#mazelas
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thetwilightoflife · 2 years ago
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Quem só vê as belas paisagens dos campos, das serras, das cidades, não sabe a dimensão das dores e das mazelas que também são parte desse mundo.
Karen T. Zambrano
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liahleeh · 5 months ago
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VEX, A MELANCOLISTA
Em meio à escuridão das Ilhas das Sombras, uma solitária yordle se move com pesar, abrindo caminho pela névoa espectral, satisfeita em viver nas trevas. Com uma poderosa sombra no seu encalço e uma fonte inesgotável de mazelas nas costas, Vex evita a todo custo qualquer vislumbre de alegria e felicidade do mundo exterior, e aqueles seres enfadonhos que nele vivem e se dizem "normais".
Ela cresceu em Bandópolis, mas nunca sentiu que aquele era o seu lugar. As cores e a extravagância do universo yordle lhe causavam enjoo. Apesar de todo o esforço dos pais, Vex nunca se identificou com o "espírito yordle" nem teve amigos com interesses em comum. Ela preferia passar boa parte do tempo emburrada no quarto.
Foi lá que encontrou sua improvável alma g��mea, a própria sombra. Era toda preta (a cor favorita de Vex) e não emitia sequer uma palavra: a companhia perfeita para uma jovem taciturna. Vex aprendeu a se entreter com a sombra, realizando pantomimas lúgubres para se distrair.
Infelizmente, era apenas uma sombra, incapaz de protegê-la da repugnante alegria que a cercava. Devia haver algo melhor que aquilo para ela no futuro. Algo mais sombrio. Triste. Algo que fosse igual a ela.
Aquilo que ela tanto esperava chegou na forma de um Tormento, nuvens espessas de Névoa Negra que engoliram Bandópolis, despertando o pânico entre a população. Enquanto a maioria dos yordles lutava corajosamente para impedir o avanço da Névoa, Vex estava intrigada com aquele miasma pestilento e o seguiu até sua fonte.
Ao chegar às Ilhas das Sombras, Vex não conseguiu acreditar no que via. Vastas extensões de terra e mar sem nenhum sinal de vida nem cor bem diante de seus olhos. Ali ela poderia finalmente fechar a cara sem ser incomodada pelas gargalhadas e alegria dos outros.
À medida que os dias se passavam, Vex foi percebendo que a Névoa Negra tinha um estranho efeito sobre ela. A sombra que a acompanhava tinha assumido uma nova identidade fantasmagórica, muito mais expressiva e vivaz que ela, e sua magia yordle benigna tinha se transformado em algo muito mais sinistro. Agora, Vex era capaz de levar sua tristeza a distâncias muito maiores.
"Quem é o responsável por um lugar assim tão maravilhoso?", ela se perguntava.
Logo teve a resposta quando Viego, o Rei Destruído, surgiu nas Ilhas decidido a espalhar a Névoa pelos quatro cantos de Runeterra. Ao se encontrar com Vex, Viego percebeu que a yordle tinha a incrível habilidade de espalhar o desespero, deixando as pessoas mais vulneráveis ao Tormento. Por sua vez, Vex se sentiu inspirada pela visão dele de um mundo dominado pela Névoa Negra. Os dois logo se tornaram aliados e partiram na missão de tornar o mundo um deserto angustiante.
Antes que os planos de Viego pudessem se concretizar, Vex descobriu a verdadeira motivação dele: recuperar a alma de sua falecida rainha, Isolde, e juntar-se a ela em júbilo matrimonial. Ela estremeceu, enojada, sentindo-se traída, pois acreditara que aquele homem mataria a felicidade do mundo, mas, na verdade, ele a desejava para si. Vex permitiu que Viego fosse derrotado pelos Sentinelas da Luz e que os sonhos dele de uma união matrimonial fossem esmagados pelos destroços de Camavor. Sozinha mais uma vez, observou, com desgosto, o mundo voltar a ser aquele lugar iluminado e colorido que ela sempre odiara. Encontrar uma melancolia duradoura seria mais difícil do que imaginara.
Havia só mais um lugar para onde ela poderia ir. Um lugar onde certamente encontraria a tristeza pela qual tanto ansiava. Vex foi visitar os pais em Bandópolis, ansiosa por mostrar a eles no que tinha se transformado e desfrutar da desaprovação deles.
A jovem yordle só observou enquanto os pais, emudecidos pelo choque, não mexiam um músculo. A expressão que tinham no rosto foi mudando de choque para negação, até a relutante aceitação.
"Querida. Não conseguimos entender... isso", disse a mãe, apontando para todas as partes da filha.
"Mas amamos você incondicionalmente", disse o pai. "E, se você está feliz, nós também estamos, por você."
Revirando os olhos, Vex deu um suspiro sonoro e exasperado. "Fala sério", resmungou.
Saiu se arrastando da sala de estar na casa dos pais, ansiosa para voltar às Ilhas das Sombras, onde poderia ficar de mau humor sem ser incomodada.
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irreversa · 4 months ago
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você e eu
5:47, 27 de julho
você gosta das mesmas coisas que eu
eu sou rude e a doçura exala de você
eu fumava enquanto um sorriso amarelado acompanhava você
você era insegura e o suor das minhas falas apareciam quando eu
tentava te agradar a todo custo
suas expressões tristes me diziam que não era nada justo
falhava em ser tudo o que queria
seus olhos me enxergavam de um jeito que jamais seria
e talvez fosse esse o incômodo
eu gosto das mesmas coisas que você
você me disse entre linhas que jamais seria como eu
você me amava nas linhas entre nós, não como eu
eu te odiava nos segredos que escondi de você
sabe como é querer tanto uma coisa que não existe?
eu gostaria que tivesse dado certo
você nem faz ideia, e pela razão certa que não insiste
eu gostaria que insistisse mais um pouco
sabe como é sentir falta de algo que tanto quis o fim?
não me leva a mal
não me leva a bem, também
eu escalei todos os prédios e quebrei todas as janelas
você é minha dúvida mais assombrada, todas as minhas mazelas
você e eu
eu e você
eu nunca quis que acabasse assim, o problema tá em mim?
