#não consigo mais achar a escrita tão boa assim não
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pensando aqui, fgo é o jogo com a pior historia que eu tenho jogado continuamente, provavelmente. O problema de fgo é que ele tem muitas ideias legais, conceitos legais, momentos incriveis, mas a franquia como um todo é cheia de problemas e fgo é a materialização de todos esses problemas, porque é o jogo mais longo que o nasuverse já teve, os problemas da franquia acabam ficando claros e fgo tem os seus proprios problemas também, que não fazem parte do todo da franquia.
O mais grave eu acho são os proprios servos, personagens que representam figuras historicas reais e mitologicas e quando a franquia trabalhava com poucos personagens até dava para engolir. Só que fgo lançou e eles possuem uma quantia monumental de personagens e... da para perceber que a franquia precisa de forma urgente de um historiador ou dos escritores fazerem uma pesquisa de verdade, não tem nada a haver essa critica com os gender bend que a franquia faz, é mais sobre como eles escrevem os personagens mesmo, tem muito personagem ruim e alguns chegam a ser ofencivos de verdade (contando com o design, alguns designs são simplesmente terriveis). Os melhores personagens e conceitos da franquia são os totalmente originais na minha opinião, os que não ficam puxando coisas do mundo real, eles se encaixam muito melhor no universo criado e as vezes são melhores trabalhados.
Outro problema de fgo também relacionado aos personagens, mas não no design deles em sí, mas do jogo. É personagem demais, no NA chegamos a mais ou menos 308 personagens jogaveis com nome (contando com versões alternativas) e claramente eles não sabem o que fazer com esse monte de personagem. Acho que ninguem conseguiria trabalhar com tanto personagem assim e isso faz com que a maioria basicamente não exista na historia do jogo e quando aparecem, são versões flanderizadas desses personagens em eventos de humor e... estão flanderizando personagens historicos... eu vou acabar com essa parte da minha critica porque estou começando a ficar brava.
Eu ainda não li o lb 7, mas é uma critica que ouvi gente falando, o nasu e o pessoal que escreve para o nasuverse é terrivel trabalhando com religiões e mitologias alheias, especialmente porque eles misturam essas mitologias e crenças com a lore da propria franquia e a coisa toda não casa bem, acaba ficando bem ruim ao ponto de ter sido melhor nem terem trabalhado com isso e... eu meio que concordo com isso, não que eu não tenha tentado fazer algo parecido, eu tentei, só que desisti porque eu não estava dando conta de fazer esse trabalho, qualquer deslize e eu iria começar a sentir que estou debochando da religião olheia e eu cometi varios, o que obviamente o pessoal do nasuverse (E varios outros escritores) não se importam em fazer.
Eu ainda gosto de fate ok, mas com o tempo fui percebendo que a franquia não é tudo isso que eu dava credito e tudo bem hahaha, são pontos que me incomodam e estão ativamente me fazendo cansar da franquia, mas vc que tá lendo pode não se importar e continuar gostando. Eu ainda gosto dos personagens originais da franquia e as releituras de figuras japonesas eu acho bem legais (claro que elas eles iriam fazer direito, não sei nem porque estou surpresa com isso), mas estou cansada de fingir que o nasuverse não tem problemas, tem varios, os que falei são os que me vem a cabeça agora, mas certamente outras pessoas são capazes de apontar eles melhor que eu.
Se eu tivesse acesso eu iria sim jogar os jogos do nasuverse fora de fate, mas o tsukihime antigo é meio dificil de achar funcionando (eu mesma nunca achei uma versão para baixar que funcionasse de verdade), o remake é só de console, que não tenho, muita coisa só lançou no japão incluindo notes, que na minha opinião é o que o nasuverse tem de mais interessante. Eu nem sou parte da fandom que odeia fate e tudo de novo do nasuverse e venera os originais, nem ferrando, odio desse povo, só que fgo está me fazendo cansar de fate hahaha, fgo é bem mais interessante para mim quando eles estão enfrentando um bicho alienigena original da franquia do que o zeus por exemplo, acho que todo mundo concorda que o Wodime foi bem mais interessante que todos os deuses do olimpo certo? posso até gostar do conceito dos deuses maquina mas o Wodime foi bem mais interessante que a interpretação da franquia dos deuses gregos.
Os personagens que eu mais quero no fgo atualmente é a koyanskaya (as duas, personagem original), oberon (baseado em algo mitologico, mas o personagem é praticamente original), Arcueid (primeira protagonista feminina do nasuverse) e a kukulkan (apesar do nome ela é sim uma personagem original, ela é ORT usando o nome kukulkan) e é isso basicamente, estou cansada da franquia como um todo e não consigo engolir os servos da franquia mais, nem os antigos nem os novos, especialmente os que já estão completamente flanderizados e que nada de bom foi escrito deles a anos.
#fgo#fate grand order#nasuverse#não consigo mais achar a escrita tão boa assim não#mas eu ainda gosto#é um dos unicos motivos de eu ainda jogar fgo#literalmente
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"Fala sério, Peter. Você é tão lento, como vai conseguir ser auror?" A voz de Sirius Black ecoava na mente do Pettigrew, enquanto ele caminhava pelo Ministério, sozinho, passando os dedos pelas paredes pretas e gélidas do corredor. Peter é tão lento. Peter não procuraria por um bruxo das trevas antes de comer uma torta de abóbora inteira. Peter sairia correndo assim que visse uma sombra. Peter tem medo até do Frei do Gorducho. Fala sério, Padfoot. Se você tivesse sido um amigo melhor, não iria ficar doze anos em Azkaban; já imaginou? Peter Pettrigrew, auror? Claro que a culpa do futuro não seria de Sirius e suas palavras soltas ao amigo que batia palmas quando o mesmo acontecia com os outros, de um moleque no auge dos seus treze anos sem muitas preocupações. Mas. Peter Pettigrew, auror?
"Auror? Interessante, Wormtail. Só não se esqueça de que aurores não têm amigos para protegê-los quando a coisa aperta pro lado deles, hein?" esse foi Remus, doce, mas preciso. Como eu sou idiota. Moony tinha razão no terceiro ano e agora tabém, se não fosse prongs, padfoot e moony eu não teria sobrevivido nem ao segundo ano de Hogwarts. Mas sabe, eu poderia tentar, treinar... estudar mais. Talvez eu fique bom. Estudar mais? Já estamos na merda do último ano; imagina, começar agora e, quando estiver pronto, virar estagiário do Sirius no departamento? Nem fodendo. Bom, eu poderia tentar lecionar... herbologia? Não, com toda certeza não. Acho que o Frank seria um bom herbologista. Pena que vai ser torturado até a insanidade- ok, esse não é um pensamento de Peter de 1978, mas a narradora não pode se conter.
Mas que diabos eu seria, no final das contas? Obliviador? Bem capaz do feitiço virar contra mim e eu esquecer o pouco que acho que sei. Na moral, pra quê ter uma profissão? Eu não sou um muggle, é só lançar um accio comida que eu me alimento. Um wingardium e eu construo uma casa. E 'ta de boa. Nossa, como eu sou medíocre e preguiçoso as vezes, sinceramente.
Mas Peter não era de todo medíocre, é claro - na verdade, se ele pudesse se olhar no espelho sem todos os estigmas impostos, veria o seu valor. O Pettigrew era atento, tudo ele percebia, era esperto na hora de se esgueirar por Hogwarts, desbravava com facilidade todos os lugares do castelo e nem precisava estar em sua forma animaga para isso. E foi esse "dom", por falta de achar palavra melhor para o momento, que fez ele encontrar o que achou ser sua resposta.
Já tinha escutado ao longe falar sobre o departamento de mistérios do Ministério, tinha um primo inominável - e eu nunca soube que merda meu primo faz da vida. E era aquilo que ele queria: uma profissão que ninguém pudesse dar pitaco. Não teria ninguém para dizer: Ei Peter, isso aí ficou errado. Ou, nossa Peter, que bosta, hein? Bom, claro que haveriam seus colegas de trabalho, mas a verdade é o Pettigrew sentia-se muito mais confortável com olhares não conhecidos, com aqueles que não o julgavam por situações passadas. Por erros bobos - melhor, com quem não reconheceria seus erros bobos.
O foda é se o Sirius decidisse do nada virar inominável. Imagina? Foda mesmo é eu não conseguir pensar em três coisas sem moony, prongs e padfoot passarem pela minha cabeça. Eu queria muito, muito mesmo, ser tão bom quanto eles. Os caras são fodas. Tenho certeza que tudo que se proporem a fazer vai dar bom, e eu aqui... De frente pra um arco de pedra que mais me parece uma... Porta? Há, Ministério, cês estão mesmo achando que não da pra perceber que um ARCO DE PEDRA, no meio de um CORREDOR ESCONDIDO, com uma porrada de coisa escrita em RUNAS ANTIGAS, FLUTUANDO, não é uma porta pra algum lugar? E depois o burro sou eu. Ninguém disse que você é burro, Peter, não seja tão duro consigo mesmo. E não demorou muito até que ele encontrasse, ao lado de uma parede e de forma bem escondida, o que seria a maçaneta da porta.
Ao abrir, Peter ficou confuso, porém maravilhado com sua... descoberta? Maravilhado é o caralho, no perdão da palavra. Pra quê tanta porta em um só lugar? Pra onde leva isso aqui? Por Merlin e todo a ordem de bruxos primeira classe, eu deveria ter ido comer e não bancar o desbravador sozinho.
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DIÁRIO DE PLANEJAMENTO #5 - Expandindo a história
Oii, como vai? Hoje gostaria de dar um pausa e pensar sobre alguns detalhes que podem nos ajudar durante o desenvolvimento do enredo. Sim, aquela partezinha no meio que geralmente é onde as pessoas mais tem medo. Então, como você faz o desenvolvimento da sua história?
Nesses últimos tempos venho pensando muito em como faço essa parte da escrita e quais são as ferramentas que uso, e cheguei a uma conclusão simples. Uso muito pouco das coisas que indico para as pessoas. Porém, é preciso parcimônia.
Não sei a quanto tempo vocês escrevem, mas, eu, que estou nessa vida há mais de dez anos, sinto que quanto mais eu escrevo, menos eu preciso de ajuda ou artifícios. Não me entendam errado, estudar é essencial, e esse é o ponto, não? Estudar tanto ao ponto de não precisar se apoiar mais na teoria porque você já sabe aquilo de uma forma que está tatuado na sua mente?
Vocês conhecem quantas técnicas de escrita? Estrutura dos três atos? A estrutura clássica de narrativas? Contar e Mostrar? Jornada do herói? Eu uso apenas essas, apesar de saber que existem muitas outras. A questão é que eu estudo elas há tanto tempo que ficou fácil adequá-las ao que eu preciso. Assim, eu as quebro no meio, uso apenas algumas partes e outra vezes ignoro completamente o que elas me ensinaram. Afinal, elas estão ali para me auxiliar e eu me nego ser a prisioneira delas. Dessa forma, eu misturo tudo e crio algo somente meu.
È por isso que eu pergunto: a quanto tempo você escreve? Ou melhor, a quanto tempo você estuda técnicas narrativas e criativas e aplica o que aprendeu?
É uma pergunta muito valida. Eu apenas queria deixar aqui esse pensamento, enquanto vou analisando meus próprios processos. Também percebi que nunca usei as listas que coloco no blog. Costumo fazê-las porque sei que pessoas tem dificuldades diferentes e assim, penso que posso ajudar a todos que precisarem. Isso é porque quando inicio uma história, gosto de descobrir quem eles são e o que querem. Minha história sempre começa com uma cena, um conceito ou às vezes, tentando desenvolver uma ideia até que ela chegue no ponto que eu queria dissertar, mas tem outras vezes, em que apenas quero deixar o enredo fluir e vejo no que dá. Às vezes, esse texto vai direto para o lixo, outras sai algo mais +18 e outras já consigo desenvolver algo que poderia ser o começo de uma boa história. Não gosto me limitar a nada, seja moral, psicológico ou físico.
Meus enredos também vem de sonhos ou de uma imagem que me faz ter vontade de escrever sobre aquilo. O meu ponto aqui é, está tudo bem se certa cena ou história nunca forem publicas, faz parte do desenvolvimento de uma história, sabe? Tem vezes que não conseguimos nos conectar com nossos personagens ou você percebe no meio do caminho que o enrendo não tem futuro, e isso também está bom. Para mim, o problema real é ficar muito apegado a certos arcos narrativos ou cenas, achar que tudo está ruim ou que em outras vezes raras tudo está perfeito, se apaixonando por sua história.
Entretanto, o que o tempo me ensinou é que nada nunca é tão bom ou tão ruim e que vai depender muito do seu estado mental e humor. Não sei quantas vezes olhei para meu texto depois de alguns dias e ele estava bem melhor do que eu achava. Ele raramente parece pior do eu pensava antes, mas a gente nunca sabe, não é? É por isso que nesse momento ter um beta reader seria extremamente inteligente.
É sobre aquele preciosismo em achar que tudo está perfeito ou tudo está horrível, ter um par de olhos frescos é o que sua história precisa para dar aquele passo final em direção a conclusão da sua história, ou ao menos, em direção ao fim da primeira versão, o seu rascunho inicial.
Estou sendo muito apressada? Talvez. Na verdade, eu te aconselho a ter um beta desde o início se for possível. Sabe aquele amigo que gosta das mesmas coisas que você e que tem o conhecimento e experiencia parecida com as suas, ou que sabe mais do que você? Esse é o beta ideal. Ele vai te dar a opinião pessoal dele e ainda, se ele for um bom amigo, vai ler seu texto e te indicar possíveis erros ou furos.
O que eu mais acho útil em um beta é a visão dele sobre a história e as considerações dele sobre os capítulos. Como se a ação dos personagens faz sentido e se eles parecem muito fora de caráter de acordo com o início e a premissa da história. Não tem jeito, tem coisas que vão passar despercebidas, como seus erros ou o potencial que sua história ou certo conceito inserido nela pode ter. Várias das minhas história foram feitas assim, sobre assuntos que eu não tinha muito interesse, mas que daria uma boa história.
Agora, se você se nega a pedir ajuda, esse é um bom momento para desenvolver o editor/revisor que há dentro de você. Porque, não sei se alguém te disse, escrever a história é apenas metade do esforço e se você quiser ter um texto bem redigido um revisão e edição serão essenciais.
Para essa parte da escrita, não faço uma revisão geral, mas eu de fato volto nas minhas anotações e procuro por inconsistências até o momento. Eu prefiro fazer agora quando ainda não chegamos ao ponto alto da história do que fazer isso na segunda versão onde passamos o pente fino no texto. Mas como fazer isso? Através de uma estrutura, buscando os pontos principais, como: cena incitante, chamado á aventura, verificar aliados e antagonistas, o objetivo ou arco do protagonista, suas vontades, necessidades, traumas e falhas, alguns pontos de conflito e clímax, ou analisando se falta algo no enredo, como se todos os personagens têm um arco na história, como está sua construção de mundo, se alguma parte parece apressada demais, se algum personagem não foi desenvolvido o suficiente e se temos o suficiente para concluir a história de forma satisfatória.
Quer dizer, sempre estou fazendo essas perguntas durante o tempo todo a mim mesma, embora eu saiba que não é necessário. Assim, se você tiver um beta, você pode fazer essas perguntas para ele e continuar escrevendo sem problemas.
Para a proposta de desafio desse post gostaria de deixar o seguinte questionamento: como você escreve o desenvolvimento da sua história? Usa alguma técnica? Apenas se baseia em uma linha de acontecimentos até o final? Raramente chega até aqui? Isso acontecia comigo sempre, principalmente quando eu escrevia puramente por diversão.
Nossa caixa de perguntas está sempre aberta. Sugestões também são bem vindas. Achou algo interessante ou curiosos? Venha discutir conosco!
Até a próxima.
POSTS ANTERIORES
Apresentação
Dia 1 - O início da ideia
Dia 2 - Visualizando as cenas
Interlúdio - Como eu NÃO Planejei meu Livro
Dia 3 - Preparando a base
Dia 4 - Voltando aos clássicos
CONTRIBUIÇÕES
Como eu NÃO Planejei meu Livro, por @EGBRAGA
***
Onde me encontrar:
https://escritoremaprendizado.tumblr.com/
https://desafiodeescritadiario.tumblr.com/
Me apoie se você puder:
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Acabei de ler o seu texto e não conseguir ir dormir depois de saber tudo o que me contou, então decidi te responder o mais rápido possível.
