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brunoronald · 3 years ago
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Yurighsen – É , sou eu . Ainda impressionada ?
Georgina pensou nos goblins e  depois em Yurighsen , em  Yurighsen e depois nos goblins , juntou A  e B e chegou  a uma conclusão.
Georgina – Você  está controlando essas criaturas ?
Yurighsen – Sim , eu os  controlo.
Briony   ia soltar uma gargalhada de nervosismo, mas se conteve.
Briony – Não! isso está errado, você é um garoto comum Frajola ...ou deveria ser.
Yurighsen –  Bom , vocês achavam que  as únicas pessoas que possuíam magia aqui nas escola eram penas vocês três , mas agora sabem que eu também tenho esse dom.  A magia que vocês sentiram hoje da manhã na hora da aula e a de  agora  é a minha magia .
Ksenia  perguntou baixinho  tentando não ofendê-lo com a  pergunta e nem  querendo acusa-lo .
Ksenia – então você foi o responsável pelos furtos?
Yurighsen – Exato.  Com os goblins eu consegui realizar esse pequeno assalto.
Briony – Pequeno?  
Esbravejou alto e os goblins pareceram não gostar do tratamento dela para com o seu mestre.
Yurighsen – É pequeno, não tirei nada de valor , e além disso eu iria devolver  os itens depois de alguns dias , isso foi apenas um teste.
Georgina – Como um bando de goblins , conseguem andar  pela escola , subtrair mais de cem  objetos  e não serem vistos ?
Briony – isso é o de menos Georgina. Yurighsen é um farsante, um golpista , um falso. Fingiu nos ajudar,  e nos colocou em uma emboscada .  O que eu não entendo é porque nos levou direto ao seu covil, talvez para pedir um resgate.
Yurighsen – Briony  , eu não sou um sequestrador , eu sou um afanador .  Como eu disse foi um teste para algo muito maior.
 Briony –  Não é um sequestrador mas estamos  aqui cercadas por vários  mostrengos armados  ao seu  comando.
Yurighsen – Então  os mandarei irem  embora  para que nós quatro  possamos  fica a sós se quiserem.
Com um estalar de dedos os goblins desapareceram,  retrocederam para dentro do escuro do qual vinheira e os olhos brilhantes e amarelos  foram se esvaindo como fagulhas de fogo de uma labareda , e a sala que ficará abarrotada , agora  se encontrava vazia e sem vestígios das criaturas pequenas e horripilantes .  Briony , tinha cerrado os punhos com uma única pretensão , caso Yurighsen desse uma péssima desculpa para isso , ela os usaria.
Yurighsen – Voce é só uma fada Briony , e fadas tem péssimas investidas, não foram feitas  para qualquer tipo de briga .
Briony – Eu consigo medir o que eu posso e não posso enfrentar de maneira muito exata . Se eu me lançar sobre você é porque eu sei que tenho chances , e você não vai sair daqui sem o nariz divido em dois.
Gerogina – Espera, Briony . Vamos resolver isso, apenas conversando.
Ksenia estava tão escondida entre as sombras que parecia ter sumido junto com os goblins , ela detestava tanto brigas que se envergonhava e se encolhia , mesmo que ela não fosse o foco , apenas a observador.
Briony estava a ponto de soltar raios pelos olhos , respirando alto como um touro enfurecido , ainda bem que ninguém portava qualquer acessório vermelho ali . Yurighsen permanecia com sua face intocada de qualquer preocupação com as ameaças de Briony , e Georgina estava pronta para  pula em cima de  um dos dois caso realmente  houvesse uma briga.
Georgina – Acalmem-se, Acalmem-se, somos todos uma família.
Briony – Que?
Georgina – Quer dizer ... Acalmem-se, somos todos amigos. É quanto tem discussões em casa é a frase que o meu pai sempre diz, somos todos uma família. Eu me confundi.
Yurighsen – Georgina, você é uma bruxa como eu .
Briony – Ah está explicado essa sua ganancia em roubar as coisas. Tinha que ser um bruxo para colocar uma escola pacifica abaixo, que nunca  teve uma ocorrência de  furto durante seus trinta anos de existência.
Yurighsen – Georgina eu não sei porque você deixa essas fadinhas se dirigirem a você de uma forma tão arrogante. Eu no seu lugar já teria congelado a língua delas no céu da boca. Eu que passei apenas uma   tarde com a Briony, estou me coçando pra jogar uma azaração  pra ela calar a boca , imagina você que aturou ela anos e anos.
Georgina – Eu não tenho vontade de fazer isso, mas é muito legal  ter um outro bruxo aqui na escola  , agora nós podemos fazer troca de feitiços , eu te ensino alguns encantamentos da minha família e você ensina os da sua ...Só que antes de apertarmos as mãos explique o motivo de ter roubado as coisas de todo mundo.
Yurighsen – Eu posso explicar mas não sei se posso dizer tudo , abrir mão do segredo do meu , audaz  plano , porque em você eu confio Georgina  , mas nessa Briony linguaruda , fadinha da floresta eu não sei.
Briony – Se o seu plano inclui roubar mais coisas de mais pessoas com certeza eu vou sair daqui e dar com a língua nos dentes.
Georgina – Ele é quer explodir a escola .
Briony – Que ?
Yurighsen – O Que ?
Georgina – Desculpe , eu falei  em voz alta. Que vexame . Não acho  você vai  explodir a escola Yurighsen , foi só um pensamento bobo que passou pela minha cabeça , você  parecia ser um menino bem comportado seguidor da lei e da ordem  e do nada descobrimos que  um rebelde e  ladrão burlador da lei e da ordem  . Ai eu pensei , ‘’ Meus Deus,  ele  ser capaz de tudo , inclusive de explodir a escola’’...  Desculpe de novo.
Yurighsen – Tudo bem . Mas agora  , você está protegida das importunações da Briony . Se eu pegar você   e a sua prima Ksenia , implicando , injuriando , desmerecendo a Georgina , só porque ela é uma bruxa eu acabo com vocês , eu transformo as duas em  saracuras.
Briony – Eu duvido que você tenha esse poder todo.
Georgina – Tá, vamos acabar com as hostilidades, em?
Briony – Tá pacificadora, mas ele não diz o que ele quer com esses roubos.
Yurigshen – Eu vou resumir, mas antes vamos sair desse lugar abafado, conversar e respirar aqui engolindo poeira, vai nos deixar doentes.
As crianças saíram da sala abandonada das cadeiras e foram até o lado de fora da escola, para conversarem na mesa ao ar livre. Passaram tropeçando pelo gramado   esburacado que parecia ter sido escavado por mil toupeiras desorientadas.
Briony – Foi um dos momentos mais tensos que eu vivi.
kSenia – Sim , acho que nos três pensávamos o mesmo ; nos vamos morrer.
Georgina – É ...Porque Yurigshen preparou esse show tenebroso para gente ?
Yurigshen – Eu não preparei nada, os Goblins tem danças e seus meios de intimidarem invasores em seu território. E eu agir um pouco como os globlins , toquei violino daquela forma para amedronta-las , foi improvisado . Eu achei engraçado, mas desculpem senhoritas, não vai se repetir.
Ksenia – Voltou a falar como um cavalheiro. Eu prefiro assim!
Yurighsen – Eu, sou filho de Joaquin Arbex , ele é um sujeito  bem conhecido por realizar tarefas escusas  , e eu fui treinado por ele , com artimanhas e truques para embaraçar os pensamentos de investigadores ,  para abrir cadeados e cofres de todos os tipos e tamanhos. Fui treinado por ele para me comportar sempre como um homem de elegância de fino trato . para tocar violino com exuberância ...As lesões musculares que adquiri foram devido as práticas dessas minhas duas modalidades ; músico e ladrão. Arrombei mais de mil fechaduras, em testes que meu pai me pôs, para calibrar a as habilidades dos meus dedos. Toquei incontáveis músicas, até adquiri o poder hipnotizar plateias para que elas não percebam a atuação dos gatunos que me acompanham. Eu não sou um tipo de musico de rua que se humilha colocando um chapéu no chão e esperando a bondade do povo para colocarem seus miseráveis trocados, eu tomo o dinheiro deles, em quando seus ouvidos se deleitam com as minhas melodias.
Georgina – Por que seu pai o lecionou a fazer esse tipo de coisa?
Yurighsen – Ele é de membro de uma organização criminosa chamada, Harpa Harpia. A maioria de seus componentes são desconhecidos, mas meu pai como já foi preso a identidade dele como integrante já foi exposta pelas autoridades, então não preciso esconder esse fato de vocês...Bom, meu pai queria que eu me tornasse um membro também, e para isso é preciso passar em um teste. E quando se torna membro tem-se acesso a muitos benefícios, proteção residencial, advocacia gratuita, encaminhamento de processos criminais a juízes corruptos. Meu pai não sabe viver de outro jeito, não soube me ensinar outras alternativas, se não a única que conhece.
Georgina – Seu pai ainda está preso?
Briony – Deve estar né.
Yurighsen – Não. Ele está viajando  a trabalho ,  roubando alguns passageiros de trem , na rota Madrid, Barcelona.
Briony – Ele fala isso com tanta naturalidade... Qual a justificativa para ter feito um assalto na escola? Eu estou esperando!
Yurigshsen – Treinar meus goblins ,  assim como meu pai me treinou , mas como eles são muitos e parece que só uma metade do cérebro funciona, a coisa fica bem complicada.  São meus assistentes, coautores em delitos . Pus a prova habilidade deles hoje e o resultado foi quase perfeito. Eles tiveram alguns momentos de indisciplina, pôs o roubo eles foram fazer bagunça na quadra  para comemorar a minha satisfação   e ai ela ficou toda babada . Não da pra controlar a baba deles, são meio como cachorros quando excitados, e adoram morder bolas, almofadas, madeira...
Ksenia – Como conseguiu um exército de goblins ?
Yurigshen – Eu vou responder a sua pergunta daqui a pouco , eu ainda estou respondendo a da Briony . Os globlins estão prontos para a real tarefa , respondem as cegas todos os meus comandos sem titubear por um longo período de tempo , e era  dessa certeza que eu precisava extrair   para que eu tivesse confiança em realizar  o próximo roubo   que vai ser bem mais perigoso.
Georgina – Quem você vai roubar?
Yurigshen – Ivaro Morkmard
Briony – Ele esta contando os crimes deles e nos tornando cumplices...
Georgina se lembrou vagamente daquele nome que Yurigshen dissera: Ivaro Morkmard, provavelmente ela sabia quem era mas sua memória não há ajudava.  Então ela esforçou-se mais para lembrar, mudou de postura , ficou ��olhando  para cima e com a mão no queixo  ‘’ - Ivaro Morkmard, deve ser alguém importante, um barão, capelão, um apelão . Não, um acho que ele é algo com E ou com I, Ascendente, descendente, incompetente ,  regente , REGENTE! Reincidente ...REI ‘’ Quando lembrou-se exclamou para fora a sua incredulidade.  
Georgina – Você está maluco!
Georgina disse alto e interrompeu Briony enquanto ela fazia suas ofensas gratuitas a Yurighsen.
Briony – E exatamente isso o que eu acho dele , que bom que concordamos Georgina , o que te fez chegar a essa conclusão ?
Georgina – Ivaro Morkmard é o rei bruxo.
Briony – O rei bruxo?
Georgina – Sim o rei bruxo, senhor   portador de toda a magia, a qual todos os bruxos devem subserviência, o último descendente de um dos três reis magos.
Briony – Aquele que anda no navio voador , o Caça castelos ?
Georgina – É.
Briony – Meu Deus!  Ele não é tipo o bambambã dos bruxos ?
Georgina – O mais poderoso de todos.
Briony – Você está maluco!
Repetiu Briony para Yurigshen.
Yurighsen – Eu já sei que você me acha maluco.
Briony – Mas eu preciso reforçar a ofensa depois de você ter me surpreendendo com mais uma coisa absurda. Quem sabe ofendendo você , você mude de postura ou sei lá.
Yurighsen – Eu tenho um plano, a meses. Eu vou esperar  o dia da Grande Reunião de Premiação da magia.
Georgina – Ta brincando ? eu também tenho um plano para esse dia.
Briony – Georgina acabou de confessar que também tem um plano para roubar algo , vamos embora Ksenia !
Georgina – Eu não vou roubar nada. Meu plano  tem haver com outra coisa.
Yurisghsen – Mas que situação ideal, você me ajuda no meu plano e eu ajudo no seu Georgina, já que nossas maquinações  casam no mesmo dia e local.
Ksenia – Que pretende fazer Georgina? Não é algo errado né ?
Georgina – Não.
Ksenia – Certo , mas gente vamos conversar direito , vocês bagunçaram a minha cabeça . Quando o Yurishen disse que ia roubar o rei Ivaro , vocês começaram a se atropelar.
Yurisghsen – Elas se escandalizaram. Georgina e a Briony. Mas ficou claro , que o roubo na escola era apenas um teste para esse roubo maior que pretendo fazer ?
Ksenia – Sim.
Yurighsen – O que eu roubei na escola será devolvido.
Ksenia – Onde escondeu ?
Yurighsen – Estava nas sacolas de contra pesos que erguem e abaixam as cortinas , coloquei os itens lá  dentro em vez da areia.
Georgina – Engenhoso!
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brunoronald · 3 years ago
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Os Reis Do Pecado . Mapa 2
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brunoronald · 3 years ago
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Os Reis Do Pecado . Mapa 1 
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brunoronald · 4 years ago
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De frente as asas pareciam sair diretamente das costas dela ,  e elas se estendiam quase de uma parede a outra do banheiro , além de longas eram também grossas e robustas , a pigmentação eram  bem similares a de uma águia real .
Ksenia – São bonitas , elas podem fazer você voar  até quantos metros ?
Georgina – Dezesseis metros.
Briony –  Porque você não usa vassoura ?
Georgina – Vassouras ? elas são muito perigosas. Muita gente escorrega delas , e os acidentes aéreos que acontecem então... hmm meu pai e minha mãe  não deixam.
