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unitedbydevils · 3 months ago

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Match Review: Porto 3-3 Manchester United

I swear to god, this team...

Okay, the positives. I'll try to be objective...

Erik Ten Hag changed his tactics slightly. He made better use of Casemiro and Eriksen and toned the high press down to avoid such an exposed midfield. It looked more comfortable.

Rashford scored again, putting him 5th in United's goalscorers in Europe of all-time. His goal came from hugging the left touchline and driving at the RB, before jinking in past him + RCB and squeezing a shot in at near post past the keeper. Classic Rashford, we love to see it.

Rasmus Hojlund also scored on his first start since injury, with a lovely run through the lines to squeeze in another shot/goal at the keeper's near post. So unlucky for Diogo Costa, who is a top goalie.

Amad Diallo is so creative. We lose so much when he's rotated out of the team.

Andre Onana continued to be a great shot-stopper and kept Porto from scoring many more than they did, despite their rapid pace and breaking on United repeatedly. Stoic.

Harry 'Slabhead' Maguire delivered some salvation in the form of a late equaliser to spare blushes. "Time running out on Manchester Unitedddddd... they've equalised!" Despite coming on as a late sub, despite formerly being the captain and now having Martinez, De Ligt and Yoro ahead of him, the big lad still shows up and gives effort. He's not an amazing player, but fair play he's shown proper resilience and professionalism in the last year or so.

Cool. Now for the shitshow...

Eriksen has to be used as a 10 and only a 10. He's fine tackling higher up the field, but defending his own box he's a liability, and at his age + with his heart issues... we need to be moderating how much exertion he's doing. Yes, I know he's a professional and has experts on hand to guide him, but the point still stands. His creativity and consistency in passing and decisions in the final third is SO good that it's a waste to have him as an 8 in a three across the middle.

De Ligt had a bad game. He wasn't able to jump and intercept the cross in the build up to Porto's first, he was beaten in the air by Samu Omorodion for Porto's equaliser, and he lost Samu again for goal number three. Hopefully just an off-day at the office, but it was a very bad day.

Martinez was at fault for Porto's first and third goals. For number one, Mazraoui and De Ligt were beaten in the air, which is disappointing of Matthijs but he was running and looking over his shoulder. Onana saves the header but the rebound falls to no11 - Pepe. Martinez was goal-side from him but ran to block a gap and never returned to his rightful position, and as soon as the deflected save happened it was a done thing. For number three, Martinez doesn't respect Pepe's pace and gets left a stride behind him. Cue pass, assist, goal.

Dalot. He's not a LB. He inverts to cover for the fact he can't overlap with any comfort, and that makes him a 2nd DM at times but that causes confusion both in midfield and at LB. I don't believe it's coincidence that Martinez looks a shadow of his former self with the confusion around positional responsibilities and duties when Dalot is floating around like a fart in the breeze. He also could have done more to put his head in the way of the assist for goal no2.

United were 2-0 up after 20 minutes and 2-2 just 14 minutes after that. Then 3-2 down minutes into the second half. HOW is any manager supposed to succeed with that level of focus ffs? That's player mentals at fault, because I've seen these players do better and be braver.

Ten Hag isn't innocent either though. A half-time substitution of the ELECTRIC Marcus Rashford, goal to his name, for Garnacho. Why? He had their RB on toast. He had many more minutes of terrorising João Mário. We suspected injury at the time, but then afterwards Erik said it was rotation/rest for Sunday vs Villa. PLAY THE FUCKING MATCH IN FRONT OF YOU. Christ almighty. I understand rest, but we're early in the season and confidence is everything. A winning team will play better vs Villa than a rested team. A confident Marcus Rashford will play better and be more feared after 2 or 3 goals vs Porto than a rested Rashford.

Stats tell the story. 14 shots, 7 on target for Porto. That's poor from United. In contrast, TWENTY NINE shots for United and only 8 on target. Jesus christ, lads. The fuck was that? Cut out the speculative efforts and actually work proper chances.

On this note, the Garnacho Greed. Alejandro had a chance off a Mazraoui shot in the 62nd minute. He shot at an awfully acute angle and did nothing, but he had the time and space to go back outwards and look to pass or cross and try again. Low percentage shots vs recycling possession is something he needs to learn more about, else his decision making will cost him that dream Real Madrid move in future.

