#pracinha
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paquetaense-blog · 2 years ago
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pearcaico · 2 years ago
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Praça da Independência, Esquina com a Rua Duque de Caxias, Arranha céu da Pracinha - Recife Em 1930.
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evilsanlang · 12 days ago
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the joker if he were brazilian: why so se-
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kaiqog · 1 year ago
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leozinhocarvalhinho · 15 hours ago
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gastronominho · 10 months ago
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Pracinha do Seu Justino homenageia São Paulo
Casa atualiza o cardápio com pratos que remetem aos bairros da cidade
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blogadrianaleite-blog · 1 year ago
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SABATON - Smoking Snakes (Official Lyric Video)
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Desenho de Walt Disney
THE THREE BRAZILIAN HEROES OF THE SECOND WAR
Why does Brazil hide its heroes?
Brazilian bandits have seen movies, won countless strings, books and master's theses, all in exaltation to the career of bandits who killed and robbed innocent people left and right. See the winning plot of the last carnival: Lampião. A bandit who, with his gang, went from city to city, terrorizing the residents. Few know the history of the only city that defeated Lampião. The prefect summoned the men and their weapons and surrounded the city, waiting for the coward, who, knowing that armed men were waiting for them, passed well away.
This topic in the history of Brazil's history proves that armed citizens will never be enslaved. Obviously, you will never hear this story in classrooms.
A great example of this is the disdain that historians make of Brazil's participation in the second war. I myself believed that Brazil sent its army to embarrass itself. It wasn't like that. To this day, Italian cities honor our brave soldiers, who freed them from fascist and Nazi occupation. To this day, renowned war channels authenticate the “legend” of the three Brazilian soldiers who fought until the end against the German army, and sacrificed themselves for their own. Even with the tributes in Italy, the historical record… Everything to stifle our participation, which was fundamental in the country. Our mongrel complex is not ingrained, it is programmed, spread by Brazil's educational and political elite.
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The only army where whites and blacks fought side by side. The army that, without technology, always surprised its enemy.
I imagine how the squares (name given to the soldiers of the second war) would see the current army. A bunch of soft asses, who even under the clamor of a population, in the face of a clear blow in the elections, and in the face of a dictatorship that now dominates Brazil with all its might, lowers its head to a government that humiliates them every day . As happens in other dictatorships, our generals don't care about defending the nation, but money in the account. Screw that the country sinks, that its citizens become slaves of dictators. The current Brazilian army is the greatest traitor of the country, and with great pride, as the generals rage.
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OS TRÊS HERÓIS BRASILEIROS DA SEGUNDA GUERRA
Por que o Brasil Oculta Seus Heróis ?
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Chegada de 2.760 homens da Força Expedicionária Brasileira pelo navio James Parker, em 1945Foto: Acervo Arquivo Nacional
Arrival of 2,760 men from the Brazilian Expeditionary Force by the ship James Parker, in 1945 Photo: National Archive Collection
Bandidos brasileiros viram filmes, ganham inúmeros cordéis, livros e teses de mestrados, todos em exaltação à carreira de bandidos que matavam e roubavam a torto e a direito de pessoas inocentes. Vide o enredo campeão do último carnaval: Lampião. Um bandido que com seu bando, ia de cidade em cidade metendo o terror nos moradores. Poucos sabem a história da única cidade que venceu Lampião. O prefeito convocou os homens e suas armas e cercou a cidade à espera do covarde, que sabendo que homens armados os esperavam, passou bem longe.
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Esse tópico da história da história do Brasil, comprova que cidadãos armados, jamais serão escravizados. Obviamente, nunca ouvirá essa história nas salas de aula.
Um grande exemplo disso é o desdém que historiadores fazem da participação do Brasil na segunda guerra. Eu mesmo acreditava que o Brasil enviou seu exército pra passar vergonha. Não foi bem assim. Até hoje, cidades italianas homenageiam nossos bravos soldados, que os libertaram da ocupação fascista e nazista. Até hoje, renomados canais de guerra, autenticam a “lenda” dos três soldados brasileiros que lutaram até o fim contra o exército alemão, e se sacrificaram pelos seus. Mesmo com as homenagens na Itália, o registro histórico… Tudo pra abafar a nossa participação que foi fundamental no país. O nosso complexo de vira-lata não é arraigado, é programado, difundido pela elite educacional e política do Brasil.
O único exército onde brancos e negors lutavam lado a lado. O exército que, sem tecnologia, sempre surpreendia o seu inimigo.
Eu imagino como os pracinhas (nome dado aos soldados da segunda guerra) veriam o exército atual. Um bando de bunda moles, que mesmo sob o clamor de uma população, diante de um golpe claro nas eleições, e diante de uma ditadura que agora domina o Brasil com todas as sua forças, abaixa a cabeça para um governo que os humilham cada dia. Como acontece nas outras ditaduras, nossos generais não querem saber de defender a nação, e sim de dinheiro na conta. Que se dane que o país afunde, que seus cidadãos virem escravos de ditadores. O exército brasileiro atual, é o maior traidor da pátria, e com muito orgulho, como esbravejam os generais.
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The only allied army where blacks and whites fought side by side
Para saber mais
To know more
youtube
English natives, they knew that there is translation in YT videos. Just click CC, okay? I will not subtitle.
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ferola-lita · 2 years ago
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tecontos · 4 months ago
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Segunda feira fiquei com o cuzinho bem fodidinho (15-07-2024)
By; Gabriele
Me chamo Gabriele, tenho 19 anos, eu sou morena, altura mediana, bumbum grande e peitos médios. Namoro um cara moreno, alto, gostoso pra caralho e forte.
Meu namorado e eu queríamos transar, a gente tava morrendo de vontade e cheios de tesão pra isso, só que o tempo tava meio corrido. Eu, claro, toda fogosa e com vontade de dar pra ele, dei um jeitinho pra gente fuder gostoso.
Segunda-feira a tarde, eu marquei de ir a casa de uma amiga minha e o chamei. Claro, já tinha falado pra ela deixar a gente a vontade porque queríamos curtir, e ela aceitou de boa. Então, convidei meu namorado pra ir comigo lá.
Cheguei primeiro e fui explorando a casa dela, ele só ia chegar um tempo depois e enquanto isso, fui logo arquitetando o quanto íamos fuder gostoso naquela tarde.
Ele pediu pra eu esperar na pracinha e depois eu fosse lá me encontrar com ele. Assim feito, fiquei esperando até que ele chegou e fui de encontro. Ele tava sentada num banco, cheguei, dei um beijo e a gente foi pra casa dessa minha amiga, rs.
Quando chegamos lá, minha amiga o cumprimentou e falou pra gente ficar a vontade. mordi os lábios só de pensar no quanto a vontade nós ficaríamos rsrs.
Então, eu o puxei pro andar de cima e ele só me observando. Cheguei, entrei no quarto e olhei pra ele. Ele sentou na cama e me olhou com uma carinha de ”o que você vai fazer , hein?”
Aí, eu fui e fechei a porta. Sentei na cama e coloquei minhas pernas em cima dele. Eu tava com um vestidinho bem curto, tratei de quando sentar suspender um pouquinho. E aí ele veio de mansinho cheio de atitude me beijando gostoso. Eu fui chegando mais perto dele, ele de mim, ele tava com as mãos fortes e gostosas na minha cintura apertando, e foi descendo gostoso pra minha bunda. Ele apertava bem forte e aquilo me fazia pedir pra sentir mais ainda.
Comecei a sentir o pau gostoso dele, bem duro, tava doida pra me comer todinho, sem pena, metendo GOSTOSO pra caralho hein mim. Olhei pra ele e perguntei
– Por que esse pau tá duro em gostoso?
