#praça da Sé
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saopauloantiga · 5 months ago
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Praça da Sé em fotografia de meados da década de 1950, destaque para as torres da catedral ainda em construção
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d4rkvoid · 6 months ago
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Livraria Saraiva (fechada permanente)
Praça da Sé, Sé - SP - Brasil
24/08/24
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nekobernardo · 2 years ago
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RM-1067
f/2,0 • 1/1 • 3,78mm • ISO64
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viagem-pelo-brasil · 10 months ago
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Catedral Da Sé, Praça da Sé, São Paulo, Brasil
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📍 São Paulo, Brazil 💛💚🇧🇷
📸 @queopsmiranda
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sealedintime · 3 months ago
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Praça da Sé. Hildegard Rosenthal São Paulo, 1940s
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scavengedluxury · 7 months ago
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Praça da Sé, Sao Paulo, 1936. From the Budapest Municipal Photography Company archive.
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amor-barato · 14 days ago
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23 de fevereiro de 1996. Centro velho de São Pau-lo. Calor. Sol. Não ia chover. Ela me fez vestir um dos ternos que eu tinha herdado dele e que estão comigo até hoje. Pegamos o metrô para descer na praça da Sé. Adorávamos andar de metrô. Caminhamos até o cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais — Iº Subdistrito da Sé. Os funcionários estavam assustados com a quantidade de fotógrafos e cinegrafistas. Era um momento sublime. Mal sabiam que se fazia história naquela repartição abafada.
Um cordão da imprensa respeitou a nossa passa-gem. A escrevente substituta Cibeli da Silva Bortolotto nos entregou, com as mãos trêmulas e um sorriso forçado, o atestado:
Certifico que, em 23 de fevereiro de 1996, foi feito o registro de óbito de Rubens Beyrodt Paiva. Profissão, engenheiro civil. Estado civil, casado. Natural de Santos, neste Es-tado. Nascido em 26 de dezembro de 1929. Observações:
Registro de Óbito lavrado nos termos do Artigo 3ª da Lei 9140 de 4 de dezembro de 1995.
Meu pai, um dos homens mais simpáticos e risonhos que Callado conheceu, morria por decreto, graças à Lei dos Desaparecidos, vinte e cinco anos depois de ter morrido por tortura.
Na calçada, avistávamos a baixada, o parque Dom Pedro (o que restou dele), o Brás, bairro em que ela nasceu (o que restou dele). Ela ergueu o atestado de óbito para a imprensa, como um troféu. Foi naquele momento que descobri: ali estava a verdadeira heroína da família; sobre ela que nós, escritores, deveríamos escrever.
Marcelo Rubens Paiva, in: Ainda Estou Aqui
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maryflorlovyblog · 1 year ago
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Catedral Praça da Sé, marco de São Paulo. 🇧🇷
Praça da Sé Cathedral, landmark of São Paulo. 🇧🇷 🇧🇷
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fragmentosdebelem · 2 months ago
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Belém, 1969-d.1970 / Acervo Jorge Bodanzky no IMS
24 imagens de Belém registradas pelo cineasta Jorge Bodanzky nos preparativos para as filmagens do filme 'Iracema, uma transa amazônica'. Não há um indicativo preciso da data das imagens, entretanto, as filmagens ocorreram entre 1969 e 1970***.
Aparecem nas imagens: av. Magalhães Barata, av. Portugal, bairro da Campina, Doca do Ver-o-Peso, Feira do Açaí, Forte do Castelo, Igreja da Sé, Mercado de Ferro, Porto do Sal, Praça Visconde do Rio Branco, Praça do Relógio, r. Pe. Champagnat, Theatro da Paz e Ver-o-Peso
*** (em 10/01/25) Diferentemente do que foi escrito, não se trata dos preparativos para o filme Iracema, o qual foi rodado em 1974. As imagens foram feitas por Bodanzky ao passar por Belém quando trabalhava como fotógrafo freelancer para a Revista Realidade em 1968, conforme depoimento para o site Vice:
"Em 1968 estava parada em um posto de gasolina na rodovia Belém-Brasília uma dupla de freelances da revista Realidade. Dividiam o espaço com eles alguns motoristas de caminhão e jovens prostitutas, negociando sexo e caronas. O repórter estava no posto apurando informações duma pauta que hoje já foge um pouco da memória do fotógrafo e cineasta Jorge Bodanzky – 'Me lembro que tinha algo a ver com dinheiro falso'. Naquele dia sua atenção estava fixada na interação entre os choferes e as jovens garotas. 'Achei aquilo interessante e pensei em contar a história da Transamazônica através desses dois personagens'. Apesar de nunca ter feito um filme antes, esse se tornaria o enredo de seu primeiro filme e um dos clássicos do cinema documental".
