#sei lá me dá uma angústia um mal estar
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pqp o felca acabou com as lives de npc e ainda doou 32 mil pra caridade em uma só tacada. q mecanismo
#odeio aquelas lives de npc acho uma coida tão degradante tão desumana#a galera fica dando dinheiro pra ver a pessoa se humilhar#sei lá me dá uma angústia um mal estar
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Não podes ver um edit de Byler ou do Will no tik tok e ir aos comentários que vão ter pessoas a falar do Noah. Aprendam a diferenciar a personagem do ator. Se pararam de gostar do Will por causa do Noah isso sinceramente é coisa de criança. Se vocês não querem ver o Noah em Stranger Things, então eu recomendo a não ver a 5 temporada. Pois a 5 temporada é centrada no Will. Na sua conexão com o 001 e o U.D, os seus sentimentos, a sua relação com o Mike e principalmente um dos plots da série, a pintura. Sem falar que o Noah tava a tomar o lado do seu país religioso. O Noah é judeus. Ele só tava a dar suporte ao seu país religioso mas isso não quer dizer que ele suporta as ideias e as medidas que o governo de Israel faz. Ele já pediu desculpas e disse que queria paz. Tudo bem que a cena do vídeo foi uma coisa má, mas sinceramente ele só estava a gravar e ele só estava lá. Sem falar que o Noah já é adulto. O que me mais irrita é que ele pediu desculpas mas as pessoas que não tem que fazer nada na vida estão sempre a puxar o assunto de volta. Tipo, para que?! Para dar mais hate? Pois desde o início o Noah recebeu hate. Ele saiu do armário e disse que era gay. Ele recebeu hate. Foi chamado de f slurs. Então, aconteceu está polémica. Recebeu muito hate, mas muito hate e se certeza absoluta comentários a dizer para ele se m*tar e tudo mais. Sem falar que outros atores, influenciadores também mostram o seu apoio a Israel. E uns nem sequer pediram desculpas. Mas o problema é que não receberam o hate todo que o Noah recebeu. O Noah recebeu esse hate todo porque havia pessoas que não tinham o que fazer da vida para estarem sempre mas sempre puxar o vídeo e o assunto para tacar hate no Noah. Ele já sofria comentários de hate por ser ele mesmo e por ser gay, agora que veio aquela polémica só foi mais uma desculpa para tacar hate e voltar a chamar-lhe nomes homofóbicos. E sem falar que o ator que faz o 5 na Umbrella Academy também defendeu a sua raça religiosa e eu não vi ninguém dar-lhe comentários de hate. No vídeo de desculpas do Noah dá para ver que ele está a segurar as lágrimas e isso parte um pouco o meu coração. Tudo bem que tu possas não gostar do Noah como pessoa mas isso não significa que tens que para de gostar do Will. Vocês só tem que aprender a diferenciar o ator da personagem. “ porque que eles não metem outro ator a interpretar o Will” vocês só podem tar a brincar. Isso é literalmente um dos comentários mais burros que eu já vi em toda a minha vida. O Noah já está a interpretar o Will por 8 anos. E meio que eu já não consigo ver outro ator a interpretar o Will. O Noah já é considerado o ator do Will. Não há outro ator que possa interpretar o Will. Uma coisa que eu acho super injusto é falar que o Noah atua mal. Ele é considerado um dos melhores atores da série. Ele gravou super bem as cenas da possessão do Will. A tristeza dele. A raiva dele. A angústia dele. Não devem e nem podem desmerecer o trabalho do Noah por causa de uma polémica. Ele já pediu desculpas. Pronto. “ Ah o Finn agora deve se sentir desconfortável perto do Noah” mhmmm.
Poupem-me. Eles continuam amigos e isso quer dizer que o Finn está confortável com o Noah. Eu só sei que haverá pessoas que irão vi tar mentiras e espalhar rumores sobre coisas que o Noah “fez” quando ele tiver no seu momento na quinta temporada. Eu acho que o assunto já vai estar mais esfriado,do que já está agora, mas ainda assim haverá pessoas que vão trazer o assunto de volta porque não aguentam ver uma pessoa a ter o seu momento e a sua oportunidade, coisa que o Noah merece por causa da sua atuação. Sem falar que o Noah toma as suas próprias decisões.
Mas pronto é isso. SABEM DIFERENCIAR O ATOR DA PERSONAGEM!!!!!
#will byers#stranger things#noah schnapp#Will Byers deserves the world#finn wolfhard#miwi#Noah deserves the world
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Hoje faz um ano do nosso primeiro encontro. Era 20:19 quando você chegou lá na minha casa pela primeira vez, você me levou lá pro Manhattan, pediu batata frita e umas Budweiser’s. Sentamos na mesa do canto. Eu tava tão nervosa, mas ao mesmo tempo queria saber mais sobre você, tava tão cheia de expectativas. Você tava com seu casaco cinza, e o short jeans mais escuro, que é rasgado na bainha, foi de boné, porque tinha raspado o cabelo e não me deixou tirar ele. Por mais nervosa que eu estivesse naquela noite, em nenhum momento senti medo de você, desconfiança de que fosse alguém que poderia me fazer mal. Deixei você guiar a noite com total confiança. E quando me deixou em casa, fiquei mais nervosa ainda, com receio de ter acabado ali. Eu acordei no outro dia um pouco triste achando que não te veria mais, porque por algum motivo eu senti uma ligação com você, e eu queria te ver novamente, foi como se eu já tivesse escolhido você. Quando chegou sua mensagem de bom dia, você não tem noção do tamanho do meu sorriso. Sabe aquele sorriso que você da junto com aquela sensação de alívio e que você quer dançar de euforia? Eu lembro que até demorei um pouco pra responder, fiquei um tempão tentando tirar uma foto bonitinha pra te mandar de bom dia. Foi quando tudo começou. A gente nem tinha se beijado, e eu já sabia que eu queria você na minha vida, e queria fazer parte da sua. E eu já comecei a fantasiar um monte de coisas, imaginar o nosso primeiro beijo, como tudo ia acontecer. Sabe porque eu insistir tanto na gente nesse ano? Eu nunca senti isso por ninguém, não desse jeito. Nunca me apaixonei assim, tão rápido, era sempre a que demorava a se entregar, a que ficava em dúvida se queria namorar mesmo… aquela euforia que eu senti com a sua mensagem, nunca teve isso. E eu lembro de conversar com Deus, antes de te conhecer e depois de te conhecer. Eu pedi pra Ele não colocar ninguém no meu caminho que fosse me fazer mal de novo, que eu ia esperar o sinal d’Ele pra me envolver. E quando te conheci, eu prometi a Ele que eu faria tudo certo, que seria correta, pra que nada desse errado. E eu olhava suas fotos com tanta admiração. E as coisas que a gente conversava … a gente até que conversava muito no comecinho. Você mandava bom dia, ia trabalhar, e depois aparecia por volta das 19h e a gente sempre falava de algum assunto interessante. As vezes você aparecia com uma cantada engraçada, que me fazia rir e aquecia o coração. E a vontade de estar com você só crescia.
Faz um ano.
Eu fico fazendo um flashback de tudo que a gente viveu até aqui, casa fase, cada mês. Quando eu te conheci, e a gente começou a se envolver, eu tinha certeza que ficaríamos juntos. Eu sabia. Tinha essa segurança. Hoje eu já não me sinto assim, tão segura, confesso. Me dá até uma certa angústia pensar, porque parece que tudo o que eu sinto é que você vai me magoar de novo, e eu fico pensando nisso, e é tão ruim sentir isso. Pensar na gente separados, você com outra pessoa… eu queria ter a certeza de novo de que a gente vai ficar bem, que não vai haver mais decepções. Eu tô com medo do nosso futuro. Eu amo muito você, disso ainda sei. Queria muito poder nos resetar, viver aquela mágica que foi no início.
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Quanto tempo
Bem, olá! Faz muito tempo né? Hoje tô precisando novamente tirar coisas da minha cabeça que eu acho que não posso revelar para ninguém, assim como os outros textos que tenho aqui. Vou atualizar rapidamente como está a minha vida de agora, tenho 19 anos agora, estou namorando há 1 ano com meu bem que é um relacionamento muito bom eu amo ele e ele diz que me ama, algumas vezes temos desentendimentos, o que é super normal na vida de um casal. Muito se dá por ele ser uma pessoa bem difícil e eu por talvez não ser tão paciente como eu penso que sou, mas de modo geral nosso relacionamento é uma das coisas que mais está dando certo atualmente! Me sinto confortável e bem com ele, ele me ajuda, me faz companhia e ~no jeito dele~ faz tudo por mim. Por conta dele me aproximei de pessoas incríveis, amigos muito bons já que as minhas amizades de antigamente já estão mais para lá do que para cá, eu e Giovana nunca mais nos falamos, eu e Dudu nos afastamos muito, as meninas eu só sou realmente próxima de duas, as outras… bem… acho que elas estão melhor com elas próprias, não me procuram muito, mas acontece, já me magoou muito isso? Já, mas agora estou “melhor”. Sobre a faculdade, eu estou into até que bem, estou no 5º semestre, minhas notas são melhores do que na escola e isso me deixa muito feliz! Lá tem pessoas que eu gosto muito, talvez eu não me veja com elas no futuro, mas atualmente me fazem muito bem, principalmente uma chamada Rackel, ela é um amor e uma amiga muito tranquila, com ela é sempre tranquilo. Lá também tem o problema que me fez vir aqui escrever esse texto, ele, sim, um cara. Não, por favor não pense que eu fiz alguma besteira, eu não traí ninguém, eu só acho ele muito bonito e isso me faz ficar tímida, mas tímida ao ponto de eu me sentir uma adolescente novamente, de ele chegar perto e eu não conseguir respirar direito, ficar meio travada e tals E ISSO É RIDÍCULO E EU SINTO MUITO ÓDIO POR ISSO, muita culpa também, porque como é possível eu sentir tudo isso sendo que eu tenho um namorado que eu amo demais? Eu não devia estar sentindo essas coisas e isso me deixa com uma angústia muito grande e eu não sei como lidar muito bem com ela. Bem, isso piora porque eu descobri hoje que tenho um trabalho que ele está no meu grupo e eu tenho medo de me dar mal nesse trabalho por conta desse sentimento. Mas calma, falando assim até parece que eu gosto desse garoto, não eu não gosto, isso eu tenho certeza eu realmente só acho ele muito bonito e não sei como agir nessa situação. Enfim, foi esse meu relato de hoje, acho q um dos mais leves que escrevi até agora kkkkkkk. Tchau, até a próxima vez que eu precise escrever aqui de novo!
(Data: 05/05/2023|Hora: 00:21)
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Toda vez travo para escrever algo aqui, mas, por surpreendente que seja (para mim mesma, pois estive fazendo uma reflexão não tão profunda sobre isso), não me sinto tão pressionada pelos meus pensamentos. Fluí muito fácil. O que considero muito bom. Estou tentando entrar na vibe aos poucos (mesmo meu spotify tendo anúncios a cada segundo) e parece estar funcionando.
Depois do último relato, algumas coisas estão entrando em nossos eixos na minha mente. Não tem tanta ansiedade correndo a solta e tacando fogo nos documentos, as coisas estão se encaminhando para um planejamento futuro. Um final de semana triste que aconteceu por aqui, algumas coisas aconteceram entre aviões. Não vou entrar em detalhes, sempre fico atônita e pálida quando são esses assuntos relacionados a aviões. Não gosto. É de uma angústia sem fim. Sem contar que uma influência visível está espalhando por aí que teremos um terremoto em São Paulo. Cara, isso é um pouco inédito e assustador. Questionável, no mínimo. No Brasil não tinha chances de terremotos, mas algo está saindo deste fluxo. A grande questão é "O que diabos faremos?". Não sabemos. Apesar de temente a Deus, eu sou uma pessoa que acredita em mundos espirituais, se há o bom, há o mau. Sério, não faria sentido existir o bem se não existisse o mal. O que ele enfrentaria ou tentaria combater a todo custo?
Enfim, não era sobre isso que gostaria de escrever, mas nunca tenho um roteiro pronto. Eu só começo. Até pensei em ter um cronograma de postagens por aqui, acho que me ajudaria de forma terapêutica, gosto de escrever. Mas se tornaria engessado por ter virado obrigação. De verdade mesmo? Eu gosto da ideia de ser organizada, mas gosto mais da ideia de não ter um compromisso severo com algo que exponha meus sentimentos. É sério, cara, estou falando de sentimentos, não os números atualizados da bolsa de valores.
Estou treinando minha mente nas últimas semanas para ter coragem (finalmente) para começar a postar no meu blog. Sério, isso está me consumindo, lá no fundinho do cérebro. Tudo está entrando em ordem, só esse bagunceiro pequenininho que está fazendo a festa no fundo da minha cabeça e me deixando impaciênte. Tipo, calma, ta bom? Vai rolar, em algum momento...
Tenho blogs casuais desde pirralha, um diário pessoal. Tinha no orkut e no tumblr também. No velho blogger... Apaguei todos em um surto de medo e autocrítica. Confesso que sinto falta de um acervo meu, algo que pudesse reler para pensar "meu Deus, o que eu queria dizer com isso?", "isso foi escrito num surto psicótico em que me permiti ouvir as vozes escandalosas e esquizofrênicas da minha mente perturbada ". Seria nostálgico. Eu poderia fazer com algumas coisas minhas nos dias de hoje, mas tenho o seguinte pensamento: se eu estou guardando isto (objeto ou carta) para ter memórias, estou fazendo isso de forma consciênte, logo sei que quero ter memórias deste tempo e isso não é natural. Contudo, torna-se algo falso e sem significado. Não faz sentido, eu sei! Mas, para mim, a maioria das coisas só funcionam mesmo quando tem genuidade envolvida e despretensão. Isso significa que sou uma chata.
Mas é gostoso o sentimento de olhar algo e pensar que, caramba, eu sequer sabia que essa merda um dia seria engraçado. Eu estava sofrendo!!!
Também estou voltando com criação de templates e slides, meu Deus, como estou mais animado. Sempre amei fazer edições, lembro que acabei com a memória do computador da minha irmã mais velha apenas salvando PNGs e figuras, queria me certificar de ter tudo o que eu precisava para fazer as melhores montagens de Ariana Grande e Demi Lovato em meu Twitter e Facebook. Lembro que manuseava no Photoscape e não era como um levantamento de saco de cimento, era até que fácil. O Photoshop faz com que todas as minhas montagens de Ghoulia virem uma banana amassada no asfalto. É decepcionante.
Mas dá um gás.
Eu vou aprender isso nem que precise nascer de novo. Como pode um homem criar um software que eu não entenda? Não! Eu vou refazer tudo até entender. Valendo a leitura e releitura de um manual de instruções.
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Reaction - Você tendo TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade)
OBS: O Transtorno Dissociativo de Identidade é causado por um grande trauma sofrido pela pessoa ainda na infância. Em muitos casos, esses eventos traumáticos são fruto de abusos sexuais, físicos ou psíquicos. Ao passar por essas situações, as crianças começam a desenvolver outras personalidades com o intuito de se defender dessa exposição prejudicial. Esses personagens atuam como objetos de autodefesa para suportar momentos de dor e angústia.