Bruno fucking Fernandes. 2nd red card in two games. I don't see this one getting rescinded. I sympathise with the fact that he has the right to go for the ball, but it was chin/jaw height. You have to know the risks of a defender or keeper putting their head on that ball, and on a yellow card too... it's just very silly and poor intelligence. Hopefully a game or two out will sort Bruno out mentally because at the moment he's an issue.

Hojlund apologised after the game for a social media post making light of his goal - a touch insensitive after the draw and a frustrating performance, but he's a young lad and shit happens. So long as he keeps scoring, I'll not mind.

Next up then an away trip to the mighty Villa. I'm only half joking. Jhon Duran at it again midweek to secure a 1-0 win at home to Bayern. A draw on Sunday will be a good result for United, as depressing as that is, but maybe, just maybe, our shit form can lull them into a false sense of security? I doubt it.

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ficjoelispunk · 1 year ago

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CAP 15 - FIM DA LINHA

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A pressão nos força a correr riscos.

A pressão nos faz fazer muitas coisas.

A mídia estava cercando vocês por todos os lados. E o governo presa pela sua imagem. Havia muita pressão para que o Embaixador prestasse alguma declaração. Mas ele jamais faria isso se não tivesse todas as informações necessárias.

Ou se ele não soubesse porque esses boatos onde ligavam os ataques de Los Pepes diretamente com as operações da DEA.

Advinha para quem estava sobrando? Exatamente. Você. As questões começavam a surgir.

"Quero que você repasse todos os relatórios enviados das ações para mim. Eu vou repassar todas as informações com você, uma por uma, para ter certeza de que você não esqueceu de mencionar nada, entendido?" Crosby não era nada amigável.

"Sim, senhor"

Esquecido? O Embaixador sabia perfeitamente que você não iria esquecer absolutamente nada. Se não estivesse registrados nos relatórios, não era porque você tinha esquecido, e sim porque você não queria registrar. Simples.

Não tinha escapatória. Seu corpo estava respondendo ativamente ao nervosismo. Estômago gelado, uma sensação estranha beirando a dor de barriga. Medo. Mãos transpirando, geladas. Fadiga. Dores de cabeça. Músculos tencionados.

Merda! Onde você tava com a cabeça?

Crosby era especialista no assunto. Se ele estivesse empenhado ele descobriria tudo em alguns segundos. Ele só precisava saber onde procurar. E mais, você estava contanto com o fato que o superintendente da CIA não quisesse dar com a língua nos dentes por um motivo muito pessoal. Porque se ele quisesse, ele já tinha falado.

E, sinceramente, você já estava trabalhando com a ideia do pior acontecer a qualquer momento.

Não teriam desculpas para você. Seu único trabalho era assistir, assistir aos requerimentos, analisar os formulários, encaminhar os pedidos, acompanhar as operações para elaborar os relatórios e registar todos os acontecimentos, analisar, conceder, ou submeter para análise.

Nada acontecia se não passasse por você. Se você não soubesse. E se você não soubesse então você não estava fazendo o seu trabalho. E se você soubesse e não registrasse então você estava agindo de forma tendenciosa, e dependendo do tipo da tendência poderia ser crime.

Simples assim.

Você estava apavorada. Só se sentiu assim uma vez na vida, e foi quando você estava em cárcere.

Sentada na sua antiga mesa em Bogotá, organizando em ordem os registros que o Embaixador solicitou para reanálise, você viu uma mão escorada na sua mesa. Levantou a cabeça acompanhando com os olhos. Peña.

Sua boca se abriu. Jesus. O que diabos ele estava fazendo ali?

"O que você tá fazendo aqui?"

"Preciso falar com você"

Peña estava sério. Mais sério do que o habitual. A carranca mais marcada do que nunca.

Merda!

"O que está acontecendo?" Você teve medo de perguntar.

"Precisamos ir pra outro lugar" ele olhava para os lados, como se tivesse medo de que alguém visse vocês dois.

Você se levantou, foi caminhando, ele seguiu você. Vocês entraram em uma sala com copiadoras. Ele passou por você e fechou a porta.

Javier ficou de costas para você, de frente para a porta por alguns minutos. Eram muitas coisas, primeiro te ver depois de algum tempo, isso fazia o coração dele descompassar.

