#nossa que violência... só de pensar....
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#the way he's sooooo sweaty....#he's just like me fo'real it's 31ºC in my room right now it's literally 10 in the evening...#oh to think of how SWEATY we could be *together*....#my sunburnt sweaty sexy dansk konge 😩😩#oh to be able to roll around in the grass with him.... in the nude...#imaginem.... todo nuzinho da maneira que veio ao mundo... e eu ali.. no braços deles... há bichas com sorte mas não sou eu...#ou então na sauna.... eu aposto que ele está todo nu na sauna... é por isso é que nem o reflexo ele mostrava...#nossa que violência... só de pensar....#Kasper Schmeichel#king thicccness#you can steal my lucky charms king.. <3#yes that's Irish i don't care it's a good crappy pick up line#Instagram
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Hoje não é noite de lua cheia, mas como nós estamos precisando de alguns lobisomens na nossa cidade, aqui vai a nossa terceira edição de ideias para personagens, agora voltadas para os licantropos em alcateias e solitários.
EICHEN PACK:
Aquele lobisomem que age como uma mãezona do grupo. Quando eles têm uma atitude errada, puxa a orelha dos lobinhos e xinga até a última geração deles. Mas quando é alguém de fora que está falando besteira da sua alcateia, pula em cima porque só pode falar mal da Eichen Pack quem está do lado de dentro.
SUGESTÕES DE FC: Charlie Hunnam, Daisy Edgar Jones, Richard Madden, Kristina Tonteri-Young, Jonathan Bailey.
Alguém que está tendo dificuldades para se transformar. Na sua primeira lua cheia, acabou se soltando e atacando alguém na cidade, ou até um outro lobo do grupo, se acalmando só depois de ser contido pelos membros. Desde então, consegue se transformar apenas parcialmente, se cobrando o tempo inteiro.
SUGESTÕES DE FC: Jaz Sinclair, Tanner Buchanan, Milly Alcock, Mason Gooding, Hailee Steinfeld, Rudy Pankow.
Um lobisomem que apesar de ter nascido em Arcanum e fazer parte da Eichen, sempre se identificou com o jeito selvagem da Alder Pack, enxergando os seus ideais como mais semelhantes aos deles, sendo assim, acaba se sentindo um pouco deslocado dentro do próprio grupo, ansiando pelo diferente.
SUGESTÕES DE FC: Emilio Sakraya, Courtney Eaton, Drew Starkey, Camila Mendes, Brandon Perea, Jessica Alexander.
Aquele lobisomem que só quer paz. Correr pela floresta na lua cheia, trabalhar na oficina durante a semana, até mesmo criar laços com lobos que não fazem parte da sua alcateia. Toda essa história de rivalidade entre facções e espécies não lhe interessa, só não quer que problemas apareçam no seu caminho.
SUGESTÕES DE FC: Ayo Edebiri, Charlie Heaton, Alba Baptista, Michael Evans Behling, Emma Myers.
Temos uma wanted connection de um dos nossos players que gira em torno de um trio de amigos de infância, um deles sendo o alfa da alcateia.
SUGESTÕES DE FC: Informadas pelo player na página.
ALDER PACK:
Um lobisomem que sempre teve uma ligação diferente com os animais, sendo assim, começou a trabalhar no abrigo usando o seu poder de absorção de dor no tratamento dos bichinhos. Pense um pouco no Scott Mccall.
SUGESTÕES DE FC: Apo Nattawin, Lizeth Selene, Santiago Segura, Lola Tung, Joseph Quinn, Madison Bailey.
Você pode ter um lobisomem que não é necessariamente o alfa da alcateia, mas é visto como alguém bastante acolhedor, especialmente para os novos lobisomens que chegam na cidade sem ideia de onde estão se metendo. Tenta oferecer conselhos e colocar a cabeça dos outros no lugar.
SUGESTÕES DE FC: Anne Hathaway, Adam DiMarco, Jodie Comer, Michael B Jordan, Zoë Kravitz, Josh O'Connor.
É funcionário da Toca do Lobo, pode até ser dono ou gerente, e é aquele lobisomem que coloca ordem no lugar na base da imponência. Assim que as brigas e gritaria começam, a sua voz soa mais alto porque os clientes lhe respeitam e temem que vá partir para a violência.
SUGESTÕES DE FC: David Castañeda, Rosamund Pike, Gong Yoo, Laura Harrier, Enzo Vogrincic, Gemma Chan.
Um lobisomem jovem que ainda está tentando se encontrar dentro da alcateia. Ele não tem muito poder pela idade, então está sempre se oferecendo para fazer qualquer tipo de serviço para os outros, sendo mais um seguidor que uma pessoa própria. Alguns podem tirar proveito disso.
SUGESTÕES DE FC: Maya Hawke, Xolo Maridueña, Emily Carey, Evan Mock, Maia Reficco, Clinton Liberty.
Também estamos precisando do nosso alfa. Você pode pensar nele como alguém que gosta de dar maior liberdade para quem faz parte da sua alcateia ou alguém um pouco mais rigoroso. Enxerga a Eichen como uma inimiga ou pensa que os dois grupos poderiam formar uma aliança?
SUGESTÕES DE FC: Lucien Laviscount, Adria Arjona, Lewis Tan, Melissa Benoist, Channing Tatum.
LOBOS SOLITÁRIOS:
Um lobisomem que foi expulso de uma alcateia por dar informações para a outra. No fim das contas, ficou sem lado, tendo que se virar sozinho. Ele pode ser uma espécie de “mercenário”, fazendo trabalhos sujos para outra espécie e até mesmo se colocando contra os lobisomens como vingança por ser rejeitado por ambos.
SUGESTÕES DE FC: Adeline Rudolph, Dacre Montgomery, Bruna Marquezine, Mike Faist, Jung Hoyeon.
Alguém que acabou de chegar na cidade, mas como sempre se virou sozinho, decidiu que não iria fazer parte da Alder.
SUGESTÕES DE FC: Callum Turner, Amita Suman, Taylor Zakhar Perez, Ella Hunt, Zain Igbal, Jessie Mei Li.
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Empatia: um lugar bonito, mas difícil de se estar
A empatia não é apenas o ato colocar-se no lugar do outro, mas sim escutar, compreender as necessidades de um indivíduo que possivelmente está ferido e precisa apenas de amparo e validação. Compreende-se que a validação não é sobre você concordar com as atitudes de uma pessoa, mas por um momento você fazer o exercício de ser ouvinte, como o psicólogo e ou psiquiatra. Entretanto, nem sempre nós encontraremos uma rede de apoio que nos ajude durante o nosso processo de cicatrização. Por isso, é importante bloquear a sua mente e direcionar a sua atenção plena a pessoas e ou coisas que irão contribuir positivamente a sua vida. Às vezes, o nosso erro é alimentar as nossas expectativas e imaginar que todas as pessoas irão nos acolher e escutar na mesma proporção que nos doamos.
Infelizmente, é impossível mensurar o quão é desgastante enfrentar problemas sem nenhum suporte familiar, espiritual, social, profissional e entre outros. Dessa forma, não é saudável que você idealize um mundo onde todos os seres humanos serão empáticos, respeitosos, compreensivos e ou irão amar você. Na verdade, é quase improvável prever a ausência de empatia do outro. Especialmente, quando nós estamos em processo de cura após ter sofrido violência física ou psicológica. Nesses momentos que o ser humano fica mais vulnerável psicologicamente. Porque qualquer machucado pode piorar o trauma que o mesmo está lutando para se curar.
Vale ressaltar que nem todas as pessoas são iguais a ponto de menosprezar a dor de alguém. Vamos pensar que existem pessoas gentis no mundo e são capazes de serem empáticos uns com outros. Eu gosto de pensar que não devo me preocupar com as atitudes do outro, mas com as minhas e como elas serão benéficas no mundo. A realidade é triste mas o próximo faz o melhor que ele pode e isso é algo que foge do meu controle. Até porque eu só posso manusear as minha ações e melhorar a minha vida e não uma pessoa que tem experiências diferentes das minhas.
A preocupação de se estar praticando a empatia precisa fazer parte dos meus questionamentos internos e não algo que faça perder o meu equilíbrio pela possibilidade do próximo não ser gentil. Nunca abandone os seus bons valores por causa de uma pessoa que não sabe o significado de ser nobre.
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Capítulo 1 – Viva...
Sobre o áspero e gélido pico de Ravenhill, o vento sussurrava histórias de tempos antigos. A batalha à muito havia cessado, mas o eco da violência ainda rodeava a terra. Thranduil, Rei da Floresta das Trevas, andava com a majestade de um soberano atormentado pelos espectros da guerra. Seu olhar, outrora impenetrável como a própria floresta que jurou proteger, agora carregava uma suavidade rara e dolorosa.
Ali, prostrada sobre a neve manchada de sangue, estava Tauriel, sua capitã, seu valor inquestionável, cujo coração sangrou amor tão profundo que desafiou as próprias leis do reino élfico. Ele aguardou até que os anões retirassem os corpos de seus parentes mortos e Tauriel pudesse se recompor. Ela sabia que não tinha o direito de reivindicar o corpo de Kili e por isso fez sua última despedida.
Chegando próximo a ela e ajoelhando um pouco atrás da elfa, em uma atitude de completa compaixão e humildade, que qualquer um que o conhecia ou já ouvira falar do Rei Élfico não acreditaria, colocou uma mão no ombro de Tauriel com surpreendente suavidade e ainda com olhos brilhantes de lembranças doloridas. “Tauriel, você agiu guiada por sentimento, algo que muitos de nós perdemos em tempos imemoriais”, começou Thranduil, sua voz tão suave quanto as primeiras neves do inverno. “Você foi banida não pela força do seu coração, mas pela inquietação que ele causou dentro do nosso próprio.”
Tauriel, as lágrimas cristalizando em seu rosto, olhava-o com um misto de reverencia e desesperança. “Meu Rei, eu...,” seus lábios tremeram na fria brisa, “Eu achava que o amor poderia ser a nossa força.”
Thranduil se aproximou mais, a distância entre monarca e súdita borrada por gestos de compaixão. “Em outra vida, talvez nos ensinassem que o amor é a verdadeira força. Pela dor que causou, peço desculpas – não como teu rei, mas como alguém que esqueceu o que é sentir.”
Ouvir essas palavras de seu rei, alguém que ela outrora julgou tão frio, fez com que ela não soubesse se isso lhe dava forças ou a quebrava ainda mais. Ela o julgou, e agora estava ele aqui, impensável, o outrora inalcançável Rei Thranduil, olhando em seus olhos com um calor que derreteria uma geleira e lhe oferecendo palavras gentis sobre o que ela sentia pelo jovem príncipe anão. Talvez ela tenha tomado um golpe forte demais de Bolg e está desacordada vendo cenas inimagináveis.
Não, mas isso era real, doía, doía muito, não só sua carne, mas seu fëa. E Então ela estava caindo em si.
