#pude relaxar.
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kazuza-94 · 2 years ago
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Quando me amei de verdade.
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tecontos · 2 months ago
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Precisava relaxa com um sexo bem gostoso.
By; Catharina
Domingo passei o dia todo estudando, não aguentava mais, precisava relaxar!
Cada página virada, uma lembrança do orgasmo sobrenatural que tenho com meu namorado. E que namorado!
Estava doidinha para ir a casa do meu namorado e foder minha bucetinha. Mandei uma mensagem e ele veio correndo, de certo modo, já imaginava do que eu precisava... Aquele pau delicioso!
Cheguei em sua casa, sua irmã estava na sala assistindo TV, mas isso não foi problema, nunca foi, a gente se pega do mesmo jeito.
Trancamos a porta, cuidadosamente, ligamos o computador para disfarçar os gemidos e barulhos, mal sabia ela que iriamos foder gostoso a noite toda. Foi dito e feito! Empurrei meu namorado com tudo na cama, comecei a ficar nua, bem devagar, delicadamente, de um jeito sexy.
Fui acariciando meus peitos que são do tamanho perfeito, que ele se amarra. Passei meus dedos em minha buceta, ele se excitou só com o meu olhar sacana de safada.
Comecei a beijá-lo e minha mão foi percorrendo cada parte daquele corpo musculoso, até que fui acariciando seu pau!!! Só de imaginar já fico toda molhadinha... Beijei aquele corpo do inicio ao fim, ele já estava louco, sedento por minha chupada.
Comecei a lhe satisfazer, coloquei aquela pau grosso até o fundo da minha garganta, fui chupando com gosto, subindo e descendo, em vários ritmos. Pude sentir o quanto seu pau estava quente, cheio de veias, cheio de tesão, igual uma pedra... Também pudera, minha boquinha de veludo faz mágica.
Adoro mandar, sou daquelas que provocam e mostram o que sabem fazer.
E pro delírio dele, encaixei e sentei, comecei bem devagarzinho, bem no fundinho, explorando o pênis todo, fui aumentando o ritmo gradativamente, até que comecei a sentar forte, meu namorado não estava aguentando de tanto tesão, dava para ver como isso estava o deixando louco só pelo jeito que apertava o meu bumbum com as mãos. Deixei ele revidar... Começou a chupar minha bucetinha vorazmente, enfiando o dedo lá dentro para sentir o meu mel. Me colocou de quatro, chupou o meu cuzinho e eu já sabia o que ele queria, comer o meu cu. Não exitei, adoro o jeito que ele me provoca e pede para eu dar.
Colocou suas mãos na minha cintura bem forte e foi enfiando devagarzinho, para não me machucar. Sentir aquele pau delicioso entrando em mim é uma das melhores sensações do mundo! Ele estava metendo muito forte, não me controlei, eu gemia incontrolavelmente e falava o quanto ele era gostoso e safado.
Mas também não podia deixar barato, sentei por cima dele, meu cuzinho todo molhadinho implorando aquela socada deliciosa. Ele me virou brutalmente e veio por cima de mim, metendo bem gostoso e forte no meu cu, batendo no meu grelinho. Não estava conseguindo segurar o tesão, e minutos depois, soltamos aquele gozo que estava preso em nós. Gozamos muito gostoso.
Foi uma noite bem relaxante, que eu estava necessitando muito.
Enviado ao Te Contos por Catharina
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noisycandypost · 3 months ago
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De louco, pensador e poeta, todo músico tem um pouco!
Passou o dia do músico e não pude lhe parabenizar. A verdade é que nunca vi você dedilhar.
Eu até ia dormir de boas, mas meus pensamentos me levaram a você.
Uma frustração de não fazer direito, pois me sinto capaz. Poxa, eu sou sincera e não nego a química. E talvez por pensar demais eu não permito acontecer. Por querer agradecer você eu acabo perdendo o momento que é o presente de ti ter.
Inté parece que consigo relaxar. Então me deixa fluir, pois não quero mentir. Quero que me pegue de jeito e não me faça perguntas. Quero que me beije até eu esquecer como falar..
Não sou frágil, então pode bater, meu cabelo é grande, deixo você puxar. Me permita lhe pertencer. Não me deixe pensar. Só faça acontecer. Me chupe até eu pedir por você. Me torture e me faça implorar. Eu odeio admitir gostar.
Quero lhe sentir por completo, quero lhe fazer gozar. Não quero pensar no certo. Quero lhe chupar. De preferência sem vomitar.
Não quero me sentir culpada. Não me deixe pensar. Me permita fluir e com você sentir e gozar.
Não falo de amor, apenas de uma vontade de amar. O incerto é agora e só eu sei o que é deixar passar. Não falo de me apaixonar.
Então, se possível. Me deixa fluir. Não pergunta e me deixa explorar. Pois do seu corpo quero desfrutar sem parar.
Me faz sorrir só de pensar. Então deixa rolar. Me deixa morder e sentir o prazer de ter você. Só quero por uma noite pertencer e deixar acontecer. Me permita fluir e sentir você dentro de mim.
Noisycandypost
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prettyhboy · 5 months ago
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COMEMORANDO POR PISAR EM VIDRO QUEBRADO E ESCORREGAR EM PISOS ENCHARCADOS DE ESTÔMAGO.
Eu planejei muitas coisas de extrema importância para ficar em alta constância.
Não gosto de vínculos traumáticos e me martirizo se algo foge dos trilhos.
Esse mundo não tem brilho específico quando se trata de amar alguém de outro nível.
Esse conjunto de fatos passados passa despercebido quando meus motivos não passam de flores murchando no Jardim do fim.
Qual seria minha melhor perspectiva quando minha corrida não termina como eu queria?
E isso importa?
Qual porta errada eu atravessei que não pude retroceder para aquela travessia bonita?
Qual estrada de apenas uma via fui obrigado a seguir para fugir de um passado que estava a me ruir internamente.
Intensamente falando e sobre o borderline que me deixa muito contente e ao mesmo tempo depressivo e doente novamente, tudo borbulha entre minhas entranhas quentes.
E meu subconsciente se torna algo sem coerência com essa amnésia sem sentido.
Eu nunca possuí amigos.
Eu não dou a foda aos antigos conflitos.
Eu não me importo em levar um tiro que arrebente minha espinha de ponta a ponta.
Eu não me importo com o acerto de contas.
Eu não me importo com afrontas.
Eu não me importo com quase nada.
E não gosto de ficar em águas rasas.
Muito menos em pular da ponte mais alta.
Talvez rachar a mente na calçada depois de uma batida arrastando o carro na pista.
Não é uma vista tão otimista, mas não seria um fim tão ruim assim.
Eu gostaria de ter dentes de ouro antes de ir.
Eu gostaria de um caixão roxo com pétalas por todos os lados.
Eu gostaria de ser amado em vida para não sofrer a dor da partida repentina.
Eu gostaria de uma alma viva que se encaixasse com a minha.
Mas, a gente se acostuma com esse inquilino sombrio e mortífero que esconde seu lado bonito.
Eu nunca deveria me sentir arrependido.
Pois tudo foi perdido.
Mas ao mesmo tempo aprendido.
E quando minha hora chegar eu quero me deitar sobre o caixão e relaxar, sem ter peso na consciência por ter ferido alguém sem pensar, por ter sido escroto sem se desculpar ou pedir perdão.
Tudo é em vão.
Posso estar sob pressão mas nada tira minha emoção bonita e bem linda de sensações energeticamente floridas.
Agora é hora de ficar na colina observando a chuva fria que cai sobre meus olhos, molhando meu corpo magro, me deixando em estado temporário de congelamento da alma.
Muita calma para não pular as etapas de observar os reflexos do breve momento incerto que existe para todos os seres complexos.
poema por: prettyhboy.
piloto: prettyhboy.
simulador: Forza Motorsport.
pista: Nürburgring.
extensão: 25,1 KM.
número de voltas: 1.
volta mais rápida: 8m 28s 347s.
número de pilotos: 1.
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tiger-willow · 10 months ago
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So I couldn’t help but overhear that new people from qsmp twt are coming here on to Tumblr (I believe they are from Twitter idk)
so I’m here to welcome and wish you all well! Feel free to relax, post stuff here and most importantly DO NOT be afraid to speak your first language on here! (I want to see more Spanish, Portuguese, French other languages on here anyways!)
I promise that on here is a much better place and we hope you enjoy your time here! :) ❤️
(Portuguese translations below) (I also overheard that Twitter might be banned in Brazil so just in case I translated this message in Portuguese to those who might not speak or understand English)
Então eu não pude deixar de ouvir que novas pessoas do qsmp twt estão vindo aqui para o Tumblr (eu acredito que eles são do Twitter, eu não sei)
Então estou aqui para dar as boas-vindas e desejar a todos vocês tudo de bom! Sinta-se à vontade para relaxar, postar coisas aqui e, o mais importante, NÃO tenha medo de falar sua primeira língua aqui! (Eu quero ver mais espanhol, português, francês em outros idiomas aqui de qualquer maneira!)
Eu prometo que aqui é um lugar muito melhor e esperamos que você aproveite seu tempo aqui! :) ❤️
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crarinhaw · 8 months ago
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Tiny Dancer
Oii estrelinhas, vão bem? Bem vindes a mais um imagine.
Esse é o primeiro smut realmente smut do blog, então mil perdões por qualquer erro de falta de experiência.
Lembrando que em nenhum momento esse texto tem como objetivo ofender o Baek!!
Abram o link no meio do imagine para verem o que aconteceu naquela cena!