Segundo, Murphy havia ligado informando que um dos agentes que estavam acompanhando a família de Pablo Escobar sob a proteção dos federais, havia encontrado uma listagem de frequência que Pablo e a esposa usavam para se comunicar, e em um encontro com Murphy e Trujillo, entregou a listagem, a melhor chance que tinham em toda a vida, de rastrear Pablo, agora que você e os agentes em Medellin tinham colocado para funcionar a escuta móvel.

E terceiro, que ele estava sendo ameaçado por Judy Moncada. E precisaria pedir apoio e permissão pra que ele pudesse protegê-la.

Você ia surtar.

"Isso está me matando" sua voz trêmula e fadigada trouxe Javier de volta para a terra.

Ele se virou para você, agora não mais com a expressão nervosa. Mas preocupado e triste.

"Desculpa..." ele balançou a cabeça tentando reorganizar as ideias.

"O que você precisa?" Você falava baixo, tão preocupada e triste quanto ele.

"Como estão as coisas por aqui?" Ele perguntou.

Você cruzou os braços. Fechando os olhos.

"Péssimas" você fez uma pausa, e olhou para ele "Javi" você engoliu em seco "Eu não sei quanto tempo mais eu consigo enrolar isso, eles estão muito próximos. Crosby está revendo todos os arquivos, eu..." você passou os dedos pela testa pressionando as têmporas.

Como Javier ia falar isso para você? Ele estava se sentindo péssimo, deixando toda essa pressão em cima de você, aqui sozinha. Ele caminhou até você, e te abraçou.

Você demorou para corresponder, mas depois de sentir o calor do corpo dele, o cheiro, e o conforto, você cedeu, envolvendo os braços em volta dele.

"Tudo bem, está acabando..." ele falou com os lábios no topo da sua cabeça.

"O que você está fazendo aqui?" Você falava enquanto seus olhos estavam fechados, respirando Javier como se quisesse guardar o cheiro dele dentro de você.

"É sobre isso que precisamos falar."

Você afrouxa os braços ao redor dele, mas sem sair do abraço, apenas o suficiente para olhá-lo.

"O que é?"

"Por favor, só me escuta tá bem?" Os olhos dele estudavam seu rosto, observando cara cantinho seu.

Você assentiu.

"Houve um atentado" Javier falava baixo, e calmo "Los Pepes querem se livrar de Judy Moncada. Ela veio até mim, e pediu proteção, eu tentei negar, expliquei que não era problema meu a disputa deles no tráfico, mas..."

"Mas?"

"Mas ela me ameaçou, disse que se eu não a protegesse, ela iria entrar em contato com a imprensa e contar sobre as informações que eu fornecia a eles"

Você fechou os olhos. Aterrando os lábios um no outro formando uma linha reta. Seu braço se soltou do abraço de Javier, ele te soltou. Você passou a mão no rosto, em profunda decepção. O que vocês dois iriam fazer?

Javier ficou assistindo você em tortura mental consigo mesma. Ele podia ouvir as vozes na sua cabeça gritando. E as engrenagens saindo fumaça.

Depois de um tempo, você suspirou, olhando para ele com profundo desprezo, tristeza, decepção.

"O que você vai fazer?"

"Eu preciso de autorização para a liberação de proteção à testemunha e imunidade pelo depoimento dela, ela vai delatar as operações do Cartel de Cali em troca de proteção"

Você abriu a boca em surpresa e estralou os olhos se inclinando na direção dele.

"É o que eu posso fazer..." Javier tentou se explicar.

"Você ta maluco?"

"O que, que eu posso fazer?" Javi abriu os braços em volta do corpo.

"Javi, se você fizer uma solicitação dela, eles vão saber na hora que você tem o rabo preso com ela"

Javier ficou em silêncio.

"A primeira pergunta que vão fazer é o qual a ligação entre vocês dois, para que ela tenha pedido que você a ajude. Não teria como ser de graça, e ela teria que ameaçar você de alguma forma."

"Eu sei. Mas então eu espero ela contar tudo para os jornais?"

Você solta o ar pela boca, enquanto se abaixa e fica de cócoras no chão com as mãos no rosto.

Javi se abaixa segurando seus braços.

"Eu tenho que fazer isso..."

Você balançou a cabeça.

"Quando eles descobrirem eles vão te matar..."

Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Javier ficou em silêncio.

"Eles vão atrás de você"

Javier limpou as lagrimas que escorriam no seu rosto.

