#raul cortez
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#tv shows#tv series#polls#terra nostra#raul cortez#ana paula arosio#antonio fagundes#1990s series#brazilian series#have you seen this series poll
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Ch. 130 of [[UWBL]] is up on Ao3/Wattpad!
[Ao3] // [Wattpad]
#far cry 6#far cry 6 fan fic#far cry 6 au#fc6#fc6 au#fc6 fan fic#diego castillo#evee ruiz#dani rojas#danijela rojas#maria marquessa#general sanchez#raul sanchez#anton castillo#bicho#juan cortez#clara garcia#ayoooo
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Noche UFC was overall pretty great. I've been following the sport since the year 2000 and having a card filled with mostly Mexican fighters almost brought a tear to my eye. Cortez and Loopy stand out, as well as Zellhuber. Rosa's Junior is a little beast. Cruz calling a bad stoppage from a mile away was funny as hell. The main event was a nail-biter! I had it 3-2 for Grasso but it was close. I always find it funny when non-mexicans talk about "the Mexican fighting spirit" lol they eat that shit up
#Noche UFC#Loopy Godinez#Tracy Cortez#Daniel Zellhuber#Raul Rosas Jr#Alexa Grasso#Mexican Pride#Brown Pride
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U.S. Congressmen Ask President Biden To Provide Sanctions Relief and Other Aid to Cuba
On November 15, a group of 18 U.S. Congressmen sent a letter to President Biden “with a deep sense of urgency to request immediate action to stabilize Cuba’s energy infrastructure and provide critical humanitarian assistance. The Cuban people are currently facing widespread blackouts and an escalating energy crisis, exacerbated by the impact of Hurricane Rafael. The situation is not only causing…
#"State Sponsor of Terrorism"#Alexandria Ocasio-Cortez#Barbara Lee#Cuba#Cuban energy crisis#Cuban human rights#Cuban migration to U.S.#Cuban political prisoners#Delia C. Ramirez#European Union#FAO#Greg Casar#Gregory Meeks#Hurricane Rafael#Ilhan Omar#James McGovern#Jan Schakowsky#Jesus “Chuy”” Garcia#Joaquin Castro#Jonathan L. Jackson#Mark Pocan#Nydia M. Velazquez#PAHO#Pramila Jayapal#Raul M. Grijalva#Steve Cohen#Sydney Kamlager-Dove#U.S. embargo of Cuba#U.S. exports of oil and LPG#U.S. humanitarian aid to Cuba
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#Congress#Puerto Rico#Status#Alexandria Ocasio-Cortez#Bipartisan Infrastructure Bill#Bruce Westerman#Contextomy#House Committee on Natural Resources#House of Representatives#HR 2757#Inflation Reduction Act#Jenniffer González-Colón#Nydia Velazquez#Olympics#Pedro Pierluisi#Power 4 Puerto Rico#Puerto Rico Status Act#Raul Grijalva#Senate
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If you live in the USA.
North Carolina - Alma Adams, Alexandria Ocasio-Cortez, Nydia Velazquez, Valerie Foushee
New York - Jamaal Bowman
Missouri - Cori Bush, Emanuel Cleaver
Indiana- André Carson
Texas - Greg Casar, Joaquin Castro, Veronica Escobar, Al Green, Lloyd Doggett
Florida - Maxwell Alejandro Frost
Illinois - Jesús "Chuy" Garcia, Johnathon Jackson, Delia Ramirez, Jan Schakowsky, Lauren Underwood, Sen. Richard Dubin
Washington - Pramila Jayapal
California - Barbara Lee, Maxine Waters, Mark DeSaulnier, John Garamendi, Robert Garcia, Sara Jacobs, Jared Huffman, Judy Chu, Ro Khanna, Tony Cárdenas
Pennsylvania - Summer Lee, Mary Gay Scanlan
Minnesota - Ilhan Omar, Betty McCollum, Dean Phillips
Massachusetts - Ayanna Pressley, James McGovern, Sen. Elizabeth Warren
Michigan - Rashida Tlaib, Debbie Dingell, Daniel Kildee
New Jersey - Bonnie Watson Coleman, Donald Payne Jr.
Wisconsin - Mark Pocan
Maryland - Kewisi Fume, Jamie Raskin
Virginia - Donald Beyer, Jennifer Weston
Arizona- Raul Grijalva
Georgia- Henry "Hank" Johnson, Nike Williams, Sanford Bishop Jr.
Vermont - Becca Balint, Sen. Peter Welch
New Mexico - Gabe Vasquez
Louisiana - Troy Carter
Mississippi - Bennie Thompson
Alabama - Terri Sewell
Colorado - Diana DeGette
Oregon - Sen. Jeffery Merkley
This is a list of all the senators and represenatives (61 as of December 7th) that have voted against Biden's campaign of giving the Israeli people more weapons to fight innocent Palestinians.
A big old thank you for these sensible people, doing what they can. A ceasefire is the bare minimum.
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Los pensamientos De Mewtwo imbatible.
Mewtwo Estaba pensativa
Anayka:Que Ocurre?
Mewtwo:No lo se. Por que las Noches en Noroteo son diferentes que las de Paldea?
Anayka:Sentido?
Mewtwo:Montañas.
Anayka:Pues...
Hace poco Munenori Yagyu Algunos Vecinos y humanos. Sobre todo estudiantes de Uva academy afirman que Noroteo esta rodeado por unas montañas me recuerda a ciertos paisajes así de mi tierra 🇵🇦 como la carretera de la pintada Coclé y hasta subi a la india dormida pero... llegé cansada y agotada despues de un gran viaje...
Mewtwo se puso detras de mi y me dió un abrazo:Se que Sufriste fuiste infeliz. Pero (*Con una Voz gentil Y una Sonrisa amable Mewtwo Estaba contenta por lo que hemos pasado como humanas y pokémon) pero tu sufrimiento debe terminar (*Derramando una lagrima de Felicidad)
Anayka:Mewtwo...
El Corazón de Mewtwo eliminó el Odio hacia los humanos era como si fuese mi madre. Pero encarnada en una Mewtwo que solloza y rie pero en ciertos casos odia a humanos como Raul.
A pesar de ser Valiente. Llorona alegre Modesta le dí un Abrazo
Anayka:Gracias.
La primera Vez que ví como Mewtwo Lloraba fue:
1. Almeda Socarrada (*Paldea) porque se sentia alejada de Mi debido a Alola Black Eclipse. Parece Referencia a las Lagrimas de Zelda de Breath of The Wild.
2. Cuando se percató de que es Mewtwo imbatible lloró y me abrazó a Mi y a Mew por que pidió perdón por haberme derrocado en una teraincursion.
En uno de sus sueños mientras estaba en la Master Ball soñó con Amber allí Mewtwo lloró al despedirse de Amber por ultima Vez
Caso Ogerpon/DLC 1 de Pokémon Purpura
El ultimo fue:La muerte de La periodista Delfia Cortez nac. 🇵🇦 en este caso debido al deceso de Tejada y Pelé (*Futbolistas de Panamá y Brasil) Lunala Zacian Miraidon Mew y Mewtwo lloraron por su partida. Caso Biodomo DLC 1 y Peacharunt. Epilogo Pokémon SV
Titulo:Las Lagrimas de Mewtwo. El Abrazo de una Amistad
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Mulher é presa por matar companheiro a pedradas e com água fervente
Uma mulher foi presa por suspeita de matar o próprio companheiro em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A vítima foi identificada como Bruno Machado Marino, de 39 anos, que era técnico de iluminação do Teatro Raul Cortez, desde a inauguração, em 2006. Conforme a polícia, no último sábado (9), Bruno foi levado em estado grave para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, com queimaduras e…
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Capítulo 4 - O crepúsculo dos deuses
Quarta-feira, 20:00 PM – Charming, CA
A família Cortez e seus agregados chegaram à casa de Gemma Teller, a anfitriã do jantar mais cotado da noite. A Mercedes G63 preta parou frente à entrada, e eles desceram, completamente embriagados; Denise era a única sóbria na parada. O salseiro da tarde tinha rendido pra caralho, e eles estavam em clima de curtição total. De certa forma, era o melhor que poderia acontecer, à final, levar conflitos até lá não seria uma boa ideia.
- Puxa, Chiquinho! – Moe disse ao seu pai, sacaneando com ele e solicitando que tocasse a campainha.
- À partir de hoje cê vai ser minha mulher, eu vou tirar você do cabaré! – Bibi cantou para Moe, fazendo todos gargalharem.
Jax surgiu na porta, recebendo-os e dizendo: – Caralho, já chegaram no grau!
- A minha família vai me deserdar, eu não tô nem aí, deixa o povo falar! – Jordie cantou também, continuando a zoeira.
- Queria estar assim! – Ele admitiu, enquanto todos entravam.
Moe e Arturo dividiam um energético, tentando fazer o sistema subir novamente. O Monster: mango loco, era seu elixir de energia, dando um coice no sistema nervoso central de ambos.
- Cara, vocês quebraram a imprensa naquela festa. Queria estar lá! – Jax disse, completamente energizado.
- Foi só uma reuniãozinha! – Moe exclamou, gargalhando.
- Caralho, reuniãozinha? Eu pensei que vocês só iam à bares e restaurantes, mas, aquilo foi loucura! – Jax pontuou, sem conseguir conter o riso também.
- Nós somos a alma daquele lugar, fazer o quê? – Moe admitiu, lembrando-se de sua formatura cabulosa.
- Na moral, vou ficar puto se vocês não me levarem na próxima! – Jax disse, sacaneando com ela.
- Relaxa, maninho, você vai ter a chance de estrondar muito com a gente! – Jordie afirmou.
- Alguém falou em estrondar? – Chibs perguntou, se aproximando e deslizando os dedos pelos cabelos de um jeito muito sexy.
- Eu estava comentando que nós vimos a formatura dela pelo noticiário! – Jax pontuou, rindo.
- Insanidade pura; nós queríamos ter participado! – Chibs disse, sorrindo de um jeito sacana.
- Se vocês estivessem lá, a cidade estaria em ruínas agora! – Bibi declarou, sem conseguir conter o riso.
- Pode crer! – Jax afirmou, acendendo um cigarro.
- Nós podemos criar nosso próprio salseiro hoje! – Chibs exclamou, voltando para a sala de jantar. Eles o seguiram.
- Até parece! – Bibi zombou, revirando os olhos.
Os integrantes da filial de Redwood estavam sentados à mesa, fumando, bebendo whisky e jogando conversa fora. Moe sentiu falta desse ambiente. John Teller estava na cabeceira, conduzindo o falatório generalizado. Denise foi para a cozinha ajudar Gemma com os últimos preparativos. Raul puxou uma cadeira ao lado do presidente, enturmando-se.
As senhoras do clube compuseram a mesa, preparando-a para que o jantar fôsse servido. Quando Moe se aproximou, um a um se dirigiram para cumprimentá-la. Ela abraçou Bob e Tig, como se não os visse há milênios. Juice e Happy foram mais discretos, mas, ainda assim, estavam felizes com o reencontro. Opie e Jéssica ainda não haviam chegado, mas, estavam à caminho.
Arturo estava acostumado com o moto clube, e sabia que Moe havia crescido entre eles, não tinha motivo para ter ciúmes. Mesmo Chibs não conseguiria incomodá-lo. Apesar dos olhares devoradores dirigidos à Mônica, não era ele quem o preocupava.
Os mais jovens foram para a sala, Jax os serviu com whisky e puxou um baseado, fazendo a alegria da trupe. Moe sentou-se no colo de Arturo em uma poltrona, Bibi sentou-se no chão frente à mesa de centro, ignorando a presença do loiro exuberante e vice-presidente dos filhos. Chibs ficou no sofá, ao lado de Juice e Tig, que tagarelavam sem parar, perguntando sobre a noite nova-iorquina.
Pouco tempo depois, Jéssica e Opie chegaram, juntando-se à eles na sala de estar. O cheiro de maconha podia ser sentido na entrada da casa e as risadas eram ouvidas alguns metros antes. Bianca estava fazendo tudo o possível para ignorar Jax, mas, ele não estava deixando barato. Sentou-se ao lado dela, para importuná-la como podia.
- No fim vocês acabaram juntos, amiga? – Jéssica perguntou a Moe, notando as caricias entre ela e o Argentino.
- Sim, nós estamos namorando! – Moe exclamou, sorrindo. Chibs engoliu em seco, afinal, ele não poderia reclamar.
- O Argentino é firmeza! – Tig declarou, sacaneando seu amigo. Arturo não falava muito, mas, ria como ninguém. Claro, quando o clima era favorável.
- A gente poderia cair pra um bar depois do jantar, o que acham? – Jax sugeriu.
- Nem adianta tentar, Jackson, o que rolou na formatura da Moe vai ser impossível de reproduzir aqui! – Bibi exclamou, revirando os olhos.
- Deixa de ser cuzona! – Ele disse, rindo.
- Acho que é uma boa! – Moe exclamou, rindo também.
- Não vamos conseguir replicar sua formatura, amiga, mas, a festa na fazenda dos pais da Bibi vai ser o auge! – Jéssica declarou, animando-se.
- Quero ir para o bar com vocês! – Jordie disse, aproximando-se. Eles gargalharam, e isso a aborreceu.
- A sua mãe caparia a gente! – Chibs exclamou, sacaneando com ela.
- Cuzões! – Ela disse, revirando os olhos.
- Você vai pra casa dormir, neném! – Tig sacaneou também, apenas para vê-la com raiva.
- Odeio vocês! – Ela disse, fazendo-os rir ainda mais.
- A gente te ama! – Moe exclamou.
- Eu vim até aqui só pra ver o Chibs atirando pra cima! – Jordie sacaneou, fazendo Jéssica, Bibi, Moe e Arturo quase desmaiarem de tanto rir, lembrando das palhaçadas na academia.
- Não seja por isso! – Ele disse, levantando-se, abrindo as portas da varanda e indo até o quintal, em seguida, disparou três vezes sua Glock.
- Tá loucão? – Jéssica questionou, apavorada. Ela era a única, os outros presentes vibraram.
- Por que você queria me ver atirando pra cima? – Ele questionou Jordie, enquanto voltava para dentro.
- É melhor eu não falar, senão, você vai descarregar o pente! – Ela exclamou, e os presentes gargalharam mais uma vez. Raul e John foram até a sala, para entender tamanha algazarra, mas, ao perceberem que estava tudo bem, voltaram para a sala de jantar rindo.
Gael e Lumen chegaram por último, questionando John sobre os tiros que haviam acabado de ouvir. O casal de hippies nunca se acostumava com o jeito maloca de seus amigos. Raul os acalmou, fazendo piada com a situação. Denise também ficava em choque, mas, não reclamava, pois, sabia que era inútil.
Quando o jantar foi servido, os arruaceiros se encaminharam para a mesa, rindo e conversando alto. Gemma sempre gostou de ter a casa cheia, com sua família e amigos. Todos se fartaram com o assado mais famoso de todos e cerveja. Jax e Bibi ainda estavam perrecando, apesar dos esforços dele, ela não facilitava sua vida. Moe e Arturo estavam em clima de romance novo, fazendo Chibs coçar a cabeça nervosamente toda hora. Jordie ria muito com isso, sussurrando para Jess, dizendo que era o chifre crescendo.