você talvez me ache estranha, ou talvez você sinta o mesmo
eu me odeio por não saber te dizer
por não saber se sinto sua falta
ou se me alivia a sua distância
eu me odeio por no fundo saber
que eu e você
não fomos feitas pra caber
não me encaixo em você
por que?
você e eu
não era pra ser
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cartasparaviolet · 8 months ago
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Lana Del Rey tocava majestosamente na vitrola: “I wasn’t crazy, I was divine”. Um dilúvio de lembranças jorrava a cada estrofe para, no refrão, inundar como cachoeira de água límpida desse poço de emoções que carrego em mim. A água apresenta-se gelada, ainda que o verão esteja escaldante no exterior. Essa voz em agonia debochava de minha covardia, tornando-me cada vez mais fria. Mudando a perspectiva pela qual eu encarava toda uma história de vida, vaguei tateando esse mundo de ilusões na ânsia de chegar àquele porto. Mamãe e papai, vocês podem me ouvir? Aquela criança difícil de conter e lidar apenas estava ferida demais para compreender as suas reais intenções. O mau comportamento, o terrível desempenho, a rebeldia que, em ímpetos de fúria, fugia dessa realidade nua e crua, expondo à superfície todas as mazelas enraizadas na alma. Os ancestrais abençoavam e protegiam aquela pequena alma em rebelião. Sopravam ao seu ouvido que a amavam constantemente e ela insistia seguir em negação. Havia fissuras em demasia em sua estrutura psíquica para só focar em reparos. Ao longo desses anos, eu me recolhi para implodir esse alicerce e começar novamente. Uma nova pessoa que caminha pelas ruas encontrando os velhos rostos que sequer imaginam a transformação particular vivida. E transcendida. Tudo bem, talvez alguns queiram ouvir a narrativa e me conhecer outra vez. Prazer. A grande maioria, ainda apegada aos antigos conceitos e memórias, não dará oportunidade para as boas novas que trago. Lamento. Sou a prova concreta da metamorfose superada por uma borboleta que perdeu suas asas ao longo do caminho. Paciência, disciplina, comprometimento. O quão disposto você está e até onde iria para o maior bem de todos, você mesmo? Ame-se em primeiro lugar. Busque o reino dos céus em seu interior para que tudo mais lhe seja acrescentado. Afirme a sua fé para que nenhum terremoto abale a sua nova estrutura. Sinta orgulho da sua jornada, mas, mais do que isso, honre os seus antepassados. Nós somos apenas crianças comparados à grandeza deles. Reverencie, peça sua bendição e siga em frente. Sorri ao perceber que uma simples música inspirava essa pequena alminha a expressar-se. Eu podia voar, eu conseguia. Dessa terra nem sempre tão hospitaleira, mas cheia de beleza, eu só peço proteção aos guias.
@cartasparaviolet
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delirantesko · 3 months ago
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Manual da vida (texto, 2024)
Na minha adolescência, eu, Everton e Bianca formavámos um pequeno grupo de amigos da escola. Sempre gostei de filosofia, de conversar então a gente comentava sobre as mazelas da vida, como faz todo o adolescente.
Não lembro exatamente dos temas conversados, mas por acaso eles mudam entre as gerações? Apesar do acesso a tecnologia, o que muda entre alguém desse século e de séculos anteriores? Talvez a noção de igualdade e humanidade hoje seja melhor, enfim...
O que nunca esqueci foi um conceito que até hoje me recordo. Bianca disse:
"Deveria haver um manual para a vida."
E na época eu achei o conceito interessante, mas faltava experiência e conhecimento pra admitir que o material já estava escrito, mas não era como um curso onde você recebia livros e fazia provas para galgar novas séries.
Não, a vida tem um ritmo caótico e as vezes você só recebia o material depois da prova. A vida é um roguelike mesmo.
Acho foram vários anos depois que eu encontrei a resposta: nós mesmos precisamos escrever nosso manual da vida.
Não só precisamos fazer isso como também devemos aprender a ler aquilo que já foi escrito, porque é um trabalho em conjunto.
Uma das fontes mais promissoras é a arte por exemplo, que não cobra o ingresso de sua alma para compartilhar seu conhecimento, então já fica a dica (embora cada um tem o "livre-arbítrio" de escolher o ópio que quiser...).
Aprender a fazer algo, e fazer todos os dias pra conhecer e dominar faz você ganhar confiança, e é importante que seja algo que você faça por você mesmo, e mais ninguém. Elogios e críticas virão, e você precisa aprender a lidar com elas da mesma forma, e lembre-se: elogios podem ser vazios, críticas podem ser construtivas.
Não posso dizer o que você deve fazer, isso é tarefa particular de cada um. Como eu disse em outro texto, cada um genuinamente interessado em se desenvolver, escreve seu próprio livro da vida.
Os dias são páginas, as pessoas são personagens, os acontecimentos são eventos. Alguns vão se revelar apenas como fillers, você vai adorar alguns dos tropos que encontrará pelo caminho, reviravoltas e tropes.
O manual da vida não é um livro físico ou digital, é algo que fica armazenado em seu coração, resumindo, e é o que eu diria se encontrasse aquele grupo no dia de hoje.
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klimtjardin · 3 days ago
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{12:53} Em outra nota, eu achava que estava enjoando do NCT, especialmente depois que o Lucas/Sungchan/Shotaro saíram do grupo fiquei bastante decepcionada com a forma que a SM vem levando as coisas, e me desanimou. Mas a real é que nem é tanto o NCT, mas a enxurrada de conteúdo e informação a cada dois minutos. Geralmente a gente enjoa de coisas que se repetem e é basicamente isso. Apesar de cada unit e membro serem diferentes, esses lançamentos a cada semana são cansativos. Mal dá tempo de processar uma coisa e logo vem outra. Acho que o último álbum que consegui curtir de verdade, de ouvir por meses até dizer chega foi o Fact Check (quanto tempo faz isso?) Depois disso, gente, até hoje não ouvi o álbum do Doyoung, porque também, eu não sou uma pessoa que ouve música toda hora, eu tenho momentos de ouvir música. Sem contar essa bomba desse tik tok que conseguiu acabar de estragar a experiência de ouvir música num todo. Lembro que antes de Beatbox lançar eu já tinha enjoado dela, de tanto ver challenge passar na minha tl. ☝️ Concluo então que a resposta das mazelas é simplesmente me desconectar de todas as redes sociais e ficar no meu canto. Vou fazer isso? Óbvio que não, porque é mais fácil reclamar!
