mesmo tempo que isso é bem evidente. Também sou inofensiva, por mais que eu tenha pensamentos vilanescos no final de tudo eu só vou escrever um texto e chorar no travesseiro. Você nunca vai saber da minha existência.
Eu queria ser importante para algum estranho.
Interessante.
Ser odiada.
Ser amada.
Ser objeto de desejo.
Ser alguma coisa.
Se as coisas continuarem desse jeito, a despersonalização vai ser real e um dia eu realmente vou parar de existir em vida. Já viram um cadáver que come, caga, estuda, fala e pede por amor?
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borderlonelygirl · 1 year ago
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Solidão
Sou absolutamente solitária, estou sempre sozinha, me parece que eu independente do quanto tente ser receptiva e me aproximar das pessoas elas simplesmente não querem, e ninguém é obrigado a querer eu sei, mas o sentimento de rejeição é extremamente doloroso.
Sou muito tímida então é sempre um grande esforço falar com um desconhecido, até mesmo com um conhecido as vezes. Eu só tenho uma amiga da mesma cidade, o resto são amigos virtuais, mesmo namorando eu ainda me sinto tão só, ela mal tem tempo pra mim e tudo bem, todos tem sua própria vida, mas esse sentimento de desamparo e solidão me faz querer não existir, eu só queria dormir pra sempre, nunca mais me sentir assim, desde pequena é sempre assim difícil e doloroso, sempre sozinha, sempre largada em um cantinho sendo a estranha que é tímida demais, quieta demais, mas eu tenho medo.
Na hora da dor eu não tenho amigos, namorada e nem família, mesmo que eu tente conversar, pedir ajuda, ninguém entende realmente, eu só gostaria de deixar de existir, ia ser perfeito se eu não precisasse fazer com minhas próprias mãos.
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clonazepao · 1 year ago
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Eu sou Dandelion, parte vi
Hoje decidi pegar o caminho mais longo, precisava pensar sobre a minha doença, sou um homem doente, e sei que preciso de ajuda, no entanto sou cético o suficiente ao ponto de perder esperança na minha cura. Não que eu duvide dos médicos ou da medicina, mas duvido que exista cura para doença que sofro, dúvido que alguém se quer me entenda.
Queria contar muitas coisas, coisas belas, delicadas e amáveis. Mas meus abismos me levaram a me interessar somente pelos passos que me  conduziam a mim mesmo. O extraordinário vazio, aquele que só quem sente pode entender, apesar de que nem todo vazio é igual. Esse monstro chamado vida, entendi que quanto mais vazio mais ela pesa. E sei que não vai desaparecer.
Em minha estranha existência de sonâmbulo...
Sinto que cada segundo com você é valioso, às vezes esses segundos longe parecem um longo e perpétuo tempo, longe de você 60 minutos parece uma hora. Uma das minhas maiores tristezas é assistir você triste, é assistir você se auto destruir e não poder fazer nada a respeito. Aquela primeira bebedeira não foi a última. Sei bem que palavras não ajudam e atitudes fazem toda diferença. Queria poder apagar a dor queima em você, queria simplesmente poder arrancá-la, mas a vida não é simples assim. Sempre aprendi com meus erros e hoje não é diferente.
Absorto em minhas reflexões...
Porque sei o quanto me pesa, o quanto me odeio, o quanto sinto e como isso me machuca. Permaneço imerso em meditações, surtos e tentativa de calma. Brotou em mim a nostalgia da vida, às vezes experimento uma angústia mortal, mas por outro lado sinto que posso evoluir... Sinto que a solidão não está mais solitária, e que a dor não precisa mais  chorar. Sei que sou capaz de tudo, sou capaz de abraçar cada tempestade tua, e beijar cada ferida da tua alma, tudo sem pedir nada em troca, porque você me deu coragem de seguir em frente, para além das portas que eu usei pra me trancar.
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themoongirl6 · 2 years ago
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Ninguém me disse...(part 2)
PUERPÉRIO: nome dado ao pós-parto, ao tempo de 45 dias em que o corpo exige para que tudo volte ao “normal”...
Ninguém me disse que esse nome iria me assombrar tanto, ninguém me disse que a dor de uma mãe não é somente física no puerpério, pois além do seu corpo ter sido dilacerado, sua mente foi exposta a todas as sensações mais estranhas que uma mulher possa ter, um misto de amor e medo, um misto de loucura e sanidade. Tive nesses longos anos, 3 gestações, em que duas delas foram gerados meus filhos saudáveis, e uma infelizmente não tivemos embrião, mas esses 45 dias após o fim dela foi o meu puerpério, meus hormônios e mente estavam alterados, por isso considero que tive 3 longos puerpérios. 
