#maratona lendo mulheres
Explore tagged Tumblr posts
Text
Skeelo: App traz histórias envolventes com protagonismo feminino
Maratona pra ler a gente sabe que tem muita gente procurando. Pensando nisso, a Skeelo lançou as experiências literárias femininas para o mês de março. Vem conferir no nosso site:
O mês de março é um momento para reforçar o direito das mulheres, para um ano inteiro em diversas áreas. Em especial, hoje vamos falar da mulher na literatura. Se aventurar em boas leituras e conhecer novas histórias se faz possível através de diversas possibilidades. Atualmente, a leitura de obras pode ser feita em diferentes plataformas que oferecem, inclusive, outros formatos para quem ama um…
View On WordPress
#aplicativos de livros#Audiobooks#E-books#livros escritos por mulheres#maratona lendo mulheres#plataformas de leitura#Skeelo
0 notes
Text
CAPÍTULO V
Minha experiência como cocô gigante durou apenas um dia e, infelizmente, não foi o suficiente para jamais me deixar ser humilhado outra vez. Com muita relutância, peguei novamente a página de classificados e achei um anúncio para cuidador de cachorros porque me submeter a cuidar de uma criança era demais. Até mesmo para mim.
A contratante se chamava Ellen e se intitulava "mãe de pet" de dois cachorros da raça shih tzu, o que seria completamente irrelevante pra história, não fosse pelo fato de um cachorro se chamar Shih e o outro Tzu. Parabéns pela coragem, Ellen, porque a noção claramente faltou.
Ellen Grata trabalhava de segunda à sexta, das 9 às 18 horas e era esse o período que eu deveria ficar em sua casa cuidando dos animais.
Quando cheguei à casa de Ellen no outro dia, vi que se tratava quase de uma mansão, daquelas de dois andares de filmes americanos que retratam a classe média dos EUA. Toquei a campainha e aguardei a mulher me atender.
Queria escrever aqui que esse capítulo não envolve cocô de forma alguma, mas estaria mentindo. Mal entrei pela porta e já pisei em uma merda (que Ellen relatou ser de Tzu, porque o Shih cagava em um tom diferente). Ellen explicou que eu deveria prestar atenção na cor da bosta para anotar na planilha diária, que relatava quantas vezes cada um dos cachorros havia comido, bebido água, urinado e cagado.
A mulher me explicou passo a passo tudo que eu deveria fazer, pois Shih e Tzu tinham cronogramas diferentes e ela não admitiria erros (a última babá fora demitida por esquecer de limpar a bunda de Shih depois da evacuação das 17:30).
Quando a desgraçada da mulher finalmente saiu para trabalhar em não-sei-o-quê, no tribunal sei-lá-qual, fui checar para ver se a casa tinha câmeras. Encontrei somente uma, no hall de entrada.
Transportei os dois cachorros para o banheiro, junto de seus potes de água e ração, que eu tragicamente esqueci em cima da pia, onde eles não alcançavam. Sentei na sala para finalizar minha maratona de Scandal e lá fiquei até às 16 horas, que o cronograma apontava ser o momento de passear com os dois cães.
Saí com Shih e Tzu pelo hall de entrada, indo em direção ao parquinho do bairro. Chegando lá, encontrei Luciferina, minha outra colega do ensino médio. Sempre me dei bem com ela na época da escola e não sabia como ela reagiria depois do meu vídeo como Fezezinho. Lulu, como eu a chamava, foi polida o suficiente para não mencionar aquela tragédia e começamos a colocar nosso papo em dia.
Conversamos tanto que, a certa altura (quando Lulu mencioava que casara com um velho rico de oitenta e dois anos), percebi que havia perdido os cachorros de Ellen Grata. Eles não estavam mais comigo ou em qualquer lugar à nossa vista.
O desespero tomou conta de mim, porque eu não queria ser processado por Ellen, que trabalhava com advocacia e levei Lulucomigo para procurar os cães.
Felizmente encontrei Shih e Tzu na esquina de baixo, mordendo as pernas de uma criança que chorava, aos prantos, pedindo pela mãe. Dei vários tapas nos cachorros para que soltassem ela e os levei para casa, me despedindo de Luciferina.
*
Cheguei novamente à casa de Ellen e, ao adentrar a porta, até esqueci do perrengue todo que passei com os cachorros no parque.
Um belo homem, belo não, um belíssimo homem, estava parado no hall de entrada lendo um jornal. Ele era loiro, com no mínimo 1,90 metros e tinha um avantajado volume em suas calças jeans. Larguei os cachorros, que correram e se emaranharam nas pernas do homem, latindo.
- Meus amores e... - ele olhou para mim, abrindo um enorme e branco sorriso - e você deve ser o novo baby sitter deles. Prazer, Gustavo.
Prazer? Só na cama, com você me chamando de "meu amor" também.
- Sou sim, me chamo Thomas - falei, sorrindo timidamente para ele, porque eu não gostava muito de sorrir -, mas pode me chamar de Tom.
Tom. O amor da sua vida.
- Pode ir para casa, Tom. Ellen já deve estar voltando do trabalho - ele me dispensou, ainda sorrindo.
Não, porque alguém feia como a Ellen Grata tinha um homem daqueles e eu, além de pobre, não tinha?!
- Certeza que não quer que eu fique mais um pouco? - falei, me insinuando para ele.
- Não tenho tanta certeza assim...
Foi nesse momento que Gustavo se aproximou, segurou minha mão e me beijou. Sim, ele me beijou!!!!!!! Também foi nesse momento que a porta da frente se abriu e uma Ellen um tanto confusa parou estarrecida em nossa frente e começou a berrar.
Ok. Mais uma demissão, tudo em troca do tesão. Eu deveria ter pensado no longo prazo antes de me agarrar no Gustavo, mas a emoção, no meu caso, sempre falava mais alto que a razão.
Me desvencilhei de uma Ellen muito puta com a vida e saí dali em passos curtos, ainda extasiado com o beijo de Gustavo e me sentindo nas nuvens com aquele pequeno caso de um beijo só (e um dia de trabalho só).
*
Na esquina à direita da casa de Ellen e Gustavo, chamei um Uber.
Quando o Uber chegou, notei que era um daqueles bem chatos que não param de falar de sua vida pessoal. Seu nome era Édson e relatou que ganhava a vida como Uber porque havia sido demitido recentemente.
- Eu também acabei de ser demitido. Várias vezes - finalmente falei, depois de ouvir Édson por cerca de vinte minutos. - E ainda acabei de terminar um relacionamento.
- Sinto muito! Você deve estar arrasado! - ele disse, me lançando um olhar pesaroso pelo retrovisor do carro.
- Claro que não estou arrasado. O relacionamento nem era meu.
Édson enfim chegou ao meu destino e me deixou na porta de casa, ao mesmo tempo em que um carro dos Correios estacionava. Um funcionário saiu do carro, abriu o porta-malas e começou a tirar diversos pacotes que, certamente, eram minhas encomendas do eBay e do Ali Express.
Corri ao encontro dele para receber aquele montante de coisas e, ao entrar dentro de casa, com a ajuda do moço, comecei a desempacotar tudo.
Ao olhar para aquele montaréu de coisas que eu não precisava atirado na minha sala (incluindo a batedeira de quase cinco mil reais, o bibelô de gato, que com certeza era falsificado e a gaiola de macaco prego) uma ideia me ocorreu. Se eu conseguisse vender aquelas porcarias, poderia dar entrada em um carro e, assim como Édson, ganhar a vida como Uber.
Abri o Facebook e criei um anúncio divulgando todas aquelas tralhas num pacote só, custando cinco mil reais (o que equivalia apenas ao preço da batedeira). Em cerca de vinte minutos uma senhora, chamada Sandra, me telefonou pedindo meu endereço para buscar as coisas e me trazer o dinheiro.
Às vinte horas, uma senhora bateu à minha porta e eu fechei na cara dela, porque ela estava de saia loga e eu achei que fosse uma crente vindo pregar a palavra divina. A senhora, aos berros para que eu abrisse a porta, anunciou ser Sandra, do anúncio do Facebook.
Abri a porta e, sem convidar, a mulher sentou no meu sofá, me atirou um saco de dinheiro e desandou a falar sobre vida dela - e de muitas outras pessoas. Eu já passara por aquilo naquele mesmo dia, com Édson. Não tinha saco pra ouvir dona Sandra falar sobre as hemorróidas da filha Sophia e o joanete do filho Caio. Sandra só foi embora depois que busquei uma faca e despretenciosamente coloquei no braço do sofá, ao meu lado.
*
No dia seguinte, fui a uma concessionária e adquiri um gol novinho em folha (mentira, era de segunda mão) com os cinco mil de entrada. Parcelei o resto em tantas presta��ões que eu esperava não viver tanto para terminar de pagar. Já saí de lá dirigindo e me cadastrando no aplicativo do Uber.
Eu nunca tivera um carro, era minha primeira vez dirigindo, tirando as aulas da autoescola e as nove vezes que reprovei na prova prática antes de conseguir, por muita insistência, minha CNH. Emocionado, businava para todo mundo que atravessava meu caminho, sendo conhecido ou não.
No meu segundo dia motorizado, fui estacionar o carro na garagem do meu bloco, e bati no carro rosa da Shirley. Um dos meus faróis quebrou, mas não me abalei, porque nem sabia para quê eles serviam. Já o que eu imaginava se chamar "para-choque" do carro de Shirley, ficou completamente destruído. Agradeci ao karma e ao destino, porque aquela otária ganhou o carro dela de graça da Mary Kay e eu teria que trabalhar horrores pra pagar o meu. Estacionei em outra vaga, mas não sem antes deixar um bilhetinho no parabrisas dela escrito "isso é por aquela MERDA de papagaio".
*
Minha primeira solicitação de corrida no Uber chegou dois dias depois. O passageiro se chamava Diego e estava me esperando lá na puta que pariu, onde a Kristen Stewart perdeu as expressões faciais. Aceitei a solicitação pois, de tão longe que era, eu iria ganhar um bom dinheiro.
Chegando lá, não encontrei as expressões da Kristen, muito menos o tal do Diego. Comecei a buzinar loucamente porque: a) eu não tinha paciência; e b) eu adorava buzinar. Quando eu já estava de saco cheio de esperar, dois homens usando máscaras de papelão com o rosto da Taylor Swift me abordaram. Abriram as duas portas do carro e um deles me puxou para fora. Enquanto arrancavam com o carro e me deixavam na sargenta, um deles berrou "I DON'T TRUST NOBODY AND NOBODY TRUST ME", citando a letra de "Look What You Made Me Do".
Observei as Taylor Swifts indo embora com meu carro recém adquirido, olhei ao céu e pensei "puta merda, Deus! Se você existe, me conta o que eu te fiz!". Aí me dei conta de que eu estava no meio do nada e sem um centavo no bolso. Não tinha nem a gasolina do carro para colocar fogo em mim. Mostrei os dois dedos do meio aos céus, levantei-me no chão, coloquei o celular dentro da cueca (para não ser assaltado novamente) e iniciei minha jornada a pé para o centro da cidade.
Permaneci firme - apenas na força do ódio - em minha jornada e andei o que pareceram cem mil quilômetros. Eu estava abalado, desestruturado, desidratado e tudo mais de ruim que termina em "ado", até que tudo ao meu redor foi ficando turvo.
Comecei a rastejar pelo chão, pois minhas pernas não respondiam mais aos meus comandos. A única coisa que me lembro antes de desmaiar, foram as vozes da minha cabeça cantando "This Is Why We Can't Have Nice Things" da Taylor Swift.
0 notes
Text
Boletim de Anelândia: #12 - O Herói Amigo do Sol (Falando sobre a minha editora: Herói)
Publicada originalmente em 10 de Janeiro de 2023.
Olá, pessoas! Mais uma semana e mais uma edição do nosso Boletim de Anelândia no ar! Dessa vez quero falar um pouco sobre um dos meus grandes projetos, que nem sei se todos conhecem ou sequer sabem. Quis separar a edição de hoje para falar um pouco sobre a minha editora, que é a Herói. Eu comento bem por cima, mas quero falar os motivos e claro aproveitar para divulgar um pouco o nosso trabalho né? Então, bora lá!
A ideia de abrir a editora
Confesso que a vontade de abrir uma editora era só uma coisa bastante remota e que achei impossível - e que ia precisar de bastante grana para isso.
Eu estou nessa vida de autora publicada desde 2014 e já passei por alguns bocados nesse caminho, publicando em antologias, participando como organizadora e também acompanhei muitos casos de autores que sofreram na mão de algumas editoras. E bom, por esses motivos, que eu primeiro decidi seguir como autora independente e foi como fiz a publicação dos meus primeiros livros solo. Depois de participar da Bienal em 2019, numa maratona maluca conciliando meu trabalho formal - onde estava no primeiro ano ainda - junto com participar do evento, eu e meu “conje” decidimos que talvez fosse uma boa que abrissemos a nossa própria editora, pelo menos para começar com meus livros. E lá em 2020, nós oficialmente abrimos a Herói Editora.
Quem somos nós?
A editora foi aberta por mim, meu noivo e meu irmão. Vou deixar para vocês um pouco sobre nós!
Anelise Vaz Gerente de Comunicação e sócia-fundadora
Escritora desde os 11 anos, seus primeiros livros eram suas brincadeiras de infância. Sempre teve o sonho de publicar seus livros, porém só foi realizar o sonho de ser publicada em 2014, através de um conto em uma antologia. Pouco depois, em 2016, publicou o primeiro livro na Amazon: As Aventuras de Jimmy Wayn – O Menino Virgem. Em 2019, finalmente publicou seu primeiro físico solo, que foi o próprio Jimmy e pouco depois O Diário da Escrava Amada. Sua formação é em Letras/Literatura e em Jornalismo. Além de escritora é Blogueira, Otaku, Fã de dublador japonês, Amante de música japonesa, Fã de Minori Chihara.
Elias Vaz Diretor de arte e sócio-fundador
Desde pequeno apaixonado por desenhos animados, animes e super heróis, pausando as fitas VHS para replicar os personagens, resolveu criar os próprios aos 7 anos. Daí em diante, não conseguiu parar. Suas ilustrações viajam pela internet, ganhando reconhecimento até criar a capa de alguns livros.
Marcus Almeida Editor-chefe e sócio-fundador
Apaixonado por leitura desde que aprendeu a ler. Com tantos anos lendo diversos livros diferentes, desenvolveu um gosto por avaliar escritos. De vez em quando, trabalha em suas próprias histórias e poesias, mas tem uma timidez para mostrá-las e talvez elas nunca vejam a luz do dia. Trabalha como roteirista em outros projetos, além de ser revisor, leitor crítico, tradutor e editor de vários livros nacionais, como por exemplo, os da autora Lari Lourenço. Participou da antologia Mulheres Reais - Parceiros Reais junto com a autora Anelise Vaz.
O mascote e os outros personagens
É uma coisa bastante pessoal de se falar, mas a origem do nome da editora é uma homenagem a um pequeno herói que em sua curta passagem neste mundo salvou uma vida e mudou várias. Seu nome é Ali Ravi, que significa Amigo do Sol. Então, ele é a nossa inspiração e o mascote da editora. E por esse motivo também, um dos nossos símbolos é justamente o Girassol.
Porém, ele não é o único personagem da editora. Temos uma série de tirinhas, onde os personagens são inspirados nos fundadores, em que os personagens seguem como aventureiros de RPG. Cada um com sua função, poderes e claro, as cores. São eles:
Elel Eise é uma bruxa capaz de invocar servos e usar magias de controle de grupo. Seu grimório ancestral carrega seus segredos arcanos e a cada novo aprendizado, uma página se preenche. Está sempre disposta a ajudar e aprender, mesmo não tendo paciência para algumas situações.