Briony –  Mas pra  que você precisa de uma bolsa com asas ?
Georgina – Para mim chegar em casa mais rápido , é uma subida , minha casa fica na encosta de uma montanha. Eu só evito passar por trilhas ou estradas , eu uso elas  no meio das arvores , assim ninguém me vê.  Faz tempo que não tiro elas da bolsa  ,  tem mais de um ano.
Ksenia – Mas e ai elas são vivas mesmo ?  
Ksenia pegou nelas , elas tinham calor , tinham músculos , uma estrutura completa , a textura também parecia ser de penas de verdade.
Georgina – Meu pai disse que é só um simulacro.
Ksenia – Está extremamente bem feita.
Georgina – Eu vi ele as desenhando em um papel os esboços mas não sei que material ele as usou e que feitiço fez para encantar.
Briony – Está me parecendo que você quer imitar as fadas com essas asas ai.
Disse com aspereza e cruzando os braços.
Georgina – A minha intenção não é parecer com fadas...
As asas voltaram para dentro da Bolsa de Georgina e desapareceram completamente, e Georgina guardou todo o material  escolar que havia  removido.
Ksenia – Voce precisa  tirar  o material pra elas saírem ?
Georgina – Não ,  mas  já aconteceu uma vez  das asas saírem e jogarem para fora as minhas coisas.  
A tarde foi ficando alaranjada , o sol  parecia uma tangerina , e as nuvens pareciam  rasgadas , igual o enchimento de algodão  vazado de  um urso de pelúcia depois que um cachorro morde. As garotas saíram do banheiro e foram percorrendo a escola até que chegaram na sala de música.  Elas não puderam entrar porque a sala estava fechada, era a única  trancada  em toda a escola  porque ela só abria nas sextas feiras.
Ksenia – A que pena que não podemos entrar , mas a minha detecção de vida não está indicando coisa alguma ai. Vamos continuar ?
-  Porque vocês precisam  entrar na sala de musica ?
Falou um garoto atrás delas as assustando .
Briony – Quem é você ?
Briony disse com rispidez,  o susto que levou lhe fez perder a educação , ela analisou o garoto de cima a baixo.
Briony –  ah, você é aquele garoto frajola , que veio de terno uma vez pra o colégio no  verão do ano  passado.  Yudi  ? Yuri ?
Yurighsen –  Meu nome é Yurighsen  , nada de yudi ou só  yuri não.
Briony –  Tá , ninguém se importa.
Gerogina – Caramba, pra que essa hostilidade ? Olá Yurighsen, eu sou a Georgina.
Ela estendeu a mão para ele, e Yurighsen não deixou-a deixou esperando , estendeu a sua também e deu um bom comprimento.
Yurighsen –  Finalmente um pouco de civilidade aqui. O que as garotas estão procurando pela escola ? me desculpem pelo meu enxerimento.
Yurighsen tinha os cabelos tão arrumados e brilhosos que eles pareciam falsos.  Os   fios eram negros , seus olhos também eram escuros e reflexivos.
Georgina – Voce pode soltar a minha mão agora, sim?
Yurighsen, havia segurado a mão de Georgina por um longo tempo, esse foi o cumprimento mais longo que ela já teve.
Yurighsen – A desculpe eu não percebi que eu ainda estava segurando sua mão, me deu uma sensação muito boa quando toquei em você, acho que você transmitiu alguma energia positiva enquanto nos cumprimentávamos.
Georgina ficou meio estonteada com o elogio. Ela corou tanto e tão rápido,  que parecia um termômetro colocado perto de uma lareira.
Yurighsen tinha uma luva na mão direita, mas não na esquerda, a que usou para apertar a mão de Georgina.
Briony – Você gosta de inventar moda né?
Yurighsen – Eu tenho estilo. Mas essa luva aqui , tem outras funcionalidades além de ser um elemento estético.   Ela é uma luva ortopédica , possuo uma disfunção musoesqueletica , síndrome do superuso  ou síndrome do uso excessivo  , praticando violino em casa e na escola diariamente   e isso causa muitas dores na  mão em que eu dedilho  o instrumento.
A luva era de couro parecia um pouco com as usadas por motociclistas , ela tinha arabescos desenhados  em branco e dourado,  parecia  caro.   Na verdade , todos os acessórios que Yurighsen possuía eram  de marcas de grife  , sapatos , cinto , calça ,  o  óculos escuro que ficava preso a gola da sua camisa , sua mochila também , ele parecia gostar  muito de cinza e preto  porque eram as únicas cores com as quais ele se apresentava agora , mas ele não parecia nada sombrio , apenas  um garoto preparado para  ir a algum casamento , ou evento  social para pessoas nada humildes.
Yurighsen – A sala de musica é a minha parte favorita da escola  e vocês estão aqui diante dela  com   cara de quem está    tramando uma entrada forçada. Eis ai três garotas prestes a praticarem um arrombamento.
Briony –  Nada disso. Nos só queríamos checar se ela estava aberta e caso estivesse...
Yurighsen – Caso estivesse , o que aconteceria  ?
Briony – Um lugar a menos para procurar.
Yurighsen – Procurar ?  se referem aos objetos roubados ? A sala de musica permaneceu intacta ,  nada foi movido dela , a polícia disse. Mas eu tenho a chave se quiserem entrar , todos os alunos que  fazem música tem acesso  irrestrito para praticar  na sala até as seis  da tarde, eu faço isso  todos os dias . Eu vi o grupo de vocês  perambulando pela escola , andando de um jeito muito esquisito , se aproximando das paredes , analisando os ambientes , acho que vocês estão investigando.
Georgina – É , é isso mesmo , você quer ajudar ?
Yurighsen – Claro , mas...vamos todos nos apresentar primeiro ,  não  é ?
Briony – Eu não queria admitir o ingresso  de  um bisbilhoteiro no grupo. Bom, não precisamos entrar na sala de música mais , a Ksenia já afirmou   que não tem nada ai também ,  então a ajuda que  você poderia nos dar  não é mais necessária.
Yurighsen – Eu acho que  essa  decisão precisa  ser  da maioria . Que os  outros dessa operação pensam sobre  mim ?
Georgia – Já tem  o meu apoio .
Yurighsen– há , um  a um ,  agora a outra  garota tem o voto  de minerva.
Ksenia olhou para Georgina e para Briony sua prima.  Briony   olhava de volta pra ela com uma coercitiva   seriedade, e Georgina se demonstrava  apenas  sorridente.  Yurighsen estava de dedos cruzados para lhe dar boa sorte sobre a decisão da menina. Ksenia com certeza ficava intimidada por conta de sua prima que sempre a encobria com sua presença comandante.
Ksenia intimamente muito interessada no garoto desmereceu um pouco a figura linha dura da sua prima e resolveu acatar o embarque do novo integrante do grupo.
Ksenia – Por mim ele pode nos seguir.
Briony –   Com ele aqui não teremos a liberdade de falar de certos assuntos...Compreende ? Vocês duas dificultaram as coisas.
Yurighsen, não poderia saber  o trio de meninas era bastante fora do normal , uma bruxa e duas fadas , então nenhuma delas falou mais sobre magia.
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brunoronald · 5 years ago
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Ungradir –  Que lhe venham muitas então.
Fluxmier –  Não é só os Deuses do Primevo que  procuro.   Exermandes antes de partir deixou uma herança ; O Livro de Toda a Justiça,  e eu pretendo encontrar esse exemplar antes que ele caia  na mão de ignorantes. Duvido muito que Exermandes o tenha levado junto em seu desaparecimento . Ele e sua obra tomaram rumos diferentes .
Ungradir –   O livro de toda a justiça ?
Fluxmier –  Sim , ele compilou em segredo e  ele se abriu  para mim sobre isso  com exclusividade,  eu era único a saber da existência dessa coisa . Agora  há dois cientes do objeto ; Eu e você.
Ungradir – Que  o livro faz ? Exermandes chegou  ao ponto de dizer  para que ele serviria ?
Fluxmier –  Sim, e isso me deixa aturdido  . O Livro de Toda Justiça serve para aniquilar qualquer injustiça que possa haver , desequilíbrios , desigualdades e opressão entre  todos os seres  viventes.
Ungradir –  Isso não me aprece ruim.
Fluxmier –  Entre todos os seres viventes. Pare para pensar nessa frase.
Ungradir –  Entre todos os seres viventes ? . Isso inclui nós ?
Fluxmier –  Sim .O livro tem a propriedade de nivelar o poder dos criadores com as criaturas.  
Ungradir –  Então é algo perigoso , que causaria uma grande desordem e conflito.
Fluxmier – Exato,  e tenho uma suposição de como isso pode ser concebido pelo exemplar.
Ungradir –  Mas o que o faria criar isso ?
Fluxmier – Exermandes, via quão dependentes os seres de carne eram das divindades e como  necessitavam   perpetuamente de nossa atenção ,  bastando um mero descuido nosso  para que esses começassem a morrer.  Sendo o suficiente um deus dar as costas para  uma  que grande civilização humana  automaticamente   inicie   seu processo de decadência . O livro  na pratica tornaria esses que foram  negligenciados   pelos seus mestres  em seres autônomos   e tem mais , o livro também serviria  para punir a divindade que maltrata muito seu povo , podendo esse  povo usar do livro para  se rebelar contra a divindade carrasca.
Ungradir – Ele chegou a completar antes de desaparecer ?
Fluxmier –  Sim. Exermandes   lavrou e o prontificou  aos seres de carne sua herança  , mas nunca chegou a entregar.
Ungradir –  Quantos humanos restam em Vayevelenver ?
Fluxmier – Aqui ? Apenas os de Miltra  mas fora daqui em lugares mais ermos do espaço restam também os seus .  
Ungradir –  Os meus ?
Fluxmier –  Sim. A frouxidão de sua memória  não evoca mais a lembrança do mundo que  fez. Não sei o nome do planeta que você criou Ungradir , mas ele está lá , carente de sua atenção , perecendo  sem tutela e os habitantes morrendo  nas  trevas , sem um única entidade celestial para os guiarem.
Ungradir –  Não é possível isso.
Fluxmier – Sim , é ! Se o livro de exermandes estivessem na posse deles , não precisariam de você ,  se arranjariam , mas como não está ...
Ungradir –  A quanto tempo , a quanto tempo faz isso ?  A quantas  eras estou sem apara-los ?
Ungradir se agarrou as vestes de Fluxmier . Ungradir estava pasmo.
Fluxmier –  Não faço ideia do tempo . Mas  identifiquei que era uma civilização  que você criou pois encontrei  inúmeras  imagens e templos devotados a você, quando encontrei o planeta .
Ungradir , passou a mão na testa e sempre que tentava lembrar desses homens que havia criado , sua mente lhe dava um branco imediato. A memória de seu passado parecia um lugar inacessível.
( Voltando ao tempo presente )
Werlish , Blenzeerish , Miltra  permaneceram ali ao redor do  cupinzeiro e viram as formigas tomarem conta de tudo , dominando o império dos cupins .  O espolio de guerra delas eram  o corpo de  seus adversários  que serviriam de banquete para a colônia. Nenhum cupim foi poupado , inclusive os ovos não foram deixados de lado. Via-se inúmeras operarias   carregando o entre suas presas o que pareciam se grãos de arroz.  Esses eram os ovos !
Werlish tocou-se que Miltra esquecera-se de passar o recado que queria a Blenzerish com a historia de Anselmo por isso , deixou de lado a guerra dos insetos para alavancar a discussão anterior mais uma vez.
Werlish – Falta um puxão de orelha no meu colega, o exemplo que a senhora  deu  é obvio mas não sei se ele  capturou a mensagem como deveria. Para uma pessoa teimosa , tem que se repetir os ensinamentos mais de uma vez . Cabeça dura  só se amolece batendo .  
Miltra –  Eu não desejo que  a vida de Anselmo se repita em você, Blenzerish . Não há como eu dar  uma  explicação mais clara   que essa.
Blenzerish – Não me tornarei como Anselmo . Pensei bastante  no que me disse no dia  posterior a morte de Meires . Você não é a culpada  por  nos estamos condicionados a passar a vida em batalha   então como eu poderia  odiá-la ? Meu rancor não será mais direcionado a vossa pessoa e sim aos outros Fundadores e  a minha razão de detesta-los é a mesma que a sua.  Voce nos quer dar liberdade ,  e outros  grandes  celestiais  querem o contrario.
Miltra –  Deixe que eu brigue com eles sozinha . Também queria   despacha-los  para longe mas para manter o lugar onde você mora em pé , eles ainda são necessários.  Eu amo tudo o que você vê mesmo com todas as falhas . Se eu não amasse , me desfazer   seria muito fácil . Eu vou dar um jeito de tira-los desse naufrágio e evitar que seja ocasionado mais sofrimento aos mortais , eu só preciso de tempo para achar uma solução.
Werlish – Sofrimento ? Me explique porque a senhora concorda tanto com ele ? Falam como se o mundo inteiro fosse fracasso.
Miltra –  Algumas coisas são sim um fracasso de gestão . Eu não queria que houvesse uma guerra a cada dez anos , nem que  houvessem mortes   , perdas e choros . Eu expus isso a  Blenzerish em particular  a meses atrás.  Pronunciei também  que pretendo no futuro inaugurar uma nova estadia para a humanidade . Eu não saí anunciando  a outros   isso  porque  a minha declaração pode não vir a se concretizar.
Werlish –  E se não der certo , tudo  permanece como é ?.
Miltra – Bom...
Blenzerish – Não. Desculpe interromper. Ela pretende recomeçar um novo mundo e  os habitantes  desse antigo não serão incluídos  lá. Mas esse destino em que somos excluídos da  criação também não depende dela.