Não assisti apenas um capitulo, mas sim a temporada inteira de Bridgerton, e fiquei puto porque cortaram a serie justamente no clímax, estava muito curioso pra saber oque ia acontecer depois do Colin se declarar, mas enfim, agora é aguardar os próximos capítulos. Mas tirando esse fato eu até que gostei, e estou ansioso pra segunda parte. Com certeza vou assistir essa que me indicou, acho que talvez eu veja um episódio antes de dormir, tenho certeza que deve ser ótima, tendo em vista o seu ótimo gosto, na próxima eu conto o que achei.
Você não sabe como isso que contou me deixou preocupado, eu sinto muito por tudo que esta acontecendo com sua mãe, eu não sei nem o que te dizer direito. Eu imagino que não deve estar sendo fácil pra você lidar com tudo isso, eu queria muito estar do seu lado, pra te ajudar, e servir de suporte. O que eu posso te dizer é que isso não tem nada haver com você não estar ai do lado dela, possivelmente são uma serie de coisas, e se você não tivesse mudado de casa isso não ia mudar o fato dela ter desenvolvido essa doença, por favor não pense que tem haver com o fato de estar longe. Confesso que eu também fiquei muito mal, não consigo nem imaginar o que ela esta passando, não consigo nem escrever direito, queria dizer tantas coisas pra te ajudar, desculpa... Obviamente vai ser necessário muita atenção e muita paciência, e com certeza vai ser muito importante a presença de pessoas importantes pra ela nesse momento, pra servirem de suporte e à ajudarem a sair dessa. Por favor, não se desculpe, você sabe que pode contar comigo sempre, eu vou estar aqui, e eu tenho certeza que a sua mãe vai melhorar.
Eu sou exatamente assim quando se trata de casamentos, eu sempre fico muito emotivo quando vejo a noiva entrando, é algo muito lindo. E muita das vezes eu imagino você de noiva vindo em minha direção, tenho certeza que você vai ficar linda, mesmo que não seja eu quem vai te esperar no altar.
Bom, eu também acho que me afastei um pouco das redes sociais, muito mais do que antes, tem tempos que não posto nenhuma foto minha, só algumas publicações sobre esporte, você como uma stalker de mão cheia deve achar entediante visitar meu Instagram, e ver que eu só posto coisas sobre futebol nos meus storys hahaha. Embora ultimamente eu não tenha colocado o meu rosto nas redes sociais, eu as uso muito, mas principalmente o Twitter, acho que perco um bom tempo lá, mas não publico nada que preste, só bobagem. Quanto ao fato do por que eu parei de te stalkear, sim, não tem como ver um perfil privado kkkk, e bom, eu tenho quase certeza que sei qual a sua desculpa.
Que legal, fico feliz por você estar gostando e estar tão inteirada assim, consigo sentir através das suas palavras o quanto gosta do que esta cursando. Eu também tenho tentado melhorar o meu vocabulário, apesar de eu falar igual um marginal ou um jeca kkkk, tenho lido livros, e quero começar a ler os que tem haver com o meu curso, acho que isso vai me ajudar, e a minha escrita é algo que me incomoda ainda, eu ate considero boa, mas eu sinto que tenho que me dedicar mais. Estou entupido de trabalhos da faculdade, esta um pouco puxado, mas tem sido bom, tenho aprendido bastante, você não tem ideia do tanto de coisas que eu aprendi sobre o corpo humano nas minhas aulas de anatomia.
Agora estou na casa da minha mãe, cheguei ontem a noite, essa minha semana foi bem tranquila, no entanto, aconteceu um fato engraçado, um amigo foi levar minha cama daqui da casa da mãe até onde estou morando, e quando ele estava indo, ele simplesmente perdeu a cama na estrada kkkkk, eu não faço ideia de como ele fez essa proeza, até agora não sabemos o paradeiro.
Tem baile sim, e obviamente eu vou, mesmo que contra minha vontade, dessa vez foi a minha mãe que quase me obrigou a ir kkkk, ela queria muito ir e comprou um ingresso pra mim, então vou acompanhar ela, é sempre assim, eu não quero ir, mas depois de estar lá acaba sendo maneiro, é bom sair ver gente. Eu adoraria saber sobre suas apostas (bom, pra mim na há nenhum incomodo você me ter como uma amiga, tudo bem, eu gosto do seu entusiasmo kkkkkk). Obrigado por me escrever mesmo com todas as coisas que esta enfrentando, eu fico muito feliz em perceber que sou tão importante assim, por favor, aproveite bem sua mãe, fique junto dela, chame ela pra sair, faça coisas que ela gosta e fica bem tá. Eu estou aqui sempre, mesmo de longe te mando todo o meu amor.
Obrigado por cada palavra meu bem, aguardo sua resposta e te mando meu peito cheio de saudades suas, não vejo a hora de te reencontrar... beijos, se cuida.
-te amar é inevitável e te esquecer é impossível
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olaaa! primeiramente, tudo bem com você? eu adoro os seus imagines e iria adorar ver o plot que imaginei na sua escrita <3
bom, pensei em um inspirado na música "needy", da ariana grande, onde o harry é muito carente e a personagem é um pouco mais distante e fria, e isso acaba magoando muito ele. até que em um dia, por algum motivo (exemplo, ela recusa algum carinho dele) eles acabam brigando e ele abre o coração para ela, confessando o quão sensível, intenso e carente ele é pela atenção dela, e o quanto se afeta facilmente por tudo...o final você quem decide, como achar mais justo!
oiii, eu adorei escrever o imagine. amo as músicas da ariana e needy é incrível. muito obrigada pelo pedido e eu espero que vc goste <3
NEEDY
Era uma manhã de domingo quando Harry acordou com a ligação da namorada. Antes de atender ele olhou a hora, com medo de ter perdido o horário para o encontro que eles teriam mais tarde naquele dia:
– Hey, baby. – Sua voz saiu rouca e sonolenta, o que fez o coração de S/N, sua namorada, se aquecer.
– Bom dia, desculpa te acordar essa hora, mas é que surgiu um imprevisto e eu não vou poder sair hoje, tudo bem?
Isso magoou muito Harry, já era a segunda vez na semana que S/N furava com ele. O namoro dos dois era recente, mas era muito bom, os dois sempre se entendiam e quando não, eles procuravam conversar sobre isso.
Harry sempre foi do tipo que ama intensidade, no começo do relacionamento os dois estavam estavam em sintonia, mas agora Harry sente que precisa cada vez mais da sua namorada, ele se sente carente, às vezes ele se sente até egoísta por querer que ela dedique mais seu tempo a ele, mas ele sempre foi assim, sempre muito intenso e parece que S/N não consegue acompanha seu jeito, porque ela sempre é muito fria.
– Eu demorei um pouco pra conseguir essa reserva, mas não tem problema, a gente pode ir outro dia.
– Muito obrigada, e me desculpa mais uma vez. Eu preciso mesmo ajudar a Suzy terminar esse artigo, nós trabalhamos a semana toda nisso.
– Eu sei baby, te vejo mais tarde então? vou preparar um jantar para nós.
– Obrigada amor, prometo chegar antes das 20h.
Depois de se despedirem Harry desligou, eles estava bem empolgado para o jantar, pois ficou a semana inteira sem ver a namorada e parecia uma eternidade. Ele aproveitou a manhã para arrumar seu apartamento — que estava muito bagunçado — e ao longo do dia começou a ler “1984” do escritor George Orwell. Enquanto fazia o jantar ficava imaginando como seria a noite com S/N. Talvez ele dissesse pela primeira vez “eu te amo”, ultimamente ele vinha se segurando muito para não dizer as três palavras no fim de cada ligação, ou quando os dois se despediam depois de se encontrar. Harry pensou também em comprar velas e colocar na mesa, ele sempre sonhou com um jantar a luz de velas. Após terminar o jantar, ele tomou banho e começou assistir um programa qualquer na TV, esperando S/N. As 22:07, sua campainha tocou.
– Oi amor, desculpa o atraso, eu trouxe vinho para a gente.
S/N disse entrando no apartamento de Harry, duas horas atrasada e com uma sacola na mão. Harry estava com saudade, a única coisa que ele queria era abraçar e beijar a sua namorada e foi isso que ele fez. Foi um beijo intenso, com muita saudade e desejo, Harry estava quase tirando as roupas de S/N, mas o jantar já estava praticamente frio e ele estava faminto, o sexo podia esperar.
– Eu preparei o jantar, mandei uma mensagem perguntando o que você queria, mas você não respondeu então eu decidi fazer um Risoto de Camarão.
– Que delícia Harry, eu também estou com muita fome, passei a tarde inteira na casa da Suzy terminando o artigo que a nossa chefe mandou em cima da hora, quando recebi sua mensagem eu estava no bar e esqueci de responder.
– Bar?
– É, quando nós terminamos o artigo Suzy me chamou para um bar que tem perto da casa dela, literalmente na esquina. Nós ficamos conversando, bebendo e esperando o namorado da Suzy chegar, ele bebeu mais um pouco com a gente e eu vim para sua casa. Sério, você tem que conhecer ele qualquer dia desses, o cara é hilário.
– Você me deixou esperando porque estava ocupada com a sua amiga em um bar? eu achei que vocês estavam trabalhando no artigo até agora. – Disse com a voz visivelmente chateada.
– Não precisa ficar tão chateado Harry, eu só me atrasei um pouco.
– S/N, o problema não é o atraso é o descaso que você faz com o nosso relacionamento.
– Descaso?
– Hoje é nosso aniversário de namoro e você passou o dia com a sua amiga e com o namorado dela. – Harry suspirou fundo, ele estava muito alterado, e decidiu colocar para fora toda a insegurança que ele estava sentindo ultimamente em relação ao seu relacionamento. – Eu passei duas semanas tentando marcar nosso brunch naquele restaurante, e você desmarcou comigo em cima da hora, eu sei que foi pelo seu trabalho e liguei para desmarcar numa boa. Eu queria passar o dia com você, é o nosso dia, mas ultimamente você tem sido fria em relação a nós. Sempre sou eu que ligo ou que mando mensagem, você sempre demora para retornar as ligações ou para responder as mensagens. Eu sei que pode parecer bobagem, mas na maioria das vezes eu me sinto carente e eu preciso de você e parece que naquela hora você não está disponível para mim, ou tem coisas melhores para fazer.
– Você não acha que está sendo injusto comigo? é claro que eu me importo com você, eu também quero estar sempre com você, mas a vida não é assim, a gente não pode abandonar tudo que está fazendo para matar o desejo um do outro. Eu tenho outras prioridades.
– Nosso relacionamento não é uma prioridade?
– Eu não quis dizer isso, eu-
– Você acabou de dizer isso, S/N – disse magoado.
– Eu acho melhor eu ir embora, eu não sei se eu consigo ter essa conversa hoje.
– O que você pretende me dizer depois de falar que nosso relacionamento não é prioridade, que eu não sou sua prioridade?
– Eu não sei, o que você quer que eu diga? que porra Harry, eu estou tentando manter esse relacionamento, eu gosto de você.
– Você gostar de mim significa muita coisa, mas você não demonstra que gosta de mim e isso faz muita diferença. Eu sou intenso, eu quero alguém que supra essa minha necessidade, alguém que me dê todo o amor que eu mereço. Se você não pode me dar isso eu sinceramente não sei porque nós ainda estamos mantendo esse relacionamento.
S/N sente como se uma faca entrasse no seu peito, ela não consegue responder, Harry só quer que ela diga que pode tentar, isso seria suficiente e ela só quer que ele entenda que ela precisa desse emprego e que é o sonho dela ser promovida e continuar nessa profissão.
– Eu… eu não sei Harry, eu não sei o que dizer.
– Isso já diz muito. – Harry pega o casaco que S/N jogou no sofá quando foi abraça-lo e abre a porta – Vem, eu te deixo em casa.
NOTA: antes que vcs me matem pelo final desse imagine eu quero que vcs entendam meu lado. aqui eu quis expressar que nem tudo tem um final feliz, a vida é feita de momentos e muitas vezes duas pessoas em um relacionamento estão em momentos diferentes. o harry tinha como prioridade o relacionamento, mas a s/n tinha como propriedade - nesse momento - o emprego dela. isso não significa que ela não gosta dele. a atitude do harry foi certa (na minha opinião), ele não merecia doar tudo de si em um relacionamento em que a sua parceira claramente não faria o mesmo. ele gostava muito dela, mas não estava disposto a aceitar o amor que ela tinha pra oferecer justamente porque ele sabia que merecia mais.
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Danielle Galligan e Calahan Skogman conversam sobre 'Shadow And Bone' e Helnik
por Lissete Lanuza Sáen para Fangirlish
Tradução: Shadow And Bone BR
Nina e Matthias podem não ser os personagens que mais aparecem na nova adaptação da Netflix 'Shadow and Bone', mas isso não significa que eles não trazem com eles muitos sentimentos. Os dois, que os fãs do livro sabem que só aparecem na duologia Six Of Crows/Crooked Kingdom, tiveram suas histórias individuas - e conjuntas - exploradas na primeira temporada da série da Netflix, e foi muito fácil para nós entendermos o motivo da produção ter achado necessário introduzi-los.
Nós conversamos com Danielle Galligan e Calahan Skogman sobre isso, sobre o entusiasmo dos fãs pela a série e seus personagens, e também por ver Shadow and Bone criando vida. E vamos começar com essa nota: esses dois realmente trabalharam duro para não somente incorporar Nina e Matthias por um tempo, mas realmente se tornaram eles pelo tempo que as filmagens aconteciam.
O problema, é claro, assim como com Kaz, Inej e Jesper, é que Danielle e Calahan tiveram que lidar com esses personagens extremamente complexos, mas que não poderiam mostrar todo o seu potencial na primeira temporada. Ao invés disso, foi mais sobre gradualmente descascar as camadas de quem eles são... e de quem eles podem se tornar no futuro.
"Acho que a Nina é muito complexa e multifacetada," Galligan explicou. "Eu gosto de encontrar um motor para um personagem ou uma cena. É aquilo que o público não vê, mas é o que os move. E acho que com a Nina, para mim, é que..." ela pausa, porque ela - assim como todos no elenco - estava prestes a fazer uma comparação com os livros e queria ter certeza que entenderíamos, "tem um capítulo no livro onde ela está tentando salvar sua amiga que acabou de ser esfaqueada, e ela tem uma certa crise de identidade, "Bem, não sou boa o suficiente." Então, você sabe, ela volta a ser aquela garotinha perdida que não treinou por tempo suficiente e ela acredita não estar à altura do trabalho. Você sabe, as palavras de Zoya ficam vindo, ecoando em seu ouvido, dizendo que ela não é boa o suficiente."
Mesmo sem poderes, isso é algo que nós todos podemos nos identificar. "E para mim, esse é o motor de Nina. Então, em tempos de trauma ou extremo estresse, eu acho que ela pode voltar a essa criança interior, que é órfã, que está procurando a sua casa, procurando um abraço às vezes."
Não estamos dizendo que Nina é como nós e nós somos como Nina com mais frequência com que estaríamos confortáveis a admitir, mas nós também não estamos dizendo que não somos.
Galligan continuou, "eu tento manter esse motor funcionando para muitas coisas. E o resto acontece a partir desse princípio. E acho que tem sido fácil mostrar muito disso porque ela é, para vocês saberem, muito sensual, ela é muito hedonista. Ela ama seu corpo. Ela ama a vida, ela é como uma verdadeira Iggy Pop do Grishaverso, para ser sincera."
Não temos certeza se queremos essa imagem na nossa cabeça. Nós também não sabemos se será possível apagá-la agora.
"É fácil interpretar tudo isso, pois a forma como a narrativa acontece, a forma como ele (os roteiristas) fizeram a adaptação torna tudo muito fácil, pois ele conhecem os personagens tão bem que eles já limparam o caminho para você. E você só precisa chegar e escolher suas intenções, escolher seu motor para a cena."
E ter o parceiro certo. Já que na maioria das vezes uma cena é feita de duas pessoas e você não pode fazê-la brilhar sozinha. Mas Galligan não precisou de nenhum incentivo para elogiar seu colega Skogman, aconteceu muito naturalmente.
"Ter o Cal torna tudo muito fácil, porque no fim do dia, Nina valoriza conexões humanas sobre todo o resto. E acho que quando ela consegue olhar para os outros e ver o que eles precisam, ou o que eles estão fazendo no momento, ela pode reagir a isso," então "eu deixo muito em aberto para o Cal, porque sei que ele vai estar lá o tempo todo fazendo algo diferente, bom ou ruim, mas algo com o qual eu possa reagir. Pois eu sinto que Nina, ela não planeja grande parte do tempo."