Há mais uma imagem de Belém que faz parte do acervo de Bodanzky - agora depositado no IMS - que não apareceu no banco de dados do Instituto (com a chave de busca 'Belém'), mas em uma das páginas do site da Revista ZUM:
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Note-se que se trata do mesmo ponto de vista (observar taxímetro no canto direito) que aparece na primeira imagem da série, na Av. Magalhães Barata com tv. 9 de Janeiro.
Aqui foi tomada a imagem do início da rua Manoel Barata; ao fundo se vê a Igreja de Santana. O casario ladrilhado do lado esquerdo foi parcialmente demolido (para estacionamento), restando as últimas três janelas. Adiante se vê uma placa comercial onde se pode ler "SANSÃO". O Guia de Telefones de Belém de 1965 confirma que ali havia a Sapataria Sansão. Do lado esquerdo, a parte superior das duas casas ainda permanece idêntica à foto, o piso inferior de ambas foi modificado para comércio.
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musicshooterspt · 2 years ago
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#QueroMaisMusicaPortuguesa
Depois da quota obrigatória de 30% de música portuguesa nas rádios ser abandonada pelo ministro da Cultura, surge o movimento #QueroMaisMusicaPortuguesa. Este movimento conta com uma petição com mais de 2,000 assinaturas e o apoio de inúmeros artistas portugueses como Rui Veloso, Luísa Sobral, Luís Represas, entre outros.
Podem perceber melhor sobre este movimento com este vídeo do Expresso:
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Alegando que “não há produção suficiente de música portuguesa para assegurar estes valores”, o presidente da Associação Portuguesa de Radiodifusão também se apresentou contra o aumento da quota.
Hoje deixamos algumas sugestões de música portuguesa, provando que existe muita e boa música no nosso país, que pode satisfazer todos os gostos.
Para fãs de thrash metal apresentamos os promissores Warout com a recente Addicted to Violence, uma bomba ao vivo! (Data de lançamento: 6 de Janeiro, 2023)
Os transmontanos Whales Don’t Fly, no género do Metal, iniciaram em 2018 e lançaram o primeiro álbum em 2022. Uma viagem que vale a pena fazer, do início ao fim (Data de Lançamento: 6 de Fevereiro, 2022)
Também de raízes transmontanas, os Soul Despair são uma banda promissora no MetalCore. (Data de Lançamento: 14 de Abril, 2023)
Outras bandas dentro do género que vale a pena ouvir: Seventh Storm, Jarda, Toxikull, Ledderplain, Moonspell, Tara Perdida, Apotheus
Vamos dar uma voltinha até ao rock, com os mirandelenses Dan’s Revival, que remetem para o rock dos anos 60. (Ano de Lançamento: 2019)
No folk rock temos os brigantinos Yvette Band com o novo álbum Co[N]tradição.
(Desculpem, isto está a tornar-se uma ode a Trás-os-Montes)
Os Diabo na Cruz, que continuam a deixar saudade.
No indie rock não podemos deixar de mencionar os já conhecidos Capitão Fausto e Ornatos Violeta
No pop rock/ punk rock os Baleia Baleia Baleia continuam a dar cartas com o álbum Suicídio Comercial lançado em 2022, considerado um dos melhores do ano.
No rock alternativo, Persona 77 lançaram o mais recente EP em 2022.
