#o relógio de areia
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geekpopnews · 1 year ago
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Hinako Ashihara, autora de Sexy Tanaka-san, morre aos 50 anos
É com muito pesar que noticiamos a morte da mangaká Hinako Ashihara #Mangá
A NTV News – ou Nippon TV- noticiou nesta segunda-feira (29) a morte da mangaká Hinako Ashihara. Hinako tinha completado 50 anos há pouco tempo e era autora de Sexy Tanaka-san, mas no Brasil ficou conhecida principalmente pela sua obra Sunadokei. Aparentemente, a causa da morte foi suicídio. Hinako Ashihara escreveu um post no dia 26 (sexta-feira) referente ao live action de Sexy Tanaka-san onde…
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projetovelhopoema · 8 months ago
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Relógio
Nos conhecemos no finalzinho de dezembro, você foi como um presente de natal e desde então te amei em todos os meses do ano. Te amei até mesmo quando não sabia que te amava, até aquela ligação que você me perguntava do porquê brigávamos tanto e eu confessei que estava completamente e perdidamente apaixonada por ti. Logo em seguida desliguei a ligação covardemente, é o que você certamente diria. Como confessar seu amor à uma amizade sem medo de sua reação? Como? Tinha medo da sua rejeição, medo de não haver reciprocidade, mas felizmente tinha. E entre idas e vindas te esperei incertamente. Era incerto o tempo, era incerto o espaço, era completamente incerto que você voltasse. O relógio parecia não trabalhar ao meu favor e se passaram segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses. Mas eu fiquei quietinha na solidão a te esperar embaixo de chuva, na tempestade e o arco-íris não aparecia lá fora tampouco dentro de mim. Me vesti de cinza e preto, me revoltei tanto, fiquei envolta à crises existenciais. Mas foi inevitável ver o seu contato a aparecer como chamada em meu visor e acho que quando seus demônios aprendem a dançar com os demônios de outra pessoa, um tipo de elo se cria. E boba continuo a te amar em todas as estações e em todos os meses do ano. Tomo um gole de água, mesmo sabendo que você é boa em confeccionar bebidas, mas é ruim em ser sábia em suas palavras, apenas com receio que um dia você acorde e me envie uma mensagem de que não esteja certa sobre nós. O que seria então a certeza sobre a sua incerteza? E a minha certeza sobre você não valeria de nada? Afinal, o meu final não deveria ser o de te ver longe ao invés de caminhar ao seu lado. Mas ficarei feliz de ver suas pegadas na areia irem longe. Aplaudirei seus progresso, mesmo o relógio sendo contra mim ao invés de ao meu favor. Que pena, amor, que pena. Porque eu te amo, sabe? S�� por favor, enquanto me quiseres, enquanto ainda me quiseres, deixe-me saber, deixe-se estar e me olhe com carinho e devagarinho, deixe-me ouvir sua respiração e detenha essas horas, meu caro relógio, para nós nos fazermos eternas nessas horas infindáveis.
— Jessy em Relicário dos poetas.
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lacharapita · 9 months ago
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ᴍᴀᴛɪᴀs ʀᴇᴄᴀʟᴛ
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[𝐀𝐌𝐎𝐑]
Romance - Matias Recalt x Female OC! Mônica Castro
Nada além de paixão.
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𝐚𝐦𝐨𝐫, 𝐚𝐦𝐨𝐫
— Ele tentava tanto. Olhava para ela andando pelo campus, parecia que sempre estava atrasada. Ele amava isso. Amava ver os passinhos apressados. Com o tempo, percebeu que os únicos tipos de sapato que ela usava eram botas ou chinelos. Reparava na pulseira de corações que sempre estava em seu pulso esquerdo. Nos brincos estranhos que ela nunca deixa de usar. Naquela camiseta preta com uma pequena manchinha branca na manga direita. Os ouvidos sempre tapados com seus fones de ouvido. Reparava em tudo.
amor, amor
— Já era tarde, pelo menos pra ela deveria ser. Matias jogou a bituca do cigarro no chão e seguiu caminho para dentro da biblioteca.
– "Amor, amor. Amor, amor."– Ele parou na porta quando ouviu a cantoria solo, mas, acidentalmente, esbarrou na lixeira, fazendo um barulho audível para qualquer um no ambiente. – "Quem 'tá aí?"– Mati apareceu na visão dela com aquela carinha de quem aprontou. – "Ay boludo, pensei que era alguém de fora."– Riu com as palavras dela. Era tão fácil rir com ela.
amor amor
– "'Tá escondendo o que, nena?"– Mônica riu, mostrando o cigarro meio fumado que estava escondido atrás de seu corpo.