Avisos: Oral sex (masc.) “public” sex, dirty talk.
Minhas unhas cravavam as coxas do homem enquanto me engasgava em seu pau, sentindo que deveria agradecer ao universo todos os dias por ter sido aceita nesse emprego.
Baekhyun forçava sem dó minha cabeça contra seu corpo na intenção de me fazer engolir toda a sua extensão, proferindo xingamentos e soltando gemidos baixos, meus olhos lacrimejavam, tentando ao máximo deixá-los abertos.
"Não fecha os olhos não, quero ver minha gatinha me encarando enquanto baba no meu pau" Byun dizia, com um olhar de luxúria para minha face que tinha sua maquiagem impecável totalmente arruinada.
Ser a ficante secreta de Byun Baekhyun tinha suas vantagens, principalmente sendo sua dançarina e estando com ele em todos os shows da turnê do EXO, era nos momentos de tensão pré palco que o cantor me buscava para o relaxar.
Era o ultimo show da turnê, um estádio lotado com a maior audiência que o grupo já teve, quando fui chamada para seu camarim pude notar o quão nervoso ele estava, suas mãos tremiam até mesmo quando segurou minha nuca para o beijar, tão de uma forma que nem esperamos chegar ao banheiro para que eu já estivesse ajoelhada em sua frente, com ele encostado na mesa cheia de maquiagens caras.
Se eu fosse pega ali, estava totalmente fodida, mas não do jeito que eu desejava.
Percebi que seu ápice chegava quando senti suas mãos agarrarem meu cabelo com mais firmeza, se eu pudesse falar, pediria para que pelo menos não estragasse tanto o penteado, ja que faltavam poucos minutos para subirmos ao palco.
O coreano empurra com um pouco mais de força minha cabeça contra seu quadril, me fazendo sentir a cabecinha de seu mastro tocar minha garganta, sinto as lágrimas rolarem de meus olhos e como desconto arrasto minhas unhas sobre sua pele clara, tendo quase certeza de que o fiz sangrar, "Caralho amor, não consigo me controlar com essa sua boquinha me chupando assim", e com essas palavras ele goza no fundo de minha garganta, sinto o líquido quente descer por toda à extensão de minha laringe, tendo minha boca aliviada de seu volume apenas quando Byun deixa suas últimas gotas sobre minha língua.
Sem muitas forças, preciso da ajuda de Baekhyun para me levantar, ele logo me puxa para um beijo, longo e molhado, aumentando ainda mais minha excitação por perceber que ele atacava minha boca com sua lingua mesmo nela estando impregnado o seu próprio gosto.
"Eu juro que se não tivéssemos apenas cinco minutos para subirmos na porra daquele palco, eu foderia sua bucetinha com força aqui mesmo nesse camarim, mas acho que você aguenta esperar até o fim do show, não é, gatinha?” Ah, claro que iria aguentar o fato de estar dançando lado a lado com meu ficante em frente a cinquenta mil pessoas sendo que tudo que eu mais desejava era seu pau enterrado em minha buceta.
Tento esboçar uma reação verbal ao que Baekhyun diz, mas tudo que consigo proferir são alguns gemidos e levantar minha cabeça para cima e para baixo em afirmação. “Boa garota, burrinha de tesão, só não vai ficar assim na hora do show, quero ver você dançando do jeito que você sempre faz, perfeita” o coreano então acaricia meus tentando os ajustar da forma como a cabeleireira havia deixado antes e deixa um último selinho em meus lábios antes de me alcançar um batom Dior da penteadeira para que eu pudesse retocar ao menos um pouco do estrago que ele próprio causou.
Durante o ato solo de Baekhyun, subo no palco junto com o mesmo, já utilizando outro figurino, UN Village começa a tocar e o publico vibra, essa com certeza era minha musica favorita de apresentar, a batida sensual levava meu corpo a se mover da forma mais livre e expressiva que conseguia, mesmo forçada a ficar apenas na mesma sequencia de passos, mas não naquele dia. Quando Byun se aproxima de mim, como em todos os shows, deixo meu braço deslizar sobre seus ombros, levando o público ensandecido de fãs a loucura. Sinto que o corpo dele se tensiona com os toques, mesmo tão rápidos, causando nele exatamente o efeito que eu desejava.
Ao fim do show, todos cansados e exaustos iam cada um para seus respectivos camarins, da mesma forma seguia tranquila até o camarim dividido com as outras dançarinas, ja esperava o que aconteceria quando passasse pelo espaço particular de Baek, sendo puxada para dentro sem que ninguém percebesse.
O mais velho logo tranca a porta e me leva a ficar entre seu corpo e a parede, seus lábios tocam os meus logo se tornando em um beijo cheio de luxúria e desejo.
“Agora é hora da minha putinha receber o que ela merece”
Texto não revisado!
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imagines-1directioner · 2 years ago
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Don’t Give Up On Me - with Louis Tomlison
Situação: marido!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 2583
Avisos: uso e menção de drogas ilícitas; linguagem imprópria
Sinopse: S/N, uma médica dedicada e responsável, devido a rotina difícil entra para o mundo das drogas e aos poucos destrói seu relacionamento com o marido Louis, que tenta de tudo para salvar sua amada até suas forças esgotarem.
N/A: A história da vez é um pouco diferente das habituais que posto aqui. Um drama deveras pesado. Espero que gostem e me digam o que acharam e se curtem esse tipo de formato mais dramático para que eu traga com maior frequência.
curte e reblogue o post para me ajudar 🫶
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Meu dia havia sido péssimo, pra não dizer terrível. Hospital permaneceu lotado desde o momento em que botei os pés aqui dentro. Pacientes não paravam de chegar, cirurgias de emergência complexas, e como se esse estresse rotineiro não bastasse, perdi um garotinho de oito anos, que tinha a vida inteira pela frente. Saí literalmente acabada do plantão. A exaustão era tanto física quanto psicológica. Meu corpo precisava relaxar. E mesmo que todos os meus pensamentos tentassem ao máximo evitar o que meu cérebro maluco desejava, eu não consegui evitar e nem fui forte o suficiente para mandar em mim mesma.
Já dentro do carro abri minha bolsa azul, peguei a necessaire preta que carregava comigo todos os dias e desesperadamente, como se o oxigênio no local não fosse o bastante para meus pulmões - e realmente não era pra mim - abri o zíper do objeto e procurei o saquinho com três compridos moídos de Diazepam. A pressa era tanta que sequer montei uma carreirinha, logo levei ao nariz um punhado pelas pontas dos dedos, inalando o pó branco até meus olhos se fecharem, meu coração desacelerar e os alvéolos pulmonares descolarem, entrando oxigênio e outras substâncias que eu sabia que estavam acabando comigo.
Foi só depois da terceira cheirada em menos de dez minutos que percebi a merda que estava fazendo… de novo. De imediato meu corpo fraquejou e o choro alto veio sem nem pedir licença. Batia no volante incessantemente, com raiva e ódio de mim mesma pela segunda recaída essa semana.
Os efeitos da droga estavam se intensificando, mas ainda sim pude visualizar a foto do meu marido no visor do celular vibrando em cima do banco do passageiro.
- Merda.. - devagar passei as mãos pelo rosto na intenção de me acalmar e recuperar a sanidade para então ter coragem de atender a ligação. Relutei durante vinte segundos que na minha cabeça duraram horas, e após coçar a cabeça peguei o aparelho e apertei o botão verde. - Oi amor.
- Oi babe, onde você está? - sua voz estava cansada e sonolenta, provavelmente pelo horário.
- Eu.. - funguei, passando a mão pelo nariz ardendo. - Eu tô indo pra casa. - Louis permaneceu em silêncio. Ali percebi que ele havia sacado tudo. Forcei o fechamento dos olhos e mordi o lábio inferior segurando o choro.
- S/N.. você não pode dirigir assim.
- Eu.. - minha voz falhou por conta das lágrimas. - Eu vou esperar passar.
- Tô indo te buscar. - falou decidido após bufar.
- Não precisa, Lou.
- Não ouse sair daí, ou eu chamo seu pai. - ele sequer esperou eu dizer alguma coisa e desligou a ligação.
- Porra!! - esbravejei, esmurrando o banco ao meu lado direito. Tentei ao máximo permanecer no carro até meu marido chegar mas sentia a sensação eletrizante correr nas veias. Travei meu maxilar e respirei fundo, tão fundo que por um segundo delirei estar cheirando cocaína de novo. Meu pé esquerdo mexia-se sem parar e eu já estava com as unhas das mãos quase sangrado de tanto que roía. O espaço do carro parecia diminuir a cada momento a mais que permanecia ali dentro e a sensação de claustrofobia aumentava. Taquicardia veio na sequência. Meu corpo pedia, ou melhor, implorava por mais um teko, e a maneira que tive para escapar daquela angústia absurda era saindo do carro. Abandonei o automóvel com a porta aberta e caminhei até o capô, apoiando-me nele com as duas mãos em cima da lataria prata e tentando controlar minha respiração. Os sintomas anteriores triplicaram e a fraqueza se apossou de mim fazendo com que me escorasse sobre o pneu dianteiro com uma tremenda falta de ar. O aperto no peito tornou-se gigantesco e por alguns segundos meu cérebro apagou, e eu voltei somente com Louis batendo no meu rosto de leve, ajoelhado ao meu lado, dizendo meu nome.
- Você consegue levantar?
- Não.. - choraminguei enquanto ele tentava me reerguer, já que eu estava completamente mole. Sem saber como ele havia conseguido me levar até o meu carro, deixando-me no banco do passageiro, ainda atordoada pela substância e já sentindo falta dela ao mesmo tempo, pude observar meu esposo no banco do motorista, nos tirando do estacionamento do hospital.
