#o respeito voltou
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martinbythelakes · 2 years ago
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tecontos · 5 months ago
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Ferias gostosa fodendo e sendo gozada (Julho-2024)
By; Andrea
Me chamo Andrea e o que vou contar aqui aconteceu comigo nesse mês de Julho (férias). Eu tenho 19 anos, cabelos castanhos claros um pouco acima dos ombros, pele clara, olhos verdes, 1,55 de altura e uns 45 kg.
Moro em Santa Catarina, numa das praias de Jaguaruna. Nossa família não tem muito dinheiro então, eu e minha irmã mais nova ajudamos trabalhando nas casas de veranistas como empregadas. Mas tem uma casa em especial que eu adoro trabalhar porque o pessoal lá é muito legal. O dono da casa é nativo lá, mas morava e trabalhava a vida inteira no Rio Grande do Sul e só vinha para a casa da praia nas férias e em alguns feriados. Na maior parte do tempo, a casa fica com o primo do dono e sua esposa. Como eles não tinham onde morar, o dono da casa permitiu que eles morassem lá em troca de deixar a casa sempre protegida e sempre pronta para receber ele a qualquer momento, como se fossem caseiros.
Mas quem vinha lá com mais frequência era o filho do dono da casa. E ele era muito gato. Era alto, acho que 1,80 mais ou menos, magro, tinha olhos verdes e era sempre tão querido, me tratava com respeito mas nunca demonstrou qualquer intensão. Na verdade ele chegava, pegava a prancha e ia pro mar, voltava, comia e saia com os amigos. Volta a e ia dormir. E era sempre assim. Mas eu era caidinha por ele! Era só ele pedir e eu pularia no colo dele na hora. E por isso, sempre que ele entrava em casa, ou sentava pra ver tv, ou ouvir música, eu ficava olhando pra ele, quase encarando mesmo. As vezes ele olhava também, mas era só isso.
Então, nesse mês de julho ele veio para praia. Chegou na sexta, dia 11, ainda de manhã, lembro bem, estava chovendo e mesmo assim, ele chegou, trocou de roupa, pegou a prancha e foi surfar. Estava meio frio naquele dia então, logo ele voltou. Quando chegou eu estava decidida a mostrar pra ele que eu estava afim. Ele estava sozinho, sem os amigos, e sem namorada. Ele era meu!
Antes de entrar em casa ele tirou a roupa de borracha, e a camiseta de laicra e ficou só de sunga e eu fiquei na porta escorada só olhando. Quando ele entrou em casa perguntei como estava o mar e ele respondeu:
- Horrível! Gelado! Fiquei lá uma hora e peguei uma onda só. Preciso de um banho pra me esquentar!
E foi para o banheiro maior da casa.
No meio do banho ele abriu a porta e pediu que eu levasse a toalha que ele tinha esquecido. Eu levei e tentei olhar, mas só consegui ver um pouco dele peladinho. Tive vontade de empurrar a porta e entrar no banheiro a força. Mas não podia, afinal não estávamos sozinhos na casa… o casal de caseiros estava sempre lá: ela trabalhava em casa como costureira e ele não trabalhava.
Então ele finalmente saiu do banheiro, só de toalha… lembro como se fosse hoje, tive vontade de me ajoelhar na frente dele, arrancar aquela toalha e cair de boca naquele pau que eu ainda não tinha visto.
Ele passou por mim no corredor estreito e eu ocupei o corredor o suficiente pra ele passar se esfregando em mim e perguntei:
- Tava bom o banho?
E ele: - Sim! Ótimo! E sorriu e piscou pra mim.
Então foi para a suíte do pai dele onde ele ficava quando o pai não estava lá, encostou a porta e eu pulei lá para espiar, e sim, ela já estava peladinho! Deu pra ver a bunda dele e quando se virou, olhou bem onde eu estava. Disfarcei, saí e não pude ver ele de frente.
Ele saiu do quarto de calça de abrigo e camiseta. Acho que estava sem cueca. Logo servi o almoço, almoçamos todos, os caseiros como de costume foram dormir, ele foi assistir tv e eu fui lavar a louça, sempre olhando pra ele.
Depois ele saiu pra dar uma volta, para olhar o mar. Quando voltou, trocou de roupa e foi surfar. Voltou depois de uma hora, e repetimos o ritual do banho da manhã. O resto da tarde ele e o caseiro passaram jogando conversa fora. Tomamos, café, jantamos depois de um tempo os caseiros foram dormir e eu fiquei lavando a louça enquanto ele sentou no sofá para assistir tv.
A tv ficava no lado direito do sofá e para poder assistir tínhamos que sentar de lado. Então quando terminei de lavar a louça tomei um banho e quando voltei a cozinha estava escura, iluminada apenas pela luz da tv. Sentei no sofá atrás dele, de lado, quase enconxando ele. Ele viu que eu estava ali. Me olhou e disse:
- Pensei que tinha perdido minha parceira de tv.
E eu respondi na hora: - de jeito nenhum!
Depois de um tempo, ele veio mais para trás e se encostou em mim e eu aproveitei e me encostei mais ainda nele. Meus seios bem colados as costas dele e minha coxa nas coxas dele. Ele olhou para trás, bem nos meus olhos e eu nós dele. Meu coração disparou. Senti meu corpo inteiro tremendo. Ele continuou me olhando nos olhos e se aproximando e eu avancei e beijei ele.
Nos agarramos no sofá e nos beijamos como dois desesperados. Quando percebi ele já estava com uma mão por baixo da minha camiseta apalpando meus seios. Então arranquei a camiseta. Ele olhou e começou a beijar e chupar meus peitos. Eu já estava viajando longe, então tirei a camiseta dele, ele se sentou no sofá e tirou a calça e sim, ele estava sem cueca e sim o pau dele estava duro e era lindo e grande e quando ele terminou de tirar a calça eu já estava chupando aquela rola deliciosa. Então ele murmurou:
- Vai devagar! Senão não sei quanto tempo vou aguentar essa boquinha.
Por mim ele podia gozar onde quisesse. Eu era a putinha dele, totalmente entregue e submissa e só queria que ele soubesse disso! Então ele me tirou do pau dele, me deitou no sofá, tirou minha calça e minha calcinha de uma vez só. Jogou tudo longe, abriu minhas pernas e começou a beijar meu pé direito, e foi descendo, beijando minha canela, minha coxa até chegar na minha bucetinha que a essa altura estava ensopada e fez aquilo ninguém antes nem meu namorado fez em dois anos de namoro: beijou e lambeu meu clitóris como eles faziam nos filmes pornôs que já tinha visto. Eu quase delirei! Nunca tinha sentido aquilo! Ele sabia muito bem o que estava fazendo. Eu mau conseguia respirar! Era muito intenso. Tinha vontade de gritar mas isso acordaria os caseiros. Estava quase ficando louca e implorei pra chupar o pau dele novamente. Então ele disse:
- Se eu colocar meu pau nessa boquinha linda, vou gozar na hora!
E eu respondi: - Então vem! Vem gozar na minha boquinha.
Eu fiquei deitada e ele veio por cima de mim de joelhos, encostou a cabeça do pau na minha boca. Era tão gostoso! Levantei a cabeça e comecei a chupar aquela rola molhada. E logo senti o primeiro jato de porra na minha boca. Ele tirou o pau pra fora e continuou esporrando no meu rosto. Nunca tinha sentido tanto tesão na vida! Queria que ele não parasse mais de gozar. Quando parou, ele enfiou o pau ainda duro na minha boca e eu comecei a chupar e lamber bem devagar. Depois ele saiu de cima de mim e pediu desculpas por ter sido tão rápido e disse que iria compensar na próxima.
Eu disse pra não se desculpar principalmente porque haveria a próxima e que a noite só estava começando. Além do mais, sempre tive vontade de ter um homem gozando no meu rosto, como nos filmes, mas nem meu namorado nem nenhum outro cara com quem eu já tinha transado jamais teria essa chance pois até o momento nunca tinham despertado em mim o tesão que ele despertou.
Então levantei, fui até o banheiro da suite e quando me vi no espelho com o rosto e os cabelos ainda cobertos de porra me senti como uma atriz porno dos filmes que eu via. Ele chegou por trás de mim e disse:
- Tu já é linda, mas com essa porra toda no rosto, fica mais linda ainda.
Então ele me colocou de joelhos, e começou a passar o pau no meu rosto recolhendo e empurrando um pouco de porra pra minha boca e disse:
- Engole a minha porra?
E eu como uma boa putinha que era naquele momento, não respondi nada, apenas engoli tudo!
Ele me levantou, me beijou e disse: - toma um banho que eu vou te esperar na cama. Vou te compensar. Vou te comer a noite toda! Quer?
Eu respondi: - Claro que quero.
Tomei uma ducha pra tirar a porra do cabelo e pulei na cama em cima dele. Nos beijamos um pouco, ele me deitou na cama e abriu minhas pernas e começou a me chupar. Me chupou por um bom tempo até que pela primeira vez na minha vida eu gozei!
Depois disso ele veio por cima de mim e enfiou aquele caralho gostoso na minha bucetinha e começou a me foder com com força. Era tudo tão gostoso e agradável que eu já não estava mais controlado nada e logo gozei novamente. Assim que gozei ele me colocou de quatro e me comeu forte e gostoso enquanto falava:
- Toma minha putinha! Vou te comer toda hoje.
E eu respondia: - Isso! Me come! Me come forte. Não para! Fode a tua putinha! Fode toda!
Ele: Ah é? Quer que eu te foda toda? Toda mesmo? Até esse cuzinho rosinha? Quer que eu coma esse cuzinho?
E eu já louca: - Isso!!! Come meu cuzinho! Goza no meu rosto! Faz o que quiser com a tua putinha!
Então ele tirou o pau na minha bucetinha, deu um cuspida no meu cuzinho, se abaixou, e lambeu ele um pouco, depois se levantou e começou a enfiar aquele caralho gostoso e quente no meu cuzinho apertado bem devagar. Era muito gostoso. Depois ele começou o foder devagar pra não machucar. Cuspiu mais uma vez e continuou fodendo minha bundinha um pouco mais rápido. Então pedi pra foder mais forte e mais rápido e ele nem pensou começou a foder com força. Eu estava louca de tanto tesão. Então ele saiu, deitou ao meu lado e disse:
- Vem em cima! Senta o cuzinho no meu pau!
Sentei naquela rola de frente para ele e comecei a pular, me inclinando para trás, e fodendo cada vez mais rápido enquanto ele massageava meu clitóris. Aquilo estava tão delicioso que gozei! Gozei com um pau no meu cuzinho!
Então sai de cima e caí de boca! Agora, mais do que antes eu queria leite de macho! Chupei aquela vara e quando ele estava quase gozando, se levantou enquanto eu me deitava totalmente submissa. Ele se posicionou de joelhos do meu lado, apontou o pau para o meu rosto, disse pra eu abrir a boca e começou a jorrar toda a porra que eu precisava pra me sentir completa.
Quando parou de gozar, deixou aquele caralho latejando bem pertinho da minha boca. Eu comecei a chupar e lamber ele e novamente ele esfregou o pau no meu rostinho recolhendo a porra e levando para minha boquinha sedenta. Eu nem precisei que ele mandasse. Engoli tudo novamente. Estava começando a gostar mesmo do gosto é do cheiro de porra quente.
Depois de um tempo, me lavei novamente, voltei pra cama e depois de descansar transamos mais uma vez e depois dormimos.
No dia seguinte eu estava satisfeita. Depois do almoço, Quando os caseiros foram dormir, eu estava lavando a louça e ele estava no sofá, assistindo tv enquanto eu me virei pra olhar pra ele como de costume, ele estava sem calça e de pau duro no sofá! Fiquei olhando aquela vara deliciosa que tinha me fodido toda na noite passada e minha bucetinha já começou a babar. Ele se levantou, veio na minha direção, me pegou, me mandou ficar de joelhos. Nem tive tempo de secar as mãos. Me ajoelhei e ele enfiou aquele caralho duro e melado na minha boca e começou a foder como se estivesse fodendo o meu cuzinho. Então ele perguntou:
- Quer leitinho na boquinha? Nessa boquinha linda? Quer?
Com aquela tora fodendo minha boca e com as bolas dele batendo no meu queixo, sinalizei que sim! Mas por dentro eu gritava:
- Sim! Sim! Fode minha boquinha e enche ela de porra quente!!!
Não demorou muito e os primeiros jatos de porra começaram a encher a minha boca. Ele tirou da minha boca e alguns jatos ainda caíram na minha testa e bochecha. Abri a boca e mostrei pra ele que estava cheia de leite. Então fechei e engoli tudinho!
Ele me colocou de pé, me pegou no colo e disse:
- Quer que eu te compense?
Eu disse que sim e fomos para o quarto. Deu pra dar umas duas antes que os caseiros acordassem.
E isso se repetiu Duran todos os 20 dias que ele ficou aqui de férias, fui a sua putinha, levei na buceta, no cuzinho e levei gozada no rosto, na boquinha, nos peitos... acho que no corpo todo.
Foi a melhor férias que tive e acho que ele também...
Enviado ao Te Contos por Andrea
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lovesuhng · 6 months ago
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honestly
w.c: 1.2k angst, tem uma traição, jaemin é um idiota, mas se arrepende
Dois anos
Dois longos anos
Esse era o tempo que você e Jaemin estavam sem se ver. 
Que o relacionamento  tinha chegado ao fim.
Que Jaemin sentia a sua falta. Sim, ele sentia. O peito chegava a doer de tanta saudade, doía mais ainda porque Jaemin sabia que a culpa era dele.
Lembrava perfeitamente de todas as vezes que você ia na casa dele, recebê-lo depois de um dia longo de trabalho, toda carinhosa, pronta para dar um abraço e um beijo e ele dizia: “Hoje não, tô muito cansado.”
Você percebia ele distante, fazia de tudo para achar que era coisa da sua cabeça, da sua insegurança. Mesmo com todos os foras que ele te dava, você estava lá, sorrindo, esperando por ele, deixando de viver para si mesma e vivendo por ele.
Até que um dia, seu castelo, onde Jaemin era o mais supremo rei, desmoronou.
Era um dia de sexta, tinha planejado fazer um jantar para Jaemin no apartamento dele. Passou horas preparando tudo, comprando um dos melhores vinhos e até escolhendo uma roupa que tinha certeza que Jaemin iria gostar. 
Mas, seus planos mudaram por conta de duas mensagens. 
A primeira, era de Jaemin, dizendo que iria demorar um pouco para chegar por conta de um imprevisto do trabalho.
E a segunda, era de um número desconhecido. Tinha um pequeno texto dizendo que você precisava saber toda a verdade, por mais dolorosa que fosse. Em seguida, tinha um vídeo. Era possível ver claramente Jaemin em um restaurante e junto dele uma mulher que você tinha identificado como uma colega de trabalho dele. Os dois estavam bem próximos, trocavam carícias até que deram um beijo apaixonado. Um beijo que há muito tempo Jaemin não lhe dava.
Você ficou com raiva. Mas não de Jaemin, e sim de você mesma. Raiva por ter sido tão cega, afinal, Jaemin estava dando todos os sinais que estava se afastando e você deveria ter feito o mesmo, antes de acabar nessa situação. Saiu do apartamento apenas deixando um bilhete escrito “aproveite o jantar”, o que deixou Jaemin confuso quando chegou no apartamento e viu tudo.
No outro dia, você voltou ao apartamento do homem, que estranhou quando você não o comprimentou calorosamente como antes. Ele percebeu o quanto você estava abatida, como se tivesse chorado a noite inteira, o que de fato aconteceu. Ele deu mais desculpa que estava ocupado.
“Não se preocupe, Jaemin, o que eu tenho pra te dizer é rápido, não vou tomar muito do seu precioso tempo.” Ele estava te achando ainda mais estranha, mas resolveu deixar você continuar. “Eu recebi uma proposta de emprego na Itália e aceitei. Semana que vem vou me mudar.”
Levou o tempo para Jaemin processar tudo o que você estava falando. Queria te dar parabéns, mas tudo que conseguiu falar foi: “e nós dois?”
Você deu uma risadinha sem graça como uma forma de mostrar sua indignação, sem acreditar no que estava escutando.
“Jaemin, há muito tempo que não existe mais um ‘nós dois’. Você está sempre distante, cansado, não tem mais tempo para nós.”
“Mas eu realmente estou ocupado…”
“Só não está ocupado para a sua coleguinha.” Não queria mostrar que estava com raiva, mas não conseguiu se controlar com tamanha cara de pau do companheiro. Jaemin abriu e fechou a boca várias vezes, mas não conseguia nem se defender. Sabia que estava errado. Com o tom de voz mais calmo, você falou o que seriam suas últimas palavras para ele. “Já vivi muito para você, Jaemin, mas agora, tenho que viver mais para mim. Adeus.”
Desde esse dia, Jaemin tinha se dado conta que você era um pedaço dele. Todos os dias se martirizava por ter te perdido. 
Ele tentou falar com você algumas vezes, mas foi ignorado em todas elas. Terminou o casinho que tinha com sua colega de trabalho, passava noites bebendo e chorando no ombro de um dos seus amigos, que eram seus também, mas, em respeito ao seu pedido, não davam notícias suas a ele. 
Era visível a diferença de Jaemin antes e depois de você ter passado na vida dele.
Ele não tinha te superado. Pensava em você sempre. Te via em todos os lugares. Por isso achou que era uma miragem quando te viu na festa que Jeno estava dando na casa dele. 
Estava… diferente. Estava confiante, mais alegre, irradiava um brilho que há muito tempo Jaemin não via em você, até mesmo quando estavam juntos. Mas continuava linda, a mesma mulher por quem tinha se apaixonado. E também feito sofrer. 
Você percebeu que tinha alguém te olhando profundamente, se surpreendeu ao ver que era Jaemin e ficou ainda mais surpresa quando viu como ele estava. Não tinha a mesma alegria de antes, o brilho que você sempre via nele não estava mais lá, as olheiras embaixo dos olhos indicavam que há noites ele não dormia. Continuava lindo, mas não tinha a mesma magia de antes.
Depois de um tempo interagindo com as pessoas que há muito tempo você não via, decidiu ir para a varanda, tomar um pouco de ar.
“É tão bom te ver depois de tanto tempo” Mesmo sentindo uma presença perto de você, tomou um leve susto quando a voz grave de Jaemin adentrou os seus ouvidos. Se virou para olhá-lo, ele tinha um sorriso no rosto.
“Digo o mesmo.” Você estava sendo sincera, afinal, antes de ser seu namorado, ele foi um grande amigo.
Jaemin deu uns passos, ficando ao seu lado. Ambos voltaram o olhar para a vista da cidade.
“Quando chegou?”
“Tem alguns dias. Dessa vez voltei para ficar.”
Um sorriso esperançoso surgiu nos lábios de Jaemin, assim como um brilho em seu olhar.
“Esse tempo fora fez bem para você. Você está…” 
“diferente?” Completou vendo que Jaemin tinha se perdido nas palavras.
“Isso.” As mãos no bolso da calça mostravam como Jaemin estava nervoso por falar com você naquele momento. “Olha…” Se virou para você fazendo com que você também direcionasse sua atenção a ele. “Senti tanto a sua falta.”
“Jaemin, é..”
“Deixa eu terminar, por favor. Eu fui um idiota por ter te tratado daquele jeito. Nunca me perdoo por ter te machucado, por ter te perdido, por ter feito a pessoa que mais amei sofrer. Infelizmente, precisei te perder para entender o quanto você era uma parte essencial da minha vida. Sei que você deve me odiar, mas ainda continuo te amando e acho que vai ser difícil mudar o que sinto.”
Via que Jaemin estava sendo verdadeiro, os olhos marejados eram a prova disso. Se aproximou um pouco de Jaemin e fez um carinho na bochecha dele. O mesmo fechou os olhos, deixando uma lágrima cair, você rapidamente fez questão de limpá-la.
“Jaemin, eu nunca seria capaz de te odiar.” Uma luz de esperança acendeu no coração do homem, mas foi apagada rapidamente quando você continuou. “Mas, não importa o quanto eu tente, meu coração não bate por você da mesma intensidade de antes. Sei que você tentou falar comigo através dos nossos amigos, mas eu precisava desse tempo. Precisava me descobrir. Finalmente fiquei livre, que agora não vivo mais em função de ninguém.” Respirou fundo, dando um pequeno tempo para Jaemin processar o que você estava falando. “Jaemin, você foi uma parte importante da minha vida,mas no momento tudo que eu preciso sou eu. Espero que você entenda isso e consiga finalmente seguir em frente. Não vou te dar esperanças, porém ninguém sabe o que pode acontecer no futuro. Mas fique sabendo que quero te ver feliz.”
