#silêncio. romântica
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martafelipe · 4 months ago
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Amor e seu tempo ♥️
Amor é privilégio de madurosestendidos na mais estreita cama, Continue reading Amor e seu tempo ♥️
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creads · 6 months ago
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⭐️ so high school. fem!reader x lsdln cast
🪐 minha masterlist
» cw: fluff + pouco smut! por favor só interaja se for +18! ; consumo de álcool e maconha; menção a car sex; menção a sexo oral fem recieving.
» wn: essa é dedicada especialmente as lobinhas swifties!! 💋 me inspirei nessa canetada suprema da diva @kyuala !! provando com essa aqui que nós garotas safadinhas somos românticas também 😛💐 espero que vocês gostem!! 🐺💗💝💞
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✩ Cheeks pink in the twinkling lights / Tell me 'bout the first time you saw me
Se a biblioteca não estivesse vazia, com certeza teriam levado a bronca muito mais cedo do que agora. Você e Rafa já se conheciam desde o período retrasado, no qual começaram a ter as mesmas aulas juntos, por mais que você estivesse a frente dele no curso. Apesar de sempre ter achado o garoto uma gracinha, nunca tinham conversado de fato até o início dessa semana: foram colocados como dupla para fazer um trabalho do professor mais carrasco da faculdade. Depois de horas escrevendo o conteúdo do projeto, o gelo informal foi definitivamente quebrado quando você fez uma piadinha sobre o docente, que foi emendada por outra de Rafa e logo em vários assuntos sobre o curso e as matérias, fazendo você se perguntar por que demoraram tanto para se falarem, já que se davam tão bem. O esporro veio da bibliotecária quando ela finalmente encheu o saco das risadinhas baixinhas vindas de vocês, afinal, já tinham terminado o trabalho, mas nenhum dos dois queria deixar a companhia do outro.
Organizaram os materiais na mochila e logo deixaram a biblioteca, ambos com um apertinho no peito porque não tinham nenhum outro plano para a noite de sexta, e, honestamente, não tinham interesse em arrumar um caso não fosse com o colega de trabalho. Pelo jeito que Rafa corava quando você encostava no braço dele ao rir, deduziu que teria que tomar uma atitude você mesma, “Ei, quer ir pro barzinho comemorar que conseguimos fazer o trabalho sem morrer?”, o que Rafael respondeu com um sorriso enorme no rosto enquanto assentia com a cabeça. Caminharam até o barzinho e logo se sentaram na mesa, as horas se passaram e vocês nem perceberam, conversaram de tudo quanto é assunto. A hora de ir embora foi menos pior do que esperava, enquanto Rafa te acompanhava até seu apartamento para que você não andasse sozinha tarde essas horas da noite, você interrompeu o silêncio confortável, “Não acredito que a gente passou esse tempo todo sem conversar, eu gostei muito de hoje” e o garoto concordava, com as bochechas vermelhinhas diante da sua confissão.
“Fala sério! Eu lembro de ter te pintado na sua calourada, imagina se a gente tivesse conversado desde a primeira vez que nos vimos?”, ele ria enquanto coçava a nuca quando chegavam no portão do seu prédio, “Na verdade, a primeira vez que eu te vi foi no primeiro dia de aula, eu tava perdido no estacionamento e vi você saindo do carro rindo”. Você ficou encantadinha com o fato dele lembrar direitinho da primeira vez que te viu, ainda mais com o jeito tímido que ele te contava isso: corado e com as mãos no bolso parado na sua frente. “E o que mais?”, você perguntou baixinho enquanto se aproximava mais dele, olhando para cima ao analisar os olhinhos que brilhavam ao te ver. “Lembro que te achei linda, parecia que você até andava em câmera lenta”. A confissão te arrancou uma risadinha, ainda mais quando viu que ele também sorria ao dizer a frase, claramente mais soltinho devido as cervejas que vocês tomaram. Você foi quem beijou ele, um ósculo calmo, lento e romântico, que quando foi rompido os narizes ainda se tocavam e os lábios se curvavam em um sorriso. “E agora, ainda acha?”, você perguntou baixinho, e quando o garoto tomou suas mãos na dele, entrelaçando os dedos nos seus enquanto assentia com a cabeça de olhinhos fechados, e antes de selar mais um beijo nos seus lábios, sussurrou “Muito…”
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✩ I'll drink what you think, and I'm high / From smoking your jokes all damn night
Encontrou o garoto por acidente quando estava voltando de uma festa a fantasia, péssima, por sinal: a bebida estava quente, as pessoas eram chatas, a música era ruim. Sua fantasia de Dorothy do ‘Mundo de Oz’ estava impecável e essa foi a única parte boa da sua noite, pelo menos até então. Enquanto caminhava pela rua do condomínio, viu Matias fumando um sozinho no parquinho vazio, o que só chamou sua atenção devido a música baixinha que tocava no telefone do garoto. Caminhou em direção a ele com os saltos em mãos, “Eu nunca vi esse filme”, ele pontuou antes mesmo que você pudesse o cumprimentar. “Oi pra você também, Mati”, disse enquanto se sentava no balanço do lado do garoto, o qual virou o rosto para você e fez um gesto cordial, sorrindo ao dizer “Oi, vizinha, boa noite!”.
Enquanto você contava sobre o fracasso que foi a festa, Matias sempre rebatia com piadas melhores que as suas, fazendo você até perder a linha de raciocínio quando a barriga doía de tanto rir. Você deu até um ou dois traguinhos do baseado depois de pedir, o que ele deixou com muita resistência, disse que vocês tinham que combinar direitinho um dia para fumarem juntos, que ele ia providenciar uma da boa e até comprar lanchinhos. Horas depois, vocês já estavam deitados dentro da casinha de madeira, batendo papos que faziam você perceber que Matias não era só o seu vizinho implicante e engraçado, na verdade, era muito inteligente e doce, charmoso também. Só saíram daquele maldito parquinho porque o sol começou a raiar.
Matias te obrigou a vestir o moletom dele, disse que era um absurdo você pegar o sereno da madrugada e correr o risco de gripar, fazendo você sentir borboletas no estômago ao sentir o cheiro do perfume cheiroso misturado com o da erva, uma combinação surpreeendentemente gostosa. Ele te deixou na porta de casa - fez questão também de carregar seus saltinhos vermelhos - e quando você fez menção em retirar e devolver o agasalho, foi impedida. “Não, não. Fica com ele. Amanhã a gente vê o filme e depois fuma um, aí você me devolve. Tá?”, a menção de ter planos com o garoto fez você corar e concordar timidamente, arrancando um sorrisinho dele antes de deixar um beijinho na sua bochecha. “Boa noite, princesa”, disse baixinho antes de se virar e ir em rumo a sua própria casa. “Na verdade nem precisa devolver, fica mais bonito em você mesmo!” gritou enquanto caminhava para mais longe, nem se importando quem mais poderia ouvir, desde que você ouvisse, estava bom para Matias.
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✩ Are you gonna marry, kiss, or kill me? / It's just a game, but really / I'm bettin' on all three for us two
Ao ser colocada na cama pelo seu namorado, reclamou quando ele foi para o banheiro, estendendo a vogal do apelido carinhoso: “Fê! Cadê você amorzinho?”, foi respondida por uma risadinha do moreno seguida de um “Tô aqui, guapa”. Sentiu a cama se mover quando ele se sentou ao seu lado, “Ufa, tava com saudade já…” brincou ainda de olhinhos fechados, só abrindo eles ao ouvir o barulho do líquido sendo chacoalhado dentro do recipiente, olhando para ele com uma expressão confusa e recebendo um sorrisinho de volta, enquanto balançava a cabeça, te achava uma graça quando bêbada, muito mais expressiva que o normal.
Fernando molhou o algodão com o demaquilante, passando a bolinha macia e molhada nas suas bochechas e debaixo dos seus olhos delicadamente. Você formou um biquinho e choramingou diante do ato carinhoso: “Você é tão bonitinho, Fê… Apesar de quase ter matado a gente no caminho de casa”, arrancou uma risada do seu namorado que se lembrou da cena dele desviando rapidamente de um cone de rua. “Você que me distraiu quando beijou meu pescoço, nena”, enquanto molhava mais uma bolinha branca e agora passava nos seus olhos, retirando o delineado e rímel que você tinha passado para a festa. Você riu, bobinha, lembrou da cena e achou engraçado também: “Ah! Mas a culpa é minha se meu namorado fica tão lindo quando tá dirigindo? Hmmm?”, finalmente abrindo os olhos de novo quando ele estava tirando a maquiagem da sua testa. Ele ria, “Boba… Pronto, tirei tudo já”. Se levantou da cama e ia em direção ao banheiro antes que você repreendesse ele: “Fê!”.
Ele se virou e viu você esparramada na cama, ainda com o vestido da festa e fazendo um biquinho com os lábios, “Dá beijinho”. Ele deu meia volta e te deu um selinho, encantadinho com sua expressão de satisfeita, que tinha até falado “Eba…” baixinho. Foi em direção ao banheiro para tomar um banho rápido, e quando voltou para o quarto te viu dormindo de ladinho, até babava um pouquinho no travesseiro, fazendo ele rir um pouco. Se deitou ao seu lado cuidadosamente para não te despertar, mas não resistiu e deu um beijinho no topo da sua cabeça, depois, sussurrou só para ele mesmo ouvir: “Ainda vou casar com você algum dia”.
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✩ Get my car door, isn't that sweet? / Then pull me to the backseat / No one's ever had me, not like you
Quando recebeu a mensagem de que ele tinha chegado, foi rapidamente para a porta, e quando saiu se deparou com Pipe do lado de fora do carro, encostado na porta do passageiro. Cumprimentou ele com um selinho e um abraço apertado antes dele abrir a porta para você entrar. O caminho até o aniversário de um familiar de Otaño pareceu mais curto do que realmente foi, afinal, vocês conversaram o caminho inteiro sobre o que aconteceu durante a semana que Pipe tinha viajado para um evento da faculdade, durante o trajeto você fazia questão de fazer carinho na nuca do motorista e ele de segurar sua mão e dar beijinhos nas costas dela.
Quando finalmente chegaram no destino, Pipe parou o carro na rua atrás da casa de festa, e te repreendeu com um “Psiu” quando você foi abrir a sua porta. “Sério, Felipe?”, você disse lutando contra um sorriso que se formava nos seus lábios, a tentativa falhou quando ele respondeu “Claro, ué. Eu sou um cavalheiro” enquanto saia do carro, te deixando ali dentro rindo bobinha ao dar a volta e abrir a sua porta. “Obrigada…”, você agradeceu com a sua mão na dele enquanto saia do carro, gargalhando quando ele te empurrou devagarinho contra a porta e te beijou. “Nada, reina…”, ele respondeu contra sua boca enquanto te chegava para o lado, abrindo o banco de trás e te fazendo gargalhar mais ainda ao te deitar no banco extenso. “Felipe! A gente vai se atrasar”, disse entre risadas enquanto ele beijava seu pescoço e apertava seus peitos por cima da blusa. “Ay, nena… Eu tô com tanta saudade que vai ser rapidinho”, as mãos dele desciam para suas coxas, e apesar de vocês dois estarem igualmente desesperados para transar, não se conteram com a frase que Pipe admitiu que ia gozar rápido, caíram na gargalhada.
O rosto vermelhinho do garoto se afundou no seu pescoço, rindo enquanto dava beijinhos ali. “Dale, Pipe, rapidinho né?”, você consentiu e prendeu algumas mechinhas marrons entre os dedos, ainda sorrindo boba que nem ele. “Aí, por isso que eu te amo. E depois eu faço você gozar direitinho, tá?”
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✩ Truth, dare, spin bottles / You know how to ball, I know Aristotle
Por mais que o treinador falasse para vocês não beberem álcool nos finais de semana, você já estava na sua quinta garrafa de cerveja, apesar de que a música alta da festa e alguns meninos dando em cima de você anulavam totalmente sua tentativa de relaxar. Saiu da casa cheia para tomar um ar, ficou até mais feliz em sentir o cheirinho da grama bem cuidada do jardim. Tinha saído para ficar sozinha, mas sua curiosidade falou mais alto quando você viu Kukuriczka deitado sozinho na grama. Já o conhecia há bastante tempo, era o amigo quietinho do seu irmão, sempre esbarrava com ele voltando do treino, e, por mais que estivesse toda suada e com o rabo de cavalo bagunçado, não tinha uma vez que ele não corava ao te ver, sempre carregando nas costas a mochila pesada com muitos livros e com fones de ouvido, mas nunca deixava de retornar o sorrisinho simpático que você dava para ele. Achava ele uma gracinha.
“E aí, Kuku?”, você disse simpática ao se aproximar do garoto deitado, que abriu os olhos confuso. “Isso… É um sonho?”, ele respondeu enquanto te media de cima para baixo, arrancando um “An?” entre risadas de você, que se sentava ao lado do garoto. Ele passava as mãos no rosto, rindo junto e nem sabia por que, se ergueu e sentou que nem você, e fez uma confissão que esclarecia o jeitinho engraçado dele: “Me desafiaram a fumar maconha no verdade e desafio, pela primeira vez. E agora tá tudo mais lento”. Você ria do jeito que ele gesticulava com as mãos, achava bonitinho o jeito que ele sussurrava alto e como os olhinhos estavam vermelhos. “Vem cá, deita de volta…”, encorajou ele e colocou a mão no peitoral coberto pela camisa, se deitando junto com o menino, o qual seguiu cegamente sua ordem e não se arrependeu: vocês começaram a conversar sobre diversos assuntos enquanto olhavam para o céu com algumas estrelas, entre esses, Esteban falava sobre reflexões e paradoxos filosóficos de uma forma muito lúdica, e você falava como o vôlei era o grande amor da sua vida. Falou até que ele deveria jogar, já que é muito alto, arrancando uma risadinha incrédula dele.