Werlish – Mas ...Miltra , você vai desistir do que foi acordado inicialmente ? Voce e os outros deuses nos fizeram com um propósito , servir de guarda e  proteção ao mesmos . Os homens foram divididos em  cinco  povos e apenas um desses cinco deverá triunfar sobre os outros  e   só vence o povo   que  aniquilar os quatro povos rivais.  E a  Nação que sair  vitoriosa irá  conquistar o prêmio  que é de ir ao céu  se tonar  a infantaria divina imortal .   Eu passei todo esse tempo , treinando , querendo matar as pessoas das outras quatro cidades , para nada ? Todas as vidas perdidas de outros guerreiros que também tinham essa ambição  de virarem imortais sagrando  a sua nação campeã   , também morreram para nada ? É uma competição asquerosa que foi imposta a todos os cidadãos de Arias Platem . Treias meu mestre  me disse que devemos varrer as nações vizinhas com fogo para provar aos deuses que nós somos os melhores dos melhores  e que merecemos estar ao lado deles ...varrer as nações vizinhas ... um genocídio , um genocídio por uma causa que  nunca vingará  !
Miltra –  Eu não disse isso há  Blenzerish  que iria abastecer o novo mundo com novas pessoas .
Blenzerish –  Mas eu deduzi.  Eu seria muito simplório se não advinha-se suas  pretensões futuras para conosco depois que contornou  uma pergunta  que fiz a dois meses atrás no lugar onde Meires foi morta.
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brunoronald · 5 years ago
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( Parte 32 ) Essa será a última parte Publicada Dos Reis do pecado , o livro online já atingiu  78 paginas e 40 mil palavras   e por questões comerciais a história não poderá ser revelada mais que isso.  De 2015 -2020 , cinco anos nessa jornada que ainda nem chegou na metade , claro que se você quiser acompanhar o restante  basta esperar até a versão física .
 Fridda tinha muitos cabelos arrancados boiando na água da banheira, isso por conta  da tentativa de desembaraça-los.  Ela não pode deixar de  dizer - Ai ! A cada segundo em que muitas mãos trabalhavam para torná-lo liso.
Megway –  Eu achava que você tinha  o cabelo castanho claro , mas você é loira ..Tinha tanta terra e lama misturadas que eles ficaram caramelizados  .  Isso são reflexos de anos de desleixo com sigo mesma. Levante que nos  vamos trocar  a água da banheira.
Fridda –  Terminamos ?
Megway –  Não , você vai voltar para ai  e vamos fazer tudo de novo.
Fridda –  Eu já estou nesse suplicio de limpeza a mais de  quarenta e cinco minutos . Eu nunca fiquei com as mãos tão enrugadas na minha vida ... Olha,  os meus dedos parecem  de alguém com mais de 50 anos .
Sakhim – Fridda , você precisa sair daqui um brinco . Você ainda tem uns grudezinhos no pescoço . Você está com olheira , não dormiu bem ontem a noite ?
Delins –  Eu sou a prova viva que ela ficou até tarde ontem em claro , Medrick terminou de tirar a pedra vulcânica do centro da cidade  lá para as três e meia , e quando passei com ele para dentro de casa , Fridda estava no sofá com   os olhos arregalados parecendo uma coruja caçando ratos .
Megway –  Agora vamos usar uma química mais pesada.
Alguém bateu na porta da sala de banho ...As garotas se assustaram.  Elas falaram – Tem gente. E de trás da porta ouviu-se uma reclamação , era Medrick.
Medrick –  Por quantos anos  vocês pretendem manter Fridda presa ai dentro . Eu preciso me apresentar o quanto antes ao meu superior garotas.
Megway –  Ela não pode sair  ainda.
Medrick –  Tem mais três pessoas aqui aos pés da porta , duas delas querem fazer suas necessidades , a outra almeja  o  desjejum da manhã que não foi posto a mesa.
Megway brigou com  suas irm��s .
Megway –  Como vocês se esqueceram de por a mesa  para os hospedes ? Eram para terem feito isso antes de  virem aqui cuidar da Fridda.   Aiber vai lá dar de comer ao povo .
Aiber foi apressada pela mais velha a sair e ir servir os hospedes. Aiber foi ciente de suas responsabilidades mas deixou claro que preferia estar ali conversando que servindo.
Fridda – Aiber consegue dar conta de  fazer um café da manhã para doze homens sozinha ?
Megway –  A comida que servimos ao amanhecer não é  tão elaborada quando deve ser  o  almoço e o jantar.  Basicamente, damos aos hospedes  só fatias de pão assado e leite quente  nesse horário.
Fridda  tomou seu segundo banho consecutivo , esse demorou menos mas foi o mais ardido . As filhas de Adiopetriano espremeram limões e botaram gotas   na banheira onde Fridda estava mergulhada . Dessa vez a água estava morna e Fridda teve vontade de tirar uma cochilo  ali . Ela sentia sua pele sendo mordiscada  pelo acido do limão , mas não era nada muito incomodo. Em um breve momento de despreocupação ela  afundou a cabeça na água e seus olhos lacrimejaram por causa do limão , e eles ficaram levemente vermelhos , mas nada preocupante. Sakhim tirou com um pinça os pelos de sua sobrancelha e nariz.   Aiber  consegui voltar  para a sala de banho , após dar o café da manhã dos  hospedes  e trouxe consigo um dois baldes , um cheio de espuma e o outro com  três  escovões. A espuma foi derramada na banheira e  Sakhim pegou um pouco da espuma  e soprou na  cara de Megway que fingiu ficar brava  e depois soprou na cara de Fridda que acabou espirando com  a pequena quantidade que entrou no seu nariz .  Megway disse que Fridda deveria ficar de pé , e ela ficou , então as quatro  filhas de Adiopetriano limparam-na . Ela não pode deixar de sentir cocegas  com quatro escovões sendo conduzidos delicadamente pelo seu corpo.  Bom , Megway e Delins na verdade eram as que escovavam as partes de Fridda com mais atrito. Megway queria deixa-la um primor mas Delins parecia que escovava tentando machucar a pele da garota.. aquilo ficou tão evidente  que Megway advertiu a sua irmã a  escovar  com mais calma .  
Megway –  Todos os seus defeitos visíveis se foram , quilos e quilos de sujeira  e gordura da cidade dos porcos  acumulados em você  escafederam .  Eu faço esse banho em  outras mulheres Fidda , mas o que fiz  você ,  foi além de um banho , foi uma verdadeira libertação da alma.  Você parece até outra pessoal . Quer se ver no espelho ?
Fridda –  Eu não me vejo no espelho a muito tempo ,  até os reflexos de água eu evito
Sakhim –  Seus problemas com a aparência se acabaram agora , não tem porque você se sentir horrorosa .
Aiber –  É , e espelhos tem que seus  melhores amigo a partir de hoje , ande sempre com um , dentro do  decote .
Megway – Vai querer se ver ?
Fridda –  Não sei ...
Sakhim – Você vai se impressionar , eu estou impressionada .  Você antes perecia um guaxinim é serio ,  ao redor dos seus olhos tinha um pouco de escuro das impurezas  que penetraram na sua pele com o passar do tempo , era igual uma máscara  de bandido .
Aiber –  A Delins parece até que ficou com ciúmes de você . Olha a cara dela.
Megway –  A Fridda não me parece o tipo  que rouba o homem das outras .. né fridda ?
Fridda –  Como assim roubar ?  
Sakhim –  Voce está viajando com o medrick lá na capital ...talvez ele não tenha sentido nada por você ainda mas depois que vir sua transformação. hmmm ai eu tenho minhas duvidas.  
Delins ameçou jogar o escovão que segurava na cara de sua irmã , mas  desistiu e jogou no chão. Delins saiu pisando forte.
Sakhim – Eu estou brincando Delins ,volta !
Fridda – Ela é muito ciumenta ?
Megway –  Na verdade ela só está desalegre  porque Medrick vai ter que partir mais cedo do que ela pretendia. Ele já não é de aparecer muito em Salserd por conta de suas responsabilidades do seu cargo na capital.   O máximo de dias que ele fica aqui são cinco , as vezes menos ...e são cinco dias  depois de um mês ou dois dar as caras .
Aiber  – Aqui está o espelho !  
Fridda virou o rosto. Sabe-se lá de onde Aiber havia tirado aquilo
Fridda – Não , agora não !
Mas foi tarde de mais , Fridda já tinha visto de relance seu reflexo , ao poucos foi tirando  as mãos do rosto que também havia botado para se proteger de sua própria imagem ...Aiber continuava  a expor o espelho bem na sua frente  a  centímetros . Fridda escutou elogios e incentivos das outras meninas para  não ter medo .
Megway  – Vai Fridda se olha logo de uma vez , essa timidez toda da nos nervos.  Nos três achamos que você está linda não é verdade ?
Sakhim – Sim , Dunaway também  te acharia linda   , mas ela está dormindo aquela preguiçosa.
Aiber – E eu só largo o espelho quando você o encara-lo.
Fridda –  Tá ...eu vou fazer isso .
Fridda ficou encantada consigo mesma e o seu queixo caiu. Ficou imaginando se aquele rosto era mesmo o seu , se ela sofreu algum encantamento ou  se estava vendo  um retrato de uma musa inspiradora de um grande artista...Fridda tinha cabelos loiros  , fios finíssimos  e dourados , um dourado  que reluzia como  a arca de  um tesouro , seus olhos tinham  três tons de azul ; como o céu   da manhã claro  , como o  da tarde quente  e como da noite escuro . as tonalidades eram alocadas da seguinte forma   na parte inferior do olho , manhã , na parte do meio   a tarde , e a parte superior a  noite. Ela tinha as bochechas enrubescidas como a de alguém que vive apaixonado.  Seus lábios cor solferino, e quando colados, sorrindo ou sérios pareciam um pouco com um coração.  
Fridda – Acho que o banho de vocês é magico!  
Fridda emocionou-se e tocou no seu rosto várias vezes ainda sem crer. Sakhim a abraçou depois que Fridda principiou um curto choro.
Um hospede gritou já muito afobado  para as garotas que ainda estavam ocupando o banheiro.
Hospede –  Saiam dai ! Estou querendo me aliviar desde a hora em que acordei , tão fazendo uma festa , tão reformando ?  não me obriguem a ia na rua e me fazer mijar  lá feito um CÃO !
Megway – É  a nossa deixa , Fridda , vamos buscar uns vestidos para voce.  Nos já vamos sair senhor, só mais alguns minutos.
Desculpou-se a mais velha com o cliente.
Fridda –  Não tem outro banheiro aqui não ?
Megway – Tinha  mas ele precisou ser fechado  por trinta dias até que não estivesse mais impuro.
Fridda – Impuro ?
Sakhim –  Coisa do Papai , ele descobriu que  no banheiro próximo a cozinha ,  isso é , quase  ao lado da poltrona  de onde ele descansa  aconteciam certas coisas...  Ai ele mandou trancar o banheiro até que os  pecados  cometidos ali fossem esquecidos .
Megway – Até parece que estamos  é no  reino  da luxuria  e não do da  vaidade ! Temos  inclusive um local que se chama , os Seios Da Condessa .  
Fridda – É uma casa ?
Megway -  Não, são dois montes pequenos  cor de rosa , cobertas por flores , ao longe parecem dois grandes mamões fartos  saindo de dentro da terra.
Sakhim -  Mas quem colocou os montes com um nome tão chamativo como esse ? 
Megway - O proprio rei de Castelo Maior os  batizou assim , dizem que  enquanto  ele cavalgava por ai  em aventuras   achou esses  montes e murmurou  que eles  lembravam   aos triunfantes  seios de  sua  mulher que  ja tinha sido uma  condessa  antes de se torna rainha . 
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brunoronald · 5 years ago
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Blenzerish –  Estou tentando ampliar os meus sentidos , antes que eu receba qualquer melhoria externa . Eu  fui caçado , se quer saber  , por diversas vezes me fiz de  isca , deixei meu cheiro por ai  para facilitar a ação de qualquer predador. Vestia a antiga armadura do meu pai  de seus tempos de menino ,  me coloquei dentro da selva   com varias carcaças de boi  amaradas em mim  . Eu precisava saber como é possível  escapar de um ataque , escutando os passos  que indicavam a  presença das feras.  Com dois quilos de carne  atados no cinto esperei , esperei até que qualquer grande  carnívoro viesse  ao meu encontro.  Eu tive medo da armadura não aguentar , apesar do aço dela ser bem resistente,  o dente dos leões poderiam perfurara-la ou desmonta-la   fazendo ceder  com  a força de suas mordidas as fivelas . Permaneci em  pé  mas tremendo , suando com o calor do sol  e temendo um ataque mortal . Além dos campos de trigo ,  em um mato muito mais alto e denso , andei e cada passo meu era como o de latas caindo , impossível não ser mais chamativo e não atrair a atenção de algo. Passaram-se horas e só quando eu deixei de querer vê-los , deixei de desconfiar foi ai que    grandes e pardos leões apareceram  me cercando. Eu estava em estado de alerta e eles  notaram , não ousaram emergir das relvas  até que  minha preocupação com eles  torna-se parca , até que minha preocupação virasse monotonia. Acreditando depois de um vasto tempo   que o ambiente onde eu repousava agora sentado não mais em pé ,  era pacífico  meus sentidos atenuaram e  fiquei leso pela sonolência  do entardecer.   Nesses poucos  instantes quando  eu acreditava não mais ser possível ser atacado , eu fui.
Werlish – Detalhes da sua incursão suicida ao mundo selvagem , por favor !
Blenzerish –   Eu fui atingido nas pernas , sabe-se lá porque dessa vez esse foi o primeiro o primeiro alvo . Eu não cai com a força da mordida no meu calcanhar  mas sim com o peso do leão que  frenou  esbarrando em mim  e me fez dobrar os joelhos . Cai para frente e deitado amassando a viseira do elmo .   Quando tentei me arrastar para fugir meu calcanhar estava preso pelos dentes e pelas patas do animal que punha  sua massa corporal também  em trabalho conta mim.  Depois viram os outros , talvez uns seis que fizeram o mesmo que primeiro.
Werlish –  Então os animais tentaram fazer uma farra em você ? Por dois meses deixou que isso acontecesse ?