N/A: Esse assunto pode ser um pouco delicado para algumas pessoas, especialmente nas partes do Yoongi e do Jimin (elas trabalham um pouco com traumas de infância/assédio sexual) então se for um tópico sensível para você, não leia! Também queria avisar, como sempre, que eu não conheço sobre o assunto tão a fundo assim! Claro que li e pesquisei sobre, além de ouvir pessoas que têm a síndrome explicando algumas coisas, mas ainda assim posso ter escrito algo errado ou até mesmo ofensivo, então caso percebam algo do gênero, por favor me avisem! E para quem não tem muito conhecimento do transtorno, ele meio que faz com que tenham várias pessoas “vivendo” na cabeça de alguém, e essas personalidades aparecem quando são expostas a certos gatilhos, então verão que na maioria das situações que escrevi, S/N não é bem S/N, e sim uma das personalidades (que eu dei nomes aleatórios para).
SEOKJIN
O Jin olhou orgulhoso para a mesa da cozinha, contente por ter conseguido fazer os seus pratos favoritos para que pudessem jantar juntos. Ele soltou um suspiro cansado e aliviado e se sentou na mesa, terminando de organizar os pratos e talheres para vocês dois.
“S/N!” Te chamou, esticando os braços para se espreguiçar. “A comida está pronta!”
Você apareceu na porta da cozinha e assim que viu o que tinha na mesa, torceu o nariz instantaneamente. O Jin te olhou com a testa franzida por alguns segundos antes de revirar os olhos, entendendo o que era.
“Mark?” Ele disse, se referindo à uma de suas personalidades.
“Eu.” Respondeu, indo se sentar do outro lado da mesa. “Não tô afim de comer isso não.” Apontou para os pratos.
“Claro que não.” Seu namorado murmurou. “Você é o único que não gosta da minha comida, mas sempre dá um jeito de aparecer quando eu cozinho!” Resmungou.
“E acha que eu gosto disso?” Respondeu, no mesmo tom reclamão. “Mas não posso sair quando eu quero, ainda não sei fazer isso, não!”
“Tá, que seja.” Seu namorado disse emburrado, se levantando. “Vou fazer um lámen pra você comer, espera um pouco.”
“Sério?” Perguntou empolgado, e o seu namorado concordou com a cabeça. “Agora sei porque S/N diz que gosta tanto de você, faz tudo por elu.” Disse, em um tom provocativo, recebendo apenas um olhar com os olhos cerrados em resposta. “Brincadeira, brincadeira, você até que é legalzinho.”
“Eu sou mais do que legalzinho.” O Jin respondeu, terminando de preparar o lámen e colocando na mesa. “Aqui.” Entregou os hachis. “Só não se entope muito, ainda quero que S/N coma o que eu fiz quando voltar.”
“Sim senhor.” Respondeu, atacando a comida.
O Jin voltou a se sentar, soltando um suspiro enquanto observava você (ou melhor, o Mark) comerem, não resistindo a dar um leve sorriso com a cena, decidindo começar a comer também.
YOONGI
“Yoongi?” Seu namorado se virou para a porta do quarto quando ouviu sua voz, sorrindo em sua direção.
“Sim?” Disse, se ajeitando na cama para que pudesse se sentar do lado dele, o que fez.
“É a Rosa, aliás.” Disse, e ele concordou com a cabeça, um pouco confuso por estar falando com ele, já que era a personalidade que menos se introsava e a que ele menos conhecia. “Eu queria falar com você.” Falou, calma.
“Claro.” Ele colocou o computador, que estava no colo dele, de lado. “Aconteceu alguma coisa?”
“Não.” Negou, pensando por alguns segundos antes de falar de novo. “Na verdade, sim, mas não foi agora.” Ele franziu a testa, em completa confusão. “Eu queria te contar sobre o trauma de S/N.”
O Yoongi ficou surpreso, para dizer o mínimo. Por mais que não conhecesse muito a Rosa, ele sabia que ela era a que tinha tomado os seus traumas para si. Você não se lembrava do que tinha acontecido quando era mais nove, apenas que tinha sido ruim o suficiente para fazer com que você desenvolvesse o transtorno.
Ele ouviu a história em completo silêncio. Ela o disse que quando era pequene, um dos seus tios costumava te tratar muito mal. Ele estava sempre na sua casa para falar com o seu pai, e não podia ficar sozinho com você que te batia e xingava, além de te tratar como se fosse um animal.
Levaram meses para os seus pais descobrirem, mas quando perceberam os hematomas e descobriram de onde estavam vindo, já era tarde demais. A Rosa já tinha aparecido para te proteger, tomando o comando sempre que o homem estava por perto para fazer com que pelo menos não se lembrasse do que acontecia.
“Por isso eu sou tão protetora com elu.” Disse, enquanto o Yoon olhava para os punhos cerrados dele, tentando absorver as informações que tinha ouvido. “Não tem ninguém além dos pais delu que sabem disso, mas eu confio em você, Yoongi.” Ele levantou o olhar. “Sei que também quer ver elu bem, e acho que saber do nosso passado pode te ajudar a entender melhor tudo o que acontece.”
“Obrigado.” Ele disse. “De verdade.”
“Imagina.” Deu um leve sorriso. “Mas não conte a história pra S/N, a gente não quer que elu se lembre.”
“Pode deixar.” Ele concordou com a cabeça. “Vou tomar cuidado.” Você concordou e se levantou, pronte para sair de lá. “Ei, Rosa.” Se virou, da porta. “Não se preocupe que quando não estiver por aqui eu cuido delu tão bem quanto você.”
“Sei que vai.” Sorriu, concordando com a cabeça e saindo de lá.
HOSEOK
Você acordou e se espreguiçou na cama, virando para o lado e vendo que o Hobi já tinha se levantado. Você colocou o pé no chão e soltou um murmúrio pelo frio, mas se levantou de qualquer maneira. Ouviu a televisão na sala e foi até lá, já sabendo que seu namorado estava assistindo alguma coisa.
“Bom dia.” Disse quando viu ele, se jogando no sofá e se aninhando no peito dele.
“Bom dia.” Ele sorriu, dando um beijo no topo da sua cabeça. “Dormiu bem?”
“Uhum.” Levantou a cabeça para olhar para ele. “Eu não lembro de nada de ontem a noite.”
“É, você me abandonou.” Ele fez um biquinho, e você riu. “Foi uma noite agitada.” Você o olhou confuse. “Não sei o que aconteceu, mas o Hugo e a Léia ficaram praticamente revezando pra ficar no comando.”
“Sério?” Perguntou rindo, já imaginando como tinha sido a noite.
O Hugo e a Léia são as suas personalidades mais agitadas. Ambos costumam se comportar como adolescentes, e não param quietos por nada. Mas eles são extremamente diferentes mesmo assim. Enquanto o Hugo é simpático e adora conversar com todo mundo (especialmente com o Hobi, ele ama o Hobi), a Léia adora irritar todos que estão por perto (e de novo, especialmente o Hobi, ela ama irritar o Hobi).
“Para de rir.” Ele disse, depois de te contar que a Léia tinha comido mais de metade da pizza que ele tinha pedido, para no final dizer que não tinha gostado. “Depois eu ainda tive que ir buscar sorvete pro Hugo porque eu sempre faço o que ele quer.”
“Você faz tudo o que ele quer só porque sabe que ele te ama.” Disse, e ele fingiu pensar um pouco, rindo logo em seguida.
“A culpa não é minha.” Ele te abraçou firme, dando outro beijo na sua cabeça. “Mas eu ainda prefiro fazer as coisas pra você.”
“Ah é?” Sorriu, olhando para ele.
“Óbvio.” Sorriu também. “Foi legal ontem mas se você tivesse aparecido ia ser melhor ainda.”
“É, uma pizza e sorvete ia ser bem interessante.” Disse com um biquinho.
“Ei, eu também seria bem interessante!” Ele falou, fingindo estar ofendido.
“Sim, você também seria bem interessante.” Riu, dando um beijo na bochecha dele e se aninhando no peito dele de novo.
NAMJOON
O Namjoon chegou da empresa e tirou o casaco, agradecendo mentalmente por finalmente estar em casa. Ele chamou pelo seu nome e estranhou por não ter respondido, indo até a sala do apartamento de vocês. Ele te vou sentado, concentrade em um livro, e entrou quieto.
Você levantou o olhar para ele com um certo receio, e só então ele prestou atenção no livro que estava na sua mão. Era um que falava sobre política, e na mesma hora ele soube que não era você que estava lá.
“É a Meg, né?” Ele perguntou, se sentando no sofá, e recebendo uma confirmação com a cabeça.
A Meg era uma das suas personalidades mais reclusas que tinha, além de ser a que menos aparecia e também a mais nova. O Namjoon só tinha convivido com ela duas vezes antes disso, e em ambas eles não tinham trocado mais do que meia duzia de palavras.
“Você gosta desse tipo de assunto?” Ele disse, apontando com a cabeça para o livro.
“Sim.” Respondeu, ainda envergonhada. “Gosto bastante de estudar sobre as pessoas e o que elas fazem.”
“Eu também!” Ele disse, um tanto quanto empolgado. “S/N não é muito chegade nesses assuntos, não sabia que um de vocês gostava.”
“É até onde eu seu sei sou a única.” Respondeu, também ficando um pouco mais empolgada. “S/N comentou comigo que também se interessava, disse que a gente deveria conversar.”
“É, é legal a gente falar sobre o que gosta com quem tem os mesmo interesses.” Ele disse.
“Sim!” Sorriu.
Depois disso, os dois entraram em uma conversa extremamente animada sobre aquele livro que estava lendo (que já tinha sido lido pelo Namjoon), e também sobre alguns outros de que gostavam.
Cerca de uma hora depois, ambos estavam conversando como se já se conhecessem há anos, o que fez com que o Namjoon se sentisse feliz e até mesmo um pouquinho orgulhoso. Pelo o que você dizia, a Meg não era de socializar nem mesmo com as outras personalidades dentro do headspace, então ele saber que ele fez ela se sentir confortável perto dele foi algo muito bom.
Quando começou a ficar tarde, ele disse que iria tomar um banho então que eles se viam depois. Nesse tempo, você voltou a ficar no controle. Já tinha percebido o que tinha acontecido, por mais que não se lembrasse de nada da interação dos dois. Por isso, quando o Namjoon saiu do banho e te viu na cama, você deu um sorriso doce para ele, que logo percebeu que você estava de volta.
“A Meg parece ter gostado muito de você.” Disse.
“Eu também gostei muito dela.” Ele respondeu, se sentando do seu lado enquanto secava o cabelo com a toalha. “Ela é bem legal.”
“Ela é um amor, apesar de não falar muito com a gente.” Disse. “Mas fico feliz que tenha encontrado alguém com quem se sinta confortável.” Sorriu, se inclinando e dando um selinho nele, que correspondeu e sorriu também, aprofundando um pouco o beijo logo em seguida e fazendo você rir contra os lábios dele.
JIMIN
O Jimin soltou um suspiro cansado enquanto dava pequenas batidinhas na porta do quarto de vocês, não demorando mais do que alguns poucos segundo para ele ver a sua figura a abrindo.
“O que quer?” Perguntou, o olhando com a expressão séria.
“Eu quero conversar com você, Anne.” Ele disse, vendo a sua sobrancelha dar uma leve levantada ao citar o nome da personalidade que estava no comando.
Apesar da relutância, a porta foi aberta e deu espaço para ele entrar no quarto.
“Sei que não gosta de mim.” Ele começou, encostando na parede e mantendo uma certa distância entre os dois. “E sei muito bem o porquê, mas eu quero que saiba que você está errada.”
A verdade era que o seu maior trauma, aquele que fez com que a Anne, sua única outra personalidade, aparecesse, foi algo que fez com que ela não confiasse em nenhum homem mais.
Quando era mais nove, antes mesmo de entrar oficialmente na adolescência, você acabou passando por uma das situações mais tristes que se pode acontecer com uma criança. Uma pessoa que considerava ser segura, um amigo que era alguns anos mais velho, te forçou a fazer coisas que acabaram completamente com você, por dentro e por fora.
Passar por algo que te fez ter nojo de si mesme causou um caos na sua cabeça, que um tempo depois deu espaço para a Anne, que tomou as lembranças dessa situação repugnante para ti, e começou a tentar te impedir de se aproximar de qualquer outro homem por medo do mesmo acontecer.
“Eu sei pelo o que S/N passou, e para ser sincero, eu acho que agiria da mesma forma que você.” Suspirou. “Mas eu amo elu mais do que tudo nesse mundo, e nunca me perdoaria se algo acontecesse de novo.” Andou um pouco, se sentando na cama, estando sob os olhos atentos da Anne. “Eu quero proteger elu, quero que elu confie em mim para ficar do lado, mas não posso conseguir isso se você ficar colocando na cabeça delu que eu vou fazer o mesmo.” Se inclinou. “Quero que confie em mim, eu estou te dando a minha palavra de que não vou fazer mal algum para S/N, porque elu é a coisa mais preciosa que eu tenho na vida.” Colocou a mão no peito. “Então por favor, Anne, não precisa gostar de mim, só me ajuda a fazer S/N feliz de novo.”
Você ficou em silêncio por alguns segundos, apenas o encarando de uma maneira séria. Praticamente não se mexeu durante esse tempo, parecendo estar em um conflito interno. Quando você voltou a reagir, o Jimin logo percebeu uma mudança no brilho dos seus olhos.
“Ela disse que confia em você.” Você falou, franzindo a testa.
“S/N?” Ele perguntou.
“Sou eu.” Sorriu fraco, se ajeitando na cama para se aproximar dele. “Não sei o que disse para a Anne, mas deu certo.”
“Sério?” Ele ficou surpreso.
“Uhum.” Concordou, sorrindo ao ver a cara de feliz dele. “Acho que ela aprova nosso namoro, agora.”
“Finalmente!” Ele comemorou, mexendo os punhos no ar e te fazendo rir, se juntado a você antes de te puxar para um abraço apertado. “Ela fez uma boa escolha, eu vou ajudar a te proteger de todo o mal deste mundo.”
“Eu sei que vai.” Levantou a cabeça para ele, se inclinando e o dando um selinho leve, mas cheio de amor e de carinho.
TAEHYUNG
Você e o Tae tinham se deitado para dormirem há alguns minutos já. Ele estava mexendo no celular e você já estava de olhos fechados, apesar de não parar de se mexer e estar claramente nervose com alguma coisa. O seu namorado observou você virar de um lado para o outro com a testa franzida, e decidiu conferir o que tinha acontecido.
“Está tudo bem?” Ele disse calmo.
“Eles estão brigando.” Você murmurou, ainda com os olhos fechados, e apontando para a sua cabeça. “Não sei que merda que o Lucca disse, mas a Ami está brigando com ele há uma meia hora e não me deixam dormir.”
“Quer que eu fale com eles?” O Tae disse, e você o olhou confuse, fazendo ele dar um leve sorriso e se aproximar de você, deixando os lábios colados aos seus ouvidos e passando a falar baixinho. “Ei, será que vocês podem por favor se acalmar um pouquinho?” Disse em um sussurro. “S/N precisa dormir, e sei que querem que elu fique bem, então deixem para brigar amanhã.”
