#o dia dos mortos
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criticodellorrore · 7 months ago
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Day of the Dead, 1985
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"O Dia dos Mortos" de 1985, dirigido pelo mestre George A. Romero, é uma obra-prima do cinema de terror que transcende o mero entretenimento para se tornar uma reflexão profunda sobre a natureza humana e a sociedade. Neste terceiro capítulo da icônica trilogia dos mortos-vivos, Romero oferece uma narrativa densa e sombria que explora as complexidades das relações humanas em um mundo pós-apocalíptico.
Através de uma atmosfera claustrofóbica e um roteiro afiado, Romero nos conduz a um cenário de desespero e paranoia, onde os sobreviventes lutam não apenas contra os mortos-vivos, mas também contra seus próprios demônios internos. A brilhante atuação do elenco, especialmente de Lori Cardille como a resoluta Dra. Sarah Bowman, adiciona camadas de autenticidade e emoção ao filme.
Os efeitos especiais, a cargo do lendário Tom Savini, são um espetáculo à parte, apresentando algumas das cenas mais memoráveis e aterrorizantes do gênero. As criaturas de Romero não são meros monstros; são representações de uma humanidade perdida, evocando tanto horror quanto piedade.
Além do terror visceral, "O Dia dos Mortos" destaca-se pela crítica social subjacente, abordando temas como a militarização, a ciência sem ética e a desintegração da civilidade. Romero utiliza o apocalipse zumbi como uma metáfora poderosa para discutir a desumanização e a luta pelo poder em tempos de crise.
Em resumo, "O Dia dos Mortos" é uma obra essencial para os aficionados por filmes de terror e um testamento duradouro da genialidade de George A. Romero. Sua combinação de horror, drama psicológico e crítica social continua a ressoar, solidificando seu status como um clássico intemporal.
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ratfc · 9 days ago
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Alguém me explique como é que no golo do adeyemi na sequência do livre do trincas quem consegue fazer o sprint para defender é o maxi o morita e o edu (e o trincas tb).......... Se isto não prova que foi défice físico não sei
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gimmenctar · 4 months ago
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lip and hip
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haechan x leitora. 1054k. rapidinha & dirty talk.
férias. fim de ano. friozinho de montanha. airbnb lotado com seus amigos que, no momento, estão no décimo oitavo sono.
você revira na cama outra vez. a sede te acordou, mas a preguiça de ir até a cozinha pegar água te faz enrolar por bons minutos. fita o escuro por algum tempo sem ver um palmo à sua frente até que seus olhos se ajustem. por fim, com um suspiro inconformado, chuta a coberta pra longe e se levanta a fim de um copo bem gelado d’água.
passando rapidamente pela sala, nota que alguém está jogando vídeo game na madrugada. devido ao sono e ao encosto alto do sofá, é difícil reconhecer quem está esparramado ali.
já na cozinha, o copo de vidro sua imediatamente com a temperatura fria do líquido que cessa a sequidão da sua garganta, e seu corpo desperta um pouco mais com o agrado. talvez não conseguisse voltar a dormir.
dirige-se ao outro cômodo com o propósito não só de matar a curiosidade acerca do jogador noturno, mas também de ter companhia até que seu corpo pedisse pelo seu travesseiro novamente.
aproxima-se devagar para não ser percebida, e assim que a pele bronzeada, os cabelos escuros e as pintinhas na bochecha de haechan entram no seu campo de visão, trata de assustá-lo.
“bu!”
o corpo alheio treme momentaneamente, te fazendo rir baixinho. o boneco do gta para o que estava fazendo porque o controle caiu das mãos do jogador de coração acelerado.
“garota maluca.” ele põe uma das mãos no peito e tenta assimilar o susto. pega o console do chão e volta a jogar mais ou menos, ainda ralhando pela sua presença repentina.
“por que não vai dormir? tá sem sono?” senta-se no espaço vazio ao lado de lee, encolhendo o corpo por causa da brisa gélida que entra pela janela entreaberta.
“ia te perguntar a mesma coisa.” seu olhar cai sobre o corpinho friento. “tá com frio?” você balança a cabeça. “vem cá.” ele bate numa das pernas com as mãos e abre os braços para te convidar ao seu colo.
você engatinha e se ajeita nas coxas de haechan, sentando-se sobre elas, pondo uma perna de cada lado do garoto. escuta sua risada leve borbulhar no peito quentinho ao recostar-se sobre seu ombro. aproveitando o pescoço aquecido também, encosta a pontinha do nariz em sua pele, fazendo com que ele puxasse ar entre os dentes.
“tá que nem um morto, cruz credo.”
“é normal ficar com a pele gelada no frio, não sei como você tá quentinho assim.”
“é um dom.” responde convencido, já concentrado na tela outra vez.
ao invés de refutar, você se aninha mais contra o embalo de hyuck a fim de se aquecer mais rápido. ele te envolve com os braços e apoia as mãos na tua lombar, dá pra sentir seus dedos rápidos mexendo nos botões do controle.
mesmo tarde na madrugada, o perfume leve pós-banho ainda não saiu da pele cálida de lee. “hm. cheiroso.” você murmura com o rosto colado nele, deixando um beijinho em seguida. não resistiu.
as mãos dele travam um instante.
“não começa.” ele alerta, mas o tom é desafiador. poderia começar sim, se quisesse.
em vez de ficar quietinha, não, você insiste e dá outro beijo, mas desta vez mais demorado — parte sua quis provocar, a outra apenas se deixou levar pelo momento.
haechan cerra as pálpebras ao sentir os batimentos acelerarem pela leve onda de prazer que percorre seu corpo, ele aperta o controle com força. é muito ruim ser sensível assim.
arriscando um pouco mais, usa a língua no terceiro selar, sentindo a pele doce no paladar. ele finalmente larga o bendito videogame para acariciar tua cintura sob o pano grosso de sua camiseta.
para te dar mais acesso, hyuck encosta a cabeça na almofada. entendendo o sinal, seus beijos se intensificam, explorando desde o trapézio, passando por todos pontos que o enfraquecem, até finalmente chegar nos lábios cheinhos e macios.
já faz um tempo desde que se beijaram a última vez, especificamente 15 dias. tiveram de contar. o culpado? bem…
“sempre quis beijar alguém de piercing.”
o sussurro vem depois da mordida carinhosa que deixa no lábio inferior do lee. ele ri fraco. a argolinha prateada enfeita o rosto perfeitinho.
“tava com saudade.” ele rouba outro beijo. “sabia?”
“sabia, você não disfarça muito bem.”
haechan ameaça te levantar, mas você ri, apertando as coxas contra ele. “não, amor, eu também tava. juro.”
“é? mostra então.”
não precisa responder com palavras. suas mãos puxam o garoto de volta para um beijo lento, com intenções claras de expor seus desejos latentes que se encostam devagarinho também.
quem te faz rebolar é ele. pede discretamente com as mãos primeiro ao que você atende, sentindo a ereção crescer debaixo de si.
“quero mais, hyuck.”
“sabia que você não ia aguentar ficar sem pedir.”
“eu posso ir pedir ao jeno.”
“não fala merda.”
enquanto se bicam, também se livram das camadas que os atrapalhavam. você guia a cabecinha a se lambuzar com teu mel, provocando a vulva com o membro.
“enfia logo, amor.” pede entredentes, te sentir assim o deixa tonto. precisa te comer. “ah! putamerda.”
você afunda de uma vez, acostumada com o tamanho e com a espessura. habilidosa, apoia-se nos ombros de haechan pra brincar com a cadência.
ele revira os olhos e joga a cabeça pra trás, o barulho molhado mandando sua consciência pra puta que pariu. “fode, bem assim, cachorra.”
mudando a tática bem na hora do apelido, haechan te atinge mais fundo e mais gostoso. você geme só pra ele, apertando sua extensão sem querer.
“hyuck… caralho.”
“você gosta né? cachorra. porra, senta gostoso, vai. senta que nem a puta que você é.”
e o pior é que funciona. toda. vez. sempre que a boquinha suja dele te ofende, seu melzinho escorre muito mais.
as paredes grossas não permitem seus gemidos ecoarem, então você o recompensa com muitos. a cada palavra que sai dos lábios adornados de hyuck, apenas sons incoerentes saem dos teus. o pau de lee te preenche tão bem que tira tua capacidade de raciocinar.
assim, entre xingamentos, o nome de haechan e pedidos imodestos pra que você foda mais, ele te faz ver estrelas e, com as mordidas da sua buceta bem comida, acaba metendo o leitinho pra dentro.
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voarias · 2 years ago
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mar morto
eu não tenho medo de ondas agitadas, baby eu tenho medo é do mar morto. entre altos e baixos o que me assusta é a possibilidade do nada é a vontade de coisa alguma onde nada é absolutamente ruim mas também nada é absolutamente bom você me entende? não são as emoções que me assustam o coração acelerado o aperto na garganta porque isso significa que eu vivo que o ar circula em meus pulmões que o meu coração bombeia sangue pro resto do corpo com um propósito, uma razão me assusta a ausência me assusta a sensação de que os dias passam e tudo continua a mesma coisa
[o grito preso na garganta]
voarias
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papeispelajanela · 4 months ago
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Hoje eu parei pra me perguntar se eu era bom o suficiente pra estar do seu lado. Às vezes os dias são cinza dentro de mim. Hoje me bateu uma angústia de pensar num plano aonde você não está. Me deu uma dor aguda, fina e intensa. Daquele tipo que te imobiliza de madrugada e te faz se encolher em si, torcendo pra tudo desaparecer. Hoje eu parei pra me perguntar se eu era bom o suficiente pra estar do seu lado. E hoje, só hoje, a angústia fez morada, no céu não veio Sol e meu olhar se viu fosco no espelho. Maldita segunda feira de frio, aonde corações palpitam fracos, quase mortos e bebidas são amargas trazendo sorrisos amarelos e semblantes cinza.
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diariodeumdesistente · 8 days ago
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O dia em que eu matei meu pai
pra começo de conversa, eu amo meu pai. e como segunda informação, eu o odeio em todos os dias da minha vida desde os meus 15 anos. eu o amo porque ele sempre esteve lá. eu o odeio porque ele nunca esteve. meu pai é um homem que sempre trabalhou muito e sempre trabalhou duro. e isso não é uma coisa boa, como você, caro leitor, vai notar em algumas linhas. ele tinha um emprego ótimo, tinha o carro do ano, roupa boa e um ego imenso. e nunca parava em casa. eu o via com a maior admiração que se pode ter por alguém. aquele cara alto, de roupa social, que falava sobre política e economia e que parecia ter a resposta para todas as perguntas. ele era meu ídolo, meu melhor amigo e meu herói. eu tentava imitá-lo quando criança. usava as camisas grandes dele como se fossem capas de super-herói. eu ficava sentado na sala, ouvindo ele falar sobre política, fingindo que entendia. eu queria ser ele. só que os anos 90 foram cruéis e graças às sucessivas crises causadas pelo FHC, ele perdeu o emprego e passou a pular de galho em galho, de bico em bico, vivendo de pequenos empregos e baixos salários. só que trabalhar sempre foi a base da personalidade dele, e quando isso acabou, toda a alegria dele acabou junto. meu pai nunca me bateu, esteve sempre em casa, até me levava pra escola, mas isso não foi o suficiente pra eu me sentir acolhido. quando eu entrei na puberdade tudo só piorou. eu discordava de tudo que ele falava, e ele discordava de tudo que eu falava. a gente começou a brigar demais e, pouco a pouco, eu perdi o meu melhor amigo. meu pai parou de me abraçar quando eu fiz 14 anos. ele me abraçou, desejou feliz aniversário e disse agora você é um homem. mas eu não sabia que ser um homem significava não ser abraçado pelo meu pai pelos próximos vinte anos. eu não queria ser um homem, eu queria ser um adolescente. eu não queria ser um homem, eu queria meu pai. nós brigamos todos os dias pelos próximos três anos. até os meus 17, eu passei mais tempo sem falar com ele do que falando, e isso só começou a melhorar um pouco quando eu arrumei meu primeiro emprego, aos 18. naquele dia ele me disse filho, agora você é um homem. aparentemente ser homem significa trabalhar e não dar atenção a quem te ama, e isso é muito, muito triste. quando eu saí de casa, pouco depois disso, as brigas até pararam, mas a gente se afastou ainda mais. foram uns cinco anos sem falar com ele sem ser no natal, nos nossos aniversários ou no enterro do meu tio, irmão dele. eu nunca vi meu pai chorar, e mesmo quando o único irmão morreu, ele continuou frio, impassível. naquele dia, mesmo próximo dos trinta, eu aprendi mais uma coisa com meu pai: um homem não chora nem na pior das situações. nem com a morte da porra do seu irmão. deve ser por isso que eu não choro. deve ser por isso que eu trato todo mundo mal. deve ser por isso que eu odeio meu pai, porque ele me ensinou a odiá-lo. pra incomodá-lo eu comecei a fumar, mas ele, como sempre, fingiu que não viu. assim como ele não me viu ganhando concursos de redação e soletração, assim como ele não viu que eu fiz tatuagens, assim como ele não me viu entupindo o nariz com tanta cocaína por quinze anos. naquele dia eu enterrei o meu tio e meu pai. um estava morto no caixão, e o outro estava morto bem na minha frente mexendo despretensiosamente no celular enquanto todo mundo se comovia. naquele dia eu deixei de enxerga-lo como referência. como bússola moral. como um amigo. naquele dia eu deixei de enxerga-lo como um ser humano. os anos se passaram e ele se desculpou, mas só depois que eu parei de cheirar. ele ficou sabendo depois de uns oito meses que eu estava limpo, me ligou e disse filho, agora você é um homem. eu não quero ser homem, meu velho, eu só quero meu amigo de volta. mas não vou correr atrás. não vou ligar. não vou viajar para vê-lo. eu quero meu amigo de volta, mas eu sei que ele não vai voltar.