Após a sobremesa, os convidados se encaminharam para a área da piscina, ocupando as cadeiras e sofás, continuando o converseiro. Moe os deixou para ir ao banheiro, e Chibs ficou de olho, esperando o momento certo para segui-la. Quando ela saiu do cômodo, ele estava parado no corredor, encostado a parede frente a porta.
- Como foi que isso começou? – Chibs questionou, parecendo aborrecido.
- Isso o quê? – Moe questionou de volta, revirando os olhos.
- Esse seu namoro sem pé e nem cabeça com o Argentino! – Ele exclamou, encarando-a seriamente.
- O único que pensa isso é você! – Ela disse, tentando esquivar-se dele. Ele a puxou pelo braço.
- Já me esqueceu? – Ele exigiu, aproximando seus corpos.
- Há muito tempo! – Moe zombou.
- Por que está tentando fugir? Está com medo de que ele nos veja juntos? – Chibs questionou, rindo de um jeito sacana.
- Não estamos juntos, a única coisa que ele verá é você tentando me forçar a ouvir sua conversinha mole! – Ela zombou mais uma vez.
Ele a beijou, e Moe ficou furiosa, dando um tapa bastante caprichado na cara dele. Os dedos dela ficaram marcados em vermelho por sobre a cicatriz em sua bochecha esquerda.
- Você gostava da minha conversinha mole! – Chibs exclamou, sentindo seu rosto arder.
- Muito bem colocado, gostava, no passado, não é mais assim! – Ela pontuou, revirando os olhos mais uma vez.
- Parece que a cidade grande te mudou bastante! – Ele declarou, afastando-se dela.
- Você nem faz ideia do quanto! – Moe exclamou, passando por ele, rumando às escadas.
- Você está apaixonada por esse cara? – Chibs questionou, seguindo-a. Ela parou no meio do caminho e lançou um olhar efusivo sobre ele.
- Estou! – Ela disse, vacilando um pouco. Ele a conhecia suficientemente bem para saber que estava blefando.
- Mentirosa. Quem é o sortudo? – Ele perguntou, gargalhando.
- Não enche! – Moe exclamou, rindo.
- Fala pra mim, Momô! – Ele queria provocá-la.
- Você é inconveniente, puta que pariu! – Ela disse, voltando a caminhar. Ele continuou a segui-la, rindo e sacaneando.
No final da escada estava Arturo, com os braços cruzados sobre o peito e cara de poucos amigos, mas, ao notar a marca do tapão na fuça de Chibs, não conseguiu conter a gargalhada.
- Vai babacão! – Ele disse, sacaneando, antes de estender a mão para sua namorada.
- Tomar no cu, Argentino! – Chibs respondeu, passando pelos dois como um raio.
- Tudo bem, amor? – Ele perguntou, abraçando-a.
- Está sim, não se preocupe, o Chibs não representa nenhum perigo! – Moe exclamou, beijando-o e acariciando seu rosto.
Enquanto isso, no jardim dos Teller, Raul afastou-se dos presentes, sacou o celular do bolso e discou o número do pré-pago de Victória. A bebedeira o deixou um tanto sentimental. Aparentemente, a linha estava desativada. Isso não o impediu de tentar várias vezes, enquanto sentia o desespero crescer. A pulseira de ouro em seu punho esquerdo tremia, junto com o aparelho em sua mão. John observava o amigo, sabendo que a coisa estava feia pro lado dele.
Denise estava distraída conversando com Gemma e as outras senhoras. Por isso, não conseguia ouvir seu marido xingar e se afogar em whisky. John se aproximou, colocando a mão no ombro dele e dizendo: – Tá só a cara da derrota, meu mano!
- A desgraçada não me atende! – Raul exclamou, muito aborrecido.
- Você tá tremendo, calma cara! – John disse, rindo.
- Me empresta o celular aí, quero ver se ela me bloqueou! – Ele pediu, lacrimejando.
- Isso porque não te fazia mal, não é? – John perguntou, antes de entregar o aparelho para ele.
- Essa filha da puta é muito rancorosa! – Raul exclamou, ficando ainda mais puto ao notar que o número havia sido desativado.
- Será que não tem outro contato?
- Verdade; pega o celular da Mônica, por favor? – Ele pediu, pois, estava perpassado dos nervos. John foi até Moe, sabendo que seria perigoso contrariá-lo naquele estado.
Para a infelicidade dele, Moe e Vic não conversavam por ligação, então, ela percebeu que não poderia ser sua amiga. Por esse motivo, ignorou completamente as chamadas.
- Caralho, ela não atende! – Raul disse. Seu rosto estava vermelho de raiva.
Em alguns instantes o celular de Moe vibrou, era uma mensagem de Victória, dizendo: Pare de me ligar, não quero falar contigo!
O coração dele tamborilou no peito e um nó se formou em sua garganta, fazendo-o chorar instantaneamente. John não sabia o que fazer com ele nesse momento, mas, tratou de disfarçar. Eles sempre acabavam se acobertando.
- Calma irmão! – John pediu, pegando o celular de Mônica de volta. Ele viu a mensagem de Victória, e isso o fez entender o motivo de tanto nervosismo.
- Se ela estiver com outro, eu vou matar o cara! – Raul exclamou, ficando ainda mais irritado por estar chorando.
- Acho que ela não está pensando em nenhum outro! – John pontuou, analisando o contexto da situação.
- Eu fui burro demais! – Raul disse, esfregando o rosto nervosamente.
- Como assim? – John perguntou.
- Caí na pilha da Denise e acabei terminando com ela. A Victória é rancorosa pra caralho! – Ele exclamou. John olhou para os lados, verificando se ninguém tinha ouvido a afirmação dele.
- A raiva dela vai passar, vocês vão voltar! – John disse, tentando acalmá-lo.
- Cara, você não conhece a Victória; é capaz de ela dar pra outro na minha frente! – Raul lamentou, rindo de nervoso.
- Ela não pode ser tão louca! – John exclamou, gargalhando.
- Espero que você esteja certo, porque se ela for, eu vou fazer merda! – Ele admitiu.
- Para! – John exclamou, rindo ainda mais.
- Eu amo aquela desgraçada! – Raul disse, limpando as lágrimas e acendendo um cigarro.
- Quem disse que malandro não ama, mentiu! – Ele sacaneou.
- Minha vontade é pegar o jatinho e ir bater lá na porta dela! – Raul exclamou, rindo.
- Não faz isso, cara. Deixa a poeira baixar! – John aconselhou, sabendo das loucuras que ele era capaz de fazer.
- Abre essa mensagem aí, vou salvar o contato dela! – Raul disse, realmente obstinado. John gostava da zona, então, atendeu o pedido do amigo. Se um fosse para o inferno, o outro ia logo atrás.
Após copiar o número para seu celular, Raul apagou a mensagem e o histórico de ligações. Moe veio ao encontro deles alguns minutos depois.
- O que vocês estão aprontando, seus capetas? – Ela questionou, vendo a malandragem pairar no ar.
- Nada, meu amor! – Raul exclamou, rindo. John apenas balançou a cabeça em sinal de negação.
- Vocês podem devolver meu celular? – Ela pediu, rindo também. – Espero que não tenham passado trote em ninguém!
- Claro que não! – Raul disse, tentando disfarçar.
- Eu vou pro bar com o Arturo e a rapaziada, nos vemos em casa! – Ela exclamou, pegou o celular, deu um beijo no rosto dele e saiu.
- Cara, vê lá o que você vai fazer! – John disse à Raul, tentando não rir.
- Vou tampar ela na mensagem. Ela falou que não é pra ligar, não foi? – Ele exclamou, rindo de um jeito sacana.
- Para de ser louco! – John disse, e dessa vez não conseguiu segurar o riso.
- Que se foda, meu casamento já acabou mesmo! – Ele exclamou, dando de ombros.
- A Denise tá sabendo? – John perguntou, gargalhando.
Gemma e Denise observavam seus maridos confabulando e rindo feito loucos, em pé ao lado da piscina. Se elas soubessem o que estava rolando, os dois se dariam muito mal.
Quinta-feira, 00:00 AM
O moto clube mais temido do Estado seguia em formação para o bar da cidade. Cada qual em sua moto. Jax havia emprestado a moto de seu pai para que o Argentino pudesse levar sua morena para dar um jet. O barulho das Harley estremecia as vidraças em seu caminho. Moe estava agarrada à ele, e Chibs seguia ao lado dos dois, provocando-a o tempo todo. Depois de se livrar do sentimento por ele, ela acreditava que poderia surgir uma amizade, afinal, o escocês era engraçado e seu jeito a divertia.
Jax e Bibi seguiam se estapeando em cima da moto. Jéssica e Opie eram só paz e amor. Tig, Chibs e Juice eram só firula e palhaçada. O bonde estava formado, já poderiam ser presos por formação de quadrilha. Quando chegaram ao bar, estacionaram lado a lado.
- Já pode virar prospect, Argentino! – Jax exclamou, rindo e o fazendo rir também.
- Deus me livre! – Moe disse, empurrando o loiro.
- Já pensou, amiga? – Bibi sacaneou.
- Quem sabe! – Arturo exclamou, piscando para Mônica.
- Para amor! – Ela disse, dando um tapinha no braço dele.
- Deixa o cara, Mônica! – Chibs disse, rindo e mostrando a língua pra ela.
- Delinquente! – Ela exclamou, batendo nele também.
- Bora, Argentino, a gente fala com o J.T, ele te apadrinha! – Tig exclamou, animando-se.
- Teria que ser no charter de Manhattan! – Arturo exclamou, ponderando sobre a ideia.
- Amor! – Moe exclamou, rindo também.
- Boa demais, mano! – Jax disse, rindo.
- Já era, Momô, agora ele é um corvo! – Chibs exclamou, sacaneando com ela.
- Perdeu o namorado, amiga! – Jéssica disse, rindo.
- Até parece que você não está curtindo! – Jax disse, mostrando a língua para Moe.
- Olha o que você foi me arrumar! – Ela exclamou, rindo de seu amigo.
- A gente que sai ganhando! – Tig sacaneou também.
Todos entraram no estabelecimento, conversando e rindo muito. Os presentes os mediram de cima à baixo, sabendo que ali o fecho era certo. A música ao vivo estava extremamente contagiante, deixando o clima bastante propício para a confusão.
O ceifeiro no colete abria muitas portas, até mesmo as da cadeia, Moe pensou, rindo, enquanto caminhava de mãos dadas com Arturo. Ela não admitiria, mas, estava começando a gostar da ideia de namorar um filho da anarquia. Ela perderia o segurança, mas, ganharia um motoqueiro malvado. Parecia uma troca bastante justa.
Eles se acomodaram em uma mesa, e em pouco tempo duas garrafas de whisky surgiram. Doses e cigarros acesos embalavam o falatório do grupo. Moe não imaginava o quanto esses momentos lhe faziam falta até voltar a vivê-los. Nova York nem passava por sua cabeça. Entre beijos e carícias com Arturo, ela se divertia.
- Ai amiga, faltou o Otto e o Treze aqui! – Bibi lamentou, e Moe concordou com a cabeça, fazendo biquinho em seguida.
- Caralho, o Werneck apavora! – Jax exclamou, rindo alto.
- Eles chegam amanhã! – Moe pontuou, comemorando. Arturo não gostou da lembrança, mas, não disse nada à respeito.
- Cara, a festa vai ser insana! – Jéssica admitiu, animando-se.
- Que festa é essa? Meu sobrenome é bora! – Chibs exclamou, rindo.
- A Bibi organizou uma festa com o Werneck, vai rolar lá na fazenda! – Moe comentou.
- Podemos colar, encrenqueira? – Jax perguntou, piscando para Bibi.
- Adianta falar que não? – Ela exclamou, revirando os olhos.
- Não! – Tig pontuou, fazendo todos rirem.
- A Victória e o Gaguinho também vêm! – Bibi pontuou, e isso irritou Arturo.
- Ah pronto, vai dar merda! – Jéssica disse, rindo de nervoso.
- Por quê? – Jax questionou, querendo entender.
- O Argentino vai tampar o Gago na porrada, olha a cara dele! – Jéssica sacaneou.
- E eu vou ajudar! – Chibs exclamou.
- Para gente! – Moe disse, revirando os olhos e rindo.
- Se ele chegar na maciota não vai precisar! – Arturo exclamou.
- Qual é a desse Gago? – Jax perguntou, levando o papo à sério. – Se ele gerar com o Argentino, geral vai tampar ele na porrada!
- Ai Jax, o cara é de boa, relaxa! – Bibi pontuou, revirando os olhos.
- Papo reto, o fecho vai ser certo! – Tig exclamou, abraçando a treta.
- Podem parar, não tem nada à ver! – Bibi disse.
- Eu tô de boa, vai depender dele! – Arturo pontuou, rindo.
- Relaxa, amor, não vai ter nenhum conflito, todo mundo vai curtir junto! – Moe exclamou, beijando o rosto de Arturo.
- Ele tem que ser muito cara de pau pra vir, porque, levou perdido o dia todo! – Arturo sacaneou, gargalhando.
- Beleza, ele é folgado, mas, qual a cena? – Jax perguntou, ainda sem entender.
- Você quer falar, ou, quer que eu fale? – Arturo perguntou à Moe.
- O Gago é um associado do comando; fiquei com ele algumas vezes, mas, não virou nada. Toda essa pilha é por causa de uma resenha que rolou na academia ontem. Meu pai levou a zoeira muito longe e acabou chamando ele pra colar aqui. Foi isso! – Moe pontuou, revirando os olhos.
- Explica direito, Mônica. O cara tá gostando dela, e tá achando que vai chegar junto! – Arturo pontuou.
- Bonito né dona Mônica! – Chibs exclamou, gargalhando.
- A culpa não é minha, foram a dona Bianca e o seu Raul que deram inicio na treta! – Moe disse.
- Você deu perdido nele, amiga? – Jéssica questionou, parecendo chocada.
- Você lembra que ele falou que ia ligar depois? Então, ele ligou umas dez vezes! – Moe comentou, com um sorriso amarelo.
- Nós vamos tampar ele na porrada sim! – Chibs declarou, dando um tapa na mesa. Todos riram.
- Que bobagem! – Moe disse, revirando os olhos.
- Não é bobagem não. Você falou pra ele que não queria namorar, na cena da academia só faltou xingar a mãe do cara, e no mesmo dia o que foi que você me pediu? – Arturo perguntou, rindo.
- Para amor! – Moe disse, escondendo o rosto no ombro dele de um jeito tímido.
- O que ela te pediu, Argentino? – Tig questionou, morrendo de curiosidade.
- Eu sei, eu sei! – Bibi exclamou, gargalhando.
- Eu não vou entrar em detalhes, porque fica chato, mas, não é bobagem. Ela está avisada sobre o que vai acontecer se esse maluco chegar muito afobado! – Arturo exclamou, acariciando o cabelo dela.