Percebendo a luta interna de Tauriel, com as mãos estendidas, Thranduil ajudou ela a levantar-se. O horizonte mostrava uma promessa de alvorada, os raios primeiros de luz penetrando as trevas.
Percebendo que ela talvez não entenderia se ele não fosse direto, Thranduil falou com a voz firme novamente. “Vamos retornar para Mirkwood, Tauriel. Há muito para reconstruir, e agora reconheço que precisamos de todos os corações – especialmente daqueles que amam com coragem.”
“Mas meu banimento, Kili... eu...,” ela balbuciou ainda em torpor.
“Basta. Há muita dor agora Tauriel, não só a sua. Seu povo agora precisa de você. Uma vez você quis lutar pelo que era justo além do amor, venha e me ajude. Esse é um pedido e não uma ordem, do seu Rei. Eu ainda o sou?” Ele olhou mais uma vez em seus olhos e era como olhar seu fëa. Ela congelou.
“Sim. Meu Rei.” Ela balbuciou um pouco mais firme, ainda em dúvida sobre o que estava acontecendo.
“Bom. Se não deixei claro, agora falo para não ter dúvidas, revogo seu banimento. Venha comigo.” E se virou dando as costas para uma ainda confusa Tauriel. De qualquer forma, o que ela deveria fazer? Para onde deveria ir? A dor ainda era excruciante, então ela apenas se deixou levar. Era fácil, automático, ela o seguiu e o obedeceu por tantos séculos... agora o melhor seria seguir seus passos novamente pois parecia não só confortável, parecia certo. Era mais fácil assim, neste momento, não pensar.
Juntos, rei e guerreira começaram a descida, suas silhuetas fundindo-se à paisagem repleta de esperança de cura e novos começos.
E o que vocês acharam? Para ter um gostinho... rsrsr
#hobbit#fanfic#fanfiction#thranduil#tolkien#tauriel#lotr#wattpad#lord of the rings#thrandiel#post botfa#O Hobbit#elvenking#the elvenking#the hobbit
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Para pessoas retrógradas, pipipí popopó: o que o show da Madonna tem a ver com a política sexual da carne?
Se você me encontrou essa semana, provavelmente ouviu da minha boca: acho que estou ficando meio radical.
Então é exatamente assim que pessoas inconformadas com a realidade se sentem?
Que exagero.
Por algum motivo, uma aula do mestrado sobre ecologia pipocou na minha cabeça e lembrei do nome Carol Adams, uma ativista antes de feminista. Não faz ideia de como essas duas coisas podem se unir?
Sim, sim, existe uma ligação entre a opressão das mulheres e a dos animais não humanos. O nome é patriarcado. Esse sistema que dá a impressão a nós, mulheres, de que temos escolhas.
Ah, você acha que tem escolha?
Vem comigo.
Carol tem um relacionamento muito forte com o livro que demorou 11 anos para escrever: ela não estava pronta.
Ela não se diz acadêmica, porque, mesmo estudando os conceitos, era uma ativista no final das contas. Ela sentia um incômodo na ponta da língua, mas não sabia dizer o que era. Ler livros policiais, artigos e, principalmente, fazer da sua casa um local de acolhimento para mulheres vítimas de violência sexual e doméstica fervilhavam para virar A Política Sexual da Carne, ou o conceito de referencial ausente.
Em algum momento ela percebeu uma grande quantidade de feministas que eram vegetarianas ou veganas, além de notar que não fazia sentido advogar contra a violência dentro de casa e praticar violência ao comer um pedaço de carne.
Absurdo, né?? O referencial ausente está ali: a carne já não é mais um animal.
É possível ir mais além: a mulher também.
As mulheres são referenciais ausentes em nossa cultura, sendo vistas como um corpo a ser consumido e usado pela publicidade e de muitos outros modos. Afinal, na política sexual da carne, é simplesmente impossível ser homem sem comer carne.
Dei um salto. Não vá embora, fique um pouco mais. Vou te dar um exemplo.
Você provavelmente já ouviu falar do restaurante chamado hOOters, onde o logotipo são os olhos de uma coruja. No menu dos restaurantes você pode encontrar uma breve explicação da história do nome hOOters, que é uma gíria para seios:
"Eis a questão, que nome vamos dar à casa? Simples: o que, além de cerveja, asas de frango e uma eventual vitória do time na temporada de futebol (no caso, futebol americano para eles) em qualquer lugar faz os olhos dos homens brilhares?"
Sim, seios.
Imagens de consumo como essas oferecem à nossa cultura um meio de falar abertamente sobre a objetificação das mulheres, e de brincar com o fato.
É o modo pelo qual os homens podem se celebrar publicamente tendo a misoginia como aglutinador, conscientes ou não disso. A degradação das mulheres parece divertida e inofensiva.
É só uma piada, ninguém precisa ser responsável!
Desse modo, os homens podem se divertir com a degradação das mulheres, animais, "gostosas", "vacas", sem ser honestos quanto a isso.
Essas questões estão na nossa cara o tempo inteiro, não as percebemos porque... estamos muito acostumados com nossa cultura patriarcal que reflete essas atitudes desde que você nasceu e nunca parou para pensar: quem tem tempo?
Ainda tem mais uma problematica que não vou me aprofundar, mas existe a superstição de que a carne fortalece e de que os homens precisam de carne.
Mas hoje, não é isso que me incomoda.
O que me incomodou foi o show da Madonna.
Não sou fã dela, não fez parte da minha história, sou uma 90s kid deprimida com tendências suicidas, muitíssimo obrigada. Isso não quer dizer que eu não entenda a relevância artística, musical e social dela. Mas assim, achei o show... normal? Até eu sair da minha casa.
Ao ler Mariana Enríquez em "as coisas que perdemos no fogo", o conto que carrega o título do livro é brutal: mulheres decidem elas mesmas se atirarem em uma fogueira e adquirir uma "beleza" queimada ao sobreviverem. Por que? O índice homens matando suas parceiras ateando fogo nelas aumentou.
Cada vez mais mulheres eram incendiadas até a morte por seus maridos, namorados, seja lá o que esse homem fosse delas.
E isso foi tido como absurdo! Onde já se viu, as mulheres terem o DIREITO de atearem fogo em si mesmas!! O corpo delas não pertencem a elas de verdade.
É um ABSURDO uma senhora de 65 anos simular atos sexuais na forma de celebração e porque... ela quer. O corpo é dela. Homens? Eles fazem isso? Mas eles são só homens...
Me surpreende vocês acharem que isso ser um absurdo é escolha de vocês. Não é, você só está reproduzindo o que te ensinaram. Pensar diferente é desconfortável.
Sinto muito, mas como diz Chappell Roan, de 26 anos:
Ladies, you know what I mean and you know what you need. And so does he.
But does it happen? (No) Well, what we really need is a femininomenon (a what?)
A femininomenon
DID YOU HEAR ME? PLAY THE FUCKING BEAT!
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Capitulo 203
Querido diário, eu tive o pior pesadelo esta noite.
Sonhei que Lysandre estava atrás de mim e queria me matar.
Acordei suando frio, mas tentei não pensar muito nisso e segui meu dia normalmente.
Queria eu que esse diário fosse normal, mas afinal, nem minha aparência é normal… Foda-se, eu sou um alien dimensional, quem eu to querendo enganar?
Rayan e Ambre estavam nos trailers conosco pouco antes da desgraça estourar dias atrás.
Ambre estava recuperada já graças aos Nathanieis.
Não queríamos perder tempo, mas tivemos que esperar alguns dias antes de tomar mais uma ação.
E agora… bem…
Esse dia de hoje começou péssimo e agora, nesse exato momento que estou escrevendo, é basicamente uma terapia que estou fazendo comigo mesma depois de toda a merda que aconteceu de uma vez.
Estamos nesse exato momento escondidos do Lysandre em uma casa abandonada pouco antes de partir.
Estávamos tentando recuperar o aparelho dimensional do Armin pra irmos pra dimensão distorcida do Lysandre pra finalmente entrarmos no bunker.
Não sabemos como nem quando o aparelho foi roubado, mas estamos em desespero.
É nossa última chance.
Estou escrevendo a luz de velas em um canto dessa casa abandonada que encontramos no meio do mato pouco antes de partir dessa linha.
Nós viemos pra essa casa no início da semana, muita coisa aconteceu nesse período.
Não vou contar 100% o que houve, só os eventos importantes, apenas tendo em mente que tudo aconteceu no período de 2 semanas.
Minha vida tem sido um inferno sem descanso…
Bem, o estopim pra bomba explodir foi a Nina.
Sim, a Nina.
Durante um dia em que estávamos nessa casa abandonada nos escondendo do Lysandre, Thomas e Rémy enquanto vigiam o lado de fora encontraram a Nina.
Obviamente contiveram ela e a jogaram dentro da casa sob vigilância.
Foi uma confusão, afinal, se o Ken estava morto, era culpa dela que dedurou tudo pro Lysandre.
Nunca iriamos confiar nela depois daquilo.
Daniel estava desesperado quando viu que a Nina estava lá, ele não tinha encontrado com ela desde que soube da morte de seu querido amigo Ken.
“Nina… O QUE FAZ AQUI?!” ele já perdeu o controle assim que a viu.
“Eu quero ajudar, dessa vez é sério, me desculpem e–” Antes que ela pudesse falar mais, ele já arremessou uma cadeira na direção dela.
“EU NÃO QUERO OUVIR SUA VOZ!!! CALA A MERDA DESSA SUA BOCA IMUNDA QUE SÓ SERVIU PRA MATAR O KENTIN!!” ele estava rouco de tanto gritar e chorava com muita raiva.
Ele estava tendo um princípio de crise, e dessa vez não tínhamos o Ken pra conter ele.
Nina chorava desesperada, e tentávamos conter o Daniel.
Ele tinha motivo pra estar com tanta raiva, era a menina que ele cresceu com e por quem era apaixonado, que foi responsável pela morte de seu melhor amigo.
Nina apesar de assustada, não tirava a razão do Daniel.
“Eu sei que nada do que eu falar vai trazer o Ken de volta… me perdoa, eu queria proteger vocês! Eu não esperava que fossem matar ele e—”
“NÓS FALÁVAMOS TODOS OS DIAS PRA VOCÊ QUE O LYSANDRE ERA O VILÃO DA HISTORIA! VOCÊ PREFERIA DAR OUVIDOS PRA MERDA DE UM POLÍTICO DO QUE PROS SEUS AMIGOS!! NINA, NÓS CRESCEMOS JUNTOS! EU TE AMEI MAIS DO QUE COMO UMA AMIGA, EU FUI APAIXONADO POR VOCÊ!! E POR SUA CULPA MINHA ÚNICA FAMÍLIA, MEU MELHOR AMIGO ESTÁ MORTO!!!” Armin arremessava mais coisas na direção dela que se quebravam ao redor dela que dava pequenos gritos, mas só chorava e aceitava que estava ouvindo, repetindo sem parar “desculpa Daniel.”