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omonstrodeisabelly · 1 month ago
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o sabor amargo. coloquei meu coração nas mãos de uma mulher que não tem inteligência emocional, e esperei que ela agisse com responsabilidade comigo. sou tomada por uma enxurrada de sentimentos de culpa por permitir isso, mesmo sabendo que no final das contas é um grande aprendizado. antes que a culpa me domine por inteiro, me vem a voz de hélio couto como um deslumbre interno, dizendo que marilyn monroe também só queria ser amada, mas eram os que mais diziam que a amava, que abusavam dela. lágrimas escorrem pelo meu rosto, eu me sinto cansada, mas a voz do meu professor se torna cada vez mais audível dentro do meu âmago, me lembra que oscar wilde também amou alguém que o machucou, a ponto de ter sido humilhado e preso. me lembro que não é errado querer ser amado, pois, o meu íntimo é formado de amor. garotas como eu, que encarnaram sob a influência de vênus, são o próprio arquétipo do amor. então, eu desabo e desaguo em lágrimas que lavam o meu peito, como um sobro que limpa uma superfície empoeirada. sou digna de amor e respeito. tive a bravura de olhar para dentro, para o centro, e mudar a mim mesmo, para que minhas atitudes não ferisse o outro. tenho como busca o meu auto aperfeiçoamento, mas depois de tanto sofrimento, não quero mais as mazelas de aprender por tentativa e erro. prefiro que seja por graça e amor. se até jesus chorou quando foi crucificado por só querer amar, quem sou eu pra não chorar?
“pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem”
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misterrcver · 2 months ago
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Open starter no luau... (05/05)
De vez em quando, Jae-eon podia jurar que Quíron o fuzilava com os olhos, mas era só uma suspeita. O centauro com certeza não se importaria com a diversão de um jovem filho de Hermes que estava apenas comendo marshmallows e conversando com muse. Nada de ilícito, nada de álcool, nada, apenas uma conversa bem amigável onde ele contava as mazelas que sofreu até voltar para o acampamento meio-sangue. Com certeza.
— Então, muse. Marshmallows com fogo grego teria algum nome especial? — Estrategicamente virou as costas para a ordem e os bons costumes e entregou um sorriso muito bonito para muse querendo muito engatar um assunto.
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lanaheels-socmed-aus · 2 months ago
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🔥 Burn baby burn - seongjoong au 🔥
Conhecimento é poder, isso é senso comum. Porém conhecimento pode trazer tanto mazelas quanto benefícios, dependendo do preço que se quer pagar. Seonghwa se dispôs a dar algo de grande valor, mas quem sabe o que ele receberia em troca?
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🔥 Avisos 🔥
- oneshot inspirada na música MATZ
- não é algo muito elaborado, só uma ideia que quis desenvolver
- sem revisão, então relevem qualquer erro
- interações são bem-vindas e incentivadas, sejam gentis
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Seonghwa entrou em seu quarto batendo a porta, frustrado. Toda vez que seu pai fazia as reuniões de trabalho, mandava-o ficar em seu quarto até que terminassem, enquanto seu irmão participava ativamente dos assuntos. O que o deixava mais irritado era que sempre demonstrou interesse nos negócios da família, mas seu pai nunca o deixou participar, alegando que não tinha o perfil.
Seonghwa sabia muito bem que esse “perfil” se referia ao seu estilo que valorizava seus traços andróginos. Seu pai não o levaria a sério a menos que se vestisse como um mafioso dos anos 50. Tudo ser sobre aparência era uma das consequências de ser filho de um dos políticos mais influentes do país.
Por isso mesmo sendo primogênito, era jogado de escanteio, enquanto seu irmão era apresentado com o melhor representante que a nova geração poderia ter. No início, não tinha nada contra o irmão. O mais novo o ouvia com frequência e concordava com algumas de suas ideias, muitas vezes levando-as até o pai. Porém, depois que conseguiu a confiança dos sócios, deixou-o de lado.
Então Seonghwa parou de se interessar porque quem não se interessava por si, e passou a dedicar seu tempo à sua nova obsessão: os guerrilheiros que estavam causando tumulto pelo país.
O grupo tinha como intuito mudar a organização da sociedade que estavam, e uma de suas ações para alcançar esse objetivo era, de forma anônima, expor esquemas de corrupção que os políticos faziam para aprovação de leis cada vez mais conservadoras que beneficiavam apenas a eles e seus financiadores.
O rapaz começou a ficar fascinado em como eles revelavam todos os esquemas apresentando provas que não deixavam brecha para ninguém fugir. Cada alvo se via perdendo tudo, desde bens materiais até aliados, e muitos deles até cometiam suicídio para não ter que lidar com as consequências de seus próprios atos.
Foi ao se aprofundar no trabalho dos guerrilheiros, que Seonghwa percebeu certas semelhanças em comportamentos de sua família e alguns comportamentos dos parlamentares corruptos. Então comecou a suspeitar que talvez não era só na aparência que seu pai e seus “sócios” se pareciam com mafiosos.
Tentou ignorar isso, afinal, as semelhanças não lhe indicavam nada demais e podiam ser apenas coincidências. Porém, ficou impossível relevar as “coincidências” após ser sequestrado pelo grupo de guerrilheiros, que queriam trocá-lo por informações.
O cativeiro só serviu para o Park admirá-los, porque pode comprovar por conta própria a premissa do grupo de não machucar pessoas inocentes. Mesmo sendo um “prisioneiro”, Seonghwa era mantido em um quarto simples, mas muito confortável, um banheiro limpo, e refeições não muito elaboradas, mas muito saborosas.
Claro que teve alguns momentos em que eles encenavam um sequestro tradicional para terem algum material que pudessem usar como ameaça. Eles explicavam cada coisinha que iam fazer e como aquilo não iria o machucar se ficasse quieto, incrivelmente isso o deixava tranquilo. Infelizmente tudo aquilo estava sendo em vão, já que não estavam obtendo nenhuma resposta de seu pai.