Paraguaii, First Breath After Coma, The Miami Flu, The Poppers, Fugly, Grandfathers House, Bed Legs tudo nomes de bom rock indie português
Os portuenses Jupiter lançaram hoje (14 de abril, 2023), Diamante em Bruto, um estilo funk/groovy “à moda do Porto”
No campo instrumental, já conhecemos Homem em Catarse
Os tops nacionais não mentem com vários artistas portugueses na lista, demonstrando que o público português gosta da música que por cá se faz:
Bárbara Bandeira, Carolina Deslandes, Diogo Piçarra, Slow J, Bárbara Tinoco, D.A.M.A., Miguel Araújo, António Zambujo, são apenas alguns nomes que estão uma e outra vez entre os mais ouvidos no nosso país
Lo-fi beats? Também temos
Com raízes no R&B, Lo-fi e rock, os vimaranenses The Midnight Spot surgiram há alguns anos e finalmente lançaram dois singles em 2021. Fica aqui um deles.
Chegamos finalmente ao rap e hip hop, com nomes como Sam the Kid, Plutónio, Wet Bed Gang, Boss AC, Da Weasel que são já parte do nosso vocabulário.
Bezegol, que dispensa apresentações e rótulos (esta com Rui Veloso, que dispensa ainda menos de apresentações) - Aqui
Não esquecendo a música popular, que não é só pimba, deixamos algumas sugestões engraçadas para fazer um bailarico à moda portuguesa.
Canedo // Galandum Galundaina
Quem nunca dançou esta música de braço com um amigo que atire a primeira pedra.
Ainda há muitos portugueses que acreditam não gostar de música nacional porque “não gosto de pimba”. Temos que deixar umas palavras de agradecimento ao pimba, mesmo assim, por todas as festas da terrinha, todos os finos derramados, os sorrisos rasgados e a certeza de que cada verão português vai deixar saudade até ao próximo.
O fado, é obviamente, um dos géneros mais característico do nosso país, apesar de não ser o favorito de toda a gente. Mesmo assim vale a pena ir a uma casa de fados e apoiar a nossa economia local, ou ir à Monumental Serenata em Coimbra chorar com os amigos.
Povo que lavas no rio // Amália Rodrigues
Canção do Mar // Dulce Pontes
Além de vários outros artistas aqui não mencionados (tentámos dar palco aos menos conhecidos, não querendo esquecer os nomes de renome no país), se esta lista ainda não te foi suficiente para despertar a curiosidade (esperamos que não), podes ouvir mais música portuguesa aqui:
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saopauloantiga · 3 months ago
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Em 1972 foi instalado uma exposição chamada "Conheça o Metrô" na Praça da Sé para apresentar o novo modal da cidade para a população.
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d4rkvoid · 10 months ago
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Marco zero de São Paulo
Praça da Sé. Sé - São Paulo, Brasil
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ursocongelado · 2 years ago
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ESTADÃO/ALIÁSDiegoEscrever é dar banho no mendigo que mora dentro de vocêCom uma Samsonite verde cheia de roupas, contos e poemas, elesobreviveu ao fim de um loucoromance, ao crack e à solidão
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Em São Paulo, a solidão é um miúdo de galinha esquecido no canto do freezer, mas também é um escritor de ressaca esperando no lobby de um hotel em Higienópolis. Check-out ao meio-dia é criminoso – principalmente quando o sujeito em questão foi dormir às 6h da manhã, depois de enfrentar um sarau de poesia e uma festa de black music na Vila Madalena. Quase um Mick Jagger em turnê. I can't get no satisfaction. Oh, no, no, no.
Diego Moraes, 33 anos, escreveu certa vez que o sonho dele era casar com uma jornalista do Estadão. Dançou. Não desta vez, mano. Agora é curar a noitada com soda limonada, subir no carro da reportagem e encontrar uma velha conhecida: a Praça da Sé. Marco zero da cidade. Lugar em que o hoje promissor escriba, a aposta mais garantida da temporada, já pediu esmolas e comida. A rua é um poeta lido em voz alta. Assim, desmistificado, o artista fala por meio da sua própria obra, misturando versos com respostas cruas, lirismo coado por uma ordinária conversa de bar.
