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Hilux Champ: Toyota planeja lançar inédita picape comercial no Brasil
Registros no INPI indicam possível chegada da Hilux Champ ao Brasil como opção acessível da marca japonesa; na Ásia, versão custa menos de R$ 100 mil A Toyota Hilux Champ, já comercializada na Ásia, surge como uma alternativa para quem busca uma picape robusta sem gastar muito. Com pre��os entre R$ 64 mil e R$ 80,5 mil na Tailândia, a Champ oferece simplicidade e funcionalidade, tornando-se uma…

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#auto#BRASIL#CAPITAL DA TILÁPIA NEWS.#comercial#famosos#Hilux Champ#inédita#lançar#noticas#NOVIDADE#ocombatente#ocombatente.com#picape#planeja#Toyota
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Novas perspectivas sobre OVNIs: NASA nomeia diretor e planeja uso de tecnologia avançada
Um olhar sobre os planos da NASA para o futuro da pesquisa de OVNIs é apresentado pelo cosmólogo Christopher Pattison. Com relatos contínuos sobre o que tradicionalmente eram chamados de OVNIs (objetos voadores não identificados), a NASA está dando grande importância ao assunto. Após a publicação de um relatório por um comitê independente de especialistas em astronomia e segurança da aviação, a…

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Tô querendo acompanhar a F1 ano que vem, sabe onde é melhor pra assistir de graça?
as corridas todas passam na Band e acho q outras sessões (classificatória) passam no site da Band se vc tiver login
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Mano... Tô vendo Estação Livre, um programa da cultura com foco na população negra, e mostraram o trabalho de um fotógrafo, e aí aparece um foto de uma mão com 6 dedos?? Prestei mais atenção e deu pra ver mais mãos cheias de dedos, texturas e cabelos bugados, um cavalo marinho todo esquisito e aí mostra o fotografo na cara dura falando e mostrando que usa IA e incentivando o uso. Tá lá o cara "olha que legal, o midjourney é melhor porque eu descrevo exatamente como eu quero a cena e ele entrega: uma idosa no trem assim e assado e dá pra mudar o tipo de lente da foto". Ah, vá se ferrar. Eu nem tô acreditando.
#o cara fala que é fotógrafo???#mano planeja um ensaio fotográfico#chama gente negra pra fotografar#nossa como eu tô bravo
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BANCO CENTRAL DO BRASIL PLANEJA ELIMINAR PARCELAMENTOS SEM JUROS NO CARTÃO DE CRÉDITO - O Banco Central do Brasil anunciou recentemente que pretende acabar com os parcelamentos sem juros no cartão de crédito a partir de 2024. Essa medida tem causado preocupação entre os comerciantes, que já enfrentam dificuldades nas vendas. A possibilidade de não contar mais com a opção de parcelamento sem juros, que facilita a vida dos consumidores e incentiva o consumo, poderá impactar ainda mais negativamente as vendas e a rentabilidade dos estabelecimentos comerciais. Essa mudança representa um desafio para os comerciantes, que terão que se adaptar a novas estratégias para atrair e fidelizar clientes.
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Eu encontrei lar dentro dos teus braços, para falar a verdade, lutei por tanto tempo para parecer a garota forte que não deseja o amor tanto assim, mas quando você chegou e decidiu ficar, senti como se tivesse te esperado por uma vida inteira. senti como se estivesse no topo de um farol, olhando para as ondas e desejando que sempre fossemos nós a ver o mar ir e vir e nunca a parte que tem que se despedir. me tornei a pessoa que gosta de deitar no teu peito e ouvir com calma o som que faz quando o mundo se cala. eu me tornei uma pessoa que planeja um casamento mesmo sabendo que talvez o agora não seja o ideal, me tornei uma garotinha esperando pelos finais de dia dentro de uma cozinha barulhenta e passos de dança sem ritmo com você. você chegou e me mostrou que eu não sou a pessoa que foge do amor, mas a que deseja, do fundo da alma, te amar com tudo que for capaz.
#tu#dramaticadora#poecitas#pvpmembros#quandoelasorriu#lardepoetas#mentesexpostas#julietario#projetoautoral#projetocartel#projetoflorejo#projetoliterario#espalhepoesias#meus
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⠀⠀ ⠀ ⠀𝓅. ❤︎ 𝐚𝐢𝐦𝐞𝐞 ⠀· Capítulo 1
a v i s o s : uni!au, dark academia br, dilf, smut com o wagner, oral e masturbação fem, dirty talk, dumbification, degradação 2,7k palavras ⠀⠀· prólogo
O aroma temperado das batatas recheadas preenche a cozinha. Folha de louro, páprica, orégano. Dá água na boca.
Um sorriso cresce no canto do seu rosto, não só pelo apetite, também por causa do orgulho com que o cozinheiro retira a assadeira do forno. Vocalmente satisfeito com o próprio desempenho. Nada humilde, ao deixar o objeto quente na pia e aspirar o vapor teatralmente, cerrando os olhos num suspiro.
— Parece muito bom — você comenta, sentada à bancada.
Wagner aceita o elogio de bom grado, não faz cerimônia.
— E quando não fica? — brinca.
Limpa as mãos no pano de prato, enquanto os olhos correm pelo recinto. Como sous chef, a segunda em comando nas panelas — embora sem possuir todos os dotes necessários de culinária —, fica a seu encargo buscar o molho para cobrir a receita.
Atrás de ti, o homem se ajeita com o intuito de auxiliar. “Isso, pode espalhar”, murmura, observando o líquido avermelhado escondendo as batatas douradas. Elogia, diz que você boas mãos pra essas coisas, o que acaricia seu ego, mas ele sempre fala isso, não? Pra ele, você é a mais talentosa, a mais inteligente, a mais capaz...
Finalizando, o restinho que fica na colher de pau é recolhido de pouco em pouco pelo seu indicador. Prova o sabor agridoce, sente a marca suave dos tomates, porém não lembra mais quais foram os outros ingredientes na mistura.
Wagner beija a sua bochecha, aperta os braços na altura dos seus seios e te tira do chão por alguns segundinhos com a intensidade do abraço.
— Linda — te aprecia, casualmente. Não resiste ao próprio trabalho, passa o dedo na colher, leva à boca. A segunda prova, no entanto, direciona à sua.
Você chupa o dedo dele, casualmente. Torna-se um momento molhado a teor de alho, pimenta e mostarda. Ele te alimenta até limpar a colher, rouba o gosto do molho atrav��s de um beijo, da mesma forma, roubado. Quando se afasta, é apenas para lavar o utensílio na pia.
Seus olhos o seguem, o observam. Gosta de vê-lo no seu habitat natural, para além do campus. Ele fica mil vezes mais atraente se está na cozinha, morfando temperos e descascando legumes. Simplesmente, não consegue reprimir a necessidade de estar junto dele, de tocá-lo. Quer ter na palma da mão, sentir o cheiro.
Chega mais pertinho de novo, então. Os dedos sobem pelos cabelos curtos na nuca alheia, o canto do seu rosto descansa no braço forte. Encara-o. A barba recém feita, a pele levemente bronzeada de quem passou as últimas duas semanas de férias na praia com os filhos. O perfume cítrico. Os ombros largos.
— Eu sei o que você quer quando fica olhando assim pra mim... — a voz profunda comenta.
Sempre foi muito difícil não olhar para ele, não ser atraída pela aura dele. Que sorte a sua, portanto, que ele era seu professor.
A matéria não é obrigatória no seu currículo, mas a sua amiga recomendou as aulas depois de uma boa experiência no período anterior e você ficou tentada. O horário também é agradável, funciona na sua grade. Sem falar, claro, da ementa relevante.
Wagner chega um pouco atrasado no primeiro dia de aula — sete minutos, para ser mais preciso. Pede desculpas mil vezes, enquanto se instala na mesa, justificando que também era o primeiro dia de aula do filho mais velho e, como um bom pai coruja, não pôde deixar de levá-lo ao prédio da Economia, do outro lado do campus universitário. Você se senta no fundo da sala, quieta. Não tem conhecidos próximos nessa disciplina, por isso planeja só fazer a sua parte, em silêncio. Ao mesmo tempo que espera que vai aprender e se divertir muito, não gosta de nutrir expectativas muito grandes para evitar a decepção. Mas Wagner... Wagner é tudo aquilo que a sua amiga garantiu que ele era.
Ao separar dos lábios dele, já fisgou a sua atenção. A voz que vem da garganta é aveludada, funda, com uma rispidez masculina. Se fecha os olhos, ainda vai poder fantasiá-lo claramente. E pra soma, a eloquência do discurso é uma acompanhante de ouro.
Ele não é apenas inteligente, daqueles que cospem duas frases repletas de referências culturais e literárias sem carisma. Pelo contrário, é o carisma natural que o enfatua. Em meia hora de explicação, consegue estabelecer conexões entre o autor nacional que precisam ler no começo do curso com dois ou três filmes produzidos no mesmo território e teorias que os perpassam paralelamente. Não usa o quadro, mas gesticula. Fala devagar, calmo. Olha no olho, dá ênfase no que precisa ser enfatizado, e não deixa de largar uma piadinha que converse com a discussão.
Você gosta da aula, mas gosta mesmo porque gostou dele. Se tivesse que fazer a mesma disciplina com certos odiáveis do departamento dele, provavelmente teria logado no sistema só para trancar nos dez minutos iniciais.
Ao fim, você é um dos outros alunos que permanece na sala para conversar com o professor. Não tem uma pergunta instigante, ou um comentário que possa gerar discussão pro próximo encontro, quer apenas suprir sua necessidade de constantemente se justificar, deixando-o ciente de que “essa não é a minha área, mas eu vou me esforçar e tentar contribuir de alguma forma.”
Ele sorri, guardando os pertences na mochila preta.
— Que isso... — murmura, bem-humorado. — É claro que é a sua área também, literatura brasileira é para todo brasileiro — garante. — Vai ser um prazer ter você na minha disciplina.
Sabe que a gentileza é universal, não é como se ele tivesse dito isso somente para você, por ser você, por existir alguma instância especial aqui. Só que, veja bem, é isso que você entende.
Passa a noite pesquisando a respeito dele. Analisa o lattes, vê onde se formou, as áreas de foco de pesquisa, a trajetória que o trouxe até aqui. Descobre que ele também fez cinema, que atua num projeto que une as duas faculdades no seu campus. Nas redes sociais, revira as publicações do começo ao fim.
Ele tem dois filhos; um estreando a vida universitária e outro iniciando o último ano do ensino médio par chegar no mesmo destino. No entanto, nunca se casou. Tem uma relação amigável com a mãe dos filhos, dedicou a ela um post no aniversário do ano passado. Interessante... Então, ele é solteiro, não é?
O feed apresenta divulgações de eventos e manifestações políticas de esquerda que participou, amigos e família, um curta que lançou há dois anos e registros das aventuras culinárias. As fotos das viagens a Salvador te mantém acordada até tarde. Vê uma por um. O físico natural, nada rebuscado por uma musculação pesada. Pelinhos finos no peito, os fios grisalhos nas laterais dos cabelos. Ao redor do pescoço, uma correntinha dourada finaliza com um crucifixo delicado.
Nas aulas seguintes, você se pega atenta à mesma correntinha.
Atenta, imaginando o contraste da frieza suave do material metálico contra a pele quente por baixo da blusa estampada. Os seus lábios secam, solitários. A boca deseja por algo, por sentir, triturar. Devaneia com a possibilidade de segurar o crucifixo entre os dentes, chupar e depois soltar para a peça roçar molhada no peito ardente. Com ele, você acredita que nunca ficaria com a boca vazia. Floresce em ti uma fome de devorá-lo, de servi-lo.