Meu primeiro puerpério foi após receber minha filha, foi um processo bem difícil já que eu não tinha nenhuma instrução do que fazer e minha pouca experiência talvez me deixou a desejar nesse momento tão difícil, foi doloroso, pois conheci a forma mais pesada da dor da solidão, pois quando nasce uma mãe, nasce uma mulher solitária, sem vontades, sem dores e sem doença, pois mãe nenhuma que se prese fica doente. Tenho certeza que me faltou rede de apoio, até porque na verdade apoio eu não tive de ninguém, pois ninguém entendia o porque eu estava tão alterada, todos me julgavam, me diziam que eu não tinha capacidade para tudo aquilo, e que talvez estava ficando “louca”. O meu primeiro puerpério foi a experiência mais difícil da minha vida, pois realmente ninguém havia me avisado o tamanho da ruina que eu iria enfrentar, então não tinha noção nenhuma do que estava por vir. Mas com o tempo e com a lição de sempre estar só, eu lidei muito bem com muitas coisas, muitos desafios e com muitas pessoas, e assim veio minha maturidade no assunto.
Já segundo puerpério infelizmente foi mega frustrante pra mim, porque como eu havia perdido o bebê, aquela sensação de que fiz algo errado me consumia muito, fiquei me sentindo um imenso lixo, mas também não poderia demonstrar muito porque minha filha de 2 anos não podia me ver mal, e ela precisava de mim também. Talvez tenha sido um pouco mais aconchegante pelo fato deu ter ela pra me abraçar e me fazer mais forte, mas neste também não tive nenhum apoio, as pessoas realmente não tem empatia nem por um puerpério “normal”, nem por uma perda. Meu último puerpério foi após receber meu filho, e junto com ele veio a depressão pós-parto, tive muita dificuldade para enxergar com alegria a chegada do meu filho saudável, quando pegava ele em meus braços eu sentia um enorme vazio, me sentia angustiada, sufocada, o motivo? Não sei! Eu amei conhece-lo, mas o dia seguinte ao encontro eu me deparei com essa ruina, essa imensa ruina que é a depressão, achei realmente que eu não iria suportar tamanha loucura que era, pois era uma coisa muito horrível para uma mãe sentir. As pessoas ao redor olhavam pra mim com uma cara de “que mãe é essa que está chorando angustiada e triste com um filho saudável no colo”, ninguém me disse que isso era capaz de acontecer, eu fiquei durante 1 mês sem ver alegria naquele momento, eu me cobrava por não amar o meu filho o suficiente, não amei os primeiros dias, os primeiros contatos, mas eu estava ali, cuidando e zelando por ele, mesmo quebrada, mesmo dilacerada. Eu não o amava naquele momento meu de dor, mas em nenhum segundo faltou cuidado meu por ele, me dediquei ainda mais a ele, até porque ele me demandou muito mais que a minha filha, então misturou a mega demanda com a minha depressão e eu simplesmente disse a mim mesma que não conseguiria lidar com isso sozinha, nisso pedi ajuda ao meu obstetra que de prontidão já me encaminhou a uma psicóloga que me orientou nos demais dias, e até hoje tenho traços dessa dilaceração, uma cicatriz imensa na minha alma, pois é uma coisa que precisarei tratar para nunca mais voltar. 
É, ninguém me disse como seria de fato esses 45 dias, que na primeira durou 1 ano, na segunda durou 60 dias, e a terceira durou 5 meses, ninguém me disse isso, ninguém me apoio nos diversos puerpérios que tive, todos eu fui incompreendida. SER MÃE É VIVER NA INCOMPREENSÃO... 
CONTINUA>>
escritora: Leticia Lisbôa
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azulmiosotis · 6 months ago
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brinachesscake · 2 years ago
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🍑Olá, amigos. EU VOLTEI 🙏🏻 e hoje estou muchinha pq tô cansada, limpei cocô de gato tivemos ultra reflexões hoje q vou contar pra vcs! E aí como foi o dia de hoje?