Ele falou; – É você que me deixa assim
Ele beijava meu pescoço todinho, e eu o empurrei na cama com jeito. Ele olhou pra mim, eu continuei a beijar ele gostoso pra caralho, enquanto ele enfiava a mão na minha bunda e apertava , já deixando marcas. Eu fui sentando no pau grosso dele, e comecei a rebolar gostoso . Ele fazia questão de deixar passando na minha bucetinha pro cima da calcinha pra eu sentir a pika gostosa dele. Minha buceta tava toda enxarcada, eu só pensava nele metendo em mim.
Ele tirou meu vestido e jogou no chão, começou a acariciar meus peitos bem gostoso e chupar. Eu tava delirando pra caralho, velho. Ele tirou minha calcinha, começou a enfiar o dedo devagarinho.. prazer imenso que ninguém imaginava, eu comecei a gemer gostoso e era muito tesão. Foi chupando meus peitos e eu só falava
– chupa mais vai gostoso, chupa mais.
Ele começou a chupar bem forte, uma delicia pra caralhoooo. Eu tirei a blusa dele, comecei a beijar devagarinho o corpo dele.. beijei o pescoço dele todinho e fui descendo, bem devagar.. fui chegando na barriga e acariciando gostoso o corpo dele, cheguei na cueca. Tirei o short dele, tirei a cueca dele . Me deparei com aquele pau imenso gostoso na minha frente, comecei a chupar gostoso pra CARALHO, enfiando tudo na minha boca. Ele enfiava minha cabeça pra chupar ainda mais o pau dele todinho na minha boca. Lambi a cabecinha daquele pau que tava toda molhada e gostosa, fui de boca nas bolas gostosas deles e lambendo aquele pau todinho. Ele tava delirando e eu também. Ele me puxou pra cima, e era minha vez de sentir aquela boca gostosa em mim. Ele foi beijando meu pescoço todinho, desceu pra minha barriga e foi chegando na minha buceta que tava toda molhada.
Quando ele chegou, senti a boca dele nela, e ele começou a chupar de uma forma deliciosa demais me deixando louca. Eu abria mais as pernas, e ele foi enfiando a boca nela todinha pra caralho demais. Eu sentia os movimentos, eu gemia loucamente..
– VAI GOSTOSO, chupa essa buceta toda vai
Ele enfiava a língua bem fundo, e eu comecei a sentir o dedo dele. A boquinha gostosa e o dedo me fudendo gostoso, eu tava enlouquecida . Ele chupava todinha , não deixando faltar nenhum lugar. Eu sentia a língua entrando, a língua saindo e eu enfiava a cabeça dele pra ir mais fundo ainda, pra porra. Eu comecei a ficar ainda mais louca, e sentia ele chupando e me olhando com uma cara de safado e cachorro. Falei pra ele ir ainda mais rápido porque eu ia gozar na boquinha dele.. e caralho, gozei quentinho naquela boca gostosa e depois ele lambeu minha buceta toda babadinha. Eu o chupei de novo, eu agachada na cama e ele enfiando o pau gostoso na minha boca, eu masturbava e chupava bem gostoso.
Depois eu ainda o deitei na cama de novo, e fui subindo, e subindo e subindo.. até que parei com minha buceta na cara dele e comecei a rebolar todinha nela. Ai Caralho, eu só sentia o movimento da língua indo e vindo bem gostoso, e ele chupando enquanto eu me esfregava na cara dele.
Aí foi quando ele me pegou no colo, me sentou e começou a me mastubar bem gostoso. Enfiava o dedo e tirava bem gostoso, e tava indo bem rápido pra caralho. Eu tava gemendo Muito e pra porra, e nem me importando que não tava na casa de outra pessoa. Ele me olhava com uma cara safada gostosa de quem tava querendo me comer, enquanto enfiava o dedo…
��� Aí caralho, enfiava gostosooo porra
Ele apertava minha coxa bem forte e eu abrindo toda a minha perna pra ele fuder ainda mais. Delícia demais, eu comecei a rebolar naquele dedo enquanto dizia gemendo
– aaaA caralho, eu vou gozar, vai mais rápido
Ele me fodia tanto que quando eu vi tava gozando nos dedos delcioso dele. Aí foi quando ele me pegou e me colocou de quatro, eu fiquei bem empinadinha pra ele porque sabia que ia receber aquele pau gostoso.
Dei uma chupada no pau dele, e me empinei todinha. E aí, caralhooo, ele começou enfiar o pau no meu cuzinho e me comer toda de 4. Eu só escutava o barulho daquele pau entrando no meu cuzinho e eu gemendo pra Caralho.
Ele tava indo bem rápido, e eu comecei a pedir pra ele me bater gostoso. Eu sentia aquela mão gostosa batendo na minha bunda e me deixando toda vermelhinha. Ele foi me socando bem gostoso e ia empinando pra caber ainda mais. Sentia os dedinhos gostoso enfiando na minha buceta enquanto ele me comia de quatro, e sabia que não ia demorar muito pra eu gozar. Eu xingava ele todinho
– Vai CACHORRO, meu homem, meu macho todinho
E minha buceta latejando de tesao para caralho. Pedi pra ele ir ainda mais rápido, bem deixar bem abertinha E delíciaaaaaas, senti minha buceta gozando toda. Caí na cama cansadinha e ele me beijou gostoso, falando no meu ouvido
– eu vou gozar tudinho no seu peito
Eu comecei a chupar o pau dele gostoso e ele começou a mastubar também, eu tava com a boquinha aberta pra ele jogar na minha cara, nos meus peitos e aonde quisesse. Ele me olhou gostoso e falou que ia gozar
– Goza, cachorro vai.
Só senti aquele leitinho quente vindo em direção do meus peitos, minha cara e ele jogando tudinho em mim. Depois ele deitou na cama pra descansar um pouco, mas eu ainda queria mais. Comecei a me exibir todinha pra ele, a chamar pra ele me comer de novo e aí ele cedeu, não aguento a namorada gostosa dele querendo dar. Ele me pegou no colo e falou;
– você quer que eu te coma de novo é gostosa? Então vem cá chupar meu pau
Eu chupei aquele pau todinho e deixei bem lubrificadinho, ele foi passando o pau gostoso pela minha bunda de novo e eu fiquei ainda mais empinadinha pra ele… Abri aquele cuzinho, e ele meteu pela segunda vez em mim. Só que dessa vez, ele foi ainda mais rápido, ainda mais forte. Eu não gemia, eu gritava de prazer, ele apertava minha bunda e enfiava a o dedo na minha buceta de novo. Eu tava louca ele indo muito rápido pra come comer, como eu tava de quatro na cama, minhas pernas ja tavam e aí eu caí na cama, ele caiu gostoso em cima de mim alertando meu peitos e beijando meu pescoço, e enfiando o pau ainda mais fundo. Eu só falava
– Me COMEEEEEEE SEU FILHO DA PUTA, VAI
Ele puxou meu cabelo, foi bem rápido, bem fundo e CARALHO, eu senti que ia gozar de novo. Eu falei gemendo
– caralho delícia eu vou gozaaar
Ele começou a acelerar e eu a rebolar nele, e enquanto isso, fui gozando de novo naquela tarde dando meu cuzinho gostoso. E foi assim que ele me deixou brocadinha.
Envaido ao Te Contos por Gabriele
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marrziy · 5 months ago
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Michael Myers x Male Reader
"Pobre Michael"
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• Filme: Halloween (escrevi com o de 2018 em mente)
• Gênero: terror
• Sinopse: você caiu na mira do bicho papão, e agora ele te segue na penumbra. Como a sombra que imita seus passos, ele te faz companhia e entra na sua casa, buscando por saciedade, sem saber que você não pensa e nem age como vítima.
• Palavras: 3k
3° pessoa - passado
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Quatro cabeças foram encontradas em uma pracinha, fincadas do pescoço ao crânio nos postes que iluminavam as calçadas. O interior delas estava oco, com os olhos, línguas, dentes e miolos espalhados pela grama aparada do lugar bem cuidado. As lâmpadas emitiam luz através dos orifícios vazios. Uma recriação sinistra das abóboras nas calçadas das casas.
