#mas em minha defesa
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#em minha defesa não sou fã dessa série mas o fandom br faz uns edits muito engraçados#videos#bueno no entiendo un choto pero yeah ill post that#good omens
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Charlie Campbell: Book rec
ou os oito livros de cabeceira de uma filha de Atena
As Ondas Virginia Woolf
As ondas, considerada uma das mais importantes obras de Virginia Woolf e do século XX, oferece uma visão única e emocionante sobre a vida humana, a natureza da identidade e a importância da conexão. A história é contada por meio de uma série de monólogos interiores ― os fluxos de consciência ― que seguem a vida de seis amigos, da infância à idade adulta. Cada personagem tem sua própria voz e uma perspectiva única, que, juntas, criam uma imagem profunda e complexa da experiência humana. Ao longo do romance experimental, Woolf explora temas como amizade, amor, solidão, autodescoberta, feminismo e espiritualidade a partir das inquietações e sensações íntimas de suas personagens principais, tecendo uma história poderosa e emocionante com a qual é impossível não se envolver.
2. Alice No País Das Maravilhas Lewis Carroll
Conta a história de Alice, menina que cai numa toca de coelho e vai parar num lugar fantástico, povoado por criaturas estranhas que lembram seres humanos. Um universo nonsense, com uma lógica do absurdo, que remete ao mundo dos sonhos, numa narrativa pontuada por paródias de poemas populares infantis ingleses daquela época. Nesse lugar, Alice enfrenta estranhas e absurdas aventuras, passa por situações incomuns, conhece seres extravagantes, é submetida a perguntas e situações enigmáticas ou desprovidas de sentido lógico, aumenta e diminui de tamanho... e vive tudo com naturalidade e muita, muita curiosidade.
3. Antígona Sófocles
Na lendária Tebas, Creonte, um novo tirano, ordena que sejam dados tratamentos desiguais aos dois irmãos de Antígona. Sua imposição é didática. Se aquele que lutou ao lado da cidade deve receber as honras do sepultamento, o outro, que atacou as muralhas, deve ser jogado no ermo para que sirva de exemplo aos opositores. A ordem, no entanto, não é aceita por Antígona. Ela se insurge contra o édito, honrando seu irmão, defendendo os ritos sacros devidos aos deuses, pondo em risco sua própria vida, trazendo à tona a herança e a verve da antiga estirpe dos Labdácidas. Composta por volta de 442 a. C., Antígona é ainda hoje uma peça conturbada e polêmica. É uma tragédia que pontua os limites do poder, o seu lugar e as suas instâncias, e que oferece o espetáculo grandioso da vontade, do sentimento de estirpe, da piedade e da justiça.
4. A Divina Comédia Dante Alighieri
Escrito no século XIV, A divina comédia , o poema épico de Dante Alighieri é considerado também um dos textos fundadores da língua italiana. Nele, o escritor apresenta uma jornada inesquecível pelo tormento infinito do Inferno e a árdua subida da montanha do Purgatório até o glorioso reino do Paraíso. Dante conseguiu fundir sátira, inteligência e paixão em uma alegoria cristã imortal sobre a busca da humanidade pelo autoconhecimento e pela transformação espiritual.
5. O Mundo de Sofia Jostein Gaarder
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões-postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo. Os postais são enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma certa Hilde Møller Knag, garota a quem Sofia também não conhece. De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado a percorrer toda a história da filosofia ocidental, ao mesmo tempo que se vê envolvido por um thriller que toma um rumo surpreendente.
6. Eu Sei Por Que O Pássaro Canta Na Gaiola Maya Angelou
RACISMO. ABUSO. LIBERTAÇÃO. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê.
7. Hamlet William Shakespeare
Um jovem príncipe se reúne com o fantasma de seu pai, que alega que seu próprio irmão, agora casado com sua viúva, o assassinou. O príncipe cria um plano para testar a veracidade de tal acusação, forjando uma brutal loucura para traçar sua vingança. Mas sua aparente insanidade logo começa a causar estragos - para culpados e inocentes.
8. Amor Nos Tempos Do Cólera Gabriel García Márquez
Ainda muito jovem, o telegrafista, violinista e poeta Gabriel Elígio Garcia se apaixonou por Luiza Márquez, mas o romance enfrentou a oposição do pai da moça, coronel Nicolas, que tentou impedir o casamento enviando a filha ao interior numa viagem de um ano. Para manter seu amor, Gabriel montou, com a ajuda de amigos telegrafistas, uma rede de comunicação que alcançava Luiza onde ela estivesse.
#charlie: extras#mil coisas pra fazer e eu postando os livros favoritos da charlie#mas em minha defesa já estava pronto#divirtam-se
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O menino prestes a se declarar, manda uma ft e tudo q eu consegui dizer foi um “nossa tem um cellbit lá no fundo kk”
#mano.#em minha defesa ele n tinha falado nada ainda#aí ódio ele mo sério nossa gosto mt de ti e tals e eu mando essa#q ódio#ele mandou um adiozao agr falando sobre nós e eu estou pasma n sei nem como responder#tô toda aiaiais e uiuis#ao msm tempo q eu tô gostando mt dele eu tenho medo de n conseguir corresponder? pq ele é mt aberto mt seguro quanto a outras pessoas#daí tem eu q tenho medo de dar um abraço#medo do q tu me pergunta? não sei.#mas acho q só dele ter decidido ok vou tentar com essa ai ja prova q eu n deveria ter medo sabe#tipo ele é mt de boas c tudo e sempre pergunta o qq eu acho das coisas#sempre me leva em consideração#sla mas eu ainda tenho medo. n quero me machucar e mt menos machucar ele..#nossa começou meio shitpost daí já virou desabafo tá loco#bergi gabble
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Morcego News #3
(sugestão da @mila-carat)
um esquisitão que se acha "o diferentão" e afirma "só gostar de personagens secundáries esquisites que mal aparecem e o pessoal nem lembra" acaba de afirmar que o personagem preferido dele de um desenho animado é ninguém mais, ninguém menos que o PROTAGONISTA.
isso mesmo, Brasil. o personagem mais famoso, o mais icônico, o mais importante pra história, o mais lembrado pelo público, o único da franquia toda que o país todo conhece.
#olha em minha legítima defesa#tode eneagrama 4 tem seus momentos de fraqueza#tode eneagram 4 tem seus momentos não-eneagrama-4#KKKKKKKKKKK DXA QUIETO NÃO DÁ PRA ME DEFENDER NÃO#enfim se até eu que sou do contra gosto do protagonista de uma história é porque o personagem foi bem escrito#mas isso não faz de mim menos do contra não kkkkkkklk eu vou continuar a gostar da galera que ninguém se importa SIM#obgd pela ideia Camila kkkkkkkkkk#tio morcego tá doidão
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Hábitos que me ajudaram a manter minha barriga chapada naturalmente, e que me ajudam a desinchar!🙀- parte 2

Decidi fazer uma parte dois do meu post anterior com dicas para evitar inchaço abdominal (que se você não viu, recomendo dar uma passada por lá ! 😸), pois eu deixei algumas dicas de fora, e como eu vi que vocês gostaram e lhe foram útil, eu não poderia deixar de compartilhar essas com vocês. - 🤲🏻💕

🌷- Como eu já tinha dito no meu post anterior, é essencial que você tenha um intake baixo de kcals consumidas por dia (eu recomendo abaixo de 200), consequentemente você não pode, e nem deve consumir muitos alimentos durante o dia. por isso eu recomendo que vocês apliquem o omad na rotina de vocês !
Omad significa "One Meal A Day" (Uma Refeição por Dia). É uma abordagem de jejum intermitente onde se consome alimentos apenas uma vez ao dia.
Benefícios do omad -
Benefícios Fisiológicos
1. Perda de peso: Redução na ingestão calórica total.
2. Melhoria do controle de insulina: Ajuste nos níveis de açúcar no sangue.
3. Redução da inflamação: Diminuição dos marcadores inflamatórios.
4. Aumento da sensibilidade à insulina: Melhoria na absorção de glicose.
5. Redução do risco de doenças crônicas: Diabetes, obesidade, doenças cardíacas.
Benefícios Metabólicos
1. Aumento da queima de gordura: Utilização de gordura como fonte de energia.
2. Melhoria da função mitocondrial: Aumento da eficiência energética.
3. Redução da produção de radicais livres: Proteção contra danos celulares.
4. Aumento da produção de hormônios benéficos: Hormônio do crescimento, adrenalina.
Benefícios Psicológicos e Neurológicos
1. Melhoria da clareza mental: Aumento da concentração e foco.
2. Redução do estresse: Diminuição dos níveis de cortisol.
3. Aumento da auto-disciplina: Melhoria na autogestão.
4. Redução da ansiedade e depressão: Melhoria no humor.
Outros Benefícios
1. Redução dos custos alimentares: Menos refeições.
2. Aumento da eficiência digestiva: Melhoria na absorção de nutrientes.
3. Redução do tempo gasto com refeições: Mais tempo para outras atividades.
4. Melhoria da pele e cabelo: Redução da inflamação.
Desde que eu começei a aplicar o omad na minha rotina, além de eu conseguir comer todos os dias, minha barriga permanece a maior parte do tempo seca, pois não tem comida suficiente para armazenar. Por isso é importante que vocês dêem preferência para alimentos leves e limpos, não se faça de lixeira. 🚯

Deixando claro que, igual eu disse no meu post anterior, é essencial que vocês se acostumem com o jejum prolongado ! (eu já fiz um post sobre como se acostumar com nfs/e jejuns, vale conferir😸) e quando tomarem a prática, aí sim poderão começar a aplicar o jejum intermitente e o omad na rotina de vocês. não adianta achar que conseguirão dar conta de emagrecer apenas com omad se não conseguem suportar a fome no dia a dia, e é esse o meu ponto. o objetivo é a fome ser natural para vocês, ao ponto de conseguirem suportar fazer apenas 1 única refeição por dia. (oque é um privilégio para muitas pessoas, pois querendo ou não muitas de nós somos obrigadas constantemente a comer no dia a dia. - 🍽)

🌻- Eu já compartilhei com vocês na parte 1 sobre os benefícios da Água com limão, mas acabei deixando de fora o combo completo. (em minha defesa, eu só descobri que poderia complementar o limão com esses ingredientes um tempo depois...)

Ingredientes e Benefícios Individuais - 👇🏻
1. Água com Limão:
- Aumenta hidratação.
- Estimula digestão.
- Reduz inflamação.
- Fortalece sistema imunológico.
- Ajuda na eliminação de toxinas.
1. Vinagre(recomendo especificamente o de maça, mas qualquer um serve) :
- Reduz inflamação.
- Regula níveis de açúcar no sangue.
- Aumenta sensibilidade à insulina.
- Ajuda na perda de peso.
- Melhora digestão.
1. Canela em Pó:
- Reduz inflamação.
- Regula níveis de açúcar no sangue.
- Melhora circulação sanguínea.
- Ajuda na perda de peso.
- Possui propriedades antibacterianas.
Benefícios da Mistura
1. Redução de Inchaço e Barriga: A combinação de limão, vinagre e canela ajuda a reduzir a inflamação e melhorar a digestão, o que pode contribuir para diminuir o inchaço abdominal.
2. Melhoria do Sistema Digestivo: A mistura estimula a produção de sucos digestivos, ajuda na absorção de nutrientes e reduz sintomas de indigestão e flatulência.
3. Perda de Peso: A combinação pode ajudar na regulação do metabolismo e redução da gordura abdominal.
4. Controle de Açúcar no Sangue: O vinagre e a canela ajudam a regular os níveis de açúcar.
5. Fortalecimento do Sistema Imunológico: O limão e a canela possuem propriedades antioxidantes e antibacterianas.
Modo de Preparo
1. Coloque bastante vinagre de maçã. (Pode exagerar mesmo)
2. Adicione o suco de 2/3 limões.
3. Coloque 1/2 colher de chá de canela em pó.
4. Misture em 1 litro de água.
5. Beba sempre antes e após as refeições, e durante o dia a dia.

Eu SEMPRE deixo minha garrafinha de água pronta na noite com essa misturinha, para beber no dia seguinte. Juro pra vocês, arrisco dizer que é MILAGROSA a forma como a barriga desincha em questão de minutos ! e apesar de não ser o foco, recomendo sempre passar o dia bebendo essa misturinha, e durante a noite dê preferências para chás. (já falei sobre os benefícios na parte 1 ! 🍵)

🌺- Uma coisa que tem me ajudado MUITO (e diria que se tornou um vício), foram as massagens abdominais. Desde que eu começei a fazer (no banho, pós banho, e durante o dia), senti uma grande diferença não só na minha barriga, como principalmente na minha cintura. eu recomendo que todas vocês façam pelo menos no banho, é realmente muito eficaz.
Benefícios Estéticos
1. Redução da celulite: Melhora a textura da pele.
2. Modelagem da barriga: Reduz medidas e redefine contornos.
3. Diminuição da gordura visceral: Reduz risco de doenças crônicas.
4. Definição da cintura: Melhora proporções corporais.
Benefícios Fisiológicos
1. Melhoria da circulação sanguínea: Nutre tecidos e reduz inflamação.
2. Redução do estresse: Libera endorfinas, promovendo relaxamento.
3. Melhoria da digestão: Estimula movimentos intestinais.
4. Redução da retenção de líquidos: Melhora eliminação de toxinas.
Técnicas de Massagem Abdominal
1. Massagem circular: Estimula circulação e reduz gordura.
2. Massagem em "S": Modela barriga e cintura.
3. Massagem profunda: Relaxa músculos e melhora digestão.

(Imagem meramente ilustrativa)
🌾- Eu mencionei na parte 1 os perigos de consumir carboidrato, mas acabei deixando de fora o PIOR a ser consumido na tabela nutricional, que é o SÓDIO ! 🚫
Acredito eu que nem vale mencionar o quão bem fez pra mim, e principalmente pra minha barriga me livrar de uma vez por todas de alimentos alto em sódio... então vou apenas citar o porque vocês deveriam evitar ao máximo.
Riscos de consumir alimentos altos em sódio:
1. Inchaço: O sódio retém líquidos no corpo, causando inchaço facial, abdominal e pernas.
2. Celulite: O excesso de sódio pode piorar a celulite.
3. Manchas e olheiras: O inchaço pode causar manchas e olheiras.
4. Peles ressecadas: A perda de líquidos pode levar a peles ressecadas.
5. Cabelos quebradiços: O desequilíbrio de líquidos pode afetar a saúde dos cabelos, oque nos prejudica em dobro já que um dos efeitos colaterais do jejum, é a queda de cabelo.
Alimentos Altos em Sódio a Evitar
1. Produtos processados: Pães, bolos, biscoitos, pizzas.
2. Enlatados: Legumes, frutas, carnes.
3. Frituras: Batatas fritas, coxinha, pastel.
4. Carnes processadas: Presunto, bacon, linguiça.
5. Sopas instantâneas: Ramen, sopas de pacote.
6. Molhos e condimentos: Molho de soja, ketchup, mostarda.
7. Queijos processados: Queijo cremoso, queijo ralado.
8. Bebidas industrializadas: Refrigerantes, sucos artificiais.
Dicas para Reduzir o Consumo de Sódio
1. Leia cuidadosamente os rótulos nutricionais.
2. Escolha alimentos frescos.
3. Cozinhe em casa.
4. Use ervas e especiarias para temperar.
5. Limite o consumo de produtos processados.
E sim, vou ter que aconselhar vocês a não pesarem a mão na coca zero... 😓 claro que não tem problema consumir 1/2 copos por dia, mas lembrem-se, ela é 0 em kcal, e não em sódio. então nada de beber uma garrafa de não sei quantos litros achando que sua barriga vai ficar chapadinha o resto do dia, porque não, não vai. obviamente você não vai engordar, mas é sempre bom evitar inchaço desnecessário. apesar disso, a coca zero ainda é uma aliada, e não devemos descarta-lá da nossa rotina, apenas saber como incluí-la com moderação. 🙏🏻

🌱- Na parte 1 eu mencionei os riscos de consumir açúcar também, que é super prejudicial no progresso ! Mas tenho uma boa notícia (considerem uma dica bônus), não tem problema se vocês consumirem doces zero adição de açúcar! (Alimentos normalmente feito para diabéticos, mas que podemos tirar proveito.)
A maioria não é muito barato, mas vale apena. Eu gosto de incluir alguns desses doces de vez enquando para incluir nos meus omads, e isso não me atrapalha em nada. mas lembrem-se, se vocês não tiverem autocontrole para doces, não comprem independentemente de ter açúcar ou não, pois o mais importante no progresso é trabalhar nosso próprio autocontrole. então recomendo apenas para quem já está adaptado a fazer omad.
🌈- Fim
Por hoje é só isso borboletinhas, espero que pelo menos um dos meus conselhos sejam úteis para vocês. e para quem quiser anotar por tópicos, as dicas são essas:
1. Se adaptar a fazer omad.
2. Consumir água com limão + vinagre e canela.
3. Ter uma rotina de massagens abdominais.
4. Evitar alimentos alto em sódio.
5. Dica bônus: liberado consumir doces zero adição de açúcares.
📝
Até a próxima ! 😸

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» CINCO SEGUNDOS DA ETERNIDADE APÓS O FIM (25/11) — pedido pessoal » categoria: Arcane » personagens: Jayce & Viktor » recursos: psds por @.navh (deviantart) & @.colour-source arts por @ariespsyche <3
meimei's note: eu não estou aceitando pedidos mas em minha defesa, era IMPOSSÍVEL recusar esse pedido. Já tem um tempo que a fic está sendo escrita e meu deus, que escrita linda, delicada, eu choro de amores em todos os capítulos. Falando sobre a capa, já tem um tempo que queria editar com algo relacionado a espaço mas nunca tive uma boa experiência com os meus projetos SÓ QUE DESSA VEZ SAIU FAMÍLIA (!) artes belíssimas por @ariespsyche <3 tysm 🫶
#social spirit#spirit fanfics#capa de fanfic#capa de spirit#capa para social spirit#capa simples#capa design#capa para spirit#capa spirit#capa de anime#capa anime#capa romântica#capa rosa#capa roxa#capa texturizada#capa para fanfic#capa para fic#capa social spirit#capa fanfic#capa clean#capa colorida#capa minimalista#capa#arcane#jayce talis#viktor arcane#jayce x viktor#jayvik#this is a ship post#meinem
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🎃 kinktober - day four: caçador/presa com enzo vogrincic.