Mal começou a semana e eu já quero que acabe rsrs
Tá uma correria por causa do vestibular, Saresp e tal (na minha cidade tem) mas estamos aqui pra relaxar, falar de coisa boa não é, então vamos a piadas ruins e sobre algo aleatório ou sei lá (n tem muito sentido, é só pra humor e frustração isso aqui mesmo)
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Bom, amores, hoje a Brina tem uma lição de vida pra vcs!!! Como ninguém sabe (a nao ser a Karen minha best) eu tenho 18 aninhos, o que me torna uma "quase" adulta né (adulto agora é só com 21 bjs) e como eu tenho bastante vivência e aprendizado (metade são bons) e um deles o famoso drama de "correr atrás de alguém" sério gente, tô passando isso no momento com algumas amigas/colegas. Pausa pra lição do dia.
🥭🥭🥭LIÇÃO DO DIA: chegou nos 18? Acabou o bff, manaaas
Título da história: amizade caótica 🌈✨
Voltando aqui, quando vc faz 18 (ou até antes) fia, vc fez 18, não dependa de amigo nenhum pq um dia vc vai tá solitária, gata. Digo isso por experiência própria. Mas enfim, vamos a minha experiência de vidahhh:
Seguinte, eu sou amiga da Roberta (nome fictício) a muitos anos e recentemente voltamos a conversar e tal, soq também sou amiga da Claudia (outro nome fictício) que é nossa amiga também. E o que isso tem, tem que simplesmente as duas começaram a se desentender muito e Cláudia é ciumenta com a Roberta, Cláudia também é uma pessoa muito de lua, que vira a cada do nada pra todo mundo sem explicação e ela fez isso cmg também,
soq minha paciência é igual um o.b, não tenho e n uso (rsrs)
Daí, Cláudia nem olha na minha cara mais (juro ela se afastou sem motivo algum e nunca mais) soq oq rola, ela e Roberta vive nessa de brigar e se entender TODA HORA e eu fico mais do lado da Roberta pq n achava ela antipática. E como, eu uma pessoa de bom senso, permaneço no equilíbrio. Rs
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E daí eu e Roberta começamos a dar uns rolê legais e tava tudo bem, até essa poha dessa garota do nada ficar estranha comigo. Sei lá cara, sabe quando você tentar ser legal e a pessoa começa a rejeitar? Foi isso... Isso me deixa chateada, cara sla parecia q eu era o meio-termo, pq já q ela tava mt ocupada brigada com a outra garota, me chamou só pra tapar um buraco na amizade ali... assim, eu gosto MT dela, ela é muito legal mas sabe, que bagulho chato! Um dia vc é a amiga boa que faz tudo e na outra só falo bom dia por educação sabe? Mano, gente de lua é uma bosta, e eu decidi apertar o botaozinho e ir pra frente, até pq só vou me aborrecer... E foi isso, larguei de mão 🌈🌈🌈🌈
Poha esse povo acha q eu tenho sangue de barata né fica me perturbando, achando q eu sou obrigada a aturar essa coisinha insuportável AAAAAA vontade de quebrar
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(⁠ ̄⁠ヘ⁠ ̄⁠;⁠)
🍑🍑 Hora de expressar o ódio 🍑🍑
Caraio, vc ser a pessoa mediana, legal e engraçada a aceita tudo é uma bosta pq vc só toma no uc ent pode ser filha da fruta🍐 mesmo. Se Karen der um soco em alguém eu pago até advogados defesa dela. Eu quero é tomar uma caipirinha e tem q ignorar todo mundo mesmo, as pessoas são umas merdas, então você quem que usar a violência mesmo (GENTE PELOAMOR EE ERYS É MEME)
Eu sou chorona então no máximo consigo ser arrogante mas n deitem pra esse povo nn
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Então, amores, o blog de hoje foi mais pra desabafar minha frustração referente a pessoas chatas mas o próximo será bem cômico, prometo. Hoje meu humor foi absorvido pelo meu irmão enchendo meu saco mas tudo certo.
Tô acabadassa gente sério e morrendo de enxaqueca então beijinhos viu amo vcs 💌
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Bye bye até o próximo 💕
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meucarisma · 4 years ago
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Ao longo dos anos eu criei laços com pessoas que achei seriam pra sempre, como aquele meu primeiro grupo com cinco amigas da escola. Nós fizemos planos de morar juntas e tudo isso que a amizade adolescente permitia que fosse planejado.