A polícia nunca esteve tão ativa quanto naquele halloween.
Pessoas diziam ter visto o assassino, a maioria de relance. Poderia ser julgado como um simples vulto, consequência da paranóia coletiva, mas a sanguinolência nos interiores da cidade anunciava que estar paranóico era algo positivo naquele 31 de outubro.
A movimentação distante talvez significasse algo.
A sua sombra, muito provavelmente, não era sua.
Não eram pequenas as chances de a silhueta que te acompanha ser, na verdade, do bicho-papão.
Apelido dado a Michael Myers pelas crianças apavoradas, que deixavam de pedir doces para correr para o colo dos pais e chorar após testemunharem ou ouvirem falar das cenas macabras que tingiam o chão e as paredes de Haddonfield.
A noite começou agitada, cheia de vampiros, múmias, fantasmas, bruxas e lobisomens de um metro e meio circulando, famintos por açúcar.
Mas durou tão pouco…
A única época do ano em que era divertido comemorar nas trevas teve seu significado obsoleto ressaltado quando o mal despertou, sedento para espalhar carnificina; terrificar os salubres e entreter os insalubres.
A notícia sobre os assassinatos chegou até você durante uma pausa no percurso do trabalho para casa. O cheiro fresco dos grãos moídos seduziu suas narinas e você não resistiu, teve que entrar no estabelecimento e pedir um expresso. O plano era relaxar nos assentos acolchoados do lugar, degustar com calma a bebida quente e sair revigorado devido à cafeína no organismo. Porém, a televisão suspensa exibia uma reportagem local, ao vivo, noticiando o crime bárbaro nas redondezas.
As imagens, mesmo que borradas, juntamente com a descrição explícita do texto da repórter, deixaram você aflito. As pessoas ao redor, sentadas paralelamente nas mesas dispostas, compartilhavam do pânico.
O clima descontraído foi esmagado pelo silêncio imediato. Só se ouvia as vozes chiadas da tv.
A presença do delegado na tela, recomendando o isolamento das pessoas em suas residências, foi o tiro de largada. A maioria se locomoveu, tomando rumo. A movimentação te influenciou. Você bebeu a metade que restava do café em um gole, ingerindo com uma careta antes de se levantar e sair da cafeteria.
Enquanto atravessava o centro, resquícios de calmaria ainda o mantinham tranquilo.
No entanto, quanto mais perto de casa, mais apressados eram seus passos e maior era a ansiedade acumulada no peito.
Mesmo em uma rua mal iluminada, longe do movimento caótico, a sensação de não estar sozinho era constante. Seu andar nervoso estava prestes a se transformar em correria.
Felizmente, era possível avistar sua morada.
Mas à distância, a sombra o seguia.
Michael viu você sozinho e sentiu-se extremamente atraído pela sua aventura solo no breu daquele lado esmarrido da cidade.
Entre as esquinas, afastado o suficiente para não ser visto, Myers o acompanhava, sendo ele a presença que você sentiu nas costas.
O puro mal condensado no corpo de um homem viu você como a vítima perfeita para o que ele considerava uma brincadeira divertida.
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Largado na cama, com o rosto iluminado pelas cores vibrantes do celular, despojada era sua condição. O desconforto nos olhos era meramente aliviado graças ao abajur ligado, que mesclava a luz amarela com a luz azul da tela.
Na calçada do outro lado da rua, em frente à sua casa, Myers parecia inanimado, quase como uma extensão do pedregulho urbano onde seus pés estavam estagnados. Ele olhava para cima, captando a sua silhueta alumiada através dos buracos da máscara. A janela nua, com as cortinas arreganhadas, cotejava Michael com sua cabeça, praticamente servida numa bandeja.
No segundo andar da residência, sua mente se perdia no instigante mistério da história que lia enquanto música inundava seus ouvidos. Com o som dos fones mais alto que seus pensamentos, você deslizava a tela para cima, ritmado com a aproximação soturna do bicho-papão.
As botas pretas fizeram a madeira ranger. Michael atravessou a varanda, evitando a porta da frente. Enquanto rodeava o jardim, o rosto mascarado se refletia em cada uma das vidraças do primeiro andar.
Os passos eram firmes. A sombra queria estar ali; era sua vontade e apetite mais voraz. E, mesmo decidido, o caminhar era calmo, sem pressa, porque a força que residia naquele corpo era imparável e agia como tal.
Michael só andava para frente, indiferente às pegadas que deixava na terra úmida do quintal. Quando alguém encontrasse os vestígios, ele já teria desaparecido, deixando apenas elas de piada... inúteis e engraçadas pegadas.
Chegando nos fundos, Myers encontrou a porta que dava acesso à cozinha e girou a maçaneta.
Estava destrancada, e ele entrou.
Com a lama nas solas, o assassino carimbava a cerâmica do chão e os tapetes que surgiam pelo caminho.
O trajeto até a breve saciedade, que pausaria o roncar monstruoso sob a carcaça do bicho-papão, tardou no instante em que ele se deparou com o brilho na ponta do aço.
A faca estava ao lado do faqueiro, escanteada e meio úmida. A torneira da pia, mal torcida, pingava, e Myers se perguntava qual carne a lâmina havia fatiado. A peça o seduziu; era maior que a ensanguentada que ele carregava, e a luz da lua, atravessando a janela, banhava o utensílio, fazia-o puro e tentava Michael a profanar com o gume afiado.
Ele largou a velha companheira na mesa e rodeou os dedos calejados no cabo da nova.
Pretendia degolar você com ela.
Iria raspar a ponta nos ossinhos frágeis da sua clavícula.
Rasgaria seu intestino sem dó.
Mas, antes, precisava ver o que tinha na geladeira.
Existia uma fresta pequena, mas aberta o suficiente para acionar a luz fria que vinha de dentro. Aquela luminância não devia brilhar; era forte, contrastava com a claridade natural da lua e incomodava Michael, levando-o a questionamentos, assim como a faca lavada, antes no mármore e agora em sua posse.
Parecia errado, como se o caminho tradicional do monstro estivesse sendo apontado por setas.
O corpulento pisava sem denotar presença, marchando até a porta da geladeira, ignorando a alça e puxando-a pela borracha das bordas laterais.
O cheiro podre alastrou-se pelo cômodo.
O que Michael viu não o assustou; a imagem era conhecida, saturada na memória assassina, mas ele não ser o responsável pelo feito era novidade, quase o fez esboçar surpresa por debaixo da máscara.
A geladeira era pequena; as prateleiras não eram largas o suficiente para acomodar as seis cabeças. Elas exigiam espaço e, por isso, a porta não fechava. As que tinham olhos expressavam horror, um último semblante antes de um machado, facão ou seja lá o que for, separá-las do que algum dia foi vivo.
O sangue pingava e escorria, quase ultrapassando os limites e alcançando o chão. A luz branca que vinha do interior gelado tornou-se vermelha no instante em que uma cascata desceu do congelador e dominou todo o cenário selvagem. As luzes refletiam aquela cor hipnotizante, e o bicho-papão, tal como um inseto, sentiu-se atraído. Havia mais na parte de cima; mais daquela brutalidade existia no congelador.
Brutalidade que Michael não era dono, não assassinou, não assinou.
O verdadeiro artista espreitava logo atrás.
Fora do campo de visão do assassino, você, outro amante da morte, esgueirava-se sorrateiramente, aproximando-se com duas seringas nas mãos.
Para alcançar a região propícia do corpo à frente, você ficou na ponta dos pés e abriu os braços, tomando impulso antes de descê-los ferozmente contra a estrutura que, mesmo de costas e vulnerável, intimidava. Seus punhos encontraram os ombros de Michael e foi como um soco. Você precisou acumular forças nos pulsos para penetrar o material da máscara, que se estendia até a nuca, antes de, enfim, perfurar o pescoço.
