#notas em português
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Venho cometendo o erro de, ao ter um objetivo nos estudos ou em projetos, olhar o todo em vez de dividi-lo em pequenos passos para poder agir e completar. Não fazer isso tornou as coisas mais difíceis e desmotivantes, pois parecia grande demais para mim e eu me sentia incapaz de realizá-las. Essa descoberta sempre esteve diante dos meus olhos, mas nunca consegui enxergar que isso não era um problema, apenas uma individualidade que pode ser facilmente lidada. Dividir algo grande em partes menores e ficar feliz por cada passo feito é essencial, afinal pequenos passos nos levam longe.
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Maio
Maio chegou com a chuva. A melancolia que molha pensamentos, encharca o bem querer. Maio chegou com o arrependimento, o corpo preso no colchão, grilhões da exaustão pesando a mente. Chegou muito tarde, perdeu minha vontade, minha esperança. Gota d’água cai, cai o sonho, garoa nubla o raciocínio.
Maio chegou, chuva fina na paisagem urbana. Passos úmidos, ensopados, me guiam por meio de ruas desertas. A água escorre pelo asfalto, como escorre o controle pelos dedos. Não consigo ver através da neblina, não sei mais para aonde estou indo.
Estrelas há muitos outonos abandonaram minhas noites. O brilho dos postes embaçados pela lágrimas celestes me cega. Não reconheço o reflexo que enxergo nas poças que povoam as calçadas, vejo uma turva estranha. Raios atingem memórias longínquas, a vida vai perdendo o sentido. O som do trovão já não me incomoda mais: medos infantis se ausentam diante das responsabilidades da vida.
Sábado caiu a luz, a escuridão era pungente, acender velas de nada adiantaria. Não é possível iluminar o desalento. Sentei no chão, a ausência da claridade pingando na consciência, constante, tal qual goteira. Frio de outono me abraçou, me questionei há quanto tempo estava presa nesse labirinto.
Maio chegou de novo. De maio a maio parece que nada muda, prostração me acompanha, me consola. Talvez maio tenha sempre estado presente, ao meu lado. Sinto como se vivesse um eterno maio. Um maio de chuvas e choros, de pesos e cafés amargos. Tão longe do calor primaveril, nunca serei capaz de ultrapassar o inverno.
Me embebedo com a confortável ignorância da realidade .
Maio chegou com a chuva.
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Eu passei quase a minha vida inteira pensando que o erro sempre estava em mim, por muitas vezes as pessoas me por no chão e me fazer me sentir insuficiente, eu acabava aceitando o mínimo e me comparando com outras pessoas, me achava feia, achava meu corpo feio, não me aceitava de forma alguma, mas de um tempo para cá eu percebi que o erro não estava em mim, se a pessoa não me dá o devido valor que eu mereça é sobre ela, se a pessoa não me acha uma pessoa incrível é sobre ela não sobre mim, passei a perceber que sou uma pessoa incrível e se a pessoa não se dá conta disso problema é dela, passei a amar e aceitar meu corpo dá forma que é, mas antes disso chorei muito, sofri muito, vivia me destruindo... Aprenda a se aceitar da forma que você é, a se ama da forma que você é, a amar o seu jeitinho de ser, nunca mude por causa de ninguém pois uma pessoa que não enxerga seu devido valor não merece você, uma pessoa que te ponhe sempre para baixo apaga seu brilho e te destrói não merece você de forma alguma, quem não te valoriza e não faz de tudo para está do seu lado não te merece de forma alguma, aprenda perceber quando não te merecem e vai embora, pois muitas vezes não é sobre você é sobre a pessoa, você também é uma grande perca e sempre deixe isso claro!!!!!
Você merece o melhor sempre!❤️🩹
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remar contra a maré. lutar contra a corrente.
Escrevo desde que me recordo. Sempre tive diários e cadernos, mesmo quando os meus dedos infantis mal conseguiam segurar as canetas. Desenhava rabiscos para preservar memórias e o imaginário, tal como faziam os antigos antes da língua. Mas escrever em si, é um hábito entranhado. Faço-o em intervalos, como que tem uma relação tóxica ou um amante a part-time.
Tive blogues como qualquer recém-adolescente em 2010. Era banal. Atualmente quem quer ler o que um comum humano tem para dizer? Não há tempo, dá trabalho, faz um vídeo em vez. Hoje em dia apenas se lê os livros virais ou as legendas do TikTok. A era dos blogues morreu e aqui estou eu a lutar contra a corrente, sem fazer luto, pela minha sanidade.
Escrever é romantizar a vida. Desde que o faço com mais intenção, que o meu cérebro não para de narrar. Já não tenho meros pensamentos, tudo é digno da escrita. Se antes depilar o buço era uma atividade mundana, agora é isto: “Ponho cera quente no bigode. Conto até três para que arrefeça. Inalação profunda. O ato de arrancar”. (frase encontrada nas minhas notas)
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: strangers to lovers(?), sexo casual e sem proteção (as cachorras mais burras desse calçadão se protegem!), dirty talk (degradação), choking, um tapinha, exibicionismo(?), masturbação fem ⁞ ♡ ̆̈ ꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ wagner moura a gnt não vai te dividir com as gringas amore ─ Ꮺ !
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀───── 𓍢ִ໋🀦
VOCÊ NOTA O PESO DO OLHAR DELE SOBRE O SEU, e não é como se te incomodasse tanto, longe disso, até o achou atraente com os cabelos grisalhos nas laterais do corte, mas tudo que se passa pela sua mente é o revirar de olhos, repetindo mentalmente pra si mesma ah, não, mas um gringo, não…
O escuta conversando em inglês com outros dois caras, claramente estrangeiros também — quer dizer, nativos, porque a pessoa em praias estrangeiras aqui é você —, e evita devolver os olhares. Acha fofo, porém insuportável, o quão facilmente esses homens ficam formando fila assim que notam o sotaque marcado de uma mulher que veio de fora. Suas amigas estão aí pra confirmar, e o pior de tudo é que no final, quando se trata de conseguir nem que seja um contatinho, acabam tendo que se render aos “gringos” mesmo. Nem se lembra a última vez que beijou um homem brasileiro, não é?
“Deixa, eu ajudo você”, a voz masculina soando em português te pega desprevenida, quase deixando a caixa térmica cair na areia de novo. Os olhos procuram pelo dono da voz, embasbacada quando percebe que é justamente aquele que há poucos minutos não parava de te encarar. Hm, então ele é brasileiro…
O homem sorri, simpático, os lábios formando uma linha, antes de pegar a caixota da sua mão, ainda pesada com as garrafas de cerveja que a sua amiga mexicana não bebeu porque acabou precisando ir embora mais cedo. Você não nega a ajuda, especialmente porque de pertinho pode notar melhor o rosto de bochechas cheias, o corpo magro levemente bronzeado de sol, e, claro, finalmente por responder um ah, sim, obrigada, depois de meses só falando “thank you”.
“É uma coisa bem brasileira de se fazer”, ele brinca, enquanto te acompanha em direção ao concreto da calçada, “trazer coisa pra comer na praia”, especifica, ao que você acena com a cabeça, ajeitando a bolsa de tricô no ombro, é claro, não tem um ambulante nessa praia vendendo um camarãozinho. O brasileiro ri, sagaz ao conduzir bem as palavras de volta pra ponta da língua, sorrateiro, parando ao pôr os chinelos pra longe da areia, “espero que ainda esteja com fome, queria te levar pra almoçar num restaurante bacana aqui na frente.”
Um sorrisinho ameaça crescer no seu rosto. É que ele falou com tanto charme, a cabeça pendendo de leve pro lado, que ficou mais do que óbvio, caso ainda não estivesse, que está dando em cima de ti. “E eu espero que seja um restaurante chique”, é o que você responde, a mão abrindo o zíper da bolsa pra buscar pelo vestidinho floral.
De fato, é um restaurante grã-fino. Se apoia no antebraço dele para calçar o saltinho para adentrar o estabelecimento à beira mar, o espera a camisa que descansava sobre o ombro masculino até então. Julgando pelos olhares quando vocês caminham pelas mesas em busca de uma disponível, eles sabem que vocês são os ‘gringos’.
Wagner, o nome dele. Pô, é tão bom pronunciar o w como v que você utiliza de toda oportunidade durante o almoço para ficar repetindo vez após vez. Wagner é exatamente o que você sentia falta do Brasil e mais. Ele é baiano, embora o sotaque nativo sobreviva em últimos suspiros com algumas palavrinhas marcadas ali e aqui na fala, e quando você pergunta se ele gosta mais de Los Angeles, o homem aperta o olhar, num sorriso que enche as bochechinhas, não é a Bahia, né? Pronto, ganhou seu coração.
Como dois brasileiros, para bom entendedor meia palavra basta, não é preciso fazer mais nada para demonstrar o interesse mútuo. Mas ele paga a conta e te leva para dar uma volta pela região. Te compra um sorvete, assistindo a forma com que a sua língua propositalmente perpassa pelo doce e retorna pra dentro da boca. Vocês conversam, conversam, as vozes já soando mais baixas, meio sussurradas, os corpos se inclinando pra perto um do outro. Os sorrisos. O polegar dele limpando o cantinho melado de creme da sua boca. Ele diz que tem uns amigos brasileiros e que vai te levar no samba que eles sempre fazem quando se encontram com outros conhecidos latinos. E aí, voltar pra casa com ele se torna inevitável.
O jeito que o braço masculino te aperta o busto por trás, praticamente tirando os seus pés do chão, num abraço ao fechar da sua porta, é de roubar o fôlego. Você ri, Wagner, repreendendo o nome alheio. Os lábios encontram o seu pescoço, o corpo quente de sol cola no teu, deixando as coisas jogadas pelo chão no caminho que fazem cambaleando em direção à mesa. Te prensa contra a madeira, a mão tomando conta da sua nuca para te guiar ao beijo. Você sentiu falta de um beijo assim; molhado, bem encaixado, os estalinhos dos lábios quase não são tão audíveis porque a língua ocupa mais espaço, é mais intensa na troca de saliva. Talvez seja a nostalgia da saudade de casa, mas é à brasileira, é perfeito.
Os dedos dele se fecham nos seus cabelos, puxam a sua cabeça pra trás, abre o trajeto para que toda a umidade babada possa molhar abaixo, quando a língua vai lambendo do seu queixo até o vale entre os ossos da sua clavícula. Te solta, você pode tornar a mirada para a dele, flagrá-lo umedecendo os próprios lábios, sorrindo de canto. Salgadinha de mar, sereia, a voz rouquinha dele solta, o ar cálido batendo no seu rosto. Poxa, o marrom dos olhos do homem cintila, caramelo, feito estivesse bêbado naquilo que assiste com tanto desejo. A boca volta a sua, naturalmente. Com mais fome, devorando os seus beiços, pra inchar, deixar quentinho de tão bem usado. Afastar com um selar, calmo para que as mãos possam puxar a camisa pra fora do torso. Nem parece que você há pouco já tinha o presenciado seminu dessa forma, a atenção viaja pelo corpo à sua frente, descobrindo além do bronzeadinho, a correntinha dourada, os pelinhos que se concentram no centro do peitoral e só voltam a surgir, finos, próximos ao cós da bermuda. “Vira”, ele dá a ordem, empurrando o queixo no ar, marrento. E você obedece, a coluna já adquirindo uma certa curvatura quando empina a bunda contra a virilha dele.
Wagner “limpa” os cabelos da sua nuca, beija ali, roça a ponta do nariz enquanto murmura, entre sorrisos, “só você mesmo pra me fazer foder no meio do dia, do nada assim, porra…”, esconde o rosto no arco do seu pescoço, logo erguendo o olhar novamente para te encarar. Você devolve o contato visual, com a língua afiada, o quê? Faz tempo que não come uma mulher bonita? E ele sorri, sacana. Pega na sua garganta, “E você? Rapidinho ficou toda empinadinha pra levar pica… Faz tempo que não fode com um homem de verdade, né?”, só que você perde o veneno, é pra contar você?
É empurrada sobre a mesa, o rostinho prensadinho contra a superfície gélida sem mais nem menos. “Cala a boca, vai”, é o que escuta sendo soprado na voz aveludada, tão casual que nem parece que te dominou por cima do móvel dessa forma. Ávido, não demora a terminar de se despir, mas não se importa em fazer o mesmo contigo. É um vestidinho leve, prefere suspender a barra, as palmas rodeando as bandas da sua bunda, apertando a carne, e só puxar pro cantinho o tecido da calcinha do biquíni um pouquinho úmido ainda. Aponta na sua entradinha, levando a outra mão do próprio pau para a sua cintura, segurando firme ali ao colocar pra dentro.