A amizade com uma das cinco permaneceu, o ciclo se repetiu, me veio o grupo de sete que depois veio o grupo de quatro pra que depois de meses esse loop infernal de perdas rolar de novo.
Hoje participo de um novo e os planos de morar juntos vieram de novo, eu fiquei tão empolgada e no meio da conversa de conseguir empregos, aluguel de casa, compra de carros, regras de casa, eu parei, me veio o pensamento de que aquilo não era o que eu realmente queria.
Eu e me minha mãe temos nossas brigas e eu realmente muitas vezes quis ir embora pra sempre e no fundo ainda quero, mas sozinha, e mesmo assim eu não tenho coragem de deixá-la quando ninguém mais restou além de mim.
Mesmo que ela me ache estranha, mesmo que nossa relação seja péssima a maior parte do tempo. É a minha mãe e eu não sou o tipo de pessoa que desiste, sempre fui teimosa demais pra desistir e mesmo cansada, quebrada, eu vou ficar aqui até o fim.
E eu nunca botei muita fé em mim morando com um monte de gente, mesmo que sejam minhas amigas e que tenha a parte divertida. Eu sou uma pessoa solitária e gosto da minha solitude e privacidade, nasci pra ser sozinha não posso sair daqui pra me juntar a essa aventura simplesmente porque eu não tenho coragem dessa mudança tão radical.
Eu que sempre me achei tão impulsiva percebi que no final das contas eu sempre analisei muito bem os pros e contras, preciso dessa solidão eu funciono melhor dessa forma.
AL
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vesperun · 3 years ago
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Me sinto um tanto deslocada, acho que eu não combino com o fundo, pelo menos com nenhum dos quais eu tentei até agora. Mas talvez eu não tenha sido feita para combinar, para caber. E não seria eu se coubesse.
A questão é: ao que eu pertenço? Que paisagem faz mais jus a minha pessoa, ou que pelo menos não se contorça tanto ao meu redor?
Eu sou aquela pintura estranha na parede, que te cativa por alguns segundos mas logo te causa desconforto. Aquela livro que você pega pela capa mas não tarda a largar por achar pouco interessante. Aquela flor a qual você se aproxima pela cor mas logo perde a graça.
Nunca permaneço o suficiente para servir, para caber em algum propósito. Apesar de não mudar internamente com muita frequência. Eu diria eu que simplesmente não pertenço.
Talvez eu seja apenas um conjunto de maus hábitos, onde nada é completo portanto nada satisfaz. Aquela frase sem ponto final
Caberia em mim o que é necessário para não sofrer com minhas próprias turbulências? Ou adotar uma vida solitária seria mais sensato?
Stiefvater dizia que ser solitário não significa solidão, tão pouco sozinho ou só. Embora solitário possa conter todos esses significados em si mesmo. Solitário significa um estado a parte, de ser outro, um tanto só.
É uma palavra que nem mesmo pode ser refletida, prematuramente esmaecida, um tanto como eu.
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twistedcrumbs · 3 years ago
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Parabéns para nós!
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A primeira postagem do 'blog' é algo que exatamente ninguém pediu, mas que eu simplesmente não poderia deixar de fazer como uma homenagem ao Deuce. E eu apenas amo muito esse menino, pelo amor de deus, amo muito mesmo, e não poderia deixar o aniversário dele (que, a proposito é no mesmo dia que o meu) passar em branco. Além disso, acho que não temos conteúdo suficiente dele.  Contagem de palavras : 1.744 O melhor presente de todos é estar ao seu lado
— Obrigada por responder às minhas perguntas e, mais uma vez, feliz aniversário, Deuce. — A jovem que frente frente a entrevista do aniversariante, despediu-se com um sorriso sem muito brilho, porém educado. Abraçou Deuce e caminhou por entre uma sala decorada e os muitos alunos de Heartslabyul. Mesmo sendo convidada para participar da celebração pelo próprio anfitrião da festa, educadamente, negou a oferta com uma polidez que tremia, transparecendo um quê de tristeza vez ou outra. Não foi culpa de Deuce, ele era um doce. Ela apenas não sente vontade de festejar, simples assim. Entretanto, Spade não sabia daquilo. Atravessou o espelho mágico para fora do território coração balançando uma foto tirada do aniversariante, ela havia acabado de sair de dentro da máquina estranha, presente de Crowley. Era quase igual uma polaroide, salvo que seus registros capturavam parte da alma das pessoas e as imagens eram como se fossem