— aviso: dark romance, stalker!enzo, menção �� sexo e masturbação, homicídio e violência, menção à autoextermínio. NÃO LEIA SE FOR SENSÍVEL. (+18).
— word count: 5,6k.
— notas: eu não sou estudante de psicologia, então provavelmente pode ter alguns conceitos errados ao longo do texto. é tudo ficção, manas e manos. às psicólogas do site: minhas desculpas caso haja um erro muito grotesco!! não é um smut. uma coisa meio Mavi de Mania de Você.
a cabeça latejava como se as têmporas estivessem sido apertadas pelas mãos de um gigante impiedoso. os olhos lutavam para continuarem abertos, embora a luz branca do consultório parecesse tirar sarro do seu esforço. o som da caneta deslizando pelo papel também não ajudava em nada. você estava considerando parar de anotar o que o paciente lhe dizia, mas seria falta de educação.
"Enzo, eu preciso que você me dê mais detalhes da sua infância. você fica repetindo que as coisas eram muito difíceis, mas você ainda não disse como as coisas eram difíceis." seu tom de voz sereno mascarava a dor profunda em que você se encontrava. "tudo bem por você?"
o homem bonito assentiu timidamente. era a terceira vez que você o via naquele mês e sentia que não obtivera muito sucesso nas consultas anteriores. ele respondia às perguntas e falava muito sobre coisas do dia à dia, mas costumava a ser um pouco vago sobre coisas pessoais. sempre que podia, contornava a pergunta com uma oratória impressionante.
Enzo era muito bonito. tinha cabelos longos, andava sempre com as peças de roupa impecáveis e estava sempre cheiroso. costumava usar colares e anéis e os sapatos estavam sempre limpos. tinha uma voz profunda e envolvente. um sorriso de causar suspiros e um olhar que parecia despir quem quer que fosse.
"eu fui abandonado pelos meus pais quando criança. como não tinha nenhum parente próximo, fui deixado em um orfanato." você anotou tal fato no prontuário do paciente, um pouco perplexa por ele ter escondido aquilo desde a primeira sessão. voltou a mirá-lo depois de feito, mas ele apenas se manteve em silêncio.
"e como era esse orfanato?"
"péssimo." a postura mudou. estava relaxado momentos antes e, de súbito, travara em uma posição de desconforto. os dedos batucavam no braço estofado da poltrona. "as freiras que cuidavam do orfanato não eram muito bondosas. irônico, não?"
"você acha que o abandono dos seus pais é responsável por algum mecanismo de defesa que, hoje, possa te atrapalhar na sua socialização?"
"como assim?" o uruguaio a olhou desconfiado. você conteve a vontade de sorrir. alguns pacientes demonstravam muito mais do que pensavam demonstrar.
"quando algumas pessoas são abandonadas, elas criam mecanismos de defesa para lidar com o abandono." você explicou, massageando a têmpora cuidadosamente. "por exemplo, algumas pessoas podem evitar a socialização e, consequentemente, evitar um possível abandono. outras, irão socializar, mas vão fazer absolutamente tudo que elas pensam que irá garantir a presença da outra pessoa em suas vidas. isso pode ser problemático, pois elas colocam as necessidades de outras pessoas à frente das suas."
"não acho que eu faça parte de nenhum dos casos. eu me socializo muito bem e sei respeitar meus limites."
"mas tem dificuldade para se abrir para outras pessoas." você pontuou enquanto rabiscava um desenho bobo no fim do bloco de notas. Enzo a olhou como se algo extremamente embaraçoso sobre ele houvesse sido revelado para milhões de pessoas. "está tudo bem, Enzo. isso não te faz uma pessoa melhor ou pior. estamos só pontuando algumas características sobre a sua personalidade."
um sorriso nervoso dançou nos lábios bonitos do paciente. ele voltou a relaxar, como se realizasse que não tinha como mentir para você. de uma maneira ou de outra, você descobriria todos os segredos dele.
"acho que você tem razão. eu já tive problemas relacionados à isso." ele confessou, um pouco receoso. "relacionamentos que não funcionaram porque eu me abria muito pouco. amizades, romances..."
"então você vê a necessidade de mudar essa sua característica?"
"seria bom poder confiar mais nas pessoas. acho que melhoraria muitos aspectos da minha capacidade de socializar." você sorriu. Enzo era um homem muito inteligente, afinal. você gostava dos pacientes que se mostravam aptos à mudança.
"isso é muito bom. é exatamente o tipo de pensamento que alguém deve ter ao procurar a terapia." você o encorajou, voltando a olhar para a ficha dele. "você me disse que as freiras do orfanato não eram muito solícitas. você lembra de algum episódio em específico que te faz pensar assim?"
[...]
seu corpo colapsou na cadeira do restaurante quando você finalmente achou a mesa ocupada pelo seu noivo. Esteban retirou os olhos do celular, te dando um sorriso caridoso como forma de apoio.
"você está linda hoje."
"você é um ótimo mentiroso." você sorriu, um pouco exausta até mesmo para contrair os músculos faciais. depois de duas aspirinas, a dor de cabeça tinha até melhorado. agora restavam as dores musculares que tomavam o corpo de assalto. "você já pediu?"
"sim. pedi aquele risoto que você gosta, além desse merlot." ele apontou para a garrafa em cima da mesa. inclinou-se gentilmente para servir tanto o seu copo quanto o dele antes de brindar com você. "eu sei que é dia de semana, mas você merece."
"de acordo." você não se opôs, dando um grande gole na bebida. o corpo contraiu em um espasmo de felicidade. "tudo certo para o seu voo amanhã?"
"uhum. vai ficar bem até lá?" a canhota encontrou a sua sobre a mesa, os olhinhos brilhando de preocupação. você sorriu.
"são só cinco dias, meu amor. acho que eu aguento." Esteban sorriu, deixando um selar no anel de noivado caro.
voaria para o Chile para performar algumas cirurgias cardiotorácicas em diversos hospitais do território. o intercâmbio de saúde tinha sido proposto pelo hospital em que Esteban trabalhava e ele, como o homem empático que era, não conseguiu negar. embarcava na sexta e voltaria somente na quarta.
você sentia um pouco de chateação, mas nada além do comum. estavam noivos há pouco tempo e desde o noivado, as coisas estavam mais românticas do que nunca. era comum transarem mais do que o normal, sair para jantar mais vezes no meio das semanas turbulentas e passarem horas planejando o futuro juntos. você sabia que iria sentir falta dele enquanto ele estivesse em Santiago, mas seria por uma boa causa.
o jantar havia sido agradável, como sempre. depois de algumas taças de vinho você estava relaxada o suficiente para aproveitar o resto da noite, esta que começou no elevador do prédio em que vocês moravam. você se lembrava dos lábios de Esteban correndo pelo seu pescoço e em poucos segundos você estava na cama sendo fodida impiedosamente.
você tinha as sextas livres, então aproveitou para fazer tudo que podia depois de levar o noivo no aeroporto. participou de uma aula de pilates, levou os cachorros para passear e decidiu ir até o supermercado mais próximo para repor a dispensa de casa.
estava carregando um saco pesado de ração quando os seus olhos encontraram os dele. era Enzo, o seu paciente do dia anterior. te olhava como se fosse proibido. alguns pacientes não se sentiam muito confortáveis em ver os seus terapeutas fora do consultório.
você sorriu timidamente antes de voltar a procurar pelo seu carrinho. Enzo, lutando contra o desconforto, se aproximou para ajudá-la.
"isso parece pesado." ele ofereceu os braços fortes e você colocou o saco de ração nas mãos dele, agradecendo pela gentileza.
"e muito." você voltou a procurar pelo carrinho, achando-o um pouco distante de onde você o deixara. alguém provavelmente o tinha empurrado. "você mora por aqui?"
"não... eu vim visitar um amigo que mora no bairro e pensei em comprar alguma bebida para não chegar de mãos vazias." ele colocou as mãos nos bolsos, voltando ao estado de desconforto anteriormente. "você está noiva?"
você olhou para as suas mãos, sentindo-se pega. geralmente, tirava a aliança quando atendia os pacientes. gostava de deixar claro o limite entre razão-emoção quando atendia. não queria que os pacientes ficassem envolvidos demais em detalhes sobre a sua vida pessoal.
"sim, fazem alguns meses." você brincou com a aliança. não tinha muito mais sobre o que falar. "obrigada pela ajuda, Enzo."
"não há de quê." ele sorriu, gentil. você se afastou dele lentamente depois de se despedir.
Vogrincic assistiu enquanto você se afastava. estava tão linda naquele conjunto de academia, com os cabelos presos em um rabo de cavalo desleixado. podia ver a sua nuca muito bem, o que lhe causava arrepios. cada pedaço seu era tão perfeito quanto o outro.
não pôde descrever o sentimento que o tomou quando viu a sua aliança. exibia uma pedra oval solitária, o ouro branco reluzindo contra as luzes fosforescentes do supermercado. ele sabia que você era noiva, claro que sabia. mas ainda doía vê-la exibir o anel com tanta felicidade.
era uma tarde de agosto quando Enzo te viu pela primeira vez sentada em um café com algumas de suas amigas. estava bebendo café e comendo um bolo cheio de cobertura de chocolate. ele se lembrava como seus lábios envolviam a colher tão satisfatoriamente. como seu anel de noivado brilhava na sua mão esquerda. como estava linda na blusa de gola alta.
não conseguiu evitar os instintos que há muito lutava contra. tinha que saber mais sobre você.
a seguiu pelo resto do dia. passeou pelo shopping enquanto via você e as amigas entrarem em lojas e mais lojas. assistiu uma das amigas tirar uma foto do prato quando decidiram almoçar em um restaurante caro demais e não tardou em abrir o Instagram, procurando pela localização do ambiente. nos stories que contavam com a localização, estava o prato da sua amiga. clicou no perfil, avançando entre posts e destaques até que achasse uma foto sua e, claro, seu perfil. você tinha o perfil privado e aquilo o fez gostar mais de você. não era burra como as outras.
quando se certificou de que você estava de volta a sua casa em segurança, pegou um táxi para o próprio apartamento. lá, a obsessão começou. passou horas procurando pelo seu nome. encontrou a clínica que você trabalhava, além dos diversos trabalhos de iniciação científica que você já tinha publicado. encontrou uma notícia em um site de fofoca de socialites que falava sobre o seu noivado. aparentemente, seu noivo vinha de uma linhagem de médicos famosos em Buenos Aires. marcou uma consulta com a sua secretária. não era nada barato, mas valeria cada centavo. poderia te conhecer melhor ou, até mesmo, fazer com que você se interessasse por ele. Enzo sabia que era bonito. não era difícil conquistar nenhuma mulher se ele quisesse bastante.
Vogrincic recordou-se da última vez em que tinha mergulhado em uma obsessão daquele jeito. tinha sido em Montevidéu. a garota era tão linda. uma colega de classe com quem ele tinha o prazer de dividir trabalhos e atividades. era sempre gentil, compartilhando suas anotações com ele e o incluindo nos grupos de seminários. estava sempre cheirosa, sempre bem arrumada. ele tinha se apaixonado tão perdidamente.
começara a segui-la para as festas, jogos universitários, bares e qualquer outro lugar que contasse com a presença dela. passara semanas e semanas enviando flores e poemas para o seu dormitório. às vezes, quando tinha medo de que alguém fosse machucá-la, ficava rondando o prédio de dormitórios femininos para que ficasse ligado em qualquer atividade suspeita. sentia-se como um herói misterioso.
até ela descobrir.
lembrava-se bem do olhar de descrença, do medo, de como ela não queria que ele se aproximasse. implorou para que ele parasse de persegui-la, mas ela não conseguia entender que era, basicamente, impossível. ele estava envolvido demais e não conseguiria parar. não agora.
então, seguiu com a loucura. não conseguia se conter. quando tentava ficar trancado em seu próprio dormitório, era como se uma crise de abstinência o atacasse. o coração batia forte dentro do peito, as mãos suavam e a cabeça doía sem parar. a garganta ficava seca e embora tomasse litros e litros de água, estava sempre com sede. não conseguia dormir sem pensar nela. não conseguia focar nas atividades da faculdade. não conseguia nem mesmo respirar.
a odisseia durou até que a garota fora encontrada no seu dormitório sem vida. tinha tomado diversas cartelas de opioides e escrito uma longa carta culpando Enzo pelo seu suicídio. ela não entendia que aquela era uma forma de carinho. um jeito de dizer que se importava, que queria cuidar dela quando mais ninguém queria.
foi obrigado a se mudar para Buenos Aires logo em seguida. se transferiu para uma nova faculdade para que pudesse terminar o curso e nunca mais teve coragem de pisar em Montevidéu. ainda se lembrava de como as pessoas reagiram quando o encontraram pelos corredores da faculdade.
“monstro”.
monstro? monstruosidade era abandonar as pessoas. deixá-las para trás com nada além de inseguranças e medos. o que ele fazia era amor. cuidado. estava ali para mostrar à ela que sempre estaria ao seu lado, que sempre cuidaria de tudo. que nunca a abandonaria.
durante o seu tempo em Buenos Aires não encontrou ninguém que despertasse aquele interesse. é claro, vez ou outra se apaixonava rapidamente por uma qualquer e era obrigado à descobrir tudo sobre a vida dela. mas, nenhuma o deixava preso o suficiente para que pudesse amar novamente. as mulheres eram tão fúteis e superficiais na capital.
até que ele encontrou você. você era tão bonita, mas, ao mesmo tempo, tão centrada. você era tão inteligente e empática. tão humilde e tão trabalhadora. leal, viajada, sorridente. você tinha uma vida da qual ele queria fazer parte. você voltou a representar o ideal de felicidade na cabeça dele.
e agora ele não podia mais viver sem você.
as primeiras sessões não tinham dado em lugar algum. você era uma profissional muito boa e ele tinha que lutar para não fugir do personagem. conseguia compreender que se dissesse certas coisas, acabaria lhe assustando como tinha assustado as outras pessoas. mesmo que uma vez ou outra ele pensasse que você o aceitaria por ser uma psicóloga, sempre se acovardava no final.
no entanto, estava se tornando impossível ficar longe de você. se deu conta disso quando a viu cruzar as ilhas do supermercado de um lado para o outro exibindo o colo naquele lindo dia de primavera. era fisicamente impossível não te querer.
sabia que o seu noivo estava fora da cidade. lia cada notícia sobre ele, além de acompanhar a rede sociais dos amigos do casal. ele estava no Chile assim como outros médicos do hospital em que ele trabalhava. e você estava ali, abandonada.
isso o encheu de uma raiva crescente. se você fosse noiva dele, jamais te abandonaria. cuidaria de você dia após dia. você sempre voltaria para um lar cheio de amor e cuidado.
Enzo se deliciava com a imaginação de ser o seu noivo. o seu hobby favorito depois do trabalho era pensar em você. apagava as luzes do quarto, acendia velas, escolhia o vinil favorito dos maiores hits de Ray Charles para tocar e mergulhava nos pensamentos que envolviam você. como cozinharia para você todas as manhãs e noites, como te daria massagens diárias quando você chegasse em casa cansada demais, como te foderia com paixão...
os sonhos sujos eram os mais vívidos. conseguia esculpir o seu corpo na argila que era a própria mente quase que perfeitamente. sabia de cor como eram as suas curvas, o formato e tamanho dos seus seios, como suas mãos eram lindas e ficariam mais lindas o envolvendo. sentia-se mal por pensar em você daquele jeito. mas, era inevitável. enquanto não pudesse te ter completamente, só restaria a imaginação. e aqueles momentos a sós com a própria criatividade passaram a ser seus movimentos favoritos.
acordava ereto mais vezes do que o normal. sempre se aliviava debaixo da água gelada do chuveiro, como uma forma de punição por tal ato tão promíscuo. raramente, quando bebia mais do que devia, o fazia na cama, pensando em você.
decidiu que aquele fim de semana seria o melhor momento para tentar uma aproximação. seu noivo estaria fora da cidade e ele sabia que você não resistiria ao charme. podia ser um bom ator quando queria. havia aperfeiçoado a arte ao longo dos anos em que passara em Buenos Aires se relacionando com uma garota ou outra.
precisava escolher cuidadosamente. assumiu que você provavelmente veria as amigas em algum bar ou qualquer lugar onde ele pudesse se aproximar respeitosamente. se apresentaria para suas companhias, que ficariam embasbacadas por sua beleza, seria simpático até que elas o convidassem para sentar. seria encantador. ela veria como você melhor que Estebán.
era esse o plano. estava comprometido a segui-lo e tinha até mesmo se liberado das tarefas do fim de semana para que pudesse te seguir para qualquer lugar que fosse. se você não tivesse estragado tudo.
era sábado, um pouco mais de uma da tarde, quando você deixou a sua casa. estava linda como sempre. de camisa social larga, shorts jeans e um tênis confortável. exibia a aliança ostensivamente com um par de brincos que combinavam. as mãos de Enzo agarraram o volante do carro com certo desconforto. a primeira coisa que faria quando estivesse com você, seria destruir aquele pedaço de aliança insignificante.
a seguiu pela rua, parando o carro em frente à um café metros da sua casa. um homem de cabelos curtos e sobrancelhas grossas esperava na porta por você. sorriu ao vê-la, a beijou no rosto carinhosamente e abriu a porta para que você entrasse. foi quando o sangue do uruguaio começou a ferver.
você estava tão confortável com aquele outro homem. quem era ele? você estava traindo o seu noivo e Enzo não havia descoberto? como você era tão estúpida de encontrá-lo em um café tão próximo da sua casa? e se alguém os visse ali? Vogrincic te amaldiçoou por minutos seguidos de minutos, se arrependendo por um dia ter te achado inteligente. você era desleixada, imperfeita, falha. e ele odiava ainda mais a si mesmo por ainda continuar te amando tão incondicionalmente.
deu partida no SUV para que evitasse mirar aquela cena constrangedora. não seria testemunha dos seus casos ilícitos.
a tarde com Fernando tinha sido agradável, como sempre. quando você e Estebán anunciaram a data do casamento na última semana para amigos mais próximos, Contigiani não tardou em entrar em contato. gostaria de organizar uma despedida de solteiro - com a permissão da noiva, é claro - e comprar um presente especial para Estebán. eram amigos desde crianças e você estava extasiada em fazer parte da surpresa. Fernando e alguns outros amigos tinham escolhido presentear Kuku com uma viagem para sua adega favorita da Itália e vocês tinham passado toda a tarde ajeitando os últimos detalhes da viagem.
depois que alguns outros amigos se juntaram a vocês, a reunião virou um encontro despretensioso que tinha resultado em diversos drinques no bar mais próximo. eram sete horas da noite quando você finalmente se despediu dos amigos com a desculpa de que tinha que alimentar os cachorros.
quase como um mecanismo programado, pegou o celular na bolsa enquanto andava para casa. os passos eram lentos e a necessidade de ouvir o seu noivo a consumia durante todo o dia. discou o número rapidamente, como se o pudesse fazer de olhos fechados.