Devagarzinho, te fazendo sentir cada centímetro com gosto. Você espia sobre o ombro, embora saiba que não pode assistir a visão erótica de ser preenchida, porém consegue pegar o deslocamento do olhar dele da sua bunda pros seus olhos. Vadio, boquiaberto, o ar fugindo dos pulmões até que consiga pôr tudo.
Ele espalma a mão na sua lombar, pressiona, não há pressa no ritmo, não há sede ao pote É como se saboreasse, te saboreasse. Tão lentinho e cuidadoso que as suas nádegas nem estalam na virilha dele. É uma tortura deliciosa que te conquistaria mais fácil se não estivesse desejosa como está. Mais, você pede, com a voz manhosinha. “Hm?”, percebe, só nesse murmuro o tom de gozação, “O que foi? Pensei que tinha dito pra você ficar caladinha, não?”, o que você ignora, apelando com mais dengo, me fode com força, vai. Bruto.
Wagner esconde um sorrisinho ladino, acenando negativo com a cabeça. Uma das mãos pega na sua nuca pra poder te erguer, ao passo que a outra vai logo de encontro com a sua mandíbula, arisco, “Que cachorra você é”, deprecia, te encarando.
“Um pouco.”
“Um pouco?”, ergue o sobrolho, “Um pouco muito, né?”, estalando um tapa na sua bunda, “Vai, tira a roupa e deita ali, sua puta.”
Você acata a ordem. Sem demora pra deslizar a calcinha perna abaixo e arrastar o vestido pra cima. É só puxar a alcinha da parte superior do biquíni que está completamente nua, feito ele, para deitar no sofá.
Separa as coxas, se mostra aos olhos do homem. Gosta da forma com que ele te observa, a luxúria o fazendo tomar o próprio pau nas mais uma vez ao testemunhar a visão do seu corpo desnudo. O desejo dele te excita, leva o toque do indicador para o pontinho eriçado, circulando, masturbando. Bom?, ele pergunta, num sopro. “Uhum. Mas seria melhor com você dentro de mim.”
O sorriso na face do homem alarga, apoia o joelho no estofado entre as suas pernas para se inclinar sobre ti. “É?”, reforça, só pela graça de te ver fazendo que sim, que o necessita. Os olhos são captados pela visão do seu sexo exposto, babadinho de tesão já. A carne vermelha, saborosa, o buraquinho pedindo para ser preenchido novamente. Usa o indicador pra contornar a abertura, “me pede”, te diz, “me pede pra socar aqui dentro, pra te encher de porra”, te devolve o olhar, “anda, vai. Pede, vadia”, sorrindo. Bate com a cabecinha inchada contra os seus lábios meladinhos, esfrega de um lado pro outro, molhando tudo ainda mais, uma bagunça úmida que deixa um fiozinho grudando seu corpo ao dele.
Você até poderia negá-lo, afirmar que te degradar assim com nomes tão feios da língua portuguesa não te instiga, mas estaria mentindo. Cada termo infame chega doce aos seus ouvidos, ainda mais porque o tom sedutor faz a pronuncia se arrastar, canalha. Você deita a cabeça pra trás, num suspiro, o compasso da masturbação que faz em si mesma já começa a fazer os músculos latejarem, a queimação no ventre te apetecendo, me pede, bem educadinha, a voz do homem chega ao pé do seu ouvido, você sente o pontinha do pau dele se enquadrar direitinho pra subir, senão vai ter que se contentar só com os seus dedinhos.
“Me fode, Wagner”, o seu clamor ecoa, por fim, mesmo que ofegante. O encara, com os olhinhos de coitadinha, “mete em mim”. Por favor, ele especifica, exigente, tocando no canto do seu rosto, “Por favor”, e você repete, submissa, “mete em mim, por favor.”
O sorriso de satisfação na face alheia é impagável. Dá pra perceber exato o momento em que o ego se infla e a volúpia toma conta do brilho nas íris escuras mais uma vez. “Que boazinha”, pega numa das suas pernas para acomodar a sua panturrilha por cima do ombro dele, um ângulo que, você sabe, vai te causar um estrago delicioso quando ele começar a meter. “Uma piranha boazinha, sabe?”, empurra pra dentro, desliza até o fim, lento, porque o caminho ensopadinho pro seu interior permite que tudo chegue numa descida única. Eu sou piranha?, a sua pergunta soa lúdica, a sua carinha de desentendida. “É, sim”, ele responde, imitando o seu tom dissimulado, a mão grande pega no seu pescoço, o corpo masculino pesa sobre o seu. Dessa forma, a correntinha dourada acerta o seu queixo, geladinha, contrasta com a quentura da união lasciva, “olha só pra você... pronta pra levar pica até não conseguir mais levantar desse sofá. Sem marra, adestradinha. Vai ficar uma cadela bem mansinha depois que eu esfolar essa buceta.”
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Oração
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sinopse: Padre Charlie Mayhew vive um conflito interno ao se apaixonar por Maria, uma mulher que, apesar de ser sua perdição, também representa a sua salvação. Entre momentos de prazer e dor, a relação deles desafia os votos e as responsabilidades de Charlie como sacerdote.
Tudo muda quando Maria, o amor de sua vida, se afasta, deixando Charlie devastado e perdido. Contudo, o destino, impiedoso, o puxa para uma realidade ainda mais cruel, desafiando suas crenças e sua fé. Agora, ele precisa confrontar não apenas o amor que perdeu, mas também os próprios demônios internos e os desígnios de um Deus que parece testar sua alma a cada passo.
Oração é uma história de amor proibido, pecado e redenção, onde as fronteiras entre o desejo e a moralidade se confundem.
nota da autora: já tinha esse documento largado na gaveta do meu google docs então eu decidi trazer a vida e bem... aproveitar a obsessão pelo nicholas alexander chavez como o miesterioso padre charlie mayhew e voialá!!! talvez tenha pelo menos mais outras duas partes, ou mais não sei... enfim. aproveitem!!!
aviso de conteúdo: +18, MENORES DE IDADE NÃO INTERAGIR, sexo oral (homem recebe), palavras de baixo calão, priest kink, heresia (muita), culpa (católica) e remorso & tesão, blasphemy kink, corrupção, heirophillia, deixe-me saber se eu esqueci algo a mais... (!!!)
idioma: português (Brasil) | pt-br
contagem de palavras: 1642 palavras
SOMOS CARNE
PARTE I
A batina foi ao chão no mesmo compasso que joelhos caíram no piso de madeira, o farfalhar de tecidos sendo amassados e remexidos, a fivela de um cinto tilintando enquanto mãos ansiosas deslizavam sobre um pedaço de pele exposta entre uma camisa social branca desabotoada e o cós de uma cueca simples, revelando uma púbis levemente volumosa com pelos dourados que iniciavam uma trilha no umbigo até o falo rígido que marcava o tecido de algodão alvo, um molhado melando a ponta de um lado, a sensação quente de pele ao ser segurado, olhares trocados naquele silêncio de respirações pesadas e descompassadas, o calor emergindo entre peles, o suor brotando nas têmporas e nos vincos das costas que ondulavam. Ele chiou:
— Por favor, acabe com isso rápido…
Sem delongas a boca envolveu sua glande rosada e melada, a língua acariciou a cabecinha de seu pau enquanto automaticamente o homem desmanchava e deslizava os quadris cobertos pela camisa e pela calça folgada no banco do confessionário, a destra foi de encontro no monte de cabelos da mulher que agora saboreava seu pau, um som característico sendo emitido do fundo de sua garganta durante a dança de vai-e-vem que a mesma lhe fazia, a felação molhada e lenta o tirando de órbita. A canhota atarracada entre os frames da janela do confessionário, os dedos amassando-se e arranhando a treliça enquanto recebia aquela descarga de prazer oral, impulsionando automaticamente seus quadris em leves estocadas na direção da dona do seu prazer. Ela chegou a engasgar um pouco com a pressa dele, retirando-se lentamente de lugar, a boca babada e as lágrimas irritando seus olhos pidões que lhe encararam com aquele sorrisinho malicioso, sussurrando com lascívia na voz suave:
— Calma, senão teremos um probleminha nada agradável aqui!
— Perdão. Não me contive… — murmurou de volta tremendo de tesão acumulado, segurando com suas mãos suadas o rosto angelical da mulher que lhe sorria faceira, os olhos castanhos escuros cintilando na meia luz que entrava entre as treliças de madeira laterais do confessionário, um olhar incendiário que queimava sua alma. Um pecador. Era isso que ele era todas as vezes que cedia à tentação e se deixava levar pelas palavras amaldiçoadas e os toques sedentos daquela herege que estava ajoelhada diante de si, orando em uma língua demoníaca e carnal para si. Ele sentia cada vez mais próximo da borda: um clímax chegando em onda vagarosas sobre seus músculos, apertando os dedos de seus pés entre a meia e o sapato social, ambos os pés voltados um para o outro, enquanto mesmo com a boca longe de seu membro, as mãos macias dela o acariciavam num embalo vagaroso, aproveitando a lubrificação que escorria dele misturada a sua saliva, pressionando com cautela o topo rosado e inchado, as veias marcadas na pele fina que ao ser puxada para cima tampava levemente a glande, voltando-se quando era puxado para baixo. Ele ofegava, cravava seu olhar no dela, os lábios entreabertos aspirando o ar e expirando de forma sôfrega, ela segurou a risadinha sapeca se deleitando com aquela belo frame de imagem que tinha diante de si: um homem tão importante em seu papel religioso quase implorando para que ela não parasse de acariciá-lo, fosse com os lábios e a língua, entre a boca o sugando e o mamando, fosse com as mãos, apertando as bolas e massageando os polegares em sua cabecinha, o conduzindo naquele prazer carnal que era real. Com as mãos em seu rosto belo, um anjo caído com aqueles fartos cabelos ondulados amassados em volta do rosto que sob a penumbra da luz, bochechas rosadas, os lábios molhados de saliva, inchados dos beijos, sorrindo-lhe, ele ditou com a voz estremecida porém autoritária:
— Faça-me gozar, querida. Me faça alcançar o Paraíso com seus lábios. — Os polegares amassaram seus lábios em uma carícia sem jeito, remexendo-se entre as mãos dela que sorrindo deleitosa, acenou com a cabeça em ênfase lhe respondendo com deboche na fala:
— Com todo prazer Padre Charlie! É hora de clamar o amém!
Charlie não teve tempo para raciocinar algo para interpolar, pois tão rápida quanto um Ave Maria, ela se afastou de suas mãos, abocanhando-o de volta com mais desespero e vontade, indo e voltando, enrolando a língua no seu pau rígido, voltando sua felação com voracidade. O homem não conteve as mãos e as levou para a cabeça dela, enlaçando entre seus dedos as ondulações macias a trazendo para si a cada vez que sua respiração pesava, a garganta ardia de tanto conter os gemidos que teimam em escapar entre intervalos, os olhos fechados e apertados enxergando entre pálpebras uma escuridão que aos poucos abria-se em flocos de uma luminescência que se expandia. Ele realmente estava prestes a se deparar com um Paraíso. Encostou os ombros na parede de madeira do pequeno cômodo que estavam, deixou a cabeça de cabelos âmbares escuros encostar no tampo, os olhos fechados, mordeu o lábio inferior sentindo a própria saliva acumular-se entre bochechas, afagou os cabelos sedosos dela, iniciando seu coro espessado:
— Ave Maria cheia de Graça, — engasgou quando ela deslizou até o topo e lambeu a glande voltando apenas com a língua deslizando até a base: — o Senhor é convosco, — tremeu quando ela começou a chupar suas bolas, prosseguindo: — bendita sois Vós entre as mulheres, — ela riu voltando a tocá-lo com a mão durante o ato: — bendito é o fruto em Vosso ventre, Jesus. — Charlie não aguentou, estava no limite, as mãos saíram da cabeça dela que o abocanhou de novo, aumentando a velocidade da ida e volta, deixando as mãos erguidas no ar quase como um clamor: — Santa Maria Mãe de Deus, — palmas se encontraram, estava em posição clássica de oração, a luz entre os olhos aumentando, um filete de lágrima escorrendo dos olhos, a voz rasgada e rouca: — rogai por nós, os pecadores, — brevemente mordeu sua língua sentindo que estava quase pulando: — agora e na hora da nossa morte. Amém!
Foi tudo muito rápido, Charlie teve que tampar a própria boca que engatou naquele “amém” um gemido rouco e prolongado, as pernas estremeceram e aquele clarão o atingiu e por segundos que pareciam uma eternidade – a eternidade divina – o açoitou, feito o chicote que o mesmo se afligia a dor do mártir do pecado, o deixando naquele estado suspenso entre o êxtase e a culpabilidade, uma linha tênue entre se sentir em pleno gozo do prazer e esgotado de amargor da incapacidade dele de simplesmente negar a ele mesmo sentir o prazer carnal, a matéria parecia muito mais ameaçadora e imediata do que o plano das idéias que permeiam suas crenças os pensamentos. Sentir era distinto ao pensar. Gozar era um antonino de orar.