vivas. Um espetáculo, de fato. Delirante, praticamente arrastou-se por todo o caminho. Se ficasse um minuto a mais no território dos corações, cartas, doces e críquete de flamingo poderia jurar que enlouqueceria ou que contaminaria toda a festa. Estragando o que seria um dia especial para Deuce, ele não merecia aquilo, não merecia toda sua falta de entusiasmo ao conduzir uma entrevista e nem sua falta de atenção às respostas. O coração da prefeita do dormitório em ruínas ficou um pouco mais apertado, contudo, de que maneira ela poderia evitar aquela situação? Lágrimas quentes inundaram seus olhos e ela respirou fundo, mantendo a compostura e salvando um pingo de dignidade que ainda existe consigo enquanto subia a colina, em direção ao lar mal-assombrado. Esperaria para deixar o sentimentalismo para quando estiver na companhia dos fantasmas, já que Grim optou por festejar com os amigos, ele não estava errado em querer fazer aquilo. Abriu a porta e o bateu atrás de si, ela voltou e tudo ficou por isso mesmo. Tirou os sapatos um pouco largos logo após dar o primeiro passo em casa. O próximo foi o blazer e então o colete, o cinto e por último as calças. Todos largados no chão pelo caminho até o sofá, onde se deitou, colocando a câmera na mesinha de centro e segurando uma foto de Deuce contra o peito. Tinha um enorme carinho pelo menino, com cuidado, ela deixou a foto de pé, encostada na câmera bem em sua frente e observou a imagem hipnotizada. Três de julho. Ah! Como esses dados lhe eram familiares! Tantas lembranças… o bolo com velinhas coloridas em cima, uma mesa de docinhos ansiosos para roubados antes dos parabéns! Presentes! O tão esperado e sempre desafinado “parabéns pra você” cantado pela família. Doía. O que será que eles estavam fazendo naquela hora enquanto ela se lamentava encolhida no sofá? Como foi para sua família passar seu aniversário sem ela? Eles tristes estavam por seu desaparecimento, incapazes de comemorar qualquer coisa assim como ela ou nem sequer mais se recordava que um dia a garota existiu? (Decerto, uma segunda opção não passava de um fruto da sua ansiedade, mas, mesmo sendo algo ridículo, martelou loucamente em sua cabeça). Lágrimas fez uma menção de vir ao mundo, mas foram presas, era como se estivesse cansada demais de tanto passar o dia remoendo como próprias melancólicas e falta da família para chegar a chorar. Ela go-se amargamente solitária agora. — Então é isso, feliz aniversário para mim… — lamentou. E foi quando encarava o teto sem expressão, espalhada no sofá com o braço descansando na testa que a porta range e se fecha. Passos e então uma voz bem conhecida. Exatamente nessa ordem. — Por que você não contou que também era seu aniversário, prefeita? — Deuce estava de pé em sua frente, aquele roupa ridícula de aniversariante o deixava fofo de um jeito bem cativante e aquilo, definitivamente, a faria sorrir em outra ocasião. — É. — Admitiu sem rodeios, levantando para sentar no sofá e respirou fundo, olhando para o garoto. Deuce deu um passo para trás, de repente tomou por um enorme recebio. Pensou haver invadido seu espaço pessoal de forma inimaginável
com sua decisão. O garoto estava apenas preocupado com a forma em que a líder de dormitório agia na festa e decidiu ir checa-la para acalmar a cabeça. Ele, inclusive, pretendia a convidar de volta a Heartslabyul, de repente comer alguns doces podem fazê-lo-la mais alegre, ele estava apenas pendente e que fosse melhor não deixa-la sozinha. Ao menos foi o que ele inocentemente acreditou. Porém, a imagem que encontrou logo ao por os pés no dormitório em ruínas, fez com que Deuce se arrependesse de não tê-la confrontado imediatamente a respeito do que estava incomodando, pois, independentemente do que fosse, — Eu… Eu queria apenas ver como que você tava. E… te chamar para voltar e ficar um pouco na festa, achei que isso podia te deixar um pouco mais feliz. — ele falou com sinceridade, aproximando-se dela, preocupado. A jovem não impediu que ele se sentasse no sofá. — Eu sei que suas intenções são boas, Deuce. Obrigada. Mas eu realmente não estou no clima para festejar, eu sei que seu aniversário não tem nada a ver com isso, mas… O meu também é hoje e eu não consigo parar de pensar em como estou longe da minha família… em… em… — ela hesitou, fazendo uma pausa. Talvez ainda conseguisse chorar sim. Lá estava ela mais e mais triste por ter de passar o aniversário tão longe de casa, para completar, estragando ainda mais o dia de Deuce