“Sobre a altura pode ser até verdade, mas tenho certeza que não seria tão bom quanto você”, ele elogiou enquanto admirava você olhar para o céu com ternura, e diferente do normal, não ficou tão nervoso quando seus olhos encontraram os dele, sorrisinho simpática e ele retribuindo. “Eu posso ser boa no vôlei, mas você é a única pessoa que me fez entender Aristóteles até hoje”, rebateu e sentiu borboletas no estômago quando percebeu que ele corou com seu comentário, provando que o amigo tímido do seu irmão que você tinha uma quedinha ainda estava ali. “Acho que essa é a vez que você mais falou palavras, na sua vida”, você gargalhou ao se dar conta disso, fazendo ele rir de volta, concordando com o comentário. As mãos encostavam um no outro devido às risadas espalhafatosas, sujavam a roupa de grama e terra ao se contorcerem de tanto rir, limparam até os olhinhos que lacrimejaram. Ele colocava a mão na própria barriga, respirando pesado tentando se recompor, “É… Você me deixa nervoso”. “Eu? Como assim?”, você respondia com um sorriso enorme no rosto, mais expressiva que o normal. “Fico nervoso perto de mulher bonita”.
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✩ Brand new, full-throttle / Touch me while your bros play Grand Theft Auto
Você escrevia na folha algumas palavras chaves ou dúvidas que surgiram enquanto estudava para sua semana de provas quando foi distraída pelo barulhinho da porta rangendo e mais ainda pelo moreno que entrava no cômodo. Fez a melhor cara de séria que podia, telepaticamente advertindo o moreno ‘nem vem’, mas ele ignorava isso completamente, entrando no quarto cheio de dengo com a cabecinha tombada pro lado e um sorrisinho bonitinho no rosto, chegando por trás da cadeira que você estava sentada e se abaixando para beijar seu pescoço enquanto te abraçava. “Simón… Os meninos estão lá embaixo”. Vocês dois começaram a ficar no dia que sua cunhada cortou a mão com uma garrafa de cerveja e seu irmão teve que levá-la ao hospital durante uma festa, sempre teve uma quedinha por ele, o amigo do seu irmão desde a infância, e nesse fatídico dia, quando ele entrou de fininho no seu quarto com uma desculpa esparramada só para ter a chance de te beijar, não quis negar isso ao moreno. Desde então, ficam escondidos, sempre sendo sorrateiros quando seu irmão está na casa junto, e dessa vez, quando todos amigos estavam unidos bebendo e jogando videogames. “Eles ‘tão jogando GTA, gatinha… Fiquei com saudade do meu amorzinho e aproveitei que eles estão distraídos, ué. Não posso?”, disse espertinho, transformando os selinhos no seu pescoço em beijos molhados, te fazendo arfar em frustração e tesão enquanto lutava contra o sorriso que só crescia no seu rosto ao ouvir o apelido carinhoso, não conseguia resistir ele, mas agora precisava focar.
“O seu ‘amorzinho’ tá estudando, Simón…”, você advertiu enquanto ele girava a cadeira na direção dele, se curvando sobre seu corpo para deixar um beijo nos seus lábios e fazendo um biquinho triste quando você disse a frase. Mas ele não se importou muito, foi se ajoelhando entre suas pernas, distribuindo beijinhos no seu corpo coberto pelo conjunto de pijama, fez um “Hmm…” que não passava preocupação nenhuma quando você disse que era uma prova importante. Já ajoelhado no chão e com as mãos fazendo carinho na sua pele por baixo do shortinho de dormir. “Você é tão inteligente, bebita… Tenho certeza que não precisa nem estudar mais”, tentava te convencer com palavras enquanto acariciava sua intimidade por cima do tecido macio, “E também… Relaxar seria bom pra você… Não acha?”, disse entre os beijos molhados que distribuía na sua coxa, olhando para você com os olhinhos marrons que exalavam vontade de sentir seu gostinho de novo.
Brincava com o cós do seu short enquanto sorria safado para você, que, novamente, nunca conseguia resistir ele. “Dale, mami… Deixa eu te ajudar a relaxar, hm?”
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✩ I feel like laughing in the middle of practice / Do that impression you did of your dad again / I'm hearing voices like a madman
Tinham poucas pessoas sentadas na arquibancada durante a partida, afinal, o jogo não era tão interessante assim: era apenas um amistoso entre seu time e o de outro curso. Mas mesmo assim, como sempre, Vogrincic estava sentado ali, com a câmera em mãos registrando apenas a jogadora favorita dele, sorrindo ao ver pela tela quando você olhava de volta para ele, com um sorriso enorme nos lábios. Capturava suas jogadas e suas comemorações, tirava fotos magníficas que eram dignas de se pararem num museu, pelo menos para ele, achava você encantadora quando fazia essa carinha de concentrada, mesmo com o rosto suado ou o cabelo bagunçado.
Quando o apito final foi dado, Enzo não conseguiu capturar sua comemoração, já que ele mesmo estava vibrando pela vitória do seu time. Sorria orgulhoso enquanto aplaudia, observando você caminhar até ele, agarrando sua cintura quando você chegou e te girando e levantando do chão. “Enzo! Eu tô toda suada”, você disse entre risadas enquanto ele te entregou uma garrafa de água. “Ay nena, tô tão eufórico, não poderia ligar menos pra isso agora”, ele disse e deixou um beijinho na sua bochecha enquanto você bebia o líquido, cansada da partida. Por mais que estivesse sonhando com um banho gelado, se sentou ao lado do garoto que mostrava as fotos que tinha tirado de você, perderam até noção do tempo dentro daquele ginásio.
“Ficaram lindas, Enzo… Não sabia que você gostava tanto de esportes assim”. Ele te olhou com uma expressão engraçada, “Eu não gosto, eu gosto de você”, você riu com a revelação. “Apesar de eu ter me sentido que nem meu pai quando ele assiste futebol”, nisso, ele começou a imitar o pai dele gritando “Gol!” e xingando o time oposto, só continuando para fazer você gargalhar mais ainda. Você tampou a boca dele para ele parar, sua barriga já doía de tanto rir, a imitação continuou por mais que fosse abafada pela sua mão, mas logo se cessou quando ele começou a rir junto com você. “Não acredito que seu pai vê jogo assim… Que engraçado”, a palma que silenciava seu ficante foi parar na sua barriga, se acalmando das gargalhadas. “Te juro…”, ele disse bobinho enquanto te olhava com ternura, “Quer conhecer ele?”.
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sunshyni · 8 months ago
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on and on | jaehyun
let's make the party go on all night long. we can go on, on and on
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jeong jaehyun × fem!reader
w.c: 1.3 k
avisos: tá um tanto quanto sugestivo KKKKKK O finalzinho só, acho que esse é o máximo de sugestivo que consigo formular sem sentir muita vergonha 🫣
n.a: passar uma semana no RN me deixou com pensamentos na cachola 🥴 Daí resolvi escrever isso aqui, então acredito que esteja um tanto quanto br!au vibes, e no mais é isso!!! Espero que vocês curtam!!!
Boa leitura, docinhos!!! 🌵
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Você avistou Jaehyun pela primeira vez na recepção do hotel resort em que estava hospedada, ele claramente não parecia dalí, vestindo uma calça jeans folgada e um corta vento, além de um boné e um óculos de sol, enquanto lá estava você tomando aos poucos um drink de frutas vermelhas em roupas de praia tradicionais, bastou ele proferir sua primeira palavra para você ganhar uma confirmação. O inglês fluente entoado num tom de voz calmo, preencheu o ambiente rapidamente, e você se agradeceu pelos anos de estudo da língua que te fizeram entender todas as palavras que saiam da boca dele. Quietinha de pernas cruzadas em um dos sofás do lounge, você escutou o andar em que Jaehyun ficaria que ficava dois andares abaixo do seu, o que te deixou um tanto entristecida com o fato de que não poderiam se esbarrar casualmente no corredor dos apartamentos daquele andar em específico.
Por pouco você não se levantou discretamente para entrar no elevador de propósito apenas para comprimentá-lo, no entanto você felizmente se conteve, sugando o líquido do seu copo com o auxílio de um canudinho.
Entretanto o universo estava de bem com você e resolveu colocá-lo no seu caminho no dia seguinte ao ocorrido, Jaehyun e você participaram de um passeio turístico em que o guia se virava nos trinta para traduzir o que o homem dizia, e você se voluntariou como tradutora somente para ter a chance de ficar pelo resto do passeio ao lado dele. E deu certo, você utilizou o ombro dele de travesseiro durante algumas horinhas na volta para o hotel, e Jaehyun te levou sã e salva até a porta do seu apartamento, você até aproveitou a deixa para ensiná-lo como brasileiros costumavam se despedir e deixou um beijo ligeiro na bochecha dele, fazendo-o abrir um sorriso com direito a covinha e se distanciar do seu quarto, um tanto quanto incerto da sua decisão.
Então, simples assim, vocês se tornaram amigos de viagem, tomavam café da manhã juntos, aproveitavam a piscina juntos e Jaehyun até investira em te ensinar a surfar, embora esse fosse apenas um pretexto para que ele pudesse te tocar, na cintura, no cabelo para afastá-lo do rosto, nas mãos e nas costas para corrigir sua postura acima da prancha. Você esbanjava um sorriso de orelha a orelha, fingindo inocência a respeito das intenções bastante óbvias de Jaehyun, sobrepondo a própria mão por cima da dele sempre que tinha a chance, fazendo-o sorrir com os olhos.
Agora tinham acabado de participar de uma atividade do hotel, um karaokê no qual você obrigou Jaehyun a ir porque queria muito cantar alguma música romântica olhando-o nos olhos mesmo consciente de que ele não entenderia palavra alguma da letra da canção. Vocês dois resolveram se deitar no gramado próximo da piscina, com a mínima vontade de encerrarem a noite então usaram a desculpa convincente de que as estrelas brilhando no céu deveriam ser contempladas.
— Aquela senhorazinha 'tava dando em cima de mim, não é? — Jaehyun questionou, se virando no chão para ficar de frente para você, você aproveitou para admirá-lo em silêncio, correndo os olhos pela bermuda clara, a camisa de linho, as bochechas rosadas pelos drinks que vocês beberam num intervalo de tempo muito pequeno e finalmente chegando aos olhos.
�� É claro que sim. Do lado do marido dela vale ressaltar — Você tocou na correntinha no pescoço dele que podia ser vista graças aos botões iniciais de camisa fora de suas casas, mexeu no acessório até o pingente permanecer numa posição agradável aos seus olhos — Mas a culpa é sua. Quem mandou ser lindo de morrer?
— Acho que você deveria discutir com os meus pais sobre.
— Discutir? — Foi a sua vez de perguntar, Jaehyun esboçou um sorriso na sua direção achando graça da sua expressão surpresa — Eu quero mais é agradecê-los.
As ondas da praia quebravam de forma bastante audível quando Jaehyun arrumou os fios do seu cabelo ou apenas fingiu arrumá-los para poder te tocar, você retribuiu o toque, pressionando a bochecha dele no ponto específico da covinha característica logo que ele esbanjou aquele sorrisinho celestial mais uma vez.
— Você comentou que partiria daqui dois dias... — Jaehyun começou, achegando o corpo para mais perto de você sem nem se dar conta do movimento — Amanhã a gente pode só ficar curtindo a piscina. Nada de buggys, dunas ou surfe. Só relaxar.
Seria muito difícil se despedir dele, você pensou enquanto balançava a cabeça em afirmação à proposta de Jaehyun, mas no que você estava prestando atenção mesmo era no rostinho levemente vermelho dele, consequência do sol quente e também devido ao álcool de algum tempo atrás. As pupilas dilatadas em união aos lábios rosados, como o efeito de um lip tint qualquer tornavam aquele homem ainda mais irresistível e perdidamente gostoso.
— Quero passar o máximo de tempo possível com você — Foi sincera ao dizer, seu corpo se arrepiando por inteiro quando ele capturou suas mãos sem rodeios, pressionando os lábios suavemente sobre os nós dos dedos. Jaehyun realmente gostava da sua companhia, mais do que ele já gostou da companhia de qualquer outra pessoa mais íntima, aquela era a primeira vez que tanto ele quanto você se sentiam tão conectados com uma pessoa que conheciam tão pouco.
— Eu não quero terminar nossa noite aqui — Ele disse sob as luzes artificiais da área da piscina e sob o brilho natural da lua, as ondas do mar quebrando suavemente atrás de vocês serviam como a trilha sonora perfeita do momento — Me deixa ir com você... Eu prometo que vou ser um bom garoto.
Jaehyun proferiu essas últimas palavras baixinho, num sussurro galante que provocou inquietação na sua barriga e no baixo ventre, o que te fez enroscar uma das pernas na dele, tornando a distância de vocês mínima e engrandecendo um desejo que nenhum de vocês sabia pontuar muito bem quando havia surgido.
Os olhos do homem diante de você carregavam um brilho que era impossível passar despercebido, tinham um ar de súplica e se assemelhavam com o olhar de um cachorrinho pidão, insinuando um sorrisinho em você de puro deleite a situação.
Em silêncio, Jaehyun entrelaçou os dedos aos seus e te conduziu até o elevador, você escolheu o último andar do hotel que coincidentemente era o andar do apartamento que você estava hospedada e quando abriu a porta, ele não esperou as luzes serem ligadas, apenas fez suas costas se encontrarem com a parede mais próxima e abaixou a cabeça um bocado para ir de encontro a sua boca, afundando a mão no seu pescoço e guiando o beijo com propriedade, a língua morna e molhada te conhecendo melhor enquanto a mão livre te apalpava sem brusquidão.
