#nevermindyourlife

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Life is much better with you

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Das coisas que fazem falta...

Sinto falta de ir ao parque, estender um lençol velho, deitar e ficar ouvindo música olhando o céu...

Sinto falta de sentir o vento no rosto, com o barulho das arvores, enquanto tomo uma ice que paguei o dobro do que seria no mercado, porque comprei no posto da esquina.

De sentar numa sombra, naquele mesmo lençol velho, e passar horas desenhando, ou lendo “a menina que roubava livros” pela 7ª ou 8ª vez. 

Sinto falta falta de sentar na sacada de manhã e balançar os pés no pequeno abismo que me separava do terceiro ou quarto andar do chão do estacionamento.

De dançar em cima do sofá, só de camiseta, com a garrafa de vinho numa mão e outras coisas na cabeça... De dormir no tapete fofinho da sala e acordar na cama, me sentindo segura.

Saudades de dividir duas garrafas de vinho barato com o meu melhor amigo, que a gente bebia quente no inverno e no verão, porque era o melhor custo benefício.

Sinto falta de dividir uma batata frita com cheddar e bacon com ele, e procurar por copos de refil de refrigerante pelas mesas da praça de alimentação, por que se comprássemos refrigerante o dinheiro não dava pro busão.

Também tenho saudade dos dias que sobrava dinheiro, e dividíamos uma pizza brotinho na pizzaria ao lado do trip, nós nos sentíamos ricos quando contávamos as moedinhas e víamos que era suficiente.

De trabalhar nas festinhas de criança e ir embora com vários copinhos plásticos cheios de salgadinho. Trocar de roupa na kombi e ir pro role dando risada...

Sinto falta da expectativa de vida que eu tinha, de pensar “como vão ser os próximos anos? Será que vou encontrar o amor da minha vida?” sem saber de toda tragédia que vinha pela frente...

Sinto falta de não ter medo do futuro, mas principalmente, de não sentir arrependimento pelo meu passado...

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Tem dia que a saudade (de uma amizade sincera) espanca... - Nevermindyourlife

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This isn't fair Don't you try to blame this on me My love for you was bulletproof But you're the one who shot me And goddamn it I can barely say your name So I'll try to write it and fill the pen With blood from the sink...

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Meu pai é o amor da minha vida.

Meu pai é o meu melhor amigo.

Meu pai não impediu meu estupro.

Ele teve sinais.

No primeiro indício de violência, eu liguei

Meu pai perguntou se eu estava bêbada...

Eu não estava.

Meu ex viu ele me bater, meus amigos viram ele me bater...

Ninguém fez nada.

Me olharam.

Acreditei que a culpa era minha.

Corri.

Liguei para o meu pai...

"Voce está bebada?..."

A culpa era minha.

Quando ele me estuprou, arrumei minhas coisas e decidi ir embora a pé.

Vou ligar pra alguem

Um dos meus amigos vai vir me buscar

Ninguém vai vir

Por que viriam?

Todo mundo viu ele me agredir

Ninguém fez nada.

Ninguém vem.

Por que viriam?

Você não tem ninguém

Abstrai.

Finge que não dói.

Você mereceu.

Uma hora passa...

Não passou...

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Tem dias que me odeio mais Tem dias que menos Mas sempre alguém aponta "A realidade" Não sei dizer quando começou Nem quando aprendi a disfarçar Talvez seja verdade o que disseram O motivo dos meus vícios Talvez eu esteja tentando me punir Mas talvez eu só não queira lembrar Afinal já disseram Nem ela acredita nisso Se eu falar o suficiente, eu vou acreditar? Se eu ocupar minha cabeça com dor o suficiente Se eu me embriagar o suficiente Seu eu me entorpecer o suficiente Eu vou esquecer? Talvez eu só seja ruim mesmo E mereça me sentir assim Eu queria ser 10% do que aquela menina de 16 anos achou que ela seria Ela merecia tão mais de mim E ela vai ter Porque nós somos feitas das coisas mais afiadas que nos dizem

Nevermindyourlife

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Costumo dizer que as verdades mais duras sempre são ditas por aqueles que mais consideramos. "Você tem medo de ser mãe, especialmente de menina, porque acha que ela vai te odiar como você odeia a sua mãe". "Você acha que não seria uma boa mãe, porque você sente que nunca recebeu amor de mãe, e como vai oferecer aquilo que nunca teve?" Filho da puta. No fim era verdade. Amor de mãe faz falta? Fez falta pra mim? Eu seria uma boa mãe? Eu fui uma boa mãe? Eu sou mãe? Eu sequer fui mãe algum dia? Meu filho me amaria? Ele se sentiria em casa? Se sentiria amado? Eu nunca soube o que era isso. Será que ele vai me perdoar um dia? Eu nunca me perdoei Nunca pedi perdão ao seu pai, não foi culpa dele Espero que ele saiba Talvez não tenha sido minha culpa também Eu me culpo, mas entendo Não era pra ser Como a gente oferece o que não tem? Nunca tive amor de mãe Não sei se sou boa o suficiente nem para os meus gatos, meu cachorro Meu? Faz falta sim... Talvez almas perdidas não sejam feitas para constituir família E está tudo bem E a gente segue como dá...

Nevermindyourlife

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You lied to me. I'll never believe in you...

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Everybody lies.