Seus dedões alongaram-se para pressionar a base do êmbolo, impulsionando o sedativo para o organismo do ser.
Mas, mesmo veloz e cheio de adrenalina, não foi rápido o suficiente.
Quando sentiu a picada, Michael jogou o cotovelo para trás, acertando suas costelas. Ele se virou na sua direção e, como se não fosse nada, desgrudou as agulhas da carne. Ambas estavam cheias até a metade, e parte do líquido, misturado com sangue, escorria pelos furos na pele.
Myers tacou as seringas no chão e deixou a faca na mesa; ele queria te estraçalhar usando apenas as mãos.
Você nunca teve o controle, mas ele também nunca esteve tão distante.
Deu errado, e apesar da face neutra, você suava frio, engolia seco e respirava pesado, apavorado. O coração acelerado batia com tanta força que você sentia a pulsação na ponta da língua.
Quando o cérebro desparalisou e deu ordem aos membros, você só teve tempo de dar meia-volta antes de uma mão agarrar seu cabelo por trás e obrigá-lo a encarar o olhar profundo do rosto pálido.
O olhar do diabo.
Michael notou algo recíproco nas íris, mas nada que despertasse empatia; o bicho-papão era incapaz de sentir certas coisas.
Ele rodeou os dedos pelo seu pescoço, a mão tão grande que quase cobria toda a circunferência. Sem esforço, ergueu sua estrutura menor.
Você chutava o ar, desesperado por não sentir mais os pés no chão. A pressão na sua garganta inibia a ventilação dos pulmões e avermelhava a pele. — Me põe no chão… – a voz falhou, mas soou clara, pena que de nada adiantou. Suas mãos trêmulas alcançaram os pulsos de Michael, arranhando, batendo, puxando, fazendo de tudo para afastá-lo.
Você foi arremessado, suas costas colidiram contra o mármore da bancada divisória. Seus esforços foram inúteis, e doeu nos nervos constatar isso.
O estralo da musculatura ecoou, os joelhos fraquejaram e você deslizou a coluna nas gavetas brancas, pousando na cerâmica. Não houve tempo para recuperar o fôlego ou sequer sentir a dor; seus instintos berravam para que você corresse.
Mas você não conseguia ficar de pé.
Então, rastejou.
Pobrezinho.
Michael puxou você pelo tornozelo com tanta brusquidão que sua cabeça bateu no chão, produzindo um som nauseante, de prensar os sentidos e turvar a visão. Pontinhos brilhantes invadiram os globos, flutuando no ar paralelamente.
Myers afastou suas pernas com as coxas e posicionou-se em cima da sua constituição abalada, voltando a esmagar seu pescoço, usando ambas as mãos dessa vez.
Era o fim?
Não devia ser uma pergunta.
Com os lábios entreabertos, você encarava o rosto mascarado, se perguntando o porquê de ainda estar respirando.
Michael era uma parede em cima de você, te cobria facilmente e tinha as duas mãos na sua garganta; a força devia separar sua cabeça do pescoço, mas não aconteceu. Os dedos tremiam e estavam cada vez mais frouxos ao seu redor.
Seus sentidos retornavam aos poucos e, quando compreendeu o que estava acontecendo, você levou as palmas abertas ao peitoral do Myers, amenizando o impacto quando o corpo maior caiu sobre o seu.
Sua preocupação migrou da incerteza sobre ter um amanhã para como iria sair debaixo do brutamontes adormecido.
Um suspiro aliviado escapou de seus lábios trêmulos. — Feliz Halloween, Michael. – a frase subiu queimando a garganta machucada.
E na cozinha, prevaleceu o silêncio dos monstros.
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Sem norte.
As pálpebras levantavam e abaixavam várias vezes, acostumando os olhos à claridade e, aos poucos, tornando a visão nítida.
As íris correspondiam à reflexividade obscura das pupilas com o máximo de perfeição que a natureza defeituosa tolerava, e, dentro daquele círculo fúnebre, habitava o ser que havia abatido o bicho-papão.
Lá estava você, agachado sobre as pernas de Michael, quase sentado em suas coxas. — O soninho tava gostoso? – olhos e boca esticados; meia-lua e gengival eram seus sorrisos.
Como esperado, além do peito subindo e descendo e da respiração audível, Myers não expressou nada. O homem sentiu os pulsos contidos por gélidas algemas, os antebraços unidos ao dorso e correntes rodeando seu abdômen, mantendo-o preso a um pilar de pedras naquele porão vasto e estranhamente organizado. Ele sequer deu chance à tentativa, conhecia a si mesmo e sabia que insistir na fuga naquelas circunstâncias seria em vão.
Mas matar você era uma certeza que Michael fantasiava.
Sua mão direita dirigiu-se aos fios secos da máscara que simulavam cabelo, puxando-a para si com força e aproximando as faces. — Tão tagarela... – você revirou os olhos e levou os joelhos ao chão, montando no colo do assassino. — Ótimo. Significa que é um bom ouvinte.
Até então, Michael acompanhava seus olhos, fisgando cada microexpressão sua, mas permitiu-se desviar e memorizar o ambiente desconhecido.
A luz branca no teto de madeira cegava; alguns insetos circulavam a claridade, os mais ousados colidiam contra a lâmpada e tinham suas antenas dobradas, semelhante aos pássaros que se chocavam contra vidraças e tinham seus pescoços frágeis quebrados no impacto.
Ao fundo, sua voz ecoava. — De que abismo você saiu? — você pensava em voz alta, tentando chegar a uma conclusão sozinho. — Circulando por aí, tão silencioso, quase invisível… o ser mais próximo de um fantasma que eu já topei. É realmente um homem? É mesmo feito de carne e osso? — você o apalpava, apertava os ombros e os braços. Seu toque migrou para o peitoral firme, e você sentiu a maciez da pele por debaixo do macacão.
À esquerda e à direita havia mais pilares, um de cada lado, e encostadas nas paredes, pilhas de caixas vazias. O piso arranhava; era basicamente cimento e brita. O lugar havia sido lavado recentemente; o chão meio úmido ligava-se ao forte cheiro de produtos de limpeza. Isso irritava o nariz de Michael; ele preferia o pútrido.
Seus dedos roçaram o pescoço de Michael, adentrando a carne sob a máscara. Ele imediatamente redirecionou o foco, voltando a encarar suas pupilas. Você riu baixinho. — Relaxa, não vou tirar sua máscara. A graça está no mistério. – você se curvou, rente à orelha coberta do assassino. — Tenho certeza que você é muito mais interessante com ela.
Você retribuiu o encarar, e sentiu-se possuído. Fitar as orbes profundas de Michael assemelhava-se a cair de um abismo infinito.
E atrás da borracha gasta, Myers também estava em queda; caía do topo da cadeia nefasta e, pela primeira vez, via-se estampando o outro lado da moeda.
Sussurrando, você revelava seu segredinho sangrento. — Viu o que eu fiz? Viu as cabeças? – suas mãos agarraram os dois lados do rosto de Michael, apertando frouxamente com os dedos trêmulos. — Digno, não é? Com certeza algo que você faria... – o sorriso alargava-se e a postura ficava cada vez mais trêmula conforme você falava. — Nesse halloween, qualquer mísera gota de sangue derramada recairá sobre o bicho-papão… Eu me segurei tanto pra não sujar as mãos antes da hora. Você ter escapado do sanatório onde definhava foi a oportunidade perfeita! – você mordia o lábio, arrepiava da cabeça aos pés e se contorcia com o frio que sentia no estômago.
A respiração abafada de Michael cessou, calou-se o único som que ele emitia.