- Quanto você usou?
- Só uma vez. - menti.
- Impossível. - suspirei fundo e me encostei na porta. Ele me conhecia.
- Cheirei três.. três vezes. - falei com dificuldade. Minha visão era baixa mas eu podia visualizar o desapontamento por eu não ter conseguido ficar sem essa droga. Agora o tempo estava passando depressa demais e quando me dei conta já estava subindo para o nosso apartamento.
- Você precisa de um banho. - disse sério ao me deixar na cama e ir em direção ao banheiro ligar o chuveiro.
- Tudo bem. - suspirei. - Só vou pegar um copo de água na cozinha. - Louis assentiu e eu caminhei devagar até o cômodo. Chegando lá procurei com os olhos a minha bolsa, mais especificamente a necessaire preta, vendo-a em cima da mesa de jantar. Com tamanha rapidez tirei tudo de dentro da bolsinha na intenção de terminar o pacotinho contendo pó mas ele não estava ali. - Cassete! - o desespero bateu imediatamente, fazendo-me correr até o armário da cozinha, terceira prateleira na parte superior do móvel. Com ajuda da cadeira, subindo nela, peguei a caixinha redonda de metal com alguns comprimidos extras e que escondi há duas semanas para situações de emergência. Rapidamente peguei quatro daqueles círculos brancos e esmaguei na bancada de mármore usando um copo de vidro. Porém antes que eu aproximasse a cabeça dali para inalar Louis passou a mão e a carreirinha se desfez no ar.
- Você não vai cheirar mais essa merda, tá me ouvindo? - ele gritou bravo.
- Não!! Por que fez isso? - questionei indignada. - Por que você me odeia?
- Te odeio? Eu te odeio? - soou irônico. - É você quem se odeia por insistir nessa porra e me levar junto para o buraco.
- Eu preciso disso, Louis!
- Não, você não precisa.
- Por favor!! - comecei a chorar desesperada, sentindo os indícios da abstinência retornando aos poucos.
- Chega, S/N! Chega! - fora de controle me joguei no chão e as dores tomaram conta de todos os meus órgãos e músculos. Sentia um aperto monstruoso ao ponto de me contorcer enquanto chorava. - Eu não aguento mais! - os sentimentos horripilantes eram tão fortes que não via Louis, até porque estava deitada de costas para ele, mas pelo estrondo, que eu suponho ter sido de sua mão na mesa, Tomlinson estava puto, e com razão. - Você não quer ser internada, e tudo bem! Você já é maior de idade, sabe o que fazer da vida, ou pelo menos deveria saber. Parou de frequentar o NA porque teoricamente estava bem, mas está nítido que mentiu pra mim e pra sua família só para usar essa porcaria que te derruba, que virou uma dependência para que você consiga viver! Eu não posso ir atrás de você toda vez que faz merda! Isso está me desgastando! - agora era ele quem chorava, e meu coração acelerado sentiu o impacto do que meu vício causava nas pessoas ao meu redor.
- Eu não tenho escolha… é mais forte que eu. - tentei me defender mas tudo o que sentia e fazia não me deu credibilidade nenhuma. - Lou, só um pouco.. eu tô passando mal. - com o mínimo de consciência que me restava e a pouquíssima força muscular consegui me manter sentada e encarrar Louis a poucos metros de mim, de costas com uma mão na cintura e a outra na cabeça.
- Não! - gritou ainda sem olhar pra mim.
- Por favor, Louis! - esbravejei perdendo todo o poder sobre a minha pessoa.
- Foda-se! - virou-se para mim. - Quer saber? Você decide! Sou eu ou a cocaína! - sinceramente eu não tinha condições de decidir, mas entendi o quão sério aquela frase foi dita. O quão intensa e verdadeira aquela constatação foi feita. Meu juízo estava alterado, no entanto, no fundo de mim, no fundo da minha alma, eu sabia que não conseguiria sair dessa sem o Louis. - Então me dá um pouco do ansiolítico em gota.. tá no banheiro.
- Eu não vou participar da sua destruição e nem deixar que você faça isso.
- Eu preciso de alguma coisa senão eu vou morrer, caralho!!
- Sim, você vai morrer se cheirar mais um pouco dessa merda! - Louis sacudiu o pequeno plástico que eu estava procurando com o pouco pó dentro da embalagem transparente bem perto do meu rosto e no impulso arranquei de sua mão, correndo em direção ao banheiro o mais rápido que pude.
- Puta que pariu! Volta aqui, S/N! - escutei ele correndo atrás de mim e no segundo que ia fechar a porta o moreno agarrou meu braço e me puxou pra fora. - Me devolve essa porra!
- Para, inferno! - rebatia-me para de alguma forma escapar de sua força porém de nada adiantou. Eu não tinha controle sobre meu próprio corpo e Louis conseguiu pegar o saquinho de novo, jogando na privada e dando descarga.
- Tá impossível, cara! Impossível conviver com você! - as palavras doeram e aumentaram a dor que eu sentia dentro de mim. Dor física e psicológica. Uma cascata desastrosa sendo derramada sobre meu corpo e mente fraca. Quando ele era duro comigo, retomava minha consciência por alguns segundos e enxergava, ainda que com dificuldade, a realidade perturbadora que estava inserida.
- Desculpa.. - desabei em meio a lágrimas enquanto me escorava na porta de madeira amarronzada. - Me desculpa por tudo.. - minha cabeça latejou quando encostei a bunda no chão, provavelmente pelos meus músculos relaxarem e meu corpo voltar a se dar conta da falta da substância percorrendo o organismo. - Eu tô.. tô exausta.. fodida..
- Você precisa de carinho, e não de drogas, amor. - meu choro aumentava assim como a falta de percepção e nem percebi que ele sentou ao meu lado e devagar trazia-me para deitar a cabeça em suas coxas. - Me deixa cuidar de você, S/A.. - sua voz falhou, possivelmente por conta do choro. O moreno acariciava meu rosto e desembaraçava os fios do meu cabelo um a um, tentando me acalmar. Felizmente estava funcionando até de repente tudo se apagar.
Mesmo de olhos fechados senti a claridade do sol entrar no cômodo quando a cortina foi aberta. Amanheci em casa e eu não lembrava como havia ido parar lá.
- Como vim parar aqui? - perguntei receosa e com muita vergonha após me sentar na came e ver Louis na sacada. Ele preferia encarar o chão do que a mim.
- Tive que te buscar no estacionamento do hospital. - respondeu seco. - Você tinha cheirado e surtou quando chegamos. - eu queria me enfiar em um buraco e nunca mais sair. Aos poucos as lembranças foram refrescando a memória e cada recordação a vontade de sumir engrandecia.
- Perdão, Lou. - ele não disse nada, apenas me olhou com os olhos marejados e frios. - Eu vou fazer um café pra gente e..
- Pra mim deu. - meu corpo gelou.
- O quê? - atônita tentei engolir o choro mas meus lábios tremiam.
- Eu não aguento mais, S/N. Você é médica, sabe muito bem as consequências dos seus próprios atos e mesmo assim vive uma hipocrisia que vai te matar. - derramou o que estava engasgado. - Você salva vidas e está destruindo a sua! Destruindo a minha vida! - dessa vez fui eu quem desviou o olhar. Me faltou coragem para encarar o que escutava. - Você não tem noção de como ontem foi difícil. Muito difícil. - levou as mãos até os olhos, esfregando-os devagar. - Se você quer se destruir, faça isso sozinha.
- Não desiste de mim. - pedi com a voz trêmula, levantando da cama e ficando próxima a ele como se fosse - e realmente era - minha última esperança de reviver meu relacionamento. - Não vou conseguir sem você.
- Eu estive o tempo todo ao seu lado e você também não conseguiu. - engoli a verdade dolorosa e permaneci calada, com o choro preso na garganta. Estava em uma sinuca de bico, tendo que mais uma vez decidir entre duas coisas que eu precisava para sobreviver. Em um lapso pude relembrar toda a minha história ao lado do amor da minha vida. Todas as vezes que ele me fez feliz, me ajudou, esteve ao meu lado. Ele era meu porto seguro. E apesar do que ele ter dito ser real, sem Louis eu morreria em pouquíssimo tempo.
- Então me leva pra clínica.. - foi difícil, mas consegui decidir por consideração a nossa vida juntos. Uma resposta quase que equivocada como uma forma de resgatar o que eu estava perdendo. - Se for para não te ter, quero me internar. Porque sei que se continuar nessa sem você, eu definitivamente vou me acabar. - a fungada no nariz foi uma tentativa de disfarçar a vontade tremenda de chorar, mas completamente em vão pois meus olhos cheios d’água mostravam a tristeza nua e crua ser invadida a cada movimento meu. - Me leva até a clínica que fomos da última vez?
- Levo.. claro que eu levo. - Louis também tinha os olhos chorosos e a voz embargada. Ver ele assim acabava comigo. - Te levo como amigo que se preocupa, porque é só isso que posso ser pra você.
Quatro meses depois..