Deseja-o. E normalmente, se deseja, você busca saciar a ganância.
— Eu sei o que você quer quando fica olhando assim pra mim... — ele acusa.
É final de aula, só restam os dois na sala. Do lado de fora, o pôr do sol marca um momento de calmaria e discrição no prédio, a transição entre os alunos que saem do integral e os que chegam para estudar no outro turno.
A sua escolha é a de ser fingida.
— Não entendi — responde, calculadamente distraída.
Ele se senta na cadeira, respira fundo. A expressão que decora a face madura, entretanto, passa longe de irritação. Pelo contrário, você vê surgir, de maneira tímida, um sorriso ladino.
— Não precisa se fazer de sonsa — te fala, sereno. — Eu sei os joguinhos que você tá jogando, e com quem tá jogando.
Você pende a cabeça pro lado.
— Não sei do que tá falando, professor.
Wagner, por fim, deixa o sorriso se esticar.
— Só quero que você tome cuidado com o que tá mexendo — diz. — Talvez, você vai entrar numa aventura muito perigosa.
— Perigosa? — você apoia as mãos na mesa, inclina-se para frente. Ele olha ao redor, verifica se o ambiente ainda é propício. — Por quê, o senhor não quer se aventurar?
— Eu não disse isso...
— Então, por que tá tão preocupado com uma coisa que nem existe ainda?
Ele comprime os lábios, pensativo. Você não espera uma resposta, segue seu cronograma do dia. A resposta, porém, não tarda — a de nenhum deles. Este é um caso entrelaçado em pontas diferentes, com enfoques diferentes. Alguém tão ambiciosa quanto você não se contenta com uma vertente. Os seus joguinhos, como ele mesmo chama, te levam regularmente a um apartamento mais afastado da universidade.
Entre os móveis planejados e a escassa decoração nas paredes, os seus passos atropelados se misturam aos dele. As sacolas do supermercado ficaram no chão, pelo caminho, as mãos se ocuparam de outra tarefa mais importante envolvendo tatear pelas suas curvas. A ânsia no ósculo também é fácil de ser explicada: esperou tempo demais para te ter só para ele, sozinho. Foi paciente, compreensível, tudo nos seus termos, e agora que pode degustar antes que os demais se sirvam, a fome acumulada descontrola os nervos.
Num impulso te deita sobre a bancada. A barra do vestido expõem a peça íntima rendada, planejada para a noite. Ela separa as suas pernas, desce com os beijinhos da altura do seu joelho para o interior das coxas.
— A gente não... — você começa, ainda sem fôlego — ...a gente não deveria esperar eles chegarem?
Os dentes dele se arrastam na sua pele, indelicado. O rosto se ergue entre as suas pernas, te olha de canto, esfregando a bochecha na sua panturrilha.
— A gente vai — responde. Está sorrindo, claro, descarado. — Não vou meter em ti antes deles chegarem, prometo.
— Promete? — você sorri junto, acha graça na forma com que ele fala como se tivesse que se segurar muito pra não cometer um pecado capital.
— Prometo — sussurra de volta. — Só vou... — Os olhos voltam para sua calcinha. — Só... — Desliza o dedo por cima do tecido, circula numa areazinha específica. Te olha, flagra o suspiro abandonando os seus lábios. — Só vou te fazer um carinho com a minha boca.
Esperto, enquanto se esclarece, te despe da cintura pra baixo. E você está tão absorta no sorriso frouxo que mal se preocupa com a própria nudez, o decote do vestido por pouco exibindo o bico durinho de um dos seios.
Ele beija na sua virilha, passa a ponta do nariz pelo monte de vênus, aspirando o seu perfume floral.
— Só um carinho? — você reitera.
— Só um carinho — ele confirma. — Eu sei que você vai ficar bem cansadinha hoje, então é só um carinho.
Um afago, algo simples. O tremer das perninhas, o desmanchar, ele vai deixar para quando todos estiverem aqui. Agora, são apenas os aperitivos. Forra o estômago com o seu sabor, os lábios se encaixam perfeitamente nos seus. Espaça com os dedos para que a língua alcance mais longe. Os lábios estalam, a saliva se mistura à bagunça melada que escorre de ti.
O seu quadril remexe sobre o mármore da bancada, inquieta. Cerra os olhos, se permite jogar a cabeça pra trás e gemer. Quer que ele te escute, que os agudos docinhos preencham os ouvidos e a língua trabalhe mais rápido. Mas os seus esforços têm efeitos contrários.
O ritmo diminui, a língua descola da sua pele. No lugar, no entanto, o polegar ganha os holofotes, circulando por cima do clitóris.
Você apoia o peso do torso no cotovelos, se ergue da superfície o suficiente para encarar o homem. Mordisca o lábio, vendo a forma leve com a qual ele te massageia. Um murmuro arrastado vibra da sua garganta, hmm, manhosa.
— Mais, mais... — pede, repetindo a mesma palavra porque não consegue formular nada mais complexo no momento. — Por favor...
— Mais, é? — Segura no canto do seu rosto, se inclina para mais perto. Te assistindo desse jeito, de tão próximo, de tão envolvida no prazer, o tesão dele aumenta, dobra. Os seus olhinhos brilham vazios, como se o físico estivesse arrebatado, mas a mente vagasse oca. Sua única preocupação é melecar os dedos ou a boca dele com o êxtase, e isso é bonitinho de se ver. — Mas deixa pra depois.
E tudo que ele te deu até agora, ele te tira.
Você desce da bancada no mesmo instante em que os carinhos cessam e o homem se ergue. Ainda faz dengo, crispando os lábios.
— Ah, não faz assim comigo... — Envolve o pescoço dele com os braços, o olha de baixo, com carinha de coitadinha.
As mãos de Wagner vão parar na sua bunda, segurando por cima do vestido. Seu apelo, porém, prossegue sem render muito.
— O resto é só quando os outros chegarem — dita.
— Mas eu queria tanto...
— Queria... — ecoa, pouco preocupado com a sua carência. — Acho que você pode esperar alguns minutinhos, não?
Você faz que não.
— Impossível. — Rouba um beijinho dos lábios molhados dele. — Muito impossível. — E mais outro. — Queria, pelo menos, um dedinho seu me fodendo antes do jantar...
Ele sorri.
— Ainda assim, não ia te deixar gozar, minha linda. — Termina com um tapinha na sua bunda, antes de se afastar.
E embora você não curta a recusa, não se contém e empina na direção dele, pedindo num fio de voz ah, bate mais forte.
Wagner estala a língua, enquanto recolhe as sacolas do chão do apartamento. Você ri, atrevida.
— Qual tua tara, hein? — te questiona, num tom sarcástico. Deixa as compras sobre a pia.
Você não se deixa abater.
— Vai ser sempre assim? — quer saber, apoiando os braços no mármore.
— O quê?
— Você me chupando na bancada antes deles chegarem.
Ele esconde um sorriso de lado. Finge não dar muita atenção, pega nas sacolas os legumes do jantar que planejou para o primeiro encontro entre todos vocês cinco, lava-os na água corrente.
— Só se você quiser...
— E o que você acha que eu quero? — Você se apoia na pia, encarando-o.
Wagner deixa a colher de pau no escorredor. Seca as mãos no pano de prato e, por fim, te devolve o contato visual.
Segura o timing, retendo a tensão. Vai se curvando para frente, trazendo a respiração quente para perto do seu rosto. A resposta para a sua pergunta está na ponta da língua — até mesmo da sua. Algo se torna rotina na dinâmica de vocês. Não é apenas sobre se encontrarem aqui nesse apartamento quase toda sexta-feira em busca de alívio luxurioso.
E ele te lembra, sussurrado.
— Que eu te chupe ali naquela bancada — ajeita a coluna, com um risinho vadio decorando o rosto —, não é, sua cachorra?
Você prefere empurrá-lo do que permitir que veja um sorriso bobo na sua face. Desvia-se, saindo da cozinha sem nem olhar para trás. Encontraria qualquer desculpa para se enturmar com Cillian ou Pedro no sofá da sala, porém a porta do apartamento se abre e Swann dá o ar da graça.
— Até que enfim! — Pedro comemora, vindo com a clara intenção de pegar o vinho das mãos do Arlaud. — Hm... — analisa a embalagem escura. — Não entendo nada de vinhos, mas vou acreditar que esse é dos bons... Wagner, o Swann trouxe um vinho...
Além do Moura, outra rotina também é estabelecida nessa dinâmica, envolvendo o único francês do departamento dessa vez. Swann poderia chegar e ir direto pros seus braços, mas a primeira coisa que faz está longe de abranger os seus encantos: do anelar, retira a aliança dourada do dedo e guarda-a ao lado do cinzeiro, sobre o aparador perto da porta.
Você testemunha a cena conhecida, se acostumou a ter que conter a animação por alguns segundos antes de, finalmente, tocá-lo. O recepciona, quando pode, com um beijo e um abraço apertado. Ele sussurra no seu ouvido o quanto está linda, galante como sempre é, segurando firme na sua lombar. E por cima dos ombros dele, ostentando um sorrisinho, seus olhos se concentram no anel que jaz sobre o móvel à frente.
Te conforta o coração saber que esta é a última noite em que o verá no dedo do seu professor.
ネ⠀· ❛ nao sei dois beijos boa noite fml
#⠀ׁ⠀❛ 𝐚𝐢𝐦𝐞𝐞 ❤���#imninahchan#wagner moura#wagner moura smut#wagner moura fanfic#swann arlaud#pedro pascal#mads mikkelsen#cillian murphy
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Behind the Mask
ATENÇÃO!! Essa capa será doada no dia 12/04. Até lá, se você planeja adotá-la, já comece a elaborar o plot.
Categoria: Diários de uma apotecária Personagens: Jinshi e Maomao Design por: @druh19 Fanart por: @anyanary
#doação de capas#capa para spirit#chaos!squad#capas spirit#capista#anime#designer#dilunari#diarios de uma apotecaria#jinshi#maomao#jinmao#the apothecary diaries#kusuriya no hitorigoto#capas de fanfic#capa divertida
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Headcanon - NSFW Alphabet Enzo Vogrincic.
Olaaa!! Antes de tudo queria dizer que vi o NSFW Alphabeth do Matías (não lembro agora o user da menina que fez) e fiquei completamente biruta sobre como seria o do Enzo, então toma putaria pq eu to no meu período fértil 🕊
A = aftercare
Até depois do sexo o nosso Enzo é um gentleman. Ele planeja tudo, até os míseros detalhes como preparar a banheira com velas aromáticas pra vocês relaxarem depois de horas fodendo.
Ele gosta de te mimar te dando algo doce pra comer, trocando suas roupas e te dando banho.
B = bodypart
Ele é OBCECADO pelas suas pernas e suas orelhas. Até quando não há intenção ele gosta de passar as mãos nas suas pernas e mexer na sua orelha com a desculpa que achou o brinco bonito.
Quando você passa alguma loção pós banho que acaba deixando suas pernas mais brilhosas ele fica louco e com vontade de se enfiar no meio daquelas beldades, como ele diz.
C = cum (onde ele gosta de gozar)
Ele adora gozar no seu abdômen, você achava meio estranho no começo mas passou a achar atraente por gostar da visão que tinha. Ele sempre limpa a região e dá beijinhos por ali, subindo até chegar na sua boca.
Também gozar no seu rosto após um boquete é o seu prato predileto. Ver seu rosto cheio de porra o deixa com mais tesão ainda e com vontade de te foder de novo.