Você grudou as pálpebras, sentindo os cílios úmidos. Encheu os pulmões e liberou o ar serenamente. — Tô empolgado, desculpa. É bom demais contar isso pra alguém, especialmente pra você! – limpou o canto dos olhos com o antebraço e arrastou o quadril para frente, em atrito com as coxas do Myers até pousar na virilha dele, acomodando-se ali. — Eu acompanhei você, refiz seus passos e estive em cada lugar que você marcou. Assisti você esfaquear, degolar, estrangular, perfurar corpos e amassar crânios, e sequer fui notado! Estou tão orgulhoso de mim mesmo.
Seus lábios chocaram-se contra a boca de borracha; você beijou brevemente a máscara com tanta intensidade que a cabeça de Michael pendeu para trás.
Quando se afastou, você revelou um semblante fechado, contrário ao vigor que demonstrara anteriormente. Saliva acumulou-se na ponta da língua e você cuspiu no rosto mascarado. — Mas eu não sou mau. Não sou igual a você. – segurando firmemente a nuca de Michael, você o puxou para si outra vez, unindo as testas. — No primeiro poste, um colega de trabalho; assediava a mim e outros funcionários da empresa. No segundo poste, minha vizinha; eu tinha um cachorro, o nome dele era Totó, e ele morreu porque a puta jogou um pedaço envenenado de bife no meu quintal. No terceiro poste, um nazista; andava por aí sem camisa, exibindo aquela tatuagem nojenta nas costas. No quarto poste, um psicopata mirim; pisou na cabeça de um gato e abriu o estômago do bichinho com um galho.
As palavras vazaram pela boca sem travas, emitidas com naturalidade. A face seguiu serena, pausa a pausa. Você contava a história por trás de cada decapitação com frieza, e naquele cenário, nada pesava; para você, um refresco tardio, para Michael, nostalgia e anseio por reprise.
Você aprendeu tanto sendo apenas a sombra do bicho-papão, nutriu curiosidade e fascínio ao ponto de precisar extrair algo dele. — O mal é um ponto de vista, e do meu, você é maligno, Michael, de um jeito que eu não consigo entender. Isso me deixa maluco. — você bufou. As pálpebras contraídas te impediram de notar Michael absorver para si o ar gasto que você expeliu. — Talvez eu seja mau também… Não pelo que eu faço, mas sim por desejar que monstros existam e que eles façam monstruosidades. — suas mãos vagavam pelo corpo de Michael, adorando-o. — Assim eu consigo sustentar uma desculpa… posso acalmar essa vontade perversa dentro de mim sem peso na consciência.
E, de repente, o silêncio incomodava.
Você engatinhou de costas sobre o corpo contido, parando rente aos pés calçados de Michael. Sentado sobre os calcanhares, você apertou o bico sólido da bota preta, não encontrando os dedos. — Mas você não tem desculpa. Você é puro mal. — você permitiu-se alucinar no olhar do diabo uma última vez antes de prosseguir. — Eu me pergunto pra onde você iria caso morresse… céu não é uma opção e creio que o inferno não aceitaria criatura como você. – e esse último olhar foi maníaco. — Porra, eu quero saber… preciso saber se seria divertido para Satã torturar Michael Myers.
Com uma mão, você retirava a bota preta de Michael, e com a outra, buscava algo no bolso traseiro da calça.
Os dedos retornaram rodeando uma ferramenta.
Um alicate.
— Infelizmente o bicho-papão não fala... mas será que ele grita?
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Relevem qualquer errinho, tô com dor de cabeça 😩
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nominzn · 1 year ago
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ficante fiel
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notas: ele chegou, o haechan carioca está no meio de nós. não foi um pedido oficial, e eu to postando nos 45 do segundo do tempo, mas escrevi com frio na barriga. e sim, a ariana grande me inspirou e quem entrou no enredo mesmo foi pagode. espero que gostem! ❤️‍🩹
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todo sábado à noite é a mesma ladainha. sai para beber com as meninas, encontra uns amigos, posta story e as respostas afiadas chegam.
ele não perde tempo.
é assim agora? bom saber 👍🏼
ele é donghyuck. como apresentá-lo? não tem como. hyuck é um monumento, um marco, um maluco pelo qual é completamente apaixonada. só quem não enxerga é você.
ainda se lembra da primeira vez (de muitas) que o garoto te engambelou para roubar um beijo.
era inverno no rio, por isso o clima estava terrivelmente indeciso. um calor do caralho de manhã, do nada um ventão forte e agora essa porra dessa chuva que vai e vem. segundo ele, era a descrição perfeita daquele dia.
você estava de bobeira em casa depois do trabalho, o cheirinho do body splash da boticário grudando na sua pele após o banho. ainda terminava de passar um hidratante no rosto quando viu o contato dele aparecer na tela do celular.
— fala comigo, bebê. — você brincou quando respondeu ao chamado. — qual a boa do sextou?
— coé, gatinha? a boa é contigo, pô. posso lançar a braba? — a proposta soou como música.
nunca foi sua vibe sextar do mesmo jeito que suas amigas, curtia uns programinhas mais tranquilos. no dia seguinte a história era outra. mas saber que hyuck te acompanharia te deixou mais animada.
— o que tu manda?
— eu. você. açaí na praça do amor. eu pago. — esperou uma resposta em silêncio. — chamei uma galera, mas geral foi pro largo.
— tu nem gosta de açaí. — deu uma risadinha desconfiada, só para colocar uma pilha mesmo. já foi interessada nele, mas ele nem tchun. então se quisesse ter chegado, já o teria feito.
— porra, tem sorvete lá. bora, cara, tô chegando aí pra te pegar. — isso explicou o falatório no fundo, a rua estava um caos mesmo com o chuvisco insuportável. — tô aqui na padaria já, aparece no portão.
o que ele pede sorrindo que você não faz sorrindo?
quando chegaram na pracinha, estava lotada. o campeonato de basquete rolando, as tias fofocando, uns caras fumando ao longe, dezenas de barracas iluminando as calçadas, os skatistas aloprando na pista, os tobogãs transbordando de crianças. cariocas odeiam dias nublados, por isso saem de casa na marra.
— nunca provei essa porra aí. — ele confessou logo após você chegar com seu açaí de 500ml lotado de leite em pó, paçoca e calda de morango. além do biscoito murcho de lei, é claro.
hyuck havia desistido do sorvete, escolheu espetinho de carne. o churrasco do velho era bom demais para resistir. guardou uma das mesas de plástico da brahma, bebericando de um latão, enquanto te observava pedir à distância. sorriu quando você usou o cartão dele por aproximação, todo bobo que estava ali contigo.
— se tu nunca provou como fala que não gosta? — você revirou os olhos, debochando. ele conteve uma cantada idiota com um gole de cerveja.
— me quebrou agora. — fingiu humildade. — xô provar. — arrastou a cadeira até ficar colada do seu lado, quando o mais simples era pegar o copo do açaí e levar a colher até a boca.
ele parou e te encarou, você franziu o cenho e virou-se para ele.
— pode pegar, hyuck.
se tremendo de medo de te magoar, ele encostou os lábios nos seus num selinho rápido. afastou-se brevemente, preparado para todos os protestos possíveis. com os rostos tão próximos assim e com a sensação da boca macia de haechan ainda formigando na sua, o que menos tinha força para fazer era protestar.
— acho que ainda não deu pra sentir. — ele sussurrou entre a inocência do beijinho de eskimó.
— tem que provar direito. — você o desafiou.
a recompensa foi toda sua quando ele te beijou de novo, de verdade. as línguas geladinhas se massageavam numa sincronia cruel, nenhum beijo deveria ser tão gostoso assim. tinha que ser crime. a mão que apertava o braço do garoto explorou os ombros, a nuca, os cabelos macios. hyuck era tão ardiloso que soltava suspiros baixos na sua boca a cada carinho novo, passeando as digitais pela sua pele também.
naquela noite ficaram mais várias vezes. ainda na praça; no caminho de casa, que ele parou do nada só para te beijar; no portão, antes de entrarem; na sala de estar quando seus pais foram para cozinha; no portão outra vez depois que ele se despediu da família para ir embora...
desde então, virou rotina. ficaram viciados.
hyuck te chamava para sair, te tratava igual princesa, cantava os raps que ele escuta no seu ouvido, mas... não eram exclusivos. na verdade, nem eram. num dia ele era inteirinho seu, no outro de ninguém. parecia um jogo, e você estava ficando cansada.
o problema é que não sabem se comunicar. só jogam coisas sem sentido um para o outro, tudo ciúme disfarçado (escancarado).