- Oi.. meu nome é S/N. Eu sou médica de emergência e cirurgiã geral, e hoje faz quatro meses, duas semanas e cinco dias que estou limpa. - abri um sorriso entre a roda daqueles que convivi durante quase meio ano dentro da clínica de reabilitação e recebi uma salva de palmas dos meus companheiros e felicitações tão sinceras que me emocionaram. - Hoje é meu último dia na clínica. - o alívio percorreu minha espinha e um sorriso sereno surgiu em meus lábios. - Esse tempo aqui foi essencial pra mim e com certeza pra minha família. Eu sou uma nova pessoa. E não falo isso da boca para fora. Eu sinto isso. Sinto no meu corpo, na minha mente, na minha alma. A droga destruiu quem eu era, destruiu quem eu amava, me fez conhecer uma versão de mim que eu nunca seria. Mas hoje consigo entender e enxergar que a recuperação é algo possível e que eu venci o que estava me matando. Ainda tenho pela frente um longo processo de adaptação a vida normal mas eu virei ao NA pelo menos duas vezes na semana até que esteja pronta para viver a minha vida de novo. Obrigada! - mais palmas preencheram a acústica do lugar e depois de me despedir da equipe de enfermagem, dos médicos que cuidaram de mim e dos pacientes que viraram meus amigos encontrei minha família na recepção me esperando, de braços abertos. Fiquei extremamente feliz em vê-los e finalmente poder sair com eles. Entretanto somente a minha família estava ali. Não havia nenhum sinal dele. Eu sabia que seria difícil mas tinha uma pontinha de esperança que Louis estaria ali, me esperando para recomeçarmos. Era isso. Nosso relacionamento tinha acabado de vez, e a única e exclusiva culpada era a S/N viciada. Após abraçar meus familiares e trocarmos algumas palavras de carinho fomos até a porta da frente. Quando a porta automática da clínica se abriu, consegui ver a uma certa distância de nós um homem segurando um buquê de flores coloridas. Meu coração começou a palpitar e a medida que a imagem ficava mais nítida enquanto andava podia sentir as lágrimas se formando no canto dos olhos.
- Você veio.. - disse com a voz trêmula e coração transbordando quando a distância não era mais um problema e conseguia visualizar a minha primeira e única paixão da vida vir ao meu encontro após tanto tempo longe.
- Bem vinda de volta, minha S/N.
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xoxo
Ju
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carlosdmourablog · 1 year ago
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Quando Me Amei De Verdade, -Texto De Charles Chaplin
Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento preciso.
E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… AUTOESTIMA.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional não são, senão, sinais de que estou indo contra minhas próprias verdades.
Hoje sei que isso é… AUTENTICIDADE.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… AMADURECIMENTO.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber porque é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa (talvez eu mesmo) não está preparada.
Hoje sei que o nome disso é… RESPEITO.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas e situações, toda e qualquer coisa que me pusesse para baixo.
De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama… AMOR PRÓPRIO.
Quando me amei de verdade, deixei de me preocupar por não ter tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os mega-projetos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… SIMPLICIDADE
PENSE NISSO!
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ravenmarshblog · 1 month ago
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O verdadeiro – parte 2
Fanfict the “That’s Not My Neighbor”
Tags: Suspense, drama, terror, angst, violento, dark fic, perturbador, linguagem obscena, problemas psicológicos, sangue, descrição gráfica de cena de crime, manipulação, terror, fanfict, fanfiction, ficção, baseada em videogame, paranoia, thats not my neighbor, indie games, thriller, francis mosses x self insert, self insert, the milkman.
Capítulo 2 – Doppelgängers
Hoje as coisas foram um pouco mais agitadas que ontem. Apareceram mais doppelgängers, um horroroso do senhor Roman com o rosto deformado e que só respondia "42" pra tudo o que eu dizia, uma Nacha com o rosto esverdeado e inchado, uma Lois com o rosto quadrado..essas coisas estão realmente tentando entrar aqui. Faço como diz o protocolo, ligo pra D.D.D todas as vezes e tento relaxar. Poucas pessoas na lista hoje, me faz pensar num lado bom e um ruim. O bom é que, teoricamente, menos pessoas vão passar por mim hoje. O ruim é que a chance de cópias aparecerem é bem grande. Quando uma das gêmeas, Selenne, apareceu e me mostrou seu pedido de entrada, eu decidi checar se sua irmã estava em casa. Elenois me respondeu e informou que sua irmã não estava com ela. Suspiro de alívio e a questiono sobre não estar na lista. Ela tinha uma voz um tanto distante e bem confiante.
- Devo ter esquecido, eu estava com muito na minha cabeça sabe?
- Entendo, só tente não se esquecer mais, está bem? É pra garantir a segurança de todos do prédio.
- Sim, claro.
- Bom, tenha um bom dia.
Ela passou e me debrucei sobre a mesa, fechando os olhos por um instante. Talvez se eu desse muita sorte ninguém mais viria por um tempo e eu poderia matar a preguiça durante alguns instantes..soava como um luxo muito distante da minha realidade atual.
- E eu achando que a faculdade era um problema..
Uma batida suave no vidro me faz abrir e erguer os olhos. Steven, um rapaz bem estiloso que morava no mesmo andar do Francis, me olha pelo vidro. Seus olhos escondidos atrás dos costumeiros óculos escuros não deixam que eu saiba exatamente como está me olhando.
- Você está bem, Nicky? Ele pergunta, um tom de preocupação na voz. Assinto de leve e falo, sem perder muito tempo:
- Seus documentos, por favor.
O Rudboys jovem não pareceu completamente convencido, mas não fez nenhuma objeção e apenas me entregou tudo pra que eu checasse. Parecia tudo em ordem, ele também estava na lista, então me tranquilizei um pouco. Steven ainda falou mais uma vez antes de entrar depois de eu ligar pro seu pai.
- Você parece meio pálida, Nicky, cuide-se tá?
Palavras tão simples mas que me fizeram desmontar por inteiro. Quando percebi ele já tinha sumido e nem pude dizer obrigada. Sem muita escolha, saí durante alguns minutos e fui até meu cantinho pegar um espelho. Mexo um pouco no cabelo e cutuco meu rosto.
- Eu não consigo reparar essas coisas não..vou acreditar nele e tentar cuidar melhor de mim mesma. Vou ver se a D.D.D contrata um outro porteiro por meio período..tch duvido muito.
De volta à portaria, o senhor Roman estava lá e logo identifiquei o problema com ele: faltava a cicatriz no queixo. Não perdi tempo e pressionei o botão de emergência. Assim que tudo tinha terminado, questionei o agente se a D.D.D tinha alguma previsão pro extermínio dos doppels, ao que ele respondeu com "ainda não".
Sem muito o que fazer, pego um pedaço do meu caderno e começo a fazer algumas frases. Sempre gostei de música e escrever as minhas próprias era um sonho muito bom pra ficar só no imaginário. Quando o lápis e o papel se encontravam, eu podia me soltar de verdade, deixar um pouco de mim naqueles pedaços de poesia. Não era muito difícil inventar uma melodia pra encaixar tudo aquilo, me fazia passar o tempo mais rápido e esquecer dos problemas. Só que uma coisa me atrapalhou: a sensação nítida de estar sendo observada. Virei para conferir a parte de trás primeiro, com certeza seria pior se tivesse alguém ali, mas não; quando me virei de volta para a janelinha, vi Francis ali e pulei na cadeira.
- Aai!..Francis!..você me assustou!
Ele dá um sorrisinho fraco, o primeiro que vejo sair dele, e seu olhar está atenuado pra mim.
- Sinto por isso. Você parecia estar bem concentrada, eu fiquei com receio de te chamar e te assustar de verdade.
- Haha não precisa disso, eu devia estar mais atenta. Você foi tão silencioso, eu nem te ouvi chegando-
- Ou talvez você só estivesse muito ocupada.
- É haha..bom..ID e pedido, por gentileza.
Ele toca os bolsos enquanto me entrega o pedido. Seu rosto ganha uns traços de surpresa e preocupação.
- Ah não..eu acho que não está comigo!..
Aquilo me preocupou bastante. Era parte do protocolo só aceitar quem tinha um pedido válido e um ID. Os dados no pedido estavam corretos, o nome também, nada parecia incomum, e sua aparência estava correta. Ele só não estava na lista.
- Acho que deixei no trabalho, que droga, eu não sei se consigo voltar lá agora pra buscar, já devem ter fechado tudo..e também o trânsito não está para brincadeira a essa hora..haaa
Francis suspirou e encostou a testa no vidro, soltando um longo suspiro. Senti muita pena por ele, era mesmo uma situação muito complicada.
- Você pode..confirmar algumas informações e eu posso fazer uma exceção hoje. Mas você precisa de outro ID imediatamente, tá bem?
- Jura? Nossa obrigado, claro. Pode perguntar.
- Então, qual seu nome completo?
- Francis Mosses
- Andar?
- Terceiro, e o apartamento é o segundo.
- Okay..seu motivo pra sair?
- Tava trabalhando como leiteiro.
- Parece tudo bem com você, Francis. Deixe eu ligar pra sua casa..
- Ah..tem certeza? Acho um pouco perda de tempo.
- Eu preciso garantir e se você for o verdadeiro, não tem nada a temer.
Liguei 4122 e esperei. Ninguém atendeu. O rapaz parecia meio nervoso, porém julguei que era pra chegar logo em casa e tomar um banho.
- Você pode passar, não se esqueça do ID tá?
- Obrigado, muito obrigado. Fico te devendo uma.
Pressiono o botão e ele some pelo corredor. Tomo um susto com o que aparece depois: a senhorita Mia com a cabeça flutuando e girando. Nunca chamei a D.D.D tão rápido.
Pouco depois disso, vejo a senhorita Gloria. Ela estava na lista, me entregou todos os documentos solicitados de cara e parecia bem calma, mas ainda assim me deu medo: a pinta estava do lado esquerdo.