D = dirty secret (algo que ele gosta muito mas nunca te contou)
Apesar de ser um cavalheiro, ele sempre teve a vontade de te colocar amarrada na cama e de olhos vendados. Também tinha um desejo enorme em te ver com aquelas fantasias sexys como a de enfermeira por exemplo, mas tinha medo de você o achar um tarado e tinha medo de te machucar quando estivesse amarrada.
E = experience
Por ser um cara mais velho, o Enzo era experiente na cama e sabia das necessidades de uma mulher durante o sexo.
Ele sabia exatamente do que você gostava e de como fazer tudo, inclusive posições que ele nunca havia feito contigo mas morria de vontade.
F = favorite position
Ir por cima tava definitivamente no topo da lista de posições favoritas do Enzo. Ele gosta de te admirar enquanto te maceta e te enforcar com aquelas mãozonas.
Te ver revirar os olhos de prazer e morder os lábios era sua parte favorita.
Enzo acha fofo como suas bochechas ficam extremamente coradas quando você está prestes a gozar e era uma das suas razões pra gostar de ir por cima.
G = goofy (se é sério no momento ou solta umas piadocas)
Ele mais faz graça antes do sexo do que durante ou no pós. Ele fica te provocando te chamando de "chiquita desesperada" quando só falta você implorar de joelhos pra que ele te macetasse na cama, e o abusado ainda ri da sua cara quando você faz isso.
H = hair
Ele não liga de se depilar quando você pede, mas normalmente ele só dá uma aparada nos pelos e vapo.
I = intimacy
Vocês possuem uma intimidade invejável. É algo que ele preserva e cuida muito. Enzo gosta de ser o mais romântico possível, você é o porto seguro dele e ele é o seu porto seguro.
É por isso que vocês não possuem o relacionamento aberto, você é a pessoa que ele mais confia e não consegue se ver fazendo algo tão íntimo com alguém que ele não conhece da forma que te conhece.
J = jerk off (se ele bate uma)
Olha, depende muito viu.
Se vocês estão longe um do outro por muito tempo ele acaba se masturbando só lembrando de você sem roupa e das vezes que vocês transavam.
Quando um dos dois viaja, você tem o costume de mandar fotos provocadoras e aí o nosso Enzito não resiste.
K = kink
MÃOS. É meio difícil um homem ter fetiche em mãos femininas mas puta merda, o Enzo tem uma tara absurda pelas suas mãos.
Só de imaginar seus dedos acariciando seu pau e fazendo o famoso movimento do vai e vem deixa ele pirado.
Também chupar seus dedos da mão enquanto você senta nele é a visão dos deuses, e convenhamos que isso te dá um baita tesão porque ele faz questão de fazer contato visual enquanto suga seu polegar com aqueles olhos de POTY (Puto Of The Year)
L = localização
Seu carro e o sofá da sua casa e da casa dele. Normalmente é deitadinhos no sofá de carícia um com o outro que a pegação começa, também é o lugar mais confortável para os dois.
M = motivação
Você existir já é uma motivação pra ele querer te macetar. Tem nem explicação, é isso.
N = NO (algo que ele não gosta)
Voyeurism, pra ele o sexo é uma intimidade apenas do casal e ele morreria de vergonha se alguém os visse fazendo algo.
Degradação também é algo que ele não curte muito, as vezes só te chama de "hija de puta" quando você senta muito forte e quase faz ele gozar antes da hora.
O = oral
QUE LÍNGUA ABENÇOADA. O Enzito tem o superpoder de te chupar melhor do que ninguém e também mexe a língua muito rápido, o que te deixa biruta.
Ver você descer e ir chupando seu pau devagarzinho começando pela cabeça muda a química do cérebro dele. Fazer contato visual durante o boquete mexe muito com ele, porquê o Enzo é muito observador e repara em TUDO.
P = pace (se gostam do sexo rápido ou lento)
Por serem tranquilos, vocês optam pelo sexo mais lento e cheio de carícias, porém é um sexo desesperado, ambos sedentos um pelo o outro. Mas quando os dois enchem a cara parece que ativam o botãozinho da safadeza e a vontade de transar sobe lá pra cima.
Q = quickie
Ele adora 🫦🫦
Banheiro de bar ou da casa de alguém que tá tendo festa é o LDF (Lugar De Foda, como vocês apelidaram) favorito dele.
R = risk
Ele não liga muito, tá disposto a tentar tudo, menos as que envolvam enfiar coisas nele.
Se vocês não gostarem de algo, faz parte, façam outra coisa.
Vocês são jovens ainda, provem de tudo com responsabilidade!
S = stamina (quantas rodadas ele aguenta)
3 no máximo, desde que vocês tirem uns minutinhos pra se recomporem e voltarem ao trabalho.
T = toys
ADORA. Principalmente vibradores.
Ele gosta de usar em você e nele, particularmente adora quando você vai passando o vibrador devagarzinho pelo pau dele até quase chegar na cabeça, ele endoida.
U = unfair (como ele é provocando)
Ele ama te provocar, andar com um shortinho apertado e sem camisa pela casa, ele sabe exatamente o que essas coisas te causam.
Toda vez que ele passa sem camisa ou com aquelas regatas que deixam uma parte do seu peitoral perto de você, ele te olha de canto e percebe a sua cara de desejo. O Enzo se diverte horrores fazendo isso.
V = volume
O sexo é tão gostoso que ele mal se lembra de soltar algum som, mas quando solta... é a melodia dos anjos.
Ele tem um gemido gostoso, toda vez que ele solta um "Ah, chiquita" com aquela voz de puto manhoso você se derrete.
W = wildcard (algum fetiche estranho etc)
Seus pés. Sempre que você chega da manicure com os pés bonitinhos ele fica imaginando você batendo uma pra ele com os pés em seu colo
X = x-ray
Já dizia a doja cat... o narigão entrega.
É grande, tipo, grande mesmo. Falando em medidas, 18 cm.
Aguenta? 😝
Y = yearning (o quão alto é desejo sexual dele)
Mediano, mas quando bate a saudade o desejo sexual fica extremamente alto.
Os tapas na sua bunda, as mãos na sua coxa subindo cada vez mais, as fotos das mãos dele te propósito... Ai ai esse Enzo.
Z = ZzZ (é o famoso goza e dorme ou não?)
Sente mais fome do que sono KKKKKKKKKK mas quando vocês transam por duas horas ele fica extremamente exausto e cai no sono abraçadinho com você fazendo cafuné no cabelo dele.
#eu te amo enzo vogrincic#enzo vogrincic#headcanon#enzo vogrincic imagine#lsdln x reader#enzo x reader#smut
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Eu aprendi que ignorar os fatos não os altera. Eu aprendi que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você. Eu aprendi que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas. Eu aprendi que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa. Eu aprendi que a vida é dura, mas eu sou mais ainda. Eu aprendi que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu. Eu aprendi que quando o ancoradouro se torna amargo, a felicidade vai aportar em outro lugar. Eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito. Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você está escalando-a. Eu aprendi que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.
(Fernando Pessoa)

#artists on tumblr#carteldapoesia#digital art#espalhepoesias#liberdadeemocional#liberdadeliteraria#liberdadepoetica#love#love poem#love quotes#pensamientos#poesia#prose#poemas#poetry#poem#poecitas#mentesexpostas#pequenosautores#pequenosescritores#pequenospoetas#projetoflorejo#projetoalmaflorida#projetoversografando#projeto cartel#projetovelhopoema#projetocartel#projetopequenosescritores#citações#citas de amor
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bem q vc podia escrever sobre as costas de 55 metros do Felipe, neah... apenas pensando 💭😔

queria causar danos mentais e bucetais a esse homem galera alguém conhece um feitiço? os peitos dele gigantes ownnnnnn fingindo que eu não demorei um século pra responder
Pipe!noivo que cuida o dobro de ti depois que te pede em noivado, as vezes chega até a ser sufocante como ele fica em cima de ti o tempo todo, mas é adorável e incrível ter alguém que te ama tanto e demonstra dessa forma, ainda mais sendo o homem dos seus sonhos.
Pipe!noivo que todo fim de semana tem uma tradição de fazer algo romântico juntos e que a atenção dele seja exclusivamente sua, pois ele tem noção que a vida de ator acaba distanciando vocês dois fisicamente e o maior terror dele é você se sentir indesejada ou abandonada, por isso se esforça ao máximo para sempre estar presente, se dedicando a não deixar o relacionamento cair em rotina.
Pipe!noivo que em um desses fins de semana planeja um churrasco na área da casa que vocês compartilham. Faz tudo e tudo mesmo, desde organizar o lugar até cozinhar cada porção de comida. Agora você se sentia torturada ao observar ele na churrasqueira sem camisa, com o cenho franzido ao assar as carnes na festa em comemoração a simplesmente estarem juntos. Seus olhos ficavam vidrados nas costas largas e os músculos tensos enquanto Pipe movia os braços torneados, a pele pálida e avermelhada queimada tanto pelo sol quanto pelos seus olhares constantes.
Pipe!noivo que sabe como a cena dele fazendo tarefas domésticas te deixa toda tesudinha e babando no físico dele, ainda mais com a maneira que de vez em quando se afasta do fogo para ir te dar um beijinho e te acariciar de uma forma bem sugestiva rsrsrs ele faz questão de apertar sua bunda ou cintura só para te ver estremecer e ficar putinha com a forma que ele te provoca.
Pipe!noivo que faz seu pratinho do jeito que vc gosta, se come mt ou pouco ele já sabe de cabeça, assim como seus acompanhamentos favoritos💋 ama te servir e não importa a ocasião faz de tudo. Até quando tá emburrado te serve com um bico enoooooorme e resmungando um monte de coisa em espanhol que não dá pra entender nada, porque ele junta uma palavra na outra em meio a birra.
Pipe!noivo que depois de comerem retoma os carinhos ousados, quando você ta lavando a louça ele ja chega te encoxando, pressionando os quadris no seu e descendo as mãos pela sua cintura pra apertar toda a sua pele macia e continua a se fazer de sonso viu? finge que não é nada demais sendo que ja dá pra sentir a ereção pelo short fino de banho😯☝🏻Ambos não aguentam a tortura e já começam a se beijar praticamente se devorando, nem ligando pro ambiente aberto que estão. Impaciente como é, Felipe não tarda em te levar pra bancada mais próxima e nivelar vcs dois pq como ele é alto dms acaba que dói o pescoçao dele quando estão se beijando assim😔 Na hora que te põe sobre o mármore, se apressa em desfazer os lacinhos da calcinha do seu biquini e nem desfaz o do sutiã, só afasta msm e já tá ótimo😛
pipe!noivo que não demora a segurar suas coxas para entrelaçar as suas pernas ao redor da cintura dele e começar a esfregar o pau na sua buceta que se encontrava meladinha por causa de toda a provocação dele. Ambos gemem alto em meio aos beijos com as línguas entrelaçadas e quando sente os dedos gigantes do Felipe descendo para circular seu clitóris, nem consegue mais beijá-lo e sim fica só soltando miadinhos enquanto arranha as costas pálidas🗣 e o Pipe tem um tesão absurdo nas marcas que você deixa no corpo dele, se sente orgulhoso de te dar prazer a um ponto que você perde controle e acaba por descontar nele. Não ironicamente acha que não te fodeu direito se vc não marcar a pele dele seja com seus lábios, unhas ou mãos.
