#segunda luna
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Apareció a mediados de septiembre y pasarán alrededor de 30 años para que la Tierra vuelva a tener dos lunas.
Te explicamos aquí:
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leo biteco icons 🇧🇷
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#icons#no psd#sem psd#leonardo bittencourt#leo biteco#leo bittencourt#actors#atores#brasileiros#brasil#a menina que matou os pais#o menino que matou meus pais#malhação#malhação vidas brasileiras#sob pressão#no mundo da luna#segunda chamada#hugo rabelo#daniel cravinhos#dante montini#boys#latinos
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' además que no recordaste el cumpleaños de nuestro querido conejillo de indias pomodoro, no le hiciste face time y el esperaba una llamada de su padre ' limpia una lágrima falsa fuera de su mejilla, como si estuviese a nada de ganar un oscar a la mejor actuación dramática del año. aunque sabe que maven no se tomará acusación en serio, es parte de su concepto. ' woah, nunca en mi vida me habían tratado así en mi propia luna de miel ' termina reír en voz alta, apresurando su paso hasta terminar caminando al lado de maven. ' ¿crees que la misión es humillante a propósito? digo, que sacarnos a buscar a un perro suena como buen castigo divino para quiénes reprobaron la actividad pasada. '
‘ me estás haciendo sonar como un egoísta, sin corazón y que odia los animales, ¿qué sigue? ¿qué otra cosa quieres echarme en cara? ’ falsa molestía se encuentra en su vociferación, que queda aún más en evidencia en esas melodías jocosas que suelta al final de la pregunta. empuja con el costado del cuerpo a castaña, es tan suave que seguro apenas la mueve un poco. ‘ ¿darte un descanso? ¿y dejar a nuestro lindo y hermoso bimbo debajo de la lluvia? no – por listilla ’ mueve su mentón para indicarle que comenzara a caminar en dirección al castello, seguro encontrarían una heladería de camino ‘ andando, o te dejo atrás y tus piernas cortas no me van a alcanzar ’ y como quien se deja llevar por sus ideas, se da media vuelta para empezar a caminar.
#es su aesthetic#0 thoughts just comedy#muchas gracias; ¿te puedo ofrecer al para celebrar la segunda luna de miel?#con maven.
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🦇 !!
No le conozco / Me agrada / Me desagrada / Me es indiferente / Le tengo aprecio / Le odio / Me interesa conocerle mejor / Desearía no volver a verle / Me atrae físicamente / Somos cercanes / Me confunde / Creo que esconde algo / Le haría daño / Le protegería / Quiero besarle / Tendría una aventura de una noche con elle / Tendría algo romántico con elle / Me arriesgaría por elle / Me desagrada su clan, pero elle me agrada / Me agrada su clan, pero elle me desagrada / Nos veríamos lindes juntes / Hacemos buen equipo / Compartiría mi alimento con elle / Le refugiaría del amanecer / Me uniría a su secta solo por elle.
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camila creads, com endereço rua 6969, camilandia. vc está sendo processada pelos camilovers após causar ataques bucetisticos a milhares de mulheres após escrever sobre o sr. esteban kukuriczka pauzudo. sua fiança será paga se escrever hc's do cast + spit kink. no aguardo de sua resposta😈
MSKKSSKKSKSKEKSKSKDKDKS AIIII EU GAITEI TANTO COM ESSE ENDEREÇO ANONZINHA TE AMO 💔💔💔💔💔💔💔 e em minha defesa quem plantou essa sementinha de esteban pauzinho na minha mente foi laurita geniousbh (nem ia beber hoje mas a bicha escrevia demais… 🚬…)
bem. JÁ QUE o povo clama🙄 (na intenção de fingir que eu não acho spit kink meio awn own
vou falar um pouco dos que mais fazem sentido na minha cabeça 🧠🎀
matias é quem cospe na sua 🐱 enquanto tá te chupando e lambe a saliva escorrendo de baixo pra cima. e ainda faz um “hmm” misturado com uma risadinha quando vê que você ficou em frangalhos com isso. penso nisso acontecendo dentro do carro, ele te infernizou pra você acompanhar ele até lá pra buscar uma coisa e, por mais que ele estivesse em cima de você que nem um gatinho manhoso pq tá DOIDO pra te comer, você vai sem nem pensar muito nas segundas intenções, sabe? e quando chega lá, com você procurando as chaves na sua bolsa, ele chega por trás de você e pede manhosinho pra te chupar, “rapidinho, bebita… vou fazer bem gostoso, do jeitinho que você gosta…” e por vocês dois estarem um pouco bebinhos, você tá muito mais sensível e ele tá 100000% encapetado e a fim de te atiçar, então quando ele cospe e lambe a saliva de volta, e depois de lamber toda a sua buceta na direção vertical não afasta a língua, só mexendo ela molinha pra lá e pra cá enquanto te olha, e ainda ergue as sobrancelhas pq você gemeu mais alto ainda quando ele fez isso. e quando ele começa a te dedar ele faz mais rápido do que gostaria, pq ele quer te torturar pelo menos um pouquinho, mas o barulhinho molhado é tão gostoso de ouvir… ainda por cima com você gemendo “matiii….” toda dengosinha pq tá pertinho de gozar, e ele diz “é?” enquanto tá 🤟��🤟🏻💥💥💦💦 mas ele para. tira a boca da sua intimidade e vai até a parte da sua coxa, deixando mordidas fortinhas até e esfregando o queixo molhado na sua pele e quando você reclama - pq porra você tava quase - ele começa a fazer círculos largos falando “shhh… eu sei, bebita… mas é que eu não quero parar agora não… você é tão gostosinha…” e VAI DAR TAPINHAS e voltar a chupar mais barulhento ainda 🕊
o que eu pensei do pardella é completamente influência de luna @lunitt from tumblr então se for pra xingar XINGUEM ELA!!!! ELA NÃO É INOCENTE mas enfim neahhh ☝🏻pardella que depois de ficar o dia inteiro longe de você, depois de tomar um banho e sair do banheiro com a toalha ao redor da cintura e se deparar contigo só usando uma calcinha e uma blusa dele não consegue dizer não quando você pede pra chupar ele. vai ser vocal demais pq ele depois de um dia cheio ganhar uma mamada dessa é prazeroso demais pra ele. não vai gozar na sua boca, quando sentir que vai terminar em breve fala pra você ficar de quatro na cama, e fica mais atiçado ainda quando você tira devagarinho a blusa e a calcinha e joga tudo nele, que vai segurando as peças de roupa com um sorriso safado no rosto. fica de joelhos na cama atrás de ti, agarra sua bunda, da uns tapinhas enquanto punheta o comprimento devagarinho pra essa vista que ele nunca se cansa, até solta um arzinho quando você dá uma reboladinha pra ele, que segura sua bunda com a mão cheia e balança um pouquinho. te chama de gostosa antes de passar a mão na sua buceta, arrastando a palma ali se aproveitando do quanto você ficou molhada só de ter chupado ele. pincela a cabecinha devagarinho antes de se enfiar em ti, e quando enfia é só a cabecinha, fazendo você gemer manhosinha pq quer mais. e ele se enfia devagarinho, solta um ar pelo nariz e em seguida fala: “você é tão boazinha pra mim, mami…” e afasta suas bandas pra cuspida dele cair bem em cima do seu buraquinho de trás, passando o polegar ali devagarinho enquanto te fode nesse mesmo ritmo. “vou até te fazer um agrado a mais hoje… você merece” e depois te deixa cheinha nos dois buraquinhos que são só dele 😊 (não queria falar nada não mas o fernando encaixa muito bem nesse cenário também. 🚬
simon que te come na posição papai e mamãe, metendo fundo, segurando suas bochechas pq nem cogita quebrar o contato visual pq ama demais a visão do seu rostinho contorcido de prazer, o cenho franzido e os olhinhos lacrimejados. só tirar os olhos de ti quando vai te beijar, te da AQUELE 💥💥💥 beijo super baguncado que a língua passeia até seu pescoço e volta, de vez em quando pro seu lóbulo pra ele mordiscar um pouco enquanto fala o quão gostosa sua bucetinha é. e quando você envolve suas pernas ao redor do quadril dele ele já entende o que você quer, mas quer ouvir você dizer. “fala comigo, princesa…” enquanto olha no fundo dos seus olhos, com a boca encostada na sua. e quando você fala “me deixa cheinha, papi…”, ele quase explode. tipo de vdd. mas como o sorrisinho sacana já cresceu no rosto ele se aproveita “ah, é? mas você já sabe que eu vou gozar nessa sua bucetinha gostosa, nena… quer ficar cheinha mais aonde, hm?” e a sua resposta é colocar a língua pra fora, bem cara de puta mesmo sabe? apesar dos olhinhos entregarem que você já perdeu toda sua marra com ele te fudendo tão gostoso assim. ele enfia dois dedos na sua boca, e enquanto você chupa com vontade ele pergunta - como se já não soubesse - “aqui?” erguendo a sobrancelha, e sorrindo mais ainda quando você confirma com a cabeça, desesperadinha. ele puxa os dedos pra baixo só um pouquinho, é o sinal pra você abrir a boca. e você abre, e ele cospe, mas não resiste em te dar mais um beijo depois, fazendo com que tudo seja mais bagunçado ainda. e quando se afasta aproxima a boca do seu ouvidinho de novo e te elogia, “boa garota…” (pensei no esteban E enzo nesse cenário também. puta que me pariu 🚬
#cblurbs 🌟#agustin pardella smut#matias recalt smut#simon hempe smut#fernando contigiani smut#esteban kukuriczka smut#enzo vogrincic smut#agustin pardella#matias recalt#simon hempe#fernando contigiani#esteban kukuriczka#enzo vogrincic
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TEETH
primera parte.
¿se sellará la indescriptible atracción que sentías hacia Park Sunghoon con el pinchazo de un colmillo?
pair: vampire! park sunghoon x f!reader (no hay descripciones específicas de cómo luce físicamente, así que puedes imaginarla como quieras <3)
summary: sólo te diré que está inspirado en la canción teeth de enhypen, vampire academy y hierarchy ;)
warnings of part 1: menciones de mordiscos, sangre y ataques de pánico (si hay alguno más no dudes en decírmelo¡!). also, la academia se llama bram stoker en referencia al escritor de Drácula
words: 5501
segunda parte tercera parte
¿Qué tenía Park Sunghoon que siempre conseguía dejarte sin respiración? Podía ser su característica belleza principesca, casi digna del llanto de una voz poética romántica inglesa que la llamaba desde la desesperación de sólo ver fealdad. Podía ser su caminar, simple ante los ojos de los principales catadores de modelos que deben crear ellas mismas con cada paso la pasarela, pero demasiado elegante como para ser tan simple. O simplemente era el hecho de que era el ex de tu mejor amiga.
Él cortaba tu respiración desde la incertidumbre. Una chispa de interés provocaba que tu mirada quedase atrapada en su belleza, en su caminar, en su identidad. O, la identidad que él debe tener sin ningún juicio último que lo destinase así salvo la existencia de tu mejor amiga, la cual lo hacía en un ex y, por tanto, alguien que jamás debe traspasar las líneas de lo desconocido. Pues no debes saber quién es Park Sunghoon verdaderamente, no debes sentir interés ante él ni definirlo de una manera que no se resuma en tres catadoras palabras: frío, egoísta y narcisista.
Así debía ser Park Sunghoon en tu perspectiva, dentro de tu propio juicio crítico. Una sombra de fealdad y no de la belleza que tus ojos tan inocente e involuntariamente percibieron. Una imagen despectiva, para nada atractiva ya que, ¿por qué querrías a alguien frío, egoísta y narcisista en tu vida?
Pero aquella fijación silenciosa e indeterminada que tu persona padecía sufrir ante el imponente Park Sunghoon no coincidía con los asentimientos de cabeza que siempre le regalabas a Aerin, tu mejor amiga, cada vez que mencionaba a este "ser sin corazón", como ella lo definía. ¿Estaba bien juzgar a una persona sin conocerla? ¿Dejarse llevar por rumores emitidos por una clara e indiscutible subjetividad? No, claro que no lo estaba y tus padres, especialmente tu madre, te lo había inculcado, repitiéndote la misma reflexión cargada de tolerancia millones de veces, demasiadas este último verano, antes de ingresar en la prestigiosa academia Bram Stoker. Lugar en el que conociste a tu nueva y aclamada mejor amiga y lugar dónde tu secreta fijación tan vergonzosa ha nacido con el nombre de Park Sunghoon.
Jamás te habías sentido de esta forma hacia alguien en tu corta vida de veinte años. Era una constante consciencia que, si vuestros ojos se encontraban, se volvía similar al encierre que una historia produce sobre ti, llevándote consigo a lo más profundo de sus páginas, una absorción plácida que en ningún momento te hace considerar tu necesidad de libertad individual. Podía sonar demasiado particular e intenso esta comparación, pero de verdad lo sentías de esa forma: tan irreal. Más razones que hacían que tu curiosidad creciera hasta lo superlativo, quemara hasta tu propio sentido común.
Y es que cuando hacías contacto visual con Park Sunghoon, un indescriptible nacía. Una pregunta sin respuesta, una negación sin argumento. Pero, sobre todo, una atracción con, lo que parecía, una imaginaria justificación. Porque, a ver, sí, eras reservada y observadora. Una Luna que debe sentirse atraída a un Sol y no a otra Luna. En cambio, eso no sucedía así contigo. Sunghoon, otra Luna era el centro de tu capacidad de sentir atracción por alguien. Y no eras muy fanática de los romances entre personas similares, más atraída hacia los polos opuestos.
Esta ferviente situación comenzó a principio de curso, la primera vez que su persona, junto con la de su famoso grupo de amigos, entró en tu campo de visión. Con tu uniforme negro con corbata azul, te sentaste en lo que los alumnos denominaban Comedor -cafetería en tu antiguo instituto- y, jugando con la tirita de un corte en tu pulgar que el libro que te encontrabas leyendo la noche anterior causó, Park Sunghoon apareció.
No hubo una primera impresión. No hubo una reacción. No pensaste nada. Las acciones del protagonista de la novela que leías hicieron que, ante hombres reales, no hubiese estándar alcanzable. Sí, la belleza de Sunghoon era arrebatadora, digna de ser observada por más de cinco segundos o un minuto, pero no sentiste esa necesidad. Fue como ver una obra de arte que no resonaba contigo, aunque fuese la obra más destacada y más bella de todo un siglo de artistas galardonados.
No sentiste nada, pero al mirar de nuevo hacia tu mano para seguir observando la tirita, tu piel se encontraba lo más erizada que jamás la habías visto. Una piel de gallina casi enfermiza, con las puntas de las uñas de tus manos temblando. La confusión reinó por completo tu mente, expresándose en un ceño frunciéndose. Te acariciaste la piel cuestionándote su estado, y tus yemas de los dedos casi no la sentían. Te incorporaste un poco en la silla, colocando tus manos en tu regazo, intentando calentarlas un poco, mientras decidías no darle mucha importancia y pensar en otra cosa. Y, a la vez que decidías olvidarte de ello, tus ojos parecieron tener otra opinión distinta a la de tu mente, pues se dirigieron directamente a lo que habían visto antes de centrarse en la tirita. Tus párpados los cubrieron casi buscando detenerlos pero ya era demasiado tarde.
Unos ojos negros, profundos como el carbón, ocultos entre una piel extremadamente pálida, casi sin vida, asomándose entre dos líneas de oscuridad dada por pestañas, unos ojos brillantes ante la luz del comedor pero aun así tremendamente opacos, capturaron todo tu ser, aunque solo deberían haber capturado tu mirada. Ahora sí, la piel de gallina fue sentida. Ahora sí, los rápidos latidos de tu corazón dejaron de ser ignorados por tu cerebro. Ahora sí, tu lengua empezó a quejarse de su sequedad. Ahora sí, habías notado aquel indescriptible.
Desafíamelo con biología o con física, pero sentiste como si Park Sunghoon te hubiera activado, encendido, creado. Por aquella milésima de segundo que aquel contacto visual duró, Park Sunghoon pareció autodenominarse como dueño de tu cuerpo, controlando tus acciones con una simple mirada, manipulándote a su semejanza. Pero esto no era posible y, buscando ignorar la grandiosidad de las nuevas emociones que acababas de descubrir en ti misma, tras ver como él, sin inmutarse, rompía aquella conexión, miraste hacia otro lado.
Lado en el que se encontraba Aerin y el resto es historia.
Ahora que te encontrabas observándola durante largos periodos de tiempo, buscando que no se enterase de las miradas furtivas que le estabas lanzando a Park Sunghoon inconsciente de las mismas y el cual se encontraba bajando las barrocas escaleras de la entrada principal de la Academia, notaste la gran diferencia entre él y Aerin.
—Entiende que, por mucho que ya hayan pasado dos meses desde mi ruptura con el ser desgraciado...— Hizo una mueca con los dientes que los dejó pintados de su llamativo pintalabios rosa. Rápidamente gesticulé el mensaje y, sin vergüenza alguna, pues Sim Aerin nunca sentía vergüenza de ella misma desde el ser desgraciado; y tras una sonrisa que, como siempre, nunca le llegaba realmente a los ojos, continuó. —Lo que equivale a tres meses en el curso y por tanto, el final del semestre, he decidido dar un evento—.
Sonrió triunfalmente. No era la primera vez que Aerin hacía este tipo de "eventos", término con el que realmente definía una fiesta privada dónde lo ilegal se volvía legal por el dinero en la cartera de papá, el director de Bram Stoker, tataranieto del verdadero Bram Stoker. Nunca habías asistido a aquellas fiestas encubiertas porque eran para los alumnos SSR, es decir, los hijos de los principales dirigentes, tanto económica como políticamente, de la alta sociedad del país. Estos alumnos se diferenciaban del resto con una corbata carmesí y, aunque no pareciese real, no había un clasismo encubierto. No existía a diario una gran diferencia entre ellos y el resto de alumnos. De esta forma, que Aerin se hiciese mejor amiga de una de las estudiantes nuevas becadas de tercer año, tú, no le sorprendía a nadie.
Ni siquiera existía un trato especial para con estos alumnos por parte de los profesores. Es como si ellos hubiesen con su personalidad y acciones, hecho olvidar al resto de su verdadera posición social. Gesto que se observa en cómo no existía un grupo de populares diferenciados intocables. Salvo el grupo de Park Sunghoon, alumno obviamente SSR que junto a sus amigos Heeseung, Jay, Jake, Sunoo, Jungwon y Niki; se mantenían como el único grupo en todo Barm Stoker conformado por sólo alumnos SSR de distintos cursos.
Aerin y tú érais del mismo curso que Sunoo y, pese a lo anterior mencionado, Sunoo había mantenido plenas conversaciones amigables contigo e incluso él te consideraba una amiga. Pero no del grupo que, desde tu punto de vista, parecía una fraternidad llena de secretos.
Podía ser que era por malas experiencias del pasado, pero una parte de ti siempre esperaba lo peor de Aerin, o lo peor de Sunoo. Todos ellos compartían esa sonrisa que jamás llegaba a sus ojos, un gesto que, bajo tu juicio, resonaba a una amistad llena de un vacío que jamás se podría cubrir. Aunque también podía ser simples suposiciones, pues Aerin no había sido mas que amable y Sunoo, más de lo mismo.
Cierto era que habías notado una ausencia de envidia o celos de los alumnos de tu rango hacia ellos. Ni una queja, ni ningún mal deseo. Ni una revolución. Es más, parecía que estaban deseosos de tener la atención de los SSR, especialmente de Sunghoon, la cara de la Academia. Un deseo que no compartías y que, siempre que escuchabas conversaciones en el baño de las chicas o tus compañeros de clase te comentaban algo entre as líneas de "ojalá poder estar con ellos", la extrañez era sembrada en tu interior. No te habías acercado primero ni a Aerin ni a Sunoo y no creías que hubieras tenido esa necesidad si ellos no lo hubieran hecho. Y, con respecto a Sunghoon, mientras sus ojos no se encontrasen con los tuyos, escapar era todavía posible.
—¡Qué buena idea!— Dijiste sin saber muy bien qué responder ante la noticia de otro evento al que, por normas establecidas desde un criterio un tanto desconocido para ti, alumnos de tu rango no estaban invitados. Aerin frunció el ceño rápidamente y sentiste un miedo irracional a haber dicho algo equivocado o a que hubiese notado tus miradas furtivas hacia Park Sunghoon. —¿Por qué el desinterés?— Su comentario, como tantos otros que desde su ruptura con Sunghoon te había dirigido, volvió a descuadrarte por un instante. Pero, y similar a lo que siempre sucedía, como si se hubiese acordado de algo tremendamente importante, ignoraba su propio comentario, en este caso una pregunta, para continuar con su monólogo, volviendo a sonreír de esa forma tan... SSR.