"assim como? não entendi" você responde a mensagem provocativa dele.
"esquece." ele devolve. o uso ponto final faz seu sangue esquentar. "tu deve achar q eu sou idiota."
"?????" não dá para entender o motivo disso. "do q vc tá falando?"
"tu ficou com o jaemin?" ah, agora faz sentido.
certo, veja bem. estavam todos juntos no mesmo camarote no show, inclusive hyuck, e absolutamente do nada ele sumiu com outros dois amigos. essas fugidas... você conhece bem. a pontada no peito não se alastrou porque jaemin chegou.
o sorriso fácil, a atenção exagerada, os drinks na mão sem que você precisasse pedir... casou mal com teu coração machucado. ele te levou no cantinho e o resto é boquinha inchada, cabelo desgrenhado e selinho demorado com mordidinha gostosa.
"cê não vai querer competir comigo nessa, donghyuck." essa foi a última mensagem que escolheu responder. não quer confusão, nem estresse hoje. o aparelho não para de vibrar na bolsa, mas você não liga.
é engraçado como os astros se alinham bem nas horas menos esperadas. acompanhado de um dos amigos, volta um hyuck puto, bico de pirraça na cara, no mesmo momento que o grupo de pagode junta me assume ou me esquece no medley de antigas inesquecíveis.
junto com suas amigas você canta a música como se não houvesse amanhã.
— sendo assim, é melhor parar com o fingimento, ninguém tá aqui pra perder tempo... me. assume. ou. me esqueceeeee... — olha para o alvo acertado, ele espuma de raiva.
quando você solta uma gargalhada é a gota d'água para ele. rouba sua companhia num laço apertado no antebraço, você chacoalha o cotovelo visando se libertar.
— a gente pode conversar na maturidade? — ele grita sob o som alto.
— maturidade? tá de sacanagem, né. — gesticula indignada no meio do camarote, foda-se o que vão achar.
— porra, você canta pra todo mundo ouvir que eu não te mereço e que se fosse só pra isso eu devia ter feito melhor? isso é maduro? — desabafa com o ego ferido. fala tudo dele, mas mentir assim é palhaçada.
— é só uma música, hyuck. — revira os olhos irritada, cruza os braços sem querer admitir que tinha vacilado.
ele bufa e ri ironicamente, não acredita que estão fazendo isso de novo.
— a gente pode, por favor, conversar? — ele tenta te amolecer com um charminho por trás da birra enciumada.
você cede, seguindo-o até outro canto escuro. como ele conhecia esse daqui? com quantas já ficou aqui?
não dá para resolver as coisas contigo na dor, tem que ser no amor, no chamego, no dengo. o amorzinho dele sempre racha essa sua postura forte.
— cê acha mesmo que eu ia conseguir te esquecer? — te pressiona contra a parede e indaga, bem perto da sua boca, olhando bem nos seus olhos.
— quantas tu beijou hoje, donghyuck? dez? pelo tempo que tu sumiu, menos que isso não foi. — joga na cara dele o que consumia seu peito em raiva.
— gatinha, você também ficou com o jaemin. — ele sorri, mas o deboche escorre. só de imaginar aquele moleque perto de você, ele ferve dum jeito...
— e você continua não respondendo minha pergunta. pra quê tu me chamou aqui mesmo? — procura uma resposta no olhar dele. hyuck estala os lábios e ri, te irritando impossivelmente mais.
— tá bom, então vamo lá. — ele se afasta, arqueando uma sobrancelha. — se eu falar que quero te assumir agora, qual vai ser tua resposta?
você trava. está tão acostumada a não ser dele que nunca tinha pensado na possibilidade disso realmente acontecer. o estômago se agita com as borboletas, mas o silêncio que segue é interpretado de outra forma por ele.
— tá vendo? — o coração está magoado, apertado. ele faz menção de sair dali, porém você o impede.
— não, amor, eu...
quem para agora é hyuck. o apelido pega a atenção dele demais, quase vira bicho. presta atenção em cada traço da sua face ao se aproximar mais outra vez, ficando ainda mais perto do que antes.
— que foi, meu amor? hm? — te induz a continuar a falar com a voz cheia de ternura, mudou da água para o vinho. nada o desmonta assim quanto você, quanto a intimidade que têm.
tinha, sim, ficado com outra hoje, logo após dani ter o avisado sobre você com jaemin. foi na raiva, na vingança. tinha saído só para dar uma moral para mark, o amigo pediu ajuda para despistar uma situação, e ele foi. era para ser só isso.
ele aguarda qualquer palavra sair dos seus lábios, porém, não diz nada, o beija. e bem daquele modo que acaba com ele, que o faz perder as mãos no seu corpo, implorando pelo calor que você tem. bem do jeito que faz a sua cabeça rodar de desejo porque ele sabe como mexer contigo ao molhar seu pescoço com a língua quente, só para voltar para sua boca como quem precisa de uma dose maior.
— namora comigo? — o suspiro não soa como uma pergunta. você arfa à procura de fôlego e deixa uma risada escapar, a testa suadinha de hyuck encosta na sua.
— tu não tá falando sério...
os selinhos que ele dá nos seus lábios dizem o contrário.
— namora comigo. — ele te enche de mais outros beijinhos pelo rosto. a sua resposta é um sim tomado pelo pânico que a cosquinha na cintura te arranca.
quando finalmente o belo entrou para cantar já passava das três da manhã. isso não impediu hyuck e você de cantarem, bêbados de uma mistura duvidosa, a melosidade de perfume um para o outro sem lembrar nenhuma palavra da composição mais famosa do cantor. o que vale é a intenção.
o fim de festa foi voltar para casa cambaleando, um banho quase impossível juntos e cair no sono na sala, agarradinhos, trocando uns beijos preguiçosos antes de deitarem nos braços de morfeu. nem a ressaca da manhã seguinte aguentaria vocês dois juntos.
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ms-lirio · 7 months ago
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"You hurted yourself. Again."
"I guess I should say: I am deeply sorry."
"Do not act so reckless, Alfred."
"—Promise. And you should take a rest, you look tired."
"I am fine. Do not worry about me."
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I have MANY pending books to read, whether diaries, reports, story books, Brazilian Pracinhas and Nurses and much more.  But to save time, I decided to just read a few quick articles to prepare this post.
All pointed here is in a historical view.
Brazil was officially the only South American country to send troops to the conflict under its flag.
Historically, Brazil's actions prevailed in Italy.  It was where Brazil sent its troops, and its participation in the war was delayed as Brazil wanted to maintain its relations with both sides and remain neutral throughout the conflict.  After German and Italian attacks suffered by Brazilian ships, Brazil gave up its neutrality, siding with the Allies.
American military bases were built in the Northeast region of Brazil and Brazilian troops received American training.
"In 1939, with the beginning of the Second World War, Brazil remained neutral, in continuation of President Getúlio Vargas' policy of not defining itself by any of the great powers, only trying to take advantage of the advantages offered by them. Such "pragmatism " was interrupted at the beginning of 1942, when the United States and the Brazilian government agreed to transfer air bases on the island of Fernando de Noronha and along the north-northeast Brazilian coast to receive American military bases (if negotiations had not result, with Vargas and the military insisting on maintaining neutrality, the US had plans to invade the Brazilian northeast, codenamed Plan Rubber).”  (WIKIPEDIA)
"Natal, the capital of the state of Rio Grande do Norte, in northeastern Brazil, has a very important strategic global geographic position. This fact made the city host the two main American military bases during the Second World War: the Naval Base and Parnamirim Field – at the time it was the largest US Air Force base on foreign territory.”  (WIKIPEDIA)
// Getúlio Vargas flirted with the Fascist ideology even tho, he went to ALLIES' side. 💀
HCs: (don't take them too seriously)
⚠️ Remembering the following content: we are still talking about Hetalia, so my HCs and lore are not absolute truth, but my perception of my oc's participation during the conflict.  Even though it has a historical basis behind it.  And also, this is historical fiction (ofc, it's hetalia).  WWII is an extremely sensitive topic to many. I ask for caution, I will be careful with what I have to say.