– "Se me pegarem fumando aqui eu vou parar no lar de desempregados."– Os dois gargalharam. Matias observava como as bochechas dela ganhavam cor conforme o riso fugia de seus lábios.
– "Já 'tá saindo? Vem comigo, quero te levar em um lugar."– Ela fez uma cara preocupada. Apagou o cigarro e colocou dentro de uma latinha de metal na bolsa marrom café.
– "Não sei, 'tá tarde, Mati."– Matias torceu a face em uma carranca debochada, olhou para o relógio na parede e voltou seu olhar para Mônica.
– "Tarde? São nove e meia, nena."– Ele disse enquanto ela pegava as chaves da biblioteca e a bolsa, caminhando até a saída junto com Recalt.
– "Tá bom! Seu chato."– Ela trancou a porta e tornou a seguir o rapaz argentino.
amor, amor
— No caminho passaram por uma conveniência, encontraram amigos e matias pediu cigarro para um morador de rua, fazendo Mônica pedir desculpas para o senhor e lhe dar um de seus próprios cigarros para suprir aquele que Matias havia pedido. O caminho foi longo, foram bons metros caminhando. A praia parecia ainda mais linda de noite. A areia fofa afundava as botas que Mônica usava, fazendo-a rir e tropeçar algumas vezes.
– "Vem! Tem uma mesa ali. Trouxe um baseado pra gente."– O sorriso travesso no rosto dele foi o suficiente para fazer risos altos escaparem de Mônica. Matias tinha aquele som como seu favorito: a risada dela.
— Os dois se sentaram de frente um para o outro. Na mesa, uma carteira de cigarros, dois isqueiros, uma garrafa do vinho barato que eles compraram em alguma conveniência antes de seguir o caminho para a praia, a bolsa dela e o casaco de Matias. Recalt acendeu o baseado e entregou a honra do primeira trago a Mônica, e enquanto ela usufruía da sensação ele bebia um longo gole do vinho aberto.
amor, amor
— Os olhos estavam avermelhados e sensíveis. Os dois tinham eles quase fechados. As íris castanhas se encaravam fixamente. Nada na areia, nada no mar, nada na calçada, nada do mundo.
– "Eu me prefiro com você."– Ela olhou para Matias com confusão estampada em seu rosto, tentando compreender as palavras soltas do argentino. – "Porra, eu prefiro, não. Eu gosto mais de mim quando eu to com você. Isso!"– Ela ficou tímida. As bochechas coraram em um tom de vermelho, o sorriso suave apareceu em seus lábios e ela fez aquela coisa da cocerinha no dedo indicador esquerdo. Ele sabia tudo. Os dois ainda se encaravam. Não desgrudavam o olhar um do outro por nem um mísero segundo. – "É tão confortável."– As pupilas dilatadas eram percebidas pelos dois. Pensavam se era pelo baseado ou talvez pelo amor confuso dentro deles.
amor, amor, amor.
— Matias engoliu a respiração pesada que ia soltar. A mente dele totalmente ocupada por imagens diversas de Mônica.
– "Nena, te-"– Ele não conseguiu terminar a fala. Mônica levantou e, derrubando algumas coisa da mesa, se debruçou sobre o concreto pintado de amarelo, segurou o rosto de Matias entre suas duas mãos e selou seus lábios em um beijo úmido. Tudo isso em um espaço de tempo de menos de cinco segundos. Ao sentir os lábios macios dela sobre os dele, Matias fechou os olhos com força, como quem queria aproveitar o momento mais importante de sua vida. Ainda segurando o rosto do argentino, Mônica separou os lábios abruptamente para que pudessem respirar. Estavam tão próximos que sentiam o ar quente que soltavam pelas narinas e pela boca um do outro.
– "Matias, eu te amo."–
– "Mônica, eu te amo pra porra!"– Ela riu com o palavreado de Matias, pensando no buraco de loucura que ela estava se enfiando.
– "Que baseado do caralho!"– Matias riu alto mas logo seus lábios já estavam juntos aos dela novamente.
Ali eles tinham tudo que precisavam:
amor.
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OFICIALMENTE A ÚLTIMA ROMÂNTICA!!!!
Sempre pensando no quão gostosinho deve ser namorar o Matias pprt!!
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externavel · 3 months ago
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O Relógio das Coisas Invisíveis
Eis o tempo, esse bicho invisível, deslizando entre as frestas dos dedos – feito areia que não cede nem se deixa pegar. Parece que a vida se põe a esticar as horas com um gosto de eternidade parada, mas, de repente, a gente pisca, e dez anos se foram, como poeira soprada no vento. A gente, em silêncio, corre atrás de sóis que fogem, que fazem a curva e vêm nos olhar por trás, dizendo sem dizer que o tempo é um truque de luz.