Blenzerish –  Não todos os dias . Quando deram-se conta que não conseguiam  comer a armadura , passaram a comer apenas o pedaço de carne que eu trazia balançando no cinto e me deixavam em paz após isso.  E ai com o passar de mais  algumas semanas conseguia entrar nos domínios deles sem qualquer proteção.  Observei eles com calma , o raciocínio deles ao avançar , como se defendem , esquivam , como armam emboscadas.  
Werlish – Aprendendo os costumes para se tornar um semelhante.
Blenzerish – É. Espreitar é  que todo felino faz de melhor ... As patas deles são como almofadas  mal fazem vibrações detectáveis no solo .
Werlish –  Tem gente que anda  arrastando os pés.
Blenserish –  Quem tem essa mania , não pode ser chamado para fazer  um ataque furtivo com certeza.
Werlish –  No treinamento comum é tudo bem mais teórico , não aprendemos a ser a criatura que absorvemos a alma e sim a como  domesticar essa nova essência que há em nós.
Blenzerish –  Quando eu  tiver  dois  espíritos dentro de mim , o humano e o bestial , quero que haja um equilíbrio entre eles , usá-los na mesma medida , meio a meio.  
Werlish –  Voce tem que dar prioridade  ao  lado humano , é mais seguro ... jamais voce deve soltar-se por completo no lado bestial, isso pode até lhe dar mais força porem sua racionalidade  debanda.  Claro que nos casos extremos vale tudo, até apelar para isso...Eu   já usei quase   toda a potencialidade meu lado bestial, os ferimentos deixam de doer , o cansaço  some , voce tem vontade de arrancar um pedaço  quem está te irritando  aquele momento ,  desequilíbrio  ao andar da maneira bípede , pois como voce está com a alma de leão aflorando ela tende a inclinar    o corpo para frente para  que ele se mova  de quatro . Incapacidade de segurar armas, granidos constantes com a boca ...Aparecem presas e garras .
Blenzerish – Qual era o assunto que falávamos antes desse ?
Werlish –  Rosemblat.
Blenzerish –  É , também correm-se   especulações que ele poderia ter ganhado a guerra mas sempre que estava ele estava  próximo de consagrar  sua nação como campeã   as divindades  encerravam  o combate.  
Werlish – Sobre  batalhas , meu pai me contou uma do     Pantano Nasal ,  o pântano recebe esse nome por ser um lugar de águas asquerosas e imundas , verde escura  onde nem peixes nem crocodilos podem viver , as lagunas ali  parecem ser de  muco , catarro , são  extremamente grudentas  e as arvores são brancas , descoloridas ,  tortas e peladas ,quase  sem folhas ,  quando voce entra lá parece que está entrando na   narina de um gigante doente.
Blenzerish –  Porque fariam uma batalha em um lugar desses ?
Werlish –  Ai é a questão  Amarom , a ficava no meio das Colinas Da Tribuna , a cidade era muito fácil de ser assaltada , então por questões estratégicas Amarom as pressas mudou sua posição Geográfica e foram se cercar no   lodo do  Pântano Nasal , mas   foi uma mudança temporária , só durante a Guerra 8   Amarom se reposicionou  ... isso foi extremamente necessário  o povo de Rom  se isolarem em um lugar mais hostil  , pois na Guerra 7 eles tiveram tantas perdas que não poderiam participar da Oitava ...O povo de Rom se escondeu naquele lugar mórbido para não ser aniquilado.  Sabendo disso da fragilidade de Rom ,   Carnebrim , marchou  com seu exército para o Pântano Nasal para se aproveitar da situação . A localização de Amarom , era para ter sido secreta porem os espiões de Carnebrim descobriram esse plano.  Carnebrim mandou trezentos  e doze homens  para atravessar as lagunas verdes. Pelo povo de Rom , ter saído as pressas das Colinas da Tribuna achavam que  o lugar de abrigo deles seria bem precário , cheio de cabanas e casas de mandeira , mas foi o contrario,  quando o exercito de Carnebrim  atravessou o pântano deparou-se com uma fortificação enorme .  Atravessar um pântano de caminhada dificultosa  de horas   para logo após ter que fazer uma barricada contra uma fortaleza tirou os ânimos do Exercito dos Brims  que desistiram de atacar ....A questão é que se O povo de  Rom   começassem a ganhar a batalha ali  os Brim ao recuar  morreriam também  no pântano perigoso  se batessem em uma retirada desordenada.
Blenzerish –  Mas  só trezentos e doze  contra uma  fortaleza  não ia adiantar .
Werlish –    Carnebrim não investiu mais soldados para atravessar o Pântano porque acreditava que Amarom estaria vivendo como uma tribo , em um reles acampamento .
Blenzerish –  Os espiões dos Brims  não  deveriam  saber que haveria uma mega estrutura por trás dos pântano  e assim evitado uma jornada para nada  ?
Werlish –  O povo de Rom falava de uma maneira pejorativa da fortaleza do  pântano , então quem  quer que escutasse , acharia que  o abrigo deles não era grande coisa. A boataria de que o refúgio do povo de Rom era desprezível foi tão intenso que os Brims desprezaram completamente seus adversários e enviaram apenas três centenas de homens  para o confronto .  Mas só quem sabia que o mirado  refúgio   de Rom  na verdade  era  uma fortaleza de quatro torres com paredes de um metro e meio de espessura , eram os altos generais , coisa  a  própria população civil  de Rom não sabia.  
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brunoronald · 5 years ago
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brunoronald · 5 years ago
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( Para ler o texto por completo é necessário clicar na imagem onde se tem o título da historia e esperar o texto carregar .  Kk Adivinha só quem aparece ! )  
O tempo foi passando, a cozinha foi ficando mais quente, haviam quatro fogos acessos,  Fridda Aiber  perceberam então que estavam preparando o mesmo prato , Afinal Guisado e Cozido são praticamente  a mesma coisa , porém cada uma  tinha sua própria receita e seu modo de preparo.  Fridda   adicionou pirão de farinha de mandioca,  colocou pimenta  na carne bovina.  Sakhin  soltava o verbo em cima dos hospedes.
 Sakhin  - As flatulências dele invadem  os cômodos próximos.  As flores que eu coloco toda manhã naquele quarto, não surtem efeitos nenhum. Elas amanhassem mortas intoxicadas no dia seguinte . A coisa com  a aparência é tão seria que  dizem que lá   botam-se rolhas  no buraco da bunda  da pessoa para ela não  soltar gases enquanto dorme.
Fridda –  Em ?
Aiber –  Talvez seja verdade, talvez não seja.  Mitos.
Sakhin –  independente disso quero morar lá também.  Só que o custo de vida é altíssimo . Um pão em  Castelo Maior   não é só um  pão , é  O Pão. As casas também são coisas de outro mundo , não tem uma residência velha ,  as ruas  não  tem ratos , baratas  ou lixo.
Fridda –  De lá para cá , são quantos dias ?
Skhin –  Horas. Dez no mínimo.
Aiber – Não fique alvoroçada Fridda.  Medrick  pretende passar  algum tempo aqui  por causa da minha irmã.  
Fridda – Adiopetetriano falou que Delins foi estuprada quando criança , isso é verdade ?
Aiber – Verdade.  Por minha mãe se prostituta, o infeliz achou que todas as outras mulheres na casa estavam também a disposição.
Sakhin –   Não sei se sua janta vai ficar preparada a tempo Fridda.
Depois de um trabalho árduo na cozinha . Ambas haviam terminado.   Aiber terminou o seu mais cedo  , dez minutos depois foi Fridda . Sakhim foi até os hospedes chamá-los para o desjejum da noite .  A comida não era servida nos quartos amenos que a alguém ficasse doente ... Quem quisesse saciar a fome teria que ir a mesa  e confraternizar .
Os hóspedes não eram mal encarados, não eram sorrateiros ou buscavam se ocultar  por de baixo de capuzes. Alguns tinham olhares maliciosos para Aiber, só que eram bem discretos . O comportamento e a vestimenta   destes também não deixava a desejar .  Derrubavam   pouca comida sobre a mesa , todos deram boa noite quando foram surgindo na sala de jantar e  agradeceram quando terminaram.  Nem Medrick nem Mulgre apareceram. Adiopetriano não foi  jantar na sala , por ser o dono ele recebia comida tal como tinha  citado ,  sua filha Skhin dava  a janta na boca do seu pai  como se ele fosse um bebe.  
A comida de Fridda foi muito bem recepcionada só que o anfitrião achou um pouco ardente demais e essa foi a única reclamação que recebeu. Adoperando preferiu comer algo com o qual  já era acostumado , a refeição preparada por Aiber
Aiber –  É , Fridda você perdeu , vai ter que sair da cozinha.
Sakhin –  O que ela preparou ficou  bom , mas é que o papai tem uma certa sensibilidade na boca. Ele pode não ter comido o cozido todo mas o pirão sim.
Medrick , Delins e Mulgrew  vieram tarde , ficaram conversando na rua com os  outros moradores de Salserd .  Conseguiram  tirar a rocha do meio da cidade , eles vieram  pretos  como se saíssem de uma mina de carvão .  Medrick veio despido, sem armadura, semi nú e seus músculos estavam inchados  e salientes por causa do trabalho.  Havia marcas de mãos nele, marcas de mão em seu peito farto de músculos , e em seu rosto . Delins devia ter acariciado ele muitas vezes.
Fridda  não deveria mas ficou esperando ele  voltar ao albergado ,  na sala de estar que dava para a entrada do recinto. Ela esperou porque sentia uma relação de posse sobre ele.  Skhin fez um pouco de companhia a Fridda mas se foi assim que seu pai   começou a sentir sonolência e se retirou da sala, ela acompanhou seu pai até seu aposento e decidiu dormir também.
Medrick – Fridda o que faz ai sentada no escuro?
Delins – Vai ver esqueceram de mostrar o quarto dela e a coitada foi deixada ao relento na sala.
Fridda – Eu sei onde vou dormir, a questão é que as bolas de fogo me aterrorizaram de verdade.
Medrick – A noite estará sobre vigilância. Darão alerta se houver qualquer sinal de desastre.  Vamos dormir Delins ?
Fridda – Vocês dormem juntos ?
Medrick –  Ainda não.
O casal sorriu  e subiram as escadas ainda   contentes , talvez pensando nessa possibilidade. Mulgrew  veio defumado , deixou encostado na parede uma picareta.
Mulgrew –  Eu devolvo isso ao dono amanhã.  Não vem repousar ?
Mulgrew disse a ultima frase um tanto preocupado
Fridda –  Mais tarde.
E cocheiro se foi.
Fridda continuo sentada sem coragem de dormir, receava a ter pesadelos com as imagens de  Medrick e Delins juntos. Ela não estava pronta, não tinha maturidade ou experiência para se manter equilibrada. Ela se apaixonou repentina e loucamente    e tombou em desespero na mesma  medida. Fridda  nunca havia desejado qualquer homem a e a maior aspiração de sua vida era  só servir casas pelo resto da vida como Ermyne, sua mãe de criação.  O presente  que ganhou a fez ter uma visão menos fechada da realidade e de seu destino e aos poucos suas ambições ficavam  um pouco mais complexas ...como o de desejar e ser desejada.  Fridda vivia antes  precariedade  e por consequência  seus ideais também eram precários. Quem em sã consciência quer passar a vida inteira como domestica ? Esse pensamento ainda lhe era maciço , não imaginava outra utilidade para  suas mãos e braços  que só sabiam  tecer , dobrar , lavar , tecer, dobrar , lavar , tecer ,dobrar , lavar.... No momento em que ela ousou querer um amor veio o tombo ... quem ela queria não poderia ser de todo dela.
 A noite continuou fria, vagarosa, calada ,  então a escada  atrás de si começou a ranger...vinha um vulto encapuzado com uma vela acesa na mão . Fridda abriu a boca para gritar mas a vulto avançou  de  sobressalto e   abafou  o grito da menina com uma mão firme e dura. A vela foi derrubada no chão  mas não se apagou  . Fridda não conseguia ver  o a gente de seu temor...A Figura encapada  pediu para que Fidda se manteasse em silencio , ele fez um ‘’ shhhhh ‘’ ... por um momento ínfimo  a menina   viu olhos  rubros  iluminando-se  dentro do capuz de onde  havia o rosto do vulto   .  O sujeito soltou a boca de Fridda e pegou  a vela no chão .... Ela viu o rosto de um homem , um homem que sorria  de um jeito  natural e tranquila ...ele não era um dos hospedes da estalagem , não  poderia ser , todos  foram apresentados  na mesa.
Fridda  –  Quem é você ?
- Eu me chamo Elyfon .
O sujeito se sentou em outra cadeira.
Fridda –  Que está fazendo  perambulando na casa a noite de madrugada ?
Elyfon –  Eu vim comer.
Fridda – Voce é hospede ? Porque não veio  na hora certa do desjejum.
Elyfon –  Você é hospede ? Não deveria a essa estar em seu quarto no decimo sono ? Acho que nós dois devemos uma satisfação ao outro. Eu já dei a minha ; Acordei de madrugada faminto.
Fridda –  Adiopetriano sabe de sua estadia  aqui ?
Elyfon – Sabe. Eu sou um convidado especial .
Fridda –  Tá certo.
Elyfon –  Então é paixão ?
Fridda –  O que ?
Elyfon  – É  a paixão  pelo soldado que   faz um panelaço  em sua mente e te empata de dormir.
Fridda – Como ?Como ?...
Como Elyfon sabia de sua paixão por Medrick ? Teria sido Mulgrew a contar para ele ?.  
Elyfon –  Resolva sozinha esse conflito .  Não pretendo dar conselhos sobre isso.
Fridda –  Hã ? Mulgrew disse que eu sentia algo  pelo meu amigo ? Aquele...
Elyfon –  Ninguém precisa me contar nada .  Os corações das pessoas é que as  delatam,  o coração fala muito sabe,  e o seu tá pior que papagaio.  Eu consigo escutar o nome  Medrick , vindo de dentro de seu peito.