Você saiu dali, deixando um Jaemin abalado, pois a única coisa que o poderia deixar feliz era você nos braços dele.
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littlewritergreatgirl-blog · 10 months ago
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casos ilícitos
Matias Recalt x f!Reader
Cap. 3
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E eu acho que nós terminamos do modo comum. E a história tem poeira em cada página, mas às vezes me pergunto : como você pensa sobre isso agora? E eu vejo seu rosto em cada multidão.
Acho que já ficou óbvio, mas em cada capitulo, vou deixar o trecho de uma música que eu ache que transmita o que o personagem está sentindo. Seja a música completa, ou um simples trecho que remeta. 💖☺️
Avisos: Angst
Palavras: 4,7 k
Foi uma decisão mútua, de que sua irmã deveria vir no sábado. Desse modo, não iria interferir no meio da semana, no trabalho dela, ou no cronograma das suas aulas, e ainda teriam tempo para planejar tudo com calma. Então você ainda teria que aguentar os próximos dias sozinha.
Você ficou um pouco mais tranquila, ao saber que ela já estava planejando estender sua estadia quando fosse te ver, pois teria que ajustar, e ver algumas coisas do casamento, que coincidentemente, não eram tão longe de sua casa. E devido as circunstâncias atuais, ela só vai unir o útil ao agradável, o que te deixou mais calma.
A contragosto, gradativamente, você voltou a sua rotina. Foi assistir suas aulas - já que aparentemente, estar de coração partido, não é uma desculpa boa o bastante para faltar - e sempre apreensiva de encontrar com algum dos meninos, ou Matias no caminho. Até parecia uma criminosa se esgueirando pelos corredores furtivamente, e nunca se demorando muito tempo no mesmo lugar, pensando tê-lo visto em todos os cantos por quais passava. Na quarta-feira, uma de suas amigas, lhe convida para um almoço em grupo, e você querendo dar o fora do campus em qualquer oportunidade, aceita.
Vocês foram a uma cafeteria local, para degustar as suas bebidas superfaturadas, e açucaradas preferidas enquanto comiam, e você não pode deixar de se sentir aliviada, pensando em como era bom focar em outras coisas que não fossem homens, por um tempo. Só falando brevemente o que tinham feito desde a última vez que estiveram todas juntas. Contando novidades do estágio, ou daquela prova difícil que tiveram na semana passada, e que esperavam terem ido bem. Em pouco tempo, estão engatadas em uma conversa a respeito das novas aquisições, em uma loja de roupas, detalhando os vestidos e minissaias que amaram. Você mergulha nessa conversa superficial, tentando mascarar tudo o que tem sentido nos últimos tempos. A coisa mais substancial que você disse, foi que sua irmã estava indo lhe fazer uma visita, e ficar com você por um tempo.
Então o tópico do qual você estava fugindo, finalmente aparece: garotos!
- Vocês saíram com alguém no final de semana? – Questiona uma delas, olhando para cada uma de vocês na mesa - Eu só fiquei em casa revisando aquela redação dos termos jurídicos para entregar na sexta, nem consegui ver ninguém. – Sua amiga diz revirando os olhos, chateada com a situação.
As meninas começam a contar animadamente o que fizeram, cada uma de uma vez. Relatando que uma teve um encontro badalado com um ficante em uma boate, outra foi em um parque de diversões, e outra foi ao cinema ter uma noite tranquila. E está tudo bem, até que a atenção se volta para você.
- E você amiga, fez o que? - Pergunta uma delas, curiosa por você ser a única a não dizer nada.
- E-eu...eu – Você ainda está pensando em uma desculpa plausível, quando é interrompida.
- Você foi jantar naquele restaurante perto do shopping não foi? eu passei em frente no caminho pro cinema, e vi você do lado de fora com uns garotos. – Sua colega diz.
Com medo de falar algo que possa parecer suspeito, ou transparecer algo do qual você realmente não quer falar agora, você só acena, concordando.
Ela conta como não parou para te dizer oi, pois estava atrasada para o filme, já que seu namorado havia confundido os horários. Você pensa com desgosto, e inveja, como queria que suas maiores frustrações no final de semana, fosse o fato de chegar atrasado a um compromisso.
- Enfim, foi uma correria, mas deu tempo. – Ela conclui, com a cara ainda tensa ao se lembrar do ocorrido.
- Sem problemas. – Você responde, sem saber o que dizer ao certo.
- Fala sério, a gente aqui contando dos nossos encontros, enquanto você estava na verdadeira festa – Uma delas diz – Você saiu com aquele monte de gostosos e nem fala nada.
- De quem vocês estão falando? – Sua outra colega pergunta curiosa.
Você responde avidamente, querendo encerrar logo esse assunto.
- Ninguém, são só uns amigos.
As meninas que tinham aulas em comum com você, já estavam familiarizadas com o grupo, já que você é “amiga” do Matias - ou era - enfim, e já tinham se cruzado nos corredores, ou até mesmo no grupo de estudos. Agora suas amigas de outra especialidade, nem sabiam quem ele era, já que nunca houve motivo aparente para você apresenta- lós, afinal, não tinha o porquê você querer apresentá-las a um simples colega de faculdade, certo?
- A qual é? Você nunca quis pegar nenhum deles? - Ela te provoca – Nem um pouquinho?
- Não! Eles são como irmãos pra mim - Você rebate.
- Sei – Responde zombando de sua resposta.
Vendo seu desconforto, outra colega interrompe:
- Deixem-na em paz, bem faz ela mesmo, focar nos estudos, e não se envolver com ninguém, homem só dá trabalho – Nem com um discurso, você conseguiria explicar o quanto concorda plenamente com as palavras dela.
- Falando em trabalho, adivinha com quem eu descobri que meu chefe tá saindo? – Ela indaga, redirecionando o tópico da conversa para outro assunto.
E assim continua o almoço, vocês trocam risos, piadas que nem são tão engraçadas, mas para vocês são a coisa mais hilária do mundo. Você se sente leve, a vontade, e querida no meio dessas pessoas. E por uns breves minutos, você consegue esquecer dele.
— —
Você mora em um pequeno apartamento de dois quartos. Não é muito grande, mas é mais do que o suficiente para você. Ele costumava ser de sua mãe, em seus dias de universitária. Ela gostou tanto dele que o comprou depois de formada, quando já tinha um bom salário e queria ter sua vida independente. Mas então conheceu o seu pai, e de repente, não era mais um apartamento de solteiro. Moraram juntos por um tempo aqui, mas com a vinda de sua irmã, o lugar se tornou pequeno, e depois com você se juntando a equação, se tornou inapto e não fazia mais sentido morarem ali. Dessa forma, o deixou trancado e foi construir sua vida em um ambiente mais calmo. Você é grata todos os dias por esse lugar. Ter que ter colega de quarto, dividir apartamento, ou até mesmo dormir em um alojamento, não é muito atrativo para você. Preparando o quarto para a chegada dos dois, sua irmã, e o noivo dela, você limpa os móveis, troca os lençóis, e até mesmo substitui as cortinas do quarto de hóspedes (o modo como você gosta de chamar o quarto vazio), tentando deixar o ambiente o mais acolhedor possível.
E toda vez que se pegava pensando no garoto, você rapidamente se forçava a pensar em outra coisa, fossem os trabalhos da faculdade, um livro que você precisava devolver a biblioteca antes do prazo, ou o seu favorito, em como iria ser divertido ter sua irmã, e cunhado em casa. Poderiam sair juntas, ter um dia das garotas e coisas afim. Agora em relação ao seu cunhado, você o adorava.
Ele começou a namorar a sua irmã quando você tinha oito anos, e ela dezoito na época. Você se lembra de não gostar dele no começo, a sua irmã tinha acabado de entrar na faculdade, e de repente ela volta nas férias de verão dizendo que tem um namorado. Você se sentiu traída e com medo de ser deixada de escanteio. Ela estava crescendo, e você apenas era a irmãzinha irritante que só queria brincar o tempo todo, mesmo com as palavras gentis dela, dizendo que nada iria mudar, você sabia que com a presença do namorado, iria ser tudo diferente.
Quando ela o traz, para conhecer seus pais, o melhor jeito de descrever o seu humor era birra, teimosia e braveza. E estava disposta a transmitir tudo isso a ele, assim que passasse pela porta. Quando chegam, você não consegue desviar os olhos, escondida atrás de sua mãe. Ele os cumprimenta, sendo sempre simpático e galante. Sendo doce o bastante com sua mãe, ao mesmo tempo em que é firme, e respeitoso com seu pai. Mas assim que ele se dirige a você, a sua reação é a mais infantil possível: mostrar a língua, fazendo careta, e sair correndo em direção a mesa de jantar, para acabar logo com isso.
Sua mãe se desculpa em seu lugar, e sua irmã também, mas ele é rápido o bastante em afirmar que está tudo bem. Assim que todos se juntam a mesa, menos ele, que voltou ao carro para pegar algo que havia esquecido, sua mãe te lança um olhar reprovador, te dizendo para se comportar. Quando ele retorna, você o vê entrar com um buquê de flores. Flores lindas, delicadas, e envoltas em um lindo arranjo. Você olha abismada para aquilo, com os olhinhos brilhando, nunca tendo visto algo tão lindo e o querendo para si o mais rápido possível. O seu primeiro pensamento, é que ele o vai dar para sua irmã, o que te deixa mais carrancuda, ele não precisa provar que é um príncipe encantado, a sua família inteira já parece o achar um perfeito cavalheiro. Mas ele passa direto por sua irmã e continua seu caminho, por dois segundos, você pensa que ele vai presentear sua mãe, a matriarca, mas novamente seus pensamentos se provam incorretos quando ele vem, e se ajoelha em uma perna na sua frente.
- Ei mocinha, a gente não começou bem lá atrás, e foi totalmente minha culpa, como eu pude vir conhecer vocês, e esquecer de trazer um presente pra dama mais linda do lugar? - Diz com a voz calma e suave.
- Da-dama? – Você repete, embasbacada, e maravilhada, sem saber o significado da palavra.
Ele ri docemente.
- Sim sim, a senhorita mais linda de todas. - Explica com entusiasmo.
Ele estende o buquê para você, e no mesmo momento você o toma de suas mãos, apressada e afoita, o que arranca risadas de todos os presentes.
- O-obrigado! – Você diz, repentinamente tímida e envergonhada. E quando ele olha para você, pela primeira vez, você nota o quão bonito ele é.
- É um prazer lindinha – Ele pisca para você, e deste modo, assim como todos lá, você se vê apaixonada por ele em instantes.
O resto da noite transcorreu bem, sem nenhum contratempo. Mas é claro que, em algum momento, sua mãe fez o favor de dizer a ele a quão teimosa você conseguiria ser, o contando da vez em que ganhou em seu aniversário (depois de muita insistência), uma fantasia de mulher gato, e se recusou a usar outra coisa por dias.
- Mãe, para! – Você diz a ela com a cara fechada, inesperadamente se importando com a opinião dele sobre você, e não querendo passar uma má impressão.
Ele se vira para você, como se sentou ao seu lado, entre você e sua irmã, e diz:
- Tudo bem, você não precisa de fantasia pra ser uma gatinha. – E com isso você sorri pra ele, feliz e muito melhor do que você pensou que sua noite seria. O apelido pegou, é claro, mas você não via como uma provocação, era mais como uma piada interna da família.
Sua irmã te confidenciou, alguns anos depois, que foi ela quem contou a ele da sua paixão por flores, depois de ter visto aquilo na cena de um filme romântico clichê. Por isso, como ele queria te impressionar, ele já veio preparado. E isso continuou com o passar dos anos, ele sempre trazia algo quando ia te ver, seja um doce, um livro do qual você não parava de falar a respeito, ou te levando pra assistir um filme junto com sua irmã, você tem quase certeza de que era pra ser um encontro dos dois, mas sempre te levavam para não te excluirem.
É meio vergonhoso, mas você teve uma paixão enorme por ele enquanto crescia, o que foi esquecido, assim que você entrou nos quatorze, e começou a gostar de garotos da sua idade. Percebendo logo que, da mesma forma que eram mais novos, eram mais idiotas.
Seu pai sempre foi mais retraído, então não era muito de demonstrar afeto em público, mas com o Wagner, você aprendeu como um homem deve tratar uma mulher, só de o ver interagindo com sua irmã. Sendo atencioso, bondoso e fazendo o que estivesse ao seu alcance para fazê-la feliz. Ele te ensinou a ter expectativas, a saber o que esperar e receber em troca de alguém, você acha que ele estaria decepcionado se soubesse ao que você se submeteu nos últimos meses. Ele te diria algo clichê como: você não está sendo tratado como a princesinha que é.
— —
Como o previsto, sua irmã chega no sábado de manhã. Você a espera ansiosamente, mandando mensagem com ela te informando da localização a cada cinco minutos. Assim que te interfonam falando que tem alguém na portaria, você a libera imediatamente. Saindo rapidamente, e esperando na frente do elevador. Assim que as portas se abrem, você se joga nela, e a envolve em um abraço apertado.
- Você realmente veio – Você exclama animada.
- Achei que isso tinha ficado óbvio nas últimas quarenta e três mensagens que trocamos. – Ela brinca.
- Fica quieta, e não estraga o momento. – Você retruca.
Assim que vocês duas se desgrudam, e você cede passagem para que eles saiam da estrutura metálica, você se vira para seu cunhado.
- Oi, como você tá? – O abraça também, afetuosamente, porém de uma forma mais contida do que comparada a que fez com sua irmã a um minuto atrás.
- Oi gatinha, achei que tinha esquecido de mim depois dessa recepção- Ele diz te provocando.
- Não fica assim, você sempre vai ser o meu segundo favorito.
E com isso vocês se dirigem ao apartamento, mostrando a eles o quarto onde podem deixar suas coisas, e se acomodarem com calma. Sua irmã não perde tempo em desfazer as malas, querendo arrumar tudo. Alguém normal chegaria cansado e iria repousar um pouco, mas não ela. Assim que finaliza esta etapa ela se encaminha a cozinha, e não parece muito contente ao ver o conteúdo em sua dispensa e geladeira.
-Meu Deus garota, você não come não? – Ela diz, desviando o olhar da geladeira para você.
Bem, para ser justa, com a sua vida universitária e pessoal estando a um turbilhão, você não tem tido muito tempo, ou até mesmo vontade de cozinhar muito, se contentando em comer algumas besteiras aqui ou ali. Sua última compra deve ter sido a mais ou menos uma semana atrás, um pouco antes do incidente, ou seja, você achava razoável até a quantidade de comida que restava, aparentemente, sua irmã achava que você não estava comendo o bastante. Você devia ter pensado nisso, como você pode arrumar a casa inteira, e esquecer de comprar mantimentos?!
- Eu ia fazer compras - Ela arqueia a sobrancelha, desconfiada - Em algum momento, mas eu ia. - Você admite embaraçada.
- Quer saber, eu vou terminar de organizar as coisas aqui, e vocês dois vão no mercado, sem condições de ficar assim. E hoje eu faço o almoço.
Sua irmã é meio mandona e autoritária, mas tudo bem por você. No momento você só queria funcionar no modo automático, fazer as coisas sem tem que pensar muito e ela era um bom guia. E sabia que ela só estava fazendo isso, pois estava preocupada com o seu bem-estar
- Tudo bem – Você concorda, indo pegar suas coisas se preparando para sair.
Seu cunhado se despede dela com um beijo casto nos lábios, e vem em sua direção, passando o braço pelos seus ombros:
- Vamos!
— —
Já dentro do carro, Wagner tenta começar uma conversa agradável, te perguntando como as coisas estão indo ultimamente. E você começa a contar da faculdade, o último encontro que teve com suas amigas, os livros que têm lido recentemente, e coisas assim. Mas aparentemente, não é isso que ele quer saber.
- Sua irmã disse que você brigou com seu namorado – ele diz, te lançando um olhar breve de lado, enquanto presta atenção no volante.
- Ele não era meu namorado – Nega rapidamente - Era só… - Você não sabe como descrevê-lo. Um ficante? Um amigo com benefícios? Isso é pior ainda – Ele era só um cara que eu gostava. – Você conclui relutante, com as palavras não parecendo certas na sua boca, pois não transmitem tudo o que quer dizer.
- Não conheço o carácter dele, mas se você terminou as coisas, vou confiar no seu julgamento, se ele não te trata como você merece, então ele quem sai perdendo. – Ele afirma.
Nem você confia no próprio julgamento e bom senso. Você ao menos tem algum quando se trata dele? Ele te faz fazer coisas inimagináveis, as quais você nunca teria imaginado antes, o que as vezes é bom, mas nesse caso ,é totalmente doloroso e torturante. E mesmo que você tenha posto um fim em tudo, você não se sente ganhando de forma alguma.
- Obrigado – Você responde aceitando o elogio, mas não sentindo que o mereça verdadeiramente.
Vocês continuam o trajeto em silêncio, enquanto seu cunhado coloca uma música pra ambos escutarem. Você não quer pensar no Matias, não mesmo. Se tinha alguma fagulha de esperança, que ele iria te procurar, ela já apagou. Hoje é sábado. Faz exatamente uma semana desde a briga de vocês, e quatro dias que você foi devolver as coisas dele. Não teve nenhuma mensagem, ligação, ele indo até sua casa, ou te abordar na faculdade. Ele simplesmente sumiu.
Os garotos ainda mandam algumas coisas para você, mas você os responde brevemente, não querendo dar muito assunto. Você não quer sair como a chata da história, mas não quer ficar prolongando esse afastamento por muito tempo. É melhor cada um ir para o seu lado e pronto. Qual o sentido de continuar sendo amiga deles, se só iria te fazer mal vê-lo depois do jeito que a história de vocês terminou? Você só quer por um fim a isso, e seguir em frente, tentando não se machucar mais ainda no processo. Você está brava agora. Hoje era pra ser um dia contente, e o simples mencionar do garoto, foi o bastante para te deixar pra baixo, e você não queria estar tão afetada assim.
Quando chegam no mercado, você não se surpreende ao ver que sua irmã já te enviou mensagem com uma lista do que deve ser pego. Quem diria que quinze minutos, o tempo que você demorou para chegar aqui, já era o bastante pra ela vasculhar tudo e montar uma lista? Vocês vão a procura dos itens, e com certeza seu cunhado deve ter notado que você está muito quieta, desde que ele tocou no assunto, e que deve ter mexido em um tópico sensível. Quando já estão no caixa, e claro, ele como o cavalheiro que é, paga tudo. Ele se vira para você e diz:
- Por que você não leva isso para o carro? – Aponta para as sacolas - Eu esqueci de pegar uma coisa, te encontro lá. – E te joga as chaves do carro.
- Beleza. – Você concorda, agarrando as chaves no ar, e se dirigindo ao veículo para guardar as compras.
Ele aparece pouco tempo depois, com uma sacola nova, e pedindo a chave de volta para você, para guardar a nova mercadoria no porta-malas junto com as demais. Enquanto vocês voltam para casa, ele tenta conversar sobre coisas mundanas com você, para apaziguar a situação, e mesmo se odiando por isso, você não consegue acompanhar. Não consegue fingir que está tudo bem, não com ele. Ele te conhece bem demais para cair em um simples sorriso de faixada ou um aceno de cabeça.
Quando se aproximam do prédio, ele para em frente, não entrando na garagem, e você lança um olhar confuso pra ele.
- Vamos conversar um pouco – Ele sai do carro, e dá a volta, esperando você do lado de fora. Você fecha a sua porta do passageiro, e se encosta nela, enquanto ele se acomoda ao seu lado.
- Sobre antes, eu sei que você estava chateada, e não deveria ter tocado no assunto, me desculpe – Ele solta um suspiro - Eu não sou muito bom com isso – Ele se explica - Mas, acho que eu o que tô querendo dizer, é que você pode contar comigo – Ele te olha e chega mais perto - Afinal, logo vou ser oficialmente da família – Diz e solta um riso no final, tentando quebrar o gelo.