Ah, se o tempo fosse um rio, a gente tomava banho duas, três vezes nele, lavava a alma, brincava de deixar o corpo levar, sem se preocupar com a correnteza. Mas o tempo não é rio, nem mar, nem fogo; o tempo é feito de invisíveis. Invisíveis como os segredos das coisas que explodem nas estrelas, como as partículas que dançam sem dono no miolo das galáxias.
Parece coisa de física, esse descompasso entre a pressa dos dias e a calma da vida que espera o seu próprio desfecho. A gente é que inventa um relógio que só sabe contar até amanhã. E enquanto os ponteiros giram, vamos ficando velhos – um pouquinho mais cansados e mais perto de quê? Só sei que ao final, o badalar de um sino nos chama de volta ao começo. Os ossos, cansados, se aquecem ao lado de uma lareira qualquer, como quem já não corre, mas escuta: a música do tempo que nunca acaba, mas também nunca fica.
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livrosencaracolados · 1 year ago
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"A Rapariga Que Bebeu a Lua"
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Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: "É claro que há magia na luz das estrelas. Toda a gente o sabe. O luar, esse, bom, é outra história. O luar é mágico. Perguntem a quem quiserem." Todos os anos, o Povo do Protetorado oferece um bebé à bruxa que vive na floresta. Esperam que a oferenda a impeça de aterrorizar a aldeia. Porém, a bruxa, Xan, é um ser amável. Vive com um Monstro do Pântano muito sábio e um Dragão Perfeitamente Minúsculo. Xan salva as crianças e deixa-as no outro lado da floresta com famílias que as desejam. Pelo caminho, vai alimentando os bebés com a luz das estrelas. Certo ano, por acidente, Xan dá de beber luar a um bebé, enchendo uma criança normal de uma magia extraordinária. A bruxa decide, então, criar a menina, a quem dá o nome de Luna. Por volta dos seus 13 anos, Luna começa a sentir a magia e as suas perigosas consequências. Entretanto, um jovem do Protetorado está determinado a libertar o seu povo matando a bruxa. É então que um bando de aves mortíferas com misteriosas intenções se junta ali perto, enquanto um vulcão, adormecido há séculos, ronca debaixo da superfície e uma mulher com um coração de tigre começa a andar à caça...
Aᴜᴛᴏʀᴀ: Kelly Barnhill.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: No Protetorado, um lugar entre um grande pântano e uma floresta tenebrosa habitado por pessoas tristes e anciões traiçoeiros, chegou o dia do Sacrifício, no qual um bebé é abandonado nos limites da cidade e entregue à sua sorte para apaziguar uma bruxa canibal. O sacrifício é uma obrigação anual e como em todas as matérias do Protetorado, corre sempre exatamente de acordo com o plano. Pelo menos corria, até um dia do Sacrífico em particular ser alvo de uma tríade de anomalias, com uma mãe a desafiar a lei, um rapaz a opor-se às práticas dos anciões e uma bebé com uma marca especial na testa a ser oferecida. Felizmente para a bebé, os esquemas dos anciões são arruinados nas suas costas por uma bruxa bem real e nada malvada, Xan, que perplexa pelo costume da população, salva os bebés e leva-os até às Cidades Livres, onde podem crescer felizes. Ora, os planos de Xan também se revelam pouco frutíferos neste dia do Sacrifício, a bebé distrai-a e acaba por beber luar em dozes imensas, o que a torna tão mágica que elimina a opção de ser criada por pessoas normais, ficando a bruxa com esse dever. Infelizmente para ela, para um Monstro do Pântano mais velho do que a magia e para um dragão com complexos de tamanho, criar Luna vem com desafios maiores do que a típica inquietude da infância, e quando a menina começa a transformar rios em bolo e a dar asas a cabras sem ter consciência disso, Xan decide que tem de a parar. Um feitiço dificílimo depois, a imensidão da magia da Luna fica fechada a sete chaves num grãozinho de areia no seu cérebro, aí escondido até ela fazer 13 anos e conseguir compreender a seriedade dos seus poderes. O feitiço acaba por ter implicações mais problemáticas do que previsto quando Xan percebe que não foi só a magia de Luna que foi bloqueada, mas também a sua habilidade de aprender sobre ela ou de sequer reconhecer o conceito. Assim, as ambições da bruxa ficam condenadas ao fracasso, sem poder preparar a rapariga para o desafio que a espera, tudo o que pode fazer é agarrar-se ao tempo que lhe resta com a neta até aos seus treze anos chegarem e o seu corpo pagar o preço do encantamento. Enquanto isso, Antain, um rapaz tão abençoado como amaldiçoado, foi liberto das suas obrigações com os anciões pelos pássaros mortíferos da louca da torre e, longe das atenções do povo, começa a aperceber-se de coisas que nunca ninguém reparou. Disposto a dar uma oportunidade à bruxa do Protetorado, tem essa hipótese arruinada por um mal-entendido, e quando o seu próprio bebé chega ao mundo, decidi colocar um fim à sua era de terror. O relógio continua a avançar e a sementinha na cabeça da Luna vai abrindo. Quando mapas, origamis e mensagens em papel começam a brotar do nada e a pairar, ruínas de castelos passam a falar, uma mulher enclausurada consegue escapar e histórias antes tão firmes como verdades ameaçam desabar, há pouco de familiar que reste a Luna, mas às vezes o que conhecemos tem de cair para algo melhor se levantar.