Fridda – Não ...não...revele isso para ele.
Elyfon –  Não ?. A expressão mais linda que um humano pode realizar   não é a de um largo  sorriso na boca. A expressão mais linda   que um humano pode realizar é quando   este se depara com a verdade.  
Fridda –  Você distribui segredos  dos outros a gratuitamente   só para ver a reação de quem escuta ?
Elyfon –  Talvez.
Fridda – Isso não é doentio ?
Elyfon –  Algumas  pessoas não conseguem falar  de coisas  que as massacram por dentro e  então eu resolvo o problema delas  contando o que elas sentem  para os outros  de maneira  simples rápida e direta.  Pecados são feitos para serem confessados .
Fridda –  Basicamente você  confessa  pelos outros ?
Elyfon –  isso !
Fridda – .... Que tipo de coisa ...
Elyfon –  Eu sou ? . Talvez um amigo , depende muito de como se comportar na  minha presença .
Fridda –  E como eu devo me portar diante de você  ?
Elyfon – de maneira  cordial .
Fridda – Certo...
Elyfon –  Fridda gostaria de me servir um chá ?
Fridda –  Claro...mas eu não trabalho para você.
Elyfon –  Não trabalha , mas me faça esse favor como seu amigo.
Fridda –   Mas ... nos conhecemos a menos de dez minutos.
Elyfon – Será ? Eu tenho impressão que te conheço bem.  Sua mãe de criação Ermyne sente  saudades suas  , ela está bem , Helga não abusa dela tanto agora.
Fridda –  Mas ...
Elyfon –  Não tente entender...Só faça o que pedi.
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brunoronald · 5 years ago
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Mulgrew aproximou-se de Fridda.
Mulgrew –  Vamos entrar pra você conhecer o  lugar em que irá repousar. Minhas costas estão doendo ai ai ai maldita idade. Era o que eu precisava mesmo, um repulso aqui embora estivesse relutante...Também não posso castigar mais Bretão e Polaca em uma viagem sem escalas.  
Fridda e o cocheiro entraram na estalagem. O nome do local não ficava em uma placa do lado de fora mais do lado de dentro. Fridda antes de entrar procurou algum anuncio na fachada da casa para saber como a estalagem   mas não encontrou nada. O nome do local era entalhado em um pedaço de madeira na parede ao lado esquerdo da entrada e dizia:  Albergado Familiar  Adiopetriano.  
Fomos recebidos pelo dono, um homem careca com tufos de cabelos apenas do lado das orelhas , monóculo  e que fumava cachimbo . Ele sentava na poltrona central da sala de entrada. Ele não se levantou para dar as boas-vindas continuou muito bem acomodado e fumando.  Ele tossiu muito  e esperou a crise de tosse passar para poder falar.
Adiopetriano – Meu camarada Mulgrew, mais uma vez aqui ? Quem trouxe hoje consigo , sua filha ?
Mulgrew – Acho que não posso mais botar herdeiros no mundo , Adiopetriano.
Adiopetriano –  Quem não pode sou eu. Já produzi  cinco mulheres...Veja o que o mimo de minhas filhas me fazem ,  nem preciso mais me levantar de meu leito , elas se encarregam de tudo, me deixaram preguiçoso , dão comida na minha boca.
Mulgrew – É o homem mais bem cuidado de todos.
Adiopetriano –  Pois sim. Essa jovem que veio com você, é calada , se apresente querida.
Fridda – Eu sou Fridda, prazer em conhece-lo.  
Adiopetriano – Disse rápido , disse sem emoção.
Mulgrew –  Já passamos por muitas hoje.
Adiopetriano – Sei claro . As rochas que caíram  em Salserd e na Floresta Da Maçã Azul.
Mulgrew – Medrick me disse que não vamos pagar por nada.
Adiopetriano –  Não , não posso deixar que paguem  mas quero que ela me diga a historia dela. Não posso aceitar desconhecidos dormindo no mesmo quarto ao lado de minhas primogênitas. Apresente-se melhor garota...Hum ?
Adiopetriano exigiu que Fridda  falasse sobre si mesma. Ela não sabia o quanto ele queria escutar sobre ela... Fridda achou que o jeito do dono da hospedaria de conhecer seus hóspedes era bastante estranho.  Adiopetriano era um sujeito invasivo e sem dúvidas  não a deixaria em paz até que ela cedesse um pouco do seu passado a ele.
Mulgrew –  Deixe a menina. Acho que o silencio que cai nela agora foi por uma descoberta que a deixou descontente.
Mulgrew foi  certeiro , a menina tinha empalidecido muito desde que viu Medrick com Delins.
Adiopetriano –  A mudez só faz bem aos que conversam  estupidez .  Você minha cara  não parece ser uma estupida.  Criei cinco meninas , cinco e  elas tagarelam sem parar e  você uma jovem como elas   vem aqui e fica com a boca pregada , tem algo errado.  Eu tenho que ser cauteloso com todos que entram, vou justificar o motivo para o qual preciso conhecer bem meus hospedes.  Uma das minhas filhas a  Delins , foi estuprada aqui dentro  quando criança por um hospede , desde então tenho um cuidado redobrado.  As minhas cinco meninas dormem juntas agora todas no mesmo quarto , antes eram separadas. Juntas  se um mal acontecer com uma  , todas acordam  e a defendem. Sabe porque não fechei o local, por que continuei com esse negocio?  Porque eu não tinha outro meio para sobreviver, eu tinha dívidas com o terreno muitas mesmo, então continuei arriscando a inocência das minhas outras filhas por muitos anos e aprendi a não  alugar um quarto a qualquer estranho. Hoje, só vendo a cara do sujeito consigo perceber se ele é um escroto , um assassino , um foragido e quando o olhar não basta para perceber o disfarce de um mal intencionado  eu converso com ele  e se ele vacilar nas palavras não o aceito como hospede.
Mulgrew –  Eu e Fridda tivemos muitos dias de contato . Ela é uma amiga , boa pessoa.
Adiopetriano – Acredito mas sem exceções.  Mulheres e Homens são igualmente perigosos.  
Fridda – Perdoe-me , se soubesse do seu histórico de péssimos visitantes teria me apresentado como menos morbidez.
Fridda disse um pouco sobre seu passado e Adiopetriano ficou bastante atento. Lá fora começavam a quebrar a rocha e o barulho da pedra sendo britada atrapalhou um pouco a conversa.
Adiopetriano – Espero que não passem a noite toda nisso, as pessoas precisam dormir. Não sei para que essa pressa de querer tirar a noite , deixassem para amanhã.
Medrick apareceu na porta todo sujo de poeira ,  muito entusiasmado.
Medrick –  Mulgrew , venha ver , saiu magma de dentro  pedra.
Mulgrew –  Magma ?
Adiopetriano –  Meus tapetes , não !  Não entre cheio de poeira aqui.  
Mulgrew e Medrick foram atrás de ver o magma e Fridda e Adiopetriano ficaram a sós.
Adiopetriano –  Você será encaminhada a um   quarto em breve , suas coisas onde estão ?.
Fridda –  Não tenho coisa alguma.
Adiopetriano – Vou pedir que as meninas então lhe doem algumas roupas , assim não vai ter que vestir a mesma coisa sempre.
Fridda – Obrigada.
Adiopetriano –  Quer algo para beber ? Todas as bebidas aqui levam álcool é certo água.
A fumaça do cachimbo de Adriopetriano começava a envolvê-lo , Fridda achava o cheiro bom mas seu nariz ficava irritado.  
Fridda – Porque são todas alcoólicas ?  
Adiopetriano – Costume da região. Até os sucos são moderadamente misturados com álcool. Sakhin , venha cá
Gritou o nome da filha que saiu de uma entrada  a direita . Sakhin eram mais nova, a mais nova dentre  as outras , era também a que tinha o cabelo mais claro e olhos .
Adiopetriano – Traga algo pra Fridda.  O que deseja?
Fridda –  Eu mesma posso  fazer a minha bebida com ela se ela me ensinar, eu não estou acostumada a ser servida entende. Sakhin se importa de ter uma ajudante na cozinha ?
Sakhin – Não.  
Ela ficou estranha, sem dúvidas nenhum hospede propusera isso antes.
Sakhin –  E o senhor pai o que vai querer ?
Adiopetriano –Eu quero provar a comida que fizerem. Não permita que Fridda queira se esforçar de mais ,  afinal ela é convidada.
Fridda acompanhou Sakhin na cozinha e lá trabalhavam mais uma pessoa ,   mulher feita, sua outra irmã Aiber  Ela tinha lagrimas nos olhos  pois cortava cebolas.  Haviam três caldeirões de comida sendo preparados.
Aiber -  O que é isso aqui na minha cozinha ? Quem é essa intrusa.  
Sakhin –  Ela quis vim para cá e o papai deixou .
Aiber - Você não vai atrapalhar vai ?
Fridda –  Não, eu vim ajudar...Acho que é uma boa distração eu ficar aqui  preparando a comida .
Aiber –  Não você não vai cozinhar não!  Não há perigo disso !  Se os hospedes acharem ruim o que você  preparar  ? .
Fridda – Ei  eu  sei cozinhar , e bem viu . Eu proponho um desafio, quem fizer o prato mais elogiado de hoje comanda esse lugar nos próximos dias.
Aiber – Eu não vou deixar de mandar aqui  nem se eu perder esse ‘’ concurso ‘’. Olha se meu pai não fosse o dono do lugar acharia que você esta tentando roubar o meu emprego. Como eu sei que meu pai nunca  e substituiria por ninguém  vou deixar que faça o que quiser  mais saiba que os pratos que fizer  tem que  avisar aos hospedes que são só seus e que a casa não tem nada haver com o que você servir .
Fridda –  Perfeito. Estou no meu ambiente.
Aiber –  É muita audácia sua ! Sakhin , não ensine nada a ela , deixe-a se virar sozinha.
Sakhin –  O que você quer fazer Fridda ?
Sakhin, foi solicita,  fez  o  contrário do que a irmã  disse para não fazer. Prestou auxilio a Fridda , disse onde estavam os legumes e as panelas , talheres.
Fridda – Que tal um ensopado  de carne com batata ?
Aiber –  Serio que vai fazer  um ensopado para competir com meu guisado ? Por favor. Não faça muito , pois já temos bastante é provável que vá sobrar.
Fridda –  Se sobrar ?
Aiber –  Estraga.
Fridda –  Não tem pessoas carentes que gostariam das sobras ?
Aiber –  Bom , não existem mendigos em Salserd...
Fridda –  Quantas pessoas temos que alimentar ? uma ?
Aiber –  Uma ? São três caldeirões !  São dezesseis  pessoas .
Fridda –  Minha ex-patroa  comeria sozinha os três.
Aiber –  Então você é de cinturão largo ? Não  é possível você  vir de lá e ser magra.
Fridda – Imunidade!
Aiber –  Há bom.
Frida pegou várias batatas e começou a descascar ... Pode perceber que Sakhin e Aiber tinham várias cicatrizes de corte nos dedos, elas trabalhavam bem mais rápido que Fridda com facas e estavam mais sujeitas a passarem a lamina no dedo sem querer.  Elas conversaram sobre a vida, sobre os clientes que esperariam a janta.
Aiber – Eu costumo dormir com os hospedes, assim eu ganho um pouco mais mas meu pai não pode saber disso.
Fridda –  UOu ,eu também preferira não saber.
Aiber – Que mal tem em dar um pouquinho a viajantes cansados.
Fridda – O Medrick ele  já ...
Aiber –  Pediu para dormir comigo alguma vez ? Não ! Só tem olhos para  a Delins.  Mas ele é soldado , já deve ter se deitado com algumas  cortesãs  com seus amigos do exercito. É comum isso sabia , soldados e marinheiros  irem juntos a casa das lobas. Os homens precisam disso, são loucos por uma...
Sakhin – Irmã contenha-se.  
Aiber – Quantos anos voce tem Fridda?
Fridda –  Dezesseis .
Aiber – Tenho vinte quatro, Sakhin tem quinze , Delins tem dezesseis e as outras duas que você não conhece  mais vai conhecer depois , a Dunaway  tem treze e a Megway  vinte e dois    .. Olha pra você não achar que eu sou a única a fazer isso, mamãe também dormia com os hospedes para fechar as contas no fim do mês.
Fridda – Suponho que seu pai também não sabia que sua mãe fazia isso...
Aiber – Não. É, a prostituição as vezes é hereditária, mas não permito que as outras pratiquem apenas eu.  
Fridda – Mas e casamento? Não pretende sair do lar do seu pai um dia?
Aiber –  Não, e se eu casar  o sujeito tem que    aceitar que em  situações de   necessidade eu vou continuar a fazer a serviço  na cama de outro homem.  Claro que quando eu casar não quero trair meu marido com quem me oferecer moedas mas estou dizendo quem em  situações extremas sim.  Que você pensa da prostituição?
Sakhin – Ela deve odiar . Prostituição é uma coisa nojenta.
Fridda – Eu não conheci muitas ...pessoas nessa  posição  para ter uma ideia formada.
Sakhin –  Se deitar com qualquer um , pense isso Fridda.
Aiber –  Qualquer um não ! Eu escolho com que eu vou dormir.
Sakhin –  Dormiria com o Mulgrew se ele te pagasse.
Aiber –  Mulgrew não está tão  acabado  , ele sobreviveria a umas noites  sem ter um infarto.
Fridda –  Não botem o Mulgrew nesse assunto!
Aiber – Mas se  por exemplo Mulgrew pagasse mais que Medrick por uma noite , eu escolheria claro o Medrick,  independente do dinheiro .  Nesse caso meu critério é a aparência o mais bonitinho me leva .  Quem pode me dar mais prazer também é um critério que adoto ,  entre um homem mais novo e um mais velho prefiro os mais novos , aguentam mais.
Fridda – Para de falar deles ! Eles não são disso.
Aiber –  Calma Fridda é só um exemplo...