- Chegou acelerando, já era! – Jax exclamou, rindo muito.
- Tem que ser muito cara larga pra aparecer! – Chibs sacaneou.
- Coitado, o cara nem sabe o que tá acontecendo! – Moe disse.
- Não tem o que saber, amiga. Tu falou pra ele que não queria nada sério, fez o maior doce pro cara não vir, não atendeu as ligações, assumiu o romance com o Argentino. Tá tudo super claro! – Jéssica pontuou.
- Óbvio. Até eu que sou mais tonto tô entendendo! – Opie exclamou, rindo.
- Deu o maior pinote no maluco! – Chibs disse.
- Se ele chegar devagar, vai ter tempo de se situar no bagulho! – Arturo pontuou, beijando a testa de Moe.
- Tá vendo o que tu arrumou, amiga? – Moe disse para Bianca.
- Eu não arrumei nada, foi seu pai! – Bibi exclamou, gargalhando.
- Você tá muito amiguinha desse maluco aí, não tô gostando não! – Jax declarou, lançando um olhar efusivo para ela.
- Ai Jax, para de ser cuzão. Ele é muito de boa, você vai ver! – Bibi pontuou, revirando os olhos.
- Chega de Gago, pelo amor de Deus. Manda descer mais whisky aí vai! – Moe exclamou, aborrecendo-se com a falação.
- Vamos falar dessa tal de Victória então! – Tig pediu, gargalhando.
- Ela combina com você, mano! – Bibi disse, rindo muito também.
- Verdade, migo, ela é seu número! – Moe pontuou, animando-se.
A conversa estava rendendo. Moe pediu mais whisky, e com certeza foi atendida. A música ficou mais animada, e isso fez com que Arturo tirasse sua dama para dançar. A bela morena demonstrou muita habilidade e isso o surpreendeu.
- O filho da puta ganhou na loteria, não tem nem como ficar puto! – Chibs exclamou, rindo ao ver a cena. Os ocupantes da mesa riram também.
- Chora escocês! – Tig sacaneou com ele.
- Quê isso, deixa ela ser feliz! – Ele disse.
- Nossa, que evoluído! – Bibi sacaneou também.
- É porque o Argentino é meu brother, esse Gago vai rodar se vier acelerando! – Chibs pontuou.
- Falei cedo demais! – Bibi pontuou, gargalhando.
- Cê tá é querendo ser sócio do Argentino! – Jax exclamou, dando uma pedalada no pote do escocês.
- Bem a cara dele isso! – Jéssica concordou, fazendo todos rirem.
- Vai doidão, o Argentino é ciumento! – Bibi comentou, sacaneando.
- Para, eu e a Mônica não rola mais! – Chibs pontuou.
- Por isso que tua fuça tava marcada, né malandro? – Bibi questionou, rindo ainda mais.
- Como assim? – Tig perguntou, rindo muito também.
- A Moe deu um pranchadão nele! – Jéssica exclamou.
- Bem-feito! – Jax sacaneou.
Após algum tempo, o casal voltou para junto do grupo. Moe se acomodou no colo de Arturo, acariciando seu cabelo e dando vários beijos em seu rosto. Inegável o fato de que o romance estava rendendo para ambos. Quando o assunto era se curtir, eles sabiam bem o que estavam fazendo.
07:00 AM
Raul e Denise dormiram de costas um para o outro, sem trocar ao menos uma palavra. Ele estava magoado e ressentido, isso o distanciava muito dela. Por mais que estivesse cumprindo sua promessa parcialmente, sabia que não demoraria até voltar a se envolver com Victória, e para o azar de sua esposa, não seria por vingança.
Ele aceitava bem sua culpa no desgaste da relação, mas, o fato de envolver sua filha o deixava muito puto. Ele não podia esquecer esse detalhe, por mais que tentasse. O rompimento total viria em breve, e ambos sabiam disso. Mesmo que houvesse sentimento, algumas coisas são difíceis de relevar. Denise lamentava profundamente.
Ao despertar, ele encarou o teto, imóvel. Victória veio em sua mente, e isso o aborreceu. Ele pensou em mandar um textão, explicando à ela o motivo pelo qual havia terminado e se arrependido logo em seguida. Mas, se enviasse seus reais pensamentos, provavelmente ficaria no vácuo. Ele se perguntava em que momento havia se tornado um covarde, temendo as reações de alguém.
Por um instante, vacilou em seu ressentimento, virando-se para Denise, ainda adormecida. Ele a abraçou, sentindo o cheiro de seu cabelo. Por mais que detestasse admitir, não teria coragem de deixá-la. Ela despertou, abraçando o braço dele e dizendo: – Bom dia, amor!
- Bom dia! – Ele sussurrou ao ouvido dela, beijando seu rosto em seguida.
Denise se virou para ele, beijando sua boca. Os dois se olharam por alguns segundos, como se seus pensamentos estivessem sincronizados, disseram juntos: – Me perdoe! – ambos riram.
- Nós temos que parar de brigar assim! – Ele pediu, acariciando o cabelo dela.
- Concordo! – Denise exclamou. Os dois continuaram abraçados por mais um tempo, trocando caricias e conversando sobre suas vidas.
Moe, Arturo e Bianca chegaram à casa, após a madrugada de curtição. Jax os deixou e voltou para sua casa também. Antes que pudessem entrar, a viatura de Wayne Unser estacionou frente à entrada da garagem. Ele e David Hale desceram, caminhando em direção aos três.
- Salve, Azul! – Moe cumprimentou Hale, sacaneando sua farda.
- Bom dia, Mônica, seu pai está em casa? – Ele questionou, parecendo preocupado.
- Depende, é da parte de quem? – Ela questionou.
- Por parte do departamento de polícia de Charming! – Ele exclamou.
- Precisamos falar com ele! – Wayne completou.
Arturo se adiantou, adentrando a residência e avisando Raul sobre a presença dos cabeça seca que estavam à sua procura. Alguns minutos depois, ele apareceu, esperando o problema certo.
- Bom dia, senhores, em que posso ser útil? – Ele questionou os dois.
- Você está preso! – Hale disse, encaminhando-se para algemá-lo.
- Não precisa disso! – Wayne o impediu.
- Como assim? – Moe exigiu, completamente apavorada.
- Nós estamos cumprindo um mandado vindo de Nova York! – Wayne comentou.
- Tá certo, vamos nessa! – Raul exclamou, rindo. Ele jamais resistiria à prisão, isso só pioraria sua situação.
Jordie, Denise e Arturo pontaram na porta da residência. O Argentino teve de conter a esposa de seu patrão, para que não houvesse mais problemas. – Por que vocês estão fazendo isso? – Ela exigiu.
- Nós só estamos cumprindo a lei! – Hale exclamou, completamente satisfeito enquanto acomodava Raul dentro da viatura.
- O que aconteceu, pai? – Jordie questionou, enquanto se aproximava da janela do carro.
- É só um mal-entendido, meu amor, fique tranquila! – Ele pontuou. Moe teve de se colocar entre sua irmã e Hale. A baixinha queria trucidá-lo.
As garotas seguiram a viatura, enquanto Arturo passava um rádio aos associados, notificando-os sobre o ocorrido. Cada qual desprendeu-se para cumprir suas funções, tudo que importava era tirar Fico Segundo da prisão.
Já no departamento, Wayne algemou Raul para iniciar a oitiva gravada de seu depoimento inicial. Depoimento esse que seria dado inúmeras vezes até o final do árduo processo. Ele manteve os punhos sobre a mesa o tempo todo, enquanto encarava os olhos de seu velho amigo. Raul declarou ciência sobre seus direitos e a oitiva começou.
- Diga seu nome completo em alto e bom tom! – Wayne pediu, completamente tenso.
- Raul Julian Gutiérrez Palácios Cortez! – Ele exclamou.
- Sua data de nascimento! – Wayne voltou a pedir.
- Dez de Março de mil novecentos e setenta e três! – Raul declarou.
- Qual sua profissão? – Hale questionou.
- Advogado! – Ele respondeu.
- Onde o senhor esteve na noite de oito de Maio de dois mil e vinte e três, entre às sete e as dez horas? – Wayne questionou, e um nó se formou em sua garganta.
- Em Manhattan. Fui visitar minha amante em seu apartamento! – Raul respondeu. Wayne congelou.
- Qual o nome dela? – Ele questionou.
- Victória Ponce Chaccón! – Raul exclamou.
- Por qual motivo o senhor a visitou? – Wayne perguntou.
- Para mantermos relações sexuais! – Ele respondeu, completamente calmo.
- Além da senhorita Chaccón, há outra pessoa que o tenha visto nesse período? – Wayne voltou a inquerir.
- O pai dela! – Raul exclamou.
- Qual o nome dele? – Hale inqueriu.
- Percival Chaccón! – Ele respondeu.
- O senhor está ciente de que está sendo acusado de duplo homicídio, cujas vítimas são dois oficiais que estavam em serviço, e cuja pena para tal crime qualificado é a morte por injeção letal? – Wayne questionou, engolindo em seco.
- Sim, estou ciente! – Raul pontuou.
- O senhor está ciente de que será mantido em regime fechado junto à prisão Estadual de Stockton enquanto aguarda o julgamento? – Wayne inqueriu.
- Sim, estou ciente! – Ele exclamou. Os oficiais presentes tremiam e temiam Raul, mas, ele estava completamente sereno.
- O senhor será encaminhado à Stockton imediatamente. Podem levá-lo! – Wayne declarou, com pesar na voz.
Ao sair da sala, Raul se deparou com suas filhas. Moe e Jordie, que choravam copiosamente vendo-o ser escoltado. – Fiquem calmas, meus tesouros, vai ficar tudo bem! – Ele disse, lamentando não poder abraçá-las.
Denise estava completamente sem chão, próxima à viatura que o levaria. De dentro do carro ele sussurrou: – Eu te amo!
- Eu te amo! – Ela respondeu, com as mãos sobre o vidro fechado. Ele levantou os punhos algemados e tocou no vidro também.
- Eu vou voltar! – Ele exclamou, antes que os oficiais arrancassem rumo à Stockton.
No caminho para a inclusão ao presídio, Raul pensava em sua família, e no quanto gostaria de arrancar o couro de Caio Valério por fazê-las passar por isso. Ele tinha plena certeza de que seria absolvido, mas, elas não. Ele jamais poderia esquecer o terror em seus rostos. Isso o magoou profundamente, muito mais do que a traição de seu ex-sócio. Cuja cabeça estava à prêmio no momento.
Enquanto entregava seu escapulário de são Bento, pulseira, relógio, anéis e a aliança de ouro, para receber seu pijama laranja, ele pensava no fardo pesadíssimo que recairia sobre Mônica. A gestão de todo o comando e da família estava em suas pequenas mãozinhas. Ao parar frente ao stand para fazer sua foto, ele pensou: Seja bem-vindo ao inferno.
Todos os detentos o conheciam muitíssimo bem. Na verdade, conheciam seu legado. Houve um silêncio ensurdecedor em todas as celas enquanto ele caminhava pelo corredor. Os agentes nunca haviam presenciado algo assim. Ele adentrou sua nova casa, tranquilamente. Os detentos baixavam a cabeça ao chegar perto dele, mesmo que por um instante.
- Quem é você coroa? – O agente carcerário perguntou, completamente intrigado.
- Um Zé da Silva e você? – Raul respondeu, antes de ver a porta da cela se fechar. O agente não entendeu, mas, ele sabia exatamente o que estava fazendo. Todos os companheiros gostariam de ser um Zé da Silva como ele. Quando o agente virou as costas, os companheiros cumprimentaram seu padrinho, com enorme respeito. Ali dentro, ele era uma lenda.
Raul tinha a estranha habilidade de não ficar em choque em situações como essas. Ele sabia que era transitório. Caio pensou que entregá-lo derrubaria seu império, mas, o pesadelo do sistema já tinha em mente algo assim. Do lado de fora, seus associados corriam. Graças à Mônica, até mesmo a localização do cagoete era sabida.
Apesar do renome que o tornava intocável, ele buscava se comportar como um ninguém. Ouvir pouco, falar menos ainda, essa era sua lei. Mesmo podendo ligar para sua família à qualquer hora, preferiu não o fazer. Não gostaria de fazer cena, dar goela para os cabeça seca não passava por seu pensamento. Victória e Percy confirmariam qualquer coisa que ele tivesse dito. Werneck alteraria toda e qualquer imagem dele naquele dia.
15:00 PM – Manhattan, NY – Andar da presidência da P.C Média
Fredo caminhava de um lado para o outro em sua sala, aguardando a chegada de Trevor. Ele e Victória adiantariam sua viagem para Charming em decorrência da emergência que se desenrolava. Entre doses de whisky e cigarros, o Gago desesperava-se, volta e meia entrando em parafuso.
Ele pensava no que Moe estava sentindo, queria muito estar à seu lado nesse momento. Apesar da distância que sentia entre eles, conseguia colocar-se em seu lugar, pois, sabia que enlouqueceria ao ver Jorge ser preso. Victória também estava mal, bastante arrependida por não ter atendido as ligações de seu amor.
Vic adentrou a sala do presidente, encontrando Fredo parado frente as enormes vidraças, completamente perdido. Bebendo e fumando feito uma caipora.
- Os Cortez dão um trabalho desgraçado! – Victória pontuou, revirando os olhos.
- Infelizmente, mas, a gente se amarra! – Fredo exclamou, rindo de nervoso.
- Cuidado, a Mônica é o Raul todinho, logo, não vale uma picada de fumo! – Ela disse, rindo também.
- Como assim? – Ele questionou, virando-se para sua assistente, com a maior cara de espanto.
- Eu tô toda ferrada, o filho de uma puta ruim terminou comigo! – Vic disse, aproximando-se e servindo-se com uma dose de whisky.
- Ele terminou com você? – Fredo perguntou, tale qual o meme da Nazaré.
- Sim, ele terminou nosso romance. Quero matá-lo! – Vic admitiu, tomando um pouco de sua dose antes de acomodar-se frente à mesa.
- Caralho! – Ele exclamou.
- Põe caralho nisso. Eu amo muito o desgraçado, mas, ele é difícil demais, cê é louco! – Ela disse, rindo ainda mais.
- Eu tô chocado! – Fredo admitiu, gargalhando.
- Ele é pica de ouro, fazer o quê? – Vic zombou.
- Quero chegar nesse patamar um dia! – Fredo exclamou.
- Fique bilionário, seja malandro, tenha uma piroca gostosa e faça sua mina gozar, é a receita! – Vic admitiu.
- Só falta ficar bilionário! – Fredo pontuou.
- Tu vai chegar lá, meu amigo! – Ela disse.
Após algum tempo, Trevor chegou, e ambos foram notificados por Tarso. Eles embarcaram rumo à cidade mais cabulosa do interior da Califórnia. A estrela mais brilhante do distrito de Morada. Lar dos filhos da Anarquia Redwood original e do cara mais poderoso da cena criminal.