que, inclusive, apenas queria que ela se sentisse melhor de alguma maneira, o que era reconfortante e doía igual a uma ferida de faca. A garota faz uma boa pausa, organiza os pensamentos e assim pode continuar: — Hoje também é meu aniversário e eu estou longe de casa e não tenho ideia de quando posso voltar, de quando vou poder me reunir com minha família, comer bolo e cantar parabéns mais uma vez. Eu não estou com vontade de comer nada agora, nem de celebrar. — como foram palavras saindo uma após a outra pausadamente, tremendo e se quebrando em uma melodia chorosa e informe no final. Deuce a observada se encolher no sofá e abraçar os joelhos, seus ombros sucumbiram aos casuais espasmos dos soluços silenciosos e o garoto não analisar em nada para dizer a ela. Sua mãe era a coisa mais preciosa do mundo para ele e Deuce não podia se imaginar em uma situação como a da prefeita. Por mais que agora ele também estava bem longe de casa, sabia que a mãe estava segura e sua mãe também estava, eles tinham a certeza de que nas próximas férias se encontrariam mais uma vez e não existiam problemas. Sem pensar muito para não se embolar e dizer besteiras, ele subiu no sofá e então se encolheu, curvando-se diante da garota. Deuce compreender pelo que ela estava passando e por nutrir uma grande empatia estrangeira pela jovem estrangeira, ele se aprofundado chateado com a própria insensibilidade ignorante. — ME DESCULPE, PREFEITA! — ele gritou firme. Saiu bem mais alto do que imaginou que sairia e Deuce se envergonhou por sua atitude. A garota ergue a cabeça, encontrando o menino curvado ao seu lado. Tratou de limpar o rosto e segurar os ombros dele, solicitando para Deuce se levantar. — Não não. Você não tem culpa de nada. Ninguém tem. Não peça desculpas. — Mas eu não imaginei que você pudesse ficar triste. — ele reflet, falando mansinho. Sentindo-se insensível. Mais uma vez a garota negou, fungando para o catarro não escorrer pelo nariz e afagando a cabeça de Deuce. Não Deveri ser um momento para aquilo, mas garoto se eriçou quando sentir as mãos delas tão carinhosamente estragarem sua cabeça. — Olha, como você poderia adivinhar algo assim se você nem sabia? — ela explica. Sua voz soando tristemente. Deuce segura os pulsos dela delicadamente, mas ainda assim firme o suficiente. — Eu posso ficar com você hoje? Apenas nós dois? Sem comemorar nada. — ele queria ficar de olho nela e cuidar da prefeita. Não estava mais nem aí para a festa, mesmo após prometido a si mesmo que daria atenção aos amigos e cumpriria da melhor maneira possível o papel de aniversariante. As prioridades de Deuce eram outras, e elas se encontravam bem distantes da terra da rainha de copas. — Eu… — ela hesita por um longo
momento, desviando o olhar de Deuce e ele espera atenciosamente. — Eu poderia pedir para que você me deixasse sozinha hoje, mas acho que, no fundo, ia preferir bem mais que ficasse comigo… — Ela se encolhe envergonhada por admitir tal coisa, olhando para o estofado listrado do sofá, tristemente. — Então está feito. — Deuce assentiu sorrindo, interrompendo-na. — Não está. — ela tomou coragem de olhar para ele e foi rápida em acrescentar gentilmente. — Eu não posso te pedir algo assim, Deuce. É sua festa de aniversário. — Também é seu aniversário. — Ele argumentou. Sinceramente, ela quis chorar mais uma vez com tanta insistência da parte de Deuce. De certa forma foi bom, egoisticamente falando. Saber que não passaria a noite assim, sozinha. Grim comia alegremente na festa, Ace provavelmente algo parecido, os fantasmas não deram como caras e Tsunotarou não aparecia aos arredores do dormitório ha dias. Foi bom saber que perder-se outra forma havia dado a oportunidade de conhecer alguém como Deuce, que estava recebendo a ficar ao seu lado. Mas era como se fosse demais. — Riddle vai cortar sua cabeça quando te encontrar amanhã. — ela replicou. — É — Deuce fez um careta suando frio, então focou na prefeita. — Mas não será a primeira vez e, pelo menos, agora é por um bom motivo. Então tá tudo bem. Ela não conseguiu responder, apenas se jogou nos braços de Deuce em busca de um abraço apertado e silencioso. O menino não reage, apenas gagueja algo sem sentido, fica descontrolado e rígido, suando e olhando para os lados sem saber o que fazer com a prefeita em seus braços, mas eventualmente relaxa e abraça de volta, tranquilamente. — Obrigada. — ela murmura. Deuce não podia estar mais contente. Aquele era um ótimo presente, para ambos os aniversariantes.