Fridda –  Não quero ficar imaginado meus amigos se debruçando sobre você. Certo , certo ?  Vamos continuar a cozinhar.
(Voce encontra meus outros trabalhos nos links abaixo ) http://brunoronald.deviantart.com/ https://facebook.com/NoCoracaoDaFantasia/ https://brunoronald.tumblr.com/ #escritor #autornacional #artista #livros #literatura #portugal #brasil #textos #meustextos #fantasia #trechos #trechosdelivros #tumblr #frases #autorais #poesia #romance #escritor #autoresnacionais #brunoronald #osreisdopecado #tumblr #frases #histórias #fantasia #contos #novelas #animais #meuslivros #livros #literatura #brasil #portugal #trechos #minhas #meus #rabiscos #
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brunoronald · 5 years ago
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Depois que os lobos se foram, Fridda e Merick voltaram ao caminho e encontraram Mulgrew dando mato na boca dos cavalos e assim que nos viu sua expressão ficou mais calma.
Mulgrew –  Estão bem ?
Medrick – Firmes. Os tremores de terra vieram de lobos encantados.
Mulgrew – Se  não tivesse tomado banho os espantaria mais facilmente.
Medrick – Eram encantados! Fridda disse que conseguia entendê-los , e soltavam magias pelo focinho.  E eu vim rápido não vim? A situação poderia ter ficado mais critica se os poderes deles não estivessem se esgotando, acho que por isso o líder  interrompeu o ataque.
Mulgrew –  Fridda consegue falar com lobos ?
Fridda – Toda criatura noturna que louve a Deusa Platinada.
Mulgrew –  hum...
Medrick –  No começo eles eram intangíveis , os golpes os atravessavam , eles pareciam ilusões , depois de um tempo  a magia deles foi esmaecendo e eles  passaram a sentir os golpes que recebiam.
Mulgrew –  Sua espada não está manchada de sangue , nem você .
Medrick – Eles reverteram tantos os nossos ferimentos quanto os próprios.
Mulgrew – Me desculpe por não ter ido te resgatar também Fridda.
Fridda – Eu entendo a importância que você dá aos seus animais. Está tudo bem.
O céu nesse momento se encheu de pontos luminosos, pareciam que várias estrelas gêmeas ao sol surgiram e se aglomeraram no espaço azul.  Elas subiam e subiam, parecia uma corrida de vigas travada por detrás das nuvens...E com a mesma velocidade que elas subiram, elas desceram em uma saraivada.  As estrelas eram na verdade pedras gigantescas envoltas de chamas brancas com o se fossem suas coroas, coroas dos reis da destruição.  A primeira delas caiu longe do grupo mas foi o suficiente para causar um tremor por toda a região em que eles estavam. Todos os animais saíram de seus esconderijos, veados, gazelas passaram a atravessa a estrada , os pássaros abandonaram os ninhos  , esquilos , gambás e outros roedores saíram do topo das árvores. Mulgrew e Medrick seguraram os cavalos com firmeza para que eles não partissem sem o grupo devido ao pânico.
Mulgrew – Entrem na carruagem !
Medrick levantou Fridda pela cintura e a colocou dentro.  Mulgrew já na posse das rédeas pós os cavalos para correr e o céu desmoronava fazendo tudo abaixo dele um alvo.  As árvores eram esmagadas, quebradas como gravetos pelos monólitos incendiários que desbotavam as cores da floresta com chamas digestivas que ia desintegrando a vida daquele belo lugar.  
O chão explodia engolindo as poderosas doses de meteoros que o assolavam. Fridda pela janela entrou em choque ao observar outros animais em fuga junto a carruagem, alguns pegando fogo.  Acima dela mais e mais bolas de fogo iam sendo cuspidas, rojões errantes do pavor.
A chegada a Salserd foi um alivio principalmente para os cavalos que passaram mais de seis horas correndo ininterruptas.  A carruagem não teve nenhum problema para entrar ela já era uma velha conhecida dos guardas dos portões das vila, assim como o rosto de Mulgrew.  
Salserd já era bem mais bonita e menor que toda a cidade de Cinturão Largo. Tinha uma multidão do lado de fora discutindo ao redor da rocha que caiu no meio da vila.  As pessoas eram magras e bem cuidadas, estavam felizes apesar do prejuízo. Fridda olhava as pessoas pela janela, e muitos lá fora se perguntavam quem ela poderia ser, outros saudavam Mulgrew  lhe dando as boas vindas enquanto  o transporte passava no meio da  aglomeração .  Mulgrew parou em frente a uma estalagem que nada mais era que uma residência de madeira de dois andares mas com várias acomodações.  Medirck abriu a carruagem de deixou que Fridda saísse primeiro, eles foram abordados por várias crianças que queriam saber quem era a ‘’ celebridade ‘’ que se abrigava no transporte ... alguns se decepcionaram ao ver Medrick que também já era um rosto conhecido ‘’ –  A não é ele de novo ‘’  falaram algumas , porem outras  ao verem Fridda se questionaram ‘’ –  Ela é uma princesa ?’’ .
Mulgrew –  Xó ! Fiquem longe da carruagem, agora não é hora de brincarem nela.
Disse ele tentando espantar as crianças de perto mas elas ainda estava curiosas e assediavam Fridda o tempo todo pegando em seu vestido e em sua mão. ‘’ - Você é uma princesa ? ‘’ voce é uma princesa ‘’  perguntavam infinitamente.  Fridda os decepcionou a dizer ‘’ não, eu não sou ‘’. E ela viu varias carinhas tristes ao seu redor.
Mulgrew – É, esses pirralhos sabem que eu só transporto pessoas de importância em minha diligencia e se aproveitam para tentar conhece-los.  As vezes um nobre visitar a vila e joga moedas de prata a eles.
Fridda – Queria poder dar alguma coisa.
Mulgrew – Eles não são necessitados.
Medrick – Não mesmo!
Medrick foi sorrateiramente agarrado por trás por uma jovem. Fridda achou que ele estava sendo atacado mas o susto foi momentâneo porem os ciúmes não. A jovem que manteve Medrick em seus braços gozava de uma intimidade enorme com ele e ele se alegrou muito ao vê-la, e os motivos da sua parada em Salserd agora faziam sentido.  O soldado estava envolvido amorosamente com uma local. Fridda não ficou muito tempo olhando para os dois se engraçando. Ela ao perceber que aquela possivelmente poderia ser a futura noiva do soldado, tentou expulsar de si qualquer outro sentimento   sobre ele que não fosse o da amizade.  É complicado, nos últimos dias ela queria e não queria sentir alguma coisa pelo soldado...mas agora precisava confirmar para si mesma que não deixaria nascer nenhum amor em seu coração por ele.  Fridda virou de costas e escutou os dois conversando. Fridda ficou com raiva, achando que  Medrick deveria tê-la avisado que ele  era comprometido .Espera ! Porque ele avisaria ? Medrick, demonstrou ter cuidado por ela e nada além disso...as outras instancias da vida pessoal dele não lhe diziam respeito.
Medrick –Fridda é imune!
Foi o que ela ouviu ele dizer a sua amada.
Medrick – Fridda , essa aqui é Delins
Chamou ela a se apresentar. Fridda então pode observar Delins claramente...Ela era alta e sorridente, tinha olhos e cabelos brilhantes e era linda. Ela também tinha braços fortes, tinha quatro colares com quatro símbolos diferentes.
Delins – Olá Fridda ! É um prazer conhece-la.
Fridda disfarçou a felicidade e esperou que seu sorriso não parecesse descontentamento.
Fridda – Olá.
Medrick – Eu e Fridda passamos por maus bocados. Dois no mesmo dia, primeiro lobos e depois essa chuva de meteoros.
Delins – Essas rochas vinheira de Cristatus, estou certa disso. Foi um ataque. Aquele rei amaldiçoado!
Medrick – É também acho, espero que nenhum dessas rochas tenha atingido a nossa capital.
Mulgrew – Se tiverem atingido que tenham sido poucos.
Delins – Os homens vão tirar a rocha dai. Do meio da vila
Mulgrew – Como ?
Delins –  Vão quebra-la em pedaços.
Medrick – Eu vou ajudar.  Não tem ninguém de baixo dela ?
Delins – Ainda bem que não.
Fridda não falou muito nem queria se entrosar, não agora, ficou completamente desanimada.
Medrick – Provável que passem a noite inteira quebrando a pedra.
Mulgrew – Ela não é tão grande assim, não é maior que minha carruagem. Eu ajudaria mas ...
Medrick – Mulgrew , aja como homem ajude a remover  essa bola do meio da cidade , não é só porque é velho  que pode fugir das obrigações.  
Mulgrew – Meus dedos já estão calejados de tanto segurar em rédeas de cavalos .  Você ficou na carruagem o tempo todo e usufruiu das minhas habilidades, o trouxe em segurança em meio a uma chuva de fogo e isso basta! Não espere mais nada de mim hoje, quem sabe amanhã.
Medrick – Obrigado ! Mas tivemos mais sorte que habilidade ! Voce não desviou de nada em , seguiu a estrada como um louco , não sei como não viramos.
Mulgrew – Não sabe como não virou ? com habilidade com a qual  menospreza.  Podíamos estar agora  lá no meio da floresta vindo a pé até aqui se não fosse minhas manobras e o meu meio de controle excelente dos cavalos .
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brunoronald · 5 years ago
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Urlã –Veja tem alguém vindo  da nevoa.
Disse  forte para que todos no  navio pudessem prestar atenção.  A tripulação se aglutinou na amaruda.  Nassau foi posto de pé com a ajuda dos  que lhe  estavam próximos.  Urlã tinha uma  visão boa , a maioria não conseguiu ver nada além de um ponto negro embaçado...mas aos poucos o ponto negro ia tomando forma, ganhando a silhueta de uma sombra humana. Alguns membros da tripulação perderam o interesse, achando que fosse uma ilusão.  Magalhães   possuía uma luneta , velha  com as lentes arranhadas mas ainda servível. Ao fazer uso dela comprovou   a perspicácia dos olhos de Urlã.  Um homem caminhava sobre as águas de um poderoso mar como se estivesse em um bosque . As sequencias de ondas que o atingiam nas costas e que até o encobriam, não interrompiam seu  andar calmo e lento.
Magalhães – Impossível.
Falou ele com incredulidade.
Nassau – O que foi?
Magalhães – Vi por estas lunetas um homem sujo com fuligem no rosto talvez, com uma barbar enrolada e grossa, com um semblante imparcial e olhos inamovíveis, fixos em nós. Poderia até dizer que é um pirata mas ele tem uma coroa de sete pontas , parecendo que tem uma estrela atrás da cabeça . A cor de suas roupas e de sua pele também estão enegrecidas pelo mesmo pó escuro.  Ele anda sobre o oceano, como se fosse o seu dono. Nunca vi algo assim.
Nassau – Vem sozinho?
Magalhães – Sozinho.
Urlã –  Armado ?
Magalhães –  Parece segurar alguma coisa.  Deve ser uma espada.
Urlã –   Uma espada contra doze remos. De a ordem.
Magalhães – Homens, peguem o que tiverem , se armem. Não sabemos se o sujeito que  vem de nevoa é  hostil.
Ordenou o capitão
Gideão – vem mesmo alguém pelo mar?  
Pergunto ele para que isso ficasse esclarecido para todos.
Magalhães –  Sim , vem.
Gideão –  Temos redes de pesca , facas e lascas de madeira.
Magalhães – Serve.
Urlã – Será que é um espirito da água ?
Nassau  –  Um espirito não se delonga  muito , sempre fazem aparições breves. Bote  a luneta de novo diga mais sobre esse caminhante.
Magalhães  usou a luneta para ampliar sua visão novamente.
Magalhães – É indistinguível , não da para ver símbolos nele. Contudo agora enxergo claramente uma a espada , está sem brilho parece enferrujada.
Nassau – Nenhuma onda o derruba ?
Magalhães – Nenhuma, ele não sente, ele não é empurrado ou afogado, ele é como um rochedo.
Nassau – Está com medo Urlã?
Nassau permanecia apoiado nele.  O ferimento na cabeça o deixou tonto mas ele ainda  percebia o nervosismo do marinheiro que estava ao seu lado .
Urlã –   Talvez.
Magalhães –  Pegue uma arma , quem sabe voce fique mais corajoso com a posse dela.  
Urlã –  Estaria bem corajoso se o canhão não estivesse avariado.
Magalhães –  É proporcional doze  lutarem conta um  que utiliza apenas uma espada e ainda atacarmos  com um canhão ?
Urlã – Se for um homem comum é covardia , mas  claramente o sujeito que vem lá  não é.
Nassau –  Eu ainda não o veria mesmo que usasse  uma luneta .  A velhice não me trouxe nada de bom,  nem  a tão  dita  sabedoria.
Magalhães –  Está se aproximando , breve  o verá , pode até o  reconhece ,  pode ser um amigo de infância seu , pois esse homem misterioso que vem lá parece  tão idoso quanto voce pois ele vem lento , modorrento.
Brincou o capitão  
Nassau – Grite para o nosso inimigo se apressar.
Magalhães – Ele deve ser surdo também se duvidarmos.
Urlã – Velho . Vou lhe por  sentado no chão meus ombros  já estão doendo com seu peso.
Nassau –  Não , me bote na amurada. Eu consigo ficar de pé me apoiando nela.
Nassau se esforçou para enxergar o caminhante, forçou a visão, pôs a luneta e ainda assim seus olhos falhavam em ver qualquer coisa além do branco do horizonte .  Até ele finalmente o caminhante  estar bem próximo do navio , a  cinquenta metros  de distancia.
Magalhães –  Quem vai cumprimentá-lo ?  
Nassau –  Ele parou de andar. Bem como disse , seus olhos  são fixos , não se mexem , ele nem  ao menos pisca . Ele veio do reino  Cristatus , não há outra terra conhecida para  além do nevoeiro.  
Urlã –  Então ele é soldado ?
Nassau apontou para a figura da água.