Você sentia que podia se desmanchar alí mesmo, com apenas um beijo, no entanto percebeu que teria de resistir um tantinho quando Jaehyun tateou seu corpo, elevando sua coxa até a altura da sua cintura e fazendo você senti-lo de forma completa, o que te fez arfar com o fato dos seus corpos quase se encaixarem perfeitamente por cima das roupas leves de verão.
Ele pôs uma das mãos entre seus corpos, invadindo e subindo o vestidinho que você utilizava para te ter nos dedos, o que te fez contrair ante ao toque terno dele, entretanto Jaehyun beijou seu pescoço, sussurrando no seu ouvido como se quisesse compartilhar um segredo.
— Não faz assim — Ele sorriu, fazendo entrar em cena a covinha adorável que você conseguiu vislumbrar devido a luz da lua que adentrava no quarto devido as portas da varanda abertas. Você o agarrou pela correntinha que residia no pescoço dele, aproximando sua boca na de Jaehyun numa tentativa notória de espalhar o calor para todo corpo já que no momento ele se concentrava num lugar sensível seu na parte inferior que ganhava toda atenção com a mão macia do Jeong.
Ele deixou um beijinho carinhoso na pontinha do seu nariz antes de dizer, os olhos semicerrados e um sorriso insistente que não deixava seu rosto de maneira alguma.
— Eu quero fazer essa festa durar a noite toda.
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be-phoenix · 2 months ago
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F0d4h mesmo é entre milhões de pessoas ter uma que consegue entender teus silêncios, tuas pausas, medos, temores e tremores, teus toques no vazio, os sonhos meio loucos compartilhados, até mesmo as utopias de sonhos meio loucos e sem sentindo, e por ironia da vida ser a única pessoa que não pode dividir nesse exato momento algumas lágrimas e sentimentos, ou quem sabe um pouco de tempo, e essa insanidade a que me rendo sem ter onde escorregar e cair, será um dos meus únicos legados, não pela trágica comédia romântica desregrada, mas por saber que seguirei até o fim acreditando na superação e na força de uma grande mulher mesmo frente a todos os preconceitos, culturas divergentes e momentos difíceis, esse é o único presente que deixo aqui como a luz que consegui enxergar em uma lagoa cheia de fumaça, e talvez nunca faça diferença, talvez eu deva carregar essa crença junto a mim pelo resto da caminhada, então sou quem tenho que ser para não me perder de quem gostaria de estar sendo, inúmeros ficarão sem compreender minhas palavras ao vento, mas é preciso sentir em cada um desses arrepios involuntários para poder entender o sentido de cada sílaba do eu te amo.
>Madrugadas Um Tanto Insanas< -BePhoenix-
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dreamwithlost · 2 months ago
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♡°•: Namoro de mentira, amor de verdade
"Johnny é apaixonado por você desde a escola, achava que tinha superado, mas fingir ser seu namorado para sua mãe fez tudo voltar a tona"
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-> | Johnny x fem!reader | Fluff, Friends to Lovers | W.C: 2K |
-> [Lost notes]: Era para ser algo curto, mas acabei me empolgando muito com essa comédia romântica aqui KKKKKKK, juro que vale a pena! Boa leitura meus amores ♡
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Johnny aprendeu o que era amar no momento em que te viu adentrar a sala de aula, no segundo ano do ensino médio. Talvez "amar" fosse um termo exagerado, mas ele descobriu o que era sentir seu coração acelerar, o que era perceber o mundo ao redor congelar, e o que era perder as palavras que dançavam na ponta da língua.
Com o tempo, ele também conheceu a dor de esconder uma paixão que ardia intensamente em seu peito. Quando você e ele se aproximaram, a amizade floresceu de tal forma que se tornou impossível para ele confessar seus sentimentos; optou pelo conforto de ser o melhor amigo, próximo o suficiente para te proteger e sentir seu coração disparar a cada sorriso que lhe lançava.
Anos se passaram desde aquele tempo; amizades e relacionamentos vieram e se foram, como a vida adulta ensina com suas incertezas. No entanto, uma coisa permaneceu inalterada: a amizade mais verdadeira de todo o colégio. Na verdade, algo mudou entre vocês: a paixão de Johnny, embora ainda resplandecente, se tornara uma lembrança distante. Ele acreditava que restara apenas o amor puro e gentil da amizade. Seu sorriso ainda fazia seu coração acelerar de vez em quando, mas isso não significava muito, certo?
— Eu sei, mãe — Você bufava ao telefone, sentada no balanço do parquinho do seu prédio. Suas pernas se esticavam, tentando se acomodar na altura de um brinquedo que claramente não era feito para você. — Mas eu não vou a mais um encontro! É horrível!
Johnny, sentado ao lado, observava você, segurando a risada enquanto balançava de maneira desajeitada sob a luz amarelada dos postes. Você discutiu com a sua mãe por mais algum tempo, tentando convencê-la de que não precisava dessas saídas. Você era uma mulher bonita, solteira por opção, desejando conquistar tantas coisas ainda, e odiava a ideia de se prender a um relacionamento. Por outro lado, sua mãe, uma mulher tradicional, acreditava que o seu tempo de solteirice já havia passado e que você acabaria ficando para "titia" — uma vergonha para a família de filha única, claro!
— Mãe — Você chamou, fazendo barulhos como se não estivesse ouvindo. — Alô? Não tô te ouvindo! — E então desligou a ligação, sorrindo orgulhosamente para Johnny em seguida.
— Ainda nisso? — O mais alto perguntou, enquanto você encostava a cabeça no metal gélido das correntes do balanço e concordava.
— Esses encontros me deixam muito ansiosa, não é igual às novelas! São apenas homens estranhos que acham que estão tentando ganhar algum prêmio — Você se lembrou do último encontro, um verdadeiro desastre, que até lhe obrigou você a ligar para que Johnny fosse te buscar.
Vocês permaneceram em silêncio por alguns minutos, digerindo a situação, com o som dos balanços levemente enferrujados como única trilha sonora. Ele odiava ver você assim, apreensiva, nervosa, puxando as pelinhas do canto das unhas.
Então, uma ideia brilhante surgiu em sua mente, fazendo-o levantar-se de supetão.
— Eu já sei! — Anunciou, fazendo você se endireitar no balanço, olhando-o com curiosidade. — Ela pararia de te perturbar se você já estivesse namorando.
Você inclinou a cabeça, sentindo-se ainda mais perdida.
— Como assim?
— Eu serei seu namorado de mentirinha.
Ele só não imaginava que sugerir tal coisa poderia revirar sua vida de cabeça para baixo.
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Apesar de se sentir um pouco acuada no início com a ideia de Johnny, no fim precisou confessar que ela era brilhante. Afinal, sua mãe já conhecia o rapaz e, de vez em quando, questionava se os dois não estavam de "paquerinha", o prato perfeito para, de uma hora para outra, revelar o amor pelo amigo. Quando ligou para sua mãe, fingiu nervosismo, dizendo que tinha receio da opinião dela, enquanto Johnny, para sua surpresa, recebeu a maior comemoração de todas com a notícia, enviando algumas fotos do casal — afinal, de um jeito ou de outro, você e Johnny possuíam algumas imagens se abraçando. Suspira de amor, conseguiu manter a mais velha, que morava no interior, afastada por algumas semanas.
Até aquela manhã.
— Puta merda, JohJohnnyVocê exclamou, andando em círculos pela casa. — Já já ela chega! — Afirmou. Sua mãe havia lhe avisado naquela manhã que faria uma visitinha para você, destinada a dar as bênçãos ao relacionamento recente. Sentiu sua espinha congelar com a notícia.
— Calma, mulher! — Johnny pediu, segurando seus ombros. — Já colocamos fotos nossas por aí, uma escova e uma xícara minhas, a gente é muito um casal.
— John, você não tá entendendo — Você se soltou do toque do rapaz, e segurou seu rosto com ambas as mãos. — Essa mulher é maluca, se ela descobrir que é mentira, me mata, e digo mais, te mata também.
Não restou muito tempo nem para Johnny processar aquela informação, não quando a campainha, que antes soava de forma melodiosa, tocou desta vez parecendo mais a trilha sonora de algum filme de terror. Vocês se encararam, como se tivessem acabado de ver uma assombração, endireitaram a postura e, enquanto você ia atender a porta, Johnny correu para a cozinha como um bom namorado, tirando do forno a fornada de cookies que havia preparado.
Apesar de nervosa, você abraçou sua mãe fortemente, reconfortando-se ao sentir o aroma dela após tanto tempo. Mesmo a mais velha sendo... lamentávelmente... "maluca", você a amava com todas as forças de seu ser e desejava vê-la mais do que uma vez ao ano. Caminharam abraçadas até a sala, onde encontraram um Johnny sorridente colocando os biscoitos sobre a mesa de centro, como se não tivesse infartado segundos atrás. Apesar de sua mãe já o conhecer, desta vez ela cumprimentou-o de forma diferente, sentindo um carinho ainda maior no abraço que deu ao mais alto e um olhar mais profundo ao analisá-lo de cima a baixo.
Você ficou um pouco confusa sobre onde se sentar e seguiu a mão de Johnny, que a chamou para se sentar ao seu lado no sofá em frente à mais velha. Sorriu amareladamente, tentando esconder o nervosismo, e repousou, vez ou outra, sua cabeça sobre o ombro do rapaz. Conversaram amigavelmente por algum tempo, sua mãe contando sobre a viagem, você e Johnny falando sobre o trabalho, até que o ponto alto de toda aquela visita finalmente veio à tona.
— Ah, mas então, digam logo para essa senhora curiosa — Sua mãe começou, depositando seu copo sobre a pequena mesinha — Como foi que esse relacionamento começou? Conheço vocês como amigos há tanto tempo!
— Foi no Natal.
— Foi no trabalho.
Você e Johnny se encararam após responderem com duas coisas completamente diferentes. E você sentiu o olhar da mais velha queimar sobre vocês, confusa. Ficou paralisada por alguns segundos, sentindo a ansiedade — algo rotineiro em sua vida — tomar conta com um simples erro. Graças a Deus, possuía seu anjo salvador ao seu lado, e após um suspiro disfarçado, viu Johnny abrir mais um belo sorriso ao dizer:
— Okay, amorzinho, deixa que eu conto.
Johnny olhou novamente para sua mãe, e desta vez foi sua vez de sentir o nervosismo crescente. Não sabia como elaborar aquela história, como mentir, mas quando sua mão segurou a dele, e aquela maldita eletricidade percorreu seu corpo, já sabia o que fazer. Que droga, não precisava mentir que a amava, pois no fundo, jamais deixou de estar apaixonado por você, desejando que aquele encontro fosse realmente real.
— A verdade é que eu amo sua filha desde o primeiro instante que a vi, lá no tempo da escola — Johnny começou, viajando no passado. — Me lembro que ela não usava uniforme ainda e chegou utilizando uma calça jeans e a camisa de alguma banda muito desconhecida, mas que tinha uma estética incrível. Eu desaprendi a falar quando ela me cumprimentou e sentou ao meu lado, fiquei morrendo de vergonha! — O rapaz riu, recordando aquele dia, e acariciou sua mão. — Conforme fomos ficando mais próximos, percebi que não era apenas alguma admiração passageira, ela era realmente espetacular, engraçada, inteligente, bonita... Mas é claro que não contei isso a ela e tentei superar essa paixão adolescente. Até que crescemos, começamos a trabalhar juntos e percebi que era impossível não amá-la, não importava o que fizesse. Então tentei conquistá-la nesse tempo, e perto do Natal, a pedi em namoro — Johnny inventou apenas a última parte do conto e se sentiu leve ao encontrar alguma forma de contar sua verdadeira história de amor.
Você também percebeu que havia algo de estranho em todo aquele diálogo e se encontrou encarando o homem por um tempo impossível de se determinar. Sentiu seu coração acelerar ao escutá-lo dizer tudo aquilo, suas bochechas queimaram e você se esqueceu até mesmo de que sua mãe estava presente.
— O engraçado é que eu também o amava em segredo — Você começou, sem aviso prévio, ainda enquanto encarava o rapaz. — Não foi uma paixão logo à primeira vista, é claro, no começo, olhava o Johnny ainda como um garotinho travesso, mas com o tempo, de uns anos para cá, a cada vez que ele me socorria, me fazia rir, me abraçava, percebi o verdadeiro homem que era. — Você olhou para sua mãe, rindo. — Lembro até do último namoro que ele teve, nossa! Eu fiquei muito triste! Mas não queria confessar que gostava mesmo do meu melhor amigo... Bom, ao menos até agora. — Você se assustou com suas palavras. — Quer dizer, com agora me refiro ao dia em que começamos a sair depois do trabalho.
Foi a vez de Johnny se encontrar surpreso, confuso com a veracidade de sua mentira — afinal, você jamais o amaria dessa forma, não é? Já havia aceitado isso — e então você sorriu gentilmente para ele, que retribuiu o ato.
Ambos esqueceram da existência da mais velha na sala, que por sua vez não se incomodou: estava encantada em presenciar o verdadeiro amor; pouco importava se era um relacionamento falso ou não, você sem dúvida estava em boas mãos, você sem dúvidas estava amando — as mães sabem dessas coisas.
Sua mãe foi embora apenas no final do dia, depois de insistir em preparar uma janta deliciosa para vocês e recusar passar alguns dias em sua casa — precisava cuidar do mercadinho que possuía na pequena cidade. Ela selou os lábios em sua testa e replicou o ato em Johnny, um gesto sutil que confirmava sua aprovação com o rapaz.