Aquel cambio en la actitud de Aerin hacia ti en instantes como éste fue paralelo a su desastrosa ruptura con Sunghoon. Dos semanas tardó Aerin en darse cuenta de que verdaderamente Sunghoon iba en serio en aquella conversación que, sin querer, habías escuchado un sábado lluvioso de noche, volviendo de la biblioteca de la Academia, dirigiéndote a los dormitorios que te correspondían, los de los alumnos no SSR, los azules. Además del lujo, la única diferencia con los otros era que se encontraban en un edificio separado de la Academia, al aire libre.
El libro de Literatura Universal era bastante pesado y ocupaba incómodamente gran parte la circunferencia deforme que tus brazos doblados y unidos realizaban para poder agarrarlo. Tus bailarinas negras sin tacón conseguían no hacer ruido al entrar en contacto con el suelo de baldosa a cada paso, siendo sólo posible escuchar el ruido de la lluvia. Hasta que, justo cuando ibas a girar la esquina para seguir con tu recorrido, la voz de Aerin te hizo pararte en seco justo cuando te ibas a adentrar en el pasillo en el que ella estaba.
—¿Cómo que quieres romper conmigo? ¿Tú sabes con quién estás hablando ahora mismo?— Su voz sonaba con un toque de ferocidad que jamás habías escuchado en ella al sólo conocerla desde hace un mes en este momento. El silencio le respondió. —No sólo asientas con la cabeza, Sunghoon. Eso siempre me ha sacado de quicio— Recordaste cada vez que asentiste como respuesta a una pregunta de Aerin y fue ahí donde empezaste a notar esa sonrisa SSR y, así, el modelo de sonrisa SSR.
Escuchar el nombre del mencionado te cortó la respiración del susto. ¿Por qué del susto? ¿Qué es lo que pasaba? Seguías confundida por cómo te estabas sintiendo mientras tratabas de pegarte a la pared, escondiéndote. Apretaste más el libro contra ti.
Entonces escuchaste la voz que llamaba al latido de tu corazón a revolucionarse, como si fuese dueña de ellos, de él. Pero no de manera romántica, sino de una forma primitiva, casi depredadora. Sonaba grave, aterciopelada y un poco nasal. A tus oídos, estúpidamente un Beethoven. ¿Cómo era posible que una voz fuese catalogada de esta manera por cómo tu cuerpo se sentía al escucharla? No sabías.
—Cállate. Me tienes harto, Aerin— Frío.
—Nunca quise esto y sólo acepté por mi padre y lo sabes— Egoísta.
—Ah, espera... No me digas... ¿Te has enamorado de mi?— Narcisista.
Podías hasta casi oír la sonrisa ladina burlesca con la que había pronunciado aquellas palabras.
Fue tal y como Aerin en dos semanas te describiría a Park Sunghoon.
Sus palabras tan duras envueltas en el sonido tentador que su voz era te aterrorizó por completo porque, en vez de cesar todo aquel juego que considerabas individual del observar el efecto que Park Sunghoon tenía sobre ti, no cabía en tu cuerpo la necesidad de volver a jugar. Así, te fuiste de aquel pasillo sin escuchar más.
Dos semanas después te "enteraste" de lo sucedido y, a partir de ese encuentro, notaste el cambio en Aerin y el esquema, además del espejismo, en el que todos los SSR parecían estar dentro.
—Bueno, olvida eso. Lo importante es que, esta vez, estás invitada— Dijo Aerin cambiando de actitud mientras daba saltitos y te abrazaba efímeramente. No te dio tiempo a corresponder el abrazo. —¿Cómo? Pero, ¿eso es posible? ¿No va contra las normas?— Aerin te miró como si tuvieras tres ojos y no dos durante un momento, para después ignorar tu negación. —Todo está permitido y es legal, creo que ya sabes quién soy— Se rio y la mención de su identidad te produjo un escalofrío.
La principal razón por la que existía una aparente igualdad entre los alumnos era porque nadie hablaba de quienes eran en realidad. Todos lo sabían, pero ellos jamás habían forzado ese conocimiento en el resto. ¿La razón? Desconocida. Así, te reíste nerviosamente, haciendo como si no hubieses escuchado sus palabras. Los ojos de Aerin brillaron. Respuesta correcta.
—No acepto un no por respuesta. El impresentable va a estar allí y necesito a mi mejor amiga para que me apoye— Su brazo rodeó tus hombros mientras os girabais para ir a clase, apareciendo Park Sunghoon en tu campo de visión, el cual estaba hablando con Heeseung y Jake cerca de la escalera por la cual le habías visto bajar inicialmente.
Estabas tan centrada en Aerin que pensaste que Park Sunghoon sólo había bajado las escaleras para después desaparecer, pero parece que había estado ahí todo el tiempo tras encontrarse con sus amigos. Fue inevitable no mirarlo mientras se te secaba la garganta y decías un "Claro Aerin" al no poder dejar jamás que ella te pirase mirándole. Aerin casi paró en seco tras darse cuenta de la presencia de Park Sunghoon. Tras titubear un momento, retomó el paso a una gran velocidad que te sorprendió. Así, con tu mente sumergida en la sorpresa, tus ojos aprovecharon para dirigirse hacia él y tu corazón latió con fuerza. Como siempre, Park Sunghoon parecía inmune a hacer contacto visual contigo. Te miraba como si estuviera mirando al vacío, haciendo un contacto similar al que haces al confundirte y sonreírle a una persona que en verdad, estaba mirando a otra parte.
Así habías llegado a la conclusión de que, en verdad, debía de estar siempre mirando en otra dirección. No provocabas en él lo que el provocaba en ti. Además, no sentías que el mismísimo Park Sunghoon mirase en tu dirección las mismas veces que tú le mirabas.
Tu interior quería su atención, la necesitaba de una forma que nunca conseguía dejar de sorprenderte. Pero él seguramente miraba a Aerin, arrepintiéndose estos dos últimos meses de su decisión de abandonarla, de ser ese Park Sunghoon frío, egoísta y narcisista, de no ser él. La conexión tan individual que sentías hacia él te hacía pensar de esta manera, apenas sin conocerlo. Unos dirán idealización, otros dirán una búsqueda de entendimiento de tus propios gustos. Yo digo una satisfacción de los deseos de tu yo más profundo que parecía que sólo él podía brindarte...
Pero él estaba por Aerin. Estabas convencida.
Pero oh, cómo te equivocabas.
‧͙⁺˚・༓☾ ☽༓・˚⁺‧͙
Tras llegar al comedor casi escapando de su ex, Aerin te sentó en uno de los bancos, justo al lado de Sunoo. La miraste con duda, temiendo su reacción ante el encuentro con Park Sunghoon. Pero, para tu sorpresa, y en contradicción con sus apretados puños casi blancos por sus puntiagudas uñas, estableció. —El evento es este sábado, siento que te avisara tan tarde pero me estaba asegurando de que pudieras venir con seguridad y déjame decirte que... qué segura estoy— Pronunció esto último mirando hacia el horizonte, gesto que te descuadró un poco. Miraste a Sunoo, el cual te la devolvió con una sonrisa ladina. —¡Hay que prepararse!— Le sonreíste de vuelta mientras un sentimiento asfixiante se asentaba en tu pecho. Lo llamaste hambre pero y tras comer, el hambre no puede durar... ¿verdad?
‧͙⁺˚・༓☾ ☽༓・˚⁺‧͙
Park Sunghoon no estaba mirando a Aerin precisamente. Desde que te vio por primera vez, todas sus convicciones de haber estado vivo temblaron -y mira que ha estado vivo por mucho tiempo-, ya que fue observándote (y después de hacerlo) cuando fue totalmente consciente de que no estaba ciego, de que sus ojos observaban una realidad cuyos colores sólo podía conocer a través de ellos, que realmente observar es una acción impersonal en la que el objeto que ha conseguido toda su atención, se vuelve lo más importante para él, aunque sólo sea por un segundo, una milésima, un simple pestañeo.
Cuando Park Sunghoon te observaba, no podía centrarse en nada más. Pero esta esclavitud de su concentración no estaba producida por resultar cautivado ante tu presencia, no. Era porque, por muy irracional que sonase, Park Sunghoon se sentía responsable de cada movimiento que hacías, cada respiración, cada paso. Era totalmente exasperante. Poco a poco, su sanidad se veía intoxicada por ti y, cuando eran tus ojos los responsables de su gran carga, Park Sunghoon quería más de ti. ¿El qué exactamente? No tenía ni la remota idea. O de eso se intentaba convencer.
Tampoco, según él, tuviste ninguna influencia en su decisión de terminar su trato, su engaño con Aerin. Y, tras ahora abandonar el hall con su ex, tampoco sintió las inmensas ganas de que te dieras la vuelta, volviéndole a brindar toda tu atención.
—Parece que Aerin te sigue odiando, Sunghoon— Sim Jake mencionó mientras que, con los brazos cruzados en el pecho, hacía una mueca de cansancio hacia donde Aerin antes se encontraba contigo. Eran primos lejanos y, tantos años juntos (demasiados), habían creado una atmósfera un tanto extraña. Su pelo rubio se movió también, al nunca estar tan controlado por Jake como le gustaría. Esto lo distrajo por un momento y no se fijó en como Sunghoon siguió mirando hacia aquella salida, contemplativo. Gesto que no paso de largo por Lee Heeseung.
—Ah, ya.— Fue simplemente lo que Sunghoon le respondió. A esto, Jake gesticuló con cierta energía.
—¿Esa es tu reacción? ¿No estuvisteis saliendo juntos durante todo el verano?—Sunghoon miró a Jake con cierto aburrimiento.
—Nunca fue seriamente— Jake miró con shock a Heeseung mientras cerraba la boca.
Heeseung, tras mirar un segundo a Sunghoon, hizo contacto con Jake y tras ver su sorpresa, rompió su silencio. —¿Qué? ¿No lo sabías?— Jake negó con la cabeza un poco, todavía sorprendido. Heeseung rio mientras le daba un suave golpe en el brazo. —Eso te pasa por siempre irte a Australia en verano— Jake lo empujó y comenzó a caminar hacia el comedor, negando con la cabeza.
—No es mi culpa que mi familia sea de allí— Refunfuñando, fue seguido por Heeseung. Sunghoon, un tanto sonriente ante las reacciones de su amigo, les siguió también, unos pasos por detrás.
Jake, que iba unos pasos más por delante, se giró y, tras dirigirle una mirada de disculpa, se colocó junto a Sunghoon. —No pasa nada, Jake— Rio este último mientras Heeseung esperaba a que llegasen a su altura, aprovechando para seguir observando la actitud de Sunghoon. —¡Perfecto entonces! Porque me acabo de acordar de la gran noticia. Aerin hará otro de sus eventos este fin de semana—.
Llegaron a la altura de Heeseung y Sunghoon simplemente resopló. —Vamos Sunghoon, el rol de vegetariano no te va muy bien—
Heeseung miró a Jake de soslayo, esperando que no siguese por ese camino. Sunghoon se tensó al momento. —No soy un asesino—.
Su tono frío le recordó a Jake por qué era un tema sensible pero, buscando reconfortar a su amigo, continuó.
—Tranquilo Sunghoon, es sólo pasarlo bien. Nunca ha muerto nadie así que no deberías— Heeseung interrumpió. —Mejor cambiamos de tema, ¿vale?—
Siendo el mayor de los tres, tanto Jake como Sunghoon dejaron de mirarse para asentir y continuar caminando. —Ahora que lo pienso no se si suena tan bien... Aerin va a llevar a su amiga, así que será su protegida— Jake lo mencionó con toda la buena intención del mundo, pero a Sunghoon no le gustó ni un pelo el tono decepcionante que usó Jake ni la mirada compasiva que Heeseung le dirigió.
Una necesidad casi primaria de prohibir a todo aquel que no sea él de mencionarte en los términos a los que Jake se refería perforó sus instintos y casi llegó a hablar para expresar tu súbito estatus como suya. Claro que Sunghoon fue el primero que se paró a sí mismo, extrañado ante sus sentimientos y negando absolutamente una posibilidad de necesitar protegerte o, peor aún, de morderte.
‧͙⁺˚・༓☾ ☽༓・˚⁺‧͙
Llegó el sábado sin anormalidad ninguna. Tampoco era como si estuvieses esperando algún cambio en la monótona vida académica que llevabas, o eso te repetías continuamente. El final del semestre se había dado el día después de que Aerin te invitara a aquel evento y de que te lo anunciara. Así pasaste el miércoles, jueves y viernes sin clases en tu dormitorio sólo compartido por ti y tu soledad. Aunque no sólo estuviste pudriéndote en tu cama con un buen libro, sino que también quedaste con Aerin y Sunoo en una especie de bosques interiores que existían en la Academia.
Un diseño arquitectónico que jamás habías visto, pues toda la academia se encontraba cubierta de patios interiores con la única excepción de la salida a los dormitorios de los alumnos azules.
Acostumbrada a las ventanas y, especialmente, a estar en contacto con el Sol, la estructura de las aulas y de la academia entera en general te resultó al principio un tanto agobiante. Techos infinitos que formaban triángulos afilados apoyados en altas paredes que sólo se encontraban agujereadas por ventanas en lo más alto. Escuchar por primera vez las campanadas de lo que parecía Notre Dame te había sorprendido. Antes de trasladarte, sabías de la apariencia tétrica de la academia, pero cada techo formaba un escondijo perfecto para el mismísimo Fantasma de la Ópera.
Pero nadie más que tú parecía extrañada, así que la normalidad fue sencillamente fácil de alcanzar.
La tela roja que conformaba tu vestido imitaba a tu propia piel al abrazarse con gracia y elegancia a la silueta de tu cuerpo. Sunoo te había convencido para elegir aquel vestido, haciendo hincapié en su gusto exquisito, cualidad que la misma Aerin no compartía pese a ser también una alumna SSR. Ella vestía bien, pero Sunoo más. La mirada indescifrable que Aerin te había regalado tras verte con aquel vestido a la salida de la academia (el evento se celebraba en una de las tantas casas sofisticadas de propiedad del director de la academia, es decir, del padre de Aerin), provocó una cierta inseguridad en tu apariencia. Fue Sunoo que, tras encargarse de tu pelo, asesinó cualquier sentimiento de duda.
—Estás exquisita—Estableció tras hacer contacto visual a través del espejo que el chófer de Aerin siempre traía consigo. Tu ceño se frunció ligeramente ante el uso de aquel adjetivo entre los tantos similares que podría haber usado pero, centrándote en la Luna que se dejaba ver a través del cristal, sonreíste con gratitud.
Aerin con su vestido verde oliva también lucía absolutamente preciosa y, la forma en la que había mencionado a Sunghoon con tono de venganza, entre las líneas de "se arrepentirá de haberme dejado" tras Sunoo alabarla, sonaba más a una auto convicción que una promesa.
No decidiste prestar atención a cómo siguió la conversación porque... Sunghoon. Una adrenalina provocada por un estímulo que no sabías muy bien identificar se había asentado en tu vientre, haciendo casi temblar tus manos. Ahora el hambre era adrenalina.
Tu intuición te avisaba de que hoy no iba a ser como las otras veces, una presa que consigue escapar por la indiferencia de su depredador. Hoy, tu intuición te hacía asesina de tu propio juicio, o eso es el destino que ésta selló. ¿Iba a ser así? No tenias la prueba científica... ni siquiera sabías exactamente por qué te sentías así. Pero, cada vez que Park Sunghoon se hacía camino entre tus otros pensamientos hasta llegar al centro de tu mente consciente, la adrenalina se descontrolaba. Morirías de hambre a este paso.
Aunque tu juicio, todavía vivo, no quiso atender, ya que ¿por qué pasaría algo con Park Sunghoon justo hoy tras tres meses de simple atracción no correspondida?
De nuevo, erraste en el primer momento en el que estableciste que a Park Sunghoon le eras indiferente.
‧͙⁺˚・༓☾ ☽༓・˚⁺‧͙
El trayecto fue corto y simple, lleno de ilusión. No sabías que te esperaba y la cantidad de anécdotas que Aerin y Sunoo te contaban hicieron que tuvieses grandes expectativas. Tenías pensado pasarlo bien, intentando ignorar tus presentimientos, ya sean malos o buenos. Además de que todo iría bien, como muchas veces Aerin y Sunoo habían repetido porque ibas en calidad de su "protegida". Todavía no habías entendido muy bien qué significaba aquel término y las respuestas evasivas de Aerin no te aclaraban nada. Pero como estabas centrada en disfrutar del momento buscando cesar tu personalidad de naturaleza tan responsable que te ahogaba con el constante recordatorio de la existencia de consecuencias que tus actos podían llegar a producir, no insististe más.
Hasta que los viste. Varios pares, casi centenares, brillantes y puntiagudos, escondidos, casi tímidos en las distintas bocas por las que se asomaban. Colmillos.
Entrar en la fiesta que se estaba dando en la piscina no supuso ningún alteridad de tu intención inicial: pasarlo bien porque todo iría bien. Ni rastro de colmillos, nada. Simplemente te extrañaron dos cosas. La primera: ¿cómo una fiesta con tanta gente tenía tan poca iluminación, dependiendo solamente de la luz de la luna para ver? Aerin te habló de un apagón temporal. La segunda: ver la cantidad de parejas que se encontraban besándose en el cuello. Sunoo te dijo que eras demasiado inocente, hecho probablemente cierto.
Nada alarmante, nada alterante. Hasta que, tras estar bailando cinco canciones seguidas con Aerin y Sunoo (realmente te lo estabas pasando en grande), un pin pon con un borracho Jungwon y un descanso en la cocina con Jake y más conocidos; te excusaste para ir al baño.
Llevabas cerca de dos horas en aquella fiesta y sin una gota de alcohol en el estómago (sorprendentemente sólo había vino y Aerin no te lo recomendó al ser de mala calidad, pese a, después y desde la cocina, verla bebiéndolo), pensaste que buscar el baño no iba a suponer un gran reto. Pero te perdiste y caminando por el segundo piso sin rumbo alguno, la suerte preció estar de tu lado cuando lo encontraste.
Todo iba tan bien, tan perfectamente bien que mientras acercabas tu mano al pomo de la puerta entreabierta sonreíste para ti misma, sintiendo que habías juzgado todo demasiado meticulosamente, dándole la razón a tu madre. Hasta que lo escuchaste.
—Muérdeme, por favor— Una voz femenina y un sonido de piel desgarrándose rompieron el silencio de aquel blanco pasillo del segundo piso y, levantando la cabeza, viste a un Heeseung mordiéndole el cuello a una chica que no conocías haciéndolo sangrar.
Tus mofletes se calentaron y te apartaste rápidamente. Los gemidos de ella y los gruñidos de él anularon cualquier sonido que pudiste llegar a hacer mientras te alejabas, buscando volver a la piscina. Buscabas quitarte aquella imagen de la cabeza, aunque la sorpresa era indudable. Sabías que había gente a la que el dolor le producía placer y nunca te habías considerado una de esas hasta que viste aquella sangre corriéndole por su cuello. ¿Por qué tu cuello no paraba de palpitar?
Bajaste la escalera y echando una ojeada al primer piso para distraerte, volviste a encontrarte con la misma posición. En este caso, era Jake con una chica que tampoco conocías. Rápidamente seguiste bajando las escaleras, llegando al porche. Tu corazón latía demasiado fuerte y decidiste pese a lo que Aerin te había dicho, beber el vino servido. Necesitabas alcohol para quitarte aquella sensación.
Así te llevaste el vaso a la boca en la soledad de una desierta cocina. Todos estaban en la piscina bailando o besándose el cuello, pues la cantidad de parejas parecía haberse multiplicado desde el inicio de la fiesta. Verlas así te devolvió el recuerdo de lo que minutos antes habías visto y, ya sin dudas, te llevaste el vaso a la boca.
Un sabor metálico y un tanto caliente hizo contacto con tu lengua. Escupiste al momento. ¿Por qué aquel vino sabía a sangre? Abriste la nevera con la necesidad de quitarte aquel horrible sabor de la boca y las viste.
Más de veinte envases de plástico con etiquetas que ponían nombres de distintos animales en rojo te recibieron tras abrir la nevera. Era sangre de animal. El estómago te dio un vuelco y sentiste arcadas. Rápidamente fuiste al grifo y bebiste agua pese a nunca gustarte beber de él.
Mientras te limpiabas la boca notando que el gloss todavía resistía en tus labios, lo que habías visto anteriormente ya no te pareció una simple coincidencia. Así, con el ceño fruncido y una valentía calculadora, te acercaste a la piscina y observaste tus alrededores,¡. Destellos blancos similares a perlas parecían reflejar la luz de la Luna en aquellas parejas que ya no estaban unidas por un beso. Mirándolo mejor, era un mordisco.
Tu respiración se aceleró casi entrando en un ataque de pánico hasta que viste la figura de Aerin y Sunoo. Sintiéndote infinitamente aliviada, ibas a empezar a caminar para ir hacia ellos hasta que Sunoo abrió la boca tras acercarse al cuello de Aerin y viste con tus propios ojos como los dientes de Sunoo se transformaban en afilados colmillos que perforaron la piel de Aerin, haciéndola sangrar.