Depois de uma discussão acalorada, Daniel finalmente se acalmou e parou de lançar objetos em Nina. Todos estavam exaustos, tanto fisicamente quanto emocionalmente.
A cena estava tensa e ninguém sabia como agir diante da situação. Daniel estava fora de si e Nina parecia ter finalmente percebido o erro que cometeu. Eu precisava intervir antes que a situação piorasse ainda mais. “Daniel, você precisa se acalmar. Não é com violência que vamos resolver isso”, disse tentando acalmar ele.
Daniel estava perdendo o controle mais e mais, e era difícil contê-lo.
Armin, que estava ao seu lado, tentava acalmá-lo, já que são tecnicamente a mesma pessoa, ele sabia o que fazer, mas nada parecia funcionar.
Armin colocou o Daniel sentado e ele chorava e colocava a mão na cabeça em crise.
Nina, por sua vez, chorava e se desculpava sem parar, sabendo que nada que dissesse poderia mudar o passado e trazer Kentin de volta.
Foi quando ouvimos um barulho vindo do lado de fora da casa. Rémy, que estava de guarda, se aproximou correndo e sussurrou algo no ouvido de Thomas.
O clima tenso dentro da casa aumentou ainda mais, e todos ficamos em silêncio, esperando para ver o que estava acontecendo.
Thomas se aproximou de nós e disse: "Lysandre está vindo para cá. Precisamos sair daqui agora".
“Não ele não está! Ele pode estar por perto, mas ele não sabe que estão nessa casa, de verdade e—” Nina foi bruscamente cortada por Daniel.
“Espera que a gente confie em você?! Faça-nos o favor e suma daqui!” ele gritava.
“Nina, o que quer dizer? Por que ele não viria aqui?” Nathaniel deu a chance dela falar.
“Eu vim com ele escondido, ele não sabe, desde a morte do Ken eu me infiltrei na casa dele e vi ele usar o aparelho de viagem varias vezes. Em uma das vindas dele eu fui ao ratio do aparelho e vim com ele infiltrada pra entender o que tava acontecendo…” Nina dizia.
“Eu não sei até agora como ele me roubou… e como ele mudou de dimensão a primeira vez…” Armin do passado dizia.
“Talvez da mesma forma que a Nina fez.” Violette dizia tímida.
“OK, mas o Lysandre tá vindo mesmo?” Armin do passado perguntou pra Rémy e Thomas que afirmaram com a cabeça.
“Eu to falando que não e–”
“Nina, eu acredito que você está arrependida e quer ajudar, mas precisamos pensar em uma forma de provar sua lealdade. Não podemos só sair acreditando em você. Alguma ideia de como?”, Nathaniel perguntou tentando encontrar uma solução pacífica.
Nina olhou para mim, olhou pro Daniel que desviava o olhar e ainda chorando disse que tinha um plano.
“Não vamos ouvir agora, ela pode estar ganhando tempo. Castiel, amarre a Nina e vende ela, vamos levá-la conosco pro esconderijo, quando estivermos seguros ouvimos o que ela tem a nos dizer.” Armin do presente pegou a mochila que estava preparando para essa situação e disse: "Vamos pelo túnel secreto que encontrei na semana passada".
Sem dar espaço pra Nina falar.
Era arriscado, mas era nossa única opção.
Saímos correndo pela porta dos fundos e entramos no túnel. Era escuro e úmido, mas pelo menos estaríamos longe de Lysandre por um tempo. Andamos por cerca de 10 minutos, quando chegamos a uma escadaria que dava para a superfície.
Thomas subiu primeiro para verificar se era seguro, e logo nos chamou. Subimos correndo a escadaria e saímos em uma rua deserta.
Não sabíamos para onde ir, mas precisávamos sair dali antes que Lysandre nos encontrasse. Foi então que ouvimos um barulho vindo de uma caverna próxima.
Decidimos nos aproximar com cautela, e Castiel foi na frente com Azriel verificar se havia alguém ou algo lá dentro.
"Parece vazia", Azriel disse, decidimos entrar.
Era uma caverna grande e escura, com teias de aranha por toda parte.
A Nina mesmo vendada chorava muito.
Ela tinha informações valiosas sobre Lysandre e sua organização, informações que poderiam ajudar a acabar com tudo isso de uma vez por todas.
Decidi puxar assunto com a Nina novamente, mas ela não queria falar comigo ou com Daniel, ela queria falar diretamente com o líder do grupo naquele momento, o Thomas.
Não era uma ideia fácil de engolir, confiar em alguém que já nos prejudicou antes, mas era a única pista que tínhamos no momento.
Falei com Thomas, ele ficou relutante, mas acabou concordando em falar com Nina.
Tiraram a venda dela, e Thomas foi com ela pros fundos da caverna, acompanhado de Chani a tira colo.
Ficamos apenas no aguardo, em silêncio, apreensivos com tudo.
Foi uma reunião tensa e perigosa, mas ao que tudo indicava, Nina entregou informações valiosas sobre as próximas ações do Lysandre. Ela realmente estava vigiando ele… ela realmente queria compensar tudo que fez.
Mas ela escolheu falar com o Thomas porque não queria ser interrompida como seria com o Daniel.
Com isso, pudemos armar um plano para deter Lysandre de uma vez por todas. E assim, finalmente, acabamos com essa história de terror.
…Ou pelo menos achávamos que daria certo de alguma forma…
Todos nós pagamos um preço alto, mas estávamos prontos para seguir em frente, juntos, como uma família.
E a nina, ainda não tinha nossa confiança, e pra ser sincera, duvido que um dia recuperaria essa confiança do Daniel…
Nina passou todo o mapeamento local e onde o Lysandre se encontrava enquanto estava nessa linha, e isso sim foi o que me chocou: ele estava escondido na versão da minha casa dessa linha temporal.
Sim, isso mesmo.
Armin olhava pra mim sabendo que eu estava apreensiva.
“É mentira né?” Rémy dizia.
“Podem confirmar se quiserem, inclusive a casa está cercada de guardas dele… Eu saí de lá.” Nina falava.
Se ela saiu de lá, significa que ele veio usando o portal…? Pelo que o Armin do passado disse, sua maquina transfere a pessoa de uma dimensão pra outra não de local.
Se eles vieram da minha casa o Lysandre sabe do portal…?
Eu perguntei se a Nina sabia do portal, ela disse que não viu nada, e que pela postura do Lysandre ele parecia não ter visto nada também.
Não desamarrar ela em momento algum, e ela pareceu só aceitar isso.
Começamos a nos organizar para ir ver a “casa dele”, na esperança de conseguir algo.
Estava amanhecendo já.
Nina nos passou os horários e padrões do Lysandre.
E assim montamos times para ficar na casa abandonada, ficar com a Nina e ir comigo em minha antiga casa.
Armin como sempre não aceita sair da minha cola, especialmente desde que começamos a ser ativos com a situação, ele conversou com o Daniel e os dois instalaram comunicadores em seus fones que os ajudassem a falar um com o outro e transmitir informações para caso de emergência e até mesmo tirar dúvidas com a própria Nina.
Fora isso, levamos conosco um dos 3 Nathanieis, no caso, o que era amigo do Lysandre, já que ele poderia ver um padrão e o Azriel.
Não levamos muita gente conosco por motivos óbvios.
Nina e Daniel foram até metade do local, pra poder nos dar ordens, e deixamos Peggy junto com o Daniel para controla-lo caso ele explodisse com ela.
E assim fomos até a cidade.
Fizemos como planejado, Azriel e Nathaniel aguardavam do lado de fora da casa, e como Nina falou, sim, tinham guardas cuidando da minha antiga casa…
Ela não mentiu.
Eu sabia que a Boreal dessa linha temporal estava morta, ou nunca existiu, o Armin do passado havia me dito sobre isso já, o problema é que nunca pensei que descobriria o que houve com ela…
Armin e eu entramos na minha casa, estava completamente vazia, mas parecia que alguém tinha saído recentemente.
Se estiv��ssemos certos, o Lysandre estava usando a casa.
Armin usou a tática que ele usava no colégio pra desligar o sinal da casa pra caso houvesse câmeras e algo do gênero envolvendo os arredores com fios de cobre.
Azriel se manteve do lado de fora vigiando.
Queríamos algo pra usar contra o Lysandre.
Procuramos em todo canto, foi quando o Armin desceu as escadas do porão e logo voltou assustado.
“Achou algo?”
Ele olhou pra mim me empurrando pra longe da porta do porão.
“Sim…”
“O que achou Armin?” perguntei assustada com sua reação.
“Algo que não deve ver…” ele dizia.
“Fala logo!” eu tentava empurrar ele.
“Cotoco Ciclope live action.” quando ele falou isso eu me lembrei na hora da fanfic que ele criou no meu diário antes de perder a memória.
E congelei… Quanto tempo fazia que o Lysandre estava nessa linha…?
Foi ele quem mutilou a minha eu dessa linha temporal e prendeu no porão…?
Eu queria vomitar só de imaginar que tinha uma versão minha mutilada no porão do Lysandre.
Ar me abraçou com força tentando me acalmar. Afinal, Lysandre poderia voltar a qualquer momento, e eu não podia perder tempo chorando.
Decidimos procurar mais pela casa, mas agora com ainda mais cautela.
Eu estava tremendo de medo, mas precisava manter a mente focada em encontrar alguma pista sobre o que o Lysandre estava planejando.
Vasculhamos cada canto da casa, mas não encontramos nada de valor.
Foi quando o Armin decidiu olhar nos pertences do Lysandre, que ainda estavam lá. Encontramos um caderno com anotações sobre experimentos genéticos.
Havia nomes de várias pessoas que eu conhecia, incluindo o meu. As anotações mostravam que o Lysandre estava planejando criar seres com habilidades sobre-humanas, tipo os animais do Castiel, só que com seres humanos.
Ele estava usando os rituais ocultos dele para isso.
Foi aí que tudo se encaixou.
A Boreal dessa linha não estava apenas desaparecida, ela havia sido assassinada pelo Lysandre porque ela provavelmente era um dos experimentos dele também.
Ele quer, sim, se vingar de mim, mas ele está tentando alcançar um nível de poder ainda mais insano, seja pra vir atrás de mim ou até pra se sentir mais forte em modo geral, controlar pessoas é o que ele mais preza.
Fora que se der certo, ele com certeza sabe que poderá trazer a sua irmã de volta.
E agora, ele estava atrás de mim e dos meus amigos para nos usar em seus experimentos também, além de sua vingança doentia em cima de mim.
Nós tínhamos que agir rápido.
Ele com certeza sabia onde estávamos e o que estávamos fazendo, e ele com certeza estava fazendo o Armin e o Nathaniel de idiotas, Armin e Nathaniel achavam estarem um passo a frente do Lysandre, mas ele estava um passo a frente da gente.
Tudo seria tão mais prático se o Lysandre não existisse… Como pude ser apaixonada por essa coisa um dia?