E mais uma vez, restaram apenas você e seu melhor amigo no pequeno apartamento da grande cidade. O som dos carros na avenida inundou o silêncio da residência, enquanto ambos permaneceram estáticos, confusos, com tudo o que havia acontecido.
Você encarou o rapaz e logo em seguida desviou o olhar; o clima, por algum motivo, havia ficado estranho, e você buscou escapar para a cozinha, fugindo de toda aquela situação.
Johnny, por outro lado, estava cansado de fugir e segurou sua mão. Mil e uma declarações se passaram em sua cabeça; queria lhe dizer tanta coisa, queria fazer tanta coisa, havia ensaiado aquele momento tantas vezes, mas após deixar sua história escapar mais cedo, apenas se sentia envergonhado, receoso. Sua boca se abriu algumas vezes, perdendo as palavras em cada uma delas.
Mas você já sabia o que falar e sabia que não conseguiria, semelhante a ele.
Decretou então aquela verdade com o único ato que poderia resumir todos aqueles sentimentos em meros segundos: um beijo. Deu um passo à frente, ficou na ponta dos pés descalços e selou seus lábios nos dele. O selinho permaneceu por alguns segundos, os corpos de ambos raciocinando aquela ação, até que um dos braços de Johnny deslizou por sua cintura, e suas mãos prenderam-se em seu pescoço, seus corpos se unindo ainda mais, confortáveis com o calor humano: um encaixe perfeito.
E nenhuma palavra precisou ser dita após aquilo.
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folklorriss · 3 months ago
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thinking out loud | ln4
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pov: lando decide que vencer o wdc não é suficiente. ele precisa por um anel no seu dedo.
- avisos: s/n pov. pode ser meio sentimental, especialmente para as fãs de ed sheeran e românticas incuráveis como eu.
- wc: 1.329
Imagens tiradas do Pinterest, todo direito reservado ao seus autores. História ficcional apenas para diversão, não representa a realidade e os personagens utilizados possuem suas próprias vidas e relacionamentos, seja respeitoso. 😊
O único barulho na garagem da McLaren é o dos motores na pista, do lado de fora. Todos seguram a respiração quando Lando abre a última volta do Grande Prêmio de Abu Dhabi, completamente vidrados na tela, mãos unidas e “vamos, Lando” sendo balbuciados baixinho.
Depois de seis anos, o piloto está, literalmente, a uma volta de se tornar campeão mundial pela primeira vez. Quando ele passa pela última curva, praticamente toda a equipe corre até o alambrado que separa o pitlane da pista, para vê-lo surgir no horizonte, acelerando a McLaren número 4 que o consagrará campeão do campeonato.
Você está imóvel no lugar onde passou a última hora assistindo à corrida, sem reação, olhos marejados e presos na tela que acompanha o veloz carro de Lando. Então, o mundo parece ficar em silêncio por dois segundos, sua boca se abre em um perfeito “O” e uma lágrima escorre pelo seu rosto antes da garagem explodir em gritos e palmas, os fogos de artifício estourando no céu do lado de fora.
A bandeira quadriculada é agitada, e Lando Norris, o seu Lando Norris, é o campeão mundial.
Os momentos seguintes passam como um borrão. Lando te dá um beijo e um abraço rápido, te agradece milhões de vezes por nunca deixar de acreditar nele (como se isso algum dia fosse possível) e some com a chefe de relações públicas da McLaren para uma sucessão de entrevistas. Todos querem um pedaço do novo campeão, e você sorri ao pensar que, ok, eles podem tê-lo por alguns minutos, mas, no fim do dia, ele será inteiramente seu.
E é exatamente isso que acontece. Vocês entram no quarto perfeitamente arrumado e preparado para vocês. Lando fazia questão de dar uma festa para toda a equipe, então a comemoração do título ficaria para a semana que vem em Woking, na sede da McLaren. Lando ri quando vê um banquete perfeitamente arrumado esperando por vocês dois na pequena sala da nada humilde suíte na cobertura do hotel. Não era de se esperar menos do Hilton.
“Ah, as vantagens de namorar um campeão mundial!” você brinca, servindo-se de um dos deliciosos croissants. Nem havia notado que estava com tanta fome devido à emoção das últimas horas.
Estranhando a falta de resposta, você se vira para encontrar Lando parado atrás de você, de braços cruzados e sorrindo. Ele está absurdamente lindo, rosto e ombros relaxados; como se um peso tivesse saído de cima de si, olhos suaves, cabelo levemente molhado devido ao rápido banho após o pódio, e você pode jurar que há um brilho em volta dele. Na verdade, pra você, sempre houve um brilho nele.
“Repete a última parte” ele diz, se aproximando devagar. Você termina de mastigar e sorri, limpando as mãos em um guardanapo. Então vai ao encontro dele e seus braços circundam o pescoço forte do seu namorado. Lando responde ao gesto colocando as mãos na sua cintura.
“Campeão.” você deixa um beijo leve no canto esquerdo da boca dele. “Mundial.” e repete o gesto no canto direito. “Eu namoro a porra do campeão mundial!” você ri, jogando a cabeça levemente para trás, e Lando te puxa para mais perto, capturando seus lábios em um beijo leve e apaixonado.
Você sente seu corpo tremer e suas pernas fraquejarem com o toque suave dos lábios do seu namorado. As mãos de Lando deixam sua cintura para que os braços possam te apertar em um abraço forte, e você se entrega de vez àquele beijo.
Você e Lando se conheceram ainda crianças e começaram a namorar dois anos antes de ele entrar para a Fórmula 1, ou seja, são oito anos de namoro. Você acompanhou toda a trajetória dele, esteve nos momentos bons, nos ruins, nos maravilhosos e nos péssimos. Não foi uma, nem duas vezes que o piloto pensou em desistir, mas você esteve lá, conciliando seus problemas com o apoio incansável ao namorado e sempre pronta para levantá-lo quando ele caía.
Óbvio que era recíproco; você também teve seus momentos durante os anos, e Lando nunca hesitou em te ajudar, em mostrar todo seu apoio e ser seu ponto de equilíbrio.
Aquela vitória era só o começo, e você sentia que poderia explodir de orgulho só de pensar em tudo que Lando ainda iria conquistar. Ele te beijando daquele jeito tão apaixonado e entregue não facilitava nada também. Você estava derretendo, derretendo de amor pelo seu primeiro e único amor. Você sabia disso.
Lando se afasta gentilmente.
“Tem uma coisa...” a voz dele falha, e ele limpa a garganta antes de continuar. “Tem uma coisa que eu quero te falar.” ele se afasta e vai até a mala que está perto da cama. Instantaneamente, você sente falta do calor dele e cruza os braços, esperando que ele volte.
Lando para na sua frente, mãos para trás do corpo, sorriso travesso e uma ternura nos olhos que você nunca viu antes. Você sente um frio na boca do estômago e muda o peso do corpo de uma perna para a outra.
“Eu, bem... Eu tinha planejado isso de outra forma, mas...” ele se perde no seu rosto por alguns segundos e respira fundo antes de continuar. “Mas então eu estava no pódio, levantando um troféu e sabendo que venci o campeonato e, cara, tudo que eu conseguia ver lá de cima era você. Tudo que eu conseguia pensar era que você sempre foi e sempre vai ser a maior conquista que eu posso ter.”
A ardência nos seus olhos denuncia o choro prestes a vir. Lando sorri e alcança a lágrima solitária que escorre pela sua bochecha com o polegar.
“Então, lá em cima, naquele momento, eu decidi que não ia esperar mais nenhum minuto.” Lando se ajoelha e abre uma caixinha. Um anel delicado brilha para você.
“Lando...” as lágrimas rolam livres pelo seu rosto agora, e ele sorri ainda mais.
“Nada, nada mesmo do que eu sou hoje seria possível sem você. Eu posso ter ficado horas no simulador, ter dedicado sangue, suor e lágrimas a esse esporte desde que me conheço por gente, mas não teria chegado nem ao meu segundo ano se não fosse você me apoiando e me fazendo enxergar a luz quando tudo ficou escuro demais. E eu sei que, mesmo quando meu cabelo parar de crescer, minha memória falhar e as pessoas não lembrarem mais do meu nome, você ainda vai ser a única a me amar assim mesmo. Então eu não quero mais passar nenhum dia sendo seu namorado campeão. Não, quero ser seu marido campeão, porque nada disso vai ter sentido se não for com você. Então, s/n, você poderia, por favor, casar comigo?”
A habilidade de falar parece te fugir, e você só consegue chorar e pensar no quanto ama aquele homem ali ajoelhado, sorrindo como uma criança boba, sorrindo para você como a sua criança boba.
Você se ajoelha na frente dele e o beija, as lágrimas dando um gosto salgado ao beijo atrapalhado, que sai entre sorrisos. Então você começa a rir, rir para valer e se afasta, balançando a cabeça freneticamente.
“Mil vezes… Eu te diria sim mil vezes, Lando Norris.”
Lando sorri ainda mais (se é que isso é possível!) e te abraça, te levantando do chão e te girando no ar.
“Eu te amo tanto, tanto, tanto!” ele te coloca no chão e beija todo o seu rosto, te arrancando uma risada fácil.
Então, Lando pega sua mão direita e coloca o anel brilhante no seu dedo. Você sorri, completamente extasiada e sentindo o beijo molhado que ele deixa na sua mão antes de segurar seu rosto e suspirar.
“Eu realmente queria fazer isso de outra forma, mas-”
“Foi perfeito e do nosso jeito, Lan.” você o interrompe e sorri docemente para o seu agora noivo. “E ei! Você citou Ed Sheeran no pedido? Sério mesmo?”
“Óbvio. Eu não deixaria de fora desse momento o segundo homem que você mais ama nesse mundo.” ele faz cócegas leves na sua barriga e te puxa para perto.
“Que bom que você sabe que é o segundo, porque o primeiro está bem aqui e é o único que me importa. Para todo sempre.”
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refeita · 1 year ago
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fui eu quem ficou
uma contagem regressiva até o momento em que nos conhecemos, como aquele livro da nossa adolescência que os dias diminuíam e não sabíamos ainda qual seria o ponto zero, você lembra? romântica, pensei que seria o romance. realista, você pensou ser tragédia. e foi. qualquer sol era mais forte antes do fim, qualquer chuva era mais bela antes do adeus. te devorei, marquei no calendário nossas fugas e pintei os dias com a sua cor. separando como antes e durante, até que você marcasse o depois. consigo imaginar você sentado na cama escolhendo bem cada palavra que ia me dizer, separando as que doeriam menos e as que doeriam mais. [como se fosse possível doer menos] a camisa azul era a mesma do dia que dançamos no meu antigo quarto, no endereço que tive antes de sermos tão grandes quanto o universo. sentados em minha cama, sua voz trêmula e a minha muda, disse bem devagar que não havia mais chance para nós. me deixou com as gavetas e cartas antigas, levou a camisa azul e o caderno de desenhos. meu peito explodia em mil perguntas, mas suas lágrimas me diziam que era o fim. era inverno e lá fora o vento balançava as folhas das árvores, mas o frio aqui dentro era eu. meu coração empedrado buscava em seus silêncios a esperança desse não ser nosso ponto zero. você sempre soube que éramos tragédia. nosso amor fincou bandeira em todo lugar desta cidade, desde a paróquia do bairro à praça com luzes de Natal. cada árvore sem folha deste julho glacial era prova dos nossos abraços solares, do seu coração azul real e do meu vermelho vivo. rememoro o último dia como uma prece, um mantra, um desejo de que não fosse verdade. meu peito chora quando o frio chega por saber que não chegamos ao final da estação, por saber que agosto não nos viu vibrar. o tempo não apaga meus dedos ansiosos batendo na mesa e a saudade em forma de apego aos nossos lugares favoritos. minha memória é nosso museu e durmo todas as noites na mesma cama, guardando as galerias que nos homenageiam. fui eu quem ficou sem virar a página. agora sou a curadora de nós, a guardiã do tempo. agora, julho é você.
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tinyznnie · 1 year ago
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N-U-M-A-B-O-A - l.j.
Jeno x leitora gênero: sad mas com final feliz wc: 1.0k parte da série Jota25
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2016
Você e Jeno caminhavam para fora dos portões da escola em direção a sorveteria que ficava na pracinha, onde sempre iam quando tinham algo para comemorar ou algo para conversar, porque, de acordo com o coreano, tudo ficava melhor com sorvete. 
Jeno havia se declarado pra você há cerca de 7 meses, e vocês namoravam desde então. Não foi algo muito grande, afinal, ele era um garoto de dezesseis anos que não tinha emprego, dependia totalmente dos pais, que se dividiam em dar atenção a ele e a irmã mais velha de dezoito anos, que tinha acabado de sair do ensino médio. E desde a declaração, tudo eram flores. Vocês eram O casal da escola, todos achavam incrível como vocês tinham química e diziam que vocês pareciam ter saído diretamente de uma comédia romântica. Jeno te levava para casa depois das aulas, e às vezes, vocês até conseguiam ir ao cinema ou ao arcade que tinha no shopping. Era algo doce, inocente, e você se sentia nas nuvens quando estava com ele. 
Ele pediu seu sorvete favorito, de flocos, e o dele, de chocolate meio amargo, e vocês começaram a comer em silêncio, o que era bastante incomum porque, apesar de ser introvertido, Jeno costumava falar muito enquanto estavam juntos. 
“Neno, tá tudo bem?” você perguntou depois de ele só brincar com o sorvete por 10 minutos sem dizer uma única palavra. 