Las caricias de Aerin y sus ojos cerrados por placer fue la señal que necesitaste para darte cuenta de que había un consenso, de que esto era normal, de que esto era lo que pasaba en estos eventos.
Tu mente empezó a dar muchas vueltas, especialmente por el hecho de que no sabías muy bien qué tipo de culto de imitación vampírica se estaba llevando a cabo. Tu respiración se aceleró y entraste de nuevo en la casa, buscando escapar. Subiste la escalera hasta el primer piso sin darte cuenta de que Jake podría seguir allí (tampoco pensaste en ello del estado de shock en el que estabas entrando). Esta vez subiste hasta arriba de todo, no parando en el segundo piso. Necesitabas alejarte de fuese lo que fuese que estaba pasando abajo y, por alguna razón, ir arriba del todo. Necesitar ir arriba del todo.
Rápidamente, llegaste a la cima de las escaleras que consistía en una puerta ligeramente normal para el lujo del resto de la casa. Estaba entreabierta y la brisa nocturna salía de aquella. Justo lo que necesitabas en ese momento, lo que más anhelabas en ese momento estaba detrás de esa puerta. Así, cumpliste esa necesidad abriéndola y penetrándola.
Con las manos en los bolsillos y sus dos mechones de flequillo moviéndose en un dócil aleteo que la brisa nocturna provocaba, la figura esbelta e imponente de Park Sunghoon te recibió y sus profundos y mortales ojos se clavaron en tu persona sin titubeo ni expresión, pero con la intensidad de un contacto anhelado en sueños.
"Él es lo que necesito, mi sueño cumplido"
‧͙⁺˚・༓☾ ☽༓・˚⁺‧͙
notes 1: la segunda parte está en camino y esta semana estará terminada... no tengo pensado hacer más así que esto sería un one shot de dos partes (?). aunque si se me ocurre algún drabble pues quién sabe juju. espero verte en la segunda parte ilysm <3
ʕ•̫͡•ʕ•̫͡•ʔ•̫͡•ʔ•̫͡•ʕ•̫͡•ʔ•̫͡•ʕ•̫͡•ʕ•̫͡•ʔ•̫͡•ʔ•̫͡•ʕ•̫͡•ʕ•̫͡•ʔ•̫͡•ʔ•̫͡•ʕ•̫͡•ʔ•̫͡
notes 2: omg!! el primer fic en español que escribo por aquí... veremos. si te ha gustado puedes dar un like y rebloguear y, si te sientes amable, un comentario me haría super happy. no he visto muchos blogs escribir en español de enhypen e intimida un poco 🙂↔️ solo espero que te lo hayas pasado bien leyéndolo como yo escribiéndolo jusjus. i love you <3
#sunghoon x reader#enhypen#enhypen fic#teeth enhypen#vampire au#sunghoon fanfic#park sungho x reader#fanfic#fantasy#maybe a little bit dark?#español#spanish fanfic#enhypen jake#niki nishimura#jake sim#lee heeseung#original female character#no use of y/n#part 1#first fanfic here#tumblr writers#bite marks#... kitty writes! <3
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guys i just fucking rediscovered that her name is MUSA i forgot her name lmao
🌙🐺 my bassist gurl luna lopez
#ill just say her nickname is luna as an excuse#she was now born on a monday#monday lunes segunda whatever
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Dices que eres una tormenta, pero cuando te recuestas a mi lado no eres más que refugio y tranquilidad.
Dices que estás llena de tristeza, pero siempre que te pregunto cómo te encuentras me sonríes y despreocupas el problema.
No lo hagas. Te demostraré cada día que conmigo estás a salvo.
No hay nada de malo en bajar las defensas por un rato.
Dices que no perteneces a ninguna parte del mundo, que a medida que pasan los minutos te sientes cada vez más sola y vacía, y que lo mejor por hacer es desaparecer.
Déjame decirte que yo tampoco soy perfecto, también tengo abismos que crean surcos en mi alma, pero mientras habites bajo mis techos haré todo lo posible por convertirme en un hogar donde siempre puedas ser bienvenida y conozcas la calidez de ser comprendida y puedas desnudar tu corazón sin temores.
Seremos dos estrellas apagadas destinadas a encontrarse para brillar.
Dices que tu alma ha estado dormida en una noche oscura por mucho tiempo, pero desde ahora eso cambiará.
Seré la luna que alumbre tus noches y el calor que le falte a tus mañanas.
Seré quien te ayude a ver si vale la pena darle una segunda oportunidad a la vida.
-Dark prince
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central de rp indie br!
como eu disse antes, para aqueles que gostam de ter um plot base para jogar, criei algumas histórias simples que podem ser utilizadas por vocês. nesse post fixado, vocês vão encontrar links para os documentos de cada história, com informações importantes, além de um breve resumo sobre o universo. todos os plots aqui podem ser usados não só na tag indie, como em jogos de 1x1!
CONTRA-CORRENTE ○ ○ ○ baseado no universo do autor rick riordan e no rpg @anaklusmoshq, juntando as mitologias greco-romana. os personagens e acontecimentos dos livros são todos canon, porém atualmente uma nova guerra está ameaçando irromper.
CRIMSON REAPERS ○ ○ ○ baseado no universo do mundo das sombras, usando de base o rpg de mesa vampiro: a máscara. uma gangue de motociclistas vampiros em detroit, onde seus maiores inimigos são não apenas a segunda inquisição, como a camarilla e uma gangue de mortais, lutando por territórios e influência.
EXTINÇÃO ○ ○ ○ uma chuva de meteoros trouxe um parasita que transforma humanos em criaturas famintas por carne e extremamente violentas. as maiores cidades foram dizimadas, países como os estados unidos, índia e méxico tiveram seus governos destruídos, e apenas 15% da população mundial ainda luta para sobreviver mais um dia.
VALE DO SOL NASCENTE ○ ○ ○ uma cidade tranquila na região dos lagos, no rio de janeiro. baseada em cidades do the sims 3, oferece um ambiente tranquilo para desenvolver os personagens da forma que você bem entender.
SEOULITE ○ ○ ○ baseado no cenário do rpg @seoulitehq. três grandes empresas e seus artistas, sejam idols de grupos famosos, solistas, atores e modelos lutam para ter a atenção do público para si.
NEVERMORE ○ ○ ○ baseado no rpg @nevermorehqs, a escola da série wandinha entra para o mundo das sombras, aceitando tanto criaturas sobrenaturais como mortais.
SANCTUM ○ ○ ○ baseado no universo de my hero academia, x-men, the boys e gen v. escola preparatória para jovens com superpoderes.
ARCANTHEA ○ ○ ○ baseado no universo de descendentes. academia mágica de merlin para descendentes de contos de fadas e histórias fantásticas.
SAN ANDREAS ○ ○ ○ baseado nos jogos grand theft auto. uma metrópole dominada pelo crime e corrupção.
VERDALEZA ○ ○ ○ baseado em once upon a time. cidade para personagens canon, onde eles levam vidas normais sem lembranças de seus passados.
PINK PONY CLUB COMPETITION ○ ○ ○ baseado em realities como the voice, x factor e, principalmente, estrela da casa. competição de bandas para ganhar um contrato com a sony music.
CIDADE DO CREPÚSCULO ○ ○ ○ baseada no universo do livro radiante e dos dramas hotel del luna e missing. cidade de almas.
IRON WOLVES ○ ○ ○ baseado em sons of anarchy. uma gangue de motociclistas de detroit, inimigos dos crimson reapers.
DAETORTH ○ ○ ○ baseado no rp @daetorthhq. academia para anjos, demônios, elfos e bruxos inspirado em harry potter, o mundo sombrio de sabrina e fate: winx saga.
STARDEW VALLEY ○ ○ ○ baseado no jogo de mesmo nome. vila de pescadores, mineradores e fazendeiros.
MIDNIGHT HOLLOW ○ ○ ○ baseada nas cidades midnight hollow e moonlight falls, do the sims 3. cidade para criaturas sobrenaturais.
mais universos podem ser criados por você mesme, queride player. basta enviar sua história no nosso chat que sua criação será adicionada a esse post.
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' a mi me gusta todo lo que prepara mi mamá, excepto una cacerola... intentó ser inclusiva con todo el asunto del gluten pero fue un fallo total ' coloca una de sus manos sobre su frente, trasladándose a ese momento donde lo único que sintió fue vergüenza por su madre quién, lo había intentado, y supone que eso era lo que importaba. ' pues sí, aún así me la comí. sabía asqueroso pero me la comí con una sonrisa ' mueca en su rostro se dibuja llena de asco, con tan solo recordar la sustancia que había utilizado para queso y que había terminado dejando la comida demasiado salada. ' las cosas que uno hace por amor, ¿no? ' agrega, dejando escapar un suspiro. si sabía lo que le venía, hubiese comido veinte platos más o la cacerola entera. ' paso, en la intimidad de mi habitación le puedo dar todos los besos directos que yo quiera a mi príncipe ' lleva una mano delicada sobre su pecho, entrando en papel casi al instante que escucha la palabra príncipe. ese papel de princesa elevaba un poco la voz, tenía características mucho más femeninas y delicadas que la propia eloise tenía. y lo más importante, le hacía una gracia enorme entrar en ese papel, tanto que ocultar una sonrisa era prácticamente imposible. ' pues te lo agradezco mucho, príncipe maven ' alza la copa ahora, elevando una ceja mientras hace un brindis por si sola, agradeciéndole el hecho de que le había dejado su copa de vino a ella. hace nota mental para devolverle luego el favor. ' ¿si? yo lo recuerdo de una forma distinta, me pediste matrimonio después de que diera a probar el mejor café del mundo, con azúcar y jarabe de caramelo ' deja escapar un suspiro, como quién recuerda el pasado con tanta claridad que podía imaginarse a ambos personajes discutiendo por un poco de azúcar en la bebida. era divertido, no lo iba a negar, crear ambientes y escenarios en el lugar. ' ¿no? el capuccino es un café que va con un postrecito ' frunce su ceño, sin poder creer lo que estaba escuchando, casi ofendida de que pensara que el café iba solo. ' no las he probado, príncipe. me comentario que algunas tienen nueces y otras tienen gluten ' hace una mueca con su boca, porque está segura que el postre en sí es riquísimo. ' necesitaré que me escribas eso, porque acabo de olvidar todo lo que dijiste ' agrega con cierto humor, llevando último tomate hasta su boca en un intento de contener una risa. que era terrible en ubicarse en un mapa, especialmente si las instrucciones eran dadas de esa forma. ' ¿me acompañarías? dios, después podemos caminar por la orilla de la playa tomados de la mano mientras recordamos nuestro aniversario por brasil el año pasado, ¿lo recuerdas? fue tan romántico ' aprovecha agarre de manos y entrelaza sus dedos, mientras le observa con cierta complicidad. acto dura mi poco, deshaciéndose de su mano en cuestión de segundos, incapaz de contener la risa. ' maria, tiene las mejores manos del planeta ' precisamente porque la había hecho sentirse que descansó siete años con una sola sesión de masajes. ' amor, siempre has tenido un gusto tan curioso ' le dice con una suave risa, guiñándole un ojo mientras espalda va hacia adelante como buscando acercarse hasta mesero. ' un capuccino, con azúcar morena a un lado y un trozo de pastel de chocolate sin harina. es mi favorito, ¿no crees mi bebé? ' lee en voz alta, alzando mirada hasta maven arrugando su nariz por meloso papel en lo que mesero se retira. ' oh dios, estoy casi segura de que rodó los ojos al irse. '
‘ no toda la comida es rica, hay algunos platos que son — ’ hace una mueca con su nariz, recuerda los primeros intentos de cocina de su hermana mayor, cada uno más desastroso que el anterior. le resulta casi divertido que ahora esté al otro lado del mundo, dedicándose a una cocina que ni siquiera era occidental. ‘ pero no por eso lo diré en voz alta, es algo grosero, criticar tan abiertamente lo que los demás hacen con cariño por ti ’ y se encoge de hombros, probablemente era esa voz que sólo buscaba agradarle a los demás, no herir emociones de terceros y cumplir con lo que se espera de él. comentario lo hace reír entre dientes, su índice empuja un poco la copa sobre la mesa, para indicarle que podía tomar con confianza. ‘ dale todos los besos indirectos que quieras a tu príncipe ’ continúa burlón, por un instante la dinámica había quedado en el olvido, pero le agrada que siga presente. se cruza de piernas y tira su cuerpo hacia atrás, para acomodar toda su espalda contra el respaldo, mientras mirada se posa al fondo de la escena, donde un mar de personas disfrutaban sin preocupaciones. qué envidia estar en santorini para disfrutar realmente. cuando la escucha hablar, se ilumina un poco su mirada. ‘ te dije ’ niega con su mano, en un intento de darle su bebida ahora que ella se ha terminado su propia agua para recibirla. ‘ es toda tuya, a mí aún me queda agua para continuar comiendo ’ eleva su copa en su dirección, como una especie de salud antes de darle un sorbo. ‘ casi puedo recordar cuando te pedí matrimonio después de criticarte por echarle azúcar al café ’ suspira ante una remembranza que es parcialmente verdad, le gusta esto de crear personajes con la beltane, realidades que lo llevan a alejarse un poco del caos que es su mente y enfocarse en un algo mucho más tranquilo. ‘ el capuccino es un postre por sí solo ’ la molesta, amante del americano sin azúcar, seguro podía ya esperar su comentario antes de que siquiera lo dijera. ‘ me inclinaré por un americano y un baklava, ¿ya lo probaste? ’ se refiere al postre griego con cierta emoción especial, será lo que más extrañará de santorini. cree. quizás habrán otros recuerdos que cobijará con mayor cariño en la fría suiza. ‘ aquí dentro del hotel hay una farmacia, pero es algo cara, si sales de aquí y bajas unas dos cuadras a la derecha encuentras otra más económica ’ informa, a pesar de que, en general, maven no es una persona que le falte dinero, sí es alguien extremadamente cuidadoso con sus gastos. ‘ si quieres puedo acompañarte, luego podemos ir a la playa a coronar nuestro viaje, mi amor ’ estira su mano para tomar la impropia, en lo que resulta ser la corona de una actuación que lo hace reír y desenlazar sus dedos con gracias. ‘ aún no me hago el masaje, estoy esperando a estar un poco más estresado, ¿me recomiendas alguna señora en especial? ’ la mira con curiosidad, pero pronto su mirada va hasta el mesero que aparece en escena. ‘ quiero un americano y un baklava, ¿mi amor? ¿qué quieres tú? ’ entona, apretando sus labios para no reírse frente al tercero.
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(Para que la leas ahí donde te tope el eclipse del 30 de marzo de 2052).
Guille, mi Guille:
El 8 de abril de 2024, tú, tus hermanos, tus papás, tu abuela y nosotros, tus tíos, vimos el eclipse lunar tumbados en el pasto del estadio de los osos de Baylor.
Lo esperamos durante dos horas bajo el ardiente y escorchante (scorching) sol de Texas. Nos habíamos alistado desde las cinco de la mañana para evitar el tráfico de la salida de Houston, y sólo paramos en una gasolinería a las afueras de Waco porque Rodrigo despertó de su siesta con tremendas ganas de ir al baño.
Siempre que Rodrigo va al baño, tú vas también. Duermen, comen, se ensucian y se lavan a la misma hora, y como los visten iguales mucha gente cree que son parecidos. No lo son. De hecho, no podrían ser más distintos. Rodrigo es activo y tú eres calmado. Rodrigo es vivillo y tú todavía eres inocente. Rodrigo inventa, oculta y ficciona, en cambio tú eliges decir siempre la verdad. Rodrigo se parece a tu mamá, rasgos afilados y barbilla triangular, cara de gente que sale en revistas. Tú, mi Guille, eres más del tipo redondeado, chato como doña Eva, como el impresentable Juan, cabeza de manzana con dientecillos de ballena y ojos chinos como yo.
Eres tan bello, mi Guille, tan lindo, que a veces me quedo mirándote y me siento como se debió de haber sentido el primer animal frente al milagro del fuego, frente al calor y el cocimiento, en el instante prístino que antecedió a todos nuestros errores y a los milenios.
En el camino a Waco, tú, tu abuela y Codelo fueron los únicos que se comieron los burritos que yo había preparado. Eso me gusta de ti, que aceptas el alimento que te ofrezco. Y ya que estamos en esas, también quiero decirte que admiro la manera en la que te sientas a la mesa, tranquilo, con los pies colgando si la silla es demasiado alta, y cómo contemplas el bocado antes de morderlo, como pidiéndole permiso, y el contento que invade tu cara cuando masticas, dibujándote un hoyuelo feliz. ¿Te han contado que cuando eras chiquito cerrabas los ojos para disfrutar más tu comida? ¿Te han contado que aprendiste a columpiarte solo en el portabebé, a divertirte sin necesitar de otros, a decidir el ritmo y la duración de tus juegos?
Mientras esperábamos la totalidad del eclipse, tú ibas monitoreando el recorrido de la luna en una cachucha que te compró tu papá. Esto podemos decir sobre tu papá: que cuando tiene, lo da todo, y cuando no tiene, da un poco menos, pero siempre da. Lo aprendió de tu abuela, y de la nuestra, y lo aprendió también de ti mucho antes de que nacieras, así funcionan las resonancias y los planos superpuestos.
(Para el 2052, ¿estará probada la teoría de cuerdas? ¿Serán posibles los viajes entre portales? Mejor, dime, llanamente: ¿ya se sabe si existen los aliens?)
Quiero que sepas que ver el eclipse contigo es de lo más bonito que me ha tocado vivir durante el tiempo que llevo en la tierra. No sé si dentro de 28 años recordarás la cobija sobre el pasto, la limonada, el momento preciso en que la luna se acomodó ("tuc") sobre el sol y el mundo entero cambió de tonalidad, la voz adolescente de Leonardo avisándote que "ahorita ya te puedes quitar los lentes, Ché, para ver el cielo, Ché, mira, mira, mira cómo se ve". No importa si no lo recuerdas. Es más: olvídalo si quieres. Yo lo recordaré.
En 2052, habrás cumplido 33 años. Rodrigo, 36. Leonardo, 42. Tu papá, 75. Tu mamá, 71. Yo, 67. Codelo, 73. Veremos el eclipse juntos y le echaremos una porra al recuerdo de tu abuela, escucharemos su carcajada en el instante en que el sol y la luna hagan "tuc". Veremos el eclipse, en eso quedamos; esta carta es únicamente un respaldo, un ejercicio de universos contrastantes.
(Para el 2052, ¿seguiré viviendo en Texas? ¿Seguirán siendo legales las armas e ilegales los abortos? ¿Los hispanos todavía seremos ciudadanos de segunda?)
En 2024, tienes cinco años y lo que más te gusta en el mundo es ponerte gorra. También te gustan los peluches, los plátanos y que te carguen de cabeza. Tienes el don de la escucha y eres atento en por lo menos dos acepciones: la que permite la curiosidad y la otra, la que aplauden las señoras. No has empezado la primaria y todavía no logras pronunciar la r suave. A tu hermano lo llamas Roligo. La maestra dice que es normal entre los toddlers como tú, los llamados "bebés pandemia". Asegura que eres un niño normal, inteligente y sensible. Practicas Duolingo todos los días. Te gusta hablar en dos idiomas, te gusta hablar aunque no se te entienda.
Yo te entiendo. Yo me he educado en la traducción-interpretación-adivinación en vivo. La intuición es la táctica de las mujeres y las migrantes. (Para 2052, ¿me sigo dedicando a la traducción y a escribir libros? ¿Seguimos leyendo libros? ¿Todavía existe Arte Público?)
A tus abuelos les preocupa tu habla, temen que te quedes solito, que el futuro se convierta en un lugar hostil para ti. Tu abuela me lo dice con los ojos cargados de esa angustia que combate a base de resoluciones. Te regalaría su propia lengua, si pudiera, pero no puede, y eso la llena de tristeza. No quiere heredarte un mundo cruel, sobre todo si ella no estará aquí para protegerte.
La entiendo. Y me preocupa que se preocupe. Y me preocupa que me preocupe su preocupación. Etcétera.
Pero, luego, cuando veo tus pies colgados de la silla, suspendidos como el péndulo que te enseñé en el museo, se me despejan las nubes de la tragedia. Se presenta ante mí el misterio, resuelto, de la rotación de la tierra, el vaivén de los astros conocidos y por conocer. Te miro con estos ojos que se parecen a los tuyos, y los planos temporales y universales se superponen. Tú, mi Guille, eres el milagro de los eclipses, eres el fuego y la contemplación del fuego. Eres el instante preciso en que el cielo hace "tuc", un universo en sí mismo, contenido y en expansión, uno que aprendió a columpiarse solo, a su ritmo, y a pautar su propio infinito.
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Bonten´s influence
-Sanzu Haruchiyo x fem!reader
/ If you want to read it, you can translate it into English or another language /
Words: 13,1 k
Synopsis: She is Mikey's girlfriend. It's not the best situation, but it's still better than being alone, right? In the end, the best option is to stay with the strongest and the one who loves you... Is that true?