Agora existe um eufemismo aqui. Planos e Nina nunca foram colocados na mesma frase, a menos que ela estivesse seguindo o plano de outra pessoa - tipicamente Kaz. Mas a jornada de Six of Crows não é a jornada da primeira temporada de Shadow and Bone, nós já sabemos disso. E nessa jornada, bem... Nina está se encontrando, mas Matthias também está. E existe uma jornada muito pessoal e difícil a se seguir.
"Acho que ele foi criado de um jeito particular, sabe, em um lugar específico com certos ideais. E eu acho que não são as leis e a estrutura do que o Matthias acredita que deve seguir inicialmente que definem quem ele é. É mais sobre seus ideais maiores, como honra e fé e amor, e você sabe, fazer o que é certo e ser um bom homem. E acho que por isso ele é capaz de aceitar, aos poucos... aceitar Nina em sua vida e ser mudado por isso."
Nós vamos precisar de um momento para nos recuperarmos. E enquanto isso, você vai querer saber o que ele adicionou, pois se esse não é o Matthias quintessencial, e realmente, o exemplo perfeito de crescer além de seus preconceitos e aprender e se tornar alguém melhor, não para outra pessoa, mas porque outra pessoa ajudou a entender algo que você não via antes, então eu não sei o que é.
"Ele não é tão apegado à doutrina realmente. E no fundo, você sabe, é mais sobre algo maior para ele e quando ele enxerga sua alma gêmea que é Nina, é como, "Oh, ela é como eu."
ALMA. GÊMEA.
"Então acho que isso que permite que ele, você sabe, comece a mudar. E quando ele começa a mudar é fenomenal. É muito bom que ele mantém a honra e essas coisas. Mas para ser, você sabe, deixar entrar um pouco de suavidade e amor e mudança e outras perspectivas, o que acontece com todos nós enquanto crescemos. E eu sei por conta própria com certeza. Então, é muito legal ter isso em comum com o Matthias."
Danielle também encontrou algo para se identificar com Nina. "Eu acho que todos, nas nossas vidas, nós todos temos passados," e não importa onde estamos em nossas vidas, nós todos podemos, em algum momento "associar com o sentimento de que toda vez que você vai fazer algo, às vezes você pensa, "Eu não estou pronta para isso. Meu treinamento foi curto demais. Eu não consigo fazer isso." Então isso foi algo da Nina com que eu me identifiquei."
Talvez a melhor coisa sobre Nina é o fato dela nunca voltar atrás, mesmo se ela não tiver certeza, e ela nunca desiste. E para Danielle, a inspiração é muito clara para o tipo de mulher que Nina é. "Eu encontrei a Nina em muitas mulheres ao meu redor. Eu percebi que, enquanto eu lia, muitas das facetas da sua personalidade estavam sendo refletidas em mim. Por exemplo, minha avó não tem vergonha de flertar. Minha mãe, nós sempre dizemos que ela deveria ter sido atriz. Eu tenho uma melhor amiga que é impulsiva. Eu tenho outra melhor amiga que nós dizemos 'você é muito esperta'.
"Então, eu acho isso muito rico na escrita de Leigh, ela escreve personagens tão complexos e desenvolvidos que... eu acho que encontrei a segurança de conhecer Nina, porque eu conheço e amo todas essas mulheres, então eu poderia amar e conhecer Nina da mesma forma."
Assim nós amamos Nina também. A forma como os livros nos permitiram amá-la da maneira imperfeita, gentil, nervosa, amável e todas as outras coisas mais. Raramente existe um personagem que nos captura dessa forma, não por suas virtudes, mas pela forma que seus defeitos informam sobre quem ela é. Nina é poderosa, e uma heroína, e ela é também barulhenta, fala demais, nunca pensa antes de agir... essas coisas não são extremamente fáceis de se identificar?
Para Danielle e Calahan, o processo foi sobre amar esses personagens, se conectar a eles... e então achar uma forma de trazê-los à vida, sem se sobrecarregar com as expectativas dos fãs. Porque não tem como você vencer se fizer isso, mas também, você não pode vencer se ignorá-los completamente. Que dilema.
"Acho que você sabe que é uma responsabilidade incrível e que todos vão ter sua própria imagem do Matthias," Calahan compartilhou. "Mas quando você é um ator, você é um instrumento. Existem pequenas coisas que você pode fazer sobre sua aparência, como você fala ou como você faz as coisas e você se transforma como ator. Mas você é você. Então eu acho, contanto que eu me comprometa completamente, cem por cento, em fazer essa a melhor versão de Matthias que eu puder. Porque é somente eu, você sabe. Eu fui escalado. Então é com isso que eu preciso trabalhar."
E isso, é claro, fornece a confiança de "deixar a pressão do que as pessoas querem que você seja se dissipar, contanto que você esteja fazendo aquilo que você sabe e aparecendo da forma correta. Acho que isso vai transparecer na performance."
Danielle concordou. "Acho que também é sobre ter os direitos sobre a sua arte, você sabe, você vai lá e faz essas escolhas, a sua interpretação do personagem. Você é confiante e pode ter direitos sobre o que você fez e sobre a performance, e é uma possibilidade em muitas, muitas interpretações desses personagens maravilhosos."
E vendo isso ganhar vida, vendo o produto final, parece que o trabalho duro valeu a pena. "Eu acho que é uma coisa incrível, para mim, uma experiência incrível, eu certamente nunca fui parte de nada como isso antes." Calahan nos contou. "Então eu fiquei muito emotivo. Como na primeira vez que vi Danielle e eu estava no campo com chuva e neve, digo, ou nós estamos no mar, você sabe, é porque você cria isso na sua imaginação, mas ver na tela é uma experiência completamente diferente. Mas é maravilhoso. É como mágica, sabe, fazer filmes. Então, para mim, é absolutamente emocionante."
Com esses dois, quem respondesse por último sempre terminava a resposta para o outro, então, é claro, Danielle fez isso na pergunta final também.
"Sim, eu acho que isso me deixou muito consciente da intensa colaboração que ocorria. Eu lembro de ter um dia no set onde, você sabe, você vira e tem trinta pessoas, todas fazendo algo e então um alarme toca e existe essa resposta insana de todo mundo pegando algo, ou segurando algo, soltando algo e tudo afunila para o momento em que eles dizem 'ação'."
E então é sobre você. Você e seu parceiro. Sobre Nina e Matthias, sobre a história que eles nos contam, sobre crescer, aprender, encontrar alguém que, por fora parece com seu inimigo, mas pode no fundo ser sua alma gêmea.
"E então é só você e a outra pessoa e o espaço entre vocês. E eu me lembro de me sentir como, 'bem, na verdade eu sou uma engrenagem muito pequena nesta enorme máquina."
Mas Shadow and Bone, o universo, é sobre muito mais do que Nina e Matthias e nós esperamos ver bem mais desses personagens, muito mais dessa história. Pois como Danielle compartilhou "É uma colaboração entre muitas pessoas. Então quando eu finalmente assisti, tudo foi entremeado nesse mundo do Grishaverso, como um sistema ecológico, foi realmente incrível."
Nós concordamos. E achamos que você irá também, quando finalmente puder assistir semana que vem.
Você está ansioso para Shadow and Bone? Você que ver a história de Nina e Matthias? Compartilhe com a gente!
Shadow and Bone estará disponível no Netflix dia 23 de Abril.
MATÉRIA ORIGINAL: https://fangirlish.com/2021/04/15/danielle-galligan-and-calahan-skogman-talk-shadow-and-bone-and-helnik/
#helnik#matthias helvar#nina zenik#six of crows#calahan skogman#danielle galligan#shadow and bone#sombra e ossos#netflix#leigh bardugo
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𝐓𝐨 𝐛𝐞 𝐬𝐨 𝐋𝐨𝐧𝐞𝐥𝐲: 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 2
“Ainda te odeio.”
❥Aviso: linguagem imprópria | os capítulos serão longos prepare-se!!!!
❥Nota Autora:Primeiramente obrigado a todos pelo apoio que estou recebendo💛🥺
Boa leitura✨
Depois da noite no restaurante, dois dias atrás S/n não tinha dúvidas do quão sujo Harry podia ser, encurrala-lá daquela maneira, ela só queria esquecer-se que sentiu desejo de beijar seus lábios, odiou-se por ser tão estupida e deixar-se levar pelo momento, esquecendo de todo mal que ele causou. Mas se perguntou, o que Harry estaria ganhando com isso? Apenas era mais uma maneira de humilha-lá? Ou ele tinha algum plano para destruir sua carreia? Vingança? Ainda não sabia de fato à verdade, mas tinha a convicta certeza de que Harry não deixaria isto passar despercebido.
"Bom dia" S/n diz com tom de voz baixo, olhos cansados, arrastando seus pés ao passar pela porta de umas salas do enorme estúdio de seu pai, logo na segunda de manhã. O lugar tinha uma decoração vintage, aconchegante e rústica, com sofás de couro marrom, carpetes de veludo vermelho, luzes neutras, vários ambientes com isolamentos para que os músicos pudessem ter tranquilidade a criar seus versos. S/n suspirou fundo franzindo o rosto encarando o olhar rígido de seu novo e irritante parceiro de trabalho. Harry encontrava-se na sala Michael Jackson— Grandes nomes da música eram homenageados ganhando uma sala com sua temática. Harry sempre amou isto, achava que ajudavam a trazer inspiração estar rodeado de artefatos sobre seus ídolos e um dia sonhava em ter uma só dele.
"Atrasada, que novidade." Sua expressão mantinha-se fechada. "Mas o que podia esperar? Só porque é filha do dono se acha no direito de chegar quando bem entender. Está pensando que tenho tempo de sobra para te esperar o dia todo?." Bufou ele, dedilhando sua guitarra, jogado ao enorme estofado. "Nós combinamos ás 9:00!"
"Só foram 17 minutos de atraso, o trânsito estava horrível...." Tentou se defender, na tentativa falha de não ser interrompida.
"Foda-se, vai sentar aqui e começar logo ou vou ter que esperar mais meia hora pela senhorita perfeita?" Interrompeu- a rangendo os dentes logo que começou a ouvi-lá. Sua voz era tão irritante.
"Babaca." Murmurou ela, sentando ao seu lado.
"Está tudo uma merda." Harry amassava jogando mais um rascunho de escritas no chão de veludo vermelho escuro. Já faziam algumas horas que estavam ali, foi-se toda a manhã no estúdio apenas discutindo, frustados, ambos estavam fracassando em se entender sobre o que escrever. Eles estavam tão sem inspiração, tão enjoados e cansados.
"Você também não está colaborando." Ela Rebateu irritadamente. "Se realmente ouvisse minhas ideas no mínimo estaríamos em algum lugar." Tamborilou os dedos sobre a mesa.
"Ah! Com certeza, a suas ideias eram muito boas." Ele apontou ironicamente. "Não é a toa que é uma cantora de merda." Aquelas palavras fizeram o sangue dela ferver, Harry sabia que aquilo era mentira, mas seu estado irritadiço o deixavam ainda mais rabugento do que de costume.
"Uau!." Ela bateu palmas sarcasticamente. " Eu entrei nessa indústria musical não tem nem dois anos e consegui reconhecimento e sucesso muito maior do que seu primeiro álbum depois da One Direction e você sabe bem disso." S/n fez questão de olhar bem no fundo dos olhos dele. "Amor se isto é ser uma cantora de merda, eu sou a rainha dessa merda toda, o meu sucesso apenas começou ao contrário de você que está nó fim da carreira." Tentava manter-se calma."Teve que se esforçar muito pra ter um pouco de sucesso depois da banda, não é?." Fingiu tristeza.
"Não me chame assim! Caralho!." O tom grave e alterado de sua voz não a intimidava."Não vou pedir de novo." Bateu o punho a mesa e levantou-se, murmurando palavrões.
"De Amor?" Ela sabia, mas não se importava. "Por que? Lembra você de quando ainda tinha sentimentos?" Na verdade trazia uma certa satisfação ver aquela expressão de desprezo.
"Por que você sempre tem que ser uma vadia?"
"Eu vadia? Não sou eu que não consegue nem adimitir que um dia teve sentimentos." Arqueou as sobrancelhas. "Se é que você amou alguém ou alguma coisa! Porquê eu acho que há um buraco no lugar em que seu coração deveria estar." Suas palavras saíram tão rápidas que nem ao menos pensou nas consequências delas. Não que isso fizesse diferença para ela.
"Típico da vadia, louca e dramática." Riu amargamente. "Você se importa tanto que eu tivesse te amado?" Provocou-a, lambendo seus lábios.
"Você é um convencido de merda." Engoliu seco. "Acha que é melhor que todos, o dono da verdade, quando o traidor e desprezível é sempre você, não é atoa que é tão problemático e vazio por dentro."Seus lábios praticamente cuspiram-lhe cada palavra."Acha me importo? Querido você não é tão inesquecível quanto você pensa que é, consigo achar outro igual a você em um estralar de dedos." Usou o gesto para enfatizar suas falas. " Seu ego consegue ser maior que a porra do teu pau, que só pra constar não é lá grande coisa." Aquilo atingiu Harry de tantas maneiras, fazendo-o o respirar algumas vezes. Foi como uma dolorosa flechada em todo seu ego inflado, todas às vezes que S/n já disse a ele o quão grande, bom, inesquecível era o seu pênis pareceu uma mentira agora e Harry não queria acreditar nisto.
"S/n" Uma voz masculina apareceu na porta e ela não pôde deixar de suspirar aliviada, quando foram interrompidos.
"Desculpe mas aqui é um lugar restrito apenas para músicos." Harry rapidamente respondeu em um tom seco olhando diretamente para a mão do homem parado a porta e viu um buquê de flores, girassóis— iguais aos que lhe deu à ela no dia que beijou-a pela primeira vez.
"Nick, são lindas." Ela correu para abraçá-lo, deixando um beijo demorado em seus lábios que fizeram Harry sentir náusea. "Só vou pegar minha bolsa e já vamos." Sorriu gentilmente para ele.
"Oque? Vai me deixar aqui?" Indagou ofendido. "Nós não terminamos nossa conversa."
"Desculpe, mas tenho planos para o almoço, talvez eu volte mais tarde." Deu um tapinha em seu ombro antes de vira-se e ter sua cintura agarrada pela mão de Nick guiando-a para longe dali.
Sentado com seu violão nas mãos Harry percebeu que talvez não estava preparado para o que acabara de ver, não era porque ainda tinha sentimentos por ela, além de ódio e uma duvidosa excitação. Sinceramente, Harry nem se importava com quem à fode agora. Ele estava tão furioso, seus dedos mexiam em seus aneis freneticamente, se viu surpreso ao se sentir incomodado mais do que gostaria ao vê-la nos braços de outro depois da discussão. Ela olhou para aquele homem e parecia mais feliz, seu sorriso parecia que eram duas vezes maior que os quando estavam juntos. Será que ela o chamava de amor? Só de pensar, seu estômago revirava-se. Isto inundava em sua mente, seu pensamento narcisista jamais admitiria que sentia falta de ser chamado assim. Mas quem poderia culpá-la se pensasse ao contrário? Ou ter tanto ódio dele. Ninguém nunca à machucou como ele machucou, isso foi culpa de Harry, ele não tinha certeza se poderia consertar as coisas um dia, mesmo se pudesse ou quisesse, não tinha certeza se merecia, nem antes, nem agora, nem nunca. E não era fácil querer arrumar às coisas ou ser gentil com ela depois de tudo. Ser do tipo ciumento definitivamente tornava bem mais doloroso à ver com alguém enquanto ele ia pra casa todos os dias e se sentia tão sozinho.
"Ainda está aqui?" S/n encarava-o sobre os mesmos rabiscos de horas atrás. "Pensei que já havia desistido."
"Alguém tem que trabalhar né." Harry nem se deu ao trabalho de olhá-la de volta, ainda estava furioso.
"Gostei desse verso." Ela novamente tocou seu ombro mas ele recuou. "Você ao menos saiu daqui para ir ao banheiro ou comer algo?" Perguntou com um tom de preocupação.
"Não finja que se importa." Retrucou e ela entendeu que isto era um sim. Sempre soube o quanto ele era focado e se precisasse ficar dias trancafiado em um estúdio para sair uma boa música ele faria isto.