“Temosqueterminar.” ele falou tão rápido que você mal entendeu qualquer palavra daquela frase. 
“O que? Não entendi.” sua expressão era confusa, e Jeno suspirou pesado, segurando suas mãos por cima da mesa antes de repetir. 
“Temos que terminar.” ele foi claro dessa vez e a expressão em seu rosto não era das melhores. 
“Como assim temos que terminar?” isso não fazia o menor sentido na sua cabeça. Vocês estavam felizes, certo? Não tinha o menor motivo pra isso. 
“Você sabe como meus avós moram na Coreia, certo?” você assentiu antes de ele continuar. “Bom, o meu avô está doente e ele quer passar a empresa da família pro meu pai, e pra isso, vamos precisar estar lá. E-eu me mudo no fim do mês, assim que acabarem as aulas.” ele concluiu, fazendo carinho no dorso de sua mão. “Jagi, me desculpe por isso.”
“Não tem outra opção, não é?” você perguntou, mesmo que já soubesse a resposta. 
“Infelizmente não, meu amor. Mas o que me conforta é saber que, por mais que doa, estou tomando a melhor decisão por nós dois, por você. E nós temos tanta vida pela frente, afinal, só temos 16 anos, né? Um dia eu posso encontrar você, andando por aí.” ele tentou te animar. Na verdade, Jeno queria se esconder e chorar, porque na mente dele, de garoto de 16 anos, você era a maior e única paixão que ele teria na vida, a única chance que ele teria de experimentar o amor. Mas ele precisava ser forte, pra que você não sofresse tanto com a partida por tempo indeterminado dele. 
“É, você tem razão.” você limpou rapidamente as lágrimas com o dorso da mão, tentando evitar o choro. “Somos jovens.”
2023
Os anos se passaram, e você não teve mais qualquer notícia de Lee. Nos primeiros dois meses, vocês ainda se falavam e trocavam mensagens, e você fazia o esforço de ficar acordada em horários estranhos para que Jeno tivesse mais facilidade em falar com você. Mas aí veio a preparação para faculdade, tanto sua quanto dele, as conversas foram ficando escassas até que eventualmente, elas pararam de vez. Você parou de acompanhar a vida de Jeno, era doloroso ver que ele estava tão bem sem você. 
Jeno por outro lado só parecia bem naquela época. Ele sentia sua falta, sentia falta da expressão confusa que você sempre fazia na aula de matemática, e de como você sempre vinha com fofocas novas nos fins de semana. Além disso, ele sentia falta do Brasil, de falar português e de comer açaí no Parque Ibirapuera. Mas ele se forçava a seguir em frente, afinal, não estava sob seu controle. 
7 anos depois, numa sexta-feira qualquer, sua mãe avisou que alguém iria se mudar pra casa de frente a sua, depois que os últimos inquilinos tiveram que sair porque não pagavam o aluguel e as contas, ou pelo menos eram o que diziam as más línguas do bairro. Você não ligou muito, afinal, era irrelevante quem seriam seus novos vizinhos, já que você era introvertida ao extremo. 
Coincidentemente, era o aniversário do fatídico dia em que Jeno foi embora para Coreia, levando seu coração junto com ele. Você nunca havia esquecido, e chorava agarrada ao ursinho que ele te deu de presente antes de partir. Para todos que te conheciam há mais tempo, era como se fosse o aniversário da morte de alguém, já que você se isolava, comendo potes de sorvete e se enchendo de porcarias, e eventualmente, com álcool, depois da sua maioridade. 
Você assistia Para Todos os Garotos que já Amei pela enésima vez, afogando as mágoas em sorvete de flocos, quando, infelizmente, seu pote acabou. Você até tentou choramingar para sua mãe ir até o mercadinho comprar mais, mas ela não cedeu às suas lamentações e disse para ir você mesma. Você resmungou, mas calçou seus chinelos e pegou as chaves de casa, saindo em direção ao mercado, e vendo o caminhão de mudanças enorme parado do outro lado da rua. Deu de ombros e seguiu seu rumo, comprando um pote de dois litros que pretendia comer sozinha, e depois voltou para casa. A distração de olhar curiosamente o caminhão a fim de identificar que tipo de família iria se mudar para a casa fez com que você esbarrasse em alguém bem de frente.  
“Meu Deus, me desculpe mesmo, eu não tava olhando por onde ia.” você falou prontamente, para não dar tempo da pessoa ficar com raiva de você. 
“Tá tudo bem. E eu disse que um dia ia encontrar você andando por aí.” Jeno falou com um sorriso, e ele jura que a expressão que ele viu no seu rosto quando se virou foi simplesmente a melhor coisa que ele já viu na vida. Afinal, ele tinha voltado pra você e agora estava tudo numa boa.
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butvega · 1 year ago
Note
vega meu bem você faria a saga de liberar o dorm pra uma rapidinha com os bts? sei que seus pedidos não estão abertos nem nada então não precisa ser agora
te adoro gatinha <3
BTS tentando liberar o dormitório para "dar umazinha".
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`☆ seokjin:
Jin não queria admitir para seus membros, e companheiros que estava namorando. Mas a pressão da empresa sob a relação era tanta, que o local mais seguro para se encontrarem acabou sendo o dormitório. Durante a madrugada, ele levaria você para o dormitório.
Explicaria toda a situação, e iriam na ponta dos pés para o quarto dele. Transariam por horas a fio, matando toda a saudade, mas tentando manter o silêncio, e o máximo de descrição.
Obviamente, não daria certo, já que no dia seguinte o primeiro comentário em tom zombeteiro sairia da boca de Jimin:
— Hyung, por um acaso você teve dor de barriga a noite? Escutei uma gemeção danada.
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`☆ yoongi:
Era mais como um aviso mortal. Não irritar, e não incomodar Yoongi enquanto ele estivesse com você. Faria questão de expulsar todos do dormitório, até mesmo Jin, que daria uma bronca daquelas nele pela falta de respeito. Mas ele não se importaria. Se sentia exausto, esgotado, e a única coisa que Yoongi realmente queria naquele fim de dia era ficar deitado com você, te fazendo dele da forma mais lenta e prazerosa o possível.
Os meninos teriam saído para comer, e Yoongi ficado em casa contigo, a namorada. Te penetrando de ladinho na cama, devagar, bem lentinho e preguiçoso, murmurando o quão feliz ele estava por estar ali naquele momento com você.
— Linda... Quero ficar pra sempre aqui contigo.
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`☆ hoseok:
Não parece, mas Hoseok morreria de vergonha. Ele puxaria a maknae line pra um canto, e como hyung deles, faria com que eles tirassem todos os outros do dormitório para ele. Enfim, sem mais explicações. "Mas por quê? Quer fazer o quê?" Não interessava. Poderia ser até um retiro espiritual, um dia pra ele ficar peladão sozinho, que seja. Mas no caso, era para passar o dia com você apenas sendo namorados.
O sexo foi um bônus, um plus. No sofá, na cama, no chuveiro, um belíssimo e delicioso plus. Tiraram o atraso, e enfim quando os garotos voltaram, Hoseok já havia ido levar você em casa. Continuava em segredo.
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`☆ namjoon:
Kim Namjoon era um depravado. Ter você como namorada, e não poder possuí-la à todo momento era um castigo. Eis que surge a ideia de se reunir com a rap line, e pedir o estúdio por uma noite. Apenas uma noite.
Os meninos, complacentes com o amigo, toparam. Namjoon a levou para o estúdio, onde ele mostrou um pouco de seus trabalhos, de suas letras — muitas inspiradas em você, e a tomou para si em todos os cantos possíveis dali.
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`☆ jimin:
Para Jimin, como um bom libriano, a vida não é um tabu. Yoongi, seu hyung favorito, o veria passando com guloseimas, rosas, incensos... Não se intrometeria. Mas é claro que, como um bom membro mais novo, Jimin avisaria que iria levar uma garota; você.
Se conheceram em um programa ao vivo, e se encantaram de primeira. Estariam ficando há um tempo, já teria rolado, mas ele iria querer ter contigo uma noite tranquila, de filme, e sexo romântico e lento.
— Não conta pro Hobi Hyung não, por favor. Ele vai encher o saco me zoando.
Seria uma noite realmente romântica e tranquila. Assistiriam milhares de filmes, dormiriam juntinhos, e transariam o máximo que conseguissem — sem fazer barulho, é claro, para não atrapalhar seus colegas de grupo.
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`☆ taehyung:
Taehyung nunca fora um rapaz de externar seus sentimentos. Ele havia conhecido você em um desfile de uma marca em que era embaixadora, assim como ele. Passaram a noite conversando, bebendo, e houve uma ligação fora do normal, daquele tipo que só se tem uma vez na vida. V não deixaria aquele momento passar, e como estavam na Coréia, ele fez questão de ceder um lugar para que o romance continuasse. Ligou imediatamente para Jimin, afim de saber se o dormitório dos rapazes estava liberado. Com o aval, correu com você para lá, podendo ter a tão sonhada noite com você.
Contra a parede, Taehyung a pressionava, penetrando incessantemente. Ao menos esperou chegaram no quarto, tão avassaladora era a vontade. Aproveitou a noite como há muito tempo não podia aproveitar.
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`☆ jungkook:
A cabecinha de Jungkook está na porta do quarto de Namjoon, os olhinhos pidões arregalados o observando folhear algumas partituras. Namjoon o percebe, é claro, mas tenta ignorá-lo. Ele tem o entendimento de que ignorar Jungkook é quase impossível, mas mesmo assim tenta.
Jungkook entra no quarto como quem não quer nada, logo está sentado ao lado de RM.
— Fala logo o quê você vai pedir. — Namjoon ao menos tira os olhos do trabalho.
— Sabe o quê é, Hyung, eu queria pedir o dormitório só 'pra mim por uma noite. — Namjoon finalmente para de folhear, e passa a observá-lo. — É que tem uma garota...
— Ih...
— E eu 'tô gostando dela... E eu queria trazer ela pra cá, pra a gente ficar um pouquinho. Pô, Hyung, tem maior tempão que eu não fico com ninguém, e eu tô morrendo de vontade, porque eu tô gostando tanto dela.
Namjoon suspira. Gosta do fato de Jungkook ter sido sincero, e ido até ele pra pedir aquele favor. Jungkook cresceu naquele meio, sem muito tempo de ser um jovem normal, se apaixonar... Por isso quebraria aquela pra ele.
— Tá, só não conta pra ninguém. Amanhã vou segurar o pessoal no estúdio até mais tarde, grava sua parte primeiro e eu te libero. Fechado?
Jungkook se sentia no céu. A beijava com volúpia, a bagunçando por inteira, enquanto segurava seu quadril para movimentar-te de baixo para cima. Você quicava no colo do maior, o apertava internamente a cada descida. Tão duro, tão cru. Céus, Jungkook não poderia se sentir melhor. Estava com sua garoto, no dormitório só para si.
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lcianhale · 5 months ago
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Here's what you missed on Lucian:
A quebra do silêncio dos deuses se provara uma péssima coisa para Lucian. Fazia anos que não saia numa missão oficial e o resultado da primeira missão após o seu retorno foi um tanto... desastrosa. Acabara ferido pelas formigas gigantes enquanto investigava a fenda com Dove e Joseph, encontraram uma segunda fenda e ainda por cima, trombaram com o cão infernal no caminho de volta, fazendo com que Lucian ficasse assistindo enquanto seus companheiros davam conta da criatura. Se não estivesse tão machucado, acreditava que teriam conseguido derrotar o monstro. Porém, seus colegas de missão deram prioridade a sua segurança, deixando que o cão infernal desaparecesse enquanto o carregavam.
Durante o retorno, o filho de Apolo perdeu a consciência diversas vezes, o veneno das myrmekes correndo por suas veias. Só veio dar sinal de vida no dia seguinte, repousando na maca ao lado de Stevie, de Niké, que também havia sido vítima das formigas. Seus comentários trouxeram um breve sorriso aos lábios de Lucian embora ainda estivesse fazendo careta devido a queimadura de ácido que corroera sua braçadeira.
Os dias se passaram e veio a revelação sobre o desaparecimento de Apolo e as coisas começaram a fazer sentido em sua cabeça. O constante tempo nublado vinha lhe incomodando há algum tempo e finalmente ter alguma resposta sobre o assunto era um alívio. Que é claro estava acompanhado de ressentimento. Se não fosse por Veronica, quem sabe por quanto tempo Quíron e o Sr. D. manteriam a informação em segredo?
Lucian fazia suas as palavras que Yasemin jogou na cara dos dois, eram basicamente os mesmos questionamentos que passavam por sua cabeça. Sentia-se traído pela direção do acampamento. O semideus jamais hesitara em compartilhar suas previsões através de desenhos com eles, e fora ingênuo o suficiente para acreditar que a confiança era uma via de mão dupla. Estava terrivelmente errado. Hale não compartilharia o conteúdo de seus sonhos com eles, não por agora.
Apesar da raiva que sentia da direção do acampamento, Lucian fizera sua parte na tentativa de emboscar o cão infernal. Ainda remoía o fato de que a criatura continuava andando por aí depois de terem topado com ela durante sua missão. Seu instinto era o de lançar flecha atrás de flecha no monstro, uma vingança poética para a criatura responsável pela morte de Aidan.
Seus planos foram por água abaixo quando reparou a reação de seus irmãos mais novos. O desejo de vingança era compartilhado por muitos residentes do chalé sete, o vazio causado pelo luto sendo preenchido por uma sede de violência. Já tinha visto aquele tipo de reação antes. Foi a mesma que tivera diante da Batalha do Labirinto e a morte de Lee. Alguém precisava cuidar dos mais novos. Sabendo exatamente como se sentiam, Lucian se voluntariou para o trabalho.