21:15 PM – Charming, CA
Mônica estava no escritório de seu pai, sentada em sua cadeira, frente a sua mesa. Lágrimas lavavam seu rosto com a lembrança de vê-lo ser algemado e levado para a tranca. Seu coração estava partido. Mesmo sabendo que seus associados haviam parado tudo para correr pela soltura dele, sentia-se impotente. Arturo mantinha-se posturado, portando sua arma, guardando a porta, sem poder fazer nada para consolá-la.
Após algum tempo, conseguiu recuperar seu foco, tomando o celular em mão e discando o número de Marco. Ele ainda não sabia da prisão de seu pai. Assim como Raul, ele também era advogado, então, ficaria à seu cargo a defesa do coroa.
- Fala comigo! – Marco atendeu, rindo.
- Você está sozinho? – Ela questionou, tropeçando em suas palavras. Ele notou seu nervosismo.
- Agora estou, pode falar! – Marco exclamou, preocupando-se.
- O papai foi preso! – Moe disse, voltando a chorar. Marco demorou-se um pouco reorganizando seus pensamentos antes de responder.
- Caralho, quando? – Ele perguntou.
- Hoje pela manhã. Eu preciso de você! – Ela disse, soluçando.
- Tá certo, vou pegar o primeiro voo de volta. Se acalme, pequena, o pai é ligeiro, vai ficar tudo bem! – Marco exclamou, tentando acalmá-la.
- Vem rápido, por favor! – Ela implorou, e ele sentiu um aperto em seu peito, ouvindo-a chorar.
- Ele já constituiu defesa? – Marco perguntou, tentando manter-se centrado.
- Ainda não, mas, prestou o depoimento inicial antes de ser guardado! – Ela exclamou.
- Você sabe o que ele alegou? – Marco questionou.
- Disse que estava com uma amante! – Moe pontuou.
- É a cara dele fazer isso! – Ele exclamou, rindo de nervoso. – Quem é a pessoa?
- A Victória! – Ela pontuou, ainda sem acreditar.
- Caralho, a Victória? O pai é foda! – Marco exclamou, bufando e revirando os olhos. – Sabe me dizer se ela já foi ouvida?
- Ainda não, mas, acredito que irá depor em breve! – Moe esclareceu, parecendo aborrecida.
- Ela já sabe o que dizer? – Ele questionou, temendo.
- Sabe sim, nós enviamos a gravação do depoimento dele para ela e o tio Percy! – Moe esclareceu.
- Que brisa torta desse velho! – Marco exclamou.
- Sem julgamentos, a gente nem sabe se é real essa parada! – Moe pontuou.
- Claro que é, até parece que você não conhece o coroa! – Ele exclamou, rindo. – Se a mãe souber o pau vai quebrar de quina pro lado dele!
- Posso te pedir um favor? – Ela questionou.
- Claro, fala aí! – Ele se prontificou.
- Vem sozinho, quero que isso tudo fique em off! – Moe esclareceu.
- Já é, vou desenrolar aqui. Te vejo amanhã, se cuida! – Ele disse.
- Até mais, se cuida também! – Ela exclamou, encerrando a chamada.
Arturo caminhou até ela, notando que estava mais calma depois de falar com seu irmão. Moe se levantou e foi em direção à ele, abraçando-o com força e escondendo o rosto no peito dele. – Calma amor, vai dar tudo certo, o padrinho é sagaz. Ele está seguro lá dentro! – Ele exclamou, beijando o topo da cabeça dela.
- Eu vou matar o Caio! – Moe exclamou, chorando novamente.
- Nós vamos fazer isso juntos, mas, ainda não é o momento. Precisamos nos concentrar nos trâmites pra tirar seu pai da tranca! – Arturo pontuou, sentindo-se mal pela namorada e pelo maloca do seu sogro.
- O Trevor está trazendo a Victória pra cidade. Ela vai ficar na casa da Bianca, porque à essa altura, não tenho cabeça pra lidar com os surtos da Denise! – Ela desabafou.
- Claro amor, como você preferir! – Ele disse, apertando-a ainda mais junto a si.
- Eu só quero que isso acabe! – Moe exclamou.
- Vai acabar, logo menos o padrinho está na pista! – Arturo declarou, tentando acalmá-la.
- Obrigada por me apoiar! – Ela disse, encarando-o antes de beijar sua boca.
Algum tempo depois, Bianca avisou Moe sobre a chegada de Vic e Fredo. Ela e Arturo se encaminharam até a fazenda dos pais de sua amiga. Para sua sorte, Bibi havia pedido aos recém-chegados para pegar leve, pois, a situação não era nada favorável. Fredo não gostou de saber que Mônica tinha assumido um relacionamento com Argentino, mas, sem dúvidas, dados acontecimentos, não era hora e nem lugar para discutir essas coisas.
No caminho até o ponto de encontro dos cinco, Moe recebeu uma ligação de Romero, confirmando que o exame balístico dos cadáveres era inconclusivo, o que isentava a culpa de seu pai. As imagens das câmeras do prédio de Victória confirmavam sua versão dos fatos, e por um instante, ela imaginou que seu coroa havia premeditado assim. Mesmo que ainda houvesse a questão testemunhal, a parada estava praticamente ganha.
Ao encerrar a chamada, ela encostou a cabeça ao banco do carro, fechou seus olhos e respirou fundo. Miguel estava dando abrigo à Caio em sua casa, conforme o combinado. Felizmente, o desgraçado não desconfiava de nada. Ele estava tranquilo e confiante em Santo Padre, imaginando que deporia contra seu ex patrão na segunda-feira.
Moe e Arturo chegaram à fazenda, desceram do carro e se encaminharam para dentro da casa de mãos dadas. Fredo odiou ver a cena, mas, se conteve. Ele e Arturo trocaram olhares ameaçadores, mas, não passou disso. Bianca chamou as amigas para subir ao quarto e conversar. Gago e Argentino ficaram de lados opostos da sala de estar, bebendo whisky e fumando como loucos.
- O que tá rolando, por que prenderam ele? – Victória questionou, sem entender.
- Supostamente, alguém testemunhou o assassinato de dois policiais em Manhattan e o identificou como autor! – Moe disse, acendendo um cigarro e sentando-se a um dos puff’s na sacada.
- Quem foi o X9? – Ela questionou, claramente aborrecida.
- O pai da Cecília! – Moe declarou.
- Desgraçado traiçoeiro! – Bianca pontuou, revirando os olhos.
- Por que você nunca contou pra gente sobre seu lance com meu pai? – Moe questionou, encarando-a.
- Ai amiga, é uma história longa e estranha, prefiro não entrar em detalhes; além disso, não gostaria que se afastassem de mim! – Vic lamentou.
- Nós não vamos nos afastar de você, apenas vamos zoar o seu mau gosto pra homens! – Bibi exclamou rindo.
- Dedo podre, total! – Moe disse, rindo muito também.
- O meu cupido é um gari! – Vic pontuou, sentindo alívio por não ser julgada.
- Sem dúvidas! – Bibi sacaneou.
- Não importa, nós terminamos! – Ela disse, tentando parecer calma.
- Deve ser por isso que ele tá tão transtornado! – Bibi comentou, ponderando sobre as últimas atitudes de Raul.
- Transtornado é a palavra! – Moe disse, rindo de nervoso.
- Como assim? – Vic perguntou, preocupando-se.
- Amiga, ele tá impossível. À princípio pensei que fôsse obra da Denise, mas, agora vejo que não! – Moe pontuou.
- Eu não fazia ideia! – Ela exclamou, parecendo surpresa.
- Cara, o Chatonildo é mil grau! – Bibi sacaneou, rindo muito.
- Enfim, segundo o Marco, o pau vai quebrar de quina se minha mãe ficar sabendo! – Moe disse, rindo também.
- Para gente, não tem necessidade, já acabou! – Vic lamentou.
- Falando em quebra pau, será que o Gago e o Argentino vão se matar? Porque assim, eles estavam com sangue no olho quando se viram! – Bibi exclamou, gargalhando.
- Se eles gerarem vão ficar sozinhos nessa, porque não tô com cabeça pra crise de ciúme! – Moe declarou, desconsiderando.
- O Gago tá muito puto! – Vic disse, sem conseguir conter o riso. – Ele não é acostumado a levar perdido, coitado; não aguentou!
- Amiga, me explica direito, por que você mudou de rumo assim? No dia da formatura você parecia super à fim! – Bibi questionou.
- Eu estava curtindo, mas, ele meio que tentou me cobrar. Resolvi sair antes que desse merda! – Moe esclareceu.
- O Argentino não te cobra? – Vic perguntou.
- Não, amiga, ele não cobra, inclusive, ele tem muita paciência! – Moe comentou, rindo.
- Cê tá de sacanagem, onde que o Argentino tem paciência? – Bibi sacaneou.
- Porra, claro que tem, a gente se envolve há uns quatro anos e ele nunca me cobrou romance. Eu que acelerei ele! – Ela disse, rindo.
- Tu gosta dele? – Vivi questionou.
- Ai amiga, eu gosto, ele tem uma vibe muito boa, me deixa tranquila! – Moe admitiu.
- É isso que importa, porque, rolê problema é foda! – Vic disse, rindo.
- o Gago não é problema. A gente se conheceu faz pouco tempo, sem condições de passar de uma ficada! – Moe pontuou.
- Acho que ele vai tentar conversar contigo! – Vic comentou.
- Se ficar só na conversa, beleza, mas, agora não é hora! – Ela esclareceu.
- O Gaguinho é rancoroso, amiga! – Vic disse, sacaneando com ela.
- Eu só me envolvo com malucos! – Moe lamentou, rindo.
- Se fosse só você, a gente dava um jeito! – Bibi sacaneou.
As garotas voltaram ao encontro dos rapazes, que mantinham sua tensão em alta. Moe lamentava ter criado essa situação entre eles, pero no mucho. Alguns diriam que ela não estava nem aí pra bosta. Ela mesmo pensava assim, às vezes.
Bibi propôs um quebra gelo, com cerveja, tira gosto e uma boa música. Não adiantava ficarem apavorados, o que estava feito, estava feito e todos eles sabiam. Raul não gostaria que sofressem por sua causa. Ele próprio sabia exaltar as coisas bonitas e boas da vida, e com certeza, esperava isso de seus familiares, agregados e sócios.
Set my body free do The Withe Buffalo tocava, enquanto eles bebiam à beira da piscina. Moe e Arturo dividiam uma espreguiçadeira, Bibi estava sentada no chão, frente à eles, Vic e Fredo dividiam outra das espreguiçadeiras. Ao longe, os grilos cricrilavam, dando-os a noção de que estavam longe da cidade.
Fredo nunca havia sentido a vibe de Charming, e essa sensação o surpreendeu. A tranquilidade misteriosa da noite o envolvia, e assim, pôde entender por que Mônica sentia falta de casa. Apesar de não compreender totalmente seu namoro com o Argentino, ele acabou aceitando, sabendo que relevar era o melhor caminho.
Algum tempo decorrido, eles haviam amarrado uma fogueira simbólica, ficando bêbados e iniciando uma brincadeira. Verdade ou consequência era o jogo. Fredo foi o primeiro a girar a garrafa, e esta parou entre Bianca e Victória.
- Verdade ou consequência? – Bibi perguntou.
- Consequência! – Vic respondeu.
- Eu te desafio à beijar o Argentino! – Bibi exclamou, gargalhando.
- Essa é fácil! – Ela disse, vindo até ele e o beijando em seguida. Moe não se importou. Victória girou a garrafa, e esta parou entre Moe e Fredo.
- Verdade ou consequência? – Fredo perguntou.
- Verdade! – Moe respondeu.
- É verdade que tem uma calcinha sua em minha gaveta de cuecas? – Ele questionou.
- Verdade! – Moe exclamou, rindo nervosamente. Ela se lembrou da festinha na casa de Werneck. Arturo engoliu em seco. – Inclusive, quero de volta!
Moe girou a garrafa. Victória e Arturo foram contemplados. – Verdade ou consequência? – Vic perguntou, maliciosamente.
- Consequência! – Ele respondeu.
- Eu te desafio à dar um abraço no Gago! – Vic disse, sacaneando.
- Porra! – Arturo respondeu, levantando-se e abraçando Fredo à contragosto.
- Que bonitinhos! – Bibi sacaneou, fazendo-os gargalhar.
- Vamos dificultar esse bagulho! – Vic pediu e os outros quatro se entreolharam, como se não estivesse difícil o suficiente.
Arturo girou a garrafa, e esta parou entre Bibi e Vic. A loira questionou de um jeito sacana: – Verdade ou consequência?
- Consequência! – Bibi respondeu.
- Eu te desafio à tirar a blusa e esfregar os peitos na cara do Gago! – Vic exclamou, gargalhando.
- Vaca! – Bibi disse, rindo muito também. Em alguns instantes, ela tirou a blusa e foi até Fredo, atendendo ao desafio. Ele ficou vermelho e sem jeito, mas, gostou.
Bianca girou a garrafa, tendo de questionar Mônica. Ela escolheu consequência. – Eu te desafio à morder a piroca do Argentino! – Bibi disse, rindo.
Arturo se levantou, parando na frente dela. Moe abriu a braguilha da calça dele. Ela deu uma mordidinha leve por cima da cueca, em seguida deu um beijinho. Arturo ficou excitado. Fredo ficou incomodado.
Ele fechou sua calça e ajeitou a mala para disfarçar a ereção antes de voltar a se sentar. Moe queria poder chupá-lo, mas, isso ia muito além do desafio. Porém, nada a impediu de levar sua mão até o meio das pernas dele, acariciando e apertando-o com desejo.
- Já foi, amiga! – Bibi disse, sacaneando.
- Acho que vou ter de sair por uns minutinhos, ele precisa de ajuda com a bagagem! – Moe exclamou, mordendo o lábio inferior de um jeito sexy.
A brincadeira à deixou realmente excitada, e ela podia sentir sua intimidade pulsando. Ela precisava dele com urgência, por isso, o arrastou para dentro da casa, deixando os demais boquiabertos.
Ao chegarem até a sala, Moe o agarrou e beijou intensamente. Ela deslizou sua mão direita pela barriga dele, parando em cima de seu membro ereto. Ela o massageou por cima da calça, fazendo-o gemer baixinho entre o beijo. – Eu quero te chupar, quero te sentir dentro da minha boca! – Ela disse, e ele estremeceu ao ouvir.
Após alguns instantes, ela voltou a abrir a calça dele, colocando a mão dentro da cueca, segurando seu membro e estimulando-o mais intensamente. Ela beijou o pescoço dele, em seguida admirou o que estava fazendo lá embaixo. Um gemido rouco escapou dele quando ela acariciou seus testículos.
Moe se abaixou na frente dele, levando consigo as vestes. Arturo segurou seu membro, batendo-o três vezes contra a bochecha dela. Ela adorou, por isso, não perdeu tempo, apressando-se em colocá-lo na boca, sugando com vontade. Os dedos dele se enredaram no cabelo dela, guiando-a enquanto o chupava.