Eleeyasvlav Turrs ("Leea" para os íntimos) é o mago residente do grupo. Suas magias são de maior potencial destrutivo e são conjuradas por desenhos feitos pelo seu cajado. Não é de muitas palavras, reservando-se o direito de falar somente o necessário. Seu temperamento frio e indiferente é constantemente colocado à prova pela presença de seus companheiros.
Moku Yo Heiki é o monge da equipe, um especialista em combate corpo-a-corpo. Com auxílio do seu bastão mágico, ele é capaz de derrotar inimigos com um só golpe. Sempre tem um plano na manga, especialmente nas situações periclitantes. É determinado, persistente e perigosamente corajoso, sendo não só a solução, mas a origem dos problemas do grupo.
Trabalhando com outros autores nacionais
A primeira ideia da editora era para fazer a publicação dos meus livros, porque a gente quer realmente ir com mais calma e não sair publicando muita coisa de uma vez só. Tudo bem que o período da pandemia influenciou muito isto também. Só que não significa que nós não trabalhamos com outros autores nacionais. Uma das nossas propostas é justamente ajudar os autores com suas publicações, sejam elas com a gente (que ainda vai ser mais pra frente) ou fazendo de maneira independente. Por isso, oferecemos pros autores serviços editoriais - e necessários para a publicação do livro - como revisão, leitura crítica, diagramação, capa. Se você que está lendo esta edição do Boletim de Anelândia e é autor que está procurando algum desses serviços, só entrar em contato com a gente viu? Já temos alguns autores trabalhando conosco e não é porque sou uma das fundadoras, mas todos ficam muito satisfeitos com o nosso trabalho.
A antologia Bravura
Uma das coisas que nós planejamos é fazer a nossa antologia, que também entrou em stand by por causa da pandemia e estamos sem previsão para ela por ora. A temática dela é Bravura, onde queremos histórias sobre heroísmo. Já temos a capa, com o nosso mascote Ali e também a sinopse.
Bravura. Coragem. Ímpeto. Valentia. Atos que desafiam o bom senso em prol de algo maior. Pode resultar numa demonstração de força interna ou externa, mas é certo que culmina no momento em que apesar das chances não estarem a favor e do medo tomar conta, se opta em seguir em frente e enfrentar o perigo. As histórias presentes aqui representam estes atos, em suas diversas formas e em seus diversos contextos, contadas através das palavras de autores que carregam a bravura em seus corações.
É um projeto que queremos muitos que vá para frente, pois tem bem a cara da editora.
Bem, pessoal, é isto! Uma pequena apresentação sobre a minha editora para quem não conhece. Estamos começando devagar, mas estamos indo. Até a próxima edição do Boletim de Anelândia!
0 notes
Text
✧ MARATONA OSCAR 2024 › Oppenheimer
Daqui a somente algumas horas vamos descobrir o nome do vencedor do grande prêmio, e todos os caminhos levam a Oppenheimer. Essa é a última crítica da maratona Oscar 2024, que desemboca no blockbuster de Christopher Nolan sobre o criador da bomba atômica, que dizimou duas cidades japonesas e deu aos Estados Unidos o mérito de finalizar a Segunda Guerra.
Oppenheimer é um ótimo filme, mas que não se destaca em relação ao que os seus rivais oferecem. Para mim, o único motivo de ele ganhar essa evidência é o seu americanismo exacerbado, que combina exatamente com a identidade do Oscar, não importa em que ano ele esteja. “Nós criamos a bomba atômica, nós demos luz a um dos maiores gênios da contemporaneidade, a Segunda Guerra só teve fim por nossa causa”. A história, como qualquer biografia, precisa mesmo ser elevada através da visão de um diretor, mas sua controvérsia levanta questionamentos sobre se deveria ter sido contada ou não.
Da forma que foi feito, para mim não fez muito sentido — ele fez a bomba, ele sabe o que uma bomba faz, então por que estamos procurando vítimas nesse lado da história? É um relacionamento que devia ser mais complexo entre o criador e sua criação, mas diante do resultado de Oppenheimer, não parece. Parece raso. É muito fácil não compreender o personagem principal e não sentir empatia por ele, mas claramente esse não era o objetivo de Christopher Nolan.
Com o longa, o diretor procurou dar ênfase ao Oppenheimer e trazer sua perspectiva para abalar a audiência, mas se ele queria isso, por que não ir mais fundo? Nolan se utiliza das questões legais para trazer profundidade e atenção às consequências de seus atos, mas a relação do personagem com isso não é suficiente para medir seu arrependimento ou o quanto ele refletiu sobre o caos que criou. Parece que as questões legais são a única coisa que o fazem pensar sobre os impactos de seus atos, e a intensidade do seu remorso se resume ao diálogo minúsculo com o presidente. Lendo sobre Oppenheimer, há uma referência sobre os momentos entre o lançamento da bomba e as investigações, nos quais o físico faz declarações que pedem o controle de pesquisa sobre as armas nucleares. Esse é um aspecto que poderia ser explorado com mais afinco para entendermos melhor o seu pesar.
A estrutura da narrativa, em si, é ótima. A decisão de alternar entre o “pré-bomba” e o “pós-bomba”, combinado ao uso colorido ou preto e branco das imagens, dinamiza um filme que tinha potencial de decepcionar com o uso do tempo. Oppenheimer também acerta muito na fotografia e no som, criando uma atmosfera plausível com o prometido. A cena mais aguardada, da bomba atômica em si, impressiona, e surpreende por não nos dar o “boom” esperado, mas sim, o silêncio contemplativo de estarmos testemunhando o nascimento de uma coisa terrível.
A atuação de Cillian Murphy supera expectativas, como sempre, mas parece estar mal encaixada na ideia do filme. Ele vive um ótimo Oppenheimer e eu tenho certeza de que seria capaz de nos fazer sentir mais por esse personagem, mas o trajeto não permite isso. Mesmo assim, é ótimo quando figuras históricas adquirem uma vida mais palpável nos filmes biográficos e isso foi bem feito no longa.
Porém, sinceramente, senti mais empatia pelo “vilão”, interpretado pelo icônico Robert Downey Jr., do que por Oppenheimer. O toque vilanesco que ele dá ao personagem, sem muito exagero, com naturalidade, é perfeito, e realmente parece um papel feito para o ator. Eu espero que ele garanta seu Oscar, também, embora a categoria disputada esteja cheia de atuações divinas.
As mulheres de Oppenheimer são maravilhosas, e é muito legal que elas tenham seus momentos de destaque na trama. Assim como em Assassinos da Lua das Flores, eu não acho que as três horas de Oppenheimer são dispensáveis, porque elas puderam nos proporcionar momentos como os das personagens Kitty (Emily Blunt) e Jean (Florence Pugh) que nos dão uma dimensão ainda mais humana do Oppenheimer e ajudam Nolan a chegar onde ele quer. Esses detalhes de sua vida são o que preenchem a obra e não a deixam cair na chatice, mesmo sendo um filme gigantesco que fala sobre física quântica. Também gostei de como não quiseram nos ensinar física quântica com o roteiro e mesmo assim foi possível engajar a audiência.
Embora eu tenha criticado o viés de Oppenheimer, acredito que o roteiro dá uma direção muito mais interessante para as decisões de Nolan, porque é ele quem exalta um ponto importantíssimo para simbolizar o personagem. Com “eu sou a morte, destruidor de dois mundos” e outras bolas dentro, é possível compreender pelo menos uma coisa sobre Oppenheimer: o poder que ele adquiriu sobre a humanidade a partir da sua invenção. Essa é a única coisa que Nolan não deixa ser questionada, desde o começo do filme. Openheimer cria algo abominável, com certeza, mas que deu a ele poder, acima de tudo. Apesar de ser uma arma nacional, a bomba atômica é criação sua, e a responsabilidade sobre ela — mesmo antes de ser usada — parece muito maior quando seu nome é o assinado na produção dela, do que quando vira uma forma de ataque.
Em suma: Oppenheimer tem uma arma de destruição gigantesca nas suas mãos, e esse domínio sobre ela, acima da responsabilidade, é muito mais bem utilizado como premissa no filme do que o remorso. Afinal, ele sabia muito bem quais seriam as consequências. O que fascina é a conquista do poder, e não a culpa que ela traz.
O longa é, incontestavelmente, um bom filme, mas a indústria o transformou em um símbolo controverso. Mais ou menos como uma fábula americana. De qualquer forma, o elenco é de peso, o roteiro é ótimo, a fotografia também, então, caso realmente leve o maior prêmio da noite para casa, não levantará indignação.
0 notes
Text
Moral of the Story: Capítulo 2
Capítulo 1
Após chegar no aeroporto, Louis fez questão que eu viajasse com ele até Los Angeles.
Estávamos eu, ele e seus assessores no avião, junto com seus seguranças.
— Como você se sente? - A voz de Louis saiu baixinho. — É uma pergunta estúpida, eu sei, mas tem algo que eu possa fazer?
— Não Lou, já está fazendo mais do que o necessário. — Sorri sentindo meus olhos lacrimejarem.
Ele assentiu e desviou o assunto, xingando Niall com seu sotaque inglês que me fazia rir às vezes.
Em poucas horas pousamos em Los Angeles, Louis queria que eu fosse pra casa dele, mas agradeci e peguei um táxi para meu antigo apartamento.
Era em um bairro mais humilde em L.A, um condomínio fechado que há muito tempo eu não visitava. Em meus momentos de folga sempre ficava na casa de Niall, que até então eu acreditava ser meu lar.
O sol já estava se pondo, passei pela portaria me apresentando e caminhei até o prédio do meu apartamento.
Entrei no elevador e cliquei no botão para ir até o andar do meu apartamento, vi uma família correndo e segurei a porta.
A moça se parecia comigo, junto com um rapaz de cabelo castanho e de pele bem clara, de mãos dadas com ele havia um garotinho de olhos azuis que balançou a mãozinha pra mim.
Sorri o cumprimentando de volta e segurando o choro que subiu pela minha garganta.
— Você é nova aqui? — A mulher perguntou com um sorriso simpático.
— Não muito, tenho apartamento aqui há algum tempo, mas não venho muito pra cá. - Respondi baixo.
— Entendi. Se precisar de algo, sou Lauren, esse é Nicolas — apontou para o homem — E esse é nosso filho, Mathew.
Meu coração derreteu, eu meu via ali naquela família com Niall. Eu me via com filho quando sempre rejeitei crianças, mas gostaria de ter um fruto de amor com ele.
Balancei a cabeça positivamente e me despedi saindo do elevador.
Caminhei pelo corredor e parei em frente a porta branca do número “182” dourado e procurei minhas chaves na bolsa, as peguei abrindo a porta e pela primeira vez em horas, me senti confortável.
Meu apartamento era pequeno, os móveis forrados com lençóis brancos para protegê-los.
Bati a mão no interruptor e fechei a porta. Me virei a trancando e retirei a chave, colocando na mesinha ao lado.
Tirei a bolsa de meu notebook dos outros a deixando no chão, suspirei profundamente e comecei a retirar os lençóis tentando deixar o ambiente mais aconchegante possível.
🍂🍁🍂🍁
Depois de retirar o mais grosso da poeira, peguei meu celular que marcava pouco mais de meia noite. Meu corpo dolorido começava a reclamar novamente de todo o esforço.
Deslizei o dedo pela tela devido a inúmeras notificações até ver o nome dele.
Cliquei na notificação e desbloquei o celular, vendo as mensagens.
Revirei os olhos já marejados lendo aquelas mensagens. Eu sempre deixei claro a respeito de traição, mas ele foi e fez. Não teria volta. Não teria.
Bloquei o celular sem responde-lo. Peguei algumas roupas limpas na mala, precisava ligar para Simon me enviar minhas roupas que haviam ficado na casa de Niall.
Liguei o chuveiro do pequeno banheiro e comecei a soluçar, em 4 dias era pra ser o dia mais feliz da minha vida e agora eu estava me debulhando em lágrimas.
Lavei meu corpo e meus cabelos, sai do box após desligar o registro, minha cabeça estava latejando de dor. Coloquei meu pijama e deixei tudo como estava, deitei na cama do meu quarto e me encolhi, desejando dias melhores.
🍁🍂🍁🍂
Abri os olhos lentamente, estiquei meu corpo ainda confusa de onde eu estava. Olhei para as paredes brancas e como um tiro, todos os acontecimentos das últimas 42 horas passou por meus pensamentos.
Um som baixo ecoava, virei para o lado contrário da cama buscando por meu celular e ele não estava ali.
Me arrastei pra fora da cama, descalça, cambaleei até a sala onde havia deixado meu celular.
Era Kristen, minha ajudante na produção, havia mais 9 chamadas perdidas até seu nome brilhar na tela do aparelho novamente.
— Oi Kristen.
— (S/A)... onde você está? Pelo amor de Deus, te mandei inúmeras mensagens, todos estão loucos atrás de você, inclusive ele. - Kris disparou sem tomar fôlego.
— Eu pedi demissão, Kristen. — Disse sucinta.
— Onde você está? — Ela repetiu.
— No meu apartamento. — Encostei o corpo na porta de entrada e deslizei até o chão.
— Em Los Angeles? Estamos indo pra aí.
— Estamos quem, Kristen? Se você ainda me respeita e tem consideração por mim, não vai aparecer aqui. — Falei mais alto.
A ouvi suspirando do outro lado da linha e alguns grunhidos.
— Amor... — Ouvi a voz Niall e fechei os olhos, segurei minha cabeça com uma mão e fechei os olhos.
— Cadê a Kris? — Chieei.
— Amor, me escuta. — Niall murmurou.
Fechei os olhos e a dor na minha cabeça veio com tudo novamente.
— Pelo amor de Deus, pare de me ligar ou tentar contato comigo, Niall! Eu estou te pedindo com a pouca paciência que me resta. Acabou, entendeu? — Disse da melhor maneira que consegui.
— Me dê, Niall! — Ouvi a voz de Kris. — (S/N), desculpe ele pegou meu celular quando ouviu seu nome. Eu entendi, se precisar de algo só me ligar, está bem?
— Ok. Tchau. — Coloquei o smartphone na minha frente e desliguei.
Suspirei alto. O que ele queria? Não tinha mais nada a ser tratado. Ele fez o que fez, eu não estou errada, ele é que está.
Me levantei com as poucas forças que me restavam e voltei pra cama. Meu estômago estava dolorido, mas definitivamente eu não conseguiria engolir nada.
2 dias depois...
— Maya... por favor... — Lamentei através da videochamada, Liam estava fazendo um biquinho de choro nos fazendo rir.
Fazia 3 dias que eu estava na cama, algumas embalagens de comida japonesa ocupavam espaço na escrivaninha. Simon havia me ligado e enviado as minhas coisas para o apartamento, mas eu sequer havia aberto as caixas.
Eu podia ver alguns paparazzis de plantão no meu condomínio, Niall não havia mais tentado entrar em contato, para meu alívio e aperto no coração, eu sabia que sua insistência não iria longe, até porque ele tinha Hailee agora.
Liam, Maya e Louis sempre me ligavam, Kristen mandava mensagem de texto falando a loucura que estava tudo aquilo, mas eu levava mais como um desabafo do que uma súplica para que eu voltasse.
Agora, Maya havia me convidado para um jantar pois após uma pequena separação, ela e Liam irão noivar novamente e agora, vão direto pro casamento em algumas semanas.
Como eu os havia convidado para meu casamento com Niall, eles sentiram que deveriam me chamar para a comemoração deles, agradeci e recusei, mas eles insistiam.
— Liam, em nome dos anos de banda, acho que deveria chamar Niall, sabe? Eu adoro vocês e sou grata por todo apoio, mas...
— Sem mas (S/A), Niall provou não ser confiável para ser nosso padrinho. Tem outra pessoa que fará par com você, por favor! Bear sente sua falta e nós ficaríamos muito felizes! — Liam disse e Maya concordou com a cabeça dando um joinha.