pipe!noivo que sabe exatamente como te tocar e como você gosta que ele brinque contigo antes de te penetrar, por isso, massageia toda a sua fendinha, fingindo que vai penetrar, mas volta a só dedar seu pontinho inchado de um jeito alucinante, e quando vc chega perto de gozar, gemendo o apelido dele em um sotaque adorável, o diabo argentino para e fica sorrindo todo arrogante enquanto acaricia as laterais do seu grelinho como se não entendesse o que vc quer. E, em contrapartida, em desespero, vc dá o que ele quer e implora com a voz manhosa pra ele te deixar gozar ou só te comer logo. Então, como a carne e fraca e ele já não aguenta mt, cede aos seus choramingos e enfia dois dedos com facilidade por conta da bagunça molhada que está o meio das suas pernas. O orgasmo chega rapidamente e com força conforme a ponta dos dígitos tocam seu ponto g e a grossura deles te preenche de uma forma deliciosa, além do polegar grosso que circula seu clitóris com uma pressão certeira e que te faz revirar os olhos.
pipe!noivo que te enche de selinhos e elogios enquanto vc se recupera, mas já tá retirando o pau duro e pingando de dentro do short, punhetando o comprimento ao usar seu melzinho como lubrificante. Na hora que ele percebe que vc está menos ofegante, pincela a cabecinha na sua entradinha apertada e faz uma pressão pra meter devagarinho. Ele sabe que é grande e toma cuidado pra não te causar tanta dor (de uma forma que machuque neah💋). O abdômen dele já fica tenso só de ver a diferença de tamanho e fixar os olhos na sua buceta se alargando pra recebê-lo, fica bobinho quase babando quando vai dando estocadas curtas pra abrir mais espaço. Ele segura suas pernas o mais afastadas possível pra conseguir enfiar tudo e quando consegue, fica todo dengoso, gemendo meio fino e dizendo como sua bucetinha é a melhor que ele ja fodeu❤️❤️❤️❤️ além de começar a falar um monte de baboseira sobre o casamento quando acelera o ritmo dos quadris, causando aquele som característicos das peles se chocando e dos líquidos de ambos se deslocando a cada vez que o pau avantajado entra por completo. Vê que vc nem aguentava mais se apoiar nos cotovelos, tremendo com o estímulo de ter um pau tão gostoso te fodendo e com os quadris habilidosos atingindo aquele ângulo que te fazia ver estrelas, então o Felipe pega seu rostinho e agarra seu torso com os braços musculosos, te pressionando no tronco dele como se fosse um abraço, seu rosto quente e molhado com algumas lágrimas encontrando abrigo na curva do pescoço grosso e pálido na medida que as estocadas firmes sacudiam a parte do seu corpo que ele não segurava com tanta firmeza. Na hora que seus olhos abriram não pôde deixar de notar como o vidro da janela da casa refletia a imagem suja e erótica de vocês dois unidos, um miado mais alto com o nome dele saindo da sua boca ao ver como o corpo largo dele praticamente engolia o seu, parecendo uma bonequinha que ele poderia manipular do jeito que quisesse.
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O homem cinza
Fanfic com Hozier x reader
Alertas: nenhum, é só o primeiro encontro da reader com o Hozier
Número de palavras: 6949
Como pode a química amorosa surgir de repente, em qualquer instante da sua rotina patética? É o que todos os livros da Jane Austen, os filmes romcom, ou novelas da Glória Perez fizeram todos os seres humanos acreditarem. E você odeia admitir, mas é verdade. Os sentimentos não marcam hora e nem possuem um planner como você, entende? No entanto, a sociedade cobra de todos, homens, mulheres, não - binários, trans, que definam seus pares por volta dos 25 anos a 35 anos. É uma sensação, é uma convenção social, é uma prisão? Se você pudesse, perguntaria a Martha Medeiros cara a cara: “Como foi passar pela idade de casar estando só?”.
E, assim... você passou toda a sua adolescência imaginando o Grande Amor chegando entre os 15 e os 18 anos. Mas tudo que ganhou foi um bloqueio emocional, depois de se apaixonar intensamente por um garoto de 17 anos, padrão, que competia em natação na sua cidade. Só que... essa é quase uma situação digna de "Quadrilha", de Carlos Drummond. Fase traiçoeira, a adolescência. Não é independente, não pode vender suas coisas e entrar no primeiro ônibus para Caratinga (Minas Gerais), porque recomeçar sua vida numa cidade de 90 mil habitantes não é a resposta. Também não pode querer uma vida ativa e movimentada na Universidade de São Paulo (USP), porque o custo de vida paulistano é mais alto do que cursar medicina na sua própria cidade.
Sabe… na verdade, na verdade, você fica irritada para caramba quando vem aquelas “sábias” pessoas dizendo que seu príncipe, princesa, sabe lá o que… está esperando você. Contudo, você não quer esse conselho estupido! Não quer alguém esperando você em algum lugar. Quer alguém que ande com você, no mesmo passo, no mesmo ritmo — ou, pelo menos, que tente.
A questão é que a espera cansa. É como se a vida fosse uma fila interminável, onde o “grande encontro” estivesse marcado para o número 483, mas você está no 202033… Entre um passo e outro, dizem para você se distrair, para focar nos estudos, no trabalho, na terapia (ah, sim, sempre tem a terapia). Mas nunca dizem que a fila às vezes parece não andar. E, no fundo, você se pergunta: e se nem for uma fila? E se você estiver esperando algo que não vai chegar?
E é por isso que você odeia essa ideia de "alguém esperando você". Porque ela te prende num ciclo ridículo de expectativas que ninguém nunca prometeu cumprir. E sabe o que é mais doido? Você já começou a se questionar se o problema está mesmo em encontrar alguém ou se está no fato de que, talvez, você esteja tentando se encontrar primeiro. Mas como é que se faz isso? Como é que se encontra alguém que nunca esteve perdido, ou, pior, que está tão perdido quanto você?
O que está perdido para você no amor? Não tem resposta, mas talvez a permissão de se sentir sem medo, de perder o controle. Seu dia a dia mostra uma tendência a manter os sentimentos protegidos, testando antes de se entregar, como se o amor fosse um jogo estratégico. Mas amor não é algo que se planeja até a perfeição — é uma experiência que exige vulnerabilidade, por mais desconfortável que pareça. É tudo desconfortável! Até mesmo a solitude.
E… Você se atrai por mentes brilhantes e conversas que desafiem sua inteligência, e isso é essencial para que o interesse se mantenha. Mas não deixa de ser apenas a compatibilidade mental defina seus relacionamentos. O amor também vive no inexplicável, na química, no toque, no riso sem motivo. E sua tendência retraída, não necessariamente seja introversão, mas indicam que, por um lado, você deseja um amor sólido e confiável, mas, por outro, tem uma abordagem sutil e até misteriosa no romance. Buscar equilibrar essas duas energias pode ser um desafio — você quer alguém que seja estável, mas ao mesmo tempo inspirador. Onde está o segredo? Está em encontrar alguém que respeite seu tempo, mas que também saiba como desarmar suas defesas com carinho e inteligência?
Talvez o segredo não esteja em encontrar alguém que encaixe perfeitamente no seu molde de expectativas, mas sim alguém que faça você questionar por que esse molde existia em primeiro lugar. Alguém que não tenha pressa, mas que também não fique parado esperando você se decidir. Porque, no fundo, você sabe: não quer alguém que espere, quer alguém que chegue.
Mas e se ninguém chegar? E se o amor não for esse evento espetacular que interrompe sua rotina patética, mas sim algo que se constrói silenciosamente, no intervalo entre um dia ruim e um café morno? Algo que talvez já esteja ali, disfarçado de amizade, de conversa fiada, de um toque despretensioso? é aí que vem o medo. Porque admitir isso significa aceitar que o amor pode não ser um raio que parte o céu ao meio, mas sim uma chuva cinza quase imperceptível que só se nota quando já mudou tudo de lugar. Significa entender que não há garantias, que abrir espaço para o amor é também abrir espaço para o erro, para a rejeição, para o desconforto. E você, que sempre quis controlar tudo, está disposta a abrir mão desse controle? Está disposta a deixar que o amor — se ele vier — seja algo que você não pode prever, planejar ou antecipar?
Ou será que, no fundo, você ainda acredita que pode encontrá-lo como quem resolve uma equação?
Você não acredita em nada é esta a verdade, incrédula, totalmente incrédula. Tão incrédula que apenas está parada num poste azul no meio da rua esperado algo, uma fina chuva cai… esperando… todos de guarda chuva… e você sem guarda-chuva… quando você vê um homem alto de cabelos ondulados, quase ruivos, caindo sobre o rosto, carregando uma mochila como se fosse o próprio Sísifo, e usava uma blusa listrada horizontal, azul marinho desbotado quase cinza, e branco. Sem guarda-chuva. Ele parecia essa transição do cinza nublado para um tom azulado. E, de alguma forma, ele reflete como você está descobrindo mais nuances e profundidade nessa pessoa. O cinza. Talvez foi nesse processo de contemplá- lo que coloriu essa conexão de uma forma mais vibrante e significativa.
Ao contemplar esse homem cinza em sua totalidade, você se percebe fora e diante de si mesma. Existem horizontes concretos, efetivamente vivenciáveis, que nunca coincidem por completo. Porque, independentemente da proximidade entre vocês, sempre haverá algo que você enxerga e que ele, da sua posição, não pode ver: as partes inacessíveis do próprio corpo — a cabeça, o rosto, a expressão —, o mundo atrás dele, os objetos e relações que, nesse momento, são visíveis apenas para você. E, num outro nível, quando seus olhares se encontram, duas almas distintas se refletem na pupila uma da outra. É possível reduzir ao mínimo essa diferença de perspectivas, mas eliminá-la por completo exigiria uma fusão absoluta, tornar-se um só.
Esse excedente do seu olhar, do seu conhecimento, do seu toque — ele sempre existirá, porque cada indivíduo é único, insubstituível em sua própria existência. Agora, neste instante e neste lugar, apenas você ocupa essa posição singular diante desse homem cinza. Todos os outros estão do lado de fora dessa bolha que se formou entre vocês dois. Essa distância concreta entre você e o resto do mundo, esse pequeno universo onde apenas vocês existem, e o que sobra disso tudo — o excedente da sua visão — é ele. O homem cinza.
E ele percebe. De algum modo, percebe. Talvez não com a nitidez que você gostaria, mas há um instante, um lapso breve, onde os olhos dele captam a sua presença como se, por um momento, ele também estivesse fora e diante de si mesmo. Uma hesitação sutil no passo, um franzir de sobrancelha quase imperceptível, um desvio de olhar que não é desinteresse, mas um reconhecimento silencioso. Vocês não dizem nada. A cidade continua a se mover ao redor, indiferente ao fato de que, por um segundo, algo foi criado ali, tênue como um traço de giz prestes a ser apagado pela chuva. A blusa listrada dele se mistura ao cinza do dia, ao reflexo molhado do asfalto, às nuvens carregadas que desbotam a tarde. Você pensa em palavras que nunca serão ditas. Em diálogos que só existem dentro de você.
E, no entanto, há uma presença, uma certeza absurda de que esse homem cinza agora existe na sua narrativa pessoal. Não como um destino, nem como um enigma a ser zelado, mas como um detalhe que se recusa a ser esquecido. Ele passa por você, a mochila ainda pesada nos ombros, ainda carregando o próprio fardo invisível. E você se pergunta se ele notou a maneira como seus olhares se tocaram brevemente, se ele percebeu o peso daquele instante. Ou se, para ele, foi apenas mais um passo no meio da chuva, um caminho a ser seguido, o mundo que segue indiferente.
Mas, para você, não. Para você, há o Agora e o homem cinza. E isso, de alguma forma, significa alguma coisa?