"doutor Kukuriczka?" você fez a melhor voz manhosa que podia quando atendeu. "estou morrendo de saudades. o que você recomenda?"
"doses homeopáticas do seu noivo." ele brincou do outro lado da linha. você sorriu, sentindo a saudade correr pelas veias. "eu estarei aí em alguns dias, não se preocupe. como foi seu dia?"
encheu os ouvidos do noivo de fofocas e mais fofocas sobre seus amigos enquanto andava pela vizinhança, cumprimentando alguns vizinhos. assim que entrou no prédio, deu falta do porteiro, mas seguiu até o elevador sem maiores preocupações. apertou o botão do seu andar.
"endocartite bacteriana em uma criança? meu Deus, amor. seu dia deve ter sido difícil." você fez um biquinho. sabia como aqueles casos o afetavam, queria abraçá-lo e prometer que tudo ficaria bem.
"o prognóstico é favorável. não se preocupe comigo, ok?" ele riu baixinho do outro lado da linha. "preocupe-se com você. eu sei que, quando não estou em casa, você quase não come direito."
"eu almocei hoje, ok? e teve salada e tudo mais." você brincou, descendo no seu andar assim que o elevador abriu. procurou a chave na bolsa, destrancando a porta com facilidade. era como se já estivesse aberta.
"sei. faça o favor e peça um jantar, também. por via das dúvidas." você gargalhou, adentrando o apartamento. procurou pelos cachorros salsichas que, geralmente, vinham à todo vapor quando você abria a porta, mas não os encontrou. "eu preciso visitar um paciente agora, ainda estou de plantão. prometo te ligar quando estiver livre."
"tudo bem, Kuku." você largou a chave na bacia de mármore onde guardava outras bobagens, correndo os olhos pela sala de estar e a sala de jantar. um cheiro diferente enchia as narinas. "eu te amo."
"também te amo, mi prometida."
quando desligou o telefone, foi como se percebesse o silêncio em que o apartamento estava mergulhado. procurou os cachorros por toda parte, os achando trancados no banheiro, batendo as patinhas na porta desesperadamente. nunca havia acontecido deles se prenderem ao mesmo tempo, o que quase lhe causou um ataque do coração (com toda a ironia que aquilo envolvia). depois que os serviu, foi para o banheiro da suíte para tomar um banho.
ligou o registro, se despindo cuidadosamente enquanto a banheira ia se enchendo com o líquido tépido. pingou alguns óleos essenciais de amêndoas que tanto gostava, aproveitando dos vapores odoríferos que embaçavam o espelho e a envolviam sutilmente. quando mergulhou o corpo na banheira, poderia jurar que ficaria ali a noite inteira.
esfregou os braços, as pernas, as costas. lembrou-se das vezes em que dividira aquele espaço ínfimo com o noivo, sentada entre as pernas dele. Estebán era tão cuidadoso em lavar os seus cabelos e acarinhar a sua pele. quase o podia senti-lo ali. fechou os olhos, imaginando-o tocando o seu corpo com tanto clamor. jurando ao pé do seu ouvido que te amava.
o cheiro estranho que sentira na sala de estar voltou a correr, desta vez, no banheiro. era um cheiro herbal, de frescor. um cheiro que você jurava conhecer, mas não se recordava de onde. cheirou o próprio corpo, procurando por resquícios de perfume dos amigos, mas não era você.
quando saiu da banheira e se enrolou no roupão felpudo, escovou os dentes e seguiu para o closet. decidiu vestir uma das camisas de Estebán e uma calcinha confortável. ninguém a veria, então não tinha nada à esconder. perfumou o corpo com um hidratante corporal e pegou o celular para pedir o jantar. quando abandonava o closet para ir em direção à cama, o ouviu.
"quem era aquele cara com quem você se encontrou hoje?"
Enzo. seu paciente Enzo, sentado na poltrona que ficava ao lado da janela. a poltrona em que Estebán lia as notícias todas as manhãs, a poltrona em que você pintava as unhas por causa da boa iluminação. seu paciente Enzo estava na sua casa.
o calor com o que o seu corpo estivera envolvido desde o banho parecia ter esvanecido. seu coração pareceu parar antes de voltar a vida com arritmias. suas mãos tremeram e o celular caiu no chão acarpetado. o que ele estava fazendo ali?
"o que você 'tá fazendo aqui?" a voz saiu trêmula, frágil, desacreditada. a silhueta tremia de medo. as mãos queriam se cobrir e as pernas, queriam correr. mas, você não conseguia fazer nada. "como você entrou?"
"eu te fiz uma pergunta primeiro. é assim que nós conversamos, não é? através de perguntas." ele a encarou como se buscasse por sua afirmação. Enzo, que era, geralmente, muito tranquilo, estava uma bagunça. os olhos injetados corriam por todo o ambiente, em perplexidade por estar na sua casa. "quem era o cara?"
os olhos dele focaram um porta-retrato que estava na mesinha ao lado da poltrona. exibia uma foto sua e de Estebán quando ele tinha se formado na residência. Enzo o pegou com delicadeza, o virando para baixo.
você decidiu que a melhor alternativa era respondê-lo. até que pudesse correr até a porta de casa ou pegar o seu telefone, responderia tudo que ele perguntasse.
"u-um amigo." você abraçou o próprio corpo com temor. "pode responder a minha pergunta agora?"
"qual das duas?" Enzo voltou a mirá-la. agora, algumas lágrimas se formavam em bolsar na linha d'água dos seus olhos.
"o que você está fazendo aqui, Enzo?"
"eu... eu tinha um plano, sabe? nesse fim de semana eu iria te mostrar que eu sou um cara legal. eu ia te conhecer melhor, ia te mostrar quem eu sou de verdade. já tinha feito diversos planos para nós." algumas lágrimas escorreram pelas bochechas avermelhadas. "até que eu te vi com outro cara. eu consigo aceitar o seu noivo, infelizmente você não me conhecia antes de se comprometer com ele. mas, um amante? não dá, não dá..."
"Enzo... eu não tenho um amante. ele era só o meu amigo." seu corpo estava retesado, tenso. não conseguia se mover nem mesmo que forçasse as suas sinapses ao máximo. estava amedrontada. "mas, você entende que isso aqui passa de todos os limites, certo? eu sou a sua psicóloga."
"não... você é o amor da minha vida." Enzo se levantou da poltrona, fazendo você estremecer. "eu sei que você é. eu já tive alguém assim na minha vida, eu me lembro da sensação. lembro de como era estar apaixonado. eu só preciso que você me conheça melhor para que você veja que eu também posso ser o amor da sua vida..."
"Enzo, eu estou noiva." você o olhou nos olhos. era como um acidente: medonho, mas que você não conseguia parar de olhar. "eu já tenho alguém que eu amo. e você com certeza vai encontrar outra pessoa... se você deixar eu me trocar nós podemos ir até o consultório e conversar lá."
"não, eu não quero ir pro consultório. eu não tenho nada para falar na terapia. você nunca reparou? eu só ia lá para te ver." ele sorriu, como se explicasse o óbvio. seu sangue tinha se tornado gelo líquido, correndo pelas suas veias. "é por isso que eu falava tão pouco... eu não tenho nenhum problema, só interesse em ver você."
Enzo se aproximou ainda mais. você não conseguia recuar. estava com medo de que, se fizesse algum movimento brusco, ele faria algo terrível com você. ele envolveu o seu rosto entre as suas mãos de maneira terna.
"eu vi o seu apartamento hoje e fiquei pensando em como seríamos felizes aqui." ele sorriu, ainda choroso. "aquilo que eu te falei sobre o abandono, isso era real. e eu estou aqui para te mostrar que eu não vou te abandonar igual o seu noivo fez. eu vou estar aqui para você, sempre."
"Enzo, você está me assustando." uma lágrima solitária escorreu pela sua bochecha.
"mas... eu te amo. eu te vi com aquele outro cara e vim pra cá imediatamente porque eu queria resolver as coisas com você. não queria te perder para outro, de novo..." ele limpou a sua lágrima com o polegar. "eu estou aqui desde uma e meia. te assisti chegar, te assisti tomar banho e tudo que eu conseguia pensar era em como eu te amo."
não sabia mais o que fazer. ele estava tão próximo. conseguia sentir o cheiro herbal invadindo suas narinas. era ele aquele tempo todo. te observando, seguindo seus passos.
"por que eu não pego um copo de água para você e a gente conversa com mais calma?" você colocou as mãos sobre as deles, as segurando antes de guiá-lo de volta até a sua poltrona. Enzo assentiu, embora parecesse relutante.
foi necessária uma força tremenda para que você controlasse os seus passos e não saísse correndo de imediato. ao chegar no corredor, pisou nas pontas do pé até a porta da entrada, procurando pela chave na bacia de mármore na mesinha ao lado. é claro que Enzo havia a escondido. você pensou se seria uma sentença de morte gritar na varanda de casa para quem quer que estivesse passando. com certeza, seria.
seguiu até a cozinha, pegando dois copos e os enchendo de água. não encheu até a borda porque, na tremedeira em que se encontrava, acabaria derramando o líquido por toda a casa. enquanto voltava para o quarto, decidiu que teria que pegar o seu celular.
Enzo estava sentado, com as mãos entre as coxas. você entregou um dos copos à ele e sentou-se na beira da cama. vislumbrou o local onde havia deixado o celular cair, mas ele também havia sido confiscado. sentiu uma súbita vontade de chorar.
"Enzo, eu entendi que você tem sentimentos por mim. e eu estou fazendo o melhor que posso para compreendê-los." você começou, dando um grande gole na água. "mas não consigo entender porque você está me fazendo de refém."
"eu já disse. eu perdi a pessoa com quem eu era apaixonado antes... não quero que o mesmo aconteça com você."
"você não vai me perder." você encarou os olhos do uruguaio. buscou pelo seu celular na mesinha ao lado da poltrona, mas não o encontrou. "mas, você compreende que não é normal aparecer na minha casa sem permissão, não é? isso me assustou."
"eu sei. mas tempos desesperados requerem medidas desesperadas."
"Enzo..." você se levantou, não acreditando no que iria fazer. talvez estivesse jogando toda a dignidade no lixo, mas era melhor do que ser morta por um filho da puta maluco. andou em direção à ele, colocando o copo d'água na mesinha antes de se sentar em um dos joelhos do homem. "eu só acho que há situações melhores para que eu te conheça bem... nós devíamos marcar um café amanhã, o que você acha?"
"e se eu te perder nesse meio tempo?" Vogrincic respirava fundo. não tinha te tocado, o que você agradeceu mentalmente. estava nervoso, um pouco embaraçado pela situação. não pensava em tirar proveito de você.
"não vai." você negou com a cabeça, o tranquilizando. deu o seu melhor sorriso diplomata para acalmá-lo. "eu só quero dormir depois de um dia longo. e te conhecer melhor amanhã. eu não quero que você sinta que precisa invadir a minha casa para falar comigo... entendeu?"
Enzo assentiu. os olhos amendoados se tornavam menos maníacos, mais compreensivos. o olhavam com tanta admiração que parecia ser palpável. poderia jurar que, se pedisse à ele pelo seu coração, ele arrancaria do peito naquele momento. também jurou que ele não a machucaria.
segurando o rosto dele com ternura, você depositou um beijo casto nos lábios dele. apesar de não sentir nada além de medo embebido em adrenalina, pôde sentir os lábios macios de Enzo contra os seus. eram quentes, incertos, um pouco tímidos. ele segurou o seu corpo com ternura antes de corresponder.
"isso te faz crente de que você não vai me perder?" você se sentia uma péssima profissional. estava usando justamente da mente para que pudesse sair daquela situação. sentia-se como se estivesse o traindo.
ele assentiu com ternura, grato pela reafirmação. era a primeira vez que Enzo se sentia correspondido e o seu coração se enchia de amor. sabia que, amanhã, faria você se apaixonar por ele. você o tinha visto hoje da maneira que ele sempre quisera ser visto. tinha te compreendido como ninguém.
"por que você não vai lavar o seu rosto antes de ir? você está um pouco nervoso, não é?" você limpou as gotículas de suor que brotavam da testa dele. Enzo riu timidamente, assentindo.
você se ergueu do colo dele, indicando o banheiro com as mãos. o seu plano era interfonar para o porteiro ou qualquer outro apartamento para pedir ajuda, mas o que você ganhou foi muito melhor.
o uruguaio puxou o celular do bolso traseiro da calça e entregou para você. com um sorriso carinhoso, você aceitou o aparelho enquanto ele se direcionava até o banheiro.
com os dedos trêmulos, o desbloqueou e enviou mensagens de socorro para Estebán, além do grupo do condomínio. lá, alguns moradores já noticiavam que o sumiço do porteiro fora suficiente para chamar a polícia. você suspirou em alívio. pediu por socorro no grupo e descreveu Enzo o melhor que pode com o pouco tempo que tinha. quando ouviu a água da torneira parar de correr, desligou o telefone e o colocou sobre a mesa.
Enzo voltou, parecendo melhor. tinha retomado a compostura e os cabelos estavam elegantemente penteados para trás. você sorriu para ele.
"está melhor assim." com cuidado, Enzo retirou a chave da sua casa do bolso da frente. "não faça mais isso, ok? sempre que quiser conversar, você pode me ligar."
"eu não tenho seu número pessoal."
"ah..." você pegou um papelzinho na mesinha ao lado da poltrona, além de uma caneta largada por ali. rabiscou alguns números aleatórios no papel e o entregou, com um sorriso. "agora você tem."
"desculpa por ter te assustado." ele confessou. "não era a minha intenção. mas, eu sei que você compreendeu. você sabe que eu queria somente o seu bem.
"eu sei..."
Enzo te entregou a chave. você o guiou pelo corredor e os seus cachorros latiram ao vê-lo. era uma presença desconhecida, e eles não gostavam disso.
"desculpa por ter trancado os seus cachorrinhos... eu fiquei com medo deles me morderem." o uruguaio sorriu envergonhado.
você teve dificuldades para enfiar a chave na fechadura, mas quando o fez, girou com força para que pudesse se libertar da prisão que virara a própria casa. deu de cara com policiais no corredor, que a miraram em surpresa e a puxaram para fora de imediato.
Enzo foi detido, ali mesmo, no chão da sala de estar. suas mãos foram algemadas e os seus direitos foram lidos. enquanto era culpado pelo assassinato do porteiro, ele pedia desculpas em um tom choroso. "eu não bati forte o suficiente para matar, só para desmaiá-lo..."
seu corpo tremia e os olhos se tornaram torneiras descontroladas que derramavam litros e litros de lágrimas enquanto Enzo se debatia violentamente para se soltar. os olhos dele encontraram os seus e você sentia a decepção correr pela feição dele.
estava tão perto do amor e aquilo fora tirado dele mais uma vez.
um policial se manteve na sua frente como medida de proteção quando o seu paciente foi levantado grosseiramente. os olhos estavam repletos de lágrimas, como os seus. ele ainda não parecia compreender que você tinha guiado os passos da polícia para o seu apartamento.
"está tudo bem, mi amor. eu vou voltar." ele assegurou com um sorriso triste. o policial o forçava para as escadarias do prédio, mas ele apresentava uma força descomunal enquanto resistia. seus olhos eram escuros, quebrados, cheios de uma força vil. "eu vou lutar pelo nosso amor."
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CHERRYBLOGSS KINKTOBER
00:00 - Anal x Felipe Otaño



avisos: infidelidade, degradação, tapas, pipe!playboy, penetração anal, penetraçao vaginal, enzo fazendo cameo de corno.
nota: e lá vamos nós.
Se olhares matassem, com certeza o garoto mimado de olhos azuis estaria fora desse plano astral desde que entrou na sala. A presença petulante ao seu lado só te fazia desejar que aquela conferência terminasse logo para se afastar do infame Felipe Otaño, herdeiro de uma fortuna que você nem era capaz de imaginar. O filho do seu chefe era completamente insuportável, além de se achar no direito de se comunicar como se fosse subordinada dele sendo que ambos estavam no mesmo "nível" profissionalmente. Te tratava como um mero entretenimento que ele tinha ao longo das horas de trabalho, fielmente te perturbando todos os dias como se fosse uma missão.
"De que é esse anel?" Ele pergunta batucando os dedos longos contra a madeira lustrosa da mesa.
Era a terceira vez que Felipe te interrompia perguntando qualquer bobagem ou fazendo comentários inúteis tentando passar o tempo na reunião prolongada, mas agora os olhos azuis não tinham mais a expressão entediada, pelo contrário, estavam estreitos em curiosidade na direção do seu anelar esquerdo.