Nassau –  Veja a coroa. Sete pontas ...devem representar os sete reinos. Não diria que é um soldado , muitos mantos  e pouca armadura, parece um nobre  mas está sugismundo , pode ser a fuligem da  erupção que ouvimos a pouco, por isso está  todo enegrecido.  
Magalhães – Agora está vendo até demais. Ele está catatônico.  Pode ser de um trauma.  
Nassau – Me impressiona é que a rocha que encalhamos se estende por mais de cinquenta cem metros . Será que estamos debaixo de uma ilha ?
Magalhães –  Só se for uma ilha nova que está surgindo das profundezas do oceano  sabe-se lá como.
Nassau – Acenem pare ele.  Ele pode estar necessitado.  
Cogitou.
Magalhães –  Homens gritem , façam barulho.
A tripulação fez uma balburdia e o estranho homem que caminhava pela água interrompeu seus passos.  
Gideão –Urlã está suando frio  capitão parece até que quer cagar.
Magalhães –  O que foi Urlã ?   Não pode estar realmente com medo.
Falou o capitão com um sorriso para o marujo que também agora estava catatônico.
Magalhães –  O que há com ele ?
Perguntou aos outros que estavam ao redor.
Urlã  pegou a luneta do capitão.
Magalhães –  Minha luneta não serve de arma.
Falou  fazendo piada  para os subordinados , que riram mas Urlã não apresentava qualquer  humor.  O marujo levantou a luneta e com força tacou-a no rosto do capitão.  Um brilho  laranja começou a irradiar do  andarilho  da coroa. E a tripulação inteira passou a brigar intensamente  uns contra os outros.
O capitão se engalfinhou com Urlã tentando enforca-lo com as mãos. Gideão chutou o velho Nassau com um ponta pé  e ele caiu pela amurada do navio. Os outros oito navegantes ,  Gaspar ,  Tibério , Espindola , Miragaia , Beccaria , ihering  e Iker igualmente tentavam se sangrar. Batiam como podiam ,  em quem podiam , se o braço alcançasse  murro , se a perna alcançasse  um chute , se a faca alcançasse um corte. Nem eles mesmo sabiam porque brigavam , só sabiam que se odiavam.  Ali haviam, colegas ,  amigos , irmãos  mas  nada referrou a ira ...continuaram a briga até depois de cansarem.  Nassau , o velho ,sobreviveu a queda da amurada , mesmo tendo  batido contra a ��rocha ...ali  meio afogando , ouviu seus companheiros destruindo-se , urros , gemidos de dor , gritos de fúria .   Nassau quebrou a perna e   não conseguia se levantar. O provocador daquilo tudo , era  o homem que caminhou sobre as águas , o poderoso rei de Cristatus , Cassius, que depois de incutir o pecado da ira nos marinheiros , voltou para as profundezas da névoa  pálida , abandonando os pobres pescadores de DunaRala com a culpa.  Espindola e Miragaia jaziam mortos e quem os havia matado não importava...pois todos eles foram usuários de uma violência desmedida ,.  Depois dá ausência de Cassius , os pescadores recobraram a sanidade.  
Magalhães – O que fizemos ?
Disse Magalhães tirando as mãos de cima do pescoço de Urlã.
Gideão –  Onde está no Nassau ? Eu o chutei para fora do navio...não sei ao certo , não me lembro.  
Urlã –  Me perdoe capitão me perdoe.
Magalhães – Não , não , voce estava fora de si , todos estávamos...foi aquele sujeito...nos enfeitiçou.
Gideão –  Venham vamos buscar Nassau , ele está ali em baixo.
Beccaria – Porque estou cheio de sangue ? Porque estou cheio de sangue ?
Disse ele pondo-se a chorar  
Magalhães – Homem , não foi culpa sua , não foi culpa sua . Vamos  deixar os dois mortos no  mar , mas não nesse mar maldito , no nosso , perto de nossa vila . Reconstruiremos o navio e voltaremos para casa e se não pudermos reconstruir faremos um  bote pequeno ,  uma jangada , o que seja .  Urlã , voce estava certo  não deveríamos ter navegado para tão longe.  Vamos peguem ajudem  a pegar o Nassau.
Tibério  removia uma faca que foi cravada em seu ombro. Ihering  tinha um olho roxo e estava quase cego.
Urlã –  Estamos perdidos. Capitão receio que não poderemos voltar para casa.
Um exercito inteiro cercava o navio , um exercito de  esqueletos negros , carbonizados  cujo os ossos eram cheios espinhos e  seus crânios   também eram cheios de pontas , como se fossem vários chifres.  Carregavam espadas que pareciam cactos ,  toda a superfície das laminas  eram infestadas de agulhas  , tais como o ‘’ corpo ‘’ de seus portadores.
Magalhães se ajoelhou.
Magalhães –  Seja lá quem  more  no céu. Me ajude !   Me ajude !
Ele fez uma prece para qualquer coisa, para qualquer um . As pessoas de DunaRala desconheciam até mesmo o significado da palavra Deus, pois para eles o únicos seres  poderosos o suficiente para fazer qualquer coisa  eram os reis. Magalhães clamou para os céus  por instinto , por uma crença em algo que até ele mesmo desconhecia mas que seu coração insistia  para que ele fizesse , mesmo parecendo um louco diante dos outros , um idiota por  querer crer em algo  além do poder dos   reis.
Mais uma explosão ... Outra dessa vez mais forte e mais   vinda de dentro do arquipélago oculto  da Cristatus ...Foi a erupção de um temido vulcão , e ele levantou mais do que  uma espada de  lava de sua garganta , também levantou o Mar de Oliva inteiro .  Uma onda grandiosa que  poderia em cobrir montanhas   veio  na direção do barco de Magalhães  e tudo foi encoberto pela sua sombra ...Tudo seria devorado por ela.  Milhões de toneladas de água iriam cair sobre ele e sua tripulação e a desintegrar. Olhou para cada um de seus companheiros sabendo que era o fim.  A onda de centenas de metros , era um monstro insano e nem os próprios seres que viviam nesse mar  ,  peixes , moluscos   qualquer animal marinho mesmo na mais profunda fossa  poderia escapar do impacto  ileso quando  a onda  por fim  atacasse.   Uma coisa dessa magnificência de envergadura  só se presencia uma vez e o custo é a vida.
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brunoronald · 5 years ago
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Mulkgrew –  Eu não bebo isso para ficar alegre , bebo para continuar ativo , principalmente em corridas noturnas .  O molho de pimenta vai descendo, é como acender uma lareira na boca e chega até a goela  fritando , é desse tipo de mau estar que preciso para ficar  vivaz na madrugada e  de quebra ainda limpa o estomago de impurezas.  
Medrick –   Nunca ouvi falar disso.
Mulgrew –  Eu só tomo um gole por noite. Não é um vicio.
Alguns dias se passaram, dias ensopados. Mulgrew pegou um resfriado e tosse . Todos tiveram que se agasalhar em dobro , a chuva não  era forte e sim prolongada , a cada cinco minutos de sol , uma chuva de meia hora. Era mais difícil de caçar assim  pois os animais ficavam a escondidos em suas tocas. Uma vez Medrick  teve de  desmanchar uma toca de coelho com as mãos para tirá-lo de lá de dentro.  Se não fosse a luva de ferro  os dedos dele estariam todos ruídos pelas  constantes mordidelas  que o coelho dava ao tentar escapar do caçador agressor.  Fridda não teve chances de usar o arco , nem a espada e ela  queria ter a oportunidade de aprender a manejar aqueles artefatos, só mesmo por curiosidade.  A carroça de Mulgrew  ficou em um estado deplorável, toda enlameada e irreconhecível, Fridda prometeu  que o ajudaria a limpar assim que chegassem em Salserd.  Os cavalos Polaca e Bretão  também não conservavam mais as suas cores originais de tanta sujeira aderida aos pelos.  
Faltando três dias para chegar a Salserd.  O trotar dos cavalos se interrompeu  para que o grupo pudesse tomar um merecido banho  de cachoeira.  Agora eles estavam em uma nova região  bastante pedregosa , ainda havia floresta , só que as árvores  desta eram menos grossas e tenebrosas , eram árvores de troncos  finos dessas que dá para cortar com  duas ou três  machadadas. O solo era muito húmido. Sobre as pedras no chão , elas eram seixos rosados ou amarelados. Também tinham muitos caracóis , lesmas  e cogumelos . Medrick apresentou a Fridda o Cogumelo Arcada , chamado assim porque  pareciam dentes humanos   jogados como sementes no solo , os fungos  apresentavam  também cúspides outra similaridade assustadora com os  molares  dos homens ,e  era milimétricos .
Ai vai um compêndio de  algumas coisas  que  ela viu e aprendeu.
A Mariposa Flautista , chamada assim porque  ela tinha uma espécie de tromba , tal com a de moscas e mosquitos , tromba essa em que ela vive  esfregando suas patas para se limpar  após  buscar alimento no tubo polínico das flores. Os movimentação das patas que ela faz na tromba é igual a de um flautista com muito entusiasmo.
Besouro Capelão , tal como uma tartaruga , ele se esconde dentro do próprio casco. Quando esse besouro morre , sua casca serve de abrigo  natural para formigas que querem escapar das gotas de chuva. Algumas espécies de formigas inclusive só fazem suas rotas em locais onde tem  cascos de Besouros Capelões no chão  para não serem pegas desprevenidas por um temporal.
Rã Cola , tem a pele grudenta e se alimenta dos pequenos insetos que ficam presos no seu corpo. Principalmente os que grudam na pata superior , local de mais fácil  para a língua alcançar.  A Rã Cola quando  arranja uma companheira , divide  os bichos presos em seu corpo com o cônjuge . O corpo inteiro do anfíbio é coberto por um liquido viscoso e grudento e transparente.
Unicórnio Vagaroso , são  caramujos cuja as conchas tem o formato de  chifres espiralados de mais ou menos a grossura de um dedo.  As conchas normalmente tem a coloração   branco perolado.  No passado era tido que essas conchas eram na verdade chifres de potros de unicórnios.
Nimimi , ou  gato selvagem anão.  Um Nimimi na idade adulta  é do tamanho de um filhote de gato  normal. Animal raro , inofensivo . Tem como predador roedores . O Nimimi é a única espécie de gato  é caçada por  ratos.
Osga-Marinheira , tipo de lagarto ou lagartixa que  possui a capacidade tal como os jacarés de manter submerso debaixo d’água. Osga-marinheira  tem a predileção por se alimentar de algas de rios.  Pode passar até meia hora submersa .
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brunoronald · 5 years ago
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Com o passar da história eu vou completando o mapa e deixando ele com mais detalhes. Kk esse foi bem simples .-. vou tentar cartografar um mais complicado da próxima vez . http://brunoronald.deviantart.com/ https://facebook.com/NoCoracaoDaFantasia/ https://brunoronald.tumblr.com/
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brunoronald · 5 years ago
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Parte 19
Mulgrew – Já montou em um Fridda ?
Falou apontando para os cavalos.
Fridda – Não.  Acho que os animais não tem simpatia por mim
Mulgrew –  Então é porque você nunca conheceu  um  que fosse bem tratado.  O comportamento dos animais é o reflexo do temperamento dono.  Se você for uma pessoa solitária e que desconfia da humanidade a melhor opção para lhe acompanhar durante a vida é um bicho.  
Fridda –  Eu pareço  alguém que não é sociável ?
Mulgrew –  Você parece uma garota que se  guardada a sete chaves.
Fridda – Eu não tenho muito do que me orgulhar.  O meu passado foi simples e estou certa que o meu futuro também inequivocamente será. Talvez se eu tivesse sido mais aventureira como Senhor  e o Medrick eu teria muito o que  prosear a noite.
Mulgrew – Certeza que nunca passou por nenhum sufoco , algo estupido ou  engraçado ?
Fridda –  já
Mulgrew –  Pois isso conta como uma aventura. Tudo depende do modo como você  transmite a história.  Se for com entusiasmo terá atenção de todos , se for  sem animo  será ignorada pelos espectadores ...Tente hiperbolizar um pouco , exagere muito  quando for contar um fato sobre si.  
Fridda –  Querem arrancar informações de mim e eu quero as de vocês . Só que Sr Mulgrew o senhor  não é nenhum pouco prático .
Mulgrew –  Eu não sei de que outra maneira eu poderia ter sido mais sutil.  Tenho certeza que Medrick perguntou sobre sua vida em quanto os dois estavam a sós caçando de um jeito bem mais direito e nem por isso você se negou a responder o inquérito dele.
Fridda – Ele não interrogou muitas coisas.  Eu estou na mão de vocês  não o contrario .  Eu tenho mais direito de ter as curiosidades sobre quem são . Se acha sociável ?
Mulgrew –  Eu só gosto de quem  os meus cavalos gostam. Eles tem um sentido melhor que o meu para saber quem presta e quem não presta.  Eu só partilharia a minha casa com uma mulher que  Bretão e Polaca aprovassem   e eu acho que eles gostam de Voce Fridda.  Ah me desculpe por esse último comentário, foi bem atrevido ...Mas é que eu já sou um homem velho , estou querendo me aposentar , ter uma família , alguém para quem eu possa deixar meus bens quando morrer.
Se Fridda  fosse uma tartaruga  talvez  teria se escondido dentro do casco.
Mulgrew – Fui infeliz ao ser tão claro , me perdoe. Não queria deixa-la desconfortável.
Fridda –  É que essa foi a primeira proposta que recebi na minha vida ...Para celebrar uma união ?
Mulgrew –  Acho que foi a proposta mais tola que existiu. Você é uma garota descente  e formosa e eu um velho bicudo , é natural que  queira recusar.
Fridda –    Ah...
Mulgrew – É  pelo Medrick , não é ? Por ele que você sente alguma coisa ...Seu olhar muda de intensidade quando o vê. Sendo bem franco eu queria lhe assegurar um lugar para viver quando  chegasse em Castel Majoris . Não é de imediato que sedem uma residência aos funcionários reais .