Charlie voltou aos poucos para a realidade. Sentiu os dedos pressionados contra os lábios, a parede de madeira dura atrás de si, as peças de roupas contra a pele suada, o suor agridoce entre os vincos da pele, o molhado em seu pau que agora escorria sua porra, acumulando um pouco entre os dedos da mulher que segurava sua base, os pelos púbicos aparados alvoroçados, a sensação dela escorada em suas coxas, um peso que o trouxe para a realidade. A mulher ergueu o rosto, limpou as laterais dos lábios, sorriu para ele e sussurrou:
— Amém, louvado seja Deus!
Ele observou com um olhar distante, meio sonolento e dengoso, ela levantar-se e arrumar a barra justa da saia de tecido grosso, batendo as mãos para limpar a sujeira nos joelhos avermelhados.
— Você é uma herege cruel… Vem como quem não quer nada e suga toda minha alma!
— E você é um padre horrível Charlie, sinto muito por ter que dizer isso. — Seus dedos abotoam os primeiros botões desfeitos da camisa social que vestia, sustentando um sorriso malicioso para ele que sinceramente, não tinha forças para se recompor: — Nem para me punir decentemente serve!
A mesma já ia se virando para sair do confessionário quando subitamente foi surpreendida por duas mãos lhe agarrando pela cintura. Ela instintivamente soltou um gritinho de surpresa e desatou a rir, risada que foi abafada pela mão esquerda dele, enquanto a direita subiu da cintura para o seio dela, apertando-o com vontade, até mesmo uma certa brusquidão, arrastando a ponta do nariz arrebitado na nuca dela inspirando o perfume doce e magnético que ela usava, acompanhando uma trilha de selinhos naquela região até chegar na orelha para lhe sussurrar com a voz rouca:
— Você foi uma garotinha muito, muito má hoje, logo comigo, seu Padre! Como punição dos seus pecados — a mão que abafava sua boca afrouxou e deslizou até o pescoço dela, segurando-o para erguer seu queixo, a direita que apertava o seio passou a massagear e a roçar o bico duro ao toque, tirando-lhe gemidos entrecortados: — você irá rezar cem Aves Marias, cinquenta Pais Nossos, vinte Salves Rainha e irá me encontrar hoje às meia noite no nosso local para celebrarmos a palavra, juntos. — Terminou a sentença virando o rosto dela para si, capturando seus lábios em um beijo breve apenas para selar sua sentença.
Ele a soltou para que ela fosse, a mesma hesitou um pouco, de costas para si, arrumou os cabelos e ajustou a camisa mais ainda e sem olhar para trás saiu. Sozinho, com a calça arriada, o pau meio mole para fora, a camisa amarrotada e a batina sobre os pés, ele sentiu nada. Nada. Apenas aquele agridoce vazio, um vácuo entre ele e o mundo ao seu redor, em uma crescente que iria colidir de frente com anos de crenças e dogmas sendo cultivados em si mesmo.
Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros.” (Romanos 7.21–23)
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ָ֢ ㅤ ✧ ㅤ︙ ㅤ۪ㅤ 𝐡𝐞𝐚𝐝𝐜𝐚𝐧𝐨𝐧 𓂂
𝑤arnings: conteúdo exclusivo para +16.
ೀ ׅ ۫ . ㅇ elenco lsdln x leitora gravidinha; uso de termos em espanhol (‘la albiceleste’ - a alviceste [apelido popular da seleção argentina]; ‘chaparrito’ - baixinho; ‘me vuelves loco’ - você me deixa louco); menção a sexo; palavrões.
notas da autora: ele demorou mais chegou!!!! irmãs, essa é a minha primeira vez fazendo um headcanon na vida então ocês vão relevando qualquer coisa, dois beijinhos e feliz dia das mulheres di novo!!! ♡
agustín pardella:
no minuto que você revelou que estava grávida, agustín se tornou o homem mais feliz do mundo, ele te abraçaria apertado, te pegaria no colo e sacudiria, mas quando lembrasse do motivo de toda aquela felicidade, te colocaria no chão de volta, todo preocupado enquanto pedia desculpas e perguntava se o bebê estava bem.
a princípio, ficaria mais receoso de te tocar de um jeito errado e machucar, pois sabe da sua força e intensidade.
assim que te via sentindo dor ou quando estava mais introspectiva e/ou dengosa, largaria tudo que estivesse fazendo e te encheria de cafuné.
se transforma na hora do sexo. em um dia específico, depois de te ver insegura com a própria aparência, fez amor contigo, da forma mais doce possível, acariciando todas as suas curvas, especialmente para te lembrar o quanto te apreciava e amava. ele era carinhoso, sem perder a intensidade.
às vezes, no meio da madrugada, quando vocês não conseguiam dormir, ele te agradeceria do nada e diria que aquele era o melhor presente da vida dele.
SUUUUUUPER protetor, não te deixaria nem beber um copo de água por conta própria.
no parto, ele só conseguia pensar que queria pegar toda a sua dor e transferir para o corpo dele, sentia que o coração se partia a cada grito seu e te incentivaria a descontar toda a dor nele.
enzo:
se emociona muuuito quando você conta a novidade para ele e ficaria sorrindo à toa pelos cantos, todo bobinho, durante a semana inteira (e olhe lá se não pelo resto dos nove meses).
quando você começa a pegar barriga, ele, toda noite, religiosamente, prepararia um banho de banheira para ti. chegaria pertinho e diria daquele jeito apaixonante ‘o banho está pronto, chiquita’.
resistiria a fazer sexo contigo, não por falta de vontade, só receio mesmo, precisaria ser convencido e mesmo depois de aceitar (o que te levaria um tempinho considerável), preferia te dar prazer, principalmente através do oral, sendo delicado e explorando a sua sensibilidade cada vez maior.
tiraria a mesma foto todos os dias para acompanhar a evolução da tua barriga (e faria muitos outros registros também, o novo hobby dele era montar um álbum de fotos, passaria horas e horas revelando as fotografias e organizando o material).
julga (secretamente) todas as combinações bizarras que você faz quando sente desejo, mas sairia no meio da madrugada para comprar o que você pedisse.
a paternidade deixa ele ainda mais reflexivo, você sempre o pegava sentado perto da janela encarando a rua com o pensamento distante, não de um jeito ruim, triste, mas só contemplando a vida de uma forma diferente, apreciando o novo sentimento que a vida dele ganhou, materializado no teu ventre e em ti.
esteban:
faria questão que a criança tivesse educação bilíngue, no espanhol e no português, porque ele valoriza muito a tua cultura e suas origens. então, desde o comecinho, te incentivava a falar em português com a barriga e ele também faria isso (ele cantaria espatódea toda noite pra tua barriga).
tomaria a frente de todas as suas consultas, exames, remédios etc. ele seria 200% presente, estaria sempre fazendo perguntas aos médicos e sendo participativo. fez até amizade com a sua ginecologista nesse meio tempo! se envolvia em tudo que é oficina, eventos, aulas, e em muitos lugares seria sempre o único homem/pai presente.
ele se esforçava muito para disfarçar, mas tinha um tesão ABSURDO no seu corpo (principalmente nos seus peitos!!!), às vezes se perdia na conversa e ficava encarando eles por um tempão. na hora do sexo, te endeusava dos pés à cabeça. não passava vontade (até porque perguntou a todo médico que conhecia se vocês poderiam transar mesmo), ficava muito tranquilo em ir atrás de ti e te seduzir, gostava ainda mais quando era você que ia atrás dele, toda carentezinha.
gosta de deitar a cabeça no teu colo e grudar o ouvido na tua barriga, jurando que a qualquer momento iria escutar o bebê ou senti-lo chutando, mas queria também criar um vínculo desde o primeiro dia com a filha, queria que ela reconhecesse a voz dele assim que viesse ao mundo.
chorou horrores no parto.
morria de preocupação a cada movimento que você fazia, não tirava a sua autonomia, mas ficava em cima para garantir a sua segurança.
fernando contigiani:
pai de menina!!!!
descobriu que você estava grávida antes mesmo de ouvir de ti de tão bem que te conhecia, mas esperou que você revelasse.
ele já era o cara mais encantador e cavalheiro do mundo, mas conseguiu se superar durante a gravidez. te levava café na cama, massageava os seus pés inchados toda noite, te colocava na banheira e te dava banho quando você estava cansada (e quando não estava também). tendo a oportunidade, pediria férias do trabalho para ficar o tempo inteiro contigo em casa.
o sexo não era um problema para ele, fernando é um homem racional e não precisou que ninguém dissesse o que poderia e não poderia ser feito, ele já sabia de tudo. não hesitava em chegar por trás de ti, cheirar a tua nuca e apertar suas coxas, te dizia o quanto você era linda, o quanto te queria e sussurrava tudo que pretendia fazer contigo naquela noite.
recitava poesias ou lia algum clássico da literatura para ti e para a sua barriguinha toda noite.
no parto, te incentivava a cada segundo, dizia o quão orgulhoso estava de ti e que você estava indo muito bem, não soltou sua mão em momento nenhum e a única coisa que o fazia sair do teu lado era ir até a o berçário, observar a filhinha de vocês.
fran:
pergunta quinhentas vezes no mesmo dia se você está bem, se está sentindo alguma coisa e se, numa escala de 0 a 10, o quão provável era da sua bolsa estourar naquele exato momento.
todo dia aparecia com um livro ou artigo sobre gravidez/maternidade/paternidade e te contaria todo animadinho as coisas que havia aprendido.
ficava envergonhado de te pedir por sexo e sempre dava um jeito que se esconder no banheiro para se tocar quando a vontade ficava insuportável demais. quando você o pegou no flagra um dia, ele não resistiu e vocês transaram ali mesmo.
quando sua bolsa estourou, ele te olhou e falou ‘en serio? buenisimo!’, sem se tocar de verdade no que você havia dito. quando ele - enfim - percebeu, começou a correr pelo apartamento, repetindo a lista de itens que vocês precisavam levar para o hospital.
passava HORAS deitadinho contigo, preferencialmente um de frente para o outro e pelados, não de um modo sexual, era afeto na sua forma mais pura. ele te enchia de carinho, beijava o teu rosto, desenhava a tua silhueta com os dedos. podiam ficar em silêncio, conversando, ele cantaria para ti, vocês discutiriam opções de nomes. ele só queria existir contigo e ter sentir juntinho dele, não importava o que estariam fazendo.
teve uma crise de riso quando você disse que estava grávida e depois começou a chorar perguntando se era sério mesmo.
matías:
achou que era brincadeira quando você disse que estava grávida, deu risada e disse ‘aham, e eu nunca mais vou foder contigo na vida’. parou no meio do caminho, estranhando o seu silêncio e foi aí que caiu em si. ficou de boca aberta por minutos, tentando assimilar o que tinha acabado de ouvir.
no fundo, no fundo, ele se sentia um pouco inseguro com a ideia de ser pai, pensava que por ser muito novo poderia acabar pisando na bola, que precisa amadurecer, ser mais responsável, porque viviam dizendo que ele era menino demais, mas quando vocês foram na primeira consulta e ouviram os batimentos do bebê, ele percebeu que aquela era a coisa mais bonita que poderia ter lhe acontecido.
para te pirraçar, ficava relembrando todas as últimas vezes que vocês transaram, ‘aposto que eu te engravidei daquela vez, lembra? quando você não conseguiu esperar chegar em casa e me implorou ‘pra te foder no carro mesmo’.
e por falar em sexo, ele também ficou obcecado com as mudanças no seu corpo. um dia, percebendo seus seios maiores, ele parou todo desconcertado na sua frente, coçando a nuca e tentando se lembrar do que queria falar antes daquilo tudo. mais tarde, chegou no seu limite e disse que precisava te foder.
todos os dias ele contava histórias de vocês dois para a sua barriga. quando se conheceram, o primeiro encontro, a primeira viagem juntos, quando conheceu seus pais, quando te pediu em namoro.
se divertia experimentando todas as coisas estranhas que você tinha desejo de comer, sempre que ia comprar trazia um pouco mais para que vocês dividissem.
pipe:
a primeira coisa que faria ao descobrir que você estava grávida seria comprar uma camisa do river e outra da argentina para recém-nascidos (ele é emocionado).