First chapter, second chapter, three chapter, four chapter
Sanzu Haruchiyo era un demonio... Y lo odiaba de todas las formas posibles.
El segundo dia volvio a pensar en él. Y a pensar en todas las maneras que había de matar a alguien. No sólo la había abofeteado por decirle la verdad, cruelmente, pero era la realidad de su vida, que era la menor de sus preocupaciones. Sino que la había abandonado en la carretera como si nada. La puerta del apartamento se había cerrado en seco tras ella, con el cuerpo adolorido en un espacio tenuemente iluminando en una esquina. Se había apoyado en la madera, pensando en Sanzu y lo que había pasado.
El odio la guiaba y la mantuvo despierta las dos horas que tardó en volver a su casa. Una persona la había acercado a la ciudad, donde pudo tomar el tren y luego el autobús a casa con una pierna cojeando y las lágrimas ya secas en un rostro hinchado. Lo último que recordaba fue haberse dejado caer al suelo y llorado con la cara enterrada en las piernas.
No lo odio con todo su ser hasta ese día. Lo odiaba por haberla humillado, haberla hecho pensar cosas que no tendría que habérselo pasado por la cabeza y menos en el momento en el que estuvo después de una ruptura de ese nivel, pero sobre todo lo odiaba por ser un insensible. Porque la había arrastrado con él al abismo de volverse loca y luego dejado caer.
El silencio se hacia más espeso a casa día que pasaba. Las sombras se arremolinaban esa noche sobre ella tomando la forma de sus mayores temores. Se había cambiado la ropa empapada por una muda limpia, pero había vuelto a mancharla con un nuevo terror que la aprisionaba contra el colchón y fundía con ella. Se despertó una vez más con la almohada y la mitad de la cama empapada en sudores y lágrimas. De vez en cuando, algún ruido distante de ciudad llegaba hasta ella, pero es como si todo estuviera en otro mundo. Fuera, llovía, golpeando las gotas contra los cristales que sonaban en la casa. La mente le jugaba una mala pasada tumbada en esa cama sin memoria.
Las pesadillas volvieron el resto de la semana, pero ninguna fue tan fuerte como aquella. Que la perseguía presionando su garganta hasta quitarle el aire y arrancarle el pecho.
Se puso en pie, caminando vacilante hacia la ventana del dormitorio. El agujero para respirar de la pared que conectaba con el exterior estaba abierto. Miró el reflejo de la luna en el cristal, con vaho en la superficie por el contraste térmico. Quería dormir, lo necesitaba para estar bien, pero en el fondo sabía que si volvía a cerrar los ojos las pesadillas y la sensación de ahogarse regresaría.
La mañana llegó lenta, con un cielo gris que presionaba el horizonte. No durmió en toda la noche, de nuevo, pero sintiendo el cansancio del cuerpo apenas se notó los días siguientes en los que fue a trabajar de forma mecánica.
Así hasta que pasó la primera semana.
Y luego, la segunda.
Sanzu Haruchiyo no tenía amigos. Tenía aliados y enemigos. Pero ninguno se consideraba más allá de esos dos títulos. Manjiro era el único con un título superior, de respeto, aunque no fuera mutuo.
Probablemente eso explicase el por qué siempre estaba solo. O las veces que lo conocía de haber estado con Mikey en el apartamento, siempre andaba solo o mirando por encima del hombro a los demás. Mikey no podría considerarse amigo si solo una de las partes mostraba interés. Una vez le había bromeado con la idea de que salieran juntos. Dudaba que el interior de Bonten las cosas fueran diferentes, a excepción de la cercanía entre los Haitani y el carácter tranquilo de Kakucho para con todos.
Ver que la persona con la que uno de los Haitani pasaba el tiempo sabe Dios cómo estaba delante de su puerta le puso los pelos de punta. Estaba sola en el apartamento, limpiando lo que su mala gestión del espacio había generado en el salón, cuando llamaron al timbre. Se sorprendió, ya que no esperaba visita y conocía a tan poca gente que no tuviera que ganarse la vida. Lo primero que vio al asomarse por la mirilla fue un rostro blanco envuelto en pecas y una melena naranja peinada hacia delante, alardeando de una buena genética sin enseñar sus análisis de sangre. Se lamentó al darse cuenta de quién era y lo que significaba aquello...
La habían encontrado. Sabían dónde estaba y ahora podían sorprenderla a cualquier hora con uno de los regalos envueltos en veneno de Bonten. Él sabía dónde estaba. ¿Qué debía hacer? ¿Debía llamar a la policía por algo que ni sería considerado un asalto a su propiedad? No, se recordó. La policía investigaba a veces por su cuenta. Aunque Bonten pudiera comprar a muchos de los policías, siempre había eslabones perdidos que acababan dónde nadie quería... Y acababan dando con miembros indirectos de Bonten a los que culpaba de colaboración. Hope apretó la mano sobre el pomo.
Podría ir a la cárcel.
Y a nadie le importaría que acabase en una celda porque ya no era nadie. Se encontró pensando en Sanzu, en la chaqueta que guardaba en una cesta de la ropa sucia aunque no fuera a lavarla y menos a entregársela. Podría sacar algo bueno por ella si lo hacía. Venderla por alguna página y sacar beneficio de una tela tan cara y de marca. Al menos sabía que no se andaba con pelos en la lengua ni iba flojo de dinero con todo aquello.
Decidió abrir la puerta con el corazón en la garganta y la otra mano sujetando algo por detrás. Los ojos de la pelirroja se levantaron del suelo para mirarla, y fue como si la luz del sol entrase directamente en su apartamento cuando sonrió.
-Sabía que estaríais en casa.
Eso solo consiguió que apretase con más fuerza el bate de béisbol al otro lado de la puerta. La conocía, pero a ella también de haberla visto con Ran Haitani. La examinó muy bien con la mirada.
-¿Quién eres?
-Oh, claro, no me conoces. Perdona -se disculpó, y extendió la mano. En ese momento se dio cuenta de que era una mujer más despreocupada que la persona con la que andaba por la calle-. Hope Haitani.
Haitani.
En primer lugar pensó en una posible hermana, pero no tenía sentido. Parecía tener la misma edad que ella, por lo que sería de la edad del hermano menor de los Haitani y ninguno de los dos se parecía. Ni en la forma de la cara, los rasgos, el color de ojos ni mucho menos el color de pelo. Parecía un pelirrojo natural, además, no como el tinte morado y negro que esos dos usaban... Solo se le pasó por ka cabeza que pudiera ser algo más formal y legal cuando vio en la mano un anillo plateado, más delgado pero similar al que había visto a Ran Haitani llevar en la mano izquierda muchas veces.
-Perdón por presentarme así, pero quería conocer por fin a la persona de la que Rindou me hablaba. Dijo que te habías mudado... Así que te he investigado a través del bolso que vendías.
No podía decir que era una mentirosa si iba con la verdad por delante. Al menos Bonten sabía que ya no vivía en ese antiguo lugar.
-¿Cómo sabes lo de...?
-¡Fui yo! -confesó, con las mejillas sonrojadas por el viento frío y la vergüenza de decirlo en voz alta. Se había puesto igual que su pelo-. Lo he mandado reparar Estaba un poco...destrozado.
Destrozado era quedarse corto de palabras. Lo hubiese quemado de no haber salido una persona a comprarlo. Al menos eso explicaba cómo una persona pudo haber comprado un objeto en tal estado.
-¿Cómo...?
-Tengo mis medios. Ran no sabe nada, lo juro.
No supo si confiar en ella. Le estaba diciendo tantas cosas a la vez que la estaban confundiendo cada vez más, sumado al dolor en su parte baja y las medicinas que tardaban en hacer efecto. Fue el turno de la mujer de ponerse sería, extendiendo a la vez una bolsa de plástico que llevaba en la mano.
-Frutas y compresas para los dolores.
-¿Cómo...?
Se preguntó si Sanzu se sintió así cuando la vio aparecer por sorpresa en su edificio, sin dar explicaciones y además diciéndole que estaba horrible por algo en lo que ella había colaborado indirectamente. Supuso que no podía compararse.
-Uno de mis guardaespaldas te vio entrar en casa con muchas medicinas -dijo, encogiendose de hombros. Una parte de ella se preguntó si realmente sabía lo que le pasó-. Solo venía a darte esto. No conozco a todos los integrantes de Bonten para no estar metida en sus asuntos... Pero creo que entre nosotras podríamos llevarnos bien. Mi número está dentro.
Iba vestida con una larga gabardina ceñida a la cintura con suavidad y por debajo unas medias oscuras y botas que asomaban. Además de eso, lucia como si hubiera salido de un barrio pijo y poderoso. Los Haitani controlaban Roppongi. Debía de vivir allí con su marido.
El pitido de una alarma las sorprendió a ambas.
-Tengo que irme ya. Rindou se ha quedado con su sobrino y ya va siendo hora de que el vaya a recoger. El muy tonto se queja, pero le gusta pasar tiempo con Kei antes que estar solo en su casa.
Ella lo contaba riéndose, pero sonaba demasiado extraño para ella que los Haitani fueran buenos con más personas aparte de ellos. Sabía por Mikey que trabajaban solos en el control de Roppongi y las ordenes que les daban, pero colaboraban por el bien general de Bonten. Aún así, sabía muy poco de ellos. Como la mujer que tenía delante y estaba casada con el hermano mayor
Ya no sabía qué esperar.
Manjiro recién casado. Ran Haitani casado y con un hijo. ¿Quién iba a ser el siguiente?
Estuvo tres semanas sin ver a nadie de Bonten, mucho menos Sanzu Haruchiyo era muchas cosas. Ninguna buena.
Decidió ir a ver a Hope Haitani a mitad de semana, después de haber mirado su tarjeta y su número durante veinte minutos en silencio y con la radio puesta por si escuchaba algo interesante. Cuando la llamo, lo primero que le dio aparte de la dirección al apartamento fue un recordatorio con la ropa de frío. Aquella mujer era una madre sin saberlo.
Resultaba que los Haitani vivían en un buen lugar dentro de Roppongi. Imaginaba que Rindou no andaría lejos en cuanto a vivienda, pero nunca lo llegó a preguntar cuando vio que las puertas del ascensor se abrían y el guardaespaldas de Hope la llevaba al apartamento. Hope Haitani la esperaba dentro con un vestido de flores y un niño rubio de unos dos años en su cadera con una cara sucia de comer pastel. Pronto se fueron al salón a hablar.
La forma en la que Hope miraba a su hijo era el reflejo del amor maternal, supuso. La forma en la que una madre tendría que mirar a sus hijos. Kei, el primer hijo del mayor de los Haitani, jugaba felizmente en el suelo del salón abierto, con los juguetes rodeándole. Otra casa sin paredes, abierta a todos lados. Parecía una obsesión que todo Bonten compartía.
-Ran no se fía de las guarderías. He intentado convencerle, pero supongo que es algo en lo que no puedo influir -explicó, con la sombra de una sonrisa asomando. La taza con té caliente humeaba en sus manos. Hasta la postura que tenía era elegante, aunque eso era común en cada cosa que hiciera-. De todas formas, me alegra estar cerca de él.
Ella no dijo nada. Al final, ¿qué iba a decir ella? Había abandonado a sus padres siguiendo sus sueños. Y la única posibilidad que tuvo de tener un hijo ya era inexistente a no ser que revertiera el proceso y se buscase un donante. Lo cual, no iba a hacer. Si había decidido abortar al primero, el segundo solo sería un recordatorio de lo más reciente. Independientemente de eso, a Hope no parecía molestarle nada de lo que sabía de ella; lo que esa rata de Ran le habría contado de ella.
Cuando le preguntó si podía beber ese té, la respuesta fue que era una receta transmitida en la familia Haitani para las embarazadas. Lo que no le preguntó fue si iba a heredar la personalidad de su padre y su tío con ello. La casa estaba tan bien decorada que parecía que un decorador personal había pasado por allí, metiendo mano en los aspectos más personales de la familia. En la mesilla a su lado, se fijó al sentarse, estaba una foto familiar; era la primera vez que veía la sonrisa sincera de Ran Haitani, aunque no fuera en persona. La risa del niño inundaba el apartamento entero, sentado en el suelo de la sala de estar rodeado de juguetes y con una mujer -la niñera, supuso- arrodillada frente a él.
Al sentarse las dos a charlas en la sala de estar Hope le pidió a la mujer que se fuera, con amabilidad, y que cogiera el trozo de pastel que sobraba de la cocina. Se le hacía difícil imaginarse el cómo una mujer tan buena y sincera como ella podía haber acabado con alguien como un Haitani, el mayor en concreto. El hermano pequeño al menos tenía su gracia.
-Tenía muchas ganas de conocer a la persona que le ha plantado cara a Mikey -le dijo, rellenando la taza de nuevo sin apartar la mirada de ella Se sentía estudiaba como una especie en el zoológico.
-¿Cómo sabes eso? -quiso saber, en un tono relajado pero que ocultaba el nerviosismo. Si ella sabía eso, entonces todos los de Bonten sabían lo que hizo. Lo que se traducía en la humillación pública de Mikey-. Además de que tampoco ha sido eso.
-Ran me lo contó hace ya unas semanas, se estuvo riendo toda la noche desde que Rindou le llamó para contárselo -le explicó, pero le dio la sensación de que no era a Ran solamente quien le hacía gracia. Hope sonrió cuando Kei se levantó, con cierta dificultad, y se acercó a ellas tambaleante-. Al menos tuvo una buena excusa para no bañar a Kei.
Fue el turno de ella de abrir los ojos. Lo último que se imaginaba en una persona tan aparentemente remilgada como Ran era quien se encargaba de un niño tan pequeño. Uno al que Hope le había tenido que limpiar la boca dos veces en una tarde porque le encantaba comer pastel.
-Quería que vinieras no solo para hablar. Esta casa es tan grande que me siento sola y no todo el mundo se atreve a venir hasta aquí -suspiró, dejando la taza en la mesa auxiliar, decorada con algunas revistas y una pieza de porcelana azul-. Rindou se ha ido de viaje a Manila y Ran se ha quedado solo hasta que vuelva.
-¿Qué hace en Manila?
-Negocios, como siempre. Ya sabes.
Lo sabía. Demasiado. Y también le recordaba a Izana. Era como una sombra que se cernía sobre todos ellos, invisible, tanto los involucrados como los apartados. Los viajes eran una excusa para controlar a las bandas de otros países que podían extenderse a Japón y comenzar un negocio; ante eso, Bonten se apresuraba a echar sus raíces.
-Ran se ha quedado, pero no cree que sea suficiente -una de sus manos se posó sobre el pequeño vientre-. Creo que piensa que está demasiado distraído con el embarazo como para concentrarse en Bonten. Apenas duerme y tengo que insistirle en la que coma cuando se queda en casa. En el primero perdimos a uno de los gemelos -murmuró, su voz convirtiéndose un susurro, aunque con un tono firme. Su mirada se pasó de la cara de esa chica hasta el vientre hinchado. Debía de tener unos meses por delante-. Eran gemelos.
Si a ella se le había hecho difícil tomar la mejor decisión para ella y su futuro, no quería imaginarse la pérdida involuntaria de uno de sus hijos. Su mirada se volvió a posar en el alegre niño que balbuceaba para sí mismo, en los rasgos infantiles pero que empezaban a parecerse a los de sus padres en una mezcla aún por desarrollar. No era pelirrojo, sino rubio, lo que delataba el verdadero color de su parte Haitani. Pero se parecía sobre todo a Hope en la forma de sonreír y en la forma de sus ojos.
-Me sorprende que Rindou no viva con vosotros.
Aunque sonaba más como apunte, Hope se lo tomó como una broma y se rio.
-Ya tengo a dos Haitani en casa y son suficientes. Pronto serán tres... Su tío no va a dar a basto.
Hope sonrió con cierta malicia, ocultándose detrás de la taza de porcelana.
-Así que... ¿La conociste en persona? Vaya coraje.
-Los Haitani me enviaron la invitación a la boda. Tampoco tenía nada que hacer en mi casa.
Hope dejó de beber para mirarla con cierta sorpresa; luego, su expresión cambió a un ceño fruncido. El grito divertido de Kei rompió el silencio extraño entre ellas, pero ninguna le prestó atención; por el rabillo del ojo le vio agitar los brazos en el aire.
-Sí, ellos son así. Los dos.
-Lo sé.
-Si lo hubiera sabido, les habría detenido. Lo juro. Parece que solo quieren causar problemas allá a donde van -bebió, pero tensó el rostro y apartó la taza-. Volviendo al tema de antes... ¿Qué opinas de ella? Sinceramente.
Lo decía con la mirada clavada en el niño que se había levantado y caminaba con su juguete a otro lado de la alfombra, soltando frases incoherentes. El recuerdo de la esposa de Mikey surgió tan pronto como la mencionaron. ¿Qué podía decir de ella? Tantas cosas. Extrañamente se vio hablando de ella con la mano en el pecho, sin embargo. A pesar de todas las desgracias que había generado indirectamente su presencia en su vida.
-Parecía buena persona -se vio diciendo en coz alta, y no en el lío de pensamientos y emociones que pasaban por su interior-. Y es muy guapa. Parece el tipo de chica que ha tenido muchos pretendientes. ¿Tú la has visto?
-Si, una vez. En un evento benéfico... Por entonces eran todavía prometidos. Sabe hablar italiano, y pensó que yo lo hablaba -el recuerdo le provocó una risita, pero no una mala o despectiva-. No la odio, pero tampoco me cae muy bien. Es extraño. Supongo que me pasa con todos... Pero entiendo que tu sí lo hagas, y puede que sea lo mejor no pensar en ella, pero... Sé por experiencia que te vuelve loca.
No dio más detalles acerca de esa experiencia suya, sino que quedó en el silencio.
-Siempre somos nosotras las que pagamos las consecuencias de ellos. Incluso si no es nuestra culpa -explicó, llevándose una mano al vientre, como si lo estuviera protegiendo-. Me aterraba la idea de que fuera niña porque significaba que había una oportunidad de que ella sufriera lo mismo, independientemente de si salía a su padre o a mi. No soportaría verla sufrir de esa manera. Cada vez, el peso es más pesado, no solo la barriga y los dolores: el pensar que cualquiera puede hacerle daño. Ya tenía una lista de cosas que decirle por si acaso.
Con eso dejaba claro indirectamente que no iban a tener más hijos... Decidió ignorarlo. Pero pensó en sus palabras. Mientras Hope bebía té y el pequeño Kei le enseñaba su recién cogido coche de madera de una pila de bloques, ella tuvo el tiempo suficiente para pensar en todo lo ocurrido hacía semanas... Y años atrás. Cómo ha ia conocido a Mikey, cómo habían vivido los dos juntos la vida teniendo personalidades distintas y chocante... Se había preguntado tantas veces cómo Mikey podía dormir por las noches a pierna suelta que nunca pudo preguntarse lo más importante.
Cómo podía ella hacerlo teniendo las manos sucias de sangre con todo lo que conocía.
De repente, las puertas del ascensor se abrieron, revelando las presencias de dos hombres. Ran y un hombre con gafas vestido de negro, un guardaespaldas con probabilidad. El hombre se marchó a cualquier lado de la casa, pero Ran se quedó con una de sus sonrisas perezosas siempre en la cara. No pareció percatarse de la presencia de ella, y si lo hizo, la ignoró con una habilidad asombrosa habiendo pasado por su lado. Hacia el niño que ahora se reía en sus brazos y se revolvía. Se quedó muy quieta, viendo esa escena.
¿Mikey hubiese sido buen padre? Estaba claro que Sanzu le había mentido para hacerle daño donde más le dolía. Pero todavía estaba esa pregunta. ¿Qué pasaría con ese niño si llegaba al mundo? A esas alturas, temía la respuesta como los peces a quedarse sin aire. Porque la conocía demasiado bien, en el fondo de ella. Siempre lo había sabido, y aún así, pensaba que el problema era ella. Manjiro Sano no podía cuidarse a sí mismo. Nunca sería un buen padre. El haberse casado solo era una excusa para poder seguir liderando Bonten sin problemas... La luna de miel en el extranjero, empezando por la casa. Cómo ella se había ocupado de absolutamente todo porque se veía absurda esperando que algo saliese mal en silencio, que quería ayudar de alguna manera en vez de hacer una escena ridícula... Y se dio cuenta de eso en ese mismo instante, con ese pequeño momento.
Esa mujer nunca serie feliz al lado de un hombre que le quitaría toda esa luz que tenía cuando la vio esas veces en la boda y en el gimnasio. Era incapaz de cuidar de sí mismo. Era incapaz de cuidar de otros sin depender de otro. Manjiro Sano solo era el reflejo de lo que él mismo había gestado con sus decisiones. Si hasta Ran Haitani podía hacer reír a un niño solo con que lo viera, hacer reír a una mujer que todavía brillaba por sí misma solo con preguntarle cómo se estaba portando el embarazo, significaba que no todo estaba perdido para algunas persona... Pero Mikey se había buscado la ruina él solo hacía mucho tiempo.