- Uhh..senhorita Gloria?..a senhora parece diferente hoje..
- Hum? O que há de errado com minha aparência? Eu pareço como sempre pareço.
Aperto o botão de emergência e ligo 3312. Era um quase perfeito, tenho que ficar muito atenta pra esses detalhes ou essas coisas vão me enganar e entrar aqui. Ter a segurança dos condôminos nas mãos me torna alguém muito importante e com uma responsabilidade imensa, tanto por eles quanto por mim. A próxima pessoa foi outra Gloria, agora com a pinta no lado certo.
- Pedido de entrada, por favor.
- Oh sim, eu me esqueci.
As datas eram convincentes, tinha a logo da D.D.D nos documentos, foto, informações corretas. O motivo de saída na verdade constava como uma justificativa para entrar, citando o andar e o apartamento onde ela morava com o senhor Schmicht.
- O que foi fazer, senhora Schmicht?
- Fui ver uma amiga que mora alguns prédios ao lado. Estava com saudades e quis passar por lá para colocar o papo em dia.
- Entendi..não parece ter nada errado, vou apenas confirmar ok?
Ligo para o primeiro apartamento do segundo andar e o senhor Arnold atende.
- Não, minha esposa não está em casa. Ela voltou?
- Sim senhor, vou deixar subir.
Abro a porta.
- Perdão pela demora.
- Tudo bem, querida.
Depois dela, fico mais tranquila. Só faltava uma pessoa pra entrar hoje, o senhor Robertsky, e não parecia que ele ia aparecer tão cedo então eu tinha tempo. Deito a cabeça na mesa e fecho os olhos...
Acordo com uma sensação de que dormi demais e com o rosto bem marcado pelo caderno. Devo ter puxado ele pra baixo de mim por algum motivo e quase babei nas páginas, esse foi um sono muito bom, nossa..olho o vidro. Não tinha ninguém. Tomo tempo pra me espreguiçar e ajeitar o cabelo que tava todo desgrenhado; um dos braços tinha ficado dormente por eu ter dormido em cima dele e eu ainda sentia os efeitos do "acabar de acordar" batendo forte. O senhor Peachman se aproxima da janela e me olha com certa curiosidade.
- Senhorita Nicky? Como vai?
- Ah, bem senhor Robertsky, obrigada. E o senhor?
- Bem também. Aqui.
- Obrigada.
Examino cautelosamente cada documento. Ele parecia ele mesmo, o ID batia nos números e a data do documento expirar estava ali, motivo, trabalho como sapateiro..liguei no número 2 do primeiro andar e Albertsky atendeu.
- Meu irmão não está em casa, ele está de volta?
- Está, obrigada senhor.
Deixo que entre e ele comenta:
- Você parece um pouco amarela, Nicky. Veja se está se alimentando bem.
- A-ah..obrigada.
Fico intrigada com aquilo e já ia fechar a portinha quando ouço uma frase pra lá de estranha:
- Peach peach pe peach!!
- AAAAH!!
Mais um dia tinha terminado e parecia tudo bem, sem doppelgängers entrando no prédio e com os moradores seguros, pelo menos até a próxima manhã. Ao chegar no meu apartamento, não deixo de pensar em como esse trabalho te transforma como pessoa: você nunca mais consegue enxergar as pessoas da mesma forma, sempre desconfiando dos outros e reparando até os mais sutis detalhes delas. Suspiro e vou tomar banho.
Sem muito o que fazer, acabo pegando um livro que não via desde a época do colégio. Aquela aventura estava me distraindo o suficiente pra esquecer dos terrores que meu emprego me proporciona diariamente e me fazia mergulhar em um mundo onde doppelgängers não eram uma ameaça. O mundo perfeito.
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verzweifeltcharlotte · 4 months ago
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Olhando para as minhas sapatilhas de ponta no chão, senti o alívio de tirá-las após longas horas de treino. Soltei uma leve risada ao sentir um frio passageiro arrepiar todo o meu corpo. Levantei-me, fechei a janela e saí do cômodo, sentindo-me revigorada com a sensação de ter melhorado no balé. Antes de entrar no meu quarto, passei pela escada que leva até a sala e pude observar Lucca Petit, concentrado, pintando mais um de seus quadros. Sorri ao vê-lo, percebendo que ele parecia aceitar cada vez mais seu talento na arte.
A fim de relaxar um pouco, desci degrau por degrau, evitando qualquer tipo de barulho, e caminhei em direção à cozinha. Peguei uma das garrafas de vinho que ganhei de Christopher Bahng, uma taça, e mordi os lábios ao lembrar de quando bebemos juntos. Meu coração acelerou, e suspirei enquanto um sorriso apaixonado surgia em meu rosto, sentindo minhas bochechas doerem com a intensidade do sorriso. Enquanto eu voltava para o meu quarto, minha imaginação começou a brincar com os meus desejos — não dá para mentir, a verdade é que eu realmente quero transar com Christopher, mas lembrar que o amor é muito mais do que isso faz com que eu me sinta levemente mal comigo mesma. Eu não sou assim, eu não quero apenas fazer sexo com o Bang Chan.
Entrei no meu quarto, coloquei a garrafa de vinho e a taça em cima da cômoda ao lado da minha cama. Olhei para a sacada, observando o sol se pôr — eu treinei por tanto tempo assim? Segui até o meu armário, peguei uma blusa preta com os membros do Slipknot usando suas máscaras e o nome da banda em destaque, um short rosa pastel, confortável, com rendas na barra, e algumas meias brancas de cano médio, com babados na parte superior.
No momento em que iria entrar no banheiro, meus olhos se perderam em um pôster do Bang Chan, que mostrava a barra de chocolate dele, e decidi que seria uma boa ideia mudar por algo mais fofo. Apoiei minhas roupas no ombro e abri o baú encostado na cabeceira da cama. A primeira coisa que vi foi o pôster do LE SSERAFIM. Peguei o papel cuidadosamente e a fita adesiva que estava no fundo. Sorri ao olhar para as meninas, então tirei o pôster do Chris da parede e coloquei o delas. Depois entrei no banheiro, ajeitei tudo, enchendo a banheira e colocando um dos meus sabonetes favoritos. Coloquei uma mesinha alta ao lado, onde apoiei o vinho junto da taça. Desliguei a luz do banheiro, ligando outra com um tom mais amarelado, tirei minhas roupas e entrei na banheira.
— Só uma musiquinha e o clima fica uma delícia. — Peguei meu celular e entrei no Spotify, colocando uma das playlists da minha conta. — Ai, a água tá quentinha.
Entrando na vibe da música, peguei a taça cheia de vinho e comecei a beber enquanto pensava seriamente na minha própria vida. Posso dizer que não tem muito o que se pensar. Aliás, eu me sinto satisfeita comigo mesma e, para ser sincera, me sinto perfeita, sem querer me gabar. Mesmo que eu tenha tido uma vida miserável antes de finalmente me livrar dos meus pais e daqueles irmãos que foderam com a minha mentalidade, posso dizer que até vivo bem. Tenho meus dois melhores amigos, meu irmão e o Lucca, que sempre estiveram comigo desde o começo. Sabe o melhor? Eu tô falando comigo mesma na minha mente. Será que isso é estranho? Acho que não.
Comecei a rir comigo mesma, achando levemente engraçado o fato de que estou explicando minha vida para mim mesma — eu literalmente passei por tudo isso, qual o sentido disso? Desfrutando de uma boa taça de vinho, fui interrompida por inúmeras mensagens, que atrapalharam minha música com o som de notificação.
— Ai, quem é? — Peguei o celular, ligando a tela e vendo que era Yang Jeongin. — FILHO!
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Vestindo a roupa confortável que escolhi, sentei na cadeira, coloquei minhas pernas para cima e entrei no jogo, esperando pela ligação deles enquanto observava minha personagem na tela principal. De repente, meu celular começou a tocar — era Yang Jeongin, Kim Seungmin e Lee Yongbok. Rapidamente atendi a ligação, extremamente feliz por poder jogar com eles depois de tanto tempo.
— Oi, meninos! — exclamei, enchendo minha taça de vinho. — Como vocês estão? O tour foi tranquilo?
— Estou bem, obrigado por perguntar. — Yongbok respondeu com um tom que parecia sorrir. — Foi tudo tranquilo!
— Verdade, tudo normal como sempre. — Seungmin falou, mas seu tom soava um pouco desanimado.
— Eu tô bem! — Jeongin disse, o mais animado de todos.
— Vou chamar vocês aqui. — Mandei a solicitação no jogo, esperando que eles aceitassem. — Vamos arrasar nessa partida.
— Eu sempre arrebento, mas o Felix… — Seungmin provocou, rindo.
— Lá vem… — Felix murmurou. — Vocês sempre falam de mim! Tá, vou ser suporte.
— Eu vou de tank! — Seungmin e eu falamos ao mesmo tempo, minha voz um pouco mais alta que a dele.
— Ih… — Jeongin deu uma risadinha nervosa. — Eu vou de atirador.
— Vai de tank, Minnie. — Falei, trocando meu personagem e tomando mais um gole de vinho. — Nossa, gostei muito desse vinho que o Chris deu.
— Bebendo a essa hora? — Felix perguntou, curioso.
Gargalhei, deixando que ele ficasse sem resposta, tendo certeza de que era melhor ficar quieta — eu queria beber outra coisa. Entramos na partida, os três com sangue nos olhos para ganhar e eu apenas buscando a diversão. Estávamos ganhando todas as partidas, completamente focados em continuar com a formação de time perfeita, mesmo que fosse chato depender de outro jogador que entrava na equipe aleatoriamente.