Ela decidiu lambê-lo, começando pela ponta, terminando na base, repetindo o processo algumas vezes. Ele levantou a camiseta, à fim de assistir sua namorada fazendo aquilo que mais gostava. Bibi não sabia disso quando sugeriu o desafio.
- Que delícia, amor! – Ele exclamou, quando ela sugou a cabecinha, estimulando-a com a ponta da língua.
- Quero que você me coma, bem gostosinho, do jeito que só você sabe! – Ela pediu, subindo até ele, mas, sem deixar de massageá-lo.
- Onde você quer que eu faça? – Arturo perguntou, beijando-a em seguida.
- Aqui na poltrona! – Ela exclamou, livrando-se de sua roupa. Enquanto se encaminhava para o móvel, ele observou sua nudez com fascínio.
Ela se ajoelhou sobre o assento da poltrona, apoiou-se sobre o encosto da mesma e empinou a bunda para ele. Arturo não pôde resistir, dando alguns tapas nela, antes de penetrá-la com força, do jeito que ela queria. Moe gemeu, virando seu rosto para poder vê-lo. Ele segurou o pescoço dela e chupou o lóbulo de sua orelha. – Me fode, amor! – Ela pediu, sendo atendida com certeza. As investidas dele eram firmes e vorazes.
Arturo caprichou na lapada, mesmo com as portas fechadas, os gemidos dela podiam ser ouvidos de fora da casa. Isso o fazia rir e gemer também. Jax e Chibs chegaram, e ao ouvir, bisbilhotaram pelas enormes janelas de vidro, flagrando os dois, destruindo tudo na poltrona do Gael. O escocês se escangalhou de rir da cara de cu que o Gago ostentava.
Moe desceu da poltrona, obrigando Arturo a se sentar nela. Em seguida, ela montou em seu colo, cavalgando-o. Ele se livrou de sua camiseta. Ela deslizou suas mãos pelo cabelo dele, descendo pelo pescoço até seus ombros, encarando-o. – Quero que você goze dentro de mim! – Ela pediu, aumentando a intensidade das sentadas.
Com uma das mãos ele beliscava os mamilos dela, com a outra, estimulava sua intimidade, que ficava cada vez mais apertada em volta dele. – Você quer leitinho dentro, safada? – Ele perguntou, mordendo o lábio inferior dela, antes de beijá-la.
- Eu quero, amor. Fode a sua putinha! – Ela exclamou, cravando as unhas nas costas dele, já próxima de seu clímax. Alguns segundos depois, ela gozou, desencadeando o mesmo nele, que não hesitou em atender a seu pedido. Mandou tudo dentro.
Moe desceu de cima dele, encarregando-se de se ajoelhar em sua frente novamente, admirando seu membro e estimulando-o com as duas mãos. Ele acariciou o cabelo dela e segurou seu rosto em seguida. Ela lambeu os lábios, ainda hipnotizada com sua visão.
Após a foda, a sensibilidade dele havia aumentado e muito. – Gulosa! – Ele disse completamente exasperado, ao vê-la engolir seu membro completamente. Chupando-o com muita vontade.
Chibs adentrou a sala discretamente, passando pelos dois e se encaminhando para pegar outra garrafa de whisky no minibar. Na volta, deu uma boa olhada no trabalho de sua ex, e notou que ela ainda adorava chupar piroca. Isso o fez rir e sentir uma pontada de inveja.
Arturo admirava muito sinceramente os dons de sua namorada. Por isso, segurou seu cabelo em uma das mãos, guiando-a e facilitando a vista do show. Ele repousou a outra mão atrás de sua própria cabeça, relaxando, enquanto sentia a boquinha gostosa dela, sugando-o vorazmente. Gemidos escapavam dele, que se contorcia de prazer.
Ela o fez gozar novamente, mas, dessa vez, dentro de sua boca. Ela engoliu tudo, enquanto batia o membro dele em seu rosto. O Argentino estava quase morto à esse ponto, e isso a fez sorrir, completamente feliz. Ela montou no colo dele, com uma expressão sacana.
- Eu poderia fazer isso a madrugada toda! – Ela disse, acariciando o rosto dele.
- Caralho, amor, você acabou comigo! – Ele admitiu, dando um selinho nela.
- O prazer é todo meu! – Moe comentou. Ele a abraçou apertado, tentando recuperar seu fôlego.
- Eu já disse que sou seu servo? – Arturo perguntou, um tanto aéreo.
- Eu já disse que seu pau é uma delícia? – Ela rebateu, e os dois riram.
- Você gosta, amor? – Ele perguntou, beijando-a.
- Se eu gosto? Queria poder sentar nele o tempo inteiro! – Moe exclamou, encostando a cabeça no peito dele.
- Você pode sentar nele quando quiser. Qualquer dia, qualquer hora, é só pedir, minha gostosa! – Arturo disse, acariciando o cabelo dela.
- Vamos tomar um banho? – Ela convidou, e ele concordou. Ambos subiram até a suíte que Vic estava alojada.
Já era madrugada quando o casal voltou ao encontro de seus amigos, que agora estavam na sala, bebendo e jogando conversa fora. Fredo e Vic estavam abraçados, e parecia que eles tinham se pegado. Moe desconsiderou, afinal, o que ele fazia da vida não era problema dela. Bianca e Jax estavam bem próximos também. Chibs estava sentado na poltrona do Gael, rindo muito.
- Vocês estavam gravando um filme pornô? Que demora! – Bianca sacaneou, e quase todos riram. Fredo não poderia tancar a pose de superado.
- Eu estava dando um trato no meu lindo namorado, amiga. Nessas horas, não se pode ter pressa! – Moe exclamou. Arturo se sentou no sofá, e ela se acomodou em seu colo, repousando seus pés descalços sobre o móvel.
- Concordo, mas, achei que era um bacanal, porque os gritos podiam ser ouvidos da praça central da cidade! – Bibi disse, aumentando a zoeira.
- Parece que temos um novo casal! – Arturo pontuou, observando Victória e Fredo se beijando.
- É nada, pura beudeira esses dois aí! – Jax sacaneou, fazendo-os gargalhar.
- O Chibs tá sentado na poltrona pra ver se pega um pouco do mel do Argentino! – Bibi tirou onda com o escocês. Até mesmo Fredo e Vic pararam para rir.
- Não sobrou nada pra ele, é tudo meu! – Moe sacaneou, dando um selinho em Arturo em seguida.
How do you sleep? Do Sam Smith estava tocando e embalando as conversas sem sentido do grupinho de corujas. – Meu homem está em cana e vocês aí com essa palhaçada! – Vic exclamou. Houve uma chuva de whisky, voando das bocas dos presentes. Eles quase enfartaram.
- Como assim: “seu homem?” – Jax perguntou, lacrimejando e tossindo.
- O Raul, meu macho! – Vic sacaneou.
- Deixa “teu macho” saber que você tá pegando o Gago! – Chibs exclamou, gargalhando. Nenhum deles conseguiu se conter também.
- Deus me livre, ele me mata! – Fredo admitiu.
- Ele vai te levar pras ideias! – Jax sacaneou, rindo ainda mais.
- Vocês estão zoando, mas, é bem possível. Ele é ciumento pra caralho! – Moe admitiu, rindo muito também.
- Verdade amiga, ainda mais agora que você chutou ele! – Bibi pontuou, assustando-a.
- Quero nem ver! – Moe comentou.
- Para gente! – Vic disse, rindo de nervoso.
- O Fico vai fazer picadinho de Gaguinho! – Arturo sacaneou, rindo muito.
- Mas e a regra da prisão? – Vic perguntou, parecendo assustada. Ela caiu direitinho na pilha dos arruaceiros.
- Ele não é motoqueiro! – Bibi sacaneou, deixando-a ainda mais temerosa.
- É amiga, o tempo vai fechar. Ele não gosta que mexam nas gavetas dele! – Moe disse. Victória começou a chorar, e eles não conseguiam parar de rir da cena.
- Deixa de ser louca, ele não é seu marido! – Jax exclamou.
- É por isso que ela tá chorando, besta! – Bibi comentou, tirando onda.
- Relaxa, Vivi, ele só vai te matar depois que prestar depoimento! – Arturo sacaneou.
- Filho da puta! – Vic disse, limpando suas lágrimas.
- Filho da puta não, filho da Anarquia! – Jax corrigiu, gargalhando.
- Dá na mesma! – Bibi sacaneou.
- Relaxa, amiga, a gente tá de sacanagem contigo! – Moe disse, rindo muito também.
- Que história é essa de filho da Anarquia? – Fredo questionou Arturo.
- Ele é nosso agora, Gagolino! – Jax exclamou, piscando para o Argentino, e este retribuiu o gesto.
- Quem autorizou? – Fredo perguntou, parecendo aborrecido.
- Eu autorizei! – Moe exclamou, encarando-o seriamente. Arturo se surpreendeu.
- Ele responde ao J.T agora! – Chibs exclamou, franzindo o cenho, antes de lançar um olhar efusivo para Fredo.
- Relaxa, deixa ele! – Arturo pediu, rindo. O escocês estava doido para sair na mão.
- Patifaria! – Fredo disse, querendo encrespar com o Argentino.
- Se liga, maluco, aqui quem manda somos nós, baixa a bolinha! – Chibs pontuou, metendo a mão no peito dele.
- Se acalma, escocês! – Jax disse, mas, também estava querendo gerar.
- Para de palhaçada, Federico. Eu autorizei a mudança de facção! – Mônica exclamou, obrigando Fredo a ficar quieto.
- Seu pai não vai aceitar! – Ele disse, ainda mais irritado.
- Meu pai não aceitaria se os filhos fossem rivais, mas, não é o caso. Além disso, a palavra é minha agora! – Moe declarou.
A discussão cessou, assim como a reunião entre os amigos. Moe e Arturo voltaram pra casa, os primeiros raios de sol estavam surgindo. No caminho, ela pensava no quanto sua vida havia mudado nos últimos dias.
Ao chegarem, os dois se depararam com um Rolls Royce Phantom preto. Nenhum deles esperava uma visita àquela hora. A porta traseira abriu, enquanto o motorista pedia para que Mônica entrasse no carro.
Sexta-feira, 07:00 AM – Prisão Estadual de Stockton, CA
Raul acordou, encarando o estrado da cama do beliche de cima, sua mente foi ao longe, enquanto tateava embaixo do colchão, pegando seu maço de cigarros e o isqueiro. Ainda deitado, acendeu e tragou profundamente. Na manhã anterior estava em seu quarto, agora, estava em um buraco, no nono círculo do inferno.
O celular pré-pago embaixo do travesseiro dele começou a vibrar. Ele apagou o cigarro no piso e pegou o aparelho. Após alguns segundos, atendeu: – Qué passa?
- Hijo! – A voz masculina e rouca devido há muitos anos fumando exclamou do outro lado. Raul saltou da cama, seu coração explodiu contra o peito.
- Satisfação. Dá o papo! – Raul exclamou, tentando disfarçar.
- Estoy en tu casa. Vine a resolver el asunto con Caio Valerio. No puedo esperarte, pero, nos veremos pronto! – Filipe declarou, surpreendendo-o.
- Por qué usted? – Ele questionou, lamentando não poder estar com seu pai. Ele não saía do anonimato há quase trinta anos.
- Para qué recuerden qué no se traiciona a la família! – Filipe exclamou, abraçando sua neta.
- Oi paizinho, nós vamos resolver. Eu te amo! – Moe disse, tentando não chorar.
- Quero que cuide desse velho maluco. Também amo muito vocês! – Raul pontuou, rindo.
- Viejo loco eres tú! – Filipe exclamou, rindo também.
- Cuídate, te quiero! – Ele disse, preparando-se para encerrar a chamada.
- Yo también te quiero mí híjo! – Fico se despediu.
Raul jamais poderia imaginar que seu pai assumiria a frente com sua prisão. Muitas coisas aconteceram ao longo de sua aposentadoria, mas, ele não se manifestou em nenhuma delas. Por um instante, imaginou que ele apareceu para proteger sua neta. E com certeza, ele estava certo.
Charming, CA
Moe e Arturo receberam Filipe. Os três adentraram a casa de Raul, conversando e rindo. Ela não via seu avô há anos. Seus pais ainda eram casados na última vez em que passaram as férias em Marbella.
Denise e Jordie desceram às escadas, vindo de encontro à eles. As duas se assustaram ao ver o senhor que os acompanhava. Ele se parecia muito com as fotos que viram no escritório de Raul. Após o choque inicial, perceberam que era ele mesmo. Filipe Cortez, vulgo, Fico.
- Encantado de conocerla! – Fico disse à Denise.
- Pensei que o senhor estivesse morto! – Ela exclamou, completamente estarrecida.
- Yo estoy! – Filipe disse, rindo amplamente. Sua nora finalmente entendeu de onde vinha a malandragem de seu marido. Os dois se cumprimentaram, ele beijou a mão dela.
- Jordie, venha cumprimentar nosso avô! – Moe pediu, realmente feliz por estar junto dele novamente. Sua irmã mais nova se aproximou, transparecendo curiosidade.
- Eres muy hermosa mí nieta! – Ele disse, cumprimentando-a. Jordie sorriu, ao perceber o quanto seu pai se parecia com ele. Filipe deu um beijo no rosto dela.
- Gracias! – Ela disse.
- Y tú, serás el padre de mís bisnietos? – Felipe perguntou à Arturo, rindo e dando uns tapinhas em seu ombro.
- Por supuesto que sí! – Mônica respondeu, piscando para seu namorado. Ele não esperava por isso, mas, gostou muito de saber.
- Cuándo se casarán? – Felipe perguntou, animando-se.
- Fala tu, amor! – Moe disse, assustando-o.
- No lo sé, en breve! – Arturo admitiu, dando um selinho nela.
- Mís bisnietos serán hermosos, con la cara de la madre y los ojos del padre! – Fico brincou, enquanto Moe o acompanhava até a sala de estar. Ela os serviu com doses de whisky e charutos. – Tu abuela estaría contenta!
- Vocês já vão beber? Nem tomamos café da manhã ainda! – Denise exclamou, fazendo-os rir.
- Tu que tem compromisso, pode se adiantar, nós temos negócios à tratar! – Moe respondeu, dando um beijo no rosto de sua madrasta. Ela entendeu que deveria sair. Jordie seguiu sua mãe até a cozinha.
23:00 PM
Marco havia chegado à tempo de acompanhar Victória em seu depoimento, orientando-a e organizando os últimos detalhes da extinção do processo por falta de provas. O desgraçado era muito bom no que fazia, e isso era inegável. Depois de todo o tumultuo do dia, Bianca ligou para Moe, convidando-os para colar em sua casa, curtir uma pira, beber e ficar de resenha.
Então, após o jantar, os presentes na casa foram dormir; exceto os três baderneiros, que tomaram seus banhos, vestiram-se e saíram. Moe percebeu que seu irmão estava agindo muito melhor sem a presença de Cecília, isso a deixou muito satisfeita.