Desde el día en el que murió su hermano, que la oscuridad empezó a consumirlo por no saber manejar sus emociones, hasta alejar a las personas que más le amaban y habían estado con él en lo peor... Incluida ella.
Y ahora estaba arrastrando a otra persona inocente con él.
Los sudores fríos que le corrían por la espalda no se debían a eso, sin embargo. La realidad era impactante... Pero lo que había delante de ella era mejor aún. Ese futuro. Esa esperanza.
Hope volvió a posar la mirada en ella, apartandola de la escena padre e hijo; Ran discutía con su hijo sobre cómo construir una casa decente con bloques de madera más grandes que su mano. El niño, resoplando y en su propia idioma, ya apuntaba maneras a ser peor que su padre pero con la valentía de su madre.
-¿Qué hubieras dicho?
La mirada de Hope fue como la de un depredador acechando a su presa, debajo de esas pestañas pelirrojas que brillaban con la luz y esas pecas.
-Muerde.
Manjiro Sano era un idiota.
Había tardado diez años en darse cuenta y con ayuda de la esposa de Ran Haitani. Definitivamente tenían que darle el precio a la persona más ciega del mundo.
Estuvo unos días con las palabras de Hope en la cabeza. El trabajo la tenía agobiada en el sentido de que pasaba demasiadas horas en la oficina más que pensando en sí misma, pero por ese lado al menos no tenía que tiempo. Consiguió el tiempo suficiente, por otro lado, para asistir a la revisión del médico programada después de la intervención. Era algo común, al parecer, que pudieran haber problemas después de la intervención. Infecciones, una mala práxis, cualquier cosa. Afortunadamente ella no sufría de nada de eso; más allá de los malestares que la larga caminata le produjeron los primeros días y el cansancio que sentía por tantas medicinas. Victoria le dijo que era lo más normal, pero que se lo tomara con calma y no pasara tantas horas en el trabajo.
Tal vez tuviera sentido. Pero ella necesitaba estar distraída. Si se quedaba en casa, el silencio la volvería loca; y si encendía cualquier dispositivo, acababa en el programa de las noticias escuchando los accidentes que le eran tan familiares. Quedarse trabajando o haciendo alguna hora extra la salvaba de aquello. La volvía loca e el sentido de estar sentada todo el rato, pero el esfuerzo valía la pena.
El sonido de sus pasos resonaba en el silencio de la calle recta e iluminaba con farolas, un eco que parecía más pesado que el de cualquier otra persona que pasara por allí. Acababa de salir del trabajo y regresaba a casa, pero pensaba pasarse antes por una tienda de conveniencia a recoger algo rápido que comer. No tenía la cabeza para ponerse a cocinar esa hora, no una decente. El aire de la calle era fresco, aunque la sensación de estar atrapada, de estar aún dentro de ese mismo ciclo, la envolvía a cada paso.
La noche estaba tranquila, pero el murmullo de la ciudad seguía vibrando en sus oídos, recordándole que no había escapatoria a todo lo que veía en las noticias. Bonten era bueno organizando asociaciones bajo su mando, pero siempre quedaban lagunas. Esas lagunas iban a por los más débiles primero y luego a por el poder. Salir a la calle sabiendo que eran una presa era el recordatorio de una mujer; pero si eras la antigua mujer del antiguo líder... No. No podía pensar en eso. Tenía que pensar en otra cosa que no fuera eso; no podía pensar cada vez que salía a la calle que irían a por ella.
Siguió caminando, sus pensamientos mezclándose con la sensación de la fría brisa sobre su rostro, como si eso pudiera borrarlo todo: Manjiro, su pasado, la cara de la mujer que ahora podía considerarse su "amiga"... Para distraerse había investigado dónde podría estar su familia. La de sangre. Tenía muchas dudas de si continuar o rendirse. ¿Qué iba a decir si los encontraba? ¿Qué iba a hacer si descubría que algo podría haberles pasado...?
Ya estaba cerca de su casa. Le quedaban dos cruces, y meterse en la tienda de conveniencia. Entonces podría cenar algo y acostarse. Pero una sombra la alcanzó antes de que pudiera llegar al final de la calle.
-No es tan fácil, ¿verdad? -una voz en frente de ella la hizo detenerse en seco. La misma voz que había escuchado en su cabeza durante días, la misma que la había acompañado en cada momento de incertidumbre desde que tomó la decisión de dejar a Manjiro y con la que había tenido pesadillas varias noches seguidas.
Ella no giró la cabeza, no quiso enfrentarse a él de nuevo, pero la energía de su presencia la obligaba a escuchar. Era como si el aire a su alrededor se hubiera espesado, y ahora no pudiera moverse con libertad.
—¿Qué quieres, Sanzu? —su voz sonó más cansada de lo que había imaginado. Como si en verdad ya no le quedara fuerza para seguir jugando a sus juegos. Porque no le quedaban; no después de la última vez.
Él avanzó hasta quedar justo a unos centímetros de ella, tan cerca que podía sentir la calidez de su cuerpo a poca distancia. Sobre el hombro colgaba una bolsa grande de tela negra. «La katana -se dijo para sí-. La llevaba consigo cuando iba a casa de Mikey». A pesar de que sus palabras siempre iban cargadas de sarcasmo y desprecio, en ese momento, había algo diferente en él. Una calma inquietante dentro de un cuerpo que necesitaba emociones constantes.
-¿Tú crees que puedes simplemente alejarte y que todo se olvide? -preguntó, casi en un susurro, como si no estuviera buscando una respuesta, sino provocando una reacción en ella. De alguna manera lo consiguió, porque ella se quedó sin palabras-. Te crees que eres fuerte, pero no eres más que una niña asustada.
Lo último flotó en el aire como una amenaza tácita, como si de alguna manera él también estuviera presente, observando cada uno de sus movimientos desde la distancia. Le dieron ganas de burlarse. Él podría observar desde la distancia, pero nunca acercarse más de lo debido porque, en el fondo, sabía que a Mikey podía seguir importándole todo lo que le pasase. O eso es lo que pensaba ella hasta hacía poco. Hasta que habló con Hope.
Que pasase lo que pasara. Si Sanzu estaba ahí para matarla, con ese arma, que lo hiciera ya.
Unos segundos de silencio se alargaron entre ellos. Ella apretó los dientes, mordiendo su labio inferior con fuerza, luchando por no ceder a la urgencia de volverse a enfrentar a él. ¿De qué iba a valer? Pero, por algún motivo, lo que más le dolía no era el desprecio de Sanzu ni la mirada fría de Manjiro. Era saber que, de alguna manera, todavía quedaba algo de ella atrapado en esa historia.
-Te fuiste porque no pudiste soportarlo, ¿verdad? -Sanzu no esperaba respuesta, pero le dio un paso más cerca, como si quisiera deshacer los últimos hilos de su resistencia-. Del lado de Mikey. Porque lo conoces mejor que todos, ¿no?
Ella levantó la cabeza finalmente, los ojos fijos en él, aunque vacíos de todo lo que alguna vez había sido amor o rabia. Sanzu la observaba con intensidad, esa mirada envenenada que tanto la perturbaba.
-No lo entenderías. Yo no me fui porque Mi... -se corrigió-... Manjiro me destruyera -dijo, las palabras escapando de su boca con una frialdad que la sorprendió a ella misma. Era como si el dolor ya no tuviera poder sobre ella. Como si, de alguna manera, todo lo que había hecho y vivido la había convertido en alguien diferente. Alguien que ya no temía enfrentar ni a él, ni a la sombra de su pasado-. Me fui porque lo que teníamos ya no tenía sentido. Puedes intentar conocerlo, como pensaba que yo lo hacía, pero en el fondo sabes que está podrido. Porque lo que hacía Manjiro… ya no me pertenecía. Nada de lo que hiciera le haría más feliz de lo que fue en el pasado.
Sanzu la observó por un momento, como si estuviera calibrando su respuesta. Parecía divertido, pero también había algo oscuro detrás de su sonrisa, algo que la hacía sentir vulnerable, expuesta, como si en cada palabra suya estuviera desnudando algo dentro de ella que ella no quería ver.
-Te crees tan fuerte… -dijo Sanzu, casi burlándose, pero la mirada que le lanzó lo decía todo-. Tienes miedo de ser débil. Eres demasiado transparente. Tu miedo es lo que le habría vuelto loco, y lo sabes. Pero en realidad… ¿quién te engaña más? ¿Nosotros o tú misma?
La pregunta flotó en el aire, densa y punzante. La mujer no sabía qué responder. No sabía cómo volver a luchar contra un espectro de su propia creación. Todo lo que le quedaba eran recuerdos rotos y las piezas dispersas de algo que alguna vez había sido más que una simple historia.
-Sigue corriendo, si quieres -dijo Sanzu, dando un paso atrás. Pero su sonrisa no desapareció, y su mirada seguía tan afilada como siempre-. Pero al final…siempre regresas. Nadie puede dejar a Mikey como tú lo has hecho. Y no vas a ser la primera, y lo sabes. Tienes pesadillas con eso, lo entiendo, pero es tu realidad. ¿De verdad pensabas que ibas a conseguir algo?
Y por un instante, cuando la sombra de Sanzu se movió entre la luz de las farolas, se quedó allí, en pie, mirando lo silenciosa que se había quedado la calle por ellos, preguntándose si, tal vez, Sanzu tenía razón. ¿Realmente podría escapar de todo lo que había sido? ¿O estaba condenada a regresar una y otra vez?
Por su parte era una tontería decir que no estaba asustada. Sabía que nadie dejaba a Manjiro Sano como si nada y sobrevivía para contarlo. Así era Bonten. Pero una parte de ella quería pensar que ella pudiera ser una excepción a la norma, por el amor que se habían tenido una vez y su empeño por continuar siendo conocidos pese a eso. hora veía que eso era imposible. Y que Sanzu no estaba solo ahí para explicárselo como a una niña, sino para ejecutar la orden.
Por alguna razón, ella no intentó huir.
Porque así trabajaba el Perro Loco de Bonten.
Ella apretó los puños. Ya no había huida posible. Ya no quedaba nada de lo que ella pensaba que era. Solo quedaba la mujer que estaba frente a un hombre que la había advertido todo este tiempo, con la verdad sobre su espalda. Literalmente. La katana que debía de llevar años esperando usar sobre ella.
-¿Vas a mirarme, o vas a seguir con esa actitud de siempre? —la voz de Sanzu cortó el aire, arrogante, con ese tono tan suyo que siempre la hacía sentir como si estuviera siendo medida, analizada.
Ella suspiró, lentamente girando en su asiento para enfrentarle. No había sonrisas, ni siquiera la distancia amigable de otros tiempos. Solo un vacío entre ellos, tan denso como la niebla.
-¿Serviría de algo? -su voz, casi un susurro, estaba cargada de una mezcla de cansancio y algo más, algo que ella preferiría no reconocer.
Se limpió la nariz con la manga de la chaqueta, que empezaba a gotear por el frio. Quería cerrar los ojos y que sucediera rápido, indoloro, que no se diera cuenta de que ya estaba en el frío suelo y sola.
El silencio le respondió.
La mujer lo miró fijamente, y por un momento, pensó en dejarlo ir, en cerrar los ojos y olvidar que él estaba ahí, que todo lo que había pasado no era más que un mal sueño. Pero la verdad era otra: las piezas de su vida nunca encajaron de nuevo después de ese día, después de la ruptura con Manjiro, después de todas las decisiones equivocadas. Desde el momento en el que le dijo que ya no tenía sentido verse más si iba a formar parte de una mentira a su futura esposa hasta el día que se olvidó de despedirse de su familia como mandaba. Se preguntó que estarían haciendo, tal vez por desesperación.
-¿Ha sido idea suya o actúas a su espalda?
Conocía la respuesta. Pero quería escucharla de él, de sus labios. Escuchar la cruda realidad a la que siempre estuvo sometida. «Mikey nunca me ha amado. Mikey siempre me ha temido».
Sanzu no movió un solo músculo. Ningún gesto que indicara que estaba listo para actuar, ninguna amenaza implícita en su postura. La bolsa todavía colgaba de su hombro, y su rostro carecía de expresión. Solo la observaba, con esos ojos azules oscuros y profundos como una laguna, como si estuviera leyendo cada uno de los pensamientos que se deslizaban por su mente, cada una de las grietas que ella intentaba ocultar.
Ella, por su parte, mantenía la distancia. Pero la tensión en su pecho, el dolor que no podía disimular, la estaba quemando por dentro. Estaba perdiendo el control, y lo sabía. Cada palabra que Sanzu decía parecía ser una aguja clavada en su herida abierta, cada silencio suyo un recordatorio de todo lo que había dejado atrás. Por mucho que intentase fingir, ya no quedaba nada de resistencia sobre ella.
Él no hacía un solo movimiento hacia ella. No sacaba la katana ni siquiera cuando sus ojos se encontraron en la oscuridad. No había esa amenaza inmediata que tanto había esperado. En lugar de eso, su mirada se suavizó ligeramente, pero no dejó de observarla con esa intensidad abrumadora. Como si estuviera esperando que fuera ella quien rompiera el silencio.
-Lo sabes, ¿verdad? -dijo Sanzu finalmente. La dureza había desaparecido, pero ahora había algo en ella que la ponía aún más nerviosa. Como si supiera que lo peor no era la amenaza, sino lo que él veía en su interior-. Llorar no va a hacer que lo recuperes.
Ella apretó los dientes, la rabia comenzando a subir a su garganta. No podía permitir que él la viera tan vulnerable. No podía dejar que él desnudara sus inseguridades, sus dudas más profundas, porque eso sería lo mismo que ceder. Sería admitir que todo lo que había hecho, todo lo que había decidido, no había sido más que un intento fallido de salir de una prisión de la que no podía escapar.
-¡Cállate! -le gritó, casi sin pensar. La voz cortó el aire como la hoja de ese arma enfundada haría con ella ante el mínimo movimiento. Las palabras que había estado guardando en el fondo de su ser durante semanas salieron de golpe, como una avalancha que podía detener-. ¡No sabes nada, absolutamente nada, de mí! ¡Ya no puedes salvar a Mikey, Sanzu! -en ese momento, poco le importó darse cuenta de que lo llamaba así en vez de "perro". Sonaba desesperada, al borde del precipicio-. Y cuando no aguanté más... No iba a quedarme a verlo destruirse. A ver lo que dejaba atrás como si nada.
Muerte. Destrucción. Caos. Eso era lo que realmente Manjiro Sano dejaba a su paso. Nadie podía salvarlo a esas alturas. Ni siquiera las figuras más cercanas a él. Porque Mikey era un problema que afectaba a la vida de todos, como el aleteo de una mariposa al alterar el destino.
Un brillo extraño pasó por los ojos, en ese momento oscurecidos, de él. Sus puños estaban tensos, a pesar de la compostura que intentaba mantener.
-¡Tu única tarea -murmuró entre dientes, comenzando a reprimir el veneno - era mantenerlo contento!
-¡Mikey, Mikey, Mikey! ¡Siempre es él, pero nunca los demás! ¡Siempre tiene que ser él por encima de todos, como si los demás no fuéramos nadie! -chilló finalmente, con las lágrimas mojando sus ojos y el frío congelando su garganta al bajarse ligeramente la bufanda- . ¿No tengo derecho a elegir? ¿Tenía que continuar una vida humillante al lado de la persona que amaba mientras él ocultaba la verdad a una mujer que no se merece nada de eso? ¡Quiérete a ti mismo de una vez, joder! ¿O es que solo puedes pensar en él y que sus pies te pisoteen!
Él se quedó allí, observándola con una mezcla de indiferencia y compasión cruel. Ella sintió el peso de sus palabras, la frialdad de su juicio. Lo que había dicho. No podía mover un solo músculo. Algo dentro de ella se quebró de nuevo, como si una parte de su alma hubiera dado un paso hacia el abismo.
-¿Sabes qué es lo que no entiendes? -dijo después de un rato, con el pecho subiendo y bajando en pocos segundos-. Que todo lo que haces, cada vez que tomas una decisión, cada vez que crees que te alejas de nosotros… en realidad, solo te estás acercando más a la verdad. Tú misma te lo estás buscando.
Ella no supo qué responder. Las palabras de Sanzu le golpeaban el pecho con una fuerza inesperada. Él tenía razón, lo sabía. La verdad, esa que había estado negando todo este tiempo, estaba frente a ella. La sensación de que no podía huir de lo que había sido, de lo que había hecho… y lo peor, de lo que aún quedaba dentro de ella.
Sanzu dio un paso atrás, pero su presencia seguía siendo insoportablemente cercana, como una sombra que no la dejaba en paz.
-No te voy a matar. No hoy. -su voz, a pesar de lo que acababa de decir, sonaba casi condescendiente, como si no fuera necesario sacar su katana para acabar con ella-. Cada vez que intentas huir de ti misma, cada vez que crees que el pasado no te persigue. Pero la diferencia entre tú y yo, es que yo sé cómo manejar la desesperación.
La rabia le subió de nuevo, pero de otra manera. La desesperación iba de su mano. Le tembló la voz al volver a hablar:
-¿Drogándote hasta que te tienen que lavar el estómago por una sobredosis? -preguntó, atrevida-. ¿Crees que no escuchaba las llamadas de los demás? Tienes que pensar que soy muy estúpida para no saberlo. Al final no eres mejor que yo si necesitas eso para aguantar que sigas vivo.
Apretó los labios, pero no se quedó solamente en decir eso. En ese momento, le daba igual lo que le pasara. ¡Completamente! Era absurdo seguir jugando a algo que siempre la había mantenido atada y sujeta a un hombre que jamás quiso aquello. Y ahora que lo tenia, no había nada que solucionara el problema que tenía sobre los hombros.
-¿No te da miedo morir? Claro que no -escupió en su cara, a metros de él-. Porque tampoco es como tuvieras a nadie que llorase en tu funeral, ¿no?
Se limpió la nariz de nuevo, con más fuerza de lo que pensaba. Sintió una punzada de dolor y un leve crujido, pero no había nada roto, más que su mente enferma y desesperada por hundir todo aquello que la continuaba uniendo a esa vida criminal.
-No eres mejor que yo -le repitió, haciendo un gran esfuerzo en contener las lágrimas y no humillarse más frente a esa persona-. Si quieres matarme, hazlo. Ya no tengo nada que perder, ¿no? Ni al bastardo a Mikey.
El silencio entre ellos fue estremecedor para lo poco que duro.
-Cada uno consigue lo que genera -dijo sin más, y sin importarle en mantener las apariencias, se dio la vuelta.
Sanzu Haruchiyo le daba pánico, pero nunca lo demostró hasta ese momento.
-Tienes muy mala cara -le señaló Hope, desde su asiento en el banco a la sombra. Estaba sentada junto a ella, con una chaqueta sobre los hombros.
Kei jugaba en el suelo del parque. La niñera estaba sentada a su lado, ayudándole a construir. De vez en cuando, en un gesto frustrado, el niño recogía la pala con la arena él mismo y golpeaba la tapa del cubo boca abajo y se reía. Llevaba un rato observándolo sin disimulo. Era increíble lo mucho que se parecía ese niño a su padre y lo diferentes que eran; Kei reía con alegría y solloza a cuando su madre se alejaba, como si pensase que lo iba a dejar ahí, y se comportaba igual que Ran las pocas veces que lo había observado, por otro lado. Como cuando se las arreglaba para conseguir algo sin mucho esfuerzo y sonreía con esa sonrisita malvada.
-No he dormido mucho estos días.
Cualquiera podía dormirse con una amenaza de muerte encima. En el momento en el que cerraba los ojos, las pesadillas volvían y se despertaba con el corazón a mil pensando que habían pasado horas y cualquiera podría haber entrado. La realidad era la contraria. Seguía sola, en esa casa vacía de recuerdos y a oscuras.
-¿Algo en concreto? Imagino que el trabajo.
-Sí -mintió, pero mejor eso que explicarle la verdadera razón.
Hope asintió, acariciandose el vientre con una mueca.
-¿Ocurre algo?
-Lleva días nervioso -le respondió, englobando al vientre redondeado pero no del todo por desarrollar por debajo del vestido de lana gris que resaltaba el color de su pelo y sus mejillas sonrosadas.
Iba a juego con su hijo. A pesar de no ser pelirrojo el rubio también destacaba con ese color oscuro. El niño jugaba feliz ahora en brazos de la niñera, ayudándole a subirse al columpio infantil.
-Puedes quedarte a dormir en nuestra casa si es por los vecinos -le dijo de repente Hope, pillándola por sorpresa. ¿Era posible que supiera algo? Ran hablaba con ella, así que suponía que sabía algo de la caza que Sanzu tenía contra ella.
Pero sacudió la cabeza. No quería involucrarla a ella y a su familia en sus problemas. Además, dudaba de que Ran Haitani la quisiera cerca. Nunca habían hablado, pero sí mirado un par de veces de lejos. Una vez criticaron en silencio a una persona, pero por lo demás, eran completos desconocidos. Hope la miró unos segundos en silencio antes de asentir.