— Eu já disse, vocês pegaram o filho errado. Se queriam informações deviam ter pegado meu irmão.
Seonghwa, pelo terceiro dia consecutivo, explicou ao líder do grupo, Kim Hongjoong. Ele era um homem que se descrevessem não pareceria muito intimidador, mas ao encontrá-lo pessoalmente, seria possível ver seus olhos afiados e postura imponente, justificando a posição de líder, ou capitão, como o chamavam.
Apesar de ser extremamente respeitado pelos demais, a relação entre eles parecia mais fraterna do que de hierarquia. Muitas vezes pareciam apenas um grupo de amigos que se juntaram em prol de um objetivo em comum.
— Eu não entendo. — o guerrilheiro comentou, sentando na cadeira de frente para a cama onde Seonghwa estava. — Tudo indicava que você fosse o filho mais valioso.
— Eu pareço ser mimado, não é? — não obteve resposta. — Infelizmente dinheiro não pode comprar afeto. — desviou o olhar.
— Hongjoong, o Yeosang está chamando lá na sala dos computadores. — disse Yunho passando pela porta.
— Você não tem medo de eu sair daqui e expor seus nomes? — o Park perguntou curioso.
— Não. — recebeu um olhar confuso e sorriu. — Só dois tipos de pessoas ficam com a sua tranquilidade durante um sequestro: as que tem garantia de que vão ser resgatadas, e as que não se importam de estar aqui. Como não estamos conseguindo uma resposta do seu pai, só sobra uma opção.
— Você tem razão. — sorriu de volta. — Eu não poderia me importar menos. Aqui está até divertido. Estou sendo melhor tratado do que na minha casa.
— Você é estranho.
Apesar de já ter escutado aquilo inúmeras vezes de pessoas diferentes, dessa vez Seonghwa não se sentiu ofendido. O baixo riso soprado que Hongjoong deu antes de falar talvez tivesse contribuído, era quase como se ele dissesse “você é estranho, gosto disso”.
— Hongjoong, o Yeosang tá chamando, caralho. — Wooyoung apareceu para chamar o líder de novo.
— Estou indo.
O Kim saiu tão apressado, que esqueceu de trancar a porta do quarto onde seu prisioneiro — que mais parecia um visitante — estava ficando, e Seonghwa não perdeu tempo. Com sua curiosidade atiçada sobre como o grupo trabalhava, apenas seguiu de onde vinhas as vozes, seus pés praticamente não fazendo barulho nenhum.
Chegou numa sala onde tinham vários computadores, e um rapaz de traços delicados e braços musculosos estava sentado na frente deles e os demais em pé à sua volta. Aquela era a primeira vez que o Seonghwa o via, talvez ele fosse de ficar mais nos bastidores.
— Ainda não conseguimos nenhuma resposta, nem sequer uma única informação vazada. — um rapaz tão alto quanto Yunho explicou.
— Yeosang, você já mandou as fotos novas?
— Sim. — o rapaz sentado na frente dos computadores respondeu. — Acho melhor a gente desistir, estamos muito tempo nisso e não conseguimos nada.
— Mas não podemos soltar ele sem ter nada em troca. — Wooyoung retrucou indignado. — Pra que sequestrar sem tirar nada?
— Peçam dinheiro! — Seonghwa disse da porta chamando a atenção de todos, que olharam para Hongjoong como se cobrassem o fato do prisioneiro estar solto.
— O que está fazendo aqui? — o líder perguntou entredentes.
— Você largou a porta aberta. — o Park respondeu ouvindo uma risadinha dos outros. — Para o meu pai, eu não valho as informações que vocês precisam, mas ele estaria disposto a pagar muito dinheiro por mim. Joguem na mídia o que vocês mandam para ele, ele vai querer pagar de pai do ano, super preocupado e vai dar o que vocês quiserem. — ainda sem resposta, continuou. — Usem esse dinheiro para se financiar, vai estar sendo mais bem gasto dessa forma mesmo.
— Por que está fazendo isso? — o rapaz de rosto redondo que tinha marcas de expressão entre as sobrancelhas e lembrava o Rilakkuma lhe perguntou.
— Desde que minha mãe morreu é como se eu não existisse lá, mas tenho que manter as aparências. — deu de ombros sentando em uma cadeira vazia da sala e cruzando as pernas confortavelmente. — E se vocês estão atrás do meu pai é porque coisa boa ele não fez. Vocês podiam aproveitar e pegar meu irmão também. — olhou para as expressões atônitas lhe encarando. — Eu fui elogiando na escola de teatro, podemos fazer uns vídeos também.
— Eu gosto dele. — San comentou e recebeu uma confirmação de cabeça dos outros.
Hongjoong ficou em silêncio por alguns instantes, considerando a proposta.
— Você realmente é estranho. — concluiu com um sorriso na direção de Seonghwa que deu outro em resposta. — Vocês já sabem o que fazer.
E cada um deles se encaminhou para cumprir sua respectiva função.
***
Seonghwa estava deitado em sua enorme cama, vendo os noticiários sobre os últimos incêndios que estavam acontecendo pela cidade. Aparentemente a mídia ainda não tinha percebido a conexão entre os incêndios e as denúncias anônimas, então os guerrilheiros estavam fora do alvo, por enquanto. Era divertido ver os “amigos” de seu pai se desesperando para tentar esconder as falcatruas expostas, tentando subornar policiais e jornalistas, na maior parte das vezes em vão, e a outra parte, funcionava apenas temporariamente.
Ouviu um estrondo no andar de baixo da mansão e logo barulhos de tiro que seguiram de forma inconstante. Levantou-se preocupado, e foi em direção à porta no exato instante em que alguém bateu duas vezes nela. Cruzou o resto do caminho com passos largos e a abriu devagar, só uma fresta para ver quem era.
— Senhor Seonghwa, acreditamos que alguém invadiu a casa. — um dos seguranças lhe explicou. — Sugerimos que fique aqui até que alguém venha dizer que está tudo bem.
— Como e onde estão meu pai e meu irmão? — perguntou alarmado.
— Não sabemos. É o que vamos tentar descobrir. — o outro segurança concluiu. — Por isso precisamos que fique dentro do quarto.