E vai ser o quê, Diego? Vamos contar a história do herói redimido ou do anjo vingador? Ele ainda não tem certeza, mas fala de um insight quando estava no metrô, com os pés para além da faixa amarela de segurança, e o trem foi se aproximando da estação assim como uma vontade atrevida de se atirar. Imagina que lindo? Aquele barulho do metal. O choque do cidadão comum. O transtorno. O poeta que morou na rua se vingando da Cidade, ferrando com o dia de todo mundo. O corpo estraçalhado nos trilhos. O sangue. E pairando sobre tudo isso, no alto, uma placa onde estivesse escrito: CONSOLAÇÃO. O começo de uma lenda.
Respira. Lenda nenhuma. Morrer agora seria uma piada ruim. Vou morrer com uns 80 anos. Poeta bom é poeta morto. Não, não. Tá errado isso. Poeta bom é poeta gordo. Justo agora que as coisas começaram a acontecer, que uma editora importante acena com uma possibilidade de contrato, que tem livro novo pra sair, que umas meninas estão dando mole e uma graninha decente pode pingar. Escrevo para tirar meu nome do Serasa. 80% dos leitores do Dostoiévski estão com nome no Serasa.
Diego passa pelos pastores, pedintes, engraxates e malucos da Sé. Reencontra velhos personagens de Pedro Juan Gutiérrez, John Fante, Charles Bukowski e Plínio Marcos. Quantas vezes eu deitei nessa escadaria da Catedral usando minha mala Samsonite verde como travesseiro e consolo. Dormia pesado. Nunca sonhei. Só paranoia e medo de ser queimado. Na época, tinha esse lance de uns playboys queimando moradores de rua...
Um pouco antes dessa época, Diego morava em Manaus com os pais. Estudou até a sexta série e completou sua formação com um supletivo. Também ajudava o pai em uma gráfica e fazia pequenos bicos. Na adolescência, assistia muito à Sessão da Tarde e amava os filmes do Stallone. Foi vendo Rock, Rambo e Cobra que eu peguei gosto por frases, foi o começo da minha inclinação literária. Quando o Stallone diz (em Cobra) que “você é um cocô... e eu vou matar você” isso é poesia. Millôr e Nelson Rodrigues apareceram um pouco depois.
Em Manaus, conheceu uma garota em um bar/sorveteria. Uma Nina que não tem esse nome. Nina é um nome de literatura. Branquinha, olhos azuis e sardas. A mulher mais linda da cidade. Foi Nina quem ele beijou uma vez. Foi Nina que ele namorou. Foi Nina que inventou que queria uma vida nova em Barcelona. São Paulo seria apenas uma ponte. Só uma ponte, hahaha.
Quem tinha grana era a Nina. Foi ela quem vendeu o carro para bancar a viagem. Foi dela o plano de casar em São Paulo e depois partir para a Espanha. Eu ia para ser chapeiro, ter um subemprego qualquer. Quando o cara está apaixonado faz muita merda. A mãe do Diego foi contra. Não gostava da garota, dizia que aquilo não ia terminar bem, que ele iria se arrepender, jogar a vida fora, que... Tarde demais. Em março de 2003, Diego e Nina desembarcaram em São Paulo. Com ele, uma Samsonite verde cheia de roupas e contos.
Tinha um mundo inteiro aqui nessa cidade. Uma solidão do tamanho de Saturno para ser apreendida e absorvida. Foram morar na Aclimação. Descobriram o yakissoba da Liberdade, os botecos em que desconhecidos não se conversam e o crack. Não tão rápido assim, calma. Primeiro, ela queria um comprimido de êxtase. Fui atrás e me deram um placebo. Depois, corri atrás de pasta de cocaína. Pasta de cocaína? Me disseram para experimentar o crack.
Experimentaram. O crack bateu. Doce. Um vício instantâneo. Mais rápido que Miojo. Paranoia. Morte. Não tão rápido. Play it again. Eles ainda tinham Barcelona. O plano: se casar e bye, bye, Brasil. Só que o inconsciente cria suas próprias regras e armadilhas. Eu esqueci a minha certidão de nascimento em Manaus. Sem ela, não conseguiria me casar.
Nina virou o bicho, como alguém pode esquecer uma certidão de nascimento? Ela disse coisas pesadas, falou que ele tinha feito de propósito, que ele era um zero, um mané e outros petardos. O ar na casa foi ficando irrespirável. Muita droga. Muito crack. E a grana que ela tinha para se estabelecer em Barcelona já estava no fim. Diego foi expulso de casa. Pegou a Samsonite verde (com roupas e contos) e se mandou. No amor, a gente é sempre meio Keith Richards e Chimbinha.