Revirei os olhos e concordei. Eles gritaram em comemoração.
— Vou pedir pro meu motorista ir te buscar, querida! Esteja pronta as 7. — Concordei com a cabeça novamente — Um beijo! — Ele disse em português e acenaram, até encerrar a chamada.
Bloqueei a tela e suspirei tentando arranjar forças.
Levantei da cama e comecei a arrumar meu quarto. Joguei as embalagens no lixo, puxei os caixotes que Simon havia entregue e comecei a reoorganizar meu pequeno closet.
Havia algumas camisetas de Niall no meio de minhas roupas, sentei no chão e coloquei contra meu rosto. Ainda não tinha acreditado em como tudo acabou, havíamos chegado tão perto...
Senti o perfume que tanto amava e meus olhos se encheram novamente. Deitei no chão e me permiti chorar mais um pouquinho.
Solucei alto, ao lembrar da notícia, da foto dele no carro, da voz dele me chamando de “Amor” na ligação.
Utilizando meus braços como escora, levantei ficando sentada novamente.
Dobrei as camisetas dele que por vezes eu usei e deixei no canto. Iria deixá-las no fundo do armário, bem como meus sentimentos por ele.
Recolhi o restante das coisas, as guardando em seus respectivos lugares.
Peguei uma calça preta social, uma blusa de seda rosa de alcinhas e um casaquinho bege. Quanto menos chamativo, melhor. Fui ao banheiro e comecei a maratona de me preparar para o jantar de Liam e Maya.
🍁🍂🍁🍂
Duas horas e meia depois, eu estava pronta. Havia gasto boa parte da minha maquiagem para esconder as olheiras, a pele esquisita e o cabelo amarrotado depois da minha hibernação-pós-luto-de-relacionamento.
Havia solicitado a Lauren que comprasse algumas coisas pois não queria sair de casa naquele período, logo ela ligou os pontos e soube quem eu era e o motivo do meu retorno.
Trocamos poucas palavras, mas ela havia me servido como um ombro amigo e graças a ela, minha despensa estava cheia e havia algumas coisas como edredoms, toalhas, pratos, talheres e utilitário novos em meu apartamento.
Peguei uma água com gás e fui bebendo até que o porteiro anunciasse que o motorista de Liam estava alí pra me buscar, o que não demorou muito.
Peguei minha bolsa com documentos, dinheiro e celular, tranquei a porta e desci.
Pela minha sorte, os paparazzis haviam ido embora, então não precisei me preocupar com isso.
Cumprimentei o motorista de Liam e entrei no carro. Eu batucava os dedos rapidamente, eu não queria encontrar Niall, mas algo dentro de mim falava que ia acontecer algo essa noite.
🍁🍂🍁🍂
A meu pedido, o motorista de Liam entrou pelos fundos da enorme casa do meu amigo. Havia um som agradável e inúmeros fotógrafos na frente do condomínio mais luxuoso de Los Angeles.
Suspirei agradecendo e me dirigi até a porta de entrada da casa. Maya estava deslumbrante com um vestido rosa claro com alguns brilhos bem como Liam, com gravata e colete escuro.
Os abracei tentando abrir um sorriso. Eu estava feliz por eles, mas internamente parecia que estava revivendo tudo com Niall.
— Ficamos felizes que veio, (S/A)! Fique a vontade, daqui a pouco o jantar será servido. — Maya me disse e pediu licença, indo cumprimentar outros convidados.
— Como se sente? — Liam me deu uma taça de champanhe, a peguei molhando os lábios.
— Bem, na medida do possível. — Falei passando os olhos pelo lugar, havia alguns conhecidos, acenei brevemente e sem sinal de Niall, para minha sorte.
— Fique tranquila, ele não virá. Nós o convidamos, mas ele aparenta estar tão mal quanto você. — Liam seguiu meus olhos e também acenou.
Suspirei e Liam pediu licença pois iria ver onde Bear estava, fui caminhando com a taça na mão e cumprimentando brevemente quem eu me recordava.
Achei uma porta aberta que dava ao enorme quintal com uma piscina iluminada. Havia balões com as letras M e L com alguns corações.
Caminhei entre as pedras fincadas na grama descendo até a área da piscina, chegando perto das espreguiçadeiras marrom escuro. Me sentei em uma delas e encarei a água reluzente da piscina.
Havia algumas pessoas conversando ao redor, mas parecia que eu estava invisível ali, o que me deixou mais calma.
Balancei a taça de champanhe que já estava sem gás.
O céu estava limpo e estrelado, era uma bela noite... E pensar que, internamente eu ainda estav fazendo a contagem regressiva pro meu não casamento... Ri da minha própria desgraça.
Comecei a cantarolar Night Changes devido a situação.
— Does it ever drive you crazy... — Senti o choro descer entre o caminho já conhecido, minha bochecha e caindo no meu colo. Solucei abaixando a cabeça, como tudo aquilo ainda doía.
— Just how fast night changes... — Ouvi uma voz um pouco mais rouca do meu lado.
Vestido num terno rosa de camursa impecável, com uma camisa social preta com os 3 primeiros botões abertos, também acompanhado de uma taça com champanhe e anéis... lá estava ele.
— Harry.
Ele sorriu e por algum motivo, minhas pernas bambearam.
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Espero que tenham gostado! Comentem aqui suas opiniões, elas são importantes pra mim
51 notes
·
View notes
Note
Oi ícone , tudo bem?, o pedido que eu gostaria de fazer é que a s/n está na despedida de solteira de uma amiga e as garotas decidem fazer um desafio e ela perde, e o "pagamento " por ela ter pedido é de trollar o Harry dizendo que quer terminar com ele e no final ela explica tudo PS: ele fica bem desesperado
Meu amor, eu espero que você se divirta lendo tanto quanto eu me diverti escrevendo, hahaha. Também espero que goste! ♥️
P.s.: ainda aceito as sugestões para a maratona continuar, viu?!
Masterlist | Cronograma
Gucci clip, com Harry Styles
Cada convidada da festa havia levado um objeto de valor que a representasse: um colar, uma pulseira, um anel ou até mesmo um batom preferido. E todos eles haviam sido confiscados pela noiva desde a entrada num pub reservado, em Los Angeles, e colocados em uma caixa.
A mesma caixa de veludo vermelho que estava no centro de um pequeno palco sendo aberta pela futura esposa.
Os olhares curiosos das mulheres eram seguidos de comentários e risadas, mas os gritos puderam ser ouvidos quando Ayra retirou o primeiro item da caixa: uma lingerie vermelha e pequena da Victoria's Secret.
— OK, de quem é essa belezinha aqui? — ela perguntou em um tom brincalhão enquanto exibia a calcinha minúscula, e uma loira de óculos escondeu o rosto. — Estou vendo você, Tryna, não adianta se esconder… — os gritos se intensificaram. Todas ansiosas pelo que iria vir a seguir.
De uma urna, Ayra retirou um pequeno cartão que continha palavras bem interessantes, e o sorriso malicioso que ela esboçou comprovou isso.
— Ok, Tryna, você irá dançar com um stripper ou terá que esvaziar uma garrafa de vodka sozinha até o final dessa noitada — ela continuou. — Ou essa linda lingerie e bem cara ficará pra mim — os olhos da loira se arregalaram com as palavras de Ayra, mas em seus lábios o sorriso era de quem estava gostando demais da brincadeira.
Um stripper foi escolhido, a loira tomou o centro do palco e os dois começaram a dançar quase como um só. E, depois disso, tudo se tornou uma loucura: uma morena havia recebido um striptease, outra ganhado beijos molhados pelo pescoço e uma delas publicou uma foto com a legenda “meu novo amor” no Instagram e teria que deixar no feed até o final da festa.
Tudo para reconquistar seus objetos e participar da apimentada brincadeira.
— Vamos para mais um item, porque eu quero todas se divertindo comigo nesse meu último dia de solteira — a voz escandalosa já era efeito do álcool e da diversão. Com os olhos fechados, ela puxou mais algum objeto de dentro da caixa. — Presilha com cristais da Gucci? Harry's baby, chegou a sua vez!
(S/N) sentiu os olhares sobre ela, que estava sentada em uma mesa próxima ao palco. Seu rosto estava levemente corado pela forma que Ayra havia a chamado, mas quase todas as suas amigas ali presentes se referiam a ela desse mesmo modo quando estavam brincando. E a justificativa era a maneira adorável que seu namorado a tratava.
Ninguém poderia negar o quanto era nítido o amor que Harry Styles sentia por ela. Ele deixava claro em suas atitudes em qualquer situação ou onde quer que estivessem que estava completamente apaixonado. E como nada disso era demonstrado de uma forma absurdamente melosa e clichê, ele já era classificado entre as garotas como o namorado quase perfeito. (S/N) era sortuda.
Mais um cartão foi retirado da urna pela noiva e o sorriso mais malicioso da noite foi dado por ela, enquanto lia o que estava escrito.
— Amiga, você acha que o Harry iria se importar de perder essa presilha para mim? — sua pergunta soou divertida demais, e foi nesse exato momento que (S/N) percebeu que estava completamente fodida. — Grava um boomerang bebendo tequila direto do abdômen sarado do stripper ali, ou liga para o seu querido Styles e diz que quer terminar o relacionamento.
O pub se transformou em uma loucura de gritos quando o moreno de cueca neon subiu ao palco com uma garrafa de vodka nas mãos. (S/N) foi puxada para cima, sentou-se numa cadeira e pôde observar o corpo sarado sendo molhado pelo álcool. Mas quando o seu olhar subiu para o rosto do rapaz, simplesmente caiu na gargalhada.
“Puta merda, Ayra!”, era o único pensamento que (S/N) conseguia ter e a única coisa que ela conseguiu dizer. O stripper tinha os cabelos longos, exatamente como os de Harry há anos atrás.
— O que vai escolher, babe? — a voz masculina a questionou. Ainda entre risadas, (S/N) retirou o celular do bolso da jaqueta que usava e sorriu confiante. Qualquer coisa era melhor que estar nas páginas das revistas, no dia seguinte, como a mulher que havia traído Harry Styles. Matar seu namorado do coração era a escolha mais sensata que ela poderia tomar, pois perder a presilha também não estava em cogitação.
Ele a adorava.
— Silêncio na despedida! — Ayra gritou animada. O DJ cessou o som, as risadas se acalmaram aos poucos e todas se reuniram em volta de (S/N). — Liga e conecta ao alto-falante.
E assim ela fez, ansiosa pelo que aconteceria mas com um sorriso divertido no rosto.
— Oi, amor — a voz sonolenta de Harry soou fofa demais. Eram 1:15 a.m. e ele, com certeza, deveria estar cochilando em casa. — Está tudo bem?
— Na verdade não, porque nós precisamos conversar — falou firme, segurando uma risada.
— Aconteceu alguma coisa na despedida da Ayra? Quer que eu vá te buscar? — a preocupação era clara, assim como as reações fofas das meninas. — Eu só vou pôr uma roupa e chego no pub em alguns minutos, amor.
— Não vai ser preciso, Styles… — do outro lado da linha, ele expressou confusão. — Eu não estou com a Ayra, nem no pub.
— Então onde você está, amor? Estranhei o silêncio mas achei que você pudesse estar no banheiro. Está acontecendo alguma coisa? — suspirou, sentando-se na cama e passando as mãos pelos cabelos. (S/N) mordia os lábios, como se estivesse vendo cada reação dele.
— Não interessa onde eu estou porque eu quero terminar, Harry — ela disse e Ayra pôs a mão na boca para não gritar.
— Você… terminar? O quê? — proferiu ainda confuso. — Você quer terminar o nosso namoro? Babe, o que tá acontecendo?
— Eu quero terminar, Harry, apenas isso.
— Como você vai para uma despedida de solteira e quer terminar comigo horas depois? — as palavras já saíram um pouco afobadas, ele estava andando de um lado para o outro. — Amor, eu fiz alguma coisa? Eu sei que as coisas estão corridas ultimamente por causa do álbum, mas eu sei que você não me deixaria por isso…. — (S/N) sorriu boba com o que ouviu. Ele a conhecia de uma maneira tão única e por mais que a situação não fosse a melhor, era gostoso saber que seu namorado tinha certeza sobre isso. — (S/N), vamos conversar, nos resolver, se encontrar…
— Harry, acho melhor não — ela o interrompeu, podendo jurar que ouviu o nariz do seu namorado fungar.
— Por favor, amor, me diga onde está. Eu posso ir até aí se você quiser e nós podemos resolver qualquer questão, eu lhe prometo — ela sentiu seu coração ficar apertado. Encarou a noiva, as outras amigas e negou com a cabeça com um bico nos lábios. — Amor, me deixe ir até você. Fala para mim onde você está — ele continuou.
Ayra a encarou, gesticulando com as mãos o um, dois, três e gritando em seguida: — Ela está na minha despedida e você acabou de ser trollado, Harry Styles!
Todas começaram a gritar e os risos escandalosos já eram ouvidos novamente. Ela havia conseguido cumprir o pagamento por não ter realizado a missão principal. Sua felicidade era enorme e a surpresa de Harry também.
— Eu não acredito que caí nessa, babe. Oh, merda… eu estava desesperado aqui, (S/N)! Que brincadeira é essa, Ayra? — a mulher caiu na risada com a repreensão. — Amor, como pôde fazer isso comigo? Nossa, amor, você fez isso direitinho, mas não repita novamente, por favor. Eu não sei como me sentiria se isso tivesse sido verdade — um coral de “ownt” pôde ser ouvido.
— Desculpa, amor — pediu manhosa, sorrindo depois. — Era isso ou beber tequila em um abdômen muito sarado.
— Ou perder a sua presilha da Gucci, Styles — uma das garotas gritou. Harry, com certeza, estava indignado.
— OK, agora é compreensível — sua resposta era divertida. — Mas, amor, você vale mais do que qualquer peça da Gucci — ela sentiu seu rosto corar. — Te espero mais tarde, babe. Eu te amo e espero que se divirta durante o resto da festa, porque eu vou tentar me recuperar do começo de infarto que tive nessa madrugada.
(S/N) gargalhou.
— Eu amo você, Harry — disse e por fim, encerrou a chamada.
As garotas estavam certas: ela quase matou seu namorado, mas era extremamente sortuda por tê-lo.
91 notes
·
View notes
Text
A Verdade Não Dita: Capítulo 13
↳ sinopse - Kim Seokjin não é só um herdeiro chaebol, ele é O herdeiro chaebol. O conglomerado Kim é o que a Coreia do Sul tem de mais próximo a família imperial da dinastia Joseon e assim como o imperador Taejo, tudo sobre o solo coreano pertencia a família Kim, quer dizer, quase tudo. Pouco antes de morrer, o avô de Seokjin vende uma das propriedades mais antigas da família, o que deixa seu neto inquieto já que o que essa era a propriedade onde a avó crescerá, porém a família que comprou o local se nega a vender de volta para Seokjin independente do valor que ele oferecesse, o que o leva a brilhante ideia de se disfarça como o trabalhador chamado Jin e assim descobrir o motivo de uma família não vender para ele o agora único prédio de Seul que não pertence a seu conglomerado.
↳ rating - Livre;
↳ pairing - Seokjin x Hye Jeun;
↳ gênero - Enemies to Lovers;
↳ avisos - Essa é uma obra ficcional, inspirada na estrutura de um k-drama porque, a autora que vos escreve cansou de esperar a boa vontade da grande hit de colocar meu menino Seokjin em um, espero que gostem, sejam gentis e construtivos se tiverem criticas por favor!
- Até pouco tempo atrás, eu não sabia que na Coreia as mulheres não aderem ao sobrenome do marido, achei isso incrível, então peço desculpas pelo meu equivoco cultural nos próximos episódios.