13/02/25 – 10:35
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imninahchan · 9 days ago
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'03 ⏤ 𝒍𝒆 𝐧𝐨𝐬𝐨𝐩𝐡𝐨𝐫𝐨𝐬. .   ˙
⠀❛ 𝖨 𝖺𝗆 𝖺𝗇 𝖺𝗉𝗉𝖾𝗍𝗂𝗍𝖾 .   ♰  𝖭𝗈𝗍𝗁𝗂𝗇𝗀 𝗆𝗈𝗋𝖾 .⠀𝖮'𝖾𝗋 𝖼𝖾𝗇𝗍𝗎𝗋𝗂𝖾𝗌 , 𝖺 𝗅𝗈𝖺𝗍𝗁𝗌𝗈𝗆𝖾 𝖻𝖾𝖺𝗌𝗍 , ﹑ ⠀𝖨 𝗅𝖺𝗒 𝗐𝗂𝗍𝗁𝗂𝗇 𝗍𝗁𝖾 𝖽𝖺𝗋𝗄𝖾𝗌𝗍 𝗉𝗂𝗍 .
⠀⠀· 𝗉𝗈𝗌𝗌𝖾𝗌𝗌𝖺̃𝗈 𝗋𝖾𝗅𝗂𝗀𝗂𝖺̃𝗈 𝗁𝗎𝗆𝗉𝗂𝗇𝗀 𝗌𝖺𝗇𝗀𝗎𝖾
⠀⠀· 𝗂𝗇𝗌𝗉𝗂𝗋𝖺𝖽𝗈 𝖾𝗆 𝗇𝗈𝗌𝖿𝖾𝗋𝖺𝗍𝗎 (𝟤𝟢𝟤𝟦)
⠀⠀
⠀⠀
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀❛ ...𝖼𝗈𝗆 𝗎𝗆 𝗂́𝗆𝗉𝖾𝗍𝗈 𝖽𝗈 𝖼𝗈𝗋𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈, 𝖺𝗉𝖾𝗇𝖺𝗌 𝖺 𝗍𝗈𝖼𝖺𝗆𝗈𝗌 - 𝖾 𝗌𝗎𝗌𝗉𝗂𝗋𝖺𝗇𝖽𝗈, 𝖽𝖾𝗂𝗑𝖺𝗆𝗈𝗌 𝖺𝗅𝗂 𝗈𝗌 𝗉𝗋𝗂𝗆𝖾𝗂𝗋𝗈𝗌 𝖿𝗋𝗎𝗍𝗈𝗌 𝖽𝗈 𝗇𝗈𝗌𝗌𝗈 𝖾𝗌𝗉𝗂́𝗋𝗂𝗍𝗈 𝖾 𝗋𝖾𝗀𝗋𝖾𝗌𝗌𝖺𝗆𝗈𝗌 𝖺𝗈 𝗌𝗈𝗆 𝖽𝖺 𝗇𝗈𝗌𝗌𝖺 𝗅𝗂́𝗇𝗀𝗎𝖺 𝗁𝗎𝗆𝖺𝗇𝖺, 𝗇𝖺 𝗊𝗎𝖺𝗅 𝖺𝗌 𝗉𝖺𝗅𝖺𝗏𝗋𝖺𝗌 𝗍𝖾̂𝗆 𝖼𝗈𝗆𝖾𝖼̧𝗈 𝖾 𝖿𝗂𝗇𝗌. ❜
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐀𝐆𝐎𝐒𝐓𝐈𝐍𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐇𝐈𝐏𝐎𝐍𝐀,
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐢𝐬𝐬𝐨̃𝐞𝐬 𝟗.𝟏𝟎
⠀⠀( νοσοφόρος ) você abre a janela. A noite de inverno engole o vilarejo, quem habita os casebres em torno do rio adormece com o pavor dos dias secos e já sonha com a destruição das cheias de veraneio.
A luz da lua enobrece as ruelas tal como o sol que ainda nasce todas as manhãs. Banha a sua pele, dimensões de derme que fariam jus se estivessem cobertas pelo tecido pesado do vestido de moça. À mostra, traja apenas a chemise de linho, levantara da cama e nem mesmo se compusera para guardar-se.
Tinha escutado a voz dele. Dessa vez, tão perto que parecera um sussurro ao pé do ouvido. Vibrara pelo seu corpo, arrepiara os pelos. Foi possível sentir a quentura do ar que abandonara os lábios e, em decorrência da proximidade, alcançara com tanta calidez o seu pescoço.
O vento vem igual um sopro para manter os arrepios intactos; balança as cortinas do quarto. Você recolhe os passos. Embora não veja, sente a presença dele aqui. Seja do túmulo que se levanta, ele ergue os dedos compridos no ar e sua sombra atravessa a vila. Pelas esquinas que passa, deixa para trás a imensidão opaca de seu toque, infectando as calçadas com sua sordidez.
Chega à sua casa. Não bate à porta, adentra. Sobe as escadas, degrau por degrau, sem pressa. Para quem repousa entre colapsos e nascimentos de novos impérios, ânsia não é virtude.
Vaga pelo corredor, ignora os retratos da menina casta que um dia você foi. Gira a maçaneta.
Você vê a sombra refletindo nas paredes do corredor, porém os olhos não captam a verdadeira imagem do anjo das trevas. De certo modo, se desaponta por não te ser revelada a figura ainda, qualquer outra jovem da região choraria de desespero na possibilidade de estar encarar um mal tão grande. Mas você já estava ciente que ele viria. Ele te disse isso; em sussurros, em sonhos. Seu pai te disse isso, sua mãe. Seu padre; se permanecesse nesse trilho ao segundo círculo do Vale dos Ventos, a besta viria ela mesma lhe buscar.
Está frente a frente contigo. Ouve o som do ar que preenche os pulmões mortos dele, que escapa pelas narinas num eterno suspiro. Este feitio é de teu próprio arbítrio? A voz grossa carrega o peso dos oceanos de tempo que atravessara para te encontrar.
— Sim — você concorda. — Eu vos disponho meu corpo e minh'alma como recipiente de vossa sede.
A respiração turbulenta é quase feito a de um predador à espreita. Tão-só não de tua carne ou espírito sinto sede, ele arfa, venho também lhe devorar a mente.
Você sustenta a sua decisão.
— Pois esta, também, será vossa.
É dito que se deve temer as palavras, uma vez que elas selam nosso destino amarrando acasos. Aqui, você acabou de selar o seu.
Seu porvir esgueira pelos lábios secos, desce pela garganta e se espalha pelo interior. Doma de tamanha forma que os músculos paralisam, rijos. Torna-se inviável a entrada de oxigênio, agora que seu corpo mais se assemelha a uma casca.
Estremece. Dói. Tensa. Tão tensa que que a pulsação dos tecidos iguala a intensidade e se externaliza ao ponto de fazer tremer dos pés à cabeça.
Vibra do interior ao exterior. Range os dentes. Cerra os punhos. Os olhos reviram na cavidade óssea e desaparecem no esbranquiçado do globo ocular. A boca se abre, num grito não de socorro mas de gana. Completamente ambiciosa. Da tensão física, desagua num mar de alívio ao sentir os membros formigando.
Os músculos adormecem, leves. É o movimento retrógado de uma pluma em queda, pois você ascende ao ar lentamente. Os pezinhos se despedem do chão frio do quarto para dedilhar sobre as nuvens. Intercedida. Liberta. Não lhe é enfiada nenhuma colher de boas maneiras boca a dentro, é estimulada de ti sua fiel natureza língua a fora.
Desaba.
Cambaleia para trás, escorregando na barra da chemise até as costas baterem na parede. Resmunga, gutural. Se agarra ao pano de algodão da roupa enquanto se contorce. Um calor concentra-se no meio das pernas, no abismo imaculado onde a Virgem canalizara sua glória através do Salvador. Onde lhe foi ensinado que reside, ao mesmo tempo, o pecado. Dali, emana, corrompe o restante do corpo, aquece. É o mais perto que chega das labaredas do tártaro perpétuo.
Não se aguenta sob a peça, rasga. Se ergue do chão aos berros de alforria para revelar o receptáculo de tanta luxúria. Engatinha sobre a cama, amarrota os lençóis, destrói a organização. Abraçando-se aos travesseiros, as pernas inquietas dão conta de encaixar um entre elas. O contato é áspero, claro, mas também é o único que pode apaziguar o desejo.
O quadril se move, circulando, o preço de se livrar da aflição é sustentar um nó que se aperta na boca do estômago quanto mais se esfrega na fronha. Já se esbarrou nessa sensação antes. Nas noites de calor, como essa, vagava desesperada pelo cômodo enquanto buscava incontrolavelmente alívio através da fricção contra a quina da mesa, os pés da cama, ao mesmo do aperto de uma perna na outra. Nunca, entretanto, foi capaz de esticar de vez o nó. De puxá-lo até o fim. Um sentimento se alimentava infinitamente sem jamais poder se completar. Faltava coragem, transbordava medo e uma culpa feito uma cruz pesada demais para carregar no outro dia até a igreja.
Hoje, por fim, sobra audácia.
— Contemplai-o — a voz áspera reverbera pelo quarto, rouba por inteiro a sua atenção —, a dama sucumbe-se ao sacrilégio mortal.
Sua feição adocica ao vê-lo diante de si: o sobrolho une, os olhos brilham, a voz ecoa baixinha e melosa.
— Libertastes-me de meu confinamento, senhor. — Ergue as mãos, arrastando-se até a beirada da cama, mais próxima dele. — E por vós sou grata pela minha vida.
Contra a luz da lua que penetra pela janela, o desenho da silhueta da criatura lhe parece ainda mais mística. Alto, robusto, coberto pelo manto pesado. Expulsa o ar junto de um resmungo profundo.
— És condenável como uma meretriz — fala. — Não tens em teu corpo a candura Santíssima, és Eva que se recorda do Paraíso.
— Eu vos sinto, uma serpente rastejando pela minha pele...
— Teu despudor desafia meu repouso, me condena a viver na morte — a mão grande se aproxima para tocar o seu rosto —, faminto eternamente por sangue vivo.
Você pende a cabeça para o lado, alinha a bochecha na palma fria.
— Provaria de mim? — pergunta, sensível.
Ele respira fundo, tal como um animal violento.
— Eu tenho fome pelo que é impuro. — As unhas apontam na sua pele, os dedos longos sequestram seu maxilar. — Eu sou um apetite. Nada mais.
Quando se deseja, uma parte que lhe é pertencente te é perdida. ❛Um buraco está sendo roído em [meus] órgãos❜, canta Safo. Eros é expropriação. Ora, sua mãe, Afrodite, vem da dor da castração, nascida da espuma ao redor das genitais decepadas de Urano. Assim, pois, o amor não pode existir sem a perda do conforto. O amante é um perdedor. Você perde.
Perde a saúde da pele do colo, do vale entre os seios, quando os dentes pontiagudos fincam profundo. Perde o ar, perde a força. Mas, em compensação, não se dissipa o deleite. Arde mais do que nunca, não só pela ferida. Te sugado o sangue carmesim, e preenchido a energia da volúpia. A sensação familiar se firma e se firma, estabelece, ganha espaço, estica a linha do nó.
Pela primeira vez, vai até o fim. O corpo formiga, a vista nubla. Derrama. Desliga. É o mais perto que chega da morte.
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idollete · 10 months ago
Note
juju acabei de ver um tiktok e queria saber sua opinião 💭 qual seria a reação dos meninos se a lobinha pedisse ajuda do tipo “tem como vc vir aqui em casa me ajudar a arrumar minha mala?” e eles pensando que ela tá dando O Sinal de que a noite promete mas aí quando eles chegam na casa dela a mala tá aberta em cima da cama e ela assim “uerr achou que a gente ia fazer o que?”