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: É puramente fantástica, uma das mais deslumbrantes que já li. Mesmo que este livro não fosse de fantasia, tenho a certeza que a escrita passaria a sensação de magia para o leitor, então o facto de ser, significa que a prosa reforça as sensações e o ambiente que a autora quer criar. A parte mais impressionante é o facto de a beleza da prosa não se alicerçar em exageros de metáforas ou em esforços de atingir profundidade, a habilidade da escritora está simplesmente presente nas suas palavras, e essa é a maior marca de talento que há.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: Este livro GRITA futuro clássico. A escritora não só criou um mundo detalhadamente articulado, mas uma história que tem coisas a dizer por todos os cantos. A grande maioria do livro é passado a construir em frente dos olhos do leitor esse mundo, a dar a conhecer cada vez mais as dinâmicas do funcionamento das populações que vivem de formas completamente opostas e o porquê do desfasamento entre elas. Foi tudo pensado, desde o porquê do Protetorado viver em pobreza, à forma como sobrevivem, a como caíram na nuvem de melancolia e cegueira que os impede de perceber que há um mundo lá fora... Há tanto de magia e maravilha como de praticidade e escuridão, o equilíbrio é um feito notável que acaba por permitir que o texto seja acessível e apelativo a várias idades, sem excluir ninguém. A nível da explicação de como a magia existe e se manifesta, também não há nenhum defeito a apontar, a escritora expressa-o perfeitamente e parece tão claro como uma ciência, é quase como se sempre soubéssemos os efeitos que cada quantidade de magia tem, de tão óbvio. A melhor parte deste livro é, sem dúvida nenhuma, a forma como todos os aspetos que foram introduzidos lentamente e sem aparente conexão, se acabam por interligar e encaixar tão perfeitamente como peças de puzzle, nas últimas 100 páginas são feitos cliques contínuos no nosso cérebro que são tão satisfatórios que nos empurram a ler mais e mais porque, afinal, nada é por acaso. A nível da progressão da história, é que posso colocar um senão, foi sendo criado um clímax ao longo das páginas e para o fim, apesar de todas as pontas soltas serem abordadas e resolvidas, parece que todo o perigo que era esperado se evapora, que a batalha final não se alinha com o que estava a ser aludido apesar de o grande vilão por trás de tudo ter a capacidade para isso. Foi uma pena.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: Todos os personagens BRILHAM. A Luna é a estrela, claro (ou a lua devo dizer), mas o seu percurso está interligado com o dos outros de forma genial. Ela começa o livro como alguém inconsciente que radia tanta magia como uma fonte jorra água, e faz sentido, é uma criança criada num ambiente cheio de amor que lhe permite ser ela própria sem reservas, mas quando lhe retiram a magia, sem ela se aperceber sequer, é obrigada a começar do zero e a adquirir todo o outro conhecimento que existe para equilibrar a balança. É com tudo isso que, quando a magia volta a aparecer, ela tem os recursos para se tornar em quem estava destinada a ser. Mais interessante ainda é o facto dela funcionar como um paralelo de Xan. A magia apareceu na vida de Xan como na de Luna, a bruxa foi criada por espécies de "Fadas Madrinhas" que a guiaram como ela e os companheiros guiaram a Luna e, foi destinada a ver o seu guardião, a pessoa que mais amava no mundo, definhar e desaparecer por ter tentado proteger os seus rios de poder dos interesseiros, como a Luna foi. As duas passam por jornadas impossivelmente parecidas e só quando largam a teimosia e se juntam é que percebem o quanto podem criar. Antes da Luna, Xan viveu uma vida infinitamente mais longa do que esperava, com muito propósito e pouca felicidade, mas é através das lições que a rapariga lhe ensina que ganha a força para confrontar os demónios que há tanto a atormentavam, alcançando a realização que finalmente lhe permite partir em paz. Já a louca da torre, a mãe da Luna, é uma personagem poderosíssima que eu não só vejo como uma desafiadora do conceito de loucura, mas como alguém que o humaniza. É mais do que mostrado que no início ela era alguém tão "normal" como os outros, e que foi por consequência de ter desafiado as normais impostas que foi severamente castigada e encurralada num sítio de tanta dor que era inevitável que perdesse a sanidade. A sua loucura beneficia as pessoas no poder e alimenta um sistema que só as favorece a elas, daí não haver qualquer tipo de ajuda ou sequer compaixão presente, foi criada uma imagem à volta do seu estado