Você soltou uma leve risada e se ajeitou na cama, olhando para ele com um leve sorriso nos lábios, se inclinando e o dando um rápido selinho.
“Eu ainda consigo ouvir eles te chamando de intrometido, mas agora estão sussurrando.” Você falou, fazendo o Tae soltar uma risada fraca.
“O importante é que deu certo.” Ele disse, dando de ombros. “Eles já sempre me ofendem mesmo, não faz diferença.”
“Eles te ofendem, é?” Você levantou uma sobrancelha.
“Sim, só recebo amor de você nessa casa, o resto me trata mal.” Ele fez um bico, que você mais uma vez se inclinou para dar um selinho.
“Vou ter uma conversinha com os dois depois, então.” Disse. “Mas não agora porque já foi difícil o suficiente fazer eles pararem de brigar um pouco.” Voltou a fechar os olhos.
“Se eles voltarem a fazer bagunça me avisa.” Ele sussurrou, se aproximando dos seus lábios e os selando com um beijo leve, enquanto você concordou com a cabeça e sorriu contra a boca do seu namorado.
JUNGKOOK
Você franziu a testa quando ligou o seu computador para terminar um trabalho e viu que ele estava aberto em um jogo que nem mesmo sabia que tinha instalado. Tentou se lembrar da última vez que o tinha usado, que tinha sido no dia anterior, e percebeu que, realmente, o jogo não estava lá antes.
Pensou que talvez pudesse ter sido trabalho de uma das personalidades, e se levantou da cadeira da escrivaninha, indo atrás do seu namorado.
“Jungkook?” O chamou, o encontrando anotando alguma coisa em um papel. “Você sabe por que meu computador tá aberto em um jogo?”
Ele levantou o rosto para você e sorriu, e você soube que ele tinha aprontando alguma coisa.
“Jungkook…” Disse de modo ameaçador, se aproximando dele.
“Não é nada demais.” Ele disse, rindo da sua cara. “Mas ontem à noite eu descobri que Andy é muito bom em jogos.”
“Elu é?” Você franziu a testa, e o seu namorado concordou com a cabeça, animado. “Sério?” Ficou indignade.
“Sério.” Ele respondeu rindo. “Elu me viu jogar e perguntou se podia tentar também, e acabou que se saiu melhor que eu.”
“Sério?” Disse de novo, ainda surprese.
“É.” Riu de novo. “Aí eu instalei o jogo no seu computador pra gente poder jogar juntos.” Te olhou. “Tem problema?”
“Não.” Riu também, se sentando no sofá, do lado dele. “Só não sabia que alguém que tem literalmente o mesmo cérebro que eu é bom em algo que eu estou tentando aprender há meses e ainda sou uma negação.” Disse com um biquinho.
“Vai ver todo o conhecimento do seu treinamento tá indo pra elu.” Ele disse, em um tom sério.
“Olha.” Você respondeu, tentando segurar a risada. “Eu não sei se é assim que as coisas funcionam, não.”
“Talvez seja.” Ele disse, de uma maneira um tanto quanto exagerada. “Nunca se sabe, vai que.”
“Tá bom, Kook.” Você se rendeu, rindo. “Vou pedir pra elu começar a estudar minhas matérias da faculdade, então, vai que assim eu aprendo.” Falou, fazendo seu namorado rir de novo.
“A esperança é a última que morre.” Ele falou, te puxando para um abraço e dando um beijo na base do seu pescoço, fazendo você sorrir de maneira boba e olhar para ele, o dando um selinho rápido antes de se levantar e votar para o computador para fazer o que precisava.
Oi!! Como vocês estão?? Tá tudo bem?
Como sempre, me desculpem pela demora, mas eu espero que tenham gostado, e desculpe por qualquer erro, também!
Até mais!
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Imagine Harry Styles - Parte VI
Parte V<<
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S/N on:
Passei a noite na casa dos meus pais e contei à eles tudo o que aconteceu. Meu pai disse que eu não estava em condições de voltar para casa, então acabou que eu dormi com Charlie no meu antigo quarto. Na verdade eu não preguei o olho. A preocupação que eu sentia era gigante e além disso tudo a tristeza tomou conta do meu coração por compreender o que Harry fez comigo. Eu estava devastada!
Me levantei de madrugada indo até o banheiro e quando olho para o espelho vejo o colar que Harry me deu há algumas horas atrás. Eu me imaginava feliz, como os pingentes dos bonequinhos, amando cada um dos meus meninos, me cansando com Harry, aumentando nossa família e principalmente, me imaginava que viveria o resto da minha ao seu lado. Chorei ao perceber que tudo isso havia ido embora, assim como a minha confiança em Harry.
...
Após Charlie acordar, minha mãe botou o café na mesa mas apenas tomei um xícara pequena de café preto, para dar um up no meu humor.
Charlie: Mamãe, você está com medo que eu vá viver com meu pai? - meu filho perguntou preocupado comigo e eu concordei deixando algumas lágrimas caírem - Não precisa, eu nunca vou te deixar tá bom? - ele falou com a voz mais calma do mundo e enxugou meu rosto com as suas mãozinhas pequeninas - Eu te amo mamãe! - Charlie me abraçou forte e eu dei vários beijos em sua cabeça.
S/N: Eu também te amo meu amor! Te amo muito!! - sorri para ele ainda chorando.
Charlie: Então para de chorar! - assenti e dei um beijo em seu rostinho.
S/N: Vamos para casa? - Charlie concordou e foi pegar sua mochila no quarto.
Mãe: Tem certeza que vai para casa filha? - minha mãe perguntou se aproximando de mim.
S/N: Tenho! Preciso de um tempo sozinha com o Charlie para que ele entenda tudo isso! - minha mãe assentiu e meu deu um abraço - Obrigada por tudo!
Mãe: Estarei sempre aqui para você! Me avise quando chegar ok? - concordei.
Charlie: Tchau vovó! - Charlie abraçou minha mãe, que o encheu de beijos - O bolo estava uma delícia!
Mãe: Fico feliz que gostou! Cuide da mamãe por mim, pode ser?
Charlie: Claro! - sorri e peguei a mãozinha dele, indo para o carro. O caminho todo fui pensando em como contaria a Charlie essa história toda, mas sou tirada dos meus pensamentos quando vejo Harry me esperando na frente de casa. Ele saí do carro e eu o encaro. Estaciono e digo para Charlie ficar dentro do automóvel.
S/N: Eu não fui clara quando disse que era para você me esquecer? - digo enquanto saía do meu carro.
Harry: Eu nunca vou te esquecer! Você mudou a minha vida e nossa história não acabou!
S/N: Acabou no momento que você mentiu para mim! - disse brava e seu olhar ficou triste.
Harry: Eu só quero conversar com você.. Por favor S/A!
S/N: Entra logo - falei séria e dei passagem para ele entrar. Tirei Charlie do carro e todos nós entramos em casa.
Harry: Oi Charlie - ele sorriu e o menino acenou para ele desapontado- Você pode ir para o seu quarto rapidinho enquanto converso com a sua mãe?
S/N: Não! Ele vai ficar aqui e ouvir a sua explicação! Charlie tem o direito de saber! - disse e sentamos no sofá.
Harry: Bom.. - Harry começou a contar desde quando ele e Ellen namoravam. Disse que ela não queria ter filho e quando soube que estava grávida surtou, não queria ter o bebê, mas Harry a ajudou a aceitar e cuidaram de Charlie até os seis meses.
Meu filho não tirava os olhos de Harry em nenhum instante. Tanto ele quanto eu estávamos concentrados nas palavras do homem em nossa frente - Eu queria tanto te encontrar filho! Fiquei anos preocupado com você, querendo te dar um abraço, querendo te estar contigo nos aniversários, natais, queria te ver crescer. E quando eu descobri uma maneira de estar com você, eu perdi a cabeça e deixei a emoção me levar, não ligando para as consequências que viriam. Eu perdi o controle da situação, me apaixonei pela S/N e só pensava em ter os dois comigo para sempre! - Harry terminou com os olhos cheios d’água. Dava para ver a angústia em seu peito e o medo gritava pelos seus olhos. E apesar dele ter tido uma noite uma mal dormida, cabelo bagunçado, roupa amassada e totalmente perdido, ele continuava lindo! Eu estava apaixonada por ele a ponto de agarra-lo a qualquer instante e esquecer toda essa situação, mas tentei ser forte o suficiente para não cometer nenhuma atitude emocionada - Eu peço desculpas do fundo do meu coração por ter mentido para vocês, nunca foi minha intenção, eu juro! E o amor que eu sinto por cada um sempre foi verdadeiro e sincero! Vocês literalmente me mudaram e me fizeram uma pessoa melhor! Eu não me vejo sem vocês ao meu lado! Me perdoem por tudo o que eu causei!
Charlie: Papai, eu te desculpo. Todo mundo erra e a mamãe sempre me ensinou que devemos dar uma segunda chance para as pessoas que amamos, e eu te amo, desde que você era o Tio Harry e não o meu pai! - Harry e Charlie riam e eu sorri - E eu vou te amar para sempre pai!
Harry: Posso te dar um abraço? - Charlie nem esperou e pulou no colo do pai, que chorou quando sentiu seu filho tão próximo a ele - Eu te amo filho! Você é tudo para mim!- umas lágrimas saíram vendo a cena dos se abraçando e não contive o sorriso - Filho, posso conversar com a mamãe agora?
Charlie: Pode, eu vou brincar lá no meu quarto! - ele sorriu fraco e correu para o quarto.
Harry: Você ouviu seu filho, não ouviu? Você mesma o ensinou a dar uma chance as pessoas que ama! - ele pegou minhas mãos, as segurando com delicadeza- Eu te amo tanto e estou completamente arrependido por ter mentido para você! Mas nada do que aconteceu entre a gente foi mentira! Eu sempre de você e aos poucos você foi ganhando meu coração, e hoje tenho a plena certeza que você é o amor da minha vida! A única coisa que eu quero é passar o resto dos anos que ainda tenho pela frente ao seu lado, ter mais filhos com você e envelhecer te vendo acordar todo dia ao meu lado! Por favor amor, dá uma chance para mim! Dá uma chance para o nosso amor!
S/N: Só porque eu te amo muito! - Harry sorri e me beija sem esperar- Não me magoei mais Styles, ou sumo daqui!
Harry: Você não tem coragem!
S/N: Eu finjo ter! - ele riu e revirou os olhos.
Harry: Promete nunca me abandonar?
S/N: Prometo! E você? - ele assentiu e me beijou - Isso foi um sim?
Harry: Com todas às letras!
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Acabouu! Amei escrever cada capítulo e espero que vocês tenham se divertido lendo. Mas eai, O que acharam?? Gostaram?? Me contem porfavor! Quero muito saber a opinião de vocês!
xoxo
Ju
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Eu achei que tinha te deixado. Achei que tinha bloqueado, apagado. Fazia tempo que não pensava em você. Mas esse aperto no peito, essa angústia no coração, essa falta de ar e essa dificuldade de me concentrar.. eu só consigo pensar que é por sua causa.
Fazia muito tempo que não tinha notícias de você. Não via nenhuma foto sua, nem seu nome escrito na tela do meu celular. Mas eu vi hoje. Foi a primeira coisa que eu vi quando abri os olhos.. achei que tinha lido errado, achei que pudesse ter me confundido, mas soube que não pq no mesmo instante esse sentimento estranho tomou conta de mim. Eu abri sua foto. Olhei. Olhei mais de uma e mais de uma vez. O resto do dia foi arrastado, eu não queria fazer nada. Queria ficar deitada e se possível reiniciar o dia que tinha acabado de começar.
Eu não consigo entender essa forma estranha com que vc me atinge mesmo sem querer, mesmo sem saber.
Eu passei o resto do dia tentando não pensar em você, mas apesar disso esse bolo na barriga não desapareceu em momento algum.
Parece que toda vez que eu acredito que te esqueci, as coisas me fazem lembrar você. Eu diria universo, mas não acho que o universo queira isso.
Eu não sei o que fazer pra que essa sensação estranha passe logo. Por várias vezes eu lutei pra não abrir a sua foto de novo. Pra não olhar pra vc mais uma vez. Eu tenho a sensação de te querer mas hoje o não dever falou mais alto. É estranho pq eu quero não querer. Mas não consigo controlar o que sinto quando eu penso em você.
As palavras ele tá solteiro me fizeram estremecer.. mas eu guardei isso na sua caixinhas e coloquei no departamento de coisas proibidas, mas parece que tudo veio a tona quando li seu nome.
Hoje eu vi duas de mim brigando, duas de mim lutando uma luta que sinceramente eu não queria tá brigando.
Eu sinto no corpo os sintomas físicos dessa loucura que eu criei na minha cabeça.. o frio na barriga, o coração acelaredo, o arrepio que sobe pela coluna até pescoço... Em contra partida tem o aperto no peito, a fisgada no coração, tem essa sensação de mal estar, esse embrulho na barriga e essa sensação de deixar pra lá. De esquecer. De não pensar. De não falar. De todas as formas acaba do mesmo jeito. Doendo. Sim, é estranho falar isso, mas dói.
Talvez você seja só alguém em quem eu foquei toda essa energia por saber que era impossível. Mas independentemente de como eu te coloquei nesse lugar, ou de como vc chegou lá, o que eu preciso fazer é achar um jeito de arrancar você de lá. Eu não posso ficar a mercê de você. Não posso ficar refém de não poder ter ver. Não posso ficar presa em você. Nao dá. Devia ser mais fácil. Pelo menos eu esperava que fosse. Mas mesmo não sendo e mesmo não querendo essa é uma luta que eu decidi lutar. Abrir mão do que eu sinto quando penso em você dói. Mas o que eu sinto me corrói. Abrir mão da ideia de você me machuca mas ficar com você me mataria. Me mataria de tantas formas que não sou capaz de por em palavras.
Na verdade eu nem acho que existe a possibilidade de um nós, mas mesmo se tivesse e mesmo que eu quisesse o tanto que eu quero hoje, nem assim eu o faria. Doeria. Machucaria. Mas me salvaria. No fim das contas não ficar com você e não ceder aos teus encantos parece ser a minha sina. A minha cruz. Se essa é a minha prova que seja. Talvez eu não passe com 10, mas eu também não pretendo reprovar nessa matéria.
- Autoral
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Para mim, para você, para quem quiser
Querido eu ou querida pessoa que esteja disposto a ler essa carta que eu fiz para mim mesma. Isso é apenas o que está acontecendo, não é para ser motivacional, nem bonito, nem triste ou romantizando nada. É apenas eu, uma pessoa como todas as outras tentando sair desse inferno que é sentir que está em um piloto automático, que por mais que você tente desligar, vai continuar dentro desse ciclo, por semanas, meses e até anos. É apenas eu tentando me convencer de que no fim eu preciso continuar seguindo em frente.
Eu cheguei em um ponto que por mais que eu me esforce eu não consigo enxergar mais a luz na escuridão, eu procuro uma luz para sair desse túnel mas tudo o que eu eu vejo é um beco sem saída.