O clima no acampamento tinha voltado a sua "normalidade anormal", enquanto Lucian passava mais e mais tempo na biblioteca tentando interpretar seus desenhos. E aí veio o anúncio o tal do baile de gala. Tinha que confessar que não estava nem um pouco animado para o evento. A última coisa que queria fazer era participar de uma comemoração romântica. Fazia meses que tinha trocado São Francisco pelo Acampamento Meio-Sangue e quanto mais o tempo passava, mais Lucian se arrependia de não ter contado para seu namorado sobre sua herança divina.
Com a mensagem de Dionísio e sua previsão sobre a Rachel, Hale fez as malas e partiu para Long Island com a desculpa esfarrapada de uma "emergência de família". A ideia de procurar um apartamento com James quando seu contrato de aluguel acabasse indo para o brejo pois cá estava, com o contrato vencido e sem poder entrar em contato com o amado. Lucian não estava nem um pouco interessado em sentir o amor no ar quando nem tinha certeza se ainda estava em um relacionamento.
This is what you missed on Lucian.
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thornslikeroses · 8 months ago
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      ˗ˏˋ 𝐀𝐔𝐑𝐎𝐑𝐀 𝐃𝐎𝐑𝐍𝐑𝐎𝐒𝐂𝐇𝐄𝐍
    𝑠𝑙𝑒𝑒𝑝𝑖𝑛𝑔 𝑏𝑒𝑎𝑢𝑡𝑦 ! ´ˎ˗
(ℎ𝑎𝑛𝑛𝑎ℎ 𝑑𝑜𝑑𝑑, 28, 𝑒𝑙𝑎/𝑑𝑒𝑙𝑎) Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é 𝐀𝐔𝐑𝐎𝐑𝐀 𝐁𝐑𝐈𝐀𝐑 𝐃𝐎𝐑𝐍𝐑𝐎𝐒𝐂𝐇𝐄𝐍, da história A Bela Adormecida! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gostam, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a SER ESPOSA TROFÉU… E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜𝑠𝑎 e 𝑠𝑜𝑓𝑖𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎, você é 𝑣𝑎𝑖𝑑𝑜𝑠𝑎 e 𝑖𝑛𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎, e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: Vendendo Flores na 𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐂𝐔𝐋𝐓𝐔𝐑𝐀 𝐁𝐑𝐈𝐀𝐑.
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𝑅𝐸𝑆𝑈𝑀𝑂
aurora personifica a arte da "falsa ingenuidade" com uma maestria que transcende o comum. embora possua uma sagacidade afiada e uma inteligência astuta, ela habilmente assume uma persona de inocência quando julga conveniente. longe de ser uma vilã, sua ambição é conduzida por um desejo ardente de manter o marido ao seu lado e garantir sua posição privilegiada nos contos de fadas intocados por toda aquela bagunça. criada em um ambiente onde era o epicentro do universo, sua vida foi moldada por pais e fadas madrinhas superprotetores devido a maldição que a envolveu. enquanto os rumores sobre sua gravidez pairam no ar, aurora mantém um silêncio eloquente, deixando o mistério alimentar a intriga ao seu redor. com a chegada dos perdidos, sua angústia em perder a popularidade que tão arduamente conquistou se torna palpável. seu desejo é simples: resgatar seu mundo de encantos, lar, e amado esposo, buscando ansiosamente seu conto de fadas intacto e o "felizes para sempre" que tanto almeja. por trás de sua fachada meticulosamente construída, reside uma alma gentil e compassiva, pronta para demonstrar lealdade e sensibilidade às amigas mais próximas.
+ determinada, confiante, sensível, romântica
— mimada, egocêntrica, controladora, invejosa
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𝐵𝐼𝑂
não havia criança, jovem ou idoso que não conhecesse sua história. nesse mundo ou em qualquer outro. a lenda da princesa que dormiria por cem anos, aguardando o beijo do verdadeiro amor enquanto todo o reino dormia para aguardá-la. a princesa para sempre bela, para sempre jovem, sempre adormecida. por isso foi uma grande sacanagem quando aquelas pessoas surgiram depois do seu final felizes. todos sabem o que acontece após o felizes para sempre. os mocinhos vivem. felizes. para. sempre. aurora não sabia exatamente em qual parte de “para sempre” o narrador havia se confundido, ao trazer aqueles forasteiros para sua cidade, arruinando suas histórias, acabando com famílias, casamentos, com a felicidade das pessoas! no entanto, não adiantava espernear (e ela havia tentado muito!) aqueles intrusos chegaram e não pareciam ir embora tão cedo, nem eles nem as histórias arruinadas que eles trouxeram na mala. 
ela tinha tudo. o palácio rodeados por rosas e peônias cor de rosa e algodão doce, fadas, um mundo que até o ar tinha cheiro de magia, um príncipe bonito que a amaria para sempre a certeza de um final feliz. ela não era como aquelas histórias tristes onde a mocinha precisava se salvar, quão triste e aterrorizante seria aquilo? resolver os próprios problemas! Não, ela havia passado dessa fase, havia merecido o seu destino, haviam lutado e triunfado contra o mal.
Haviam tantas perguntas girando em sua cabeça. Porque essas pessoas apareceram no seu mundo? Porque essa meia-irmã surgira, do nada, noiva do seu marido? Esse sapato combina com esse vestido?
Podia parecer muito drama. Mas tudo o que ela contava havia desaparecido. seu casamento, seu lindo castelo, seu felizes para sempre. ido para os ares. puff. em um piscar de dedos ela havia passado de uma princesa respeitada e adorada para amante do próprio marido. Não só isso, mas o marido agora era noivo de sua meia-irmã, filha de malevóla, como se já fosse ruim o suficiente apenas perder tudo, ela tinha que perder tudo para pessoa que passou toda a sua vida planejando vê-la morta, e agora, ela teria que assistir bem vivinha tudo o que ela se importava ir para os braços de outra pessoa.
E ela não era tão ingênua assim. uma meio-fada, mística, filha da pior vilã de todos os tempos, Phillip podia ser um príncipe, mas era homem, ainda que jurasse de pés juntos de que não a deixaria, Aurora estava nessa sozinha, agora e pelo o que parecia, o resto de suas vidas. Agora ela tinha um emprego, agora ela teria que aprender a se virar sozinha, como uma solteirona e a beira dos trinta, em nome de merlin! 
Haviam princesas, de outros estúdios, acostumadas a esse tipo de aventuras, mas não ela. Ela era uma clássica princesa que esperava que todos resolvessem seus problemas, primeiro seus pais, depois as fadas e então phillip, pensando em retrospecto, aurora não havia decidido uma só coisa em toda sua vida e pior: nem havia cogitado que era algo que deveria fazer. Ela sempre esteve confortável na posição de esposa troféu em que o marido iria resolver tudo para ela, esperançosa, ela iria se deitar, dormir e quando acordasse tudo não passaria de um pesadelo horrível. Sim. era isso. quando acordasse tudo voltaria ao normal. 
narrador: quando ela acordou as coisas não voltaram ao normal!
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𝐶𝑈𝑅𝐼𝑂𝑆𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸𝑆
ⅰ 、 aurora possui um medo quase paralisante de adormecer e jamais despertar. essa ansiedade profunda a assombra e parece ter piorado com a chegada dos perdidos, sem seu príncipe o que ela faria? por isso, luta contra o sono, mesmo diante da mais profunda exaustão. como se estivesse presa em um ciclo interminável de vigília, aurora enfrenta uma forma peculiar de insônia que a transporta para uma experiência frequentemente vista por bebês: está cansada, exausta mesmo, mas se recusa a dormir ficando irritadiça e mal humorada pelas manhãs.
ⅱ 、ela não nega e não confirma nenhum boato sobre sua gravidez, porém, ao perceber que seu conto de fadas, seu casamento ou sua vida podem estar em perigo ela não se refrearia de usar isso para manter as atenções em si, além de manter phillip por perto. (bem plot de novela das seis / grávida de taubaté)
ⅲ 、desde que chegou ao reino dos perdidos, merlin encorajou a todos a ter uma ocupação, e aurora abriu uma floricultura adorável em uma viela perto do centro, a floricultura briar é um sucesso e serve para que ela se mantenha ativa, no entanto, ela parece encarar a ocupação como uma distração e torce para que em breve tudo volte a ser como antes.
ⅳ 、como a maioria das princesa, ela também é bastante engajada em causas sociais, e ela parece determinada a cuidar do seu povo contra a invasão dos perdidos, ela pode ser vista em eventos de caridade, angariando fundos para alguma ong, organizando festas com as outras princesas no comitê de festas dentre outras funções principescas que não mais são suas responsabilidade.
ⅴ 、como está a posição dele em relação aos perdidos: chocada, estarrecida, aborrecida, angustiada… quantos sinônimos para completamente devastada podem existir? a princesa estava em cólicas. como aquilo fora acontecer? justo com ela? de novo! ela havia merecido seu final feliz, ela deveria ser feliz para sempre, e quer saber? ela não estava nada feliz agora! parecia uma quebra de contrato, daqueles revoltantes, será que existia algum tipo de procon para os contos de fadas? embora os perdidos tivessem, de fato surgido, aurora parecia acreditar de que eles estavam prestes a invadir a sua casa, levariam sua mobília, arrancaram com os dentes selvagens tudo o que era dela. e phillip… ainda tinha phillip, com aquela outra mulher. sua irmã…  ou melhor dizendo meio-irmã. ela oscilava entre absolutamente furiosa com a traição do marido (ainda que hipotética, mas bastante real para ela) e uma carente reafirmação de que ele a amava e não iria deixá-la. ela queria que as coisas voltassem a ser como antes. queria o seu mundo, sua casa, seu marido, seu conto de fadas, seu felizes para sempre.  ‹  reação da aurora em um gif  ›
ⅵ 、FLORICULTURA BRIAR — virando a primeira direita, depois da avenida principal, você encontrará uma pitoresca viela encantadora, com fachadas ornamentadas e janelas altas que refletem a luz do sol de maneira sublime, e é ali, no número sete, aninhada entre ruas de tijolos que serpenteiam outras lojas como cafés e livrarias que encontramos a floricultura. ao adentrar este pequeno pedacinho perdido de uma floresta encantada, é impossível não sentir o aroma doce e fresco das flores que decoram cada centímetro do espaço. as paredes são adornadas com trepadeiras exuberantes, onde rosas em tons suaves de rosa e vermelho se entrelaçam com campânulas azuis delicadas, margaridas brancas puras e tulipas vibrantes em uma dança de cores e formas. os arbustos são meticulosamente dispostos, criando uma atmosfera de serenidade e beleza natural. as janelas grandes, características de uma arquitetura haussmanniana, permitem que a luz do sol penetre suavemente, iluminando os buquês frescos e arranjos florais exibidos com elegância. cada detalhe, desde os vasos de terracota até os delicados laços de fita que adornam os buquês, reflete o cuidado e a paixão dedicados a cada flor. no interior da loja, prateleiras de madeira exibem uma variedade de plantas em vasos, desde suculentas charmosas até exóticas orquídeas, oferecendo uma ampla gama de opções para os amantes de plantas e jardineiros em busca de algo especial. com seu ambiente acolhedor e aconchegante, a floricultura briar é mais do que apenas uma loja de flores; é um santuário de beleza natural e tranquilidade, onde os clientes podem encontrar inspiração, levar um buquê para a pessoa amada,  ou um presente perfeito seja para um pedido de casamento ou um pedido de desculpas, no entanto, não se esqueçam que as flores têm essa mania inconveniente de serem cruelmente belas, mas possuírem espinhos dolorosos.