Como nunca enxerguei sua verdadeira natureza?!
“Armin” eu falei sem mais nem menos caminhando pela casa e me sentindo meio nostalgica.
“Oi?”
“...Um dia vamos voltar a ter uma vida normal? Sabe, pelo menos perto do normal…? Igual quando morávamos juntos aqui?” eu dizia passando a mão sobre a janela. Eu não o olhava, mas pela pausa que ele deu, ele estava tentando ter forças pra continuar o dialogo.
“É pra isso que estou lutando né…?” ele respondeu.
“O Armin do futuro parece ter desistido… Ele não fala conosco e só fica no PSP.” respondi.
“Duvido. Ele com certeza tá tramando algo… Só não sabemos se ele vai nos ajudar, e eu duvido muito que ele vá nos ajudar.” ele tinha um ponto forte. Armin foi longe desse jeito e não vai desistir nem nos deixar chegar perto da Boreal.
Ele em breve será nosso inimigo, e sinto que isso está mais próximo do que eu imagino…
Eu tenho certeza que ele sabe o que está acontecendo, e fingir que ele não sabe chega a ser piada.
Explorei mais um pouco antes de me retirar com o Armin. Não tivemos avanço algum além do trauma de que eu estava destroçada no porão.
O lugar estava completamente destruído, com paredes desmoronando e objetos quebrados espalhados por todo o lado.
Eu senti uma mistura de curiosidade sobre o que houve ali e medo, mas sabia que precisava manter a calma para conseguir pegar o que precisava e voltar para casa abandonada.
Finalmente consegui pegar tudo o que precisávamos e comecei a me retirar do local.
À medida que andávamos pelos corredores do andar de cima, a sensação de que alguém nos observava aumentava.
Eu sabia que precisávamos de um plano, mas a tensão era tão alta que mal conseguíamos raciocinar direito. Foi quando ouvimos um barulho vindo do lado de fora da casa.
Fomos correndo até a janela e ouvimos algo inesperado.
Nina estava solta e começou a gritar com um guarda.
Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo - Nina estava nos ajudando?
Mas isso era ruim… se ela estava tomando aquela atitude, significava que…
Foi quando ouvimos uma voz atrás de nós: "Finalmente nos encontramos de novo". Era Lysandre.
Armin e eu demos um pulo pra trás, mas não tínhamos pra onde fugir.
Meu coração disparava, ele não ia cometer o mesmo erro da outra vez.
Armin foi rápido e quebrou a janela com o cotovelo e já me jogou de lá enquanto levava um tiro de raspão na perna.
Eu gritei seu nome desesperada, e vi os guardas se reunirem ao nosso redor.
Eu podia ouvir o som de uma arma sendo sacada e me encolhi ainda mais, sentindo meu coração parar.
Armin apertou minha mão com força e eu soube que ele estava tão assustado quanto eu.
Eu o puxei com minha super força e tentei correr de lá, mesmo com ele ferido e sendo muito mais alto que eu.
Foi quando ouvi um disparo na minha frente, mas eu não fui atingida.
"Eu dedurei a localização da Boreal para o guarda. Eu achei que estava fazendo o melhor para o Ken, mas agora vejo que fui egoísta" Nina estava em pé na nossa frente e disse isso, com lágrimas nos olhos.
“Eu não vou deixar mais ninguém morrer por minha causa, mesmo sendo alguém desconhecido de mim. Se o Ken e o Dan lutaram por causa dessa garota, eu também vou lutar por ela!” Nina gritou disparando novamente.
Ela estava armada, e ao seguir seu alvo notei que ela havia dado dois tiros no Lysandre.
Porém, aparecia que nada fazia efeito, ele estava intacto, e caminhava em sua direção.
Seu olhar era vazio, sem emoção alguma, e ele carregava uma arma em suas mãos.
Nina se assustou. Ela sabia que aquele Lysandre não era o mesmo de antes, pelo menos não o que ela idolatra esse tempo todo, agora ela estava conhecendo o verdadeiro Lysandre.
"O-O que você quer?" ela perguntou pro Lysandre, sua voz estava tremendo.
"Você sabe o que eu quero", ele respondeu, com uma voz fria e calculada apontando sua cabeça em minha direção.
Nina engoliu em seco, percebendo que não havia escapatória e levantou a arma mais uma vez na direção dele e atirou, mas mais uma vez, foi em vão… O que ele se tornou…?
"Por que você está fazendo isso, Nina?" Lysandre falou calmamente.
"Porque eu não quero que você machuque a Boreal!" Nina respondeu, claramente descontrolada.
Lysandre parecia surpreso, mas não parecia assustado. Ele parecia estar em controle da situação. Fiquei assustada com a frieza dele. Ele realmente mudou muito desde que o conheci, ou melhor, ele não mudou, eu quem mudei minha percepção.
"Nina, não é assim que se resolve as coisas", eu disse, tentando acalmar a situação e afasta-la do local.
Nina não parecia me ouvir. Ela continuou a encarar o Lysandre, e eu comecei a temer pelo pior.
Ela tentou correr em um momento, mas Lysandre a alcançou facilmente.
Ele a agarrou pelo braço e apontou a arma para sua cabeça.
"Por que está fazendo isso?" ela implorou, tentando manter a calma.
"Porque você é o único obstáculo que me impede de conseguir o que quero no momento. Mas obrigado Nina, você foi útil esse tempo todo. É uma pena que não foi leal até o fim.", Lysandre disse com frieza, antes de puxar o gatilho.
O som ensurdecedor da arma ecoou pela rua.
E eu pude ouvir o som do sangue espirrando.
Eu não podia ficar de olho fechado, então lentamente abri o olho, e arma estava na minha cara.
Não tive tempo sequer de olhar o corpo da Nina no chão.
Armin estava jogado do meu lado estático, ele falava meu nome bem baixinho repetidamente.
Eu fechei o olho, esperando pelo impacto da bala, mas nada aconteceu.
Eu abri o olho devagar e vi que Nathaniel, estava segurando o braço de Lysandre.
"Você não pode fazer isso", Nathaniel gritou, tentando tirar a arma das mãos de Lysandre.
"Vocês precisam sair daqui agora", disse Nathaniel, com um olhar sério no rosto.
Não precisamos de mais incentivo. Corremos o mais rápido que pudemos, tentando fugir do perigo.
Corri o mais rápido que pude, sem olhar para trás.
Mas Lysandre estava em nosso encalço.
"Eu não vou deixar você escapar, Boreal!!", gritou ele, com raiva.
Eu sabia que Nathaniel estava segurando Lysandre, mas por quanto tempo ele conseguiria fazê-lo?
Bem esse Nathaniel era muito forte.
Eu corri na direção do Daniel que estava no canto sendo segurado pela Peggy.
Ele chorava muito e estava desesperado querendo se aproximar dela.
Acho que no fim, apesar de todo o ódio, ele ainda amava ela, claro, isso não ia passar do nada.
Mas não tínhamos tempo pra ficar ali pensando, tínhamos que aproveitar o tempo ganho do Nathaniel pra correr, eu era o alvo, e todos iam sofrer comigo.
Até então eu tinha total confiança que o Nathaniel sairia são e salvo. Afinal, sabíamos que ele era mais forte que todos ali, mas eu já devia ter desconfiado quando vi o Lysandre tomar tiros e mais tiros e se regenerar na minha frente… Devia ter desconfiado que o pior aconteceria…
Enquanto corríamos de lá, de repente, ouvimos um grito de dor intensa.
Quando nos viramos, vimos o Nathaniel partindo completamente no meio, como se fosse uma folha de papel.
Foi a coisa mais grotesca que eu vi na minha vida.
Eu tentava a todo custo ignorar, e era puxada por Peggy, mas era horrível, horrível, a imagem não saia da minha mente, por que eu sou obrigada a passar por isso??
Nós corríamos, e só ouvíamos a voz do Lysandre ecoando na rua.
Lysandre matou Nathaniel em frio sangue, sem hesitar. Eu queria gritar, mas não podia chamar atenção pra nossa localidade, além do mais, fiquei chocada demais para fazer qualquer coisa. Eu nunca vi tanta violência na minha vida. "Nathaniel!" Eu exclamei chorosa, correndo para longe.
Lysandre estava parado ao lado dele, parecendo satisfeito consigo mesmo.
Eu não conseguia entender como alguém poderia ser tão cruel.
Assim que chegamos em casa, eu tremia muito, muito mesmo.
E Daniel começou a gritar, e gritar, e gritar mais enquanto chorava intensamente segurando algo.
Quando perguntamos o que houve, ele mostrou, Nina roubou a máquina dimensional e colocou no bolso do Daniel…
Ela nos ajudou antes de morrer… Nina…Nathaniel…
Não importa como corrijamos tudo isso…A morte de Ken, Nathaniel e Nina, a luta contra Lysandre... tudo isso mudou minha vida para sempre.
Meu grupo estava cada vez mais reduzido…E eu cada vez mais sem esperanças…
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Vendo no twitter muita gente considerada minoria reproduzindo homofobia/transfobia e me faz lembrar de um texto do luiz mott, onde ele fala que a comunidade lgbt compõe o grupo minoritário mais discriminado... eu tenho alguns problemas com essa ideia e é algo complexo de se afirmar e tals, mas ele tem uns pontos interessantes.
O ponto que eu considero principal é o fato que homofobia/transfobia não são reproduzidos só pelos brancos, mas por negros, indigenas, asiáticos no geral, todas as etnias que tiveram contato com o cristianismo efetivamente reproduzem homofobia/transfobia e... ele tem razão nisso, pessoas que são de grupos minoritários fora da comunidade lgbtqia+ podem reproduzir homofobia/transfobia e serem bem violentos no preconceito deles, só que eu acho que ele esquece do ponto que a comunidade LGBTQIA+ tem racismo/machismo em sí e a vida de um gay branco é completamente diferente de um gay negro (que sofre de racismo dentro e fora da comunidade), as principais vitimas de homicídio devido a transfobia é a mulher trans negra e não a branca (e são as mulheres trans negras que geralmente estão na posição mais delicada da comunidade em relação a sociedade) e discurso misogino é bem comum em comunidades que são dominadas por homens gays, do tipo, eles demonstrarem um ódio/desprezo bizarro por mulher e falam coisas que em hipótese alguma é aceitável.
Um detalhe que mott fala e eu concordo é que as pessoas da comunidade LGBTQIA+ não tem uma segurança que é quase garantida as outras minorias, especialmente raciais, que é a família. Qual é o medo de muita gente LGBTQIA+? Sair do armário e ser rejeitado pela família, expulso de casa, etc. As vezes os pais até matam a criança e todos os casos são insanamente comuns e essa violência que parte da família é um medo real porquê a família de sangue para uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ não é um porto seguro com 100% de certeza, eu ainda não contei para a minha mãe que sou uma mulher trans e morro de medo de falar, é um medo comum.