Seonghwa confirmou com a cabeça e voltou para o quarto se trancando lá. Ouviu mais sons de móveis caindo e tiros e depois o mais puro silêncio. Ficou alguns bons minutos ainda trancado dentro do quarto, mas o silêncio continuava, então decidiu sair.
Abriu a porta e começou a sair devagar, andando pelos corredores sem sinal de uma pessoa sequer. Sua preocupação aumentou, então passou a correr pela casa com toda sua força. Entrava nos cômodos em busca de alguém, mas não encontrava. Se encontrava perdido e confuso, então corria de forma quase aleatória, até esbarrar em alguém. Alguém um pouco menor do que si. Kim Hongjoong, o líder dos guerrilheiros.
— Olha quem eu encontrei aqui! — a voz era debochada. — Se não é o lindo filho do senador Park. Estava te procurando.
— O que está fazendo aqui? — estava surpreso ao vê-lo.
— Não é óbvio? — perguntou com um sorriso.
— Não, eu estou perguntando o que você, o Capitão, está fazendo aqui?
— Eu não seria um bom líder se não os acompanhasse. — deu de ombros. — Além disso, cada um tem uma função na missão. A minha é te levar de volta para o cativeiro.
Seonghwa não tinha armas e seus guardas provavelmente foram proteger seu pai, já que só deviam lealdade a ele mesmo. O que mais podia fazer para ficar vivo, além de seguir com ele?
Aceitou a mão que era estendida para si, e passou a caminhar ao lado do rapaz que o guiava como se fosse algo precioso que não podia ser quebrado ou perdido. Não sentia medo, sabia que se quisessem lhe fazer algum mal, já teriam feito.
Andavam a passos tranquilos pelos corredores, o local já estava dominado pelos guerrilheiros. Apesar disso, não encontraram com nenhum deles, apenas móveis espalhados por toda a casa, e alguns corpos de seguranças perdidos no meio da bagunça.
— Vocês mataram os funcionários? — questionou preocupado com a equipe que trabalhava para sua família.
— Só seguranças que entraram na troca de tiros com a gente. — respondeu com simplicidade, virando mais um corredor. — Não matamos inocentes a menos que seja para legítima defesa.
Seonghwa confirmou com a cabeça enquanto finalmente saíam pela porta da frente e continuavam caminhando para fora da propriedade. O calor da m��o do Kim, fazendo-o se sentir tranquilo e seguro, como não sentia dentro de sua própria casa.
— Onde estão meu pai e meu irmão? — perguntou quando já estavam a uma boa distância da casa.
— Trancados no escritório. Acham que ali é o local mais seguro.
— Vocês vão matá-los? — não havia muita preocupação em sua voz, o tom era mais de curiosidade.
— No caso deles há duas opções. — parou e ficou de frente para Seonghwa, ainda segurando sua mão. — Temos material suficiente pra acabar com toda a influência da sua família na política, então mesmo que vivam, seriam inofensivos.
— E como você quer acabar com eles?
— Hum… — colocou a mão no queixo, pensativo. — Não sei. — se aproximou invadindo o espaço pessoal do Park. — Como não teríamos conseguido tanta coisa em tão pouco tempo sem você, vou deixar a decisão por sua conta — entregou o um pequeno objeto com um único botão em sua mão livre. — Como presente de um ano de namoro.
Seonghwa sorriu ao ter sua cintura puxada até colarem os corpos e seus lábios serem tomados num beijo sôfrego. Uma das mãos do Park segurava o rosto do guerrilheiro, e a outra se embrenhava em seus cabelos castanhos, puxando alguns fios da nuca, enquanto suas línguas estavam numa disputa por espaço dentro da boca do outro. Sua cintura era apertada com força, grudando ainda mais seus corpos, como se fossem se fundir. A saudade era tanta que mal tinham tempo para respirar.
Foi pouco tempo depois do sequestro, que Hongjoong começou a aparecer em lugares que frequentava, simplesmente para conversar, ouvir o que Seonghwa tinha a dizer sobre tudo que estava acontecendo. E não demorou para que as conversas se transformassem em beijos sedentos e os encontros virassem um relacionamento.
Mantinham tudo escondido dos dois lados, até que Seonghwa começou a compartilhar informações privilegiadas e consequentemente a participar ativamente nas missões. E o grupo o aceitou como parte deles, então Seonghwa pela primeira vez se sentiu importante, se sentiu como se pertencesse a algum lugar.
E assim se passou um ano, em que o Park tinha encontrado uma família nas pessoas mais inesperadas.
— Estava com saudades. — Hongjoong confessou dando pequenos beijos pelo rosto do namorado.
— Eu também. — riu com as cócegas que os beijos faziam.
— Você está tão lindo. — cheirou o pescoço alheio. — Adoro quando você se arruma assim para me encontrar.
— Dessa vez foi só uma coincidência. — respondeu dando um tapinha leve no braço do outro que tinha começado a dar pequenas mordidas num parte de seu ombro à mostra. — Não imaginei que você viesse.
— E perder a oportunidade de te ver? Não mesmo.
— Os pombinhos podiam deixar a conversa melosa para depois, estamos ficando sem tempo. — Jongho interrompeu. — A gente vai explodir com eles lá ou não?
Os olhares do Choi e do Kim se voltaram para Seonghwa com expectativa, esperando sua resposta para continuar a missão.
— Se sobreviverem, com certeza eles vão ser punidos pela justiça? — o mais alto dos três perguntou.
— Seu pai traiu todos os aliados dele, não vai ter um que vai querer salvá-lo. — Hongjoong explicou ainda abraçado ao outro.
— Então eu quero eles vivos. — falou encarando o objeto que segurava. — Quero vê-los pagando pelo que fizeram bem devagarinho, perdendo tudo, pouco a pouco.
— Eu te amo tanto. — Hongjoong comentou olhando-o de forma apaixonada.
— Eu também te amo. — respondeu dando um selinho no namorado ansioso.
— Yeosang! — Jongho chamou e recebeu um som de resposta. — Pode forçar a saída deles.
— O Wooyoung já enviou as provas pra polícia? — Mingi perguntou, enfiando a cabeça para fora da van que só foi notada naquele momento.
— Já. — Wooyoung respondeu do outro lado do veículo. — E o San vai ligar pra fazer a denúncia de que estão fugindo.