"De nada que te interessa." Responde desviando o olhar do dele e fingindo anotar algo sobre a apresentação que acontecia.
"Quem é o azarado?" Felipe questiona nem dando importância para sua notória irritação e arrastando a cadeira mais para perto da sua para tentar ver melhor o anel.
"Ninguém que te interessa."
Ele fica por uns minutos em silêncio, podia notar como ele parecia estar preso em pensamentos pela forma como o maxilar tensionava e as pernas longas balançavam inquietas.
"Mas sério, você tá noiva?" Ele insiste com o cenho franzido ao se inclinar pra sussurrar no seu ouvido.
No momento que você se afasta da proximidade incômoda e ia responder o argentino, seu chefe dá por encerrada a reunião e todos aplaudem qualquer ideia que estava sendo apresentada no PowerPoint há umas duas horas de puro tédio. Você e Pipe imitam as pessoas ao redor aplaudindo junto, seu rosto estava quente de ódio pelo argentino que só se chegava mais para perto, tentando espiar melhor a joia no seu dedo.
"Vai pra minha sala depois, princesa." Ele comanda sussurando no seu ouvido fazendo arrepios percorrerem a sua espinha com o hálito fresco e com a respiração quentinha batendo no seu pescoço. Respirando fundo para recobrar a consciência, se vira para encarar os olhos azuis e finalmente mandá-lo para aquele lugar.
"Escuta aqui, nem-"
Começa a falar, mas é interrompida pela voz do pai de Felipe perguntando se os dois poderiam ficar mais um pouco para conversar. No entanto, o argentino já está segurando seu braço e te puxando quando se justifica em nome de ambos.
"Não vai dar, pai, temos assuntos importantes a resolver sobre uma demanda do nosso setor. Se nos der licença." Felipe diz apressadamente e te levando junto em direção a sala particular dele que não era muito distante da sala de reuniões.
Apesar da recusa, o Otaño mais velho sorri orgulhoso, contente com a forma que o filho se demonstrava compromissado e sempre dando orgulho para o nome da família. Mal ele sabia...
Assim que ele fecha a porta, você se vira indignada para confrontar a audácia dele em simplesmente te manusear como quiser e dar desculpas no seu nome.
"Sabe, princesa-" Ele inicia, mas a sua raiva já era tanta que só se aproxima apontando o dedo para o nariz empinado.
"Não me chama assim, seu idiota!"
"Ah, tá bom, calma aí." Felipe ergue as mãos em sinal de defesa, permitindo você encurralar o corpo grande dele contra a porta. "Vou te chamar de algo que sempre te deixa bem mais obediente." Conforme ele prossegue com a fala, um sorriso malicioso cresce nos lábios rosados. "Vai casar, perrita?" Ele pergunta em deboche.
As palavras dele te pegam desprevenida, arregalando os olhos com a ousadia em te chamar assim e remeter a um dos seus maiores arrependimentos. Tudo começou quando tiveram que se unir para cumprir uma demanda e passavam horas extras no trabalho até que em uma noite de tédio acabaram por foder no sofá da sala do pai dele, e no chão, e no banheiro e no carro do Felipe, todo lugar possível que não tivesse algum tipo de ligação às vidas pessoais de vocês era o local perfeito. Felipe podia ser soberbo e arrogante sobre muitas coisas, mas sobre sexo nunca deixou a desejar, te fodia até sua mente ficar livre de qualquer pensamento que não fosse ele e sempre sabia exatamente o que fazer para te fazer ficar completamente rendida. Era o amante perfeito com a voz suave falando as frases mais indecentes enquanto te mantinha presa ao encanto dele, no entanto, depois que o sexo acabava, Otaño já retornava a persona irritante e petulante que não conseguia passar 1 minuto sem te atazanar. Nas últimas vezes que transaram, chegava até a te ignorar após o ato ou sumir por uma semana em viagens a trabalho que todos sabiam ser pura besteira. O caso durou alguns meses de puro sexo casual até você pôr um fim em tudo quando conheceu seu atual parceiro. Enzo era perfeito em vários sentidos, era um homem lindo, calmo, maduro e sério, apesar de sentir que o amava, não poderia dizer que ele te causava sensações tão fortes. Talvez fosse para ser assim, um amor calmo e sem muitas emoções, o moreno não demorou dois anos até te pedir em casamento e você aceitou.
Sabia que tinha que se controlar em não extravasar com Felipe, senão daria exatamente o que ele queria e manter a compostura era a melhor opção para ter paz.
"O que você quer, Felipe? Eu tenho mais o que fazer do que te aturar." Pergunta em um tom calmo e tentando não se afetar com a maneira que ele parecia estar dez vezes mais bonito de perto.
"Quero atualizações sobre a sua vida, doçura, faz tanto tempo que a gente não tem contato." Ele finaliza a frase com as íris azuladas cheias de malícia enquanto arqueia as sobrancelhas grossas em um claro sinal que aquilo não era sobre simples conversas.
"Eu vou casar com um diretor de teatro que eu conheci há uns 2 anos e nós somos muito felizes. Satisfeito?" Pergunta voltando a se alterar, mas no fim optando por fechar o punho ao invés de atacar o argentino insolente.
Felipe parece estar descontente com a sua resposta, suspirando pesadamente e com um ar de tédio rondando as feições atraentes. O drama e teatralidade dos gestos te faz rolar os olhos e imitar a expressão aborrecida.
"Que foi agora?"
"Não sei, sempre pensei que você fosse conseguir algo melhor" Ele diz ajeitando a postura e diminuindo a distância entre você perigosamente.
"Alguém como você por acaso?" Pergunta rindo em escárnio pela maneira absurda que ele crítica suas decisões amorosas.
Felipe coloca uma mão no queixo fingindo pensar, levando sua atenção para os pelinhos ralos e sardas que adornavam a ponte do nariz pontudo.
"É, acho que como eu, princesa." Ele confirma e move uma mão para brincar com as pontas do seu cabelo. Não sabe o que te deu, mas não se distância e se deixa ser embalada pelas nuances do perfume amadeirado. "Pelo menos eu te comia até você ficar mansinha. Poxa, você tá tão estressada esses dias." Finaliza com os olhos magnéticos te encarando como se te desafiasse a contestá-lo.
Completamente desprovida de palavras sua boca se abre em um choque, o que o o argentino aproveita para suavemente acariciar com o polegar o seu lábio inferior.
Por outro lado, Pipe sabia que estava chegando no ponto exato que você cederia as provocações, se aproveitando de qualquer abertura para ver sua guarda baixar.
"Você é insuportável." É a única coisa que sai da sua boca. Sua voz minúscula e impotente enquanto permite ele só chegar mais e mais perto.
"Admite que você vai morrer de tédio com esse boludo."
"Você não tem educação mesmo, eu tentando não te xingar e você fica igual um garoto imaturo falando qualquer-" Começa a tagarelar na tentativa de desestabilizar o maior, mas Felipe não resiste e encontra a melhor forma de te calar pousando os lábios dele nos seus.
Com o início do beijo, um grunhido raivoso sai de você, mas não o afasta, e sim, o traz mais para perto, agarrando o cabelo volumoso e puxando-o para aprofundar o beijo. Com Felipe nunca haviam decepções, ele sabia como conduzir o momento como ninguém, passando a língua habilidosa pelos seus lábios antes de enfiar na cavidade e procurar a sua para massagear eroticamente. As suas respirações ficavam cada vez mais descompassadas a medida que as carícias se tornavam desesperadas. As mãos grandes se dividiam entre uma segurar seu pescoço e a outra percorrer seu corpo até apertar sua bunda com vontade. Pipe parecia querer moldar seu corpo no dele com o ósculo intenso, fazendo seu interior vibrar com a sensação de um vazio que só ele preenchia.
"Sentiu minha falta foi?"
A frase "porque eu senti a sua" quase escapou dos lábios dele, era revigorante ter sua personalidade forte e pavio curto de volta. Pipe sabe que não te tratou do jeito que merecia, além de nem ter noção como deveria te conquistar, ficava totalmente perdido diante da sua presença e a única forma que conseguia transmitir tudo que sentia era através do sexo. Mesmo que não tivesse a inteligência emocional para te ter junto a ele, faria de tudo para te convencer que casar com esse outro imbecil era um erro.
"Cala a boca." Responde impaciente, mas era difícil para ele não sorrir com o quão adorável você era. Tantos centímetros abaixo dele e com os lábios inchados dos carinhos trocados, e mesmo assim, ainda tinha as garras para fora, atacando ele a qualquer oportunidade apresentada.
"Vamos já dar um jeito nessa boquinha mal humorada." Ele promete voltando a se aproximar, entretanto, agora mirando no seu pescoço onde ele distribui chupões e beijos babados, passando a língua em cima de cada mordida que deixava e rindo com o seu corpo estremecendo.
Suas mãos buscam apoio nos ombros largos, fincando as unhas no tecido caro do terno enquanto joga a cabeça para trás quando ele começa a desabotoar sua blusa e chupar a carne exposta dos seus seios. Ele não demora em se desfazer das suas roupas, te deixando só com a saia lápis que delineava sua silhueta de uma forma que fazia as mãos dele coçarem para te tocar todinha.
Se ajoelhando a sua frente, os lábios famintos retornam aos seus peitos, sugando os biquinhos e dando lambidas prolongadas até encharcar a região com saliva, as mãos apertavam sua bunda por baixo da saia, enchendo-as com uma força desmedida ao matar a saudade. Ele parava os beijos uma e outra vez para inspirar seu cheiro adocicado e inundar os sentidos dele com a nostalgia que era te ter nos seus braços de novo.
"Hm? O que disse, princesa?" Ele pergunta quando escuta um chorinho seu e desperta dos devaneios que sua existência o colocava, apoiando o queixo no seu colo e encarando seu biquinho manhoso.
"Eu quero que você me faça gozar, Pipe, por favor, quero que me toque, eu não aguento mais." Choraminga exasperada e impaciente, puxando os cachos castanhos para apressá-lo e demonstrar sua urgência.
Os olhos dele brilham em satisfação, finalmente tinha conseguido te deixar submissa e faminta por ele.
"Na mesa, perrita." Felipe comanda, estapeando sua coxa e se levantando ao passo que retira as roupas até ficar só com a calça social.
Você o obedece, subitamente tímida em estar tão exposta ao ar frio do ambiente e de volta aos braços de um homem que jurou nunca mais ter intimidade. No entanto, logo sua mente esvazia quando vê ele retirar o pau rosado, bombeando o comprimento até ficar ereto por completo, sua boca salivando para lamber a gotinha do líquido branco que vazava da ponta. Desvia os olhos do membro para ver o dono suspirar aborrecido quando te vê imóvel em frente a mesa grande.
"Não, não. Do jeito que a gente fazia antes." Ele diz se aproximando até te virar de costas e te inclinar de bruços sobre a mesa. Um arfar escapa dos seus lábios com a sensação do seu torso em contato com a madeira.
Felipe ergue sua saia até os quadris, expondo sua calcinha e interior das coxas melecados com a sua lubrificação. Mordendo os lábios, o argentino passa a ponta dos dedos nas dobrinhas por cima do tecido e sorrindo involuntariamente com o seu gemido necessitado quando ele pressionou os dígitos no seu pontinho.
Sem mais delongas, ele remove sua roupa íntima, grunhindo com a visão da sua buceta inchadinha e melada com o seu melzinho. Ele te explora ao deslizar os dedos pela fendinha, circulando o clitóris em círculos lentos e saboreando como você ficava mais empinadinha a cada miado que saia da sua boca. Ele mantém o polegar no seu clitóris enquanto dois dedos deslizam para dentro da entradinha estreita. Felipe geme junto contigo ao sentir como estava com dificuldades em colocar os dois dedos por completo.
"Porra, amorcito, aposto que ele não deve nem saber foder essa bucetinha do jeito que você gosta. Tá tão apertadinha..." Ele fala em um tom zombeteiro, mas logo se distrai quando suas paredes se contraem apertando-o deliciosamente e sujando os dedos dele com mais líquidos.
A cada vai e vem, os dedos te esticavam abrindo o caminho para ele se movimentar com mais liberdade, prontamente, já está socando os dígitos com rapidez e admirando como seu buraquinho se alargava ao redor dos dedos. Os olhos do argentino encontram sua outra entrada, brilhando em curiosidade e com a oportunidade de fazer algo inédito. Discretamente, ele move a outra mão até o seu cuzinho, circulando a o buraco em preparação. Ele olha para o seu rosto, te vendo com os olhos fechados em êxtase e a boca entreaberta a medida que os sons escapavam contidos.
Ele cospe mirando no seu cuzinho, mas erra por pouco e acerta os próprios dedos na sua bucetinha, então fode a saliva na sua fendinha e tenta novamente, dessa vez acertando em cheio sua rodinha. Imediatamente vendo como seus olhos se abrem em desconfiança, mas um arquejo de prazer sai dos seus lábios. A ponta de um dedo começa a te penetrar no ritmo que a outra mão penetrava sua buceta, era suja e extremamente excitando a imagem dos seus buracos abertinhos para ele. Pipe escuta um resmungo seu enquanto abre mais caminho no seu interior, mas não se detém até enfiar por completo e aumentar a intensidade que fodia seu cuzinho e buceta. Um grito esganiçado com o nome dele sai dos seus lábios com a chegada inesperada do seu orgasmo, um jato de líquidos saindo da sua intimidade e manchando as calças escuras dele. Felipe não era nem um santo, mas com toda certeza essa era a experiência mais sexy que ele havia tido. A sua bucetinha pulsava assim como o outro buraco, desesperadamente apertando os dedos que continuavam a se mexer até as contrações pararem.
Pipe remove os dedos, admirando como brilhavam com a sua lubrificação e em seguida direcionando-os aos seus lábios para te fazer chupar toda a bagunça que tinha feito. Sem hesitar, começa sugar os dedos largos e lamber enquanto gemia com o seu gosto inundando as suas papilas gustativas.
"Por mais que sua bucetinha seja linda e gostosa, eu quero foder esse cuzinho hoje, princesa." Felipe diz após grudar a virilha na sua intimidade, esfregando a glande na sua lubrificação e depois apontando a cabecinha para o seu cuzinho.
Lentamente, ele enfia centímetros por centímetros, tentando ser paciente, mas de vez em quando desliza sem cautela, arrancando gemidos de dor e prazer de ti. Pipe sentia a dificuldade que era inserir o pau avantajado na sua entradinha menor, ainda mais com você tão tensa, então para te deixar mais relaxada, ele retorna os movimentos no seu clitóris, sentindo o ego inflar ao escutar seus miados de prazer. Estava tão molhada que o dedo dele deslizava em uma massagem veloz enquanto o pau saia e entrava do seu rabinho.
Tudo parecia demais para você, que não conseguia formar um pesamento coerente com os quadris dele se chocando com os seus e ouvindo os gemidos do argentino. Ambos não se controlovam durante a foda que logo se tornou animalesca, sua cintura se movimentando para encontrar as estocadas brutas dele que puxava seus cabelos a cada impulso, te mantendo no lugar conforme ambos se aproximavam de um orgasmo.
"Diz pra mim, quem que te fode assim." Felipe grunhe entredentes, sacudindo seu corpo inteiro com a força que te comia. Se pudesse vê-lo, com certeza gozaria na hora, pois a imagem do homem gigante completamente ruborizado, com uma camada de suor fazendo os músculos definidos brilharem era uma visão digna de um sonho molhado.
"Responde, perrita." Rosna estapeando com força a sua nádega e arrancando um choramingo alto da sua boca quando não obtém uma resposta.
"Só você me fode assim, Pipe, por favor, mais." Geme alto sem se importar com quem vá escutar, a única coisa que se importa no momento era em gozar ao redor do pau grosso e sentir ele te encher de porra naquele lugar proibido.
Felipe sentia as pernas fraquejando e o abdomen tensionar em um aviso que o orgasmo chegaria logo, ele fecha os olhos por uns minutos tentando manter o controle, mas quando volta a abri-los, na hora uma onda de prazer arrebatadora o acomete com a sensação e vista do seu buraquinho apertando, piscando e transbordando com o pré-gozo. Os jatos brancos te enchem até vazar pelas suas pernas enquanto o argentino se debruça sobre suas costas, beliscando o clitóris até sentir seu aperto uma última vez com o segundo orgasmo te atingindo. Ambos ficam ofegantes e com o suor grudando suas peles enquanto tentam recuperar o fôlego. Pipe inala o aroma do seu cabelo, relaxando com a essência floral misturada ao cheiro de sexo. Era tudo um plano e aos poucos ele te reconquistaria, colocaria na sua cabecinha que só ele te faria feliz e satisfeita.
Talvez não fosse o melhor em se expressar, mas pelo menos ele te daria um anel bem melhor.
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⸻ ❝ 𝒓𝒆𝒂𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏 ❞
esteban kukuriczka ₓ f.reader
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prompt: loser!esteban que você odeia acaba sendo pareado contigo pra um 7 minutos no paraíso na festinha meia bomba que você foi pra comemorar o fim do semestre
obs.: haha your so sexy dont mind minha demora de quase duas semanas pra voltar a escrever. amigas, foi o cão escrever durante a dengue e eu sinto com todo o meu ser que minha escrita simplesmente decaiu! e sendo muito honesta eu gostaria de ter maltratado o kuku muito mais nessa daqui... de qualquer forma, espero muito que gostem, principalmente as ceos dos homens patéticos @creads e @kyuala 💗💖💝 eu ouvi muito e.t da katy perry pr escrever (quando ela fala kiss me infect me with ur lovin? i MEAN?)
obs.²: formação reativa é o nome de um mecanismo de defesa "substitui comportamentos e sentimentos que são diametralmente opostos ao desejo real" rsrs e nisso vocês já entenderam tudo! um beijo, dyvas, façam boa leitura e me perdoem real pela queda de produtividade 💞🎀😽🙏
tw.: smut, esteban patético da silva, degradação, linguagem chula, fem dom.?, ereção shamming (eu literalmente não sei como categorizar isso), sexo oral, face sitting, face riding, clit play, matías recalt sendo um engraçadinho desgraçado, e se tiver algo mais me avisem mWAH 💋. MDNI
você baforava a fumaça enquanto estava sentadinha no braço do sofá onde outras cinco pessoas se abarrotavam. a festa estava uma merda, a música era de um gosto horrível e a caixa de som parecia estar com o grave estourado fazendo o ouvido de todo mundo ali zumbir quando a batida aumentava de frequência. e piorou quando você viu o grupinho que tanto conhecia entrar pela porta da república onde vocês comemoravam o fim do semestre.
