#poeta proibido
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: 3some, swann!namoradinho, enzo!fotógrafo, fetiche por foto como chama não sei, bebida alcoólica, cigarro (não fumem!), dirty talk (elogios, dumbification e degradação tudo junto) oral e masturbação fem, tapinhas, masturbação masc, sexo sem proteção (proibido entre as sócias desse blog). Termos em francês ou espanhol — petit poète (pequeno poeta), merci (obrigada), pour la muse (para a musa), Sé que más tarde suplicarás por mí, nena, tan lejos que tu gringo no oye (sei que vai implorar por mim mais tarde, nena, tão longe que o seu gringo não ouve), Eres una perra, lo sé (você é uma cadela, eu sei)⁞ ♡ ̆̈ ꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ colidindo dois mundos diferentes das girls ─ Ꮺ !
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VOCÊ NUNCA DUVIDOU DO TALENTO DE ENZO nem por um segundo. Aqui, finalmente apreciando a exposição, seus olhos se enchem ao ver o resultado de tantas horas frente às lentes dele naquele estúdio. Se vê maravilhada com a perspectiva artística do uruguaio, na forma sensível com que te captou. Os seus pezinhos no chão de madeira do apartamento dele. Os seus joelhos manchados de tinta esgueirando por baixo da barra do vestido. O seu olhar perdido, sentada na otomana vintage ao piano, os fios de cabelo bagunçados, na sala da sua casa mesmo. É de uma satisfação enorme se enxergar pelos olhos dele quando a visão é fascinante o suficiente pra beijar o seu ego. É como ler poesia, e não ser o poeta enfim, mas o poema.
“Para o nosso petit poète!”, Swann saúda, servindo a taça do Vogrincic. Champanhe escorre pela garrafa de marca chique, recém-aberta. Já é a segunda rodada de espumante e comemorações, se contar o festejo de taças e elogios cordiais durante a exibição mais cedo. Agora, um pouco mais intimista, só vocês três no conforto da decoração boho maximalista da casa. Merci, Enzo arrisca na língua local, espalmando a mão no peito, por cima da camisa social, e com aquele olhar agradecido. “Pour la muse”, Swann te serve, com um sorriso, e você faz charme, balançando os ombros.
A garrafa retorna para o balde com gelo. O francês puxa do bolso do blazer o maço de cigarro e saca um, guardando o resto. Risca o isqueiro, acende. Depois do primeiro trago, prossegue, “Foi um sucesso. Definitivamente.”, embora o artista latino pareça mais humilde. “Amanhã você vai estar no Le Monde, no Le Parisien, todos os jornais… Todos aqueles críticos de nariz empinadinho pareciam maravilhados.”
Enzo faz que não, com certeza ainda incrédulo após um dia inteirinho nas nuvens. “Obrigada pela oportunidade, é a minha primeira exposição assim, numa galeria fora do Uruguai”, explica, “e mostrar o meu trabalho junto com artistas incríveis é… Uma honra. De verdade.”, os olhinhos castanhos brilham.
Swann não quer levar as flores sozinho, te oferece um olhar de canto de olho, “Tem é que agradecer a ela”, lembra, “está apaixonada pelas suas lentes.”
O uruguaio te mira com doçura, “claro”, diz. Pega na sua mão, trazendo à meia altura, “não poderia deixar de agradecer à minha musa”, e beija, “a maior arte dessa noite era você, nena.”
Você se exibe mais diante o elogio, pomposa. Já sente as bochechas queimando de tanto sorrisos fáceis, tanto regozijo, mas mantém a pose de diva, o que não falha em fazê-los rir. “Sempre quis ser musa”, conta, ajeitando os cabelos, de queixo erguido, “quando eu conheci o Swann, ele já estava trabalhando na galeria, não pintava mais”, os beicinhos crispam, numa adorável tristeza teatral, “ainda bem que a sua câmera me encontrou, Enzo.”
“Impossível não te encontrar quando se destaca tanto”, o tom dele se torna ainda mais terno, “não precisei de muito esforço, só tive olhos pra ti desde o começo”. Leva a taça à boca, prova um gole, “Acho que morreria de ciúmes se você fosse minha”, os dedos correm pelos lábios recolhendo a umidade, enquanto os olhos retornam para a figura grisalha no ambiente.
Não, ele não sente ciúmes, é você que rebate primeiro, com bom humor, ele é francês. Swann ri, sopra a fumaça na direção do quintal, a porta de vidro aberta. Descansa o braço nos seus ombros, “E não posso ser tão egoísta ao ponto de ficar com uma obra-prima dessa só pra mim, não é?”
Você toma nos dedos o cigarro da boca dele, oui, mon amour, e traga. Enzo te observa puxando a fumaça, o seu batom vermelho marcando o pito. Nota, também, a maneira com que o Arlaud te contempla — os olhos azuis banhados a afeto, cintilantes. Tão rendido, tão vassalo. Não o julga, entretanto. Enquanto te eternizava nas imagens, com certeza deve ter te mirado com a mesma significância.
“Não acha, Enzo?”, o eco da voz caramelada do outro homem desperta o fotógrafo, ao que murmura hm?, molhando a garganta mais uma vez para escutá-lo. “Quer dizer, olha só pra ela… me apaixonei na primeira vez em que a vi”, Swann confessa. Vai chegando com o rosto mais perto de ti, revelando, “...tão bonita, saindo do mar. Pele salgada. Parecia o nascimento de Vênus, ali na minha frente”, até recostar a ponta do nariz na sua bochecha, rindo quando você ri também, vaidosa. “Não dá vontade de beijá-la?”, a pergunta tem ouvinte certo. Os olhos claros voltando-se para os castanhos. “Eu sei que teve vontade de beijá-la em algum momento durante as sessões. Não precisa mentir.”
Em outro momento, talvez com pessoas diferentes, Enzo não se sentiria tão à vontade feito está agora. É que a energia entre vocês três é singular, entenda. Desde o primeiro momento que conheceu o uruguaio, a sua atração física e pelo cérebro de artista dele foi perceptível — além de mútua. E Swann, ele é francês, e são um casal que foge o tradicional, que experimentam. Não é uma ameaça pra ele saber que um homem te deseja. Na verdade, dá ainda mais tesão.
Enzo pega o cigarro dentre os seus dedos, leva à própria boca. Traga. A fumaça escapa, nubla a face de traços fortes de uma forma cativante, quase que sensual. “É”, admite em voz alta, “tive vontade de beijá-la… tocá-la… diversas vezes desde que a conheci”, está com o foco das íris castanhas nos seus lábios, “aliás, tô sentindo agora.”
O sorrisinho de satisfação estampado na sua cara é inevitável.
Swann recolhe o pito de volta para si, das mãos de um latino totalmente indiferente ao tabaco, preso à sua figura. Enquanto traga, a voz do francês soa como um demoniozinho nos ombros do outro homem, encorajando, então, beija, como se a solução fosse a mais simplória do mundo.
O Vogrincic assiste a sua mão espalmar no peito dele; os anéis dourados, as unhas num tom terroso. Você mergulha os dedos entre os botões defeitos da camisa social dele para capturar pingente da correntinha. O olha. Aquela carinha de quem tá querendo muito ser tomada nos braços, devorada. Uma ânsia à qual ele não te nega.
Pega na sua nuca, a palma quente conquistando espaço. Firme. Fica mais fácil te conduzir para mais perto, trazer o seu corpo pra colar no dele. Encaixar, invadir, sorver. Sente o gosto do espumante, o pontinho amargo do cigarro na sua língua. Um ósculo intenso, diferente do que está acostumada. É puramente carnal, desejoso. Parece que quer te engolir, verga a sua coluna um bocadinho, sobrepondo o próprio corpo por cima. Estalado, e profundo. Cheio de apetite. A taça por pouco não cai dos seus dedos.
Quando se aparta, é porque o peito queima de vontade de respirar. Ofegam, ambos. A visão dos lábios dele até inchadinhos, avermelhados pelo seu batom, é alucinante. O uruguaio nem se dá ao trabalho de limpar as manchinhas rubras, como quem sabe que a bagunça ainda vai ser maior.
Swann apanha a taça da sua mão para entornar um gole. Ri, soprado. Bom, não é? A pergunta faz o Vogrincic se perder, outra vez, no deslumbre da sua figura. Um olhar de fome, daqueles que precedem o próximo bote. Vê o francês estalar um beijo na sua bochecha, bem humorado, e depois ir descendo pelo seu pescoço. A forma com que segura na sua nuca, guia a sua boca até a dele. Faz o uruguaio sentir um tiquinho de ciúmes, sabe? Mesmo que tenha plena consciência de que não teria justificativas pra esse tipo de sentimento. Já era de se esperar um nível aflorado de intimidade entre você e o seu homem. O roçar da pontinha dos narizes, o mordiscar implicante que ele deixa nos seus lábios, rindo, feito um menino apaixonado, não deveria surpreender o fotógrafo. Mas surpreende. Instiga. Esquenta.