LDJEOSJWPSJWONAAOABOSNW isso aqui é simplesmente 🤌🏻 vou te dizer que penso que o cast pode ser dividido entre os seguintes grupos:
1. os que ficariam exatamente 🧍🏻‍♂️ assim porque só não chegaram de pau pra fora porque é atentado ao pudor: matías, simón e pipe
2. os que não ligariam tanto assim mas que você acabaria dando pra eles depois de perceber o trabalho braçal pra fechar suas malas: pardella, jerónimo, della corte (rsrsrsrsrs os Homens com H maiúsculo) e o kuku (porque ele tem MUITA carinha de quem solta uns gemidos insanos quando tá fazendo muito esforço)
3. os que simplesmente não ligariam, só fariam o serviço e iriam embora: fernando e enzo (mas dps os dois usam o favorzinho que te fizeram como moeda de troca pra outras coisitas rsrsrsrsrsrs)
matías, simón e pipe com toda a certeza dão na cara que eles estavam achando que a tua mensagem pedindo ajuda era sinal pra putaria da mais sórdida possível, o simón já chega te agarrando e te beijando até o quarto, mas na hora de te jogar na cama ele vê a mala socada de roupa e fica genuinamente confuso, vai até dizer um "ué vida...cê me chamou aqui pra fechar sua mala?", como se não fosse EXATAMENTE isso que você disse na mensagem. e ele não fica alegrinho não, viu? vai ficar todo emburradinho but he does the job, mesmo fechando a mala na maior marra do mundo, pra depois te perguntar "pronto, será que eu posso te comer agora, madame?! aliás, eu nem sei pra quê você tá levando tanta roupa assim, se depender de mim vai ficar pelada o dia todo e dando pra mim". o matías fica fulo insano louco da vida, ele acha criminoso e ainda te acusa de mandar sinais mistos, sendo que ELE literalmente criou uma fic na cabeça DELE quando você só pediu um favor. o matías é pirracento e já concordamos com isso, então, no final ele também tá bem pokas ideias (fazendo charme) e diz que vai embora (quer que você peça pra ele ficar). os braços cruzados e a expressão entediada são teatro puro e mesmo ele soltando um "hmph, tanto faz..." quando você oferece uma mamada como agradecimento, ele tá radiante por dentro e a carinha de birrento muda no mesmo segundo que você engole ele por completo. o pipe talvez seja o que dá mais pena, porque ele chega todo empolgadinho, te abraçando por trás, pressionando a ereção na sua bunda, porque, sim, ele ficou duro no caminho pra sua casa só de pensar em todas as posições que poderia te colocar. e o bichinho toma um balde de água fria quando você aponta pra mala, ele fica todo 🥺 paradão no meio do quarto, sem nem saber o que fazer. "t-tá...e-eu...", vai suspirar pra tentar se recompor, visivelmente desconfortável com o aperto da cueca, passa a mão no rosto, no cabelo, o rosto já ficando vermelho, "você vai colocar mais alguma coisa na mala?", e é claro que ele faz. no final, tá meio sem graça ainda, sem jeito, não sabe se vai embora ou se fica, e aqui eu imagino muito um pipe no comecinho do namoro, em que vocês nunca nem transaram ainda, por isso que ele veio na expectativa, cheio de vontade e agora tá morto de vergonha por dentro. mas quando você pergunta se ele quer ficar, os olhinhos dele chegam brilham e ele responde na mesma hora que sente AINDA MAIS VERGONHA de ter soado desesperado demais.
entre pardella, jerónimo e della corte, eu acho que o jerónimo seria o que mais demonstra que veio na intenção de uma coisa e recebeu outra completamente diferente, mas todos eles nem piscam duas vezes antes de já irem se aprumando pra ajeitar sua malinha, até porque os três com certeza estão acostumados a serem o músculo da relação (awn own) e TODOS OS TRÊS são hopelessly devoted to you, então é um "sim, minha deusa" instantaneamente. nem era sua intenção dar pra eles, de verdade mesmo, só que quando você vê o quão fácil eles conseguem fechar a mala, o braço flexionando, ESTOURANDO na camisa, as veias pulsando no antebraço, o fato deles nem terem suado like BITCH PLEASE ???????? enquanto você só faltou derreter tentando fechar a mala. tudo isso mexe demais com a cabeça de uma pobre garota e quando você menos espera já tá praticamente se jogando nos braços deles, implorando pra ser comida. nossa, e eu penso que tanto o pardella quanto o jerónimo iriam te cozinhar um tiquinho antes, até porque ELES quem queriam te comer primeiro e você toda preocupadinha em fazer suas maquiagens e sapatos caberem na mala. penso muito neles te pegando pelos cabelos, puxando enquanto te pressionam na escrivaninha, com tanta força que você fica até na pontinha dos pés, "quer dar pra mim, eh? por isso que ficou me olhando daquele jeitinho antes? com essa carinha de quem só consegue pensar em pica?", e eles riem da tua cara, "cê nem tá merecendo, sabia? não, não tá. me negou quando eu cheguei aqui e agora vem toda metidinha, mandando em mim", você poderia até pensar que eles te deixariam na mão também, com a calcinha grudando de tão empapada, mas a ereção pressionada na sua bunda diz outra coisa, "só que eu sou bonzinho e eu gosto de fazer as vontades da minha mulher. eu só espero que você não esteja cansada, porque eu vou te comer até você me implorar pra parar". tenho pra mim que o mesmo pode valer pro kuku e eu sei que talvez seja nonsense, porque ele é o tipo que se desmonta facilmente com a sentada de uma coxuda, BUT THAT'S THE HOLE POINT!!!!!! me acompanhem nessa ☝🏻💭 justamente por não ser exatamente muscles > brains, ele vai ter um tiquinho de trabalho pra fechar sua mala, o que vai acarretar em um kuku grunhindo e gemendo, de cenho franzido, fazendo movimentos levemente sugestivos (pra uma mente delulu que pensa com a xota) e suando. a semelhança com o jeitinho que ele fica quando tá gozando é grande demais pra te impedir de voar no pescoço dele. e é claro que ele te fode sem pestanejar, ele já tava doidinho por buceta desde que chegou na tua casa e não te negaria nunca. ele te come papai e mamãe mesmo, a mão te apertando pelo pescoço enquanto ele mete alucinadinho.
agora o fernando e o enzo, aka reizinhos da indiferença, provavelmente nem ficariam muito assombrados. eu nem acho que eles chegariam TÃO afoitos assim, porque são mais racionais e não pensariam que sua mensagem teria segundas intenções, a não ser que a conversa anterior de vocês fosse algo mais sugestivo. então, nesse sentido, talvez eles fiquem um pouco sem reação nos primeiros segundos, sim, mas logo passa e eles estão fazendo o que você pediu. o plot twist dessa história vem quando vocês já estão na viagem e é pra casa dos seus pais rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs (amo esse cenário então vou colocar ele nas coisas sempre que possível 😽) e você tá daquele jeitinho: morrendo de vontade de dar e morrendo de medo dos seus pais descobrirem que você transa (você já é uma adulta). eu penso que esses dois são homens muito inteligentes, que sabem exatamente quando usar as informações que eles guardam no dia a dia, e eles guardam mUUUUUUita coisa!!!!!, principalmente se for algo que eles podem usar em favor deles no futuro. é quando eles estão esfregando o pau duro que só no meio das suas coxas, dizendo que só vão colocar a cabecinha (rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs) enquanto brincam com os seus peitinhos, numa tentativa de te amolecer mesmo. e é claro que eles vão te lembrar do dia que você pediu que eles fossem fechar a sua mala, logo depois de ter mandando uma fotinho super safada na madrugada anterior, "você me deve algo, bebita, tá lembrada?", eles são persuasivos? sim. junte isso ao fato deles estarem esfregando a pontinha bem na sua entradinha, quase deslizando pelo canalzinho apertado, "então, que tal você ser boazinha e abrir essas perninhas pra mim, hm? não se preocupa, eu sei como manter a sua boca bem ocupada" e o game over é quando eles te colocam pra mamar nos dedos deles, te surpreendendo e te fazendo engasgar neles quando eles metem de uma vez em ti.
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sudag-o · 10 days ago
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p3rGUn745 d0 d1@!!!1!1!1!1!1!1!1!1!! O.o X3
1- se vose fosse professor em uma escola como vose seria? e que matéria seria?
2- quais são todos os seus nomes e apelidos q já vose teve na vida? fale como se fosse seu nome completo xD
3- como vose era quando era criança? (10 anos pra baixo)
4- que brinquedo de criança q por algum motivo vose queria ter por simplesmente achar muito legal?
5- cite 5 qualidades e 5 defeitos seus.. e pq vose acha isso? (peguei da iscola xD)
6- qual foi seu último momento q chorou?
7- oq vose acha engraçado genuinamente sem nenhum motivo?
8- vose tem algum animal de estimação? se sim quais?
9- se vose nunca ou quer outro um animal de estimação qual vose queria ter?
10- oq te faz amar Restart? pq vose gosta de Restart?
AKBOU :D
bom dia
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professor > bom meu estilo nao vai muda por causa d uma profissao neh eu sei ke eu PRECISO TER UM JALECO ENOOOORME E PARECER UM CIENTISTA DOIDO E USAR BOTAS DOIDAZ *_* eu tinha um professor qe TODA AULA ele stava de jaleco + chapeu de cowboy + um sapato de salto ke xegava a fzr barulho qndo ele andava ele eh a minha maior inspirasao. ele tbem era completamente doido e filho da puta o jeito dele d falar explicar as coisas e tratar os alunos como se fosse um bando de ANIMAL era genial eu seria ele. exceto pela dicção pq ele falava as coisas mais engrasadas do mundo c esta cara '_'.
enfim eu tbem ia qerer ter um cabelo colorido p xocar os alunos e eu prenderia ele ingual seila esses viados ai
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e tudo isso para falar sobre o que ? Sociologia. o professor qe axa q ta num filme de terror classico em preto e branco de 1932 vai xegar na sala pra falar sobre SOCRATES... eu percebi qe gostava de ouvir sobre sociologia qndo tudo qe o profesor falava me lembrava laranja mecanica =)
porem alunos, como um bom professor de sociologia eu sei qe vivemos numa sociedade e fis um 2ndo design meu onde eu volto a ter cabelo curto e sinto um enorme calor pq o ventilador nao bate embaixo do quadro. em compensação! eu usaria varias pulseras e coisinhas =P
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apelidos >
oi sou rebecca de dudu nobre de sueli cuica cascão da yumo yumi meari star gambazinho bichinho de goiaba com suspiro sukita susulista susustador de su sisi susu susuzito sustoloko sunny oncielicious suveiro john lennon da pintinha mika santos
o melhor eh qe nenhum desses É o meu nome
criança >
eu era triste haha mint8ra eu dos 4 aos ehh 6 era muinto silyys mnhas fotos pro facebook na camera digital eram tudo fzndo pose mostrano a lingua ingual o pelanza e com estampa d camiseta escrita #ROCK B) e eu vivia fzndo makiagem da monster rai woo
porem smp fiqei sosinho em kasa assistindo tv cultura e jogando cafe mania ai tipo eh meio paia iso d fzr amigo =/ ate pq smpre me consideravam cafe c leite odeio viver tavam praticamente m xamano d retardado FILHOS DA PUTA...
eu tbem era muinto medroso os meus dois medos mais peculiares foram : areia da praia e wallpaper do windows7.
e eu lembrei recentemente qe eu amava coisas bem cults como : GLOBO TERRESTRE , LUPA , BINOCULOS , DICIONARIO , ANATOMIA HUMANA , CARTEIRAS. eu teria sido o proximo einstein se num tivessem criado a internet.
ai com 6anox eu era muinto uau na escola porqe a mnha leitura era melhor q dos otros e eu era mais alto q todo mundo e tinha um cabelo enorme wow tenho clubinho do pega pega >:D mas provavelmente stavam falando mal d mim pelas costas e eu nao persebia.
ai com 9 anos fiqei no apice da depfessao odeio mnha vida jamajs vou sorrir de novo nesse ano eu tive um bolo da monster high e eu stava absolutamente MORTO por dentro em todas as fotos
biografia da mnha vida haha =) em qestao de personalidade eu ja tinha morrido fazia tempo reau nao temho oq dizer foi uma vida inteira q tdo dia era igual. eu dizia odiar tudo qe era popular tambem. pra compensar essa tristeza eu amava brincar c a mnha vo eee escrever cartas pra mnha mae fingindo q era do correio e . estudar E andar de bicicleta (em circulos pq nao dxavam eu sair =P) . isso me lembra uma vez q a professora mandou a gnt escrever na folha a nossa rotina e ela simplesmente MIM LACROU por MEIA HORA na frente da sala inteira falando qe a minha infancia tava arruinada pq nao fazia nada qe nao fosse relacionado a telas. ai hoje em dia a escola trata youtuber como profissão bruh :|
basiKamente eu nasci pra tirar fotos numa camera digital e ouvir gangnam style mas a sociedade m corrompeu e eu decidi qe precisava me matar o mais rapido possivel.
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brinquedos > AQUELES KIT DE COZINHA FAKE QE VEM COM PANELINHAS E COMIDAS MINIATURA e BLOCOS PARA MONTAR Oh my God eu nao m lembro a ultima ves q toquei num desse ;-; e aqueles trenzinhos automaticos com um trilho gigaaaante pelo quarto q a gnt geralmente ve em filme mas nunca vi na vida real :V
5 qualidades >
1. sou direto ao assumto mas isi tbem pode ser um defeito porqe sou filho da puta. eu acho isso pois eu nao sou otario emgual a maioria das pessoas com sua falsa gentileza
2. como meu amigo sabertharu ja disse eu aceito conversar c qalquer tipo de pessoa =) o ruim é q nao eh qualquer tipo de pessoa q tem coragem de falar comigo
3. me esforso com coisas qe eu gosto a partir daki ja tou sem criatividade ;-; eu posso passar horas organizando prateleiras por exemplo isso eh algo bao
4. vejo lado bom em tudo tambem pode ser algo ruim de acordo com criticos tipo disculpa ai por ser menos preocupado qe vc B)
5. Sou kietinho e isso significa qe posso parasitar a casa dos outros e ta tudo bem pq ela jamais ira se irritar comigo sou tipo um peixinho num aquario no canto da sala
5 defeitos >
1. eu jamais vou T mandar mensagem primeiro pra conversar a toa isto eh gastar folego as coisas tem q ser qestao de vida ou morte. eu sei qe eh defeito pq ja perdi cerca de um milhao de amizades
2. nao sinto tanta empatia :V auto explicativo
3. mercenario sera a a que eu sou ruim
4. me irrito intensamente com coisas É. Eu grito
5. nao gosto d pensar lalalala cerebro liso
chorei > qndo pemsei q tinha pegado virus e perdido o projeto sumave pq esto.muinto focado nele eu nau sabia mais o qe fazer da vida
engraçado > meus 30cm de pika torando dentro da sua mae aaaaha xD
animal > nope e nem kero. ja tive 1 peixe azul limdo xamado SMILINGUIDO em 2013 eu amava ele mas do NADA ele morreu e eu fiqei deveras triste ai na pandemia eu tive mais 2 peixes betas mas dps d um tempo eu parei d cuida deles p morrerem de proposito pq eu stava muinto triste com a vida. E eles nao eram o smilinguido =( e eu ja temtei ter 1 gato p espantar os ratos da casa mas OBVIO qe eu taquei ele pra fora dps d 1semana vivendo com ele animal desgrasado
restart >
OOOOOH BOY. Okei primeiro qe como um bom estudante da cultura 2010 precisamos aceitar q restart eh tipo um boss final do brasil oq eles fizeram nn teve ingual! eu me divertia assistindo footage de 2010 de fã em fila de entrevista d tudo e so pensava o qnto queria ter vivido isso tudo parecia ser tao leve na epoca em q a unica preocupasao das garotas era comprar caderno com estampa da restart e esse nao era um sonho impossivel ja q os caras saoDO BRASIL. SCENEKIDS BRASILEIROS MAINSTREAM ISTO M EMOSIONA!!!!! alem de qe criaram ali toda uma moda neh imagina criar o termo HAPPY ROCK. Q EH ROCK FELIZ. P IR CONTRA O EMO NORMAL ?!?? descrever seu proprio estilo como feliz & COLORIDO eh a coisa +bela existente ;0; e as mscas deles real transmitem esses sentimentos
e sim valeu a pena ter tido esses sonhos sim eu fiquei numa fila de sp por mais de 10h embaixo de sol e chuva e nao m arrependi nenhum pouco foi um momento inesqecivel fazer loucuras pela primeira vez na vida pela ferrando restart.