(exala energia de pai de menino!!!!!!) te falaria dos inúmeros planos de levar o filho para jogos, contar sobre como ele viu a grande la albiceleste ganhar a copa do mundo em 2022, ‘chaparrito, foi a última copa do messi, foi épico’.
sentia um fogo de mil incêndios em você, ele literalmente ficava ansioso pelos momentos em que seus hormônios se descontrolavam ou quando você acordava no meio da madrugada e começava a se esfregar nele, cheia de dengo. ele só sabia dizer ‘ay, mami, me vuelves loco’, já abaixando a bermuda e te enchendo de beijos.
quando ele não conseguia dormir, alternava entre ficar te observando ou pesquisar vários nomes de meninos no google. no dia seguinte, iria aparecer todo sorridente e te mostraria uma lista com +50 nomes (again, emocionado).
faria vários vídeos caseiros, inclusive no dia do parto. ele ficaria te filmando com o maior sorriso na cara enquanto você mandava ele ir tomar no cu de cinquenta formas diferentes. mesmo assim, aquelas filmagens eram o tesouro mais precioso da vida dele.
não deixava ninguém fazer nada no quarto do bebê, colocou na cabeça que ele quem tinha que construir tudo, porque ele que era o pai e o filho iria se sentir melhor no cômodo porque ele que montou tudo do zero.
santi vaca narvaja:
comemoraria de tudo, chá de fralda, chá revelação, chá de bebê, chá para apresentar o filho aos amigos, mesversário.
às vezes você flagrava ele encarando a sua barriga ou algum presente que haviam ganhado para o bebê com os olhos marejados, ele sempre se emocionava muito com a ideia da paternidade.
quando descobriu que você estava grávida, te pegou no colo e rodopiou pela sala contigo, permanecendo abraço a ti por minutos e minutos, ele transbordava de alegria.
sempre ouvia de várias pessoas que o bebê seria lindo se nascesse com os olhos do pai, mas o maior sonho de santi era que a filha fosse igualzinha a ti, diria que estava ansioso para ter uma versão mini tua pela casa, até no temperamento esquentadinho.
fazia tudo que você pedia com um sorriso no rosto, mesmo nos seus dias mais estressantes ou quando você explodia com ele sem querer, o tom dele não mudava, ainda era o mesmo santi carinhoso de sempre.
tinha um tesão absoluto nos seus seios e ele não disfarçava, adorava quando você ficava sem sutiã pela casa, sempre dando um jeito de acabar te fazendo um agrado, seja um carinho com as mãos ou quando te levava na boca (ele adorava te mamar, porque sua sensibilidade estava nas alturas).
simón:
nada abalava esse homem, mas ele chorou ao carregar o filho no colo pela primeira vez.
compraria roupas para usar combinandinho com o filho, vocês teriam a criança mais estilosa do mundo.
o maior medo dele? ser pai de menina. quando alguém falava disso, ele começava a pensar em tudo que já tinha aprontado na vida e dizia que se tivesse uma filha, ela só namoraria depois dos trinta e iria para um colégio de freira.
a dinâmica sexual permanecia a mesma, ainda melhor, talvez. simón gostava de te surpreender, sempre aparecia com uma ideia nova, que te estimulasse de um jeito diferente, coisas que vocês nunca haviam testado antes. a favorita dele nem envolvia penetração, ele adorava quando vocês se despiam e se tocavam um em frente ao outro, adora a intimidade diferente que construíram nos nove meses.
pegou mania que ficar com uma mão na sua barriga em tudo que faziam, era reconfortante para ele, era um instinto protetor e também era porque simón ficava absolutamente encantado quando o bebê se mexia. ele parava tudo que estava fazendo, até quando se estivessem no meio da rua, e ficava parado até que sentisse outro chute.
vivia te pirraçando, dizendo que as mulheres adoravam homem que passeava com criança na rua, mas era ele quem ficava se mordendo de ciúmes quando algum amigo seu te encarava de um jeito que ele julgava ser estranho ou demorado demais ou quando diziam que a gravidez te caiu muito bem, olhando especificamente para os seus peitos.
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oi maria cherryzita da silva jr from tumblr 😛🌹
eu tava pensando em uma coisa aki por nenhuma razão em particular e gostaria de 🌹🌹🌹🌹te pedir para 🌷🌺🌼 desenvolver uma coisinha de 🌺🌻🌹💐 rafa federman para a sua amiga 🌸💐🌺🌺 camilets da silva 🌷💐🌺🌻🌸🌼🌹 sobre ele ser o namorado 100% pau mandado fofinho e carinhoso na frente dos outros que quem vê pensa nossa que bonitinhos ele deve ser soca fofo e depois de uma festa por exemplo no momento que chega no carro bota ela pra mamar sabeeeh essas coisas simples da vida 🌸⭐️🌺🍁🌍🌻🍃💫🌳🌈🌟💧☀️ ou dedadinha fenomenal pique dj david guetta mets alok num festival de música eletrônica em ibiza enfim minha diva querida fica a seu critério a peripécia com rafa soft dom que é metidinho na hora do sexo (aquele edit que no primeiro clipe ele tá falando que mudaram o figurino dele pq ele tava🖕🏻DEMASIADO 🖕🏻BUENO 🖕🏻🖕🏻filho🖕🏻da puta🖕🏻🖕🏻🖕🏻) e que faz um dirty talk baixinho ofegante digno de mudar a hidrografia brasileira de tão molhada que deixa a 🐱ENFIM vey beijos amiga bom domingo
oi camilete creads da costa👋🏻 estarei te mandando a minha nota de repúdio por esse cenário que vc fez a minha cabeça fabricar🖕🏻 eu morro demaiss quando um cara todo calminho namora e é freak in the sheets😈
also aqui tem o link do edit pra quem ficou em dúvida 🫦 (o narigao veyyyyyyyy)
e me julguem!!!! mas ele ia sim falar português com a lobinha br dele viu☝🏻 com aquele sotaque gostosinho ownnnnn
vms a putaria, gatinhas:
Você já estava meio zonza pela quantidade de bebidas que tomou, estava recostada no corpo do seu namorado que fazia um carinho na sua costas e cabelos, os braços grandes te envolviam enquanto te observava atentamente conversar com as suas amigas. Rafael não conhecia quase ninguém nessa festa, só veio porque você pediu e não se importava de ficar grudadinho contigo desde que passassem tempo juntos.
Quando você começou a namorar ele, suas amigas riam e diziam que não ia durar, falavam que o jeito calminho e super afetuoso com certeza te deixaria entediada algum dia, até tiravam graça que ele deveria ser um tédio na cama. Mal elas sabiam o que te aguardava quase todas as noites.
Apesar de tudo, vocês estavam juntos há 2 anos e com certeza iram durar muito, eram a metade um do outro e os dias sempre eram melhores com ele ao seu lado.
"Rafa, pega mais um drink pra mim, porfi?" Pergunta com os olhinhos piscando para o seu namorado que rapidamente assente e vai atrás do seu pedido.
Suas amigas trocam risinhos ao acompanharem ele se distanciar depois de deixar um beijinho na sua testa.
"Aqui, princesa, mas é seu último, tá? Daqui a pouco vamos embora." Ele diz com uma expressão preocupada e logo volta a te abraçar. Rafael te conhecia como ninguém, então sabia que você já estava ficando cansada e pela forma que sua mãos brincavam com os dedos dele também sentia outras coisas.
Após a última rodada de bebidas, você se despede com Rafa te segurando pela cintura e com a sua bolsa no ombro. Ele achava adorável o seu jeitinho bobo depois de umas bebidas, você começava a falar de tudo e de nada com uma seriedade admirável, ria das suas palavras enquanto te leva até o carro quase te carregando.
Ele abre a porta do passageiro e te arruma no banco, mas sorri quando seus braços não largam o pescoço dele.
"Não vai, Rafa." Diz dengosa com um biquinho.
"Eu vou estar bem aqui, bebita, do seu ladinho, tá?" Responde e se aproxima para te dar um selinho tirando calmamente as suas mãoszinhas do corpo dele.
Move sua cabeça acompanhando o homem alto dar a volta até o lado do motorista, suas pernas inquietas se remexendo e subindo um pouco a saia. Rafa entra, se ajustando no banco e olhando ao redor se tudo estava certo, você morde os lábios observando cada movimento e sentindo sua calcinha virando uma bagunça molhada.
No momento que ele ia ligar o carro, você solta um choramingo dramática que faz o argentino te encarar preocupado, mas logo a expressão se converte em uma maliciosa ao ver os claros sinais do que se tratava a sua aflição. Você era extremamente previsível, as provocações na festa acariciando os dedos dele, a saia quase expondo a sua calcinha e o rostinho em uma carinha tristonha só indicavam uma coisa.
"Diz pra mim, o que você quer?" Pergunta com um olhar arrogante, se fazendo de desentendido.
"Saudades de ti, papi." Responde se aproximando do pescoço dele para esfregar o rosto na barbinha rala do local.
"Mas eu passei o dia contigo, princesa." Rafa fala em um tom condescendente e inclinando a cabeça.
"Saudades de ter você me fazendo carinho." Suas mãos agarram as deles, apertando os dedos longos e brincando com o anel de compromisso que ele tinha igual ao seu.
"Carinho onde?" Questiona te imitando com um biquinho com uma falsa expressão de piedade.
Timidamente, encaminha uma mão dele para o meio das suas pernas e esfrega os dígitos na extensão da sua calcinha encharcada. Solta um miadinho e agarra o punho do homem quando ele continua os movimentos sozinho.
Rafa pressiona o dedo médio entre suas dobrinhas, acariciando de cima para baixo o pontinho inchado. Com cada passada do dígito, o tecido ficava mais molhado e choramingos ofegantes com o nome dele saiam da sua garganta.
Com um grunhido, Rafael afasta sua calcinha para o lado e expõe a sua bucetinha melecada com dois dedos, afastando os lábios maiores até expor a pele corada e molhinha, ele morde os lábios vendo a sua entradinha piscar constantemente. Levando a outra mão ao meio das suas coxas, massageia seu clitóris em círculos com dois dedos, brincando com o nervo inchado e encurtando a distância para enfiar o rosto, suspirando extasiado ao inalar os resquícios do seu perfume. Rafael esfrega o nariz grande na sua pele, distribuindo beijinhos enquanto te escuta pedir por mais.
"Quer meus dedos dentro dessa bucetinha carente, hum?" Murmura após chupar o lóbulo do seu ouvido.
Você assente desesperada, remexendo os quadris buscando mais fricção, suas mãos vão para o cabelo escuro, puxando os fios ao sentir a ponta dos dedos acariciando a sua entrada.
"Quantos, amor?" Ele pergunta, se afastando para encarar o seu rosto franzido e olhinhos nublados de prazer. "Dois? É suficiente pra esse buraquinho guloso?"
Sua cabeça balança novamente enquanto murmura sim várias vezes. Portanto, o seu namorado enfia a pontinha dos dedos, colocando e tirando na medida que mete mais e mais, ele penetrava devagarinho, saboreando o calor e o aperto molhado.
Ele segura seu pescoço, admirando a sua boca entreaberta soltar miadinhos e o seus olhos semicerrados. Logo, Rafael iniciou um ritmo frenético, socando os dedos longos no seu canalzinho e sujando-os com o seu melzinho que vazava a cada estocada. Você emite um gritinho agudo quando ele curva os dedos e pressiona a palma da mão no seu grelinho.
"Tá gostoso, é?" Rafa te provoca, rindo com o seu desespero ao passar as mãos por onde alcançava no corpo dele. A voz no seu ouvido te deixa mais sedenta ainda, subindo e descendo as mãos pelo torso malhado por baixo da camisa, por fim, parando no cinto dele, roçando o dorso de uma mão no volume da virilha, massageando por cima do tecido. "Amo essa buceta apertada, porra."
Rafael sobe a outra mão um pouco molhada para abaixar um lado da sua blusa e apertar seu peito, ele geme ao bulinar o biquinho empinado e sacudir a carne macia. Os dedos dele te enlouqueciam pela forma que ele acelerava e em seguida parava para focar em mexer com o seu clitóris.
Sua boca saliva ao retirar o pau babado de pré-gozo da cueca do argentino, sua mão se fecha ao redor da cabecinha, bombeando enquanto espalha o líquido com o polegar. Sua mão subia e descia no ritmo que ele te fodia com os dedos, girava o punho ao cuspir na pontinha e lubrificar o membro.
"Ra-rafa, eu quero na boca também, a-amor." Geme voltando a olhar para as orbes azuis que brilhavam de tesão.
"Quer chupar meu pau também, gatinha? Faminta por tudo que eu te dou, né." Fala, te enforcando levemente ao ouvir suas súplicas e agarra sua nuca te empurrando contra o corpo dele.
Você se ajusta para não atrapalhar a movimentação no meio das suas pernas, então abaixa a cabeça, dando selinhos na parte exposta do peitoral cabeludo, descendo sua cabeça até chegar na ereção.
"Levanta a perninha, amor." Você obedece o homem e dobra a perna direita, apoiando o pé no banco de couro, consequentemente mudando o ângulo da penetração o que te faz arfar.
Lambe a cabecinha e depois desliza a língua pelas veias proeminentes, gemendo manhosa quando os dedos bombeiam mais forte suas paredes, então suga a glande rosinha, punhetando o resto do comprimento enquanto Rafa segura seus cabelos em um rabo de cavalo frouxo.