mental que a isola. Na verdade, ela é uma vítima e tudo o que fez para se encontrar na sua posição miserável foi deixar que o amor pela filha vencesse o medo dos líderes. Acho que esta ideia diz o suficiente para eu não ter que explicar as suas ramificações para o mundo real. Podia também falar de Antain e Ethyne, mas vou rematar este tópico com uma consideração sobre os vilões. Os antagonistas costumam cair em dois clichés: ou são completamente horríveis e irredimíveis e não há um pingo de humanidade neles, ou então começam com uma imagem má que vai sendo minada ao longo da história porque se vê que o escritor claramente quer desculpar todos os feitos do seu vilão para lhe dar um parceiro romântico (isto não no sentido bem feito do trabalho para a redenção, mas no de alguém que continuamente faz coisas imagináveis ser perdoado só por ser bonito e ter tido um passado traumático). Aqui, isso não acontece. Neste livro, os maus da fita vão mostrando fraquezas e acabam por revelar humanidade e como o sofrimento os moldou, e isso permite-lhes alguma compaixão, mas nunca lhes garante um perdão imediato, isso fica sempre como uma porta aberta que lhes cabe a eles atravessar. Mais importante ainda, o facto de eles terem sentimentos por baixo da malvadez não lhes ativa instantaneamente os instintos bons, eles acabam por escolher não mudar a forma como são e, de uma forma bastante kármica, o seu castigo é uma solidão melancólica e impotente que lhes vai durar até ao fim dos seus dias, condenando-os a serem esquecidos em prol de toda a felicidade que agora inunda o Protetorado. Estes vilões dão-nos uma lição muito importante, ter empatia e compaixão pelo sofrimento de alguém não tem de significar subjugarmo-nos à sua presença, as pessoas são quem escolhem ser e a bondade também se aplica a perceber que ambientes são benéficos para nós próprios.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: Só existe o de Ethyne e Aintain e embora não se passe muito tempo a falar disso ou de como ficaram juntos, o efeito que têm um sobre o outro está explícito, e é lindo.
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: O início e o fim são absolutamente cativantes, é um livro tão rico! Exatamente por ter tanto material incrível é que dá a sensação que devia estar dividido em dois, para certas partes se alongarem e se poder "espremer" toda a riqueza sem apressar outras. Desta forma, perdi alguma concentração no meio da história, o que é realmente triste.
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: É uma história belíssima sobre o poder do conhecimento, do amor, da dor e, principalmente, das próprias histórias. A quantidade de comentários sociais que eu fui encontrando é incrível, é como entrar numa mina de diamantes.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ:⭐⭐⭐⭐+ ½
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: Acho que a partir dos 13, 14 este livro já começa a ser lido com alguma clareza. Tal como os clássicos do Peter Pan e afins, é o tipo de história mágica que com tanto que tem a dizer, esconde muitas camadas por trás da fantasia e pode ser sempre redescoberto quando se tem mais idade e consciência.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: Se há uma certeza que eu tenho, é que vou ler mais obras da Kelly Barnhil. Para fãs de dragões grandes e pequenos, monstros poéticos, ambientes sombrios, objetos que concedem poderes para lá do imaginável, sociedades secretas que escondem bibliotecas cheias de conhecimento e o conceito da família ser o que escolhemos que seja...é isto aqui. RECOMENDO.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: A Rapariga que Bebeu a Lua, Kelly Barnhill - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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dayeliasmeusversos · 1 year ago
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Ânsia de viver
A vida é breve, passageira e intensa,
E eu tenho urgência em cada momento vivido.
Corro contra o tempo, não deixando que fuja,
Pois quero saborear o doce néctar do destino.
Cada segundo é uma preciosidade rara,
Que se desfaz nas mãos como areia fina.
Sigo em busca de risos, abraços e paixões,
Percorrendo os caminhos com uma ânsia divina.
Não quero desperdiçar nem um segundo,
Pois sei que o tempo não espera por ninguém.
Quero sentir a harmonia das emoções intensas,
E viver a vida como se fosse um eterno bem.
O relógio pode marcar os ponteiros,
Mas não dita o ritmo do meu pulsar.
Vivo com a alma repleta de urgência,
Sabendo que cada instante é precioso a se desvendar.
Assim, seguindo o fluxo do tempo veloz,
Eu mergulho de cabeça nas águas da existência.