— O Chris não quer jogar com a gente, não? Olha esse cara ruim que tá com a gente. — Revirei os olhos, sentindo minha paciência ir embora.
— Ele só quer LOL e Genshin Impact, mas… — o tom perverso de Jeongin me fez sorrir sem graça. — Se você pedir com jeitinho ou fazer com carinho… Quem sabe ele joga com a gente.
— A Hankyeom joga esses dois jogos com ele, o mínimo que ele poderia fazer é jogar Overwatch com ela, e é aí que a gente entra no meio. — Seungmin falou seriamente, claramente concentrado no jogo. — OLHA ESSE CARA! Caramba!
— Ai, vamos jogar Roblox? — perguntei, ficando cada vez mais desanimada por estar perdendo.
— Vamos! Bora entrar no “Adopt Me”! — Felix gritou, gargalhando, sua risada carregada de sarcasmo.
— A Hankyeom que vai ser a mãe. — Jeongin desistiu da partida, saindo do jogo. — Ela pode cuidar de nós três enquanto fazemos merda.
A verdade é que todos eles gostavam da ideia de que eu fosse a mãe, inclusive Seungmin, cuja maior diversão era ser um dos piores filhos que eu já tive no “Adopt Me”. Enquanto jogávamos, enganando outros jogadores e roubando seus pets, Bang Chan também entrou no servidor e eu tive um pequeno surto.
— ALGUÉM LIGA PRA ELE! Hankyeom, você vai pedir com jeitinho pra ele. — Felix começou a pular no jogo, provavelmente estava pulando na vida real também.
— CALMA! Eu tô ligando. — Jeongin berrou, todos muito nervosos com a situação.
— Fala que vai fazer sexo com ele no jogo, que ele aceita rapidinho. — Seungmin riu.
De repente, todos ficaram em silêncio, o clima pesado enquanto esperávamos Christopher atender a ligação, mas com esperança em nossos corações. Ele demorou um pouco para aceitar, e quando aceitou, todos nós rimos de alívio.
— Oi! — disse Christopher, animado. — Tudo bem com vocês?
— Você tá bem!? — Nós quatro falamos ao mesmo tempo.
— É… Eu… T-tô sim? — Christopher pareceu um pouco inseguro ao responder, talvez desconfiado. — Eu posso ser bebê também?
— Ah, mas você já é o meu bebê na vida real… Vai ser no jogo também? — Bati em minha própria testa e franzi o cenho, tentando falar em um tom de voz fofo. — Vem ser o papai dos meus filhos. Nossos filhos.
— Meu Deus, que tosco. — resmungou Seungmin, rindo no final da frase.
— Eu sou o seu bebê? Você também é meu bebê, sabia? Minha princesinha linda, você. Eu te amo muito, minha lindinha. Princesa linda. — Christopher riu graciosamente e também fez voz fofa, sem ironia.
— Ai, que lindinho os dois. — Felix tentou ser sério, mas falhou miseravelmente.
— Chan oppa, hoje eu fiquei tão triste jogando Overwatch, sabia? Eu queria tanto passar um tempinho com o meu amorzinho… Mas jogamos com um cara muito ruim! — Respirei fundo antes de continuar, me esforçando para fazer uma voz ainda mais fofa.
— Oppa!? Você me chamou de “Oppa”? — Christopher ficou surpreso e um pouco envergonhado.
— E sabe o que esse cara também fez? Chamou a Hankyeom de gostosa rabuda e convidou ela pra ensinar ele a jogar na casa dele. — Jeongin provocou o mais velho. — Tá vendo, hyung?
— Me passem a porra do link desse jogo agora que eu vou baixar! Nunca mais vou deixar minha princesa passar por isso de novo. — Christopher respondeu com a voz cheia de determinação e irritação. — Vou aprender a jogar em um único dia!
Mentimos para conseguir o que queríamos, e se ele descobrisse, com certeza ficaria chateado. Pelo menos não precisávamos mais nos preocupar com um quinto jogador, e ficamos super felizes com as partidas em que Christopher participou. Jogamos por mais algumas horas antes que eles desligassem a ligação para irem dormir cedo, pois teriam algo para fazer na manhã seguinte. Achando que seria uma boa ideia dormir também, deitei-me na cama enquanto passava pelo meu feed do Pinterest.
Eu estava concentrada mexendo no meu celular, ouvindo “Fairy of Shampoo” do TOMORROW X TOGETHER inúmeras vezes sem parar. De repente, Lucca bateu três vezes na porta do meu quarto, fazendo com que eu tomasse um pequeno susto. Ele abriu a porta e, com uma expressão não muito agradável no rosto, tentou sorrir para mim. Rapidamente me sentei na cama, esperando por uma notícia ruim — o que aconteceu? Meu coração começou a bater forte, sentindo a ansiedade aparecer em segundos. Será que algo aconteceu com meus melhores amigos ou com o meu irmão? É o meu pai? Minha mãe? Kim Sunwoo e Kim Jinwoo foram soltos? Diversos pensamentos negativos invadiram minha mente, me enlouquecendo antes que eu soubesse o que realmente tinha acontecido.
— Lucca!? — mordi os lábios, esperando ansiosamente por uma resposta.
— Sua irmã tá aqui — ele falou em um tom sério, olhando no fundo dos meus olhos.
— M-Minha irmã? A Choah? O que ela tá fazendo aqui? — gaguejei, com os olhos arregalados, enquanto a ansiedade começava a sumir aos poucos. — Por que ela viria até aqui? Ela te disse algo?
— Apenas me disse que quer falar com você. Ela está com os seguranças lá fora, já que eu nunca deixaria ela entrar sem sua permissão — Lucca parecia esperar por algo, assim como eu, com o semblante um pouco diferente do comum.
— Diga que ela pode entrar na sala e que me espere lá, sem mexer em nada. Eu só vou colocar uma roupa mais adequada e já desço — desliguei a tela do celular e a música, pensando seriamente na visita inesperada.
— Vou dar o aviso. Estarei esperando por você junto dela — o mais velho sorriu gentilmente para mim, e então se retirou do quarto.
Minha irmã? Por que ela estaria aqui? Lee Choah não é próxima de mim, então… por qual motivo ela viria até mim? Levantei-me sentindo um sentimento estranho com a visita que nunca imaginei receber. Peguei as primeiras roupas que vi pela frente, vesti-me e saí do quarto, evitando perder tempo. Não consegui parar de me perguntar por que ela viria à minha casa. Nós não éramos amigas, e sempre evitei qualquer tipo de contato com ela e com meu pai. Odiava pensar em como eles viviam como uma família feliz, enquanto eu estava aqui, a filha abandonada pelo papai rico. Quando a vi, ela estava sentada no sofá, analisando todos os detalhes da mansão, desde os lustres até os quadros, mas no instante em que me percebeu parada nos primeiros degraus, levantou-se.
— Hankyeom! — um enorme sorriso surgiu no rosto dela enquanto penteava o cabelo com os dedos.
— Choah… — desci degrau por degrau, ainda confusa. — Por que você veio aqui? Seu pai te mandou aqui?
— Não. Na verdade, vim porque quero esquecer tudo o que aconteceu — Choah se aproximou de mim, sem se preocupar com os ombros caídos, enquanto mexia em uma mecha de cabelo. — Eu… quero que a gente esqueça tudo o que aconteceu entre nossos pais. Quero ser sua irmã.
— E eu posso confiar em você? — dei alguns passos para trás, olhando no fundo dos olhos dela.
— Claro que pode! Eu sou sua irmã, e não odeio você — ela olhou para os meus pés, provavelmente percebendo que eu me afastei. — É o papai que tenta me fazer odiar você. Ele quer que eu seja como você, e isso é tão chato!
— Você não vai conseguir ser como eu, nem nascendo de novo no mesmo ano, no mesmo dia, no mesmo mês e vindo dos mesmos pais — ri, falando em um tom sarcástico. — Você entende isso, né?
— Entendo. Nunca chegarei ao seu nível, Hankyeom — Choah riu sem graça, cruzando os braços. — Que tal darmos uma volta pela cidade?
— É assim que você quer tentar ser minha amiga? — gargalhei, caminhando em direção à porta. — Lucca, vou dar uma saída com a minha irmã.
Ele assentiu com um semblante preocupado, e eu suspirei, sem saber o que esperar de minha irmã. A verdade é que Lee Choah parecia estar mentindo o tempo todo, e eu não conseguia nem pensar em confiar no que ela dizia. Mesmo que suas palavras fizessem sentido, pareciam vazias, sem nenhum sentimento nelas. Talvez eu estivesse errada ou certa, mas não podia acreditar em tudo o que pensava, poderia estar sabotando nossa relação de irmãs.
Caminhamos juntas até um pequeno parque. No meio dele, havia uma árvore gigante com um banco embaixo. Sentamos ali, uma ao lado da outra. Eu olhei para a lua, depois para ela, e sorri.
— Nunca pensei que estaria observando a noite com minha irmã — continuei a olhar para a lua, sentindo um leve aperto no coração.
— Eu já — Choah riu, pegando minhas mãos. — Irmã, eu realmente quero esquecer tudo o que aconteceu entre nossos pais… Acho tão triste ter você como irmã e não poder tratá-la como tal.
Aquilo tocou meu coração. Suas palavras não eram tão profundas, mas fizeram com que eu sentisse algo. Sempre senti tanta raiva dela, e agora que finalmente tentou se aproximar de mim, fiquei incrivelmente confusa sobre meus próprios sentimentos. Quanto mais ela falava sobre sua vida, gostos e desgostos, mais conectada com ela eu me sentia. Tínhamos algumas coisas em comum, o que me fez sentir confortável ao lado dela, percebendo que a imagem que criei de minha própria irmã era totalmente diferente dela na vida real.