Enzo traga o pito pela última vez antes de se apressar pra apagá-lo no cinzeiro da mesinha de centro e soprar a fumaça no ar. Ávido, as mãos viajando em direção ao seu corpo — uma firme na sua cintura, e a outra ameaçando tomar o posto na nuca. Swann o interrompe, um toque contendo o ombro e a proximidade de um certo latino com muita sede ao pote. “Aprecia, mas não se acostuma”, avisa, com um sorriso, “tem que tratá-la muito bem pra fazê-la te querer de novo.”
Enzo te olha, analisa. Parece que as palavras estão paradinhas na ponta da língua, porém as engole, prefere te beijar novamente, te tocar novamente. Afinco. Te domina, mostra soberania com o corpo pesando sobre o teu. Você cambaleia, abalada por tamanha intensidade, as costas se apoiam no peito do Arlaud.
Os beijos escorregam pelo seu pescoço, desenham o decote da sua blusa, por cima do tecido, descendo até a barriga. É crível que vai se ajoelhar, porém acaba tomando outro rumo, retornando com o foco pro seu rosto. “Vou deixar o seu homem te chupar”, diz, com uma marra tão palpável que um sorriso não deixa aparecer nos seus lábios, “porque eu sempre morri de vontade de saber como era meter em ti”, e oferece um olhar ao francês, “deixa a sua mulher molhadinha pra mim?”
Tipo, a construção da frase, a entonação, os trejeitos do uruguaio; tudo faz soar como uma provocação. E, de fato, é. Um homem como Enzo não sabe amar mais de uma vez e muito menos partilhar esse amor. Mas Swann leva tudo com o bom humor de sempre. Faz um aceno com a cabeça, ajeitando-te para que possa encará-lo. Aquele sorrisinho de dentes pequeninos que você tanto acha um charme. O assiste retirar o blazer, fazendo um suspensezinho, além de dar a entender que vai literalmente ‘colocar a mão na massa’. É engraçado como o seu corpo não abandona o estado de calmaria. Poderia estar com o coração acelerado, o sangue correndo nas veias, por diversos motivos, porém tem tanta certeza de que vai sentir prazer ao máximo que não anseia por acelerar nada.
Swann te conhece muito bem. Cada detalhezinho na sua pele, cada região erógena, cada fio de cabelo que nasce por mais fininho e imperceptível. É um artista que aperfeiçoa a sua arte — dedica tempo, esforço, e não se importa com a bagunça molhada ou com a língua dormente. Antes de se ajoelhar, pede, com ternura, “um beijinho?”, para selar a boca na sua, rapidinho. E afrouxa as mangas da blusa, uma das suas mãos apoiando-se na mesa enquanto a outra mergulha os dedos entre os fios grisalhos à medida que a cabeça dele está na altura da sua virilha. Te liberta da saia longa, da peça íntima, apoia aqui, colocando a sua perna pra repousar sobre o ombro dele.
Corre as mãos pelo interior das suas coxas, sem pressa. A boca deixa um chupãozinho no seu joelho, mordisca. É louco como ele sabe até o quão forte tem que ser o tapa na sua buceta pra te fazer vibrar e quase perder o equilíbrio. Sorri, sacana, calminha, meu bem, e ainda tem a pachorra de murmurar, é só um tapinha.
Você até cerra os olhos, prende o lábio inferior entre os dentes praticamente sem notar. O seu corpo se contorce sob o toque, é natural. Swann percorre o dedo de cima a baixo, se mela todinho na umidade que ali já tem, e não vai desistir até que exista muito mais.
Contorna o seu pontinho doce, te arrancando um suspiro dengoso. Leva o olhar pra ti, “vai gemer manhosinha pra ele ouvir, vai?”, quer saber, “Tem que manter a pose, divina. Não pode mostrar que derrete todinha nas minhas mãos”. Você apenas escuta a conversa suja, já perdida demais no deleite do carinho que recebe, e pior, na visão de acompanhar Enzo se sentando no sofá, com os botões da camisa social desfeitos, e a mão dentro da calça. Aham, é tudo que murmura, alheia. A carícia concentra no clitóris, o dedo circulando mais rápido, mais forte, que a onda de prazer te faz arrepiar dos pés à cabeça. Boquiaberta, por pouco sem babar pelo canto. Swann, você chama, manhosa, me chupa. E ele sorri mais, a língua beira nos dentes de baixo, brincando com a sua sanidade quando só mostra o que tem pra oferecer e demora a te dar o que quer.
Mas quando te mama, de fato, porra… Chega a ver estrelas, os olhinhos revirando. Ainda bem que aperta os fios dos cabelos dele nas palmas, pois, aí, tem algo pra descontar o nó delicioso que sente no ventre. Quer fechar as pernas, involuntária, no entanto o homem te mantém, faminto, sugando a carne inchadinha. Passa os dentes pelo seu monte de vênus, dois dedos nadando por entre as dobrinhas quentes, ensaiando, parece, até afundar lá dentro e fundo, fundo. Você chia, preenchida na hora certa, na medida certa, pra se sentir conquistada, excitada. Encara Enzo, pornográfica com as expressões faciais, como se quisesse instigar uma prévia do que ele vai provar posteriormente.
Os lábios de Swann até estalam, tudo tão ensopadinho que escutar a umidade do ato contribui ainda mais pro seu regozijo. O francês bate a palma da mão na sua bucetinha, esquenta a região, antes de voltar a chupar o seu pontinho. A língua dança pra cá e pra lá, também, tão rapidinha, habilidosa. Ai, você chega a sentir uma inquietação, balança os ombros, se contrai, espreguiça. Mas ele quer estar olhando nos seus olhos quando te fizer gozar, porque deixa só os dedos lá e ergue o queixo pra encontrar os seus olhos. As íris azuis brilham, um marzinho cheio e cintilante no qual é fácil querer se afogar. Os cabelos grisalhos estão bagunçadinhos, os lábios finos reluzindo de babadinhos. “Goza pra mim, meu amor”, a voz ecoa numa doçura tamanha, caramelada e derretida feito o seu doce preferido, “quero te beber, você é tão gostosa. Quero chupar você até não sobrar uma gotinha, hm? Vem pra mim, vem. Ver esse seu rostinho de choro quando goza, bobinha, docinha… Daria um quadro e tanto essa sua carinha de puta. Hm?”, e fica difícil resistir. Quer dizer, se entrega sem nem mesmo tentar resistir. É possuída pela ondinha elétrica que percorre seu corpo todinho, eriça os pelinhos e te faz gemer igualzinho uma puta.
Tremendo, frágil. Quanto mais a boca suga a buceta dolorida, mais você se contorce, mais choraminga. Os olhinhos até marejam, o peito queima, ofegante.
Quando satisfeito, o homem se põe de pé. Nem se dá ao trabalho pra limpar o rosto melado, sorrindo largo, mas sem mostrar os dentes. Você envolve o braço ao redor do pescoço dele, só pra se escorar enquanto recupera-se, os olhos ardendo sobre a figura do latino masturbando-se no sofá. “Vai lá nele”, Swann encoraja, tocando o canto do seu rosto. Beija a sua bochecha, ganha os seus lábios assim que você mesma vira a face pra alcançá-lo. A saliva misturando com o seu melzinho, um gostinho obsceno. A língua dele empurrando a sua, ao passo que o maldito sorriso canalha não abandona o rosto estrangeiro.
Ao caminhar sobre os próprios pés, dona de si outra vez, Enzo está com a mão erguida na sua direção. Os dedinhos inquietos até que possam apertar a sua coxa. Vou montar você, é o que diz, num fiozinho de voz, se acomodando sentadinha no colo do fotógrafo. Sustenta-se nos ombros masculinos, alinha-se pra engolir tudo — está babadinha o suficiente pra ser um deslize só.
O uruguaio suspira, completamente no seu interior, até o talo. Embaladinho lá, no calor divino, delirante. As mãos cravam nas suas nádegas, está pulsando dentro de ti, domado. “Acabou de tirar a buceta da boca dele pra vir sentar no meu pau…”, observa o seu rebolar lento, a maneira jeitosa com que se equilibra bem, não perde nem por um centímetro que seja, “jamais deixaria a minha garota sentar em outro pau senão o meu.”
Então, ainda bem que eu não sou sua, é o que você sussurra. Chega com o rosto perto do dele, a pontinha do nariz resvalando no nariz grande. Enzo aperta o olhar, mascara um sorrisinho. Você sente as unhas dele machucando nas suas nádegas, ele te encara com uma vontade louca de rancar pedaço. Daí, começa a quicar no colo dele, jogando a bunda pra cima no compasso ritmado. Pega nos cabelos negros que se somam, espessos, na nuca alheia, vai me avisar quando for gozar, ordena. É fria com as palavras, mas tentadora, carrega no tom um certo nível de erotismo, que parece deixar Swann orgulhoso, recostado na mesa. Não vou guardar a sua porra porque você não tá merecendo. E o Vogrincic ri na cara do perigo, cheio de si. Abusa da língua materna pra murmurar, “Sé que más tarde suplicarás por mí, nena, tan lejos que tu gringo no oye.”, porque sabe que o francês não vai nem sacar uma palavra que seja, mas você sim, “Não me engana. Eres una perra, lo sé.”