— meu deus, o que é que eles estão fazendo aqui? — ouviu sua amiga cinthia expressar seus pensamentos e riu em desapreço.
— devem estar perdidos... como sempre. — bateu as cinzas do cigarro no copo vazio entre suas pernas e observou com os olhos afiados enquanto eles tentavam espalhafatosamente se enturmar.
não tinha nada contra os nerds de engenharia de software. não tinha nada contra os nerds no geral. achava sim que eles todos eram idiotas, mas desinteressantes o bastante pra que você não se importasse com a existência deles. no entanto, detestava esteban kukuriczka com todas as suas forças. era o loirinho, com cara de sonso e que sempre vestia um moletom por cima da blusa, não conversava muito e andava pelos cantos, desviando das pessoas, das interações; completamente patético.
conhecia o argentino tinham anos, desde o fundamental. no sexto ano não tinha amigos, e o único que arranjou - quando já eram do oitavo - fora um garoto mirrado que vivia conversando sobre ciência, carros e filmes de ação. enquanto a maioria dos garotos se interessava por video games de celular ou por futebol, ele lia sobre guerras estelares no intervalo, as vezes se auto excluindo quando o chamavam para completar time.
no ensino médio virou um completo estranho, respondia os professores gaguejando e quase nunca saía da sala para lanchar ou ir ao banheiro, puxando o capuz e enfiando o rosto entre os braços sobre a carteira nos minutos de descanso. era tão insignificante que quando foi pego roubando uma das suas calcinhas todos se chocaram e a história repercutiu não só nas outras séries, como pessoas de outras escolas também ficaram sabendo; o que obviamente tinha sido uma bomba para a sua reputação.
era o seu maior trauma. semanas de um assunto interminável do qual você não pode fugir, mas que ele, que tinha se mudado de colégio a pedido da diretora, não precisou lidar. e quando finalmente se via livre disso ao final do colegial, na sua primeira festa como caloura da faculdade, se esbarrava com o rapaz. os olhos caídos, dignos de pena e o estado já meio alcoolizado enquanto ele lentamente se recordava do seu semblante.
"ficou sabendo? esteban kukuriczka gosta de cheirar calcinhas usadas"
"me contaram que ele invadiu o vestiário das meninas durante a educação física e pegou a primeira que viu, mas acho que ele sabia de quem era"
"aposto que tinha o cheiro bom, mesmo suadinha"
"ewww"
naquele dia esteban dera um sorriso envergonhado e tentara te cumprimentar, mas tudo o que saiu da sua boca foi "se me tocar com essa mão nojenta eu corto todos os seus dedos", antes de dar as costas e caminhar para longe.
era frustrante que vocês continuassem se encontrando e que ele não mudava em nada. por vezes, tinha visto ele tentar deixar um bigodinho crescer, mas duas semanas de pura penugem depois ele ia e raspava, voltando a ter a cara de otário standart.
ele tinha mandado um email - que ele encontrou no seu cadastro estudantil disponível no fórum do seu curso - depois do encontrão durante a calourada, se explicando e dizendo que a história do roubo era um grande mal entendido e que agora ele conseguia falar melhor com os outros, sem ser tão tímido e recluso, perguntando se não podiam se encontrar em algum lugar público das dependências da universidade para "esclarecerem" tudo. e é óbvio que você nunca respondeu, achando um desaforo ter que fazer qualquer esforço para tentar entender o porquê de ele ter pego algo tão íntimo e nunca pedido desculpas na época.
reviver aquilo tudo te fez se levantar impaciente, deixando o resto do cigarro com cinthia e caminhando até a mesa das bebidas. misturava corote, guaraná e xarope de groselha para virar quase tudo de uma vez, sabendo que quem responderia pelo seu estômago irritado seria sua futura eu.
foi arrancada do transe das memórias e do comportamento revoltoso quando a menina morena te envolvia os ombros por trás, saltando em cima de ti. soprou no seu ouvido que um pessoalzinho estava combinando um "7 minutos no paraíso" no andar de cima do sobrado e queria saber se podia confirmar seu nome - o que você prontamente assentiu já que estava precisando de uma ficadinha urgente.
— mas como vai funcionar? — você perguntou antes de encher seu copo, metade vodka e metade guaraná daquela vez.
— eles vão sortear os nomes e ai vem alguém te buscar pra você subir e tal, enfim, só fica sabendo a outra pessoa na hora. — ela explicava. — acho que é aquele baixinho alguma coisa recalt quem deu a ideia. — e você conhecia a peça já, membro do grêmio da faculdade, um dos maiores fofoqueiros e vassourinha daquele lugar; não era surpresa.
riu divertida e então quando ia bicar a bebida, a outra lhe surrupiava o copo, adicionando ao discurso que você "deveria parar de beber aqueles CRIMES HEDIONDOS em estado líquido". bufou com um beicinho e então foi em busca de alguma keep cooler ou cerveja, achando um freezer na área externa e se debruçando toda para procurar.
sua mente borbulhava com as possibilidades, com quem você seria colocada? era doida para ficar com matías de novo, embora ele fosse do tipo que dava detalhes indesejados pros amigos quando se juntavam nas rodinhas de pós-prova. tinha também o playboyzinho, felipe otaño, de medicina, um colírio para os olhos, era filhinho de mamãe, mas tinha fama de ser muito bom de cama... ah! e não podia esquecer do pardella, de educação física, nem era considerado tão charmoso, mas o tamanho daquele homem? pff
enquanto o tempo passava você se entrosava, participando de alguns jogos de beer pong, tiro ao alvo - qual gentilmente tinham impresso uma foto do reitor da instituição para servir como centro do alvo e maior pontuação -, e ouvindo as conversas paralelas.
— da licença, caralho. — a voz familiar soava chamando a atenção dos demais. — ali ela. psiu, vem.
— eu? — perguntava apontando pra si mesma já altinha e entre risos.
— sim, seu príncipe tá te esperando. — o recalt te envolvia os ombros e puxava com ele.
— hmm, meu príncipe, é? não é você, então? — perguntou descarada, fazendo o rapaz de baixa estatura rir todo vaidoso.
— awn, você queria? bem que sua amiga comentou. — ele te roubava um beijinho na bochecha antes de te por à frente fazendo com que você subisse os degraus apressadamente.
revirou os olhos achando cômico que ele estivesse tão empenhado com aquela brincadeira infame, mas era a cara dele que agia feito um adolescente mesmo estando em seu último ano de graduação. viu quando se aproximavam de um dos quartos no final do corredor de cima do casarão e deixava que o garoto segurasse a maçaneta da porta num suspense bobo.
— só não vai gemer feito putinha igual quando a gente ficou... — matías sussurrava na sua orelhinha, exibido.
— aquela vez que eu fingi pra você não ficar magoadinho? — retrucou venenosa antes de empurrá-lo e enfim entrar no quarto escuro.
— sete minutos, não mais que isso!! — ouviu a voz do outro, agora abafada, e meio descompensada.
a luz fraquinha do closet estava acesa e uma silhueta podia ser observada. quem era? em silêncio caminhou até lá, mordendo o lábio e abrindo as portinhas de madeira devagar. contudo, nada podia te preparar para aquilo.
dentre todos os homens naquela cuceta de festa tinha que ser ele? a franja loira caindo um pouco sobre os olhos e as bochechas coradas indicando que já estava um pouco bêbado, as mãos atrás do corpo e os olhinhos de cachorro que acabou de se perder da mudança. a única coisa que conseguia te frustrar mais em toda aquela história com o kukuriczka era que não só era impossível de fugir dele, como tudo nele te atraía fisicamente. ele nem devia se dar conta que o nariz grande despertava a imaginação fértil que você tinha e que as mãos veiudas com dedos longos faziam-na pensar em como seria se ele as colocasse pra uso.
você detestava ainda mais o fato de não conseguir odiá-lo de verdade.
ele parecia tão surpreso quanto você, endireitando a postura e entreabrindo os lábios enquanto piscava lento processando o que via. você fechava as portas atrás de si e suspirava ficando de costas pra ele, cruzando os braços num misto de nervosismo e insatisfação.
— se você quiser eu saio, não precisa ficar os sete minut-
— cala a boca. — soltou ríspida, incomodada com o fato de que ele, mesmo depois de todas aquelas desavenças, ainda tentava ser legal.
— desculpa.
franziu o cenho, apoiando as mãos na superfície acima da parte do calceiro, mordendo o inferior e batendo a pontinha do pé, pensando no que fazer, no que dizer. evitar ele era tão mais fácil do que aceitar que ele nunca tinha feito nada demais e que muito provavelmente a história da calcinha era só mais uma pegadinha que tinham pregado no garotinho bobo da sala. que inferno.
— vai querer me beijar ou não, seu merda?! — perguntou no impulso fazendo um bico mal humorado quando virava só o rosto para encará-lo.
a expressão do argentino paralisava, era nítido quando o pomo de adão dele subia e descia na tentativa urgente de engolir a saliva acumulando.
— e-eu
— você? você o quê, ein?! — se virava enfim, caminhando na direção do rapaz, o puxando pelo colarinho do moletom e fazendo com que ele se curvasse quando o agarre o trazia para baixo, com o rosto próximo ao seu. — você não quer? quer o quê então? porque você tá em todos os lugares que eu vou! eu tento esquecer, começar de novo e você aparece. eu te esculacho e você manda email. fala, esteban, o que 'cê quer?!
as palavras saíam cortando, pontiagudas, doídas, mas ele parecia aceitar todas, como sempre fez. as irides castanhas do maior tremulando enquanto focavam nas suas, mas sem recuar. você sentia-se dividida, a vontade de cuspir naquele rostinho casto era a mesma de beijá-lo e a cada segundo que passava a indecisão dele te consumia mais.
por isso quando o pequeno movimento assertivo da cabeça do garoto se fez presente, não pensou duas vezes em grudar as bocas. uma de suas mãos mais do que depressa alcançando a nuca do loiro para se prender ali, o corpo pequeno se aproximando do languido, e ao contrário do que você alfinetava com suas amigas, ele beijava muito gostoso. a boca fina abria e aceitava sua língua sem resistência, os rostos viravam de ladinho para o encaixe perfeito e seus órgãos reviravam no seu interior - sabendo que você ia contra sua própria natureza.
mas, não podia ligar menos quando as mãos de esteban te puxavam a cintura, invertendo as posições e te prensando contra o fundo do armário, arrancando um arfar seu quando adentrava sua blusa soltinha. o toque queimando sua pele e você querendo que ele fizesse a inquisição completa.
sem interromper o ósculo necessitado, você o arranhava a nuca, descendo a outra mão para apalpá-lo sobre o jeans, sentindo a ereção começando a se formar.
— só um beijo e você já tá duro? que nojo. — sibilou contra os lábios inchadinhos dele antes de o segurar o pulso e erguer para ver a hora no relógio analógico. — seis minutos, seu porrinha. seis minutos e ai eu volto a te ignorar como se minha vida dependesse disso.
a proposta era mais para si do que para ele.
— o que eu quiser? — esteban perguntava num fiozinho de voz, entorpecido pelo calor que os corpos juntos liberavam.
— qualquer coisa. — você ria nasalado.
não houve resposta verbal, mas o menino se colocava de joelhos, te olhando dali debaixo ainda com receio de você só estar blefando e querendo fazer da vida dele miserável, mas você não negava, pegava impulso para se sentar numa das partes planas do closet e o ajudava, tirando a calcinha e mantendo a saia.
— vai me chupar? — perguntou simples e zombeteira segurando as bochechas dele com uma mão, o polegar e o indicador afundadinhos nas maças finas o deixando com um biquinho. — quero só ver. acha que consegue me fazer gozar, estebinho? — o apelido ricocheteava.
— se eu fizer, você aceita conversar comigo? — ele afastava suas coxas com a pegada firme.
— se — enfatizou. — conseguir... eu penso no seu caso.
para ele era o suficiente.
te fitou mais uma vez antes de envolver suas coxas e te arrastar mais para a beira. a buceta lisa reluzindo a lubrificação que era liberada, mas ele não abocanhava de uma vez. dava lambidinhas pela virilha, vagarosamente, sentindo a pele levemente salgada por conta das horas de festa já, mas não era ruim, bem longe disso.
o argentino mordiscava sua púbis e então ouvia um resmungo emburrado, dando um sorrisinho ligeiro e que ficava escondido pelo ângulo de onde você o observava. "se demorar mais eu mudo de ideia", a ameaça soava demasiado vazia pra que ele mudasse o ritmo então continuou lambendo toda a parte em volta do sexo antes de escorrer o músculo quente para o centro, linguando da entrada até o ponto tesudinho. na mesma hora sua mão se entrelaçava nas madeixas claras.
te fez colocar uma das coxas sobre o ombro dele e aproximou, afundando a boca na buceta gostosa. estava tão babada que ele deslizava sem a menor dificuldade. esteban não tinha a boca grande, em compensação tinha uma língua e um nariz que ele não se importava em usar. fechava os olhos se concentrando e focando na sua entradinha dilatada, socando o músculo nela e indo até a metade, tirando e pondo num vai e vem lento.
suas costas arqueavam e seus olhos se arregalavam quando você percebia que se não cuidasse acabaria mesmo gemendo feito uma puta. conteve um choramingo e desviou o olhar assim que ele mexeu o rosto de um lado para o outro fazendo a ponte do nariz friccionar no seu clitóris. ele não tinha ressalva em não se sujar; em segundos o rosto estava todo lambusado com os seus fluídos.
a vista te fez corar, assustada com os próprios pensamentos libidinosos. rosnava baixinho e então o puxava os fios de novo, fazendo-o parar.
— deita. — mandava, mas sem a petulância de antes.
e deixando o corpo deslizar com o dele, em pouco tempo você tinha sua buceta engatada na boquinha do kukuriczka, se apoiando no chão para começar a rebolar. os barulhos lascivos da carne molinha dobrando, se arrastando e sendo sugada ecoando no cubículo fechado onde ambos se encontravam. as mãos masculinas deslizando e apertando a carne macia das suas coxas fartas te incentivando a continuar movendo o quadril para frente e para trás.
seu grelinho palpitava, se apertando contra o nariz dele ao passo que a língua do mesmo sumia quase até a base dentro do seu canal. ele arriscou subir os dedos pelo seu tronco e beliscou um dos biquinhos que marcavam na blusa, te fazendo retesar toda para gemer antes de continuar com as reboladas.
quatro, três...
quando faltavam dois minutos o maior te prendia nos braços e envolvia seu ponto de nervos com vontade, chupando como se fosse uma laranjinha ou qualquer gomo de fruta bem suculento, não afastando por nada enquanto o barulhos de sucção e estalidos embalavam seu orgasmo junto do seu chorinho aflito de quem não tinha planos de gozar assim tão fácil. pulsava toda, a tensão irradiava para o resto do corpo depois que ele afastava a boca avermelhada só para descê-la um pouquinho e sugar todo o mel que pingava de ti.
você por outro lado não tinha a mínima condição de protestar mais. a vergonha e a sensatez caindo de uma só vez sobre sua consciência enquanto se levantava bamba de cima do rosto do garoto que observava tudo quieto e resfolegante.
sequer conseguia procurar pela calcinha, se apoiando numa das colunas de madeira sentindo a 'cetinha molinha agora. esperava ele se levantar para poder o encarar de novo, reparando que ele te estendia a peça toda embolada. apertou o maxilar e cerrou o punho, lutando internamente para ganhar um pouco de orgulho.
notava o celular no bolso dele e tirava o aparelho dali, abrindo o teclado de discagem rápida para colocar seu número e salvar com o seu nome, devolvendo e se virando para sair do closet - quase ao mesmo tempo em que algumas batidas eram ouvidas na porta do quarto.
— mas..? — esteban mostrava o tecido em mãos sem entender e você corava antes de empinar o nariz e dar de ombros para deixá-lo.
incapaz de responder ou de passar mais qualquer minuto perto dele, sem saber se era porque acabariam fodendo - e você gostando muito - ou se era porque seu ego tinha sido completamente abalado, triturado e empacotado, te fazendo duvidar de si mesma.
depois de sair, via matías do lado de fora, com um pirulito no canto da boca e sorrindo tal qual um paspalho.
— e ai? — ele perguntava curioso e descabido.
— melhor do que com você. — mostrou a língua numa caretinha soberba vendo a boca de outrem abrir num 'o' desacreditado antes de descer as escadas.
#lsdln smut#la sociedad de la nieve#lsdln#kuku esteban smut#kuku esteban reader#loser!esteban#esteban kukuriczka
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você [é] chama e eu vou.
tem data de fim e eu já sabia, mas fui mesmo assim. subi Bahia, desci Floresta, te seguindo por cada rua desta cidade para não arriscar perder um segundo só da sua passagem. te acompanhei metódica e me fiz flexível a sua suavidade, porque quando você chama, eu vou. temendo piscar e perder algo valioso que vai me seguir pelos próximos dias e meses, capturando tudo que há para capturar. me habituando lentamente à gentileza do seu toque, aproximando e despedindo, dando e tirando tudo de mim. pensei que vermelho era minha cor, mas é sua, sempre escondida entre as outras, ardendo como sua alma arde em mim também. levantei as defesas, olhei o calendário e contei os dias, então você gargalhou no meio da avenida no carnaval e eu não pude evitar abrir meus portões. a madrugada curta com a voz ecoando nos fones, o cheiro da flor que você pegou, a sua insistência em acreditar em karma. sua essência me acerta em cheio porque a minha peca na transcendência enquanto a sua sobra. minhas respostas retas e prontas se encerram na sua mania de ir além. meu peito contem as faíscas desde o começo, por medo de fugir do controle e você incendeia. você chama e eu vou. agora o relógio corre mais que antes, dias contados vão passando enquanto procuro algum espaço que me liberte e te coloque aqui de novo. perto. colada em mim. cedo à contagem regressiva mesmo quando seu calor ainda aquece meu corpo em meio a garoa desse começo de tarde, cedo ao fim iminente mesmo enquanto nossos olhos estão próximos e o gosto do chopp ainda na boca, cedo a sua capacidade única de movimentar meu mundo e me obrigar a ser livre porque seu afeto é fogo, labareda, e se você chama, eu vou.