-Ran me ha dicho lo que ocurre. Lo que le han ordenado a Sanzu -comentó, dejando la chaqueta tamaño infantil a un lado de su regazo-. No sé si es verdad o eso le temerá un problema ahora que te lo cuento.
-No debería -respondió ella-. Sanzu me lo dijo a la cara.
-Pero lo hace -recalcó, sin apartar la mirada de ella.
Se sentía juzgaba incluso sin tener razones.
-No le tengo miedo.
-Yo tampoco hasta que una vez me apuntó con un arma a la cabeza. Fue hace mucho, sí, pero se siente como ese día -comenzó diciendo-. Yo tuve a Rindou de mi lado y a otra persona cuando lo hizo. No creo que a estas alturas tengas a nadie.
Odiaba tener que escuchar la verdad y vivir en la que ella quería. No tener a nadie significaba estar sola. Significaba estar muerta. En ese mundo, o tenías una alianza o estabas muerto.
-Son órdenes de Mikey -fue lo único que dijo.
-¡A la mierda sus órdenes! -exclamó de repente, y varias cabezas en el parque se volvieron a ella con curiosidad. Vio de reojo cómo uno de los guardaespaldas de movía incómodo en el sitio. Hope le ignoró-. Incluso si no es dentro, entiendo que hay más gente que pueden hacerle frente a alguien como él. Le llaman Perro Loco, ¿no? -asintió-. Un perro no se detiene hasta que hablas con su dueño o lo vence e su territorio.
Tambien se decía que si matabas al perro acababas con la rabia. La única persona que podría detener a Mikey a esas alturas era... Nadie. Pensaba en sus amigos de la infancia, pero sí había conseguido derrotar a tres de ellos él solo y sin sus impulsos completamente activos, poca esperanza le quedaba.
Cuando el tiempo empezó a oscurecerse y el viento a levantarse, decidieron que era hora de marcharse de allí. Los hombres que protegían Hope las siguieron de cerda hacia el aparcamiento. Le resultaba extraño vivir de esa manera, con gente siempre a su alrededor y sin apartar la vista de ella ante cualquier amenaza que surgiera. Recordaba que cuando salía con Mikey los hombres a su servicio mantenían una distancia hasta que entraban en un local. La niñera, joven para el trabajoj que desempeñaba pero con una profesionalidad que asustaba, se acercó a otro coche que las esperaba con la puerta abierta. Kei balbuceó algo cuando su madre le dio un beso de despedida en la cabeza y le susurró alguna palabra bonita que le hizo reír.
-¿No viene con nosotras?
Hope negó, recogiendo la falda del vestido y metiendo la primera pierna en el coche. No podía imaginarse la sensación de cargar un barriga de tres meses y además moverse.
-Su guardería está aquí al lado. Uno de mis guardaespaldas la acompañara y se quedará con ella hasta que vuelvan a casa.
-Pensaba que a Ran no le gustaban las guarderías para su hijo.
Hope se rio.
-Las odia de un día para otro. Si fuera por él, la educación de su hijo dependería de un lobo antes que de una persona -comentó, dejando el bolso a sus pies-. Las cosas cambian, supongo.
Tenía sentido.
También pensaba que Ran nunca tendría esposa ni hijos por cómo era y allí estaban Hope y Kei. Supuso que las cosas cambiaban. Volvió a mirar a Hope, que se colocaba el cinturón alrededor de la cintura al otro lado del coche.
-¿Seguro que no prefieres que te lleve?
Vaciló.
Un miedo instalado a ella, en lo profundo, le instaba a aprovechar eso en vez de caminar de vuelta a su casa. Sola. Donde cualquiera podría haber estado esperándola... Su pesadilla más recurrente esos últimos días empezaba así, volviendo a casa y encontrándose a su asesino sentando en una esquina del apartamento esperando por ella. Recordaba el frío de la habitación, el miedo que recorría su cuerpo como una segunda capa mucho más interna. El asesino le sonreía directamente, y le decía: «Te dije que estaría aquí cuando menos te lo esperases», con la voz y el timbre de Sanzu.
Desde ese momento dormía abrazada a un cuchillo debajo de la almohada, con las ventanas cerradas, todo bloqueado, y cascabeles en los picaportes de las puertas. Cualquiera que entrase en su casa debería pensar que estaba loca, que se estaba volviendo loca.
-No quiero molestar -se sinceró, en parte mentira en parte verdad. Si Hope tenía cosas que hacer no iba a interferir en su casa solo para que la llevaran a casa.
-Tonterías. No tengo que entregar la obra hasta dentro de una semana. Un paseo un poco más largo no me hará mal
Ella vaciló, otra vez, pero la mirada insistente de Hope y el golpeteo tímido de los dedos del guardaespaldas en la puerta del coche la forzaron a entrar. El cuero del asiento era suave y se hundía con su peso. El interior olía a coche recién comprado, pero las tímidas manchas de tierra en el respaldo de un asiento le indicaron que Kei ya habría probado ese coche varias veces antes que ella.
El coche se puso en marcha. El suave ronroneo apenas era perceptible. Debía de ser de esos coches eléctricos de lujo que veía anunciarse por la televisión. El móvil de Hope empezó a sonar, una melodía suave rebotando en las paredes de ese espacio.
-Es Ran. ¿Puedo...?
-Por supuesto -le asintió, apartando mirada al exterior del vehículo en marcha como si así pudiera darle un margen de privacidad.
La voz de Hope cambió nada más descolgó. Seguía siendo amable, pero con un cambio en el timbre de la voz que no pudo vitara hacerla sonreír. Ella también solía cambiar el tono cuando hablaba con alguien que me gustaba. De hecho, estaba fundamentado que todos lo hacían como una llamada de apareamiento a la otra especie.
El tráfico estaba despejado, más allá de un par de coches que daban guerra delante de ellas, con un cielo oscuro sobre todos amenazando con la caída de algunas gotas que cayeron sobre el parabrisas. La calefacción estaba encendida, y ella se acurrucaba en el asiento como una niña la noche antes de Navidad al lado de la chimenea esperando a Papa Noel.
La voz de su amiga sonaba de fondo, acompañada de una rápida respuesta al otro lado de la línea que la hacía sonreír y brillar el rostro. Victoria tenía razón, se dijo. Si estuviera embarazada de una niña, le habría quitado toda la belleza poco a poco. Esperaban un niño; segun Hope, uno que ya sabia luchar. No tenian nombre elegido, pero podia imaginarse que cualquier nombre le quedaria bien a un niño cuyo apellido fuera Haitani. Algo le decía que incluso estando de una niña, la belleza de Hope solo deslumbraria más mientras hablase de esa forma tan íntima con su esposo sin tenerlo presente. Hope le estaba hablando de las nauseas de aquella mañana cuando una mueca le cruzó el rostro.
-¿Qué...? Qué raro. No escucho nada -comentó, lo que le llamó la atención y se volvió a mirarla. El guardaespaldas en el asiento de delante se giró en dirección a ellas antes de que Hope pudiera decir algo más-. ¿En esta calle hay obras? La llamada se ha colgado.
El guardaespaldas abrió la boca, pero no le salió ninguna respuesta por el ruido externo.
-Debe de ser la tormenta, señora
Un trueno distante, que iluminó el horizonte durante unos segundos. Hope se estremeció, llevándose una mano protectora al vientre. La alianza brilló. Si hubiese sabido que haberse quedado con ese detalle sería su perdición... Se hubiera quedado en casa encerrada.
Todo pasó en cuestión de segundos.
Un golpe seco y un crujido ensordecedor atravesaron el aire cuando el costado del coche chocó contra guardarrail de la carretera. Todo a su alrededor parecía moverse a cámara lenta. Un gritó sonó, pero no supo si de ella o de los otros tres integrantes del coche. Después, nada. Las ventanas explotaron en una lluvia de cristales, el coche giró sobre sí mismo antes de detenerse con un segundo impacto, más sordo, que sacudió todo su cuerpo. Mentiría si su vida no pasó por delante. Desde sus preocupaciones infantiles hasta el dichoso día que decidió dejar de formar parte de la banda criminal que la perseguía hasta el final.
El mundo se quedó en silencio.
Salvo por un leve tamborilero de la lluvia sobre los restos del coche y el exterior. No sabría decir si fuera también sonaba algo más. Un pitido sonaba en su oído izquierdo cuando volvió a recobrar la consciencia. Lo primero que notó fue el olor a gasolina y a metal. Adoraba ese olor. En algún momento de su vida, se volvió un compañero.
El hermano de Mikey era mecánico.
Delante de ella, uno de los asientos estaba vacío. No se veía al conductor. El otro guardaespaldas luchaba por arrancarse el cinturón que lo mantenían aún con esas protegido. Desde donde estaba podía ver el goteo de una herida sangrante en su oído, interna con muchas probabilidades. El intento de girar el cuello fue doloroso en las dos ocasiones que quiso comprobar el estado de Hope. Lo único que sabía de ella era los pequeños gemidos que soltaba y la sombra vista de reojo de una melena naranja moviéndose lentamente.
Al segundo intento lo consiguió. Y también quitarse el cinturón y arrastrarse hacia donde estaba Hope. «El bebé», se repetía. Si algo le pasaba a Hope, estaría en su consciencia, pero si además algo le pasaba al niño... Hope tenia la cara manchada, estaba despeinada y una parte de su vestido estaba roto.
De lo demás apenas fue consciente cuando el dolor le inundó el cuerpo, empezando por su cabeza hasta su brazo. Hope la miró con la mirada perdida en algún punto, pero ni ella pudo decir nada. Tenía toda la cara cubierta de sangre, pero ningún arañazo que pudiera delatar alguna herida.
Hasta que la escuchó gritar.
Los ojos de Sanzu Haruchiyo eran más azules que verdes.
Nunca se había dado cuenta de ese detalle, si lo pensaba bien. Fue el primer color que se le vino a la mente al recobrar la consciencia. Más azules, de ese azul tropical de las playas veraniegas de las islas vacacionales que el verde de sus praderas. En su cultura, el tener mucha agua en la mirada significaba un carácter apropiado para el tipo de vida que llevaba.
Era la unica parte de su cuerpo que veia cuando se ponia la mascara esa que utilizaba para cubrirse las cicatrices.
Había tenido pesadillas con ese azul días y días y días... Hasta que veía ese color en todos lados. Pero nunca le dio más importancia que el darse cuenta de que muchos colores en cuadros jamás encontrarían esa gama. Pareciera como si Sanzu Haruchiyo fuera único en su especie.
Fue lo primero en lo que pensó al despertarse en esa sala blanca que apestaba a antiséptico y desinfectante. Recordaba poco más que haber perdido la consciencia, ver mucha sangre y cristales rotos clavándose en ella. También haberse sentido volando, desorientada, fuera de lugar. Hope. Su bebé. Ellos necesitaban auxilio, dónde estaban... Pero no tenía fuerzas para decir nada. Solo para ser una inútil. No podía levantarse, tampoco, sintiéndose en una nube, mullida que la envolvía por completo.
Volvió a perder la conciencia.
Y la siguiente vez que se despertó, en vez de despertarse en la sala blanca y borrosa de la primera vez, estaba en otro lado. Que no reconocía a primeras ni lucia como un hospital. Ni olia a hospital; ni nada parecido.
La habitación es extrañamente silenciosa. Las paredes, de un blanco casi clínico, contrastan con los rayos tenues de luz que se cuelan a través de las cortinas. Su cuerpo seguía adolorido, y la última memoria clara que tiene es el accidente de coche. El sonido de las ruedas en el pavimento, sabía, le perseguiría en otras pesadillas. Aún no estando en el hospital, se sentía en una nube. Con los ojos entrecerrados, sin acostumbrarse a la luz, vio que además de estar tapada con una sábana apenas perceptible un tubo de goma serpenteaba fuera de la cama. Estaba conectada a una bolsa de líquido transparente.
Miró a su alrededor, buscando pistas, pero la habitación no le resulta familiar. Ni siquiera lo que apenas asomaba por la ventana, con las cortinas verticales apenas recogidas. En la mesita de noche, la más cercana, aparte de estar la bolsa a la que el tubo la conectaba había algo más. Un bote pequeño, con pastillas blancas, a la mitad. Su respiración se aceleró. ¿Qué sería? Pero su mente no estaba clara, se sentía confundida y aún ligera. Intentó mover las piernas, per lo único que consiguió fue el cosquilleo de sus pies al doblarlos. Se le escapó un quejido, cuando su cuerpo reaccionó a al darle la orden de mover los brazos. Estaba en manga larga, con una camiseta del doble de su tamaño, cuyas mangas se doblaban al mover las extremidades, y podía ver los arañazos tratados con una crema que olía extraño. No había rastro de ella en la mesita.
Apretó los puños, con la vaga sensación de que no estaba haciendo fuerza. Era extraño sentirse viva pero a la vez un fantasma. Sentirse en una nube y tan viva. ¿Por qué seguía viva? ¿No tendría que estar muerta después de aquello? La sangre, los gritos, la lluvia,... Tuvo que recopilar todas sus fuerzas para enderezarse, pese al chillido de sus músculos al hacerlo y las lagrimas que amenazaban con derramarse. Una vez incorporada, la vista era más diferente. En una esquina había una chaqueta tirada en el suelo, y no muy lejos una bolsa de plástico tirada con algunas cosas dentro. No muy lejos de ella había un trapo con sangre.
La cabeza le dio vueltas. Su atención volvió a centrarse en la mesita. En ese bote que no podía desencajar tanto. Mientras sus dedos se extienden hacia el frasco, pero justo cuando va a alcanzarlo, ya envuelto en su mano, escuchó un sonido cercano. Un golpe.
-Deja de husmear donde no te llaman -le dijo una voz, que reconocía, tan pronto como la puerta se abrió.
Flexionó los dedos, dejando caer la mano y el brazo en completo. De hecho, su cuerpo se lo agradeció. Las fuerzas le iban y venían de tanto en tanto. El silencio entre ellos regresó, como siempre había sido costumbre, mientras ella clavaba los ojos en él, envuelto en un albornoz blanco y con nubes de vapor a sus espaldas arremolinados. Volvió a dejar caer el brazo.
Un escalofrío helado recorrió su espalda, y el vaso de agua que estaba al lado y del que no había tenido constancia hasta ahora se deslizó de su mano temblorosa, estrellándose contra el suelo. El ruido del vidrio rompiéndose resonó en la habitación, pero Sanzu no apartó los ojos de ella, su mirada fija y devoradora.
-¿Qué es?
- X -le respondió sin mucha importancia, dándole la espalda para husmear en el armario. La luz del armario se encendió cuando las puertas correderas se arrastraron. No vio el interior, pero se hacia una idea de todo lo que habría dentro-. Una nueva mezcla.
Inspiró, sintiendo la presión en el pecho que no se marchaba. Se miró la vía intravenosa, todavía conectada a ella por una aguja en su mano diestra.
Apartó la mirada, desesperada por encontrar alguna salida, alguna señal de que esto no era real. Pero todo lo que vio a su alrededor solo incrementó su angustia. Las sombras que antes parecían moverse en las paredes ahora tomaban formas más definidas. Supuso que era una habitación en su casa. O en un piso franco. Los asesinos actuaban de aquella manera.
El miedo era tan intenso que casi le nublaba la razón, pero el dolor en su cuerpo y la realidad de su situación la mantenían despierta, forzándola a enfrentarse al horror de donde estaba. «Suero - se dijo, mirando a la bolsa a la que estaba conectada-. Es suero».
Sanzu no reaccionó al sonido del cristal roto, simplemente se inclinó lentamente hacia ella, como una sombra que se arrastra sin hacer ruido. Su presencia llenaba el espacio, invadiendo el aire alrededor de ella, tan cerca que podía ver el rastro de gotas que aún caían de su cabello sobre el suelo. La especie de mullet le favorecía los rasgos de la cara, con las gotas resbalando del pelo rosa y acabando en el albornoz que mostraba una parte de su pecho. Era alto, pero no muy ancho; no significaba que fuera menos fuerte.
-¿Me has arrastrado aquí para matarme?
-No eres tan especial. Órdenes.
No necesito saber más pese a lo desconcertante que era. Un día iba a matarla y al otro la llevaba a su casa por órdenes de su jefe. Él. Quería gritarle el sin sentido que era aquello y los mareos que le daban esos dos. Pero de repente pensó en Hope, en su hijo, en el grito que había escuchado y que le recorrió hasta los huesos al recordarlo.
-Hope. Ella... ¿Sabes si ella y su hijo están bien?
-Oh, el bastardo de Haitani, sí, sigue vivo -respondió todavía dándole la espalda, pero con un tono sorprendentemente suave para lo que decía-. Seguirán en el hospital haciéndoles pruebas, yo qué sé.
Sus pensamientos estaban fragmentados, saltando de una idea a otra sin poder asentarse. Sanzu hablaba como si todo esto fuera un detalle insignificante, como si ella no fuera más que una pieza en un juego que él ya había ganado.
«Están bien -se respondió-. Es lo que importa».
-¿Por qué...? - su voz salió quebrada, como si el mero acto de hablar le costara una eternidad-. ¿Por qué estoy aquí?
Sanzu soltó una pequeña risa, un sonido seco y vacío. Se dio la vuelta, la luz del armario apagándose. Solo vio el destello de los piercing reflejando con la luz que entraba por la ventana.
-Porque dije que te mataría -respondió simplemente, su sonrisa reapareciendo, pero esta vez más oscura, más retorcida-. En el hospital hubiese sido difícil. Con tantos cables y tantas cosas. Mikey me dijo que trajese así.
Intentó moverse nuevamente, pero el dolor le recorrió las costillas, recordándole que su cuerpo no estaba en condiciones de luchar. Y menos de levantarse. El suero la mantenía erguida y con fueras. Sin embargo, la adrenalina que comenzaba a correr por sus venas le dio una chispa de claridad.
Los ojos de Sanzu se entrecerraron ligeramente cuando notó su lucha interna.
-No hay necesidad de que sufras por nada. Luchar es inútil. Por eso no te he atado - sus dedos se movieron hacia el borde de la cama, rozando la tela de las sábanas con un gesto lento y casi afectuoso. Siguió todos los movimientos en silencio-. No puedo matarte. Aún.
Estaba atrapada bajo su mirada, sintiendo el peso de sus ojos como si la perforaran, pero había algo más en ellos ahora. Algo que ardía debajo de esa frialdad habitual. Odio, sí, pero también un rastro de algo más profundo, algo que iba más allá del simple deseo de matarla.
-Si no vas a matarme... - se atrevió a preguntar, aunque su voz temblorosa-, entonces, ¿qué quieres de mí?
Sanzu no respondió de inmediato. Caminó de un lado a otro, sus pasos resonando suavemente sobre las tablas de madera. Se detuvo frente a la ventana, aunque las cortinas bloqueaban cualquier vista exterior por su altura, y miró hacia abajo, como si estuviera reuniendo sus pensamientos.
Hubo un largo rato de silencio. Ninguno de los dos lo rompió. La respiración de ella estaba acelerada, con el corazón a mi por cualquier cosa que pudiera pasar en ese lugar que nadie, nadie, iría en su ayuda. Podía gritar, pero nadie la escucharía. Sanzu no la miraba a ella. Miraba al otro lado de la pared, al exterior, a la tormenta que caía fuera mientras ellos estaban en ese sitio.
Volvió a mirar a la bolsa de suero; se preguntó si era la primera que le ponía. No podía llevar mucho tiempo ahí... ¿No? ¿Cuánto tiempo llevaba dormida?
-Mikey debería matarte él mismo. Por todo lo que has hecho -rompió el silencio él, hablando más consigo mismo que con ella, con un tono calmado y reflexivo-. Tu único trabajo era continuar con él.
Si, ya había escuchado eso. De él, de hecho, la vez que la amenazó en la calle hace relativamente poco. Él y su obsesión por aparecer de la nada. Tiró del tubo hacia ella, recogiendo la bolsa. Cuando tiró de aguja, sintió la pesadez de toda su masa muscular acabar con ella. Lo dejó todo sobre la cama.
-No va a hacerlo... Te dejará libre como siempre cuando vea esos ojos de cordero inocentes, y me mandará comprobar que sigues viva.
Le costó estirarse en la cama. Las piernas golpearon el suelo con un golpe sordo, pero que no llamó su atención. El suelo estaba frío, y de lo único que sirvió fue para espabilarla. La camiseta se estiró, tensandose en la zona de la cadera y la cintura. Con seguridad le quedaba grande, no más que una camiseta de dormir ancha. Algunos botones estaban aflojados en la parte del escote.
-Le dejaste delante de todos, le humillaste... Y no te matará...
Se tocó la zona. Estaba húmeda, ligeramente. ¿Sudor? ¿Agua? No podía beber si ya estaba conectada al suero. Hasta él lo sabría. Pensó en la opción más lógica: el sudor de la fiebre o el mal olor del cuerpo. «Me ha lavado», pensó, subiendo la mano al cuello. Algunos mechones estaban pegados.