Em silêncio e discretamente, Marco, Moe e Arturo desceram às escadas, passando pela cozinha para pegar os fardos de cerveja e as garrafas de whisky no estoque particular de Raul, e rumando para a garagem.
- Você está perfeito com esse look! – Moe elogiou a camiseta do Matanza, a calça skinny preta e o par de Vans que seu boy estava usando.
- Obrigado, amor! – Ele disse, sorrindo.
- Coloca uma música deles pra gente! – Ela pediu, animando-se.
- Porra, Matanza é show! – Marco disse, rindo muito. Ele abriu algumas cervejas, distribuindo entre eles. O esquenta havia começado.
As fumaças de cigarro e maconha tomaram conta do carro, enquanto os arruaceiros se encaminhavam à curtição da noite. Eles chegaram à casa de Bianca, ouvindo a música: Bom é quando faz mal.
Moe adorava o jeito roqueirinho marrento do Argentino. Ele estacionou a Mercedes C63 nos fundos, próximo à área da piscina. Bibi vibrou ao ouvir o som, isso a fez correr de encontro à eles. Vic e Fredo jamais tinham visto esse lado dos irmãos Cortez.
Remédios demais começou logo em seguida. Os quatro pularam, batendo cabeça juntos. Denise havia ensinado à eles qual a receita do brasileiro botequeiro paulistano raiz. Eles estavam comemorando o sucesso na defesa de Raul, que sairia da tranca em alguns dias.
Jax estacionou sua Harley ao lado do carro, recebendo a vibe muito bem. Esse era o lance dele, com toda certeza. Cerveja, whisky, porções, amigos e o bom e velho rock n’ roll. A porta da Mercedes ficou aberta, para que pudessem curtir o som.
Marco, Arturo, Jax e Fredo estavam levando um papo, bebendo e fumando, próximos à piscina. As garotas estavam na cozinha, fazendo porções. Apesar dos desacertos, a resenha estava boa. Algum tempo depois, Victória surgiu, arrastando o Argentino para o canto. A atitude assustou os caras.
- Preciso falar contigo! – Vic disse, puxando-o pelo braço.
- Qual foi, Vivi? – Ele perguntou, rindo de sua ousadia.
- Teve notícias do Raul? – Ela questionou, parando frente à ele.
- Ele tá de boa, logo menos tá na pista, relaxa! – Arturo exclamou, surpreendendo-se.
- Caralho, tá foda! – Vic disse, apertando o braço dele e encarando seus olhos. Ele disfarçou e livrou-se do toque.
- Qual a cena? – Ele perguntou, se afastando um pouco para acender um cigarro.
- Isso tudo é uma merda, porque a gente terminou e logo depois ele foi preso! – Vic pontuou, recuperando a distância tomada por ele.
- Foda! – Arturo exclamou, esfregando o rosto nervosamente.
- Seus olhos são lindos! – Ela comentou, bebendo sua cerveja.
- Obrigado! – Ele disse, ficando sem graça.
- Não é só os olhos, é o conjunto todo! – Ela pontuou, rindo.
- Tá certo, valeu. Mas, o que você quer? – Arturo perguntou, tragando seu cigarro, com uma expressão de estranheza.
- Nada, só queria saber do Raul mesmo! – Vic disse.
Moe e Bibi escutaram parte da resenha, isso as deixou perplexas. As duas estavam observando pela janela a expansão de sua amiga. Bianca tentou segurar Mônica, mas não conseguiu. Ela saiu feito um raio, indo em direção à eles.
- Chega mais, vamos bolar uma ideia! – Moe pediu. Arturo pediu licença e saiu.
- Qual foi? – Vic perguntou.
- Tu levou a brincadeira de ontem pro coração, né? – Moe questionou.
- Claro que não, tá de sacanagem? – Vic debochou.
- Desculpa, mas, parece o contrário! – Moe exclamou, realmente aborrecida.
- Eu só estava conversando com ele! – Vic disse, rindo.
- Beleza, mas, espero que saiba que ele não tá pra jogo! – Moe pontuou.
- Nunca te vi assim, tá com ciúme? – Ela exclamou.
- Porra amiga, tu puxou ele do meio dos moleques e trouxe pro canto! – Moe esclareceu.
- Tá apaixonada, Momô? – Vic sacaneou.
- E se eu estiver, qual o problema? – Ela admitiu, cruzando os braços e lançando um olhar efusivo para a loira.
- O Gago vai morrer! – Vic disse, rindo ainda mais.
- Não me importo com o que ele faz, não é da minha conta. Estou te dando o papo sobre o meu homem, espero que tenha entendido! – Moe pontuou, revirando os olhos.
- Caralho, lo hermano te pegou de jeito! – Vic sacaneou outra vez.
- Vaca! – Moe disse, sem conseguir conter o riso.
- Relaxa, eu só tenho olhos pro Juju! – Vic admitiu, abraçando sua amiga.
Ambas voltaram ao encontro de seus amigos. Moe abraçou Arturo, e Vic riu alto, vendo a cena e se encaminhando para a cozinha. Ela tinha o péssimo costume de causar.
- Está tudo bem, amor? – Ele perguntou, dando um selinho nela.
- Eu só estava situando a Victória! – Moe sussurrou ao ouvido dele, apertando-o ainda mais em seu abraço.
- Por quê? – Arturo questionou, parecendo confuso.
- Pra ela não achar que você está na roda! – Moe disse, beijando o pescoço dele.
- Tá de sacanagem? – Ele perguntou, rindo muito.
- Tá rindo de quê? – Moe questionou, encarando-o seriamente.
- Tá com ciúme? – Ele sacaneou.
- Arturo! – Ela exclamou, revirando os olhos.
- Relaxa, eu só quero você! – Ele disse, apertando-a e dando um tapa na bunda dela em seguida.
- Tem certeza? – Moe perguntou.
- Claro que tenho, eu vou ser o pai dos seus filhos! – Arturo exclamou, beijando-a.
- Vai mesmo! – Moe declarou, cravando as unhas nas costas dele.
Enquanto isso, na cozinha, Vic e Bianca conversavam sobre o ocorrido alguns instantes atrás. Bibi passou a visão para que ela pudesse agir de acordo. Claramente, ela não tinha muita noção do que era usual ou não.
- A Mônica gosta mesmo do Argentino! – Vic disse.
- Lógico, amiga, o lance deles é antigo! – Bibi exclamou, tomando um pouco de sua cerveja.
- Cê acredita que ela me deu um enquadro? – Vic questionou, rindo.
- Acredito, eu teria feito o mesmo! – Bibi admitiu.
- Por quê? – Vic perguntou, sem entender.
- Porque você não tem que chamar ele de canto pra conversar, amiga. Vocês acabaram de se conhecer, fica chato. Dá uma segurada! – Bibi pediu, transparecendo sinceridade.
- Eu estava falando do Raul, amiga! – Vic exclamou.
- Cê não tem que falar disso com ele, tá errado! – Bibi disse, acendendo um cigarro.
- E eu devo falar com quem? – Vic perguntou, parecendo aborrecida.
- Ninguém aqui acha de boa essa atitude que você teve. Se tu chegasse no Jax pra desabafar, eu ia ficar muito puta contigo, porque isso a gente faz com as nossas amigas, não com os namorados delas! – Bibi pontuou.
- Entendi! – Vic exclamou.
Quando elas voltaram ao encontro do restante do pessoal trazendo as porções, Chibs e Tig já haviam chegado também. Marco e Gago, Arturo e Jax estavam jogando bilhar e falando muita merda. Moe e os dois corvos aguardavam sua vez, dando pitaco na partida. Matanza estava estrondando seus ouvidos e os transportando para uma pegada muito badass.
Por mais que não estivesse familiarizado com o estilo do pessoal ao seu redor, Fredo se aclimatou rapidamente, pensando sobre o quanto gostaria de levar essa vibe para sua vida. Charming o mudara muito mais do que poderia esperar. Ele nem conseguia mais sentir raiva de Arturo. Os quatro se tornaram brothers muito rápido. Até mesmo Marco e Jax se aproximaram mais dele.
Otto e Treze chegaram, aumentando a algazarra. A semana deles seria regada à esbórnia e muita curtição. O clima de boteco estava completo. A Califórnia tinha um encanto completamente diferente, pois, avivava os instintos mais delinquentes de todo mundo.
- Cara, esse som é foda! – Fredo exclamou.
- Música para beber e brigar! – Arturo disse, gargalhando e contagiando os presentes.
- Agora você sabe por que quebramos garrafas! – Werneck esclareceu. Fredo adorou.
- É o lar das crianças hereges, porra! – Moe pontuou, levantando sua garrafa de cerveja e brindando com seu melhor amigo.
- Delinquentes! – Fredo disse, animando-se.
- Bem-vindo ao nosso mundo! – Jax pontuou, dando uns tapinhas no ombro dele.
- Cê é louco, satisfação total! – Fredo admitiu, completamente energizado e embriagado.
Ninguém poderia negar que a sintonia entre eles estava crescendo. Moe ficou feliz ao notar que Fredo estava se enturmando, ela não gostaria que ele ficasse de escanteio, nem que fosse mal-recebido por seus amigos. Apesar de não ter certeza sobre o que sentia por ele, gostaria de tê-lo em sua vida, de uma forma ou de outra.
- Eu falei pra vocês que o Gago é firmeza! – Bibi exclamou.
- Pior que é verdade! – Arturo admitiu.
- Caralho, Argentino! – Fredo disse, e os dois se cumprimentaram em um highfive, surpreendendo à todos os presentes.
- Tamo junto, irmão! – Arturo exclamou, rindo muito.
- Vamos quebrar garrafas juntos! – Fredo sugeriu, sentindo muita vontade de estar envolvido nas malocas de seus novos amigos.
- Com certeza nós vamos! – Treze afirmou, e isso deixou Werneck animado.
- Logo menos o arruaceiro mór estará na pista, temos que fazer uma esbórnia pra ele! – Jax disse, mencionando Raul.
- Uma salva de garrafas por isso! – Marco exclamou, levantando sua cerveja, todos os seguiram. A gritaria foi incontrolável.
- Viva o salseiro, porra! – Chibs gritou e assoviou.
- Cês são fodas, manos! – Fredo admitiu, completamente embrasado.
Federico havia perdido dois amigos, mas, em compensação ganhou uma família. À esse ponto, ele concordava com Mônica à respeito da sinceridade e simplicidade da união deles. As partidas de bilhar regadas à bebida, cigarro, maconha e um som irado acabaram se tornando um dos melhores momentos de sua vida. Ele contemplou tudo com bons olhos, desejando a companhia dos presentes em seu cotidiano.
Chibs e Tig atiraram pra cima, comemorando e tocando o puteiro. Não havia nada parecido com isso em Nova York. Fredo queria muito trazê-los para as operações do comando e tocar o terror nos inimigos. Mal sabia ele que Moe pensava o mesmo. Pouco tempo depois a coca foi liberada, fazendo os ânimos crescerem ainda mais.
Moe sorria, ao ver seu irmão vivendo aquilo que não vivera em toda sua vida. Pois, este sempre esteve afastado, pensando apenas em status e as merdas que isso significava. Com certeza, ele estava melhor assim, honrando as raízes de seus familiares. Longe de Cecília e Cristina, ele pôde respirar, soltar sua fera, viver a plenitude de sua malandragem. Estava em seu sangue, e por mais que tivesse demorado, ele finalmente estava reagindo ao torpor causado pelo veneno das víboras.
Marco decidiu cortar seu vínculo com o passado e suas antigas convicções, percebendo que seu lugar era ao lado de sua irmã, comandando os negócios de sua família, o contato com seu avô tinha avivado isso nele. Toda aquela baderna e agitação se tornara seu novo lar. Ele não gostaria de estar fora de tudo que rolava neste ramo. Das brigas, guerras às curtições, decidiu se jogar.
Madrugada avançada, saíram pelas ruas de Charming, ateando garrafas vazias sobre os carros e imóveis em seu caminho. Ao depararem-se com a viatura de David Hale, estacionada em um posto de gasolina, desceram de seus veículos, chutando a lataria, amassando-a, quebrando seu para-brisas e arrancando seus retrovisores. Moe, Bibi e Vic estavam no carro com Arturo e Marco, e os corvos estavam em suas motos quando a perseguição começou.
O departamento de polícia de Charming não conseguiu evitar que os estilhaços de vidro se espalhassem por toda a cidade. Fredo estava com Jax, Otto com Tig e Treze com Chibs, gritando e atirando garrafas mil. A cidade pertencia à eles. Não havia dúvidas quanto à isso. Eles não lamentavam pelos caras que haviam deixado mal.
Algum tempo depois, Happy e Juice se juntaram à eles, as motos iam frente ao carro, dando cobertura. Os corvos sacaram suas escopetas, disparando contra as viaturas. Marco sentou-se à janela da Mercedes, alvejando os cabeça seca também. As garotas vibravam como nunca, sentindo que sua vida valia muito à pena.
Destruição do patrimônio público, tiroteio e muita obscenidade, era a noite perfeita. Raul assistiu à tudo pelo noticiário, ele e seus companheiros de cela vibraram ao ver todo o alvoroço gerado por seus crias. Com toda certeza, sentiu muito orgulho de seu filho, ao vê-lo crivando os azuis de bala. Ele tinha criado Marco para isso. Os caras o parabenizaram pelo feito de seu filho mais velho.
Moe se sentou à janela também, atirando garrafas nos para-brisas das viaturas e disparando a pistola emprestada por seu namorado. Até mesmo Fredo sentiu orgulho de sua ex, porque à esta altura, ele entendia a brisa de seus irmãos mais novos. Enquanto seguiam pela autoestrada, sacaneando os botas e fazendo a maior arruaça, seu humor era o melhor possível. O instinto criminoso dentro de cada um deles veio à tona. Vic e Bibi se mostraram pelo teto solar, exibindo seus seios perfeitos, completando o que faltava.
Ainda que não fizesse nenhum sentido, o porquê de um ato tão desmedido, de nada mais se poderia duvidar, a união deles era invejável. A Mercedes venenosa dançava entre as Harley, enlouquecendo os oficiais. O trânsito foi completamente perturbado pela presença deles. A intensão era essa, destruir tudo e dançar sobre os escombros.
Fredo e Jax atiravam contra tudo e todos, mostrando seus dedos do meio vez em quando. Os botas estavam fodidos, e isso era motivo de riso para eles. Quando finalmente escaparam, rumaram ao pátio da oficina dos Teller, gravando as marcas de seus pneus sobre o piso. Ao descerem dos veículos, comemoraram a algazarra criada.
Eles entraram na sede do clube, acomodando-se no bar e em volta da mesa de bilhar que ostentava um ceifeiro em seu centro. Todos vibraram, orgulhando-se profundamente de todo o transtorno criado. Eles deram fuga rindo. Criminosos do mais alto gabarito, e sabiam disso.
- Porra, que loucura! – Fredo exclamou, enquanto Jax os servia com generosas doses de whisky.
- Nós vamos foder com tudo, até estarem todos mortos! – Chibs pontuou, levando todos à hola.