Outras minorias possuem uma comunidade que começa na família, quanto pessoas lgbt podem ter a família de sangue como parte de suas opressões, mas serem a comunidade mais oprimida? A conclusão que eu chego é que depende da cor/gênero dessa pessoa lgbt, porquê existe racismo dentro da comunidade, existe misoginia e mulheres, pessoas não brancas de fora da comunidade podem sim ser homofóbicos/transfobicos, então pessoas lgbt que não são brancas irão sofrer dentro da comunidade e fora dela também... pensar nesse assunto me dar dor de cabeça e cansa, isso só foi para organizar essa análise que estava me infernizando a uma semana, minha conclusão é que pessoas queer que não são brancas são o grupo mais oprimido da nossa sociedade, especialmente se essa pessoa for uma mulher
#LGBTQIA+#racismo#pensando sobre a opressão#queria ter nascido em um mundo melhor#homofobia#transfóbia#me incomoda muito ver pessoas racializadas apoiando gente que os odeia porquê essas pessoas odeiam também pessoas queer#mas tem#muito
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Trump não é nenhum herói. Escapou. Como muito já escapámos, até sem o sabermos. Quando urrou que lutassem, urrou para que nos desuníssemos, apelou à guerra e à vingança. O punho no ar não foi o da coragem, foi a do sentido de oportunismo.
Continuaremos na educação a luta pela reconciliação, pela união dos povos e pelas diferentes formas de pensar. Somos todos braços da mesma árvore. Só estaremos mesmo bem quando à nossa volta todos estiverem bem.
Foi bom Trump não ter morrido. A violência não venceu. A democracia e a justiça, não as balas, tratarão de acabar com ele.
Herói não é quem escapa e faz tudo por construir-se sozinho, usando os despojos de quem vai destruindo. Herói é quem constrói pontes e quem faz a sua manutenção. Não é herói quem semeia o medo e a divisão. Herói é quem une e inspira esperança, mesmo que para isso tenha de arriscar e sacrificar parte da vida, em vez de por exemplo, parte da cartilagem auricular.
Gonçalo Fontes
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Dalva, minha filha, é difícil imaginar que tudo isso que você está passando seja da vontade de Deus. O problema não é Deus, é o que inventamos Dele. As pessoas têm certeza demais sobre as vontades de Deus, acho até que algumas criaram Deus em vez de terem sido criadas por Ele. Deus não é de pensar, é de sentir. É um colo de braços fortes e delicados, ninando a gente num mar furioso, esquenta seu coração nesse colo, respira com Ele. Deus não é um lugar de certeza, é só um pouco de esperança. Eu, que sou sua mãe, fico querendo para você o que faz bem para mim. Eu sinto Deus todos os dias na minha vida. Preciso Dele, as preces correm no meu sangue sem esforço. Tenho alegria de sentir Deus nos outros, vejo as mãos Dele acariciar tantos lugares, desembrutecer tantas coisas. Vejo mesmo. E sei que isso não muda o mar furioso lá fora. É tão difícil existir sabendo tudo que a gente sabe sobre existir e, ao mesmo tempo, sem saber nada sobre o que vamos passar daqui a pouco, sem poder proteger de verdade quem a gente ama mais de verdade ainda. É invenção nossa pensar que Deus pode tudo, minha filha. Peça a Deus para voar, nem Ele pode fazer isso, ia ter que fazer você ganhar asas, virar passarinho e aí não seria mais você. Nem seria Deus, seria a fada madrinha, que faz ratinhos virarem cavalos e abóboras, carruagens. Isso é alterar a natureza das coisas, fazer outra fôrma, e, sendo Ele Deus, não pode corrigir nada que Ele mesmo fez. Já pensou a gente ficar mandando Deus fazer de novo até ficar bem feito? Igual eu tenho que fazer com Benedita aqui na fazenda, não tem cabimento.
É difícil pro homem, que manda e desmanda aqui na terra, entender que Deus não existe para fazer nossas vontades, nem para vigiar cada gesto nosso, ficar contando pecados, exigindo coisas que não podemos dar. A contabilidade de Deus é outra. Eu não preocupo com o que Ele quer de mim. Vê se vou preocupar com isso! Quando Ele quer alguma coisa, tem, sabe se virar como ninguém. Eu gasto mais em pensar o que eu quero de Deus. Pedir a Deus para não sofrer é como pedir para voar. Mas a gente pede assim mesmo e depois fica com raiva do pobre coitado. O sofrimento é certo como a morte e tão inegociável quanto. Vem às vezes de um jeito bruto demais, tem gente que passa por coisas insuportáveis uma atrás da outra, o sofrimento muitas vezes vem injusto na falta de justiça do homem, na falta das coisas, na falta de entendimento e vem intolerável na violência de perder um filho. Essa é a pior cara dele. E mesmo te amando muito, Dalva, não posso saber o tamanho da sua dor, nunca olhei no olho do sofrimento pra valer. Morro um pouco com isso de não poder saber de verdade do seu sofrimento. Rezo por você. Rezo por mim. O que peço a Deus com fervor é para dar conta. Pede também, filha. Pede para dar conta. A gente passa a vida pelejando com o dilema de existir ou desistir, com o que é bom e o que é ruim, o certo e o errado, a morte e a vida. Essas coisas não se separam. O lugar que dói é o mesmo que sente arrepios. É no corpo, no amor e na liberdade de escolher as coisas que a gente fica inteiro ou despedaçado. Então, pede para a parte boa dar conta da parte ruim.
Eu disse que Deus é de sentir e não paro de falar. Sei que estou inventando um pouco também, tentando adivinhar o que pode trazer alívio para sua dor, tentando fazer alguma coisa. Quero lavar seus pés com água morna, oferecer a alegria de uma comida boa, uma cama macia, carinhos até você adormecer. É só isso que uma mãe pode fazer, mesmo com todo o seu amor. Deus é mãe, sofre também de impotências, mas está sempre lá, pronto para virar as noites acordado e não deixar a gente sozinho. Não sei o que aconteceu com você e Venâncio, nem com meu neto. Prometo não aumentar sua dor exigindo confidências. Quando quiser falar, você sabe que vou te ouvir. Estou aqui, minha filha. Enquanto isso, confio no tempo de Deus, Ele põe tudo em movimento. Descanse. Abra a janela todas as manhãs, tome um pouco de sol. Traga flores para dentro de casa. Com amor, sua mãe. - Carla Madeira.
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Foto: Richard Casas / GVG A vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm, e a secretária da Assistência Social, Mulher e Família, Maria Helena Zimmermann, assinaram na manhã desta quarta-feira, 28, um acordo de cooperação com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) para a implementação do Projeto Íris, de prevenção à violência doméstica e familiar. A ação integra a programação do Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência contra a mulher. Por meio do projeto a Assistência Social vai promover capacitação sobre violência doméstica e familiar contra a mulher, com enfoque na prevenção. Os cursos serão voltados para as equipes técnicas dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) em todos os municípios de Santa Catarina. A vice-governadora destacou que esse é um marco importante e reforça o compromisso do Governo do Estado na proteção dos direitos das mulheres. “A assinatura desse acordo é um passo fundamental para materializar o enfoque preventivo e simboliza nossa luta contra a violência doméstica e familiar. Ao fomentar encontros, grupos e oficinas nesses Centros, garantimos que as mulheres tenham acesso à informação e promovemos a conscientização sobre a importância da denúncia para juntos combatermos a violência contra a mulher”, disse. O presidente do TJSC, desembargador Francisco Oliveira Neto, também enfatizou a importância da união de esforços e disse que a missão do Judiciário vai além de apenas julgar. “Esse acordo nos permite pensar o que de melhor é possível fazer. A legislação por si só não adianta, apesar de ser fundamental, mas as políticas públicas precisam acontecer. No Judiciário já temos a compreensão que não nos basta apenas julgar. Nós conhecemos os conflitos e podemos contribuir na prevenção para interromper o ciclo porque cada vítima de violência é uma derrota para o sistema”, ressaltou. A secretária Maria Helena Zimmermann comenta que o trabalho conjunto trará resultados mais positivos e que a parceria vai chegar aos mais de 500 Cras e Creas presentes em todas as cidades de Santa Catarina. “Mas esse projeto vai beneficiar principalmente os municípios menores, onde mais ocorre a violência e onde a informação chega com mais dificuldade. Temos que trabalhar a prevenção, garantir a segurança a todas as mulheres e fazer com que acreditem no sistema”, completa. Foto: Helena Marquardt /Ascom SAS Projeto Íris O Projeto Íris pretende fomentar a realização de encontros, grupos ou oficinas nesses equipamentos. Também está prevista a mobilização dos técnicos de Assistência Social nos cursos oferecidos pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJSC (Cevid), além da promoção de encontros virtuais para divulgação do Projeto Íris. Mais informações: Jornalista Helena Marquardt Assessoria de ComunicaçãoSecretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família(48) 3664-0916 e-mail: [email protected] Jornalista Alessandro BonassoliAssessoria de ComunicaçãoGabinete da Vice-governadora(48) 3665-2186E-mail: [email protected] Fonte: Governo SC
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12) Entrevista com a Bárbara a psicóloga da escola.
Hoje é dia 19 de agosto de 2024, na escola Carlos Lacerda. Estamos aqui com a Bárbara, psicóloga da escola, para responder algumas perguntas sobre o bullying e qual é a opinião dela.
Oi, bom dia.
Na sua opinião, como o bullying nas escolas influencia negativamente na vida adulta dos estudantes que sofrem com tais intimidações?
Então, eu acredito que o bullying, quando ele é sofrido no processo da infância e da adolescência, principalmente, ele vai carregando uma série de sequelas, uma série de traumas que vão se estendendo para toda a vida desse sujeito, que são elementos com os quais ele vai ter que lidar. Então, isso implica diretamente na forma como ele se valoriza, na forma como constrói o seu processo de autoestima, enfim, a visão de si mesma, a visão de si mesmo enquanto pessoa, enquanto grupo, enquanto sujeito, e como ele vai lidar com as outras pessoas nas suas relações cotidianas, o que ele vai se submeter. Tudo isso tem uma série de implicações nessas vivências de bullying. Às vezes o trauma, que parece uma coisa muito simples, ele vai ser elaborado depois na vida adulta de uma forma muito mais complexificada. Então, aquilo que parecia uma coisa muito pontual, muito específica, vai se estender e vai ser constituído de formas diversas na vida adulta e vai agregando novos elementos, e isso pode complexificar o caso de uma forma que a gente não pode prever. Então, como lidar com o bullying, a gente não vai prever como que essa pessoa vai lidar. Algumas pessoas lidam muito bem e tem a questão da resiliência, que a gente chama, mas entre essas pessoas acabam sendo a minoria, porque bullying é uma coisa que se estende como violências que vão ser revividas por essa pessoa até a fase adulta.
Segunda pergunta, na sua opinião, como você acha que as escolas podem fazer para evitar que essas situações de bullying sejam mais e mais frequentes?