ⅶ 、inspo: barbie (barbie, 2023), audrey (descendents), olga (chocolate com pimenta), beth rizzo (grease), veruca salt (charlie and the chocolate factory) miriam maisel (the marvelous mrs. maisel)
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inutilidadeaflorada · 8 months ago
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Olhos-indícios
Teus olhos densos me querem Imitando voyeurs, tecendo tintas Teima em seus cílios as provocações Nada substituíra esse carnaval de apetites
Um vazio agridoce despontando o esforço em excesso Para vingar-se contra o silêncio, contra os ecos Que giram a máquina mortífera desta paranoia Prenuncia a conquista do recanto de leões
Aqui, onde todas as coisas são imagens E toda a carcaça de elefantes brancos Originaria os muros de lamentos Nessa savana de plástico, qualquer detox é voraz
Quando se olha com os olhos da multidão Tudo é Troia, tudo é especulativo Tais cortes bússolas de intimidades Reconhecidos por partes do seu corpo
Açougue é o nome que procuras Músculo embaixo da língua Exercita todas as mortes obsoletas Incorriam em tua boca pontes e precipícios
Para afastar qualquer chance de conhecimento Derreter o esmalte dos dentes a cada álibi E cada efeito do cálcio verte-se em véu-grená, Ou renda para que especialistas encontrem a verdade
Erga tuas torres para manifestar minhas torres Tatear o tormento imposto pela distância Esse letramento será equivocado Na maioria da rotina romântica proliferada
Aceite os cordões que designam seus suspiros Agir sob a suspeita do outro, um teatro irreconhecível Crer e fundar um olhar vislumbrado que reconheça Ao mesmo tempo valor em si e no outro, em um único instante
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creads · 6 months ago
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cara, hj reencontrei com umas meninas que fizeram bullying comigo por ONZE ANOS (sim, aguentei isso por onze fucking anos pq achei q elas eram minhas amigas), e isso me trouxe umas memórias bem ruins. sempre fui zoada por ser extremamente extrovertida, me chamavam de forçada e diziam que eu queria chamar a atenção. também fui constantemente chamada de “michael jackson” por ser magra e alta, e apesar de ele ser meu ídolo desde os três anos de idade ainda dói ouvir essas coisas sabe?
enfim, perdão pelo desabafo.
gostaria de saber como os meninos reagiriam a loba contando sobre coisas do tipo, bullying e piadinhas nada legais (pipe, kuku, enzo e pardella pfvzinho?🥺). muito obrigada e desculpa pelo desabafo de novo!!! 😭😭😭
ôoo meu amorzinho, primeiramente não peça desculpas pelo desabafo! fico feliz de você ter se sentido a vontade aqui pra falar sobre esse tópico sensível 💗 sinto muito que isso tenha acontecido contigo e do fundo do meu coração espero que hoje em dia você se sinta melhor em relação a isso e que ninguém mais fale essas coisas ruins para você, as pessoas e (pasmem) crianças podem ser muito más né? eu também quando era menorzinha também ouvi várias coisas malvadas em relação a ser uma menina peluda, sempre tive muitos pelinhos no braço e no rosto, são comentários que ficam com a gente pra sempre, mas eventualmente a gente passa a lidar melhor com essas inseguranças e entender que esses tipos de comentários dizem muito mais sobre a índole dos outros do que sobre você. também tive esse tipo de amizade que só te coloca pra baixo e entendo quão ruim isso é kkkk🥲 espero que hoje você tenha amigas que te tratem com respeito e amor 🎀💗✨ enfim eita falei muito né? vamos pra fanficagem 😌☝🏻
o enzo e o kuku principalmente por serem mais introvertidos imagino que iam se encantar por uma lobinha mais extrovertida, imagino muito um cenário que você tá falando falando falando falando (eu meio que sou yapper demais quando pego intimidade então silêncio im projecting ☝🏻) eles ficam te olhando assim 🥺😌 com a cabeça apoiada nas mãos, e quando você fica insegura e fica meio eita tô falando demais? eles ficam tipo não🥰 todos encantadinhos e até acham bonitinho sua preocupação enquanto não sabem que essa preocupação na verdade vem de uma insegurança, e quando descobrissem que você já ouviu coisas ruins em relação a seu jeito extrovertido iam te confortar muito, fazendo questão de falar como amam ouvir sua voz e como amam ouvir o que você tem a dizer
o pipe e pardella iam 100% match your freak em relação a serem extrovertidos (o pardella mais ainda). vocês iam conversar por HOOOORAS ininterruptas e quando você ficasse mais quietinha, deixando eles falarem mais pq ficou insegura por talvez estar falando mais do que deveria eles iam ficar tipo “eiiiiii que foi!!??? fala você vai, quero te ouvir”. e quando você falasse sobre essa insegurança eu acho que o pardella ia simplesmente meter um “não entendi? você é a mulher mais encantadora que eu já conheci” como se fosse a coisa mais normal de se dizer sendo que você tá tipo oiiii💍?!!! o pipe ia falar alguma coisa do tipo mas com palavras menos românticas KKKKKK because he’s just a boy 🎀mas ia sempre ficar atento a isso nas próximas vezes, principalmente quando você conhecesse os amigos dele, fazendo questão de te apresentar pros mais extrovertidos primeiro para que você ficasse mais a vontade, pq sinto que ele é todo atencioso assim sabe? fazendo as coisas pra você ficar o mais confortável possível mesmo sem deixar escancarado
e sobre a insegurança em relação ao corpo sinto que a reação de todos seria a mesma: se tornariam os reis do praise kink, PRINCIPALMENTE o pardella. se esse homem não tiver praise kink de vdd minhas amigas cai um raio na minha cabeça agora, ele parece muito ser o tipo de cara que quando você fica timidazinha na cama nas primeira vez que transam dá um sorriso que automaticamente já te deixa mais a vontade, mas depois ainda por cima distribui vários beijos pelo seu corpo enquanto te elogia entre os selinhos. sinto que o pipe faria isso também depois que vocês pegassem mais intimidade, e o enzo seria mais pegar seu rosto com as mãos e falar isso olhando para seus olhos, e o kuku oiiiiii jah podi falar de mirror sex? 📢 monas. ele é ALTO né. tipo ALTO (omg o pipe também. pois bem sintam-se à vontade de imaginar ele nesse cenário também) então imagino ele te colocando em frente do espelho, e o corpo dele te envolvendo toda enquanto passa as mãos pela sua pele e fala pra você ver o quão linda é, e se você ficar tímida ou negar ele vai dizer que “pra mim você é a mulher mais linda do mundo, se você não acredita pq não deixa eu te mostrar? hm?” com direito a muito praise também 😔✋🏻mim dê
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sunshyni · 3 days ago
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Álbum de fotografias | HC
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III – First time
。𖦹°‧Sinopse – Você nunca foi uma romântica incurável. Até alguns meses atrás, mantinha um relacionamento agradável com Jeno, descomplicado e tranquilo, exatamente como você acreditava que alguns casais deveriam ser. No entanto, com o casamento iminente da sua irmã, ambientado no cenário do seu filme favorito, “Mamma Mia!”, e a presença de um padrinho provocador, suas expectativas sobre o amor e o destino estão prestes a mudar completamente.
Palavras – 1.6k
。𖦹°‧Notinha da Sun – Continuação dessa aqui!! Acho que vai ter mais uns 3 capítulos, mas eu não sei KKKKKK Tô só escrevendo sem muito planejamento, só por diversãooo, beijinhos e espero que vocês gostem!!
Boa leitura, docinhos!! 🌀
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Você definitivamente não era uma romântica incurável, mas desde o dia anterior não parava de pensar na foto. Foi só um acaso? Ou podia chamar aquilo de destino? Por que vocês tinham uma foto juntos e se reencontraram depois de mais de uma década? Você não fazia ideia, mas aquilo estava te incomodando, assim como a presença de Donghyuck.
Na noite anterior, depois de um jantar sob as estrelas com os padrinhos e madrinhas, vocês riram à beça. Você bebeu além da conta, tentando acompanhá-lo, já que ele era um consumidor nato de álcool. Donghyuck te acompanhou até a porta do quarto. Ficaram uns bons segundos se encarando, talvez por estarem meio alterados ou quem sabe por outro motivo qualquer. Ele te beijou na bochecha, um beijo gentil que demorou mais do que a etiqueta permitia, mas que fez você se sentir quentinha por dentro. Depois, ele se despediu e fechou a porta para você.
Obviamente, você não dormiu muito. Não sabia que era possível pensar tanto em alguém que mal conhecia, mas era exatamente isso que estava acontecendo. Você estava meio encantada, mesmo ele sendo completamente o oposto dos caras por quem normalmente se interessava. Até se esquecia de que seu ex estava ali, no mesmo casamento que você, observando em silêncio sua interação com o amigo do noivo. Você sabia que ele analisava tudo, mas, inesperadamente, não dava muita bola.
Achava que seria um inferno ter que dividir o mesmo espaço que ele, mas Donghyuck tornava tudo tão fácil, tão leve, que você nem tinha tempo de perceber.
— Tá pensativa, aconteceu alguma coisa? — Sua irmã ajeitava seu cabelo com a chapinha. Só ela sabia como alisá-lo, pelo menos minimamente. Você sabia que ele ficaria ondulado em menos de uma hora. Arrancou um fiapinho da calça jeans boca de sino que estava vestindo. Todo mundo estava à la ABBA dos anos 70, e você não era exceção. Era a despedida de solteira da sua irmã. As mulheres ficariam em uma área da ilha, enquanto os homens em outra. — Percebi sua interação com o Haechan. O que tá rolando, hein?
Ela te olhou pelo espelho da penteadeira antiga e branca, e você sorriu, desviando o olhar. Não queria admitir nada ainda, mas achava, talvez tivesse certeza, de que estava atraída por ele. Talvez fosse o fato de vocês serem tão diferentes. Afinal, uma carga positiva sempre se atrai por uma negativa, não é?
— Para, não tá rolando nada — Você disse, mexendo nas pulseiras, meio inquieta. Sua irmã era como sua alma gêmea e sabia que você estava mentindo. Por isso, parou de arrumar o cabelo e te olhou, arqueando as sobrancelhas em descrença.
— Tá, a gente meio que se beijou quando eu cheguei aqui.
— Vocês o quê?! — Ela exclamou, e você se virou no banquinho para olhar para ela diretamente, sem o reflexo do espelho.
— É, pra valer. A gente tava na escada. O Jeno apareceu, achou que era você e o Jaemin… Então, eu tive que encenar.
— Ele retribuiu? — Ela perguntou, sentando-se na beira da cama, curiosa com o desenrolar da história. Você deixou ela curiosa de propósito, parando a explicação para deslizar o aplicador do gloss preferido nos lábios. Sua irmã imediatamente te atacou com um travesseiro.
— Ai, calma! — Você disse, rindo. — Sim, ele retribuiu… Na segunda vez.
— Vocês se beijaram duas vezes e só agora você me conta?
— Não foram exatamente duas vezes… — Você explicou, dando de ombros. — A questão é que foi bom, só que eu quase nem conheço ele. Teve esse negócio da foto, e a gente se deu tão bem ontem…
— Tá pensando demais. Por que você simplesmente não beija ele pela terceira vez? — Sua irmã sugeriu, e você revirou os olhos enquanto olhava para o espelho novamente. Gostava de apostas seguras, de ter as coisas sob controle, mas com Haechan… Com ele, tudo parecia imediato, incalculável, e você detestava isso. Não era à toa que vivia criando planilhas de planners diários e anuais. Talvez fosse por isso que seu relacionamento com Jeno chegou ao fim. Era tudo tão previsível, comum, e rotineiro.
— Acha que eu deveria? — Você perguntou, olhando para sua irmã pelo reflexo do espelho. Ela assentiu enquanto brincava com um chapéu de cowgirl rosa, que não fazia o menor sentido no conceito ABBA.
— Acho. E acho que você devia ser rápida. Umas duas madrinhas estão de olho nele desde que chegou.
— Onde os amigos do noivo estão?
Sua irmã riu com a sua pergunta imediata e te orientou sobre onde eles estariam, próximos à praia. Você desceu metade da escadaria com os saltos enormes que sua extravagante irmã te emprestara. Depois, desamarrou as tiras para descer descalça, nas pontas dos pés. A calça jeans provavelmente ficaria cheia de areia, mas quem ligava? Aquela era sua primeira escolha emocional em muito tempo.
Haechan sorriu quando te viu. Você também sorriu, observando o visual all jeans que ele escolhera. Correu pela areia até ele, ofegante, tocando os joelhos enquanto esperava a euforia passar.
— Desceu tudo aquilo correndo assim, burguesinha? — Você o olhou nos olhos, aproximando-se um pouco mais depois de recuperar o fôlego. Haechan te encarou enquanto os demais garotos riam em conjunto com suas cervejas ao redor da fogueira no lual masculino. Vocês estavam um pouco afastados, mas o fogo da fogueira refletia no olhar tenro de Haechan. Você tocou suavemente o rosto dele, acariciando a bochecha. Ele quase suspirou, mas você percebeu que ele prendia o fôlego, meio desacreditado.
— Você não me provoca quando me chama de burguesinha, sabia? Pelo contrário, é fofo.
— Ah, é? — Ele questionou, tirando sua mão de seu rosto apenas para acariciá-la. Levou o dorso aos lábios, sentindo o perfume único que você exalava. Ele estava viciado em você, nas suas respostas afiadas, no olhar que sempre direcionava a ele quando estavam sozinhos.
— Aham. Você tenta manter a pose de que é pura provocação, mas eu sei que é por carinho.
Haechan beijou sua bochecha, puxando-a para mais perto com o braço que envolveu sua cintura. Os olhos dele alternavam entre o seu olhar e sua boca.
— Quem colocou isso nessa sua cabecinha linda, burguesinha? — Ele perguntou, com o rosto tão próximo do seu que você deixou um beijo casto em seus lábios, pegando-o de surpresa.
— Essa é a hora que você me diz para te beijar direito? — Haechan sorriu com a sua pergunta, segurou seu rosto com as mãos e te envolveu em um beijo cadenciado, calmo, que te fez ficar nas pontas dos pés. Você sorriu entre os lábios dele. Era doce demais. Ele era doce demais.
— Essa é a hora que você me deixa entrar no seu quarto? — Ele sussurrou rente aos seus lábios, e seu coração disparou. Com certeza, Haechan já tinha tido momentos assim com outras garotas, mas com você era diferente. Você nunca tinha feito isso antes e não sabia se aquele era o momento certo. Pensava demais, como sempre, então apenas assentiu com a cabeça, e ele beijou sua testa com carinho.
Diferente do dia em que você chegou, Haechan não só te beijou, como te fez sentar na escada. Todo mundo estava lá fora: as madrinhas, os padrinhos, o noivo e a noiva. Nenhum de vocês dois parecia se importar. Vocês se beijavam como se o mundo dependesse disso. Na escada mesmo, os beijos de Lee se alastravam preguiçosos pelo seu pescoço.
Haechan te olhou quando você começou a desfazer os botões da jaqueta jeans. Vocês se olharam como no primeiro dia, mas, dessa vez, você não desviou. Encarou-o de volta e o beijou devagar. Levantou-se aos poucos, receosa por ter que soltá-lo para continuar. Ele riu contra sua boca, segurando sua cintura. Você procurou a mão dele, tateando pelo corpo masculino até alcançar a palma. Entrelaçou seus dedos aos dele e o conduziu ao seu quarto.