↳ capítulos anteriores: 01 / 02 / 03 / 04 / 05 / 06 / 07 / 08 / 09 / 10 / 11 / 12
↳ status: 13/16
Minji termina de colocar a mesa silenciosamente como sempre, Sra Kim agradece com um leve gesto então a governanta se retira, aquilo não parecia o jantar entre um casal, a cena lembrava mais um jantar após o enterro de um ente falecido.
A dona da casa considerou tantas coisas até aquele momento, os próprios cinquenta anos, seus filhos mais velhos com quase trinta e o mais novo a pouco tempo de chegar a maioridade, viveu tanto tempo para aquele casamento, que nem ao menos existia e se perguntava se alguma vez existiu.
^_________^
Do outro lado da cidade...
Hye Jeun leva Seokjin até o parquinho onde ia durante a infância e adolescência, como a maior parte do bairro, dava para ter uma vista muito bonita de Seul. Já era madrugada, mas as luzes da cidade permaneciam acesas. Eles se abraçam enquanto observavam a paisagem.
-Senti tanto sua falta nos últimos dias…- Confessa ela, Seokjin beija o topo de sua cabeça, respira fundo, eles estavam correndo tanto com os próprios afazeres que o tempo juntos tornou-se curto - Estou tão ocupada com a abertura do segundo restaurante, lendo os contratos de franqueamento e você também ocupado com o contrato da empresa de telecomunicações…
Seokjin segura o rosto da sua namorada e sela seus lábios com um beijo, não queria falar de negócios, naquele momento só queria estar com Hye Jeun, ela passa os braços envolta do seu pescoço e os dedos entre os fios de cabelo na nuca, os braços de Seokjin se tornam firmes ao redor da cintura da namorada, uma parte do seu inconsciente tenta lembrá-lo que estavam na rua, tinham que respeitar os limites do ambiente público. Quando eles se separam Hye Jeun resmunga em protesto.
-Por que você não dorme no meu apartamento hoje? - Questiona Seokjin, ele segura a mão dela entrelaçando os dedos.
-Ah, tudo que eu queria, passar a noite te beijando, vai soar tolo, mas não quero deixar de te beijar, se eu pudesse só faria isso da minha vida! Hahaha' - Ele a puxa para um selinho rápido - Mas amanhã tenho que ir bem cedo olhar como estão as obras do segundo restaurante e de tarde conversar com as pessoas interessadas em abrir seu próprio São Francisco, explicar como funciona, as receitas, dar todo o panorama antes de assinar qualquer coisa com eles.
^_________^
Enquanto observa o marido jantar, ela se perguntou se ao menos ainda sentia vontade de beijá-lo ou se ele tinha vontade de beijá-la.
-Esse jantar incrível, de os parabéns a Minji - Isso a irrita, ele abre a primeira vez na noite e não se dá ao trabalho de perguntar como ela estava, por fim concluiu que tudo nele a irritava, como comia, se vestia, até o jeito como respirava. - Por que está me olhando assim? Eu disse algo errado?
-Não, é que quem fez esse jantar não foi Minji! Foi sua futura nora.
-Uau como Sophie é talentosa! - Ela se controla para não revirar os olhos, sabia muito bem que o marido tinha plena noção de que seu filho estava envolvido com alguém que não é Sophie - Você está me olhando estranho novamente.
-Sei muito bem que você sabe, Seokjin não está com Sophie e nem precisa estar! Conheci a senhorita Jung Hye Jeun e sua família, aprovo muito o relacionamento dos dois!
-É só uma aventura! - Sr Kim responde com escárnio e por algum motivo aquela fora a última gota para ela.
-Julgue como bem entender, vou apoiar o meu filho no que ele escolher, posso não ter feito isso a vida toda, mas agora definitivamente vou mover céus e mares para proteger os três! - Ela respira fundo - E vou querer o divórcio também.
^_________^
Por muito tempo Hye Jeun pensou que não seria capaz de amar romanticamente novamente, o amor que sentirá por Yoongi e o que sentia por Seokjin em seu coração eram diferentes, seu primeiro amor foi tudo que ela quis, intenso, recíproco, era como uma maratona que eles tinham corrido sem esperar a existência de uma reta final, e por fim sem nenhuma gota de arrependimento pelo que foi vivido.
O amor por Seokjin era calmo, maduro, e forte, como se eles fossem um time, torcem um pelo o outro, protegiam, ela via o delea relacionamento como uma caminhada que eles decidiram dar as mão para realizar, e algo dentro do seu coração dizia que não sentiria vontade de soltar nunca mais.
-Kim Seokjin, quando essa nossa correria der uma pausa, o você acha, quer dizer, você aceita casar comigo?
As bochechas do namorado de Hye Jeun assumem um tom rubro intenso, ele abre e fecha a boca diversas vezes, até conseguir pronunciar alguma coisa.
-Mas, sem anel? Que tipo de pedido é esse? - Hye Jeun sorri de forma sapeca e tira a caixinha de jóias do bolso.
-Eu SABIA que você diria uma coisa assim! - Ela abre a caixinha e Seokjin deixa escapar algumas lágrimas - E eu já falei com a sua mãe, então se você der mais alguma desculpa eu desisto tá ouvindo? Aí você vai ter que pedir em casamento, pelo menos umas cem vezes antes de eu pensar em acei…
Ele a beija, Seokjin tem certeza que poderia passar o resto de sua vida calando aquela mulher reclamona com beijos, era tudo o que ele precisava.
-Sim, mil vezes sim!
^_________^
-Você não pode estar falando sério! - Era a terceira vez que seu ex-marido gritava isso pela casa, respirou profundamente, não cairia naquela armadilha.
Enquanto jogava as coisas na mala, ele batia na porta fervorosamente, pegou só o necessário para passar uma semana, e suas jóias mais simples porque, as mais caras ficavam guardadas no seu banco. Nem ao menos planejava ficar com aquelas roupas, sua vida seria diferente a partir dali, prometeu ao seu reflexo.
Quando abre a porta, encontra o ex marido completamente decomposto no corredor, fingiu que não o viu mas quando chegou nas escadas encontrou o filho mais novo em pé, nem havia trocado de roupa, ainda estava de uniforme escolar, os olhos estavam inchados pelo choro, ela desce ao seu encontro, ele havia crescido tão rápido, já estava mais que ela.
Taehyung abraça a mãe com todo o desespero que havia em seu corpo, ela não poderia abandoná-lo daquele jeito, ela o abraça com o mesmo impétuo, eles choram juntos.
-Meu bebê - Ela seca as lágrimas do filho -Não espero que entenda, mas por favor não me odeie, assim que mamãe organizar um lugar para ficar, você pode vir comigo! Eu sempre vou estar por perto não se preocupe.
-MEU FILHO NÃO VAI A LUGAR ALGUM! SUA VAGABUNDA!
Taehyung passa na frente da mãe ficando entre ela e o pai, seu olhar carregava tanto ódio quanto era possível para um menino de dezessete anos.
-Pai, você não pode usar esse tipo de linguagem com a minha mãe, eu sou vou avisar uma vez de forma educada! E mesmo que eu não vá com ela hoje, não vou ficar aqui, estou indo para o apartamento do hyung Seokjin! - Ele respira fundo, ainda amava o pai, mas estava com muita raiva naquele momento - O senhor deve estar precisando de um tempo sozinho para pensar. -Taehyung se vira para mãe - Pode ir com o secretário Choi mãe, ele acabou de me deixar, provavelmente ainda está lá fora, vou pedir um táxi.
Ele manda uma mensagem para o irmão explicando a situação brevemente, chama o táxi e acompanha a mãe até o carro do secretário Choi, eles se despedem e Taehyung se segura para não chorar novamente, ele tinha que manter a firmeza na frente do pai.
Mas assim que o táxi chega ele se joga dentro dele e desaba, queria ser forte como os irmãos mais velhos, Namjoon sempre disse que ele tinha que ser mais seguro, firme porque as pessoas tentaram derrubar ele para atingir os dois, mas o coração de Taehyung sempre foi mais sensível.
^_________^
O secretário Choi para no semáforo, Jihyo sentia seu coração prestes a atravessar o peito, sua boca estava seca, mas os olhos molhados, ela então deixa o choro vir com força.
Choi Jaehwi ainda sentia dor por ver Jihyo daquela forma por causa daquele homem, já faziam quantos anos? Trinta e cinco? Ele estaciona o carro e espera ela chorar tudo que tinha para chorar e do nada o choro se transformou em risadas, Jaehwi se perguntou se deveria levá-la ao apartamento ou no médico.
-Finalmente pedi o divórcio Jaehwi! - Jihyo gargalhava - Nem eu acredito oppa! Estou livre e em breve LEGALMENTE! Meu deus, aaaaaaaaa quanto tempo guardei isso tanto tempo, empurrei esse casamento por tanto tempo! Oppa vamos comer tebokki apimentado com soju? Por favor?
Ela esfregava as mãos como se fosse uma garotinha de dezessete anos, não tinha como resistir a ela, nunca havia tentado de qualquer forma, não seria agora que começaria, não que Jihyo tivesse dado espaço para ele durante o casamento, ele aceitou completamente o papel de motorista e melhor amigo, manteve seguro os filhos dela como se fossem os seus e os amou tanto quanto, mas chega um momento na vida, que algumas pessoas podem julgar como tarde demais outras como o tempo certo para você cagar para o que as outras pessoas esperam que você faça ou decida, aquele momento tinha chegado para Jihyo.
^_________^
Quando Tae chegou ao prédio, Seokjin e Namjoon o esperavam na entrada, os irmãos Kim se abraçaram com firmeza, não importava o que acontecesse, sempre teriam uns aos outros.
-Sempre fomos nós por nós mesmos... - Desabafa Namjoon - Os três mosqueteiros!
-Eu queria ter sido forte como o hyung disse que era para ser, mas não tenho certeza que consegui - Tae olha para Namjoon como se pedisse desculpas - Mas acho que precisamos conversar com mamãe, depois de tudo o que ouvi hoje, acho que ela não teve como decidir muitas coisas até hoje…
-Ela nunca agiu como nossa mãe Tae - Namjoon diz se tornando sombrio, Seokjin coloca a mão sobre o ombro do irmão.
-Namjoonie, sei que você tem seus motivos e não tiro razão de nenhum deles, mas concordo com o Tae, desde que ela foi ao São Francisco, ela pergunta de você, está sendo mais presente na vida do Tae e conhecendo a família do nosso pai, talvez ela realmente não tenha tido escolha, vamos ouvir, ponderar, se mesmo assim você não mudar de ideia, vou te apoiar!
Namjoon respira fundo, tentando por as ideias no lugar, a mágoa que sentia dos pais era muito profunda, viu seu irmão mais velho se desdobrar em mil para suprir o rombo emocional causado por eles, na cabeça dele perdoar seria a última coisa que faria na sua vida. Eles entram no prédio silenciosamente perdidos nos próprios pensamentos.
Quando a porra do apartamento abre Jimin, Hoseok e Jungkook correm para abraçar Taehyung, que olha surpreso para eles e os abraça de volta.
-Achei que precisaria do apoio da sua equipe hoje! - Diz Seokjin bagunçando os cabelos de Taehyung.
-Obrigado hyung!
-Não precisa agradecer, fiquem a vontade meninos!
^_________^
Jaehwi observava Jihyo dançar pela sala de estar, pareciam ter vinte e poucos anos novamente, ele havia acabado de conseguir o emprego como assistente pessoal do avô de Seokjin, tinha ido até um alfaiate caro, para impressionar no primeiro dia, gastou os únicos wones que tinha, ele estava tendo um problemas com a gravata, sem saber como dar o nó, então Jihyo apareceu, lembrava até da roupa que ela estava usando, um vestido florido, uma boina vermelha e saltos finos, ela sorria facilmente, caminhou até ele e fez o nó da sua gravata, como se não fosse nada a proximidade que havia entre os dois.
Ele volta para realidade, Jihyo senta ao seu lado no chão oferece uma taça de vinho para ele e fica com outra. Ela respirou fundo, tudo parecia renovado aos seus olhos, não importava o quanto tentasse, tudo, até as coisas mais triviais pareciam novas.
-Meus avós provavelmente sentiriam vergonha de mim, pelo simples fato de ter casado com um Kim - Jihyo suspira - Meu avô principalmente, ele lutou tanto para manter aberto o jornal que era de seu pai, foi preso tantas vezes lutando pela independência desse país, meu pai tomou conta com tanto empenho que transformou em uma emissora de televisão, que se opôs à ditadura nos anos oitenta quase indo a falência, eu era uma adolescente tão fútil, nem percebi a importância daquilo na época e a família da minha mãe todos mulheres ou homens todos com condecorações militares, por protegerem a pátria e a liberdade… O que aconteceu comigo e com meus irmãos? Como não pude ler as entrelinhas do que esse relacionamento significava Jaehwi oppa?
Jaehwi abraça Jihyo, como amigo de longa data, ela encosta a cabeça em seu peito ele começa a cantarolar Son-e Son Japgo, a música da abertura das olimpíadas de 1988, ela gargalha pela brincadeira, e depois se junta para cantar. Aquela música trazia uma sensação agridoce, a abertura foi a último encontro como mais que amigos daquelas duas pessoas, dois anos antes do casamento de Jihyo.
-Não se preocupe com a opinião de pessoas que não estão mais entre nós, não é como se isso fosse mudar alguma coisa agora, temos que pensar naqueles que estão vivos - Jaehwi suspira - Os meninos, eles não precisam sofrer com o passado de nenhum dos lados da família, principalmente o menino Taehyung, ele tem um coração mais sensível, que muitas pessoas e digo isso como virtude, não sou todos os seres humanos que podem vir a esse mundo e não deixar seu coração tão duro quanto ele.
-Eu sei, oppa você tinha que ter visto como ele me defendeu, ele já está se tornando um homem e ao que me parece, um bom homem - Ela abre a foto dos três no celular - Se não fosse por você, eu não teria os visto crescer, todas as vezes que fiquei trancada em algum hotel na europa, ou até mesmo em Hong kong! Quando perdi a formatura, as apresentações de dia das mães deles, as reuniões, obrigada por estar lá - Ela volta a chorar - Eu era tão nova, tão estúpida, não sabia como usar a minha influência! Eles me encarceraram completamente, não consegui lutar por mim ou pelos meus meninos! Tentei me enganar, tentei me tornar uma Kim realmente, pensei até que poderia fazer a mesma coisa que meu ex-marido, subornar a menina Hye Jeun para ficar longe de Seokjin, mas não consegui, eu sei que machuquei eles demais, percebo a raiva como Namjoon olha para mim, sabe porque dei esse nome à ele? - Jaehwi faz que não - Por causa da palavra Namju, árvore, queria que ele tivesse raízes fortes como uma, para suportar o inverno rigoroso e nunca esquecer de florescer na primavera.
-Vocês quatro, precisam sentar e conversar, os meninos Kim, mesmo tendo sido separados de você, cresceram carregando muito do seu jeito de ser e pensar, foi algo muito divertido de assistir, ver suas manias aparecendo neles, sem que nem eles se dessem conta, por exemplo a teimosia e determinação - Jihyo faz uma careta - Quando esse meninos colocam uma coisa na cebça vão até o fim, foi assim que Seokjin acabou encontrando Hye Jeun! Eles são seres humanos decentes tenho certeza absoluta deste fato, marque um almoço, assim que acabarmos de organizar esse apartamento, vou falar com o menino Seokjin, talvez ele me escute e assim os outros também.
-Sim, vou deixar esse local perfeito para receber todos eles, inclusive minhas noras, vou retomar as rédeas da minha vida Choi Jaehwi, pode ter certeza disso! - Jihyo se aconchega nos braços dele - Mas só por hoje, podemos dormir assim? Consigo me sentir tão segura, aqui tenho certeza que nada nesse mundo pode me machucar!