"Até as piores pessoas ainda precisam comer." Ela lhe entregou um pacote de papelão. "Na volta passei no seu restaurante favorito, sem cebola não se preocupe." Piscou para ele. "Vá ao banheiro, coma e descanse um pouco, vou dar uma olhada nisso, ainda temos muito trabalho e não quero ficar nada além do necessário com você" Um sorriso de canto surgiu em seu rosto quando recebeu um olhar confuso dele pelo ato de bondade repentina "Nem sempre eu sou uma vadia." Ironizou.
Na verdade ela sentiu-se um pouco mal por ter deixado Harry para ir almoçar com o ator Nick Robinson, um cara legal, gentil, lindo, havia o conhecido uns meses atrás no próprio estúdio de seu pai, ele era amigo de alguns cantores. Eles começaram a sair, estavam se conhecendo melhor e ela estava realmente amando isto. S/n percebeu que foi um pouco imatura e nada profissional ao ter falado aquelas coisas para o Harry. Eles tinham que ser apenas profissionais e não ficar remoendo dores do passado. Estava se permitindo estar com alguém, mesmo que tão recente, estava gostando de explorar o amor novamente, Nick era ao contrário de Harry, bastou um almoço com ele pra renovar suas energias e pensar sobre suas ações no caminho de volta , ela estava feliz, sentia-se generosa, poderia esquecer suas diferenças com Harry por algum tempo, ser melhor que isto, ser superior e não pagar todo mal que ele havia lhe feito com mais ódio. Como sua mãe sempre a alertava quando ainda podia ver o lindo sorriso dela.Por isto pensou em recomeçar, queria deixar sua mãe orgulhosa mesmo que ela não pudesse ver suas ações e nada melhor do que comida para começar uma boa trégua.
"Obrigada." Harry diz surpreso por ela ainda lembrar de detalhes tão pequenos de sua vida.
Quando Styles voltou do banheiro parou por uns instantes para observá-la pela enorme janela, ela havia tirado seus sapatos e seu casaco, seu cabelo agora estava um pouco bagunçado, seu pescoço mostrando sua tatuagem atrás da orelha, aquela que ficou segurando a mão dela enquanto o tatuador desenhava, sua camiseta transparente mostrando suas costas nua através do tecido.— Ela odiava usar sutiã e ele sempre adorou isso nela. Seu corpo estava pouco curvado sobre a mesa, tão concentrada, por um momento pensou em como seria fode-lá bem ali naquela mesa, suas mãos estariam cravadas a cintura dela, ela estaria um pouco mais curvada que agora, ela chamaria seu nome, chamaria-o de amor, diria o quanto ele era bom em foder com ela.
S/n virou-se pegando ele observando-a e fez uma expressão confusa, o tirando de seus pensamentos traiçoeiros, que o deixou com um volume entre às pernas e o fez fingir atender uma ligação para alguns minutos antes de entrar e praticamente devorar a comida que ela havia lhe trazido. Durante as próximas horas ali o clima foi realmente bom, puderam se concentrar em escrever, até algumas risadas sinceras foram dadas. Os pensamentos sujos de sexo com ela ainda vagavam de vez em quando, mas foi realmente agradável te-lá por perto. Harry ouviu as ideas dela, os olhos dela até brilharam quando ouviu-o cantar alguns versos escritos, fazia um longo tempo que não ouvira a voz dele pessoalmente, sua doce e rouca voz, seria mentira se dissesse que seu coração não se apertou ao lembrar das vezes que ele cantava para ela. Eles ao menos perceberam a foto que Jeff tirou deles rindo e aparentemente felizes do lado de fora da janela que anteriormente Harry à observava. Eles não pediram desculpas ou admitiram algo, mas sabiam que estarem em uma conversa amigável estava dizendo que estavam bem.
"Nossa já está bem tarde," Harry olhou para os olhos cansados dela enquanto dava uma olhada no relógio em seu pulso e já passava um pouco das três da manhã.
"Como o tempo passou rápido." Bocejou. " Mas conseguimos terminar a música em um dia, isto realmente é um recorde." Ela Riu fraco pegando as anotações de ambos. "Espero que eles gostem."
"É uma ótima música." Espreguiçou-se à cadeira. "Somos bons."
"Harry Styles admitindo que eu sou boa é isso que ouvi?" Retrucou risonha.
"Eu disse nós, juntos, sem mim você não seria."
"E onde está você estava esses quase dois anos em que ganhei um disco de platina e um Grammy? Ah é! Bem longe, acho que sou uma pessoa melhor sem você." Não conseguiu conter-se.
"Era uma brincadeira." Bufou erguendo os ombros.
"Isto aqui está uma bagunça." S/n Levantou-se um pouco sem jeito, mundanos de assunto. Haviam os rascunhos descartados amassados próximo à lixeira, embalagens de comida que pediram mais cedo, seus sapatos jogados perto do sofá e em cima tinha algumas peças de roupas à mais que se desfizeram pelo calor. "Levanta e me ajuda com isto e pare de brincar" Por mais estranho que parecesse Harry não reclamou ao ajudá-la.
"Quer que eu te leve para casa?" Harry sabia que S/n não dirigia mais, não depois do acidente. Resolveu retribuir o ato de bondade dela.
"Não se preocupe, vou pedir um Uber." Sorriu falsamente. "Pode ir."
"Não seja tola, para que pedir um uber se eu posso levá-la, é caminho." Afirmou.
" Tá bom." Rendeu-se a sua expressão de cachorrinho sem dono.
No caminho houve um silêncio embaraçoso, respirações pesadas, mãos soando, não sabiam muito o que fazer ou como agir sem xingamentos ou alfinetadas um perto do outro, quando não havia mais motivos para serem civilizados.
"Boa noite Harry." S/n o viu estacionar o carro em frente seu condomínio privado. "Muito obrigado pela carona." Desta vez seu sorriso foi sincero, pensou que talvez Harry estivesse mudando e não tinha dado à ele uma chance de mostrar isto.
"Sem problemas." Ele à observou lutar a tirar seu cinto de segurança. Aproveitou-se desse momento para aproximar-se dela, curvando-se o corpo em sua direção de forma que suas pernas se tocassem, molhou seus lábios antes de gentilmente tocar os labios dela, mesmo que por alguns segundo sentir aqueles doces lábios depois de tanto tempo, era uma sensação que nunca se esqueceu.
"Harry, o que está fazendo? Porra!" O empurrou.
"Pensei que queria isso!Caralho."
"E que merda te fez pensar que era o que eu queria?" Estava confusa e brava. Seus sentimentos bagunçando pela bebida era uma coisa, mas nunca em sã consciência e sóbria ela o beijaria, mesmo que seu corpo implorasse por isso.
"Por que queria me beijar lá no restaurante?" Falou como se fosse óbviu. " Você não me odiava? O que aconteceu lá?"
"Se você diz que uma garota bêbada, pressionada contra sua vontade na parede e coagida queria mesmo te beijar, você realmente tem problemas Harry." Falou cinicamente. "Eu estou com alguém."
"Sério? Um ator?"
"O que você tem a ver com isso." Retrucou.
"Fala sério S/n, ele nem é seu tipo e sei quando você está interessada, eu te conheço, você sempre achou atores meio esnobes." Apontou convencido. "Aquilo foi por minha causa? Diga, estava tentando me deixar com ciúmes"
"Você não me conhece Harry." Alterou-se empurrando o indicador contra o peito dele."Como pude pensar por um instante que não seria um babaca?! Mas tem coisas que nunca mudam né. Você sempre será um idiota" Disse irritada. "O mundo não gira ao seu redor Harry, quando vai entender isso? Que nem tudo é sobre você, eu realmente gosto do Nick." Seu sangue fervia." E foi você quem quis me beijar primeiro e você sabe disto! Por que?! Me diga por quê depois de tudo você ainda quis isto?". Exigiu-lhe uma resposta.
"Porquê eu quero! Eu quero tanto beijar a porra da sua boca, quero tanto foder você, pensei que não queria isso, mas aí você foi boazinha hoje, isso acabou comigo.Por que você foi boa comigo?" Ele lamentou-se. Ela não conseguia dizer nada, estava paralisada, tentando assimilar tudo o que ele estava dizendo. "Caralho! Você esta mais linda do que eu poderia imaginar, hoje e naquele dia em que nos vimos. Merda! S/n porquê você tem que ser tão gostosa complicando tudo." Suspirou como se tivesse tirado um peso de seus ombros, seu coração parecia mais aliviado do que nunca. "Eu sei que você também quer isso." Recuperou-se novamente de sua postura frágil e sincera.Os olhos dela se arregalaram surpresa, sua respiração presa na garganta, seu pensamentos bagunçados. Ela nunca pensou que ele diria isto.
"Não! Não quero." Recuou ao vê-lo se aproximando. "Harry, pare !" Inclinou-se mais ao banco do passageiro.
"Por que você está negando? Eu não vou fazer nada vê-la implorar para que eu te beije, para eu te foder, comer você do jeito que gosta, todo esse ódio bebê só nos faz foder tão gostoso e você sabe." Ele não tirava seu sorriso malicioso do rosto, seu pênis latejando em sua calça, preso, apartado a cueca e chegava a doer de tesão, Harry estava tão nessisitado. Tinha a certeza que depois dela sair ele teria que se aliviar no carro, gemendo seu nome para que conseguisse ir para casa.
"Harry." Sua voz estava trêmula, a cada impulso que ele dava mais perto de si, estava se segurando para não ceder.
"Porra! Admita, por favor." Seus dedos passaram pelos macios lábios dela, S/n fechou os olhos instintivamente e um sorriso saiu dos lábios dele. " Tão carente." Os Lábios dela ficaram entre-abertos, como se quisesse dizer alguma coisa mas sem fazê-lo. Ele queria beija-lá agora, como queria, mas precisava ouvi-lá suplicando por ele. Não estava sendo fácil pra ela, a voz autoritária dele à deixou com as pernas fraquejando. Céus! Ela queria gritar seu nome, pular em cima dele, mas não podia, não estava com ele. Não podia querê-lo tanto daquela maneira, que faziam suas coxas esfregarem entre si contendo sua excitação. Mas estava com Nick agora, ele era bom, honesto, gentil com ela, Harry só queria estragar mais uma coisa boa em sua vida para seu própria satisfação de vê-la estar tão fodida quanto ele.
"Não!" Juntou todas as forças que tinha. Retirou sua mão dela, seu coração estava acelerado, subindo e descendo em seu peito com o ar tenso em suas narinas, um suspiro aliviado saiu de seus lábios por ter resistido. Isto era o certo a se fazer.
"Eu não vou parar de tentar até ter você implorando para ter meu pau." Seus olhos brilhavam em excitação. Ele não aceitava ser rejeitado. Ele não está acostumado a não conseguir o que quer e ser menosprezado."Lembre-se disso, baby."
"Vá se fuder Harry." Abriu a porta com força. "Eu nunca faria isto." Olhou para ele inclinada com os olhos ardendo de raiva.
"É o que vamos ver." Ele contestou, passando sua língua nos lábios depois o prendendo nos dentes, dando um sorriso fodidamente bonito, com suas covinhas , Ela revirou os olhos enojada de como podia ser tão bonito mas tão desprezível. Suas mãos trêmulas fecharam a porta "É uma promessa." Ecoou alto o suficiente para que ela o tivesse ouvido, antes de cambalear de volta para casa.
Adoraria saber o que achou💕
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Imagine - Harry Styles.
Oie! Finalmente apareci, não é meixmo?! Mais um imagine com o menino Golden! Espero mesmo que tenha ficado como imaginava (eu mudei um pouquinho um detalhe) e espero que gostem 😘
Pedido: Faz um com o Harold q eles namoram a uns 5 anos, e quando eles começaram a sair ela vivia escrevendo sobre ele em um diário, aí eles tavam de mudança pq eles iam morar juntos e ela achou o diário dela, mas queria esconder do Harry pois tinha medo dele achar isso ridículo, aí chega um dia q ela vai tomar banho e ele vê o diário, e espera ela sair do banho pra ver com ela, aí ela sai e eles veem e ele acha fofo – Anônimo.
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24/03/2015
Querido diário,
Hoje eu conheci uma pessoa incrível! O nome dele é Harry. Harry Styles. Ele é tão lindo!!
Seus cabelos são castanhos, seus olhos são verdes e ele tem uma covinha muito fofa!
Eu nem preciso dizer que fiquei atraída por ele assim que o vi, né? Ele é educado, gentil e engraçado. Além de muito inteligente. Conheci ele graças à Carine. Ele é amigo do namorado dela, e estava na casa dela hoje. Espero que tenha outras oportunidades de ver ele de novo... vou esperar ansiosamente isso acontecer.
Estou me sentindo uma adolescente de 13 anos. Por isso, chega de escrever por hoje.
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17/04/2015
Querido diário,
Tenho atualizações sobre o Harry. Vi ele novamente hoje. É errado eu me apaixonar por uma pessoa que vi apenas duas vezes em toda a minha vida?! Hahah Espero que não!
Conversamos a maior parte da noite hoje. Sobre todo tipo de assuntos que você possa imaginar. Falamos sobre nossa época de escola, nossas famílias, contei como escolhi fazer Arquitetura e como tem sido nossas vidas até hoje. Ele é realmente muito legal, e tem uma conversa muito boa.
Carine me disse que ele é solteiro, então acho que posso ter chance...
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02/06/2015
Querido diário,
Estou cada vez mais próxima do Harry. Temos nos encontrado com frequência, e tomamos um café juntos essa semana. Além disso, conversamos o tempo todo por mensagens. Ele é divertido, e me faz rir quase que o tempo todo. É isso que eu mais gosto dele. Seu senso de humor, sua energia sempre positiva, seu carisma.
Ter a sua amizade foi uma das melhores coisas que me aconteceu esse ano.
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22/06/2015
Eu e o Harry nos beijamos. Eu e o Harry nos beijamos. Eu e o Harry nos beijamos!!!!
Saímos hoje para ir ao cinema. Só nós dois. Ele escolheu um filme bobinho, uma comédia romântica qualquer. Depois ele me trouxe para casa, e então ele me beijou. Eu sinto que tenho borboletas no estômago. Eu realmente estou apaixonada por ele!
Parece que eu estou sonhando. Mas, definitivamente, eu não quero acordar!
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13/08/2015
Querido diário,
Hoje não é um dia muito bom. Na verdade, é um dos dias mais tristes que já vivi. Meu pai morreu. Ele sofreu um acidente de carro muito grave, e não resistiu.
Eu não consigo expressar o tamanho da dor que eu estou sentindo. Eu não quero acreditar que isso é verdade. O que eu vou fazer da minha vida sem ele? Como eu vou ficar sem receber todos os dias uma ligação ou uma mensagem curta dele, me desejando um bom dia? Quem vai me dar os melhores abraços e os melhores conselhos? Ele era a minha base, e agora eu me sinto sem chão.
Carine ficou do meu lado o tempo todo. E Harry também. Ele foi incrível comigo. Não se importou com a hora que liguei para ele, e chegou na minha casa em menos de 10 minutos. Ele ficou ao meu lado o tempo todo, me dando apoio e conforto. Ele é a pessoa mais maravilhosa do mundo, e eu quero sempre tê-lo ao meu lado.
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21/11/2015
Eu estou namorandoooo!
O Harry me pediu em namoro hoje, no dia do meu aniversário. Ele me levou para jantar, e me deu um lindo buquê de flores. Ai ele fez um discurso lindo e me pediu em namoro. Eu não poderia estar mais feliz.
Eu realmente o amo, e desejo passar o resto da minha vida com ele.
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O sorriso largo no rosto do moreno era incontrolável. Ele não imaginava que sua namorada escrevia em um diário, e muito menos que a maioria das coisas escritas nas páginas daquele caderninho lilás, que ele encontrou no fundo da caixa dos pertences dela, seria sobre ele.
Ele não podia negar que amou poder ler as coisas que acontecerem com eles sob o ponto de vista dela. Ele se lembrava de todos os momentos que ela escreveu ali, além de muitos outros. E saber como ela se sentia era incrível para ele.
- O que você tanto lê, concentrado desse jeito? – Ela perguntou assim que entrou no quarto e viu o namorado sentado na grande cama de casal com alguma coisa nas mãos.
Ele levantou os olhos para ela, com sorriso ainda maior quase rasgando seus lábios. Ela sorriu junto com ele, mas franziu a testa. Seus olhos baixaram para ver o que ele segurava. Seu coração quase parou quando ela viu o tão conhecido caderno lilás com flores coloridas na capa.