"Que boquinha gostosa, cariño." Ele grunhe impulsionando os quadris contra o seus lábios ao mesmo tempo que massageia seu clitóris mais rápido, te fazendo gemer mais alto ao redor do pau que alargava sua boca. "É só uma cachorrinha desesperada pra ter todos os seus buracos cheinhos."
Sons molhados da sua garganta e buceta preenchiam o interior do carro. Ambos se tocavam com movimentos desengonçados com a chegada do orgasmo, você chupava e se engasgava com as investidas, levando a outra mão para massagear as bolas inchadas. Rafa tinha enfiado mais um dedo, socando os três dígitos no seu pontinho sensível dentro da sua buceta e xingava ao observar atentamente o seu buraquinho arrombado encharcar a mão dele.
"Quero sentir essa bucetinha gozando nos meus dedos quando eu te encher de leitinho na boca."
Com essas palavras, ele empurra sua cabeça até engolir todo o comprimento ao sentir suas paredes apertando-o com as contrações e ouvir seus gemidos abafados ao redor do pau, com a sensação eletrizante do seu orgasmo, Rafa grunhe seu nome e solta jatos de porra na sua garganta te forçando a engolir cada gotinha do que ele te dava.
só queria a sorte de um amor tranquilo
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Eu sou feito poema, sabe?
Desses cafonas que falam sobre paixão desapegada, mas que se apaixonam na primeira vírgula.
Do tipo que te entrelaça entre versos desconexos, confusos e um tanto sem sentido.
Desses que te pega e vira do avesso por meio de um português ultrapassado e a mistura de significados ambíguos.
Eu sou poema, entenda.
Essas artes meio libertárias, de gente que tá no mundo, mas parece viver bem longe. Numa outra galáxia qualquer.
Sou o feito desses maluco beleza que vivem mil vidas em estrofes mal elaboradas. Obra de lapsos insanos do cotidiano.
É, sou essas estrofes tortas.
Com letra faltando.
De poeta disléxico.
Em caneta colorida.
Com caligrafia duvidosa.
Sem linhas justificadas ou perfeitamente alinhadas.
Dessas estrofes que na pressa são transcritas em nota de supermercado.
No aplicativo de tarefas diárias.
Na contracapa do caderno.
Na folha da prova de biologia.
Estrofes essas borradas pela lágrima.
Ou por café extra forte.
E logo depois esquecidas.
Sou poesia e nada me tira esse termo.
Essa definição.
Porque entre minha vida e minha arte, sobra de mim, sempre tão pouco.
(Ópio Plutônico)
#escritos#mentesexpostas#pequenosescritores#poesia#poemas#textos#meusescritos#lardepoetas#opioplutonico#carteldapoesia#gabrielleroveda#ecospoeticos#espalhepoesias#projetovelhopoema#chovendopalavras
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SUMMER LOVE - Matías Recalt
✦ ⸻ contexto: Matías finalmente vai para o Brasil pela primeira vez conhecer sua família e passar o fim de semana contigo no sitio dos seus tios.
✦ ⸻ matías recalt X leitora
✦ ⸻ fluff, mati falando português 🥺🤏
✦ ⸻ notas da autora: oi genteee, perdão não ter postado ontem acabei me atrapalhando toda e não consegui aparecer aqui. apenas a família da s/n vai ter um nome fixo!!
tava ansiosa p postar esse aaaa espero que gostem!!
Você e Matías namoravam há quase 2 anos, mas por conta de suas vidas corridas ele nunca teve a oportunidade de conhecer seus pais pessoalmente.
Ele se sentia ansioso, tinha medo de como seus pais, principalmente o seu pai, iriam tratá-lo, tinha medo de sua família não gostar dele, de acabar se sentindo excluído por ser estrangeiro.
Muitas coisas se passavam na cabeça de Matías e ele estava extremamente nervoso.
- Relaxa, Mati. Eles são tranquilos. - você pegou na mão dele enquanto dirigia. Por mais que Matías tivesse insistido em dirigir, você recusou porquê ele iria se perder na estrada e daria muita merda. Como da última vez que vocês foram pra uma trilha com ele dirigindo e quase capotou o carro.
- Não é fácil, você já conheceu meus pais, mas eu nunca conheci os seus.
Ele nunca tinha se sentido daquele jeito e você sabia disso. Matías era hiperativo, não parava quieto 1 segundo e parecia uma criança atentada, mas dessa vez ele estava quieto, pensativo e olhava pra rua com a cabeça encostada na janela.
- Bom, pelo menos já estamos chegando. Não quero que você se sinta mal por ser o único estrangeiro na casa, você sabe que é bem vindo.
- Eu sei, amor. Mas é nervosismo e medo de não gostarem de mim, é inevitável. - deu um risinho fraco e apertou a sua mão enquanto te admirava.
Quando ele não estava no 220 ou no modo tarado, o passatempo favorito dele era te admirar e dizer o quão linda você era, e apesar dele não falar nada só o olhar dele ja dizia por mais de mil palavras.
Vocês finalmente haviam chegado e você tinha saído do carro pra abrir o portão. Matías viu que tinha três carros, contando com o seu, estacionados. Ele se tremeu ao ver de longe a altura dos seus tios.
Então Matías resolveu sair do carro e você foi ajudá-lo a carregar as malas. Enquanto vocês subiam um "morrinho" até a casa, ele viu seus pais parados e você correu para cumprimentar seu pai.
- Matías, querido! Que bom você ter vindo. - sua mãe o puxou para um abraço apertado e ele sorriu aliviado.
- Mãe, ele não fala português.. - você deu um puxãozinho na blusa de sua mãe e ela te olhou surpresa. - Minha mãe disse que está feliz por você ter vindo.
- Obrigado, senhora. É um prazer conhecê-la. - ele diz em português, mas com uma certa dificuldade, e sua mãe sorriu batendo palmas.
- Quando é que você aprendeu isso?
- Tenho meus truques, gatita. - riu travesso e foi cumprimentar o seu pai. - Olá, senhor. Prazer conhecê-lo. - estendeu a mão para cumprimentar seu pai mas ele também o puxou para um abraço. Matías estava surpreso.
- Bem vindo, garoto. - falou em espanhol. - Eu treinei antes de vocês virem.
- Bom, essa é a minha mãe Catarina e meu pai Daniel. Se precisar de algo é só chamar eles.- você entrelaçou seus dedos com os de seu namorado e foi com ele até o quarto onde você ficava com seus primos quando mais nova. - Eu falei que daria tudo certo, não falei? - largou as malas no chão após trancar a porta e foi até Matías, segurando seu rosto e olhando em seus olhos que pareciam duas bolinhas de gude.
- Falou. - disse com uma certa dificuldade por você estar apertando suas bochechas e você riu achando fofo. - Tá rindo é? - então ele, de alguma maneira, pegou na sua cintura e te jogou na cama ficando por cima de você.
- Já ativou o modo Matías Transudo? - ele não riu e passou a língua pelos lábios enquanto olhava sua boca. - Pelo visto sim. - então você o puxou para um beijo quente e apaixonado. Fazia alguns dias desde que você e Matías haviam transado e ele estava desesperado, o desejo sexual do garoto era altíssimo.
Então ele passou a beijar seu rosto e foi descendo até seu pescoço. Você se segurava pra não soltar nenhum som alto, afinal sua família estava no andar de baixo, então você soltou apenas alguns resmungos enquanto seu namorado beijava seu pescoço e dava pequenas mordidas ali.
- Amor, amor! Para. - você interrompeu o garoto que te olhou confuso. - Não acha que se a gente transar agora não vão estranhar a demora?
- É, realmente. - coçou a nuca e riu sem graça. - Vamos na piscina pelo menos?
- Claro. - você se levanta animada da cama e logo foram de trocar.
- Finalmente! Achei que estavam fazendo meus netinhos - sua mãe diz sem nenhuma papa na língua e seu pai quase cospe o suco que estava bebendo.
- Catarina! Por Deus. - Daniel a repreende e a mulher o olha sem entender.
- Calma, mãe. Não estávamos fazendo nada. - você riu sem graça. - Estamos muito novos pra te dar netinhos. - dá uma piscadela e você puxa Matías para a piscina.
- Tá muito gelado, vou entrar não. - ele colocou a ponta do pé na água e faz uma careta, a essa hora você já estava dentro da água.
- Para de frescura, Matías! Entra logo nessa piscina.
- Eu não tô de frescura! Você vai pegar uma gripe ficando nessa água gelada sabia? - ele disse com as mãos na cintura parecendo o pocoyo e você revirou o olhos.
Não deu outra, sua avó havia empurrado Matías na piscina e quase foi junto.
A senhora tinha quase 70 anos mas era conservada.
- Larga de birra moleque! Nem tá tão gelada. - Matías te olhou assustado e você riu.
- Não ri não.
- Desculpa amor, minha avó é assim. - você se aproximou do seu namorado e o abraçou pela cintura, ficando no canto da piscina.
E mais uma vez estava Matías te admirando com aquele olhar que você tanto amava.
O dia havia sido incrível, você e Mati ficaram na piscina a tarde toda brincando com sua priminha de três anos, e inclusive você ficou pensando no Matías como pai de menina e seu coração derreteu.
Depois Matías virou melhor amigo do seu pai e dos seus tios, passaram o resto da tarde jogando truco, que haviam ensinado pra ele, e você ficou observando só de longe.
Vira e mexe você escutava o argentino berrar "truco!" e bater na mesa, aquilo te arrancava risadas e você acabou fazendo um compilado de vídeos do seu namorado jogando truco.
- Vocês ama ele, né? - sua mãe se aproximou e sentou ao seu lado, passando o braço ao redor do seu ombro.
- Demais, mãe. - você diz sorrindo e olhando Matías se divertir. - Apesar dele não saber muita coisa em português ele se deu muito bem com o papai e meus tios.
- Quando alguma coisa é pra ser, é desse jeitinho que acontece. - apoiou a cabeça na sua. - Estou tão feliz pela minha menina! Você pode trazê-lo quando quiser, eu amei o Matías.
E assim foi o melhor dia da sua vida. Matías e sua família era a combinação certa.
Suas tias ensinavam ele a dançar as famosas coreografias de axé, e sua mãe o ensinou a fazer tapioca - que ele inclusive te fez uma na manhã seguinte e estava uma delícia -, e ele teve uma conversa longa com seu pai pela noite, ambos sentados na grama e dividindo um cigarro.
Era disso que você precisava, essa era a paz que você tanto desejou e agora tinha em suas mãos.
obs: btw escrevi esse imagine escutando essa pedrada
#matias recalt#matias x reader#lsdln imagine#matias recalt imagine#sou cadela do matias#lsdln x reader#Spotify
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Sabe quando seus pais pedem a sua opinião e, quando você é sincero, eles brigam com você? Eles não queriam a sua opinião. Dizem que você pode confiar neles, mas na primeira oportunidade vão te condenar em vez de ensinar. É claro que nem todos são assim, sempre existe uma exceção.
#pais#notas tristes#notas em português#desabafo#verdades#falta de confiança#falta de apoio#decepção#relacionamentosfamiliares#paisefilhos#opinião#sinceridade#confiança#experiênciadevida#experiência própria#frustração#compressão#crescimento pessoal#aprendizado
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05. ENZO VOGRINCIC IMAGINE
ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: fofo. 🧸
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 856.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
Os passarinhos cantavam alegremente, a geladeira emitia um som abafado e deitada em seu peito, sua namorada ainda estava num sono profundo no qual não iria sair de lá tão cedo.
Enzo, por sua vez, acordado há alguns minutos, a olhava com ternura. Não entendia o porquê, nem como, mas desde o dia que conheceu essa brasileira nas ruas de Montevidéu, sua vida mudou completamente, para melhor é claro.
E então, Vogrincic começou a se lembrar de tudo…
S/n tentava sacar uma foto perfeita do Teatro Solis em vários ângulos, mas parecia que algo de errado estava acontecendo com sua câmera que comprou horas atrás para registrar momentos de sua primeira viagem sozinha para o Uruguai.
País no qual a mulher passaria um mês de férias.
Sentado num banco não muito próximo do lugar onde ela estava, Vogrincic tomava seu café e ficou por longos minutos a observando, antes de se levantar e começar a caminhar, indo de encontro a desconhecida.
─ É foda… Nada funciona! Nada que é do pobre funciona… ─ A mulher murmurava em português enquanto dava alguns tapas fracos no objeto, na intenção de fazê-lo finalmente capturar uma foto boa.
─ Posso ajudar? ─ O mais velho perguntou em seu idioma mantendo um pouco de distância para não assustar a moça.