Jaehwi beija o topo de sua cabeça os dois se ajeitam no cochão no chão mesmo, em muitos anos foi a primeira noite tranquila que Jihyo teve, pode sonhar com a vida que iria ter dali para frente e aquele sonho era muito bom, cheio de momentos de felicidade.
Algumas pessoas podem considerar até que era tarde demais para aqueles dois ficarem juntos, por muito tempo Jihyo acreditou que existia um amor para sua vida e o amor da sua vida e que nem sempre eles eram a mesma pessoa, hoje ela considerava isso uma crença falsa, Jaehwi desde o primeiro encontro, mesmo sendo sete anos mais velho que ela, sempre fora o amor da sua vida e agora seria para o resto dela.
Não existiam mais dúvidas e amarras, como ela amava repetir isso para si mesma, como amava estar abraçada ao homem que amava e desejava, como queria compartilhar isso com seus filhos, isso se eles a perdoassem. Jihyo teria fé que só as melhores coisas do mundo estariam para lhe acontecer a partir de agora.
Antes de dormir ainda pensou mais uma vez que aquilo tudo realmente estava acontecendo, não era mais um sonho ou uma fantasia dentro da sua cabeça.
^_________^
Jihyo entra na emissora e todos os funcionários estampam sua surpresa em seus rostos, estava determinada a pegar de volta o que tinha lhe sido tomado, mas era seu por direito, o controle da maioria das ações.
Quando entra na sala da presidência seu irmão mais novo até engasga o café ques estava bebendo, Jihyo espera ele se recompor, não conseguia entender como tinha se deixado levar por uma pessoa tão patética.
-Noona, não precisava vir até aqui para renovar a sua concessão? Eu entregaria diretamente ao seu marido…
-Estou me divorciando, não tem que entregar mais nada a Kyungsan! - O rosto do irmão se torna vermelho, Jihyo abre a bolsa e joga o balanço dos caixas dos últimos três anos da emissora - E não vou assinar mais uma concessão sequer à você!
-Você deve estar ficando louca…
-Eu estava, quando assinei uma concessão de mais de vinte anos à você que ao meu ver só sabe se divertir às custas do esforço de seus familiares e dor da sua irmã mais velha, todos os outros estão trabalhando duro e você o diretor financeiro de uma das empresas mais tradicionais desse país se metendo em escândalos com prostitutas, drogas...
-Aquilo foi mal interpretado, eles estão distorcendo a realidade para…
-Cala a boca quando os mais velhos estão falando - Jihyo o interrompe - Já conversei com Sunyah e Yeojoon, eles concordam comigo que você não é a pessoa mais apropriada no momento, então Soohyun peço que renuncie o seu cargo, em silêncio antes que eu tenha que te demitir.
-Vou conversar com o cunhado, ele vai dar um jeito nisso, você só pode estar ficando louca Jihyo! - Soohyun começa a berrar - Não tem medo de perder a guarda do seu filho mais novo com esse divórcio?
-Eu já perdi a vida toda dos meus filhos, a família do meu sogro, meu marido e você fizeram questão de garantir isso, mas vejo pelo lado bom, como alguém que já perdeu tudo, isso significa que posso ir com tudo, afinal não tenho mais o que possa ser perdido, então venha com tudo Soohyun - Ela se apoia sobre a mesa com suas mãos em punhos - Porque vou fazer questão de te destruir, assim como você fez comigo todos esses anos, e como aprendi com você, não vou ter um pingo de piedade, vai se arrepender de um dia ter mexido comigo e com os meus filhos, eu prometo.
#seokjin#kim seokjin#seokjin longfic#seokjin fanfic#seokjin fic#min yoongi#kim namjoon#Jung HoSeok#park jimin#kim taehyung#jeon jungkook#bts#bts fanfiction#bts fic#bts longfanfic#bts fanfic#A Verdade Não Dita#the truth untold
2 notes
·
View notes
Text
Michael Clifford - Maratona
♡Pedido: 13 com Michael Clifford pls.
– S/n venha nos vamos sair – Meu namorado me chamou
– Eu estou lendo e não pretendo ir a lugar nenhum.
– Você vai sim, porque se não eu irei fazer esse seu livro voar pela janela – Falou rindo .
– Você não teria coragem. – Falei seria
– Não mesmo, sei que você me jogaria junto
Coloquei o livro na cômoda do lado da cama e fui me arrumar
– Pelo menos posso saber onde nós vamos?
– Shopping eu quero comprar algumas coisas – Falou Michael olhei seria para ele
– Você consegue ser pior do que algumas mulheres
- Não precisa não. Tem várias roupas no seu guarda roupa.
- Michael
Depois de duas horas no shopping
Eu estava com fome e Michael também então ele me arrastou para mais um lugar
– Podemos ir? – Falei frustrada
– Ainda não, nós vamos a mais um lugar.
– Serio, mais um? Não foi tortura o suficiente?
– É o último eu prometo – Michael falou me puxando para praça de alimentação - Agora senta ai e me espera.
Eu não estava muito feliz, depois de alguns minutos Michael vou sorrindo
– O que é isso ? São morangos Cobertos de chocolate?
– Sim, sei que são seus favoritos.
– Obrigada, desculpa ser meio rabugenta hoje.
– Tudo bem, acho que não escolhi o melhor programa.
– Acho que da próxima vez podemos fazer outra coisa o que acha?
– Eu concordo.
5 notes
·
View notes
Text
Sonhos (de novo)
Hoje lembrei de um post que escrevi em julho de 2012 sobre sonhos. Demorou para achar, mas foi interessante achar e ver que: realizei alguns sonhos, estou muito longe de realizar outros e mudei (novamente). Segue o post:
No início de 2011 eu fiz uma lista com todos os meus sonhos e lendo essa lista hoje. Fiquei feliz em ver que eu mudei, largando sonhos bobos que tinha e sonhando coisas além do que sonhava antes. Fiquei feliz também por ver que eu realizei alguns sonhos e outros estou perto de realizar. E feliz, por saber que agora, minha vida está nas mãos de Deus, e que se eu não realizar alguns dos sonhos abaixo, é porque era melhor assim, pois sei que os sonhos Dele são melhores que os meus.
Sonhos:
1 - Viajar pelo o mundo
2 - Plantar uma árvore
3 - Compor uma música
4 - Ter uma câmera polaroid
5 - Dormir sob um céu estrelado
6 - Ser poliglota (já tô feliz de não ter perdido todos meus 5 anos de inglês)
7 - Ter o meu cantinho (quem sabe daqui 5 anos)
8 - Fazer equitação
9 - Ir acampar
10 - Ver um show da Broadway em NY
11 - Participar de trabalhos voluntários
12 - Correr numa maratona (já corri 2km e me senti a mulher maravilha, kkkkk)
13 - Construir um boneco de neve
14 - Aprender a meditar (preciso melhorar)
15 - Aprender a tocar algum instrumento (já tentei violão e piano, mas abandonei depois que entrei na faculdade)
16 - Dirigir
17 - Fazer um mochilão pela Itália
18 - Jejuar
19 - Ler a bíblia inteira
20 - Conhecer Jerusalém
21 - Subir até o topo da Torre Eiffel (acho que hoje em dia, eu prefiro conhecer algum lugar da Inglaterra... mas vou deixar esse aqui ainda)
22 - Pular de Para-quedas (quase risquei esse... ‘-’)
23 - Publicar um livro
24 - Doar Sangue
25 - Ter um animal de estimação
26 - Fazer um auto-retrato
27 - Aprender uma nova língua sozinho (já tentei italiano e francês, sem sucesso)
28 - Pagar uma refeição para um estranho
29 - Saber fazer A sobremesa (parecia impossível, mas hoje sei fazer algumas)
30 - Casar (se Deus quiser, eu ainda quero)
31 - Segurar um Louva-Deus
32 - Ver o nascer e o pôr-do-sol
33 - Ver um géiser em erupção
34 - Fazer interc��mbio (Irlanda <3)
35 - Ensinar algo a alguém
36 - Ter filhos
37 - Aprender dança de salão
38 - Contar histórias ao meus filhos
39 - Fazer um piquenique
40 - Ter um telescópio
41 - Ver a Aurora Boreal
42 - Andar de balão
43 - Pertencer a uma igreja
44 - Servir num dos ministérios da igreja
45 - Ir a um retiro
46 - Fazer uma viagem missionária
48 - Ter sabedoria (ainda bem que tenho mais sabedoria do que quando eu tinha 16, mas ainda falta...)
49 - Aprender a amar cada dia mais (sigo no processo)
50 - Ver meus pais aceitando a Jesus
51 - Ser batizada no Espírito Santo e nas águas por aceitar Jesus
51 - Realizar os sonhos Dele na minha vida (humn... talvez eu só risque esse quando Ele me chamar para morar com Ele)
52 - Caminhar alegre ao lado Dele.
Obs: risquei os sonhos que eu não sonho mais, deixei em negrito os que se realizaram e comentei em itálico.
1 note
·
View note
Text
Imagine - Liam Payne
Oi, gente! Mais um imagine da maratona! Espero que gostem! Beijos!
- Vocês viram a garota nova? – Noah, meu melhor amigo chegou em nossa mesa cochichando e praticamente atirando sua bandeja sobre o móvel de metal.
- Não. O que tem ela? – Pergunto revirando o sanduíche com o dedo.
- Maior gata, mas é daquelas que estuda até quando está comendo. – Ele revira os olhos e aponta com o dedão para a menina sentada sozinha em uma das mesas do pátio.
Seu óculos escorregava pelo nariz enquanto ela beliscava algumas batatinhas chips e lia um livro enorme, até demais.
- Bom, com certeza não é seu tipo de garota. – Desvio os olhos dela para encarar Noah.
- Você sabe que as inteligentes fazem eu me sentir burro. - Ele dá uma piscadinha. – Mas ela é exatamente o que você está procurando.
- Não mesmo. Desde que eu terminei com Bianca não estou atrás de nenhuma mulher; por deus, nosso término foi horrível.
- Por isso, que você merece outra pessoa, Liam. – Ele torceu o nariz. – Isso foi gay demais. Mas, cara, já faz mais de um ano que vocês acabaram e ela já apareceu com três namorados novos e você ficou com no máximo duas meninas em festas. E de acordo com sua última bebedeira, essa era tipo de menina que você sonha em encontrar.
- Eu estava bêbado. – Eu rebato.
- E é quando as verdades aparecem. – Thomas, depois de muito tempo em silencio, se manifestou. – Acho justo você se dar uma chance, em comparação com a quantidade de chance que Bianca se deu. A primeira coisa que devemos fazer é descobrir o nome dela.
- Mas, vocês podem me deixar em paz? – O sinal do final do nosso intervalo soa e a menina levanta do seu banco no mesmo instante que eu e deixa seu livro cair enquanto tenta pegar a bandeja.
- É a sua deixa. – Noah fala baixinho; eu reviro os olhos caminhando até onde ela está.
- Oi, quer ajuda? – A vejo concordar com a cabeça em dúvida se largava a bandeja ou se deixava o livro no chão o colocando sobre a mesa. – Deixa que eu levo para você. – Aponto para a bandeja que, em seguida, é estendida para mim.
- Obrigada. – Ouço sua voz sair baixinha e dou de ombros.
- Você é nova, né?! – Pergunto, tentando puxar assunto.
- É. Meus pais precisavam vir para a cidade; então vim junto. – Deixo a bandeja sobre o balcão e voltamos a caminhar.
- Obrigada, mais uma vez. Foi gentil de sua parte me ajudar. – Ela diz calmamente parando em frente a primeira porta do corredor do último ano.
- Não precisa agradecer; mas eu posso saber seu nome? – Pergunto dando meu melhor sorriso.
- (S/N). Com licença. – Ela entra na sala e de relance vejo suas bochechas corarem.
Caminho mais um pouco e entro na minha sala encontrando Noah e Thomas me olhando com expectativa; conto que não aconteceu nada demais, apenas descobri seu nome e que ela é tímida demais.
Instantes antes de sermos liberados para ir embora, um alerta de tempestade soa pela escola, e já sabíamos que não iríamos ir para casa tão cedo. Mas fomos liberados para ficar dentro da escola e ir até o bar.
Caminhando pelos corredores enquanto não tinha o que fazer por conta da chuva, encontro (S/N) sentada em frente a seu armário e caminho até ela.
- Algum motivo especial para não desgrudar desse livro? – Pergunto sentando ao seu lado. Seu rosto se vira em minha direção e ela arregala os olhos balançando a cabeça. – Você não me deu a chance de me apresentar. Sou Liam.
- Já falei meu nome, né?! – Não tenho certeza.
- Falou sim. Mas ainda não me disse por que tanto amor por esse livro.
- Ah, bom, foi ele que me ajudou em um momento decisivo da minha vida; é um romance bobo, mas estava lendo ele na época e por isso quando as coisas tentem a voltar, eu volto a ler ele para voltar a sentir o que senti. Complicado, né?! Me desculpe.
- Não precisa se desculpar. Quer conversar sobre? – Ela nega com a cabeça e eu dou um empurrãozinho com meu ombro a fazendo rir. – Me conta, vai.
- Está bem. – Ela ri e revira os olhos. – Na minha antiga escola, eu era conhecida como a festeira. Fiz tanta merda, tipo muita merda mesmo. Cheguei até ir para a escola bêbada, minha melhor amiga de infância era a influência, mas de forma alguma a culparia pelas escolhas que tomei. Eu consegui concluir o segundo ano com certa dificuldade, mas terminei. No início desse ano, meus pais foram convidados a trabalhar em uma escola da região e acharam melhor eu vir para cá quando viram que eu estava tentando mudar. Foram dias complicados, mas eu sobrevivi e não me arrependo em momento algum de ter vindo para cá.
- Sabe que olhado para você a última coisa que imaginaria era que você bebia. – Ela me olha como se eu fosse um ET. – É sério. Você lendo, toda concentrada. Nem parece que fazia tanta baderna.
- Decidi esquecer esses dias sombrios. Hoje eu estudo, leio, faço atividades físicas e me alimento da melhor forma possível.
- Eu vi as batatinhas chips em sua mesa. – Eu falo baixinho, como se fosse um segredo.
- Era aquilo ou era o sanduíche verde que eles estavam servindo no refeitório. – Ela confessa me fazendo rir.
- Achei que era só eu que estava vendo aquele negócio verde. – Eu digo rindo. – Depois dessa redescoberta da vida, já encontrou alguma matéria favorita?
- Literatura. Com certeza. – Ela diz animada.
Engatamos uma conversa animada até os caras virem me avisar que estávamos liberados.
- Quer carona para casa? – Eu pergunto para ela.
- Não. Obrigada; minha mãe vira me buscar. – Ela acena com a mão e caminha te um carro prata.
- Isso é mais uma das coisas que você não vai repetir? Tipo, não ter mais namorados? – Pergunto me amaldiçoando em seguida. Mas ela sorri e dá de ombros.
- Dá uma olhada no bolso do seu casaco, sua resposta está aí.
Eu fico parado pensando por um tempo do que ela estaria falando, mas coloco a mão no bolso encontrando um papelzinho com seu número de celular. Não seguro o sorriso que aparece no meu rosto, mas quando vou olhar para onde o carro de sua mãe estava parado, ele já não estava mais lá.
- Essa menina ainda vai me dar dor de cabeça. – Penso alto e caminho em direção ao meu carro segurando o papelzinho o mais forte possível.
71 notes
·
View notes
Text
Melhores Sapatilhas de Ciclismo
Se você é uma daquelas pessoas que ama pedalar, provavelmente já sabe que pode praticar esta atividade com basicamente qualquer tipo de calçado. Porém, quando se usa o modelo apropriado, a atividade se torna muito mais produtiva. Mas você sabe escolher a melhor sapatilha de ciclismo?