Assim que recebeu o sinal de Jongho, Seonghwa apertou o botão que desencadeou pequenas explosões na casa, que fizeram os itens inflamáveis que tinham posicionado estrategicamente iniciarem o incêndio, que rapidamente se espalhou pela mansão.
O Park viu quando seu pai e seu irmão saíram da casa com dificuldade para respirar, não estavam machucados, o que colaboraria com a história que o grupo passou para a polícia de que ambos forjaram o incêndio para fugir.
Deitou sua cabeça no ombro de Hongjoong, que enlaçava sua cintura com um braço, enquanto assistiam a polícia chegar e levar os dois sob custódia. Na concepção de ambos, um encontro perfeito para o aniversário de um ano.
— Acho que agora finalmente estou livre para ir com vocês. — o mais alto sussurrou entrelaçando seus dedos.
— Eu te disse, vim te levar de volta para o cativeiro. — brincou apertando-o ainda mais.
— Como se estar com você não tornasse qualquer lugar o mais incrível do mundo.
Hongjoong sorriu antes de selar seus lábios num beijo carregado de sentimento, que durou só o tempo de uma buzina fazê-los se separarem.
— Anda logo, seus boiolas! — Wooyoung gritou debruçado em cima de Yunho que estava como motorista. — A gente tem que sair daqui.
Seonghwa e Hongjoong se entreolharam e sorriram antes de entrar na van, animados em planejar o próximo incêndio.
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soundslikemano · 4 months ago
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LIVRO: A Natureza da Mordida - Carla Madeira
O que você não tem mais que te entristece tanto?
Deixarei o resumo do livro, sem spoilers, neste primeiro parágrafo. Nos próximos, não me comprometerei, rs. O livro conta o encontro de Biá, uma psicanalista aposentada, que aborda Olívia, uma jovem jornalista devastada por uma perda. Esse encontro desencadeia uma série de conversas íntimas, revelando as histórias de ambas. A narrativa objetiva de Olívia e as anotações sarcásticas de Biá expõem eventos passados, destacando as diversas formas de abandono que ambas sofreram e causaram.
Sim, eu emendei dois livros da Carla Madeira. Me arrependo? Não. Saí com algumas ressacas literárias? Sim. Ao mesmo tempo que acho que acertei no timing desse livro, acho que também errei. Me identifiquei demais com este e precisei tirar um tempo para digeri-lo.
Gosto muito da escrita da Carla. Sinto uma confusão mental com ansiedade, bem fluxo de pensamento estilo Clarice Lispector, e tão bem escrito quanto. Traz uma delicadeza e acalanto ao mesmo tempo que é misturado com ansiedade. Nas primeiras páginas do livro já era perceptível que iria sofrer com ele.
"Você sabe o que eu aprendi sobre o amor? Que nem sempre ele ouve quando chamamos..."
Nessa passagem da segunda imagem, eu estava em uma viagem de férias em Barcelona, mas não conseguia me desvencilhar deste livro, então, em toda e qualquer oportunidade, estava com ele. Estava passando por um mix de sentimentos pessoais e essa passagem me pegou totalmente desprevenida.
Biá com acento no "Á" é a maluca mais lúcida que a literatura trouxe.
Apesar das páginas girarem em torno de Olivia e sua perda no começo, claramente a personagem principal desta história é Biá.
Biá me lembrou tantos personagens da vida real. Tantas emoções que foram abafadas dentro de si, tantos enredos que criamos na nossa cabeça a fim de tentar mudar os acontecimentos reais.
Outro personagem que começa a ganhar relevância mais para o final da história é a mãe de Olivia e tudo o que ela passou - gostosas também sofrem. Brincadeiras à parte, tudo o que foi contado sobre ela cria um embrulho no estômago. Aquele embrulho de ser mulher que a gente sabe bem.
Porém, na trama principal de Olivia e Rita, não consegui me conectar com a fixação que Olivia tinha pela amiga, antes mesmo da tragédia. O que era grande para ela, com toda certeza, não era isso tudo para Rita.
Chegando no final do livro, também senti uma repetição de histórias, várias páginas da mesma história - só que agora com mais fluidez - que já vínhamos lendo ao longo dos encontros de Olivia com Biá. Diferente do que senti com as histórias repetidas de Biá contadas por Tereza, sua filha. Porque não eram especificamente repetidas, eram novas perspectivas de um mesmo fato.
"Ele se foi do pior jeito que alguém pode ir: ficando"
Essa frase ecoou na minha cabeça semanas a fio. Seria uma pena ter me identificado tanto com ela? Fiquei pensando se tivesse tido a oportunidade de Rita de ter esse reencontro, se teríamos o mesmo desfecho.
Bom, este livro me pegou do jeito mais íntimo que poderia. Não à toa eu passei alguns dias achando que seu título era: "A Natureza da Mordida Mórbida", rs. É de uma delicadeza e morbidez transvestida de inteligência emocional.
Biá com acento no "Á" me inspirou. Mas, que eu não guarde as mesmas mazelas para não chegar à loucura.
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amarumbandista · 4 months ago
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Cigana Sarita ❤️‍🔥
“Preconceito esse tão grande e revestido de tamanha ignorância que certamente muitas vezes seria tratada como verdadeiro “demônio” sendo expulsa como tal. Mesmo assim, sabia que teria que atuar dentro da lei e ignorando tudo isso, trabalhar com muito amor, auxiliando os encarnados a se curarem das mazelas, pois só assim curaria as suas que estavam impressas em seu átomo primordial, carecendo de urgente reparo.”