Então, eu acho que conversar sobre bullying tem que deixar de ser um tabu. Agora o bullying também tem a questão legal, né? É um crime. que foi instituída agora como crime, mas eu acho que para além disso a gente tem que conversar mais sobre o bullying, sobre o que é bullying, sobre as vivências do bullying, sobre quando eu vivencio o bullying, quando eu pratico esse bullying. Então, as formas diversas que ele pode infringir na nossa vida, né? pensar por que a pessoa está praticando o bullying é um elemento fundamental por mais que a gente ache que não tenha muito sentido pensar nesse agressor, né? Mas pensar esse agressor e as configurações que esse agressor está vivendo pode ser também uma sinalização de uma violência que ele está vivendo, está reproduzindo. Então acho que é conversar sobre isso, tentar mediar as relações o máximo possível, né? Conversar com as partes envolvidas, transformar isso num elemento com o qual a gente vai lidar de fato, não só na no imaginário do lidar, assim, não é só uma questão retórica, vamos dizer assim, de que a escola combate o bullying. Não, tem que ser uma coisa que tem que ser discutida cotidianamente, assim, com os pais, com toda a comunidade escolar, todo mundo tem que estar engajado nesse processo. Então, não é só a instituição escolar sozinha, mas ela é parte fundamental desse processo.
Terceira pergunta. Você acha que crianças que crescem sofrendo bullying quando ficam adolescentes podem começar a fazer essa prática com outras pessoas?
Então, isso não é uma coisa que a gente pode prever, né? Pode ser que sim. Pode ser que ela comece a reproduzir aquilo que ela viveu, né? Então, por exemplo, era criança no ensino fundamental 1, sofria bullying e aí chega na adolescência, sei lá, no final do ensino fundamental ou no início do ensino médio, ela pode começar sim a reproduzir bullying e fazer bullying com outras pessoas, mas isso não necessariamente é uma constante, não dá para poder prever que vai ser sempre assim. Ela pode, inclusive, continuar sofrendo em outras instâncias, o que não é uma situação tão fácil de lidar, mas ela pode seguir vivendo, inclusive, na fase adulta, porque a gente não fala muito de bullying na fase adulta, mas existe também, quando essa pessoa chega na faculdade, enfim, ambiente de trabalho, tudo isso pode ter implicações severas e diretas para a vida dessa pessoa. Então, Não dá pra prever, mas sim, ela pode praticar bullying como uma forma de reagir àquilo que ela vivenciou de uma outra forma. Então, pode ser várias possibilidades. Pode ser um pedido de socorro, pode ser uma forma de reação, pode ser uma forma de responder, enfim. E de tentar melhorar aquele sentimento que é uma angústia que ela pode estar sentindo em relação ao que ela viveu antes.
Essa foi a nossa entrevista com a psicóloga Bárbara. Muito obrigada.
Eu que agradeço imensamente vocês terem me convidado. Espero que eu possa ajudar de alguma forma. Precisando tô aí pra discutir com vocês.
Ok,muito obrigada.
Obrigada a vocês.
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"BENDITA SEJA A REDENTORA DA MULHER E DOS FILHOS DA MULHER, QUE ANULA EVA E É INSTALADA EM SEU LUGAR PARA DAR O FRUTO DA VIDA ONDE O INIMIGO LANÇOU A SEMENTE DA MORTE."
👑🕊👑O NOSSO SENHOR JESUS DIZ:
🌹“Bendita és tu entre todas as mulheres."
“Esta bênção, que dizeis mal ou não dizeis, Àquela que com o seu sacrifício começou a Redenção, ressoa continuamente no Céu, pronunciada com amor infinito por nossa Trindade, com caridade inflamada por aqueles que foram salvos por nosso sacrifício, e pelos os coros angelicais. Todo o Paraíso abençoa Maria, a obra-prima da Criação universal e da misericórdia divina.
“Ainda que toda a obra do Pai para criar a Terra do nada tivesse servido apenas para receber Maria, a obra da criação teria tido sua razão de ser, pois a perfeição desta Criatura é tal que é testemunho não só da sabedoria e poder, mas também do amor com que Deus criou o mundo.
“Visto que a criação terrestre, em vez disso, cedeu ao pecado de Adão e da raça de Adão, Maria testemunha o super-amor misericordioso de Deus para com o homem, pois por meio de Maria, Mãe do Redentor, Deus operou a salvação da raça humana. Eu sou o Cristo porque Maria Me concebeu e Me deu ao mundo.
“Você vai Me dizer que, como Deus, Eu poderia superar a necessidade de tomar carne no ventre de uma mulher. Eu poderia fazer tudo, é verdade. Mas reflita sobre a lei da ordem e da bondade que reside em minha aniquilação em roupas mortais.
“O pecado cometido pelo homem devia ser expiado pelo homem e não pela divindade não encarnada. Como poderia a Divindade, Espírito incorpóreo, redimir os pecados da carne com o sacrifício de Si mesmo? Era, então, necessário que Eu, Deus, pagasse pelos pecados da carne e do sangue com a agonia de Um inocente Carne e Sangue, nascida de uma mulher inocente.
“Minha mente, Meu sentimento e Meu espírito teriam sofrido por seus pecados em mente, sentimento e espírito. Mas para ser a Redenção de todas as formas de concupiscência inoculadas em Adão e seus descendentes pelo Tentador, Aquele que foi Imolado por eles - todos tiveram que ser dotados de uma natureza como a sua, feita digna de ser dada como resgate a Deus pela Divindade escondido nele, como uma joia de valor sobrenatural infinito escondida sob roupas naturais comuns.
“Deus é ordem, e Deus não viola nem comete violência à ordem, exceto em casos muito excepcionais, julgados úteis por sua Inteligência. Esse não foi o caso com minha redenção.
“Eu não tive apenas que cancelar o pecado desde o momento em que ocorreu até o momento do sacrifício e anular nos que viriam os efeitos do pecado, fazendo-os nascer sem saber do mal. Não. Com um sacrifício total, Eu tive que reparar o pecado e os pecados de toda a humanidade, dar aos homens já mortos a absolvição do pecado, e dar aos vivos daquela época e no futuro os meios para serem ajudados a resistir ao mal e a ser perdoados pelo mal que sua fraqueza os levaria a praticar.
“Meu sacrifício, portanto, tinha que ser tal que apresentasse todos os requisitos necessários, e só poderia ser em um Deus feito homem: uma hóstia digna de Deus, meio compreendido pelo homem. Além disso, Eu estava vindo para trazer a Lei.
“Se minha Humanidade não existisse, como vocês - Meus pobres irmãos e irmãs, que labutam para ter fé em Mim, que viveu trinta e três anos na terra, um Homem entre os homens - acreditariam? E como poderia aparecer, já adulto, a povos hostis ou ignorantes, convencendo-os da minha natureza e da minha doutrina? Eu teria então aparecido, aos olhos do mundo, como um espírito que assumiu uma semelhança humana, mas não como um homem que nasceu e morreu, derramando sangue verdadeiro pelas feridas de uma carne verdadeira - como prova de Ser Um homem - e ressuscitou e ascendeu ao céu com Seu corpo glorificado - como prova de Ser Deus voltando para sua morada eterna.
“Não é mais doce para você pensar que Sou realmente Seu irmão, com destino de criaturas que nascem, vivem, sofrem e morrem, do que Me conceber como Um espírito superior às exigências da humanidade?
“Era necessário, então, que Uma mulher Me desse à luz segundo a carne, depois de Me haver concebido acima da carne, pois de nenhum casamento de criaturas, por mais santas que fossem, poderia o Deus-Homem ser concebido, mas só de Um casamento de Pureza e Amor, o Espírito e a Virgem, criada sem mancha para ser a Matriz da carne de Um Deus, a Virgem cujo pensamento era a alegria de Deus, desde Antes dos tempos, a Virgem em quem existe um compêndio da perfeição criativa do Pai, a Alegria do Céu, a Salvação da Terra, a mais Bela flor da Criação de todas as flores do Universo, uma Estrela viva diante da qual todos os sóis criados por Meu Pai parecem opacos.
✨“Bem-aventurado o Puro, destinado ao Senhor.
“Bem-aventurado o Desejado da Trindade, que pelo desejo antecipou o instante de se fundir com Ela num abraço de amor triplo.
“Bendita é a Mulher Vitoriosa que esmaga o Tentador sob a Brancura de sua Natureza Imaculada."
“Bendita é a Virgem que conhece apenas o beijo do Senhor.
“Bem-aventurada é a Mãe que se tornou assim por santa Obediência à vontade do Altíssimo.
“Bem-aventurado o Mártir que aceita o martírio por misericórdia de todos vocês.
✨“Bendita seja a Redentora da mulher e dos filhos da mulher, que anula Eva e é instalada em seu lugar para dar o fruto da vida onde o Inimigo lançou a semente da morte.
“Bendito, bendito, bendito três vezes pelo teu 'Sim', ó Minha Mãe, que permitiste a Deus cumprir a promessa feita a Abraão, aos patriarcas e aos profetas, que trouxeram alívio ao Amor, oprimido por ter de ser o castigador e não o salvador, que libertou a Terra da condenação trazida por Eva sobre ela.
“Bendita, bendita, bendita pela Tua santa Humildade, pela tua Inflamada Caridade, pela tua Virgindade intocada, pela tua Maternidade divina, múltipla, Sempiterna, Verdadeira e espiritual, Mãe que com o Teu amor e com a tua dor dá continuamente à luz filhos para o reino do seu Jesus.
“Generatriz da Graça e da salvação, geratriz da Misericórdia divina, geratriz da Igreja Universal, pode você ser abençoada eternamente pelo que fez, assim como foi eternamente abençoada pelo que faria.
“Santa, Santa, Santa Sacerdotisa, que celebrou o primeiro sacrifício e com parte de Ti preparou a Hóstia para ser imolada no altar do mundo.
“Santa, santa, santa Mãe minha, que não Me fez perder o Céu e o seio do Pai, pois em Ti encontrei outro paraíso não muito diferente daquele em que a Tríade realiza as suas obras divinas; Maria, que foi o conforto do Teu Filho na terra e a alegria do Filho no céu, que é a glória do Pai e o Amor do Espírito”.
JESUS - CADERNO [01] MARIA VALTORTA.
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bitter sweet
-EU TE ODEIO! QUE DESGRAÇA TER TE CONHECIDO!
Ele disse isso enquanto quebrava a janela. Jogou em mim meu casaco, mais uma vez me mandou embora. Dessa vez, eu já tinha feito as malas. Foi a primeira vez que eu disse que não queria mais, que estava cansada, que não via mais sentido em um relacionamento que me feria tanto. Não vou negar que fiquei acuada, fechava os olhos com força e torcia para que a raiva dele não resultasse em mais uma agressão, dessa vez física. "Ah, muito fácil ficar se fazendo de vítima assustada", foi o que ele disse enquanto eu me arrepiava a cada palavra gritada. Juntei o cachorro e os gatos: eu não fico mais aqui. Chovia sem parar há três dias. Entramos no carro e ele falou algo sobre nunca mais querer me ver e estar feliz por saber que eu não voltaria. A estrada estava fechada, não tínhamos como sair. Desbarranque.