- Você já é parte da família, casado com minha irmã ou não. - Você é rápida em explicar, e com um engolir em seco continua – Eu só tava com vergonha, não queria que você me visse como uma garotinha boba, eu sou mais do que isso, sou mesmo – Você diz com a voz falhando no final. Ele vendo sua vulnerabilidade, te puxa para um abraço, o qual você aceita avidamente, enterrando o rosto no pescoço dele. Te trazendo memórias, de como ele sempre te consolou, seja quando você caiu da bicicleta e ralou o joelho, quando não foi bem em uma prova, ou quando ficava doente. E ele sempre estava lá.
- Eu quem deveria estar me desculpando, fui uma idiota com você – Você diz com a voz abafada.
-Tá tudo bem – Ele passa a mão pelos seus cabelos e afaga suas costas – Você não é idiota só porque teve um relacionamento que não deu certo.
- Eu sou uma idiota por ter ficado brava com você, isso sim! Obrigado por se preocupar comigo.
- Bom, é pra isso que serve a família certo? – Ele te olha com ternura – Você sabe, você é a irmãzinha que eu nunca tive, claro que vou me preocupar com você.
- Eu sei – Você diz e sorri pra ele – Você é o melhor irmão mais velho que existe.
Ele abre um sorriso enorme com suas palavras. – Só não conta pra minha irmã, ela tem que pensar que esse posto é só dela. - Você brinca e ambos gargalham.
Então ele te solta, e começa a se afastar:
- Sabe, eu pensei em algo que pudesse te animar e, sei lá – Ele começa a dar a volta no carro- Me lembrei daquela vez, quando você era mais nova, e eu te dei flores - Ele começa a abrir o porta-malas:
- Aah não, você não fez isso! – Você diz com um grande sorriso, e colocando as mãos em frente a boca para conter um grito. Você parece uma criancinha de novo, com os olhos arregalados e querendo dar pulinhos de felicidade.
- Pode apostar que fiz. – Ele diz e pisca pra você.
Ele retira cuidadosamente um buquê de margaridas brancas, embrulhadas perfeitamente, e o estende em sua direção. Você corre até ele e o abraça, serpenteando as mãos em volta de seu pescoço. Ele é rápido em desviar as flores da frente de seu corpo, tomando cuidado para que não amassasse, e te entrega.
- Obrigada, isso significa muito pra mim, de verdade. – Você as aproxima do rosto, cheirando e se deliciando no aroma.
- Não precisa agradecer gatinha. – Diz.
É meio cômico, como algo tão pequeno pode fazer o dia de alguém melhor. Você estava até um momento atrás, dizendo como não era uma garotinha boba, e agora se contraria ao mostrar o quanto você se derrete por pequenas demonstrações de afeto. Mas que se dane, você queria aproveitar o momento, e ser cafona por um tempo. Você poderia, mais tarde, enquanto estivesse deitada em sua cama, admirando as flores que você colocaria em um vaso, fingir que eram de outra pessoa. Criar uma história tonta, em que ele veio, se desculpou, e te chamou para sair em um lugar legal. Mas isso é só para mais tarde, é melhor focar no agora.
Então retornam para o veículo, você com as margaridas pressionadas contra o seu peito, enquanto ele estaciona na garagem do prédio e começa a descarregar as compras. Você o ajuda a levar as coisas para cima, dessa vez sendo extremamente cuidadosa com seu presente.
Assim que cruzam a porta de entrada, você começa:
- Sabe, é meio deprimente pensar que as únicas flores que eu ganhei, é do noivo da minha irmã, considerando que você já me viu até com remela no olho. – Você o lembra.
- Fica quieta, que eu sei que você adora! – Ele retruca, em um tom divertido.
Sua irmã os espera na cozinha, e sorri ao notar o buquê em seus braços, e com um simples trocar de olhar com ele, ela entende tudo. Após uma conversa rápida, indo para o seu quarto, você a escuta agradecendo Wagner, por ter alegrado sua irmãzinha. Você acha lindo essa conexão dos dois. E quase consegue ser a antiga você de novo. Mas ver os dois juntos, só realça quão sozinha você está. O modo que ele se comunica com ela, ou a trata. De forma tão carinhosa, que faz você se lembrar dele. Não em festas, eventos ou encontros do grupo, mas só os dois. Sozinhos no quarto dele, na calada da noite. Onde podiam falar de tudo e nada ao mesmo tempo. Você sente falta dessas conversas sem sentido. E sente mais falta ainda dele.
— —
Na tarde de segunda-feira, quando sai do grupo de estudos, Wagner te espera para te levar para casa. Ele explica, que como está usando sua vaga, o mínimo que poderia fazer, era te dar uma carona, e você obviamente não iria negar a ajuda. Felizmente, dessa vez no caminho de volta, vocês se encontram em um clima mais agradável, com conversas extrovertidas e risadas. Após o final de semana leve, repleto de histórias, jogos, e refeições saborosas preparadas por sua irmã, você se sentia um pouco melhor, e mais a vontade com as pessoas ao seu redor.
No meio do trajeto, ele começa a reduzir a velocidade do automóvel, então você percebe que ele está querendo parar em algum lugar:
- Ei, vou parar pra abastecer um pouco. Quer descer e pegar alguma coisa? – Ele aponta com a cabeça para a loja de conveniência do posto de gasolina - Algum doce? – Ele pergunta, estacionando o carro.
Hoje como está de bom humor, você decide testar a paciência dele, e com um olhar malicioso você responde:
- Quero comprar o básico, sabe? bebidas, cigarro, camisinha… - Você responde maliciosamente.
Ele te interrompe, soltando uma tosse, claramente desconfortável, e com as bochechas coradas. Você tinha se esquecido o quão fácil era o fazer se sentir envergonhado, seja falando sobre sexo, ou algo relacionado. Você ainda se lembra da reação dele, uma vez que sua irmã o pediu para comprar absorventes, já que ela estava com cólica, e não se sentindo bem. E ele, quase entrando em combustão, por ter de tocar no assunto, só foi e comprou o dito cujo. Em vários tamanhos, modelos e marcas, não sabendo qual era o correto, e voltando também, com uma caixa de chocolates em oferta de paz. Homens realmente são estranhos.
Ele se recompondo, fala:
- Muito engraçado, sua irmã me mata se eu voltar com você pra casa bêbada. – Responde, ignorando sua menção aos preservativos.
- Ei! Eu não sou mais criança – Você reclama, batendo o pé, justamente como uma criança de cinco anos. Ele ri.
- Tudo bem senhorita adulta, a gente compra alguma bebida. – Ele entra no seu jogo. - Uma só! E algo leve – Ele avisa em tom de advertência.
- E o resto? – Você não pode evitar, querendo ver ele se encolher a sua frente.
- É óbvio que não – Ele diz, te empurrando levemente em tom de brincadeira, e deixando o automóvel abastecendo com o frentista, vocês se encaminham para o estabelecimento.
Lá dentro, enquanto Wagner se dirige a parte de bebidas, te dizendo que pegaria algo, que veja que você goste, você aproveita para olhar os doces, querendo beliscar algo. Você escuta a porta do local se abrindo, provavelmente com novos clientes entrando, mas não presta atenção, se concentrando em encontrar algo que pareça bom.
Enquanto está focada em ver qual das barras de chocolate, tem o melhor sabor, você sente passos se aproximando, e se vira, para não acabar tropeçando ou esbarrando em alguém, mas assim que o faz, se arrepende imediatamente.
- Oi – O garoto de cabelos castanhos, que não sai dos teus pensamentos diz.
Ah não!
— — Esse capítulo, assim como o anterior, quase não teve interação dos dois, mas prometo que no próximo vai ter bastantee 🙈😏. Obrigado, por acompanharem até aqui e espero que tenham gostado 😙 . Até o próximo 🩵
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cncowitcher · 8 months ago
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15. ENZO VOGRINCIC IMAGINE
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ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: divertido. 🪁
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 778.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
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Trazer seu namorado para o Brasil para que o mesmo pudesse ter um tempo de lazer e descanso foi uma das melhores coisas que S/n fez nesses três meses de relacionamento. 
Enzo estava mais do que apaixonado pela garota. Seus olhos brilhavam sempre quando encontram os dela, seus abraços eram aconchegantes e longos aproveitando o momento, os beijos eram apaixonantes e lentos ─ dependendo da ocasião ─ e sem contar que durante essa semana de descanso no País Tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, Vogrincic andava se encantando ainda mais pela cultura, costumes, idioma e até pelas danças do Brasil.
Já passava das seis da tarde quando o casal latino saiu do hotel no qual estavam hospedados e pegaram um ônibus para aproveitar o começo de noite em Copacabana. Assim que desceram do transporte público, Enzo sorriu ao observar como aquela parte do Rio de Janeiro era iluminada.
Quando eles entraram no barzinho, cujo nome era “BAR DO MELÃO E DONA ANA” ─ que estava escrito com letras maiúsculas na parede lateral do lado de fora ─, a brasileira foi logo para a bancada, pedindo duas Itaipavas e duas porções de batatas-fritas.
As pessoas riam alto e um sertanejo antigo tocava baixinho quando a comida chegou. Enzo sorriu admirado para sua namorada, ela estava usando um short jeans curto azul de cintura alta, uma regata preta e uma famigerada Havaianas nos pés. Já o uruguaio trajava uma camiseta branca manga curta, uma calça jeans também azul e sua fiel escudeira, bota preta.
Pois é… Nem o calor de rachar que fazia no Rio era capaz de fazer Enzo Vogrincic largar aquela bota…
─ Dona Ana do céu, essa me faz querer sofrer pelo ex que não tenho! ─ A brasileira diz animada se levantando com o litrão na mão assim que escuta os acordes de Esqueci, Bruno e Marrone.
O uruguaio sorria ao ver como o corpo de sua mulher se movia e a forma engraçada que ela cantava, fazendo uma verdadeira performance para as poucas pessoas presentes naquele bar.
Dona Ana, enxugando os copos de vidros, olha para Enzo e diz:
─ Tem sorte de ter uma mulher dessa na tua vida, vê se a dê o que merece, meu filho… Dinheiro, amor, carinho e respeito.
Apesar de não compreender muito o português, Enzo concordou com a cabeça observando Seu Melão cutucar o ombro de Ana. Eles juntaram seus corpos atrás do balcão e começaram a dançar no ritmo da música.
Na hora que voltou seu olhar para a sua garota, Vogrincic não conseguiu conter a risada.
─ Eu até já esqueci a cor dos teus olhos castanhos, que tem um metro e sessenta e que se demora no banho. Esqueci que seu sapato é do tamanho trinta e seis e que adora fazer sexo trinta vezes por mês! ─ S/n cantava abraçada com o litrão de Itaipava, movendo seu corpo para lá e pra cá sem tirar os pés do chão.
Seus olhos encontraram os do seu namorado e ela continuou a cantar, encarando o uruguaio.
─ Esqueci que me acorda com o café da manhã nos seus braços me apertando, se dizendo minha fã. Esqueci de te dizer que este pranto nos meus olhos é que o meu time perdeu e por isso então eu choro!
Terminado de comer sua porção de batata-frita, Enzo levanta e se aproxima da mulher, a puxando lentamente pela cintura.
─ Quem vê você assim vai pensar que está sofrendo por alguém. ─ O mais velho comentou colocando uma mecha do cabelo da moça para trás da orelha dela.
─ Deixem eles pensarem, amor! É só uma música que me faz lembrar dos churrascos aos domingos em família. ─ A garota fala sorrindo, fazendo Enzo soltar uma risada gostosa e alta. ─ Eu tô com você e é só isso que importa.
O homem umedece os lábios e olha para a boca de sua garota, perguntando:
─ É só isso que importa?
─ É só isso que importa… ─ A mulher reafirma fechando os olhos e sentindo os lábios de Vogrincic chegarem perto dos seus.
O momento fofo não durou muito, confesso. Quando a música de Bruno e Marrone terminou e começou a tocar Ela é Amiga da Minha Mulher do Seu Jorge, a brasileira abraçou Enzo animada e começou a dançar ao seu lado.
Cantando, tentando fazer o uruguaio dançar e rindo junto a ele, que por agora, estava responsável em segurar seu litrão.
De uma coisa Enzo Vogrincic tinha certeza: Mesmo se divertindo horrores com sua namorada e com vontade de deitar agarradinho com ela, os dois não saíram do barzinho tão cedo…
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zarry-fics · 1 year ago
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Vai cuidar de mim? | Zayn Malik
avisos: contém cenas explícitas, linguagem agressiva, menção à armas de fogo, sangue e assuntos relacionados.
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Se passam das 2h da madrugada e Zayn ainda não voltou. Não que eu me importe com ele, mas é estranho o fato de ele estar demorando tanto, afinal, saiu cedo. Talvez tenha acontecido algo. O que eu devo fazer? Ligar pra ele? Não sei se teria coragem de mandar mensagens, não sei o que ele pode estar fazendo, e se estiver com outra? Meu coração aperta com a possibilidade. Mesmo que tenha me casado com ele para que nossas famílias entrassem em um acordo de paz e eu não o amasse quando fui obrigada a me vestir de noiva e casar com ele, eu já me sinto diferente ao seu respeito, depois de tudo o que vivemos juntos.
Sinto um nó se formar em minha garganta com a possibilidade de ele estar me traindo ou que tenha morrido. As duas são assustadoras. Fere o meu ego pensar que ele pode estar buscando em outras o que eu não lhe dei desde o primeiro momento, por não estar pronta. E mesmo que eu não demonstre amá-lo e lhe diga algumas coisas horríveis - das quais eu não me orgulho - em nossas brigas, eu ainda me sinto mal por saber que ele pode estar machucado por aí e eu não possa fazer nada a respeito. Mordo o lábio e ao rolar na cama por horas e horas, eu decido me levantar, caminhando até o banheiro para lavar o rosto, tentar me acalmar. Zayn é um fofo comigo na maior parte do tempo, eu já estou muito arrependida pelo que lhe disse mais cedo, em um momento de surto.
HORAS MAIS CEDO
— Zayn! — o chamei pela quinquagésima vez, enquanto o procuro pela casa, tendo o seu celular em mãos. Sinto que vou explodir de raiva, me arrependendo profundamente de ter atendido a porra da ligação que lhe fizeram há alguns minutos atrás. O encontrei sentado na sala, assistindo a um seriado qualquer. Ele me olhou confuso, encarando o seu celular.
— O quê? Aconteceu algo? — questionou despreocupadamente, aparentando estar confuso. 
— Aconteceu algo sim, Zayn! Acontece que uma tal Jade te ligou e parecia ser bem íntima sua quando atendi. Mas não para por aí, pode me explicar que porra é essa aqui também? — eu abri o aplicativo de mensagens, onde encontrei diversas fotos dessa maldita Jade em posições… Comprometedoras. Não sei explicar a cólera que pesa em meu coração, só sinto vontade de esganá-lo agora mesmo. — Você prometeu que não deixaria os seus “casos” tão evidentes quando estivéssemos casados, você prometeu! — rosnei, sentindo meus olhos arderem.
— Eu nunca abri essas fotos, S/N. — ele respondeu naturalmente — Você deve ter percebido isso.
— Não, eu- — realmente, eram muitas mensagens, estas que foram enviadas há muito tempo atrás. Nem pensei nisso no momento em que vi as fotos, minha raiva me cegou — Olha, você-
— Eu não deixaria meu celular desbloqueado em um lugar que você pudesse encontrar se estivesse sendo infiel a você. — me interrompeu e achei que estivesse bravo, mas quando o vi sorrir de lado me senti um pouco mais… Aliviada? — De qualquer forma, fico feliz em saber que você sente ciúmes de mim.
— O quê? Claro que não! — respondi rápido, quase ao menos pensando na resposta — Eu só… Só acho injusto que-
— Eu acho que é injusto você estar surtando comigo quando poderia estar bem aqui. — apontou para seu lado no sofá — Ou aqui. — logo em seguida para seu colo. Enruguei as sobrancelhas e o olhei com desdém.
— Eu não sinto ciúmes de você, Zayn. Acorda! — o repreendi, mais como se quisesse provar algo para mim mesma — Eu nunca teria ciúmes de alguém como você! Eu ao menos te amo. — a expressão de Zayn murchou no mesmo instante, se tornando fria em poucos segundos. 
— Então por que veio me questionar como se eu te devesse alguma satisfação? — ele me olhou de cima a baixo, bufando — Me devolva o meu celular, agora. — se levantou e pegou o aparelho de minhas mãos — Já que você não sente nada por mim, não se importaria caso eu fosse saber, pessoalmente, o que a Jade quer tanto me dizer, não é? 
— Não me importo, só quero que me respeite e não permita que essas mulheres fiquem ligando para você. — Zayn me encarou por alguns segundos, sua expressão é indecifrável. Engoli a seco. 
— Você não vai saber quem está me ligando se não for curiosa. É só não bisbilhotar as minhas coisas. Afinal, o que os olhos não vêem, o coração não sente. Não é? — ergueu uma sobrancelha e se afastou de mim, caminhando na direção do nosso quarto, no andar superior ao que estou agora. Suspirei profundamente, passando as mãos pelos cabelos, me sentindo meio estranha por tudo o que ele acabou de me dizer e também arrependida por tudo o que disse.
Ele realmente seria capaz de ir atrás dela?
ATUALMENTE
Depois disso, ele saiu e até agora não voltou. Tudo bem, eu sei, devo tomar mais cuidado com as minhas palavras, até porque eu realmente… Sinto ciúmes. Talvez até o ame, mas não consigo admitir isso em voz alta, é difícil admitir até para mim mesma. Respirei fundo e continuei me encarando no espelho acima da pia, até ouvir um estrondo na porta da frente, o que me fez pular assustada, sentindo meu coração acelerar em poucos segundos. — Mas que merda… — resmunguei para mim mesma, encarando a porta do meu quarto. Um temor assombroso se espalhou por cada célula do meu corpo durante alguns segundos, mas sem perceber, eu dei alguns passos até a porta, tocando a maçaneta.
Saí do quarto e tentei ouvir algo em meio ao silêncio desconfortável que a casa se encontra, com um pouco de medo eu caminhei até as escadas, descendo uma a uma, vagarosamente. Pensei que talvez os seguranças de meu marido nunca deixariam um estranho passar pelo portão de entrada do condomínio de Zayn, por isso eu tomei coragem para descer até o último degrau, observando algumas marcas no chão, estas que percebi serem de sangue. Arregalei os olhos e segui a pequena trilha até a cozinha, encontrei o moreno de costas para mim, tomando um copo com água.
Há uma pistola ao seu lado no balcão e todo o seu corpo está coberto com sangue fresco, posso sentir o cheiro daqui. Zayn parece ter mergulhado em uma piscina de sangue, suas roupas estão tão encharcadas que chega a pingar repetidas vezes no assoalho. — Ainda acordada? — sua voz rouca irradiou pela cozinha que até então estava mergulhada no mais completo silêncio. Engoli a seco e me aproximei um pouco mais, porém não cheguei tão perto.
— O que aconteceu? — indaguei, trêmula. Zayn terminou de tomar a sua água e se virou para mim, quando vi seu rosto, posso jurar que meu coração parou de bater por alguns segundos. Ele está repleto de cortes e seu nariz apresenta uma contusão feia. — Zayn…
— Não fique tão alegre, a maior parte deste sangue não me pertence. — fez piada e ao se afastar do balcão para tentar sair andando, ele cambaleou um pouco e eu me apressei em segurá-lo para que não encontrasse o chão.
— Zayn, eu… Eu não estou alegre com nada disso. — expliquei sinceramente, me esforçando para conseguir aguentar com o seu peso. — Vamos lá para cima, você precisa de um banho. — disse já começando a caminhar de volta às escadas
— O quê? Vai cuidar de mim? — seu tom surpreso e levemente sacana me fez bufar.
— Não, apenas te jogar na banheira e aí você se vira com o resto. — respondi ironicamente e ele preferiu ficar em silêncio. Chegamos ao nosso quarto depois de muito trabalho, o guiei até o banheiro, sentando-o no sanitário para que pudesse despí-lo. — Vai me dizer o que aconteceu ou não?