Novamente eu stava tentando melhorar como pessoa na epoca e ai. Nossa bem legal se vestir colorido neh hj em dia todo mumdo so usa preto eles foram criativos.. =P eles irritaram milhoes de pessoas por serem sillys isto eh tao eu. e ai eles me inspiraram mto em qestao de moda pq eu sabia q enqnto usasse cores vibrantes eu ja seria mais happy qe os outros! E aimda q eh uma moda bem facil ja q era so sobre calças coloridas + qualquer outra coisa vc q tem a liberdade pra inventar meu fi :9 e eu tbem peguei ums traços de personalidade deles nessa epoca como viver pulando pra todos os cantos pq eles davam kda pulo massa nos shows omg eu adoraria moxtrar algo impressionante em vez disso tenho o pelanza caindo
ta agora falando das musicas em si. por ser meio qe um "emo feliz" as letras m passam muinto + uma vibe de superar coisas do qe viver remoendo melancolias? =D a maioria eh sobre lembrar de momentos bons e deixar d lado as coisas q te fzem mal. Cara eh o pelanza falando qe me ama como eu nao vou me amar tbem depois dessa. essa eh a grande importancia das boybands para a saude dos adolescentes PRECISAMOS DE ONE DIRECTION. RESTART. JONAS BROTHERS. ISSO Q EH CAMPANHA CONTRA A DEPRESSÃO! e o mais importante : musica eletronica jamais envelhece.
ta falei muintas coisas bonitas e tal so q tudo comesou pq eu axava o pelanza muinto atraente ele tem cara de mulher ele tem voz fina de mulher eh meik bixa e esse qe eh o grande charme de garotos de 2010 incomparavel com qualquer outro nao eh a toa que ele foi capa da revista TOP 50 GAROTOS MAIS SEXYS DO ANO mano passo mal qndo ele da aqles grito agudo no meio das musicas i fink hes gay but he mak my son hapey <3
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hadesdaughtwr · 6 months ago
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Oii, vi que você escreve pro Capitão Nascimento então decidi pedir porque preciso ler algo dele kajakakak. Pode fazer um que ele chega estressado em casa e começa a gritar, mas ai a leitora faz o melhor possivel pra acalmar ele. Eu tava pensando em algo como só segurar ele e fazer carinho, parece que ele precisa muito.
oi meu amor! faço sim!! te entendo, tô sobrevivendo a base de pov dele no tiktok hahahaha talvez eu tenha me empolgado um tiquinho kkkkk mas espero que você goste!! ele tava mesmo precisando de um abraço/carinho
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# cw: capitão nascimento x leitora. discussão, gritos, palavrão, menção de morte (nada gráfico), um pouco de angst, mas com final feliz entre os dois!! basicamente um hurt/comfort
# wc: 741 palavras
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depois de uma operação que levou um de seus colegas de trabalho e amigos morto, roberto chegou irritado e estressado em casa. naquela mesma semana vocês haviam discutido por roberto ser muito agressivo no trabalho e isso estar afetando o comportamento dele dentro e fora das operações.
na cabeça dele, ele estava normal e você que não entendia o que o bope cobra, que você era, de alguma forma, descolada da realidade por pedir que ele agisse com mais cautela e calma.
você, que estava sentada no sofá de casa, assistindo tv, só o observou chegando em casa, tirando os sapatos, indo ao banheiro, muito calado. não esperava que ele fosse se descontrolar tanto com o fraga falando sobre o bope – pra ser mais específica, sobre a operação que o beto havia comandado naquela tarde – a ponto de gritar com você.
"o que esse merda tá falando? ele não sabe de porra nenhuma que aconteceu hoje!", a voz dele já começava a mudar, o seu tom agressivo, trêmulo e mais alto.
"mas em um ponto ele tem razão, beto. você é, de fato, bruto até demais nas operações, você sabe disso, a gente já falou sobre isso.", não foi uma boa ideia ter retrucado a fala dele.
"mas que caralho?! você é outra que fala as coisas sem saber do que aconteceu. se eu sou agressivo, bruto é porquê é PRECISO, COMO EU VOU PROTEGER A PORRA DESSE ESTADO DE MERDA SE EU NÃO MATAR ESSES BANDIDOS?", a essa hora o volume da televisão já não estava tão alto.
"beto, não foi isso que eu quis diz-", ele logo interrompe, "E VOCÊ QUIS DIZER O QUÊ? HÃ? vai proteger vagabundo na casa do caralho, porra. eu chego em casa depois de uma operação desgraçada que matou um dos meus homens, achando que eu ia me acalmar, que eu só ia tomar banho e deitar com a minha mulher, mas não. meu deus, que dia de merda.", você ficou perplexa, sem reação até. não sabia que isso havia acontecido, você só tinha visto as críticas do fraga, não fazia muito tempo que você tinha chegado em casa pra ter pego a informação completa, nem tinha passado pela sua cabeça perguntar o que tinha acontecido pro seu marido.
"beto... eu... eu sinto muito, eu não sabia disso...", você diz com a voz quebrando. "claro que não sabia, mal falam disso e você não perguntou...", responde ele já olhando pro chão, sem jeito e com um nó na garganta.
"vem aqui, vem. me desculpa, amor, de verdade. eu deveria ter perguntado primeiro antes de julgar.", você se levantou, puxando ele para um abraço apertado.
beto, com o rosto enterrado no seu pescoço, mãos e braços circulando o seu corpo com força, começou a chorar e soluçar, seu corpo tremendo de desespero e dando solavancos.
"shh, shh, pode chorar, vai passar...", disse voc�� enquanto fazia um cafuné no cabelo e carinho nas costas dele para tentar acalmá-lo. "eu só queria mudar esse sistema de merda, não queria mais ter que ficar nessa insegurança de perder homens, pensar se eu volto pra casa vivo ou não, se as pessoas vão conseguir ter uma vida boa, se você tá segura... me perdoa, me perdoa por não conseguir mudar essa merda.", a cada palavra solta, um soluço saia junto, até o choro se intensificar no final da frase dele.
"não pensa assim, beto, por favor. não foi você que criou esse sistema, você sabe que você sozinho não muda tudo, o problema tá enraizado, vida... você me protege, você é forte, eu sei que eu posso confiar a minha vida às suas mãos, você me provou isso. eu te amo e muito, isso não vai mudar".
os minutos se passam, vocês acabam indo pro quarto, ainda abraçados. beto demorou pra se acalmar, ainda soltava uns soluços avulsos, mas já havia parado de chorar. você murmurava o ritmo de uma canção pra mudar o foco da atenção dele, estava dando certo.
"eu sou muito sortudo por ter você do meu lado. muito obrigado, de verdade. eu te amo muito, meu amor.", ele murmurou tão baixo que quase saiu como um sussurro, logo pegando no sono.
ainda fazendo um cafuné leve, você respondeu um "não mais do que eu." baixinho para não acordá-lo, dando um beijo na testa, se aninhando mais a ele e se entregando ao cansaço do dia e do conforto do abraço do seu marido.
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mlist
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sunshyni · 7 months ago
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oioioi, como vc tá linda??
devo dizer q o anton e o wonbin não saí da minha cabeça 🗣️😵
vc pode escrever algo bem gostosinho com algum deles, vc escolhe :)
obrigada!
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shower – Anton Lee
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contém: Anton Lee × fem!reader, friends to lovers, fluffy
notinhas da sun: oioi, anon!! Tô bem e você?? Espero que esteja bem!! 🙏 Seu pedido é uma ordem, amor!! 🫡
Então, sinceramente?? Eu não gostei disso KKKKKKK Eu não tinha um plot muito bem construído na cabeça, então eu só fui escrevendo baseado em como eu enxergo este homem. Com ajuda de música, obviamente KKKKKKK
Enfim, pode ter ficado péssimo?? Certamente, mas eu juro que me esforcei anon 😭 Espero que você goste!!
w.c: 1k
boa leitura, docinhos!! 💜
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Você subiu as escadas da sua casa em passos apressados, como a corrida que sustentou pelo quarteirão nos últimos quarenta minutos. Era domingo, e sua família enorme começava a se reunir no extenso quintal localizado nos fundos da residência. No entanto, você ainda não cumprimentara ninguém, apenas a prima intrometida que mexia distraidamente no celular quando você atravessou a sala de estar em direção à escadaria.
Podia ouvir os zumbis se aproximarem pelos seus fones sem fio. Não literalmente, é claro. Tinha baixado o aplicativo de corrida que simulava um apocalipse zumbi exatamente para te incentivar na prática do exercício. No momento, estava no ritmo dos zumbis boomers de “Zumbilândia”, mas já estava começando a melhorar na coisa toda. Estranhou quando adentrou o seu quarto cheio de frufrus, cortinas rosas com babados, roupa de cama no mesmo tom. Pôsteres de artistas e bandas que nem existiam mais enfeitavam suas paredes revestidas por um papel de bolinhas também rosas. Era uma poluição visual sem fim, mas fazia parte da sua identidade e personalidade moldadas por seriados do Disney Channel e da Nickelodeon.
Estranhou porque existia uma fragrância nova no ambiente que você não sabia identificar. Ao mesmo tempo que parecia familiar, havia um toque recente e fresco que você não sabia nomear.
Foi direto para o banheiro; precisava urgentemente de uma ducha para se livrar daquela sensação grudenta, mesmo que exalasse o cheiro do body splash de ameixa que adquirira recentemente porque costumava ser completamente obcecada por produtos de frutinhas. Mas se esquecera de retirar os fones, e os mortos-vivos quase devoravam o seu cérebro naquela altura do campeonato.
— Isso aqui é daquela época que inventei de ser quarterback? — Se assustou com a voz masculina e melodiosa. Em contrapartida, seu coração iniciou um batimento acalorado como se ainda não tivesse cessado o exercício físico quando identificou aquele intruso, que de intruso nada tinha, pelo menos na sua casa não; agora, no seu coração e na sua mente já era outra história.
Provavelmente amava Anton Lee mais do que o seu próprio pai. Se conheceram e estudaram todo o ensino médio juntos. Ambos se consideravam amantes da música, da arte no geral. No entanto, você sempre achou que ele levava mais jeito para o mundo artístico, considerando a família repleta de estrelas, incluindo ele mesmo. Acabaram seguindo carreiras opostas: ele como produtor musical e você na advocacia. Trabalhava num escritório minúsculo, seu chefe era louco da cabeça, mas dava pro gasto.
Enquanto isso, Anton vivia num estrelato sem fim na cidade grande, encantando a todos com aquele olhar sonhador, voz doce que era a própria glicose e o jeitinho inocente, gentil e cavalheiresco que somente ele tinha. Qualquer um que pudesse ler a sua mente ou somente prestar atenção na sua linguagem corporal, nas pupilas que dobravam de tamanho feito um gatinho, perceberia que você estava caidinha, bobinha por ele desde... Desde sempre?
Você correu para onde ele estava ajoelhado bem ao lado da sua cama. Tinha se escondido ali para te fazer uma surpresa. Retirou o capacete pesado que escondia grande parte do rosto bonito e o abraçou, o abraçou o mais forte que pôde. Afinal, faziam exatamente 365 dias que não se viam pessoalmente, e você pensou que poderia facilmente morrer de saudades dele.
— 'Cê quer que eu morra asfixiado? — Ele questionou brincalhão, a voz levemente esganiçada, mas era só ele fingindo muito bem. Você se afastou depois de longos segundos envolvendo-o com os braços, contemplou o sorrisinho bonito dele, o cabelo diferente do habitual, o cheiro do shampoo invadindo suas narinas, fazendo com que você pensasse devagar. Por isso, demorou para perguntar como ele havia conseguido entrar no seu quarto sem que a sua família não fizesse balbúrdia. No entanto, Anton leu a sua mente antes mesmo que você pudesse começar a montar a frase.
— Entrei pela janela como nos velhos tempos. Sua abuela não me deixaria te esperar no seu quarto, e eu queria te fazer uma surpresinha.