Você maltrata os fios dele entre a mão, como um sinal para que ele pare de falar em espanhol, soltando essas frases riscosas, sujas. Mas Enzo não te compra, não engole essa marra toda. “Faz o que quiser, musa”, fala só por falar, pois o outro escuta, quando quer dizer exatamente o contrário. A rebeldia te excita, faz acelerar os movimentos, torturá-lo com mais intensidade. Lê no jeitinho que ele retesa os músculos da coxa, no ar se prendendo nos pulmões que está logo na beirada, próximo de jorrar. Não o perdoa, não permite que o desejo mais lascivo dele se torne realidade hoje. Finaliza o homem nas palmas das suas mãos, ordenhando o pau duro, meladinho, até que a porra morna atinja as suas coxas, respingue na sua blusa.
Enzo respira com dificuldade, pela boca. Cerra os olhos com força, parece irritadinho, indignado — uma reação que te deixa com água na boca. Se inclina pra pertinho do ouvido dele, adocica a voz, perigosa, se quer brincar, tem que aprender a respeitar as regras do jogo, okay, bonitinho?
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olá. tudo bem? eu sou o projeto poetas livres. fui criado com o objetivo de unir e divulgar todos os escritores desta plataforma. todo mundo é bem-vindo aqui! quem escreve, quem lê e quem gostaria de que mais pessoas fossem alcançadas com suas palavras. aqui repassamos textos autorais, então não vai faltar conteúdo para ler e seguir. este projeto tem o imenso orgulho de atuar na plataforma focando na visibilidade/disseminação de qualquer pessoa que se disponha a escrever o que sente no coração.
como participar?
para participar do projeto é bem simples! basta seguir o perfil do projeto aqui no tumblr e usar a hashtag #poetaslivres em todos os seus textos, histórias, contos, poemas e poesias. usando a tag do projeto, você permite que elas sejam adicionadas na fila para que assim possam ser reblogadas. lembrando que é muito importante que você siga o projeto, pois assim você fica por dentro de tudo o que acontece e também recebe diariamente várias autorias incríveis (na sua dashboard) que são reblogadas pelo projeto, e claro, descobre inúmeros perfis de escritores para seguir.
em caso de dúvidas/sugestões você pode entrar em contato com o ADM do projeto via chat ou através da ask
regras:
1. proibido usar a tag #poetaslivres para qualquer tipo de conteúdo que fuja da intenção primordial do projeto! ex: pornografia, divulgações não autorizadas, plágio, vendas e etc...
2. aqui é proibido plágio! o projeto não compactua com qualquer roubo de autorias alheias. o texto tem que ser seu, ou seja, criado originalmente por você! não use nossa tag para copiar, colar e postar adaptações não autorizadas ou textos de outros autores sem dar os devidos créditos. plágio é crime previsto em lei, denuncie.
3. textos em outros idiomas não serão reblogados pelo projeto. aqui é aceito apenas autorias em português brasileiro.
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OBS 1: o projeto atua de segunda a sábado, dando início às postagens sempre por volta das 17h ou dependendo da disponibilidade do administrador.
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ajude o projeto a te ajudar! siga, indique, use a tag #poetaslivres, compartilhe, reblogue para engajar! se o projeto cresce, a sua visibilidade ao ser reblogado também aumentará. uma mão lava a outra, sempre.
obrigado pelo seu apoio ao projeto. o poetas livres é uma galeria repleta com boas histórias para serem lidas. ♥︎♥︎
atenciosamente, @poetaslivres ♡
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𝐥𝐬𝐝𝐥𝐧 + 𝐝𝐞𝐚𝐝 𝐩𝐨𝐞𝐭𝐬 𝐬𝐨𝐜𝐢𝐞𝐭𝐲 — ESTEBAN KUKURICZKA. 👓📙📻
𝐖𝐀𝐑𝐍𝐈𝐍𝐆: smut (eu aviso quando começa, então menores podem ler até certo ponto só) mas muito mais fluff + slice of life. ps: imaginem todos os personagens como maiores de idade e eh isso.
𝐒𝐔𝐌𝐌𝐀𝐑𝐘: headcanon do esteban baseado em dead poets society. (um dos melhores filmes existentes, assistam!) eu imaginei ele bastante como o steven meeks, então muito dele foi baseado nesse personagem! 🥺
𝐍𝐎𝐓𝐄: ia desenvolver e postar apenas mais tarde, mas me deu um surto de criatividade para essa headcanon, então tá aí! 🖤
[ sfw. ]
∿ entrou na welton hellton academy por pura pressão dos pais, que querem que ele siga a área da saúde (mais especificamente: medicina). no entanto, tem um grande amor por eletrônicos. não sabe exatamente o que seria caso seguisse essa paixão porque, na cabeça dele, seu futuro já foi escolhido pelos pais;
∿ é a cabeça do grupo, sempre ajudando os amigos com as tarefas que eles estão com dificuldade porque ele é bom em todas as matérias. porém, o que ele tem mais facilidade de aprender e ajudar é latim, porque tem muito interesse na área e acha divertido aprender uma língua morta. quando quer confundir os amigos, fala algum palavrão em latim;
∿ os melhores amigos dele são fran romero e matías recalt, cujas personalidades são contrastantes, mas trazem o melhor de esteban: fran é o companheiro de estudos e do pequeno clube (de duas pessoas, cof) que montaram sobre eletrônicos. com matías, é porque o menor é naturalmente extrovertido - compensando a introversão de esteban - e porque ele sempre pede a ajuda de kukuriczka em alguma matéria;
∿ como é proibido qualquer eletrônico - além de relógios - em welton, ele e fran construíram um rádio do zero (escondendo dos professores, falando que era um projeto de ciências) e gostam de ouvir rock em uma das torres mais vazias de welton, evitando o olhar curioso dos professores;
∿ não gosta muito de quebrar regras, mas, às vezes (lê-se: quando entrou pra sociedade dos poetas mortos), acha que vale a pena, especialmente sobre quando é por algo que ele acredita;
∿ entrou na sociedade dos poetas mortos sem precisar de muito convencimento, na verdade. inclusive, ele quem convenceu fran de participar do clube. esteban sempre gostou de poesia secretamente e, agora, podia expressar o amor pela arte com os amigos;
∿ usa óculos praticamente fundo de garrafa e não enxerga nada sem eles. odeia quando matías - para zombar dele - pega os óculos dele e esconde em algum lugar;
∿ ele e fran são tão tímidos que se perguntam como eles se aproximaram. a resposta? são colegas de quarto em welton, ou seja, não tiveram outra opção a não ser conhecer melhor um do outro e virarem amigos;
∿ joga xadrez nas horas vagas, um hobby que pegou costume por causa do pai, que o ensinou. é um ótimo jogador e tem muito orgulho disso... exceto quando falam isso para as garotas, aí ele fica com muita vergonha de ser um nerd;
∿ no entanto, apesar de preferir os livros, é um jogador razoável de rugby - o esporte oficial de welton - e joga quando os amigos pedem. geralmente fica como reserva, porque não é a atividade de escolha dele;
∿ gosta de arrumação e, diferente de fran, pega muito no pé dos amigos para que tudo esteja bem limpinho. quando os encontros da sociedade dos poetas mortos começaram, ele encheu o saco de todos para que limpassem a caverna - local onde as reuniões da sociedade acontecem - da floresta que fica ao lado de wellton e mantessem o lugar sem lixo, de preferência;
∿ gosta de poesias clássicas (dos gregos), mas também tem uma paixão secreta por poesia simbolista e parnasiana. gosta bastante da métrica parnasiana por ter uma lógica e, por ser um homem lógico, se sai melhor escrevendo e entendendo esse tipo de poesia;
∿ te conheceu em uma das saídas com os membros da sociedade para uma festa em um final de semana livre que a coordenação de welton deixou com que eles saíssem para passear;
∿ você estava casualmente tentando mudar a música da festa para algo mais animado e, sem querer, acabou quebrando o rádio. ele viu tudo, do cantinho da parede no qual estava encostado e, em um breve surto de confiança, se ofereceu para ajudar a consertar;
∿ a interação teria acabado por aí (porque, apesar do interesse dele e dele te achar linda, ele é muito tímido) se você não tivesse dado o número do seu telefone para ele, deixando bem claro que queria conhecer ele melhor;
∿ naquela noite, os amigos zoaram muito ele, mas também deram todo o suporte necessário e confiança para que ele te ligasse na primeira vez. depois disso, ele sempre dava um jeito de correr para algum telefone público de welton para te ligar e conversar sobre o seu dia;
∿ por ser mais tímido, prefere que você puxe assunto... exceto quando você toca em algum dos interesses dele, aí ele fala igual uma matraca sem perceber (e é extremamente fofo);
∿ traços de personalidade: calmo, gentil, inteligente, leal, lógico, introvertido, pensativo, metódico, influenciável, inseguro.