- Seja bem-vindo à Califórnia! – Tig declarou, abraçando o Gago.
- Caralho cara, que brisa, eu precisava muito disso! – Fredo admitiu, completamente louco.
- Aqui a parceria é certa, irmão. Todos nós queremos ver o oco! – Arturo disse, aproximando-se deles.
- Não tem jeito de não concordar! – Fredo pontuou, gargalhando.
- Desce uma pra mim, por favor. Vocês são foda! – Marco exclamou, juntando-se à eles. Jax o serviu, feliz por ter todos na mesma sintonia. Eles esticaram algumas carreiras no balcão, sentindo a necessidade de intensificar a maloca.
- Nós estouramos os cu azul, isso foi muito bom! – Fredo disse, sentando-se frente ao balcão. Eles aspiraram as carreiras juntos.
- Só o que eu posso lhe dizer: bom é quando faz mal! – Arturo pontuou, e todos eles concordaram.
- Cara, estou feliz que esteja com a Mônica, vocês ficam bem juntos! – Fredo admitiu, dando uns tapinhas no ombro de Arturo. Ele se surpreendeu com a atitude de seu companheiro.
- Acho que deveríamos sair na mão, só pra gerar! – Arturo disse, sacaneando.
- Tá de sacanagem, porra? – Fredo perguntou.
- Eu tô! – Ele disse, rindo muito.
- Depois de hoje, tô fechado com vocês! – Fredo exclamou. Eles gargalharam.
- A Bibi está certa, você é mil grau! – Chibs admitiu à Fredo.
- Pode crer, Gaguinho, tamo junto! – Jax declarou, completando as doses de whisky.
- Satisfação, Marquinho, tu representou! – Tig disse, brindando ao Fico terceiro.
- Eu acordei pra vida, mané, tava vivendo uma brisa torta! – Ele admitiu, fazendo todos rirem.
- O comando está numa nova era, e acho que vamos estourar todo mundo! – Fredo comentou, animando-se.
- Nós vamos arrombar o mundo com a Momô no comando e nós todos de suporte. A resenha é essa, quero ver quem vai peitar! – Marco exclamou.
- Fechou, meu peixe! – Arturo disse, tocando na mão de seu cunhado.
- O estouro do blindex! – Jax exclamou. Nenhum deles contestou.
- Vamos pra cima do vacilão do Valério, e essa vai ser nossa primeira cena! – Marco pontuou.
- Tamo fechado contigo, Fico! – Gago disse, brindando mais uma vez.
- Satisfação total pela confiança! – Marco admitiu.
- É uma honra trampar com vocês! – Jax exclamou.
- O Caio vai se cagar quando ver o bonde vindo pra cima dele! – Fredo pontuou.
- Meu avô vai encabeçar, pra dar aquele toque de máfia! – Marco disse, rindo muito.
- Problemas de milionários, só nós podemos resolver! – Arturo comentou e todos os maloca concordaram com ele.
- Pode crer, a grana vai rolar sem limites, quero vocês do nosso lado! – Marco disse.
- Não é nem pela grana, nós vamos fazer pela resenha e porque não passamos pano pra ratos! – Jax pontuou.
- Melhor ainda, meu mano, agradeço a força que vocês estão nos dando nessa cena! – Marco comentou.
- Aqui é fechamento, porra! – Jax exclamou.
Após algum tempo, os caras se amontoaram sobre a mesa de bilhar, iniciando as partidas. Moe e Otto foram conversar em um canto, ela precisava atualizá-lo sobre todos os acontecimentos. Victória, expansiva como sempre, manteve-se em meio aos moleques. Quando Bianca foi ao banheiro, ela atacou.
- Eu não entendo a Victória! – Moe exclamou, próximo ao ouvido de Werneck, enquanto observava a loira.
- O que tá rolando? – Ele questionou, parecendo confuso.
- Eu tento não julgar, mas, ela é muito sem noção. Ontem nós estávamos na casa da Bibi e rolou um quebra gelo, jogamos verdade ou desafio, ela acabou beijando o Arturo. Eu fiquei de boa, porque era uma brincadeira, queria que todo mundo se divertisse. Depois da resenha, ela ficou com o Gago, o que também está de boa, a gente não tem nada. Mas, hoje, quando estávamos fazendo os aperitivos, ela virou a chavinha, e puxou o Arturo do meio dos moleques, levou ele pra um canto, e eu escutei ela flertando com ele. Tive que cobrar! – Moe esclareceu.
- Nossa, que situação merda! – Werneck pontuou, estarrecido.
- Eu tô louca? – Ela questionou.
- Claro que não, acho que qualquer um faria o mesmo! – Ele admitiu.
- Ela jura que não tem nada à ver, mas, não é a primeira vez que vejo essas atitudes contraditórias da parte dela. Agora mesmo ela está lá, flertando com o Jax! – Moe comentou. Otto disfarçou e se virou pra olhar, flagrando a cena.
- Na moral, ela tá perdendo a linha! – Werneck pontuou, parecendo chateado.
- Essa parada me entristece; eu sempre compro as brigas dela, tento defender, mas, o que ela faz soa como trairagem. É foda! – Ela desabafou.
- Cara, se a Bianca vir ela dando ideia no Jax vai dar merda! – Ele exclamou, caminhando até Victória e a puxando para junto de Moe.
- O que tá rolando? – Vic perguntou, bebendo sua cerveja.
- Amiga, se fecha um pouco, pelo amor de Deus. Você tá causando! – Moe pontuou, revirando os olhos.
- Não entendi! – Ela exclamou.
- Não se faça de sonsa, nós estamos vendo você dar ideia no Jax! – Werneck esclareceu, parecendo aborrecido.
- Vocês estão viajando! – Ela disse, dando de ombros.
- Ai amiga, é você quem está viajando, desculpa! – Moe exclamou.
- Nossa, vocês ficam me julgando, não deveria ter contado sobre o Raul! – Vic declarou, revirando os olhos.
- Para de fazer cena, não é a primeira vez que falo. É feio pra você, amiga! – Moe disse, completamente chateada com a situação.
- Nada à ver! – Ela disse, revirando os olhos outra vez.
- Beleza, entenda como quiser. Se acha que está agindo do jeito certo, vai na fé! – Moe pontuou, lançando de mão. Ela acendeu um cigarro e desconsiderou.
- Porra, a Moe e a Bibi são as únicas amigas verdadeiras que você tem, se liga caralho! – Werneck disse ao ouvido de Vic.
- Vocês estão muito encanados, não posso conversar com ninguém que já rola cobrança! – Ela exclamou.
- Amiga, vai falar que você não estava dando em cima do Arturo? Vai falar que não está dando em cima do Jax? Tem certeza de que vai meter essa pra cima de mim? – Moe declarou, perdendo a paciência.
- A gente só estava conversando! – Ela disse.
- Ai Victória, parei com você, na moral mesmo! – Moe pontuou.
- Tem dois solteiros no rolê, mas, você só quer saber de piroca amarrada! – Otto exclamou, perdendo a paciência também.
- Escroto! – Vic disse.
- Você é a única que está sendo escrota, Victória! – Ele contra-argumentou.
- Por quê? Só por conversar com os caras? – Ela exigiu.
- Você conversa tocando neles, lançando olhares, elogiando aparência e os caralhos. Quando cheguei ali você estava falando que o Jax é gostoso. Sem noção, porra! – Werneck exclamou, revirando os olhos.
- Calma! – Treze pediu, aproximando-se de Otto, que à essa altura estava dando de dedo na cara de Victória.
- Eu estou calmo, mas, não gosto de gente falsa! – Werneck pontuou, afastando-se com seu boy.
Victória começou a chorar, então, Moe a abraçou. Fredo viu a cena e se aproximou das duas, para entender o que estava acontecendo. Otto e Treze estavam conversando a alguns metros deles.
- Qual foi? – Fredo perguntou, passando a mão pelo cabelo de Vic.
- Ela e o Werneck se passaram, mas, já está tudo certo! – Moe exclamou.
- Pra quê isso, cara? Todo mundo é parceiro! – Ele disse, parecendo perdido.
- É exatamente por isso que eles brigaram! – Moe expôs, rindo nervosamente. Com sua visão periférica viu Arturo observando a cena. – Já foi, amiga, relaxa!
Fredo puxou Victória para si, enquanto Moe se dirigia à Otto e Treze. Arturo relaxou, voltando a jogar e conversar com os demais. Bianca voltou para o salão, percebendo que algo estava errado. Por isso, chegou no Jax e perguntou: – O que aconteceu?
- A Victória e o Werneck discutiram! – Ele respondeu, sem se aprofundar muito.
- Conta a fofoca direito! – Bibi sacaneou.
- Eu não entendi nada, estava aqui jogando, não vi tudo! – Ele disse, debruçando-se sobre a mesa para continuar a partida.
- O que aconteceu, Argentino? – Bibi exigiu.
- Eu também não sei, Bibi! – Ele exclamou, tentando esquivar-se, prestando atenção ao jogo.
- Vocês mentem mal pra caralho! – Ela disse, aborrecendo-se.
- Pergunta pra eles, a gente não sabe! – Jax pontuou, tentando evitar mais confusão.
- O que interessa vocês não veem! – Bibi disse, revirando os olhos, sentando-se em um banco próximo aos dois.
- Tu não tava curiosa? – Jax sacaneou.
- A Victória está choramingando, odeio drama! – Ela pontuou, e isso fez o loiro sentir um enorme alívio. Arturo riu.
- Maldosa! – Jax provocou.
- Tá com pena, vagabundo? – Bibi questionou, aborrecendo-se.
- Eu não tenho pena de ninguém! – Ele sacaneou, rindo muito.
- Eu te mato, Jackson! – Bibi exclamou. Ele se aproximou, beijando o rosto dela só para provocar. Ela deu uns tapas nele.
- Mulherada brava da porra! – Arturo disse, gargalhando.
- Se você der moral pra Victória, eu vou ajudar a Mônica a picar seu cadáver! – Bibi declarou, lançando um olhar efusivo para ele. Jax e Arturo riram ainda mais.
- Que horror, Bibi! – Ele exclamou, sacaneando.
- Vocês que não sejam bestas! – Ela disse, aborrecendo-se com os dois.
Quando a partida entre Arturo e Jax acabou, o Argentino se dirigiu até sua namorada, que conversava com Otto e Treze. Os ânimos estavam tranquilos. Ele puxou Moe para um abraço, dando um selinho nela em seguida. Ela o apertou em seus braços.
- Vamos pra casa? Acho que já deu por hoje! – Moe sugeriu, beijando-o.
- Vamos amor; mas, acho que não deveríamos deixar a Victória aqui! – Ele pontuou.
- Tá falando de quê? – Ela questionou.
- A Bianca tá no veneno, as duas vão acabar saindo na mão! – Arturo esclareceu.
- O que você quer que eu faça, amor? Nós tentamos passar a visão, mas, não adianta. Ela sempre causa! – Moe disse, revirando os olhos.
- Eu sei, linda, mas, excluir a garota não vai resolver! – Arturo pontuou.
- Quem está excluindo ela? – Moe questionou, aborrecendo-se.
- Vocês! – Ele disse.
- Não acredito que você está defendendo ela! – Werneck exigiu, ouvindo a conversa.
- Não estou defendendo. Só estou dizendo que é melhor levarmos ela com a gente, porque a Bianca não está de boa. Nós estávamos conversando ali na mesa e ela me deu um enquadro! – Arturo comentou.
- Claro que não está; ninguém está levando numa boa. Toda hora tem um close da Victória pagando de talarica! – Werneck respondeu.
- Cara, a mina é amiga de vocês, mancada fazer isso! – Arturo pontuou.
- Entendi, mas, o que você quer que eu faça? Porque assim, se eu levar ela pra minha casa, quem vai surtar é a Denise. Você entende a situação em que ela está? A Bibi abriu as portas da casa dela, a recebeu lá, e na primeira oportunidade, ela quer passar a rasteira. Tá errado! – Moe declarou, ainda mais aborrecida.
- Que cena, na moral! – Arturo disse, aborrecendo-se também.
- Pois é, uma cena feia do caralho. Quando falamos com ela sobre isso, ela tentou esculachar a gente. Tomara que a Bianca enfie a mão na cara dela mesmo! – Werneck declarou.
- Para com isso! – Treze pediu, mas, foi ignorado.
- Engraçado, a gente tenta defender a desgraçada e ainda sai errado! – Werneck exclamou, afastando seu namorado.
- Não é isso, porra. Vocês são os mais racionais, se começarem a agir assim, essa parada vai sair de controle. Tu acha que o Gago vai ficar segurando bronca por causa dela? Claro que não! – Treze disse, aborrecendo-se também.
- Beleza, mas, quem tem que segurar o reggae somos nós? Por favor, né. Ela tem vinte e oito anos nas costas, tá na hora de aprender a se comportar! – Moe pontuou, afastando-se de Arturo também.
- Não acredito que você vai gerar comigo; só estou dizendo que vocês são as pessoas mais próximas à ela, então, sim, quem tem que segurar o reggae são vocês! – Arturo declarou, encarando Moe seriamente.
- E o que você sugere que façamos? – Moe questionou, cruzando os braços sobre o peito.
- Talvez devêssemos ir pra casa da Bianca, pelo menos as duas não ficam sozinhas! – Ele esclareceu.
- Cara, que vontade de matar o meu pai. Ele só arruma pra minha cabeça! – Moe disse, revirando os olhos.
- Infelizmente, todo mundo aqui tem que arcar com as atitudes dele, é a vida! – Arturo exclamou, puxando Moe de volta para si.
Otto estava sem paciência, por isso, foi até Victória e Fredo, convocando-os para participar da conversa. Moe e Treze nunca viram o ruivo tão irritado. Seu rosto estava vermelho e seus nervos à flor da pele.
- Presta atenção, eu só vou falar uma vez. Nós vamos ter que ficar alojados na casa da Bianca, pra evitar que ela parta você ao meio, mas, é o seguinte: você vai sossegar esse cu, e vai pegar só os solteiros, porque se tiver mais uma cena sua, dando uma de talarica, sou eu quem vai te esculachar! – Otto pontuou, dando de dedo na cara dela novamente.
- Caralho Werneck, pega leve! – Fredo pediu, assustando-se.
- Pega leve é meu peru. A Victória não sabe se comportar! – Ele esclareceu. Ela engoliu em seco.
- O que tá rolando? – Fredo questionou, sem entender.
- Já falei tudo que tinha pra falar. Ela sabe por que estou agindo assim. É poucas ideias! – Werneck disse, voltando para junto do Treze.
- A Bibi está brava? – Fredo perguntou.
- A Mônica, a Bianca e a Denise. Não tem mais onde colocar a boneca! – Otto disse, revirando os olhos.
- Caralho, Vivi, tá causando! – Fredo exclamou, rindo. Vic escondeu o rosto no peito dele.
- Se ela se encolher mais, vai virar um buraco negro! – Arturo declarou, gargalhando.
- Idiota! – Moe disse, dando um tapinha no ombro dele e rindo.