— Alfred used his charm and charisma to make Mayara fight alongside him (Good Neighbor Policy). What worked and they formed an alliance based on a mutual exchange of interests.
— Mayara had developed a strange feeling that intensified for Alfred (something between admiration and wanting to be like him, a complex feeling, which perhaps was confused with platonic love and which sought certain privileges in that alliance), even if she was reluctant to give end her neutral stance towards the conflict (something similar to what happened in WWI).  She would later do this after torpedoing of vessels by German and Italian submarines, retaliation due to Brazil's accession to the Atlantic Charter;  thus, she broke ties with the AXIS and declared war on Italy and Germany.
— In my universe, Mayara also served as a nurse, and spent most of her time with Alfred, often tending to his wounds.  Sometimes just chitchatting together or learning about militarism and things like that. He trained her. He was the one who supported her.
— I changed my conception of another topic, which was May's direct participation on the battlefield.  I think that Mayara, in addition to serving as a nurse, also fought on the front line when necessary (due to the fact that she was the representative of Brazil) and needed to be on the front line.  In my former HC she didn't go to the front. (I disagree with the 2021 me xd).
—  I don't believe that Alfred reciprocated any kind of feelings for May. She was an important piece for him, and so he courted her, to secure a new ally.  It was a benefits relationship.
— Besides Alfred.  There were FEW times where dialogues with England took place, this was due to the participation of Anglo-Brazilians on the English side (if I'm not wrong, in the area of ​​aviation, but I need to delve deeper into the topic).  An almost tiny interaction compared to the prevalence of Alfred's actions, which was immensely greater and also generated impacts.
PS: I don't ship BrAme/AmeBra, they are just friends.  However, Mayara, as I said, had strange feelings for him at some moments in history (I was reading an article about diplomacy 🇧🇷-🇺🇸, I realized that Brazil had a greater interest in getting closer to the USA for economic and regional power, that is, an admiration that aimed for benefits/just as the US aimed for strategic support/Mayara would support Alfred in anything, as she thought she would get support in return).
I used the word "courtship" as it was stated in this old History book (which I no longer have).  Alfred... used his charm against May. Lol.
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Evidence of a strange obsession with Alfred:
Meet the United States of Brazil:
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(I showed this damn flag to my dad he got disgusted lmfao)
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pearcaico · 1 year ago
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Pracinha de Boa Viagem, Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem - Recife Em 1979.
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renjunplanet · 1 year ago
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| Vícios e Virtudes Lee Haechan
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haechan x reader; donghyuck meio vibe skatista vagabundo. tem palavrao, erros de digitacao, mencao de leve a drogas e mais de 1k de palavra (provavel q tenha pt2
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O laranja do céu beijava o cenário. O quentinho do sol ia embora aos poucos deixando apenas o fervilhar da euforia dos grupinhos de jovens e adolescentes que se encontravam na pracinha do bairro.
E você, como todas as tardes de sábado — quando tinha oportunidade —, estava lá. Radiante e sorridente.
Ah, se você soubesse como seu sorriso mexia com Lee Donghyuck, o garotinho problema da vizinhança, você pararia de sorrir na hora. Ou talvez não. Depende se você curte brincar com fogo.
Para falar a verdade, você e Donghyuck tinham mais química do que você gostaria de ter. A troca de olhares distantes, a maneira folgada de se aproximar da sua rodinha de conversa entre amigos — amigos quais dividia com ele —, aquele jeitinho galanteador que só ele sabe ter... Ah, se Mendeleev visse a tensão sexual entre vocês, ele teria de estudar e reinventar seu conhecimento sobre química todo do zero.
A leveza que a amizade de vocês fluía era de enlouquecer a cabeça.
Haechan, como os amigos o apelidaram, era todo revoltadinho. Usava e abusava de palavras chulas, trejeitos e sinais rudes e vivia se metendo em problemas, vezes por pichar muros com frases motivacionais que roubava no instagram, vezes por invadir construções da prefeitura para fumar e "encher o cu de cachaça". Segundo ele, era a maneira dele de se aventurar e aproveitar a juventude. Totalmente contrária do garoto maluco, preferia aproveitar a mocidade colecionando pores do sol, conversas e fofocas. Além, claro, de paqueras e sorrisos.
— Ei, princesa. 'Tá livre hoje? — Donghyuck se apoia na ponta do skate, encarando você.
Revirou os olhos como o de costume.
— Já te falei que eu não curto dar rolê de madrugada, bobão.
— Afe... Você é muito chata, boneca... — tombou a cabeça para trás, resmugão — Quando a gente vai poder ter a oportunidade de curtir que nem adoidado? Menina, você tem quase 20 anos. Tem que curtir a vida! — lhe cutucou o ombro, totalmente indignado.
— Ai, seu chato! — massageou a área que levou o cutucão forte e gratuito — Diferente de você, eu curto a vida de uma maneira mais light. Não preciso me embebedar ou me drogar 'pra curtir e ser feliz.
— É essa a imagem que tem de mim? De um cara que vive se drogando e causando problemas? — ele pergunta, com um tom amargo de chateação bem de leve.
— E não é essa imagem de rebeldia que você curte mostrar 'pros outros?
Donghyuck olha nos seus olhos e suspira pesado, desviando o olhar para longe.
— Porra... — solta uma risada irônica, empurrando a língua contra a bochecha; indignado — Valeu mesmo. — te encara mais uma vez e, com raiva e o skate surrado na mão, volta para a pista.
— Ei! — chama por ele, que apenas ignora — Haechan!
E assim postergou Donghyuck de sua presença. Sendo engolido pelas sombras das nuvens e o frio noite, presenciando a tardezinha dar adeus aos poucos.
E dando lugar para novos sentimentos.
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Se ficou na espera do rapaz voltar e lhe receber com um sorriso quentinho, muito se enganou. Estranhamente, o Lee se manteve distante por muito tempo. E, quando digo muito tempo, estou falando de exatos sete dias onde sua presença foi totalmente ignorada.
E lá estava mais uma vez, colecionando outro sábado na praça. Mas este dia em específico parecia uma peça fora do quebra-cabeça. As coisas soavam diferentes, o sol parecia frio em suas cores, o céu não estava vibrante e os sorrisos e conversas soltas pareciam melodias fora do tom.
Na verdade, se sentiu assim a semana inteira. Sentiu saudade do olhar agridoce, da risada suave. Sentiu saudade dos olhos tímidos e envergonhados quando você notava ele errando alguma manobra. Sentiu saudade do calor que emanava suas bochechas quando os braços do moreno se apoiava em seus ombros.
E por sentir tanto, se viu depois do grande encontro pulando a janela de seu quarto às onze horas. Se viu correndo por debaixo da luz da lua até o último quarteirão da rua principal, onde no final da estrada estava a construção abandonada que era sempre o ponto de encontro de Donghyuck e seus amigos.
Se viu parar de caminhar, perguntar ofegante para Mark onde estava Donghyuck e, com a resposta do canadense, se pôs a correr em direção a casa do coreano.
Como um clichê paralelo, lá estava você. Jogando pedrinhas no segundo andar da casa dos Lee, esperando alguma resposta do rapaz.
— Ei! Quem é o infeliz que tá jogando pedra aqui, caralho?! — gritou o pai do moreno, abrindo a janela com força.