[ nsfw. ]
∿ a primeira vez de vocês acontece na segunda vez que vocês se encontram, para o choque de todo mundo;
∿ vocês já eram bem próximos por ligação e, quando você teve que voltar para o seu internato - que só permitia garotas - preparatório para faculdade, era difícil se encontrar pessoalmente. quando ele tinha tempo livre, você estava ocupada... quando você estava livre, ele estava ocupado. então, passaram meses se conhecendo por ligação;
∿ matías deu camisinhas de presente pra dele, falando que ele "ia precisar", dando uma risadinha maldosa que deixou esteban todo vermelho... mas, no final de tudo, acabou realmente precisando das camisinhas;
∿ vocês foram para um café que ficava em uma distância razoável para ambos, onde passaram a tarde toda conversando e dando risada sobre assuntos diferentes. só perceberam que o tempo tinha passado quando o barista teve que avisar que o café estava fechando e vocês teriam que se retirar;
∿ na calçada, você achou que o encontro ia acabar por ali, apesar de não querer. esteban achava a mesma coisa, lamentando internamente por não ter tanta atitude para levá-la para outro lugar. contudo, quando vocês foram dar um beijo na bochecha de despedida, se atrapalharam e acabaram dando um selinho - inicialmente vergonhoso, porém não queriam se separar de jeito nenhum, aproveitando aquele momento delicado;
∿ você que tomou a atitude de transformar aquele selar em um beijo de língua, puxando o homem alto para sua altura e beijando-o com vontade;
∿ ele aproveitou para te puxar pela cintura, colando seu corpo no dele e mantendo-a ali em um beijo demorado até que o fôlego acabasse;
∿ ele ficou tímido e todo vermelho quando percebeu que estava duro contra seu corpo só por causa de um beijo, mas aquilo te deu confiança para puxar esteban até um motel mais próximo e ter a primeira noite de vocês ali;
∿ como era a primeira vez de ambos, foi romântico e calmo, ainda descobrindo o que vocês gostavam. isso, claro, foi mudando conforme se encontravam outras vezes e esteban foi ficando cada vez mais confiante...
∿ após ganhar confiança, virou bem mais dominante e mandão. não é muito de falar demais durante o sexo - assim como também não fala muito fora dele -, mas quando fala com aquela voz rouca e te manda obedecer... é o suficiente para que você fique maluquinha por ele.
#⋆ 🐈⬛ ˒ ༉ headcanons.#⋆ 🐈⬛ ˒ ༉ sfw.#⋆ 🐈⬛ ˒ ༉ nsfw.#esteban kukuriczka x reader#esteban kukuriczka#lsdln x reader#lsdln#lsdln smut#dead poets society
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Capítulo 7. Praça John Lennon Eu me lembro bem da sensação anestésica daquele verão, A brisa fresca da paixão, juntos na sala de casa quando estreou a segunda temporada de Stranger Things, você me ligou de madrugada e eu atravessei o bairro tão rápido com sua bicicleta emprestada só pra assistir com você, tão clichê como um romance deve ser, O vento gelado no rosto enquanto penso no calor do teu abraço, seu quarto nosso forte, Você prometeu que não deixaria nada nos destruir, Eu ouvi você falar sobre meu medo bobo, chorei e sorri, Nós somos tão diferentes, ao mesmo tempo tão iguais,
Você me fez amar Bethânia e eu baguncei seu gosto musical com meus álbuns indies de pop experimental e quando eu lembro de nós sempre me vejo em cima da bike, Pedalando entre euforia e ansiedade, paramos na minha capela favorita do bairro. O Sol atravessa as figuras dos anjos nos vitrais, eu te encaro e no silêncio daquela segunda-feira a tarde, por um breve momento consigo sentir paz. Eu e você filhos do pecado, dois anjos apaixonados, todo amor é santificado. Talvez você esteja certo em não conseguir ficar, em outra vida ainda vou te encontrar. Num mundo onde amores como o nosso possam ser celebrados nas catedrais. Lembro da primeira vez que coloquei ‘’Oslo’’ da Anna of the North pra tocar na TV,
Aquele lugar era tão lindo que não parecia ser real, sempre ignorei os sinais, Talvez eu nunca conheça Oslo, talvez esse tratado de paz seja esquecido, Semanas na sua casa, madrugadas em padarias católicas, trocando o dia pela noite, Fugindo dos vampiros, usando sua escova e tomando suas doses de amor matinais, Você costumava fazer anéis de guardanapo, Mas usamos alianças de verdade por tão pouco tempo, Confesso que também tinha um pouco de medo dos julgamentos, Mas mesmo que eles me queimem, eu só queria te amar, Foda-se, é tarde mais, eu nunca vou conhecer Oslo, Eu nunca vou ter você e eu sempre vou passar pela minha antiga casa na Praça John Lennon, imaginar como devem ser felizes as versões menos covardes de nós,
Espero que toda dor que você me causou por seus medos te ensinem nos palcos da vida, O destino tem seus mistérios, ele amou Yoko mais que a fama, isso pode ser real? O amor só é visível quando sobrevive às mais duras guerras, transcende a dor, posso ser tolo por acreditar que uma flor que nasceu num campo de batalha, possa florescer? Me beija enquanto os generais tentam nos caçar, essa guerra nunca vai acabar. Tantas vidas, tantas eras, os falsos sábios, os padres, as bruxas, os magos e os registros akáshicos podem provar: Nunca provei o gosto do teu amor em praça pública. Os melhores perfumes são segredos do Oásis proibido, Por que eu me sinto culpado por dançar de um jeito doce e feminino, Só você pode desnudar o véu que se esconde na pérola do luar, E só a Lua pode testemunhar o reencontro dos poetas Arthur Rimbaud e Paul Verlaine depois de quinhentos dias sem teu doce cheiro numa temporada solitária preso pela saudade infernal, Lindo, eu tenho medo desse ritual, todos os olhos me condenam por te amar. Se eu fugir você vem comigo? Você enfrentaria tudo isso? Eu sei que não.
Eles tem tantos discípulos, vão dizer que sou louco, eles me odeiam como eu sou. Gritam coisas que nunca pude te contar, cruéis demais para se acreditar. Eles nos vigiam e querem um triste fim, eu enfraqueci no teu veneno, Sua língua te protege, mas suas ações te incriminam, seus contratos me aprisionaram, poesias tristes demais, verdades não comerciais, uma seita de narcisistas, Fui privado do amor, abusos secretos, poder demais na mão de loucos, eu esqueço tudo isso quando eu deito na grama da Praça John Lennon e contemplo o luar com você,
Quantas guerras ainda vamos vivenciar? Eles me negaram o Paraíso por amar. Eu mordi o fruto do conhecimento, vamos fugir desse lugar barulhento? Tensão de pensamentos, corpos se descarregam, O amor pode ser calmo, se eu soubesse a forma certa de amar, Ir para outras galáxias num olhar e ouvir o som dos anjos num suave canto, Você pode entrar no meu jardim, deitar na minha cama, sentir a mansidão de cada respiração que oxigena o sangue que corre em minhas veias, que alimentam minhas entranhas como galhos feitos de arte que abrigam o meu coração nu, que sussurra: Todo ato de amor é sagrado, você pode imaginar?
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"O Poeta e a atividade de fantasia" é uma conferência feita por Sigmund Freud em 1907 e publicada em 1908. A leitura desse texto foi feita por mim meses atrás e eu quis que ele se tornasse o primeiro post desse blog, pois eu creio que ele resume bem como outros autores me inspiraram a escrever as primeiras palavras dos meus textos e, principalmente, o conteúdo simbólico subjetivo que está presente em todos eles.
Bem, Freud, nesse texto, indaga se poderíamos saber a fonte de inspiração dos poetas. A atividade do poeta, explica o autor, aproximaria-se do brincar da criança, a qual cria um mundo lúdico. Entretanto, o jogo infantil ainda se apoia na realidade, e a criança saberia diferenciar o real do lúdico. Aí estaria a diferença entre o brincar infantil e a fantasia do poeta: a capacidade de se situar no real.
Ele continua dizendo que quando o indivíduo experimenta um prazer, dificilmente o larga. Nunca abdicamos de nada, apenas fazemos uma troca por outra coisa. Dessa forma, o adulto troca uma das suas primeiras experiências de prazer (o jogo infantil, o faz de conta) e mergulha na fantasia (devaneio, por exemplo).
Também, crianças não escondem sua brincadeira, enquanto os adultos se envergonham de fantasiar. Isso ocorre porque a brincadeira da criança é movida por um desejo - de ser adulto - que, de fato, contribui para o seu desenvolvimento. Já a fantasia do adulto é permeada por desejos infantis proibidos. A necessidade, então, seria a "deusa" que permitiria ver por entre essa vergonha que o adulto sente. Os neuróticos (estrutura clínica proposta por Freud) sendo o principal exemplo de pessoas que contam suas fantasias e permitem conhecê-las.
Explicando mais sobre a fantasia, Freud começa: "Podemos partir da tese de que a pessoa feliz nunca fantasia, somente a insatisfeita. As forças motivadoras das fantasias são os desejos insatisfeitos, e toda fantasia é a realização de um desejo, uma correção da realidade insatisfatória." Ressalta-se, entretanto, que as diversas fantasias não sejam inalteradas e estereotipadas. E que essas fantasias tem uma relação importante com o tempo - alguma motivação no presente gera o desejo. Desejo esse que muitas vezes foi realizado no passado (infância).