Ela levantou rapidamente sua cabeça e se deparou com aquele par de olhos lindos pela primeira vez, a garota não o conhecia, claramente. Enzo vestia uma camisa bege, calça moletom cinza e um Air Force nos pés. Estava básico mas perfeito. Já a mulher usava um macaquinho confortável florido que ia até a metade de suas coxas e um par de tênis da Adidas nos pés.
─ Como? ─ Ela perguntou encarando os olhos do tal homem.
Enzo notou que ela desceu seus olhos e olhou alguns segundos para seus lábios, o uruguaio sorriu tímido com isso e os mordeu suavemente.
─ Perguntei se precisa de ajuda com a câmera.
Cruzando os braços de maneira divertida, a garota deu um passo em direção ao homem, arqueou sua sobrancelha direita e perguntou:
─ Por acaso você estava me observando, senhor…
─ Enzo. Enzo Vogrincic. ─ O mais velho sorriu fazendo suas covinhas aparecerem. ─ E talvez eu estava observando você, senhorita…
─ S/n. ─ A mulher sorriu também.
Após se apresentarem brevemente, Enzo a ajudou com a câmera que não estava tirando nenhuma foto pois estava desligada.
Os dois passaram um bom tempo conversando e se conhecendo melhor. Vogrincic contou em certo momento que amava anéis minimalistas e S/n comentou brevemente ─ de maneira descontraída ─ a sua obsessão por livros de dark romance, arrancando risadas do mais velho.
No final daquela tarde abafada de março, Vogrincic revelou a garota que daqui alguns dias seria o seu aniversário. Ela sorriu e prometeu ao homem que daria um presente a ele, mas só o entregaria se aceitasse sair com ela.
Surpreso e totalmente interessado pela brasileira, acabou aceitando. Trocaram contato e foram conversando até o dia vinte e dois chegar.
Combinaram de se encontrarem de frente ao Teatro Solis, onde se conheceram. O horário marcado foi às quatro da tarde, mas como são bastante pontuais, acabaram chegando dez minutos mais cedo.
─ Além de bonito, é pontual! ─ Comentou a brasileira indo de encontro ao uruguaio, o abraçando.
─ Posso dizer o mesmo! Está bem? ─ Enzo indagou sorrindo e começou a caminhar lentamente ao lado dela.
As horas passaram e eles decidiram jantar em um restaurante, e foi ali mesmo que Vogrincic foi surpreendido pelo presente da mulher, junto com a forma como ela levou o momento. A brasileira havia comprado um anel prata e pediu para que Enzo desse a mão para ela mesmo o colocar em seu dedo mindinho.
Mentalmente, o uruguaio prometeu a si mesmo que não o tiraria mais.
─ Também tenho um presente pra você. ─ Disse Enzo colocando uma sacola bonita em cima da mesa daquele restaurante.
— O aniversário é seu e sou eu quem também ganha presentes. ─ Comentou a mulher com um sorriso no rosto.
Abrindo a sacola com cuidado, a garota não acreditou no que estava vendo.
─ Não acredito que você comprou o livro que eu tanto queria ler, Enzo… ─ Ela diz com os olhos brilhando ao tirar o livro da sacola.
Vogrincic havia a presenteado com o livro O rei da Terra do Nunca, gênero o qual agrada muito a brasileira.
─ Bem, você disse que gostava. Acho que posso lidar com isso… ─ Ele sorri tímido ao lembrar da atendente da livraria quando foi comprar o livro.
Voltando para o agora e sorrindo com a lembrança, Enzo se sentia bem consigo mesmo. Ele abraçou sua namorada e vendo que ainda era cedo no pequeno relógio em cima do criado-mudo, voltou a dormir, abraçado com sua garota.
Vogrincic planejava contar como ele conheceu a mãe dos seus filhos para as crianças futuramente ─ poupando alguns detalhes do ocorrido, é claro ─ pois contrário de todos os relacionamentos que teve durante esses anos passados, o uruguaio tinha certeza de que S/n é a mulher certa para ele.
#imagines da nana 💡#enzo vogrincic#enzo vogrincic fanfic#enzo vogrincic imagine#enzo vogrincic smut#enzo vogrincic x you#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic x leitora#enzo vogrincic one shot#a sociedade da neve#la sociedad de la nieve#society of the snow#lsdln cast#lsdln x reader#lsdln smut#lsdln imagine#lsdln fanfic#pt br#cncowitcher
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problemas existenciais de quem tem insónias à noite
Estava por aqui a pensar, entre a falta de sono e a crescente fome de quem não se quer levantar, que daqui uns meses já conto vinte e cinco outonos - outonos, sim, não gosto de contar primaveras. E sinto-me injustiçada, para ser franca. Dois anos roubados em pandemias e quarentenas. Uma pessoa pisca os olhos e záaaaas, faltam cinco anos para os trinta. Que piada de mau gosto. Meu Deus! A quem posso reclamar por escrito?
A verdade é que, assim que saímos da barriga para o mundo, a contagem é decrescente até à nossa partida. A vida é quase como uma festa à beira de acabar. E sabendo muito bem que o pensamento é mórbido - irei culpar a hora tardia e a escuridão do quarto pelo efeito tenebroso -, o único conforto que me dá é saber que a vida é a antítese da não-vida. Portanto, que remédio tenho eu se não fazer meio sorriso, não muito convencida ou satisfeita, à celebração de mais um ano de existência? A alternativa é bem pior.
O que estamos a fazer neste mundo, eu não sei bem. Sei que trocamos oxigénio por dióxido de carbono. Mas o nosso propósito…? Riso nervoso mental. Suores nas palmas das mãos. Se pensarmos na nossa vida como uma oferenda para a humanidade, a abnegação do ser questiona-se ainda mais: o que temos de tão importante para dar ao ponto de existirmos?
#portuguese#em portugues#escrita#portugal#escritos diarios#diário#digital diary#tumblr diary#textos português#textos#escritos#notas#escritora#escritores
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𓂃 ഒ ָ࣪ ⌜ swann arlaud headcannons ⌝ ⸙. ↷
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ↳ sfw + nsfw.
[✰] Paris se torna a sua segunda casa, não tem como. No começo, é um encanto pros olhos, é a cidade das luzes, do amor, mas depois você fala nossa nem é grandes coisas assim, que cheiro ruim, que pessoas chatas, e ele fica putinho que você não está mais apaixonada pelo aesthetics dele. O mais engraçado é que mesmo morando nem tão longe assim do maior ponto turístico da cidade, vocês nunca foram na torre eiffel. Dá na semana de voltar pro Brasil que resolvem visitar tudo que não visitaram, um jantarzinho superfaturado no Le Jules Verne, depois ficar apreciando a vista no deck. Ele envolve a sua cintura, deixa um beijo no seu pescoço, você vai sentir falta daqui, bijou;
[✰] Mas a verdade é que quando vocês voltam pro Brasil, é ele que se esquece que um dia foi francês. Se adapta melhor do que voc�� esperava, estava a viagem inteira ouvindo podcast de professor de pt br enquanto você dormia, e chega falando no sotaque mais fofo trouxe ela sã e salva quando aperta a mão do seu pai. Só fale com ele em pt br daqui pra frente, já vai tirar o cpf dele e virar um mineirinho que come pão de queijo com café quente antes do sol esfriar. O francês vira a língua de comunicação secreta entre vocês, cochichando pra explicar direito as fofocas pra ele compreender e ficar chocado passado;
[✰] E por falar em francês, se você estiver trabalhando na sua fluência, no começo ele prefere que você busque um professor mesmo, ah, eu não sei ensinar, não, ele faz manha, nega. Mas depois te ajuda a fazer os exercícios, todo paciente. Coloca os óculos redondinhos e fica com uma gramática na mão te cobrando um ditado. Mas sempre foge do assunto dos textos do livro, quer aprender uma palavra feia, quer?, te ensina tudo que não se deve dizer no dia a dia pras pessoas e, claro, seu vocabulário pra sexo é o mais abundante;
[✰] Por mais que adore o Brasil e a sua língua e cultura, não abre mão de uma dirty talk em francês. Na verdade, se pega conversando em francês contigo mesmo sem perceber, embora você, por vezes, até responda em português. E é sexy, sem dúvida, como o tom de voz dele é mais rouco, sedutor, na língua materna. Você sabe que ele está dizendo a coisa mais suja do mundo, mas a entonação francesa deixa tudo como se fosse um elogio, sem falar no sorrisinho de bom moço que ele ostenta;
[✰] Grande apreciador da cultura brasileira — de tudo no Brasil, na verdade. Se te vê com síndrome de vira-lata, é o primeiro a te fazer questionar. Adora os clássicos regionalistas, de Jorge Amado, José de Alencar, Guimarães Rosa, porque o faz imergir nessa fantasia brasileira tão diferente do que ele tá acostumado; decora algumas frases de cor de Gabriela, Cravo e Canela e recita pra ti — O amor não se prova, nem se mede. É como Gabriela. Existe, isso basta. Mas também aprecia outros momentos da nossa literatura. Leitor assíduo de livros de poesia modernista☝️
[✰] Na música, vai se apaixonar na primeira nota se você colocar eu amo você do tim maia pra tocar. Quando aprende a letra, canta olhando nos seus olhos eu amo você, menina, eu amo você. Mas, no geral, não vai ter um ritmo br que ele não aprecie. É daqueles que vai dar maior palestrinha em gente chata que gosta de menosprezar a música atual pra dizer que não se faz talento como antigamente;
[✰] É um Homem que dança, mesmo que não seja o maior pé de valsa (a gnt já viu ele todo desengonçado fazendo caras e bocas no after do oscar). Jamais vai ser aquele cara chato que só fica no cantinho com um copo na mão te pedindo pra ir embora. Nas reuniões de família, se você descuidar, ele vai estar dançando forró até com as suas vizinhas viúvas;
[✰] Apesar de Homem, é péssimo para trabalhos braçais e derivados. Precisa de ajuda pra montar aquela sua cômoda que comprou pela internet? Não chama ele, mas se chamou, ele vai. Fica meia hora sentado com o manual nas mãos, ajustando os óculos no nariz e relendo em voz alta os comandos e, se bobear, vão ficar o dia inteiro assim. Mas no final dá tudo certo — mesmo que sobre um ou dois parafusos quando claramente não era pra sobrar;
[✰] Tio do zap de vez em quando. Gosta de mandar áudio dizendo que tá com saudades, falando coisas bonitinhas em francês. Você mandou uma figurinha de meme pra ele, e agora criou um monstro porque ele só sabe se comunicar com essa figurinha, mesmo que não faça sentido nenhum no contexto da conversa;
[✰] Seu parceiro de passeata política e palestras. Literalmente já tiveram um encontro depois de uma manifestação. Ele aprende umas militâncias contigo e passa a palavra pra frente, militando em cima de todo mundo. Imagina ele te fodendo enquanto você usa aquela camisa do che guevara dele MEU SONHO DE CONSUMO;
[✰] Grande apreciador se ficar em casa sem roupa. No máximo, só um calção e pantufas, e te encoraja a ficar com o mínimo também. Meu deus, que sorte a minha, murmura, todo sorridente, vendo você passar nua pela sala, feito bobo. E o melhor é que, embora com a nudez, a intimidade entre vocês é tamanha que nunca leva ao sexo. Tomam banho junto, leem livros juntos, assistem tv com a mão dele dentro da sua blusa, massageando o seu seio, e é só reconfortante. Cotidiano;
[✰] A linguagem do amor dele varia conforme o que você necessita. Se está mais manhosa, carente, ele vai ser mais do toque físico, de não querer sair de pertinho. Mas se estiver mais distante, mais na irritação do ‘não me toque’, ele vai ser mais dos atos de serviços, de querer ser prestativo, te mostrar que se importa através dos gestos, de te lembrar de não esquecer dos compromissos, de te esperar em casa com um jantarzinho pronto mesmo que tenha que penar na cozinha sozinho. Agora, as palavras de afirmação nunca deixam de estar presente. Se tem uma coisa que ele mais gosta de fazer é deixar bem claro que te ama;
[✰] A sua opinião conta muito pra ele. Costuma compartilhar os roteiros que recebe pra que você dê uma olhada também. Quando está trabalho na direção de algum projeto, te leva nas gravações pra você ver ele dirigindo. Te deixa operar a câmera e tudo. Amor, quer que eu corte o cabelo?, te pergunta antes de cogitar ir no barbeiro, é que você gosta de ter algo pra puxar quando eu tô te fodendo, né? A mesma coisa com a barba, principalmente depois que você ficou tristinha porque ele raspou o bigode de puto, perdão, mon ange, perdão, je suis désolé!