Como que se volta depois disso? É muito desamor. Mais uma vez uma briga, mais uma vez uma ofensa. Livramento, ele adora dizer. Tivemos que ficar juntos mais essa noite, o que virou mais outra e outra depois dessa. A gente não conseguia sair de nós. Ele tentou terminar comigo depois de um mês juntos, no meio da paixão. Disse que eu não era pra ele, que eu era muito solta, muito dada, muito fácil. Eram as vozes do ciúmes. Acho que sempre foi sobre as vozes. Inocentemente, as minhas diziam para eu ficar, insistir, me esforçar, vai valer a pena, é especial, é importante. Nenhuma dor no mundo se compara a de ver a pessoa que você mais ama no universo dizer que te odeia e que queria nunca ter te conhecido. Ele tinha esse ódio frequente no olhar. Acho que eu me acostumei com o desdém. Lembro dele me fitar com nojo, inclusive ele só virava a cara. Quantas vezes eu tive que chamar ei, olha pra mim, acho que ele só não conseguia me enxergar. Tudo isso parece um grande espelho quebrado que eu tentei ignorar as rachaduras. Fazia tanto tempo que estava tudo tão distorcido assim? Eu tentei acolher, eu me esforcei pra pertencer. "Isso, vai cortando aos poucos, logo mais você tira tudo", ouvi. "Não precisa saber os porquês e questionar tudo o tempo todo", mas como não? É sobre as vozes, as malditas vozes! Aquelas que habitam a nossa cabeça e matam a nossa alma. Porque a minha virou a dele? Nem o copo d'água passa despercebido. Escuto que eu fico segurando ele por tempo demais, como fuga, por mania. O banho nunca mais foi feliz, não podia ser nem quente nem longo, "rápido, se não vai queimar o chuveiro". Tudo era apressado, atravessado. Eu prezo tanto pelo cuidado e respeito e me vi sendo atropelada tantas vezes. O empurrão enquanto ele dizia pra eu tomar banho gelado no rio, a violência de ser esmagada e oprimida todas as vezes que eu seguia o que ele dizia. "Vai ter que ir a pé", sai e fui; mas não era pra ter saído. Mais uma vez eu errei. Era sempre eu errando. Eu não tinha como ganhar.
No meu aniversário ele escreveu que eu tinha enchido o mundo dele de cor, como que isso pode ser verdade quando esse relacionamento tornou meu mundo preto e branco? Abri mão da porta roxa. Os meus passarinhos de papel foram arrancados, eram idiota e só serviam para juntar teia de aranha e pra vagalumes pousarem. O meu sofá verde combinou com a sala e a tentativa de transformar a mesa com um azul divertido foi altamente questionada. Não vou nem comentar sobre a janela pintada, eu só queria me sentir em casa e ele ficou sem falar comigo por dias, incomodado. Disse que eu tirei tudo do lugar, que criei uma bagunça, que estava melhor antes. Eu limpei e fiz um ninho, um lar. Dei ritmo, dei amor, dei carinho.
Um dia desenhei que cantava sem voz, não posso atrapalhar. Não posso ser barulhenta, chamar atenção. Gritar? Nem pensar. E eu só queria dançar e girar pelo mundo, agarrada nele. Sempre nele, sempre ele. Não consigo ser bailarina de caixa de música. Existem tantas danças e tantas melodias, era para dançarmos juntos pelos dias. O neném chora. Ela sente saudades, claro que sente. O cachorro ganhava mais carinho do que eu. Comigo ele economizava, um abraço era muito caro. "Eu preciso terminar de construir a casa", era o que ele dizia. Eu nunca cobrei afeto, sempre dei de graça e de coração aberto.
Pensei em fugir, não vou mentir. Pensava no dia que eu ia voltar a ter minhas pernas firmes e que iria embora, mas torcia pela reciprocidade. Eu queria poder desenhar, escrever e pintar. Queria que a gente vivesse o verão, que os dias fossem leves, mas ele insistia no silêncio. Minha vênus em gêmeos precisava do diálogo, do estímulo, da conexão. Ele disse que astrologia era idiota, invenção. Eu já tinha me prometido que não aguentaria mais lidar com leão, e mesmo assim eu estava constantemente penteando aquela juba. "Que sorte ter te conhecido", sempre fui grata, apaixonada, fiel, companheira. Nunca bastava.
Falei das pernas fortes para seguir em frente, ele ria dizendo que meus pés eram tortos. Sou passarinho e entrei em gaiolas pequenas. Ele dizia que amava as árvores, falamos delas sem parar, tão altas, tão lindas. Ele subia melhor que qualquer um, firme, rápido, confiante. Colhia tantos abacates. Não entendo como ele me podou tanto, era pra eu ser gigante. Nunca desvalorize o cansaço de quem tem que suprimir essência para agradar, pra caber. Escrevi um dia que diminuir era coisa de gente pequena. Eu via ele tão enorme, mas acho que foi porque me encolhi demais. Cuidado com a mulher inteligente, querida e amorosa, ela não pode saber o poder que tem. Foi isso? Não, foram as vozes.
Elas me achavam horrível, chata, louca, vaca, puta. Aquele fogo no olhar virou raiva. "Ele me odeia", quantas vezes me peguei falando isso? O silêncio é a arma mais violenta e ela foi usada tanto que o meu grito deixou de ser mudo. Eu não aguentava mais passar fome. Fome de alma, aquele vazio de quando tu permite que tudo que é importante seja tirado de ti. Mas que fome se eu comia mais que ele? "Ai que agonia, não pode ter bolo e sanduíche junto". Como que isso era ruim? Eu permiti. É isso que eu penso, é isso que eu sinto. Tenho vergonha, sinto culpa. Como que eu cheguei aqui por livre e espontânea vontade? Eu dei tudo e recebi muito pouco, quase nada. Era um vai e vem, uma flutuação e eu só queria saber que era nas ondas que a gente iria continuar de mãos dadas. Chorava por estabilidade e ele por parceria. Eu pedia abraço e ele virava de costas. Eu fui montanha, sempre lá, sempre constante. Ele foi vento, rio e fogo: tudo que consome a terra.
Surto. Deixo de ser eu. Me vi morrendo, as minhas partes bonitas sumindo. Eu viro um som cruel. Cruel comigo, cruel com ele. Só quero que ele fale, que ele responda, que ele sinta. Eu amo tanto, eu me esforço tanto e ele me olha no domingo de Páscoa e diz que minha roupa é ridícula. Eu imploro pra que ele me diga o que que precisa para que o amor seja recíproco: deixo a franja crescer, tiro os piercings, a sobrancelha volta a ser castanha. Eu estou tão infeliz que foi verão e meu cabelo não cresceu. Bato, bato muito, ele não percebe o que está fazendo? Passei pelo luto de ver o amor mais precioso que eu tive escorrer por entre meus dedos. Era a mão dele. Elas são tão lindas, me arrepiava toda vez que ele tocava em mim. Não entendo como o amor deixou de existir. Nem o beijo durante o sexo existia, o romance tinha se esvaído e o que sobrou foi uma praticidade seca e fria. O silêncio. O vazio constante. Era morno.
Tudo que eu amei, eu amei sozinha.
Eu amo os olhos dele, lembro de falar que eram olhos de macaco, olhos que nunca me fariam mal. Eu amava quando ele olhava pra mim. Porque ele não enxerga? Sempre desviando, fugindo, revirando. Era tédio? Era cansaço? Chorava e ele só suspirava. "Você já era problemática antes de me conhecer, isso não tem nada a ver comigo". Fiquei nessa eterna solidão. Sou tão sensível, onde fica o carinho quando tudo é ilusão?
Eu fiz dele meu mundo e ele me fez de chão. Eu elevava e ele rebaixava. Eu carregava pedras e ele construía muros. Eram as vozes! Os processos dele, as mágoas, as feridas, ninguém é tão cruel assim, é sem querer, foi só uma brincadeira. Terminava e voltava, queria submissão, alguém pra obedecer. Cedi e aceitei, me curvei até demais. Ai que dor, são as raízes sendo puxadas, minha essência sendo arrancada. Eu deixei ele tirar tudo porque eu quis muito. Não podia gastar velas, era sempre luz branca. Nunca reclamei quando faltava. Cheiros e aromas foram banidos, coça o nariz. Porque ele espirrava tanto? Quando tinha que falar dos sentimentos vinha dor de garganta. Ele estava doente. Ele é.
Ele é meu sol mais brilhante, o calor da minha pele, o sabor da comida, o brilho nos meus olhos. No budismo falam que o éter é o quinto elemento, a essência, a vida; pra mim era ele. Lembro dele me buscando, a felicidade, o sorriso, o abraço. Ele segurava minha mão tão forte. Aquele ser que eu admiro, que eu enalte��o, que eu amo. Ele é. Ele era. Não entendo como amar alguém incondicionalmente pode ser ruim. Como que deixar a pessoa segura, sabendo que é querida e admirada pode ter sido usado contra mim. Como meu amor permitiu que eu fosse vítima de tanta frustração? Talvez eu tivesse que ter guardado amor próprio, mas tudo que eu tinha era dele, era ele. É horrível ser uma pessoa otimista, aquela que sempre busca os momentos bons, as partes bonitas. Eu me nego a acreditar que o ser humano é ruim e eu sei que é o meio que corrompe. Será? Quantas chances eu tive de ser uma pessoa perversa? Quantas vezes a vida foi difícil e eu tive coragem de seguir em frente com bondade? Talvez isso tudo seja uma mentira, um devaneio, um delírio. Talvez ele estivesse certo o tempo todo e eu não passe de uma grande egoísta preguiçosa. Acho que é sobre as vozes. Nós chegamos aqui porque cedemos aos sussurros do nosso inconsciente. Era tão lindo, tão mágico, meu coração pulsava amor e meu estômago eram eternas borboletas, mas agora ele transformou elas em nós na corda. Meus livros foram deixados na geladeira, a cama revirada sem meu travesseiro e o saco de arroz foi levado junto com o mel. Eu calei, eu aceitei, eu chorei, eu tentei. Eu gritei, eu bati, eu xinguei, eu lutei. Eu saí, eu voltei. Eu amei e eu cansei.
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O Medo dos Homens
― Eu digo a vocês, meus amigos, que não tenham medo dos que matam o corpo e nada mais podem fazer depois. Eu, porém, mostrarei a quem vocês devem temer: temam aquele que, depois de matar o corpo, tem autoridade para lançar vocês no inferno. Sim, digo a vocês, a este vocês devem temer. Não se vendem cinco pardais por dois asses? Contudo, nenhum deles é esquecido por Deus. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!