Donghyuck parecia tão ansioso quanto você. Ele te observava com os olhos atentos, e suas mãos não conseguiam ficar longe de você. Ele se sentou na cama, encostando as costas na cabeceira de madeira, enquanto te acompanhava com o olhar ao se posicionar acima dele. As mãos dele delinearam sua cintura antes de te beijar de novo, de um jeito doce e meigo.
“Dancing Queen” tocava ao longe. Provavelmente sua irmã estava reproduzindo a dancinha icônica que vocês inventaram quando mais jovens. Você sorriu, o que fez Haechan sorrir também.
— Acho que nunca fiquei de amasso com alguém ao som de Dancing Queen. — Você sussurrou, um tanto desconcertada, enquanto ele terminava de desfazer os botões da sua jaqueta jeans e a tirava, revelando sua pele dourada, que brilhava de um jeito que você nunca tinha visto antes. Ele percebeu seu acanhamento e te beijou mais uma vez, te fazendo esquecer até do seu sobrenome. O único sobrenome que piscava como um letreiro de neon era o dele: Lee, brilhante e ofuscante.
Com aquele sorrisinho insolente pintando os lábios rosados, ele sibilou para você, enquanto a mão apertava sua cintura um pouco mais forte:
— Para tudo tem uma primeira vez, burguesinha.
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livrosencaracolados · 1 year ago
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"Liga Às Tias" (Tias #1)
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Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Uma antiga maldição faz com que os homens abandonem as mulheres Chan. Para voltar as costas ao destino, a família muda-se para a Califórnia e monta um negócio de organização de casamentos. A maldição acaba por atingir Meddy, e a mãe entra em ação, encontrando nas redes sociais um pretendente para a filha. O encontro às cegas termina mal, mesmo mal, com um morto no porta-bagagens do carro de Meddy, ameaçando arruinar o grande evento do fim de semana. Pragmáticas, diabolicamente inventivas e ferozmente protetoras umas das outras, as mulheres Chan organizam-se para se livrarem do corpo. Infelizmente, o cadáver revela-se difícil de descartar, em particular quando segue inadvertidamente junto com o bolo de casamento para o resort de luxo onde vai decorrer a festa. Mas nada, nem mesmo um cadáver, vai atrapalhar a perfeição idealizada. As coisas vão de inconvenientes a angustiantes quando o grande amor — e enorme desgosto — de Meddy faz uma aparição surpresa no caos do evento. Será possível escapar das acusações de assassinato, reconquistar o ex e ainda preparar um casamento deslumbrante no mesmo fim de semana?
Aᴜᴛᴏʀ: Jesse Q. Sutanto.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: Atormentadas por uma maldição que mata os homens da família, as mulheres Chan deixam a sua casa rumo à Califórnia, esperançosas que a longa viagem baralhe tanto a desgraça que ela se perca. Ao chegar a solo americano apercebem-se que de facto a viagem baralhou a maldição, mas que não a afastou, e o resultado acaba por ser pior: em vez de morrerem, os homens na vida das mulheres Chan abandonam-nas sem aviso. Pais, filhos, maridos...ninguém é exceção e a Mãe e as Tias de Meddy sentem-no na pele. Quando chega a sua vez de ir para a faculdade, Meddy não tem coragem de causar outro desgosto às mulheres que a criaram e escolhe ficar na Califórnia, abdicando de construir a sua própria vida. Oito anos depois Meddy trabalha no negócio de organização de casamentos da família, que se prepara para o maior evento até à data: a união de dois milionários. E é aí que entra o conflito principal do livro, para recompensar a dedicação de Meddy, a Mãe surpreende-a com um encontro com o dono do hotel de luxo onde se vai passar o casamento. Meddy concorda encontrar-se com o Jake e as coisas correm bem até ele mostrar as suas verdadeiras cores e a obrigar a tomar medidas drásticas. Acabam num acidente de carro e certa de que o Jake não sobreviveu e de que vai ser culpada por isso, Meddy esconde o corpo na mala e conta à família, que a conforta e jura silêncio. Juntas, as Chan engendram um plano para se livrarem do corpo mas este sai pela culatra quando a arca frigorífica que o continha é levada com o bolo para o casamento. No hotel, Meddy encontra um fantasma do passado, Nathan, o amor que a maldição lhe roubou e o coproprietário do edifício. Uma data de peripécias e um cadáver no altar depois, Meddy tem de lidar com a confusão que criou e resolver as questões de que foge à tanto tempo, tudo sem arruinar o casamento.
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: É básica, corrida e forçada, o que se prova no insucesso dos apelos emocionais, nos discursos que deveriam ter impacto mas que acabam por ser vazios e confusos e na estranheza das cenas românticas.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: O enredo falha. O livro é publicitado como uma comédia romântica envolta em mistério que ainda lida com os tumultos internos que vêm com ser filha de imigrantes asiáticos. Visto assim, o livro parece super completo e atrativo (além de se dizer que é absolutamente hilariante). De facto, são abordadas as dificuldades da protagonista, que se sente presa na obrigação de agradar ao máximo as mulheres da família, há um homem interessado em Meddy, efetivamente aparece um cadáver e não faltam "piadas". Perante isto, é difícil ver o que pode haver para eu reclamar, está lá tudo o que é prometido, mas é essa a questão com este livro. As ideias existem, mas estão bem executadas, são propriamente expandidas para se tornarem mais do que um elemento usado para publicitar o livro? Não. O que me incomoda mais no enredo é o facto de todo ele ser evitável, o livro poderia acabar antes de chegar às 100 páginas, estendendo-se desnecessariamente devido a decisões estúpidas e mal pensadas. A autora dá as desculpas mais esfarrapadas poss��veis para a protagonista nunca verificar o cadáver e para as Tias passarem 50 páginas de um lado para o outro com uma arca frigorífica que não engana ninguém sem serem interrogadas, o que prova pouco esforço na narrativa porque sem essas duas situações, o livro teria acabado mais cedo. A Meddy só não é logo presa devido à mistura de uma sorte incrível com a burrice e cegueira extrema de todos os que estão à sua volta, se houvesse um único personagem capaz neste livro, era bye bye protagonista. Havia potencial no livro e é frustrante que não tenha sido utilizado, porque há partes agradáveis de ler que são arruinadas por situações como a reviravolta final, que parece ter sido atirada para o papel para os comentadores das redes sociais poderem pôr uma setinha no post a dizer" representação LGBT" e atraírem mais leitores. (Só uma notinha, nada contra a comunidade LGBT, mas a forma como a autora juntou as duas mulheres no final do livro foi, honestamente, tosca e insípida) Ah e a grande maldição, lembram-se dela? Pois, em vez de ser resolvida foi simplesmente colocada sobre uma nova perspetiva lamechas que não se alinha com nada do que foi antes estabelecido. A maldição era uma oportunidade DE OURO para mostrar que o peso que a imigração teve nas gerações anteriores de mulheres, que foram encurraladas no papel de cuidadoras uma vida inteira até que a pessoa por trás desaparecesse, foi tão grande que acabou por sufocar todas as suas relações, causando a saída dos homens. Essas mulheres nunca tiveram espaço para olhar para o seu trauma então atribuíram a culpa da sua solidão a uma entidade religiosa ou espiritual da cultura. Podia ter sido toda uma analogia que a autora, por ter vivido numa situação assim, poderia ter desenvolvido com muitas mais camadas do que eu conseguiria enumerar, mas isto só prova que sentir não iguala a saber refletir ou a expor um tópico propriamente (e isto aplica-se a muitos autores que usam o facto de terem passado por algo como desculpa para a a sua inabilidade de deixar o texto falar por si).
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: A Meddy passa o livro inteiro a reclamar da cultura, da família e de os outros não confiarem nela, tem sempre algo a culpar. Há literalmente uma parte do livro em que ela se passa porque está farta de ser tratada como alguém frágil e incompetente e quer ser ouvida. Tudo legítimo, até sabermos que Meddy está a reclamar porque o suposto amor da sua vida lhe disse que ia ficar tudo bem enquanto ELE está a ser algemado pelo crime DELA. O homem está a reconfortá-la enquanto perde tudo porque a ama e a primeira coisa que ela se lembra de fazer é lançar-se num discurso sobre como está farta de ser infantilizada, coisa que não é, sendo que a forma como os outros a tratam está em absoluta coerência com a pessoa que ela todos os dias escolhe ser em público. Ela aborrece-se porque os outros não conseguem ler-lhe a mente. Daí vem outro problema, a Meddy dramatiza tudo e é HORRÍVEL a comunicar. Ela escolhe ser infeliz. A relação com o Nathan só acabou da primeira vez porque, quando ele quis tornar as coisas mais sérias, ela foi buscar a desculpa da sua família para justificar a sua cobardia e se fez de mártir, mentindo-lhe para "o seu bem". Tudo à base da suposição de a família não conseguir aceitá-lo, o que se prova imediatamente falso quando as Tias e a Mãe descobrem que eles estiveram juntos. Essa situação poderia ter sido toda evitada se ela tivesse FALADO sobre o que sentia com as pessoas que a amam, mas ela nunca faz isso. Também há o facto de ela ter matado um homem de uma forma horrível por não parar para raciocinar e de, ao fim de um livro inteiro, acabar por ser recompensada por isso, saindo da situação com um namorado e uma família mais aberta. Dizer que ela é uma má protagonista é pouco, ela acaba com a mesma quantidade de defeitos que tinha no início mas além de ter uma vida melhor que não fez nada para conquistar, também tem os seus problemas de não marcar limites com a família resolvidos por ela quando o Nathan entra em ação. Relativamente às Tias, também é uma desilusão. Consideradas pelos leitores "hilariantes", estas mulheres são apenas uma caricatura altamente estereotipada de imigrantes asiáticas, o que é o oposto do que a autora diz querer fazer. Em 300 páginas toda a informação que recebemos sobre as Tias são os seus empregos, o facto de andarem às turras por serem irmãs e a hierarquia de conhecimento da língua inglesa entre elas. Ah, e todas as suas ações são o que Sutanto crê como o que qualquer pessoa sino-indonésia faria, elas não podem ter motivações fora da sua cultura. Elas são adereços cómicos e se ridicularizar personagens inspiradas na própria família é o que a autora entende como comédia...então ela precisa de revisitar o conceito. Passa-se o mesmo com o polícia que fica encarregue do assassinato no hotel, como já referi, é só pelo facto de ele ser completamente incapaz e de ter crenças ignorantes que a Meddy se safa, a autora não podia ter escrito um detetive que desafiasse a sua protagonista, nem pensar. Por último, o Nathan, o rapaz perfeito, tem a personalidade duma porta e só existe para atirar tudo ao ar sempre que a Meddy se lembra da sua existência. Não há um único traço que ele tenha que não gire à volta da Meddy e o único sonho que ele tem é insignificante à beira de um beijo da protagonista, por isso ele está pronto a desistir dele. Ele nem pisca os olhos perante o facto de a Meddy ser uma assassina, porque faria ele isso? Só o facto de ela estar ao lado dele é uma dádiva, não é como se ele tivesse tido uma vida e alcançado sucesso enquanto ela não estava lá, não. O homem está tão encantado pela memória da sua ex-namorada incrivelmente baixa (porque isso parece ser importante) que fica mais ofendido com a ideia de ela beijar outro do que com o facto de ela ter um cadáver na cama.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: Além do que já disse, o romance da Meddy com o Nathan não funciona porque falha na sua estrutura. A dimensão trágica que Sutanto quer atribuir à separação do casal nos tempos de universidade (por Nathan supostamente ser o único que ouve e permite a Meddy ser quem ela é) acaba por cair no ridículo, ficando mais a parecer que Meddy escolheu o rapaz mais banal que encontrou para silenciosamente desafiar as expectativas da sua família, ou seja, ele é um ato de rebeldia. Quanto à Maureen e à Jacqueline, é o cliché mais sem sentido que poderia haver. (Como é que o primeiro raciocínio de uma mulher adulta é "Vou roubar os presentes de casamento e apontar uma arma a uma fotografa qualquer no dia especial da minha melhor amiga como confissão dos meus sentimentos para que possamos fugir em direção ao pôr do sol juntas"?)
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: As decisões da Meddy confundem-me, as piadas sobre gazes e peitos entre ela e o Nathan dão-me dores de cabeça e as Tias não conseguem dizer uma frase sem uma expressão qualquer em indonésio que as faz parecer crianças que viveram fechadas numa torre a vida toda. Foi um esforço terminar o livro.
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: Vou lembrar-me deste livro por um bom bocado, principalmente pela exaustão que foi analisá-lo.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ:⭐⭐
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: 17 ou 18 no mínimo. Sexo, palavrões, o assassinato macabro... Não chega a acontecer mas a Meddy quase é violada então atenção a isso caso sejam sensíveis.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: Fora os raros momentos onde a leitura é agradável, é irónico que um livro que fala tanto de uma maldição acabe por sofrer uma, a maldição do BookTok, que por ser tão obcecado pelas "tropes" e pela "aesthetic" de ler, se esquece de valorizar escrita a sério e acaba por encher livrarias de livros que nem cumprem os requerimentos básicos de uma narrativa. NÃO RECOMENDO.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: Liga às Tias, Jesse Q. Sutanto - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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idollete · 8 months ago
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amiga, vc pode fazer um smut com o kuku bemmm namoradinho da leitora? talvez no qual eles se encontram depois de passarem alguns meses longe, e eles matam a saudade transando por horas? uma parada mais romântica, com direito a breeding e praise kink? obrigada e beijinhoss ❤️
tá aqui, bebê!! espero que vc goste e desculpa pela demora tbmmm 🤍🥺
um minuto de silêncio para todas nós que jamais seremos namoradas deste homem pfvr
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