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sprngharx · 5 months ago
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𝐻𝑊𝐴𝑁𝐺 𝐻𝑌𝑈𝑁𝐽𝐼𝑁? 𝑛𝑎̃𝑜! 𝑒́ 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝐽𝑈𝑁𝐺 𝐻𝐴𝑅𝑈, 𝑒𝑙𝑒 𝑒́ 𝑓𝑖𝑙𝘩𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝐸𝑅𝑆𝐸́𝐹𝑂𝑁𝐸 𝑑𝑜 𝑐𝘩𝑎𝑙𝑒́ 𝟸𝟺 𝑒 𝑡𝑒𝑚 𝟸𝟺 𝐴𝑁𝑂𝑆. 𝑎 𝑡𝑣 𝘩𝑒𝑓𝑒𝑠𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑛𝑜 𝑔𝑢𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑙𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎́ 𝑛𝑜 𝑁𝐼́𝑉𝐸𝐿 𝐼𝐼𝐼 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑟 𝑛𝑜 𝑎𝑐𝑎𝑚𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝘩𝑎́ 𝟷𝟽 𝐴𝑁𝑂𝑆, 𝑠𝑎𝑏𝑖𝑎? 𝑒 𝑠𝑒 𝑙𝑎́ 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑜, 𝐻𝐴𝑅𝑈 𝑒́ 𝑏𝑎𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ��𝐸𝑁𝑇𝐼𝐿 𝑚𝑎𝑠 𝑡𝑎𝑚𝑏𝑒́𝑚 𝑑𝑖𝑧𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑙𝑒 𝑒́ 𝑇𝐸𝐼𝑀𝑂𝑆𝑂. 𝑚𝑎𝑠 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑠𝑎𝑏𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝘩𝑒𝑓𝑒𝑠𝑡𝑜 𝑒́, 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑎𝑘𝑒 𝑛𝑒𝑤𝑠 𝑝𝑟𝑎 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑖𝑟 𝑎𝑢𝑑𝑖𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎.
𝐵𝐼𝑂𝐺𝑅𝐴𝐹𝐼𝐴:
Não há como falar de Haru sem mencionar seu parente mortal, Jung Jungsik. Ainda é o mistério o que a rainha do submundo e deusa das estações viu no humano. Talvez seu dom de convencimento? Afinal, havia fundado uma pequena seita própria em meio a diversidade da cultura coreana.
O ponto é que sim, Jungsik havia participado para que, em sua concepção, o maior dos milagres acontecesse. No dia 15 de setembro, um pequeno bebê fora de lindos olhos verdes fora deixado na porta de seu apartamento, e Jungsik sabia muito bem que se tratava de sua prole junto à deusa. Foi aí que o inferno do pequeno Haru começou. Nomeado com o mais óbvio dos nomes, afinal Haru significa nada mais nada menos do que “primavera” em japonês. Diferente de qualquer tipo de cuidados que um pai poderia ter com seu filho, o Jung mais velho tinha a certeza de que não tinha uma criança em mãos mas sim, o futuro. Haru, em sua cabeça deturpada, era nada mais e ninguém menos do que o próprio Messias da mitologia cristã e deveria ser tratado como tal.
A seita de Jungsik começou a triplicar seus membros com a notícia de que aquele destinado a herdar os reinos do céu e da terra tinha retornado; Haru era visto como uma tipo de benção da maneira mais tenebrosa consigo. Ainda há cicatrizes pelo corpo de todas as vezes  que ocorreram rituais onde o sangue  “divino’’ era ofertado para que os fiéis curassem qualquer uma de suas mazelas. O restante do dia, o menino era trancafiado no porão para que ninguém tivesse acesso ao ‘santo’ e que o mesmo não tivesse contato com o mundo exterior, permanecendo puro.
O que Jungsik não contava era que Haru havia herdado muita coisa de sua mãe, dentre elas a ânsia de liberdade e a teimosia. Aos sete anos, os primeiros traços da personalidade forte começaram a florescer e, por um descuido de Jungsik, Haru conseguiu escapar em meio à mais uma louca celebração. 
Sozinho e sem o conhecimento básico de como funciona o mundo, o garotinho perambulou pelas ruas enfrentando frio, fome e o descaso. E foi entre os becos em busca de comida que o primeiro incidente com monstros aconteceu, ainda hoje é uma memória nebulosa sem entender muito bem como aconteceu ou como conseguiu escapar daquele monstro, a única coisa que se lembra foi de ter sido encontrado por um sátiro e levado para o seu verdadeiro lar, o acampamento meio-sangue. 
Contrariando algumas expectativas, Haru fora proclamado por Perséfone assim que fora jantar pela primeira vez, o que não era grande surpresa afinal, o garoto além de cheirar como rosas tinha os mesmos olhos da deusa. 
𝑃𝐸𝑅𝑆𝑂𝑁𝐴𝐿𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸:
Tímido, gentil e sensível. Esses são os primeiros adjetivos que vêm na cabeça daqueles que conhecem Haru pouco mais afundo, por baixo da carapaça de menino quieto e introspectivo há um coração caloroso e imenso, pronto para brigar e proteger com unhas e dentes aqueles que julga precisar de sua proteção. No entanto, engana-se aqueles que pensam que, assim como Perséfone, ingenuidade e delicadeza são suas principais características. Há uma personalidade forte, cheia de convicção e uma teimosia extrema que o torna irredutível na maioria das vezes; Como a força da natureza, seu humor é muito volátil ainda mais se há mudanças bruscas no clima.
É alguém com uma alma delicada cujo prefere estar entre pinturas, desenhos e poemas a ter que participar ativamente de atividades em grupo, por mais que seja alguém fácil de se trabalhar em equipe por prezar o bem estar alheio acima do seu.
PODERES: PRIMAVITA
Sendo o filho da deusa da primavera, Haru possuí controle quase ilimitado da flora. Comunicando-se e manuseando a vegetação ao seu redor, seus poderes estão intrinsecamente ligados às suas emoções, além de serem voláteis dependendo do clima, seu poder está ligado à vida e a morte natural.
Manipulação das plantas: como o próprio nome sugere, é a capacidade de manipular e se comunicar com a vegetação ao seu redor. No entanto, conforme suas emoções, seus poderes saem do controle. 
HABILIDADES: FATOR DE CURA ACIMA DO NORMAL, SENTIDOS APURADOS.
ARMA: Phantom Blade
Se consiste num bracelete, onde está marcada uma rosa. Quando acionada, transforma-se me uma lança com a ponta afiada em formato de uma folha feita inteiramente de ouro imperial encrustada com detalhes em formatos de cipós,flores e borboletas mais diversas em bronze. Sempre que o bracelete é perdido, ele retorna para o pulso do filho de Perséfone.