- Onde você encontrou isso? – Ela perguntou com os olhos arregalados. – Por favor, me diga que não leu nada do que está ai. – Ela deu alguns paços para perto dele.
- Eu li sim! – Ele sorriu ainda mais.
- Não! – Ela choramingou. – Que droga! Eu devia ter escondido melhor. – Ele se repreende, fazendo Harry rir.
- Por quê? Eu amei ler isso. – Ela revirou os olhos para ele e tentou tirar o caderninho das mãos do namorado, mas não conseguiu. – Por que você nunca me mostrou isso antes?
- Porque é humilhação de mais! Aposto que você achou isso completamente ridículo. – Styles riu, e a puxou para que ela se sentasse no seu colo.
- Claro que não. Eu jamais acharia ridículo ler seus pensamentos ou como você se sente sobre alguma coisa. Principalmente se for relacionado com os seus sentimentos por mim. – Ela olhou para ele atenciosamente, medindo suas expressões para ver se ele estava mentindo ou não.
- É sério?
- Claro que sim, babe! – Ele garante. – Eu amei saber que você se sentiu atraída por mim no dia que nos conhecemos. – Ele sorri largo e ela esconde o rosto com as mãos.
- Ah, isso foi péssimo! – Ele ri. – Até que parte você leu? – Ela levantou o rosto cuidadosamente, temendo a resposta dele.
- Até o dia em que te pedi em namoro. Eu quero ler o resto com você. – Ela respirou aliviada.
- Por favor, não leia mais uma única página. Nenhuma! – Ele levanta a sobrancelha e olha entre ela e o caderno algumas vezes.
- Por quê? Será que tem alguma coisa aqui sobre a primeira vez que transamos? – (S/N) arregalou os olhos e sentiu suas bochechas queimarem.
- Harry! – Ela grita e o moreno riu alto com a reação dela, sabendo que aquilo era uma resposta positiva para a sua pergunta.
- Oh, eu quero muito ler isso!
- Não. Por favor, não! – Ela implora e ele concorda.
- Tudo bem, eu não vou ler. Hoje. – Ela suspira, mas concorda com a cabeça. Ela sabe que ele vai ler isso no momento em que ela dormir. Ou pior, faria ela ler junto com ele. – Desde quando você tem um diário? – Ele pergunta curioso.
- Desde que eu tinha uns dez anos. E nunca parei de escrever. Depois que meu pai morreu, eu continuei escrevendo, como se eu estivesse contando as coisas para ele. É uma coisa que eu sempre faço, sem pensar muito.
- Isso é muito legal. É uma maneira de sempre ter as nossas lembranças vivas. – Ela concorda com a cabeça e olha para as caixas de papelão perto da porta do quarto.
- Você terminou de esvaziar todas as caixas? – Harry concordou com a cabeça. – Finalmente!
- Você fez um ótimo trabalho na nossa casa, babe. Está tudo lindo. – (S/N) sorri para ele.
- Nossa casa... – Ela divaga. – Não é gostoso falar isso? Ainda parece um sonho que estamos morando juntos e temos a nossa casa!
- Não é um sonho! – Harry beija o ombro dela. – Essa é só a primeira. Depois do nosso quinto filho, vamos ter que nos mudar para uma maior. – A mais nova ri alto e nega com a cabeça. – Eu te amo!
- Eu também te amo, Harry! – Ela diz sorrindo e beija os lábios do namorado.
- Mas não pense que você me distraiu. – Ele diz assim que se separa dela. (S/N) franze a testa. – Eu ainda quero ler o que você escreveu sobre a nossa primeira transa! – Ele diz com um sorriso maroto nos lábios, arrancando risos da namorada.
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Pedido de @halls-de-menta: Eu queria uma imagine com o Zayn inspirado no relacionamento dele c a perrie , e mostra como ela sofre qnd termina c ela p ficar c a Gigi, ela final feliz c outro menino da banda
Aqui está, meu bem! Sou louca por um draminha, então a escrita fluiu muito bem. Porém não tenho certeza se interpretei o pedido da maneira que você estava esperando :/ Mas tomara que você goste do imagine e obrigada por mandar a ask, amor. Fico esperando seu feedback ;)
Boa leitura 💖
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Os passarinhos que habitavam a árvore ao lado da minha janela já iniciavam a cantoria antes mesmo do som aparecer por completo. A luz fraca do amanhecer era vista ao forçar a visão por volta da cortina que cobria a janela do meu quarto. O cômodo estava gelado sem os braços dele rodeando a minha cintura logo pela manhã. O vazio da cama ainda me incomodava o bastante para que a insônia prevalecesse. E como se toda essa solidão não bastasse, o frio pareceu torna-se mais cruel desde que ele partiu.
Flashback on*
- Não, você não pode estar falando sério. - as palavras de indignação saíram junto com uma risada nervosa. Neguei com a cabeça o anúncio que acabara de ouvir e dei dois passos para longe dele. Aquilo não podia estar acontecendo.
- S/A, apenas me escuta..
- Se for para justificar essa decisão, eu peço que você pare de falar agora!
- E você quer que eu simplesmente saia daqui como um babaca? Eu não vou fazer isso!
- Você está terminando um noivado, Malik! Tem noção do peso disso? - minha intenção não era sair água dos meus olhos justo agora. Mas foi impossível segurar cada gota ao encara-lo sem saber como reagir diante da minha fala.
- Sei, eu sei muito bem.
- E por que você está fazendo isso comigo? Por que está fazendo isso com a gente? - questionei, sentindo meu coração dilacerar.
- Você não merece alguém que te ame pela metade.
- Quando foi que você perdeu o amor por mim, Zayn?
- Eu não sei, S/A! Eu juro para você que eu tentei achar uma resposta para isso mas não veio.
- Não me faça de idiota!
- A única maneira que encontrei como forma de explicar o porquê disso tudo é o modo como quero levar a minha vida daqui para frente. - comentou dando de ombros. - Não quero que nossa relação fique desgastada comigo nesta nova fase, iniciando a carreira solo e destinando cem por cento do meu tempo à ela. Eu não me sentiria bem em te ignorar, discutir ou muito menos terminar com você porque o amor acabou. Por isso estou adiando o inevitável de uma maneira menos dolorosa, pois ainda existe amor dentro de mim.
- O nosso amor é forte, Z! Não é possível que algo de tanto valor acabe ao longo dos anos, mesmo que você..
- S/N, eu te amo! - interrompeu-me, segurando minhas mãos. - Mas eu não estou pronto para ter uma vida a dois em meio à confusão que está a minha cabeça nesse momento. - o tom de sua voz aumentou justamente por ele não ser capaz de me ouvir chorar, ou até mesmo espantar a vontade dele de extravasar em meio às lágrimas.
- Por que você não fala logo que me traiu? Seria bem mais fácil te mandar embora.
- Pela última vez, eu não te traí, porra! Acredita em mim! - gritou segurando o choro. - Eu só quero que você entenda que nós dois tivemos uma linda história juntos, que não pode ser destruída por falta de amor. Tenta me entender, pelo amor de Deus!
Flashback off*
A lembrança da última vez que nos vimos ainda vivia em meus pensamentos. O despertador não era mais necessário há boas semanas. Dormir virou luxo para mim, sendo uma informação nítida para quem quer que me visse. Afinal, as olheiras não mentiam, nem mesmo com o tanto de maquiagem que aplicava na intenção de esconder a falta que ele ainda fazia na minha vida.
- Bom dia! - a voz de Louis ecoou pelo estúdio assim que me viu entrar no local, sorrindo como se a própria animação tivesse chegado. Seu sorriso muitas vezes iluminava o meu dia e fazia com que a dor em meu coração diminuísse vagarosamente. Era ótimo tê-lo comigo em tempos em que me encontrava tão frágil.
- Bom dia. - arrisquei um cumprimento ao pés do dele, mas meus óculos escuros e o cansaço percebido com um bocejo profundo foi o suficiente para Tomlinson desconfiar de mim mais uma vez.
- Você não dormiu de novo, S/A?
- Claro que dormi. - menti, enquanto depositava minha bolsa no sofazinho, me entregando a ele logo em seguida.
- Então como você me explica esse bocejo?
- Acordei há poucas horas, ainda estou com sono.
- E os óculos escuros? - questionou cruzando os braços.
- O sol está forte lá fora.
- Nós estamos dentro de um prédio, senhorita S/N. - era fato que qualquer um que botasse os olhos em mim saberia o quão despedaçada estava. Contudo, quando esse alguém era Louis Tomlinson, as evidências de que eu escondia o sofrimento de um término não superado ficavam nítidas como se ele tivesse a melhor visão de todas. - Por que está mentindo para mim de novo?
- Lou.. - resmunguei virando o rosto para longe, mas ainda sim o vi de relance caminhar até mim e logo retirar os óculos escuros que cobriam meu olhar cansado.
- Você não me engana.
- A minha intenção não é essa.
- E qual é então? Se enganar sozinha? - meu silêncio resumiu a resposta que ele procurava. Meus olhos não puderam encontrar com os dele pois sabia que a próxima parada seriam seus braços, e o choro surgiria como de costume. - Parece que a nossa conversa não funcionou muito bem, não é? - senti o estofado afundar quando o moreno sentou ao meu lado, mas não me permiti encara-lo. O chão naquele momento era a única opção para que as lágrimas não caíssem.
- Funcionou sim. E eu agradeço muito pelas palavras, pelo apoio e por você ter passado a noite comigo. Eu me senti muito bem.
- Mas não foi suficiente para te deixar melhor.
- Você sabe que não é tão fácil quanto parece.
- É claro que eu sei. - afirmou rapidamente. - Imagino que a dor deva ser terrível. Porém você não está sendo amável consigo mesma sem reagir aos acontecimentos.
- Dores são feitas para serem sentidas. - comentei ao cutucar o esmalte desgastado em minha unha. - Você mesmo me falou isso.
- Não por quase um ano, S/A. - respondeu calmo e quase preocupado. - Zayn não merece todas as privações de sono que você têm feito. Muito menos a falta de nutrientes que têm no seu corpo. Essa dor ultrapassou o limite de ser apenas sentida há bastante tempo, e você sabe disso. - a verdade veio novamente até mim e não fez questão de ser leve. Louis tinha toda a razão em cada palavra que dizia, e como ele mesmo falou, eu tinha consciência do que estava vivendo. Entretanto, sair dessa perturbação interna era o meu maior problema, uma vez que superar algo tão forte sempre foi incrivelmente difícil para mim.
- Isso vai passar, não se preocupe.
- Não diga isso para mim. - foi a primeira vez nesta manhã que olhei fixamente para ele, me perdendo na imensidão azul que eram seus lindos olhos. - Sabe que não consigo.
- Ser romântico agora só vai me deixar pior. - comentei ao dar um riso bobo.
- Estou sendo sincero, não romântico.
- Você já é romântico por si só, Tomlinson.
- Isso só acontece quando estou com você. - minha mão, que estava apoiada no móvel, sentiu o calor da dele assim que entraram em contato. Aquele frio na barriga percorreu meu ser como da última vez que ele me tocou. Inevitável seria eu rejeitar seu carinho, uma vez que me sentia segura e amada ao seu lado. - Acho que o nosso beijo na noite em que ficamos juntos apenas reafirmou os sentimentos que estão dentro de mim. - com um sorriso ladino, Louis encarrou o chão para somente depois acariciar o peito da minha mão de forma leve. - Por isso eu não consigo ignorar o fato de que a pessoa que eu amo está sofrendo por alguém que já tem outra. - confessou penoso. - É doloroso demais perceber que esse sofrimento pode trazer tantos problemas para você, que eu não sou capaz de cuidar de todos eles.
- Você sempre cuidou de mim, Lou. - sorri timidamente. - Especialmente agora que estou em caquinhos. - o moreno riu ao escutar a expressão, aproveitando para segurar minha mão com firmeza. - E é você quem está juntando cada pedaço do meu coração. Montando ele de novo para que eu esteja preparada para amar mais uma vez.
- Mas eu não estou vendo progresso nisso.
- Você sabe que cada pessoa se cura de um jeito, não é? - concordou com a cabeça. - Pode ser que eu demore um pouquinho mais para ficar cem por cento, mas isso não quer dizer que eu não me sinta melhor só com a sua presença.
- É sério?
- Claro. Por que você acha que te chamo praticamente todos os dias para passar um tempinho comigo? - o sorriso fofo dele acabava com minha estrutura sempre que via. Louis tinha meu coração em suas mãos desde que tomou o lugar das dores internas e mostrou que eu posso ser feliz ao lado de alguém que me ame inteiramente, e não pela metade. E levando em consideração todos os nossos momentos juntos ao decorrer de todos esses anos, sabia que esse alguém era ele. Contudo, é difícil entregar partes incompletas de algo quando a pessoa o merece por inteiro. - O único problema é a minha instabilidade. - expliquei chateada. - Não posso entrar em um relacionamento agora, mas ainda sim quero ter o privilégio de ser sua, sem te machucar ou te fazer sofrer caso esteja enganada, me entende?
- Completamente. - respondeu de forma compreensiva. - Mas eu posso cuidar de você até que esteja pronta para amar de novo, certo?
- Por favor.. - minha resposta veio acompanhada de um abraço forte nele, o qual foi capaz de liberar uma leve felicidade de volta para o meu ser ao sentir o perfume único daquele que seria o novo proprietário do meu coração. - Vamos sem pressa, tudo bem?
- Pode deixar. - respondeu dando um beijo em minha cabeça. - Obrigado por confiar em mim a esse ponto.
- Promete ter paciência comigo?
- Prometo, querida. Para ser seu eu faço de tudo, até mesmo esperar anos para te chamar de minha.
_____________________________________
xoxo
Ju
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TASK 03: SLEEPING BEAUTIES.
and i'll never go home again (place the call, feel it start) favorite friend (and nothing's wrong when nothing's true) i live in a hologram with you where all the things that we do for fun (and i'll breathe, and it goes)
aos recém completados dezessete, a concepção de si mesmo mudara um pouco no que dizia respeito ao próprio valor. claro, ainda achava majoritariamente que era apenas mais um ajudante engraçadinho que viveria de ser apoio para quem quer que se tornasse protagonista de sua história. entretanto, a incerteza pairando sobre aether não deixava muito espaço para certas convicções mesmo após o sofrimento que passou nas mãos de pessoas ruins. não que fosse se tornar efetivamente uma figura tão heroica como os famosos dos dois lados do jogo, mas, em menor quantidade, talvez ainda fosse útil arriscar certas tentativas, desde que não comprometesse mais ainda seu físico (tinha pouca sorte quando se tratava disso, afinal, uma aventura aos dez anos o deixou com uma perna a menos, e ir contra o sistema aos dezesseis o deixou com mãos machucadas). agora, com sua zona de conforto mais ou menos estabelecida, era só esperar seu turno na cozinha acabar e pensar no que fazer.
no fim das contas, não adiantou muito.desistiu da biblioteca após vinte minutos e resolveu que já seria o bastante utilizar seus dons artísticos para alimentar os verdadeiros salvadores da pátria. não existia motivo para ele, de todas as pessoas, tentar desviar de algo que já estava tão óbvio como havia sido escrito. o narrador o fizera para não ter nenhum feito grandioso, era bobagem sua achar que um ano a mais mudava alguma coisa.
debruçado sobre a cama macia, encarou o teto do quarto por muito mais tempo do que achou que iria, batucando os dedos por cima da mão oposta, tomado pela descrença. muitos de seus amigos mais velhos diziam que deveria aproveitar sua adolescência de modo a não levar tão a sério as coisas, porque depois, mais próximo da formatura, tudo ficaria mais e mais pesado, com obrigações cada vez mais sérias, e ainda assim, ele não sabia dizer se queria ser um adolescente naquele momento, sem preparo o bastante para fazer algo que prestasse para a comunidade. podia alimentá-los, claro, mas isso não era ajudar ativamente na solução do maior problema do instituto. ugh. se sentia o mesmo menininho de doze anos atrás: enfiado em suas cobertas escutando uma história de ninar que não suportava só porque sua mãe se sentia feliz quando contava, naquela sua ilusão de que era uma boa mãe (e naquela época bartolomeo realmente achava que ela era). certos hábitos realmente era iguais, já que desde então era um costume seu olhar para cima deitado sobre a cama e deixar sua imaginação se perder até o sono chegar.
tomado pela nostalgia, se virou o suficiente para alcançar uma das gavetas ao lado da cama, a terceira, pintada de marrom claro com um monte de pinceladas coloridas (porque às vezes era ali que limpava o pincel). ao abri-la, tirou dali o infame livro que cachinhos dourados insistiu para que levasse consigo a cópia. fazia tanto tempo que não o olhava que, decerto, estava todo empoeirado com cheiro de velho, mas valia a pena folheá-lo só para potencializar o sentimento agridoce que vinha nutrindo. curioso. a história agora parecia bem mais interessante do que se recordava, com o protagonista engraçadinho e confuso vagando sozinho com uma missão que lhe fora dada por engano! era o irmão feio e desajeitado do herói do vilarejo, que a bela bruxa mandou atrás de seus pertences, caso contrário, enfeitiçaria tudo. e aí, ele partiu sozinho atrás dos benditos três objetos: um paletó cor de rubi, do falecido marido, que ela dizia protegê-la de qualquer mal; um espelho feito de ouro, para se olhar vestindo o paletó e perceber-se como uma preciosidade; uma pena encantada, deixada como presente de uma fênix, que funcionava apenas com a mais formosa das criaturas. lembrava-se deste último ser seu objeto favorito, já que desde bem novo apresentava inclinações artísticas.
naquele momento, uma ideia esquisita surgiu em sua mente: e se fosse possível entrar em um livro? era um conto antigo, escrito por alguém sem nome que vivera anos atrás no mesmo lugar onde havia crescido. e, por ser infantil, estava repleto de desenhos por todas as páginas ilustrando a história. nunca havia tentado nada parecido, claro, mas quem sabe fosse só por seu costume sempre ter sido entrar em coisas que mais lhe chamavam atenção? bartolomeo nunca foi muito fã de livros, no fim das contas. respirou fundo, e tentou entrar. não pensou em consequências como ficar preso ou completa exaustão caso o fizesse. e, a experiência foi como uma porta emperrada. para entrar, teve que usar força e jeito, e, quando conseguiu destravá-la, foi de supetão, arremessando-se diretamente ao chão. ali, sua forma se resumia ao rabisco feito antigamente, mas mantinha sua mesma consciência do mundo mágico.
olhou ao redor curioso, as pessoas passavam de lá para cá apressadas, exceto pela figura de uma moça lhe chamando no canto, atrás de uma barraca que vendia legumes. engoliu em seco. nunca era uma boa notícia quando algo daquele tipo acontecia, contudo, ele já sabia o que era. havia lido essa parte da história.