As pessoas saem para trabalhar ou estudar, fazem planos para o futuro, enquanto eu todos os dias estou na cama tendo que me convencer que preciso me levantar dela para começar um novo dia. Todos os dias, eu tento fugir de como estou me sentindo para baixo, sem esperança, sem vida. Quando eu finalmente acho uma motivação para continuar novamente, em menos de algumas horas ou até minutos, ela evapora sem nem eu mesmo ter tentando colocar essa motivação, essa esperança em prática.
Todos os dias eu fico pensando, devo ir a um médico fazer um exame e depender de remédios? Devo desabafar com uma pessoa e depois torcer para que essas palavras magicamente me curem disso tudo ou eu apenas me deito na cama e espero alguma coisa mudar na minha vida. E eu sei que provavelmente todas essas opções parecem apenas uma tentativa falha de escapar.
Eu não sei mais o que eu estou sentindo, não sei mais se é físico ou psicológico, não sei se minha falta de comer é por conta da mente ou do meu físico, não sei se meu cansaço ao acordar é real ou apenas uma preguiça invencível. É uma enxurrada de incertezas e são elas que me fazem ter medo de quem eu sou e medo do que eu posso fazer no meu futuro, já que o meu presente está congelado no tempo.
Aos poucos eu percebi que qualquer coisa boba do cotidiano, estava se tornando difícil de fazer, levantar da cama, beber água, se olhar no espelho, comer e tentar estudar. Tem dias que até respirar é difícil já que a ansiedade faz questão de tomar um pouco da única coisa que me faz me sentir viva, como se por alguns minutos eu tivesse que desesperadamente encontrar uma paz que eu nunca encontro.
Depois de alguns meses convivendo com isso, pensei que fosse uma fase, onde eu iria acordar semanas depois completamente livre dessa angústia, desse peso, dessa ansiedade tóxica mas não, se passaram vários e vários meses.
Atividades que eu amava fazer não tinha mais vida, mais cor, era como se fosse perda de tempo eu estar ali, não importava o que eu fizesse, iria ser puro fracasso.
Estudar? Uma prova importante? Sair com os amigos? Ir no mercado? Tudo isso de repente se tornou tudo muito distante. Eu estava me afastando dos meus amigos e até mesmo se afastando de mim mesma.
Uma vez eu escutei em uma música, que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira. E então caiu minha ficha, todos os dias eu estava mentindo para mim mesmo, chorava horas no banheiro e depois quando alguém perguntava se estava bem, eu apenas sorria. Só que chegou um ponto onde eu mesmo fazia isso comigo, dizia para mim que estava tudo bem quando não estava, me olhava no espelho e sorria quando o que eu mais queria era chorar.
Depois chega outra etapa, outro degrau para o andar debaixo, você começa a se comparar com os outros, seus amigos ou até mesmo acha que o cachorro do seu vizinho está sendo mais útil que você. Eu olhava meus amigos de escola fazendo faculdade, curso, viajando e até mesmo fazendo planos pro futuro, enquanto eu, estava no mesmo canto onde o ano começou, tentando sair do checkpoint, eu poderia evoluir o suficiente para logo em seguida voltar para minha cama e abraçar como se ela fosse me salvar de tudo isso.
Depois mais um degrau apareceu e eu desci, fico me culpando por tudo, me chamando de várias coisas, como se uma voz no meu ouvido não parasse de insistir, ela não iria parar até eu concordar que está certa. Como eu posso estar em uma situação dessas? Sou uma pessoa muito ingrata, tem pessoas que estão sofrendo mais do que eu e não se deixaram abalar, as pessoas lutaram e eu não. Essa voz sempre aparecia, cabia a mim ignorar ou escutar seus piores conselhos.
As pessoas perguntam o que estou sentindo, "o que aconteceu? Você está bem? Está triste? Está doente?"
E nem ao menos eu, sei o que está acontecendo.
Assim, eu começo a me fixar em erros do passado ou fico me culpando por não conseguir fazer o que os outros fazem, fico horas, dias e semanas remoendo um sentimento de culpa que não tem fim.
Demorou um bom tempo para eu perceber que apesar de tudo, existem pessoas que se importam. Se um dia eu não estivesse mais aqui, minha mãe iria se sentir muito culpada, meu pai se sentiria confuso, meu irmão iria sentir uma tristeza muito grande e meu cachorro provavelmente iria me esperar todos os dias na porta de casa, me esperando voltar, se perguntando onde é que eu estou ou quando irei voltar. Esses pensamentos me assombravam, então percebi que para onde eu for eu vou estar lá, não adianta fugir de quem eu sou.
A frase que me deixa mais triste e pensativa é a "como vai você?" "O que tem feito?"
Mas eu também lutei, estudei para provas para no fim só ter crise de ansiedade, tentei sair da cama e fazer atividades mas logo voltava me sentindo mais cansada do que antes. Fui a psicólogo mas não consegui seguir o que estavam passando, tentei até tomar remédio mas nada parecia funcionar de fato, até mesmo tentei encontrar minha fé perdida, buscando orar, pedir a Deus ou quem quer que fosse me ouvir. Todas essas tentativas, foram como um grito de frustração, eu gritava e no fim ninguém escutava.
As pessoas só notam quando você sangra, quando demonstra um sintoma físico, quando sua pressão está baixa ou alta, quando sua dor de cabeça começa a ficar insistente ou até mesmo quando você está tonto porque não está conseguindo mais comer direito.
Seu corpo emagrece e sua mente adoece, sua auto estima que já não era boa, desaparece em menos de alguns minutos. Uma pequena frase de um familiar, de um amigo ou apenas uma coisinha que deu errado, pode acabar com seu dia.
É como se as coisas pequenas se tornassem maiores do que elas são e as coisas que são de fato grandes se tornam menores. No fundo, sabemos que isso é algo da nossa mente, da nossa cabeça mas sair disso é como nadar contra uma maré em meio a tempestade. É como correr uma maratona sendo sedentário, você corre, dá o seu melhor para chegar na linha de chegada mas logo você cai no chão sentindo falta de ar, sua mente quer chegar na linha de chegada mas seu corpo cansado não consegue mais correr, até que chega um ponto que todos os dias você vai tentar correr essa maratona, achando que um dia vai chegar no final, só que você ignora o problema, ele só aumenta e vai aumentando cada vez mais, até chegar em um ponto que só enxerga o fracasso, a linha de chegada parece apenas uma ilusão, então nem sua mente nem seu corpo conseguem mais chegar no final disso tudo.
Tudo se torna um trabalho mais difícil para quem se sente assim, esse vazio te consume e os comentários maldosos das pessoas só te fazem sentir que no fundo só você mesmo se entende ou nem mesmo você próprio sabe do que está sentindo, porque dentro de si mesmo está uma luta, uma guerra, dois lados lutando contra si, uma delas é você, a outra é sua doença, seu sentimento ou qualquer que seja o nome disso que você esteja sentindo, se não sabe, bom, bem vindo ao meu mundo.
Essa batalha te deixa confuso, as vezes você levanta da cama decidido a mudar tudo o que você sente mas no outro dia você desiste de ir para o campo de batalha. Não come nada mas depois no outro dia se entope de chocolate, cerveja ou seja lá qual for seu vício, escape da realidade.
Liga a televisão mas aquelas notícias ruins te dão dor de cabeça.
Passa o dia inteiro conversando e sorrindo com os amigos mas no fundo aquele sentimento, aquela doença ainda está com você. Então, você decide ir longe, faz planos, sai com os amigos, decide beber até esquecer de tudo ou jogar seu jogo preferido, fazer o que mais gosta, ir em uma balada, ouvir música, ou até mesmo sai para seu lugar preferido e no fim do dia tudo isso parece que foi em vão, o sentimento retorna novamente ou até antes mesmo de você chegar em casa, já se sente esgotado e não é um cansaço de felicidade, de preguiça ou porquê você encheu a cara e dançou a noite toda, foi porque isso tudo no final do dia se torna vazio.
Só você mesmo sabe a luta que é todos os dias, não é exagero, não é drama, não é frescura, sou o que eu estou sentindo e não tenho culpa de estar sentindo. Ninguém tem culpa de ficar gripado, de pegar dengue, de tropeçar e cair, de sofrer um acidente. Não temos culpa de sentir o que sentimentos, se machucar não é só sangrar, não é só fazer exame médico depois de passar mal. Se machucar também é não ter vontade de viver, de ver seus parentes falando coisas insensíveis, de ver seus amigos se afastando por erros seus, de tirar nota ruim ou de não conseguir fazer uma prova importante. De ver pessoas achando que você está mentindo, exagerando o que está sentindo. De culpar a si mesmo mas no fundo você sabe, que essa culpa não existe, não escolhemos estar nesse Titanic que vai afundar, não escolhemos isso tudo.
Se você se sente sozinho, perdido, sem esperanças e sem forças para continuar vivendo, você não está sozinho, todos os dias, a cada hora a cada minuto, alguém está pedindo socorro e sendo ignorado, você deve conhecer essa pessoa ou você deve ser essa pessoa.
Apesar de tudo isso, eu tento seguir em frente como se estivesse de olhos fechados no meio de uma avenida, se eu vou chegar lá ou não, eu não sei, se as coisas vão melhorar daqui para frente, também não posso dizer isso, o que posso dizer é que de alguma forma já nos sentimos mortos e morrer seria apenas um vazio, vazio esse que já estamos sentindo, não quero abraçar outro vazio, então vou continuar seguindo esse caminho dolorido e cheio de incertezas porque talvez no final do dia, no final do dia do próximo ano ou depois de anos ou até mesmo amanhã algo me faça continuar, me faça sentir prazer em viver. Então até lá espere aqui ou apenas dê uma pausa para respirar.
Talvez essa luz no fim do túnel que eu tanto procuro em outras pessoas, em vícios, em conselhos ou tentativas, talvez essa luz que parece impossível de encontrar, talvez, apenas um talvez, ela esteja dentro de mim esse tempo todo, esperando ser notada.
Querido eu, não ache que você não tentou o suficiente, que não deu o melhor de si, você chegou até aqui, essa maldita doença ainda não te venceu, então por favor, lute por si mesmo e não pelos outros. Lute, continue até o final, você vai encontrar a linha de chegada, por favor continue. Não desista dos seus sonhos, não desista de ver suas séries preferidas, seu anime, de jogar aquele jogo novo que vai lançar, não desista.
As manhãs virão novamente porque nenhuma escuridão, nenhuma estação, pode durar para sempre. Então fique aí um pouco mais, fique aí.
De: Eu
Para: Meu eu totalmente perdido e sem saúde mental estável
#desabafo#depressão#tristeza#sentimentos#sentimental#ansiedade#esperança#triste#dias tristes#luta#lutapelavida#lutarsempre#não esta tudo bem#nãovoudesistir#apenas eu#rascunhosescondidos#mardeescritos#outroeu#meuoutroeu
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Caminho do céu - Rohan Kishibe
First of all: SORRY, but it’s all in PORTUGUESE. I don’t write in english, I’m really sorry :(
Thank you @jojosthetic-boogaloo for that PERFECT match up. I promised I would make something to say thank you, and I know how boring and troublesome it’s read something in another language, even if it’s similar to spanish, your first language, but I promise it will worth <3
@aquihayjojos you are such an angel for me, thank you so much for everything, for listen to my paranoid, givin me advices, you are suck a wonderful person, I want your blog to grow even more <3 love u so much, thank you!!
Warnings: NONE, just PORTUGUESE writing.
Word count: 4000+
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— Você está péssima —apontou Rohan da soleira da porta do quarto de [Nome]. Não queria ter que entrar na atmosfera quente e lotada de germes da recém quarentena da mulher, então manteve uma distância segura. — Ficar na cama não vai ajudar. É hora de ir para o hospital.
[Nome] era muito relutante no que dizia respeito a hospitais. Mesmo de cama, com 39 graus de febre e derrubada como se fosse atropelada por um trem, ela negava até o último suspiro entrar em um estabelecimento higienizado como uma ala médica. Somente no fato de pensar… de imaginar uma agulha, pontiaguda e gelada tocando sua pele… ela tremeu, e não foi de calafrio.
Com o nariz congestionado e a garganta fechada, ela murmurou um inaudível “rum rum”, negando a sugestão. Preferia criar raízes apodrecidas pela doença na cama, mas não pisaria em um hospital. Estava melhorando aos poucos, repousando, tomando bastante líquidos e se alimentando corretamente. Era questão de tempo até o vírus sair de seu corpo - se não fosse algo completamente grave.
Entretanto, Rohan já teve muito daquilo pelos últimos dias. Abrindo completamente a porta, ele encostou o braço no batente, balançando a cabeça negativamente. Achava o comportamento de [Nome] infantil e sem noção, onde negava uma solução para o seu problema por um motivo tão banal. Ele sabia bem que ela tinha fobia de agulhas, mas ele não a deixaria morrer por isso. Tinha tanto trabalho para fazer e nem mesmo conseguia se concentrar devido as tosses exageradas e cheias de muco da mulher.
— Isso está ficando ridículo —ele murmurou, irritado. — Você vai levantar da cama, tomar um banho e vestir uma roupa quente. Vamos para o hospital você querendo ou não.
Ignorou qualquer murmúrio dramático da mulher e foi até a janela mais próxima. Abriu a cortina de forma exagerada, a luz do sol morna e dourada iluminando o quarto, dando vida a um ambiente completamente mórbido e cheio de dor. [Nome] apertou os olhos com força e jogou o cobertor pesado sobre a cabeça, praguejando mentalmente pela insistência de Rohan. Porém, seu refúgio quentinho e infestado de germes foi logo invadido e destruído, pois os braços do homem retiraram o cobertor como uma lona, atirando-os para o fim da cama.
Exposta, a doente [Nome] se encolheu em posição fetal, tossindo logo em seguida. A sequência de tosses foi seguida por um arfar desesperadamente dolorido, onde sua garganta quase completamente fechada parecia alocar um bolo enorme de muco, impedindo sua respiração correta. Tentou respirar pelo nariz, mas as tentativas foram impedidas pelos pulmões magoados. A dor que sentiu somente por tentar respirar parecia fazer com que seus pulmões entrassem em colapso.
Assistindo aquilo, Rohan sacudiu a cabeça, incrédulo. Desde o início da semana que [Nome] demonstrava estar adoentada. Parecia somente uma gripe a princípio, e ele concordou em deixá-la livre para escolher a melhor forma de lidar com aquilo: fosse ficando em casa de molho até passar ou então ir a um clínico resolver logo o assunto com uma simples agulhada de antibiótico. A princípio ficou extremamente incomodado com a tosse constante e os resmungos de [Nome] sobre querer ficar perto dele, pois manter-se longe dela para evitar qualquer tipo de contágio foi sua principal alternativa. Agora, vendo o estado em que ela estava, com dificuldades até mesmo para respirar, uma ruga de preocupação se formou em seu rosto.
Ele sentou-se na cama, vendo como as costas dela subiam e desciam bem devagar. Pela posição em que ela estava, Rohan conseguiu aproximar a orelha direita das costelas, bem rente a coluna. Ele ouviu chiados durante a aspiração, profundos e roucos.