Existem alguns critérios que devem ser observados e que poderão beneficiar ao invés de prejudicar sua atividade. Dentre eles estão as características, modelo, especificidades e materiais em que o produto foi confeccionado.
Melhores Sapatilhas de Ciclismo 2020
ImagemSapatilhaDescriçãoMelhor Preço 1. Giro Code Techlace CarbonMelhor Caixa Térmica do MercadoR$ 1.029,98 na Amazon 2. Northwave SpikeMelhor Custo BenefícioR$ 576,78 na Amazon 3. Sapatilha Shimano Casual CT5Sapatilha de Ciclismo FemininaR$ 687,90 na Amazon 4. Shimano MTB SH-ME100 Sapatilha de Ciclismo MTBR$ 609,90 na Amazon 5. Shimano RP1 SpeedMelhor para SpeedR$ 628,28 na Amazon 6. Absolute Nero IIUma Opção Boa e BarataR$ 350,18 na Amazon
E com o intuito de lhe ajudar a escolher o calçado de ciclismo ideal para você é que este post foi desenvolvido. Nele você irá encontrar um guia completo, com os principais critérios de compra, além de um review exclusivo sobre cinco diferentes produtos.
Continue lendo até o final e confira!
Guia de Compras: Como Escolher a Melhor Sapatilha de Ciclismo?
Ao contrário do que a maioria dos amantes do pedal acredita, utilizar a melhor sapatilha para praticar ciclismo não é algo desnecessário, afinal, ela pode tornar a atividade muito mais fluida do que quando se utiliza outros tipos de calçados esportivos.
E isso se dá devido ao fato de estes produtos possuírem uma tecnologia chamada de clip-less ou clip-in, que se trata de um encaixe na parte inferior onde o pé entra em contato com a pedaleira.
Este encaixe faz com que o esportista consiga ter mais fluidez ao puxar e empurrar os pedais, deixando a atividade mais eficiente e permitindo a ele empregar mais velocidade nas pedaladas.
Veja na lista a seguir algumas outras grandes vantagens que se pode ter ao utilizar uma sapatilha de ciclismo adequada:
Reduz o nível de cansaço, graças ao seu solado e parte superior confeccionadas em material rígido;
Proporciona mais segurança ao ciclista;
Possui alguns furinhos, os quais permitem que o ar penetre no calçado, deixando os pés mais frescos;
Reduz o nível de suor;
Faz com que os pés fiquem presos aos pedais.
No entanto, este produto possui algumas desvantagens, como o preço e a necessidade de levar outro calçado na mochila, caso a pedalada termine em seu local de trabalho, escola, etc.
Dica: Para complementar mais ainda o seu conjunto de equipamentos nas pedaladas, recomendamos fortemente que utilize uma boa luva de ciclismo.
Bem, agora que você já sabe um pouco sobre o funcionamento deste calçado e também foi apresentado às suas principais vantagens e desvantagens, é o momento de descobrir quais pontos deverá observar para que adquira o produto adequado. Veja nos próximos tópicos.
Tipo de Fecho
É importante levar em consideração o tipo de fecho, pois é ele que será o responsável por ajustar sua sapatilha com firmeza, dando mais estabilidade, deixando a prática mais eficiente.
Os três tipos de fechos mais comuns são:
laço
velcro
ratchet
Sendo que este último é mais recomendado para quem vai praticar ciclismo em ambientes de lama.
Tamanho
Assim como em outros tipos de calçados, observar o tamanho do calçado é fundamental para que ele não fique saindo do pé durante a prática nem que fique apertado, prendendo a circulação e causando desconforto.
Material
Você também deve, durante a escolha da melhor sapatilha de ciclismo, observar o material que foi usado em sua confecção. Ele precisa ser lavável e não deve se desgastar com facilidade.
Outro ponto importante sobre o material é se ele é mais duro e firme, afinal, os sapatos para pedaladas não devem ser flexíveis em excesso.
Além disso, ele deve possuir um solado mais resistente, o qual irá evitar o desgaste excessivo sempre que o sapato entrar em atrito com o chão.
Encaixe
O tipo de encaixe da sapatilha é fundamental e é um critério que deve ser combinado com a compra dos pedais de sua bicicleta, visto que a quantidade de furos e tipo de encaixe podem ser diferentes entre os dois objetos.
Caso isso aconteça, seu calçado não terá mais as funcionalidades especificadas, fazendo com que a prática não flua de maneira adequada.
É necessário que você leve em conta todos esses critérios para escolher o modelo mais adequado para a sua necessidade.
Quais as Melhores Sapatilhas para Ciclismo?
Agora que você já viu todas essas dicas, vamos conferir os melhores modelos de 2020?
Giro Code Techlace Carbon
Northwave Spike
Shimano Casual CT5
Shimano RP1 Speed
Absolute Nero II
1. Giro Code Techlace Carbon
Melhor Sapatilha de Ciclismo
Marca: Giro | Cor: Variadas | Modelo: Code Techlace | Departamento: Adulto Unissex | Sistema de Ajuste: BOA e Techlace | Uso: MTB | Material da Sola: Fibra de Carbono | Importador: Isapa | Tamanhos: 39 ao 44
Esse é a melhor sapatilha de ciclismo do mercado! Fabricada pela Giro, ela proporciona o posicionamento adequado para seus pés, impedindo deslizamentos durante seu uso.
É confeccionada com palmilha Super Natural Fit e solado em fibra de carbono com tecnologia EC70, responsável por oferecer três diferentes áreas rígidas auxiliando na otimização de sua performance.
Esse calçado também apresenta solado emborrachado com a tecnologia Vibram com todo conforto, segurança e durabilidade necessária, mas seu formato é pequeno, portanto, opte sempre por tamanhos maiores ao seu habitual.
O modelo Code Techlace contém tecnologia Aegis que funciona como um tratamento de tecido interno que mescla composições diferentes entre si, diminuindo a proliferação de bactérias formadas pelo suor.
A melhor sapatilha de ciclismo será sua grande aliada durante as pedaladas com sua bike, pois tem todo suporte que um ciclista precisa para não causar danos aos seus pés.
R$ 1.029,98 na Amazon
2. Northwave Spike
Melhor Custo Benefício
Marca: Northwave | Cor: Variadas | Modelo: Spike Evo | Departamento: Adulto Unissex | Sistema de Ajuste: BOA e Techlace | Uso: MTB | Material da Sola: Carbono | Importador: Mix | Tamanhos: 41 ao 43
Esse é a melhor sapatilha de ciclismo custo benefício que você vai encontrar! Fabricada pela Northwave, é projetada para ciclistas que buscam segurança, conforto e estilo.
Sua parte superior é fabricada em PU com AirMash oferecendo ventilação para seus pés, impedindo assim o surgimento de microrganismos que causem odores desagradáveis.
Esse calçado também apresenta fechamento seguro com duas fitas fixadoras assimétricas que são responsáveis por reduzir as pressões que ocorrem nos pés, garantindo o ajuste correto.
O modelo Spike Evo é solado com cravos com índice de rigidez de 6.0 garantindo uma ótima transmissão de energia para os pedais e borracha natural para melhor aderência ao solo.
Ela ainda possui bico e calcanhar reforçados para proteção contra impactos externos, além de travar na ponta para melhorar seu uso em solo escorregadio, aumentando sua vida útil.
A melhor sapatilha de ciclismo custo benefício é fabricada para os ciclistas que buscam qualidade aliada a valores reduzidos.
R$ 576,78 na Amazon
3. Shimano Casual CT5
Sapatilha de Ciclismo Feminina
Marca: Shimano | Cor: Verde Oliva | Modelo: CT5 | Departamento: Adulto Feminina | Sistema de Ajuste: Cadarços | Material da sola: Borracha | Tamanho: 38
Esse é a sapatilha de ciclismo feminina mais procurada pelas mulheres! Fabricada pela Shimano, foi projetada para funcionar também como um tênis casual, ideal para quem anda de bike e não quer ter que levar tênis na mochila.
Além disso, contém fechamento através de cadarço, puxador na parte de trás, e ainda pode ser dispensado o uso do taco de ciclismo, funcionando como um verdadeiro tênis de passeio.
Ela também apresenta placa de canela interna que transfere potência aos pedais e meia sola em EVA para absorção dos impactos durante suas pedaladas.
O modelo CT5 é fabricado com material sintético, mais leve e resistente do que os outros couros naturais, desenvolvida para promover um encaixe mais suave nos seus pés.
Ela ainda possui compatibilidade com tacos padrão SPD para mtb, sobretudo em pedais da nova linha Shimano Click’R, sendo uma excelente aliada para uso urbano, cicloturismo e passeio.
A sapatilha de ciclismo feminina foi projetada para as mulheres que buscam charme, discrição, conforto, segurança e acima de tudo, a certeza da compra de um produto de qualidade!
R$ 687,90 na Amazon
4. Shimano MTB SH-ME100
Sapatilha de Ciclismo MTB
Marca: Shimano | Cor: Preta | Modelo: SH-ME100 | Departamento: Adulto Unissex | Sistema de Ajuste: Velcros | Material da sola: Borracha | Tamanho: 42
Esse é a sapatilha de ciclismo MTB que você está procurando! Fabricada pela Shimano, é ideal para pratica de MTB maratona e XCM, transformando suas pedaladas em momentos únicos.
Ela é confeccionada com couro sintético de alta densidade com perfurações para melhorar o ajuste e a respiração, impedindo assim a formação de bactérias.
Também tem a parte interna toda composta em microfibra tratada, com controle térmico, proporcionando mais conforto e proteção aos pés, com um design muito mais eficiente.
O modelo SH-ME100 é fabricado com duas tiras de velcro que permitem um fechamento mais rápido e um ajuste firme e seguro, e palmilha em EVA, para dar a maciez na medida correta.
Ela ainda possui sola de borracha, oferecendo aderência e tração, que faz com que sua durabilidade seja ainda maior, além de uma estampa reflexiva, aumentando sua visibilidade em ambientes de menor intensidade luminosa.
A sapatilha de ciclismo MTB é perfeita para pedalar, sendo classificada como uma das melhores opções para os ciclistas, que buscam conforto, auto performance e facilidade, já que mesmo depois de molhada, ela ainda pode ser usada.
R$ 609,90 na Amazon
5. Shimano RP1 Speed
Melhor para Speed
Marca: Shimano | Cor: Preta | Modelo: SH-RP100 | Departamento: Adulto Unissex | Sistema de Ajuste: Velcros | Uso: Speed | Material da sola: Fibra de vidro aliada ao Nylon | Tamanho: 42
Esse é a melhor sapatilha de ciclismo Speed! Fabricada pela Shimano, é ideal para os ciclistas que buscam uma sapatilha com qualidade e bem estruturada.
Além disso, é confeccionada com couro sintético permitindo melhor ajuste aos pés e menos possibilidades de deformações, garantindo que sua duração seja ainda maior.
Ela também tem palmilha fabricada em EVA, que possibilita mais maciez e comodidade durante seu uso, e solado do calcanhar com borracha, garantindo mais conforto e melhor grip em terrenos de menor aderência.
O modelo RP1 Speed é fabricado com duas tiras de velcro que proporcionam um ajuste firme e ponta dos pés e solado telado, para diminuir a umidade.
Ela ainda possui sola em nylon reforçada com fibra de vidro leve e é compatível com os tacos SPD e SPD-L trazendo inúmeras vantagens para os ciclistas, com grau de rigidez classificado em 6.
A sapatilha de ciclismo Speed é a melhor escolha para os ciclistas que praticam ciclismo de estrada, por ter uma estrutura mais fortalecida, permitindo assim, passeios em solos variados.
R$ 628,28 na Amazon
6. Absolute Nero II
Uma Opção Boa e Barata
Marca: Absolute | Cor: Preta | Modelo: Nero II Speed | Departamento: Adulto Unissex | Sistema de Ajuste: Velcros | Uso: Speed | Material da sola: Nylon e Borracha | Tamanho: 43 | Importador: Isapa
Se você está à procura de uma sapatilha boa e barata, essa deve ser a sua escolha! Fabricada pela Absolute, vem com toda a qualidade que você precisa e o preço que cabe no seu bolso!
Confeccionada com couro sintético com pontos em malha mesh, que melhora a ventilação dos pés durante seu uso, ela também possui um sistema de gerenciamento de umidade.
Além de conter palmilha termo moldável, que se ajusta de acordo com a anatomia dos seus pés e sistema de fechamento de 3 tiras assimétricas, considerado um dos mais seguros.
O modelo Nero II Speed possui lingueta produzida com espuma, macia e confortável e é revestida com forro interno com reforço acolchoado no calcanhar.
A Speed Ciclismo Absolute Nero II é a escolha ideal para quem busca valor e preço baixo em um só produto!
R$ 350,18 na Amazon
Conclusão
Sendo assim, na hora de escolher o seu calçado de ciclismo, preste bastante nas suas especificações, e em quais lugares você andará com sua bike, assim poderá escolher a sapatilha que dará o suporte que você precisa!
Neste texto você pôde conferir os melhores modelos de 2020 e um guia de compras completo para lhe ajudar a escolher a melhor sapatilha de ciclismo.
Como foi possível notar, não é qualquer calçado que fará com que sua prática seja a mais eficiente, caso você venha a levar o esporte a sério. Adquirir o produto ideal irá possibilitar que você faça menos esforço e consiga uma pedalada mais fluida.
Portanto, observe sempre os critérios de compra: tamanho, tipo de fecho, material e encaixe, e tenha a melhor experiência em suas trilhas e pedaladas urbanas!
Caso tenha ficado com alguma dúvida sobre este conteúdo, não deixe de enviar seu comentário!
O post Melhores Sapatilhas de Ciclismo apareceu primeiro em Outside360.
0 notes
Text
A mulher perfeita
Mulher no espelho, Pablo Picasso
Mesmo se formos consideradas ideais, não seremos perfeitas. É isso um problema?
Na semana passada, o documentário da Lady Gaga – “Gaga: Five Foot Two” – me chamou a atenção. Apesar de só ter escutado os hits dela, cliquei no play da Netflix e não me arrependi. A imagem que eu tinha de Gaga era extremamente superficial; e, para ser sincera, ainda é. Mas, pude ver que uma mulher podre de rica, famosa pra caramba, considerada um símbolo sexual, cheia de talento artístico (as views dela no Youtube não são por acaso. Tem muita gente que gosta!), independente e inteligente possui ansiedades muito semelhantes às minhas. E, quem sou eu? Não ganhei Globo de Ouro nem Grammys!
E isso foi assustador. Percebi que tanto ela quanto eu e, provavelmente, você, estamos no barco do perfeccionismo. Não digo “caminho” porque isso geraria a ideia de que ainda não chegamos lá... mas, ah! Como chegamos! Mesmo se formos consideradas ideais, não seremos perfeitas. É isso um problema?
Enquanto crescia, ser considerada “perfeccionista” não era uma crítica para mim, e, talvez, não fosse para você. Ser perfeccionista era a única opção, o jeito de conquistar um espaço social, nem que fosse o de nerd que passava os recreios lendo na biblioteca. Nunca fui reprimida por ser perfeccionista; só elogiada. Mas, a partir do momento que percebi que os meninos recebiam mais aplauso acadêmico do que eu, com notas iguais, comecei a ser perfeccionista em dobro. Eventualmente, em dose tripla, para compensar o fato de que eu não era lá aquela adolescente linda.
Sempre ouvi falar que a gente deve fazer nosso melhor. Esse conselho, oferecido por estranhos e por gente amada, tem muita verdade embutida. Pense em quão mais feliz o mundo seria; em quão mais bonito, limpo, agradável. Mas, mesmo com toda a humanidade fazendo seu melhor, o mundo não seria perfeito. O mundo é feito por gente, e gente é estranha: paranoica, agitada, depressiva, alegre, triste, ansiosa, tranquila, imprevisível. Imperfeita.