- Calcula o raio de Schwarzschild dela aí, irmão! – Fredo exclamou, sacaneando o fato de o Argentino ser engenheiro. Vic riu.
- Porra, tu quer me foder? – Ele perguntou, aumentando a zoeira.
- Vocês não prestam! – Moe disse, divertindo-se com os dois.
- É difícil ser a rainha, minha irmã! – Marco exclamou, aproximando-se.
- Lembre-se disso! – Moe pontuou, dando uns tapinhas no ombro dele.
Os dois caminharam juntos rumo ao pátio, sentindo o fardo da liderança. Ambos perderam as contas das vezes em que estiveram ali, mas, nunca haviam visto o amanhecer com estes olhos. Acertaram os detalhes da eliminação de Caio Valério, e Marco confirmou o apoio dos ceifeiros na ação. Moe insistiu em ser a pessoa quem retiraria a luz dos olhos do rato.
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IS YOUR ELECTED REP ONE OF THESE ?
The 158 Democrats who voted against the bill are:
Alma Adams, North Carolina
Pete Aguilar, California
Gabe Amo, Rhode Island
Jake Auchincloss, Massachusetts
Becca Balint, Vermont
Nanette Barragán, California
Joyce Beatty, Ohio
Ami Bera, California
Donald Beyer, Virginia
Sanford D. Bishop Jr., Georgia
Earl Blumenauer, Oregon
Suzanne Bonamici, Oregon
Lisa Blunt Rochester, Delaware
Jamaal Bowman, New York
Shontel Brown, Ohio
Julia Brownley, California
Cori Bush, Missouri
Salud Carbajal, California
Tony Cárdenas, California
André Carson, Indiana
Troy Carter, Louisiana
Greg Casar, Texas
Ed Case, Hawaii
Sean Casten, Illinois
Kathy Castor, Florida
Joaquin Castro, Texas
Sheila Cherfilus-McCormick, Florida
Judy Chu, California
Katherine Clark, Massachusetts
Yvette Clarke, New York
Emanuel Cleaver, Missouri
James Clyburn, South Carolina
Steve Cohen, Tennessee
Gerald Connolly, Virginia
Luis Correa, California
Jim Costa, California
Jasmine Crockett, Texas
Jason Crow, Colorado
Danny Davis, Illinois
Madeleine Dean, Pennsylvania
Diana DeGette, Colorado
Rosa DeLauro, Connecticut
Suzan DelBene, Washington
Mark DeSaulnier, California
Debbie Dingell, Michigan
Lloyd Doggett, Texas
Veronica Escobar, Texas
Anna Eshoo, California
Adriano Espaillat, New York
Lizzie Fletcher, Texas
Bill Foster, Illinois
Valerie Foushee, North Carolina
Lois Frankel, Florida
Maxwell Frost, Florida
John Garamendi, California
Jesús "Chuy" Garcia, Illinois
Robert Garcia, California
Sylvia Garcia, Texas
Dan Goldman, New York
Jimmy Gomez, California
Al Green, Texas
James Himes, Connecticut
Steny Hoyer, Maryland
Valerie Hoyle, Oregon
Jared Huffman, California
Glenn Ivey, Maryland
Jonathan Jackson, Illinois
Sara Jacobs, California
Pramila Jayapal, Washington
Hakeem Jeffries, New York
Henry "Hank" Johnson, Georgia
Sydney Kamlager-Dove, California
Bill Keating, Massachusetts
Robin Kelly, Illinois
Ro Khanna, California
Dan Kildee, Michigan
Derek Kilmer, Washington
Andy Kim, New Jersey
Raja Krishnamoorthi, Illinois
Ann Kuster, New Hampshire
Greg Landsman, Ohio
Rick Larsen, Washington
John Larson, Connecticut
Barbara Lee, California
Summer Lee, Pennsylvania
Teresa Leger Fernandez, New Mexico
Ted Lieu, California
Zoe Lofgren, California
Doris Matsui, California
Lucy McBath, Georgia
Jennifer McClellan, Virginia
Betty McCollum, Minnesota
Morgan McGarvey, Kentucky
James McGovern, Massachusetts
Gregory Meeks, New York
Rob Menendez, New Jersey
Grace Meng, New York
Kweisi Mfume, Maryland
Gwen Moore, Wisconsin
Joseph Morelle, New York
Seth Moulton, Massachusetts
Kevin Mullin, California
Jerrold Nadler, New York
Grace Napolitano, California
Richard Neal, Massachusetts
Joe Neguse, Colorado
Donald Norcross, New Jersey
Alexandria Ocasio-Cortez, New York
Ilhan Omar, Minnesota
Frank Pallone, New Jersey
Nancy Pelosi, California
Scott Peters, California
Brittany Pettersen, Colorado
Dean Phillips, Minnesota
Chellie Pingree, Maine
Mark Pocan, Wisconsin
Katie Porter, California
Ayanna Pressley, Massachusetts
Mike Quigley, Illinois
Delia Ramirez, Illinois
Jamie Raskin, Maryland
Deborah Ross, North Carolina
Raul Ruiz, California
C.A. Dutch Ruppersberger, Maryland
Linda Sánchez, California
John Sarbanes, Maryland
Mary Scanlon, Pennsylvania
Janice Schakowsky, Illinois
Adam Schiff, California
Bradley Schneider, Illinois
Robert "Bobby" Scott, Virginia
David Scott, Georgia
Terri Sewell, Alabama
Brad Sherman, California
Darren Soto, Florida
Melanie Stansbury, New Mexico
Haley Stevens, Michigan
Marilyn Strickland, Washington
Mark Takano, California
Shri Thanedar, Michigan
Mike Thompson, California
Bennie Thompson, Mississippi
Rashida Tlaib, Michigan
Jill Tokuda, Hawaii
Paul Tonko, New York
Norma Torres, California
Ritchie Torres, New York
Lori Trahan, Massachusetts
David Trone, Maryland
Lauren Underwood, Illinois
Juan Vargas, California
Marc Veasey, Texas
Nydia Velázquez, New York
Debbie Wasserman Schultz, Florida
Maxine Waters, California
Bonnie Watson Coleman, New Jersey
Nikema Williams, Georgia
Frederica Wilson, Florida.
Democrats proudly against citizen
VOTE TRUMP 2024
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Espetáculo “Eu Te Amo”
O espetáculo conta a história de um casal – Paulo e Maria, dois desiludidos pela vida. Decepcionados com o amor e profissionalmente, eles se encontram e se apaixonam enquanto criam personagens de si mesmos. A peça mostra a exposição do casal, suas diferenças e os questionamentos afetivos.
Teatro Raul Cortez
Praça do Pacificador, Centro - Duque de Caxias
R$ 35
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A proposta do solo-manifesto O Futuro Chegou Ontem, escrito, concebido e interpretado por Kleber di Lázzare, é criar uma reflexão sobre as contradições existentes no Brasil do presente e do passado. O espetáculo fará sessão única seguida por um debate no Teatro Raul Cortez, do Sesc 14 Bis, no dia 6 de fevereiro, às 20h. Na semana que antecede o carnaval, a montagem traz um pierrô maltrapilho abandonado à própria sorte no meio da avenida por onde sua escola de samba desfilou em um tenebroso ‘último carnaval’. Por esse lugar, estão espalhados restos de confetes, serpentinas e corpos, sobras das histórias, vestígios de violências e marcas de crueldade. Transitando entre o presente e o tempo passado/histórico, esse palhaço das ruas e da folia toma a avenida vazia de vida e de oxigênio e narra a sua derrocada. Ele remonta, dentro de um estado de alucinação, os últimos atos da comunidade da sua Escola de Samba na luta por (R)existirem. O solo teatral busca criar escritas para a cena a partir dos medos, dos desejos, das perdas, dos ganhos, dos conflitos, das respirações resistentes, das asfixias forçosas, das contradições e das inércias de um país e de um povo, tendo o Carnaval como pano de fundo. Ele olha também para a necessidade inadiável de criar movimentos que nos tomou nos últimos meses e que encontra ecos em diversos outros momentos da nossa história. “É uma escrita cênica, um manifesto, um cortejo teatral, que visam dar voz e visibilidade aos corpos, às culturas, aos sobreviventes, aos silêncios forçosos, e às páginas apagadas da nossa história; dar visibilidade e palco para os direitos retirados e às expressões de um povo – expressões, direitos e páginas que definem esse povo”, explica di Lázzare. “Criar um relato poético, cênico e teatral para esses tempos contraditórios e assombrosos é uma busca artística por uma cartografia sobre o nosso hoje para compartilhar e compreender – passado e presente – e, assim, podermos aludir acerca de possibilidades futuras”, acrescenta.O crítico teatral Celso Faria, do blog EUrbanidade, ao conferir a montagem na sua primeira temporada presencial, escreveu “O Futuro Chegou Ontem é um registro e uma possibilidade. Ouso dizer que é uma montagem de relevância pedagógica, pois possibilita refletir sobre o que passou, da boiada que passou e vai passando, e de que ainda é possível reassumir as rédeas dessa história. Vão ver!”. DEBATEApós a apresentação, será realizado um debate a partir do conteúdo textual, poético e estético do espetáculo com Sidnei França (Carnavalesco do Vai-Vai) e com Tiaraju Pablo D’Andrea (Pós-Doutor em Filosofia pela USP e Coordenador do CEP – Centro de Estudos Periféricos da UNIFESP). O debate buscará abrir um caminho de pensamento acerca do Carnaval e das Escolas de Samba como meio para a construção e fortalecimento da Identidade Cultural das Comunidades Periféricas e a chegada da produção Cultural e Artística das periferias aos Grandes Centros. SinopseUm pierrô maltrapilho, um mendigo, está abandonado à própria sorte no meio da avenida por onde sua escola de samba desfilou em um tenebroso ‘último carnaval’. Esse palhaço das ruas e da folia toma a avenida vazia de vida e de oxigênio e narra a sua derrocada. Um olhar afiado e necessário para o nosso tempo e para essa construção já tão ameaçada que chamamos de nação. É fato: ela pode vir a desabar a qualquer momento. Ficha TécnicaDramaturgia, Concepção e Interpretação: Kleber di LázzarePreparação Corporal e Assistência de Direção: Marcela SampaioIdealização: Cia Grite de Teatro e Kleber di LázzarePesquisa Musical, Trilha Sonora e Música Original: Edu BertonPesquisa e Produção Musical: Vitor TridaVoz na Canção Original: Aline CalixtoCriação e Execução de Figurino: Marcus Ferreira e Tarcísio ZanonCostureira: Simone SantosAderecista: Biano FerraroPintura de Arte: Leandro ArtCriação de Cenografia: Kleber di LázzareExecução de Cenografia: PalhAssada AteliêVisagismo: Louise HelèneFotografia: Cleber CorreaIdentidade
Visual e Mídias Sociais: Carlos SanmartinArtes: Carlos SanmartinAssessoria de Imprensa: Pombo CorreioContrarregra e Operação de Som: Rafael FuzaroProdutora Executiva e Operação de luz: Marina RodriguesDireção de Produção: João NoronhaRealização: RN Produções Artísticas e SESC Serviço O Futuro Chegou Ontem – um solo manifesto – com debate logo após o espetáculo Apresentação: 6 de fevereiro, às 20h Sesc 14 Bis – Teatro Raul Cortez Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista Ingressos: R$50,00 (inteira), R$25,00 (meia) e R$15,00 (credencial plena). Duração: 75 minutos Classificação: 14 anos Capacidade: 512 lugares Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
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Por conta da chuva, Porto da Pedra transfere ensaio de quadra para esta sexta
Sem folga na preparação para o desfile oficial que acontecerá no dia 11 de fevereiro, a Unidos do Porto da Pedra transferiu o ensaio de comunidade que seria realizado nesta quinta, 11 de janeiro, para esta sexta-feira, dia 12. A mudança acontece em virtude da forte chuva que caiu no fim da tarde, causando transtornos em diversos bairros de São Gonçalo, inclusive com queda de energia elétrica.
" Prezamos sempre pela segurança do nosso componente. Esperamos para ver se seria viável realizar o ensaio, no entanto, acreditamos ser melhor transferir o treino para esta sexta, no mesmo horário, em nossa quadra", diz Amauri de Oliveira, diretor Geral de Harmonia.
Acompanhe a agenda do Tigre de São Gonçalo :
- 12 de janeiro, sexta: ensaio de comunidade na quadra, a partir das 20h
- 13 de janeiro, sábado: ensaio de rua com concentração na Praça do Bandeirante (Estrada Raul Veiga), a partir das 19h.
Em trinta dias, a Unidos do Porto da Pedra pisará a Marquês de Sapucaí, abrindo as apresentações do Grupo Especial com o enredo "Lunário Perpétuo: a profética do saber popular", tema escolhido elo carnavalesco Mauro Quintaes para a disputa deste ano. O tema tem pesquisa de Diego Araújo e narra a história do almanaque de saberes escrito por Jerónimo Cortez em 1594 e que, segundo Câmara Cascudo, foi a publicação mais lida no nordeste brasileiro por dois séculos.
Atenciosamente,
Assessoria de Imprensa do GRESU Porto da Pedra
Ana Cristina
Joice Hurtado
Proibido a reprodução das imagens sem autorização expressa do autor Lei 9610 de Direito Autoral
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Raul Cortez: A Brazilian Acting Legend's Legacy
Read here Raul Cortez Wikipedia, Wiki, Cause of Death, Net Worth, Age and more details in this blog post. Raul Cortez, the Brazilian acting sensation, left an indelible mark on the world of theater, television, and film. In this article, we will delve into the life and career of this extraordinary individual, from his early years to his notable works and the legacy he left behind. Raul Cortez…
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28 de agosto...
Dia da libertação de Hong Kong 1945
🇧🇷
Dia do Voluntariado
Dia do Leoísmo
Dia do Bancário
Dia do Avicultor
Aniversário de:
Araguari MG
Augusto Severo RN
Belém AL
Capela SE
Guaramirim SC
Itabaiana SE
Itararé SP
Lagoa da Canoa AL
Moju PA
Palmácia CE
Rio de Contas BA
Ruy Barbosa BA
Tupi Paulista SP
1789 William Herschel descobre uma nova lua de Saturno: Encélado.
1845 Publicada a primeira edição da revista Scientific American.
1893 É criado o Museu Paulista da USP.
1929 O dirigível Graf Zeppelin completa a sua 1ª volta ao mundo, realizada em 20 dias e 4 hrs.
1937 A Toyota Motor se torna uma empresa independente.
1941 Entra no ar o primeiro programa noticioso do rádio brasileiro, Repórter Esso.
1993 A sonda espacial Galileo descobre uma lua, + tarde chamada Dactyl, em torno de 243 Ida, a 1ª lua asteroide conhecida.
Nasceram…
Johann Wolfgang von Goethe 1749-1832
Raul Cortez 1932-2006
José Eduardo dos Santos 1942-2022
Morreram neste dia…
Afonso V de Portugal 1432-1481
Gastão de Orléans, Conde d'Eu 1842-1922
Chadwick Boseman 1976-2020
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