Medo de agulhas… ele não devia ter ouvido aquilo e deixado pra lá. Estava tão focado em terminar o capítulo de seu mangá que escolheu deixá-la se cuidar sozinha. E agora… parecia realmente que a coisa estava um pouco mais grave do que podia supor. Suspirou longamente, irritado tanto com ela quanto consigo mesmo. Atrasaria outro capítulo e agora ainda carregaria um certo peso de culpa.
— Você quer que eu te dê banho, é isso? —ele perguntou, apressando-a com tapas leves na cintura. — Não sei o que está esperando exatamente.
Devagar e rastejando como uma minhoca, [Nome] desceu da cama, quase caindo de traseiro no chão no processo. O corpo inteiro queimava e parecia pesar meia tonelada, portanto ignorou completamente a sutileza no comentário dele. Sabia que não estava bem, e que se deixou levar pelo medo. Agora estava muito pior, e sabia lá Deus o que aconteceria.
— Tá doendo… —ela falou, a voz rouca e sofrida. Tentou se pôr de pé, apoiando-se na cômoda com o abajur do lado da cama. — E vai doer mais ainda… com agulha!
Rohan já estava quase sem paciência. Levantou-se bruscamente e foi então até onde a figura moribunda tentava se manter de pé. Segurou-a pela cintura e conduziu-a até o banheiro.
— Esse medo de agulhas é irracional —ele comentou, acendendo a luz do banheiro e levando-a a passos vagarosos até o box. Com certa impaciência, ajudou-a a se despir do moletom. — Eu posso usar o Heaven’s Door para apagar isso da sua vida.
Sabia que sua sugestão seria negada. [Nome] não queria alterar absolutamente nada de sua vida por uma questão mais irracional ainda: medo. Não era como se ele fosse apagar um detalhe extremamente importante em sua vida, ou não ter cuidado e alterar algo ainda mais perigoso. Sabia usar muito bem seu Stand, e não teria dificuldades em achar a informação de que necessitava. Pelo que soube, [Nome] tinha aquele medo desde a infância. Talvez quisesse esconder algumas coisas de seu passado da leitura extremamente curiosa do desenhista. Nada escaparia da análise dele, e por aquela razão, ele lhe compreendia.
— Nem pensar —repudiou a sugestão. Morrendo de frio por estar somente de peças íntimas, ela abraçou o próprio corpo e sentou-se na privada. Fazia uma força imensa para manter os olhos abertos, e a cada inspiração parecia que seu pulmão pegasse fogo. — Não quero você fuçando minhas experiências ridículas com agulhas…
— Não é assim que funciona —ele explicou, entrando no box do banheiro e alcançando a alavanca metálica do chuveiro. Abriu e controlou a válvula até que a água torrencial alcançasse uma temperatura morna, mais para o frio que para o quente. — Claro que eu leria algumas coisas, mas não seria meu foco. Sei que sua vida foi bastante entediante e não agregaria em nada nos meus desenhos.
— Nossa obrigada por ressaltar como eu levo uma vida de merda —reclamou ela, apertando os braços e rangendo levemente os dentes pelo frio. Sabia que aquela água estava quase fria, e apenas olhar para ela, salpicando no vidro do box sem deixar vapor causou um tremor nos pelos dos braços da moça. Ela tossiu, cobrindo a boca com a mão direita. — Por que não usa o Heaven’s door pra tirar um pouco desse seu azedume?
Saindo do box, Rohan esperou que ela entrasse, estendendo o braço como uma placa de boas vindas ao chuveiro.
— Seria uma boa discussão sobre como o meu Stand poderia mudar aspectos da minha personalidade, mas eu realmente não tenho tempo pra isso —disse, o tom de voz meio ríspido. Quanto mais [Nome] demorasse, menos tempo ele teria para terminar o capítulo que precisava. E naquele estado, ela apenas pioraria. — Cinco minutos e saímos.
— Me dá um beijo? —ela pediu, levantando-se e apoiando na porta do box. Falou com uma voz manhosa, embora carregada de muco e rouquidão. Olhou para o namorado, que de cara fechada se afastou alguns passos para a porta do banheiro.
— Não posso ficar doente —ele justificou, o tom amargo, passando pela porta e indo em direção ao guarda roupas do casal, vasculhando em busca de uma roupa confortável e quente para protegê-la do frio. — Não tenho tempo pra adoecer. Já vou perder horas de trabalho por conta da sua negligência com sua saúde.
Dando de ombros, [Nome] retirou as peças íntimas e se enterrou no chuveiro, tremendo e soltando um lamento alto e sofrido. Quando ficava doente, era tradição que ficasse quieta e cuidasse de tudo sozinha; não queria preocupar Rohan, não quando ele era muito atarefado com seu trabalho e comprometido com a arte. Odiava quando ele se sentia na obrigação de cuidar dela, e mesmo que aquilo no fundo doesse, ela aprendeu a conviver. Agora, tão mal e sentindo como se a alma fosse despregar do corpo e ir embora, ela percebeu o quanto sentia falta da atenção dele.
— Eu sei… eu sei… —ela murmurou, baixinho, sabendo que ele não ouviria. Fechou os olhos e cruzou os braços, como se pudesse se proteger da água fria. — Rohan Kishibe não tem tempo pra isso… nem pra mim.
***
Após uma espera curta - o que surpreendeu Rohan, que imaginava que ficaria pelo menos horas esperando atendimento -, o médico atendeu [Nome], que estava empacotada em um dos cobertores do casal, pálida como um palmito e com o nariz avermelhado. Na sala de espera, Rohan passou um tempo rabiscando em uma caderneta que sempre levava consigo para os lugares. Desenhou a recepção do pronto socorro e captou a angústia e dor de alguns pacientes em um esboço cheio de trevas e ruína. Até que não foi tão ruim ir até o hospital e perder um valioso tempo de trabalho: ele conseguira inspirações, e ainda sairia dalí com uma solução definitiva para a doença de [Nome]. Estava ansioso para ir pra casa logo.
— O senhor está acompanhando a senhorita [Nome]? —perguntou uma voz, chamando por cima da caderneta de Rohan.
Ele abaixou o material, lançando um olhar atento para o médico, um senhor idoso muito experiente, carregando um estetoscópio na mão. Ele lhe olhou com doçura e atenção.
— Sim —ele respondeu, guardando o material na bolsa. Levantou-se acreditando que já era hora de partir, mas o silêncio do doutor o fez parar no ato. — Ela está pronta pra ir pra casa?
O médico balançou a cabeça, negando.
— Na verdade ela vai ficar internada conosco alguns dias. Ela estava com um resfriado, mas isso evoluiu pra uma pneumonia mais séria.
Rohan emudeceu por completo. Seu silêncio fez o médico começar a encaminhá-lo até onde [Nome] estava, e a cada passo, parecia que as pernas de Rohan pesassem mais do que o necessário. Ele sabia que ela não estava bem, e que desde o início aquilo poderia ser evitado. Fez bem em levá-la mesmo contra a própria vontade, mas parte daquilo se devia ao fato de que ele não conseguia trabalhar direito ouvindo as tosses e a vontade de [Nome] de ficar agarrada com ele pedindo carinho. Rohan se sentiu mal, como nunca sentiu antes, e balançou a cabeça para a própria negligência.
Agora vendo o quão sério era o estado de sua namorada, mais irritado ainda ficou. Tanto com ela quanto consigo mesmo.
Entraram em uma ala de espera ao lado da sala de Raio X, onde [Nome] segurava a própria radiografia contra a luz da lâmpada no teto, fazendo uma força gigantesca para entender o que aquilo dizer, mas sem ideia. Cansada, largou-a na cadeira ao lado e voltou a cobrir os ombros com o cobertor. Encolhida, ela nem percebeu a aproximação de Rohan.
— Você conseguiu, [Nome] —ele falou, sem ideia de que tom usava com ela. Sabia que estava com raiva, e sentia vontade de apertar os dentes até que doesse a mandíbula. — Postergou a vinda ao hospital desde o início da semana e agora está com uma doença que pode literalmente te matar. Agora vamos ficar aqui nesse lugar cheio de gente doente por dias.
— E você já teria terminado o capítulo do mangá —ela completou, seguindo com uma tosse desenfreada abafada pelo pesado cobertor. Não olhou para Rohan, permaneceu de olhos fechados, tentando descansar da dor da tosse, como se fosse possível. — Eu estarei em boas mãos agora. Pode ir pra casa terminar seu trabalho. Não quero mais atrapalhar você.
Rohan sabia que [Nome] nunca se queixava de nada. Nem mesmo quando ele passava um dia inteiro dentro de seu estúdio, ela não o incomodava e nem mesmo cobrava atenção - exceto nos últimos dias, fragilizada pela doença. Agora, com o tom de voz dela, despreocupado e sem uma gota de interesse no que ele dizia, Rohan sentiu um gosto amargo nos lábios. Havia um bolo se formando em sua garganta quando compreendeu uma verdade por trás daquelas palavras… algo que a ele não incomodava, mas que [Nome] vinha engolindo sem queixar-se.
— Não foi o que eu quis dizer —ele se apressou em dizer. Vendo que ela não reagiria a mais nenhum comentário, ele então sentou-se ao lado dela, deixando a radiografia de lado e pouco se importando com alguns pacientes que encaravam os dois com atenção no que parecia ser uma possível discussão. Manteve a expressão séria. — Eu tenho que terminar o capítulo e essa semana foi difícil pra nós dois. Só quis dizer que isso poderia ter sido evitado.
[Nome] sentia muita dor e cansaço. A antecipação de saber que teria que ser puncionada há qualquer momento ainda trazia tremores em seu corpo. Não estava com cabeça e nem sanidade para discutir com Rohan, e sabia que em situações normais não teria dito pra ele o que sentia de verdade em relação a atenção dele. Era geralmente quieta, guardava para si qualquer preocupação e ansiedade… sabia que uma hora explodiria.
— Eu estou cansada, Rohan, é só isso… —ela falou, encolhendo as pernas para mais junto do corpo e escondendo-se no cobertor. O coração palpitava, nervoso com aquela situação. Internação, pneumonia, Rohan… tudo parecia vir como uma grande torrente de negatividade. — Eu sempre estou lá pra você, sempre… e quando eu preciso de você eu tenho que literalmente fingir que está tudo bem comigo pra não te incomodar, porque eu nunca me ponho em primeiro lugar, boba do jeito que eu sou. Só me deixa, por favor. Vá pra casa, eu vou ficar em paz sabendo que você vai poder trabalhar tranquilo.
As palavras foram morrendo e substituídas por outra crise de tosse. Ao lado da figura mirrada, Rohan parecia congelado no assento. Foi incapaz de dizer uma coisa imediatamente, e só pode permanecer imóvel, a boca entreaberta no que se podia dizer ser uma tentativa falha de proferir alguma coisa.
Pela primeira vez em muito tempo, Rohan conseguiu sentir o peso das palavras de alguém em seus ombros. Desde que começaram a namorar, [Nome] sempre foi muito compreensiva com seus horários de trabalho. Nunca o incomodava quando estava trancafiado no estúdio, trabalhando incessantemente nos mangás a que ele tanto se dedicava. Não fazia cobranças, não se colocava na frente e nem mesmo exigia que ele lhe desse atenção, por menor que fosse. Por tanto tempo Rohan pensou que ela fosse tão auto suficiente quanto ele era para si mesmo, acabando por não enxergar exatamente como ela se sentia a respeito daquilo tudo.
Preferia ter enxergado desde o início, mas ouvir da boca dela, logo ela que era tão compreensiva e quieta… foi a pior coisa que poderia ter acontecido. Talvez se tivesse prestado mais atenção nela, ou no relacionamento deles como este acontecia… nada daquilo teria acontecido. Acabou se responsabilizando pelo estado dela naquele momento, e não estava sendo homem o suficiente para admitir… e para o mais importante: pedir desculpas.
Qualquer tentativa que ele pudesse tomar para consertar aquilo foi interrompida pela enfermeira. A mulher apareceu com uma cadeira de rodas, chamando por [Nome] com doçura para encaminhá-la para o quarto.
— Senhorita, nós vamos te puncionar no quarto para coletar o sangue e fazer as medicações.
— Hmmm —foi o gemido saído do fundo da garganta de [Nome], cheio de lamento. Ela não olhou para Rohan outra vez. O rosto queimava tanto de febre quanto de vergonha por ter dito tudo aquilo sem pensar. Só queria ficar sozinha… nem que fosse para sempre.
Ela passou para a cadeira de rodas, sem esperar por ajuda. Deixou-o para trás enquanto a enfermeira a empurrava por um longo corredor cheio de portas em direção a um elevador.
Rohan permaneceu na cadeira, envergonhado e sobretudo fracassado. Tinha uma inspiração para um desenho naquele amplo corredor: as salas, o elevador, a cadeira de rodas. Tudo parecia levar para um lugar muito ruim, um abismo sem fim. Parecia como um portal para o inferno: o fim de tudo, o ponto final da vida. Era o fim do mundo pra ele, ao que parecia.
***
Ele tinha tudo o que alguém poderia querer: tinha uma reputação, tinha muito dinheiro, muitos fãs fiéis e que tinham todo o amor e carinho por seu trabalho. Tinha talento e sobretudo muitas oportunidades de trabalho. Não se importava de quem retirava ideias ou inspirações, nem com quem ele fazia aquilo. Na realidade, Rohan Kishibe nunca se importou com ninguém além dele mesmo, até o presente momento.
Hoje ele encara uma tela em branco e uma caneta de nanquim nas mãos. Tinha a ideia e a inspiração perfeita, mas queria muito compartilhar com [Nome]. Lembrou-se que quando a deixava sozinha para desenhar, sempre mostrava primeiro pra ela, para saber de sua opinião e sua crítica - embora as críticas dela fossem completamente não profissionais e sem noção -, ele mesmo assim sempre ia até ela primeiro. Naquelas vezes, poderia ter levado ela para jantar, ou talvez assistir um filme da Disney que ele sabia que ela gostava… tantas coisas seriam evitadas se fosse um pouco mais sensível e compreensivo como ela era.
Lamentando e insatisfeito consigo mesmo, Rohan começou a desenhar. Estava com as pernas cruzadas, sentado na poltrona confortável do quarto em que [Nome] dormia profundamente graças ao remédio que tomara há algumas horas. Ela nem devia saber que ele estava lá; pediu que ele fosse embora, e ele, com vergonha e sem capacidade de pensar direito ficou lá, olhando o corredor branco do hospital e pensando nas centenas de pinturas que poderia fazer dele… no final, a figura final que via, tanto na mente quanto na tela pousada no colo era simplesmente seu fim. Era um anjo, adormecido em uma cama de hospital, uma mão estendida para fora da cama e uma outra, sem personagem segurando-a. Era só aquela mão… e era ele.
Tosses fizeram com que Rohan quase pulasse do assento. Ansioso, inclinou-se um pouco para frente, encarando o cobertor onde [Nome] se escondia logo se erguer, expondo seu rosto fraco e debilitado. A ansiedade começou a tomar conta da cabeça do desenhista, que não sabia se ia embora do quarto como um covarde ou se permanecia alí, zelando por ela, como devia ter feito desde o início da doença.