E eu sou uma pessoa como qualquer outra, assim como você. Mas, quando buscamos perfeição ao invés do melhor, as coisas se complicam. As neuras aparecem com força total.
Não me lembro de um dia da vida em que não procurei a perfeição. O problema é que nunca a alcanço. Eu corro, corro, corro e nada. Ela não quer nada comigo. Depois de um tempo, cansei de correr, mas não consigo parar. Eu até respiro melhor e faço pausas para tomar aquela aguinha no meio da maratona, mas ela não tem fim. Não há tranquilidade em uma vida levada desse jeito: nem os momentos mais pacíficos são desfrutados em sua totalidade. Tudo é minuciosamente calculado, até mesmo o tempo livre. É frustração atrás de frustração, e a felicidade é interrompida pela certeza de que algo imperfeito acontecerá em breve – o que é verdade.
Em minhas raras tentativas de abraçar a imperfeição e o feitio do melhor, desisti pela pressão social rotineira. Há horário para tudo. Preciso de experiência em Mandarim para conseguir um emprego. Fingir sorrisos é rotina para quem não está a fim de socializar e prefere ficar com um livro tapando a cara na maioria das vezes – e, para o convívio social, ser feliz o tempo todo é necessário. E, se você é mulher, as coisas se agravam: seja gentil, delicada. Seja perfeita. Parece que não existe escapatória desse lema.
Mas não posso mais seguir assim. Ferre-se o lema. Eu quero ser uma mulher imperfeita.
Quero chorar sem sentir culpa e sorrir sem ter medo.
Preciso ter certeza de que quase tudo na vida é instável, menos a certeza da instabilidade. E quero estar tranquila com isso.
Desejo viver sem a exigência própria e cansativa da perfeição, mas sempre na caminhada calma e leve do melhor. Passadas inconstantes, mas conscientes. Tropeços. O ato de voltar a ficar em pé, não importa como: se for como uma diva, ótimo; se for de pijama, também.
Eu quero viver de verdade, e escrevi esse texto para lembrar disso.
Como uma amiga me disse: “você é uma pessoa!”. Parece estúpido, mas, convenhamos: se nem as máquinas são perfeitas, como podemos exigir isso de nós? A verdade é que a expressão “pessoa imperfeita” é um grande pleonasmo.
Então, passo a passo, te convido a repetir, para sempre: ferre-se o lema!
1 note
·
View note
Text
Mulheres, a segunda onda do feminismo e o século XX
A maratona anual dos filmes indicados ao Oscar costuma trazer boas surpresas pra minha vida (e também algumas decepções). Tem filmes que passam despercebidos mesmo sendo obras incríveis, tem filmes que ganham holofotes por todos os lados mesmo sendo comuns.
Em 2017 um filme me chamou especialmente a atenção. E como eu cansei de recomendar ele pra uma infinidade de pessoas que até hoje nunca tinham ouvido falar sobre e desconfiavam do selo “indicado ao Oscar de melhor roteiro original”, eu hoje vim exaltar essa obra prima da cinematografia contemporânea que, apesar de tudo, foi escrita por um homem. Risos.
Mulheres do Século XX é um filme simples e complexo ao mesmo tempo. Somos levados para o final dos anos 70 para acompanhar a vida de uma mulher de meia idade, mãe tardia de um jovem adolescente. E todas as mulheres (e um homem) que vivem em torno dos dois.
Dorothea é divorciada e cria seu filho Jamie de forma rígida e ao mesmo tempo bastante liberal. Para sustentar a casa antiga em constante reforma (com a ajuda de um faz-tudo libertário ex-hippie desconstruidão), aluga um de seus quartos a Abbie (meu amorzão Greta Gerwig), uma fotógrafa jovem e levemente perdida, imersa no mundo punk. A terceira mulher da história é a adolescente Julie, melhor amiga de Jamie. Há claramente 3 gerações bem representadas no filme, que irão trazer discussões simples porém profundas sobre temas muito complexos e intrinsecamente femininos - e atuais. Porque o filme pode ser nos anos 70, mas as questões são tão atuais que até doem, se pensarmos pelo lado de tantas décadas tentando mudá-las.
Um ponto focal que permeia todo o filme são os estereótipos da maternidade, contra os quais Dorothea luta bravamente, mas nem sempre consegue se desvincular. Foi mãe tardia, o que é tabu desde sempre e às vezes para ela mesma; divorciada e com o ex-marido ausente, porém em constante conflito com a vida solteira; progressista, mas não deixa de cair em clichês geracionais ao lidar com questões das mulheres mais jovens. Acredita não ser necessário um homem para criar outro homem, mas ao mesmo tempo entende-se limitada nessa função e recorre às demais mulheres da sua vida para ajudar.
A maternidade também aparece no filme através de Abbie, que luta contra um câncer e se depara com a pergunta fundamental se quer ou não ser mãe no futuro, embora o presente seja uma série de dúvidas e incertezas. Abbie é a mulher jovem, dentre as três. Acabou de concluir a faculdade. Tem um relacionamento conflituoso (e de choque geracional) com a mãe. Busca uma carreira artística com propósito, mas ainda não sabe o que é esse propósito. Sente-se seduzida pela cultura punk, mas também não deixa de cair em clichês de inseguranças sobre sua aparência, seu futuro, sua profissão, seus relacionamentos, frutos das expectativas sociais onde se insere. Não fosse nos anos 70, Abbie seria a perfeita millenial.
Julie é a personagem da feminista da segunda geração. Sua personagem gira em torno do tema sexo, embora sua essência vá muito além disso. Vive em um conflito belamente retratado entre a liberdade sexual e o aprisionamento do sexo em um mundo patriarcal. Caminha pelo mundo com um desinteresse terrível pelas coisas, ao mesmo tempo em que gasta seu tempo lendo e discutindo a sociedade sob a ótica das grandes autoras feministas dos anos 70. Tem em Jamie a visão de um refúgio, embora não dedique a ele seu interesse amoroso.
Julie: I think being strong is the most important quality. It's not being vulnerable, it's not being sensitive. It's not even. Honestly, it's not even being happy. It's about strength and your durability against the other emotions.
O filme vai girando em torno das três e suas respectivas relações com Jamie, o adolescente cercado de mulheres que discute feminismo na mesa do jantar, que anda imerso em doutrinas anárquicas e comunistas e que ainda assim não deixa de cair em suas contradições como homem na sociedade. Tudo ainda fica mais legal com o personagem William, o faz-tudo, que embora seja desconstruidão e saiba muito sobre feminismo e feministas, acaba caindo em clichês da masculinidade, como o mansplanning.
Com muitas citações de grandes feministas de segunda onda, com conflitos geracionais claros e discussões sobre o papel das mulheres na sociedade - e também o papel dos homens - e como elas sobrevivem em um mundo masculino. É um grande filme (de baixo orçamento, vale dizer) regado a algum punk e também música clássica, que merece duas horas de atenção.
PS: E sim, o filme foi escrito por um homem, baseado na infância dele. Feliz que ele fez um bom filme, sem julgamentos e sem necessariamente recair em estereótipos prejudiciais sobre as feministas, dando várias camadas às personagens e as protegendo de grandes clichês.
0 notes
Text
Eu me cobro tanto, que percebo as vezes que isso me atrapalha. Não é questão de querer mostrar aos outros que sou bom ou uma boa pessoa. Não sou hipócrita. A questão é que a vida é tão complicada, cheia de altos e baixos, sendo tudo que eu queria era estabilidade. Meu sonho de todos os dias ao acordar e ao dormir é: ver quem eu amo feliz. Sempre foi. Primeiro eu agradeço a Deus por mais um dia, nem sempre os dias são bons, mas assim como a vida, só vou poder saber como será vivendo. Tem dias que já sinto, será uma maratona, no deserto pra ser mais específico, de tão dolorosa que vai ser pra mim. Não por pressentir ou já saber, mas sim por como foi o dia anterior. Na vida tudo é assim, o que você fez no passado, vai te afetar no presente e no futuro. Mas eu continuo em busca do meu sonho, que não é modesto nem muito menos fácil. Mas eu sei, um dia eu vou ver, porque aqui na minha imaginação eu vejo. Vejo minha mãe, minha mulher, meu filho ou filha (não os consigo ver direito) fica embaçado, é estranho. Mas os vejo felizes demais e isso me emociona, todos juntos, bem, com saúde, isso que eu quero, quero poder ser pelo menos um por cento do motivo dessa alegria, dessa união. Mas o problema é que eu nunca estou junto, sempre estou separado, vendo tudo de longe, feliz, chorando de emoção, mas nunca lá, no meio deles. Então eu continuo buscando por isso, que para mim é muito, o que mais importa é fazer quem eu amo feliz. Eu quero ser o melhor que eu posso ser, para eles, poder dar o melhor, o meu melhor. Tem dias que como hoje, por coisas que me abalam, eu me pego me olhando no espelho e pensando quem eu sou. O que estou me tornando, será que estou no caminho certo? Espero que sim. Isso me aflige. Às vezes até me abala. Mas eu sigo firme. Depois que me pego olhando assim, meio que com estranheza. Gosto de conversar com Deus. Agradecer por tudo, que por às vezes para mim pode parecer pouco. Acordo e logo vejo que é muito, pois todos que eu amo ainda estão por aqui, nem todos, alguém longe, alguns mais longe ainda. Mas estão todos aqui. Eu me cobro por você, se você estiver lendo vai entender, me cobro pela minha mãe, minha irmã. E não fazer vocês felizes é o que mais me dói.
1 note
·
View note
Text
Os 13 porquês
Oi, aqui é Plumma, Plumma Corêcha e nesse texto eu vou contar como a série 13 reasons why me impactou. Se acomode, faça uma crepioca. Estava eu mais um dia navegando na internet quando vi um boom de gente comentando sobre a série e a tag “#nãosejaumporque” estava nos trends nacionais do twitter naquele dia. E eu fiquei “nossa, mais uma série da netflix etc”, ou seja, não dei bola por que não consigo ser fiel a séries e nem fazer maratonas. Pra mim, até aquele momento, maratonas só de livros. Me interessei quando li que se tratava de uma série sobre suicídio. Eu preciso dizer a vocês, o suicídio sempre me gerou curiosidade. Todas as vezes que eu sei que alguém se matou, eu ficava curiosa pra saber o porquê e como isso poderia ter sido evitado. Na verdade, nem precisa eu conhecer a pessoa da notícia pra ficar triste, pensando como poderia uma pessoa tirar a própria vida. É mórbido, eu sei, mas não consigo evitar. Mas de algum modo, evito o assunto. Há uns 2 anos eu vi o livro homônimo da série a venda na feira do livro e não gostei da sinopse. Achei mal escrito, esquisito e rejeitei o livro. Me arrependo amargamente. Meu gatilho para iniciar a série foi ler textos de motivos para assistir e motivos para não assistir, publicados no Huffpost. Queria saber se era tão polêmica assim. Não é exatamente polemico, mas é que ninguém fala abertamente sobre o suicídio. Eu comecei a assistir com medo. Medo de cair em uma cilada dos gatilhos. Vou deixar vocês imaginarem o porquê. A tal polemica surge, única e exclusivamente por que tornamos um assunto tão sério como o suicídio um tabu que deve ser enterrado a mais de 7 palmos, como suas vítimas. Sobre Hannah Backer, me identifiquei com ela. Hannah é uma adolescente que tenta não se abater com as coisas, é sarcástica, irônica e sensível. Quis ser amiga da Hannah, quis ajudar a superar tudo aquilo por que eu mesma passei por uma barra muito pesada na minha adolescência e talvez essa troca de experiências tivesse evitado a morte dela. Eu estou aqui, com 27 anos e ela parou aos 17. Eu vivi 10 anos a mais que a personagem e até hoje eu digo: não é fácil. É matar um leão por dia e tentar sorrir pra vida como se fosse a melhor coisa a fazer. Mas as vezes também é necessário brigar, xingar e gritar. Por pra fora as angustias da vida. E por vezes isso também se mostra ineficaz. Então corro pros memes, converso com a minha mãe, assisto desenhos. E por vezes também é ineficaz. Mas, diferente da Hannah, eu percebi, após assistir a série, que eu ainda tenho esperanças que as coisas irão melhorar. Não sei como, mas vão. O que dói é: como passar essa esperança a quem não as enxerga? Eu vivi situações em minha vida que eu precisei amparar amigos que se encontravam em depressão. Gente que eu jurava que ia por fim em sua própria vida. Eu me desesperava sozinha, mas jamais na frente deles. Investiguei e fui saber como eu deveria abordar o assunto tratamento com eles. Felizmente pude ajudar. Em um momento da série, o personagem Alex questiona “´por que em vez de colar cartazes escritos ‘suicídio não é uma opção’ a gente não cola uns escritos ‘não seja um idiota’?” essa frase me fez pensar e muito. Na verdade ela me fez lembrar uns acontecimentos bem desagradáveis da minha vida, como por exemplo um namorado meu que, uma vez nós brigamos e ele ameaçou cortar os pulsos na minha frente. Ou a vez que eu estava em meio a uma desilusão amorosa e comprei anador e misturei com coca cola, na esperança de acabar com a minha dor. Preciso reforçar a vocês que por quem eu tava sofrendo em questão era um idiota. Meses depois desse fato, ele me diria que eu tava jogando minha vida fora cursando ciências da religião na UEPA. Na verdade, tirar a vida não vale a pena nem se o causador em questão valesse alguma coisa. A vida é a fonte inesgotável de esperança e sonhos. Ao longo da série, Hannah vai mostrando como ela tenta lutar contra toda aquela falsidade e hipocrisia que vai acontecendo com ela. Eu, na idade dela, já sabia que o ser humano não presta. Eu já me intitulava misantropa, pois o ser humano mente, rouba, mata, tudo por um tal poder eu se esvai na própria podridão da alma. Eu nunca me deixei levar pelo mal que me fizeram por causa desse pensamento. Pra mim, quem é podre, se estraga só. Hannah precisava perceber a si mesma como era maravilhosa por ser boa, honesta e verdadeira. Não há nada de errado em entregar a sua amizade e seu amor a alguém. Errado é o outro, que pisa, humilha e maltrata, por que damos o que temos. Enquanto Hannah era amável e amiga, os outros só lhe davam falsidade, por que era só isso que tinham em suas almas. Acho que devemos ser educados para amar e a procurar compreender quem não ama. Olhar o outro como alguém que precisa de ajuda para nutrir sentimentos bons e assim, ser uma pessoa boa, não um egoísta, egocêntrico, como as pessoas eram na série. Nos falta empatia. Me lembro de uma vez em Abaetetuba que uma aluna, que nem falava na minha aula, me chamou pra conversar. Ela chorou falando dos problemas em casa, irmãos presos e todo o cenário de caos em que vivia. Perguntei como poderia ajudar e ela disse que só precisava falar. Era meu horário livre pra ir ao supermercado e não fui. Fiquei 2 horas no sol com ela, ouvindo sua narrativa. Valeu a pena. Ela nunca mais me procurou pra isso, mas no final ela se sentiu grata por ouvi-la e percebi como ela evoluiu naquele ano. Nos falta ouvir e perceber o outro. Estamos focados no “não se mate”, mas não estamos muito atentos aos sinais de ajuda dos outros. E quando eu falo ajuda, não é só prevenção ao suicídio, mas procurar ajudar as pessoas a passar pela vida. Ela é difícil para todos nós. Precisamos nos ajudar. Antes de eu entrar no Curso de Direito, (para o qual fiz cerca de 5 anos de vestibulares, sem sucesso) eu cursei uma licenciatura. Era isso, ser professora. Não sabia o que me aguardava. Me aguardava humilhação, ofensas gratuitas, ameaças, desrespeito, sufoco, terrorismo. É, eu vejo meu trabalho assim. Mas procuro sorrir, procuro ser educada, dar boas aulas e segurar