― Eu digo a vocês que todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus. (Lucas 12:4-9)
A fé cristã é uma revelação divina sobre Deus, o homem, o pecado e a salvação. Os pecadores, por serem maus, não desejam manter um Deus soberano e justo em seus pensamentos, e não estão dispostos a admitir a verdade sobre sua necessidade de arrependimento e salvação. Por essa razão, a menos que Deus altere diretamente a disposição de um homem, ele sempre resistirá à verdade e se recusará a aceitar a realidade. E quando confrontado pelas doutrinas de Cristo, ele perseguirá o mensageiro. Ele zombará dele, caluniará, usará violência contra ele e até mesmo o matará.
O homem natural se encolhe diante do perigo, e a perseguição pressiona uma pessoa a transigir seus princípios e a retratar-se da verdade. Embora os não cristãos vivam por instintos animais e exibam uma inteligência pouco além daquela dos animais, de modo a distingui-los dessas criaturas inferiores, Cristo chama seu povo para uma vida de verdade, sabedoria e poder. O homem espiritual tem recursos de Deus que o mundo não conhece. Eles o capacitam a se importar com as coisas de Deus, e não apenas com as coisas dos homens, e a ter a coragem de permanecer firme na verdade. Essa qualidade sobrenatural vem da energia divina infundida no crente pelo Espírito Santo. Mas o Todo-Poderoso não é apenas um Deus de poder, mas também um Deus de sabedoria, e ele nos deu um entendimento, de modo que não apenas pelo poder, mas também pela verdade, nossa fé permanecerá inabalável.
Jesus explica como devemos pensar sobre o medo dos homens. Ele fala sobre isso em termos das consequências para o nosso ser. O máximo que os pecadores podem fazer é assassinar um cristão, mas depois disso eles não podem fazer mais nada. Eles não podem cortar o amor de Deus para com ele. Eles são incapazes de destruir sua união com Cristo. Eles não podem roubá-lo de sua alegria e herança celestiais. Jesus diz que eles só podem matar o corpo.
Ao contrário de muitos teólogos, a Bíblia faz uma distinção nítida entre o corpo e a alma. É verdade que quando nos referimos à pessoa em um sentido geral, uma distinção é frequentemente desnecessária, de modo que poderíamos nos referir ao homem inteiro como um, ou nos referir a uma parte para denotar o todo. Sabemos que a salvação se aplica tanto à alma quanto ao corpo, mas é aceitável dizer: “Cinco almas foram salvas na outra noite”. A própria Bíblia usa essa linguagem. Às vezes contamos “cabeças” e, quando fazemos isso, incluímos as almas também.
No entanto, quando uma distinção é necessária, a Bíblia não hesita em fazê-la. Isso porque a alma e o corpo são, de fato, duas partes diferentes de uma pessoa humana, e o que se aplica a uma nem sempre se aplica à outra. Os teólogos desejam preservar a unidade da pessoa humana e pensam que a maneira de fazer isso é negar uma distinção nítida entre a alma e o corpo. Como resultado, eles geralmente são mentirosos sobre os dados bíblicos. A questão está longe de ser trivial, pois é um princípio necessário para muitas doutrinas, incluindo o ensino em nosso texto.
Outro ponto significativo é que a identidade pessoal é necessariamente associada à alma, mas não ao corpo. Ou seja, uma alma desencarnada ainda é uma pessoa, e a mesma pessoa antes de ser desencarnada, mas um corpo sem alma não é uma pessoa de forma alguma. A Bíblia se refere ao corpo como uma tabernáculo, ou um aparato de moradia para a alma. Novamente, os teólogos frequentemente resistem a isso e afirmam que é um ensinamento grego. Mas independentemente do que os gregos pensavam e de onde o tiraram, este é o ensinamento bíblico, e negá-lo é se opor à palavra de Deus. Assim como não devemos ser influenciados pelo pensamento grego, nossa teologia também não deve ser distorcida por uma agenda antigrega.
Jesus aborda o tópico de forma diferente do que muitos pregadores modernos fariam. Ele diz que os homens podem matar o corpo, mas depois disso não podem fazer mais nada. Por outro lado, Deus pode matar o corpo, e depois disso ele pode lançar a alma no inferno também. Paulo escreveu que devemos compreender tanto a bondade quanto a severidade de Deus. Jesus nunca se esquivou de falar sobre a severidade de Deus, ou de implementar pregação severa e discipulado severo.
Ao contrário de pregadores e teólogos que reclamam que é insensível dizer que os cristãos falham por falta de fé, e dizer que há uma relação entre fé e as bênçãos de Deus, ou fé e ministério eficaz, Jesus repetidamente disse isso, e repreendeu tanto os homens comuns quanto seus discípulos próximos por isso. Ele os repreendeu pela falta de fé, mesmo quando se tratava de situações em que alguns considerariam irracional esperar fé. Por exemplo, ele repreendeu Pedro por falta de fé quando ele falhou em andar sobre as águas. Tiago escreveu que se você duvida, se você tem a mente dividida, não pense que receberá alguma coisa de Deus.
Muitos pregadores e teólogos estão fora de contato com o Jesus da Bíblia, e provavelmente não se importam em retratá-lo com precisão. Eles preferem sua própria invenção, um Jesus que está preso dizendo: “Se for da tua vontade”, o que ele disse apenas uma vez quando se referiu à sua missão, e alguém que nunca repreendeu as pessoas por falta de fé, o que ele de fato fez com várias pessoas em muitas situações, incluindo aquelas em que tentaram obter bênçãos de Deus. Contra essa tendência, devemos frequentemente repreender os cristãos pela falta de fé. Se isso os faz sentir culpados, então que assim seja, pois se eles não têm fé, então eles devem se sentir culpados. É sempre pecaminoso duvidar. Eles devem se arrepender e se esforçar para melhorar.
Se desejamos ser como Jesus em nosso ministério, a maioria de nós deve buscar uma abordagem muito mais dura tanto para os crentes quanto para os descrentes. Ele nos ensina a superar o medo dos homens com um medo maior, uma ameaça maior. Você diz: “O que acontecerá comigo se eu me tornar um cristão?”. Mas o que acontecerá com você se você não se tornar um cristão? Você diz: “O que acontecerá comigo se eu reconhecer Jesus Cristo?”. Mas o que acontecerá com você se você não o reconhecer? É melhor cair nas mãos de alguns bandidos do que cair nas mãos de um Deus irado.
No entanto, é verdade que Jesus não apresenta apenas a severidade de Deus, mas também sua bondade e fidelidade. Nem mesmo um pardal é esquecido por Deus, mas valemos mais do que muitos pardais, e os próprios cabelos da nossa cabeça estão todos contados. Isso não significa que ele previne todos os efeitos da oposição dos homens contra nós, ou que ele retém de seu povo a glória do martírio. Mas significa que ele está no controle de tudo o que nos acontece, e tudo o que nos acontece é ordenado para sua honra e para o nosso bem. Essa verdade nos fortalece para aceitar não apenas o martírio, que apenas alguns de nós podem enfrentar, mas também as dificuldades menores que surgirão em nosso caminho porque somos cristãos.
— Vincent Cheung. The Fear of Men. Disponível em Sermonettes — Volume 2 (2010), p. 49-51. Traduzido por Luan Tavares (06/07/2024).
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DIA 23 DE JUNHO DE 2024 : REGRESSO A COLARES ;FUGA AO NOJO DA POLÍTICA NESTE ESTADO LAICO LIDERADO POR UM PRESIDENTE BEATO . LIVROS RECOMENDADOS” SEMÂNTICA DO INDIZÍVEL” UM LIVRO SOBRE MÚSICA E CAMÕES NA ANTOLOGIA DE FREDERICO LOURENCO :eram 6.53 quando regressei ontem de Lisboa numa manhã solarenga para chegar à neblina matinal de Colares . Tempo propício à leitura . Fuji do nojo da política que se acobarda perante o Ministério Público e uma Procuradora Geral cuja arrogância é da dimensão da sua esteatopigia.! Estranho a ausência de intervenção do Presidente da República .Nem as idas de 15 em 15 dias a Fátima ajudam o católico - beato Marcelo . Certo que está a viver um momento difícil pelo caso das gémeas dada a falta de carácter evidenciada no comportamento do filho Nuno . Neste tempo propício à leitura os meus livros recomendados são a “ Semântica do Indizível - Do Conhecimento da Música à Música como Conhecimento” de Mário Vieira de Carvalho- pensar a música desde as origens da comunicação humana até às redes digitais, resume o conteúdo deste livro; que aborda — criação, desempenho (performance), receção, interseção de música e filosofia, relações com a linguagem, numa teoria articulada da comunicação musical que é também válida para a arte em geral. E um livro “ difícil “ para ler página a página ….O outro é a antologia Camões de Frederico Lourenço. Não foi sem surpresa que voltei a encontrar a desmontagem do “espírito imperialista” Diz Lourenço : “Considero que a desmontagem do espírito imperialista é necessária, mas igualmente necessária é a compreensão de que Camões propõe n’Os Lusíadas uma mensagem ambígua. Não é um poema simplista, com tudo em preto e branco. A leitura salazarista está tão errada (a meu ver) como a leitura que vê na epopeia camoniana um manifesto anti-imperialista. Para mim, Os Lusíadas são uma obra polifónica em que ouvimos várias vozes, que por vezes são contraditórias e paradoxais. Toda a gente fala do Velho do Restelo e do Adamastor, mas o último canto do poema é o mais desconcertante. A Ninfa que vaticina as vitórias futuras dos portugueses fá-lo em termos que não escondem o facto de as nossas conquistas terem sido também crimes de guerra. Depois há as estâncias dedicadas a Tomé, o apóstolo que vai para a Índia pregar o cristianismo de forma inteiramente não-violenta, em contraste cortante com a violência com que os portugueses levam o catolicismo ao Oriente. As últimas estâncias do poema são as mais esquizofrénicas: Camões oscila entre os extremos do pessimismo e do optimismo relativamente à ideia de Portugal”.não se esgotando Camões n’Os Lusíadas, arrisquemos agora que nunca os teria escrito, sobrando a: “Imaginarmos que Camões não teria escrito Os Lusíadas ou que o poema se tivesse perdido no famoso naufrágio, é fascinante. Na minha opinião, as suas Rimas fariam sempre dele o poeta supremo que só teve de deixar um pouco de espaço na sua cadeira quando surgiu Fernando Pessoa. Mas é evidente que Os Lusíadas trazem aquela dimensão superlativa que coloca Camões no mesmo grupo de Homero, Vergílio e Dante”.
Leitura com viés mas empolgante .
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Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vertebras e a gente sabe por quê. O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é um mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor para cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade. E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em publico, encolhemos a alma, [...]. Sem o amor nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, musicas idiotas, nos fazem chorar por dentro do carro. Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom esta acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos. Que corajosos comos nós, que apesar de um medo tão injustificado, amamos outra vez e todas a vezes que o amor nos chama, finginfo um pouco de resistência, mas sabendo que pra sempre é impossível recusa-lo.
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