"Dessa forma, o passado, o presente e o futuro são entrelaçados pelo fio do desejo que os une."
Voltando o foco ao poeta, esse suavizaria suas fantasias ao compartilhar seus desejos: "O poeta suaviza o caráter de seus devaneios egoístas por meio de alterações e disfarces, e nos suborna com o prazer puramente formal, isto é, estético, que nos oferece na apresentação de suas fantasias."
Freud diz que esse prazer sentido por nós viria do alívio de alguma carga psíquica. Como uma identificação e admiração, que faria com que nós nos sentíssemos encorajados a também nos deleitarmos com nossos devaneios, sem auto-acusações ou vergonha. No sentido de que, ao ter o contato com as diversas artes, nos tornamos, também, capazes e inspirados a fazê-la também.
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❛ i know things aren't easy right now, but i want to remain a fixture in your life. after all, you're one in mine. ❜ (mel > alek)
― ❛ inbox ❜ ↬ accepting !
❝ i know things aren't easy right now, but i want to remain a fixture in your life. after all, you're one in mine. ❞
now playing : fortnight by taylor swift.
aleksander havia passado pelos estágios do luto depois que ela escolheu dever acima de uma relação com um vampiro qualquer - ele entendia agora, havia limites ao amor, mas não ao que era esperado deles. porém, não eram poetas torturados, apenas dois idiotas que tinham decidido, com pouco sucesso, que não iriam mais se amar. ao menos, foi isto que ele pensou ter sido feito claro quando ela disse : ' você não é meu ' . ele foi um degenerado, um alcóolatra funcional, um homem enlouquecido que fez de muitos pescoços vitima do seu sofrimento e supôs que estava provando - que era um vampiro qualquer. tinha voltado a seus deveres fazia muito tempo, no entanto, quando ela apareceu de novo ; na calada da noite, como sempre fazia, sem querer deixar traços. exceto que aparentemente, desta vez, melpomene gostaria de uma marca permanente na vida dele.
acreditava que não tinha muita escolha sobre aquilo, ela foi um momento importante e uma dor que naturalmente vinha com seus traços irreparáveis. mas se tivesse alguma agencia no assunto, decidiria esquecê-la de uma vez por todas. seria mais fácil, e ele já tinha percorrido muitos caminhos tortuosos, agora queria o que trouxesse menos pesar.
secou o conhaque do copo de vidro, deixando algumas notas para o bartender e se virou a outra. ela não parecia sequer um dia mais velha, e imaginou que o mesmo podia ser dito dele , mas as cicatrizes deixadas por aquele caso que não era mais conveniente depois de ser proibido, que perdeu a graça quando encontrado com seu primeiro desafio, eram permanentes de formas imperceptíveis aos olhos. ― ❛ sua ajuda no orfanato ainda é bem vinda. ❜ replicou com sobriedade, saindo do banco ao bar para se aproximar mais da mulher. ― ❛ sua presença na minha vida, por outro lado .. ❜ sorriu com tristeza no olhar, o puxar dos lábios o mais hesitante que já havia oferecido. ― ❛ não é. ❜ não podia ser, mas sabia que ela sempre faria o que bem entendesse. recolheu seu casaco, limpando dos traços fortes todo sinal de um sorriso, e com a peça nos braços, assentiu com a cabeça na direção da outra. ― ❛ adeus, mel. ❜ partiu com o medo de que suas palavras de décadas atrás fossem verdade - iria ser seu para sempre, mesmo que nunca estivessem juntos outra vez. por pior que fosse, no fundo, no ás de seu coração ; sabia que tinha sido sincero.
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O amor é indecente, corajoso, ciumento, nada educado, egoísta, desavergonhado, desgrenhado, privado e proibido para pessoas normais,o amor tem todos os defeitos para os casais anormais, talvez por isso eles sejam tão felizes por mais tempo que os quadrados demais,se jogam nus no meio do povo e fazem tudo ali, tão simples como um fritar de ovo,se bem que me queimo na maioria das vezes, fritando ovo e não no amor, quando se coloca ele,o amor,em um pedestal,tem medo de quebrar como se ele fosse um cristão,fica difícil ser feliz, impossível se entregar completamente,lamba,chupe ou gema de forma indecente,o amor não risca, não gasta e muito menos quebra,ele não é uma coisa da qual temos que ter controle, temos que praticar e nunca chegar a perfeição,se não perde a graça igual o domingão do Faustão,de novo citado em minha poesia de amor,no mundo tem coisas infinitas,os números são,o céu,dizem até que os presentes do papai Noel,acho mentira,mas ele existe sim,deixo aqui meu registro,e o amor também é, enquanto vivemos somos uma máquina infinita de amor,fabricamos vinte quatro horas por dia,que deixar transbordar que nada com disse o poeta, ofereça,doe a alguém ou a todo mundo,guardar amor e imprevisível, é uma força invisível que pode fazer explodir o seu coração, então ponha um placa e escreve, quem quiser amor é só chegar,aqui tem promoção e pra mocinha também.
Jonas R Cezar
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o maior erro do céu
ao som de: https://www.youtube.com/watch?v=K1u_hL11auM Fazia pouco tempo que meu mythos tinha despertado e a a nova sensação era vívida e pulsante para uma poeta regrada que estava aos poucos descobrindo os caminhos que a vida estava a levando.
Deitada ao lado de César na cama Virginia olhava incomodada a ausência de portas naquele apartamento. Apesar de não ter nenhuma porta naquela casa, César sempre deixou muito demarcada todas as fronteiras entre eles. Virgínia sempre soube até onde ia a utilidade dela e onde chegava o amor de César.
Era inegável que os dois eram lados opostos, mas lados da mesma moeda.
Isso a lembrou de um item no antiquário que seria um ótimo presente para César, anotou mentalmente de tirar do seu acervo pessoal um "denaro" de Augustus que ela guardava em seu cofre. Um pequeno presente não precisava realmente significar algo.
Já fazia algum tempo que ela queria mostrar o que conseguia fazer para César, mas não sabia como ele reagiria a uma viagem para o Inferno. Cruzar as fronteiras entre os mundos, adentrar os caminhos proibidos dos pecados - talvez ele até gostasse desse último.
_ você está mais pensativa que o normal - Ele já tinha acordado e Virgínia nem tinha percebido.
_ eu estava pensado em um dos erros que o céu cometeu. _ eles são campeões em cometerem erros, não? - eles ou nós? afinal existem regras. Mas não sei o quanto as regras se aplicam a esse caso. _ me fale mais sobre ele. - disse César se sentado na cama, pronto para analisar a questão que Virgínia trazia como uma questão filosófica que demandava solução. _eu posso te mostrar - disse Virgínia com um pouco de medo e ansiosa - mas vista-se primeiro, precisamos ir a um lugar. _ precisamos de uma roupa apropriada para a ocasião? - perguntou César sempre muito atento em como apareceria para cada pessoa que o visse.
Virginia sorriu, ele estaria bem vestido em qualquer lugar, duvidava que o inferno se preocupasse com o terno feito sob medida que ele vestisse. Ela pegou a maçaneta que estava em sua bolsa e finalmente disse: _ Só me deixe eu te guiar uma única vez.
César parecia saber o que aquela confusa e recém descoberta guia estava fazendo, ao colocar a maçaneta na porta do apartamento e abrir a porta para aquele lugar de total desassossego, Virgínia segurou a mão de César para encaminhá-lo ao segundo círculo do inferno.
_ Amor condusse noi ad una morte - sussura Virgínia - quando eu ouvi essa frase a primeira vez, era um jovem tão sensível que desmaiou ao ouvir a história daquelas duas pobres almas apaixonadas.
A visão de Paolo e Francesca da Rimini era clara agora para Cesar, o casal em sofrimento voam juntos, Paolo em silencio chora enquanto um furacão e turbilhões de ventos os arrebatam e não param nunca os arrastando com violência, ferindo-os pela eternidade.
_ Em vida eles foram levados por suas paixões, arrastados como o vento - diz Virgínia a César - Agora é o vento incessante que os arrasta no inferno.
Eles não dizem nada por um longo tempo, enquanto observam os dois ali. Como o próprio espetáculo do fim do mundo. Até que Virgínia diz ainda olhando os apaixonados: - O céu errou aqui, Cesar.
Com um sorriso um pouco debochado César olha para ela e cessa o silêncio que a perturba por alguns minutos dizendo - Vamos embora, O céu não serve para abrigar um amor como eu e você.
Virgínia fecha aquela porta, ela ainda não entende o porque, mas com um sentimento amargo em sua boca.
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Monsieur Aznavour - Bande-annonce Officielle HD
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Interpretado por Tahar Rahim na cinebiografia “Monsieur Aznavour”, que estréia nos cinemas na quarta-feira, o artista entrou no Panteão da Canção Francesa em uma noite memorável em dezembro de 1960.