E realmente, tinha um motivo para a sua avó querida não permitir que aquele garoto na sua frente permanecesse no seu quarto. Anton tinha mudado desde o último ano do ensino médio. Seu rosto ainda era o mesmo, mas seu corpo... Suas mãos agora descansavam puramente no peitoral dele. As coisas passaram para outra atmosfera, outra tensão quando você sentiu a firmeza do local. Talvez fosse o seu coração acelerado, talvez fosse aquela vontade avassaladora de tocá-lo. Você desceu uma das mãos para o abdômen dele, que contraiu em resposta quando você invadiu a camiseta cinza, como ele havia feito invadindo a sua casa. Seus olhos se encontraram; nem ele nem você sabiam mais como respirar, e os lábios se encontrando foi inevitável.
Anton tocou timidamente na sua cintura, te trazendo para perto, abobalhado, sem saber ao certo em que parte do seu corpo tocava. Você sorriu entre o beijo, olhou-o nos olhos e fechou os olhos porque estava verdadeiramente envergonhada. Meu Deus, estava finalmente beijando o seu melhor amigo, aquilo parecia coisa de outro mundo.
— Eu acabei de voltar de uma corrida, não quero ficar de pegação com você malcheirosa. — Aquele foi o melhor sinônimo que encontrou para fedida. Anton sorriu e se levantou, buscando a sua mão. Segurou apenas o seu indicador, como se fosse um bebezinho e, em silêncio, como ele costumava ser, quietinho, te levou até o banheiro, até o box. Ligou o chuveiro e te colocou embaixo dele, de roupa e tudo. Você soltou uma risadinha, mas seu corpo se sobressaltou quando ele partiu para mais um beijo, molhando parte da camiseta e pouco se importando com isso. Suas mãos molhavam o rosto dele, os cabelos, o corpo. O que diriam quando enfim se reunissem com o restante da família? Vocês nem pensavam nisso, só conseguiam raciocinar em beijar um ao outro, os braços de Anton te envolvendo, sorrindo constantemente cada vez que se afastavam um pouquinho para respirar. Ele era deslumbrante.
— Prima, 'cê não acha que tá demorando demais nesse banho? — Anton virou a cabeça levemente para a voz atrás da porta do seu quarto. Você até abriu a boca para responder, mas foi só uma deixa pra ele te beijar de novo, tomar suas mãos e colocá-las atrás do seu corpo. Realmente, Anton era tímido, não santo.
Você elevou a cabeça, procurando seus olhos castanhos e brilhantes. Anton sorriu feito um garotinho travesso e te deu um selinho, sussurrando sem descolar o olhar do seu.
— Shh... Deixa a gente ficar de pegação um pouquinho.
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tecontos · 5 months ago
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Ontem realizei o desejo que eu queria tanto a meses (24-Set-2024)
by; Poliana
Oi meu nome é Poliana, tenho 20 anos, sou de uma cidade no interior de Minas Gerais, cidade muito pequena, que por isso não quero dizer qual, pois pode alguem daqui ler o tecontos e dar problema.
Moro com meus pais e mais 2 irmãos, um de 18 anos e o outro de 10 anos, o que contarei tem haver com o meu irmão de 18 anos.
Eu sou magrinha, tenho, cerca de 1.68 de altura, seios pequenos lindos, bundinha durinha e redondinha, sou aquelas falsa magra, como jogo volei (libero) no time da cidade, ajuda bastante a ter o corpo durinho.
O acontecido é o seguinte;
Ano passado eu peguei o meu irmão transando em casa com a filha de nossa vizinha, ela tem 17 anos, é minha amiga. Acho que mais de 5x eu entrei em casa e os vi transando, ele aproveitava que meus pais não estavam e levava ela lá. E era um tesão ve-los, eu sempre me acabava em siririca depois. Mas nunca comentei nada com eles.
Nunca tive vontade de transar com ela e muito menos com ele. É meu irmão e isso na minha cabeça nunca passou.
Nas ferias desse ano, de Julho, meus pais tinham saido e meu irmão mais uma vez levou alguem pra casa, nesse dia eu entrei pelo quintal e ouvi os gemidos, a menina gemia mais que a outra, quando eu fui ate a janelinha e vi tive uma surpresa enorme, era a nossa prima. A princesinha da familia, todos babam o ovo dela, pois ela é loirinha toda metidinha, bom nessa hora ela estava sendo bem metida mesmo, pelo que vi levou de 4 na buceta, quicou, rebolou, levou uma metida no cu, pois gritou que doeu, mas aguentou, e para finalizar levou o que eu fiquei desejando...
A unica coisa que eu desejei levar do meu irmão, uma gozada na cara, pois é, fiquei doente em querer levar o que ela levou. Ficar com o rosto melecado de porra dele. 
Não queria transar, não queria oral, nada.... só queria levar uma gozada no rosto.
Desde o dia que vi essa cena, eu tive febres a noite, desejando isso, desejando ser gozada no rosto, dei varias vezes pro meu namorado e quando ele ia gozar pedia pra ser no rosto, imaginava o meu irmão gozando no meu rosto, isso me deixava em transe, gozava bem gostoso, meu namorado pirava achando que era por causa dele.
Ontem (terça feira) eu consegui !
Depois de todos esses meses eu louca pra resolver isso, esperei estar sozinha com o meu irmão e falei pra ele que tinha visto ele comendo a nossa prima algumas vezes e que iria contar pra mãe pois se desse algum B.O dela engravidar ele estaria morto, pois o tio iria matar ele.
Na hora ele falou mil coisas pedindo para que eu não fizesse nada, depois de ouvir bastante ele falando pra não fazer eu falei pra ele;
- Me da uma gozada na cara e fico calado.
Ele me chamou de louca, que eu era pervertida, que era pecado e tudo que ja sabemos. Eu só disse ;
- faz o que eu pedi, não quero sexo, quero apenas que me dê uma gozada no meu rosto, é o preço do meu silencio.
Eu me aproximei, ajoelhei e falei pra se masturbar que eu estava esperando. Ele nervoso, pois o pau pra fora e começou a punhetar, eu ainda dei uma ajudinha, fiquei falando pra imaginar a nossa priminha putinha loira ali de joelho esperar pra tomar o leitinho dele.
Acho que o nervosismo atrapalhou um pouco porque demorou uns 20 minutos pra ele anunciar que iria gozar. E eu tive o que queria, levei uma deliciosa gozada na cara, uns 3 a 4 jatos fortes e quente melecando meu rosto, isso me fez gozar sem nem tocar em minha buceta, senti um prazer fora do normal, foi delicioso.
Ele disse pra nunca falar nada a ninguem, e saiu da sala. Ja eu fiquei ainda me deliciando sentindo aquela porra toda escorrendo pelo meu rosto, alem da minha buceta piscando toda molhada. Quando levantei vim direto pro meu quarto me olhar no espelho e ver o que eu tanto desejei nesses meses.
Que prazer!
Enviado ao Te Contos por Poliana
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marrziy · 2 months ago
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HORROR | masterlist
  ⏤͟͟͞͞🎃: Prateleira de imagines e fics que se passam em universos de obras de horror / universos alternativos (AUs) onde horror é um dos gêneros da história. ⸙
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†FILMES
:▶Scream
. Ethan Landry
"Eu tirei a virgindade de um assassino?" (hot)
. Wes Hicks
"O que acontece à meia-noite?" (hot)
. MULTIpersonagem
Billy & Stu — "Pertença e obedeça" (sombrio / sugestivo)
                          
:▶Halloween
. Michael Myers
"Pobre Michael" (terror)
                          
:▶Boneco do Mal
. Brahms Heelshire
"Os bonequinhos de Brahms" (terror / sombrio)
                          
:▶Marrowbone
. Jack Marrowbone
"Decisão de não deixar partir" (drama / sad)
                          
:▶O Telefone Preto
. Finney Blake
"Um dia que vale por todos" (sombrio, angst e fluff)
"Quando não houver mais espaço no inferno, os mortos caminharão sobre a terra"
†SÉRIES
:▶Stranger Things
. Billy Hargrove
"Ebulição" (hot)
. Jim Hopper
"Delinquente" (hot)
. MULTIpersonagem
Hopper, Steve, Jonathan, Billy, Eddie e Enzo — "RAIO-X" (hot)
                          
:▶American Horror Story
. Kyle Spencer
"Ele aprendeu a sentir tesão" (hot)
. Tate Langdon
"Doente" (drama / sombrio)
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— Lista de FANDOMS!
— Masterlist GERAL!
— Masterlist NSFW!
Wattpad Pedidos & funcionamento
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mafleur · 7 months ago
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AS—SOM—BRA—DA.
𝐈. durante vários dias, fui atormentada por sons aterrorizantes, sombras dançantes e risadas soturnas. o cansaço das noites mal dormidas se reflete em meu rosto jovem, já não percorro os corredores do castelo com ternura, mas sim me arrasto e me esgueiro de medo.
𝐈𝐈. o piano ressoa uma nota melódica, entretanto, não há ninguém presente para tocá—lo. antes, ouvia—se contos sobre a SENHORA DOS MORTOS e seus assombros, agora percebo que ela é real, pois posso vê—la.
𝐈𝐈𝐈. a morte nunca está sozinha, sempre cercada por seus espíritos, seres que um dia foram tão vivos que o sangue pulsava visível nas maçãs rosadas de suas faces sob o calor do sol. se você os vê, é porque seu coração parou de bater, assim como o meu, que parou no instante em que repousei minha cabeça no travesseiro suave como algodão.
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colapsoepoemas · 2 months ago
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Ao relento
Querer algo além
Algo que não vêm de ninguém
É como dar um sopro oco
Em algo morto
Esperar do mais absoluto nada
Que aconteça uma virada
É como estar no deserto
Procurando por água
Esperar
Pra se sentir vivo
É aniquilação
É punição do divino.
Mofar
Dia após dia
Diante do vento
É como um líquido ardido
Colocado em seus olhos
Gota após gota
Até cegar o indivíduo.
Estar em alerta
Esperando por algo que não vem
É como se auto-mutilar
Com uma faca cega
É cortar a veia com intenção
É ignorar a vida
Que corre e pulsa
No teu coração.
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girlneosworld · 2 months ago
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5. ordem
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tw: menção a doença e morte, acho que só.
olhem só quem apareceu nos 45 do segundo tempo. deveria ter vergonha né 👎🏾 me perdoem qualquer erro, ficou um pouco grandinho. boa leitura e beijo!
Fica alí, trancada no quarto, pelos próximos dias. Parou de contar depois da terceira noite, pensando no que fez para merecer aquele castigo. Para merecer aquela ardência mal curada que estava espalhada por todo seu corpo. Para merecer aquela família. Para merecer aquela voz sussurrando dentro de sua cabeça que só havia uma maneira de acabar com tudo aquilo, que precisava urgentemente um jeito na sua vida.
Eunha não se lembra de quantas vezes foi até a porta e bateu, não ouvindo resposta do outro lado. Tentava falar alguma coisa mas tudo que recebia era o silêncio. Acabava desistindo na maioria das vezes, dando meia volta e se enrolando em seus cobertores, encarando o teto do quarto enquanto o dia escurecia outra vez. Estava começando a sentir os sinais da abstinência, seja ela da possível dependência química ou de contato humano, as mãos tremiam sem motivo e a cabeça latejava. Sua sorte era o pequeno banheiro acoplado ao cômodo, seu único refúgio quando se sentia sufocada pelas paredes e sentia tudo girando, quando ouvia aquela mesma voz insuportável cochichando dentro de seus ouvidos e começava a ver as luzes piscando de maneira incansável.
Depois de passar outra noite definhando no chão gelado, quando o sol ameaçava nascer, a Kwon se rastejou até a porta mais uma vez. Estava sem as roupas depois de arrancá-las durante a madrugada, se sentindo presa e precisando urgentemente se livrar daquela agonia. Conseguiu ver pela pequena fresta quando um par de pantufas parou do outro lado e levou a mão até a madeira, passando as unhas arrancadas enquanto tentava encontrar a própria voz.
— Mamãe? — pensou ter dito em voz alta, não tinha certeza se ainda conseguiu falar. Tentou outra vez — Ainda estou aqui.
Silêncio.
— Eu não quero morrer — ofegou, a outra mão indo de encontro a um de seus machucados mal cicatrizados. Eunha aperta — Não deixa ele me matar.
A garota sentiu sua garganta se fechando quando os pés se afastaram da porta e precisou afundar o que restava de suas unhas no buraco que se formou em sua bochecha. Não conseguiu chorar. Uma pressão explodiu sua cabeça em dor enquanto ela olhava para o armário que guardava seus medicamentos.
•••
Está dirigindo há, pelo menos, duas horas e já sente seus dedos começando a formigar. Espia o banco do carona e vê Jeno cochilando com a cabeça apoiada na janela, o que acaba te fazendo revirar os olhos. Invejava o sono pesado do tenente, que não tinha dificuldade para dormir e muito menos era acordado com facilidade. Mesmo quando o carro sacudia mais forte ele continuava imóvel.
Por outro lado, mesmo que não soubesse o histórico de sono do Lee antes das pragas, entendia que ele dormisse sempre que tivesse a oportunidade. Acordavam cedo todas as manhãs, assim que o sol começava a nascer, e ficavam acordados o máximo que conseguiam antes da noite consumir completamente o céu – aproveitam o máximo que conseguiam as vantagens que podiam ter sobre os mortos vivos. Era mesmo cansativo e qualquer oportunidade que tivessem de descansar deveria ser devidamente aproveitada. Alí, enquanto ouvia a respiração pesada do rapaz adormecido ao seu lado, pensava em como deveria ser não temer estar tão vulnerável assim. Poderia capotar o carro naquele momento e ele morreria sem ao menos perceber.