And if they lie once, they'll lie again

It's just a matter of time...

I'm better off on my own...

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Até dizer para me auto afirmar se tornou incômodo. Talvez minha descrença tenha aumentado...

Me questiono se um dia vou deixar de duvidar, mas confesso nao ter essa resposta.

Eu jurava ter medo da solidão, hoje ela é parte de mim, e seu abraço meu acalento.

Nevermindyourlife

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Julho - Para sempre uma alma perdida

Engraçado como são sempre aqueles que amo que jogam meus maiores defeitos na minha cara, meus maiores medos, minhas inseguranças, talvez seja uma piada do universo.

"Você tem que se arrumar mais", "você age igual um menino", "você é uma mala sem alça e sem rodinha, difícil de carregar", "você me dá muito trabalho", "ela me dá muito trabalho", "você é maluca", "eu não sinto nada por você, "você se sabota", "você tem medo de entrar num relacionamento", "você tem medo de ter uma filha porque acha que ela vai te odiar como você odeia sua mãe", "você tem medo de ficar sozinha", "você se sente sozinha", "ela fala isso pra se auto afirmar, nem ela acredita nisso"...

Eu nunca gostei muito de mim, nunca fui feliz com o meu corpo, nunca me achei nada demais, nunca tive facilidade pra fazer amigos, nunca me achei bonita, nunca me senti parte de uma família, nunca me senti parte de nada, nunca me senti pertencente a um lugar, nunca me senti em casa. Nunca me senti interessante...

É verdade que talvez eu tenha me detestado a maior parte da minha vida, mas eu não chego a dizer que isso me causou infelicidade. Para falar a verdade, acho que nunca me importei, mas não deixa de ser "incômodo" ouvir de quem supostamente deveria ser gentil com a gente. Sempre tive a sensação de que dizer as coisas em voz alta as tornam muito mais reais, recentemente descobri que estava certa.

Talvez por isso eu sempre acabe afastando as pessoas de mim, ou me afastando delas, ainda que sem querer, como se algo aqui dentro soubesse que em algum momento elas vão me deixar, ou me expor, ou jogar as coisas na minha cara, ainda que não seja por mal...

Sabe o que é engraçado? No fundo eu sou uma pessoa horrível, eu sei que sou, eu sei ser absurdamente maldosa e ruim. Eu sinto isso aqui dentro, eu sei o estrago que sou capaz de fazer se eu desligar... e eu amo o estrago. Mas eu não desligo, por medo de todo mal que sei que sou capaz de causar.

Talvez minhas inseguranças sejam oriundas de todas as mentiras que ouvi ao longo dos anos, justamente de quem eu mais esperava honestidade. E no fim, eu sempre acabo confirmando que eventualmente todo mundo mente, ou omite, porque "não achou importante", porque "não era bem assim", porque "não era nada demais". Talvez realmente não seja nada demais, como talvez não seja nada demais expor minhas dores e traumas que, num respingo de confiança que me sobrava numa amizade, eu compartilhei.

Já deveria ter aprendido a lição. Talvez seja só uma piada do universo pra me mostrar que eu só acertei quando optei em não confiar, que eu devo desligar e ser a grande filha da puta que eu sei que posso ser. Talvez eu seja a piada. As vezes eu só queria desligar.

No fim de tudo, eu sou só uma alma perdida nadando em um aquário... e talvez eu nunca deixe de ser uma alma perdida, mas uma hora eu alcanço um oceano...

Nevermindyourlife

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The real me

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Janeiro

Minha cabeça não tem sido um lugar muito saudável de se estar... Tenho tido flashes, lembranças, ao menos é o que parecem ser, fragmentos perdidos que preferia não ver. Minha mente parece tão cheia e confusa que coisas banais se tornam gatilhos, e o emaranhado de sentimentos escapa como uma avalanche, levando tudo que estiver no caminho. Eu sei que pareço um disco riscado, mas estive tanto tempo sozinha que acho que fico melhor assim, sem risco de ferir ninguém. Eu sou uma bomba relógio, prestes a explodir, as vezes parece que eu posso até ouvir o tic tac do relógio, me avisando mais uma vez que eu vou destruir tudo aquilo que tocar. Acho engraçado que as pessoas pensam que me importo com as coisas cotidianas, com os problemas normais, os incômodos da vida, mas, na realidade, eu estou tão morta por dentro que as coisas que normalmente me afetariam não fazem nem cócegas. Eu só não tenho mais paciência pros dramas da vida, prefiro cortar as coisas no início, eu me tornei tão prática para algumas coisas que nem me reconheço. O problema, é verdade, são os traumas escondidos, aqueles que eu tranquei tão fundo que nem sabia se ainda existiam, mas agora que eu não posso mais me fechar no meu mundinho, me isolar e agir apenas com desprezo e indiferença, parece que acharam a saída e vieram me mostrar não só que existem, mas que também não vão me deixar em paz. Eu não me incomodo com as coisas cotidianas, mas eles me fazem reagir como se eu me importasse exageradamente. Eu sou uma bomba relógio, eventualmente, eu destruo tudo que toco...

Nevermindyourlife

Achei que tinha postado em janeiro, mas ficou nos rascunhos, necessário pra entender a evolução dos meus traumas e medos

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- talvez a sua jornada agora seja só sobre você