Ao abrir os olhos, ainda meio grogue pelas medicações, [Nome] se adaptou rapidamente a claridade, proveniente unicamente de uma lamparina móvel ao seu lado, no criado mudo. O braço doía das picadas de agulha que levara. Pelo menos duas enfermeiras diferentes tiveram que puncioná-la, que no nervosismo mal deixara que elas amarrassem o garrote no braço para localizar a veia pulsante. Quando conseguiram, [Nome] era apenas um amontoado de choro grave e grosso devido ao nariz congestionado e cheia de tremedeiras. A tosse ainda machucava e os pulmões ainda ardiam em chamas, mas após um sono tão calmo e silencioso, sentia-se até mesmo mais disposta a pensar no que tinha acontecido antes de ir para o quarto.
Não tivera muito tempo, pois bem diante dela estava Rohan, segurando sua mão, estendida para fora da cama como forma de manter o acesso venoso ereto, ainda correndo um soro fisiológico para hidratá-la. Inconscientemente fechou a mão devagar sobre a de Rohan, que correspondeu ao toque com sua mão levemente mais gelada.
Os olhos verdes permaneceram vidrados nos dela, em uma expressão tristonha e séria. Eles se olharam por longos segundos, e ele quase podia ler a mente de [Nome]. Sabia bem como ela era, e como provavelmente se sentia culpada por ele estar lá, e não trabalhando em casa como tanto queria, como sua principal prioridade.
— Queria estar aqui quando te furaram. As enfermeiras disseram que você chorou igual um bebê —ele disse, um pequeno sorriso se formando nos cantos dos lábios. Ainda assim era um sorriso sem sinceridade, cheio de lamento. — Estava lá fora me inspirando pra um desenho. Até que esse ambiente hospitalar me trouxe muita inspiração. Quer ver?
[Nome] sentiu um calor subir até as bochechas. Talvez não tivesse sido uma má ideia dizer a Rohan o que sentia de verdade. Guardar tudo para si talvez trouxesse mais do que dor para si. Chegaria o momento em que não aguentaria tudo aquilo, e que mesmo que amasse Rohan, acabaria adoecendo sozinha. Agora via ele segurando sua mão com cuidado enquanto guardava o nanquim na bolsa e estendia um desenho, onde um lindo anjo com a feição dela dormia, com uma mão segurando a sua com cuidado, uma mão invisível, mas que ela sabia exatamente de quem era. Não era a mão de Deus chamando-a para o céu, mas sim a de outro anjo a segurando na terra.
Os olhos dela se encheram de água, mas permaneceu firme. O nariz já estava mais do que congestionado e a garganta doía, não podia chorar, só pioraria tudo.
— Que lindo, Rohan… —ela arfou, sorrindo. Com o braço livre, alcançou o desenho para ver de perto, considerando o quão inchados estavam os olhos. Analisando melhor, viu com perfeição detalhes como o corredor imenso cheio de portas, um elevador e por fim um leito, com um anjo adormecido. Parecia como um caminho… o caminho percorrido por Rohan para chegar ao céu? — Se isso virasse um quadrinho… e finalmente leria com gosto um trabalho seu.
Rohan balançou a cabeça, agora com um sorriso ainda maior estampando os lábios. Aproximou-se um pouco mais do leito, até que finalmente se sentou no canto da cama. Tinha tanto para falar… tanto para se desculpar… nem mesmo sabia como começar. Era tão fiel a realidade em seus quadrinhos, sabia criar um começo, um meio e um fim para cada história… mas por que isso parecia ser tão difícil quando se tratava de sua realidade?
Tudo o que sabia… era que se poderia ser muito mais para aquela mulher que ficava em silêncio a respeito de seus próprios sentimentos apenas para poupá-lo, ele seria. Com um sorriso aliviado, o desenhista trouxe a mão da moça para o próprio colo e fez carinho nos dedos, seguindo pelo pulso até acariciar o braço cheio de marcas arroxeadas de veias estouradas.
— Eu consigo trabalhar aí nessa poltrona. Além disso não consigo desenhar sem suas críticas ignorantes e sem fundamento —ele disse, fechando os olhos, fingindo ser um peso muito grande fazer uma crítica tão negativa. Arrancou dela uma risada, seguida de uma tosse forte e cheia de respingos em sua roupa. — Tonio ligou e disse que tem um prato italiano perfeito pra te ajudar a recuperar. Quando você receber alta, vamos jantar lá.
[Nome] sabia que ele estava se esforçando para consertar aquela situação, e sorriu, feliz por estar vendo isso. Imaginou que ficaria sozinha após ter dito tudo o que queria, mas só faltava coragem para acreditar que sinceridade jamais acabaria com o relacionamento que eles tinham. Um podia fazer sacrifícios pelo outro sem sofrer tanto. Estavam juntos no fim das contas.
— Eu vou adorar. Só de imaginar essa comida de hospital meu estômago já fica embrulhado —ela reclamou. Pousou o desenho sobre a barriga e apertou o botão ao lado da cama com o intuito de subí-la um pouco. Ao ficar inclinada, sentada e mais perto de Rohan, ela suspirou. — Eu não quero interferir no seu trabalho, nem ser excessiva… eu só… precisava de segurança.
Rohan assentiu. Trouxe a mão dela até os lábios e beijou os dedos com leveza. Queria que ela melhorasse logo para que pudessem voltar para casa e levar a velha rotina, mas desta vez com mais honestidade e carinho pelo outro. Ele estava devendo muito por isso, e estava disposto a continuar e tentar fazer dar certo. [Nome] não estava pedindo demais… só queria a atenção que merecia. Ela merecia muito mais.
— Você é minha companheira e eu não te tratei como tal —ele admitiu, e sentiu um bolo na garganta ao fazê-lo. Sentiu o próprio rosto corar em vergonha por um comportamento tão imaturo e sem compromisso para com alguém tão importante na vida dele. Bastava ser honesto, a partir de agora. — Não deixe de me contar quando se sentir mal. Não quero te fazer sentir abandonada, ou sem carinho. É minha obrigação como companheiro te fazer… feliz.
Ele corou novamente. Não era bom lidando com sentimentos, era muito rude e grosseiro na maioria das vezes… mas sentiu como se um peso sumisse de seus ombros com o quão honesto estava sendo com ela. Valia a pena abrir mão do próprio orgulho.
— Rohan… —ela sussurrou o nome dele, apertando com mais força a mão que segurava a sua. — Eu acho que eu só precisava ser sincera… bendita gripe por me fazer tomar essa coragem. De qualquer forma… obrigada por tudo.
— Eu que tenho que agradecer —ele disse, virando o rosto para a moça e pousando a mão na cabeleira desgrenhada dela. Fez um afago carinhoso e correu a mão levemente pela bochecha dela. Notando a temperatura alta, ele se recolheu, ainda preocupado com a saúde dela, mesmo que agora estivesse bem cuidada num hospital. — É o máximo que posso fazer. Me recuso a te beijar e ser infectado.
— Injusto! —ela resmungou, abaixando a cabeça numa tentativa falha de fazer drama. — Você vai ficar me devendo.
— Posso te pagar de várias formas quando você melhorar —ele falou, um tom sugestivo e uma piscadela sem uma gota de vergonha. Abriu um sorriso verdadeiramente sincero agora, admirando o rosto dela, mesmo pálido e fraco, sorrindo pra ele novamente, como deveria ser. — Tenho muito o que me desculpar com você, então descanse até o momento certo.
[Nome] riu, logo sendo acometida pela tosse novamente. Com aquela deixa, Rohan abaixou a cama por ela, para que pudesse ficar deitada e acomodada. Jogou o cobertor por cima dela novamente, até o pescoço, e fez um afago carinhoso nos cabelos. Arrancou dela um ronronar, e sorriu satisfeito.
— Eu te amo muito, Rohan… —ela proferiu, de olhos fechados, pegando no sono novamente devido ao torpor das medicações. Notou que Rohan paralisou no ato de acariciar seus cabelos, e permaneceu ainda em silêncio, respirando quase sem fazer qualquer som.
Ele então voltou ao normal. Sentou-se de volta na poltrona e admirou o desenho em mãos. Aquele era o caminho do céu, realmente… era tudo questão de ponto de vista. Um companheiro… devia ser um companheiro em qualquer situação, boa ou ruim.
— Também te amo, anjo —disse, bem baixinho, mas o suficientemente audível.
That’s all folks <3 I hope you like it :3
#rohan kishibe#jojo's bizarre adventure#jjba scenario#diamond is unbreakable#portuguese writing#sorry guys I wish I could write in english#but I suck at it and I know that#rohan kishibe x reader
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Tarde
Madrugada quente. Fora de anúncios inesperados da alta corte do imprevisível. Nenhum dia que não seja semelhante à qualquer um outro. A mais latente, e possivelmente única aparência idêntica ao diferente foi o quanto os minutos correndo por entre as portinholas da insônia fizeram questão de se arrastar para indicar alguma coisa nova e que exigia a devida atenção. Pudera, diria. Não é de sempre que a própria consciência alerta sobre a emergência de confrontos pessoais e dúvidas externas, não é de sempre que inquietação pelo calor vira agonia por esperar que as coisas se iniciem. Só de tragédia vive quem pensa demais. Quem pensa demais nos outros, me corrigia um professor antigo. Mas nem só de tragédia vive quem se compromete ao aguardo infinito de um desfecho que nunca chega — sabendo que é exatamente isso que tornam as condições do momento ideais. Celular vibra. — Vou te ligar. — Cadê. — Espera, não tô em casa. — Perando. Cinco minutos viram o lamento de Ivan, o Terrível, pela morte desnecessária de seu filho, reflexo de seus vícios de poder e paranóia política. Cinco minutos viram coceira no braço e tremilique nos pés. Só cinco minutos. Silêncio. Calor do caralho. Eu tinha que nascer no Brasil, nos trópicos. Calor da porra. Tela do celular desligada. Não sei como funciona ligação nesse celular, só posso esperar. Mesmo que soubesse como funciona, continua tendo que esperar. Calor do caralho. Se eu acabar dormindo vai ser foda, mas não vai acontecer, dormi a tarde inteira. E trabalhei a madrugada inteira, mas dormi a tarde inteira. E a tela do celular escura. Calor. Celular vibra, tela acende. A gente se priva de ter ligações fortes com distâncias intangíveis pelo esmero em preservar a vaidade de contar histórias a nós mesmos sobre os poemas e sonhos que escrevemos com aquela dor cultivada. Contudo, a consciência é indiferente e a biologia sabe o ridículo que somos e tentamos ser, nada escapa de um campo gravitacional gigantesco no meio do nada — nem a luz. E nada escapa de uma gratidão irreconhecida. Na semana Neco, meu cachorro, morreu, me chamou pra beber no meio da tarde, e me animou falando sobre qualquer coisa. Me deu o abraço que eu precisava. Tela do celular continua acesa. Lembrei daquela semana. Parece que meu cachorro morreu duas vezes, e o mesmo número me ligou pra fazer desse assunto só uma névoa a ser atravessada pra chegar no outro lado do oceano. E a tela ainda acesa, quase perdi a ligação. Fiquei pensando. No calor é mais difícil concluir um raciocínio saudável sem antes pensar: calor do caralho. — Tava demorando, quase peguei no sono. — Cheguei agora em casa, xô abrir o corote. — Eu tenho nojo do desse de caju, quase vomitei da última vez que tomei. Não sei se foi porque tinha acabado de tomar uma jurupinga sozinho ou se era perverso mesmo. — Caju, mano? Que nojo! — Pois é. Mas de outro sabor cairia bem agora, nesse calor. Lembra da época da faculdade? O pessoal oferecia Duelo. Duelo? Acho que era, aquele azul. — Era o Leonardo que comprava. Terminava o papo e tinha gente bêbada com o lábio azul, e não era de frio. Quase ri mais do que deveria. Minha coluna dói quando arrisco ficar triste e quando ameaço ficar feliz, não posso. E o incômodo em rir ali também, calor do caralho. A dor na coluna e o calor fizeram os minutos decidirem correr mais que o esperado. A conversa não parou ou teve contratempos apesar disso. Ela dava seguimento no assunto. — Tô fumando um cigarro de cravo, a pressão caiu no primeiro trago. — Na outra semana, no dia da festa, me leva um desse? Tô curioso nisso aí. — Beleza. … — Eu não sei o que ela sente, como se sente, mas tenho medo, sabe? Dela acabar se machucando ou de alguém fazer mal a ela por ser inocente assim, se expor tanto. Queria saber como ajudar, e deve ter um jeito, mas sei lá, sabe? — A gente não conversa sobre isso. Nunca conversou, eu acho. Mas é isso mesmo, uma hora alguém pode fazer mal a ela, e eu não sei se isso tudo é por necessidade ou alguma coisa a mais. — Vai ver é um pedido de socorro. Quem não tem muita simpatia consigo mesmo ou evita lidar com os próprios problemas arruma válvulas de escape, no caso dela é estar sujeita à esse tipo de coisa. Eu só vejo isso acontecer com quem não gosta de si e procura outros meios de pedir ajuda pra enfrentar isso. — Não sei, viu? A gente também não gosta de si mesmos, Thamir, e não somos assim. — Mas aí é diferente, nosso problema é existencial, sei lá. Não é externo, é interno. Não que com ela também não possa ser interno também, das vezes que conversamos quando eu ainda estudava lá tudo era muito parecido com o que nós dois sentimos, sobre ela. — Ah, vai saber… Dá para ouvir alguém acendendo cigarro pela ligação. Não sabia. A impressão de que se podia ouvir alguém engolindo seco, ou chorando baixo ou em agonia interna não era só impressão. Nunca foi. Ao menos não dá para ouvir pelo telefone os suspiros de insatisfação pelo clima. Calor do caralho. — Eu não sei porque as pessoas são assim, tá ligado? Minha válvula de escape é ficar puto. — O que é esse barulho? — Ventilador. — Abre a janela. — Se eu fizer isso, entra mosquito australiano, aí vai ser foda tirar depois. — Aí tem tanto assim? — Sim, eu moro do lado de um cemitério, não sei se lembra. Do maior cemitério da América Latina, pra piorar. — E é? Cê tá mentindo pra mim. — Não, sério. Silêncios ocasionais são mistérios que passam incólumes pela percepção primeira e que se safam de julgamento depois de um tempo de amizade. Mesmo quando são quebrados abruptamente. — Ah, não, não pode ser. Vou perguntar pro meu pai. — Vai lá. Opaco. Som opaco. — Pai, lembra da festa que a gente foi com a (esqueci o nome da irmã dela. Nem só de tragédias vive o homem desmemoriado), da irmã do Thamir? É verdade que aquele é o maior cemitério da América Latina? — uma confirmação de voz masculina ao fundo. — Eu disse. — Nossa, não sabia. Que estranho, mano, deixa essa porra aí fechada, então. — Eu vou ter que sobreviver de ventilador hoje. A madrugada guarda estigmas de sensações impróprias que, hora ou outra recaem somente sob o imaginário adolescente e ainda ingênuo sobre o que significa deleitar em silêncios que significam todo tipo de coisa ao mesmo tempo. Além de ser guardiã de transformações e rótulos para os que conseguem se saciar só do que é vil e superficial, contribui para que epifanias velhas, mas sempre necessárias, venham à tona e relembrem o a força e o impacto de não perder alguns valores. Continua. — Eu chamei ela pra sair e acho que foi um erro. Sei lá, não quero usar alguém pra me satisfazer por não conseguir engolir frustrações. Fizeram isso comigo e sei a bosta que é. — Você devia ter ido, mesmo que fosse só casual. Lembrei. Falando com a mesma pessoa, mas pessoalmente, numa mesa de madeira de sua casa, me falava sobre ter de aproveitar mais a vida e não se privar tanto. Enquanto eu girava a aliança na mesa. — Eu sei, é que… É estranho, sabe? Eu não sinto nada por ela e aí plau, falo que quero sair e fazer sei lá o que. Tenho mais saúde pra isso não. — Cê tá fumando de novo?! — Não, caralho (mas minha tosse rouca em sequencia não conseguiu sustentar a mentira). Não tenho mais saúde pra ficar nesse jogo. — Nesse enigma de decifrar as pessoas, né? Pera aí, vou no banheiro. — Isso. Quando a gente tava se conhecendo era muito legal, eu e você. A gente ficava nesse vai e vem de complexidade e de procura por respostas, mas era diferente, eu queria ser seu amigo e é raro achar gente como você. Agora é diferente, eu mal conheço essa menina, apesar de saber quem ela é há anos, ter estudado com ela e tal. — Eu tô no banheiro ainda, pera aí, segura aí! — Tá. O silêncio vira nosso amigo quando deixa de ser um incômodo entre intervalos de sentenças. Vira a companhia que colabora para firmar pensamentos e as conclusões em que receiam chegar. — Então, mas eu acho que você deveria se permitir mais. O que tinha de acontecer já aconteceu, já foi, e sobrou você com você mesmo. — Eu preciso pensar, mas tô quase certo de que não vou. Vamos chegar na hora do vamo-vê, aí eu não vou gostar do que vou ver, do que vou ter que fazer ali e não vou estar só na internet, não vou ter como fugir. Lembra do cigarro que pedi pra levar no sábado, façavor. — Tá bom. Eu vou deitar, pera aí. … — Já tô deitado também, faz umas duas horas. — Tô quase pegando no sono. — Eu também. E eu tava pensando. A gente, eu, no caso, precisa parar de fugir desses demônios, de disfarçar esse confronto indo atrás desse paliativo, comprando placebo achando que esse câncer gigantesco vai sumir. — Cê me falou que não tava mais triste. — Não tô, só fico pensando. Não especificamente sobre isso, no geral mesmo. Se a gente fugir agora, depois vai ser foda, e eu fujo demais, pra agradar os outros. Enquanto tem quem use a si mesmo como válvula de escape criando um pedido de socorro com o próprio rosto, a minha é a falta de coragem de criar essas conexões paradas há anos. Ao invés de fazer isso, crio novas, genéricas, superficiais. Qual é o meu problema, hein? O silêncio e o calor dançam na minha frente pedindo pra que esse momento seja de uma intensidade descabida, de mim para mim mesmo, pois perguntas que são feitas uma vez a cada cinco anos não podem ser desperdiçadas e tratadas como mera reflexão involuntária. O essencial não pode ser tratado como produto de estafa e angústia acumulados. — Eu pensei que tinha desligado, desculpa. — Cochilou? — Acho que sim. — Quer dormir? — Sim. — Imaginei, tu já tá caindo pelas tabelas. Boa noite, moça. — Boa noite, abraço. Calor do caralho. A brisa no interior da mente é fresca, tem cheiro de orvalho e tenta dizer alguma coisa. A ligação encerra e a tela volta para a outra que estava aberta muito antes, um vídeo no youtube. Trailer de jogo. Mal posso esperar pelo lançamento, esperei anos. Calor do caralho. Os demônios precisam ser exorcizados e as perguntas, há anos sem respostas, respondidas. Perguntas respondidas continuam existindo mesmo tendo sido concluídas, pensei. Estão lá pra sempre, só os eventos que as originaram vão despedaçá-las e dar lugar ao que foi razão de terem sido construídas. Precisam morrer, elas e as respostas. O vídeo em segundo plano. Dei play outra vez. A protagonista canta por uns dois minutos, a voz mais bonita que conheço, e que já ouvi. Seu quase-pai a pergunta se quer mesmo “fazer isso”, e ao deixar o violão de lado se vira para a câmera, que se aproxima de uma vez, e praticamente fala ao mesmo tempo que eu: I’m gonna find… and I’m gonna kill every last one of them.