— Podíamos sair juntas mais vezes, né? — sorri genuinamente para ela, minha voz coberta de sinceridade. — Acho que podemos tentar ser irmãs.
— Eu também acho — Choah sorriu, um sorriso muito bonito, por sinal.
— Me passa seu número? — coloquei as mãos no bolso e passei pela cintura, procurando o aparelho. — Ah, deixei em casa.
— Estou com o meu, me fala o seu número — a mais nova pegou o celular e me entregou. — Coloca a��.
Peguei o celular dela, um pouco chocada ao ver que não era um modelo do ano — se nosso pai é tão rico e se gaba por isso, como ele não comprou um celular bom para ela? Passei meu número e mandei uma mensagem, então devolvi o aparelho e sorri gentilmente.
— Desde quando você tem esse celular?
— Ganhei quando tinha 14. Era da filha de uma amiga da minha mãe.
— Por que seu pai não compra um para você?
— Ele nem sabe que tenho celular.
— Como assim?
— Ele não me deixa ter celular porque não quer que eu saiba de você, nem que fique próxima de você também.
— Velho doido.
Ela começou a falar mais sobre como Lee Soonjae era, e a cada coisa que descobria, mais nojo do meu próprio pai eu sentia. Choah tinha a família que eu tanto queria, mas vivia uma vida mais infeliz que a minha — pode ter certeza de que me senti feliz por ter sido abandonada. Passamos mais algumas horas conversando. Dessa vez, ela pediu para que eu falasse sobre mim, mas não me senti muito à vontade para falar tudo.
As horas foram passando, ficando cada vez mais tarde, e então disse que seria melhor ela chamar um táxi. Ela não queria voltar para casa ainda, mas eu já não aguentava mais ficar na rua — chamei um motorista para ela e a coloquei no carro.
— Tchau, Choah! Quando chegar, me avisa! — acenei para ela, despedindo-me.
Quando o carro desapareceu pela estrada, senti um frio na espinha e comecei a correr em direção à minha casa, arrependida de ter saído sem dar um ponto de encontro para Lucca. Por que decidi morar longe da cidade? Aqui é sempre tão vazio à noite. Depois de quase 40 minutos correndo, finalmente cheguei em casa. Fiquei de joelhos na escadaria, tentando recuperar o fôlego.
— O que houve, senhorita? — um segurança se aproximou de mim, preocupado.
— Lembrei de um filme de terror e vim correndo — ri, levantando-me cuidadosamente. — Mas estou bem, e viva.
🗓️𓈒ㅤㅤㅤㅤ゙ㅤㅤㅤ— 07/07/2022.
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poppcream · 6 months ago
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⤑ Como ter um dia mais produtivo ༉‧₊˚.
𓆉𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟𓇼
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INTRODUÇÃO
Olá, eu me chamo Pop e este post é baseado na minha rotina diária, que busca uma melhoria de vida e do corpo de uma forma diferente. Todas as dicas aqui fazem parte do meu dia-a-dia e com elas eu percebi uma melhoria no meu humor e peso durante 5 semanas, nas quais eu pude aproveitar mais meus dias e perdi 5kg.
1.1 - ACORDAR
Ao acordar, evite mexer no celular ou qualquer aparelho sem necessidade. É necessário que nosso cérebro acorde por completo antes de mexer em qualquer aparelho, ignorando isto, à uma grande chance de você passar muito tempo em frente a tela e gastar muito tempo desnecessariamente.
1.2 - LEVANTAR/CAFÉ
Inicie o dia com um banho, lave o rosto e se perfume. Estar cheirosa acima de tudo levanta o animo. Beba 500ml de água em jejum, este detalhe pode parecer bobo, mas iniciar o dia bebendo água ao invés de café puro ou com leite, dá mais energia para começar o dia. Evite comer frituras ou coisas com muito trigo, ao invés disso beba vitamina ou coma frutas.
2.0 - DIA
Durante o dia é importante que continue tomando água para que o seu corpo funcione melhor, evite comer alimentos muito gordurosos no almoço e de preferência para uma salada, arroz, feijão e a carne de sua preferência. De sobremesa prefira comer uma fruta, mas se for comer algum doce, coma em pequenas quantidades. Se você consegue se controlar ao comer, isso é um bom sinal.
2.1 - NOITE
Ao se alimentar a noite, evite alimentos com muitas calorias, coma frutas como melancia, maçã, uva etc. Comer muitas calorias antes de dormir pode causar uma noite de sono ruim e pesadelos frequentes. Antes de dormir, se possível, faça um momento de auto cuidado. De preferência, faça um alongamento na cama mesmo para que seu corpo possa relaxar e sua noite de sono ser melhor. Beba mais 500ml de água antes de se deitar para que a digestão na madrugada seja melhor.
- POP🐚🌊
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tecontos · 2 years ago
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Dei o troco na mesma moeda e gostei !
By; Paula
Tenho 38 anos, mas me considero uma coroa enxuta, e pelo número de cantadas que recebo, ainda sou desejada. Mas parece que nem isso é o suficiente para o meu marido, meu marido. Andava desconfiada de suas viagens e serões.
Pedi para uma amiga fazer uma investigação e não deu outra, o safado tinha mesmo uma amante, ela era estagiária da empresa dele. Pedi para esta amiga verificar onde ela frequentava e qual não foi meu espanto ao perceber que era justamente a academia que eu frequentava.
Tratei de mudar meu horário e passei a acompanhá-la, lá pelas tantas acabamos ficando “amigas”, no vestiário pude perceber que ela era jovem, tinha um corpo escultural e uma bunda de fazer inveja ( é a parte que meu cachorro mais aprecia ).
De tanto conversarmos, decidi convidá-la para sairmos juntas e quem sabe arrumarmos algum gato, para botarmos um chifre bem grande no meu marido.
Chegou o dia, ou melhor, a noite. Me produzi toda, não queria ficar por baixo perto da juventude e beleza dela. Meu marido perguntou onde iria, inventei uma desculpa qualquer, nem me lembro.
Ao chegar ao restaurante, ela ainda não havia chegado, pedi um drink, para relaxar, enquanto esperava. Ela chegou deslumbrante, com um vestido braco, quase transparente, deixando a silhueta de seu corpo à mostra. Chegou e eu fiquei vidrada, ainda que por alguns segundos entendi meu marido, começamos a falar, beber, os olhares de todos os homens eram para nós, e pensei comigo, se ela arrumar alguém estarei vingada.
Mas, ela não dava bola pra ninguém. Inventei uma desculpa e chamei-a para irmos embora, notei que suas pernas roçavam nas minhas, mas fingi que não percebia. Saímos e fomos para o carro. Nós já estávamos meio altas, entramos, foi quando senti seu braço abraçar minha nuca e seu rosto encostar no meu, desceu da orelha até o ombro me lambendo. Me arrepiei toda. Senti sua mão buscando meu sexo, num instante abri as pernas e deixei-a explorar minha vulva, ainda que por sobre a calcinha, já enxarcada, e veio o beijo. Beijo quente, de língua, já havia tido experiência anterior com mulheres, mas ela foi demais. sussurrou para irmos para um motel, e foi o que fiz.
Chegamos, e fomos logo para o quarto. Já na garagem ela me apertou e entrelaçou suas pernas nas minhas e roçava aquela vulva nas minhas coxas.que beijos.
Conseguimos sair do carro e subir para o quarto. Ela se despiu na minha frente e deixou todo aquele corpo nu bem na minha frente e veio pra cima de mim, tirou meu vestido aos poucos, deixou-me de calcinha e sutiã, levou-me para a parede e me beijava loucamente, enquanto tirava meu sutiã e passava a alisar meu clitóris.
Eu subia pelas paredes, apertava meus seios, chupava meus bicos e suas mãos passeando na minha buceta. Arrancou-me a calcinha e passou a chupa-la sofregamente. Invertemos as posições, ela encostou na parede e eu fui ao seu encontro. Minha língua explorava cada pedaço daquela xana, lambia seu líquido, ela gemia como uma louca.
Trouxe-a para a cama e abri-lhe as pernas, continuei chupando enquanto apertava seus seios, ela agarrava meus cabelos e empurrava minha cara para dentro dela. Parei. Subi na cama e dei minha xana para ela chupar enquanto ela se masturbava. Fiquei de quatro e subi e me agarrou por trás, tentando enfiar aquele pinguelo na minha bunda, abriu bem as nádegas e empurrava tentando chegar no furico.
Deitei e ela veio por cima, abriu as pernas e entrelaçou-as com as minhas encostando os dois clitóris e roçando um no outro. Aí não deu mais para segurar e gozei, gemi como uma puta, mas ela ainda não tinha conseguido. deitou-se e eu mergulhei naquela xana e suguei tudo que podia, foi quando ela soltou um urro de prazer e se tremeu toda, gozando bem na minha boca.
Nos beijamos e deitamos e dormimos, ao acordar nos banhamos e houve mais uma seção de amor e sexo. Mas tínhamos que ir embora, e fomos.
Deixei-a em casa, na promessa de voltarmos a nos encontrar. Senti-me vingada, corniei meu marido com sua própria amante.