─── você, meu rapaz nariguro, acaba de receber uma missão importante.
─── eu? ora, não faço missões para ninguém, vá plantar batatas. ─── repetiu sem muito humor a frase infeliz e mal escrita do protagonista.
mas aí, não houve uma resposta automática, pelo contrário. a feiticeira o olhou de cima a baixo, intrigada com a resposta. e colocou a mão no queixo, olhando-o por um tempo muito longo e desconfortável, até que o golden-lockes pigarreasse, para chamar sua atenção.
─── você já está em uma missão, rapaz.
seu corpo inteiro gelou. aquela não era sua próxima fala. o que diabos estava havendo ali?
─── hum, você quis dizer, a missão que você me designou, né?
─── boa sorte na sua missão, forasteiro. ─── a mulher falou, antes de desaparecer, deixando a bartolomeo com cara de tacho.
respirou fundo, certo, então a história tinha consciência além de si mesma? pinturas não funcionavam assim, normalmente bartolomeo tinha que se adequar a época e contexto destas se entrasse por completo em alguma obra de arte que não era sua. contudo, essa não era a parte mais estranha. ela havia falado sobre uma missão sua. será que era sobre aether? depois de alguns minutos refletindo constatou que não importava. se ela havia dito que existia uma missão, então não seria ele quem refutaria. seguiria a história do livro indo atrás dos objetos para só depois entender o que seria o melhor a se fazer (porque não fazia a mínima ideia do que era).
[...]
seguindo pela floresta, recordou-se dos perigos a enfrentar. o paletó estava com uma costureira obcecada por seu trabalho, que faria de tudo para lhe tirar as medidas. ela o havia roubado da bruxa por ser apaixonada por seu marido, mas o mantivera pelas propriedades mágicas oriundas da produção direta usando rubi encantado da terra das fadas (um presente de casamento). se bem se recordava, não haveriam muitos problemas naquela parte. era só entrar pelos fundos e pegar o paletó pendurado na porta da cozinha, já que a costureira era tão fascinada por tirar medidas que se esquecia das devidas precauções. entretanto, não foi como planejava. ao ir para os fundos da casa, a porta fez um barulho muito alto, e alertou a costureira, que veio depressa. ao observar o invasor, o rosto se contorceu em espanto, logo se transformando na mais pura expressão de fascínio.
─── que belas medidas!
─── para de ser esquisita.
─── preciso tirar suas medidas.
─── sai fora.
precisava correr bem rápido se seu plano fosse fugir com o paletó, e, bem, não era muito bom em fazê-lo dadas certas limitações. em momentos assim, entretanto, costumava pensar rápido.
─── deixa eu tirar as suas!
uma pausa por parte da mulher, e uma expressão claramente confusa. desejava do fundo do coração que o intelecto dos personagens fosse tão limitado quanto na narrativa original.
─── as minhas? ninguém… nunca quis tirar as minhas medidas.
─── e por quê?
─── porque eu que sou a costureira, bobo.
─── e o que mais você é?
─── … nada?
─── ué, você não precisa ser uma coisa só.
confusa, a mulher se aproximou mais. parecia não saber bem o que dizer, então apenas lhe entregou seu objeto tão desejado, mesmo que relutantemente. e bart? ele não fazia ideia do que estava fazendo, além de se sentir um pouco desconfortável. mas, bem, precisava daquele paletó.
─── qual o seu nome, moça?
─── nome? não sei. sempre fui só a costureira.
─── então agora você é a costureira taylor.
─── costureira taylor. eu gosto de ser a costureira taylor.
era hora de perguntar sobre o que tanto queria.
─── costureira taylor, que paletó é esse?
─── meu bem mais precioso!
─── sério? mas por quê?
─── ah, me sinto melhor com ele, sabe? protegida de todas as coisas ruins. como se fosse outra pessoa.
─── sei, acho. as vezes eu queria ser outra pessoa.
─── você? mas você é tantas coisas! veja só, sabe costurar e dar nomes.
─── mas isso é tão pouco! eu não sou muito útil não, nunca fui útil pra nada além de ser uma piada. e eu só tô te contando isso porque estou muito longe de casa.
um silêncio estranho pairou no local. taylor o olhou, com suas orbes mal desenhadas e uma feição que externava incerteza.
─── coloque o paletó. vai se sentir bem.
uau, que fácil. foi só ser legal, não precisou roubar nada.
antes que ela mudasse de ideia obedeceu ao comando, vestindo o paletó de tom vermelho gritante. foi quando tudo mudou. sentiu-se, realmente, como outra pessoa. revigorado e feliz, protegido das próprias incertezas e inseguranças. inabalável como nunca havia se sentido em toda sua vida. nenhum urso o assustava, nenhum abuso da família o entristecia, nenhuma dúvida sobre nenhum aspecto pessoal de sua vida o incomodava. era a pessoa mais importante do mundo!
─── eu sou incrível! eu sou extremamente incrível.
taylor sorriu, partindo para abraçá-lo de modo carinhoso. bart ainda não conseguia acreditar que havia um modo tão simples de acabar com todos os seus medos e inseguranças.
─── agora, por favor, me devolva.
─── ficou louca? eu nunca mais vou tirar isso!
─── mas precisa tirar.
─── não preciso não.
─── precisa sim.
─── e por que eu precisaria?
─── porque se não tirar, vai ficar tão insuportável quanto o infeliz do maciel.
─── quem é esse maciel?
─── o dono do paletó, marido da bruxa.
─── mas eu pensei que você o amava.
─── me poupe. ninguém jamais amaria uma criatura tão egocêntrica. eu roubei este maldito paletó dele porque ele se tornou uma pessoa horrível. ele e sua esposa, com aquele espelho dourado igualmente péssimo.
─── mas, se você pensa assim do paletó, por que guarda ele?
─── porque eu sei como usar, menino. eu sou costureira, quem melhor que uma costureira para saber usar uma roupa?
bart refletiu sozinho se aquela era uma boa resposta, e parecia bastante coerente. entretanto, continuava relutante em se livrar de toda a confiança que havia adquirido. era tão inseguro que ficava cansado de si mesmo. mas, ao mesmo tempo, a costureira parecia precisar mais do que admitia dos poderes do paletó. não a conhecia, mas deveria ser difícil viver com um único propósito a vida inteira, e ainda ter algo tão especial arrancado de si por um pirralho com problemas de autoestima que, esperançosamente, poderia tratar disso melhor nos próximos anos. isso olhando por uma perspectiva muito positiva, igual a que usava com todas as pessoas ao seu redor que não eram ele próprio. mordeu o lábio inferior. tantas dúvidas! como ele iria cumprir sua missão se deixasse um dos objetos para trás? por outro lado, a bruxa nunca havia lhe dito que essa era especificamente sua missão.
─── taylor, por que você não me ajuda com algo?
─── mas e meus vestidos?
─── vamos voltar às suas medidas mais tarde, certo? você leva o paletó. precisamos encontrar o espelho da bruxa.
─── o espelho da bruxa? mas o espelho está com o próprio maciel.
─── com o morto? eu não vou arrancar nada de cadáver não!
─── ele não morreu de verdade! é porque ninguém gosta de ser associado a um imbecil que fica o dia inteiro se olhando e se imaginando como…
─── … como o dono do mundo.
[...]
seguindo pelo caminho conhecido, bart se recordava dessa parte também. era um sujeito estranho que ficava se admirando por horas, lamentando a falta de seu paletó, porque sem ele, não se achava bonito o bastante. contudo, para um desenho, bart se sentia deveras ofendido que traços tão precisos pertencessem a uma pessoa insatisfeita com a própria aparência. enquanto taylor estava revoltada, se segurando para não agredi-lo, bart se aproximou rapidamente, por trás, olhando um pedaço de si pelo espelho. que erro. chegou a se assustar. quando havia ficado tão bonito e mais velho? maciel se afastou,chegando para o lado para que ambos admirassem seus rostos perfeitos juntos. era finalmente um adulto com um corte de cabelo bem mais estiloso. o rosto estava bem melhor estruturado, e o nariz, menos chamativo. nossa, como seu sorriso era charmoso. será que aquela versão sua se dava melhor no amor? um rosto como aquele com certeza conseguiria salvar o mundo.
─── vê? é por isso que troquei minha esposa por mim mesmo. eu só preciso de mim mesmo.
bart concordou, rindo. enquanto se olhava, conseguia se ver como era em carne e osso, diferente do restante do mundo. uma parte de sua mente sabia que era um encanto como o outro, que lhe dava segurança. mas não se importava muito com isso.
─── costureira, coloque o paletó em mim.
─── costureira? ─── ela questionou, indignada com o quão cheio de si aquele pirralho havia se tornado.
haviam coisas que bart não entendia sobre a magia do mundo encantado. uma delas era que, essencialmente, havia magia em qualquer lugar que se pudesse pensar. sendo os personagens daquele livro ideias antigas, ao serem passados por tantas pessoas, foram ganhando resquícios de vitalidade oriundas do carinho no coração de seus donos. não muito diferente de como funcionava a vida para os próprios aprendizes de aether. entretanto, de uma forma bem mais limitada. o fato era que bartolomeo, ao usar seus pensamentos e convicções na história, conseguiu facilmente moldar seu curso, de modo que a costureira era taylor. e taylor, com uma mente simples mas ainda assim viva, não tinha paciência para nenhum dos dois se olhando por aquele espelho. e, por isso, o tomou bruscamente, e jogou no chão. quebrando o vidro em mil pedaços, agora, restando apenas a moldura de ouro. bart acordou imediatamente com um grito desesperado. precisava daquele maldito espelho, que droga.
─── taylor, eu precisava disso!
─── você precisa é parar de agir como se fosse burro, bartolomeo.
─── como… como você sabe o meu nome?
─── meu coração sabe o seu nome.
─── isso não faz sentido.
─── quem é você?
aquela pergunta havia sido certeira. quem era ele? ele sabia quem era, e sabia quem eles eram. mas, ao passar por tantas missões como aquela, parecia ter se esquecido. porque pensou só em si mesmo. quando taylor falava que seu coração conhecia seu nome, ela queria dizer isso como parte do livro, certo? como a parte esquisita, mas viva, dali, que sabia de algum modo que bartolomeo não pertencia àquele lugar. e ele queria pertencer. era fácil pertencer a um lugar onde um paletó e um espelho o faziam esquecer de seus problemas, porque foi com esse pensamento que entrou ali: com a mesma insegurança que o fazia se ver apenas como alguém inferior. como o protagonista feio e engraçadinho de uma história chata, onde havia se metido por engano. e, justamente nessa história chata que ele próprio transformou a personagem menos interessante e em alguém com personalidade. e alguém que soube reagir no momento correto.
─── eu sou um artista. você é uma costureira, sabe como usar uma roupa. maciel é um babaca que só pensa nele, por isso sabe usar um espelho. eu sou um artista. eu sei como usar uma pena.
havia muita convicção naquelas palavras, porque ele havia entendido (esperava) o que precisava fazer. não era só seguir uma história, era ser parte ativa daquela história, parte nova e significativa. uma cola entre aquele mundo e o seu. perseverança era uma característica poderosa, quase como… um renascer. e dali, ele era o mais precioso.
sobrevoando o céu, uma criatura colorida de penas em chamas apareceu, fazendo um barulho alto e poderoso, e, ao pousar graciosamente próximo de bart, estendeu uma das asas, de onde uma pena perfeita caiu. se abaixou para pegá-la, ainda quente, e agradeceu passando os dedos pelo topo da cabeça do animal. com uma pena como aquelas, bart conseguiria, talvez, acordar a todos de aether. mas para isso, tinha que partir. olhou para sua amiga, e para a figura em prantos de um homem chorando por cacos de vidro. mais distante, a bruxa do começo de sua jornada lhe ofereceu uma piscadela sigilosa, que bart retribuiu com um aceno de cabeça.
─── taylor, eu preciso ir embora.
─── mas por que? você me prometeu um vestido.
─── e eu vou te dar um muito bonito, mas antes, eu preciso fazer algo muito importante.
ela acenou com a cabeça, tristemente, mas entendendo. não achou que iria se apegar tanto a uma personagem, e talvez pudesse visitá-la no futuro, mas não agora. com um abraço, respirou fundo, e foi andando até que todos os personagens sumissem de vista. hora de abrir a porta emperrada. com a pena cuidadosamente colocada no bolso da calça, a atravessou.
[...]
assim que voltou para sua realidade, tirou a pena do bolso. não havia tinta, mas não precisava. acreditava de verdade que era mágica. mas, antes de ir ao ponto principal daquela missão,a usou para desenhar o tão desejado vestido de taylor. as mãos ainda doíam, não podia negar, mas com toda sua determinação, pôs-se a desenhar detalhadamente o cenário perfeito que queria, com merlin e todos os funcionários acordados. no canto da página, escreveu: a maldição está quebrada. agora, era torcer para que aquele objeto fosse o bastante para quebrar o feitiço.
#aethertask#gente esse pov ficou grande viu ja deixo de tw qqq#muita coisa acontece nele tb#postando antes de sair pois wayne sempre correndo
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Hoje seria seu dia, e tenho certeza que se tivesse aqui, seria um dia alegre, mesmo com tudo o que tem acontecido. Mas acabou sendo um dia normal. Tantas coisas aconteceram nesse tempo que vc não tá aqui. Cinco anos atrás, por exemplo. Tava todo mundo ancioso esperando o Diego nascer. Ele é um menino tão especial e esperto. E eu não falo isso só porque sou uma tia babona, mas ele realmente é, e eu acho que se vocês tivessem se conhecido, você ia ser um avô perfeito, assim como você foi um pai perfeito. É triste o que aconteceu dez anos atrás, mas Deus precisava de você no céu, então te levou pra morar com ele.
Há mais ou menos dois anos, eu acabei descobrindo meu talento pra escrita. Não sou uma escritora perfeita, até porque só tenho 16 anos e acho que ainda posso melhorar. Mas é algo que eu amo fazer de coração, apesar de algumas pessoas verem isso como coisa de adolescente. Eu não acho que seja, e acho até que um dia eu possa fazer isso pra valer.