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Desabafo
Sinto saudade da minha vida onde mesmo sabendo que não tinha nada eu era feliz, foi o tempo q o fator tempo ainda permitia sonhar , onde a parte mais difícil eram as escolhas. Naquela época eu era feliz, não tinha nada, invejava quem tinha , desejava ardentemente um estojo de madeira cheio de lápis de cor, queria um mundo cor de rosa de sapatilhas de plástico e uma pochete transparente pra carregar brilhos labiais com sabor morango. Não tive nada disso. Me achava feia , magra mal vestida e sofria por isso. Nitidamente era invejosa. A culpa não era de ninguém, não tínhamos dinheiro.
Hoje , se eu voltasse, com a maturidade que a vida me deu , não sofreria por esses motivos , talvez com a inteligência que tenho hj misturada com a maturidade, eu nem sofreria por nada. Minhas lágrimas e angústias de hj são bem mais pesadas , a clareza das minhas dores são reflexos de tudo que fui e de tudo q deixei passar. Hj as decisões são mais complexas que chega instantes repentinos de desejos de desaparecer. Agora continuo me achando feia , mas não magra , não ando mal vestida mas poderia ser melhor . Hj divido minha vida , pois não vivo só pra mim , agora minhas dores são outras e não sao fáceis de explicar. Tenho depressão, dentro disso, apenas uma crise violenta de desejar a morte aí passei por cima. Agora eu posso distinguir os picos que ela me conduz, ora estou bem que tenho comigo a esperança de planos traçados darem certos, outros, ela me derruba novamente ao fundo do poço. Tenho comigo a certeza dos olhares em cima de mim , que por acaso não há necessidade de palavras pra entender o que eles dizem....
Quando penso em morte, logo penso em velório, logo penso em gente que nem precisava estar lá. Nao quero lágrimas de ninguém pois sei quem gosta da minha pessoa do jeito q sou , e lamentavelmente não dá 5.
Eu gostaria de saber qual é o real motivo da minha existência, pois só vejo a relação da futilidade com a inutilidade. Gostaria de acreditar em mim mesma , mas não consigo ver nada . Esse sentimento é mais antigo que máquina de escrever. E hoje ele veio pra mim de novo. Nao estou vendo verdade nos olhos de quem amo. Não vejo alguém forte quando olho no espelho. Estou em pedacinhos que juntar esses cacos está sendo Quanse impossível.. Hoje eu gostaria de estar longe , pois não consigo me repor e acreditar no poder que minha terateupa diz que tenho. Sou um pedaço de histórias mal resolvidas onde não há final , ainda sou sonhos, sou metade do caminho sem direção.
Sou a peça que não se encaixa, a mãe que não soube ser o espelho , a esposa feia que não desperta mais nada , a profissional que não exerce a função e a pessoa que não precisa estar aqui.
DELA
#ansiedade#solidão#desamor#depressão#tristeza#tristeza mágoas#tristeza profunda#mágoas#desabafo#sinais#ninguém vê#mudanças#amargura
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Faz um tempo que as coisas não estão normais. Mas o que é normal pra mim? Faz um tempo que vivo um felicidade tão intensa como nunca antes vivi em toda minha vida. Faz um tempo que eu descobri você pode ser a pessoa mais feliz do mundo e ter a dor mais desesperadora da sua vida ao mesmo tempo. Dá pra acreditar? Eu nunca me considerei normal, afinal eu sempre tive um mundinho só meu que usava como uma espécie de paraíso particular. Na verdade não sei se a maioria das pessoas fazem isso, mas nunca me interessei em dividir o meu perguntando a alguém sobre o assunto. Eu nunca fui completamente feliz, mas acho que ninguém. O ser humano se auto-sabota, quando tudo parece perfeito sempre achamos uma maneira de encontrar defeitos. E isso acontece sem nem mesmo percebermos. Quando nos damos conta o momento que tinha tudo pra ser perfeito já passou. Eu sempre fui muito intensa, sempre vivi tudo ao extremo, se é pra ser feliz, eu era feliz pra cassete, mas se era pra ser triste, eu abria o berreiro. Nunca fui alguém de meio termo, esse lance de meias palavras nunca funcionou comigo. Não vou dizer que não tinha medo, mas pelo sim ou pelo não, eu sempre optava por arriscar. E talvez esse meu jeito que tenha me tornado na pessoa que sou hoje. E em tudo que eu me transformei. Hoje eu tenho plena consciência que nunca fui tão feliz em toda minha vida, tenho consciência que a parte da minha vida que mais me importou essa completa, está radiante e melhor do que eu se quer um dia pude sonhar. E isso é maravilhoso. A grande maioria de coisas que sempre considerei importantes estão acontecendo. Eu tenho hoje muito do que sempre almejei. Ao meu lado eu tenho o grande amor de toda minha vida, e como eu sei isso? Não, sei. Mas sinto com todas minhas forças que ao meu lado eu achei a pessoa que eu quero passar o resto da minha vida e quero ter uma família, que já é minha família. Uma família que hoje já estamos começando com a junção da nossa, algo que sempre considerei muito e não sabia o quanto me tornaria feliz até acontecer. Aumentei minha família e o meu coração só aumentou o amor, por todos. Hoje eu tenho saúde, toda minha família tem saúde, eu to formada, eu tenho boa cabeça e sei o que quero e o que não quero pra mim. Sei me impor, sei que tornei alguém em que tenho orgulho. Isso é muito importante. Detalhes, como emprego ou estabilidades que a vida (e eu mesma) me cobra eu ainda não tenho, mas sempre soube que são detalhes. O que importa sou eu, coisas como saúde e amor, que não se pode dar um jeito, isso estando bem, o resto com certeza eu ajeitaria. Mesmo em torno a toda felicidade, tudo acontecendo e me surpreendendo cada vez mais positivamente, eu me perdi. Não vou ser hipócrita. Eu sofria antes também, como disse, pessoa intensa demais. Mas uma coisa é sofrer um pouco, ou sofrer muito um dia ou outro, ou até mesmo sofrer um pouco todos os dias. Mas algo completamente diferente e imensurável é sofrer muito, o tempo todo. Nunca tive uma opinião formada formada sobre doenças mentais, nunca pesquisei a fundo, nunca tive alguém muito perto com esses transtornos e nunca foi algo que realmente me preocupou. Sempre soube que eu era diferente, mas não doente. Eu aprendi que a mesma pessoa que vive a melhor fase de sua vida, que não sabe nem expressar o quanto é completa e feliz, pode ter um mundo todo particular dentro de sua cabeça. Eu aprendi que ser feliz e estar sofrendo não são coisas opostas, uma coisa não anula a outra. E isso nunca imaginei. No começo a dor não era persiste, a dor era agonizante, era terrível, mas era temporária. Eram picos e no final é aquela história... quando chega a calmaria a gente nem lembra dos momentos difíceis. Mas hoje, hoje é diferente. A dor nunca vai embora, a agonia, a angustia, o medo, o terror do mundo, ele nunca vai embora. Ele sempre esta lá, atrás de cada sorriso, de cada momento bom, de cada eu te amo. Ele sempre esta lá e isso é exaustivo. Eu já desisti e tentar esconde-lo. Eu aceitei que ele não vai embora com facilidade e o que eu não posso deixar de fazer é lutar, nem por um segundo eu me permito parar de lutar contra tudo que me faz mal. Eu não posso parar, porque não sei o que vai acontecer se eu me permitir parar. Eu não sei o que isso tudo pode se tornar ou me tornar. O problema é essa dor, essa angústia, é algo que eu não encontro palavras adequadas pra descrever e que não sei mensurar o tamanho do estrago que faz dentro de mim. É algo que não se explica, não se compartilha. É meu, comigo mesma, que ninguém é capaz de entender, por mais que queira. É algo que eu tenho pavor de pensar em passar pra outra pessoa, é algo que eu tenho pavor de pensar que existem outras pessoas no mundo que passam por isso e não são também acolhidas como eu. Eu passo por isso tudo, mas eu sei que eu não to sozinha, eu passo por isso segurando a mão de alguém, todos os dias. Eu passo por isso sabendo que eu perdi muitas pessoas por causa disso, sabendo que 99% das pessoas importantes que estão a minha volta não fazem nem ideia de como começar a entender essa imensidão que existe dentro de mim, mas eu não to sozinha. Eu tenho um porto seguro, uma mão pra segurar mesmo de longe, um abraço pra me acolher quando eu acho que não tenho mais força pra continuar. Eu tenho o melhor amor do mundo e ele é tão bom, que é o único que nunca virou as costas pra mim mesmo eu me tornando essa pessoa que eu mesmo repudio. Eu tenho alguém pra me fazer acreditar que vai ficar tudo bem quando parece não existir caminho mais pra seguir. Mas imagina quem não tem? O problema não é só esse sentimento todo, toda essa dor, é que ela vem acompanhada, dos piores pensamentos. O problema é você dar tudo o dia todo pra se manter firme e otimista, é você passar um dia incrível, é você se sentir amada e amar da mesma maneira, é você estar cercada das pessoas que ama e mesmo assim a dor estar lá, escondida dentro do seu peito o dia inteiro. Ai vem o problema, você deita a cabeça no travesseiro e onde deveria ser momento de agradecer pelo dia, você se pega pensamento que não sabe viver, que tem noção do quanto tudo está bom pra você e mesmo assim você não é capaz de mandar a dor embora, que mesmo você conseguindo compreender que esses são os melhores dias da sua vida, você não é capaz de se deixar aproveitar porque não sabe como controlar sua dor e tudo isso te trás. Ai, você se auto-sabota novamente, porque você que conseguiu controlar esse turbilhão de sentimentos o dia todo, que saiu da cama, que se permitiu viver, começa a se tornar o seu pior inimigo e nada que você faça é capaz de colocar um fim no turbilhão de pensamentos e emoções que estão por vir. É ter pensamentos tão fortes que mesmo sabendo do contrário você acaba acreditando que não é digna de tudo de bom que está vivendo, que não é boa o bastante pra tudo isso, que esta a um passo de perder tudo, que é tudo uma ilusão da sua cabeça e em um piscar de olhos você vai se ver abandonada. É todos os dias você acreditar que não merece o tanto de coisas boas que acontecem na sua vida e que as pessoas que você tanto ama não merece ter você manchando a vida delas, é todos os dias sua cabeça te falar que o mundo seria melhor sem você, que você não passa de peso morto. É todos os dias você pensar se deve deixar a vida das pessoas que você mais ama para que elas possam ser mais feliz. Afinal, o que você trás de bom pra elas né? É difícil estar tudo bem e no meio do filme sua cabeça divagar, ou também o tempo que sua companhia vai ao banheiro ou até mesmo no meio de uma roda pessoas são diversos assuntos, você se pegar pensando nisso. Isso cansa, isso é exaustivo. E isso não é doença, não é sintoma físico, não é reação a algum evento, isso sou eu, eu e a imensidão que existe dentro de mim. Isso é a minha vida. Graças a Deus eu enxergo um futuro, eu nunca perdi isso, eu consigo me ver anos a frente, com o meu amor, realizando sonhos, viajando, construindo a minha família e multiplicando o amor cada vez mais. Mas se você perguntar como eu me vejo amanhã, o terror toma conta de mim e o ar parece que some, eu fico sufocada e e enjoada. Eu não consigo me ver amanhã, o futuro próximo me aterroriza, me paralisa e de novo faz ter vontade de acabar com o meu sofrimento e deixar de existir. Eu sei o que eu quero pra mim e consigo imaginar um futuro, mas como vou conseguir sair desse buraco que estou cavando cada dia mais eu não faço ideia. Eu não sei em qual ponto da minha vida eu permiti que as coisas ficassem dessa maneira. Eu não sei em qual ponto da minha vida a dor tomou conta de mim. Mas tudo isso me mostrou que eu sou muito forte e que eu não fazia ideia da força que tenho. E eu só tenho que continuar lutando, até o dia que o amanhã não for tão assustador e eu consiga começar a ver um caminho pra seguir até o meu futuro. Enquanto eu continuar enxergando um futuro pra mim sei que tenho esperança. Porque enquanto eu acreditar que eu vou conseguir ter um futuro, eu vou conseguir lutar, pelos meus sonhos, pelo meu amor, pela minha família, por tudo que sempre almejei. Mas no dia que eu parar de conseguir me ver no futuro, de que eu achar que não tem mais saída, eu sou parar de viver e apenas começar a sobreviver. Ai, lutar não vai mais fazer sentido algum, é desistir não vai ser uma opção e sim a única saída. Hoje, sabendo que tenho o melhor suporte pra enfrentar tudo isso, sabendo que não posso fugir dessa dor diária e aprendendo a viver com ela, sabendo que o futuro vai me deixar ainda mais feliz, se é que isso é possível. Eu cada dia acordo mais forte, e mais disposta pra lutar e continuar. Desistir pra mim hoje não é nem uma hipótese. Tem dias que a dor é mais fraca, tem dia que a dor é desesperadora. Vivo esperando o dia que a dor não vai chegar.