Diego diz que foi andando da Aclimação para a Praça da Sé puxando a Samsonite guerreira. Escolhi a Sé porque me disseram que lá davam sopa e pão com queijo. Não queria ligar pra casa. Orgulho. Sei lá. Não queria assumir o fracasso. Fui pra rua e fui ficando.
Na rua, revirava lixo, bebia muito e passava fome... mas nunca roubou. Tinha medo. Por outro lado, nunca foi assaltado, nunca sofreu nenhum tipo de violência. Acho que essa São Paulo violenta só existe no programa do Datena. Conversava muito com os pregadores religiosos da Sé. Não encontrou Jesus. Ou talvez tenha encontrado Jesus por acaso, rapidamente, sem prestar muita atenção, sem dar muito papo. Quando você descobre que Deus é ironia, sua dor vira piada. 
No frio, tinha duas opções: Corote ou albergue. Corote é o amuleto de quase todo vagabundo, uma cachaça que vem em uma garrafinha de plástico, que custa uns R$ 2 e que ajuda a disfarçar a fome e o frio. Mas, às vezes, o frio não pode ser derrotado. Daí, era a vez do albergue. Tinha que chegar antes das 17h. Pegar uma fila e torcer pra ter uma cama e sopa. No albergue, não tinha conversa. Cada um na sua. E dormia-se de olho aberto.
Diego começou a sofrer com abstinência de crack. E, principalmente, falta de comida. A fome dói. Não é uma dor espiritual. É uma dor física mesmo. Emagreci quase 30 quilos. Ia morrer. Nesse ponto, desisti. Liguei pra casa. Mãe, preciso de ajuda. Quando abraçou a mãe no aeroporto de Manaus, chorou. Eu estava salvo.
Salvo – e com a Samsonite verde. Dentro dela, seus contos. Os escritos que renderam o seu primeiro livro A Fotografia do Meu Antigo Amor Dançando Tango. Rodado na gráfica do pai. Esgotado. A publicação foi elogiada, embora algumas pessoas tenham pescado um certo sexismo em seus textos. Nunca agredi uma mulher. O cara que bate em mulher taca fogo no lugar onde podia morar. Destrói o leito onde podia repousar.
Uma vez, saiu na mão com um cara que disse que ele imitava o Bukowski. O mundo não precisa de outro Bukowski. Chega! Diego sabe disso. Ama o Bukowski, mas está mais para o lírico do que para o maldito. Ou um maldito lírico. Porrada em que fizer essa acusação. Ou em quem imitar o velho Bukowski.
A carreira foi ganhando corpo no mundo virtual. Com blogs, postes no Facebook, aforismos e polêmicas, a mitologia ao redor de Diego foi crescendo. Escrever esperando likes no Facebook é mais triste que pedir esmolas na rua. Sua autoficção chamou atenção das editoras. Com intervalos curtos, escrevendo muito, publicou na sequência A Solidão É um Deus Bêbado Dando Ré num Trator (Ed. Bartlebee); Um Bar Fecha dentro da Gente (Ed. Douda Correria); Eu Já Fui Aquele Cara que Comprava Vinte Fichas e Falava Eu Te Amo no Orelhão (Ed. Corsário-satã), Meu Coração É um Bar Vazio Tocando Belchior (Ed. Penalux) e um romance, ainda sem título, que já está apalavrado com uma grande editora.
Um relativo sucesso já pode ser sentido em Manaus. Lá, eu sou um Cazuza chegando em um bar do Leblon no sábado à noite.
O escritor Milton Hatoum, nascido em Manaus, leu apenas um poema de Diego, mas gostou do que viu. “Tem um ritmo de prosa, uma coisa que passa longe do regionalismo. É elaborado e tem muitas influências da cultura pop. O mais importante é que a crítica comece a olhar para uma produção que está acontecendo fora de São Paulo e do Rio.”