Colhendo flores, aprendendo com dores,
E aproveitando cada chance, com total consciência.
A vida é breve e eu tenho urgência de viver,
Explorando cada canto, cada sonho e cada amor.
Não desperdiçarei meu tempo com o vazio,
Pois a urgência está em viver plenamente, com fervor.
Day Elias
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analuzir · 5 months ago
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Relógio de areia
Não é o que ficou, é o que foi
É o que sinto pelo que não se registrou em forma física
Quando damos lugar à emotividade de quem lateja
Lindo é o retrato, Incrível é o instante.
Ana Luiza Barcelos de Brito, 2016
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studio-des-br · 5 months ago
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Coisas que eu sei
Song by Danni Carlos
Eu quero ficar perto
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
O meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém
Ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o play
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado pra visitação
Coisas que eu sei
O medo mora perto das ideias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia
Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei
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omeulirico · 2 years ago
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me sinto tão confusa
perdida em meu próprio labirinto de pensamentos.
e todos os dias parecem o mesmo no fim
respirando e ardendo, respirando e ardendo
gritando e ninguém ouvindo.
o tic-tac do relógio dói
é como um lembrete de “você é tão insignificante.
você é tão desnecessário.”
sinto como se fosse apenas mais um,
mais um grão de areia sem sentido.
odeio que o meu máximo não seja suficiente
sempre correndo para estar um passo atrás
dando tudo de mim para receber “você podia ter se esforçando mais”
por que isso é pesado? eu sou o problema?
eu sei que sou capaz
mas porque tudo conspira dizendo o contrário?
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navegadorsolitario · 7 months ago
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@devsndrs
Robert não sabia como foi parar na praia. Talvez já estivesse ali desde o começo da noite, já que suas roupas estavam molhadas e o rapaz vagava pela areia afastando-se das ondas. Queria poder pensar melhor sobre o que se recordava antes de chegar ali, mas sua cabeça estava latejando. Robert elevou a mão até a testa, percebendo sangue ali escorrendo, descendo quente pelo canto do seu rosto, destacando-se das gotas de água geladas caindo de seu cabelo molhado. Percebeu alguém se aproximando, voltando-se rapidamente para a pessoa. "Estou bem. Estou bem." Disse, antes de perceber que era Devon. Ele até tentaria sorrir e cumprimentá-la, relembrando-se das memórias boas da última festa do reino. A que achou que esqueceria. Era ruim que estivesse ali na praia, com um ferimento na testa e sem se lembrar de como saiu do seu quarto e foi parar ali? Sim. Mas era bom ainda ter as lembranças com Devon que compartilharam no evento? Também. Ele suspirou, sentando-se na areia, sem ser capaz de dar mais nenhum passo antes de se acalmar. "Eu... não sei como vim parar aqui. Só lembro de umas badaladas de um relógio e..." Começou a se explicar, como se fosse necessário. Elevou o olhar para Devon, meio que agradecido por ela estar ali. Não aguentaria que estivesse sozinho naquele momento... Aquela palavra despertou um certo pânico dentro de si, recordando-se que isso era parte de seu destino ali no mundo das histórias. Parte do conto do Navegador Solitário. Robert passou a mão no ferimento de novo, afastando-a e fazendo uma careta assim que sentiu a dor. Parecia ruim, mas pelo menos não tão profundo. "Deus... eu... devo ter ido para o mar e... por que eu não me lembro?"
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maodevenus · 11 months ago
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IV
Todo um dia dourado e luminoso como uma cebola, um dia do qual desfralde o verão sua tórrida bandeira onde se perde quando a noite o amassou como a uma uva e noturno é o vinho da sombra, a taça da noite ficou repleta de sal que brilha no céu e vinho negro Onde está o dia que deve voltar? Onde morreu o navio? Mas para voltar ao número atemos o diamante. E no centro da água como um calafrio desliza e verde é o sussurro do verão que foge das cidades até a selva verde e se detém prontamente na areia: tem mãos de eclipse, rabo de ouro, e segue até que o grande suspiro da noite o venha envolver em sua adega: é um tapete elétrico adormecido por um ano de noites, por um século de relógios escuros e vai caindo cada dia o dia do verão nesta noite aberta e brota o sangue claro da melancia, ressuscita cantando em língua louca até que se adelgace e gota a gota se encha de buracos, de lenta névoa com patas de musgo de tardes vaporosas como vacas molhadas, de cilindros que encham a terra de amarelo, e de uma angústia como se alguém fosse nascer. É o antigo outono carregado com seu saco e que antes de entrar bate na porta e entra a bruma.