— Só matei alguns filhos da puta que já me queriam morto, não há novidade nenhuma nisso. — respondeu baixo e quando o olhei, percebi que faz um esforço a mais para manter os olhos abertos
— Você bateu a cabeça? — questionei preocupada e Zayn ergueu o olhar para me encarar
— Algumas vezes. — disse com um meio sorriso, encarando a minha boca sem nenhuma vergonha.
— Puta merda. — resmunguei e me afastei um pouco para retirar seus sapatos, as meias e a calça também. — Espere aqui, vou encher a banheira. — mordi o lábio e abri a torneira para enchê-la, jogando alguns sais para criar um pouco de espuma. A todo momento sinto o olhar de Zayn queimar em minhas costas, me deixando um pouco sem graça. Assim que acabou, voltei para o guiar até a banheira, mas ele me impediu. — O quê?
— Tem que tirar o resto das minhas roupas. — falou me olhando no fundo dos olhos, se referindo a sua boxer. Engoli a seco de novo, concordando. Segurei-a pelas laterais, a puxando pelas suas pernas. É a primeira vez que o vejo completamente sem roupas, eu não poderia estar mais nervosa. Para a minha sorte, Zayn não fez nenhuma piadinha sem graça e eu agradeci internamente por isso. Ele sentou na banheira e gemeu baixinho quando eu apoiei-me em seu busto para o ajudar a sentar lá. Estranhei de imediato.
— O que aconteceu aqui? — toquei de leve o local machucado e ele desviou rapidamente
— Não sei, acho que alguma lesão. — falou ao fechar os olhos por alguns segundos.
— Você não pode dormir agora. — eu disse em desespero, me ajoelhando próximo a banheira e pegando a esponja de banho. — Zayn.
— Não estou dormindo, relaxa. — preenchi a esponja com bastante sabão líquido, então segurei seu braço e comecei a esfregar a região delicadamente, fazendo a mesma coisa em seu pescoço e costas, desviando de alguns cortes as vezes. — Tenho uma pergunta aleatória e idiota para o momento, mas é algo que eu realmente tenho curiosidade em saber. — ele comentou depois de um momento em silêncio
— Pode falar.
— Você me odeia? — sua pergunta foi feita de forma tão sincera e preocupada que me fez rir baixinho.
— Não, eu… Eu não te odeio, Zayn. — enruguei as sobrancelhas e evitei o seu olhar, mas isso não durou muito tempo. Zayn me observou por longos segundos, logo encarando os meus lábios e assim ele lambeu os seus.
— Fala sério? — indagou desacreditado
— Sim.
— Achei que me odiasse por ter sido “obrigada” a se casar comigo, faria todo sentido você sentir aversão a mim. — falou enquanto encara as suas pernas.
— Eu posso ter me sentido assim a seu respeito, mas isso foi no começo de tudo, Zayn. — explico em um sussurro, ainda me sentindo envergonhada
— Tudo bem, eu entendo. — ficamos por um momento em silêncio absoluto, seu corpo já se encontrava mais limpo, mas não parei de esfregá-lo.
— Você não vai perguntar o que eu sinto por você? — perguntei confusa
— Não. Agora não. — respondeu, suspirando — Eu não estou no meu melhor estado mental no momento, estou cansado, minha cabeça está zonza e eu não quero esquecer de nada. — concordei e decidi ficar quieta, então não falamos mais nada. Comecei a passar a esponja por seu busto, sua barriga e a medida que eu descia mais, tentava não encarar o seu pau, olhando-o durante todo o processo mas eu já deveria saber que isso não daria certo. Acabei esbarrando com ele e imediatamente senti minhas bochechas esquentarem.
— Me desculpa. — lamentei, quase engasgando em minha própria saliva. Minha mão ainda estava perto, mas ao tentar afastá-la, Zayn segurou-a firmemente, mantendo-me perto de seu pau, que já estava parcialmente duro. Este último detalhe eu já havia percebido antes, mas preferi ignorar. — Zayn. — chamei-o numa urgência estranha, minha respiração já está ofegante e eu não sei ao menos o porquê.
Ele não falou nada, apenas tirou a esponja da minha mão e a guiou para que pudesse agarrar o seu comprimento. O senti como se vibrasse sob meus dedos, Zayn não largou a minha mão, muito pelo contrário, ele passou a movimentá-la em sua volta, fechando os olhos e liberando uma grande quantidade de ar que prendia nos pulmões. Um gemido rouco escapou dos seus lábios à medida que nossas mãos aumentavam a velocidade, subindo e descendo em um ritmo que parece ser tão gostoso, sei disso pela forma como ele geme o meu nome, como pendeu um pouco a sua cabeça para trás mediante o prazer que sente. — S/N… — ele gemeu o meu nome como se esperasse por isso há anos, eu mordi meu lábio com mais força e em algum momento, Zayn soltou a minha mão e eu continuei a estimulá-lo, sem parar por um segundo.
Acariciei a sua glande, a pressionando com meu polegar repetidas vezes, massageando aquele ponto até mesmo com a palma de minha mão, este movimento fez com que Zayn gemesse mais alto, revirando os olhos, se esforçando arduamente para mantê-los abertos. Sua mão agarrou o meu braço, o apertando como se sua vida dependesse disso. Gemidos e súplicas roucas escapam de sua garganta, Zayn ergue o quadril algumas vezes na direção de minha mão, eu sorrio com a cena, sentindo meu interior se revirar pois mesmo que imaginasse momentos assim com ele, nunca pensei que poderia ser tão mais gostoso do que em meus mais depravados sonhos.
Com minha mão livre passei a acariciar suas bolas, Zayn mordeu o lábio com força e gemeu de dor por causa de um pequeno corte que havia ali, mas não parou. Ele me olhou nos olhos e ao segurar o meu pescoço, trouxe-me para mais perto e finalmente me beijou. Senti um arrepio subir por minha espinha, nunca imaginei que beijá-lo seria tão bom. Ele mordeu o meu lábio e o sugou com força, sua língua entrou em minha boca e eu me aproveitei disso, sentia sua dificuldade em controlar o beijo, sua respiração está ofegante. Nos afastamos e eu, tomada pelo tesão, comecei a beijar seu pescoço, sua bochecha, mordi a cartilagem de sua orelha. A boca de meu marido ficou grudada ao meu ouvido, o ouvia gemer o meu nome, rouco e necessitado, admitindo o quanto sonhou com isso, o que aumentou o meu ego de forma avassaladora.
— Mais rápido. — ele pediu dengoso, ainda próximo ao meu ouvido. Concordei sem emitir som algum, mantendo o ritmo inicial, sem parar. Não demorou tanto para que ele começasse a demonstrar indícios do seu orgasmo. Um gemido mais alto escapou de sua boca e quando dei por mim, ele já estava gozando em minha mão, encarei a cena estática, realmente embasbacada com os últimos acontecimentos. — Porra. — resmungou, logo em seguida puxando com força o ar entre os dentes.
— Eu… — tentei falar algo, me sentindo culpada e envergonhada por ter feito isso. Me afastei um pouco e o olhei no fundo dos olhos, um pequeno sorriso ameaça crescer em seus lábios, o que me deixa ainda mais apreensiva. — Me desculpa, eu não- — seus lábios se chocaram nos meus uma outra vez, me interrompendo.
— Não peça desculpas, você não fez nada de errado. — ele sussurrou a resposta, acariciando a minha bochecha — Você não imagina o quanto eu sonhei em beijar você assim. — admitiu olhando-me atentamente, o peso do seu olhar me trouxe arrepios
— Me desculpa por ter te tratado como tratei mais cedo e desde que nos casamos, eu só… — suspirei, selando nossos lábios — Eu só estava confusa, não conseguia lidar com meus sentimentos.
— Tudo bem, gatinha. — Zayn sorriu lindamente para mim — Eu sei exatamente como se sente.
· · ·
Despertei com o cantar dos pássaros no jardim ao lado de fora, a fraquinha luz do sol entrando pela janela, iluminando uma boa parte do quarto escuro. Suspirei profundamente, passando as mãos pelo meu lado na cama, sentindo-o vazio e frio, sinal que de já faz tempo que Zayn saiu. Bufei irritada, me levantando com certa preguiça, me sentando na cama. Coçei os olhos, olhando em volta, me espreguiçando.
Encontrei uma camisa do Zayn pendurada em uma poltrona no canto do quarto, me levantei e a vesti, não sairia apenas de roupas íntimas (fiquei dessa forma por insistência dele). Ao dar uma rápida passada no banheiro para escovar os dentes e fazer minhas necessidades, me dirigi até a saída do quarto, com a intenção de o procurar em seu escritório, que é o único lugar em que poderia estar a uma hora dessas. — Bom dia, Sra. Malik! — Jackson, o mordomo me cumprimentou alegremente ao nos encontrarmos no corredor. O mesmo me olhou de cima a baixo, suas bochechas se tornaram vermelhas em poucos segundos ao perceber a minha situação — Oh, me desculpe. — ele se virou, caminhando para longe de mim — Só queria dizer que o café da manhã já será servido. — ameaçou ir embora, mas eu o impedi.
— Espere! Onde está meu marido? — questionei e ele me olhou brevemente, evitando encarar o meu corpo. Sorri.
— Ele está em seu escritório, senhora. — concordei e caminhei na direção do cômodo em questão. Bati algumas vezes na porta e ao ouvir a ordem para entrar, o fiz, observando-o próximo ao parapeito da sacada, fumando um cigarro.
— Sabe que fumar não faz bem, principalmente à essa hora. Você ao menos tomou café da manhã? — ele negou, se virando para mim. Zayn está sem camisa, veste apenas uma calça moletom.
— Não me faz tanto mal, estou acostumado. — revirei os olhos perante esta desculpa fajuta. Me aproximei e fiquei ao seu lado, observando o jardim e a fonte maravilhosa que há no meio dele. Está vazio a esta hora, os jardineiros que trabalham aqui ainda não chegaram.
— Você está se sentindo melhor? — comentei observando-o atenciosamente
— Sim, já me sinto melhor. Muito melhor. — disse ao dar de ombros, percebi que seu rosto também está inchado em alguns pontos, mas nada tão absurdo. — Mas me diga, o que veio fazer aqui? Quer alguma coisa? — indagou me observando atento, soprando a fumaça.
— Sim. — na verdade, não sei bem como poderia dizer-lhe que não consigo tirar da mente o que fizemos mais cedo, pela madrugada. Eu não consigo tirar da mente a textura dos seus lábios, o gosto do seu beijo.
— O que é? — questionou confuso, jogando fora o resto do cigarro. Mordi o lábio e após dar alguns poucos passos na sua direção, eu passei minhas mãos por seus ombros, acariciando seu pescoço com a ponta de meus dedos. — S/N? — não lhe respondi, apenas uni nossos lábios em um beijo calmo, esperando a sua reação. Zayn obviamente ficou surpreso pela minha ação, mas logo circulou minha cintura com os braços, me trazendo para mais perto.
Começamos a nos envolver nesta carícia, com uma das mãos, ele agarrou a parte de trás do meu pescoço, agarrando os fios com os dedos, os puxando para que meu rosto chegasse mais perto do seu, o que me fez gemer baixinho contra sua boca. Nos afastamos um pouco em busca de ar, então mordi seu lábio inferior e fiquei na ponta dos pés para poder beijar sua bochecha, mandíbula e pescoço, sugando a sua pele com certa delicadeza, inalando o seu cheiro delicioso. Zayn não esperou muito, me empurrou até a parede mais próxima, agarrando a camiseta, arrancando-a de meu corpo sem delicadeza alguma. Pude ouvir até o tecido estalar um pouco. — Mhm, Z… — gemi o seu nome, nossas bocas estão bem próximas, então eu o selei algumas vezes, tocando também a extremidade de sua calça, a puxando para baixo com certa dificuldade.
Ele terminou de tirar a calça com os pés, me puxando para longe da parede para que desatasse o fecho do meu sutiã, o arrancando de mim, jogando no chão. — Zayn, aqui… Aqui não, podem nos ver. — ele beijou meu pescoço, e eu encarei o jardim lá embaixo, temendo realmente que nos vissem em um momento tão íntimo. — Porra. — grunhi com o incômodo de uma sucção sua em um ponto estratégico de meu pescoço, este que me fez amolecer, revirando os olhos em puro deleite.
— Você sabe que ninguém chega agora, não sabe? — questionou baixo, sem se afastar de mim — Eu quero fazer aqui. Você não? — dei de ombros, sem forças para negar qualquer coisa a ele. Zayn sorriu satisfeito, fazendo menção de me tomar em seus braços, mas eu o impedi. — O que foi?
— Quero fazer algo por você. — falei baixo, tomando seu rosto em minhas mãos, acariciando a sua barba. — Você quer?
— Eu quero qualquer coisa que você queira fazer por mim. — respondeu-me no mesmo tom, me puxando para um beijo rápido.
Ajoelhei-me perante ele, mas antes disso, deixei um beijo em cada um de seus seios, circulando a minha língua por ambos, mas não prolongando muito esta carícia. Plantei um beijo em seu íntimo por cima da boxer que ele usa, encarando seus olhos âmbar no processo, ele sorri de lado, pondo uma das mãos em meu cabelo, acariciando-o. — Eu já falei, mas vou comentar de novo… — começou, suspirando pesadamente. — Sonhei muito com esse momento, você não imagina o quanto. — comentou manhoso, eu apenas sorri e retirei a peça que o impedia de, novamente, estar nú diante dos meus olhos. Encarei-o cuidadosamente, o segurando pela base, arrastando minha mão por todo seu comprimento, estimulando-o relativamente devagar, com a intenção de deixá-lo mais excitado. Beijei a sua ponta, deslizando a minha língua por ela, a deixando mais escorregadia para que pudesse massageá-la com meu polegar, repetindo o mesmo movimento diversas vezes, o que fez com que Zayn arrulhasse, apoiando-se na parede atrás de mim.
O estimulei com a mão por longos segundos, “lubrificando-o” com o pré-sêmen que vaza de sua ponta, o levei a minha boca depois de um tempo dessa forma, o sugando sem pressa alguma, empurrando tudo o que cabia dentro de mim, levei o máximo que pude e fiz tudo devagar no começo para não acabar engasgando. Zayn murmurou alguns palavrões que não consegui ouvi direito, se mantendo paciente até que eu me acostumasse com ele, mas sua paciência não durou tanto. Ele agarrou o meu cabelo, o amarrando em um rabo-de-cavalo súbito, os puxando com força, o que me fez grunhir de dor.
Meus movimentos passaram a ser controlados por ele, segurei as suas coxas para manter-me equilibrada, Zayn já havia tomado o controle da situação, fodendo a minha boca em uma velocidade gradativa, foi aumentando a cada segundo que passava. O sentia tocar o mais fundo de minha garganta algumas vezes, isto me fez engasgar um pouco, até já começava a sentir um pouco de saliva escorrer por meu queixo, mas nem isso o fez parar. Meus olhos já lacrimejam descontroladamente, o olhei com dificuldade e percebi que também encarava-me, Um sorriso sádico estampou seus lábios, este que não durou muito, pois ele mordeu o inferior, revirando os olhos e resmungando baixo, algo que novamente não consegui entender.
— Caralho. — xingou em alto e bom som desta vez, com as pernas tremendo ele buscou se apoiar melhor com um dos braços livres, fechou os olhos e finalmente entregou o controle da situação em minhas mãos de novo, continuei seguindo o seu ritmo, mas tive que me afastar por um momento para poder respirar; entretanto, continuei o estimulando com minhas mãos, os movimentos se tornaram mais fáceis e lisos, por isso consegui o masturbar mais rápido, o som de minha mão em contato com sua pele é alto e o mais pornográfico que já pude escutar, mas, de alguma forma, isso me atrai de maneira surreal. — Não pare. — me implorou, da mesma forma de ontem, me fazendo sentir minhas entranhas pulsarem pelo desejo ardente de tê-lo dentro de mim. Zayn joga seu quadril contra meu rosto, atingindo minha garganta em cheio, mas isso não durou muito, pois logo seu esperma escorria por meu esôfago e automaticamente sua pressa e desespero por alívio cessou, tornando audível apenas o som da sua respiração. — Levante. — ordenou, se afastando para em dar espaço para que eu fizesse o que me pediu.
Assim o fiz, e após me encarar por alguns segundos, Zayn me puxou até uma mesa que há já na parte de dentro de seu escritório, por sorte, nem longe da sacada. Ele conseguiu me tomar em seus braços dessa vez, agarrei-o com as minhas pernas para me manter firme, então ele se curvou próximo a mesa, jogando no chão todos os lápis, canetas e papéis que haviam ali, me jogando na mesma com certa delicadeza para não me machucar. — Abra as pernas. — exigiu e eu o obedeci, sem ao menos esperar que ele terminasse. Zayn sorriu e acariciou-me por cima de minha calcinha, sentindo a umidade sobre seus dedos. Ele não demorou tanto para a arrancar de meu corpo, a jogando em qualquer lugar de novo.
Meu marido se curvou sobre a mesa, beijando meus seios e minha barriga, chupando a minha pele com brutalidade, sem fazer a mínima questão de ser gentil. Seus dedos escovaram sobre meu clitóris, o apertando, massageando-o com precisão, rodeando a minha entrada, sem necessariamente penetrá-la, me levando a loucura. — Zayn! — chamei a sua atenção, erguendo o meu quadril na sua direção, em busca de ainda mais contato.
— Cale a boca. — resmungou rígido, estalando o indicador lá, o que me fez gritar pelo susto e pela necessidade de tê-lo dentro de mim. — Muito bom saber que você não se importa que nos ouçam, amor. — debochou da situação, finalmente empurrando dois de seus dedos para dentro de mim, o que me fez recuar os quadris pelo susto, mas ele me trouxe de volta, me pressionando contra a mesa. — Fica quieta, porra! — rosnou e acertou um tapa em minha coxa, este que doeu triplamente por causa de seus anéis, mas não gritei e nem esbocei reação alguma - com bastante esforço.
Ele beijou um ponto abaixo do meu umbigo e eu até prendi a respiração por pensar que iria finalmente usar a sua boca para me satisfazer, mas o que fez foi morder o canto interno de ambas as minhas coxas, me provocando. Apertei com força os dedos dos pés, os apoiando na borda da mesa, arrastando-me um pouco mais para cima para centralizar seu rosto entre minhas pernas. Revirei os olhos e de novo me vi erguendo meu quadril em sua direção, Zayn me ignorou e fez tudo do seu jeito, acariciando com a sua mão livre a minha vulva, expondo-me para que sua língua pudesse deslizar por minha extensão, sufoquei um grito quando ele sugou o meu clitóris com os lábios. — Zayn… — clamei por ele novamente, uma urgência inexplicável em meu tom de voz, o que meio que foi como gasolina lançada a uma pequena chama de fogo.
Zayn passou a me estimular com mais rapidez, seus dedos trabalham mais arduamente em meu interior, assim como sua língua, que explora pontos de mim aos quais nunca imaginei que poderiam me proporcionar tanto prazer. Me contorço sobre a mesa, sem conseguir conter a mim mesma mediante a tanto deleite, apertei as bordas da mesa, buscando algo que pudesse descontar tudo o que sinto, mas somente encontrei os cabelos negros de meu marido e não poupei esforços, os puxei com força, ao mesmo tempo que empurrava a sua cabeça na direção do meu baixo ventre, desesperadamente em busca de mais, sedenta por tudo o que Zayn pode me dar agora.