"Vem aqui" ele te levantou, se inclinou para ficar na altura de seus olhos e te encarar "nada vai acontecer comigo ou com você. Eu não tenho outra escolha, eu vim para falar com Messina pessoalmente, então você não vai precisar fazer nenhum formulário ou requerimento, ok?"

"Então você já falou com ela?"

"Sim"

Você franziu a testa, olhando para o teto, enquanto puxava a respiração em meio a lágrimas.

Javier passou os dedos no seu queixo puxando seu rosto para ele.

"Olhe para mim"

"O que ela disse?"

"A mesma coisa que você, ela desconfiou que Judy sabe algo sobre mim, mas me autorizou a trazer Judy para colhermos o depoimento, só vamos oferecer proteção depois que ela falar" Javier estudou seu rosto "Me desculpe cariño, não queria que tivesse que passar por isso"

Você abaixa a cabeça, limpando as lágrimas.

"Vai dar tudo certo, prometo"

Javier beijou sua testa. E puxou sua mão, para saírem da sala.

Vocês pegaram o elevador em silêncio, juntos, de mãos dadas.

O sino da porta tocou, vocês soltaram as mãos, dando de cara com Bill Stechner.

"Estão descendo?" Ele perguntou.

Só pode ser brincadeira.

Você olhou para Javier, e saiu do elevador.

Stechner te cumprimentou com assentindo uma vez para você.

Você olhou pra Javi enquanto a porta do elevador fechava com os dois la dentro.

***

Javier preparou tudo.

Ligou para Judy para passar o endereço que ela deveria ir para colherem o depoimento dela. Agentes estavam presentes. Gravadores prontos na mesa.

Mas ela não apareceu.

Don Berna fez um acordo com o Cartel de Cali e os irmãos Castaño pelas costas de Judy. Lembra quando ela falou que não sairia de Medellin? Pois bem. Agora ela estava em um aeroporto, pronta para entrar num jatinho, e voar sabe-se Deus para onde.

"Nunca pensei que você me trairia"

"Você acabaria morta, Judy"

"E se eu não entrar?"

"Então você vai voltar com os Irmãos Castaño"

Don Berna iria trabalhar para os Castaño, ajudaria eles no ramo do narcotráfico.

"E não se preocupe, você será uma delatora, mas não para DEA, e sim para a CIA"

TCHARAM.

Aqui estava o pulo do gato. Com Don Berna contando do acordo proposto por Peña, para delatar o Cartel de Cali, eles entraram em contato com os irmãos Castaño, que tinham contato com Bill Stechner, o cara que fornecia armamento para eles, o cara da CIA.

Sim, o cara da CIA.

***

"Crosby está?" Stechner perguntou na frente da sua mesa.

"Você tem hora marcada?"

"Eu não preciso, ele está?"

"A não ser que você seja o Presidente dos Estados Unidos da América, eu receio que você precise de um horário..."

Stechner, estralou os lábios, e inclinou a cabeça para você, de forma sarcástica.

"Sabe?..." ele andou de uma lado pra o outro "Da sua posição eu acredito que você deveria ter mais cuidado com o que você fala"

Você ficou em silêncio. O que era isso? Uma ameaça?

"Vou perguntar mais uma vez, apenas por cortesia, porque eu vou entrar por aquela porta, você pensando autorizar ou não" ele sorriu, "Crosby está?"

Você engoliu em seco. E assentiu. Ele entrou.

Passou um bom tempo la dentro. Seu ramal tocou.

"Peça para que Messina venha até aqui"

"Sim, senhor"

Seu coração disparou. Suas mãos geladas.

Messina passou um bom tempo la dentro. Quando saiu. A expressão dela... você não sabe descrever. Ela passou por você lentamente te encarando. Como se fosse pular na sua jugular e te destroçar com os dentes. Como você olha para alguém filha da puta. Como você olha para o seu marido quando descobre que ele tem uma amante.

Seu estômago caiu, a gravidade levou embora seus órgãos, e ficou apenas um vazio.

Algo estava acontecendo.

Já era noite quando Bill Stechner, deixou a sala do Embaixador, com um sorriso sarcástico no rosto, e uma postura petulante. Ele levantou a mão e acenava com os dedos dançando um tchauzinho irônico para você e quanto passava pela sua frente.

Sem a ida de Judy para prestar depoimento, Javier voltou a Embaixada para falar com Messina e pensar no que poderiam fazer. Mas quando entrou na sala dela, quem estava sentada na cadeira dela, era Stechner.