Sorte sua que conseguiu se esconder no arbusto antes de ser notada.
— Que foi, pai? — da janela esquerda saiu o Lee mais novo, coçando os olhinhos e com o cabelo bagunçado.
— Tem algum filho da puta tacando pedra aqui. — respondeu o homem totalmente amargurado — Volta a dormir, filhão. — ele fecha a janela novamente.
Assim que o pai sai fora da cena, Donghyuck desliza o olhar pelo pátio, que coincidentemente paira sobre sua presença, fazendo você ser notada pelo garoto rebelde — que estava estranhamente atraente naquela noite.
Ele arregala os olhos e logo após franze o cenho, gesticulando com a boca um "Que porra você 'tá fazendo aqui, sua maluca?".
— Vim me desculpar... — disse num sussurro após se aproximar da parede da casa e falar "perto" da janela dele.
— Quê?
Você rola os olhos, puxa o celular do bolso e envia uma mensagem para ele.
minha boneca ❣️
eu vim me desculpar seu cagao
Olhou para o rapaz na janela que pegou o celular na mão para respondê-la.
donghyuck 103 b
mds sua cabeçyda estranha
isso eh horario pra aprecer na casa dos outros? ainda mais sozinha
porra nao tem medo do perigo nn? o bairro eh tranquilo mas n qr dizer q n existe gente ruim princesa
minha boneca ❣️
deixa de papo furado homi
desce aqui p nois conversa pfvr :(
ta frio
donghyuck 103 b
ta bom chata
perai entao que eu ja vou
Da janela você viu Donghyuck sair correndo, colocando uma calça todo desengolçado e vestindo o moletom que ele sempre usava. Desceu as escadas da casa correndo, aparecendo na frente dela ofegante e procurando por você. Te avistou e foi ao seu encontro e afobado lhe disse:
— Vem comigo. — te puxou pelo pulso e levou seu corpo junto do dele para outro lugar que não fosse perto da janela dos pais e de sua casa.
Andaram por uns 60 segundos até chegarem num banquinho perto da rua principal. Ficaram os dois parados de frente para o banco, de pé.
— Ta vamos logo com isso... — virou para você, apertando as têmporas estressado — O que cê teve na cabeça pra vim até minha casa, tacar pedra na janela dos meus pais e ainda me fazer sair do quentinho do meu quarto só pra conversar contigo?
— Eu tive remorso, ta legal? — disse direta — Eu fiquei mó mal porque tu se distanciou de mim... Sei que é exagero da minha parte, porque foi só sete dias, nada demais. Mas mesmo assim eu fiquei triste. — mordeu os lábios, pensando por um momento e logo após olhando novamente para os olhos amendoados do moreno — Porra, Hyuck... Eu só queria te pedir desculpas pela baboseira que eu falei, eu pensei que tu ia levar na boa como sempre, se eu soubesse que tu ia ficar chateado e parar de falar comigo eu teria pensado melhor antes de dizer aquilo...
O Lee pisca os olhos meio atônito com a confissão. Molhou os lábios e lhe respondeu.
— Po... Eu... — suspira tentando encontrar as palavras certas — Eu que devia me desculpar. — esfregou a nuca meio incerto e envergonhado — Eu não queria ter feito esse drama todo. Porra, eu sei que foi algo bobo e tal, mas me machucou, sabe? Eu... Eu não queria que você tivesse essa imagem ruim de mim. — coçou nariz e desviou o olhar para a estrada — Sei que eu sou todo errado, que eu curto coisas que 'cê não curte. Que eu faço coisas que 'cê não curte... Eu 'tô tentando melhorar esse lado meu, tentando ser alguém diferente. — voltou a te olhar, dessa vez carregando uma mágoa e uma tristeza estranha nas pupilas — Dói demais saber que eu te curto tanto e você não gosta de mim da mesma forma por erros meus...
— Como assim eu não gosto de você? Por que você acha isso?
— Cara, toda vez que eu te convido pra algo você me rejeita... Semana passada te convidei pra um rolê bacana e você me dispensou sem nem pensar...
— Donghyuck, você literalmente me convidou pra um dos seus rolês com os meninos mesmo sabendo que eu não vou nesses tipos de encontros. — levantou as sobrancelhas, dizendo o óbvio — Se você real quisesse sair comigo, tinha me convidado para dar uma voltinha, sentar na areia da praia e fazer um piquenique. Uns treco brega desse tipo.
— Po, gatinha... Agora tu me fez parecer um idiota.
— É porque você é idiota, Donghyuck.
— Porra...
Você ri.
Ah, maldito sorriso bonito. Pensou ele.
O rapaz não aguenta por muito tempo a carranca, sorri de leve para você. Totalmente derretido, porque ele sabia que mesmo no escuro sua risada estranha ainda brilhava para ele. Amava quando você estava assim, alegre. Amava quando você ria para ele e somente para ele.
— Do que você 'tá rindo, estranha? — tomba a cabeça para o lado, balançando fraquinho seu braço que ele ainda segurava.
— De você.
— Por eu ser um idiota?
— Não. — negou com a cabeça ainda sorrindo largo.
— Por que então?
— Porque você consegue ser tão bobo que é adorável. — confessa, vendo os olhinhos brilharem e as bochechas ficando vermelhinhas.
— Cala a boca...
E você ri mais uma vez.
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imninahchan · 8 months ago
Note
Nina, como seria os meninos com uma leitora que tem espírito de velha? Que adora costurar, ver filmes/novelas, usas casacos de lã, ficar em casa, dormir cedo, ler livros a torta e a direita, cozinhar tudo que der na telha (especialmente doces, biscoitos e bolos) e ouvir músicas românticas (tipo Can’t help falling in love do Elvis e put your head on my shoulder do paul anka)?
literalmente tudo que o enzo quer, né? ele é bastante caseiro e reservado, trocaria qualquer rolê pra ficar em casa mesmo contigo e fazer coisa de gente velha igual ver novela e falar mal dos personagens como se eles fossem gente. super te ajuda a cozinhar as receitas, mas prefere ficar na parte de ler as instruções pra ti e depois lavar a louça. antes de dormir, estão vocês dois deitadinhos na cama, lendo cada um um livrinho, ou compartilhando o mesmo, ele fazendo carinho no seu joelho até o sono chegar.
às vezes, por causa da rotina corrida, não dá pra fazer um café da tarde todo dia, mas pelo menos aos finais de semana vocês gostam de ir pra um cafézinho superfaturado só pra tirar fotinhas e fofocar. se tem uma coisa que mais combina com o enzo é ouvir música antiga e dançar naquele balançar simples sabe? que move os pezinhos pra lá e pra cá, sem muita coisa. adora ir contigo à sebos, lojas de antiguidades e de discos.
agora, o matías pode surpreender. quando você conhece ele, acha que seu jeito mais caseiro poderia confrontar a personalidade dele, afinal se conheceram numa baladinha, entre os amigos, mas o argentino é bastante caseiro também. festinha é uma vez a cada trinta dias e olhe lá, tem que ser algo muito especial pra dar vontade de tirar o pijama dele. é mais daquele de só ler as instruções das receitinhas que você quer fazer e encher a barriga, porque não leva jeito pra cozinha e morre de preguiça. não acha muita graça em ficar colecionando discos de "música chata e velha", mas fala que é um rap ou rock dos anos 80/90 aí pra tu ver se ele não compra até o último exemplar. imagino muito ele com o braço no seu ombro, segurando um cervejinha na outra mão, enquanto vocês dois assistem um slam na pracinha, depois o pessoal fuma um e fica conversando, andando de skate.
vocês tem noite do filminho. é sempre no mesmo dia, fixo, mesmo horário. cada semana um escolhe o filme do dia, e o matí passa no mercado, compra pizza e algo pra beber.
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leozinhocarvalhinho · 15 hours ago
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