[✰] Diz que não, mas adora quando você assiste os filmes dele. Fica igual um pimentão se você elogia o talento ou a aparência. Daqueles que derrete com elogios, que esconde o rosto, ou morde o seu ombro pra você ‘parar’. Fique com ciúmes das cenas românticas dele, e ele vai nas nuvens. Em contrapartida, não sente ciúmes nenhum de ti, é confiante de um jeito que o torna cinquenta vezes mais charmoso;
[✰] Você é a rainha dele, literalmente. Ele diz isso pra quem quiser ouvir. É a sua vontade que vai prevalecer no final, por mais que discutam, ele sempre é o primeiro a abrir mão. Definitivamente, alguém que diz ‘grande amor’ e ‘alma gêmea’ pra se referir à parceira. No entanto, te dá um apelidinho em francês pra implicar quando você tá mandona ou estressadinha. Cura seu estresse com um abraço por trás, um cheiro no pescoço, a voz mansinha dizendo ah, não faz assim, meu amor...
[✰] A gente já viu o jeito orgulhoso que ele olhou pra Sandra no oscar né? Os mesmos olhinhos cheios, brilhando, acompanhados de um sorrisinho em linha, sem mostrar os dentes, toda vez que falam sobre você, ou que está te observando. Ao ponto das pessoas comentarem ele te olha com um olhar apaixonado. E fica vermelho, é timidozinho quando está na frente dos outros, fica bobo quando se trata de você;
[✰] E esse tratamento rainha é usado na cama também, claro. Ele é do tipo que ‘adora’, no sentido de cultuar mesmo. Você é a maior referência feminina na vida dele agora, o seu corpo é um altar, é sagrado, ele é um mero vassalo. Não se cansa de dizer o quanto é perfeita aos olhos dele, até nas coisas em que você tem insegurança. Sabe de cada pintinha que você tem na pele, cada marquinha. Você senta no colo dele depois de um dia cheio, e ele tira os seus brincos, os seus sapatos, te pergunta como foi o dia. Se quiser, vai massagear seus pés enquanto beija a pele, sorrindo ainda;
[✰] Uma energia de subzinho que meu deus... É um grande preguiçoso, na verdade. Gosta de deixar as rédeas na sua mão, que você esteja por cima, que você diga o que quer e dite o ritmo, porém, porque gosta de agradar, pode brincar direitinho com as suas fantasias, realizando cada uma. Ama quando você pega no cabelo dele, quando senta na cara dele. O maior amante de oral do mundo, realmente ficaria horas com a boca entre as suas pernas, até a mandíbula ficar dormente;
[✰] E não é que seja, de fato, total submisso, é que acha graça no jeito que você quer mandar nele e depois fica toda bobinha. Então, vai continuar aceitando de submeter pra te assistir assim o máximo que puder. É alguém que demonstra dominância como se não fosse nada, dando um tapinha tão levinho na sua bochecha, na bunda, só pra implicar, chamando de putinha, petit salope, enquanto sorri, feito não tivesse feito nada. Que te puxa pra um beijo com a mão no seu pescoço ou na sua mandíbula, mesmo que pra um selinho cotidiano;
[✰] Nem liga tanto assim pra penetração, vocês costumam transar mais em outras alternativas. Às vezes, é mais gostoso pra ele ficar numa sessão de beijinhos molhadinhos e um masturbando o outro. Já manchou a cueca todinha se esfregando no meio das suas pernas, como se estivesse estocando; e o abdômen cheio de porra depois de te ter deslizando a buceta por cima do pau dele, duro, estirado na virilha;
[✰] Mamífero. Mamador de peitos. Petista, ama peitos. Te faz gozar só de chupar e massagear seus seios;
[✰] Um grande experimentalista — possivelmente o maior ‘fetiche’ dele. Lê ou ouve sobre algo diferente pra fazer entre quatro paredes e te pergunta na hora se quer tentar também. Já disse, topa qualquer coisa que você quiser na cama. É melhor fazer e se arrepender do que passar vontade, é o lema dele. O tipo de homem que fala que sexo é arte, e eu não preciso dizer mais nada, né???
[✰] Vou jogar aqui hein: cuckold;
[✰] Comemorar o aniversário de relacionamento no Crazy Horse em Paris, ou num show de Magic Mike. Você que manda🙌
[✰] Sexo. Literatura. Amor. Cinema. É isso. É só isso que ele precisa;
[✰] Não é grande fã de breeding, mas gosta de fazer uma bagunça com a porra, com saliva também. Pai de casal; primeiro um menino, depois uma menina. E o maior pai babão de menina;
[✰] Músicas da Bey pra ouvir e pensar nele — ROCKET, SUPERPOWER, CUFF IT, YES, THE CLOSER I GET TO YOU, EGO, II HANDS II HEAVEN.
⠀⠀
Bônus de momentos aleatórios com ele ↷
um cigarrinho de lei depois do sexo | já viram ele estressadinho e gritando em Perdrix? Eu não conseguiria levar ele a sério todo bravinho quando ele fala em minúsculo e faz biquinho francês | é o pai que incentiva os filhos a fazer abaixo-assinado pra resolver os problemas na escola | ficar deitadinho com a cabeça na sua coxa pra receber carinho até os cabelos grisalhos ficarem uma bagunça;
ver filme francês antigo | beber vinho dividindo a mesma taça, comer espaguete e dividir o mesmo prato, você sentadinha no colo dele | fica putinho contigo, mas só corre as mãos nos cabelos e diz tá bom, meu amor, tá bom. Literalmente o Agostinho Carrara no você é muito difícil, Maria Isabel. Eu te amo do tamanho da dificuldade que você é.
#ninguém pediu estou ouvindo as vozes da minha cabeça e eles falam muito#imninahchan#headcannon#swann arlaud#anatomia de uma queda#anatomie d'une chute#anatomy of a fall#vincent renzi
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BFB – S. HEMPE HEADCANONS
𖥻 sumário: só alguns headcanons aleatórios sobre o simón, o irmão mais velho da sua melhor amiga. 𖥻 par: bfb!simón x leitora 𖥻 avisos: simón flamenguista (mencionado só) e meio babaca. não tá revisado. acho que só, qualquer coisa, pode me avisar!
💭 nota da autora: oii! cá estou eu com os primeiros headcanons em português desse blog. tive um pequeno surto de inspiração, então escrevi correndo, mesmo que morrendo de sono (talvez esteja um pouquinho confuso rs), mas o que importa é a intenção! pretendo expandir mais no futuro <3
✮ㆍSendo amigas desde muito novas, é preciso dizer que você também cresceu com o Simón. Acompanhando desde a fase mais vergonhosa até a solidificação do status de colírio da faculdade.
✮ㆍE mesmo que todas as festas do pijama que você participa com sua amiga serem de coração, justamente por gostar da companhia, não tem como negar que uma partezinha sua sempre aceita ir pra ter a chance de olhar pro irmão da sua amiga.
✮ㆍO seu coração chega a palpitar sempre que ele chega pra se juntar a vocês na beira da piscina. A presença dele, às vezes tão repentina, sempre te afeta da mesma maneira: um calor que sobe do peito até as bochechas, uma bobeira indesejada.
✮ㆍE é sempre de mansinho que ele conversa contigo. Solta uma piadinha boba aqui e ali, arrancando umas risadas aficionadas, te deixando molinha só de estar tão perto.
✮ㆍFaz questão de ser aquele que te entrega tudo o que pede, desde a toalha até a latinha de refrigerante. Deixa que os dedos de vocês se toquem, ou que o braço encoste por um segundo ou outro a mais. Tudo isso feito com um sorriso de bom moço no rosto que até te engana.
✮ㆍAma estar perto de você, muito mesmo. Acho que, depois de tanto tempo, passa a ser uma necessidade, e não só porque ele gosta de te deixar acanhada – no começo, pode até sido por uma questão de ego, por saber que conseguia deixar alguém tão embaraçada só por estar ali.
✮ㆍMas acredito que ele se pega gostando da situação, mas agora de um jeito diferente. Simón gosta de observar teu jeitinho tímido; como você parece gostar dos elogios que ele te faz – que, agora, são sinceros e não só porque ele pode te atazanar – e a maneira que você sorri, alegre.
✮ㆍAo mesmo tempo, acho que ele nunca toma coragem suficiente pra dar o bote. Com certeza esse cuidado surgiu conforme ele foi amadurecendo, já que não faz muito tempo em que as brincadeirinhas passavam do ponto.
✮ㆍDigo brincadeira porque, até o momento que ele estava alheio aos próprios sentimentos por você – de que, talvez, ele goste mais do que deveria da melhor amiga da irmã –, não era raro encontrá-lo fazendo piadinhas sobre o teu estado ruborizado, ou falando tudo quanto é tipo de provocação te deixar pior.
✮ㆍCom a idade, é como se ele tivesse se tornado hiper consciente de como as palavras e ações dele te afetam. As provocações não param, mas têm limite, mesmo que ele se pegue sempre muito próximo de atravessá-lo.
✮ㆍIsso acontece em viagens, principalmente. Sem dúvida vocês já viajaram entre família, ou amigos. E são nesses dias juntos em que Simón se torna mais provocador.
✮ㆍNossa, o tanto de vezes que esse malandro já te fez sentar no colo dele, quando todo mundo tem que dividir o carro, são incontáveis.
✮ㆍ"Vem," Simón puxa seu braço, usando teu apelido de infância. Ele tem um sorrisinho tranquilo no rosto, mesmo que esteja parecendo o próprio diabo sentado no banco traseiro do carro. A bermuda de praia, tactel e curta, abraçando as coxas. "O carro já tá cheio. Vai ser melhor do que ir espremida".
✮ㆍAs mãos ficam agarradas na tua cintura durante todo o trajeto, apertando forte quando fazem uma curva ou passam por um quebra-mola, te pressionando mais ainda contra ele. A respiração batendo nas tuas costas, e a sensação da barba roçando contra sua pele sempre que ele se aproxima.
✮ㆍÉ enlouquecedor. Para os dois. Pior que ele com certeza fica pirado porque você ou tá se fazendo muito, ou realmente tá completamente alheia a tudo o que ele faz. Tortura, de verdade.
✮ㆍO que leva ele a sempre querer te deixar mordida de ciúme.
✮ㆍNa verdade, isso começou como algo bem a parte da situação de vocês. Como eu disse, o Simón é total o famosinho da faculdade, aquele que todo mundo é ou já foi apaixonado por, mesmo que sem querer. Então, sair é parte da rotina dele.
✮ㆍChoppada ou evento da Universidade, ele vai pra tudo. O importante é sair de casa e estar perto de gente.
✮ㆍE ele sempre tá muito bem-arrumado. Cabelo cortado, look bem pensado (mesmo que seja só uma camisa do Flamengo e uma bermuda) e perfume que voc�� consegue sentir do outro quarteirão.
✮ㆍÉ quase infalível. Toda vez que ele chega pra se despedir da irmã e você tá perto, ele te deixa com um bico do tamanho do mundo e totalmente emburrada. Como assim um homem bonito e cheiroso desses não vai passar a noite dentro de casa onde você pode ver? Injusto. Desumano.
✮ㆍOlha, acho que é até provável que ele comece a fingir que tá saindo pra um super evento cheio de mulher só pra te atazanar. Na real, Simón tá indo pra casa de um amigo passar a noite de bobeira, mas, claro, ele quer fazer um showzinho.
✮ㆍE como ele ama te deixar com um bico deeeste tamanho!
✮ㆍMas ele gosta ainda mais de desfazer. No dia seguinte ele chega bem mansinho perto de você, com uma carinha de fingido. Meigo que só, te convence a sentar um pouco com ele na sala, assistir um filme ou série enquanto a irmã não acorda.
✮ㆍDe um minuto pro outro, ele já te conquista de novo. Conversa sobre tudo e qualquer coisa, enquanto a televisão fica em segundo plano. É rápido, mesmo que sutil, consegue estender o papo de "dormiu bem?" até "gostei do pijama. É novo? Nunca vi você com ele antes".
✮ㆍAté te faz esquecer do acesso de ciúme que você teve na noite anterior, quando teu humor ficou tão azedo que você ficou emburrada até a hora de pegar no sono.
masterlist | navigation ── (edit) oi! tô com os pedidos abertos pra headcanons, cenários e blurbs sobre os meninos de lsdln. me manda um alô, se quiser conversar!
#⋆ ࣪. amethvysts ۫ ⁎#esse é o início do meu multiverso brasileiro#sim na minha cabeça todos do cast são br#o simon entao eh carioquissimo#simón!br#simón hempe#simón hempe x reader#lsdln x reader#lsdln#headcanon
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– 𝐩𝐫𝐚 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐯𝐞𝐫 ⋆ ˚。 𖹭
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ೀ ׅ ۫ . ㅇ atendendo a esse pedido; matías!namoradinho; matías bancando uma de macho alfa; ciúmes e (bastante) possessividade; rough sex; degradação (uso de ‘puta’, ‘cadelinha’, ‘putinha’); sexo desprotegido (hot girls usam camisinha!!!); penetração vag.; rivalidade masculina; uso de termos em espanhol (‘malparido’ - filho da puta; ‘una perrita muy sucia’ - uma cadelinha muito suja); finger sucking; menção a fingering; manhandling; exibicionismo; uns tapinhas; hair pulling; creampie; squirting.
notas da autora: matías recalt debutando neste perfil vivaaaaaaaaaaa ♡
Você e Matías estavam brigados há exatas 3h.