"Ei cara, como vai?"

Javier ficou paralisado na porta. Olhando a sala vazia.

"Tudo tranquilo em casa?" provocando.

"Onde está Messina?"

"Oh, ela foi embora" ele fingiu uma cara triste "Transferida, foi para casa. Vai passar o resto da carreira fechando laboratórios de Metanfetamina. Algo a ver com passar por cima do Chefe..."

Javier já sabia onde isso ia dar. Fim da linha. Ele só pensava onde você estava. Onde você estava?

"E Judy?"

"Ah, você não soube?" Irônico pra cacete "Judy, tem uma entrevista com o Miami Herald" ele olha para o relógio "daqui 5 horas, não tenho certeza, mas parece que ela tem algo a contar sobre o envolvimento de um certo agente da DEA com Los Pepes."

Peña abaixou a cabeça.

"Oh, não podemos esquecer da ajuda que ele recebeu de uma certa assistente. Seja la o que Judy tem a dizer não terá nada a ver comigo, graças a Deus"

Javier queria socar a cara desse filho da puta até ele não saber mais distinguir o que é água de sopa.

"Você deveria ter ficado na sua praia"

"Uau" Javier suspira "E Cali também, certo? Eles vão se safar? Quanto eles te pagam por essa proteção?"

"Quanto me pagam?" Stechner sorri arrogante "vou te dizer uma coisa Agente Peña, talvez assim se sinta melhor, talvez não. Vamos pega-los um dia desses, mas não do seu jeito. Apesar de tudo que você sabe, você é muito ingênuo."

Ele se levanta e caminha até Javier.

"De qualquer forma eu me diverti. Muitas risadas. E ah, acho que o Embaixador quer vê-lo. Parece que os boatos sobre o artigo para o Miami Herald já se espalharam. Leve seu passaporte. Acho que você vai para casa mas, pelo menos você terá a companhia da sua namorada"

Você não conseguia ir embora. Parecia que se saísse dali algo poderia acontecer e se você ficasse seria como se esse dia nunca acabasse e nada de ruim aconteceria.

Mas você estava errada. Pela primeira vez.

Você viu Javier caminhando pelo corredor na direção de sua mesa. Você se levantou. Ansiosa demais. Não tinha mais nem o cuidado de tentar esconder o nervosismo.

Javier veio olhando para você como se viesse te dar uma notícia que alguém muito importante e querido havia morrido.

Você saiu de trás da mesa, e foi andando em direção a ele, para se encontrarem no meio do caminho.

"Javi, Messina saiu daqui a algumas horas e ela não parecia..."

Javier puxou você para um abraço.

"Shhhh"

Talvez fosse a última vez que ele te abraçasse.

Ele te afastou o suficiente pra beijar sua boca. Você ficou paralisada por um tempo. Com os olhos abertos enquanto sentia o macio dos lábios dele pressionados no seu, o bigode pinicando sua pele. Javier afastou os lábios, só para olhar em seus olhos, suplicando sua correspondência para um beijo, voltando os lábios para a sua boca, que encontrou a língua dele, suave. Um beijo calmo. Denso. Dolorido. Um beijo de despedida.

Quando ele se afastou de você. Você franziu a testa. Estudando ele.

"Pode avisar Crosby que estou aqui?" Ele murmurou.

Você demorou um tempo, mas assentiu.

Puxou ele pela mão. Bateu na porta. Abriu.

"Embaixador, Agente Peña está aqui"

"Sim, pode deixá-lo entrar"

Você se virou olhando para Javier, enquanto abria mais a porta dando passagem para ele entrar.

Antes de você fechar a porta, Crosby falou seu nome. Você se virou para olhá-lo.

"Você também"

Você olhou para Javier, olhou para Crosby. Fechou a porta atrás de voce. Crosby apontou a cadeira na frente dele, ao lado de Javier. Mas você optou por ficar em pé.

"Eu revisei todos os relatórios, você fez um excelente trabalho em Medellin"

"Obrigada, senhor"

"Mas" ele faz uma pausa folheando os papéis, e olhando para Peña e depois para você "não encontrei uma informação que muda todo o curso da operação"

Você sentiu um arrepio. Mas continuava olhando para ele. Engoliu em seco.

"Então, eu preciso perguntar, e eu vou perguntar apenas uma vez. Você sabia do envolvimento do Agente Peña com Los Pepes?"