-Seguirás siendo el número dos incluso si yo no muero. No puedes pensar que Mikey te apartará solo por...
-¡Cállate!
Se calló. Más por sorpresa que por miedo.
El aire se llenó de un pesado silencio tras él, como si las mismas paredes de la habitación estuvieran procesando lo ocurrido. Ella se quedó allí parada, con los ojos fijos en él, sin saber cómo responder.
Sanzu permaneció en pie, un par de pasos alejados de ella, pero su cuerpo tenso como una cuerda a punto de romperse. La intensidad de su mirada era tal que no podía apartar los ojos de él, como si esperara que le diera una explicación o, quizás, una respuesta que ni él mismo tenía.
Finalmente, después de lo que pareció una eternidad, Sanzu dio un paso hacia ella. Su rostro estaba marcado por una mezcla de ira y frustración, como si estuviera peleando con un monstruo interno al que nunca había enfrentado. La vulnerabilidad que había evitado demostrar comenzaba a emerger como un tronco en el agua.
-No tienes ni idea de cómo me siento. ¿Me escuchas? Solo eres el juguete de Mikey. Nada más -le recordó, pero sabía que por mucho que la insultase de la misma forma, menos fuerza iba teniendo su discurso.
Y ella también lo sabia. Porque llevaba semanas enteras preguntándose por qué Sanzu la odiaría si nunca hizo nada contra él.
El dolor físico de las heridas que aún le martillaban el cuerpo parecía menor comparado con el dolor emocional que la amarraba a ese mundo. No sabía si podía calmar la tormenta en los ojos de Sanzu, si siquiera podría hacerlo sin destruirlo aún más.
-Yo también quiero sentir -le confesó, en voz baja, casi en un murmullo imperceptible.
La tensión entre ellos, siempre latente, se convirtió en algo tangible, casi eléctrico, en el momento que ella estiró la mano y las puntas de sus dedos se acercaron a su casa. No supo por qué lo hizo ni por qué quería morir de una forma tan ridícula a esa... Pero ella ya estaba tocando una de las cicatrices de sus comisuras, ásperas bajo ella, con la rugosidad hasta la parte baja de su boca. Sanzu la miraba con los ojos entrecerrados, su pecho subiendo y bajando con una respiración irregular. El odio seguía ahí, ardiendo en su mirada, pero debajo de esa furia abrasadora, había algo más. Algo más profundo, más oscuro, una conexión que ni ella misma podía negar.
Ambos sabían que lo que los unía no era solo el rencor, sino también una historia compartida, una relación que, por mucho que intentaran negar, ardía en las sombras de otra que les afectaba personalmente. Un vínculo que se había formado en medio de la violencia y el caos, y que ahora amenazaba con consumirlos a ambos.
Sanzu dio un paso adelante, inclinándose sobre ella, su rostro demasiado cerca, tanto que podía sentir el calor de su cuerpo. Ella no se movió, atrapada entre el miedo y una extraña sensación de inevitabilidad. Sus ojos se encontraron, y en ese momento, las palabras se hicieron innecesarias. Lo que sucedió después fue instintivo, como si hubiera sido predestinado por todo lo que habían vivido juntos.
De repente, Sanzu la había tomado por la nuca con una mano, y sus labios se estrellaron contra los de ella en un beso feroz, cargado de rabia y deseo. Fue un choque violento al principio, sus bocas encontrándose con una mezcla de furia contenida y pasión descontrolada. Elena sintió su cuerpo reaccionar de inmediato, primero queriendo alejarse, abandonar esa locura... Pero acabó haciendo todo lo contrario, respondiendo a la intensidad del momento, a pesar de todo el dolor, el miedo y la confusión.
El beso fue largo, y de alguna manera agresivo. Muy diferente a los que ella había recibido con anterioridad. Le recordaba a sus antiguas parejas que no sabían besar, y practicaban con su mano hasta que pensaban que lo hacía bien y llegaba el momento. ¿Sanzu Haruchiyo había besado a alguien en su vida? La vida en Bonten le había dado privilegios en su vida, pero no fortuna con nadie que se conociera. Tal vez tuviera a alguien... Lo apartó enseguida. Ese hombre no podía amar.
Un pero que no sabía besar y la estaba besando a la ex de su amo. Todo eran ironías.
Era un beso que dolía, que quemaba, y que, sin embargo, estaba impregnado de algo que ambos sabían que no podían ignorar. El calor de sus labios contrataba con los del otro, ligeramente ásperos, y cada segundo parecía extenderse en una eternidad. Las manos de Sanzu, fuertes pero temblorosas, se enredaron en su cabello, tirando de ella, atrayéndola hacia él como si no pudiera soportar la distancia que los separaba. Y ella, incapaz de resistir, se rindió a ese torbellino de emociones.
No había ternura en ese contacto, solo una necesidad desesperada, casi salvaje. Era una batalla en sí misma, como si cada beso fuera una forma de luchar por el control, por el poder que ambos querían mantener. Pero detrás de cada toque había más que odio.
«Mikey le mataría. Si me viese así... Nos mataría a los dos: a mi por serle infiel, y a él por tocarme», se recordó, en el momento que se dio cuenta de que todo aquello era real. Pero ya no estaban juntos... Daba igual. Se corrigió. «Nos mataría a los dos. A él por desobedecer y a mi por atreverme a jugar con su segundo al mando».
Una de las manos de él se aventuró por el cuello de ella. Desde su costado hasta su cintura, cubierta todavía por la camisa, su camisa, deteniendose al final de esta por la mitad del muslo. Las mejillas de ella ya se sentían ardiendo por el calor de aquella habitación, la calefacción encendida, pero la intensidad de ese momento se sentía irreal. Él la odiaba. Ella le detestaba. Y, aún con esas, se estaban besando y tocando como amantes prohibidos. Las manos de ellas se aventuraron poco, subiendo al cuello de su albornoz y tocándole la parte de piel expuesta.
Por un instante, ambos olvidaron dónde estaban, olvidaron la oscuridad de la habitación, las sombras que acechaban en las esquinas, y el peligro que siempre había estado presente. En ese beso, se encontraron de nuevo, en otra versión de ellos y otra vida, aunque solo fuera por unos segundos.
Pero entonces, como si ambos se dieran cuenta al mismo tiempo de la imposibilidad de lo que estaban haciendo, se separaron bruscamente. El sonido de su respiración pesada llenaba la habitación, y durante un momento, solo se quedaron mirándose, jadeando, los labios aún ardiendo por el contacto. Sanzu tenía los ojos muy abierto, más que nunca le vio, igual que los labios separados viéndola como si fuera una extraña.
Era una mezcla de algo retorcido y la realidad a la que se enfrentaba. Al choque psicológico que suponía para él hacer eso, hacerle eso a él.
-Esto es un error.
El silencio que siguió a las palabras de Sanzu era sofocante. Ambos permanecieron quietos, como si el peso de lo que acababa de suceder los mantuviera anclados en ese lugar. Por su parte, intentó apartar la mirada, pero los ojos de Sanzu, oscuros y llenos de una mezcla de emociones que no podía descifrar del todo, la mantenían prisionera. Era como si ese beso, lleno de pasión y odio, hubiera abierto una nueva herida que nunca podría cerrarse del todo.
Respiraba con dificultad, tratando de calmarse, pero las emociones que palpitaban en su pecho eran incontrolables. Todo en ella gritaba que debía alejarse, que debía mantener la distancia, pero había una parte más profunda, una que siempre había estado ahí, que la mantenía conectada a Sanzu. Esa parte sabía que, por mucho que intentara negar lo que había entre ellos, algo los unía de manera irrompible, incluso si eso los estaba destruyendo lentamente.
Sanzu no se movió, sus manos aún aferrándose a ella, como si no quisiera dejarla ir. Era un tipo de vulnerabilidad que no le había visto nunca; en general, nunca lo había visto débil. La alejaba pero la mantenía cerca.
-¿De verdad me odias tanto...? ¿Por qué fui y soy una distracción para Mikey...? -preguntó finalmente, en un tono roto y confuso.
La pregunta quedó flotando en el aire, pesada y llena de verdades incómodas. Sanzu apretó la mandíbula, como si luchara contra las palabras que quería decir. Sus manos se aflojaron un poco, pero no la soltaron del todo. Sintió un nudo en el estómago.
Sabía a qué se refería, pero escuchar esas palabras era como un golpe directo al corazón. Ella lo había dejado, sí. Había decidido apartarse de esa vida, de la violencia y del caos que rodeaba a Mikey y su pandilla, y en el proceso, había dejado atrás a Sanzu también. Ahora se daba cuenta de eso. De la forma indirecta en la que él la habka buscado todo el rato, pese al veneno que se soltaban el uno al otro para culparla de lo que hacía. De lo que le hacia. Pero nunca había imaginado que su ausencia podría haberle dolido tanto.
Porque él la necesitaba a ella tanto como ella había necesitado a Manjiro.
-Amé a Mikey -dejó escapar un suspiro entrecortado, con el miedo inundando una parte de su cuerpo que no sabía que existía-. Pero no puedo volver con él.
Los ojos de Sanzu, normalmente fríos, se entrecerraron ante sus palabras, pero no la apartó. Había algo roto en él, algo que ya no podía esconder bajo la capa de odio que había construido alrededor de sí mismo.
-¿De verdad Mikey quiere matarme?
Podía imaginar que sí. La conversación con Hope le dejaba claro que había algo de verdad en esa declaración. Pero necesitaba escucharlo de Sanzu. Esta vez, otra vez. Después de lo que habían hecho, de ese pecado que se los llevaría a los dos de saberse.
Los labios de Sanzu aún ardían tras el beso, un beso lleno de pasión e ira. Con el corazón latiendo violentamente, trataba de mantener la calma, pero sentía que cada respiración se hacía más difícil, más profunda. Sus costillas aún dolían por el accidente, pero ahora el dolor físico parecía desvanecerse frente a la tormenta emocional que la envolvía. Necesita escucharlo, necesitaba que él...
La respuesta nunca llegó.
De repente, el sonido de un golpe fuerte resonó en la casa, interrumpiendo el silencio opresivo. Dio un respingo, sus ojos se abrieron de golpe y su cuerpo, aún debilitado por las heridas, se tensó. Sanzu también se giró bruscamente hacia la puerta, su expresión cambiando de inmediato, de vulnerable a alerta.
-Quieta aquí.
No una solicitud o petición. Una orden.
Elena trató avanzar, pero una punzada aguda en el costado la obligó a detenerse, doblandola por la mitad. Todavía estaba demasiado débil, sus heridas recientes eran una carga que no podía ignorar. Aun así, su instinto le gritaba que no se quedara quieta. Algo no estaba bien. Había una sensación en el aire, una energía que le erizaba la piel.
Escuchó los pasos de Sanzu hacia la puerta, lentos pero firmes. Se podía imaginar su postura rígida. Apretó los dientes y se aferró al borde de la puerta del dormitorio, tratando de calmar su respiración y el miedo que comenzaba a instalarse en su pecho. La casa estaba dispuesta de forma práctica y apenas devorada. Ni un cuadro ni una decoración básica.
Eso sí, la katana estaba sobre un expositor hecho para el arma sobre una mesa. El reflejo le devolvía una imagen burlona de lo que era ella
Cuando Sanzu abrió la puerta, no lo vio directamente. A la persona que llamaba a esas horas y con tanta prisa. Se quedó en el sitio, apoyada en el marco de la puerta, con un brazo rodeandose intento no caer al suelo por la debilidad de su cuerpo. Tal vez el suero no hubiese sido una mala idea.
-¿Dónde está...? -preguntó la persona. La voz, el timbre, el tono, lo que fuera...
De pie bajo el marco de la puerta, el jefe de todos, el mismo hombre que consumía la lealtad de Sanzu hasta lo más profundo, permanecía inmóvil, su expresión indescifrable. Mikey no dijo nada al principio, pero sus ojos, oscuros y penetrantes, lo observaban todo. Era imposible saber lo que pensaba, pero su presencia llenaba el umbral como una sombra omnipresente.
Ella dio un paso hacia la entrada, apoyándose en las paredes mientras avanzaba, su cuerpo resentido por cada movimiento. El dolor en sus costillas y la cabeza la mareaba, pero no iba a quedarse atrás. Cuando llegó al pasillo, cojeando en la pierna herida, vio las espaldas de Sanzu y la silueta de Mikey en la puerta, ambos demasiado cerca, la tensión palpable.
-Sé que está aquí.
Sanzu no respondió de inmediato, y ella sintió que el aire se volvía cada vez más denso. Cada palabra que Mikey pronunciaba era una amenaza velada, como si supiera exactamente qué cuerdas tocar para desgarrar la frágil lealtad de Sanzu.
«No lo sabe».
En ese preciso instante, se inclinó hacia la pared para apoyarse, pero sus movimientos eran más torpes de lo que pensaba, y accidentalmente empujó una lámpara, que cayó con un estruendo. El ruido resonó por toda la habitación. Mikey se puso alerta de inmediato, sus ojos fríos se fijaron en ella. La tensión en el aire se volvió más intensa, como un cable a punto de romperse.
«Mierda».
-No es lo que piensas… - comenzó Sanzu, pero antes de que pudiera terminar, Mikey dio un paso más hacia dentro.
La ropa de Mikey, que continuaba siendo holgada pese a la posición social que tenía, encajaba con la escasa decoración y muebles de esa casa. De hecho, era probable que encajara en todas las casas de ricos que estuvo. A diferencia de otras veces, esa vez se veía completamente al margen de lo que ella conocía. Sus ojos se posaron en ella, más fijamente, y abierto como no recordaba haberlos visto desde hacía mucho tiempo; esa oscuridad que solo reconocía de hace unos años. Unos ojos como esos jamás la habrían mirado. Siempre se había esforzado en evitarlo.
Pero eso era fácil de responder. Porque no estaban delante de Mikey. Su Mikey. El hombre que la había hecho feliz durante diez años hasta cumplir su deber.
Estaban con Mikey.
La casa de repente se convirtió en un espacio angustioso. Y terrorífico. Estaban encerrados con el Mikey que se movía por sus impulsos oscuros, el que más miedo daba, el que no vacilaba y alejaba sus emociones. El verdadero líder. El silencio que lo acompañaba era doblemente peor a descubrir quién realmente estaba ocupando ese cuerpo. Porque nadie sabía cómo iba a reaccionar.
Supo, en parte, lo que estaba pasando por su cabeza en el momento que vio cómo esa mirada gélida y terrible se movía desde ella hacia Sanzu, que miraba todo con indiferencia como si nada fuera con él. Apenas pudo respirar al percatarse del pequeño detalle de lo que ella estaba llevando; una camisa que no era suya, en una casa que no le pertenecía y con heridas en el cuerpo que no eran de una situación normal.
-Estás malinterpretando todo -se apresuró a decir, dando un paso hacia delante que la hizo soltar un aullido. La pierna se le debilitó y tuvo que apoyarse en la pared.
Ella lo conocía demasiado bien. Vio cómo la furia en sus ojos crecía, alimentada por la traición imaginaria que su mente ideaba distorsionada. Porque los impulsos oscuros de Mikey solo conseguían lo contrario. El pecho oprimido se sentía demasiado en ese espacio.
-Mikey, no es...
Todo sucedió demasiado rápido. Antes de que pudiera reaccionar, Mikey ya se había lanzado hacia delante...hacia donde estaba Sanzu. Lo siguiente que escuchó fue el sonido y el eco en el apartamento de los golpes reverberando en la habitación como truenos. No sopo cómo reaccionar, qué hacer... No era ella quien solía ver esa reacción en él, menos saber cómo pararla.
-¡Mikey, para! -gritó con todas sus fuerzas, temblorosa mientras intentaba ponerse erguida y caminar hacia ellos. Sus heridas protestaron, su cuerpo se resintió, pero el pánico en su pecho era mayor que el dolor. Intentó avanzar, pero su cuerpo la traicionaba. A cada paso, el dolor la retenía en el sitio como una cadena aprisionándola contra la pared.
Pero tenía que hacerlo. Intentarlo. Detener aquello... Detener a Mikey en ese estado. Mikey estaba completamente perdido, en esa oscuridad que siempre lo consumía pero en ese momento todavía más. Dudaba que pudiera ver lo que realmente estaba haciendo. Sanzu, por su parte, boca arriba en el suelo intenta esquivar algunos golpes, pero no lograba contener la fuerza destructiva que su jefe le echaba sentado encima de él. A pesar de eso, se estaba riendo, aunque herido y con sangre disparada sobre el suelo, pero sabía que eso no iba a empeorar las cosas.
-¡Mikey, basta, por favor! -su grito fue desesperado, y finalmente logró acercarse lo suficiente. Se acercó a ambos, cojeando de una pierna, como una inútil y la responsable de aquello.
De ese malentendido. De lo que ella era responsable.
En medio de ese forcejeo en el suelo, Mikey lanzó un golpe que desvió el aire a su alrededor. Ella no pudo reaccionar a tiempo, y lo siguiente que vio fue la madera del suelo de cerca. El puño de Mikey, fuerte como el acero, la golpeó en la cabeza al intentar detenerlos, con tanta fuerza que vio las estrellas por un segundo. Su cuerpo se dobló por el dolor y agotamiento, y cayó al suelo, apenas consciente del dolor agudo que atravesaba. Fue solo un instante, un golpe que Mikey jamás había pretendido darle. Pero el daño ya estaba hecho.
Al principio no escuchaba nada, con un oído pitándole; la sensación extraña de que ese momento lo vivió con anterioridad pero no de esa manera. Las manos le temblaban moviéndose instintivamente hacia donde le dolía, tirada en el suelo como un trapo. Vio algo moverse por el rabillo del ojo. Aún con los puños en alto y agitado, se quedó congelado con los ojos clavados en ella. La rabia pareció desvanecerse momentáneamente.
Los segundos se sintieron eternos. Ella, aún en el suelo, levantó la mirada hacia Mikey, que la observaba con los ojos todavía muy abiertos como un gato curioso. Quería decir algo, hacer algo, se le veía... Pero todos ahí sabían que la oscuridad en la que estaba atrapado lo había empujado a aquello. La katana, con una empuñadura de cuero y decorada exquisitamente, a su lado. Se habría caído en medio de la pelea, del forcejeo. La mesa donde la había visto expuesta estaba destrozada, no muy lejos de donde era su lugar original. El acero deslumbraba, brillando y atrayendo miradas, y la tentación de usarla, de romper con todo, era abrumadora.
-No hagas nada estúpido -dijo Sanzu en voz baja y seria, aunque su típica arrogancia continuaba así, de otra manera. Más explícita-. No la toques.
Tuvo que notar su mirada sobre el arma, la duda en su interior, porque consiguió apartar a Mikey de encima de él para incorporarse. Un aullido salió de él, pero lo ignoró. Todo lo que había ocurrido en los últimos minutos pasó frente a sus ojos como un borrón: el caos, la tristeza, la furia de Mikey, su dolor... Y el golpe.
En el suelo, con su respiración irregular, ella sintió una mezcla de emociones devastadoras. El golpe había sido accidental, pero la herida emocional era mucho más profunda que la física. Ver a Mikey en ese estado, la violencia que lo había transformado en alguien irreconocible… ¿cómo podía seguir adelante después de esto?
Sus dedos temblorosos rozaron la empuñadura del arma, mientras su mente luchaba entre el dolor, la confusión y la ira. No había sido solo el golpe, sino todo lo que él había destruido en el proceso; los muebles, la casa, a Sanzu, a ella desde el inicio... Sanzu, viendo el panorama desde el suelo, trató de hacerla entrar en razón.
Pero en lugar de eso, ella dejó caer la mano al suelo, a su lado, dejando que sus dedos envolvieran la empuñadura de aquel arma tan poderosa. El dolor en su cabeza aún era punzante, pero la decisión ya estaba tomada.
-Mikey -murmuró finalmente, su voz en susurró que sonó extrañamente amenazador-. Aléjate.
Las palabras lo golpearon con más fuerza que cualquier golpe. Mikey, sin embargo, retrocedió, herido de una manera que ni siquiera las heridas físicas podrían describir. Tenía la camiseta manchada de sangre que salpicaba. Ella no lo estaba expulsando solo del cuarto; lo estaba alejando de ella. De todo. Esta vez, de verdad. Y en ese instante, comprendió que había perdido algo mucho más importante que la pelea: la confianza que una vez habían compartido.