Os dias passam, e Saturno é seu aliado. Bom… se alguém matou uma outra pessoa e consegue escapar da polícia, mantendo-se fora do alcance da lei por um período. Você é a melhor amiga de Saturno. E, no seu caso, você não está fugindo de nada — ou talvez esteja. De sentimentos, de expectativas, de tudo que te disseram que deveria acontecer e nunca aconteceu. Você não se sente perseguida por sirenes ou investigações, mas sim pela sensação persistente de que algo deveria ter acontecido e não aconteceu.
E se Saturno castiga os impacientes, e ele premia você. Você espera. Você sempre esperou. Espera tanto que se tornou a melhor amiga do Tempo. E Saturno te observa com seus anéis distantes, com sua paciência cósmica, sussurrando que certas respostas só vêm com a erosão dos dias. Talvez seja por isso que, em dias nublados, você ainda pensa no homem cinza.
“Será que ele cortou o cabelo?”, você se questiona despretensiosamente. Não tem nada mais aleatório do que se perguntar sobre um estranho cinza, você sabe. Amor à parte, essas narrativas inventadas são generalizadas, e às vezes servem como uma cura para frustrações infantis que continuam a te perturbar até a idade adulta. “Será que ele era casado?” É quase um crime brincar com essas ideias, mas a verdade é que, para seguir em frente, é preciso criar realidades reais. Talvez daqui a vinte anos você não possa mais se permitir imaginar situações com o homem cinza. Cresça e perdoe.
Sabe como você jurou que nunca mais falaria com aquele amigo que te dedurou no colégio. Dane-se! Enquanto isso, você toma seu café da manhã nublado, com chuva morna. “Se ele é casado, como será a esposa dele?” Pare… Talvez seja falta de caráter continuar com essas divagações. Mas quanto tempo faz isso? Será que agora ele joga futebol? Será que é um artista desconhecido?
Será que ele é um músico desconhecido, tocando um violão de tons de azul desbotado e cinza, os mesmos que você ainda associa a ele? Talvez esteja em um estúdio improvisado, com móveis gastos, criando letras que ninguém entende, mas que significam o mundo para ele. Ou será que ele é apenas mais um rosto perdido no meio da multidão, como tantos outros que você cruzou e esqueceu?
Essas perguntas continuam surgindo, mas você sabe que não há respostas. Há apenas o vazio do desconhecido e o impulso incômodo de preenchê-lo com suposições. Isso diz mais sobre você do que sobre ele, não é? No fundo, você está tentando montar uma narrativa que nunca existiu, talvez porque seja mais fácil romantizar um desconhecido do que encarar a realidade de que, por vezes, os dias seguem sem grandes acontecimentos.
A chuva do lado de fora engrossa. Você encosta a testa na vidraça e observa as gotas se acumularem, deslizando lentamente como se fossem traçar um caminho definido. Mas nenhuma gota segue uma linha reta — assim como você, elas oscilam, desviam, colidem. O mesmo acontece com os pensamentos. “E se eu o encontrasse de novo? Será que ele me reconheceria?” Você ri baixinho, como se a ideia fosse absurda. Afinal, ele provavelmente já esqueceu de você.
Mas, ainda assim, você espera. Não por ele, exatamente. Espera por algo que nem você consegue nomear. Talvez seja um reencontro consigo mesma, uma chance de sair do ciclo de expectativas e aceitar que nem tudo precisa de respostas ou finais fechados. Saturno, com seus anéis de tempo, continua ali, lembrando que tudo se resolve — ou não — no ritmo do universo.
E, enquanto isso, o homem cinza permanece no fundo da sua mente, como um personagem secundário de um livro que você nunca terminou de escrever.
Numa noite qualquer, às 19:19, você decide ir ao posto de gasolina sozinha para garantir que seu tanque não estará vazio de manhã. Sai do carro, tranca as portas e guarda as chaves no bolso antes de entrar na loja de conveniência.
E lá está ele. O homem cinza. A mesma blusa listrada, branco e azul desbotado. Como se o tempo tivesse se recusado a tocá-lo. Ele está parado diante da geladeira de bebidas, indeciso entre Coca-Cola e cerveja.
Algo dentro da sua caixa torácica se agita — um turbilhão de sentimentos avassaladores que parecem consumir cada centímetro do seu ser. Um desejo quase obsessivo se arrasta sob sua pele, sufocante, incontrolável. Você se pergunta se essa situação já escapou das suas mãos, se a repetição do pensamento “O que eu devo fazer?” não passa de um pedido silencioso por confirmação ou permissão.
Seus passos avançam, hesitantes, mas inevitáveis. Há algo na cena que sugere sacrifício e entrega, como se aproximar fosse um ato de cumplicidade e não apenas um gesto banal. Você se oferece para ajudar — uma oferta que talvez signifique mais do que o simples ato de escolher uma bebida. No fundo, é um convite para compartilhar fardos, para dividir pesos invisíveis, para permanecer ali, mesmo nas profundezas do desconhecido.
O homem cinza continua imóvel, os olhos fixos nas prateleiras frias. Será que ele percebe sua presença? Será que, em algum nível, ele sente o mesmo? A sua beleza não é uma coisa, é uma febre. Ela atravessa você como uma lâmina invisível, fere sem dor, mas deixa marcas que não cicatrizam. Não pode capturá-la porque, ao tentar nomeá-la, ela já se desfez no ar como um perfume inalcançável. A beleza não é para ser vista, mas para ser sentida em um arrepio, em uma vertigem súbita, no instante exato antes da compreensão. Quando pensa tê-lo entre os dedos, percebe que só agarrou o vento. E então, em desespero, continua a observar seu homem cinza.
Ele finalmente se move. Os dedos longos deslizam hesitantes pelo vidro gelado antes de escolher uma latinha de cerveja. Você acompanha o gesto com os olhos, como se aquilo fosse um acontecimento cósmico, um detalhe essencial na narrativa secreta que só vocês dois compartilham — mesmo que ele não saiba. Ele vira o rosto ligeiramente para o lado. Não olha diretamente para você, mas o suficiente para que sua presença seja registrada em algum canto da consciência dele. Seu coração aperta. Um segundo a mais e talvez ele diga algo. Talvez ele ignore. Talvez ele vá embora.
A sua boca se abre antes que você tenha controle sobre ela.
— Eu teria escolhido a Coca.
O som da sua própria voz te assusta. Sai rouca, quase frágil, e você não se reconhece. Ele, por sua vez, levanta a lata, observa-a como se estivesse vendo-a pela primeira vez e dá de ombros.
— Tem dias que pedem cerveja.
A simplicidade da resposta te atinge de forma quase cruel. Você esperava algo mais? Uma revelação? Uma constatação mútua da estranheza desse encontro? Mas ele apenas existe ali, sem peso, sem profecias, sem destino. Apenas um homem cinza em uma loja de conveniência. E, ainda assim, seu peito queima.
Ele caminha até o caixa e você não sabe se o segue, se mantém onde está, se compra algo que nem quer apenas para prolongar aquele momento. Você desvia o olhar para a sessão de biscoitos, fica se segurando para não encará-lo. Suas mãos deslizam sobre as prateleiras procurando uma expressão suave e envolvente dos sentimentos que acompanha o ato de se apaixonar profundamente. Sua mente te apresenta imagens de intimidade e um futuro compartilhado, sugerindo uma conexão emocional que transcende o físico. Quando uma leve brisa passa pelo seus ombros como um oceano, um lugar de paz e estabilidade, um sonho de um lar construído sobre a fundação do amor. Você o observa pagar, pegar o troco, sair pela porta automática que se abre e fecha sem pressa, como se ele fosse apenas mais uma sombra no mundo.
E mais uma vez você espera. Escolhe uma coca-cola e um pacote de biscoito doce para aceitar um destino predeterminado e balança a cabeça na tentativa de imaginar um amor e a sensação de aceitação. É a sensação de estar presa a um destino infeliz, essa 'profecia' que nunca se cumpre. Será que Deus vai tirar de você o seu lugar para dar para outra? Talvez… sim… talvez você faça um pedido quase religioso por intervenção divina para alterar seu caminho na vida. Você paga suas compras, e vai diretamente para o seu carro.
Ao enfiar a mão no bolso para pegar as chaves, seus dedos roçam algo rígido. Não era o toque metálico familiar, mas um pedaço de papel mais espesso, desgastado nas bordas.Com um leve arrepio subindo pela nuca, você o retira e o desdobra, a caligrafia é apressada, levemente inclinada, como se tivesse sido rabiscada sem muito planejamento, mas com intenção.
"Beauty - sweet. Call me. 9xxx-69xx — A. Hozier"
O mundo ao seu redor parece desacelerar. O barulho do posto de gasolina — o zumbido dos letreiros de neon, o som abafado da chuva fina batendo no asfalto, o bip distante do caixa registrando outra compra — tudo se dissolve na frase curta diante dos seus olhos. Seu coração martela contra a caixa torácica. As pontas dos seus dedos deslizam sobre o papel, como se o toque pudesse extrair algum significado oculto.
“A. Hozier.”O nome provoca algo em você, um eco familiar que se recusa a se revelar completamente. Você tenta imaginar, tenta encaixar as peças, mas a única coisa que consegue pensar é no homem cinza saindo pela porta automática, a cerveja na mão, os passos pesados demais para alguém no mundo nos ombros. Ele deixou isso? Ou foi Saturno brincando mais uma vez com o tempo?
Quando você chega em casa, se senta na cozinha, abre o pacote de biscoitos e a coca-cola. Com uma mão só adiciona na sua lista de contatos o número do papel. Nesta noite você possui uma sensação de tranquilidade e certeza, refletindo a confiança que Saturno fez você esperar tanto tempo. Parece a você algo. Há uma simplicidade da letra, combinada com a atmosfera sonhadora quase etérea, você sentada em sua cozinha cria um cenário perfeito para a contemplação de algo verdadeiro e da entrega emocional.
Você acorda no sofá da sala. A luz que preenche o ambiente é lilás, mas não exatamente lilás — um tom acinzentado, celestial, como um reflexo de algo que não pertence inteiramente a este mundo. Você pega o celular e confere o horário: 4:50. Desbloqueia a tela, e lá está ele. O novo contato. "A. Hozier." Como se pronuncia esse nome? Rozier? Ozer? Nada parece fazer sentido. Talvez nada realmente faça. Você fecha os olhos por um segundo, tentando organizar os pensamentos. Como acreditar que o homem cinza deixou seu número no seu bolso? E se for outro maluco? Você ainda não consegue aceitar que seja o mesmo homem que viu outro dia.
O destino parece rir na sua cara agora. E, por essa razão, entra na brincadeira. “ Vou ligar agora. Caso seja o mesmo homem daquele dia vai me atender, se não for… não vai me atender…”. Com isso, você aperta em ligar. Sem pensar muito, antes que o bom senso possa interferir, você aperta o botão de chamada. O telefone toca. Uma vez. Duas. Três. Seu coração martela contra a sua caixa torácica. Na quarta chamada, um clique. A linha é atendida.
Silêncio.
Respiração.
E então, uma voz — grave, arrastada pelo sono, mas inconfundível:
– Alô?
– Parece que deixaram seu número no bolso do meu casaco… na loja de conveniência. - Você responde com muita timidez, e no fim diz seu nome de forma meio solta.
Você poderia perguntar se ele está bem. Mas talvez ele desvie, talvez diga que sim, que está tudo certo, porque alguns fardos são carregados em silêncio. Então, quem sabe, você possa apenas estar ali. Uma ligação em silêncio. Um riso que quebra o gelo. Uma frase solta no ar que o lembre de que a vida ainda tem leveza. Do outro lado da linha, um riso baixo e rouco escapa, quase sem querer.
— Então você achou, Beauty sweet…
O timbre dele tem algo de familiar e, ao mesmo tempo, distante. Como uma música antiga que você não lembra de onde conhece, mas que, de alguma forma, sempre esteve ali.