— Esquisita — murmurou para si mesma. Não conseguia distinguir se aqueles impulsos eram assassinos ou suicidas. Ou uma junção das duas coisas.
Por sorte, a pequena estrada que pegam até Sunvylle é uma daquelas que foi interditada assim que o apocalipse começou, ao lado de uma floresta densa de pinheiros altos. É um caminho relativamente tranquilo durante o dia, mantém sua atenção em todas as direções que consegue, tentando estar o mais alerta possível. Mas não há nada relevante ao redor. Precisa se forçar a relaxar no banco e não apertar o volante entre os dedos com tanta força. Não sabe o motivo de estar tão apreensiva.
Inspira o ar para os pulmões e prende por alguns segundos. Já consegue ver os prédios de Daegu surgindo e a cidade tomando forma ao passo que se aproximam cada vez mais, o que é um bom sinal. Quando pontos brancos começam a surgir em seus olhos, finalmente volta a expirar, agora com a respiração menos trêmula e mais controlada.
Está apertando os olhos na direção do mapa aberto e abandonado no colo de Jeno quando o som do walkie-talkie chiando chama sua atenção. Alcança o aparelho no porta-luvas e o segura, esperando que alguém dissesse alguma coisa, o coronel, muito provavelmente. Mas nada acontece, não ouve nada além da interferência silenciosa.
— Estou na escuta, câmbio — aperta o pequeno botão para falar e o walkie-talkie de repente para de chiar por um instante, voltando logo em seguida — Mas que coisa.
Resolve deixar de lado, seja lá quem estava tentando falar com vocês tentaria outra vez quando estivesse com um sinal decente. Joga o pequeno aparelho de volta para seu lugar de origem e o barulho parece, finalmente, acordar Jeno.
— Você é muito barulhenta — ele resmunga com a voz abafada pelo boné que cobria seu rosto — Não se pode dormir em paz nos dias de hoje.
— Bom dia, princesa — você responde — Deveria me agradecer por te deixar dormir feito um folgado enquanto dirijo sem pausa.
— Aposto que sentiu falta de conversar comigo e minha personalidade encantadora.
Dá uma risada soprada enquando ele solta um bocejo longo e desnecessariamente alto. O Lee pega o boné e o arremessa nos bancos de trás, bagunçando o próprio cabelo, ainda com o corpo relaxado sobre o banco. Nunca viu alguém tão estupidamente a vontade como ele.
— Se isso te faz dormir a noite — desdenha, dando de ombros. Olha de soslaio para ele a tempo de vê-lo revirar os olhos para você — Não vou pedir desculpa por te acordar.
— Ótimo. Não quero viver em um mundo onde você sabe se arrepender e reconhecer seus erros e demonstrar sentimentos.
Agora é a sua vez de revirar os olhos.
— Eu sei fazer todas essas coisas — responde e Jeno arquea as sobrancelhas, não muito convencido — Só não acho que você mereça nenhuma delas.
— Assim você quebra meu coração — ele diz num falso lamento, suspirando de maneira dramática — E tem alguma razão específica pra você ter arremessado o coitado do walkie-talkie que nunca te fez nada? Ou são apenas os seus instintos violentos vindo a tona?
— Eu não tenho instintos violentos — faz uma careta, se virando para olhar diretamente para o tenente.
— Sinto muito em ser eu a te informar disso, Borboleta, mas você é uma criaturinha incrivelmente violenta e agressiva — Jeno usa seu tom mais condescendente para dizer e, propositadamente, te irritar enquanto mantém a postura desleixada — A pior de todas.
— Não sou, não — esbravejou e viu quando ele deu um sorrisinho arrogante de canto. Precisou respirar fundo para resistir a sua vontade estragar aquele rosto de todas as formas mais dolorosas que conhecia — O walkie-talkie tocou. Não exatamente. Tocou mais ou menos.
— Ah, é? — arqueou uma sobrancelha escura, esticando o braço para alcançar o objeto — Se importa de explicar?
— Ele ficou chiando. Não consegui ouvir nada, o sinal não estava lá dos melhores — responde.
— Melhor assim. Preciso de uma pausa do coronel por pelo menos dois dias inteiros, no mínimo — o tenente diz e endireita o corpo, finalmente se sentando ereto. Os cabelos escuros e lisos dele estão desengrenhados e as roupas amassadas — Pelo bem desse país.
— Nem me fale — concorda, bufando em seguida.
— Quando tudo isso acabar eu vou me aposentar de vez.
— De novo isso de se aposentar? — indaga, se lembrando do que o tenente tinha dito horas antes, depois que saíram do hospital — Você não tem nem trinta anos ainda. Relaxa um pouco, Lee.
— E agora você tá me ouvindo, pelo menos.
— Também estava ouvindo quando disse da primeira vez.
— Não estava, não.
Você revira os olhos.
— Precisa superar essa sua carência — aponta para ele com um sorriso irônico — Urgentemente.
— E você precisa considerar ser uma pessoa um pouco mais agradável de se conviver — rebate o Lee — Já pensou em aprender a conversar feito um ser humano normal?
— Estou conversando com você. Mesmo que você não se encaixe, exatamente, na categoria de ser humano normal — se encolhe no banco, começando a abrir a janela do camburão para deixar com que um pouco de ar fresco entre no veículo. Já consegue ouvir os zumbidos vindo do centro.
— Tá vendo? É disso que eu tô falando — Jeno diz, meio indignado. O tenente aperta os olhos e franze o cenho — Não dá pra ter uma conversa agradável com você. Nunca.
— Isso é você que tá dizendo — murmura e começa a diminuir a velocidade. Logo seu rosto se contorce em uma expressão confusa, olha do Lee para o lado de fora algumas vezes — Tá ouvindo isso?
Jeno assente, destravando o cinto enquanto vocês entram cada vez mais na cidade. Ao passo que vão se aproximando, um som muito parecido com água escorrendo chega aos seus ouvidos. O som vem acompanhado de um zunido que não consegue identificar, além do som de passos. Seu corpo volta a entrar em alerta e lança a Jeno um olhar rápido que ele logo entende, se inclinando para trás e pegando sua carabina de pressão e o taco com arame farpado.
— Vamos descer — ele diz já com a mão na trava da porta, pronta para abri-lá.
— Espera um pouco — continua dirigindo e adentra de vez no lugar, os sons ficando cada vez mais nítidos. Vê o homem ao seu lado resmungar alguma coisa que não se dá o trabalho de prestar atenção e usa sua mão livre para pegar seu cartucho da carabina, o guardando dentro do bolso do moletom — Parece que não estamos sozinhos.
— E a companhia não deve ser das melhores — ouve Jeno responder enquanto recarrega a própria arma, abrindo o próprio vidro e colocando a cabeça para fora — O que é estranho já que ainda são onze da manhã.
Você concorda e finalmente estão dentro do centro de Daegu, cercados de casas, prédios comerciais e muitas lojas. Em um cenário mais provável, encontrariam todas aquelas fachadas destruídas e as ruas estariam abandonadas, assim como todos os outros lugares que foram até o momento. Mas o que encontram, ao invés de tudo isso, não é o caos do silêncio e nem mesmo as pragas que imaginavam ver se contorcendo pelos cantos. Encontram pessoas.
O zumbido que estavam ouvindo eram conversas. E o barulho de água escorrendo era realmente o que ouviu, mas eram galões sendo despejados pelo asfalto. De onde estavam conseguiam ver quatro ou cinco pessoas esfregando alguma coisa no chão com vassouras, todas vestidas com roupas comuns. Em frente as lojas e das casas, outras pessoas penduram lençóis brancos sobre suas portas e janelas. Precisa soltar o ar que estava prendendo quando as ouve conversando e não rosnando ou batendo os dentes, mas sim sorrindo umas para as outras.
— Isso é novidade — Jeno volta a falar depois de um tempo, atraindo sua atenção para ele. Vê o Lee com as sobrancelhas arqueadas e os olhos pequenos um pouco arregalados — É bastante gente.
Desde que começaram a operação pela cidade, todos o bairros em que passavam tinham ruas desertas e silenciosas, o máximo que encontravam eram uma ou outra pessoa — e nenhuma delas em estados muito sadios de saúde mental ou física. Por isso ficam surpresos por ver não apenas uma ou duas, mas um grupo de pessoas interagindo de forma não agressiva ou fora de suas faculdades mentais.
— É — você sussurra e começa a estacionar o carro, ainda afastada do lugar em que os moradores estão. Assim que estão parados, destrava o próprio cinto pega a carabina dos braços de Jeno. Olha para a arma por alguns segundos e solta um suspiro derrotado — Acho melhor trocar por uma menor.
Sua voz é apenas um murmuro mas o Lee ouve com muita clareza e não consegue conter o grande sorriso que toma conta de seu rosto, daqueles que fazem com que o olhos dele quase se fechem por completo e ruguinhas enfeitem suas extremidades. Jeno esfrega o próprio peito como se estivesse sentindo emoções muito avassaladoras e solta uma gargalhada muito satisfeita. Você revira os olhos com tanta força que teme que eles não voltem mais para o lugar.
— Esperei tanto por esse momento que não sei nem o que dizer primeiro — ele se escora no banco com a cabeça pendendo para o lado. O tenente te olha ainda com os olhos sorridentes e nariz franzido.
— Que tal ficar calado? Não precisa fazer tanto caso com isso — responde, arisca. Tem vontade de arrancar aquele sorriso do rosto dele com um murro tão forte que o deixaria sem dentes para que não sorrisse nunca mais — E pare de rir feito um idiota.
Aquilo só faz com que ele ria ainda mais, se inclinando para mais perto de você. Continua parada no mesmo lugar, arqueando uma sobrancelha na direção dele.
— Não imagino o quanto deve ter doído pra você, Borboleta — sussurra com o rosto a centímetros do seu, negando com a cabeça. Você cruza os braços, impaciente — Admitir que precisa deixar suas armas de policial exibida que são do tamanho do seu ego para usar uma que não compense sua autoestima inabalável.
— Pode ter certeza que quando eu atirar bem no meio da sua testa vai ser com uma bem grande e barulhenta, para ninguém ter dúvidas sobre quem acabou com essa sua petulância toda — usa mesmo tom de voz, apertando os olhos — Agora sai de cima.
— Faço questão de abrir a porta pra você — Jeno estica o braço até a maçaneta, o que deixa vocês ainda mais próximos por um instante. Ele, com o sorriso desnecessariamente animado e você, com uma carranca irritada no rosto. Ouve o clique da porta ainda o fuzilando em pensamento, continuando na mesma distância mesmo quando o Lee volta a sussurrar — Espero que isso não machuque muito o seu coraçãozinho.
Sente seu rosto esquentando com o falso tom magoado que Jeno usa.
— Vou machucar acabar machucando você.
Ele aperta os lábios e levanta as sobrancelhas, abaixando os olhos.
— Ah, é?
Você bufa alto e finalmente se afasta dele antes que cumpra com o que disse, saindo do carro. Bate a porta com força e dá a volta, abrindo o porta-malas espaçoso para guardar a carabina. Ainda ouve o som da risada alta de Jeno e precisa respirar fundo enquanto pega um calibre 38 que consegue prender na cintura. Troca o cartucho e depois ajeita o moletom e a calça para que fique firme alí e mantém em sua mente que é melhor usar a arma menor e não assustar aquelas pessoas. Sabe bem disso e reconhece que seu erro foi verbalizar o pensamento, por isso não iria admitir aquilo em voz alta na frente do tenente.
Quando está voltando, vê Jeno escorado no capô do carro, com o boné na cabeça outra vez e as mãos dentro dos bolsos da calça preta. Sabe que ele também está com o próprio o próprio revólver e deixou o taco lá dentro, mas, diferente dele, você não faz um escândalo por causa disso.
Olha rapidamente para ele e começa a andar na frente, sabendo que logo Jeno te alcançaria. E é o que acontece.
— Qual seu plano, senhora achomelhortrocarporumamenor? — ele pergunta e pode ouvir o sorriso na voz dele, dessa vez mais contido e menos irritante que antes — Dá pra fazer uma pequena varredura. Temos tempo.
— É. Pensei em só conversar e ver como está a situação por agora, perguntar se sabem de alguma coisa importante — murmura. O som das botas de vocês começa a atrair as pessoas na rua, que olham na direção de vocês imediatamente — E então vamos para Sunvylle.
— Quem sabe a gente não acha algum comércio funcionando e encontra comida de verdade — diz o tenente — E por comida de verdade eu quero dizer qualquer coisa que não sejam fibras de carne seca e comida enlatada.
Você assente. Também faria qualquer coisa por um prato de yakisoba com bastante pimenta e queijo.
Diminuem a velocidade dos passos quando já estão a poucos metros de distância do grupo de pessoas que viram alí. Agora, percebe que a maioria é jovem, não sendo muito mais novos ou mais velhos que você e Jeno. Também que os mesmos lençóis que estão pendurando estão por toda parte, nas janelas e portas da maioria de casas e lojas da rua. Coloca seu melhor sorriso simpático no rosto quando uma das moças que estava enfregando o asfalto se aproxima de vocês. Repara que o que está sujando o chão é uma poça enorme de sangue e pode jurar que tem alguns restos mortais espalhados. O grupo de quatro pessoas que está alí assume uma postura defensiva enquanto a mulher tira um termômetro digital de testa do bolso do casaco.