Em São Paulo, Diego voltou a desembarcar em novembro do ano passado, convidado para participar da Balada Literária, organizada pelo escritor Marcelino Freire. “Diego é um verdadeiro poeta. Um escritor único. Desses raros de aparecer. Porque tem verdade. Tem raiva lírica. Não tem pompas na língua. Nem papas no juízo. Leio um livro dele e sou capaz de colecionar versos, ativos, demolidores. Não gosto de parágrafos engomados. De literatura que veste gravata. Diego é inteiro e visceral no que faz. Veio para desconcertar. Como toda boa literatura deve ser: um motim. Uma fuga da mesmice. Avante, para o abismo”, garante Freire.
Parece a história do herói redimido, não é? Agora, ele volta para São Paulo, já tem leitores (que se deslocam de outras cidades para ouvir os poemas dele, na voz dele) e convites para frequentar os eventos “do meio”. Se está feliz? Não. É contra. Diz que a felicidade nunca escreveu um verso que preste. Tem raiva de poesia de autoajuda, de literatura cheia de bons propósitos e da necessidade de alguns autores de ‘passar uma mensagem’. Se quiser continuar escrevendo, vai permanecer flertando com a infelicidade.
E o amor? O amor é um erro lírico. Acreditam que o poeta sofre por amor. Eu só sofro quando acaba o conhaque. O resto é dor inventada. Diego não quer se apaixonar, diz não conseguir mais, que prefere a solidão, que é mais inspirador, e que já esqueceu a menina que ele batizou de Nina. Não quer saber mais da anestesia conjugal.
Mas ainda pode ser que ele seja o tal do anjo vingador, não é? Fica puto com a cidade que vende cerveja por R$ 12, que tem leitor dizendo que vai comprar o livro dele “só para ajudar” e escritores que se comportam como se estivessem no programa do Amaury Jr. Nunca dê as costas para um escritor em busca de fama. Aqui, ainda não se sentiu acariciado pelo sistema nem frequenta a Mercearia São Pedro (point dos escritores de São Paulo). Últimas notícias: poeta aparece com dinheiro em bar e surpreende fãs e leitores. Na cidade, ele é mais da turma do Mário Bortolotto, Marcelo Mirisola e do Marcelino Freire.
Literatura é um treco instável. Hoje você é o bacana do pedaço; amanhã, sabe-se lá. As melhores coisas da gente foram escritas para alegrar gavetas cheias de baratinhas que roem sonhos. Mas se tudo der errado, Diego tem um plano. Vai levar o hot-dog prensado para Manaus e ficar rico de verdade. Hot-dog prensado dá mais dinheiro do que poesia – e isso é uma coisa que não se discute.
No fim, olha lá ele sentado na escadaria da Sé, de novo. A sarjeta é Fiel. Não demonstra nenhuma emoção especial. Já colocou tudo no papel, já transformou o bagaço em literatura. Mas quanto da história dele é inventada? O que ainda não foi coado pela fantasia? Diego diz que passou por tudo isso em São Paulo, que o que escreve é feito de sangue e realidade. Mas nunca mentiu? Menti uma vez quando disse que saí com uma vencedora do prêmio Jabuti.
Pois é, quem abraça o mundo com muita força vira poeta ou perde os braços. Parece que o Diego quer as duas coisas, ser poeta e perder os braços. Dessa vez, foi só uma visita. Na próxima, pode ser que São Paulo tenha um novo escritor residente. O cavalo é um poeta que escreveu um troço bonito e saiu galopando. E assim, galopando, Diego voltou pra casa.
Por Gilberto Amendola - jornal O Estado de S. Paulo 23/01/2016 | 17h00
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radiosaltcover · 1 year ago
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Houveram algumas épocas da minha vida em que tiveram canções sobrando... Esta, de 1997, é uma delas, que começou a ter uma letra em inglês que eu nunca consegui terminar - e o EKKA nem existia na época real. E eu estava em uma fase country, talvez por causa de Garth Brooks, que estava tocando nas rádios na época. Ahã, muito country, o cara que morava na esquina da Brigadeiro com a 13 de maio, a 2 km da Praça da Sé... E som na caixa, Mané! (Letra em inglês, como assim? Eu tive essa neura uma época, mas mesmo hoje não tenho vocabulário suficiente para isso. Inclusive, tem uma música já postada aqui, "The Circus of Impossible", que eu consegui fechar em inglês, mas a letra em português ficou mil vezes melhor!...) * Caramba, são 2km realmente, achava que era muito mais. E a 700m da Av. Paulista. É a famosa reta final da São Silvestre.