parte 4
Pablo Neruda, o grande verão (1961)
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rhee-hyesu · 2 years ago
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⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀dear diary,
era impensável o que se passava na cabeça da violinista, mil pensamentos percorriam a sua mente naquela madrugada, em seus dias normais tentava se cansar com exercícios, chás, praticando no violino, tudo o que não fez naquele dia, estava exausta, mas não conseguia descansar de nenhuma forma, ser tirada da sua rotina mexia com seu relógio e não havia nada o que fazer. o tempo custava a passar, escutar música clássica em seu aparelho celular não era o suficiente para relaxar, parecia na verdade que piorava tudo, mas tornava as longas horas mais suportáveis. o telefone marcava 5:53 da madrugada e um pouco de luminosidade já era perceptível, mas o sol ainda não havia nascido. hyesu já estava se sentindo sufocada de estar ali naquele quarto, levantou-se, optou apenas por trocar-se de roupa e calçar seus sapatos e saiu dali. precisava de ar fresco e nada melhor que o mar para providenciar isso, a coreana evitou ao máximo de fazer barulho, mas quando chegou na areia, começou a sentir dificuldade de caminhar direito ainda, era muito estranho, mas continuou por ali até que seguindo um pouco mais para frente vislumbrou formações rochosas, era perfeito. a violinista andou toda desengonçada até chegar lá, particularmente fora um pouco difícil sem escorregar, mas assim que subiu respirou fundo, parecia perfeito, logo foi caminhando por ali até encontrar uma pessoa ali, aproximando-se mais um pouco percebeu que se tratava de @songsejun, não demorou que a garota chegasse mais perto e tentasse falar. “com licença...” falou baixinho não querendo assustá-lo. “posso me sentar aqui? juro que fico caladinha” apontou para o lado dele. 
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⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀sincerely,
⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀rhee hyesu
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melancolica-mente · 2 years ago
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Vazio
Sentimento inexistente, invisível. Às vezes me questiono se ele é real. Esse vazio pungente, espesso.
É como areia movediça: quando mais tento me mover, mais afundo nele. Não existe possível descrição para aquilo que não é, que não está. É impossível maquiar um um furo, uma fenda, um abismo. Preenchê-lo é inútil, a adrenalina do mundano dura pouco, sugada pelo buraco negro do vazio.
É desesperador, enlouquecedor e, ainda assim, não faz nada comigo. É como se nem estivesse ali. Presença pesada, suga a identidade, difícil de ignorar sua ausência
Apatia, indiferença, desinteresse, nenhum adjetivo é capaz de torná-lo belo ou feio. É o ápice da neutralidade. Ele não se dá muita bola para as coisas, para quê? A preocupação chega, será que tem algo errado? Mas e daí se tem?
Vazio não se importa. Vazio nem existe, como pode sentir?
Vazio é o fantasma da existência. Deitar na cama, ver as horas vazias passarem pelo relógio, fugazes, sem significado. É a insônia da epifania da vulgaridade da vida. É goteira chata no teto da consciência que ninguém percebe.
Ele te assombra incansavelmente, mas ninguém enxerga ele.
Vazio é vago, solitário
Como não é sentimento, não se pode expressar, ele fica preso na cavidade onde deveria estar a alma, latente, impassível.
Vazio é corte velho que não cura. É viver sob anestesia por um dia, um ano.
Por uma vida.
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trontenielsen · 2 years ago
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Efêmero Amor
Quanto tempo ainda tenho para te amar, Quanto tempo o tempo nos manterá longe, Qual escolha fizemos que nos mantém distantes?
Ecoam as perguntas no silêncio da alma, Nossos corações, outrora unidos, se apartam, Emaranhados nos fios do destino implacável.
O relógio implacável marca seus compassos, O passado escorre pelos dedos como areia, Enquanto o futuro se esconde em véus sombrios.
O amor que se nutria de luz e esperança, Encontra-se envolto em sombras e incertezas, Como uma flor delicada que murcha no inverno.
A distância, um abismo entre dois caminhos, Nos separam as estradas que escolhemos seguir, E as escolhas que moldam nosso destino.
Nas noites de silêncio, ecoam nossas vozes, Os ecos dos suspiros que se perderam no vento, Enquanto a saudade tece uma teia de lembranças.
Talvez o tempo possa ser nosso aliado, Reunindo nossos passos em um novo horizonte, Onde nossos olhos se reencontrem em doce encanto.
Mas, por ora, nos resta o desafio da espera, Enquanto o relógio do destino tiquetaqueia, E o amor resiste, paciente, em seu enlevo.
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kaduz4o · 2 years ago
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A S.at1sf4ção de um D3s3j0 (Conto)
Estava sentindo-se estagnado. Levantou da cama, pegou a mala que estava em cima do guarda roupas, retirou o pó da mesma, enchê-la de roupas e partiu. Foi para o rio de janeiro. Estava cansado da falta de inspiração, da falta de aventura, da falta de contato social com pessoas estimulantes, estava cansado de ser humilhado e um coitadinho. Estava cansado da deficiência material.