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Prost✸tuta do Governo
Álvaro vai até a cafeteria conversar com Renato.
[Álvaro]: sei que cê tá trabalhando, mas não tava mais aguentando de angústia, preciso conversar com você.
[Renato]: relaxa, tô nos meus minutos de pausa. Como você tá?
[Álvaro]: muito mal, principalmente porque tudo que aconteceu com a Joana foi culpa minha.
[Renato]: foi tudo um grande surto. As coisas foram acontecendo rápido demais. Mas espero que ela fique bem. Sinceramente, estou aliviado sabendo que ela tá longe.
[Álvaro]: até IST ela pegou por mim, Renato. Sei lá, tô com muito peso na consciência.
[Renato]: ela vai saber se cuidar. Agora, você tem que olhar pra si mesmo. Se cuida.
[Álvaro]: você tem razão. Acho que...vou ficar off por um tempo também.
[Renato]: pretende voltar pra casa dos seus pais?
[Álvaro]: sim. Preciso pedir perdão pra eles e recomeçar como uma nova pessoa.
[Renato]: tô torcendo demais por você.
[Álvaro]: sei disso. Obrigado. De verdade.
Aline e Rafaela seguem chocadas com as transações bancárias de Geraldo.
[Aline]: cara, você tem noção de que mais da metade dessa grana é de falcatrua? E as pessoas endeusando esse merda!
[Rafaela]: o Geraldo tem muita lábia e nós mesmas somos prova disso.
[Aline]: verdade. Que ódio que me dá disso tudo, sabe? Aff.
[Rafaela]: também fico, mas agora, mais do que nunca, precisamos estar unidas. Vamos até o fim pra desmascarar esse ladrão.
[Aline]: vamos. Agora virou questão de honra. Nem que eu tenha que voltar pra minha cidade sem um centavo.
[Geraldo]: oi, minhas meninas! Que interessante ver que agora são amigas!
Após alguns dias ausente, Clebson volta pra casa, surpreendendo Minerva.
[Minerva]: onde você esteve por todo esse tempo, Clebson? Não me atende, não responde minhas mensa...
[Clebson]: eu fui dar uma espairecida, viajei pra uma cidade vizinha. E como sabia que você encheria a porra do meu saco, decidi ir na calada. Mas relaxa, já voltei.
[Minerva]: Clebson, seja sincero comigo: você quer terminar?
[Clebson]: pelo visto, a Aretuza aproveitou minha ausência pra encher sua cabeça, né.
[Minerva]: não envolva minha filha nisso, sou madura o suficiente pra decidir o que quero. E você não respondeu minha pergunta!
Clebson se cala, apreensivo.
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Alguém se lembra de como era viver sem a internet no celular?
Por Dellart
Dez anos atrás, uma década, parece tempo bastante pra se lembrar de memórias triviais, simples, mas por mais força que eu faça, nada me faz lembrarlembrar dos pequenos momentos sem o celular. Aqueles interlúdios entre uma ação e outra, entre uma tarefa diária - com cara de tarefa diária - e outra. Eu me coloco a pensar nesses meios e realmente não lembro como era. Não lembro o que é não preencher essas lacunas de ação e tempo sem o celular.
Lembro vividamente que usar a internet pra mim era um lugar, uma estação de acesso. Meu computador, naquele canto, naquele quarto, era onde se encontrava "a internet". Se chegava do colégio, da rua ou, 3 anos depois, do trabalho, existia um tempo específico entre de fato se sentir em casa, fazer o que tinha que fazer até o momento de ir pro quarto, ligar o computador e usufruir daquele cantinho que era a internet. Todas as dúvidas, as distâncias sociais, as ânsias da curiosidade e das vontades eram saciadas naquela escrivaninha, quando se entrava pela porta da internet. Era preciso se entrar na internet, com um portão de entrada e saída muito bem definidos.
Esse lugar que tinha cara de uma atividade singular, como sair pra correr ou ver um filme, possuía seu tempo definido - justamente o tempo de se ligar o computador e ter que desligar depois. Da noção de se estar muito tempo no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa, mesmo que usando o mesmo aparelho para diferentes fins, possuía um impacto maior, brilhava em neon uma preocupação. Tanto pelos olhos numa mesma tela, a mesma posição, o mesmo estímulo, parecia mais palpável o alerta do limite, logo, se sabia ou esperava-se saber quando parar. Quando desligar. E justamente esse desligar, botão que sela o fim de todo aquele lugar, que não sei mais o que é.
Nunca fui de me entediar. Não sei o que é isso, sempre fui de fazer coisas e buscar estímulos e que, vendo hoje em dia, noto quanto minha curiosidade e inquietação me fez ser uma presa fácil pra qualquer estímulo externo. O que antes era um momento específico de estimulação modulada por um determinado tempo até um interruptor ser acionado, agora não há mais momento específico, não existe mais lugar de acesso, sequer interruptor. A escrivaninha, aquele cantinho de pouco mais de metro quadrado, magicamente toma a forma de um colosso, de um Deus onipresente, crescendo no vasto e imenso abismo de um bolso. Movimenta-se. Minhas angústias, por fim, agora podem ser sanadas por um Deus que me acompanha, um espírito assessor.
Antes uma dúvida que se tinha, por exemplo, era coberta de paciência, pois se esperava o tempo de chegar até a internet em algum momento do dia, para enfim pesquisar o nome daquela música ou se "comer feijão a noite faz mal". Hoje enquanto se janta, assiste, joga ou faz, a mesma dúvida banal que atravessa o pensamento acaba interrompendo a atividade, simplesmente por que pode. Se pensar na sequência mental "tenho uma dúvida" - uma pequena angústia - seguida de "quero saná-la" e "pode ser agora?", como toda solução imediata, a resposta de quem tem um smartphone na mão tenderá a ser sim, com cada vez menos cobertura de paciência. E é justamente por isso que não me lembro mais de um dia inteiro de atividades singulares sem interrupções. É como se toda atividade hoje fosse um híbrido entre o palpável e a internet se atravessando, onde essa última nunca me dá a sensação de desligada. Mesmo quando não há espaço pro celular na atividade que se faz, lá no fundo da mente existe a ansiedade de uma chamada importante que ainda há de chegar no aparelho. E que raramente é cessada por completo.
Por isso que não tenho lembranças mais de como era quando o computador estava desligado e a internet de portas fachadas. De como era fazer coisas simples do dia a dia e preencher os momentos com pensamentos, percepções e outras coisas das quais não me lembro. Não que eu ainda não faça essas coisas sem o celular, mas a sensação não parece a mesma. A de me sentir por inteiro, de fato, habitando verbos por completo, por mais desatento que eu era. Por isso faço esse texto como forma de notar, entender e comparar como tudo mudou, na tentativa de recuperar aquela sensação, de justamente me sentir inteiro de novo.
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SUICÍDIO
Eu quero morrer... sinto que a qualquer hora eu vou fazer uma loucura que vai deixar todo mundo de queixo caído. Estou melhorando sim, mas insisto em ficar num poço sem fundo... segundo as pessoas eu gosto de chamar atenção e acho que nisso elas estão certas... Além disso sou mimado, infantil, não tenho um pingo de valor, sou feio, gordo, cheio de defeitos físicos no qual tenho vergonha. Tenho vergonha de mim. Não era para eu ter nascido... existido... me arrependo de estar aqui... não mereço essa vida cheia de arrogância, prepotência, inveja, maldade, ego��smo.... Queria conseguir dar um fim nisso tudo... As pessoas menosprezam minha capacidade de fazer as coisas e pode ter certeza que da próxima vez não vou errar, vou morrer mesmo... pode demorar muito, mas vai acontecer... Não quero continuar vivendo essa vida. Não tenho nada a reclamar, pois tenho 2 matrículas, minha casinha, família amorosa e preocupada, amigos que se desdobram em me ver bem. Aonde chego sou bem recebido e todos gostam de mim e sei que isso tudo não é pouco, pelo contrário é muito. Fico me culpando por estar me fazendo de vítima, por me entregar a minha dor, por não lutar e tudo isso tem sido muito difícil para mim. Viver um dia de cada vez, chorar todos os dias, sentir a mesma dor na alma e no coração todos os dias, momentos de extrema tristeza, angústia, aflição, medo, solidão (não que eu não tenha pessoas ao meu lado) mas esses sentimentos não me abandonam. Tenho lutado contra mim mesmo dia após dia e sinto que estou melhorando, mas de repente tudo fica escuro e começo a cair num abismo que parece que não tem fim. Já se passou 1 ano desde que comecei a me tratar e sinceramente eu era mais feliz quando fingia que nada disso existia. Tinha minhas crises sim, meus momentos depressivos mas logo passavam e eu voltava a viver como se nada tivesse acontecido. Choros desesperados, celulares quebrados, amizades enfraquecidas, cortes pelo braço e corpo, 3 tentativas de suicídio sem êxito, remédios, exames e terapias angustiantes e sem resposta nenhuma, família e amigos preocupados (alguns nem tanto), alucinações, psicose... Será que as pessoas não entendem que isso tudo é resultado de uma vida de abusos sexuais na infância, conflito de personalidade e início de depressao na adolescência carregados de traumas, humilhações, fome, falsas amizades, decepções (me intitularam até de pedófilo uma certa vez, numa certa escola), chamado de ladrãozinho, bichinha no trabalho na frente de clientes e funcionários... Enfim não vou ficar lembrando do meu doloroso passado, pois, não tenho como mudar ele, mas só para ter ideia da onde surgiu tanto sofrimento. Passei minha vida toda lutando, sofrendo e as vezes até gemendo (não digo isso para fazer drama... Você que não estava na minha pele e não passou pelas coisas nas quais fui acometido não julgue, pois um dia você pode passar por uns mals bocados e lembrar disso). Essa luta toda não dá uma trégua e até quando continuarei nesse estado, dando trabalho e preocupação para os outros? Desabafo aqui toda a minha dor e tristeza, pois hoje olho e me enxergo como a 12 anos atrás em que eu não tinha juízo e nem a experiência de vida que tenho hoje... Me arrependo amargamente das loucuras que cometi na minha vida, nas baladas, nas noites com “AMIGOS”. Se pudesse voltar atrás jamais faria e nem cogitaria em cometer tais feitos dos quais tenho somente vergonha diante de primeiramente de Deus e da minha família. Passei uma vida com o nome sujo e cheio de empréstimos para bancar amigos, farra, baladas, festas, bebidas, drogas e viagens. Nunca pude sonhar em ter uma casa própria e um carrinho 0, pois sempre e até hoje continuo endividado até o pescoço. Se arrependimento matasse nem me daria ao trabalho de tentar suicídio. Espero que o bom e misericordioso Deus possa me perdoar por todo mal que fiz e por ter colocado muitas das vezes minha vida em risco... Enfim estou aqui pensando mais uma vez em adivinha em quê? - Suicídio! Essa palavra tem me tentando há muitos anos... Não é a primeira vez que tenho vontade de me matar, me lembro de planejar a minha morte a mais de 10 anos atrás. Me sinto muito tentado a fazer de novo, por mais que não dê certo. Mas na medida que tento, aprimoro meus métodos e como disse o Dr Mauro: - Fica tentando que um dia você consegue! E sinceramente acho que da próxima vez eu consigo, mesmo sendo forte. Só não o fiz ainda (suicídio) pensando no pesar da minha família e amigos. Tenho tido comportamentos estranhos que ninguém está percebendo: me isolando do mundo e dos meus amigos... Para confessar minha vida não tem mais sentido, não tenho vontade de viver, quero morrer e estou com medo pois esse desejo cresce continuamente em mim: “não quero viver, quero morrer!” Se eu não voltar aqui saiba que o fiz em perfeito juízo. Posso até me arrepender, mas será tarde demais. As vezes queria somente ser ouvido por alguém que me entendesse e falasse as palavras que eu queria e precisasse ouvir. Queria deitar no colo da minha mãe e receber um cafuné na cabeça (sei que isso soa como se eu fosse um menino mimado, mas realmente me tornei assim: carente ao extremo), receber abraços e carinhos do meu pai, ter meu irmão por perto, receber atenção e carinho da minha madrinha... Queria que as pessoas (algumas delas) fossem menos duras e rudes comigo, pois existem pessoas que mesmo sabendo do estado em que me encontro, não precisaria levar certas palavras e broncas desnecessárias. Como melhorar se eu mesmo estou cavando minha própria sepultura? E o que fazer se não quero sair do fundo do poço (por favor me deixe por lá e quero parar de incomodar as pessoas com isso)? Por que existe este mal que insiste em me levar para baixo, para o fundo do poço sempre que tenho uma certa melhora? Mas sabe de uma coisa: não tenho forças para lutar contra isso, ainda não encontrei um objetivo, uma razão sincera (aquela que não é imposta pelos outros) para tentar melhorar apesar do falso esforço que tem dado resultado
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