Você não deveria estar dando a mínima. Foi ele quem deu um chilique por ciúmes bobo, tudo isso porque um colega da faculdade fez um comentário infeliz sobre ti em uma rodinha. Ao ouvir seu nome e as palavras ‘gostosa’, ‘pegava’ e ‘segredo’ na mesma frase, Matías ficou possesso de raiva, estourou na cara do moleque e por pouco não o bateu.
O problema é que você achou a ceninha ridícula. Já não gostava do garoto antes e agora o odiava, mas precisava disso tudo? Fazer um escândalo no meio da sala daquele jeito? Matías achava que sim. Você tinha a certeza mais absoluta que não.
Quando chegaram no apartamento, a coisa ficou feia. Nenhum dos dois estava disposto a dar o braço a torcer e entender as opiniões do outro, eram dois cabeças-duras, mas já sabiam bem disso. Cada um acabou indo para o seu canto; você na sala, assistindo a uma série, e Matías enfurnado no quarto, fazendo sabe lá o que.
Decidida a não ceder dessa vez, você o ignorou completamente no momento em que o argentino resolveu - finalmente - sair da caverna, olhou de rabo de olho e notou a cara de poucos amigos. Tão dramático que estava usando um moletom com capuz dentro de casa, só o Matías mesmo para armar uma palhaçada dessas e ainda querer ter a razão no final.
9h se passaram e agora o cenário era outro.
Matías queria a sua atenção. Cansou de ficar brigado e estava se corroendo por dentro com a sua indiferença, fez de tudo para trocar, pelo menos, um ‘oi’ contigo, falhando em todas as suas tentativas. Foi mais barulhento que o necessário enquanto preparava um lanche, soltava murmúrios e lufadas de ar pela casa, fazia batuque em todas as superfícies possíveis, sentava do seu lado inquieto e tudo que recebia eram respostas monossilábicas.
12h se passaram e ainda nada.
Você estava saindo do banho. Distraída, secava o cabelo na toalha, vestindo apenas uma camisa dele oversized, cantarolava pelo quarto, mas emudeceu ao notar a toalha encharcada em cima da sua cama quentinha, sequinha e pronta para te receber em uma ótima e longa noite de sono. Não, não, não. Isso não estava acontecendo. Matíaaaaaaaaaaaaas! Nem se importou com o horário, poderia lidar com a multa depois, agora só queria esganar um certo argentino engraçadinho.
Assustado, ele correu até o cômodo, ofegante e com uma mão no peito ao parar na porta, encarando cada canto do local, como quem procura um maníaco ou o que quer que seja que te tenha feito gritar daquele jeito. Seu olhar era mortal, os braços cruzados no peito e as bochechas levemente avermelhadas revelavam a ira. Ele nem teve tempo de perguntar o que havia acontecido, porque você explode. Pergunta qual é o problema dele, se ele não tinha mais nada de útil para fazer além de te irritar, começa a misturar espanhol com português.
E tudo que Matías consegue reparar, ainda meio atônito, porque tinha acabado de acordar de uma soneca, era em como a camisa parecia muito perto de subir e revelar a nudez das suas coxas. A atenção dele desviava o tempo inteiro. Do rosto às pernas. Das pernas aos seios. Dos seios as mãos que se mexiam afoitas. Das mãos aos lábios que soltavam os xingamentos mais chulos.
Como se não bastasse, ainda deu aquele show ridículo no meio da turma inteira. Aqui ele saiu do transe em que estava, ficando puto novamente. De novo essa mesma historinha. Se você não estivesse tão nervosa, teria achado uma gracinha como as narinas expandiam em raiva.
– Ah, saquei, saquei. – Matías não escondia o sarcasmo, estalando a língua no céu da boca. – ‘Cê queria que eu ficasse parado que nem um otário enquanto aquele malparido falava sobre pegar a minha namorada na minha cara? – O desprezo era palpável, principalmente quando ele soltou uma sequência de ofensas espanholas.
– Eu queria que você agisse como o adulto da situação, Matías! – Você não se abalou, assertiva no que defendia. – Mas não, você tinha que agir feito um homem das cavernas, só faltou bater no peito e urrar, sabia?! – Revirando os olhos, pegou a toalha, jogando-a contra o peito do argentino. – Você deu o que justamente o que ele queria, caiu na pilha.
– É, agi feito homem mesmo. – Ele bancou, acenando com firmeza. – Não vou ficar ouvindo um moleque dizendo que vai fazer o que só eu faço contigo. – Com o peito acelerado, ele se aproximou de ti. – Agi feito o teu homem.
– Não sou um pedaço de carne, Matías, não preciso que você aja como se fosse o meu dono ‘pra todo mundo ver. – Seu sussurro soou frágil, o coração descompassado igual.
– Não? – A sobrancelha se arqueou, a língua corria de um lado ao outro da bochecha. – O que? Só posso agir como o seu dono aqui, no quarto? – Com cabeça tombada para o lado, ele segurou o teu queixo. – Porque quando você ‘tá de quatro ali naquela cama, gemendo feito puta, eu tenho certeza de que sou seu dono. – Os dedos pressionaram suas bochechas, bruto, unindo seus lábios em um biquinho.
Sua cabeça balançou em negação, é diferente, os olhinhos pareciam mais mansos agora, admiravam as feições fechadas do argentino, sisudo ao te medir. As respirações se chocavam, violentas, sua palma tocou o pulso dele, sentindo o polegar acariciar seu lábio inferior, deslizando por entre a carne macia, sendo envolvido pela sua língua, lento, do mesmo jeitinho que fazia com a cabecinha do pau dele.
– Não age como se fosse toda independente assim, não. – Negou, acompanhando quando você tentou murmurar algo, mas a boquinha estava ocupada. – Não, você é, na verdade, muito suja. É, você é. Una perrita muy sucia. – A outra palma alcançou sua cintura, te trouxe para perto. – Quer falar sobre showzinhos, linda? Então, vamo’ falar de quando você me mandou aquele vídeo no banheiro da faculdade. Se dedando feito uma virgem desesperada, me implorando ‘pra filar a aula e ir te comer.
Suas coxas se apertavam uma contra a outra, tentando acalmar a pulsação no seu interior, se lambuzando pela ausência da calcinha. Quando o dedo abandonou seus lábios, um murmúrio escapou, dengosa ao chamar pelo argentino, sem saber ao certo pra quê, só tinha consciência de que o queria muito naquele momento. Engolindo em seco, suas mãos buscaram o cós da bermuda, sendo impedida ao ter os pulsos unidos, presa. Pronta para choramingar, Matías foi mais rápido, e ríspido, ao te manusear até a sacada, te prensando contra o gradeado, de costas para ele e de frente para toda a cidade naquela madrugada.
– Matí… – O nome saiu em um gemido e um alerta. – Aqui…? – Seu corpo dava sinais mistos, aflita e excitada.
Não é como se vocês nunca tivessem transando em locais públicos antes, mas sempre existiu uma falsa sensação de segurança de que não seriam realmente pegos. Matías nunca deixaria que isso acontecesse, ele enlouquecia só com a ideia de que vissem o teu corpo nu, era egoísta e te queria única e exclusivamente para si, mas tinha tudo planejado para aquele momento. As palmas te agarraram pelas ancas, curvando o teu corpo contra a barra metálica, levantando a camiseta, expondo sua bunda arrebitada.
– Aqui. – A destra espalmou em uma das nádegas, te fazendo tremer com a força. – Bem aqui que é ‘pra cidade inteira ver a putinha que você é. – Outro tapa. – A minha putinha, minha mulher. – Os pronomes soavam roucos no pé do teu ouvido, se mesclavam aos sonidos da palma te chocando com a sua derme, marcando, reivindicando a posse ao deixar os rastros dele ali.
Entregue, você rebolou contra o caralho teso, coberto somente pelo tecido fino da bermuda, vergou mais a coluna, deixando claro que, ali, ele poderia ter todo o controle sobre ti, seria o seu dono. Ouviu o barulhinho de quando Matías cuspiu na própria mão, espalhando a saliva por toda a extensão, deixando babado o suficiente para deslizar na bucetinha apertada, que agora já estava ensopada. Diz, diz o que eu quero ouvir. O pedido veio junto com um puxão no teu cabelo, apertando ali, mas sem te tirar da posição, te queria daquele jeitinho. Vulnerável.
– Eu sou sua, Matí… – Sussurrou em um fio de voz, chiando em necessidade quando a cabecinha foi esfregada no clitóris sensível. – Só sua. – Encarou o argentino por cima do ombro, sorrindo cheia de malícia.
– É minha mesmo, minha ‘pra beijar, agarrar. – Observava a camisa engolindo o seu corpinho, sorrindo vaidoso. – Minha ‘pra meter e encher a bucetinha, usar como eu quiser. – Maldoso, deslizava só a pontinha no seu interior, te torturando ao entrar e sair, sem te dar o que você precisava. – É minha, né? Diz, diz o nome do teu dono.
O semblante choroso não abandonava o teu rostinho, carente por se sentir completa. Não hesitou ao dizer o nome dele, manhosa. Repete. O pedido veio com um aperto mais firme no teu couro, mas antes que pudesse responder foi surpreendida como o pau te preenchendo de uma vez só, fez o seu corpo ir para frente com o solavanco, arrancando de ti um gritinho esganiçado. Repete. Dessa vez o comando veio mais impositivo, Matías metia com brutalidade, sem perder o ritmo e a velocidade, alargando o canalzinho enquanto ia fundo, firme.
Não tinha pena de te maltratar, sem dó nenhum ao te foder com força, queria te deixar destruída, tornar perfeitamente claro que você pertencia a ele e jamais seria de outra pessoa. Te domava com uma mão ajeitando teu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado e a outra alternando entre estapear sua carne e se apoiar na lombar, pegando o impulso para ser bruto. Ali, daquela sacada, só se ouviam os estalos das peles se chocando, o ato era quase primitivo, a maneira como Matías te fodia era animalesca, não se importando com mais nada além de esporrar tudo em ti, não havia espaço para que nada fosse dito, agiam com fome, sedentos.
Você se esforçava para conter os gemidos, mas era impossível quando a cabecinha surrava o seu pontinho, te fazia perder o controle e amolecer nos braços alheios, amparada por ele. As pernas eram como gelatinas, sem força alguma para se manter de pé. Seu estado era tão débil que lágrimas molhavam as bochechas, um tantinho de saliva se acumulava e escorria pelo cantinho dos lábios entreaberto, tontinha, só conseguia gemer.
Uma das palmas te tocou por dentro da blusa, agarrando os seus peitos, descendo pela cintura até chegar ao clitóris, tendo dois dígitos esfregando a região sensível. Matías te dava mais estímulos do que você poderia aguentar, te fazia pulsar ao redor do pau teso, arrepiando quando seu tronco foi puxado, grudando no peitoral suado, ouvindo os gemidos roucos no pé do teu ouvido.
Do teu cabelo, a palma alcançou o teu queixo, virando o teu rosto para encaixar os lábios em um beijo afoito, tão babadinho que um fio de saliva ainda ligava as bocas quando se separaram. Vou lotar a sua buceta de porra. Você choramingou, desejando por isso. Por favor. Implorou, sentindo os movimentos se tornarem ainda mais desesperados e os gemidos de Matías ecoarem mais altos. As mãos seguraram a tua cintura, apertando com força quando ele se desfez dentro de ti, esquentando o seu interior com os jatos morninhos que te inundavam.
Faziam uma verdadeira bagunça, você lambuzava a virilha do moreno, a porra escorria a cada vez que ele ia e vinha, buscando o teu prazer agora. Os dedos acompanhavam o ritmo das estocadas, te amolecendo nos braços do argentino, te fez gozar daquele jeito, sentindo o seu melzinho babar ainda mais o contato entre os dois. Seu corpo se contorceu quando Matías continuou a meter em ti, no mesmo ritmo rápido, testando os seus limites ao esfregar o seu clitóris também.
Seus lábios se entreabiram em um gemido mudo e os olhos viam apenas borrões das luzes acesas, seu interior contraiu violentamente ao redor do comprimento, molhando todo o caralho teso quando explodiu em um orgasmo ainda mais intenso. Ainda se recuperando, ouviu a risada baixinha de Matías no pé do teu ouvido, mordiscando o teu lóbulo ao abandonar o teu interior, te fazendo sentir toda aquela bagunça escorrendo pelas coxas. Agora todo mundo já sabe que você é minha.
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