— Eu achei. — você responde, e a frase parece carregar mais do que um simples significado.
A vida tem dessas ironias. Pequenos acasos que não são tão acasos assim. Você ouve o barulho sutil de lençóis se movendo, o som abafado da cidade ao fundo, como se ele estivesse perto de uma janela aberta.
— E agora? — ele pergunta, sem pressa, sem expectativa.
— “E agora?” Você que me deu seu número… Senhor… Hozier?
Ele ri do outro lado da linha:
— Sweet… podemos nos encontrar hoje? A gente deve morar no mesmo bairro…
Ele diz o endereço dele, e você se surpreende pois a sua casa está a duas quadras. Talvez essa seja a pergunta que você mesma não sabe responder.
Você repete mentalmente o endereço dele, sentindo um arrepio percorrer sua espinha. Duas quadras. Tão perto que parece impossível.
— Sweet? — ele chama, como se testasse o apelido pela terceira vez, deixando-o escorregar pela língua.
Você poderia recusar. Poderia dizer, que não faz sentido encontrar um estranho. Mas algo dentro de você, algo inquieto e pulsante, já tomou a decisão antes mesmo de sua mente formular um argumento contra.
— Tudo bem. — Sua voz soa mais firme do que você esperava. — Mas só porque eu preciso entender quem colocou esse número no meu bolso.
— Então venha entender. — A resposta vem sem hesitação, carregada de algo indecifrável. Você quase pode ouvir o sorriso escondido na entonação. — Jardim de Inverno, rua XXX, às 16h. Tudo bem para você?
— Sim! É claro!
Hozier encerra a ligação com um riso gentil e algo que parecia um "Até logo", antes que você possa pensar demais.
O celular continua quente na sua mão, como se guardasse resquícios daquela conversa. Você permanece parada por um instante, sentindo o silêncio pesar ao seu redor. Há algo inquietante na forma como as coisas estão acontecendo — rápido demais, estranho demais, mas, ao mesmo tempo, certo de um jeito que você não consegue explicar. Você se levanta. Não sabe exatamente o que está fazendo, mas tem certeza de uma coisa: não vai voltar a dormir.
Sua rotina foi normal. Mas, quando o relógio marca 15h34, você ajeita os cabelos diante do espelho, tentando ignorar a inquietação que cresce dentro de você. Queria ter a certeza de que esse homem cinza fosse um amor estável, divertido e fácil. Talvez ele seja o objeto desse amor. Talvez, se for uma pessoa bacana, que te adore e seja parceiro, já seja mais do que suficiente. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesta.
O problema é que você imagina demais. Constrói um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Analisa o currículo do candidato, estabelece critérios inegociáveis. Por exemplo, seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja para assistir Netflix. E seria bom que gostasse dos seus pais. Mas o amor nem sempre vem com manual de instruções. E você está prestes a descobrir isso.
Você suspira, pega as chaves e tranca a porta atrás de si. Decide ir a pé. O ar da tarde tem um frescor que acalma e inquieta ao mesmo tempo, como se algo estivesse prestes a acontecer. E então, você o vê. A beleza dele não é óbvia, não é comum. Não é um rosto para ser esquecido, porque não é só um rosto—é quase um presságio. Ele tem a beleza da terra molhada depois da tempestade, das árvores que sussurram segredos antigos. Seus olhos não olham, desvelam. O cabelo cai sobre o rosto como hera que cresce sem medo de engolir ruínas. Há algo de paganismo em sua presença, algo de homem que pertence mais ao vento do que ao concreto. Lembra daquela voz a qual é uma febre, um chamado de alguma divindade esquecida que canta não para ser ouvido, mas para ser sentido. Ele não é belo como um quadro na parede, mas como um fogo ao longe, chamando para perto e prometendo consumir.
Hozier se aproxima, e a sombra esguia dele engole a sua. Ele sorri de um jeito contido, quase como se temesse quebrar o instante, e você retribui. Nenhum de vocês sabe muito bem como preencher o espaço entre um “oi” e o que vem depois, então desviam o olhar e começam a andar lado a lado, passos ritmados pelo acaso. Hoje, você compreenderá que o amor se veste de muitas formas, algumas silenciosas e outras ruidosas, algumas como sussurros entre sombras e outras como explosões de luz sobre um palco. O encontro de vocês é como contraste entre a tensão e o delicado. Aqui, a estrutura se encontra com a expressão, a reserva com a exuberância, a discrição com o desejo ardente de ser visto.
— Você sempre anda assim, sem destino? — você pergunta, com um meio sorriso.
— Acho que sim. — Hozier dá de ombros. — E você sempre colocando números nos bolsos das pessoas que me interessam.
A resposta paira no ar por um momento, uma provocação suave, um convite sem pressa. Ele olha para você de lado, como se estivesse tentando decifrar algo que escapa à compreensão comum.
O jardim de inverno surge à frente, envolto em uma luz acinzentada que se dissolve no final da tarde. A cidade segue com sua pressa habitual, mas ali dentro, no pequeno refúgio de vidro e folhas, o tempo parece desacelerar. Você entra primeiro, sentindo o cheiro de terra úmida, a presença de plantas que respiram em silêncio. Ele para ao seu lado, observa o ambiente e solta um suspiro leve, quase imperceptível.
— Você já veio aqui antes? — você pergunta.
Ele passa os dedos pelos galhos de uma trepadeira próxima, como quem cumprimenta uma velha conhecida.
— Já. Algumas vezes. Mas hoje parece diferente.
Você não pergunta o que exatamente mudou. Talvez seja a luz filtrada pelo vidro, talvez sejam as folhas que cresceram desde a última visita. Ou talvez seja você. Sua fala soava numa afetividade que se desenvolve em silêncio, muitas vezes envolta em um certo ar de mistério ou em experiências que demandam discrição. Você, ainda está impaciente, com o amor é um compromisso interno, um pacto selado mais pelo tempo do que pelo instante, mais pela constância do que pela declaração. Existe uma dificuldade em expressar sentimentos de maneira direta, pois você não fala a língua do mundo externo: é sua morada do inconsciente, do que se esconde, do que se revela apenas em símbolos e gestos sutis.
Você, por sua vez, rege o amor com seriedade. Não se encanta por promessas vãs, mas pela segurança que se constrói com o tempo. O afeto é algo sagrado, algo que se fortalece na dedicação discreta e nos gestos que nem sempre são percebidos pelo outro de imediato.
Hozier observa as folhas entre os dedos por um instante antes de soltar a trepadeira, como se estivesse liberando um pensamento sem pressa. O silêncio entre vocês não é incômodo—é denso, carregado de significados que ainda não foram ditos. Ele finalmente olha para você, e há algo ali que escapa da definição, algo entre a contemplação e a curiosidade.
— E você? — ele pergunta, quase num sussurro. — Vem aqui com frequência?
A pergunta é um reflexo da sua, mas a maneira como ele a diz carrega um peso diferente. Você sente que ele não quer saber apenas sobre este jardim de inverno, mas sobre os lugares onde você se refugia, os espaços que você escolhe para existir quando ninguém está olhando. Você inspira devagar.
— Não tanto quanto eu gostaria.
Ele sorri de lado, como se entendesse mais do que você disse. Como se já soubesse.
Vocês continuam andando, os passos ecoando no chão de pedra úmida. Hozier tem um jeito de preencher o espaço sem precisar de palavras, e isso te confunde. O amor, para você, sempre veio embalado em declarações explícitas, em certezas concretas. Mas ele parece ser feito de outra matéria—algo que se insinua ao invés de se afirmar, algo que se constrói no intervalo entre um olhar e outro. E então, ele para.
— Você acredita em sorte? — A pergunta chega como uma nota solta no ar.
Você franze a testa, sem saber se ele fala do destino ou de algo mais mundano.
— Acredito… às vezes. Por quê?
Ele ergue a mão e mostra algo entre os dedos. Um trevo de quatro folhas.
— Porque acho que hoje é um dia de sorte.
Você o encara, e há um brilho diferente nos olhos dele, algo que não é só brincadeira.E, sem perceber, você sorri.
Quando você percebe seu sorriso, se auto-repreende, afinal, prefere amar na sombra. Contudo, Hozier, parece pedir pelo reconhecimento. O afeto aqui é generoso, quente, teatral. A paixão está começando a se manifestar em gestos, em demonstrações claras de admiração e orgulho pelo outro. Amar, é um ato de criação e celebração, onde cada relação precisa de um brilho especial.
— Você pensa demais — ele diz, sem pressa, sem julgamento.
Você pisca, surpresa.
— Como assim?
— Você se fecha dentro da própria cabeça. Quase posso ouvir as engrenagens girando.
Ele brinca, mas há verdade ali. Você desvia o olhar, mas ele não se apressa em preencher o silêncio. Em vez disso, caminha à sua frente, para um banco sob a estrutura de vidro. O céu lá fora está pesado, um azul de tempestade se formando no horizonte.
— Se chover, ficamos aqui presos — você comenta, mais para si mesma.
Hozier sorri de lado, dando de ombros.
— Existem lugares piores para se ficar preso.
Você solta um riso curto, sem perceber. Mas ele percebe. E, pela primeira vez, você se pergunta se, talvez, não seja tão ruim assim ser vista. Vocês sentam em um banco de mármore. Enquanto, Hozier se inclina um pouco para frente, como quem procura uma brecha, uma entrada para o seu mundo interno. Ele não força, apenas espera, paciente, deixando o espaço entre vocês se tornar uma ponte em vez de um abismo. Você ri baixinho, um som quase involuntário.
— Oh… A. no cartão é…?
Ele levanta os olhos para você, com um brilho que mistura curiosidade e diversão.
— Andrew — responde, pausadamente.
Seu olhar desliza para os seus pés, e a pergunta seguinte vem com um tom tão despretensioso que te desarma completamente:
— Desculpa, Beauty Sweet… mas qual é o número do seu sapato?
Você pisca, sem entender direito.
— Hã?
Ele ergue os olhos novamente, a sombra de um sorriso brincando no canto dos lábios.
— Curiosidade — diz apenas, como se isso explicasse tudo. E, de algum jeito, explica.
Você hesita por um instante, franzindo a testa em leve desconfiança. Você responde, por fim, sem saber ao certo por que está entrando no jogo dele. Hozier assente, como se essa fosse uma informação importante, como se isso dissesse algo essencial sobre você. Ele não ri, não provoca, apenas arquiva o dado em algum canto da mente, como quem coleciona detalhes preciosos. A chuva se aproxima. O cheiro dela fica mais forte, e a primeira gota pousa suavemente na lateral do telhado de vidro. Você a observa deslizar pela superfície fria, e por um momento sente que tudo ao seu redor se move na mesma lentidão.
— Você sempre faz perguntas assim? — você arrisca, quebrando o silêncio.
Ele inclina a cabeça, pensativo.
— Assim como?
— Como se estivesse tentando montar um quebra-cabeça.
Hozier solta um riso curto, olhando para frente, para além do vidro embaçado pelo começo da garoa.
— Talvez eu esteja.
Você não sabe dizer se ele fala de você ou do mundo.
A chuva engrossa. As gotas caem ritmadas, tamborilando no telhado de vidro do jardim de inverno. Você cruza os braços, sentindo o frescor da umidade subir pelo ar. Hozier se recosta no banco, relaxado, como se estivesse exatamente onde deveria estar.
— Legal… — ele sussurra, e há algo na forma como ele diz isso que faz você prender a respiração por um instante. Você não tem resposta. E, de algum jeito, ele parece gostar disso.Você hesita por um instante, franzindo a testa em leve desconfiança.
