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Peço, meu Deus, que ninguém seja refém do que já fizeram comigo. Que ninguém seja refém da minha dor, do meu coração partido, das minhas tentativas de suprir o vazio e usar coisas e pessoas para mascarar o que está doendo.
Sem me tornar o meu opressor, quero acolher as minhas sombras para que elas não se tornem a fera ferida no peito, na alma e no coração.
Que eu nunca, em hipótese alguma, seja a pessoa que estraçalha o sistema nervoso central de alguém, mesmo que tenham feito isso comigo.
Que eu não me transforme na pessoa que tanto me machucou, só para validar um ego enfraquecido.
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o sabor amargo. coloquei meu coração nas mãos de uma mulher que não tem inteligência emocional, e esperei que ela agisse com responsabilidade comigo. sou tomada por uma enxurrada de sentimentos de culpa por permitir isso, mesmo sabendo que no final das contas é um grande aprendizado. antes que a culpa me domine por inteiro, me vem a voz de hélio couto como um deslumbre interno, dizendo que marilyn monroe também só queria ser amada, mas eram os que mais diziam que a amava, que abusavam dela. lágrimas escorrem pelo meu rosto, eu me sinto cansada, mas a voz do meu professor se torna cada vez mais audível dentro do meu âmago, me lembra que oscar wilde também amou alguém que o machucou, a ponto de ter sido humilhado e preso. me lembro que não é errado querer ser amado, pois, o meu íntimo é formado de amor. garotas como eu, que encarnaram sob a influência de vênus, são o próprio arquétipo do amor. então, eu desabo e desaguo em lágrimas que lavam o meu peito, como um sobro que limpa uma superfície empoeirada. sou digna de amor e respeito. tive a bravura de olhar para dentro, para o centro, e mudar a mim mesmo, para que minhas atitudes não ferisse o outro. tenho como busca o meu auto aperfeiçoamento, mas depois de tanto sofrimento, não quero mais as mazelas de aprender por tentativa e erro. prefiro que seja por graça e amor. se até jesus chorou quando foi crucificado por só querer amar, quem sou eu pra não chorar?
“pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem”
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você não viveu o inverno comigo e, agora, deseja conversar sobre a primavera.
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você quer viver um amor baseado no paradigma de Adam Smith, e eu tô vibrando na teoria dos jogos de John Nash.
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se eu te ver, mulher, na beira da praia, brincando com a tua criança, te amarei muito mais. amarei as duas, a criança e a mulher.
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o tipo de amor que se preocupa minimamente em não desregular a bioquímica do meu corpo, que faz questão de deixar todos os hormônios regulados.
é também o tipo de amor que não baixa minha vibração, que expande ainda mais o meu campo eletromagnético.
o tipo de amor que seria poema no livro da Rupi Kaur, o meu preferido.
é o tipo de amor que eu ouviria falar nas aulas de física quântica do prof. Hélio Couto, e me sentiria amada incondicionalmente.
o tipo de amor que meteria dança comigo ao som do pagodão baiano de Melly.
o tipo de amor que me faz pensar que sem dúvidas eu seria esse tipo de amor também.
do tipo que sara tudo, sara tudo.
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está tudo bem, repeti várias vezes, como um mantra. eu havia vivido coisas piores antes, não seria isso que me faria cair no infantilismo da coisa. que todas as minhas decisões fossem sábias, visando respeitar minha integridade física, mental, espiritual. eu tenho um compromisso comigo mesma. o compromisso de nunca mais me fazer refém das escolhas(ou não escolhas) dos outros.
se a minha entrega é baseada em fartura porque eu deveria aceitar menos do que isso?
fica aí o questionamento...
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não alimente os sentimentos de alguém, se você não tem a capacidade de sustentar o rolê.
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não vou parar minha evolução pra caber em um tipo de amor que só me deixa deformada.
não sobrevivo de doses homeopáticas de amores conta gota.
sou feita do mesmo átomo que compõe as estrelas, pra vibrar na minha frequência é preciso que me ame com a potência do universo.
– segundo degrau da escala de maslow
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vê se depois não volta arrependido, por não ter encontrado nenhum amor mais quente que o meu.
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um cheiro no pescoço, tua mão na minha coxa
minha língua fazendo polinização na tua flor
teu gosto, agridoce, soa como mel na colméia da minha boca
teu amor me deixou com o peito quente
eu fiquei toda manhosa
depois que rebolei
na tua língua
fica por aqui, faz morada na minha caixa torácica, quero te amar de um jeito manso, mas não se assusta se meu bpm passar de 130
dá sossego pra esse coração, minha terapia quântica
se deus te colocou na minha vida, foi porque eu merecia esse tipo de amor sem agonia
você disse que eu fico linda te amando
se minha boca não estivesse tão ocupada descobrindo o estrago que teu beijo faz, eu concordaria
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fuja do mínimo disfarçado de "o máximo".
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eu gritei no silêncio da noite "que amor gostoso". toda derretida, de manhã cedo, fiz banquete. cê lambuzou os dedos, eu fiquei calminha.
cocriei tudo o que você queria na força do orgasmo. casa, carro, apartamento.
cê conquistou tudo. eu disse que te daria.
vê se não se desfaz da fonte enquanto ela está criando, só porque você conseguiu "algumas coisinhas".
isso não é nem de longe sobre magia, sou só eu autoconsciente, unificada com o todo, criando enquanto sinto e falo. eu te disse, nenhuma escassez nos alcançaria.
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jamais me transformarei em quem me machucou!
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voltar para quem te traiu é como querer tomar outro tiro, porque o primeiro não te matou.
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