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be-phoenix · 1 year ago
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E vou abrir minhas asas e voar para um lugar onde a mágoa, a tristeza, a dor e a escuridão e nenhuma outra mazela desse mundo consegue alcançar, tão longe em um canto tão distante que nem é possível me achar, o que me deixa intrigado é que esse encontro de mundos parece ser algo destrutivo mas ainda não é possível saber ao certo e não consigo deixar de ceder a tuas necessidades, fazendo de tudo pra te ver melhor ao mesmo tempo que não posso aceitar menos do que o melhor pra você e pra sua vida, uma dualidade de interesses sem explicação óbvia...
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osabordopetricor · 1 year ago
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Bonnie Burstow uma vez escreveu que "pai e filha desprezam a mãe juntos. Eles trocam olhares com significado quando ela não entende o ponto. Eles concordam que ela não é tão inteligente quanto eles e que não consegue raciocinar tão bem quanto eles. Mas, esse acordo silencioso não salva a filha do destino da mãe". Ela estava certa. Desde que me percebo, acho que uma das minhas maiores mazelas foi sempre ser a minha mãe. Acredito que seja por conta da minha condição de irmã mais velha, mas eu sempre senti ela. Muitas vezes via o mundo pelas frestas dos olhos dela.
Eu sempre olhei para minha mãe assustada, como quem encara um espelho por tempo o bastante para diassociar. Já sabia que não havia como escapar do meu destino, contudo, isto não me salvou de teme-lo. Provavelmente com ela também foi assim, e com minha avó. E sucessivamente com as mulheres de minha familia. Somos muito parecidas: muito mulheres em todos os esteriótipos e diacronismo de nossa identidade de gênero.
As mulheres sabem, em algum momento, que são a mãe. E sabem que todas as tentativas desesperadas que surgem na adolescência para fugir disto são em vão.
Há sempre um homem sendo nosso pai para nos fadar ao destino de sermos nossas mães.
Minha mãe, antes de ser minha mãe, tinha um nome. E sonhos, e uma personalidade, e era eu. Queria ter encontrado-a, quando ainda era eu e, logo, poderia me enxergar com seus olhos, e não pelos olhos de sua mãe. Queria ter segurado suas mãos e dito: não posso te salvar de ser mãe, mas, tenho sorte por, embora ter medo, nunca ter vergonha de me tornar você. Eu te entendo, fui e serei você. E, portanto, nunca compactuarei com meu pai. Não fiz e não farei trato algum, você sempre foi e será brilhante.
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cartasparaviolet · 7 months ago
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Estava desejosa por momentos de leitura, colocar todas as ideias que divagavam em minha mente no papel e admirar as estrelas. Uma vida contemplativa é uma existência sadia. Havia tanta distração a minha volta que não me permitia pensar. Introspecção é uma necessidade inerente da alma. O estado de solitude é uma benção e acalma. Ansiava por estar só, em alinhamento, sintonizada com o Todo. Precisava me sentir ancorada em meu próprio porto. Havia muito ruído por perto, desconcerto. A quietude é um convite amoroso para novos estágios de consciência alcançar. A alma direcionava para uma conexão mais profunda, é imprescindível recarregar as energias e somente poderia em minha própria companhia. Uma noite de domingo propícia para uma boa taça de vinho. O líquido carmesim penetrava queimando as velhas mazelas impregnadas na pele, no espírito. Como nominar essa necessidade visceral de isolamento? Um eremita que longe de sua caverna tornava-se arisco e feroz. A zona de conforto estava em minha solitude, protegida e íntegra. Nada faltava, tudo possuía. Um alinhamento transcendental que a razão jamais conseguiria argumentar, quiçá explicar. O que explano aqui é fora do normal, eu sei. Nunca estive confortável em ser trivial. A personalidade quer pertencer, a centelha expandir. Explodia em mim tons iridescentes provindo do fundo do meu coração como fogos de artifícios iluminando todas as direções. Deixe-me pensar, deixe-me filosofar, deixe-me aqui, acolá. Deixe-me brilhar, deixe-me intuir, deixe-me regressar. O arquétipo do lobo solitário se rebelava com tudo e todos obstinados a contrariar. Deixe-me livre, deixe-me ser. Não exijo compreensão, apenas respeito. Zelo pelo meu bem-estar acima de tudo, hoje possuo bem mais conteúdo. Não sou as mesmas águas que passaram por aqui ontem, nem ano passado. Cuidado com os julgamentos, estão desatualizados. Conheça-me outra vez, prazer. Ou deixe-me em paz, adeus. Aprendi que o desapego é vital para a evolução. As leis não mentem, o magnetismo existe, o tempo é ilusão. Conto os dias e horas para estar comigo, entro em conflito com o relógio e, às vezes, o cogito como um grande amigo. Reconcilio-me com o tempo e abro espaço para o novo. O devido recomeço, um brinde ao meu retorno. Já posso descansar? Amanhã começa tudo outra vez, a criança eloquente queria fugir floresta adentro como sempre fez. Sigo de cabeça erguida com o autêntico eu que desabrochou, nada mais pode silenciar essa formosa e solitária flor.
@cartasparaviolet
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delirantesko · 3 months ago
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Ela (poesia, 2024)
Se você não abre a janela
Sente o vento através dela
Qual é a diferença entre ela
E uma simples, mera tela?
Se a brisa não apaga a vela
Essa casa é apenas uma cela
Quando não anda pela viela
Paisagem meramente bela
Trancado aqui dentro é uma mazela
Num castelo aprisionado como donzela
Pelo menos aqui o frio de fora não gela
Mas o doce perfume da rosa não se revela
* A inspiração surgiu ao olhar pro gato que em cima da mesa ficou olhando pela janela. Não consegui identificar o que era, mas surgiu a ideia aí, que inicialmente era apenas uma frase. Outro desafio foi usar apenas palavras que me surgiram na cabeça, sem usar qualquer tipo de ajuda. Outras rimas que não usei:
Tagarela
Zela
Magrela
Singela
Gazela
Sela
Rela
Pela
Duela
Goela
Moela
Muçarela
Vuvuzela
Venezuela
Capela
Banguela
Ruela
Tutela
Manuela
Gabriela
Panela
Patela
Tarantela
Bagatela
Na próxima postagem vou postar um template que pode ajudar a escrever poemas assim, derivado do meu passatempo favorito das revistas de palavras cruzadas: o jogo Torto.
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