Aqui tá tudo bem, na medida do possível. Talvez a pior parte de não te ter aqui, é que algumas coisas ruins aconteceram, e você não tava aqui pra ajudar. Como o meu problema na coluna. Acho que tudo que eu passei teria sido menos pior com você aqui. Talvez. Infelizmente não foi só isso que eu tive/tenho que lidar. Eu acho que talvez possa ter problemas psicológicos, que foram desenvolvidos depois que você partiu, mas talvez nunca saiba, a mãe não vai querer me levar num especialista pra saber. Mas tudo bem também. Eu guardo tudo pra mim igual sempre fiz, e você pode me ajudar de onde estiver.
Tem outra coisa boa acontecendo além da existência do Diego. A minha irmã tá namorando. E ela tá tão feliz com ele. Acho que você ia estar orgulhoso dela. Eles pretendem casar, e é difícil imaginar que essa foto aqui você tava no casamento do meu irmão, mas no meu casamento e no dela não vai ter uma foto sua. É meio louco pensar nisso.
Acho que eu nunca vou esquecer de uma coisa que aconteceu quando você tava doente. Era dia dos pais, se não me engano, e tinha um desenho na escola pra gente colorir e dar de presente para nossos pais. Mas eu não podia te dar, eu era criança e não sabia direito o que tava acontecendo, e não podia te ver no hospital, mas eu queria muito te dar aquele desenho. Era um urso filho e um pai, e estava escrito "te amo um tantão assim" e um dos ursos tinha o braço esticado até o topo da folha. Eu queria ir no hospital te dar o desenho, mas alguém, não me lembro quem, disse "Não leva agora. Espera ele sair do hospital. Vai ser um presente" e eu esperei. Esperei muito ansiosa. Mas eu nunca pude te entregar o desenho, já que quando você saiu do hospital, você não tinha mais vida.
Eu ainda me lembro perfeitamente do dia que você se foi. Eu tinha só sete anos, e não sabia de nada da vida. Era só uma criança normal. Eu e a minha irmã estavamos em casa, mas não lembro o que a gente tava fazendo. Aí o telefone tocou. Era da casa da minha tia. Alguém falou "Desce pra cá. É urgente." E a gente foi. A gente tava bem. Mas quando chegamos lá, tinha alguma coisa errada. Tava todo mundo triste ou chorando. E um dos meus tios chegou perto da gente chorando. E eu já tava triste, só de ver eles tristes. Mas eu desabei quando ele disse: "Infelizmente, o seu pai faleceu."
Eu não lembro mais de muita coisa depois disso. Só de todo mundo triste, chorando. Lembro mais ou menos do seu enterro. A última vez que eu te vi pessoalmente foi no caixão. E era estranho. Você tava pálido, de terno, e com algodão no nariz. Eu não fui ver você sendo enterrado. Não me deixaram ir por ser pequena. Eu lembro de ter ficado com a raquel essa hora. E eu lembro dela dizendo pra sarah "se você achar uma florzinha no caminho, joga lá pra gente." Até hoje eu não sei se ela achou uma florzinha. Outra coisa que eu lembro desse dia, era eu e a raquel andando pelo cemitério, entre os túmulos. Eu tava com medo. Medo de andar por ali. Parecia tão sombrio na época. É tudo muito vago, mas eu lembro dela falar que às vezes conversava com a mãe dela, que tinha morrido há pouco tempo também. E eu achava aquilo estranho aquela época, mas eu faço isso com você hoje. E olha só...tô aqui fazendo um texto pra você, mesmo sabendo que você não vai ler.
Eu lembro pouco dos primeiros anos sem você. Eu chorava muito no natal e ano novo. Dava meia noite e eu chorava por ver todo mundo comemorando, menos você. Quando chovia, eu sempre desejava que você tivesse aqui. Uma vez eu tava com a minha irmã na rua, e tava chovendo muito, e como sempre eu tava com medo. Eu lembro de dizer chorando pra ela: "eu queria que o pai tivesse aqui". Eu não lembro da resposta dela.
O dia dos pais é sempre difícil. Eu só consigo imaginar como seria se você tivesse aqui pra juntar todo mundo e te dar um presente. 7 de setembro também é difícil, já que você se foi nesse dia. Dizem que foi dia 8, mas eu me lembro de ter sido numa quarta, que era dia 7.
Lembra de quando eu era criança, e tinha um porta retrato com duas fotos, uma minha e outra da minha irmã? Pois é. Elas às vezes contam que toda vez que alguém chegava aqui, eu mostrava e falava "aqui as princesinhas do pai", e isso porque você dizia isso pra gente.
Tem outras coisas que eu me lembro. Como por exemplo, sempre que a gente ia no mercado e eu pedia você pra comprar minhoquinhas. Sempre que eu como lembro de você. Ou de quando eu pegava alguma coisa e te pedia pra levar pra minha irmã também.
Eu sinto falta disso. E também de quando você chegava do serviço e geralmente a gente tava na cozinha. Você aparecia no corredor e eu saia correndo pra abraçar você. Você sempre abaixava e me dava um beijo no rosto.
Lembra quando eu aprontei e você tava me dando uma bronca daquelas e acabou cuspindo? A gente tava relembrando disso esses dias, da minha fala: "E precisa cuspir?" Isso acabou arrancando uma risada sua, e sinceramente, eu tenho saudade dela.
Mas sabe...Não foram só coisas ruins que aconteceram dez anos atrás. No dia 23 de julho de 2010, uma banda chamada One Direction foi formada, mas eu só virei fã ano passado (2019) e foi num momento horrível pra mim. Eu tinha começado a sentir dor nas costas, muito forte, por conta do meu problema de coluna. Mas eu tava um pouco melhor duas semanas depois, então eu fui pra escola. E tava tudo normal, eu ri com meus amigos, matei a saudade, abracei minhas amigas. Mas depois do intervalo, minha perna começou a doer de novo. Muito forte. E eu fiquei um bom tempo com ela parada, só sentindo dor e me segurando pra não chorar tanto. Era horrível. Uma professora me ajudou a chegar na secretária, e eu fiquei lá sentada até minha irmã chegar. Depois a gente esperou a mãe chegar. A gente teve que pedir um uber, já que eu não andava direito. Quando a gente chegou em casa, a mãe falou pra eu ficar na cama dela, só até eu me sentir melhor. Eu tava me sentindo tão mal. Eu me senti horrível por não poder nem ir pra escola mais.
Até que um dia eu tava vendo vídeo no YouTube, e cheguei até um vídeo que tinha Harry Styles. E eu me lembrei de algo sobre "larry stylinson", mas eu não sabia o que era direito. Resolvi pesquisar, e descobri que era um casal que shippavam na 1D, e eu gostava das músicas que tocaram nos vídeos. Aí descobri que eram da banda, e aí eu me apaixonei completamente pelos cinco. Pra alguns pode ser besteira, mas realmente me ajudou a esquecer um pouco os problemas que eu tinha aquele momento. Eles mesmo de longe, me ajudaram de alguma forma. Eu sinto que as coisas melhoraram quando eles entraram na minha vida. Eu não tinha você ali, mas eu sentia que tinha eles do meu lado.
Acho que já contei muita coisa não é? Bem, eu acho que precisava disso. Foi como um desabafo meu pra você, mesmo que eu saiba que você não vai ler isso. Não fisicamente.
Eu não sei o motivo, mas me deu vontade de fazer essa homenagem pra você. Acho que é a minha forma de dizer "adeus". Eu não tive como me despedir de você na época, e agora que eu tô crescida, achei que seria bom.
É isso. Eu te amo muito mesmo, e espero que esteja feliz do lado de Deus, e que esteja sempre comigo. De onde você estiver, feliz aniversário, pai ❤
Ass: sua princesinha 💜
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Ok, vou tentar escrever o que tá se passando e depois vou dormir.
Não preciso que diga nada, nem que entenda, só que tente ouvir.
Porque eu só preciso que alguém saiba.
Pra chegar aqui a gente tem que ir pra trás um pouco.
Eu não sei ser um humano
Eu não sei amar
Eu não sei não machucar as pessoas
Eu já fiz isso com outras pessoas e toda vez que me envolvo com alguém, eu sei que no fim eu vou machucá-la.
É lei. Eu machuco as pessoas.
Não sei porquê, não consigo evitar. Eu sei que estou machucando e continuo, até a pessoa não aguentar mais e ir embora, eu magoo até ela me deixar só.
Uma vez, quando fizeram isso comigo e eu perguntei o porquê, responderam: você machuca a pessoa o suficiente pra ela ir embora e não querer voltar, pra ela te odiar ao ponto de não querer mais nada com você e aí, você não vai mais ter a chance de machucar essa pessoa. A pessoa pode sofrer no começo, mas você vai estar fazendo um favor a ela.
Então, pode ser isso: eu machuco as pessoas por achar que não mereço elas na minha vida.
Mas recentemente, eu machuquei uma pessoa.
Uma pessoa que, como as anteriores, viam uma coisa boa em mim.
Quando eu machuquei ela, acho que quebrou alguma coisa em mim também, porque eu não consigo tirar da cabeça as outras pessoas que machuquei, que continuo machucando com pequenas coisas.
Eu não consigo parar de pensar no fato de eu ser um caso perdido, de não ser capaz de manter uma pessoa por perto, de não saber amar. Não, eu não sei amar.
Juntando a isto, tem o fato de eu não suportar mais um dia sequer na minha pele.
Eu não me lembro a última vez que meu pensamento antes de dormir não foi: suicídio.
Eu não sei, não lembro do dia que não me senti assim.
Não me lembro da noite que fui dormir sem fantasiar a minha morte.
É real.
Isso não sai da minha mente.
Desde os meus 12, 13 anos, quando eu entendi minha tristeza e minha solidão. Parece loucura, não é?
Que uma pessoa que vive todos os dias, que sai de manhã pra assistir aula, pega ônibus lotado, morre de rir nas aulas, planeja um futuro... Parece louco que uma pessoa que é tão determinada, ao mesmo tempo, planeje seu suicídio.
Eu também não sei como consigo
Eu não sei o que tô fazendo aqui ainda
E a cada dia fica mais difícil, a cada dia meu corpo fica mais pesado e difícil de carregar, a cada dia o cerco se fecha mais na minha mente.
Eu sei, eu sei, já disse isso antes e sobrevivi, mas eu realmente não sei até quando.
Eu estou apavorada, eu preciso de ajuda e eu preciso que me salvem de mim. Não consigo parar de chorar. Se eu estou só, tenha a certeza de que eu estou chorando. Eu posso estar trocando mensagens com você e mesmo assim estar chorando.
Eu não tenho perspectiva nenhuma.
A ideia de ter que levantar da cama amanhã me apavora, eu não quero.
Eu não quero.
Eu olho pra o relógio e sinto vontade de gritar pra ele parar.
Ele precisa parar.
Isso tudo precisa acabar.
Eu preciso parar.
O meu tempo precisa acabar.
Eu provavelmente vou levantar no piloto automático amanhã e fazer tudo o que preciso fazer, mas eu vou tá exausta desde o momento que abrir meus olhos.
Eu não conseguiria falar tudo isso em voz alta, desculpe
A escrita é a única coisa que eu tenho
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✗。º◂—— Loving can heal
✗。º◂—— Amor. É o nível ou grau de responsabilidade, utilidade e prazer com que lidamos com as coisas e pessoas que conhecemos. Uma das muitas palavras que continua a mesma do latim para o português, e uma das únicas com um só significado em todo o mundo. O amor é o principal objeto de desejo de garotas e garotos que lutam desesperadamente para sentir um pouquinho da deliciosa perversão restrita à sortudos do mundo. Ou nem tão sortudos assim. O amor também é o grande causador do ódio, da dor, da desilusão e algumas vezes até de guerras. Amor é algo que doí e machuca como nada mais pode fazer. Dizem que o amor e a morte são parecidos, mas às vezes a morte pode ser doce… Já o amor é feito para apenas ser cruel e frio, como uma lâmina afiada entrando no seu coração e ficando por lá por dias, semanas, meses, anos… Até que um dia você para de senti-la e começa a se conformar com ela, encontrar conforto, se acomodar.
Não era por amor que Kyle havia escolhido a Corte de Luz — talvez tenha sido até mesmo por obrigação. Tendo sido criado em um lar aonde existiam muitas pessoas para amar, aprendeu a não deixar mais ninguém entrar, aprendeu que as coisas não são exatamente como nos contos de fadas e quanto mais pessoas você ama mais fácil é de ser derrubado. Privou-se de deixar outros entrarem, construiu uma barreira impermeável e impediu que retirassem suas camadas de proteção. Apenas sua família o conhecia como ele realmente era. Vivenciou então, a queda quando os pais se foram, o ápice de sua indiferença e barreira emocional sendo criados naquele instante. Era independente, autossuficiente. Não precisava de uma companheira ao seu lado naquele momento. Mas, oras, todos os seus amigos compareciam aos eventos acompanhados e alguns lhe atormentavam com questões sobre quando se casaria ou se as mulheres não o atraíam. Era um ultraje, e aquilo serviu como motivação para seguir para em direção à Adoria.
Uma mulher que sorrisse e acenasse, que o acompanhasse e fosse perfeita quando ao seu lado. Era o que queria, e se bem conhecia o local sabia que ali a encontraria. Quando recebeu os formulários das garotas em seu primeiro dia em Wisteria Hollow, escolheu de forma racional aquelas que desejava conhecer. Havia há muito definido o padrão de esposa que desejava ter ao seu lado, e por mais simples que parecessem as respostas, foram o suficiente para que através delas Kyle identificasse aquelas que se encaixavam nos requisitos e quais seriam perda de tempo conhecer. Àquela altura, Laoghaire Byrne e seu formulário com teor aventureiro e selvagem foram alocados na categoria perda de tempo. Pelas respostas a julgara como uma moçoila, e precisava de uma mulher mais séria, objetiva, adaptável, madura e responsável ao seu lado. No momento passado não era capaz de prever, contudo, que seriam justamente os trejeitos espontâneos de Byrne que o fariam abaixar as barreiras e deixá-la entrar — fato inédito em sua vida, afinal, muito embora gostasse da ideia do amor, evitava vivê-lo e isso implicava em deixar terceiros de fora de sua fortaleza.
Com o perfil ideal em mente, mesmo antes de as conhecer pessoalmente, deixou claro aos organizadores por quais tinha preferência — queria ser rápido e voltar o quanto antes para Ícoris, afinal, tinha assuntos importantes para tratar por lá, não que seu próprio casamento não fosse importante para o embaixador. Acordado então com os irmãos Thron, e definido que poderia desembolsar além do preço da joia em determinadas situações, aguardou o baile para que finalmente as conhecesse. A beleza era algo à se admirar em todas, mas os cabelos ruivos que ofereciam à Laoghaire — àquela altura, apenas a observando, ainda não sabia seu nome — uma visão selvagem, lhe chamaram a atenção. Uma dança e boa conversa, foi o que pedira a garota, que com sua simplicidade o fez se tornar mais falante do que normalmente era. Ao descobrir se tratar da jade, contudo, aquela que dizia adorar a obra As viagens de Gulliver em seu formulário, decidiu que não estava interessado. Mas, bem, não deveria ser inocente à ponto de pensar que uma decisão era o suficiente. Sentado na escrivaninha de seu quarto, tendo a vista da lua à sua frente, escreveu a primeira carta.
Viu-se boicotado por si mesmo ao requisitá-la para um momento à sós. Não tocava desde a morte de sua mãe, e por algum motivo que lhe fugia da lógica, o fez acompanhado por ela. Ainda assim, insistia para si mesmo que não era nada demais. Não seria ele capaz de desenvolver sentimentos por uma criatura como ela, ou como qualquer outra. Tinha plena consciência de quão frio aquele pensamento poderia parecer aos olhos e mente daqueles que tinham sido programados e moldados para achar o amor a coisa mais pura e boa do mundo, mas todo o resto da sua vida parecia viver em chamas. Ele deveria e iria proteger seu coração da sensação de ardor descrita por tantos apaixonados, mesmo que o fizesse de forma inconsciente. Todo dia pensava sobre novos jeitos de afastar-se emocionalmente daqueles que o rodeavam, alguns era fácil, outros não. Laoghaire deveria ser uma das fáceis de se afastar, mas o encontro posterior, na feira de artesanato provou para ele que estava enganado. E mais duas cartas foram escritas.