— Boa tarde. Mostrem os pescoços e os pulsos, por favor — ela diz e se aproxima de vocês. Decidem colaborar para mostrarem que não são ameaça a nenhum deles e quando ela vai na sua direção primeiro, estica a gola do moletom para deixar o pescoço a vista e estende os pulsos. Sabe que quando uma pessoa é recém infectada, um dos principais sintomas do vírus são as veias salientes e bem mais escuras.
— Olá, nós somos do Centro Acadêmico de Segurança de Daegu. Estamos fazendo uma patrulha aqui pelo centro — mostra o distintivo. Sente o termômetro encostando na sua testa e olha de esguelha na direção de Jeno — Ficamos bem surpresos de encontrar pessoas por aqui.
— Mas foi uma surpresa boa, já que parecem saudáveis — o tenente continua e sorri fechado — Eu sou o tenente Lee Jeno, é um prazer conhecer vocês.
Jeno acena para aqueles que estavam mais atrás, duas mulheres, um rapaz que tinha um neném dormindo em seu colo e não devia ter mais que dois anos de idade. Eles acenam de volta, meio acanhados.
Assim que vê sua temperatura controlada a mulher segue para fazer os mesmos protocolos no Lee.
— Vocês são os primeiros que aparecem aqui em um tempo — ela diz enquanto mede a temperatura de Jeno depois de checar o pescoço dele — E não se parecem com os últimos policiais que vieram da última vez.
— Por quê? Aconteceu alguma coisa? — você pergunta e a ouve suspirar, desligando o termômetro.
— Fizeram uma varredura aqui há alguns meses atrás, quando essas ruas ainda eram um caos e muita gente ainda morria sem saber como o vírus funciona — ela volta a pegar a vassoura e acena para o homem que segura o neném, entregando a ele e pegando a criança em seus braços — Diferente de vocês, eles vieram com dois camburões e saíram pelo menos um dúzia, armados com fuzis enormes e cobertos dos pés a cabeça, com capacete e cassetetes por todos lados. Entraram em todas as casas e só causaram pânico. Não foi de grande ajuda — explica.
— Ouvimos outros relatos parecidos com esse. Sentimos muito por isso — Jeno diz e franze o cenho — Realmente não queremos assustar ninguém. Estamos só de passagem.
Ela assente e começa a ninar a criança, dando de ombros.
— Ninguém aparece aqui desde esse dia. Não deu pra entender qual era objetivo deles na época, mas depois disso fomos aprendendo a conviver com as pragas — a mulher dá um sorriso fechado — Meu nome é Sohyun, Park Sohyun. Essas são minhas irmãs Dahee e Jiwoo, meu marido Seungwoo e meu filho, Hwan.
Você sorri de volta e cumprimenta as outras pessoas rapidamente. Ouve Jeno engatar em uma conversa com Sohyun sobre o funcionamento do que restou das pessoas que moravam naquela região e logo são convidados para conhecer a casa deles. Assim que a mulher faz o convite, você e o Lee conversam em silêncio sobre a sugestão.
"Não custa nada dar uma olhada rápida" acha que ele tenta te dizer.
"Tem razão" é o que Jeno espera que você tenha respondido.
•••
Assim que concordam em dar uma passada, Seungwoo começa a guiar vocês para dentro de um beco estreito entre duas casas e Sohyun continua na rua com o bebê e Dahee. Sua mão vai instintivamente para a arma em sua cintura enquanto anda entre o homem e seu tenente parceiro. O caminho é escuro e não muito longo, mas seus sentidos ficam em alerta até que parem de andar e ouça o som de chaves, o clique de uma maçaneta girando e então uma porta se abrindo. Ficam na escuridão por mais um momento até que uma luz finalmente se acenda, deixando todo o lugar visível para vocês.
Depois que Seungwoo entra primeiro, Jeno dá um leve toque em seu ombro, sinalizando que você entre logo após e ele fica na batente enquanto você continua com a mão sobre o cano do calibre através do moletom, olhando atentamente para todos os cantos. O primeiro cômodo que visitam é a sala de uma casa que não parece muito grande, com muitos móveis de madeira escura e um enorme tapete verde e felpudo no chão de porcelanato. O único ponto de iluminação do lugar são as pequenas lamparinas acesas sobre a mesinha de centro, o que dá um ar aconchegante à casa. Nota algumas barricadas espalhadas além de pedaços de pau com pregos empilhados no canto.
— Podem checar os outros cômodos, se quiserem — Jiwoo diz, ainda meio acanhada. Olhando a garota de perto ela parece ainda ser adolescente, com seus cabelos cacheados volumosos presos em um rabo de cavalo mau preso e a blusa de xadrez vermelha amarrada na cintura — Não que tenham muitos.
— Obrigada — você agradece a ela e sorri, indicando com a mão — Se puder ir na frente.
Ela assente e começa a andar. Olha rapidamente para o Lee e o vê balançar a cabeça em concordância, ainda inspecionando a sala com olhas meio curiosos e despreocupados. Então, segue Jiwoo pelo pequeno corredor que ela atravessou, esse que dá acesso a dois quartos também pequenos e um banheiro. O primeiro deles tem uma beliche encostada na parede lateral, em frente ao guarda-roupa que tem uma das portas bamba e um espelho quebrado; uma janela entre os dois móveis está fechada e coberta por sacos de lixo preto. O próximo quarto é logo a frente e parece ser um pouco maior, com uma cama de casal cheia de lençóis bem esticados e alguns travesseiros; esse tem apenas uma pequena cômoda branca e não têm janelas. No cantinho, ao lado da cama, um pequeno berço tem um véu pendurado sobre ele.
O banheiro é simples, com uma privada, pia e um chuveiro atrás de uma cortina. Quando chega ao fim do corredor – e da casa – se depara com mais porta e se vira para Jiwoo, que ainda está em seu encalço.
— E o que tem alí? — pergunta, curiosa.
— Alí é o restaurante da Hyun. Ou era — ela se refere a irmã e dá de ombros em seguida — Mas tá trancado e só ela tem a chave. Podemos mostrar a vocês quando ela voltar com a Hee e o Hwan.
— Claro, eu adoraria — concorda e então começam a voltar para onde os rapazes estão — Aliás, o que elas estão limpando lá fora?
Jiwoo coça a nuca quando vocês passam em frente ao banheiro.
— Não sei muito bem, parece que algumas pragas comeram um cachorro durante a noite — faz uma careta e você sente seu estômago embrulhar — Sohyun acordou antes de todo mundo e quando demos falta dela, ela já estava esfregando aquele tanto de sangue sozinha.
— Isso é horrível e muito nojento — declara e ela concorda, murmurando — Espero que as pragas não estejam dando muito trabalho a vocês.
Quando voltam para a sala veem Jeno e Seungwoo sentados no sofá enquanto o último mostra um punhado de papéis ao tenente. O Lee levanta o olhar para você assim que chega com a menina.
— A gente aprendeu a lidar — Jiwoo não se prolonga muito, mas sente que não foi tão simples assim. Nunca é. Porém decide não insistir muito no assunto por hora, estando mais curiosa a respeito do que Seungwoo estava mostrando a Jeno. Se aproxima dos dois.
— O que são esses papéis? — Se agacha em frente ao sofá e se inclina para tentar ler. Vê muitas coisas grifadas e percebe que são todas escritas a mão.
— São nossos registros — Seungwoo explica — É tudo que nós documentamos desde o começo do apocalipse. Achei que poderiam se interessar, tem bastante coisa.
Você assente e pega alguns dos papéis. Todos eles estão com a mesma caligrafia e são datados; com o dia, mês e ano; além do horário em que o documento foi escrito. O primeiro que lê é uma anotação de sete meses antes, com rotas de lugares seguros para irem atrás de outras pessoas pelas redondezas. Viu também um pequeno calendário e um mapa desgastado.
— Parece que vocês tem bastante controle aqui — comenta, parando brevemente de folhear os registros. Volta sua atenção ao homem, crispando os lábios — É muito bom ver que estão firmes. Na medida do possível, claro.
— A gente faz o que dá — ele suspira — Fazemos de tudo pra manter nossa família segura.
Quando Sohyun volta da rua com o pequeno Hwan, agora acordado, e Dahee, logo ela trata de abrir o restaurante para que você e o tenente conheçam o espaço. O lugar, diferentemente do restante da casa, é aberto e bem mais espaçoso. O primeiro lugar que veem é o salão, com as cadeiras e mesas empilhadas nas extremidades e um grande vazio no centro mal iluminado. O chão é de ladrilhos pretos e brancos, um balcão de mármore separa o salão do caixa, e uma porta sem batente dá na cozinha.
— Nos últimos anos o bairro vivia faltando água, as vezes nós ficávamos dias esperando a água voltar — Sohyun comenta quando entram na cozinha, com o pequeno Hwan em seu encalço. Alí, duas pequenas janelas basculantes deixam com que um pouco de luz entre no cômodo, também forradas com pedaços de lençóis brancos — Por isso, começamos a estocar galões de água para emergência. Acabou que isso veio a calhar quando a infecção começou. Fizemos um sistema de racionamento até aprendermos a purificar a água.
— Imagino que tenham feito a mesma coisa com a comida — Jeno supõe olhando ao redor e andando pela cozinha.
Hwan se afasta da mãe e começa a engatinhar em sua direção. Ele está usando um macacão azul e tem na boca uma chupeta amarela. A criança dá uma risadinha quando chega até você e puxa a barra da sua calça.
— Sohyun era bem sistemática com a comida no começo — é Dahee quem diz, parada na porta da cozinha. A irmã do meio tem mais semelhanças com a mais velha que Jiwoo, vestida com uma regata cinza e calça jeans clara. Ela afasta o cabelo preto do rosto — Já ficamos três dias dividindo cinco fatias de pão porque ela nunca sabia o que podia acontecer.
— Eu estava tentando cuidar de vocês — a mais velha se defende, arqueando as sobrancelhas — E nós tinhamos muitos legumes, verduras e frutas guardados, o que é bem mais fácil de conservar sem energia do que carnes. Outra coisa crucial foram os botijões de gás reservas, assim não precisamos de eletricidade para cozinhar.
— Sempre foram só vocês? — você pergunta e vê Jeno franzindo o nariz. Dá de ombros, não pensando que fosse uma pergunta indelicada. Hwan estica os bracinhos para cima querendo ser carregado, balbuciando alguma coisa que não consegue identificar. A criança usa os dedinhos para agarrar sua canela coberta pela bota de couro e você engole em seco, abrindo e fechando as mãos ao lado do corpo, arregalando os olhos.
Jeno, que está do outro lado da cozinha, observa a cena e comprime os lábios para não rir da sua reação. Parece quase desesperada e ele acha meio cômico que você não hesite em enfrentar uma gangue de dez pessoas armadas, mas que um bebê entre seu primeiro e segundo ano de vida te deixe estática no lugar.
— Nós costumávamos visitar algumas famílias da vizinhança mas o pessoal não é mais como antes — a Park mais velha diz enquanto abre um armário e tira alguns panos lá de dentro — Filho, deixe a moça quieta. Vai lá com a sua tia.
O neném cospe a chupeta e um bico o substitui, juntamente dos olhos que imediatamente se enchem de lágrimas.
— Tá tudo bem — você tenta tranquilizar, ainda parada na mesma posição quando Dahee se aproxima para pegar o sobrinho no colo, guardando a chupeta no bolso da calça. Hwan abre e fecha as mãozinhas para você outra vez.
Dahee passa as mãos pelas costas dele e faz com que ele deita em seu ombro, revirando os olhos.
— Que criança mais carente, isso é culpa da Jiwoo que vive mimando ele — resmunga e começa a niná-lo. Você olha de Sohyun para Jeno, notando a expressão de divertimento dele. Aperta os olhos — Vou colocar ele no berço.
— Obrigada, Hee — logo a garota deixa a cozinha e estão apenas Sohyun, Jeno e você. A mulher pega uma tesoura em uma das gavetas e começa a cortar os panos ao meio — Minhas irmãs já são bem crescidas, mas não gosto de falar sobre certas coisas na frente delas.
— Qual a idade das meninas? — Jeno pergunta, se escorando na parede e cruzando os braços.
— Jiwoo tem dezesseis e Dahee acabou de fazer dezenove. Tenho só oito anos de diferença com a Hee, mas ainda sinto como se fosse uma vida inteira — ela suspira — Nossa mãe faleceu há um ano atrás, morava na casa da frente.
— Ela foi infectada? — você sussurra e Sohyun faz que não.
— Pneumonia — responde — As meninas moravam com ela na época e continuaram morando lá, sozinhas, por alguns meses. Até que elas se viravam bem, mas quando as primeiras pragas apareceram eu não consiguia ter uma noite tranquila de sono pensando nelas naquela casa. Eu e Seungwoo íamos lá todos os dias, claro, e mesmo assim não era a mesma coisa. Hwan era bem menor e tínhamos toda a responsabilidade de cuidar de um bebê pequeno, mas elas são minhas irmãzinhas. Só não posso dizer isso na frente de Dahee, ela fica bem brava.
— Sinto muito — Jeno lamenta — Não posso nem imaginar como deve ter sido difícil lidar com tudo isso sozinha. Claro, você tem seu marido, mas não deixa de ser... complicado.
— Agora as coisas têm sido menos complicadas, na medida do possível. Ter a minha família comigo me deixa bem mais tranquila. Cuidar delas de perto é incrível. E Hwan ama as tias.
Jeno sorri, concordando. Também sente muita falta de sua família e entende o que ela quer dizer.