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Passeio por Vila Real
Passeio a pé pela cidade de Vila Real (Km 64 da Estrada Nacional 2), passando por alguns dos principais pontos de interesse da cidade: as igrejas do Calvário e de São Pedro, a longa Av. Carvalho Araújo com a sua bela praça central e a inevitável Sé Catedral, a Casa de Diogo Cão e por fim o Miradouro da Vila Velha que nos dá uma vista fantástica sobre o rio Corgo. Encontre um Alojamento em Vila…
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pacosemnoticias · 8 days ago
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Porto discute criação de serviço de guarda-noturno em 13 zonas
O executivo da Câmara do Porto discute na segunda-feira a criação do serviço de guarda-noturno, que será distribuído por 13 áreas nas juntas de freguesia de Ramalde, Lordelo do Ouro e Massarelos e Foz do Douro.
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"A criação do serviço de guarda-noturno e a fixação da sua área de atuação são da competência da câmara municipal", afirma na proposta, a que a Lusa teve hoje acesso, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.
No documento, o autarca independente esclarece que as freguesias de Ramalde, Lordelo do Ouro e Massarelos e Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde solicitaram ao município a criação deste serviço, após requerimentos apresentados por moradores e associações.
"A pertinência dos requerimentos e solicitações remetidas ao município do Porto determinou a realização de uma avaliação mais ampla quanto à criação do serviço de guarda-noturno", assinala Rui Moreira.
Este serviço permitirá "não só a proteção da propriedade dos moradores com os quais tenha uma relação contratual, mas também a dissuasão de crimes e atos de vandalismo na via pública".
Segundo Rui Moreira, a Associação Nacional de Guardas-Noturnos "manifestou o seu regozijo pelo ressurgimento e rejuvenescimento" do serviço, tendo-se predisposto a colaborar com o município no processo de recrutamento, seleção e formação dos guardas.
A constituição das 13 áreas teve por base um grupo de trabalho, do qual fizeram parte a Polícia Municipal do Porto, os presidentes das juntas e as respetivas associações de moradores.
Na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos foram constituídas sete áreas de atuação, que abrangem, entre outras, ruas nas zonas de Bessa Leite, Boavista, Agramonte, Campo Alegre e Marechal Gomes da Costa.
Já na União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde foram constituídas duas áreas de atuação, que contemplam artérias como a Rua do Molhe e Avenida do Brasil.
A freguesia de Ramalde contempla quatro áreas de atuação, que abrangem zonas como a Boavista, Pinheiro Manso, Campinas e Requesende.
A definição destas contou com o parecer positivo do Comando Metropolitano do Porto da PSP.
"O serviço de guarda-noturno constitui um complemento à ação das forças de segurança através do patrulhamento e vigilância ativa nas respetivas áreas de atuação, com o objetivo de dissuadir e prevenir a prática de crimes, de ações de vandalismo contra o património público e privado, contribuindo, desta forma, para o aumento do sentimento de segurança das populações", acrescenta Rui Moreira.
Em julho de 2022, Rui Moreira reforçou a necessidade de os municípios poderem garantir os vencimentos dos guardas-noturnos, defendendo que esta seria uma área a descentralizar.
A Câmara do Porto aprovou em maio de 2021, por unanimidade, a criação do serviço de guarda-noturno na freguesia de Ramalde (Bairro da Vilarinha, Rua de São João de Brito e envolvente) e freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos (Bairro dos Músicos, Bairro Marechal Gomes da Costa, Fluvial, Rua do Ouro e Arrábida, Bairro de Guerra Junqueiro).
Já nas freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória -- centro histórico -, a maioria propôs a atuação na Rua de Cedofeita e envolvente, Praça de Carlos Alberto e zona da Movida, Rua de Gonçalo Cristóvão, Rua de Faria Guimarães e envolvente, Praça dos Poveiros, S. Bento, Rua Sá da Bandeira e envolvente, e Rua das Flores, Ribeira e Miragaia.
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