Merda. Merda. Inferno. Cacete. Inferno!!!

Você engoliu em seco novamente. Javier olhou para você, e pela sua visão periférica você percebeu ele balançando a cabeça.

Mas o que? Você iria mentir. Iria dizer que não, não sabia. Para então ele desqualificar seu trabalho, sua capacidade e sua inteligência? Para que ele demita você porque você é incompetente, não conseguiu ver algo que estava em baixo do seu nariz?!

Foda-se.

Se ali era o fim. Então que fosse.

"Sim, senhor"

Javier desmontou na cadeira, mãos no rosto decepcionado.

Crosby riu sarcasticamente.

"Inacreditável. Você passou as informações que tínhamos para que ele repassasse aos terroristas..."

Javier se recompôs na horas. Interrompendo-o.

"Não, senhor, ela não fez nada, ela não participou de nada..."

"Cala a boca, ainda não comecei com você Agente Peña"

Você ficou em silêncio.

"Eu te fiz uma pergunta" ele olhava para você com os nervos a flor da pele.

"Não, senhor"

"Então explica para mim, qual foi o seu beneficio porque não posso acreditar que seja única e exclusivamente porque você era mais uma das putas que estava trepando com esse aí"

Você piscou desconcertada. A boca abriu. Desviou rosto deles. A lingua passou pelos dentes. Puxou fundo uma respiração.

Javier se contorceu na cadeira. Você não tinha que ser reduzida a isso, jamais. Você nunca o perdoaria por isso.

Você molhou os lábios.

"Eu tive conhecimento que o Agente Peña estava vazando as informações para o grupo paramilitar quando o ponto de Velasco foi atacado..."

"Brilhante! E por que não encontro nenhuma denúncia nos arquivos?"

"Eu não submeti a denúncia"

"É mesmo? E por que? Por amor?"

Você olhou para Javier. O rosto dele era um pedido de desculpas.

Você não respondeu a pergunta.

"Eu fiquei em dúvida se você era burra o suficiente para não ter percebido e descoberto uma ação como essa em baixo do seu nariz, ou se você era estúpida o suficiente para trocar o seu trabalho por sexo."

Javier levantou da cadeira, e andou até a janela. Você não poderia deixar que ele falasse assim com você, você precisava responder! Você era assim, você respondia, você contra-atacava.

Mas você ficou em silêncio, e Crosby continuou.

"Esse é o problema de ter mulheres em cargos como esse, elas não pensam, se deixam levar por sentimentos, e merdas assim acontecem, se você tivesse feito seu trabalho em vez de ter se preocupado em trepar com um agente qualquer, poderíamos ter resolvido essa questão antes, era só ter feito a porra da denúncia, era apenas esse trabalho que você tinha que fazer" ele gritava.

Você não disse nada.

Javier se inclinou sobre a mesa de Crosby, apontando o dedo pra ele. Rosnando.

"Você não tem ideia do quanto ela trabalhou para isso. Todo o setor bebendo, e ela no departamento trabalhando pela porra de 4 anos, vivendo por esse serviço, e respeitando toda essa merda burocrática que vocês inventam para foder nosso trabalho, enquanto você estava fazendo o que? Apertando a mão da porra de políticos corruptos para manter as boas relações. Ela estava organizando operações enquanto você dava tapinhas nas costas"

"Chega!" Dava pra ver a veia saltada no pescoço de Crosby enquanto ele apontava o dedo para Javier "Chega agente Peña"

Silêncio. Seu corpo tremia inteiro.

"Você" ele apontou para você "vai fazer suas malas, e voltar de onde você veio, e para sua infelicidade infelizmente não poderei fazer nada por voce, porque Judy irá dar a entrevista dela, e ela vai falar de você e seu envolvimento com Peña, e por mais que você não tenha participado disso, você está no meio disso. Parabéns, você assinou o fim da sua carreira aqui"

Javier estava de pé ao seu lado. Impressionado como você parecia uma estátua, sem transparecer nenhum sentimento, nem raiva, nem tristeza, nem ódio, nem arrependimento. Totalmente diferente da que ele conhece, que é explosiva e cheia de sentimentos. Totalmente diferente da mulher frágil que ele segurou hoje mais cedo, enquanto temia pela vida dele.

"Sim, senhor"

"Pode ir"

Você se virou, deu uma última olhada para Javier.

E saiu.

Sem olhar para trás.

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