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Seguimos, esto es un poco más largo V.V (2.1/4) y es mi quinceavo intento de publicarlo XD así que lo dividí por tres partes en la segunda parte XD porque no me deja el Tumblr a publicar mi textos largos XD
Con los siglos pasando, el mundo que solo era de un océano puro, comenzaron a salir islas flotantes, el dios creador, decidió mandar a las creaciones pecadoras a esas islas para cumplir sus condenas por blasfemar, siendo vigilados por el diablo de ese mundo. El diablo se sorprendió por todo lo que sus bestias se habían convertido, teniendo civilización y vida en sus océanos, “era de esperarse, por el poder de un dios” Susurro el diablo. Entrando al fondo marino y ver todas las nuevas especies que sus creaturas crearon. No podía sonreír con orgullo, ya que un diablo jamás debe crear vida, esto era obra de su dios y nadie más que él, podía llevarse el crédito, él era dios y era vida, él era el diablo y era el castigo…así que se encargó de cumplir con esa parte, castigar a los que ofenden a su dios y padre, usando a las creaciones de sus gigantes como merodeadores, ellos cuidarían esas nuevas islas que se llenaban de pecadores, y si alguno escapaba…serian devorados por las 5 bestias. Con una sonrisa en los labios, regreso a su infierno. Kosuke vio esas islas y a esos seres olvidados por dios, por lo cual decidió ser su nuevo salvador y que la carga de alabar a la luna lo hicieran ellos por él, así uso la magia de la perla morada y su cuerpo se trasformó en humano, y le dio a los humanos esperanzas, y que fueran a la isla lunar para alabar aún más a la bella luna que cumple deseos, mientras él no lo hacía. Incluso sus antiguas presas podían darle lo que el querría, porque necesitaba ahora a la luna, así que él se concentró en sí mismo e incluso busco a una humana y la embarazo para tener un futuro heredero, aunque la abandonaría a ella y a su disque heredero. En otros reinos, el rey Cthulhu al matar a la reina Cyanea y crear pulpos y someter a la hija de Cyanea, un tiempo después desapareció, dejando a su hijo Levi como el nuevo rey, y Levi era aún peor que su padre, tanto que castigaba por todo a Mir una obsesión se hizo real en su relación, Mir era abusada y golpeada por Levi quien gobernada ahora sobre su reino, y sobre ella. Mir por otro lado, aun después de todo la desesperación había algo que le daba esperanza, la perla rosa que había dejado su madre a ella, tenía algo que la calmaba y la consolaba, sueños que sanaban su triste realidad, ella se sentía libre, y por ellos ella también inicio una alabancia hacia la luna, quien algún día la tomaría a ella y a su gente como las futuras estrellas que adornarían a la luna, y ella podría por fin ser libre.
Espero y les guste 💜💙❤️💚💛
#senig063#senig#senig-art#original character#personajes originales#personaje original#oc#Kokoro y el mar de la Esperanza
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.sometimes it's hurt;
angst um pouco sensível, pode vir a ser gatilho. contém menção a agressão doméstica, esfaqueamento e ansiedade. me perdoem qlqr erro e boa leitura. <3
Os olhos se fecham com força e o peito se enche de ar. Odeia se sentir assim, o sentimento de angústia e a ansiedade que te faz tremer dos pés a cabeça. As vezes tudo que queria era poder desligar a própria cabeça.
Aquele apartamento escuro e abafado tem sido seu refúgio nos últimos dias, já se sente íntima do sofá de couro preto e da gatinha branca que se esgueirava entre suas pernas. Como de costume, se agacha quando entra e faz um carinho nos pelos macios de Luna. Logo ouve passos se aproximando.
— Trancou a porta? — a voz grave e rouca pergunta. Você levanta os olhos e assente. Jeno veste uma camiseta branca amassada e uma samba canção vermelha, presume que ele acabou de acordar.
Se levantando, você caminha até onde o rapaz está e entrega a ele as sacolas de papelão que carrega consigo. Vê quando o Lee arquea as sobrancelhas e espia para ver o conteúdo dali.
— Comida. De verdade — explica e dá dois tapinhas no ombro robusto — Quando eu vim na segunda só tinha macarrão instantâneo no armário.
Vai em direção a cozinha e abre a geladeira, tira de lá a garrafa de cerveja que deixou na última vez que esteve ali. Já está ruim, com gosto de velha e te causa uma careta.
Sente Jeno te observando do corredor e o olha, sorri fechado. Ele, porém, não retribui o gesto e se aproxima de você, deixa as sacolas sobre a mesa e para na sua frente, o corpo grande cobrindo o seu.
— Sabe que não pode ficar vindo aqui em casa desse jeito, não sabe? — ele diz depois de um tempo te encarando. O Lee respira fundo e segura seu queixo — A gente não 'tá mais junto.
— Tô atrapalhando? — pergunta, na defensiva. Dá dois passos para trás e aperta a longneck entre seus dedos.
— Não, flor. Sabe que não é por isso — ele bufa — Mas você tem um namorado. Um namorado que não sou eu.
Ouvir aquilo te abala mais do que deveria, principalmente porquê ele está certo. Você abaixa a cabeça e deixa os ombros caírem. Se sente burra e imponente. Burra por achar que Jeno te aceitaria assim, tão fácil depois de terminar com ele a um ano sem grandes explicações e sumir da vida dele por completo. Imponente por não conseguir explicá-lo agora o motivo da reaproximação repentina. Faz um mês desde que se reencontraram e que tem finalmente se sentido segura e cuidada outra vez. Mas já era de se esperar que ele não tolerasse aquilo por muito tempo.
Não percebe que seus olhos estão a ponto de transbordar até que sente uma mão em seu antebraço. O aperto não é forte mas desperta uma dor aguda que te assusta, e a garrafa que segurava cai no chão e quebra em vários cacos de vidro, espalhando o cheiro de cerveja pela cozinha. Jeno arregala os olhos orientais e imediatamente te puxa para perto dele.
— O que foi, hein? Sabe que pode me contar o que tá acontecendo — a voz serena e carregada de compreensão só serve para te fazer tremer, assustando o garoto — Vem aqui.
Ele te arrasta até a sala outra vez e vocês se sentam no sofá surrado, a gatinha se aconchega em seu colo e você sente as lágrimas ameaçando descer dos seus olhos. Então, ainda sem olhar para Jeno, tira a jaqueta jeans que usava e a aperta com as mãos suadas. Agora os braços e a clavícula estão desnudos.
Alguns minutos de silêncio se estendem. Começa a achar que foi uma má ideia, que não deveria despejar seus problemas sobre ele dessa forma e até pensa em levantar dali e ir embora para Deus sabe onde, mas é impedida quando o ouve dizer:
— Eu vou acabar com aquele desgraçado — finalmente o olha. Jeno tem a mandíbula travada e respira tão fundo que as narinas se expandem — Flor, desde quando ele tá fazendo isso com você?
Dá de ombros.
— Sei lá, uns três ou quatro meses. No começo eu batia de frente com ele, mas ele começou a ameaçar me matar — então você desabotoa a saia jeans longa que usa e expõe o corte que atravessa do seu umbigo até a virilha — Da última vez que eu tentei me defender ele me esfaqueou.
Não sabe ao certo o motivo de estar contando isso a ele, mas quando sente suas bochechas molhadas, não consegue parar de falar e falar.
— Eu... eu sei que isso não é da sua conta e que fui eu quem terminou com você. Mas eu sinto tanto medo, Nono. Eu temo pela minha vida todos os dias quando volto pra casa — continua a dizer e começa a soluçar. Sente suas mãos tremerem e acaricia Luna para tentar disfarçar — Não sei o que fazer. Me culpo tanto por deixar que aa coisas tenham chegado a esse ponto e...
É interrompida pelos braços fortes de Jeno que te envolvem e te apertam. Para de falar e se deixar levar pela segurança que ele te proporciona. Sente tanta falta dele, tanta falta de estar, de fato, em casa. Ouve quando ele funga e levanta a cabeça apenas para confirmar que, sim, ele está chorando também.
— Isso não é culpa sua, não repita isso nunca mais — a voz embargada diz, as mãos dele acariciando suas costas — Esse maldito nunca mais vai encostar em você. Nunca mais, me ouviu?
O Lee segura seu rosto choroso e te olha com toda aquela ternura que fez com que você se apaixonasse por eles anos atrás. Encostam as testas e choram juntos, você de alívio e ele, de preocupação.
— Você é e sempre foi o meu bem mais precioso. Nunca deixei de te amar e você não faz ideia do quanto dói ver as marcas que esse doente deixou em você — ele diz, trêmulo — Sei que não deve ser nem um terço da dor que tá sentindo e nos vamos cuidar disso, ok? Juntos. Vamos tratar dos seus machucados e do seu coração. Ele vai pagar por tudo que te fez passar. E eu vou cuidar você. Tá bom, meu amor? Juro que... — Jeno não consegue terminar de falar quando um soluço corta a garganta.
Ainda tremendo, você passa os polegares pelo rosto bonito do garoto e tenta sorrir para o tranquilizar. Vê quando ele morde o lábio inferior e olha para cima tentando cessar o choro, odiando toda essa situação. Odiando pensar que estava longe quando você estava sofrendo tanto.
— Isso é uma merda — você diz, por fim — Ele é um merda.
— É — concorda — Hoje você dorme aqui.
— Tá bem — concorda — Obrigada, Nono.
— Eu amo você.
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Uma fórmula matemática pode ter hits? A resposta é: sim! O Top 1 na Billboard que o diga!
Você pode encontrar esse post aqui!
Ladies and gentlemen, mesdames et messieurs
A big round of applause for the lovely f(x) ladies
Lançado em 29 de julho de 2013, um dos comebacks mais icônicos do kpop deu o que falar e é consolidado, até os dias de hoje, como um dos melhores álbuns de pop coreano. Misturando elementos de dance-pop, electropop, synth pop e art pop como só o f(x) sabe fazer, nós fomos apresentados à maior obra de arte já vista por meros mortais, vulgo, humanos.
Com a presença de 12 músicas e TODAS com mais de 3 minutos (melhore, kpop de 2024), o f(x) nos induz à um orgasmo sonoro da melhor maneira possível e invade sua casa com os melhores hits musicais. É um álbum tão bom que parece até pecado.
Denominada, e aclamada, como a melhor title da história do kpop por nós do Depois da Escola, Rum Pum Pum Pum tem tudo o que nossas garotas matemáticas são: estranha, meio barulhenta e totalmente diferente do que os ouvintes funcionais de música coreana estão acostumados. Porém, todavia, entretanto, é, sem brincadeira nenhuma, uma delícia para os ouvidos e totalmente suscetível à te fazer reproduzir a coreografia em qualquer hora do dia, tal qual LA Cha TA fizera alguns anos antes.
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MV de Rum Pum Pum Pum.
Como segunda faixa do álbum, temos a INCRÍVEL e TOTALMENTE BUCETUDA 미행 (그림자: Shadow), apenas Shadow para os íntimos. Essa, talvez, seja uma das faixas mais injustiçadas do mundo, tá. Como que me colocam uma música dessa no álbum e não promovem ela de jeito nenhum? Shadow aborda o tema stalker, em palavras mais chulas. Como um todo, ela diz respeito à estar sempre presente para alguém de maneira discreta. Essa obra-prima sonora foi feita para a Juno sob medida e todos nós concordamos (falando apenas da sonoridade! não temos criminosos aqui!)
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Stage de final de ano com Shadow.
Então, de repente, a Amber decide colocar o pau na mesa e falar no seu ouvido yeogil bwado pretty girl enquanto molha algumas calcinhas na terceira faixa do Pink Tape, Pretty Girl, fazendo uma crítica à sociedade desprezível que liga mais para os padrões estéticos do que a famosa beleza interior. O f(x) revolucionou uma geração ao cantar yeongwonhal jul aranni, oraeorae pretty girl gongjunim, isso é fato. Quer dizer, você não entendeu nada, né? Pois bem, eu também não, apenas abri o tradutor e essa frasezinha inspiradora quer dizer "Você acha que será eterna, garota bonita?"
Uma salva de palmas para elas, por favor. Ter a Luna cantando no pré-refrão e a Krystal no pré-refrão seguinte é, simplesmente, uma dádiva divina, um presente dos céus. Obrigada a todos os envolvidos
Não existe stage de Pretty Girl (no YouTube), então fiquem com o áudio,
Boys! Get Up! Get up! A Krystal tá lacrando de novo!
Muitos acreditam ser a mais skipavel do álbum, mas vim aqui para discordar de todos vocês. Pink Tape não tem nenhum flop e todos que declaram que esse som vindo diretamente dos campos de batalha de Persona e digna (com razão!) de uma full song no modo hard no Superstar SM deveriam repensar todos os seus atos de vida. Apesar da letra ser bem aleatória e sem nexo (isso se você não souber interpretar o mínimo de texto), é nítido o quanto elas estão dando aulas gratuitas de coach em Kick, visto que frases motivacionais como "Empurro com força o meu eu de ontem. Mesmo se eu escorregar e me machucar, vou seguir em frente [...]" estão presentes na faixa.
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Como eu disse: digna do Superstar! Só falta ser full song.
Você recebe sinais nos sonhos? Porque o f(x) recebe!
Primeiramente, vamos ligar o rádio e apreciar esse trabalho artístico saído diretamente de uma romcom dos anos 2000. Rádio ligado? Pois então, 시그널 (Signal) é uma das músicas mais memoráveis desse álbum sacramentado, mas não a única, claro. Incorporando diretamente a música retrô e o maravilhoso estilo disco, Signal nos leva em movimento retilíneo ao submundo das necessidades básicas do homem, porquê, se essa música não for tudo o que eu preciso para sobreviver, me tirem já deste planeta! Além de tudo, a faixa é uma metáfora acerca da sintonização do rádio, fazendo alusão à busca incessante de conexão em meio à solidão.
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Não tem MV oficial nem stage, mas temos fanmade!
Como nossas coachs não descansam nunca? Vocês me perguntam, e eu respondo: elas observam nossos passos!
Brincadeiras a parte, Step é uma música bem animada e o melhor remédio para um período depressivo (comprovado cientificamente!). A voz gostosa da Sulli invade seus ouvidos antes mesmo que você possa perceber e, BOOM, infestado pelo vírus de Step via osmose tal qual uma epidemia de zumbis à la The Walking Dead. Tendo isso em mente, não é surpreendente ver a letra, se deparar com "Opa! Em algum momento, eu passei você. Quando está pensando 'já', estou na sua frente [...]" e interpretar a música como uma forma de empoderamento e uma autoimagem positiva. Não podíamos esperar menos das nossas divas favoritas!
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Outra digna de Superstar SM!
Agora, essa talvez seja um dos meus arrependimentos como fã, viu.
Como todo álbum deve ter uma música bem mela cueca, o f(x) resolveu nos dar Goodbye Summer, um feat da Amber, Luna e Krystal com o D.O do EXO.
Assim, a música não é ruim e é bem gostosinha, até. A voz de todas harmonizam de um jeito muito singular com a voz dele e etc, etc. No entanto, tenho pra mim que é só uma adição no álbum que poderia ser mais um single qualquer do que uma track do álbum, MAS É APENAS UMA O P I N I Ã O!!!!
As fancams estão todas podres, então toma o áudio.
O HIT DO VERÃO! Se você não sabia o que era f(x) antes, vai saber agora com essas batidas babadeiras e vocais impecáveis presentes em Airplane. Tá afim de embarcar no avião do amor? Nossos valores de y cantam sobre como a paixão é imprevisível e emocionante, como uma viagem de avião. O preço é caro, mas as vezes vale a pena mesmo com as turbulências, né?
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Stage de Airplane.
Feito bonecos de Toy Story, o f(x) canta como se rejeita a viver os papéis exigidos pela sociedade com a mistura de sons que só elas sabem fazer, além de unir as pessoas pro movimento revolucionário que elas estão prestes a realizar em Toy. Sinceramente, essa música é inteligente, de um jeito incrível, sonoramente falando. Sei lá, não somos críticas profissionais, nem nada, mas só de se tratar do f(x), sabemos que pouca merda não será! Além de tudo, seria, facilmente, uma música de fundo de um filme de super-heróis
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É uma fancam focada na Amber, mas elas cantam Toy no minuto 1:52.
Manipuladora? Aqui não!
여우 같은 내 친구 (No More) relata a história de uma "amiga raposa" (tradução literal do título), que é astuta como uma... raposa e se molda toda vez que conhece um cara novo. Além de tudo, essa amiga meio que esquece que a gente existe, mas, no final, a gente tá sempre lá por ela, i got your back, né? A faixa é bem chiclete e gostosa de ouvir e foi escrita com uma caneta rosa cheia de glitter, caso queiram saber.
Fun fact: No more seria uma música da queen do falsete, Ariana Grande, presente no seu álbum "Yours Truly" e seria chamada Boyfriend Material. No entanto, felizmente, sua empresa decidiu vender pra SM e aqui estamos nós. Obrigada, Ariana Grande!
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Fancam de No More.
Versão da Ariana Grande.
Agora, uma salva de palmas para o f(x).
Como o melhor sempre fica pro final, Snapshot é, definitivamente, a sobremesa mais gostosa do restaurante. Eu realmente queria pegar todos os compositores dessa música e dar um beijo na boca de cada um por terem produzido esse orgasmo sonoro. Não tem nem palavras pra começar a descrever a beldade que essa música é, já que ela fica melhor a cada segundo que passa e isso não é nem uma hipérbole!
Mas tudo que é bom dura pouco, né?
Lembra que eu tinha falado que todas as músicas tinham 3 minutos? Então, por desventura, azar, infelicidade, tragédia e tudo o que seja abominável, Snapshot possuí míseros 2 minutos e 50 segundos................. Erraram com o f(x) muitas vezes, mais do que podemos, sequer, contar nos dedos ou lembrar esporadicamente, mas isso aqui... isso aqui foi a maior traição já feita na história da humanidade. Quem é Scar e Mufasa ao lado dos minutos de música roubados de nós? Eu sei que, como humanos, provar qualquer coisa que seja pertencente aos deuses é perigoso, mas, por favor, isso é ultrajante.
Fomos roubados de todas as formas. Não temos stage, nem MV, apenas o povo.
Para me abster de mais xingamentos direcionados à SM, vamos finalizar com o estilo e poesia (Eh, oh, eh, oh) que Ending Page nos entrega. Fechando o melhor álbum (não ironicamente, foi eleito na Billboard, amores) com chave de ouro, o f(x) não cansa de servir com seus vocais moldados diretamente pelas mãos de alguma divindade suprema, além mudança de sonoridade do começo da música para o refrão ser uma delícia e possuir a fórmula totalmente única do f(x).
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Fancam de Ending Page focada na Amber. Elas começam a cantar em 1:09.
Ainda que essa seja uma crítica muito convincente de duas adolescentes letradas em música (IRONIA), é bom pontuar que isso não passa de uma brincadeira e, infelizmente, não tivemos a oportunidade de viver o que o ano de 2013 proporcionou aos seus habitantes. A primeira vez que nós escutamos esse álbum foi em 2022 e, enquanto a contagem de votos para a eleição estava rolando, estávamos bem felizes cantando sobre dentes de siso e brinquedos!
Enfim, o álbum é top 1 no mundo do Depois da Escola e não há ser humano que discorde de nós. Se você discorda, claramente está errado.
É isso, stream no Pink Tape e vida longa à nossa eterna Sulli 🍑
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──MY HOGWARTS DR ⋆˙⟡🪶─ .✦📜.⊹₊ ݁.
[realidad deseada]❾¾
⚠️DISCLAIMER / AVISO: First part is in English, the second in Spanish ||| La primer parte esta en Inglés y la segunda en Español ༘ ⋆。 ˚⚠️
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ılıılıılıılıılıılı
ᴠᴏʟᴜᴍᴇ : ▮▮▮▮▮▮
.𖥔 ݁ ˖๋ ࣭ ⭑🪄
🐍⋆˙⟡— Jane Grindelwald, 17 years, born November 18. I have green powers like Wanda's, wow so original lol
Face claim: Indaco Miriam (IG: @/indacomiriam)
🐍⋆˙⟡— I'm shifting to the fourth year to the golden trio era. I heighted our ages. All the plot about Voldemort is lighter and less dangerous n less violent than the movies. We'll still fight against him.
My best friends are Luna, Harry, Hermione n Fred Weasley & George Weasley. I feel that for Ron and I to get along it'll take a while 'cause he's so closed minded about slytherins and i can tell we'll argue about it a lot. I will find it very funny to argue about it with him just to make him angry lol
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🐍⋆˙⟡— Jane Grindelwald, 17 años, nacida el 18 de Noviembre. Tengo poderes como Wanda pero verdes (so original lol)
Face claim: Indaco miriam (IG: @/indacomiriam)
🐍⋆˙⟡— Shifteo al cuarto año a la epoca del trio de oro. Eleve nuestras edades. Toda la trama de Voldemort esta mas aligerada, no sera tan violento ni grave como en las peliculas. Aun asi pelearemos contra Voldemort
Mis mejores amigos son Luna y Fred Weasley & George Weasley. Siento que para que Ron y yo nos llevemos bien va a llevar un tiempo porque el es muy mente cerrada acerca de los Slytherin. Igual, seria muy comico para mi pelearle simplemente para hacerlo enojar lol
𓂃 ࣪˖ ִֶָ𐀔 HAPPY SHIFTING !!
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