A interação entre vocês está numa dinâmica desafiadora, mas também profundamente enriquecedora. Você pode olhar para Hozier com certo estranhamento: por que tanto? Por que essa necessidade tão latente de ser visto? Andrew Hozier, por sua vez, pode se perguntar onde está a sua correspondência, pois sua linguagem de afeto exige confirmação pública, enquanto você se expressa de maneira mais contida e privada. Contudo, existe compreensão mútua, portanto, o encontro pode se tornar um espaço de aprendizado e expansão para ambos. Hozier está ensinando a você a beleza de arriscar no amor, a coragem de se expressar sem medo. Por outro lado, você está oferecendo a ele a segurança de um amor sólido e confiável, que não se abala com as tempestades da vida.
A chuva agora cai de verdade, desenhando trilhas líquidas no vidro acima de vocês. O som da água preenche o espaço, criando um casulo à parte do mundo. Hozier observa as gotas deslizarem, a luz difusa transformando tudo em um reflexo meio etéreo.
— Então, Beauty Sweet… — Ele volta o olhar para você, e há um tom de provocação suave, mas sem pressa. — Você sempre se esconde assim?
Você inclina a cabeça, cruzando os braços como um escudo natural.
— Eu não me escondo.
— Não? — Ele sorri, um sorriso que carrega mais compreensão do que desafio. — Tem certeza?
Você suspira, desviando o olhar para a chuva. Há algo desconcertante na maneira como ele enxerga além das suas palavras, como se estivesse lendo algo que nem você soubesse que escreveu.
— Eu só… não vejo necessidade de ser tão explícita sobre algumas coisas.
— E se eu precisar que seja?
A pergunta paira no ar entre vocês.
Seu primeiro instinto é dizer que ninguém precisa de nada. Que as pessoas devem se adaptar umas às outras, que o amor se prova no silêncio tanto quanto nas palavras. Mas há algo na forma como ele diz aquilo, algo sincero e desarmado, que faz você reconsiderar. Ele se inclina para perto de você, como se fosse roubar um beijo:
— Sweet, por que você sempre aparece quando estou tendo um dia ruim?
Hozier não se move, mas a proximidade entre vocês carrega um peso. O tipo de peso que não sufoca, mas que exige uma resposta, um gesto, qualquer coisa. A chuva continua caindo, criando um ritmo tranquilo, quase compassando a batida dos seus próprios pensamentos.
— Talvez… — sua voz sai mais baixa do que o esperado. — Talvez eu apareça porque você precisa.
Ele sorri, mas é um sorriso pequeno, sem brincadeira. Algo nele parece derreter um pouco, como se sua resposta tocasse um fio invisível dentro dele.
— Isso quer dizer que você acredita no destino?
Você pondera a pergunta. Em outros momentos, talvez tivesse negado, rindo de lado, afastando a ideia. Mas algo naquela tarde chuvosa, no jeito como Hozier olha para você, faz com que a palavra destino pareça menos uma fantasia e mais uma possibilidade tangível.
— Não sei — você admite. — Mas sei que algumas coisas acontecem de um jeito difícil de ignorar.
Ele observa você por um instante mais longo do que o necessário. Depois assente, como se aceitasse sua resposta sem necessidade de mais nada. O silêncio que se instala não é desconfortável. Pelo contrário. É um silêncio de entendimento, de um espaço sendo compartilhado sem pressa de ser preenchido. Vocês, sem dizer uma palavra, até lembram daquele filme, Pulp Fiction, onde a ausência de palavras diz um pouco mais.
Então, a tela do seu celular se acende com uma notificação de propaganda. Os olhos dele vão diretamente para a tela, tentando captar cada detalhe, cada sutileza que seu celular poderia dizer sobre você. O mais rápido, você tira o celular do campo de visão dele, que medo dele entrar no seu mundo.
Mas o que te assusta mais? A possibilidade de que ele se apaixone por você? Ou a de viver eternamente com você e Saturno, apenas…?
— Andrew, você é cinza… mas um cinza puxado para uma intersecção com azul e lilás.
Ele se inclina levemente a cabeça, como se saboreasse suas palavras antes de respondê-las. Há um brilho curioso em seus olhos, algo entre a diversão e o fascínio.
— Isso é bom ou ruim? — ele pergunta, com a voz baixa, arrastada.
Você hesita. Como explicar que a cor dele não é apenas uma percepção, mas um sentimento? Cinza, sim, mas não um cinza de ausência. Um cinza que se mistura com tons azulados com nuances de lilás, algo que oscila entre a melancolia e encantamento, entre o mistério e conforto.
Ele sorri pequeno, desviando o olhar por um instante. Quase parece tímido, e isso o torna ainda mais intrigante.
— E você? — ele pergunta, voltando a encará-la. — Se eu sou cinza, qual é a sua cor?
Você não sabe. Ou talvez saiba, mas não esteja pronta para colocar em palavras.
— Bem… se você não sabe, Beauty Sweet, eu vejo laranja em você…
Afinal, você não sabe,mas para ele sua presença é como a terra no fim do verão, quando o Sol começa a se despedir lá fora; e a chuva diminui, tornando-se um sussurro fino contra uma promessa de calor no meio do frio, um toque de ferrugem na pele do outono. Aos olhos dele você é a luz que escapa pelas frestas de um celeiro esquecido, a cor do amanhecer que chega devagar, como se não quisesse ir embora. Naquele jardim de inverno, o tempo ali dentro parece suspenso, como se o mundo lá fora tivesse ficado para trás.
— Você gosta de música? — ele pergunta de repente.
A mudança de assunto é abrupta, mas bem-vinda. Você assente, e ele se anima um pouco.
— Se você fosse uma música, qual seria?
Dessa vez, você sorri. Porque essa pergunta, sim, você pode responder.
— Disorder — você diz sem hesitação.
Hozier fecha os olhos por um breve momento, como se deixasse a melodia tocar em sua mente. Quando os abre novamente, há algo mais suave ali, algo próximo de entendimento.
— Joy Division? — ele murmura, e assente, como se sua resposta fizesse todo o sentido do mundo. — Você tem bom gosto.
A conversa flui como uma canção que ainda não terminou de ser composta. Talvez vocês sejam apenas notas soltas, ainda tentando encontrar harmonia. Ou talvez já sejam uma melodia em formação, esperando o momento certo para se tornar algo maior. Passado um tempo, vocês decidem caminhar até sua casa acontece em silêncio, mas não um silêncio vazio—é um intervalo entre notas, um espaço onde a melodia respira. O cheiro de terra molhada ainda paira no ar, misturando-se ao perfume discreto que vem dele.
Você tenta ignorar a leve tensão que cresce a cada passo, mas ela está ali, pairando entre vocês como eletricidade antes da tempestade. Hozier caminha ao seu lado com as mãos nos bolsos, os olhos fixos na calçada, como se estivesse ponderando algo.
Quando finalmente chegam à porta da sua casa, ele para. Você sente que esse é um momento que poderia se desfazer no ar se não fosse segurado com firmeza.
— Sweet… — Ele murmura, e há algo em seu tom que te faz prender a respiração.
Você levanta o olhar, e ele está ali, tão próximo que você pode contar os pequenos detalhes—o traço desordenado das sobrancelhas, a curva suave dos lábios, a respiração que se mistura com a sua.
Ele ergue uma das mãos, devagar, como se esperasse um sinal para continuar. Seus dedos tocam de leve seu rosto, um gesto quase hesitante. Mas você não recua. Talvez o amor seja mesmo uma interseção de cores—cinza e laranja, sombra e promessa. Talvez seja o choque entre o frio e o calor, o encontro entre aquilo que se esconde e aquilo que insiste em brilhar.
E então ele se inclina.
O beijo acontece com a mesma naturalidade de uma folha caindo no outono, de uma onda encontrando a areia. Não há pressa, não há urgência, apenas a certeza de que aquele instante precisava existir. O toque dos lábios dele nos seus carrega a intensidade de alguém que sente profundamente, mas que não quer quebrar o momento com o peso de palavras.
Quando ele se afasta, por um breve segundo, você ainda sente o gosto dele nos seus lábios— tem gosto de algo maduro e cheiro de resina que se desprende das árvores cortadas. É efêmero, mas inesquecível., como a lembrança de uma música que você não sabia que precisava ouvir. Hozier solta um suspiro quase imperceptível, mantendo os olhos nos seus por mais um instante. Depois, dá um passo para trás.
— Boa noite, Sweet.
E então, ele se vai, deixando para trás o rastro de algo que você ainda não sabe nomear.
Mas que, de alguma forma, já sente saudade.
Deus, me deixe ter o cinza da minha visão.
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solieeee, quem do svt você acha que gosta mais de fazer sexting/trocar nude? fiquei pensando sobre isso e não consigo dar palpites certeiros
hmmmm e o que te faz pensar que os MEUS palpites vão ser certeiros, anon?



— 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: sexting (duh), linguagem imprópria e descrições explícitas. — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: sinto que não tenho muito qi pra esse quesito em específico, calma... vou eleger três de novo

── ✶ ˙ ̟ 𝗸𝗶𝗺 𝗺𝗶𝗻𝗴𝘆𝘂 .
→ chega a ser engraçado o fato dele estar em todas as listas e se primeiro lugar em quase tudo, mas a explicação pra esse fenômeno é: ele é um homem com muito tesão, okay? [😔]
→ ama começar inocentemente te mandando alguma foto dele na qual ele tá claramente MUITO gostoso, porque sabe que depois disso a conversa não pode tomar outro rumo senão pura provocação (porque não tem como não agir igual maluca vendo esse homem ser putífero nas fotos) e ama especialmente quando você começa a xingar ele, porque você sabe que ele mandou com esse único propósito: te provocar.
→ quando ele está amando (ou simplesmente muito interessado em alguém) ele não consegue ficar sem nenhum tipo de contato mais apimentado por muito tempo. trocar fotinhas apimentadas com a pessoa quando a carência bate.
→ ele é do tipo que planeja os nudes dele, okay? não é só foto do pau (ele não me daria esse desgosto). tem sempre uma coisa mais artística por trás, uma meia luz, um cabelo molhado pós banho, na frente do espelho, como rosto de putinho... ele sabe ser bonito, amigas!
→ inclusive sinto que as fotos menos explícitas que ele manda conseguem ser mais tesudas que os nudes propriamente ditos... ele todo suado, na frente do espelho, sem camisa e OMG o que será esse volume marcando na toalha (a intenção é te fazer falar sobre isso, quem imaginaria...)
→ BUT eu não acho que ele seja grande fã de sexting. não que ele nunca faça (se for a única alternativa disponível é óbvio que ele vai fazer), só que eu sinto que o gyu prefere ligação!!! chama de vídeo pra ser mais específica, ele quer ver o quão atordoada você ficou com as fotos que ele te mandou.
── ✶ ˙ ̟ 𝗹𝗲𝗲 𝗷𝗶𝗵𝗼𝗼𝗻 (𝘄𝗼𝗼𝘇𝗶) ᝰ .
→ este homem é sonso. vocês amam fingir que não, mas ele é sim muito fingido. ele pode sim querer se matar de tanta vergonha depois, mas quando o tesão aperta ele é o primeiro a apelar pra um sexting super safadinho.
→ ele é o estereótipo de homem que manda "tá fazendo oq?" as duas e quarenta e cinco da manhã [😭😭😭]. numa situação de relacionamento é até compreensível que você entenda as tendências que ele tem, mas sinto que ele faria isso como ficante também.
→ inclusive é em relacionamento que ele perde a mão e a vergonha na cara e simplesmente manda aquela mão deliciosa dele agarrando o volume da bermuda que ele tá usando. sem legenda. sem nada. é assim que você sabe que tá realmente necessitado.