#liberdadeliteraria#espalhepoesias#pequenosescritores#eglogas#poecitas#projetocores#meuprojetoautoral#lardepoetas#lardospoetas#mentesexpostas#arquivopoetico#pescmembros#rvb#reverberando#poetaslivres
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*me fazendo de burra* nossa camis acabei de ver essa foto e I thought 🧠 em esteban e reader indo pra uma festa fantasia de homem e mulher aranha mas depois de dois copos de um drink suspicious o esteban parece tá mais gostoso que o normal e como we are just girls 🎀 a reader chega toda xoxinha tipo amor cof cof to meio dodói vamo pra casa 🥺 {olhinho implorando por meia hora de pica} ai quando eles chegam em casa ela já tá se esfregando tipo gata no cio opa a dor passou 🤭 vamo fude? 😈 corta pra ela rebolando em cima dele com os dois ainda fantasiados e si tirar aquela máscara ele tá com os olhinho lacrimejando aff para a gravação 😖✊🏽
and I say more ☝🏽☝🏽 indo pra minha skin de nerd 🤓 tem um quadrinho do homem aranha que ele conhece a silk (mulher aranha) e eles não podem ficar perto um do outro pq as aranhas que picaram eles são da mesma espécie então os hormônios ficam a flor e eles querem toda hora fazer sapecagens 🍑🍆💦
mas assim amiga sabe isso foi uma coisa que eu pensei agora sabe não é como se eu já tivesse surtado no seu chat sabe essa ask não foi planejada sabe sabe sabe 🕴️🕴️🕴️
nossa !!!! que ask super inesperada 😯😯😯😯inclusive PUTA 💥que💥💥PARIU🖕🏻🖕🏻🖕🏻 gente o dia que ele postou essa porra dessa foto vocês não tem noção eu quase entrei em combustão instantânea xerecal de vdd vey olha esse pescocinho branquelo perfeito pra encher de chupão e meter a unha e enforcar OI quem disse isso……
enfim. *limpando a garganta cof cof* esteban amigo do irmão. SIM. ele voltou. o mais temido de todas as edições. (não revisado ok e dedicado a @lacharapita 🖕🏻 e todas as kukulovers e todas as amantes de homens patéticos 😛)
ok voltando ESTEBAN AMIGO DO IRMÃO que é nerdolinha estudante de ti, e por mais que seja uns aninhos mais velho que você sempre fica nervoso contigo por perto. esteban amigo do irmão que aceitou que a festa do seu irmão fosse na casa dele, mas com a condição de que fosse festa a fantasia já que o aniversário do seu irmão é justamente no mês de outubro.
a festa realmente estava divertida, a casa de esteban era grande o suficiente para deixar todos convidados a vontade, a maioria das pessoas no jardim perto da caixa de som e raramente algumas na cozinha pra buscar mais gelo. a maioria das fantasias eram criativas, outras pessoas optaram por algo mais simples, como você, que ficou sabendo da festa de última hora (pq seu irmão não gosta como o esteban fica calado quando você tá perto então te contou em cima da hora 🙄) então vestiu um vestidinho preto e colocou umas orelhinhas de gato pretas do último carnaval. mas acontece que… a bebida estava descendo fácil demais e batendo no nível certo só pra te deixar alegrinha, soltinha. e o ambiente da festa tava tão gostosinho… que nem o anfitrião (😛), que em sua defesa, sempre achou ele tão gatinho… as sardinhas espalhadas pelas bochechas que coravam quando você chegava por perto, e principalmente os ombros largos que ficavam ainda mais evidentes com ele usando essa bendita fantasia de nerd do homem aranha. mas, sabe… o jeitinho que ele ficava totalmente idiota perto de você te instigava tanto, te deixava com tanta vontade de tê-lo sozinho por mais de alguns minutos…
por isso que, quando viu kukuriczka entrar na cozinha para buscar mais gelo, rapidamente abandonou o seu grupinho de amigas e foi atrás dele. chegou de fininho na cozinha, com a voz mansinha ao chamá-lo, “kuku… eu tô com tanta dor de cabeça, cê tem algum remédio pra me dar?”, sorrindo quando ele virou rápido demais na sua direção, tropeçando pro lado pq tava alegrinho também e usando aquela porra daquela máscara (em defesa dele, era pq lá fora tava frio e o nariz dele tava ficando gelado já, ah e também pra não ficar inalando a fumaça que os amigos estavam fazendo) e respondendo “claro..”. você acha que nunca esteve tão feliz quando subiu pelas escadas até o quarto de esteban, logo atrás dele.
o quarto era bonitinho, arrumado e cheiroso, mas você não conseguia prestar atenção em outra coisa além do homem alto procurando um remédio em uma das gavetas da mesinha ao lado da cama. o observava em pé, um ângulo inédito já que ele sempre estava acima de ti, muito mais alto. “tem… dipirona, pode ser?”, ele ofereceu, simpático. “poxa, nem dá, eu sou alérgica…”, você contou a mentira na voz mais meiga que conseguia, se sentando ao lado do loiro, que logo voltou a procurar na gaveta, ele estava tão nervoso que não percebeu que era a máscara que atrapalhava a visão dele, não se deu conta antes de você o impedir de voltar a procurar. “quer saber, kuku? eu acho que eu só preciso ficar sentadinha aqui um pouco… só até passar, sabe?”, ele se endireitou ao ouvir, até falou algo do tipo “fica a vontade, se precisar de alguma coisa me chama”, mas você logo colocou a mão na coxa dele, dizendo doce: “não, fica aqui comigo… por favor”
e claro que ele não negou, ainda mais com você chegando mais pra perto dele, agora encostando a sua coxa no lado da dele. você até deu uma risadinha sopradinha ao levar a mão até a nuca do garoto, brincando “tira essa máscara, kuku… ce vai ficar sufocado”, tirando a máscara devagarinho, até mordendo o lábio discretamente quando viu o rostinho vermelhinho e os olhinhos caídos por conta da bebida, o cabelinho loiro bagunçado nem se fala. você sorriu, dizendo “prontinho..” enquanto passava as mãos pelos fios desalinhados, arrumando eles. você é esperta, po, tem o mínimo conhecimento de cultura pop e nerd, masss…. enquanto continua com a mão pertinho da nuca dele, pergunta, como quem não quer nada, “kuku, tem algum universo em que a mulher gato e o homem aranha ficam juntos?” e meus amores … só falta ele cair durinho pra trás, ele até engasga antes de te responder - tentando fingir costume - que “o universo da mulher gato e do homem aranha são diferentes, então é muito provavel que eles nunca nem se conheceram”. você faz a linha bundudinha burrinha neaaaahhh 😛 (dont mind me im projecting) e fica toda “poxa! não sabia…”, enquanto as mãos não saem de perto dele, acariciando o ombro, descendo pelo braço… ele começa a explicar, nervoso “pelo fato de a mulher gato ser da dc e o homem aranha da marvel, é improvável, mas assim! nada é impossível com tantas teorias…”, e ele até ia falar mais, mas você se ajeita na cama, colocando as pernas pra cima do colchão e ajeitando elas em posição de borboleta, permitindo que ele veja direitinho a parte interna da sua coxa, pode até jurar que consegue enxergar o tecido branquinho da sua calcinha.
“que foi, kuku?”, você pergunta, e os olhos dele finalmente voltam pro seu rosto, que está com um sorrisinho de lado e a cabeça também tombada para o ladinho enquanto o olha, meiga, como se você nem estivesse fazendo um inferno na cabeça do pobre coitado agora. “não, nada, é… só isso mesmo”, ele diz, baixinho. “hmm, entendi..”, acha tão adorável o jeitinho tímido dele que não resiste, se ajeita para chegar mais pertinho, e dessa vez se senta devagarinho no colo dele, sem quebrar o contato visual, as pernas do lado dos quadris do homem, que te observa com o cenho franzido e os lábios entreabertos, sem nem acreditar que isso finalmente tá acontecendo. “e nesse universo, que que ‘cê acha, hm?”, pergunta com as duas mãos na nuca do garoto, observando o ‘sim’ tímido que ele acenou com a cabeça ao te olhar, fechando os olhinhos e jogando a cabeça para frente até encostar nos seus seios quando você movimentou os quadris para frente.
você chegou com a boca pertinho do ouvido dele, mas antes de falar alguma coisa, de novo chegou os quadris para trás e para frente, gemendo baixinho com a sensação e não contendo um sorriso quando ouviu ele fazer o mesmo. “deixa eu te ouvir, kuku… fala pra mim o que você quer, hm?”, mordeu de levinho o lóbulo dele, roçando mais uma vez sua calcinha já molhada contra a ereção que marcava na fantasia, e ainda por cima, descobriu o exato lugarzinho que marcava a glande já inchada e melada de pré gozo ao chegar um pouco para o lado, e ao se mexer mais uma vez, percebeu que a sensação dos tecidos meladinhos contra o outro era tão boa quanto para você e para ele. esteban ainda tinha o rosto encostado nos seus peitos, e você levou seus dedos até o queixo dele, fazendo ele erguer o rosto e encontrar o seu olhar, ele parecia querer te pedir algo, mas as palavras agarravam na garganta ao te sentir rebolar nele, abria a boca para tentar dizer alguma coisa mas só saiam gemidos baixinhos e falhados, as mãos grandes agarravam os lençóis com tanta força que uma das pontas até se desprendeu de uma das extremidades. quando você percebeu que o que estava faltando eram as mãos dele em você, tomou elas na sua carinhosamente- algo que ficava mais sujo tendo em mente a forma como você esfregava a sua bucetinha coberta pelo tecido fino contra a ereção de esteban que você conseguia até sentir latejando - e guiou elas até a sua bunda, agora exposta já que o vestido já tinha se enrolado acima dos seus quadris.
“pode me tocar, kuku… não precisa ficar tímido…”, seus quadris se moviam para frente e para trás, o fato de que esteban conseguia sentir tão bem você pulsar ao redor de nada enquanto você praticamente o masturbava com a sua intimidade o deixava louco, então quando você apertou em cima das dele, fazendo ele agarrar sua bunda, ele não tinha nem condições de medir a força que te apertava, nem quando você puxou um arzinho entre os dentes cerrados, logo sorrindo com a sensação nova, canalha. suas mãos foram até o queixo dele, alinhando o rostinho dele com o seu, olhando nos olhos dele enquanto disse “sabe, na verdade… eu ficava sonhando em ter você me tocando desse jeito”.
ele acenava um ‘sim’ desesperadinho com a cabeça, os lábios dele se moviam, como se ele fosse falar “eu” alguma coisa, mas porra… tava tão gostoso, que você não deu nem importância para o que ele tinha a falar nesse momento. “mas isso aqui tá tão melhor do que qualquer coisa que eu já pensei… da até pra sentir, é tão grande…”, a sua mão que antes estava sobre a dele na sua bunda foi até a alcinha do seu vestido, ele acompanhava a forma como ela deslizava ela contra o seu ombro, e antes mesmo que você pudesse tomar a iniciativa, esteban retirou uma das mãos que estava na sua bunda e levou ela até o seu peito, agora quase exposto, enfiando a mao grande por baixo do seu tecido e agarrando a carne com mais força do que gostaria. você gemeu com a sensação, já sensível demais devido ao álcool no sistema e por finalmente fazer o que queria há tanto tempo com o amigo gatinho do seu irmão. os quadris involuntariamente começaram a se mover com mais intensidade, um barulhinho molhado vindo da sua buceta que se esfregava contra a ereção pesada e quente perfeitamente delineada no tecido fez esteban arfar, apertando seu corpo mais forte ainda no reflexo, arrancando um sorrisinho safado de ti. “t- ta… caralho… tá muito bom”, finalmente esteban conseguiu falar alguma coisa, mas coitadinho, a forma que a voz saiu tão frágil da boca dele foi diretamente para o seu pontinho sensível e inchado, que era estimulado perfeitamente pelo comprimento do loiro, te deixando mais desesperada ainda para se desfazer ali mesmo.
“é, lindo? vai ser melhor ainda quando você me fuder, me deixar bem cheinha com esse pau gostoso… me lotar de porra”, você não ligava de falar essas baixarias pro menino que corava quando você dizia “oi”, não nesse momento. principalmente quando ele colou os lábios entreabertos nos teus, mas ainda sim não te beijou, apenas fechou os olhos e gemeu, e sem nenhum aviso prévio, se desfez ali mesmo, te fazendo arrepiar ao sentir a mancha melada se formando no tecido contra a sua buceta. se não fosse pela reação dele, não teria nem decifrado que ele gozou, afinal, a mancha molhada que se formou ali poderia ter sido sua, já que sentia que estava escorrendo de tão excitada com o loiro burrinho de tesao bem na sua frente, e ainda por cima por sua causa, e, claro, principalmente com a sensação gostosa que roçar contra ele te trazia. reduziu o ritmo que se movimentava contra ele, mesmo com os olhinhos fechados, esteban mostrava preocupação, ele encostou o rosto na curva do seu pescoço, respirando pesado antes de dizer “desculpa”. pela reação do garoto por ter gozado nas próprias calças, ele definitivamente nem sonhava que essa tenha sido a coisa mais excitante que você já presenciou.
a fim de assegurá-lo que você estava tão satisfeita quanto ele, encostou a mão na bochecha vermelhinha, abaixando o próprio rosto para finalmente beijá-lo. ambos arfavam contra o beijo, você gemia baixinho contra os lábios fininhos ao sem querer chegar os quadris para frente, só espalhando mais a bagunça que tinham feito ali, já esteban ergueu os próprios quadris em um espasmo, sensibilizado com o que tinha acabado de acontecer. precisava de mais dele, dos dedos compridos, da língua contra cada centímetro do seu corpo, o pau grande te fudendo até ficar dolorida no dia seguinte, então por isso, quebrou o beijo, se afastou e ficou de pé.
quando caminhou até a porta, esteban genuinamente sentiu uma pontada no peito, com medo de ter fudido com a chance perfeita de te ter como ele tanto sonhou, mas quando te viu girar a chavezinha na fechadura, agradeceu mentalmente a todos os deuses que existiam nesse mundo. você caminhou de volta até ele, disse doce “não tem problema kuku…” ajoelhando entre as pernas dele, passando a palma sobre a mancha molhada da fantasia. “deixa eu te ajudar a limpar essa bagunça”
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eu estava desarmada. a cabeça tava na lua... ou em todos os problemas que vinham me cercando na época: era crise de identidade, as dívidas, algumas mudanças e inúmeras incertezas do que estava prestes a acontecer. mas romanticamente falando, eu tava desarmada. finalmente não pensava em ninguém amorosamente falando. estava mais era preocupada comigo e em como, ou que cargas d'água aconteceria com toda essa loucura da minha vida. era 2019 e eu não tinha nada além de um vestido vermelho, uma franja muito ruiva cortada contra minha vontade e um par de sandálias de salto fino brilhantes customizadas de última hora que devido a falta de dinheiro precisei improvisar. a missão seria continuar umas duas horas em pé em cima dos saltos finos e a minha cabeça girava com todas as muitas preocupações do dia, fúteis sim, mas que me deixaram ansiosa. eu não achava que aquela noite teria o impacto que aquela noite teve. eu só esperava fazer o que precisava ser feito e terminar aproveitando todos os quitutes da festa sentada, dando folga aos meus pés cansados. e não cumpri nenhuma das duas coisas. antes que pudesse acionar minhas defesas, fui hipnotizada pelos dois olhos pequenos e castanhos dele, quase pretos. ele também estava muito bem vestido, e ainda consigo me lembrar do cheiro. mas nada supera os olhos, nada. eu só lembro deles até hoje. da maneira como eles me olharam quando passei pela porta e alguém comentou com ele sobre a minha chegada. e no momento em que me senti "olhada", me vi rendida. eu acho que naquela noite, tive a sensação de que talvez nunca tivesse sentido o amor de fato. era como se estivesse amando pela primeira vez. antes do toque mesmo e devo dizer que tudo muito ingênuo, tudo muito impensado, tudo muito instantâneo. chega a parecer coisa de filme, novela, sei lá. eu me vi atropelada por uma porção de sensações que eu nunca senti e confusa, quis fugir a todo custo. eu não sou uma boa experiente nessa coisa de amor, mas vou te falar... apesar de não ter esperado, acho que nunca me vi tão feliz em ter me rendido a alguém na minha vida toda. eu acho que desde então, eu tenho tentando encontrar outras sensações tão boas pra tentar colocar no lugar das que eu vivi naquela noite, mas inutilmente. eu procuro você nos lugares que vou, eu procuro encontrar nossas coisas em comum e sempre acho. de alguma maneira algo me faz pensar que pode até ser que ainda não tenha chegado a nossa hora, mas que ela vai chegar, sabe? eu não consigo explicar como, mas eu sinto que é você.