Ele teria dito: “Quais são as minhas deficiências?”, pergunta bravata, na sua autobiografia Aznavour de Aznavour, publicada em 1970. A minha voz, o meu tamanho, os meus gestos, a minha falta de cultura e educação, a minha franqueza, a minha falta de personalidade?Os professores aconselharam a não cantar.Eu cantarei então!
Cantar para ele é como se fosse respirar!
Um dia Edith Piaf teria em tom de provocação e sabendo de sua resiliência: Meu garotinho, como cantor, você nunca vai conseguir", Piaf zombava dele e ao mesmo tempo o amava, na época em que, constrangido com seus 1 metro e 60 de altura, ocupava o cargo de assistente, mas sempre procurava uma maneira de se diferenciar dos demais; canto temas "proibidos"; homossexualidade, prostituição, intimidades de um casal, separação e muitos encontros e desencontros.Mesmo assim, persistiu. E recebeu o pior apelidos: "o rouco pato oco" ou "afonia da grandeza" pela sua característica de voz velada, o "crucificado do travesseiro" quando canta - com sucesso - sobre o amor, lençóis amarrotados e corpos suados na pudica França de o pós-guerra foi seu primeiro grande sucesso, em 1955. Seu primeiro título musical também foi banido do ar: “Nunca tive artigos elogiosos na imprensa, comenta a posteriori no Le Monde.Ainda amargo, mas em compensatória e aparente eternidade nos olhos de olhar doce, doce e amargo como o amor. Para ser honesto, quando comecei, eu não tinha nenhum."Nenhum dinheiro,recorria a homens de negócio do universo artistico para patrocinar seus sonhos, e seus sonhos tornaram-se em nossos sonhos, sonhos de amor, de calor, de lençóis molhados, rasgados, que envergonham camareiras em hotéis,que as faz invejosas do suor dos casais apaixonados.
Anos depois, Aznavour iniciaria seus concertos com esta " mise en scène". Mesmo que os dias dos cachês patéticos, das malas para carregar, dos pequenos quartos mobiliados e das escassas refeições comecem a regressar. Em 1976, enquanto estava em apuros com o fisco, apresentou a música no palco do Olympia: "Essa música que vou cantar para você agora, não deveria cantá-la neste momento da minha vida. É a música que me trouxe tudo na minha vida, no meu trabalho." Sinal de que os tempos mudaram, permite-se uma pequena modificação no texto:"A tout-Paris“ que já não me assusta”. Desde 12 de dezembro de 1960, dia em que mostrou que tinha talento.
Monsieur Aznavour.
Por: Fred Borges
Em pleno sucesso de Charles, chegamos a Paris, nos anos 70 e junto com Mireille Mathieu eles eram imbatíveis!
Aznavour nasceu Shahnour Vaghinagh Aznavourian (em armênio: Շահ��ուր Վաղինակ Ազնավուրյան), filho dos imigrantes armênios Michael e Knar Aznavourian. Seus pais, que eram artistas, o introduziram ao mundo do teatro em tenra idade.
Ele começou a atuar aos nove anos de idade e logo assumiu o nome artístico Charles Aznavour. Seu grande estouro aconteceu quando a cantora Édith Piaf o ouviu cantar e o levou consigo numa turnê pela França e pelos Estados Unidos.
Frequentemente descrito como o Frank Sinatra da França, Aznavour canta principalmente o amor. Ele escreveu musicais e mais de mil canções, gravou mais de 100 álbuns e apareceu em 60 filmes, incluindo Atirem no Pianista e O Tambor. Aznavour canta em muitas línguas (francês, inglês, italiano, espanhol, alemão, russo, armênio e português), o que o ajudou a se apresentar no Carnegie Hall e noutras casas de espetáculos mundo afora. Ele gravou pelo menos uma canção do poeta Sayat Nova, do século XVIII, em armênio. "Que c'est triste Venise", cantada em francês, em italiano ("Com'è triste Venezia"), espanhol ("Venecia sin tí"), inglês ("How sad Venice can be") e alemão ("Venedig im Grau") e "The Old-Fashioned Way" estão entre as mais famosas canções poliglotas de Aznavour. Nos anos 1970, Aznavour tornou-se um grande sucesso no Reino Unido, onde sua canção "She" saltou para o número um nas paradas de sucessos.
Admirador do Quebeque, ele incentivou a carreira da cantora e letrista quebequense Lynda Lemay na França, e tem uma casa em Montréal.
Desde o terremoto de 1988, na Armênia, Aznavour tem ajudado o país através de sua obra de caridade: a Fondation Aznavour Pour L'Arménie ("Fundação Aznavour para a Armênia"). Há uma praça com seu nome na cidade de Erevan, na rua Abovian. Aznavour é membro da Câmara Internacional do Fundo de Curadores da Armênia. A organização tem arrecado mais de 150 milhões de dólares em ajuda humanitária e assistência de desenvolvimento de infraestrutura para a Armênia desde 1992. Charles Aznavour foi nomeado como "Officier" (Oficial) da Légion d'Honneur em 1997.
Em 1988, Charles Aznavour foi eleito "artista do século" pela CNN e pelos usuários da Time Online espalhados pelo mundo. Aznavour foi reconhecido como notável performer do século com cerca de 18% da votação total, desbancando Elvis Presley e Bob Dylan. Após a morte de Frank Sinatra, Charles Aznavour é o último dos crooners tradicionais.
A lista de artistas que já cantaram Aznavour abrange de Fred Astaire a Bing Crosby, de Ray Charles a Liza Minelli. Elvis Costello gravou "She" para o filme Notting Hill. O tenor Plácido Domingo é um grande amigo de Aznavour e frequentemente canta seus hits, principalmente a versão de Aznavour de Ave Maria, de 1994.
No início do outono de 2006, iniciou sua turnê de despedida, apresentando-se nos Estados Unidos e no Canadá, deixando ótimas lembranças. Em 2007, fez concertos no Japão e no resto da Ásia. Com mais de oitenta anos de idade, Aznavour demonstra excelente saúde. Ele ainda cantava em várias línguas e sem teleprompters, mas tipicamente canta apenas em duas ou três - francês e inglês são as duas primárias - espanhol e italiano em terceiro lugar, durante a maioria dos concertos. Em 30 de setembro de 2006, apresentou-se num grande concerto em Erevan, capital da Armênia, como estreia da série "Armênia, minha amiga" na França. O presidente armênio Robert Kocharian e o presidente francês Jacques Chirac, à época em visita oficial à Armênia, estavam na primeira fila.
Charles carregava a angústia da felicidade passageira, fugaz e a solidão daqueles que desafiam os prognósticos, os diagnósticos cruéis, desafiou os limites físicos pela imaginação, ele se colocava onde seus sonhos o levavam, ele imaginava chegar aos 100 anos cantando mas em 2018 Deus o chamou para cantar SHE e o levou e fez um palco nas nuvens para que todos que estavam na terra ou no céu o visse, e vissem que sonhos podem ser concretizados, que a Armenia e seu povo já sofreram e o amaram, choraram pelos seus mortos, pela sua diáspora pelo mundo,nas ruas de Paris nao é raro ouvir alguém cantarolando suas musicas, como é bom alguem dizer: Você não vai conseguir, você não tem porte, estatura, voz, você é um estranho,estrangeiro,burro, idiota, ignorante, imbecil,chucro, enfim, você nunca atingirá o sucesso, eu sou um sucesso pois vivo por meio do exemplo de Charles Aznavour, sua voz, sua interpretação, como ator,cantor, César Honorário, honra de tê-lo ouvido e vivido cada uma de suas canções.Concordo com você, a música francesa, francófona letra, começa pelas palavras e nunca pela melodia, como Dalida cantava: "Paroles, Paroles, Paroles..."
Charles, eu te entendo, descanse em paz!Você é meu He do meu She!
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Estou vivendo mais uma noite em claro, sem conseguir dormir
Presa em meus próprios pensamentos
É inevitável desejar que você pense em mim, mais uma vez
Sonho que você me tenha em sua mente
Que você sinta seu peito arder ao lembrar que estamos tão longe
Que ao pensar em mim, consiga sentir o gosto do meu beijo
Que reflita sobre a gente, mesmo que isso lhe traga dor
E que essa tristeza lhe invada de tal forma
Que o seu único conforto será fechar os olhos e idealizar nós dois
Naquele lugar, onde ninguém mais podia nos ver
Porque ninguém mais podia saber
E com ninguém mais você pode falar sobre mim
E talvez ninguém mais te faça sentir como eu fiz
E eu sei que ninguém mais pode tirar essa saudade
Essa dor que a distância traz
Uma dor que é tão gostosa de sentir
Sim, é gostoso pensar em você
Me lembrar do seu cheiro e ter a certeza que você me quer
E o tanto que eu te quero chega a ser ridículo
O tanto que a gente se quer, chega a ser infeliz
Eu assumo, te amar nunca irá mudar nada
Porque eu não posso ser sua e você não pode ser meu
E talvez, seja inútil um dia ter tido essa ilusão
De que por um momento éramos um do outro
Sei que meu número você precisou guardar na memória
Para tornar mais seguro esse nosso segredo
Ter esse segredo em mim sempre queima o meu peito
A vontade de te ver faz arder o meu corpo constantemente
E isso me parece até um pouco sádico
Ter prazer em lembranças que me atormentam
Viver com memórias que não deveriam nem existir
As vezes te vejo nas ruas sem você nem mesmo estar aqui
E a tua falsa imagem me faz ter um pouco de felicidade
Te imaginar sorrindo pra mim e dizendo “até logo”
Indo embora, sabendo que outra pessoa te espera
E por pior que pareça, você não sente culpa
Por pior que pareça, eu também não consigo sentir
O teu silêncio me faz te desejar cada vez mais
A incapacidade de te ver, é o que me faz te desejar mais
Por que eu te desejo cada vez mais?