Passei a rebolar contra seu rosto, então tudo pareceu parar. Foi como se apenas nós dois fôssemos corpos ativos em todo o universo. Não conseguia mais conter meus gritos e súplicas para que ele não parasse, sentia como se fosse morrer caso ele ao menos diminuísse a intensidade de tudo o que estava a fazer. — Não para, por favor! — choraminguei, quase engasgando em minhas próprias lágrimas, estas que escorrem por minhas bochechas sem que eu possa controlar. Novamente me vejo revirando os olhos, mordendo os lábios, sentindo um frio avassalador no estômago. Totalmente fora de mim, eu passei a massagear os meus seios, e para isso, liberei os cabelos de Zayn e gemi mais alto com a sensação maravilhosa que este ato me trouxe. Zayn percebeu o que eu fazia, mas não fez nada para me impedir e eu agradeci internamente por isso
Ao liberar uma de minhas mãos, ele a pegou e levou até meu clitóris e não precisou dizer nada para que eu entendesse o que era pra ser feito. Comecei a me estimular e este foi literalmente o estopim para que eu gozasse em seu rosto e dedos, sem conseguir segurar isso por muito mais tempo. Um gemido mais fraco deixou-me, então eu relaxei sobre a mesa, Zayn se ergueu e sorriu para mim, trilhando beijos até que chegasse ao meu rosto, onde mordeu meu queixo suavemente, beijando meus lábios repetidas vezes. — Você é uma delícia. — denotou sacana, esticando o meu lábio inferior. — Acha que aguenta mais um? — me questionou ao sugar a pele de meu pescoço de novo, me desafiando, como se não acreditasse que eu realmente posso aguentar o que vem a seguir. Semicerrei os olhos e ao perceber que já havia recuperado o meu fôlego, ergui minha cabeça para olhá-lo nos olhos e dizer:
— Só vai saber se me comer. — comentei o olhando profundamente, percebendo um sorriso sacana pintar seus lábios em poucos segundos. Zayn me pegou no colo e nos guiou até o parapeito da sacada de novo, mas dessa vez, me debruçou sobre a mesma, de forma que ficasse de costas para ele. — O que você…-
— E eu vou... Aqui mesmo. — abri a boca para tentar falar algo, até ergui o pescoço para protestar, mas Zayn segurou meus cabelos em um monte e empurrou-me para baixo, de forma que eu ficasse com minha cabeça curvada. — E não adianta reclamar, querida. Quanto acha que dariam pelo show que daremos agora? — seu tom de voz é sarcástico e perverso, mas não me atrevi a dizer mais nada. Com a mão livre, Zayn acariciou suavemente uma de minhas nádegas, não demorando a alinhar-se em minha cavidade, empurrando sua pelve na direção da minha, entrando em mim lentamente.
Automaticamente, meus lábios se entreabriram minimamente, pequenos e discretos gemidos me deixam, uma mistura de desconforto e prazer me deixa inquieta, ao mesmo tempo que quero que ele seja bruto e rápido, sinto que não aguentaria e preciso que seja paciente. Por sorte, Zayn já sabe de tudo isso e começou a se movimentar dentro de mim devagar, entrando e saindo em um ritmo torturante, mas que me fez ver estrelas em apenas alguns instantes. — Céus… — resmunguei tomada pelo tesão que sinto, não consigo ao menos expressar em palavras o mix de sensações que me invadem, só sei que é bom demais e eu não deveria ter perdido tanto tempo. — Zayn, por favor. — choraminguei depois de sentir que estava pronta, apertei-o em torno de mim, revirando os olhos por estar sendo tão deliciosamente preenchida por seu pau.
— Me deixa só… Caralho. — Zayn soltou meus cabelos e passou apenas a segurar minha cintura, aos poucos ele foi aumentando a velocidade de seus quadris, mas sem ser tão violento. — Merda.
— Mais rápido. — pedi manhosa, movendo meu quadril juntamente com o seu, rebolando à medida que ele desliza para dentro e fora de mim. Zayn grunhiu e pressionou suas unhas na pele de minha cintura, o que me fez gritar mais alto, xingando algo que ao menos pensei antes de pronunciar. — Zayn... — clamei por ele, apenas aproveitando a sensação de chamar pelo seu nome, não vou mentir e ser tão egoísta ao ponto de dizer que nunca sonhei com esse momento porque eu sonhava mas preferia a morte ao admitir em voz alta.
— S/N. — gemeu o meu nome rouco, posso ouvir nitidamente o som de seu pau escorregando para dentro de mim, este som é tão gostoso quanto a sensação de abrigá-lo. Não tive coragem de erguer o olhar para o jardim, mas quando o fiz, percebi que já haviam algumas pessoas transitando por ali, mas nenhuma delas se atreveu a olhar para nós dois.
— Zayn, a gente não deve… Ah. — meu coração afunda no peito com a possibilidade de ser assistida por essas pessoas, ao mesmo tempo que me soe absurda, também é excitante o perigo de sermos flagrados, o que de certa forma torna tudo mais gostoso. Eu não deveria pensar assim, os pensamentos depravados de Zayn já estão me contaminando — Cacete, eu…
— Cala a porra da boca. — rosnou e emaranhou os dedos em meus cabelos novamente, puxando os fios com força para cima. Havia curvado a minha cabeça para não precisar encarar as pessoas, mas ele me fez olhá-los de novo, se aproximando de meu ouvido. — Observe-os, amor. Mas não se preocupe, todos esses filhos da puta sabem que não devem sequer pensar em olhar pra cá. Sabe por quê? — questionou e como eu não o respondi imediatamente, recebi um puxão de cabelo que me fez gritar de dor — Me responda, caralho!
— N-não, Zayn. Eu não sei. — respondi com muita dificuldade, sentindo meu corpo tremer e suar ainda mais com a aproximação do meu limite. — Eu não vou aguentar mais. — avisei e o senti morder a cartilagem de minha orelha
— Eles não podem olhar pra cá porque sabem que se fizerem isso… — pulei de susto com o ardor de um tapa que foi diferido em minha bunda — Será a última coisa que eles verão na porra de suas vidas.
— Zayn, eu- — ergui meus olhos para tentar perceber quem chegava, pois posso ter certeza que vi e ouvi o som de um carro se aproximando
— Ah, temos que ser rápidos aqui, babe… — ele comentou e então, não demorou tanto para que chegássemos ao clímax juntos, gemendo em conjunto os nomes um do outro. Já sentia lágrimas deslizando por minhas bochechas de novo, nem ao menos tive forças para me afastar da sacada, Zayn fez isso por mim. — Seus pais chegaram. — disse com um sorriso orgulhoso, vestindo as suas roupas rapidamente, depois de as pegar do chão.
— O quê? O que eles querem? — indaguei sem entender nada, não sabia que eles viriam, eu ao menos me preparei. — Preciso tomar um banho, eu-
— Ei, ei… Não se preocupe. — me tranquilizou ao se aproximar e selar nossos lábios — Eles só vieram tomar café da manhã conosco, acabei esquecendo de te avisar.
— Zayn...
— E não precisa tomar um banho, não temos tempo para isso. — ele me ajudou com minhas roupas, me vestindo com a sua camiseta.
— Não vou receber meus pais desse jeito!
— Você pode tomar banho depois. — sorriu para mim. Bufei e não vi outra alternativa a não ser fazer o que ele disse. Caminhamos juntos até as escadas, ao menos desci todas e já vi minha mãe cruzar o hall de entrada da minha casa.
— Oi, mãe. — a cumprimentei de longe, mas me aproximei para lhe dar um abraço, este que foi bem retribuído.
— Oi, filha. Como você está? — questionou com um meio sorriso, me analisando de cima a baixo. Meu pai veio logo em seguida, e fez a mesma varredura por todo o meu corpo. — O que estavam fazendo?
— Ah, você quer mesmo saber? — Zayn devolveu a pergunta em um tom risonho. Senti minhas bochechas pegarem fogo.
— O que aconteceu com você? — minha genitora perguntou ao encará-lo, assustada por ele estar machucado.
— Acho que essa resposta é óbvia.
— Você- — meu pai ameaçou falar algo para mim, mas seus olhos caíram sobre meu pescoço, arregalei os olhos e passei as mãos por ele, em desespero por saber que Zayn me marcou e eu ao menos lembrei deste detalhe. — Filha, achei que você não iria…
— Pai.
— S/N, achei que sua intenção fosse não se envolver com este homem. — ambos encararam meu marido com certo receio, mas eu suspirei e fechei os olhos por um momento, tentando manter a paciência com eles.
— Mãe, Zayn é o meu marido. Vocês queriam desse jeito, não queriam? — questionei como se fosse óbvio. Dei alguns passos para trás até estar perto dele de novo, e então entrelacei nossos dedos.
— Sim, mas… S/N, viemos aqui para te levar de volta para casa. — meu pai revelou e então respirou fundo — Achamos que não seria certo você estar com alguém que não ama, Zayn concordou com isso tudo. — enruguei as sobrancelhas e olhei para Malik incrédula, soltando a sua mão.
— Você concordou?! — perguntei em um tom mais alto e ele assentiu, sorrindo minimamente.
— Sim, achei que você não quisesse estar aqui. — explicou pacificamente
— Mas, Zayn...
— Olha, se você não quiser ir, não vai. Eu não quero te obrigar a nada, S/A. Te darei o direito de escolher, não quero que passe sua vida inteira achando que foi obrigada a estar casada comigo e permanecer morando aqui. — Zayn parece bastante convencido com este assunto, mas eu já tomei a minha decisão.
— E então? — minha mãe perguntou com um sorriso, provavelmente jurando que voltarei para casa.
— Eu não quero ir. — disse simples, encarando meus genitores — Quero ficar aqui.
— Mas...
— Mas nada, pai! Eu não vou embora, agora quem não quer ir sou eu. Não adianta insistir. — determinei, não os dando opções a não ser acatar a minha decisão.
— É sério? — Zayn perguntou abismado
— Sim.
— Ótimo, então não tem mais o que discutir. — ele sorriu para mim, se aproximando e me abraçando pelos ombros. — Vamos tomar café? A mesa está posta lá fora, no jardim.
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shield-o-futuro · 25 days ago
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Contos dos JV — #8 || Scarlett Romanoff & Francesca Esposito
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O apartamento de Francesca Esposito em Little Italy era pequeno, mas muito bem arrumado — tão organizado quanto ela mesma sempre fora. No entanto, naquela noite, o lugar parecia um pouco menos impecável, porque haviam caixas de enfeites espalhadas pelo chão e uma árvore de Natal recém-armada em um canto, ainda completamente nua.
Scarlett Romanoff estava ajoelhada ao lado de uma dessas caixas, remexendo nos enfeites enquanto reclamava sem parar.
— Cara, eu não acredito, você realmente só ia deixar isso aqui sem decorar, não é? — Ela olhou de forma acusatória para Chess, que estava sentada no sofá, observando a namorada com um olhar divertido.
— Sabe que não tive tempo, a semana foi muito corrida. Além do mais, achei que não precisasse. É só uma árvore, Scarlly.
Scarlett revirou os olhos.
— “Só uma árvore”? — Ela colocou a mão no peito como se tivesse sido ofendida. — É a sua arvore de natal!
— Poucas pessoas vão vir aqui pra vê-la.
— Mas mesmo assim! — Scarlett gesticulou como se quisesse recitar um grande argumento, mas as palavras não deixaram sua boca. Ela apenas suspirou frustrada ao invés disso. — Você é inacreditável.
— E você é dramática.
Scarlett soltou uma risada com aquilo, balançando a cabeça, e voltou a mexer nos enfeites.
— Tá legal, olha, o problema aqui, Chess, é que eu acho que você ainda não está no clima de natal.
— Não estou? Eu usei aquele gorrinho de natal que você trouxe por quase um minuto inteiro.
— Não é o suficiente. — Scarlett declarou. — Sabe do que você realmente precisa? Uma musica natalina de fundo pra te inspirar na decoração. E chocolate quente. Isso sempre me coloca no clima de Natal.
Chess ergueu uma sobrancelha.
— Não estou muito convencida de que preciso disso.
— Precisa. Só não sabe disso ainda.
Scarlett se colocou de pé em um movimento rápido. Tão rápido que Chess quase não foi capaz de acompanhar, e pegou o celular que estava ao seu lado no sofá.
— Ei! — Ela protestou, e se inclinou para a frente, tentando pegar o celular de volta. Não porque tinha algo a esconder, mas sim pela audácia. Ela ainda estava se acostumando com essa liberdade que a namorada já tinha por ali. — Tá fazendo o que?
— Colocando a droga da musica de natal. — Scarlett respondeu, como se fosse óbvio. — Eu não quero isso no meu spotify. Vai estragar minha estética toda. — Ao terminar a frase, uma musica começou. — Prontinho. Mariah Carey, um clássico.
Scarlett colocou o celular na mesinha de centro, e foi em direção a cozinha, fazendo Chess revirar os olhos. Ela amava essa espontaneidade e energia da namorada, mas as veze, era um tanto quanto difícil de acompanha-la.
— Você me irrita, sabia disso?
— Não consigo te ouvir com All I Want For Christmas Is You tocando.
Chess sabia que aquilo era mentira, e sorriu. Levantou-se e foi até a cozinha, onde encontrou Scarlett revirando seu armário sem nenhum respeito por sua organização impecável.
— Não bagunce as coisas! — Sua voz saiu com um tom leve de exasperação. Isso só fez Scarlett abrir um sorriso implicante.
— Já estou bagunçando!
Francesca sabia que aquela era uma batalha perdida, então deixou que a ruiva terminasse o que estava fazendo.
Minutos depois, estava observando a namorada tentar preparar chocolate quente como se fosse uma tarefa de alta complexidade. Duas canecas—uma com desenhos do Homem-Aranha e outra com uma versão em miniatura do Homem de Ferro—, já esperando na bancada.
Ela cruzou os braços.
— Você faz parecer que isso é complexo. Quase como se estivesse tentando montar uma estratégia para enfrentar um vilão ou coisa parecida.
— Silêncio, Chess. Estou me concentrando.
— Você está queimando o leite, isso sim.
Scarlett olhou para o fogão e, de fato, percebeu que aquilo era verdade. Ela fez menção de ir lidar com o problema, mas Chess foi mais rápida. Foi até ela, afastando-a gentilmente.
— Deixa que eu faço. Você pode cuidar dos marshmallows.
Scarlett se afastou com uma expressão indignada, mas logo voltou a sorrir enquanto observava Francesca assumir o controle.
— Porque você insiste em ser boa em tudo? — O tom de Scarlett era um misto de brincadeira e leve acusação. Uma mistura que Chess já conhecia muito bem.
— Não é difícil fazer chocolate quente, Scar.
— Não mesmo, mas você faz até isso parecer elegante, Chess.
Francesca tentou esconder o sorriso, mas falhou. Pouco tempo depois, elas estavam sentadas no sofá, cada uma com uma caneca fumegante e cheia de marshmallows mãos. O silêncio que se seguiu foi confortável, preenchido apenas pelo som distante da cidade lá fora e da musica, agora maia baixa. Chess adorava momentos assim, onde as duas apenas aproveitavam o tempo, uma do lado da outra.
Após alguns poucos minutos, Scarlett pausou a musica que tocava, e decidiu colocar um filme para que pudessem ir assistindo enquanto montavam a árvore (Esqueceram de Mim, outro clássico, ela dissera). Então, se levantou e pegou um punhado de bolinhas brilhantes de dentro da caixa.
— Certo Chess, sua decoração minimalista termina aqui. Nós vamos enfeitar essa árvore agora mesmo.
— Achei que você fosse terminar seu chocolate quente primeiro.
— Vou decorar e beber ao mesmo tempo, porque eu sou…
— Multitarefas. — Francesca completou ao mesmo tempo que Scarlett, revirando os olhos em seguida. — É o que você sempre diz antes de começar vinte coisas ao mesmo tempo e não terminar nenhuma delas.
Elas se encararam por um momento, as duas tentando não rir. Até que Scarlett quebrou o silencio.
— Vai me ajudar ou não!?
Chess a observou por um momento, fingindo pensar, antes de finalmente se levantar.
— Se você quebrar algo, ou derramar chocolate no chão, vai limpar.
— Sem promessas. — A ruiva respondeu em seu habitual tom animado, empurrando um pequeno bolinho emaranhado de pisca-piscas em direção a namorada. — Aqui, já que o apartamento é seu, você vai ter que desenrolar essas coisas. É um ritual de natal, minha querida.
— Eu realmente não acredito nisso, Barton.
Mas aceitou a tarefa mesmo assim. E nas próximas horas, as duas se concentraram em suas tarefas, com Scarlett liderando e Francesca cuidadosamente ajustando cada enfeite que ela achava estar fora do lugar. momento tornava tudo mais aconchegante.
No final, Francesca teve de admitir que árvore realmente havia ficado mais bonita com os enfeites, e não importava se outras pessoas além delas aparecessem ali para ver o resultado final.
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NOTA: E aqui está o continho delas, que era o que faltava! O delas foi mais voltado pro natal/inverno, porque eu peguei a ideia de uma lista de contos natalinos. Meu plano era fazer um para cada casal, mas acabei abandonando a ideia bem rápido :v Enfim, eu já tenho mais dois quase prontos delas então, vai ter mais coisa muito em breve. E, acreditem ou não, vem ai uns continhos com a Jackie também, e seu futuro par 👀 A Jackie cresceu muito no meu coração, então ela vai começar a aparecer em muito mais coisas daqui pra frente, e acho que já era hora de dar um parzinho pra ela também, porque isso vai ser engraçado ashuasusahu De qualquer jeito, espero que tenham gostado desse conto, e nos vemos no próximo! :3
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bts-scenarios-br · 9 months ago
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Reaction - Quando você recebe hate por ser pansexual.
Personagens: leitora!feminina, membros!idols
Gênero: angst angst angst
Cont. de Palavras: 4k
Avisos: Homofobia em todas as partes (em especial as parted do Yoon, Tae e JK.), e também palavras e desabafos sensíveis.
Obs: Pansexualidade diz respeito à pessoas que são atraídas por outras pessoas independente de seu gênero! Caso se pergunte a diferença desta orientação sexual para a bissexualidade, no geral a diferença é histórica (o momento e contexto de surgimento de cada uma), e, é claro, a relação e identificação da pessoa com os termos. (Fonte: adm que é bi/pan)
N/A: Oioi, olhem, eu pesei um pouco a mão pra escrever esse React, então ficou um pouco, digamos, real demais em algumas partes. Se por acaso o assunto for gatilho para você NAO LEIA, já é triste demais ter que lidar com isso na vida real, não tem porque prejudicar ainda mais a sanidade e ler aqui também. Mas, apesar dos apesares, para quem for ler prometo que os membros irão te reconfortar em todos, não se preocupe. E também, não se esqueçam que a homofobia é crime, besties! Se cuidem, se você passar por isso, ou se não, cuidem daqueles que passam. Beijinhos, boa leitura <3
Kim Namjoon
Você sabia que, por namorar uma pessoa internacionalmente conhecia, eventualmente a sua anonimidade iria acabar. O que não esperava, no entanto, era que ela seria dilacerada de forma tão brutal. Por isso que estava nesse momento sentada no chão do seu banheiro, completamente imóvel e sem saber o que fazer ao certo.
O motivo? Suas redes sociais privadas, onde compartilhava os detalhes mais particulares da sua vida pessoal apenas com as pessoas mais próximas, haviam sido, de alguma forma, expostas ao público por uma conta anônima (aparentemente teria que rever as pessoas em quem confiava).
Não é que você tivesse algo a esconder, até porque não tinha vergonha de quem era. O ponto é que sabia que, a partir do momento em que o mundo descobrisse certos detalhes sobre quem era, seria instantaneamente julgada e atacada. E convenhamos, ser arrancada do armário à força nunca é algo muito prazeroso.
“Pansexual?? Que merda é essa? Esses lgtv estão começando a querer inventar coisas, juro💀”
Você suspirou, fechando os olhos por alguns segundos enquanto lia mais um comentário no post que mostrava uma foto sua em uma passeata do orgulho que havia participado com seus amigos, segurando a bandeira Pan.
Foi então que você ouviu a porta da frente abrir, e passos apressados começarem a andar pela casa, e entrou ainda mais em desespero. Você sabia que o Namjoon já tinha visto tudo porque havia recebido uma série de ligações e mensagens dele nas últimas horas, mas não teve forças de responder ou mesmo atender qualquer uma delas.
“Jagi! Amor!! Onde você tá???” Você ouviu o desespero na voz dele enquanto provavelmente te procurava pelo seu apartamento.
“No banheiro.” Você disse, com a voz tão fraca que não teve certeza se ele pode ouvi-la, mas logo a porta abriu encerrando a sua dúvida.
“Ai meu Deus, ainda bem que está aqui…” Ele disse, se abaixando do seu lado e te puxando para um abraço. “Eu vi o que aconteceu… e você não me dava sinal de vida, eu fiquei preocupado.”
“Eu sei, me desculpa…” Você disse, com a voz fraca, se aninhando à ele, que te apertou mais forte.
“Não precisa se desculpas, meu bem.” Ele suspirou, se afastando um pouco para poder te olhar nos olhos. “Como está se sentindo?”