O Lee olha para você e te vê em uma posição parecida com a dele, escorada em um dos armários, com os braços cruzados. Mas seus olhos estão distantes e, mesmo com o boné, ele consegue ver suas sobrancelhas arqueadas.
— O que você tá fazendo? — ele pergunta a Sohyun, se aproximando.
— Vou costurar algumas luvas com esses panos, hoje é dia de purificar nossa horta e limpar a fachada do restaurante. Amanhã nós colocamos a placa na porta para tentar receber alguns moradores e distribuir uma pequena salada de frutas.
— Parece que estão com o dia cheio — você sai do seu pequeno transe e bate com as mãos na lateral do corpo, se desencostando do armário — Eu e o tenente Lee já estamos de...
— Podemos ajudar, se quiser — te interrompe. Arregala os olhos, ele continua com um sorriso simpático no rosto e te olha por uma fração de segundo — Há muita coisa para fazer.
Você fuzila Jeno, pensando qual era o problema daquele idiota e o por quê dele achar que vocês tem tempo para ajudar com todas aquelas coisas. Precisa respirar fundo para não gritar com ele e assustar aquela família com seus instintos violentos. Por isso, morde os lábios com força para conter a si mesma.
— Bom, uma ajuda é sempre bem vinda — Sohyun sorri de volta e você força uma coisa com a boca que não deve se parecer muito com um sorriso — Vamos começar pelas luvas, então.
Com a desculpa que precisava checar o carro rapidinho, você vai até o camburão, entra e fecha a porta. Uma vez que está lá dentro, você fecha as janelas e grita por dez segundos ininterruptos e xinga seu tenente parceiro de todos os palavrões que conhece.
•••
As próximas horas do dia se seguem, primeiro, com você e o tenente ajudando Sohyun e Jiwoo a costurarem aquelas luvas. Jeno se revela um ótimo costureiro, sendo elogiado diversas vezes por elas, fazendo com que ele e a adolescente engatem em uma conversa muito empolgada sobre crochê e quais seus pontos e agulhas preferidas — assunto esse que te deixa entediada e surpresa na mesma medida. Você, em contrapartida, nunca tinha encostado em uma agulha de costura antes e acaba dando mais trabalho do realmente ajudando, já que Sohyun precisa desmanchar suas luvas algumas vezes antes de aceitar que era melhor simplesmente deixá-las tortas e com dedos irregulares.
Em seguida, vestem as luvas e vão para a parte de trás do restaurante, onde uma pequena horta de cenouras, batatas e tomates está escondida entre mais um beco estreito como o que passaram ao chegar na casa. Primeiro, colhem os legumes, o que acaba se mostrando uma tarefa menos complicada que a confecção das luvas. Você corta as raízes ao lado de Seungwoo, jogando suas cenoura e batatas dentro de um grande balde verde, mas não encosta nos tomates porque viu um deles sendo abrigo de uma larva enorme e nojenta. Sohyun está dentro do restaurante, esperando que terminem para começar o processo de purificação. A sua frente, Jiwoo e Jeno continuam entretidos, agora com uma conversa que envolve quais são os melhores frutos para se fazer uma salada de maionese. Você não consegue evitar e faz uma careta.
Quando terminam e seguem para a cozinha, descobre que o procedimento de purificação é através de cinzas de madeira misturada com água filtrada. Como precisam ficar algumas horas descansando, vão até a fachada do restaurante com vassouras e mais panos, começando a esfregar os vidros e todo o restante.
— O que são todos esses lençóis? — você pergunta a Dahee em determinado momento, já que Sohyun está focada em limpar e Jeno segue falando sobre algum assunto relacionado a pintura rupestre com Jiwoo. Seungwoo e Hwan estão dentro de casa, sentados no chão da sala enquanto o pequenino brinca com um ursinho de pelúcia.
— É para mostrar quais casas ainda tem sobreviventes — a garota responde.
A última coisa que fazem é cortar algumas bananas, maçãs e laranjas para as saladas de frutas do dia seguinte. Colocam os pedaços em pequenas sacolas e guardam em caixas térmicas. Considera essa a tarefa relativamente mais fácil, não envolvendo sujeira nem nada do tipo. Desta vez, a conversa que o tenente e Jiwoo começaram a respeito da origem dos nomes das frutas acaba englobando todos os presentes, que adicionam comentários e risadas ao assunto. Você até tenta falar uma coisa ou outra, mas prefere focar em descascar aquelas bananas.
Ao finalmente terminarem de fazer tudo que era necessário, a noite já tinha substituído o dia. Deixou a faca de lado passou as costas da mão pela testa, limpando seu suor. Jeno se aproxima de você, sorrindo, mas o olhar fulminante que lança na direção dele faz com que o sorriso morra no mesmo instante.
Não sabe exatamente o que o Lee tinha a dizer e não estava exatamente no clima para ouvir seja lá qual for a provocação que ele preparou, mas Sohyun acaba falando antes que ele tenha a oportunidade.
— Vou fazer uma sopa com os legumes que colheram mais cedo — a mulher agora tem o cabelo preto preso atrás da nuca e veste um vestido florido e solto, com um pano de prato sobre um ombro e um bebê brincando no outro — Gostaríamos que ficassem e jantassem com a gente.
Você fica calada. Sente que seria falta de educação recusar o convite após passar o dia inteiro com eles, mas por outro lado, sabe que precisam continuar com suas responsabilidades. Prefere, então, não dizer nada.
— Além de tudo, não é seguro que saiam na rua agora a noite — acrescenta ela e Hwan puxa a alça do vestido da mãe — Até mesmo para dois policiais. Podem passar a noite aqui. Tomar um banho. Temos espaço e queremos agradecer a companhia e a ajuda hoje.
A proposta é tentadora. Só de pensar em dormir em qualquer lugar que não fossem os bancos apertados do camburão sente todos os músculos do seu corpo relaxarem. Além do banho. E da comida quente.
— Ficamos felizes em aceitar — é o Lee quem responde. Mesmo que já estivesse inclinada a aceitar, não pode evitar a pontada de irritação que sente ao ouví-lo falar por você. Ele se vira na sua direção — Podemos ir até Sunvylle amanhã cedo. Vamos tirar aquele dia de folga que a gente disse hoje mais cedo.
Tem certeza que sentiu seu olho piscando involuntariamente.
— Claro — diz entre dentes e força um sorriso para Sohyun e o pequeno Hwan, que olha para você com os olhos atentos — Muito obrigada pelo convite. Mesmo.
Jiwoo guia vocês até o quarto que ela divide com a irmã e procura no guarda roupa alguma roupa que você pudesse usar para dormir, alegando que a sua está imunda. Você faz uma careta e ouve Jeno dar uma risadinha. Pega então, um casaco de algodão e botões, que fica bem grande, e uma calça de moletom cinza bem mais solta que a sua. A garota passa por você e, com um sorriso tímido no rosto, diz ao Lee que vai pedir ao cunhado uma roupa para ele também.
Você arquea uma sobrancelha na direção dele, que apenas da de ombros.
Enquanto a sopa está sendo preparada, Jeno vai até o banheiro primeiro. Você fica na sala, sentada no sofá e segurando sua nova muda de roupas, observando Seungwoo e Jiwoo brincarem com Hwan sobre o tapete. O garotinho engatinha de um para outro atrás de sua bolinha e dá umas risadinhas empolgadas, e você acaba rindo sem se dar conta. O som chama a atenção da criança, que levanta e corre até você, te entregando a bola de isopor.
Você segura o objeto e olha para a tia e pai de Hwan, sem saber o que fazer.
— Ele quer que você jogue — Seungwoo diz. Engolindo em seco sob o olhar de expectativa de Hwan, você joga a bola para Jiwoo e ele vai atrás, entusiasmado. Volta a segurar as roupas, sorrindo fechado.
Assim que Jeno sai do banheiro, com uma camiseta branca, uma calça xadrez verde e chinelos, de cabelo molhado e cheirando a sabonete; é sua vez de entrar. Encontra uma bacia de água quente lá dentro juntamente de um sabonete em barra, ambos sob o chuveiro. Uma toalha está dobrada sobre a pia com um pente e um frasco de creme ao lado. Não consegue segurar o suspiro carregado que dá ao ver todas aquelas coisas. Precisa se lembrar de agradecer mais uma vez a Sohyun.
Abandona as botas pesadas e as meias pretas, motando uma pilha no cantinho. A próxima coisa a deixar seu corpo são as peças debaixo, e então o boné, o moletom e sutiã. Um vento frio arrepia todos os seus pelos quando se senta no banquinho a frente da bacia e coloca uma das mãos dentro da água, fechando os olhos quando sente a temperatura quentinha. Precisa conter o nó que se forma na sua garganta.
Se lava devagar, com cuidado, não sabe qual vai ser a próxima vez que terá tantos recursos assim de novo. Enquanto passa o sabonete pelos braços e pernas cheios de hematomas, sente seu peito pesar e não consegue entender muito bem o motivo. Pega mais um pouco de água com as mãos e molha o cabelo, deixando que escorra pelo seu rosto, que esfrega com um pouco mais de volúpia.
Continua passando as mãos pelas bochechas, tentando tirar não apenas a sujeira como aquela sensação ruim que está te tirando o fôlego e dificultando sua respiração. Esfrega com mais força até sentir sua pele ardendo, esfrega para finalmente se sentir limpa, esfrega e espera que a água leve com ela todo aquele cansaço. Só consegue parar quando o atrito começa a doer e seus braços estão fracos, e então abandona suas bochechas sensíveis.
Quando sai do banheiro, penteando seus cabelos com calma e se sentindo mais leve e angustiada ao mesmo tempo, se depara com Jeno na porta, te esperando. Quando se assusta com a presença dele acaba se esbarrando no corpo alto e largo do tenente, que continua imóvel e te olhando. Aperta a toalha entre os dedos e prende a respiração quando ele começa a dizer alguma coisa.
— Eu, é...
— Venham jantar — Jiwoo aparece no corredor, o interrompendo.
Você assente e solta ar, passando por Jeno e o deixando para trás, indo até a porta que levava ao restaurante.
Lá, a família está reunida ao redor de uma das mesas que foi posta no centro do salão, com seis cadeiras. Se aproxima devagar, sorrindo contida e agradecendo por terem esperado. O Lee chega logo em seguida e se senta na cadeira a sua esquerda, entre você e Sohyun, de frente para a irmã mais nova que tem Hwan em seu colo. Eles dão as mãos e fazem uma rápida oração, que você acaba não prestando muita atenção, mas fecha os olhos e tenta controlar sua respiração enquanto ouve as palavras murmuradas de Seungwoo.
Só percebe que acabou quando sente sua mão sendo apertada brevemente. Abre os olhos devagar e sente seu estômago roncar quando sente o cheiro da sopa assim que a tampa da panela é levantada.
Tenta comer de maneira educada. Mas assim que termina sua primeira tigela, Sohyun começa a colocar mais comida para você. Até tenta dizer que está satisfeita mas ela continua a encher, então acaba por aceitar. Come aproveitando cada pedaço dos legumes deliciosamentes temperados e enche sua tigela uma terceira vez. Durante a refeição, a família conversa avidamente, e você se pergunta o que é aquilo fazendo suas mãos formigarem e seus olhos arderem.
Já mais tarde, se oferece para ajudar com a louça, mas Jeno chegou antes de você e está ao lado de Seungwoo passando um pano sobre a pia da cozinha. Então, dá meia volta e segue para a sala.
— Podem dormir no quarto das meninas — Sohyun sussurra assim que você chega. Ela está, mais uma vez, com o filho no colo. Hwan tem o polegar dentro da boca e parece sonolento — Deixamos cobertores extras para vocês.
— Não quero incomodar, Sohyun — nega com a cabeça, olhando para as duas irmãs que começam a se aconchegar no sofá e em uma pilha de cobertas e travesseiros no chão — Não precisam dormir na sala por nossa causa.
— Pode ficar tranquila, é uma noite só — Dahee tranquiliza, se deitando no sofá.
— Não se preocupe — acrescenta Jiwoo.
Sohyun sorri e se aproxima, ainda balançando o neném entre seus braços.
— Vamos estar algumas portas a distância. Sei que não precisam, mas qualquer coisa é só chamar — você assente e começa a se despedir, mas Hwan levanta a cabeça subitamente e tira o dedo da boca. Ele puxa seu pescoço com a mãozinha pequena e deixa um beijo molhado na sua bochecha, logo deitando no ombro da mãe novamente.
— Bo note.
•••
Está sentada na cama debaixo da beliche, encarando seu calibre sobre o travesseiro. Uma vela de cera no chão é a única coisa que ilumina o quarto, o deixando com uma luz amarelada. Continua parada e sem silêncio até que ouve vozes do lado de fora do quarto.
"Boa noite, tenente Lee. Se precisar de qualquer coisa é só me chamar."
"Muito obrigado, Jiwoo. Tenha uma boa noite."
Ouve um estalo que suspeita ter sido um beijo na bochecha e depois passos se aproximando, então Jeno entra no quarto, fechando a porta atrás de si. Ele anda até onde você está e tira a própria arma da cintura, colocando no chão ao lado da vela.
Sente o cheiro do sabonete que ele usou para tomar banho e escuta o barulho dos chinelos se arrastando. O farfalhar da roupa emprestada e o ruído dos dedos no cabelo molhado. Quando olha para Jeno, vê que o tenente está parado diante de você outra vez, e parece prestes a falar alguma coisa. Porém, agora é você quem o interrompe.
— Espero que saiba que você é um completo idiota irresponsável.
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