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ourooucabelo · 4 years ago
Quote
Então, o que significa, Mã, documentar coisas? Talvez eu devesse dizer que documentar é quando você soma uma coisa mais luz, luz menos coisa, fotografia após fotografia; ou quando você adiciona som, mais silêncio, menos som, menos silêncio. O que você obtém, no fim, são todos os momentos que não faziam parte da experiência efetiva. Uma sequência de interrupções, buracos, partes ausentes, extirpadas do momento em que a experiência ocorreu. Porque a experiência, mais um documento da experiência, é experiência menos um. A coisa estranha é esta: se no futuro, um dia você juntar novamente todos esses documentos somados, o que você obtém, mais uma vez, é a experiência. Ou, pelo menos, uma versão da experiência que substituiu a experiência vivida, mesmo que o que você documentou originalmente sejam os momentos extirpados dela. O que devo focalizar? Insiste o menino. Eu não sei o que dizer. Sei, enquanto percorremos de carro as longas e solitárias estradas desse país – uma paisagem que vejo pela primeira vez –, que o que vejo não é exatamente o que vejo. O que vejo é o que os outros já documentaram: Ilf e Petrív, Robert Frank, Robert Adams, Walker Evans, Stephan Shore – os primeiros fotógrafos de estrada e suas fotos de placas de rodovias, trechos de terras desocupadas, carros, hotéis de beira de estrada, lanchonetes, repetição industrial, todas as ruínas do capitalismo primitivo agora engolidas pelas futuras ruínas do capitalismo posterior. Quando vejo as pessoas deste país, sua vitalidade, sua decadência, sua solidão, seu desesperados convívio, vejo o olhar de Emmet Gowin, Larry Clark e Nan Goldin. Tento uma resposta: Documentar significa simplesmente coletar o presente para a posteridade. Como assim, posteridade? Quero dizer...para mais tarde. No entanto, já não tenho mais certeza sobre o que significa "para mais tarde". Alguma coisa mudou no mundo. Não muito tempo atrás, o mundo mudou, e sabemos disso. Ainda não sabemos como explicar, mas acho que todos podemos sentir isso em algum lugar nas profundezas de nosso cérebro ou em nossos circuitos cerebrais. Sentimos o tempo de forma diferente. Ninguém conseguiu captar completamente o que está acontecendo e dizer por quê. Talvez seja apenas porque sentimos uma ausência de futuro, porque o presente se tornou por demais avassalador, de modo que o futuro se tornou inimaginável. E, sem futuro, o tempo parece apenas um acúmulo. Um acúmulo de meses, dias, desastres naturais, séries de televisão, ataques terroristas, divórcios, migrações em massa, aniversários, fotografias, alvoradas. Não entendemos a maneira exata como agora estamos vivenciando o tempo. E talvez a frustração do menino por não saber o que fotografar, ou como enquadrar e enfocar coisas que ele vê enquanto todos nós estamos sentados dentro do carro, atravessando este país estranho, belo e sombrio, seja simplesmente um sinal de como as formas de documentar o mundo escassearam. Talvez se encontrássemos uma nova maneira de documentá-lo, poderíamos começar a entender uma nova maneira de conhecer o espaço e o tempo. Os romances e os filmes não captam isso por completo; o jornalismo não dá conta; a fotografia; a dança; a pintura e o teatro também não; a biologia molecular e a física quântica tampouco, certamente. Não entendemos como o espaço e o tempo existem agora, como realmente os vivenciamos. E até que encontremos uma maneira de documentá-los, não os entenderemos. Por fim, digo ao menino: Você só precisa encontrar o seu próprio modo de entender o espaço, para que o resto de nós possa se sentir menos perdido no tempo.
Valeria Luiselli, Arquivo das crianças perdidas
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