“Péssima.” Você respondeu, sentindo um nó se formar na sua garganta. “Eu não sei o que fazer Namjoon… não é como se eu pudesse simplesmente mudar quem eu sou para agradar essas pessoas, não existe uma solução pra isso.”
“É claro que não tem solução, porque isso não é um problema.” Ele voltou a te puxar para perto, colocando a sua cabeça no peito dele. “Se existem pessoas por aí que querem usar a sua forma de amar como uma coisa negativa, só porque não agrada os padrões atrasados e inadequados deles, convenhamos que o problema na verdade são eles.” Você sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto, e ele foi rápido em limpá-la.
“Eu sei que está certo… mas ainda dói.” Você desabou. “Dói saber que as pessoas são tão cruéis com quem não fez absolutamente nada de errado, só porque não somos o que querem que sejamos.”
“Eu sei que dói meu bem, acredite, dói em mim também.” Ele limpou o seu rosto mais uma vez. “Mas tudo o que podemos fazer por enquanto é tentar mostrar para esses que são julgados que não estão sozinhos.” Ele deu um sorriso fraco, tirando uma mexa de cabelo do seu rosto. “E é isto que vou fazer por você todos os dias da minha vida, até não aguentar mais.” Você não resistiu, e sorriu também. “Eu te amo, e você me ama, e se eles têm qualquer problema com isso então eles que se fodam… eu estou contigo até o fim, okay?” Você concordou, sendo puxada para mais um abraço pelo seu namorado.
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Kim Seokjin
“Mas que merda…?” O Jin falou para si mesmo, lendo as palavras baixas que apareciam na tela do celular dele.
“Ela é pansexual?? Okay, coloquem aqui abaixo as suas apostas de quanto tempo vai demorar para ela o trair! Eu começo! Dou 2 meses no máximo, depois que perder a fama, vai logo procurar a próxima pobre alma… essas pessoas não sabem amar uma pessoa só de verdade.”
“Que merda?” Ele levantou os olhos, te olhando indignado.
Você nem mesmo sabia da onda de hate que estava levando, apenas ficou sabendo quando uma amiga próxima te alertou por estar ficando preocupada. Quando você viu a principal opinião do público geral (de que iria trair o seu namorado porque aparentemente se você gosta de todos os gêneros então você ficaria com qualquer um), você ficou preocupada que o Jin pudesse pensar algo parecido e decidiu tomar coragem e mostrar o que estava acontecendo para que pudessem conversar e deixar as coisas claras entre vocês.
“Isso não é verdade, Jin… sabe que eu te amo, não é porque eu gosto de outros gêneros que vou te deixar assim-”
“Eu sei disso, Jagi, não tem que se explicar pra mim.” Ele disse, te cortando, mas de forma doce. “Eu tô indignado exatamente pelo tipo de pensamento doentiu que essas pessoas estão tendo…” Você sentiu um alívio percorrer o seu corpo, sorrindo de leve.
“Não faz ideia do quão feliz eu fico por você me entender…” Ele sorriu, mas logo sua expressão preocupada voltou ao rosto.
“Mas de pouco importa eu te entender se não posso te proteger disso…” Suspirou, se levantando de repente.
“Onde você vai?” Você perguntou, se levantando logo em seguida.
“Pra empresa.” Ele desbloqueou o celular, procurando algum contato que não conseguiu decifrar o que era, e logo levando o aparelho ao ouvido. “Manager-nim?” Ele disse depois de alguns segundos, fazendo você o olhar desesperada e começar a tentar comunicar sem sucesso para que ele esquecesse disso. “Viu o que te mandei, certo? Sim… já conseguiu falar com os advogados?” Você entrou em ainda mais desespero, quase arrancando o celular dele com suas próprias mãos. “Ótimo… sim, ela está bem… okay, vou ver com ela então. Até logo.” Ele enfim desligou o telefone, e você o deu um tapa no braço. “Ai!”
“Jin o que você tá fazendo?” Você perguntou, sem ligar para a dramática dor dele.
“Me preparando pra processar todo idiota que falar de você, o que mais seria?” Ele disse, como se fosse óbvio.
“Sekjin!” Você disse, suspirando. “Se for processar todo mundo vai ficar pra sempre fazendo isso.” Ele pareceu enfim se acalmar, lembrando que mais do que punir as pessoas, ele deve garantir que você esteja bem.
“Jagi, vem aqui…” Ele falou, abrindo os braços, onde você não demorou em se aninhar, e ele a cobriu em um abraço. “Você sabe que você é a pessoa que eu mais amo na vida, não é?” Você concordou, mesmo que incerta. “E sabe que é a pessoa com quem eu mais me preocupo também, não é?” Você deu de ombros, e ele levantou uma sobrancelha, se afastando um pouco para te olhar, fazendo você suspirar e concordar. “Então… acha mesmo que eu não vou fazer o que estiver no meu alcance pra te proteger daquilo que te machuca?” Você ficou uns segundos sem dizer nada, o que fez com que ele suspirasse e segurasse o seu rosto de modo que olhasse para ele. “Você é perfeita aos meus olhos, e uma das pessoas mais maravilhosas que eu conheço… e é frustrante que as pessoas não vejam isso por se cegarem com um preconceito, e usarem isso para tentar invalidar não só o nosso amor mas a sua integridade.” Você não conseguiu evitar se emocionar um pouco com as palavras do Jin, que percebeu e sorriu de leve, beijando a sua testa. “Você é muito mais do que eles dizem não se preocupe… e agora se me der licença, eu tenho uma série de processos para abrir.” Finalizou a fala, de uma forma um tanto quanto dramática, te dando um selinho e enfim se soltando, indo até a porta e fazendo você soltar uma leve risada.
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Min Yoongi
“Sim, a S/N foi à parada do orgulho aqui de Seul…” O Yoongi disse, na live que estava fazendo sozinho. “Ela estava com medo porque sabia que ia ser vista, mas fiquei feliz que foi mesmo assim, ela ficou muito contente, e até encontrou alguns de vocês lá.” Ele sorriu, orgulhoso, mas logo a expressão dele caiu completamente.
“Ela diz que é pansexual como desculpa pra ser uma p*ta”
“Que tipo de raciocínio é esse, hein?” Ele disse, visivelmente nervoso, após ter lido o comentário em voz alta. “Até onde eu saiba, quem uma pessoa ama não define em nada esse tipo de coisa.” Levantou uma sobrancelha, cruzando os braços e se encostando na parte de trás da cadeira. “Mas se vocês não conseguem se controlar e querem dormir com todo mundo que seja do gênero que te atrai, aí o problema já não é meu…” Deu de ombros. “E muito menos problema da S/N.”
Depois disso ele mudou de assunto rapidamente, e não demorou muito para encerrar a Live por completo, com uma desculpa qualquer de trabalho. Porém, na realidade, ele precisava mesmo era te encontrar o mais rápido possível. Você nunca, nunca mesmo, perdia uma live sequer dele, e ele tinha completa noção de que dessa vez não tinha sido diferente (até porque as dezenas de mensagens que você havia o enviado desde o momento em que ele respondeu ao fã já comprovavam isso).
Mas afinal ele nem mesmo teve que sair do estúdio para te encontrar, pois assim que encerrou a Live e se despediu, ele ouviu uma batida na porta, já sabendo quem seria.
“Yoongi você tá pirado, é?” Você disse, já entrando no estúdio dele, que suspirou.
“Oi pra você também Jagi…” Ele disse, irônico, e você o ignorou.
“Min Yoongi… me diz porque você achou que seria uma boa ideia dar patada em um fã?!” Falou, visivelmente em desespero.
“Gente homofóbica não é meu fã não…” Ele respondeu, levantando uma sobrancelha. “E vem cá, por que você tá tão brava assim? Eu estava te defendendo!”
“Sim, mas a troco de que, Yoongs?” Você falou, e ele se acalmou ou ouvir o apelido que você sempre usava com ele. “Eles vão continuar me odiando, mas vão passar a odiar você agora também… não quero que você me defenda se em troca for prejudicar a sua imagem…” Ele suspirou, te puxando para um abraço quando terminou de falar por perceber que estava à beira de lágrimas.
“Amor… eu entendo a sua preocupação, entendo mesmo.” Ele disse, acariciando o seu cabelo enquanto percebia as suas primeira lágrimas molharam a camiseta dele. “Mas você é muito mais importante pra mim do que a minha aceitação pública.” Se afastou um pouco para poder te olhar nos olhos. “Eu te amo S/N… e não vejo qual o sentido em ser admirado pelas pessoas, se essas pessoas têm visões tão baixas e nojentas de você.” Voltou a te abraçar. “Você é importante demais pra mim pra eu deixar que continuem te atacando e te machucando, mesmo que isso custe a minha popularidade… eu sou um homem de princípios, sabe.” Disse, tentando quebrar um pouco o gelo com a última frase, o que funcionou, pois fez você dar um leve sorriso, se afastando e segurando o rosto dele com as mãos.
“Eu te amo, sabia?” Você disse, olhando no fundo dos olhos dele, que sorriu e te deu um selinho doce.
“Sim, eu sabia… mas nunca é demais ouvir isso de você.” Você sorriu também.
“Agora, se eu fosse você eu me preparava pra bronca que vai levar do Manager e do Namjoon…” Você falou, fazendo ele rir de leve.
“Eu não ligo pro que o manager diz… e sinceramente eu acho que o Namjoon teria dado um esculacho muito maior no meu lugar, então não tem com o que se preocupar.” Disse, por fim, te fazendo rir.
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Jung Hoseok
“Pansexualidade não existe. Ela é apenas uma bi encubada.”
O Hobi leu e releu o comentário umas cinco vezes antes de compreender de fato o grande ponto dele, e concluiu que não havia nenhum. Mas, apesar de saber que o melhor seria deixar isso de lado, e seguir com o dia dele, ele não pôde ignorar as centenas de curtidas que aquelas palavras bobas tinham recebido.
Ele não fazia ideia se você tinha conhecimento dessa nova e surpreendente onda de hate que estava levando, mas sabia que, independentemente disto, ele queria poder conversar com você sobre esse assunto. Por isso te chamou para passar a noite no apartamento dele aquele dia, depois do trabalho.
“Você tá estranho… aconteceu alguma coisa?” Você perguntou, se ajeitando no sofá para ficar mais perto dele. “Sabe que pode me dizer qualquer coisa, né?”
“Eu sei, e quero te dizer mesmo, é só que…” Ele suspirou, te deixando ainda mais preocupada. “Eu li umas coisas na internet hoje cedo, enquanto estava almoçando, e não gostei muito… falavam sobre você.” Você já imaginava o tipo de coisa que poderia ser, então não estava surpresa.
“E o que foi?” Perguntou, e ele pegou o celular dele que estava ao lado, para lhe responder.
Você apenas leu em silêncio o post, concordando com a cabeça e, depois de alguns segundos, suspirando. Estava decepcionada, mas não surpresa.
“Já ouvi isso algumas vezes mesmo.” Falou, fazendo ele te olhar, com um olhar chateado.
“E por que dizem isso?” Perguntou, de forma genuína, mas você apenas deu de ombros.
“Muitas pessoas têm dificuldade em entender o diferente… e por não entenderem, acham que esse diferente está errado.” Falou, e ele inclinou a cabeça um pouco pro lado, claramente incomodado.
“Quem eles acham que são pra definir a orientação sexual dos outros assim…” Ele falou, cruzando os braços, e fazendo você soltar uma leve risada. “Se dizem super aliados e inclusivos, mas se as pessoas não se rotulam do jeito que querem eles fazem um escândalo?”
“Seres humanos são hipócritas.” Você respondeu.
“E põe hipócritas nisso…” Ele concluiu, negando com a cabeça. Mas então se ajeitou no sofá e lhe olhou, segurando as suas mãos. “Você não se importa com essas coisas?”
“Claro que me importo... sempre me machuca ler essas coisas.” Disse, e ele concordou, te puxando para se aninhar no peito dele. “Mas eu tento não deixar que tenham esse poder tanto assim, sabe?” Ele concordou mais uma vez. “Por mais que me chateie, tento ignorar… lá no fundo é sempre o melhor a se fazer.”
“E é mesmo…” Ele deu um beijinho no topo da sua cabeça. “E sabe que independente de tudo, eu ainda vou estar do seu lado, né?” Perguntou, e você sorriu de forma suave, olhando para ele e concordando com a cabeça.
“Sei, sim…” Ele sorriu também. “Mas agora vamos deixar esses preconceituosos de lado e aproveitar nossa noite direito!”
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Park Jimin
“S/N?” O Jimin chamou, assim que entrou no apartamento que dividiam, estranhando a sua falta de resposta. “Jagi?” Tentou mais uma vez, com um apelido carinhoso, e tendo o mesmo silêncio, o que o deixou preocupado.
Mas não demorou muito para que ele te encontrasse. Você estava no escritório, sentada em frente ao seu computador e com fones de ouvido, o que explicava a sua falta de resposta mais cedo. Quando ele se aproximou para te chamar, porém, ele congelou ao perceber o que estava na sua tela.
Era um post que alguém tinha feito sobre você, com uma foto que tinha tirado quando visitou uma ONG que acolhia crianças LGBTQIA+ que estavam em situação de rua por não terem acolhimento e segurança em casa. Nessa foto em específico, você estava de pé, parecendo estar contando uma história ou algo assim, e com uma bandeira Pan nos seus ombros.
O quanto a foto era bonita foi a primeira coisa que o Jimin pensou, sorrindo levemente. Mas logo o quentinho no coração dele foi embora, quando ele desceu os olhos um pouco mais e começou a ver alguns dos comentários.
“Legal ela querer ajudar e tal… mas não seria melhor orientar as crianças à pararem com essas merdas e voltarem para casa? Com esse exemplo dela vão ter mais e mais na rua, isso sim.”
O Jimin franziu o cenho no mesmo instante em que você soltou um suspiro de derrota, se inclinando levemente pra trás e quase pulando para fora da cadeira quando sentiu que tinha alguém atrás de você. Mas logo relaxou quando viu que era o seu noivo.
“Meu Deus, amor, você quer me matar do coração ou o que?” Você falou, tirando os seus fones e colocando a mão no peito de forma dramática, e ele apenas negou com a cabeça, voltando a olhar para a tela.
“Eles sempre dizem esse tipo de merda?” Ele perguntou, fazendo você voltar a olhar para a tela e concordar com a cabeça, suspirando mais uma vez.
“Por incrível que pareça sim.” Voltou a se sentar. “Eles falam as maiores atrocidades do mundo, e depois não entendem porque os outros dizem que eles são o problema… seria até cômico, se não fosse trágico.”
“Pra uma pessoa olhar pra uma imagem dessas, sabendo o contexto, e ainda assim falar esse tipo de merda…” Ele suspirou também, se apoiando na sua cadeira de forma que ficasse atrás de você, e com a cabeça dele encostada em cima da sua. “Realmente não deve fazer ideia do que é amor ao próximo…” Você concordou mais uma vez.
“Só se o próximo for, agir e pensar igual a ele…” Disse, com uma risada sem graça.
Depois de alguns poucos segundos, ele se afastou de você, rodando a cadeira para que olhasse diretamente nos seus olhos.
“Você sabe que é incrível, né?” Ele disse, segurando o seu rosto. “Não importa o que esses idiotas dizem… você é tipo, muito muito incrível.” Você riu, levemente envergonhada.
“Eu não faço nada extraordinário, Jimin…” Pegou as mãos dele, as abaixando e apertando de leve. “Quero só ajudar a proteger eles exatamente desse tipo de coisa.” Indicou a tela com a cabeça. “Isso está na conta oficial da organização… eu estava deletando os comentários negativos pras crianças não verem.”
Se o seu parceiro já estava completamente orgulhoso e apaixonado por você, isso o derreteu por completo, o que se mostrou pelo sorriso de bobo apaixonado no rosto dele, e o beijo doce que te deu logo em seguida.
“Você é incrível, Jagi.” Ele repetiu olhando no fundo dos seus olhos, e ele afastando logo em seguida, indo em direção à porta do cômodo. “Eu vou buscar o meu laptop.” Ele disse, saindo. “Vou te ajudar com os comentários!” Gritou, já do corredor, fazendo você soltar uma leve risada, agradecendo mentalmente pela pessoa que tinha ao seu lado.
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Kim Taehyung
Quando você tomou a decisão de fazer algum tipo de posicionamento público sobre a sua orientação sexual, você sabia que seria extremamente estressante. Mas, ainda assim, achava que seria melhor você mesma dizer para todos, do que se a Internet descobrisse por conta própria.
Mas, nesse momento você estava começando a se arrepender profundamente dessa decisão.
Tudo começou com você abrindo uma conta pública no Instagram, coisa que até então não havia por motivos de privacidade. Mas pensou que, já que queria melhorar o seu relacionamento com o fandom, e deixar as coisas mais genuínas possíveis, ter uma conta onde pudesse interagir diretamente com todos seria algo que pudesse deixar as coisas melhores.
E de fato, pelos primeiros dias tudo funcionou surpreendentemente bem. Claro que haviam comentários negativos aqui e ali, mas no geral as pessoas pareciam ao menos serem minimamente civilizadas.
Mas tudo desandou quando você decidiu que era a hora de tomar o próximo passo. Acabou optando por postar um pequeno vídeo falando sobre a sua orientação sexual, tentando ao máximo possível parecer como se estivesse conversando com algum amigo ou algo do gênero. Falou sobre como percebeu, como se assumiu para as pessoas mais próximas, e também como foi que contou ao Tae (assim como a reação dele).
No começo, parecia que isso tinha dado resultados positivos. Chegaram algumas mensagens positivas, e via que o vídeo estava começando a ser compartilhado por diferentes pessoas em diferentes plataformas, mas foi exatamente aí que o problema chegou.
Vocês acreditam que tenha sido questão das pessoas
“Ótimo, mais uma ameaça de morte para a coleção.” Você disse, suspirando ao abrir a mensagem que tinha recebido na sua rede social.
“Você deveria se envergonhar de se envolver com o Tae. Gente como você precisa mesmo é morrer e ir pro inferno, que é o seu lugar.”
“Credo, que horror…” O Tae disse, suspirando ao seu lado e olhando para a tela do seu computador. “Anota o nome de usuário desse também, vai tudo pro advogado.” Dessa vez quem suspirou foi você.
“Precisa mesmo disso tudo, Tae?” Você perguntou. “Isso só vai deixar eles mais irritados…”
“Ótimo, eu quero deixar eles furiosos.” Ele respondeu. “Quero que a semana… não, o mês deles seja horrível. Que fiquem tão irritados que não consigam mais fazer nada certo.”
“Amor…” Você disse, deixando o computador de lado e passando os braços pelo pescoço dele, que já estava claramente nervoso. “Eu vou ficar bem, não precisa se desgastar tanto assim por essas coisas…”
“Se vai ficar bem é porque não está agora.” Ele respondeu, se aconchegante em seus braços, que começou a acariciar os cabelos dele no mesmo instante. “E você sabe que eu tenho vontade é de matar as pessoas que te machucam… processar elas não é nada demais perto do que eu quero fazer de verdade.” Você soltou uma leve risada com o comentário, o que o relaxou um pouco, já que se afastou do seu abraço e te olhou no fundo dos seus olhos. “Sei que não quer que eu me preocupe nem gaste minha energia com isso, mas por favor tenha em mente que você não é um fardo, S/N…” Você ficou em silêncio ao ouvir essas palavras, sem saber ao certo como o Tae sabia o que você estava sentindo melhor do que você mesma. “Você é alguém que eu ame e queira bem, então me deixa cuidar um pouco de você, por favor…”
Não tinha como você dizer não para isso, nem o pior dos monstros conseguiria negar um pedido tão doce e convincente quando esse. Então você apenas concordou, sorrindo de forma doce, e voltando a puxá-lo para um abraço, se aconchegando no mesmo.
“Eu te amo…” Você murmurou. “Obrigada por estar aqui por mim…”
“Eu te amo ainda mais.” Ele beijou o topo da sua cabeça. “E eu vou ficar aqui pra sempre, se me deixar… não se preocupe.”
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Jeon Jungkook
Quando começou a namorar o Jungkook, você já tinha uma leve noção de que a sua privacidade acabaria por completo. O que não tinha se dado conta, no entanto, era que a privacidade do seu passado também acabaria.