→ ao contrário do gyu que faz pra provocar e consegue seguir com o dia dele depois, o jihoon só faz essas quando tá muito desesperado pra gozar. significa que ele já apelou para todos os recursos dele, mas nada conseguiu fazer ele se aliviar. nesse ponto só você consegue.
→ inclusive é um ótimo momento pra conseguir coisinhas gostosas dele. se você pedir áudio (ou até mesmo vídeo) dele batendo uma, ele não vai negar — porque pra estar nessa situação ele deve ter ficado com muito tesão, então quer mais é que se foda.
── ✶ ˙ ̟ 𝗰𝗵𝘄𝗲 𝗵𝗮𝗻𝘀𝗼𝗹 (𝘃𝗲𝗿𝗻𝗼𝗻) ᝰ .
→ ah, o senso de coragem existente em estar atrás de uma tela... o hansol se aproveita muito dele!
→ um querido que não se aguenta muito tempo sem pedir foto dos seus peitos. inclusive usa memes/ tweets questionáveis pra conseguir:

→ eu não tô brincando. ele faria.
→ e como todo mundo vem com um defeito. chwe hansol é o estereótipo do homem que não sabe mandar nude. é literalmente uma foto do pau dele. só. ele tira foto no espelho quando quer ser mais criativo, mas ele me faz o favor de CORTAR A FOTO e estragar toda a diversão.

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꒰♡꒱ avisos: fwb!mark, sexo desprotegido, menção à exibicionismo, sugestivo.
fwb!mark que é certinho demais e jamais te comeria sem camisinha, mesmo que seja um dos seus sonho mais sórdidos.
fwb!mark que não planeja te comer essa noite, a sua colega de apartamento está em casa e ele imagina que você o chamou para assistir alguns filmes, como antigamente.
fwb!mark que não consegue prestar atenção no filme, no momento que ele botou o pé no apartamento, você começou a provocá-lo.
fwb!mark que sente o pau ficar mais duro depois de você se jogar no colo dele dizendo estar com medo do filme de terror tosco que vocês estão vendo.
fwb!mark que não aguenta ouvir os seus sussurros agora que você nem tenta mais fingir a sua intenção.
fwb!mark que sente a adrenalina de ser pego pela sua colega de quarto, mesmo que vocês não estejam fazendo nada tão errado.
fwb!mark que sussurra que não pode te comer porque ele não tem nenhuma camisinha e te comer sem está fora de cogitação.
fwb!mark que pode sentir todo o seu autocontrole indo embora em segundos quando você responde "bota só a cabecinha, mark... preciso de você, caralho."
fwb!mark que nem tenta mais lutar consigo mesmo, ele só aceita.
fwb!mark que bota seu shortinho pro lado, abaixa a calça o suficiente para o pau dele sair e mete a cabecinha em você.
fwb!mark que não aguenta a sensação da sua buceta apertando a cabecinha, e seus pedidos chorosos para ele meter de vez... no final ele mete e tenta ser o mais silencioso possível para não ser pego pela sua colega de apartamento.
#nct headcanons#nct 127 headcanons#nct dream headcanons#nct scenarios#nct 127 scenarios#nct dream scenarios#nct blurbs#nct 127 blurbs#nct dream blurb#nct smut#nct 127 smut#nct dream smut
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Arrependimento
Por favor diz pra mim que não foi nada
Que ficará tudo bem, quando chegar a madrugada
Diz que as palavras que eu disse sumiram
Que não entraram em sua mente e fizeram morada
Promete que vai esquecer isso tudo
Me diga que ainda planeja o nosso futuro
Me olha e sorria, com o rosto enxugado
Pra eu ver em teus olhos que não está tudo acabado
Levanta da cama, e se arruma bem linda
E diz que vamos sair, e fugir pra outra vida
Me diz que uma chance sempre haverá para mim
E que o felizes para sempre, novamente irá surgir.
#arquivopoetico#compartilharemos#carteldapoesia#eglogas#lardepoetas#projetocartel#liberdadeliteraria#pequenosescritores#mentesexpostas#projetoverboador#fumantedealmas#semeadoresdealmas#ecodepoeta#espalhandopoesias#mar de escritos#escreverfazbem#pequenasescritoras#caligraficou#egloglas#lardepoesias#projetoversossubmersos#projetoadoteumapoesia#projetoversificando#projetoreconhecidos#projetoversografando#projeto cartel#projetosautorais#autorais#autorias#pequenos escritores
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headcanon + matt
give me a character and i’ll give you 10+ headcannons: matthew sheridan.
matt não sabe quase nada sobre o pai além de um comentário ou outro que uma tia deixou escapar, mas, desde que viu uma foto antiga dele e de sua mãe, não conseguiu desver o fato de que são praticamente idênticos - a única coisa que acredita ter puxado dos sheridan é o tom de azul de seus olhos. sempre se sentiu incomodado por parecer com o pai, embora jocelyn nunca tenha feito - e nunca faria - um único comentário sobre isso; com isso, em vários momentos se sentiu um pouco deslocado em sua família, mesmo não sabendo haver razão para isso, e nunca quis comentar com a mãe por saber que a magoaria.
pelo mesmo motivo, nunca contou que foi atrás do pai no perídoo em que estava estava na faculdade. ele morava na califórnia e não era uma viagem tão longa do arizona; a parte mais difícil era encontrá-lo, e matt o fizera ao procurar nas redes sociais até encontrar o facebook do pai. doeu vê-lo com uma nova família - uma esposa e duas filhas - enquanto simplesmente fingia que matt não existia, e em mais de uma ocasião se perguntou o inevitável: será que elas sabiam que matt existia? acabou tomando coragem de ir atrás do pai no spring break do primeiro ano da universidade, mas o homem parecia extremamente incomodado em vê-lo - embora nem sequer o tenha reconhecido, a semelhança era inegável o suficiente para que o homem duvidasse. toda a conversa durou menos de vinte minutos, já que ele tinha medo de que a esposa chegasse em casa e matt ainda estivesse ali. nunca mais se falaram, e matt não tentou contato outra vez. era claro que fora um erro ir lá.
mark, seu padrasto, pode não ser seu pai biológico, entretanto, é o único que matt considera. ele o criou desde quando era criança, assumindo a responsabilidade de estar sempre apoiando matt e sendo um porto seguro para ele. se dão muito bem, e matt não o chama ou se refere a ele como padrasto, apenas pai. diz várias vezes que é o melhor homem que já conheceu, e tem certeza disso - não somente por o ter criado, mas por tudo o que fez pela mãe de matt desde que se conheceram.
gostar de esportes sempre foi algo natural para matt, que ia nas aulas de natação de uma piscina próxima à sua casa quando criança e jogava bastante futebol com outros meninos de sua turma ou da vizinhança. tentou entrar no time de futebol americano da escola logo no primeiro ano do ensino médio e conseguiu ua vaga, sendo o único do primeiro ano aceito. inclusive, já praticou boxe várias vezes ao longo dos anos - e teve um saco de pancada areia/treino em seu apartamento antigo, antes de ir morar com a ex-namorada e acabar se livrnaod dele. também sempre gostou muito de esportes da neve, sendo o snowboard seu favorito. no verão, adora fazer trilha, escalada, rafting e até asa-delta quando está viajando para algum lugar diferente; matt não tem muita frescura.
seguindo acima, matt no geral ama atividades ao ar livre. sai bastante pra correr e caminhar com o cachorro, maverick, e sempre planeja suas viagens de forma que consiga aproveitar bastante os lugares externos de onde esteja - não é do tipo de priorizar museus ou lugares de visitação interna, embora vá caso esteja viajando com alguém e a pessoa faça questão. falando nisso, viajar é uma de suas coisas favoritas e um ponto em que começou a focar quando começou a ganhar o seu salário. sua primeira viagem ao exterior foi durante a universidade, para uma praia no méxico em que foi de carro urante o spring break com alguns amigos. visitou nos últimos anos o havaí, vários países da américa latina, o canadá, a espanha e portugal.
sabe falar espanhol razoavelmente bem, inicialmente por ter feito aulas na escola e faculdade e por ter treinado mais durante algumas de suas viagens. também já teve uma namorada que toda a família vinha do méxico, então, o que não sabia acabou aprendendo por convivência e para tentar impressionar - embora a sua relação não tenha durado mais que um ano.
teve vários relacionamentos durante a vida - e atualmente reconhece que deve ter sido um péssimo namorado para boa parte ds garotas com quem se relacionou na escola, considerando que era apaixonado pela melhor amiga -, mas o mais longo e sério foi com grace chen, com quem ficou junto por dois anos e chegou a morar junto, até terminarem no final do ano passado. eram compatíveis em seus gostos, mas, para bem da verdade, matt sempre sentia que talvez pudessem se dar melhor se pudessem se desafiar em alguma coisa. ainda assim, ficou bastante magoado quando acabaram brigando e ela sugeriu darem um tempo, afirmando estar se sentindo sufocada e precisando de espaço para descobrir o que queria da vida e deles. como nunca acreditou que um tempo era algo além de um test drive de um término oficial - e considerando seus problemas de abandono -, matt não quis e decidiu terminar a relação.
embora aparentemente ser uma pessoa bastante confiante - e em vários pontos realmente seja -, tem várias inseguranças relacionadas a si mesmo. se importa o suficiente com a opinião alheia sobre si para não ter tomado coragem de ir atrás do que realmente queria - juntamente com o medo de levar um fora - na escola, com libby, e se preocupava muito naquela época sobre como não poderia ser o que ela queria em alguém por ser burro demais para ela - mesmo uma parte sua mais racional sabendo que libby nunca pensaria isso. também tem uma questão com abandono, que cresceu ainda mais de seu encontro com o pai biológico. as suas inseguranças nesse ponto o fazem ter o tipo de pensamento de que é mais fácil ir embora que ser largado, como aconteceu com o fim da amizade dele e de libby - quando achava que era só questão de tempo para ela cansar dele.
gosta especialmente de filmes de ação e suspense e, para todos os fins possíveis de esteriótipo, realmente viu todos os velozes e furiosos e seus spin-offs. o nome de seu cachorro, maverick, saiu justamente do personagem de top gun, um filme que matt gosta muito. já fez a libby assistir vários junto com ele - de arrasto, com certeza - e, na escola, mesmo sabendo que faria muito sentido chamar algum de seus outros amigos, sempre fazia questão de levá-la consigo no cinema - embora não tenha nunca ido adiante com os seus planos de beijá-la no meio de um filme, para a sua infelicidade.
só disse eu te amo romanticamente para uma pessoa na vida, sua ex-namorada, grace, mas é um fato que libby foi o seu primeiro amor e o sentimento mais forte que sentiu por qualquer pessoa em sua vida. nunca superou completamente o e se deles e, em vários momentos ao longo dos anos, se correou de vontade de ir atrás de descobrir mais sobre ela, sabendo que seria só uma pesquisa nas redes sociais ou uma pergunta para qualquer um dos irmãos dela que mataria todas as suas curiosidades. porém, não queria comprovar o seu medo de vê-la com o tipo de cara que sempre acreditou que seria perfeito para ela, então sempre acabou desistindo.
#ave maria não sei nem quanto tempo faz que eu tava pra fazer e depois terminar isso aqui#in character: answers.#character: matthew sheridan.#* ⠀ 𝙞𝙣𝙫𝙞𝙨𝙞𝙗𝙡𝙚 𝙨𝙩𝙧𝙞𝙣𝙜 ⠀ ﹕ ⠀ matthew & libby.#partner: winter.
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