Enviado ao Te Contos por Paula
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afabiolarobles · 6 months ago
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Hoje, 24 de Agosto de 2024, é o dia que eu declarei, percebi e aceitei como estou doente. Após ter "minhas preces atendidas" e, teoricamente, nenhuma razão para me preocupar, eu pude sentir claramente o nível psicótico e instável da minha ansiedade. Mesmo podendo descansar, eu não descanso. Mesmo podendo relaxar, eu não relaxo. Mesmo podendo dormir, eu não durmo. O meu grau de medo e hipervigilância me deixam de cama. Eu fico tanto na cama que meu corpo dói. A dor me irrita ainda mais. É um desassossego sem fim. Embora haja quem culpar, a recuperação é minha responsabilidade. Minha vontade não é manter a calma e ter paciência e desenvolver autoconhecimento. Confesso que minha vontade envolve técnicas piromaníacas, mas eu recorro às técnicas de respiração e exercícios de alongamento. Lá vou eu fumar, fazer um chá, talvez um suco, quem sabe escovar os dentes, tomar mais café, provavelmente um alprazolam e um pouco de taichi. Mentalizando Romanos 12:19. Escolher a bondade, a gentileza e a esperança é injusto e exaustivo. É de partir o coração saber que o mundo me ensinou somente isso.
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yourfiree · 8 months ago
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Naquela noite, saímos como tantas outras vezes, duas amigas em busca de descontração após uma semana intensa. O bar era nosso refúgio, um lugar onde podíamos ser nós mesmas, sem máscaras. As luzes baixas e a música ambiente criavam o clima perfeito para relaxar e esquecer os problemas.
Sentadas de frente uma para a outra, conversamos sobre tudo e nada, rindo e compartilhando segredos. Com cada gole, o álcool nos desinibia mais um pouco, deixando as risadas mais soltas e as palavras mais ousadas. Eu te observava, sua beleza sob a luz suave, e não pude evitar me perder em seus olhos brilhantes.
Foi então que percebi algo diferente. O jeito como você me olhava, aquele brilho intenso no olhar, algo que nunca havia visto antes. Era como se, por um momento, o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido e só existíssemos nós duas. Meu coração disparou e uma onda de desejo me percorreu.
Você se aproximou um pouco mais, e eu senti seu perfume misturado com o aroma do álcool. Nossos olhares se encontraram e, por um segundo, tive certeza de que você sentia o mesmo. Uma tensão elétrica se formou entre nós, tornando o ar quase palpável. Meu corpo respondeu antes que eu pudesse pensar, uma onda de calor subindo por minha pele.
"Somos apenas amigas, não é?" pensei, mas minhas palavras ficaram presas na garganta. A proximidade, o jeito como você mordia levemente o lábio enquanto me olhava, tudo gritava que éramos mais que isso. Minha mente lutava contra a vontade crescente de te puxar para perto, de sentir seus lábios nos meus, de explorar cada centímetro do seu corpo ali mesmo, naquela mesa de bar.
Você sorriu, um sorriso que me deixou sem fôlego, e sussurrou algo que perdi em meio ao som da música e do meu próprio desejo. Meus pensamentos estavam um turbilhão, a razão tentando se impor enquanto meu corpo clamava por você.
A distância entre nós parecia diminuir a cada segundo. Meus dedos tocaram os seus de leve, um toque que enviou arrepios pela minha espinha. Eu sabia que bastava um gesto, uma palavra, para que aquela noite mudasse tudo. Mas ficamos ali, presas entre o que éramos e o que poderíamos ser, a tensão entre nós quase insuportável.
Afinal, éramos apenas amigas, não é? Mas naquele momento, com nossos corações acelerados e os desejos à flor da pele, eu soube que a linha entre a amizade e algo mais já havia sido cruzada há muito tempo.
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domquixotedospobresblog · 1 year ago
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Eram os seus cabelos vermelhos que vinham em minha direção toda vez que mesmo com certo tom daltônico bombeava formas em meu coração,era paixão de um vermelho que eu não conseguia identificar,era o sangue subindo as veias,que estavam sempre prontas a saltar,eram tudo em cores fortes de apenas um tom que vinham sempre esvoaçantes sem ter direção,parecia refrigerante quando fazemos aquela festa dando pressão,depois soltando no ar,o cheiro era suave vindo com o vento,sabe quando vem aquele aroma invadindo e te faz relaxar, é como um catchup em cima de um monte de batatas fritas em dia que ficou sem almoçar,era algo natural no seu andar,tranquilo e simples como se estivesse debaixo de um pé de amoras fresquinhas,e uma caísse como uma gotinha bem em sua boca para aguçar o paladar,era o vinho tinto lhe deixando tonto,a tal ponto de mesmo sentado te fazer cambalear,te fez um ébrio consumindo a última taça e deixando a garrafa vazio,e o tinto agora mancha minha alma limpa ante de te ver caminhar,me apaixonei só por ver o vermelho dos seus cabelos,que agora de óculos posso afirmar, é vermelho sim,minha cor preferida,depois do azul,que são os teus olhos que pude ver por um instante no balançar dos vermelhos pra lá e pra cá.
Jonas R Cezar
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cherrywritter · 11 months ago
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Meu sangue - Background
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4ª semana de março
Aproveitei minhas folgas dos estágios para retornar à Caverna e poder ter um pouco de paz dentro de mim. Não estava sendo fácil conviver com Damian de baixo do mesmo teto. Sentia-me ao lado de um lunático com cabresto, mas não poderia exigir muito de quem havia sido criado pela Liga das Sombras e usado a torto e a direito por eles para seu um exímio assassino à sangue frio. Também, quem seria eu para julgá-lo se havia passado pelo mesmo com Luthor por intermédio de Cadmus.
Raiva, frustração, medo e rejeição. Tudo estava dentro de mim em forma de uma bomba relógio pronta para explodir.
Pedi autorização para Canário para poder usar a sala de treinamento avançado com a intenção de extravasar o acumulo de poderes que estava tendo antes que causasse uma descarga e acabasse desligando o lugar. Ela estranhou e perguntou sobre a cela de contenção que tínhamos em casa, mas eu a convenci de que seria muito melhor gastar essa energia treinando do que esperar simplesmente estabilizar.
O que mais me doía durante aquelas duas semanas era que o senhor Wayne não repreendia o filho pelas palavras grosseiras que ele dizia a mim ou quando dizia em alto e bom tom que eu era um projeto de laboratório. A falta de posicionamento dele sobre isso criava feridas em mim.
Ativei o treinamento mais pesado da sala. Espada em mãos, olhos brilhando e um moletom do Batman. Uma das roupas que usava na Caverna e em outros ambientes que tínhamos contato com os demais heróis de maneira casual.
As lágrimas escorriam junto ao sangue do meu corpo. Cortes e golpes que me atingiam, regeneração automática. Quanto mais acertava, mas difícil se tornava. Via Talia na minha frente, aquele sorriso doentio e soberbo que só ela tinha. Cada holograma, cada simulação. Todos que atingia tinha o rosto daquela mulher.
Ódio primitivo. Ódio cego.
Passei horas dentro daquela sala até que a sala foi desativada. As luzes brancas foram acessas. Suada e cansada, virei-me para trás e vi o rosto de Conner pela pequena janela de vidro da porta. Ele a abriu e se aproximou com uma toalha em mãos. Só então pude perceber o quanto de sangue havia espalhado pelo chão e paredes.
- Sei que conversar às vezes não resolve o problema, mas não esperava que ficasse seis horas na sala de treinamento espalhando vermelho por ela. – Conner seca meu rosto e pescoço para depois me entregar a toalha. – Estou começando a acreditar que é masoquista. – Disse e riu em seguida.
- Perdi o jantar com a sua mãe de novo. – Abaixo a cabeça. – Me desculpe. Minha cabeça está difícil de estabilizar.
- Dona Martha marcou para mais tarde dessa vez. – Sorri. – Ela se adaptou aos seus atrasos e remarcações.
- Vou tomar um banho para irmos. Me acompanha?
- Ainda pergunta?
Caminhamos pela Caverna até chegarmos ao meu quarto. Tiramos as roupas, ligamos o chuveiro e adentramos debaixo da água para relaxar o corpo.
- Está assim por causa do seu pai? – Conner questiona enquanto lava meu cabelo.
- Parece que ele esqueceu de mim. Que esqueceu de quem eu sou. Talvez ele tenha se deslumbrado por ter tido um filho por meio de um ato, entende? Sou um projeto de laboratório. Uma filha que ele não desejou, mas acolheu. Não fui feita por ele.
- Sei como se sente. Quando vi Clark pela primeira vez, pensei que ele ia me acolher. Ironicamente foi seu pai e a Diana que o convenceu de me dar uma chance. Sou a cópia dele. Não diria filho, não mais. Só que esse sentimento de não pertencer é real.
- Só que não te jogaram na cara todos os dias que você não é filha dele. – Sinto as lágrimas escorrerem junto a água.
- Vai se importar com o que aquele pirralho diz para você ou com os fatos? – Conner me vira para olhá-lo. – Fomos acolhidos pelas nossas famílias, somos amados e importantes para eles. Você é uma legítima Wayne. Pode ter sido gerada por um útero artificial, mas você é filha dele com todas as características e saberes. Você é o sangue dele, Victoria. Está dentro de você! Olhe para você! Você é real. Nós dois somos. O DNA não mente, sabe disso.
- Conner...
- Demora, dói, mas passa. Só se importe menos e se imponha mais. Comprei um vestido lindo para você. Quero que use hoje.
- Teremos um jantar em família? – Ele assentiu. – Você vai contar sobre nós? - Não é uma boa hora, não concorda? – Concordei. – Vamos apenas ter um bom jantar em família. Mamãe quer ter um dia especial.
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