Tudo começou com você dizendo a universidade onde havia estudado, uma das únicas informações pessoais que você já havia dito. Depois disso, foi questão de dias até que já tivessem encontrado inúmeras informações suas. Uma das coisas que encontraram, por exemplo, foram fotos da sua juventude, fosse de páginas da república em que vivia, ou mesmo das redes sociais dos seus antigos colegas de turma.
E é claro que, junto com essas imagens, foram encontradas imagens suas com seus ex-relacionamentos. Eles não eram muitos, mas ainda assim eram diversos. Teve três relacionamentos na universidades, e todos com pessoas visivelmente Queers, e é claro que isso aparentemente foi uma afronta da sua parte. Como ousa você ter amado pessoas!
“Nossa o histórico de relacionamentos dela é quase um rodízio… não tem padrão nenhum, acho que o Jungkook vai ser só mais um pra essa p*ta.”
“Eu não acredito que esse tipo de gente se diz meu fã…” O seu namorado disse, visivelmente irritado. “É sério que eles ouvem nossas músicas e depois saem por aí despejando bosta pela boca desse jeito? Quem eles pensam que são?”
Normalmente, quando o Jungkook se estressada com qualquer coisa você usava do raciocínio lógico pra acalmar ele. Mas, nesse caso, não importava o quanto você pensasse em algum argumento, nada fazia sentido algum para o que estavam falando.
“Não precisa se estressar com isso, meu bem…” Você disse, e ele negou com a cabeça.
“Não tem como não me estressar, S/N.” Você percebeu que a situação era séria mesmo quando ele te chamou pelo seu nome. “Como você se sentiria se as pessoas saíssem por aí falando essas coisas sobre mim? Iria ficar bem?”
“É claro que não…” Você se rendeu, se sentando na ponta da cama. “Eu já não estou bem, Kook…” Ele se acalmou, ao ver a sua vulnerabilidade, se sentando ao seu lado e te puxando para junto dele. “Acha que não me machuca ouvir esse tipo de coisa todos os dias? Eu me sinto derrotada… só não quero que você se machuque por essas coisas também.”
“Eu não estou me machucando, eu estou é querendo machucar eles.” Ele disse, e você revirou os olhos, fazendo ele beijar a sua bochecha. “Você sabe que pra mim, se mexem com você, mexem comigo também, jagi…” Você encostou a cabeça no ombro dele, que começou a brincar com o seu cabelo. “Sei que não consigo sentir na pele o que você tá sentindo, mas ainda assim me dói muito ver o quão horríveis são os pensamentos das pessoas.” Ele se afastou, fazendo com que você o olhasse nos olhos. “Sei que não digo muito isso… mas eu te admiro muito, sabe? Você tem que ouvir tanta atrocidade todos os dias por algo que nem ao menos tem controle sobre, e ainda assim tá aqui…” Ele sorriu de leve. “Sei que acha que deveria mudar de alguma forma pra acabar com isso, mas por favor não ouse vestir uma máscara só pra agradar as pessoas.”
“Como você sabia?” Você perguntou, genuinamente surpresa.
“Sei que falou sobre isso com o Namjoon… ele me contou tudo depois.” Você revirou os olhos mais uma vez, mas soltou uma leve risada. “Eu estou falando sério, Jagi… continue sendo quem você é, e não tenha vergonha disso.” Ele segurou o seu rosto com ambas as mãos. “Nós vamos superar tudo isso, eu prometo.”
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elaenyah · 3 months ago
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武   ⠀     ────     ⠀   a   forma   como   elaenya   lanyra   sacrania   se   move   —cada   passo   firme,   cada   gesto   medido   —   grita   uma   única   verdade:   ela   é   a   líder   do   quadrante   de   infantaria.   aos   (   trinta   e   seis   anos   ),   sua   autoridade   é   inquestionável.   as   histórias   sobre   elaenya,   porém,   são   complicadas,   envoltas   em   ecos   de   respeito   e   temor.   dizem   que   ela   é   destemida.   dizem   que   é   impiedosa.   dizem   muitas   coisas,   e   todas   parecem   verdade.   mas   o   que   é   um   nome   quando   a   lenda   já   atravessou   fronteiras?   alguns   juram   que   ela   se   parece   com   uma   mulher   chamada   jessica   green.   outros   apenas   evitam   olhar   em   seus   olhos.   afinal,   lendas   têm   seus   próprios   rostos.
⠀     one.  ⠀[  .⠀.⠀.  ]⠀   🗡⠀      ────    ⠀    𝒃𝐚𝐬𝐢𝐜  𝒔𝐡𝐞𝐞𝐭  .
nome  completo:  elaenya  lanyra  sacrania.
apelidos:  enya  (geral),  nyra  (pai).
pronomes:  ela/dela.  ⠀
sexualidade:  bissexual.  ⠀
idade:  26  anos.  ⠀
árvore  genealógica:  killian  sacrania,  pai  (vivo)  ;  ezayana  sacrania,  mãe  (falecida).
escolaridade:  instituto  wülfhere,  líder  do  quadrante  da  infantaria. 
⠀     two.  ⠀[  .⠀.⠀.  ]⠀  🗡⠀      ────    ⠀    𝒃𝐚𝐜𝐤𝒔𝐭𝐨𝐫𝐲  .
quando  você  nasce  com  o  sobrenome  sacrania,  seu  destino  está  escrito  no  sangue.  você  terá  tudo  e,  por  isso,  deverá  doar  tudo  de  si  para  se  provar  digno  dessa  benção.  seja  qual  for  seu  quadrante,  sua  função  é  apenas  uma:  ser  o  melhor.  elaenya,  porém,  falhou  em  cumprir  essa  única  exigência.  era  passional  demais  para  ser  escriba,  desajeitada  demais  para  cuidar  de  outra  pessoa,  sua  personalidade  quase  conquistou  um  dragão  de  fogo,  mas  ele  a  recusou  na  última  hora,  e  bem,  enya  era  simplesmente  imprevisível  demais  para  que  a  infantaria  quisesse  alguém  que  não  sabia  dar  e  muito  menos  receber  ordens.  ela  não  era  boa  em  nada,  mas  suas  constantes  falhas  a  moldaram  durante  toda  infância  e  adolescência  para  ser  a  líder  de  quadrante  que  é  hoje. 
veja  bem,  desagradar  o  clã  sacrania  significava  punições  cada  vez  mais  extremas  conforme  a  idade  avançava  e  ela  não  se  destacava  em  nada.  se  seu  pai  estivesse  presente,  talvez  isso  não  acontecesse,  ela  sempre  foi  a  preferida  dele,  mas  sua  mãe  não  conhecia  limites  quando  a  questão  era  tentar  endireitar  a  filha.  as  constantes  humilhações  e  represálias  fizeram  crescer  uma  raiva  que  ela  não  conhecia,  principalmente  quando  voltou  do  sonhār  sem  ter  firmado  um  elo  com  o  dragão.  foi  o  suficiente  para  que  enya  não  derramasse  uma  mísera  lágrima  quando  viu  o  corpo  da  mãe  desfalecido.
o  major  killian  sacrania  era  um  homem  calmo  e  firme  do  tipo  que  mesmo  se  sua  patente  fosse  mais  alta  que  a  dele,  você  se  sentiria  compelido  a  pelo  menos  escutar  o  que  ele  tinha  a  dizer.  quando  ele  deu  um  ultimato  à  filha,  enya  sentiu  que  seu  destino  se  tornou  mais  claro.  nyra,  agora  você  vai  entrar  no  quadrante  da  infantaria.  você  tem  um  ano  para  conseguir  ser  a  melhor  da  turma.  se  você  falhar,  será  deserdada,  não  importa  se  você  é  minha  única  filha  ou  não.  amanhã  vou  para  a  fronteira,  quando  retornar,  quero  que  você  me  dê  orgulho.  eu  confio  em  você.
embora  fosse  uma  das  menos  habilidosas,  enya  finalmente  despertou  para  o  fato  que  nada  aconteceria  se  ela  não  lutasse  de  verdade  por  isso.  toda  a  mágoa  que  sentia  da  mãe,  toda  a  raiva  que  nutriu  quando  o  dragão  a  rejeitou,  todos  os  sentimentos  negativos  que  ela  guardava  para  si  transmutaram-se  em  garra.  ela  aprendeu  a  ter  disciplina,  a  ser  forte  física  e  mentalmente.  ela  não  era  mais  uma  rebelde  sem  causa,  e  para  a  surpresa  de  todos,  agora  estava  entre  os  três  melhores  da  turma. 
tudo  começou  com  um  simples  boato,  mas  foi  o  suficiente  para  que  a  situação  escalasse.  enya  e  octavia  yarrow  se  odiavam  desde  que  começaram  no  instituto,  um  ódio  alimentado  por  suas  famílias  que  eram  rivais.  até  então,  elas  competiam  por  coisas  bobas,  mas  agora  enya  estava  ameaçando  a  posição  de  melhor  da  turma  de  octavia.  quando  alguém  disse  para  a  yarrow  que  enya  estava  falando  dela  e  de  sua  família,  a  garota  perdeu  a  cabeça.  octavia  atacou  enya  pelas  costas,  todos  assistiram  as  duas  lutarem  no  dormitório.  só  terminou  quando  enya,  lutando  em  desvantagem  por  não  estar  armada,  usou  as  garras  para  atacar  a  garganta  da  outra.  quando  os  curandeiros  apareceram,  o  corpo  de  octavia  estava  imóvel  e  enya  continuava  perdendo  muito  sangue.
depois  de  verem-na  lutar,  até  os  que  mais  zombavam  dela  por  ter  mudado  de  quadrante,  passaram  a  ter  algum  respeito  pela  garota.  a  partir  disso,  ela  nunca  mais  esteve  em  segundo  lugar.  enya  viu  que  poderia  ser  destemida,  determinada,  obcecada,  ambiciosa  e  isso  eram  qualidades  de  uma  pessoa  que  poderia  ter  tudo  que  quisesse.  e,  honestamente,  ela  só  queria  ganhar.  era  o  suficiente  para  ela:  o  título  de  melhor  –  a  inveja  e  a  admiração  eram  bônus. 
enya  se  formou  no  instituto  e  se  tornou  uma  soldado  mais  que  competente.  no  entanto,  enya  sabia  que  a  guerra  era  mais  do  que  o  campo  de  batalha  tradicional;  as  ameaças  muitas  vezes  surgiam  nas  sombras,  nas  florestas  densas  e  nas  ruínas  de  cidades  devastadas.  decidida  a  se  tornar  uma  guerreira  versátil,  escolheu  um  caminho  menos  convencional  e  fez  seus  estudos  complementares  em  combate  de  guerrilha.  mergulhou  no  conhecimento  das  táticas  de  emboscada,  sabotagem  e  guerra  assimétrica,  treinando  para  sobreviver  e  lutar  em  terrenos  adversos,  onde  poucos  ousavam  entrar.
tinha  34  anos  quando  seu  pai  foi  gravemente  ferido  em  combate.  ele  voltou  para  casa  com  a  mobilidade  reduzida  e  o  orgulho  ferido.  ainda  era  muito  influente,  o  suficiente  para  ser  convidado  diversas  vezes  para  ser  professor  no  instituto,  mas  recusou.  em  pouco  tempo,  conheceu  outra  changeling  aposentada  e  se  casaram.  por  influência  dela,  começou  a  tentar  ser  mais  presente  na  vida  da  filha. 
como  assim  ela  tinha  trinta  e  quatro  anos  e  não  era  casada?  e  se  ela  morresse  sem  dar  um  único  neto  para  ele?  para  onde  iria  o  sobrenome  sacrania?  não,  enya  deveria  casar  com  um  militar  igualmente  prestigiado.  a  mulher  ficou  abismada  com  a  intromissão  do  casal  e  tentou  ao  máximo  evitá-los,  mas  era  impossível  ignorar  o  pai  que  queria  casá-la  e  vê-la  como  uma  líder  de  quadrante  –  provavelmente  para  ter  certeza  que  correria  menos  perigos  antes  de  deixar  um  neto  para  ele.  ela  cedeu  em  partes,  tornou-se  líder  do  quadrante  da  infantaria  no  instituto,  mas  não  queria  de  jeito  nenhum  um  casamento  arranjado.  o  único  problema  é  que  tava  ficando  cada  vez  mais  difícil  fugir  daquele  “compromisso”.  
three.  ⠀[  .⠀.⠀.  ]⠀   🗡⠀      ────    ⠀    𝒆𝐱𝐭𝐫𝐚𝐬  .
aasvaādya  ⠀  ────  ⠀cada  vez  que  a  espada  de  enya  corta  o  ar,  o  som  se  desdobra,  reverberando  em  ecos  que  não  pertencem  a  este  mundo.  é  como  se  várias  lâminas  estivessem  dançando  ao  redor,  multiplicando-se  em  sombras  afiadas,  confundindo  até  o  mais  experiente  dos  guerreiros.  seus  inimigos  hesitam,  desorientados,  tentando  adivinhar  qual  golpe  é  real  e  quais  são  apenas  ilusões.  e  é  nesse  momento,  no  intervalo  entre  o  medo  e  a  dúvida,  que  enya  age.  ela  sabe  exatamente  como  usar  esses  ecos—não  como  meros  truques,  mas  como  armas  invisíveis—tornando  os  oponentes  vulneráveis  a  um  golpe  que  jamais  veem  chegar.
aparência  ⠀  ────  ⠀enya  tem  olhos  dourados  que  brilham  como  metal  ao  sol,  sempre  atentos,  sempre  observando.  suas  orelhas  são  ligeiramente  pontudas,  herança  de  seu  avô  feérico.  a  pele  tem  um  toque  sutil  de  verde  cintilante,  tão  discreto  que  apenas  os  mais  atentos  percebem.  ela  não  esconde  as  garras  que  manifesta,  afiadas  com  cuidado  e  prontas  para  o  combate.  são  armas  silenciosas,  afiadas  o  suficiente  para  causar  estragos,  mas  não  tão  longas  a  ponto  de  perder  sua  precisão  letal.  com  1,78  de  altura,  sua  presença  é  forte  e  marcante,  alguém  que,  mesmo  em  silêncio,  impõe  respeito.  
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mayafitzg · 4 months ago
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              — 𝒜𝑛𝑑 𝒊'𝒎 𝒈𝒐𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒐𝒘𝒏 𝑎𝑙𝑙 𝑡ℎ𝑒 𝑤𝑎𝑦                          𝒪𝑛 𝑡ℎ𝑒 ℎ𝑖𝑔ℎ𝑤𝑎𝑦 𝑡𝑜 ℎ𝑒𝑙𝑙.
𝑀𝑖𝑛𝑖 𝑑𝑟𝑜𝑝: 𝑟𝑒𝑠𝑔𝑎𝑡𝑒 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑖𝑑𝑜𝑠_ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘! @silencehq @hefestotv
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O suor frio escorria pelo canto da testa de Maya. Uma sensação febril se alastrava pelo corpo da semideusa desde o momento do anuncio durante o jantar, a imagem de Rachel apontando me sua direção ainda estava tão clara em sua mente, como se a estivesse vendo ainda agora. Expirou, os lábios moldados num pequeno e discreto bico, enquanto o ar era soprado entre eles. Passou as costas da destra na testa para limpar o suor, os olhos piscaram algumas vezes na tentativa de dar foco ao cenário que estava. Não fazia muito tempo que tinham abandonado os chalés e partido para a caverna dos deuses, coisa de minutos talvez, mas que arrastaram para a Martínez como uma eternidade. Virou para o lado, assegurando-se que Remzi continuava ali com ela. Apesar de não poder chamá-lo de amigo, sua imagem trazia algum conforto, como uma âncora que estabilizava parte da Martínez, lembrando-a do que realmente importava naquele momento, e quem era de fato o inimigo naquele lugar.
Respirou fundo outra vez, fechando os olhos para concentrar-se, involuntariamente apertando as pálpebras enquanto o fazia. Quando tornou a abrir, já estavam dentro do grande castelo de Hades - sim, ela colocaria nesses termos a residência do deus, que não tinha nada de pequena, era majestosa, sombria e sufocante; talvez o espaço fosse exatamente a representação do que Hades tentava passar. As palmas suadas passaram nas calças na tentativa de seca-las. Era tão desconfortável estar com as mãos vazias, sem a katana ou o chicote que ofereciam alguma segurança e estabilidade para a Martínez. Mas bem, a passagem foi prometida em segurança - com a condição da devolução do objeto, que vez ou outra, Maya se certificava de ainda estar em posses dela e Remzi - e eles precisavam dar aquele voto de confiança para que as coisas fluíssem como esperado.
Ao adentrar no grande salão de Hades, foi impossível conter o impulso de divagar o olhar pelo local. A cabeça erguendo-se até onde conseguia para observar a arquitetura alta, que quase não se via o teto. Era surpreendente. Voltou a postura quando observou o olhar frio e focado de Hades sobre a dupla, como se esperasse pelo objeto de troca. Todos pareciam focados em algo e Maya não era diferente, o olhar não fixou na figura do deus, apesar da curiosidade que tinha a respeito do mesmo. Não, ela desviou para averiguar os amigos, a figura de Aurora sendo a primeira em que focou, um tanto cansada, abatida, mas sempre firme. Era admirável realmente, que mesmo depois de tantos dias num ambiente como aquele, ela ainda conseguisse sustentar as aparências de uma fortaleza gelada. "Are you ok?", os lábios movimentaram as palavras, mas nenhum som foi emitido pela Martínez. Ao menor sinal afirmativo, desprendeu-se outra vez, buscando pela sala, aquela que mais importava para si. Assim que avistou a figura de Katrina encostada em uma das paredes, tão cansada quanto aparentava estar, seus olhos marejaram. As pernas ameaçaram avançar em sua direção, movendo-se minimamente, travando no momento em que ouviu o pigarro do deus.
"Acho que vocês têm algo para me entregar, não?", o tom, a voz, as palavras, tudo que Hades exalava, fez um arrepio gélido descer a espinha da Martínez, travando-a no ato. "E você deveria ter cinco para nos entregar, não?", replicou de forma impulsiva, o olhar que tinha corrido rápido pelo salão percebera a ausência de dois. Ela sabia que não deveria confiar assim na palavra de Hades, ele era um deus como todos os outros e Maya não acreditava neles. O olhar do deus sobre a semideusa, no entanto, expressava sua mais clara surpresa com a replica afiada. Mas antes que pudesse lhe responder algo, voltava uma Fúria por um dos inúmeros portais do salão, trazendo consigo os dois que faltavam. A imagem dos cinco semideuses aliviou as tensões e os nervosos da Martínez. A mesma Fúria, dirigiu-se até ela e Remzi, tomando-lhe a caixa com o amuleto que deveria ser entregue a Hades, dando-a nas mãos do deus que analisou o conteúdo como se os sete nem estivessem mais ali. Seus olhos brilhavam ao admirar o objeto, um ato que demorou poucos segundos, antes que fechasse a caixa e abanasse uma das mãos no ar. "Vão! Antes que eu mude de ideia, moleques insolentes.", proferiu no mesmo timbre imponente, arrancando um arrepio ainda maior do corpo da Martínez que engoliu a seco aquelas palavras.
Diferente de antes, suas pernas não travaram no meio do ato, pelo contrário, avançaram com rapidez em direção a figura de Katrina. Travou, no entanto, quando Remzi cruzou seu caminho, tomando a frente na busca da semideusa. Os observou por alguns segundos, incerta se deveria intervir quando o canto dos olhos avistou a movimentação da figura de Aurora, tomando sua atenção e impulsionando-a ao seu encontro. As mãos alcançando a cintura da outra, o olhar buscando o dela. Tentava não encostar no braço machucado, pois temia que ainda estivesse dolorido depois de tantos dias sem cuidado. "ei, blondie! você é realmente um colírio para os olhos, sabia?", comentou num sussurro, o pequeno sorriso moldando os lábios ao que apoiava o braço livre da mulher sobre seus ombros e passava o braços ao redor da cintura dela. Aurora não precisava do apoio, e Maya sabia muito bem disso, o orgulho era algo similar entre as duas. Mas a Martínez ofereceria o suporte de qualquer forma. "vamos, tem muita gente sentido sua falta em casa. Um garotão incluso.", concluiu sem conseguir conter a piada.