Quando chegou ao Rio de Janeiro, um ar novo entrou em seus pulmões, a cidade era realmente maravilhosa, queria mulheres. Foi até a praia, a sensação de penetrar em um novo ambiente é intensamente única, e o Rio de Janeiro era agressivo. A eletricidade no ar, a sensação de que algo grandioso estaria prestes a acontecer a qualquer momento, o instigava. Na praia, sentado na areia, observando o mar, fechou os olhos, e logo foi despertado pelo riso de algumas meninas que brincavam juntas e contavam piadas umas às outras.
Uma delas, a mais moreninha, de cabelos ondulados, sorriu para ele. Seus lábios, caíram em um sorriso amarelo. ele estava fingindo. era tão teatral. quis passar a impressão de tímido, mesmo timidez não tendo nada a ver com ele. a menina continuou a encará-lo e jogou o cabelo por sobre o ombro, ele levantou-se e foi até lá.
- Olá. - disse ele, sorriu e esperou.
- Ei - disse ela.
- qual seu nome? - perguntou.
- Ana Julia. - ela o olhou de baixo para cima como ele gostava daquele olhar, transbordante de submissão.
- Quer sair daqui e ir para outro lugar Ana Julia?
- Agora não dá, estou com minhas amigas. Mas a noite estou livre, se quiser fazer alguma coisa, andar na orla ou sei lá.
Ele pensou por um momento.
- Okay, pode ser. Me dê seu número, mais tarde te ligo.
A garota recitou e ele anotou.
Te vejo mais tarde. disse ele dando uma piscadela com o olho esquerdo e afastando-se, andando de costas. Ela sorriu e novamente arrumou um chumaço de cabelo liso que escapava de trás da orelha.
Com sua mochila nas costas, procurou um hotel que não ficasse muito longe dali, conversou um pouco com a atendente e subiu para seu o quarto. Tomou banho, tirou a areia do corpo, calçou o chinelo, vestiu uma nova bermuda, essa preta com listras brancas e azuis prateadas, colocou uma regata branca, o colar de prata, relógio no pulso esquerdo. um brinco discreto na orelha esquerda, e piercing na narina direita, bagunçou os cabelos lisos alá esqueitista, foi até o espelho do hotel, gostou do que viu, deu uma piscadela para si mesmo e desceu sem dizer nada.
Julia estava sentada na areia de Copacabana, bem perto do lugar onde se conheceram, cinco horas haviam se passado desde seu último encontro.
- oi disse ele. - chegando de mansinho e dando um abraço por trás e beijando a bochecha dela, logo em seguida passando sua própria bochecha pelo pescoço dela. como um carinho de gato. ela sorriu, se encolheu um pouco, como se estivesse arrepiada, e um pouco deslocada. Ele rapidamente levantou-se e deu a mão para ela, ajudou-a a levantar, Julia usava uma espécie de saia muito fina, que dava para ver suas coxas e o biquíni que usava. sua bunda era gigante e ele não deixou de nota-la. seus braços esguios, seu cabelo preto estava totalmente visível e cobria toda a região das costas, toda aquela feminilidade o deixava encantado, como se houvesse um misto de feitiço em torno da rapariga.
Andaram pela praia de mãos dadas, o sol acabara de se pôr, e as luzes da praia agora estavam acesas, a lua não estava no céu aquela noite, mas o aroma da brisa do mar penetrava os pulmões do garoto, deixando-o inspirado. O vento soprava nos coqueiros, e eles andavam abraçados agora. Pararam no meio do percurso, o vento soprava nos cabelos de Julia, o garoto os arrumou dessa vez, e passando a mão lentamente pelo rosto dela, segurou sua face direita, trazendo-a para junto dele. O beijo demorou mais do que o esperado, a língua suave pressionada contra a dele que se mexia como louca na boca de Julia, os corpos ficando quentes, a mão esquerda do rapaz precisando e trazendo ainda mais para perto de si a cintura de Julia, com sua mão direita do pescoço foi para a nuca e dali para os cabelos da dócil donzela. Julia passou suas mãos de unhas longas na barriga dele, e um tremor percorreu o rapaz. Os pássaros que voavam ao longe emitiram um ruído, e enquanto seu membro inchava e ele segurava com uma das mãos o dorso da cintura de Julia e com a outras apertava sua bunda....
ele despertou.
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cansada-de-viver · 2 years ago
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Eu quero ficar perto
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
O meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém
Ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o play
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado pra visitação
Coisas que eu sei
O medo mora perto das ideias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia
Agora eu sei
🎧
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