#textosdaval#projetocartel#conhecencia#projetoversografando#julietario#projetosonhantes#procaligraficou#projetoautorias#procaligrafou#ecodepoeta#espalhandopoesias#espalhepoesias#florejo#naflordapele#doistonsdeamor#projetoversificando#projetocores#projetoandares#mardescritos#lardepoesias#lardepoetas#carteldapoesia#projetoalmaflorida#projetocaligraficou#projetoflorejo#quandoelasorriu#pequenosautores#meuprojetoautoral#mentesexpostas#liberdadepoetica
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Cedi às breguices do namoro moderno e agora uso anel de namoro
#em minha defesa é bem fofo tá? nossa n paro de olhar pra minha mão#n passei mt tempo c meu namorado dps da gnt colocar os aneis mas tão bom segurar a mão dele e sentir o anel ali#n me perguntem n sei explicar mas é gostosinho#brega? sim breguissimo mas eu posso eu quero eu gosto#bergi gabble
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Não é nada impressionante, mas de alguma forma é perceptível o sentimento que a falta de uma conversa com a pessoa certa traz, poder falar abertamente sobre assuntos que nunca deveriam ser mencionados traz uma tempestade de defesas que foram erguidas com o tempo, mas ao mesmo tempo traz uma calmaria que é impossível de se descrever, e essa é a marca que tua presença sempre me trouxe, ao mesmo tempo que queria poder caminhar cada pouco segundo ao teu lado, abro mão de segundos pelo destino e pelo acaso, sem te afastar dos pensamentos acho que apenas perdi a minha noção, e ahhhh o quanto seria bom poder perder a noção em livres segundos mas sem tirar os pés do chão, trocar olhares mas naquela certeza de que a cumplicidade não vai ser esquecida, acho que sou apenas um sonhador que acredita que fidelidade não é algo supérfluo, que acredita que o sentimento de alguns dedos entrelaçados vai muito além do passado e do futuro, mas minhas palavras são apenas pensamentos, meus atos são aleatórios e meus sentimentos são meus por puro egoísmo humano. Nunca fui de acreditar em misticismo mas a cada acontecimento fora do normal em tua vida sinto na pele como se em algum momento fosse possível relacionar o que estou sentindo agora com algo que aconteceu, mas assim a vida vai seguindo sem as mínimas explicações. E em dias como hoje me pego só sentado em uma cama vazia após te procurar em cada canto de uma cidade hostil sem te encontrar, derramando algumas lágrimas de sentimento verdadeiro que não poderão ser enxugadas e que conseguem mascarar de alguma forma a dor real de corpo debilitado precisando de um mínimo apoio, impotente e em dúvida, achando que podia ter feito mais mesmo já tendo feito tudo que podia... É quando me lembro daqueles pequenos versos que ecoam infinitamente nesses momentos: "... Isso não é uma desculpa nem menos explicação, isso é uma carta de amor, quem escreveu foi coração...."
#bephoenix#carteldapoesia#espalhepoesias#eglogas#lardepoetas#mentesexpostas#poecitas#projetovelhopoema#projetoalmaflorida#liberdadeliteraria#pequenosescritores#pequenasescritoras#viajantesemtempo#poemas#escritos#textos#historias#poetry#egoglas#projetocaligraficou#projetomardeescritos#projetonovosautores#fumantedealmas#projetoalmagrafia#projetoflorejo#projetorevelações#projetoversificando#poetaslivres
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Ohma Tokita II - Tempo Perdido
🚨⚠️ AVISO! A HISTÓRIA A SEGUIR CONTÉM SPOILERS DO MANGÁ KENGAN OMEGA! 🚨⚠️
Contém: violência e conteúdo sexual (não explícito).
Algum dia no passado.
— Me escuta porra! Você precisa pegar o chefe e ir embora, caso contrário vamos todos morrer aqui!
Por mais que estivesse gritando na minha cara, eu não queria ouvir.
— Mas Koga! Vamos embora! Você vai morrer se ficar aqui, não tem jeito!
— Pelo menos vocês terão uma chance de escapar, VAI!
O jovem me empurrou e eu trombei com Kazuo que se tremia de medo. Não era para menos.
Estávamos os três encurralados em um beco por homens sinistros e perigosamente armados com facas, Koga era o único que sabia lutar bem, eu apenas aprendi alguns golpes de caratê e jiu-jitsu.
— Vai [Nome], por favor… Eu sei que você é mais velha, mas me obedece agora. — ele sorriu.
— … — fiquei sem reação por alguns segundos.
Vou mesmo deixá-lo aqui? Para morrer?
— K-Koga…
— Vai.
— Kazuo! Vamos embora!
Nem esperei uma resposta do velho, apenas agarrei seu braço e corri, corri como se não houvesse amanhã, sem olhar para trás.
Ainda incrédula que deixei o lutador para trás, meus lábios tremeram e eu derramei algumas lágrimas no meio do caminho.
— [Nome]-san! Espere, estou sem fôlego! — Kazuo gritou respirando profundamente e com dificuldade.
— N-não há tempo para esperar, precisamos nos salvar!
Aos tropeços e passos largos, eu comecei a cansar também. Meu pulmão pediu arrego, doeu e fui obrigada a diminuir a velocidade.
— Eu não… N-não queria ter deixado ele lá! — o arrependimento era evidente na minha voz.
— [N-Nome]-san…
— Ele é só um garoto! Não sabe lutar direito e… Ficou para nos proteger.
— [Nome]-san! Olha!
Em meio aos meus pensamentos, não percebi que simplesmente estávamos cercados em um gramado, a grama alta pinicava por baixo da minha calça.
Engoli seco.
— Ah, aí estão vocês de novo. Onde está o seu amiguinho brigão?
É aquele cara… Ele não disse o seu nome, mas sua feição é assustadora, ele vai nos matar a qualquer momento! Engoli seco, minhas pernas falharam — Kazuo já estava no chão, quase tendo um infarto —.
— Fico tão feliz que encontrei vocês! Seria um saco caçá-los por aí, matar vocês vai ser muito mais fácil agora, hehe~
Seus capangas se aproximaram.
— Fiquem longe! — eu fiquei em posição de defesa. — Kazuo, atrás de mim!
— Oh, agora você vai defender esse velho? Quero só ver, menina.
Aqueles homens armados com facas afiadas se aproximaram ainda mais. Que merda, eu não sou intrépida como você, Ohma.
— Eu avisei para não chegarem perto! — ameacei mais uma vez.
— Até parece que uma puta como você vai conseguir nos parar. — um dos homens afirmou sorrindo.
— SE AFASTEM!
Consegui desferir um soco no seu rosto, mas isso não o afetou muito. Logo, meu rosto ardeu com um tapa forte, coloquei a mão sobre o ferimento e fechei os olhos. Que dor.
Fiquei de joelhos tentando fazer a dor passar e me recuperar rápido. Não, eu não posso desistir aqui.
— Hahaha! Valeu a tentativa, mocinha, mas ainda falta muito para que você consiga machucar alguém. Deixe ela comigo. — o homem que nos atacou antes se abaixou e me pegou pelo cabelo, para que eu o encarasse. — Vou te dizer o meu nome, para que você saiba antes de morrer: Xia Ji. Eu serei o homem que vai te matar.
É isso? É esse o meu fim então? Morrer aqui, sem ter a chance de me defender?
Eu ainda preciso fazer tanta coisa! Deixei de viver nesses últimos anos, não acredito…
E Kazuo? Eu o olhei e os homens já estavam segurando seus braços, os olhos regados de medo, a alma quase saindo do corpo para que não sentisse dor. Meu coração se apertou de um jeito, então é isso, acabou.
— Depois de matá-los, vamos jogar no rio, vai facilitar a ocultação. — a faca que Ji usava se encontrou com o meu pescoço e a pressão da lâmina fez o sangue escorrer sobre o meu pescoço.
Esse então é o sentimento da morte? Os últimos momentos, as últimas sensações, é assim que será? As lágrimas não paravam de escorrer, meus olhos estavam fortemente fechados. Não quero ver nada, não quero sentir nada.
No entanto, tudo aconteceu de forma rápida.
Os homens que seguravam Kazuo rapidamente caíram no chão, mortos. Os pescoços revirados e quebrados, a cena era assustadora, mas pelo menos não era o velho.
— Quê? Porra é essa?! — o homem se afastou de mim, assumindo uma postura mais ereta.
Xia fez uma expressão incrédula, encarando o responsável por derrubar seus homens, a raiva podia ser sentida de longe.
— Aê seu filho da puta, eu e meu parceiro aqui precisamos dar um jeito em você e nesses seus capangas de merda! Certo?!
— Ahn? O que-
Não consegui concluir a minha fala, pois ela falhou no momento em que pousei os olhos nele.
O Demônio, Raian Kure.
Há tempos eu não me encontrava com ele, foi uma surpresa. Mas mais surpreendente que isso, ele não estava sozinho.
— Se encostar um dedo a mais neles, eu não obedecerei às ordens que me foram dadas.
Eu não tinha percebido o homem atrás de Raian, pensava ser algum dos seus irmãos. Mas não, não era um integrante do Clã Kure.
— V-você… Você… Es-está-
— Eu explico tudo depois de acabar com esses desgraçados, [Nome], Kazuo Yamashita, fiquem atrás de mim.
— Ohma! — Kazuo gritou seu nome e isso me despertou.
Aquilo era uma miragem? Uma ilusão? Um sonho ou pesadelo?
— Não mate aquele tampinha, ele é meu.
— Você não manda em mim maldito, eu escolho quem eu vou matar.
— A ORDEM É CLARA! CAPTUREM OHMA TOKITA VIVO! — Ji gritou a ordem aos seus capangas e todos partiram para cima.
Comecei a ter falta de ar, não conseguia encarar ninguém além do moreno.
— [Nome]-san! Fique comigo!
— Ka-Kazuo, eu… — engoli seco. — Eu não tô me sentindo bem… Eu acho que… Ah, bosta…
Tempo presente.
A consciência demorou a voltar, a luz branca incomodava meus olhos, ainda que estivessem fechados. Todos os músculos do meu corpo estavam doloridos, mas meu rosto ardia e estava quente. O tapa, é mesmo… Realmente aconteceu. Levei a mão ao rosto e passei sobre o machucado.
Abri os olhos, a luz branca era na verdade uma lâmpada e eu logo percebi onde estava: hospital. Meus olhos percorreram o quarto e pousaram no velho que sentava ao meu lado, pacífico, distraído lendo um jornal.
— Kazuo… — sussurrei seu nome e logo sua atenção se voltou a mim.
— [Nome]-san! Graças a Deus, você acordou, fiquei tão preocupado. — ele sorriu e se aproximou da maca.
— É bom te ver também. — devolvi o sorriso. — Há quanto tempo eu tô apagada? — custei a ficar sentada na maca.
O que me ajudou a ficar nessa posição, foi o encosto surpreendentemente confortável daquela cama.
— Quase dois dias depois do que aconteceu, você desmaiou e trouxemos você para cá.
— E o Koga?! Ele está bem?! — logo me lembrei do que aconteceu.
— Sim, ele saiu da cirurgia, está no quarto ao lado, está se recuperando aos poucos.
— Preciso agradecê-lo, ele praticamente se sacrificou por nós. — suspirei passando a mão na cabeça.
— Nós vamos, mas… Antes disso, tem outra pessoa que você deve agradecer também.
— Quem? — arqueei uma sobrancelha.
Antes que o velho pudesse responder, a porta do quarto se abriu e entrou o nosso segundo salvador. Ohma Tokita. Arregalei os olhos, afinal de contas, não foi um sonho, ele realmente surgiu para nos salvar.
— Kazuo Yamashita, eu trouxe o café que você pediu, e também-
O moreno parou de falar assim que me viu sentada na maca.
— Ohma! Você retornou, a [Nome]-san acordou!
— Estou vendo. — ele sorriu e se aproximou, deixando a porta se fechar.
Abaixei a cabeça, não sei bem o que dizer depois de dois longos anos, ainda mais quando eu pensava que ele estivesse morto.
— Será que você pode nos deixar sozinhos, por um momento?
— C-claro! Vou aproveitar e ver como o Koga-kun está.
Sem nem protestar, Kazuo atendeu ao pedido do mais novo e saiu do quarto pegando o café que havia pedido, deixando o ambiente totalmente favorável para uma conversa séria.
— Como você se sente? — Ohma se sentou ao meu lado.
— Quer saber a verdade? — eu o olhei. — Confusa demais.
— Ainda tem dúvidas se eu sou um fantasma ou uma assombração?
— Tipo isso.
— Fala sério, você tá melhor? Pensei que estivesse com fome, eu trouxe isso.
O moreno estendeu a mão e me entregou a pequena sacola que trazia consigo.
— Obrigada, eu tô morrendo de fome.
Abri a sacolinha e tirei de lá um suco e um pão recheado.
— B-bem, tô melhor do que a-antes. — assenti com a cabeça. — Obrigada de novo por se preocupar comigo.
— Você… Desmaiou lá trás, pensei que tivessem feito alguma coisa com você.
— Foi só o nervoso mesmo…
— Eu causei esse nervoso, não é?
— Ohma, eu tenho muita coisa para falar, quero perguntar, mas… Não sei por onde começar. — eu me ajeitei na maca, começando a comer.
— Eu realmente estou aqui.
— Não sei como, nem o que aconteceu, mas acho que acredito em você. — dei um sorriso.
— Se quiser, podemos conversar juntos, eu, você e o Kazuo Yamashita.
— Tem certas coisas que eu prefiro conversar a sós.
— Sim, eu imagino.
— Eu fiquei inconsciente por dois dias, espero que tenha falado com o velho também.
— Não se preocupe, ele já sabe de tudo. Na verdade, eu só estava esperando você acordar para te contar, já que você… Se tornou uma pessoa importante para mim.
Eu sou uma pessoa importante para ele então?
— Posso só terminar de comer? Não quero engasgar enquanto converso com você.
— Vá em frente.
Depois de uns quinze minutos, terminei de comer.
— Pronto, tô liberada. — ele assentiu. — Bom… Vou ser direta ao ponto. O que aconteceu com você, Ohma?
— Eu morri e me reviveram aos quarenta e cinco do segundo tempo.
Assim que terminou de falar, ele pegou no colarinho da camiseta preta que me lembro bem de usar e a afastou um pouco, revelando uma cicatriz grosseira no meio do peito. Eu me assustei e engoli seco, não era mentira.
— Quem fez isso?
— O Dr. Hanafusa, foi ele que conseguiu me trazer de volta. Aquele coração antigo não ia durar muito mesmo, com os Avanços de Vida que usei nas lutas.
E pensar que ele realmente sabia que estava próximo da morte.
— A questão é: tem alguém que me quer vivo, então me foi dado um novo coração, este que bate dentro do meu peito. — apontou para a cicatriz, já coberta pelo tecido da camiseta. — Mas eu não sei quem é.
— Mas você está bem? Digo, recuperado?
— Estou vivo há dois anos, então presumo que sim. — sorriu.
Ah, aquele sorriso. Ohma está realmente diferente, é diferente do homem de dois anos atrás.
— Aahh, então tudo bem. Confio nas habilidades do Dr. Hanafusa.
Ficamos em silêncio.
A última vez que o vi, foi quando estava estirado na arena depois de lutar contra o Gensai. Depois desses fatos, eu não consegui vê-lo no hospital, recusei-me a ir ao enterro e nunca visitei seu túmulo. Foi demais para mim, pois de algum modo, em tão pouco tempo, eu me senti muito conectada a ele.
— [Nome], cê tá chorando.
— Eu…?
Lágrimas. Passei os dedos sobre as bochechas molhadas e o encarei, a vista embaçada e o coração acelerado.
— Quer alguma coisa? Os papéis se inverteram, eu preciso cuidar de você.
Aquelas palavras foram o suficiente para mim. Eu não disse mais nada, apenas o abracei. Aproveitei que ele estava bem perto da maca e joguei os braços em volta do seu pescoço e deitei a cabeça sobre seu ombro, logo ele retribuiu o abraço. Fiz um leve carinho em seus cabelos, sentindo como estavam iguais desde a primeira vez em que os toquei.
Desci a mão sobre as suas costas e agarrei sua camiseta à medida que o choro se intensificou. Seus braços fortes me mantiveram por perto, não quero que ele me solte, não quero que ele vá embora nunca mais.
— Eu passei por tanta coisa… Foi tão difícil… — enxuguei as lágrimas. — Eu, o Kazuo e a Kaede, foi tão difícil sem você por perto. Fez muita falta!
— Eu me desculpo agora por ter feito vocês sofrerem tanto. Não imaginava que era tão querido assim. — deu risada.
— Ohma, você é. Te perder foi um baque terrível, o Kazuo, ele… Praticamente perdeu um filho. Os lutadores perderam um grande amigo. E eu… Eu perdi alguém que eu amava.
— …
Acho que nessa situação, não há muito o que falar. Ele não pode simplesmente se desculpar por ter quase morrido e sumido por dois anos, não é simples, reconheço. No entanto, só de estar ali comigo, compartilhando um abraço — coisa que eu jamais pensei que conseguiria fazer de novo — já me deixa muito feliz.
Preciso dizer isso a ele.
— Desculpa, acho que eu falei demais. Eu só… Deixa eu traduzir: estou muito feliz só de saber que está vivo, e voltou para nós.
— Não precisa se desculpar, [Nome]. Eu também senti a sua falta. — nos afastamos um pouco.
Novamente enxuguei as lágrimas e o encarei. É boa a sensação de não ser esquecida por alguém importante.
— Seu rosto… Está bastante vermelho.
Ohma colocou a mão direita sobre a minha bochecha, no local onde eu havia levado o tapa. O toque da sua mão calejada devido aos anos de treino e lutas pesadas me trouxe à realidade mais uma vez.
— Eu… Aquele cara me bateu, eu não sei quem é ele.
— Puto do caralho, nós vamos atrás de todos, descobrir quem está realmente por trás disso, assim ninguém mais vai se machucar.
— Deixa isso, depois vamos atrás deles. — coloquei a mão sobre a sua — que ainda estava sobre a minha bochecha —.
— Você foi valente, protegendo o Kazuo Yamashita. — sorriu. — Mesmo sabendo que não tinha a menor chance contra eles, você o protegeu.
— Eu não sabia o que fazer, a ajuda não chegava, eu não tinha outra escolha a não ser lutar. Acho que isso é algo que aprendi com você.