O caminho da volta foi mais satisfatório de se fazer do que a descida, pois a tensão já tinha abandonado o corpo de Maya, diante a certeza que todos estavam voltando em segurança, como prometido por Hades. Sua prioridade sempre foi averiguar a situação de Katrina, algo que ela fez depois de respeitar o momento de Remzi com a mesma. Logo depois, partiu ao encontro de Aurora, não abandonando-a um instante que fosse, mesmo nas pequenas trocas que tivera com o restante do grupo.
personagens mencionados: @bakrci; @stcnecoldd and @kretina
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kretina · 5 months ago
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𝐚 𝐛𝐥𝐞𝐬𝐬𝐢𝐧𝐠 𝐚𝐦𝐨𝐧𝐠 𝐦𝐢𝐬𝐟𝐨𝐫𝐭𝐮𝐧𝐞𝐬, 𝔭𝔬𝔳.
: dizem que há sempre uma luz no fim do túnel, que o sol eis de brilhar após uma tempestade. mas e se, só... e se, o que vier for apenas sombras em ilusão?
quando: quase um ano atrás.
trigger warning: menção a assassinato.
disclaimer: um extra dessas sequências um & dois.
o retorno ao acampamento fora de um completo silêncio. a mente estava apegada ao que havia feito e não tinha motivos para compartilhar da sua vingança com alguém; talvez, ninguém soubesse percebê-la de fato, compreendê-la. muitos apenas aproveitariam para seguir a rotulando como um monstro, mas katrina era apenas corajosa. havia alcançado seu objetivo, mesmo que agora parecesse sem propósito algum. quando deitou-se na cama, pela primeira vez em anos conseguira pegar no sono, não um adormecer tranquilo, porém, o bastante para levá-la a outro lugar. mas a utopia lhe esperava com uma surpresa, o corpo enrijeceu sentindo a presença de algo em meio a inconsciência, olhos escuros a perseguindo por entre as portas de um corredor sombrio, mãos gélidas lhe atravessando a alma, revirando seus segredos.
ainda dormindo, presa no que parecia ser um sonho, voltou para o momento em que havia matado aquele homem. o viu sangrar, implorar por ajuda enquanto deleitava-se com tudo aquilo; voltou ainda mais para trás, o corpo vagando entre o que havia perdido, seu grande amor sendo morto ainda muito jovem. e voltou muito mais, voltou para quando havia sido expulsa de casa, para o sentimento de ódio que a tomava, como desejava vingança. e mesmo que não tivesse plena consciência do momento, retornou para a primeira idade, era apenas um bebê no colo da deusa éris, esta a deixando na frente de uma porta, a abandonando para seu destino.
katrina remexeu-se, agoniada demais, desejando liberdade; contudo, uma voz sobressaltou-se, uma mulher que se escondia nas sombras. ، pobre criança, tão desafortunada... a dela cruz forçou a visão, apertando os olhos para que reconhecesse alguma silhueta dentre a escuridão. não fora preciso, a deusa avançou dois passos em sua direção, revelando a sua persona. ، nêmesis. a reconheceu, sentiu a força que emanava dela. ، há tanto potencial em você, minha jovem. há tanto pelo que deseja se vingar. aquela era a primeira vez diante de uma deusa, e ao contrário do que havia imaginado ou falado, katrina tinha vontade de curvar-se, de mostrar respeito; era como se todo o corpo fosse forçado a ir na direção dela. ، por seu ato, lhe concederei minha benção, mas prometerá a mim que não se acomodorá, que seguirá levando sua vingança para aqueles que merecem. não soubera com certeza mas ela parecia sorrir. ، promete? o que poderia dizer? queria negar aquela benção, não precisava de favores, não precisava de nada que viesse de um olimpiano. ، prometo. disse antes que algo a tocasse, era como um fogo a queimando mas era bom. forte e poderoso enquanto a percorria, a moldava.
quando acordou katrina não sentia-se diferente em nada, mas sentia na alma o toque da deusa da vingança.
benção de nêmesis: após se vingar de alguém do seu passado, o matando em nome de um grande amor, a deusa da vingança concedeu a katrina uma benção. a semideusa se envolve em sombras e desaparece da visão, permanecendo invisível até realizar uma ação hostil e ser revelada. no entanto, a benção só funciona se caso houver uma sombra, em dias de muita claridade ou ausência de escuridão no ambiente, não consegue se camuflar.
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lidia-vasconcelos · 3 months ago
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FÉ & RAPADURA
Dia desses recebi uma mensagem da avó de um aluninho do 6º ano da Rede Pública, justificando sua ausência na escola por alguns dias.
Ela disse que fazia uma viagem a Juazeiro todo ano para agradecer uma bênção recebida e que neste ano não tinha com quem deixar o garoto e teria que levá-lo.
Eu disse a ela que não se preocupasse, que as faltas do pequeno seriam justificadas e que Deus estava sempre em 1º lugar.
Quando ele voltou, veio com um pacotinho:
-Tia Lídia, a voinha mandou isso aqui pra senhora.
Antes de me entregar o embrulho, porém, ele perguntou reticente:
-A senhora é católica, né?
-Não, sou evangélica, meu anjo, mas por quê?
-Eita, professora, me desculpe, mas acho que a senhora não vai gostar...
-Oxe, menino... Por quê?
Ele colocou timidamente a encomenda nas minhas mãos e ficou observando minha reação. Ao abri-la, vi o que sua avó tinha me enviando: uns pedaços generosos de rapadura e um lindo terço, o 1º que ganhei em toda a minha vida! Fiquei emocionada, claro.
-Diga a sua avó que não precisava, mas que amei os presentes! Vou dividir essa rapadura com minhas vizinhas, porque não posso comer tanta coisa doce assim, mas o terço vou guardar dentro da minha bíblia e me lembrarei para sempre do carinho e da fé que nos uniram. Qualquer simbolismo que se remeta ao nosso Salvador Jesus Cristo merece respeito e é muito bem-vindo.
-Tá certo, tia Lídia, vou dizer a ela!
E foi assim que Deus usou uma avó e um neto para adoçar a minha vida e fortalecer a minha fé.
Lídia Vasconcelos
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rosalindmorello · 8 months ago
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@kaiseppe
Estava muito, mas muito, longe de estar vivendo a vida que sempre sonhou, mas ao menos as coisas pareciam um pouco melhores na medida do possível. Pouco falava com o próprio noivo, além do essencial para o dia a dia e em eventos onde fingiam, muito bem, que eram um casal apaixonado. Agora, mais uma vez, se via em uma festa repleta de pessoas que não conhecia, em uma roda de conversa com outras mulheres que falavam sem parar, e vez ou outra Margareth se empenhava em ser desagradável com ela própria. Às vezes, seus olhos achavam a figura de Malachai do outro lado do salão e se impressionava como ele aparentava ser alguém importante pela forma como tantos outros demonstraram um certo respeito ao falar com ele. Acabou voltando ao foco quando sentiu seu celular vibrar dentro de sua bolsa, notificando uma ligação perdida da irmã. Pediu licença às demais e se retirou da roda de conversa, tentando enviar uma mensagem para a irmã, mas o sinal dentro do ambiente parecia não colaborar. 
Já visto que era uma batalha perdida, seguiu para fora do prédio enquanto tentava retornar a ligação, mas agora era vez Rachel não atender a ligação. Estava dispersa enquanto digitava uma mensagem quando um homem desconhecido se aproximou, de longe sentia o cheiro enjoado de álcool. “Hey blondie.” Disse o mais velho ainda a uma certa distância. Rosalind ergueu os olhos do celular mas o ignorou, voltando a mandar a mensagem. “Don’t you wanna have a little fun with me?” Voltou a falar, se aproximando aos poucos da loira. “No.” Respondeu de maneira seca, se arrependendo de ter saído do prédio e ido para o estacionamento vazio. “Why not?” Insistiu. “Please, just leave. I have someone.” Se de algo que aquele noivado poderia servir, que fosse isso. “He doesn’t have to know.” 
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deathpoiscn · 7 months ago
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𝗐𝗂𝗍𝗁 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝗃𝗈𝗌𝗁.
Muita coisa havia acontecido nos últimos dias, tanto que optou por ficar bem mais recluso, isolado, que o normal. A floresta é o bosque não eram mais tranquilos, na realidade, todas as vezes que se escondia por lá alguém aparecia tirando a sua paz. O único lugar seguro e livre de qualquer presença indesejada, era o seu chalé. Eram poucas as vezes que se levantava da cama, isso incluía banho e, vez ou outra, uma ida breve até o pavilhão atrás de comida. Até os treinos foram deixados de lado, o que era muito incomum. Depois da aparição do Drakon as vozes em sua mente estavam mais calmas, porém, ainda lembravam o filho de Thanatos que ele possuía uma missão inacabada. Nada que não pudesse ser facilmente ignorado. Conforme os dias foram passando a agitação no acampamento com o baile proporcionado por Afrodite e Eros parecia revitalizar os campistas. Para o filho de Thanatos aquilo era só uma bobeira, uma distração para apaziguar o clima caótico daquele lugar.
Quando o dia finalmente chegou, permaneceu trancado em seu chalé, apenas observando os poucos irmãos que possuía se arrumando para encontrar seus pares ou futuros rolos. Seria mentira negar que, desde que tudo aquilo começou, seus pensamentos o levavam a uma única pessoa: Love. O que começou com encontros casuais fora do acampamento e um voto silencioso sobre serem só amantes, tornou-se algo muito maior dentro de si. Era a única que provocava as famosas borboletas em seu estômago, mas se quer havia dito isso a ela. Na realidade, Josh nunca se confessou. Ele não se achava digno de amor. Quando todos saíram e finalmente voltou a ficar sozinho, buscou encarar o teto escuro e com baixa iluminação, refletindo em praticamente tudo. Refletiu sobre acontecimentos do passado e como foi sobreviver longe dali em um mundo desconhecido. Em como vagar por aí sem rumo o levou até sua velha amiga de infância. A que era, até então, a única a acreditar na sua história e, apesar de desacordar de seus métodos, confiava de olhos fechados. Foi nesse momento que se virou e avistou a roupa escolhida e entregue pelos deuses para a ocasião. E se… Ele pensou, só por um momento, enquanto encarava o traje de gala.
Faltavam 3hs para o início do baile quando o filho de Thanatos simplesmente ignorou todos os pensamentos intrusivos e se levantou. Nunca em toda a sua vida havia convidado alguém para um baile romântico, não tinha ideia se era necessário levar algum presente, mas na dúvida, correu até o bosque em busca de algumas flores. O buquê improvisado foi amarrado com cuidado por uma fina linha de barbante e, para completar, correu até o campo de morangos onde fez questão de furtar alguns. Era uma loucura e sabia disso, fora que se quer cogitou a possibilidade de Love já ter sido convidada por outro.
Tentou não chegar eufórico demais no chalé de Tique, tanto que separou cinco minutos para recuperar o fôlego e refletir melhor a respeito de tudo aquilo. Uma parte dizia para deixar de ser idiota, já a outra gritava para que ele desse uma chance aos próprios sentimentos. Após respirar fundo, se aproximou da entrada do chalé onde sempre obteve permissão para entrar e, após três batidas na porta, apenas torceu para que ainda desse tempo.
O buquê ficou escondido atrás de seu corpo, assim como os morangos que havia roubado e posto numa pequena cesta que encontrou caída pelo caminho. Nada romântico, pensou. E quando a porta se abriu, Josh ficou imóvel, paralisado no chão enquanto encarava a filha de Tique semi pronta para a festa. Era claro que era iria, mas o que deixou Josh sem palavras foi a beleza da mulher. Oras, ele sempre a achou linda, até mesmo quando acordava do seu lado toda descabeladas, mas ali… Ali Kinn havia superado toda e qualquer mulher existente no mundo. O chamado alheio, impaciente como sempre, questionando o que queria foi o que trouxe seus pensamentos de volta a realidade. Por uns instantes Josh encarou todo o local ao seu redor enquanto piscava algumas vezes.
Por um momento cogitou se autossabotar e mentir, mas diante de uma dose de coragem, finalmente expôs o buquê e fez a clássica pergunta. Gostaria de ir ao baile comigo essa noite?
O olhar confuso de Love o deixou tenso, ansioso e ao ponto de pedir para que ignorasse aquela besteira, mas a resposta para a sua pergunta trouxe não só um enorme alívio para Josh como também desenhou um sorriso gigantesco em seus lábios. A cesta de morango foi entregue por último, junto com o aviso de que passaria em breve para buscá-la.
@lottokinn
Ps: Ele estava devendo uma para Verônica, afinal, foi graças ao seu incentivo que Love finalmente disse sim.
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tecontos · 1 year ago
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Terminei a aula e dei gostoso pro professor na sala de aula (08-11-2023)
By; Patricia
Meu nome é Patricia e isso aconteceu comigo na noite passada, com o Emerson é meu professor e em todas as aulas a gente sempre trocava uns olhares e sorrisos, mas nunca falamos a respeito, só rolava paquera mesmo. Entao ontem aconteceu algo.
Já passavam das 9:30 da noite quando entrei na sala de aula, acabei me enrolando toda e cheguei atrasada. Quando entrei o Emerson me olhou de cima a baixo e eu senti um arrepio no corpo todo! Uau! Que olhada! Eu estava vestindo uma sainha preta e uma camiseta branca que dava pra ver a marquinha do soutien, também branco, uma sandália de salto alto preta e cabelão solto, jogado pro lado.
Corri para a carteira e ficamos nos olhando a aula toda. Nossa! Que homem lindo! E cada vez que ele olhava pra mim eu ficava excitada. Eu pensei: “É hoje! Não tem mais jeito!”
Era a última aula e a facul fechava as 22:30 hs. Esperei todos da sala saírem e retornei a sala e ele tava terminando umas anotações. Foi quando, coloquei minha bolsa e meu caderno na mesa ao lado e fui me aproximando bem devagar, sem que ele percebesse, eu estava super excitada! Quando cheguei perto dele, beijei sua nuca e sussurrei no pé do ouvido:
- Oi, fessorzinho! Sua aluna favorita voltou!”
Ele estremeceu todinho e se virou para mim. Ahhhhh… foi incrível ver seu olhar cheio de desejo. Entaum… eu puxei sua cadeira, afastei minha sainha um pouco e me sentei no teu colo bem gostoso. Ele gemeu como louco. Agarrou-me pela cintura e me deu um beijo bem molhado na boca. Joguei meu cabelão pro lado… e comecei a beijar seu pescoço, depois suas orelhas, nuca e boca. Não falávamos nada! Só nos tocávamos! Aiiiii… que tesão!
Dava pra ouvir o compasso acelerado de nossos corações. Respirávamos num ritmo louco. Entaum… desabotoei sua camisa e comecei a deslizar minha língua pelo seu peito. Uhhhh… ele gemeu muito gostoso! Chupei seus mamilos e tirei a camisa toda. Ele me seguro firme pela cintura e me beijou mais uma vez na boca. Depois… tirou minha blusa e passou suas mãos pelos meus seios enrijecidos por cima do soutien. Ohhhhhhh… suspirei de prazer! Ele tirou meu seio esquerdo pra fora e chupou gostoso o biquinho e depois fez o mesmo com o outro. Aiiiiiiii… gemi inclinando meu corpo para trás! Ele me virou de lado no teu colo e enfiou sua mão por baixo da sainha. “
- Ahhhhhh… puta que pariu!” Gritei alto.
Minha calcinha já estava molhadinha. Ele passou seus dedos por baixo dela e sentiu todo o melzinho da minha buceta… que delicia! Arrancou bruscamente minha calcinha e a jogou fora. Falei mansinha
- Emerson! Fessorzinho!
Ele começou a acariciar minha buceta, apenas na entradinha e de repente… enfiou dois dedos nela. Uhhhhhh… que tesão! E me masturbou ali mesmo no seu colo, enquanto eu gemia e ele metia seus dedos na minha buceta! Ahhhhhhh… Uhhhhhhhhhh… GOZEI até o melzinho escorrer por ela. Que gostoso! Caramba!
Entaum… Ajoelhei-me no chão… tirei sua calça e agarrei sua rola Ahhhhh… ele gritou e inclinou todo seu corpo para trás. Voltou e me pegou pelos cabelos e me beijou gostoso na boca. Hummm foi mesmo delicioso!
Eu olhei bem em seus olhos e abocanhei seu PAU! Coloquei ele todinho garganta abaixo… e chupei ele ferozmente! O Emerson ficou desnorteado e gritava muito. E comi seu enorme PAU ajoelhada no chão. E quando ele estava pra GOZAR, levantou-se da cadeira e eu implorei insanamente:
- Dá! Me dá esse leitinho gostoso! ESPORRE na minha boca!”
Ele chegou ao máximo do prazer e
ESPORROU tudinho na minha boca, que escorreu pela minha cara, seios… eu engoli afoitamente e depois de tudo… olhei nos olhos dele e passei minha língua pelos meus lábios em agradecimento! O Emerson delirou! Olhei pra ele cheia de desejos e pedi mais…
Logo começou a tocar meu corpo novamente. Tirou meu soutien e jogou longe. Lambeu-me todinha! Aiiiiiii… deslizou sua língua pela minha buceta e a chupou incrivelmente gostoso! Ahhhh… gemi, gritei, urrei, arranhei e GOZEI na boca dele! Ele chupou todo meu melzinho e me virou de quatro no chão. E falou:
- Quer mais, é? Então toma puta safada!
Ainda me deu três tapinhas na bunda e ARROMBOU meu cuzinho maravilhosamente! Aiiiiiiiii… que tesão!
E ele GOZOU novamente, mas agora dentro do meu cuzinho! Nossa! Que loucura! Ele me puxou pra junto de seu corpo nu e sussurrou no meu ouvido:
- Você é a aluna mais gostosa que já comi!”
- É?”Indaguei maliciosamente e lhe disse: - Foi a melhor trepada que eu já dei! Você realmente sabe como saciar uma mulher!”
Trocamos nossos telefones e combinamos de nos vermos amanhã depois da aula. E já estou louquinha pra fazer tudo outra vez! Que homem! Putz… como ele é gostoso!
Dedico-lhe este conto em sinal da nossa incrível trepada de ontem à noite! Beijão da Patricia.
Enviado ao Te Contos por Patricia
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margilalima92 · 11 months ago
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Oi, Marido!
Já começo dizendo: A minha vida é infinitamente melhor tendo você.
Hoje é o aniversário do amor DA e PRA minha vida.
Que eu sou completamente apaixonada nesse homem não é segredo. 36 anos de um grande homem. Como de costume, hoje mais uma vez agradeci a Deus por sua vida, por esta ao teu lado mais um ano… Mais um ano te comemorando, mais um ano de mãos dadas, e vou até usar a frase clichê: “quem completa ano é você, e quem ganha o presente, somos nós”.
Obrigada por você existir, obrigada por ser o pai dos nossos filhos, obrigada por ser o amor da minha vida nessa vida. E por favor, em todas as outras seja meu também!
Te amo mais a cada dia.
E voltou a dizer o que já te falei há um ano atrás, no teu aniversário (Vivemos tempos tão líquidos, que não há “eu te amo” que não valha a pena ser dito assim que bate o desejo...Dhilley, eu amo você.)
Louvo a Deus por sua vida. Sei que já passamos por muitas coisas e não estamos isentos de passar por mais… sei que hoje não vivemos uma das melhores fases. Mas vamos ter fé, vamos juntos, segurando um na mão do outro, porque eu sei que uma hora vai dá certo.
Que venhamos ser guarda chuva nos dias chuvosos na vida um do outro. Que venhamos ter paciência, que venhamos saber respeitar o momento que outro está passando. Que venhamos tentar/compreender o outro. Que haja respeito. Que haja honra. Que haja nós um para o outro e ambos para os nossos filhos. Que haja vontade e desejo de mudar e ser melhor para o outro (se sentir que isso é necessário).
E finalizar aqui…
Se vocês não vem comigo, nada disso tem valor, do que vale o paraíso sem o amor?!
Meu horizonte sempre será você e nossa família. Obrigada por partilhar a vida comigo.
Ei, e nunca se esqueça: não estamos atrasados, não podemos basear nossa vida pela vida alheia… vc está onde precisa está. Uma hora você vai entender.
Eu sempre vou esta aqui para você.
Feliz aniversário! Que Deus te abençoe, te guarde, te guie, te governe. Amamos vc!
NEOQEAV
Te comemoramos todos os dias. Obrigada por existir e ser nosso.
Parabéns, Marido.
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