E antes eu não tinha nada a perder, mas hoje eu tenho
Lamento tanto por tudo, eu sei o quanto estou errada
Em amar alguém que nunca será meu
Em sentir um desejo tão proibido
Em ter esse anseio, por quem já foi destinado a outro alguém
O meu peito arde mais uma vez, em saber que eu não sou a única
Pois não sou apenas eu, essa pessoa miserável
É você também, meu amor, que sempre me convenceu tão bem
É você, querendo o que nunca será seu
Sei que carrega essa angústia tanto quanto eu
Eu sei que está pensando na gente, tanto quanto eu
Sei que lembra do meu sorriso, tanto quanto eu lembro do seu
Que quer estar de volta, tanto quanto eu quero que você esteja
Mas amor, não podemos nos enganar mais uma vez
Você nunca será meu, e eu nunca serei sua
Sinta essa dor, assim como eu sinto
Mas seja realista, assim como eu sou
Guardar nossos momentos é tudo que nos resta
Sei que desejar esquecer é pedir demais
Mas você sempre soube que não se pode ter tudo
Então por favor, continue distante
Saiba que eu quero te ver feliz, então
Por favor, queira me ver feliz também
-Aquela Poeta
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O Rio de Janeiro dos Anos 80
Nos anos 80, o Rio de Janeiro pulsava com o vigor febril de uma cidade que dançava à beira do abismo. Uma década de extremos, onde a luz das festas e da exuberância tropical contrastava com a escuridão das vielas, das favelas e dos becos encharcados de segredos. Era uma cidade que respirava com o peito apertado, o coração inquieto e os olhos sempre abertos para o horizonte incerto.
Contexto Histórico e Político
Os anos 80 no Brasil foram um eco distante da ditadura militar, mas o país ainda estava preso em sua sombra. A queda do regime autoritário se anunciava como uma aurora distante, porém a cidade permanecia no limbo entre a repressão e a liberdade. O Rio de Janeiro, uma vez a capital do império e da república, agora lutava para encontrar seu lugar na nova ordem, dividida entre a ostentação dos bairros nobres e o caos que crescia nas periferias. As eleições diretas eram um clamor distante, mas a voz do povo subia como um trovão, reverberando nos protestos, nos teatros de rua, nas canções de protesto que ecoavam pelas ladeiras de Santa Teresa.
A cidade era um palco de luta, onde as sombras das lideranças políticas e militares ainda pairavam sobre a vida noturna e os bastidores da política, manipulando cordas invisíveis, influenciando decisões e mantendo segredos sombrios.
Movimentos Sociais e Culturais
Mas era na cultura que o Rio realmente vibrava. O palco da resistência era também o palco da expressão criativa, onde a juventude encontrava no rock nacional uma voz desafiadora, rebelde, que incendiava as ondas do rádio. A MPB se misturava ao rock, ao funk e à soul, criando novas identidades, enquanto as ruas da Lapa, Ipanema e Copacabana dançavam ao som de guitarras distorcidas e tambores de batuque.
Os grafites começavam a colorir as paredes antes cinzentas da cidade, como murmúrios visuais de um inconformismo latente. O teatro, a poesia marginal e o cinema independente eram armas contra o silêncio imposto. Era uma época de libertação, onde as pessoas desafiavam os limites do que era aceitável, explorando sua sexualidade, identidade e sonhos em bares apertados e boates iluminadas por néons. A rua era uma tela aberta, onde cada esquina revelava uma nova forma de expressão, uma nova maneira de gritar ao mundo sua existência.
Eventos Marcantes da Década
A década trouxe também os grandes eventos que marcariam o destino da cidade para sempre. O colapso da economia brasileira, a hiperinflação que devastava o bolso dos cariocas e a violência crescente se misturavam à eleição de governadores civis, à redemocratização e à promulgação da Nova República. Mas para além das crises políticas, os eventos culturais pareciam ofuscar os desafios do cotidiano.
O Rock in Rio de 1985 emergiu como um hino de libertação para uma juventude que ansiava por novos ventos. O maior festival de música que a América Latina já havia visto trouxe bandas e artistas de todo o mundo, transformando o Rio em um epicentro global de cultura e energia criativa. Era um marco, um símbolo de que a cidade ainda respirava ares internacionais, mesmo em tempos difíceis.
O Carnaval, por sua vez, era a válvula de escape definitiva. As escolas de samba da Marquês de Sapucaí competiam não apenas por títulos, mas pela alma da cidade. As baterias ecoavam como corações de vampiros antigos, pulsando com a energia que só o sangue carioca poderia proporcionar. As fantasias, as cores e os corpos dançantes eram a prova viva de que, mesmo sob a escuridão, a cidade nunca deixava de brilhar.
A Vida Noturna Carioca
Se o Rio de Janeiro era uma cidade dividida entre a luz e as trevas, era na noite que essas duas forças se encontravam. A vida noturna da cidade era tanto um refúgio para almas perdidas quanto uma armadilha para os incautos. Nas boates de Copacabana, a elite bebia e se envolvia em intrigas políticas e romances proibidos. Nos becos da Lapa, poetas marginalizados, músicos de rua e criaturas da noite se misturavam, criando uma tapeçaria viva de histórias entrelaçadas, enquanto os becos da Glória e os salões de dança escondiam mistérios que nem a luz do amanhecer poderia dissipar.
A cidade nunca dormia. De bares como o Canecão, onde as maiores lendas da música se apresentavam, às festas clandestinas nas coberturas do Leblon, a vida noturna do Rio de Janeiro era um jogo perigoso de máscaras, tanto para os mortais quanto para os imortais. A cidade pulsava ao ritmo de uma música que nunca cessava, uma melodia feita de samba, suor, sangue e segredos.
Para os vampiros, essa era a década perfeita para se misturar entre os vivos. A febre do hedonismo, do excesso, permitia que seus predadores se movessem nas sombras sem chamar atenção. O Carnaval, os shows de rock, os bailes funk nas favelas – tudo isso criava o ambiente ideal para que os filhos da noite se alimentassem sem serem percebidos. As boates, com suas luzes estroboscópicas e sons pulsantes, eram o campo de caça perfeito.
O Rio de Janeiro dos anos 80 era um lugar onde tudo parecia possível. Onde os sonhos mais loucos e os pesadelos mais profundos coexistiam em um delicado equilíbrio, enquanto as noites tropicais eram banhadas por uma lua cúmplice, que velava tanto os amantes quanto os monstros. Era uma cidade viva, selvagem e perigosa – um lugar onde vampiros poderiam caminhar livremente, pois na noite carioca, todos usavam máscaras.
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Saúde Mental
“Faço uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras foram alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E assusto-me.
Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida.
Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia.
Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica.
Maiakoviski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. Pensar é uma coisa muito perigosa… Não, saúde mental elas não tinham… Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas. Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de loucos e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente “equipamento duro”, e a outra se denomina software,“equipamento macio”.
O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades “espirituais” – símbolos que formam os programas e são gravados.
Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo “espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem. Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há de se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos; somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Eles podem vir de poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas… Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som; imagine que o CD e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais; imagine que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio:
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou… Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, a “saúde mental” até o fim dos seus dias:
Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música… Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados.
Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se; há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento.
Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos Domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato. Seguindo essa receita você terá uma vida tranquila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram…”
Rubem Alves
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Olá! Logo mais, a Imperatriz Leopoldinense realizará seu ensaio técnico na Marquês de Sapucaí rumo ao Carnaval de 2024.
A verde, branco e ouro de Ramos busca o bicampeonato com o enredo “Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da cigana Esmeralda”, do carnavalesco Leandro Vieira.
O tema, inspirado na literatura de cordel do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros, se debruça no imaginário cigano popular para falar da sorte, do “destino traçado na palma da mão” e da influência dos astros no nosso dia-a-dia.
*Que seja uma noite linda, leve e alegre, como promete a comunidade da Leopoldina!* 👑
Juliana Sabina
e Carlos Júnior auxiliarão no atendimento à imprensa neste ensaio técnico.
Obrigado pela parceria de sempre!