— Mesmo depois da minha morte, você nunca esqueceu de mim? — perguntou arqueando de leve a sobrancelha.
— Não, acho que você entrou de uma forma nas nossas vidas, seria impossível sair, Ohma. — desviei o olhar. — E se você não se sente assim, tá tudo bem, eu só… Talvez eu só queria dizer essas coisas por medo. Medo de você sumir de novo.
— [Nome], olha só.
O lutador gentilmente colocou os dedos no meu queixo, pegando-o e fazendo com que eu voltasse a encará-lo.
— Está tudo bem agora, tudo vai voltar ao normal, então para de se preocupar.
— Tá, você tá certo. — suspirei aliviada. — Preciso me concentrar em me recuperar, detesto hospitais.
— Faça isso então.
Uma semana depois.
Os dias que se sucederam à emboscada que sofremos passaram de forma rápida, graças a Deus consegui me recuperar e saí do hospital, mas não deixei de visitar Koga todos os dias. Ele se sacrificou bravamente para garantir que eu e Kazuo ficássemos vivos, e por consequência, sofreu danos severos, o mais grave foi o braço quebrado que o impedia de participar de qualquer luta.
Pelo que entendi, Koga e Ohma tiveram um desentendimento no passado, mas passaram a conversar e parece que a desavença foi resolvida. Eu fiquei contente, não gostaria de ver duas pessoas importantes para mim brigadas desse jeito.
Tudo parecia estar voltando ao normal, tanto é que quando todos ficaram sabendo que o moreno não estava verdadeiramente morto, decidiram fazer uma festa no prédio da Corporação Yamashita para comemorar: uma festa regada a muita comida, bebida e homens musculosos transbordando testosterona.
Aquela foi uma das melhores sensações que tive em muito tempo na minha vida. Ver todos colocando a conversa em dia, se abraçando e combinando futuras lutas aqueceu o meu coração de uma forma indescritível. Para ser bem verdadeira, eu não tive muito tempo para conversar com ele… Isso me frustrou um pouco, mas eu estava bem com isso. Tempo para conversar acho que não vai faltar.
— Está tudo bem, [Nome]-san? — Kazuo se sentou ao meu lado e me entregou um copo.
— Sim, só… Tô pensando demais. — dei um sorriso e tomei um gole da bebida. — Suco de [sabor], o meu favorito.
— Você esteve tão quieta recentemente, estou um pouco preocupado.
— Muita coisa acontecendo né.
— É verdade, você tem razão.
Nós encaramos Ohma por alguns segundos, ele conversava com Wakatsuki, os dois muito entretidos falando sobre golpes e lutas que aconteceram nesses dois anos. É verdade que eles nunca tiveram tempo para conversar após a partida Kengan deles.
— Eu preciso falar com ele, não tive muito tempo para conversar com ele depois que saí do hospital. — apertei o copinho de plástico.
— Fique tranquila, tenho certeza que na lista de prioridades dentro da cabecinha do Ohma, você está lá.
Dei risada.
— Fico muito feliz e aliviada que nós saímos vivos, Kazuo, eu… Preciso ser mais forte. Preciso ficar mais forte.
— Vai ficar tudo bem, tenha paciência.
— É o que eu mais tive nesses dois anos, paciência.
— Confio no seu potencial. — ele olhou no relógio. — Bom, eu preciso ir para casa, meu filho está me esperando.
O velho se levantou e ajeitou as costas.
— Eu já já vou embora também. Quero só ir ao banheiro e então vou me despedir do pessoal.
— Quer que eu te espere? Posso te acompanhar até em casa.
— Não se preocupe, eu dou um jeito. Vai descansar velho, amanhã começa uma nova semana.
— Está bem [Nome], então até amanhã!
Kazuo se despediu dos demais e eu fiquei sozinha novamente. Aproveitei para ir ao banheiro e me aliviar.
— Ah, nada como um xixizinho. — suspirei ao sair do toalete.
— Desde quando você fala sozinha?
Puta que pariu, que susto da porra.
— O-Ohma! Que cê tá fazendo aqui?!
— Eu vim atrás de você, ué.
— Não podia ter me esperado lá fora?
— Kazuo Yamashita disse que você ia embora e já tá tarde.
Mas que velho bocudo.
— É, eu… Vou embora, já deu de comemoração por hoje, amanhã preciso trabalhar. — suspirei e me afastei.
Não quero ignorá-lo ou afastá-lo de mim, mas preciso que ele tome a iniciativa. Não fui eu que sumi por dois anos inteiros.
— Espera, [Nome].
Nossa, leu meu pensamento?
— Hum?
— Eu vou te acompanhar até a sua casa, é perto daqui, não é?
— Ohma, não precisa se incomodar, eu-
— Faço questão, assim podemos conversar. Só nós.
Estava aí uma oferta que eu não poderia nunca recusar. Kazuo deve ter mexido seus pauzinhos e colocado uma pulguinha atrás da orelha do moreno.
— Está bem, só vou me despedir do pessoal e vamos embora.
Como havia poucas pessoas já, não demorou para que eu me despedisse de todos, logo deixando o edifício da Corporação.
O caminho de casa não era longo, tampouco eu o considerava perigoso, mas eu queria mesmo ter uma conversa sem a interrupção daqueles marmanjos ou qualquer outra pessoa.
— Você se recuperou bem? — começou.
— Sim, naquele dia eu tive só um pequeno surto, uma queda de pressão, um piripaque, como quiser chamar. — dei risada.
— Fico aliviado. Eu nunca poderia imaginar te perder com a minha “volta dos mortos vivos”. — ele sorriu de canto. — Lihito que deu esse nome.
— É a cara dele mesmo, você assustou todos nós, se bocó. — dei um soquinho no seu ombro. — Por que ficou tanto tempo longe, Ohma?
— … — o moreno estava pensativo, encarou a calçada e logo o céu estrelado. — Eu precisava me recuperar, ficar mais forte. Ter perdido para o Gensai… Não estava nos meus planos, mas com a minha condição naquela época, eu não ia durar muito mesmo. Ele ainda continua lutando, não é?
— Sim, ele está ensinando muita coisa ao Lihito. O bichinho tá bem mais forte.
— Quero lutar contra ele algum dia.
— Com o Lihito, né? — arregalei os olhos.
— Nfufu, é claro que é com o Lihito.
— Não me assuste desse jeito, Jesus Cristo. — coloquei a mão sobre o peito.
— Fica tranquila [Nome], eu já falei que você não vai me perder de novo.
Suspirei, mas não encarei.
— Não fico totalmente tranquila Ohma, você vai lutar no lugar do Koga quando as partidas contra o Purgatório começarem.
— Vai ser um banho de sangue, isso é fato.
— Meu Deus, os caras de lá são fortes e alguns são bem loucos. Já sabe contra quem vai lutar?
— Os adversários são escolhidos na hora, não tem como bolar estratégia. — cruzou os braços e sorriu. — Mas independente disso, eu vou mostrar para o Purgatório como eu fiquei forte.
— Você aperfeiçoou o seu Estilo Niko?
— Digamos que sim, e o Clã Kure me ensinou algumas técnicas novas também.
Espera só um minuto.
— Por onde você andou escondido durante todo esse tempo? — precisava confirmar algo, não confiando nas minhas orelhas pela primeira vez.
— Com o Clã Kure.
— Quer dizer então que a Fusui sabia de tudo?
— Sim.
— E não nos contou nada. Pilantra.
— Ela cumpriu com a missão dela.
— Que saco… Isso quer dizer que você teve contato com todos do clã?
— É… Sim?
— Entendi.
Eu sou do tipo que não consegue esconder a reação. Logo, me bateu um sentimento de ciúmes. Quer dizer que esse tempo todo, nesses dois anos, ele com certeza deve ter tido contato com ela.
— Quê [Nome]? Tá com uma cara tão feia.
— Nada. Não é nada. — cruzei os braços.
— Por acaso… Espera, quero ver se entendi mesmo. Qual o problema de ter ficado com o Clã Kure?
— Já falei! Nenhum problema. — fechei os olhos e bufei. — Qual foi a condição para que o Erioh te deixasse ficar? Até onde eu sei, ele não vai muito com a sua cara.
— Ele quer que eu me torne o genro dele.
Que naturalidade, Ohma Tokita.
— Você precisa casar com a Karura então? — eu o encarei, irritada.
— … Na teoria. — agora, foi a sua vez de bufar. — Mas eu não vou me casar com ela. A Karura é uma adolescente que acabou de entrar na faculdade, muito jovem e- espera, é com ela que está preocupada?
Merda.
— …
— [Nome], mas não é possível. Acha mesmo que… — deu risada e fechou os olhos. — Você é mesmo idiota às vezes.
— Não me interessa com quem você se relaciona, só não me faz de trouxa.
— Ah claro, então não é por isso que você está chateada. Descobrindo que passei dois anos escondido e ainda por cima tendo contato com uma mulher apaixonada por mim.
Distraída, conseguindo ver a frente do meu prédio, não percebi o quão próximo ele estava, nem o momento em que se aproximou. Senti sua respiração ao pé do meu ouvido. Paramos de caminhar, o moreno se virou de frente para mim, segurou um dos meus ombros e me trouxe para perto. Não tive coragem de olhar para o lado, eu me senti tão intimidada.
Encarei seus olhos firmemente, aquelas íris cinzas eram tão penetrantes que dispensavam qualquer palavra.
Mas eu preciso que ele fale, deteste esse joguinho de olhares.
— Diz para mim, [Nome]. — ele começou, sua voz inerente adentrou nos meus ouvidos e subiu ao meu cérebro de uma maneira célere. — Não importa mesmo com quem eu me relaciono? Você não liga, é isso?
— … — desviei o olhar. — Não.
— Aqui. — Ohma segurou o meu queixo de novo, mas não de maneira gentil.
Ótimo, eu não preciso da sua gentileza agora.
— Olha na minha cara e responde. — nossos narizes se roçaram por um momento e ele sorriu de canto. — Fala pra mim que não se importa.
— … Eu… E-eu não…
Mas que saco! Não consigo dizer uma coisa que não é verdade nessa situação!
— Estou esperando.
— … Idiota. — sussurrei abaixando de leve a cabeça.
— Alto para que eu possa ouvir.
— … — levantei. — Desgracado, idiota! Você sabe que é mentira.
Fechei o pequeníssimo espaço entre nossas faces com um beijo. Comecei um beijo agressivo, pouco importando se ele fosse corresponder. A nossa posição não era das mais favoráveis, mas mesmo assim eu apoiei as mãos sobre seus ombros, levando a mão direita à sua nuca para que eu pudesse ter algum controle sobre aquele ato — por mais que eu soubesse da nossa visual diferença de altura —.
Ohma não demorou nada a responder, parece que estava esperando por isso, e logo senti sua língua invadir a minha boca com lascívia. Sua mão livre foi ao encontro da minha cintura, depositando um aperto forte que, com certeza deixaria uma marca. Gemi com a pequena dor, mas não deixe de continuar beijando-o.
Ele me trouxe para perto e, em um movimento rápido, minhas costas se chocaram contra o concreto gelado de uma parede. Lembrei daquele dia na enfermaria, há dois anos atrás. Senti seu sorriso por um instante quando ele deixou de continuar o beijo, eu ofegava enquanto engolia seco. Puxei algumas mechas do seu cabelo negro e arranhei sua nuca, respirei fundo e olhei novamente para dentro dos seus olhos levemente embaçados.
Minhas pernas fraquejaram por um segundo, então eu me segurei nele, encostando o meu corpo no dele totalmente. Essa sensação… Esse calor… Eu havia me esquecido como era se sentir próxima dele. Posso estar parecendo uma desesperada, — por mais que eu tenha tentado seguir a vida saindo e conhecendo outras pessoas — mas é só que… É desse cara que estamos falando.
O latido estridente de um cachorro me tirou daquele transe e eu pisquei algumas vezes.
Não é agora que eu queria recuar, mas porra… O que acabou de acontecer aqui?
— Hum, [Nome]. — chamou a minha atenção. — Sabe que estamos no meio da rua, né?
— Esqueci por um momento. — fiz-me de sonsa. — Mas parece que você não está se importando também.
— Eu não me importo, mas sei que não é o local adequado se eu quiser continuar te beijando desse jeito.
Lá vem o papinho.
— Eu que comecei isso, talvez eu deva arcar com essas consequências.
Eu olhei para o lado e logo o moreno me acompanhou.
— Eu moro naquele prédio.
— Ótimo, não diga mais nada.
Deu para dizer que me senti na idade da pedra. Ohma me pegou no colo e me colocou sobre seus ombros me carregando até que estivéssemos dentro do meu apartamento.
Não quero nem pensar se tinha alguém me olhando nas câmeras.
Dá para imaginar o que aconteceu depois, certo?
Se não ficou claro, posso dizer que nós “tiramos o atraso de dois anos”, e foi muito bom.
Talvez algumas pessoas julguem os meus atos, talvez eu estivesse errada em fazer isso… Existem muitas dúvidas que eu sinceramente não posso ficar ponderando a respeito. Eu perdi dois anos da minha vida sofrendo por alguém que eu nunca mais pensei ver na vida, mas aqui está ele, vivo e eu pude sentir o seu coração batendo quando seu corpo estava junto ao meu.
É incrível como mesmo depois de tanto tempo, nada mudou desde a primeira vez em que ficamos juntos. Claro, por mais que tenhamos pegado um pouco pesado por conta da excitação, ainda continuou a mesma coisa, a essência prevaleceu.
Com certeza as marcas ficariam por alguns longos dias, mas eu não poderia me importar menos. Afinal, a única pessoa que passaria a vê-las era Ohma Tokita.
No dia seguinte.
Eu pensei que estava vivendo dentro de um sonho no qual eu me recusaria a acordar. Foi o toque daquele maldito telefone que me despertou, e ainda sonolenta, tateei o móvel para tentar encontrá-lo antes que a chamada fosse perdida.
— Porra, cadê?! — finalmente encontrei o aparelho e atendi. — Alô?
— [Nome]-san! Bom dia, tudo bem? — era Kazuo.
— Oi, bom dia Kazuo. — esfreguei os olhos. — Só tô com sono, e você?
— Estou ótimo! O Koga-kun teve alta do hospital, eu e a Kaede estamos indo buscá-lo.
— Mas que maravilha! Fico contente com uma notícia dessas. — eu sorri e me ajeitei na cama me cobrindo com o lençol.
— Sim, não é mesmo? E eu te liguei para saber se você gostaria de ir conosco, eu passo aí para te buscar. Está em casa, né?
Engoli seco.
Olhei para o lado: descansava na minha cama uma escultura grega antiga.
— K-Kazuo, veja bem… Eu…
Meu Deus, que vergonha.
— O que foi?
— Kazuo Yamashita, a [Nome] não vai poder buscar o seu amiguinho com vocês. — o moreno começou a falar.
O timbre rouco que saiu da sua boca fez com que eu ficasse excitada de novo. Que situação a minha…
— O-Ohma?! Você está aí?
Por mais que o celular não estivesse no viva-voz, ambos conseguiam se escutar perfeitamente. Ohma sentou-se na cama e tomou a liberdade de pegar o meu celular, aproveitando o momento em que eu estava distraída.
— Estou, e a [Nome] está muito ocupada no momento, então, se puder ligar depois…
Ele nem esperou uma resposta do velho e desligou o aparelho, colocando-o sobre o móvel.
— Ohma! Eu queria ir buscá-lo!
— Você não acha que tem outras preocupações agora?
— Tô falando sério! Não é hora para-
Eu não tinha entendido até o momento onde o moreno queria chegar, mas minha voz falhou quando ele se ajeitou na cama, sentando de frente para mim. Pude ver o volume que se formava, o lençol cobrindo da cintura para baixo.
Então era isso que ele estava falando…
— Tem certeza? Poxa, eu jurava que a gente ia tomar um banho juntos. Mas se você quer tanto assim ir buscar o seu amiguinho, vai lá, liga para ele.
Ohma ameaçou levantar da cama, mas eu o impedi segurando seu braço.
— Espera… Eu… Mudei de ideia.
— Ah, é mesmo? E o que te fez mudar de ideia?
Com um sorriso maroto, ele se debruçou e deixou o rosto bem próximo ao meu, a respiração quente bateu contra o meu nariz, sua boca tão próxima da minha… Pressionei meus lábios e pisquei lentamente.
— Você. Você acabou de me fazer mudar de ideia
— Imaginei.
Sua mão viajou sutilmente até o meu pescoço e quando eu pensei que ele iniciaria um beijo, fui enganada na cara dura. Ohma deslizou a palma sobre o meu pescoço e esta parou na minha nuca, puxando levemente o meu cabelo para trás, forçando a minha cabeça para cima.
— Você não vai se livrar tão cedo de mim, [Nome]. Estou cumprindo a minha promessa, vamos agora para o banheiro.
Deus do céu, meus dias vão ser longos a partir de hoje.
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» OS FILMES DE ROMANCE MENTIRAM — pedido pessoal
⟅17.08.2024 — eu sou péssimo com clean :') eu sou uma fraude, já ta na hora de mudar minha bio pq eu já estou me envergonhando a essa altura do campeonato ;_; eu não sei se deu pra notar mas tô tentando puxar uma composição mais jogada e menos reta esses últimos tempos, venho tentando sair dessa faz um bom tempo e estou praticando pra deixar as capas com aspecto mais natural. Falando sobre a capa, eu falhei em alguns fatores, principalmente com as cores e a culpa é toda minha pq eu sou uma ameba e sempre taco quase a mesma configuração para TODAS as minhas capas, dai elas ficam com esse fundo bem mais alaranjado :'') em minha defesa, laranja define meu espírito. Essa é minha primeira capa zosan, eu não esperava um pedido com eles (menos ainda que uma das minhas maiores inspirações como capista, iria aparecer pra me pedir capa) mas eu achei um amor, não parece aqueles filmes românticos que a gente assiste na sessão da tarde? Ficou fofa :3
Art by @themetalhiro, thank you very much for the permission <3
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