Fridda –  Mas o que eu vou ter a te oferecer caso...
Mulgrew –  Não é preciso me oferecer nada . Agora que deixei escapar que tenho interesse em você  espero que continuemos amigos...E mais uma vez me desculpe  , poderia ter feito isso em outro momento , em outras circunstâncias , foi muito cedo.
Mulgrew voltou sua atenção aos cavalos e Fridda  ficou meio desorientada.  Mulgrew queria uma companheira? E tinha que ser justo ela ?. Fridda se perguntou o que teria de especial para que alguém se interessar por ela.   A garota nunca tinha pensando em nada disso na verdade . Pensou  quando criança , mas foram sonhos  irreais de mais  que Ermyne lhe tirou da cabeça  a fazendo olhar para a sua realidade de serviçal. A realidade é difícil e desejos são dispensáveis ...Desejos geram sonhos que geram ilusões que geram tristezas quando impossíveis de se concretizarem.   Para  Fridda casar-se  não havia tinha a mínima possibilidade , ela era escrava , feia,  pobre, suja , magra e fedida.  Se bem que agora a todo o seu destino foi alterado , alterado para melhor , será que ela poderia  retomar seus sonhos extintos desde sua época infantil ? A luz da espada de Medrick brilhou ao sol  e a luz incidiu  levemente nos olhos de Fridda  chamando sua atenção  para o lado que ele estava vindo.  Ele levava a espada no ombro muito tranquilo.
Fridda – O que era?
Medrick – Algum predador por perto, devemos continuar a viajem de imediato.  O nosso cheiro e do cavalos já estão bem espalhados pela floresta graças ao vento.  Mulgrew eles estão prontos ?
Mulgrew – Esperando apenas você.
Medrick – Ótimo.
Uma nuvem de poeira começou a crescer  na estrada atrás de nós e também se podia escutar o trotar de outros cavalos e o ruído de rodas girando de outra carruagem a além da nossa.
Medrick –  Pensei que ninguém mais usasse essa rota.
Mulgrew –   Também achei . Podemos ter sido seguidos ou  quem vem lá pode  estar tendo o mesmo objetivo que nós ,  velando alguma carga que seja de muita valia.
  A outra carruagem vinha a todo pano e o cocheiro dela não poupava os seus animais , dava chibatadas  cruéis  que estalavam alto  , tinha em suas rédeas  seis cavalos muito  mal cuidados . Os solavancos levantavam a carruagem e parecia que a qualquer hora ela tombaria . Com um grito animalesco o  condutor  que guiava o transporte  interrompeu a corrida dos seus os equinos diante de nós . A poeira que ele deixou para trás , veio carregada pelo vento  e  lhe cobriu sua imagem  brevemente.  Alguém tossiu mais não foi ele.  Quando a poeira baixou viu-se que o condutor era um brutamontes , um homem grande tanto em altura como largura  de rosto rude e vil , ele era moreno , mas não um moreno adquirido de nascença , era um moreno infligido pelo ardor  do sol . Uma barba grisalha cobria todo o pescoço e um nariz do tamanho e do formato de uma pera era a característica mais notável do seu rosto. Seus olhos eram miúdos , azuis claros , o a pálpebra superior  esquerda possuía um terçol , uma inflamação , um caroço bem maduro.  Vestia algo bem simples, um colete branco encardido  e uma calça negra  e um chapéu  também negro  amarado  no pescoço virado para as costas.    Sua   carroça era   quadrado de três por três metros   coberto de pele de couro de boi   remendado  , que funcionava como um cobertor , para manter oculto de curiosos a sua carga.   Os olhos dele foram de Mulgrew a Medrick  e depois em Fridda e ali teriam  ficado em cobiça se Medrick  não tivesse se interposto no meio do olhar dele para ela  como uma barreira.
Estranho  - Que passa  amigos ? Porque estão parados na Estrada ?
Medrick –  É apenas uma pausa , já voltaremos  a seguir nosso caminho.
Mulgrew – Sim . E tu para que toda essa urgência ?
Estranho -  Ela é necessária.
Mulgrew –  Não acha que pode estragar a sua carga  , desmantelar a carruagem   e matar seus cavalos de exaustão assim ?
Estranho – A carga que eu carrego não  murcha  fácil como tomates , ou se quebra como garrafas de vinho . Ela tem uma durabilidade bem grande , é quase imperecível .Exceto pelo tempo , o tempo as estraga . E eu corro contra o tempo  para que não morram. Com minha carruagem não me importo arranjo outra assim como os cavalos.
Mulgrew –  É uma carga viva ?
O estranho não respondeu, apenas sorriu .  Um pedaço do pano que cobria a carruagem foi levantado e uma mão   apareceu e foi chicoteada imediatamente pelo   homenzarrão.
Medrick apertou o cabo da espada com força.
Medrick – Tem  uma pessoa ai dentro  
Estranho – Sim , não apenas uma mais seis. Não é um caixote que carrego e sim uma jaula pra eles debaixo desse couro todo.
Mulgrew –  É  um sequestrador ? Ou  isso ai  são escravos ?  
Estranho –   Eu apenas os levo  de um lugar pra outro nada sei sobre eles  e eu nada tenho haver com  sequestros .Peça ao soldado que evite  de usar o aço contra mim , tem um grupo de mandriões  esperando  que eu chegue hoje em um certo local e se eu não parecer, viram atrás de mim e sem dúvidas encontraram vocês  pelo caminho e saberão pelos seus rostos o que fizeram...Talvez os dois consigam manter segredo  se me matarem , mas a garota não . Se ela se  for interpelada  não resistirá  a pressão  e acabará revelando tudo.  
- Nos ajude
Ecoou uma  vos  triste e melancólica por debaixo do pano.
Estranho –  Calados.
Medrick –  Mata-lo não me passou pela cabeça , eu estou preocupado com outras coisas , são outras coisas  que enchem a paciência  que me fazem pegar na espada  mais com vigor que o  normal.  
Estranho – humm . Estão levando-a a algum lugar ?
Disse referindo-se a Fridda
Medrick –  Sim , ela é uma lady. Vamos  leva-la para visitar  o palacete de sua  tia e suas primas  na Baia dos Cânticos.
Estranho –  Porque não usaram  a Estrada  Anciã em vez dessa estrada vazia e solitária  que é a Linha Venosa  ?
Medrick –  Sabe como são essas  donzelas ,  cheias de vontades  caprichosas . Ela se cansou de ver as paisagens da Estrada Anciã e  botou na cabeça que queria  ir por um caminho novo.  Eu e meu cocheiro escolhemos então a Linha Venosa .
- Nos ajude moço por favor
Falou mais uma vez os cativos que o estranho carregava
Estranho –  Calados ! Não estão vendo que estamos na presença de uma graciosa criatura de sangue azul . Que nome tem essa fina senhorinha  ?
Medrick –  Vamos interromper essa conversa por aqui ...Não queremos ficar íntimos de alguém como você.  Basta saber que ela é da Família Gomes.
Estranho –  Ela é muito calada.
Mulgrew –   Calada como a minha esposa Francisca . Mulher calada é uma benção.
Medrick –  Ele  a assustou com  sua aparência .   A Senhorita  Gomes  não está acostumada a ver coisas horríveis como escravos e   homens mal-ajambrados  de rostos carcomidos e fendendo a macaco .
Estranho –  Me perdoe . Não era minha intenção , partirei agora para que nunca mais me vejam. Hahahaha Não precisava me  ofender tanto em soldado. Quem muito ofende , ofendido já foi .  
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brunoronald · 5 years ago
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Dois homens vão carregando um corpo embalado em um saco de juta ,  cada um segurava em uma extremidade.
- Estou Cansado , esse infeliz pesa demais. Ele morreu de que mesmo ?  
-   Não sei. Só sei que morreu enquanto falava com o  Rei Dmormo.
-  Então ele aqui também vai para o caixão de ferro ?
- Não é esse o procedimento com todos os cadáveres ?
-  Pensei que ele fosse alguém importante e que teria uma outra forma de enterro.
- Ele não era ninguém , assim como nós dois . Está vendo algum da familiar dele aqui  ? Deve ser um pobre coitado.  
-  Se ele conseguiu estar  na sala do trono não deve ser  um ignorante  membro da patuleia .   Sabe o que  acontece com os corpos  quando entram no caixão de ferro ?
- Não
-  Um antigo coveiro já aposentado me falou que   ele colocou um corpo no caixão de ferro e não o fechou. Ele queria saber o motivo para os mortos se deteriorarem tão rápido em um ambiente livre de vermes. Os corpos naquele câmara somem completamente em três a quatro dias , segundo o que me foi dito  o caixão se enche de  com um liquido viscoso cor branca  que digere os defuntos .  
-  Podemos falar de um assunto que seja menos escroto ?
- Somos coveiros, se você não gosta de conversar sobre os mortos e outras coisas tenebrosas , então está no serviço errado.  Deve ter medo de fantasmas e se cagar no escuro .
-  Não sou como você que adora ficar  imaginando sobre como era a vida desses indigentes  antes de pararem no bico do urubu .  Devemos ter respeito por quem se vai e esquecer o que ele foi e fez , esse é o destino dos miseráveis.
-  Porque nos chamam de coveiros ? Está errado . não cavamos nada , nem pás temos , a penas abrimos as câmaras no chão e desovamos os finados.  São trinta caixões de ferro , ligados por tubulações que vão do cemitério ao castelo.
- Fique quieto. Mantenha a decência.
- Manterei . Não te ofenderei mais com minhas dúvidas sobre esses mistérios. Se não te intrigam procurarei alguém que se intrigue como eu, quem sabe assim em ação conjunta  acho uma resposta.
-  É  proibido caminhar por essas áreas , a não ser que esteja prestando luto ou serviço funerário .  Essas são as hipóteses , essa é nosso limite de  liberdade de atuação ,  se formos além disso estaríamos violando as normas.  Tenho para mim que você quer explorar o lugar , quer fazer daqui um canteiro para suas inquietações .
-Vou explorar mesmo . Saber o que fazem os caixões pretos.
-  Pois vou ter que denuncia-lo
- Faça oras ,  mas fique sabendo que se eu for morto por conta da sua denuncia , provavelmente  é você que  irá carregar meu corpo  até  o meu caixão, e sozinho , pois só temos nos dois nesse serviço funerário . Quer ter mesmo esse trabalho de arrastar um homem de cento e vinte quilos dá cidade até essa zona ?
- Porque temos que pesar tanto ?
- Até que em fim questionou sobre algo   realmente importante . Por que parecemos paquidermes   ? Por que nossos cidadãos são tão volumosos , formato de tonel  ?
- Ah cale a boca.
- Afobado!
- Eu só quero sair daqui o quanto antes e a sua falação   me atrapalha e faz o ritmo do trabalho vagaroso.
-  Chegamos. Me ajude a abrir.
Um cemitério atípico, sem túmulos, mausoléus ou lápides , nem   epitáfios  com bonitos dizeres em homenagem aos que se foram tinha ,  e flores na mesmíssima ausência . Também não haviam mortos descansando no subsolo. Nada que caracterizasse um sepulcrário  de fato.  Sequer parecia um local assombrado.  Um campo bem verde e silencioso de grama bem aparada  sem cercas  e ar relativamente puro .  Um local nada extenso com meio hectare apenas.  Enterrados no solo haviam apenas os trinta caixões de ferro , apenas   portas não eram  cobertas . As portas pareciam até a entradas para criptas  ou para o mundo inferior.
Os homens deitaram o corpo no chão e ergueram a porta do primeiro caixão , desembalaram do saco e deixaram-no na fria câmara de ferro  que tinha pelo menos um metro e cinquenta de profundidade. Na câmara havia uma entrada circular  similar a de esgoto  onde algumas  ratazanas  brigavam.  Depositado o corpo eles subiram para fora do caixão de ferro.
- Não feche , vamos ver o que acontece.
- Quer saber qual rato vai ganhar?
- Cínico.
-  Já fui curiosos e não quero observar isso de novo. Vou me afastar dai e vou virar o rosto .
- Quer dizer que o antigo coveiro estava falando a verdade ?
Um liquido branco começou  escorrer pelo buraco  e molhar o cadáver e os ratos , os pintando da cor de  pálido  e quando a coisa  pastosa tocava na carne  ela começava a fumegar , os ratos  pararam de brigar e  correram contra as paredes solidas da alcova do morto tentando escalar para fugir mas suas garras não conseguiam aderência na superfície lisa  de metal. O corpo começou a boiar e os ratos a se afogarem, eles perdiam os pelos a cada segundo ficando rosas e as roupas do indigente também se desfaziam e os cabelos de sua cabeça e silos iam desaparecendo sendo consumidos pela aquela espécie de leite ácido.  
O coveiro mais próximo começou a tossir por causa da inalação da  nuvem  provocada pela reação química  do fluido com tecido epitelial .  
- Não cheire   isso.   pode acabar com seus pulmões.
Depois que os ratos perderam completamente o pelo, as caldas caíram e eles  foram perdendo a carne .  A descamação provocou feridas, feridas que cresciam mais e mais...dentro de minutos não teriam mais nem ossos.  O corpo do indigente por ser maior e mais denso o liquido não o absorveria tão rápido.
- Vamos fechar .
-  Ah agora quer fechar ?
Houve uma precipitação na câmara,  o leite  borbulhou e formou ondas empurrando   o cadáver de um lado para o outro  do compartimento  já completamente cheio . Transbordou e  caiu no solo  matando a grama ao redor.
- Essa coisa devora tudo .   Deixou os ratos em  frangalhos , solveu a grama e a  está secando o balofo . Veja  , está  ficando mais magro  , perdendo toda a gordura que adquiriu durante a vida.  Ele tinha estava bem mais cevado antes de o botarmos ai ...Isso é estranho líquidos incham cadáveres , não o  secam  
-   É porque isso é   ácido . Agora fecha ,  fecha !  Antes que acabemos  envenenados  . 
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