_Optchá!_ 🔥🔮
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“Meus primeiros contatos com a poesia se deram através de cantores camponeses infiltrados e perseguidos pela polícia israelense. Eles vinham à noite à cidade, participavam das vigílias e ao amanhecer desapareciam nas montanhas. Eles cantavam coisas estranhas que eu não compreendia, mas que achava muito belas e que me tocavam... Comecei a me identificar com esses poetas itinerantes. Logo descobri as grandes epopeias clássicas árabes que contavam os feitos de Antara e outros valentes e me pus a imitar essas obras, a me inventar heróis e belas heroínas e a sonhar em me tornar poeta... Um episódio precoce me ensinou que meus jogos eram bem mais perigosos que eu pudesse imaginar. Eu tinha doze anos quando me pediram para ler um poema na escola para celebrar o aniversário da criação do Estado de Israel!... Escrevi um poema no qual falava do meu sofrimento de criança expulsa da terra e que, ao retornar, encontra outros moradores ocupando sua casa e trabalhando no campo de seu pai. Eu o fiz na maior inocência. No dia seguinte, o governo militar me chamou e me ameaçou, não de me prender, mas de proibir meu pai de trabalhar, se eu voltasse a fazer aquilo. Eu achava terrível essa ameaça. Se meu pai fosse proibido de trabalhar, quem compraria lápis e papel para mim? Compreendi naquele dia que a poesia é algo mais sério do que eu pudesse crer e que eu deveria decidir se continuava ou se interrompia esse jogo perigoso.”
[Mahmoud Darwich, La terre nous est étroite. Gallimard, 2000, p.381]
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Síntese - A Rua Sabe (Prod. Blood Beatz)
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Será que tem que ter um Judas
Cada vez que surge um Cristo?
Levo no peito minhas marcas e meus marcos
Os tombo que levo e a pinga que carco
Se o ego afronta, fecha minha conta
Soma as consequência que eu arco
Íris de água, trombeta de fogo
Corpo de lama na fé desse salto
Com quantas linhas constroem o futuro?
Olho ao redor e ninguém tá seguro
Na era volátil eu perduro
É o que difere o profeta e o poeta maduro
Perdi o meu medo da chuva
Vendo a luz que gargalha do medo do escuro
É culto a tudo que é puro
A fé vai mover pra não ter que te dizer eu juro
Obscuro da mente
Surgem os monstros
Não durmo, não domo
São feras aos montes
Se enfrente ou se esconde
Finja o que sente
Se não é vigiado igual fazem com a gente
Na quarta câmara, são trinta e seis
Lembro do céu eram três, eram negros
Supra-consciência aflorando na tês
Só observando o ego dos gregos
Talhado na calma de salmos
Quitando meu saldo com o espírito
Tiques, espasmos
Olhos pasmados
Chuva de raios no seu tom satírico
O erguer de todo império é empírico
Sem forma pronta pra achar o que procuro
Uma série de perdas
Me fez largar o sertão pra vim rasgar as veredas
Contra a força que mata meu sangue
Contra essa farsa e adestra as esquerdas
Verdade não torce
A rua sabe
Garganta só tosse
A rua sabe
Se é doce ou se é pó
Se é pose ou se é posse
A rua sabe
A rua sabe
Verdade não torce
A rua sabe
Crack ou psicose
A rua sabe
Só quem mediu o seu vazio
Mede o tamanho da dose
A rua sabe
Maior que o seu naipe
Maior que seu hype
Sem beat type
Tipo ninguém
Nem addidas, nem nike
Nem comunista, nem rico
Coringa
Quero ver quem
Não é counter strike
Não é skunk no pipe
É o baque na mente
É o demônio de fraque
Piano de cauda celebra a agonia
Conheço os fetiches dessa tirania
Subi levitando pintei meu vitral
Por isso há quem diga
Eu pulei uns degrau
A arte proibida, o quadro proibido
Seu sétimo sentido inibido, legal
Fica com a condecoração
Quem vem da onde eu vim
Num faz muita questão
Missão
Kamikaze não chama de aposta
É o ano, a colheita com as cartas expostas
Não vá pela malice
Ser grato é pros fortes
O universo gritando: cale-se
Nada se move sozinho
Nem pode negar a verdade se bebeu do cálice
Córnea que gira
Corpo invisível
A matéria experimenta o impossível
Os verme impostor me quer fora da mesa
Pro valor do jogo ir descendo de nível
É Neto no prédio, Convoque seu Judas
Me sela com um beijo o ultimato do plano
Cruzo desertos, me lavo me sujo
Morro e ressurjo há mais de dez mil anos
De todos os níveis
De todos os campos
De todas as esferas
De todos os âmbitos
Gelo do inverno ao fogo do inferno
Um fio de prata ligado ao seu âmago
Eu me edifiquei receptáculo
De surto em surto no tabernáculo
Bem vindo ao show
Primeiro ato
Bem vindo à vida
Nosso espetáculo
Labirinto de espelho o aparelho eu governo
Do leite materno ao tapa paterno
Eu atesto, meça seu gesto
Que todo tempo é eterno
Verdade não torce
A rua sabe
Quem fica, quem foge
A rua sabe
Se é fato ou se forja
Arrasta uma corja
A rua sabe
A rua sabe
Verdade não torce
A rua sabe
Se é fé ou se é sorte
A rua sabe
Só quem naufragou nesse rio
Sente o peso da morte
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Jean Boullet
Jean Boullet (12 de dezembro de 1921 - 2 de novembro de 1970) é um pintor , desenhista , ilustrador , crítico de cinema e escritor francês.
Biografia
Jean Boullet era filho de um comerciante de peles de gato na Avenue d'Italie , Henri Boullet, que cometeu suicídio por enforcamento. Em sua infância católica, ele passava os verões em Isdes , em uma casa que ele manteria. Ele começou a pintar em 1942, principalmente retratos. Ele fez seu nome como desenhista e ilustrador em Saint-Germain-des-Prés imediatamente após a guerra. Ele ilustrou tanto um livro de Daniel-Rops, o escritor católico (Este rosto que olha para nós), quanto a obra sulfurosa - proibida pela censura - de Boris Vian , Irei cuspir em seus túmulos, textos de Edgar Poe , Raymond Asso , poemas de Villon, Verlaine . Em 1948, ele foi o autor dos cenários para a peça J'irai cracher sur vos graves que Boris Vian tirou de seu romance homônimo e que ele assinou com seu nome real.
Jean Boullet também é um crítico de cinema que venera os filmes fantásticos e de terror que podem ser vistos no cinema Midi-Minuit nos Grands Boulevards. Para exibir os filmes ainda mais raros que ele ama, ele montou um cineclube privado em sua casa na rue Bobillot: a Société des Amis de Bram Stoker. Ele também estará com Michel Caen, Alain Le Bris e Jean-Claude Romer , o cofundador da crítica de cinema Midi Minuit Fantastique (1962-1971). Esta revista foi publicada por Éric Losfeld . Midi Minuit Fantastique era dedicada a filmes de fantasia, terror e ficção científica5. Jean Boullet aposentou-se da escrita em 1966.
Fundamentalmente libertário, anticlerical, inimigo das ordens estabelecidas e pessoalmente lançado numa busca frenética pelo bizarro e pelo proibido, Jean Boullet é também apaixonado por muitos outros temas: sexologia, ilusionismo, magia, demonologia, mitologia popular… Em dezembro de 1965, ele abriu uma livraria, Le Kiosque, na rue du Château, 79, especializada nestes temas e em histórias em quadrinhos colecionáveis. Aleijado por dívidas, ele fechou a loja no início de 1969 e, em agosto, mudou-se para a Argélia, para Ouargla , para administrar uma livraria lá.
Em diversas ocasiões, ele viajou ao Magreb, notadamente à Argélia, Marrocos e Mauritânia, mas também ao Senegal e ao Sudão, de onde trouxe muitos desenhos.
Durante o verão de 1970, ele deixou Ouargla para o sul e empreendeu uma viagem enquanto mantinha sua livraria. Durante uma das etapas desta viagem, no final de dezembro, ele foi descoberto em Tébessa, ao sul de Constantino, segundo o relatório da polícia argelina, enforcado em uma árvore. No livro, Jean Boullet: Le Précurseur” de Denis Chollet, publicado em 1999, não se sabe se foi assassinato, suicídio ou uma coisa sexual que saiu do controle. Segundo o escritor Roger Peyrefitte , Jean Boullet foi morto a facadas.
Guy Loudmer, Hervé Poulain e Pierre Cornette de Saint Cyr dispersaram sua oficina em Paris em 23 de abril de 1971.
Homoerotismo
Assumidamente homossexual, proclamando-se “pintor da beleza masculina”, multiplicou os desenhos ou pinturas de uma estética homoerótica um tanto inspirada na de Jean Cocteau.
Jean Boullet, durante a sua vida, conheceu os Tout-Paris cujos nomes eram então: Édith Piaf , Michel Déon , Marie-Laure de Noailles , Jean Cocteau , Juliette Gréco , Jacques Chazot , Piéral (a partir de 1942), Sacha Guitry , Marcel Carné , Roland Lesaffre , Kenneth Anger , Félix Labisse , Lise Deharme , Michel Laclos, Elliott Stein , Jacques Courtois .
Ele também era amigo de Max Jacob . Um retrato em tinta da Índia feito por ele em 1943 representando o poeta bretão usando a estrela amarela está agora preservado e apresentado no Museu de Belas Artes de Quimper.
Jean Boullet
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