Ela não era o tipo de garota com a qual se envolvia, e mesmo assim ele se viu afetado. Ela o instigava a ser alguém que usualmente não era, a ser alguém melhor. Ademais, algo na ruiva despertava essa vontade de dar atenção, de interagir e principalmente de provocar. Naquela tarde fizera uma confissão que o acompanhou pelos dias seguintes: Passei muito tempo em sua terra, e só lamento não tê-la encontrado lá, antes de tudo. O que diabos aquilo queria dizer? Que se afeiçoava pela dona dos olhos verdes que insistiam em aparecer em seus sonhos? Não poderia pressagiar que aquilo aconteceria consigo, e só pensava nos amigos dizendo que foi em busca de uma noiva e encontrou um amor. Imaginar que sentia-se enfeitiçado pela ruiva, contudo, o fizera recorrer à mais encontros com as outras garotas. Não era isso o que procurava ali, e embora fosse considerado uma dádiva por muitos, a possibilidade de ter sentimentos pela garota assustava Kyle.
Para tirar a prova em relação à sentir ou não algo por ela, convidou Laoghaire para um tempo sozinhos no baile seguinte. No vento frio da beirada do lago e abaixo da chuva de fogos, fizera confissões que evitava fazer à si mesmo. E sentiu-se bem com isso, em deixar a Byrne ciente de si. Revelar à ela seu maior medo era a maior prova de que ela havia o conquistado. Talvez, contudo, fosse tarde demais para realizar a descoberta. Contar então... não havia momento menos propício. E mesmo assim, despejou o que sentia sobre ela. Não importava ser correspondido, por mais que a ideia de rejeição o deixasse preparado para se fechar novamente. Aquelas paredes deveriam se manter erguida, e ele estava muito bem sucedido em sua tarefa. Isso até a moherniana chegar, e sem querer, derrubar tudo o que ele lutou anos para erguer. Com a invasão sem aviso prévio da outra, Kyle encontrou-se fadado à sentir.
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Garoto!
A Vera Brittain vai te ajudar a se declarar pra ela?
Vera Brittain foi a única pessoa que conseguiu se expressar com cartas através dos anos sem falhar. Eu…
Vai escrever outra carta? Garoto!
Tentei ignorar o grito agudo que veio com o julgamento, fingindo por alguns segundos que eu não conhecia a Valentina e que não tinha nada a ver com a garota gritando na biblioteca da St.Judes, onde ela nem deveria estar, enquanto me movia o mais rápido possível pra outra estante em busca do diário que eu precisava.
Ei, Blythe! Eu não terminei com você! — Então arrastou a cadeira ruidosamente e começou a me perseguir, como de costume, porque a gente nunca conseguia fugir da Valentina de verdade. — Você tem algum problema com ir lá e só dizer a ela? Isso de ficar escondendo papel nas coisas dos outros é muito anos noventa, quando não faz você parecer um stalker, e depois do que aconteceu no hospital, você não tem vergonha de fazer isso de novo? — E entre sussurros e meios-gritos, Valentina começou a me cutucar freneticamente no braço, como se pra me furar ou no mínimo deixar e um hematoma por eu ser um dito idiota medroso.
Eu não conseguiria fazer isso… Do seu jeito. — Respondi um tanto hesitante, tomando alguns passos para longe dela por pura segurança. — E falharia miseravelmente em toda a missão se tentasse. Por isso as cartas. — Tentei me defender, quase esfregando um dos Testamentos no rosto dela no processo. — Vera escrevia cartas para criticar, sofrer, superar, homenagear e até amar. Ela acabou com guerras com palavras escritas no papel e perdidas através dos anos, e acredito que ela era tão boa em lidar com tudo quanto eu. Não vou conseguir fazer o que tenho que fazer, se não for assim, porque não consigo me achar em palavras ditas quando ela tira todas elas de mim quando está por perto. Ela merece uma carta. A mais sincera de todas que já escrevi. — E aquele discurso era talvez o maior que eu já tinha dito tão rápido e tão decidido em toda a minha vida, e só parei pra respirar quando Valentina começou a rir de mim, não do jeito inconveniente de quem queria ver a desgraça alheia, mas como uma amiga, acho.
Bom… E se você ler pra ela? É melhor do que largar lá e… fingir que não foi você, e eu posso estar lá e impedir que você fuja mesmo ou coloque isso no correio. Vamos fazer as coisas do seu jeito, mas de uma maneira digna. — A observei estender uma mão na minha direção, a qual aceitei e só percebi que eu mesmo estava tremendo de nervoso quando Nixon me puxou pra sentar na mesa que estávamos outra vez. — Nós vamos ver o que a Vera tem a dizer sobre se declarar pra alguém, e vou garantir que você não vá desmaiar enquanto escreve isso.
Ter a Valentina não ajudou. Pensei que estava seguro e até me senti um tanto confiante quando saímos do prédio e ela estava lá, dando tapinhas nos meus ombros e me encorajando do jeito dela, mas nem vinte passos perto da nossa mesa usual de todos os dias e eu já queria me enfiar em algum lugar. Me esconder. Desaparecer. Dizer que tinha saído do país. Vera conseguiu se expressar em todas aquelas cartas porque ela nunca esteve do outro lado quando aquelas pessoas destinadas abriram os envelopes, ela nunca teve que passar por isso, então, logo, eu não estava preparado também e nem sabia mais se queria. Talvez, eu nem devesse tentar mais, e estava muito pronto pra dar meia volta e fingir que nada aconteceu, cinco passos antes, quando senti um dos braços de Valentina agarrar o meu, então Jae deixou seu lugar na mesa pra tomar meu outro braço nele e os dois me prenderam no lugar como se eu fosse algum tipo de criminoso. E o meu único crime sendo evitar fazer papel de trouxa.
Não consigo.
Consegue sim, conseguiu ler pra mim.
Não é a mesma coisa. Vocês não entendem.
O que você não vai entender é a dor na bunda que vai ganhar quando eu chutar você por não fazer logo o que tem que fazer.
Todo mundo aqui sabia que a Mitsune queria sair com você e mesmo assim a gente não jogou os seus vacilos na sua cara.
Isso não quer dizer nada! Quer outro chute por ser um inconveniente?
Era pra Marissa ouvir todos os bastidores? Porque eu acho que… OLHA, MARISSA, É MELHOR NÃO SE VIRAR AGORA.
Se pra não me ver em pleno desespero e prestes a infartar entre os dois enquanto era espremido naquela discussão sem sentido, eu não sabia dizer, mas queria que ela acatasse o pedido de Valentina e não se virasse mesmo. Não conseguiria fazer aquilo se estivesse olhando pra ela, também. Uma situação de empresa. Quase.
Pensei que, pra Vera, tinha sido pior. Ela nunca realmente viu as pessoas das cartas depois que teve que se submeter a esse tipo de comunicação quando ficou afastada de todos. Àquilo era só o que ela tinha e depois nem isso, talvez ela fosse preferir estar no meu lugar e talvez eu estivesse falhando tendo uma oportunidade daquelas. Eu quase podia ouvir minha escritora favorita gritando ao fundo daquele cenário no pátio, me dizendo pra não esperar uma coisa grande pra resolver uma coisa daquelas.
Eu sinto muito por ter corrido naquele dia. — Comecei, enquanto dobrava a carta e deixava ela de lado, ignorando o olhar confuso de Valentina, que depois de me ouvir uma dezena de vezes, não se lembrava que a coisa toda começava assim. — Na verdade, eu sinto muito por ter corrido disso todos os dias e em qualquer oportunidade desde o dia que tomei a carta de você. Eu achei que não queria que você soubesse porque estava com medo de você me odiar, mas não queria que você soubesse porque não sabia como ia reagir depois. Sei que não é como os outros, mas não te julgaria se resolvesse me dar um soco por ter feito uma coisa dessas e ainda deixado na porta da sua casa como se fosse algo normal. Perder uma amiga parecia mais difícil do que confessar… Na verdade, declarar que estava, e ainda estou, completamente apaixonado por você e isso me mata de uma maneira nada poética. Mas… achei que deveria saber, por mim… Estou perdidamente e assustadoramente apaixonado por você, Marissa Goodwin, e eu sinto muito por isso, mas seria impossível, em todas as realidades e universos e vidas possíveis, não me atrair por você e tudo o que você é. E, não se sinta mal em dizer que não dizer que não sente o mesmo e que eu sou meio idiota, eu só sei de todas essas coisas faz tempo e não te julgaria por… Todo caos e confusão que eu sou. — Terminei meu discurso encolhendo os ombros, pelo fim das minhas palavras, como para maneira que Valentina e Jae olhavam pra mim, como se fossem me matar. Mas ao menos eu tinha feito.
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(Re) Começando
Crédito da imagem: Almada Negreiros, Retrato de Fernando Pessoa, 1954. Óleo sobre tela, 201 x 201 cm. Fonte: Wikipedia.
TODO COMEÇO É DIF��CIL. É incrível como não aplico a mim mesmo o que digo sempre para meus alunos: “nunca olhe para o que você pensa ser o final de um trabalho, a forma dele pronto; crie sempre uma parte de cada vez, uma etapa de cada vez, e fique feliz percebendo o quanto seu trabalho progride”.
Bom, é bem mais fácil acalmar os outros do que a si mesmo. Mas chega um momento em que é preciso aplicar a si tudo o que se ensina aos outros e, dessa forma, progredir entregando resultados. Obvio que escrever e publicar, mesmo que em um site pessoal, significa se sujeitar a críticas que, muitas vezes, podem ser dolorosas, especialmente quando atingem textos escritos que nos são tão caros, às vezes tão pessoais. Mas ter medo é bobagem: as críticas virão de um jeito ou de outro. Logo, é melhor escrever do que passar vontade de se expressar, e ter que engolir o que se quer dizer tanto.
Decidi construir esse site porque precisava de um espaço para criar e experimentar. Não sou um bom desenhista, menos ainda alguém que consegue falar claramente o que está sentindo. Durante muitos anos, preferi escrever do que falar. Com o tempo, e com os muitos anos de sala de aula, falar pareceu se tornar algo corriqueiro, ainda mais na vida universitária, onde todo mundo fala de tudo...
Mas, quando se trata da atividade de pensar, a escrita passa a ser fundamental. Ao menos para mim, só consigo articular pensamentos enquanto escrevo. Claro, há a leitura, e ler é sempre um prazer. Mas a leitura só se concretiza quando ela é organizada, quando ela toma forma de notas e vive em outros textos. Daí a necessidade de escrever, de registrar ideias, de ter tudo isso unificado em um canto - eu, que sou tão disperso!
Por isso o site. Sim, existem muitos sites por aí, por que mais um, então? Exatamente porque... ele é só mais um. Porque é partilha de uma perspectiva, porque é um exercício contínuo de produção de pensamento, às vezes disciplinada, às vezes com seus hiatos, seus silêncios... Mas exercício sempre, contínuo, tentativa de melhoria, de criar coisas com o pensamento, ou de desmanchar pensamentos, desaprender; de seguir caminhos – ou de abandoná-los.
No fim, palavras produzem artefatos diversos. Se algum leitor aqui achar coisa que o valha, então valeu a pena escrever. Penso em meus alunos, penso em estudantes que não conheço, em colegas e amigos que possam ter inquietações parecidas com as minhas. Penso em conversar, de preferência fora das redes sociais e retomando a tradição da Blogosfera, a tradição de pensar publicamente. Mas, principalmente, de pensar. Ainda mais hoje, em uma época de magnífica democratização da ignorância, um professor partilhar suas inquietações talvez seja de boa serventia.
Mas, se não for, então sempre há, no fim, a escrita por necessidade, por precisar dizer coisas que não se pode mais guardar. Que não sirva paranada, pode ser. Mas o que se escrever fica como memória e, se alguém algo daqui, que essa memória seja virtualidade viva em algum outro lugar, que ela seja, acompanhe o desassossego de alguém, como nos acompanha, até hoje, o desassossego de Bernardo Soares:
Que há (de alguém) confessar que valha ou que sirva? O que nos sucedeu, ou sucedeu a toda a gente ou só a nós; num caso não é novidade, e no outro não é de compreender. Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das sensações. Compreendo bem as bordadoras por mágoa e as que fazem meia porque há vida. Minha tia velha fazia paciências durante o infinito do serão. Estas confissões de sentir são paciências minhas. Não as interpreto, como quem usasse cartas para saber o destino. Não as ausculto, porque nas paciências as cartas não têm propriamente valia. Desenrolo-me como uma meada multicolor, ou faço comigo figuras de cordel, como as que se tecem nas mãos espetadas e se passam de umas crianças para as outras. Cuido só de que o polegar não falhe o laço que lhe compete. Depois viro a mão e a imagem fica diferente. E recomeço. (Bernardo Soares (Fernando Pessoa) Livro do Desassossego.)
De qualquer forma, tentar deixar rastro no mundo, dignamente, na esperança de poder um dia colocar assinatura sobre a própria vida, vale a pena.
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Eis uma coisa que ninguém fala sobre escrita:
É assustador.
Como se você estivesse à beira de um abismo segurando a mão suada de uma criança. E essa criança é uma tela em branco gritando cada uma das possibilidades de combinações de palavras, frases e parágrafos que você poderia ter feito - mas não fez. Ou que poderiam ter sido feitas por você - mas, no mês passado, saíram de uma ideia brilhantemente executada por um Marcos. Uma Fernanda. Ou um José.
Escrever é se antever a cada um dos clichês que você vai, com certeza, colocar em palavras. Construções gramaticais tão óbvias quanto um “Era uma vez” com letras serifadas em livros com capas de couro marrom.
Bato a cabeça na parede com mais força a cada vez que me percebo sumindo em minha infinidade de floreios e ideias que não passam de um maldito borrão. Eu queria que escrever fosse só me trancar numa gaiola e deixar os sentimentos fluírem de mim como hemodiálise.
A verdade é que tudo isso requer um sudoku de ideias inesgotáveis me provando que, talvez, eu não seja tão boa assim. Combinações de números em quadrados e espaços que parecem tão vastos quanto uma pilha de palitos de dente.
Sal no açucareiro, açúcar no saleiro ou sei lá.
Me parece que cheguei naquela fase da vida em que sou nova demais para ser tão descrente e velha demais para não desistir de tudo. Me faço acreditar que estou presa em formatos cafonas para não encarar o espelho de que, talvez, eu não tenha a criatividade suficiente para sair de nenhum deles.
Se eu tivesse, já o teria feito.
Meu deus, que merda escrever. Que merda olhar para esse tanto de letras configuradas e me achar completamente ridícula. Se eu fosse adolescente agora, teria embalado esse momento com música pop, uma xícara de um café que eu definitivamente não beberia nem dois goles e escrito algo meia boca o suficiente para impressionar um grupo muito pequeno de pessoas.
Não vou ganhar dinheiro com isso.
Não vou ganhar fama com isso.
No mais, consigo uma tremenda dor de cabeça por essa insistente mania de acreditar no “em breve”. E pior: por transformar este ‘em breve’ em uma fada de asas coloridas com varinha de condão que vai colocar no meu colo um editor burro e que desconhece o suficiente de literatura contemporânea para achar o que EU crio interessante.
É frustrante.
Ter 20 anos é olhar nos olhos do capitalismo e ver que, às vezes, ele só é um grande filho da puta que te obriga a disfarçar trabalho de paixão. E, então, ele te enfia em uma roda de hamster e você corre contra o tempo para se apaixonar por alguma coisa. E Deus abençoe a sorte que tive de me apaixonar por uma escrita cafona, e não uma grama de cocaína ou um amor corroído. Eu me vejo sentada em meu quarto teclando as letras do meu computador com tanta raiva que elas parecem explodir enquanto fazem surgir na tela um S, O, S.
Eu nunca na minha vida havia feito um texto tão esdrúxulo como este. Lotado de palavrões e frases simples e desejos avassaladores de socar meus dedos contra um vidro. Faz bem, de certo modo. É menos assustador ler as palavras arrebentando a tela quanto seria assistir a mim mesma me arrebentando. Faz sentido?
Muito provavelmente não.
A enxurrada que me move dentro e fora do ambiente profissional estava me fazendo produzir um parágrafo pedindo desculpas. Todos os meus textos têm, invariavelmente, um pedido de desculpas. Eu estou gritando com o leitor e chorando lágrimas de sangue, para no fim entregar uma lembrancinha e um “até breve!”.
O cacete.
Eu estou irritada. Mal humorada. Cansada. E, honestamente, com inveja. Por que eu não nasci apaixonada por nada?!
Isso não é justo.
Enquanto isso, me prendo em meus eternos porquês.
Porra, que merda.
lu
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