a barra o máximo que puder. Primeiro que é meu ganha pão. É o que patrocina meus sonhos. Segundo, por que meus alunos não tem culpa de me terem como professora. Mas tem alunos que não sentem isso. Não gostam da disciplina e acabam me ofendendo pessoalmente. Tem alunos que eu já percebi que não gostam de mim por eu ser mulher. Às vezes eu penso que é rebeldia de adolescente. É, a adolescência é complicada. Não é que eu guarde tudo em mim, mas é que logo que comecei, não entendia essa agressividade toda. Ainda não tiro de letra, mas, digamos, atualmente é mais fácil aturar. Quando comecei, tentava respirar e ignorar. Depois de um tempo, comecei a chorar escondido todos os dias. Era exaustão, estresse, medo de viver aquela vida pra sempre. Eu tinha algumas turmas que, por mais que eu os tratasse bem, eles sempre questionavam por que eu estava ali, por que eu não tinha morrido no final de semana e coisas do tipo. Eu tentei relevar muita coisa por que eram adolescentes. Não tinham exatamente noção do quanto aquelas palavras me atingiam. Até hoje nenhuma direção de escola sabe desses perrengues por que achei inútil reclamar dessas condutas. Quando finalmente passei em Direito, que era o curso que sempre quis fazer, senti que era a vida me dando uma nova chance. Senti que o pavor que eu tinha de viver a vida inteira como professora e ser alvo dessas ofensas gratuitas, um dia iriam acabar. Desde aí parei de chorar todos os dias. Minha vida deu um salto. Era a luz chegando no meu túnel. Por que estou dizendo isso? Por que foi o gatilho perfeito para pensar como Hannah Backer. No meio desse processo, tinha dias em que eu me sentia vazia. Sem emoção. Só mais uma peça na engrenagem da seduc. Só alguém que, se morresse, fariam um novo concurso pra ocupar o meu lugar. Por que é isso que acontece: somos descartáveis neste sistema. Precisamos aprender a ver onde é o nosso lugar, onde não irão nos descartar: é na vida nossa mesmo e das pessoas que amamos. Todos os meus problemas, que no momento em que estouraram eu achava que não tinha solução, me agarrei em pensar na minha família. Como eles sofreriam com a minha ausência. Só de pensar em nunca mais ve-los, me acalma e me faz esquecer certos pensamentos nefastos que as vezes, rondam minha mente. Mas isso é maturidade. Quando tomei anador com coca cola por causa de namorado, eu não pensei em ninguém, nem em mim, só na dor. E que bom que não surtiu o “efeito desejado”. Pensando bem, talvez não fosse falta de maturidade. Mas quem me deu forças pra reagir foi minha mãe. Talvez se Hannah se apegasse aos pais, nada disso teria acontecido. Mas não a julgo: quando somos adolescentes, queremos ser adultos e resolver nossos próprios problemas sozinhos. Grande besteira. Se vc é adolescente e tá lendo esse post: se estiver com problemas, procure sua família, um professor, ou alguém de sua confiança. Não fique quieto! Agora um alerta aos amigos de profissão: não sejam idiotas. Vamos tentar ser mais humanos com nossos alunos. Claro que nem todos os professores são assim, mas a pequena parcela que me refiro, vai na escola apenas pra dar aulas e receber o dinheiro. Não sejam assim. Se um aluno te procurar, ouça, o oriente, peça ajuda a coordenação pedagógica e jamais diga que é frescura. A mesma coisa pro seu colega de trabalho. Nós professores temos vários problemas que os alunos nem sonham, nem nossas famílias, as vezes é só cada um na sua individualidade que sabe o que acontece consigo mesmo. Então vamos nos ajudar, é urgente! 13 Reasons Why me fizeram pensar em como ser uma pessoa melhor, a entender que não tem problema nenhum em pedir ajuda e que precisamos viver. Sim, sentir o sol no rosto, ler os livros que gosta, ver os filmes, beijar na boca... Precisamos cultivar o que há de melhor em nós por que, a vida vai continuar batendo, mas não podemos deixar ela nos pressionar tanto que possamos permitir que ela se vá de nós. Às vezes nos blindamos tanto do mundo, nos trancamos com nossos smartphones que esquecemos de cultivar aquilo que somos de melhor: nós mesmos. Não podemos permitir que nada e nem ninguém nos roube de nós e assim, perder o controle. Chore, ria, se permita viver e encare a vida de frente! Se você se sentir incapaz de continuar, mesmo que não acredite em mim, procure ajuda. Vai melhorar, vai resolver, mesmo que demore! Mesmo que você não ache que não tem mais solução, vá com um familiar ao CAPS do seu bairro. Tente! Vá mesmo que não acredite. Ou ligue para o CVV, 141. Só assim terá a ajuda necessária para trocar a lâmpada queimada do fim do seu túnel. Que todos nós sejamos felizes! Tentar e tentar. Eu estou tentando.
1 note
·
View note
Text
Sonhe com 10 corridas internacionais de 2021
Vai passar. Em breve voltaremos a correr novamente, inclusive provas no exterior. Enquanto isso, podemos nos envolver na tarefa de selecionar as corridas que mais nos agradam, dar uma olhada no calendário, nos preços de passagens, estimar gastos com hospedagem.
Sonhar não custa nada, e ambicionar a participação em provas tão desejadas só aumenta o nosso estoque de motivação, o que favorece nosso dia a dia desde já. Treinar pode se tornar uma atividade mais prazerosa se colocarmos diante de nós essa cenoura.
Pensando em transportar mentalmente nossos leitores para um porvir mais feliz, selecionamos dez provas de sonho. Procuramos, entre as diversas opções, escolher corridas que gozam de excelente reputação, lendo relatos de atletas maravilhados, que se encantaram ora pelas belezas naturais, ora pela atmosfera dos eventos, ora pela satisfação de contribuir para uma causa (caso da Maratona do Saara).
Estão contemplados todos os continentes — e também o Havaí, que não faz parte de continente algum: a Maratona de Kauai, organizada no arquipélago tomado pelos Estados Unidos, é a única prova na lista realizada num estado norte-americano. Principal destino gringo dos corredores brasileiros, os Estados Unidos não foram priorizados.
Expanda seus horizontes! Que a leitura da reportagem reforce sua vontade de calçar os tênis, de trabalhar o fortalecimento muscular e de se manter no universo da corrida. Por tabela, você já estará melhorando sua saúde mental e seu grau de imunidade, ambos aliados fundamentais neste momento em que nos propomos a encarar da melhor forma possível este desafiador cenário imposto pela pandemia.
Maratona de Roma
Itália – 42 km – 21 de março
Desfruta-se melhor de Roma flanando pela Cidade Eterna a pé ou de biga. Como já não é tão fácil encontrar uma por estes dias, calce um par de tênis e curta o cenário construído ao longo de séculos e séculos de história.
As fortes emoções começam logo na largada. Afinal, logo atrás do pórtico de largada situa-se nada menos do que o Coliseu. Não demora muito e já se depara com o Vaticano. Ao longo do percurso, além da beleza arquitetônica que arromba as retinas, uma profusão de notas musicais embala o ritmo das passadas — uma porção de bandas e orquestras deixa tudo (ainda mais) animado.
Os últimos 3 km são pontuados pelas incomparáveis Piazza Di Spagna e Navona. Depois de cumprir a missão, é só encontrar um bom restaurante (o que não é difícil por lá) e devorar um excelente prato (igualmente difícil não ser…), acompanhado por um “vinho da casa”.
Two Oceans
África do Sul – 21 e 56 km (asfalto), e 12,6 e 25 km (trilha) – 2 e 3 de abril
Uma prova que consta na lista de qualquer corredor que queira unir os prazeres do turismo aos da corrida. A primeira edição foi realizada em 1970, com apenas 26 competidores. Ao longo dos anos, a prova ganhou popularidade e criou, com justiça, a fama de ser uma das mais belas provas do mundo.
A largada e a chegada são na Cidade do Cabo. Há quatro opções de percurso: uma ultra de 56 km, uma meia (21 km) e duas trail runs, uma de 25 km e outra de 12,6 km (no dia 2 de abril). Sempre realizada na Semana Santa, a prova, que atrai 25 mil participantes, é muito procurada porque o trajeto é uma belíssima forma de curtir o litoral sul-africano, banhado pelos oceanos Índico e Atlântico.
O início do percurso é em Newlands e passa por Muizenberg, Fish Hoek, Chapmans Peak e Constantia Nek — a chegada é no campus da Universidade da Cidade do Cabo. Na primeira metade, margeia-se o Índico, e o que predomina são trechos planos e descidas. Temos muitas subidas ao se costear o Atlântico — há trechos em que a altitude se eleva 300 metros em relação ao nível do mar.
Maratona do Saara
Argélia – 5,10,21 e 42 km – fevereiro
Definitivamente, uma prova para valentes. Os corredores inscritos se alojam nas tendas do povo saharaui, que luta por sua independência, no acampamento de refugiados de Tindouf. É ali, em meio ao nada, em condições de vida extremas, sem luz ou água, que mais de 200 mil pessoas povoam um campo que já tem 44 anos de idade.
O evento tem uma razão de ser ligada à solidariedade: uma parcela do valor das inscrições se transforma em orçamento para vários projetos de assistência. As condições da prova, é claro, são também pra lá de incomuns: em alguns trechos de dunas, as pernas afundam até os tornozelos. Todo esse esforço é realizado sob altas temperaturas e quase nenhuma sombra. Há também trechos em que os pedregulhos sabotam as tentativas de se manter estável.
Corredores experientes costumam afirmar que se trata de uma das provas mais duras do mundo — mas também a mais emocionante. Os cantos das mulheres saharauis de alguma forma impulsionam os batalhadores que cismam em desafiar a areia, e os sorrisos das crianças enternecem os mais sensíveis.
Maratona do Outback
Austrália – 21 e 42 km – 31 de julho
Ayers Rock, enorme monólito de arenito localizado no árido Red Centre, no Território do Norte, é o cenário de fundo deslumbrante para os corredores que se aventuram nessa prova. E bote enorme — 318 metros de altura e 10 km de circunferência. É um lugar sagrado para os aborígines, e calcula-se que tenha começado a se formar 550 milhões de anos atrás. Localiza- -se no interior do Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta, que abriga também 36 cúpulas de rocha vermelha (conhecidas como The Olgas).
Estamos praticamente no meio do nada — a cidade mais próxima é Alice Springs, a 450 km. O tipo de terreno varia ao longo do percurso: estradas de terra vermelha batida, trilhas no meio do mato e algumas dunas, que não são muito extensas nem altas, mas oferecem um desafio adicional. A perspectiva de ingressar num cenário desértico pode parecer intimidadora, mas as temperaturas não são das mais ingratas: mínimas oscilam em torno dos 4 °C, máximas na casa dos 20 °C.
Maratona de Christ-Church
Nova Zelândia – 21 e 42 km – 11 de abril
Com largada no Town Hall, o principal centro de eventos da cidade, a Maratona de Christchurch tem percurso majoritariamente plano, que inclui importantes pontos da maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia, como o Hagley Park e o rio Avon. Adorável e, ao mesmo tempo, importante, Christchurch é a terceira maior cidade do país, atrás apenas de Auckland e Wellington. Trata-se da mais rápida maratona da terra dos “kiwis” — e o mesmo se pode dizer da meia. As provas são certificadas pela World Athletics, o novo nome da Iaaf (Associação Internacional de Federações de Atletismo).
Os corredores que desejem esticar suas férias na Nova Zelândia devem ter em mente que é dessa cidade, equipada com um dos principais aeroportos da Ilha Sul, que parte a TranzAlpine, a mais famosa rota de trens do país. Por todos esses motivos, Christchurch é um ponto estratégico para roteiros de turismo.
Trail Verbier St. Bernard
Suíça – 31,43,73 e 111 km – julho
Esta prova é para quem realmente está bem condicionado (estamos falando de 2021, dá tempo!). O percurso, no coração dos Alpes Suíços, é coalhado por uma infinidade de subidas e descidas. A depender da distância escolhida, parte da quilometragem terá de ser encarada à noite. No caso da Grand Traverseé, o nome da ultra de 73 km, a largada é em La Fouly. Um eficiente serviço de transporte por ônibus apanha os corredores em Verbier e os leva até o pórtico de partida.
Os três primeiros quilômetros transcorrem em terreno pavimentado, com uma subida suave. A prova só começa de verdade por volta do km 5, e aí tomamos contato com um percurso tipicamente helvético — ou seja, com subidas das mais indigestas. Se serve como consolo, nesse ponto o panorama se descortina excepcionalmente belo. E é assim, sem fôlego por dois motivos (percurso acidentado e cenário deslumbrante) que o intrépido corredor inscrito nessa prova vai se conduzir até a chegada.
Maratona de Dingle
República Dominicana – 21 e 42 km – 8 de maio
Estradas repletas de subidas e descidas, com uma ladeira enjoada no 35º km. Já deu para perceber que você só pode pensar em recorde pessoal se esta for a sua primeira maratona — e não se aconselha que você a escolha para fazer seu batismo. Mas os predicados de Dingle, uma das cidades mais encantadoras da Irlanda, compensam o sofrimento. A vista das ilhas Blasket arranca suspiros, tamanha a beleza. A perspectiva da Wild Atlantic Way é outra fonte de oxigenação do cérebro, e todos sabemos que felicidade de corredor tem a ver com isso.
Ao deixar a cidade, pisa-se sobre a ponte de Milltown, atravessa-se o bosque de Burnham até chegar à vila litorânea de Ventry, onde se divisa o azul do céu e o do mar, com direito a avistar as gaivotas. Em seguida, contemplamos o forte de Dunbeg, que antecede outro cenário inesquecível: um senhor penhasco de um lado, o Oceano Atlântico do outro. Quem opta pela meia encerra a aventura na vila de Dunquin: é só descer uma suave colina. Muita gente se presenteia com uma Guinness no Kruger’s Pub.
Os maratonistas são punidos com uma escalada de uma milha, mas depois recebem a recompensa: mais um encantador vilarejo chamado Ballyferriter. A Irlanda é uma dádiva.
Maratona do Everest
Tibete/Nepal – 42 km – 29 de maio
A Tenzing-Hillary Everest Marathon, criada em 2003, é reservada para corredores incomuns. Há uma série de pré-requisitos que norteiam a seleção dos corredores autorizados a participar. O candidato deve preencher um formulário e listar seu currículo em maratonas e provas de montanha, relatando distâncias, tipos de terreno, tempo, colocação. Quem tem experiência restrita ao asfalto não deve nem se dar ao trabalho de baixar o arquivo. A prova é realizada no dia 29 de maio porque foi nessa data, no ano de 1953, que Tenzing Norgay e Edmund Hillary conquistaram o Everest.
A largada é no campo de base, a 5.364 metros de altitude. Percorrem-se trilhas cobertas por neve até a linha de chegada em Namshe Bazaar, 2 mil metros abaixo. Esses aspectos tornam a prova peculiaríssima, porque percorrer os quilômetros iniciais, com metade do oxigênio disponível ao nível do mar, pode ser mais difícil do que palmilhar os finais.
Maratona do Kauai
Havaí – 21 e 42 km – setembro
Larga-se no escuro, antes das 5h da manhã. O inconveniente de acordar tão cedo é plenamente neutralizado por um nascer do sol fabuloso. O percurso? Caso você seja do tipo que se cansa com excesso de beleza, poderá até se sentir entediado. Afinal, há uma sucessão de paisagens de cair o queixo: praias, picos vulcânicos e florestas tropicais.
Um dos pontos altos é a passagem por um túnel formado por eucaliptos, com 1,6 km de extensão. Por ter cobertura vegetal amplamente preservada, Kauai é conhecida como a Garden Island.
Trata-se de um paraíso tropical. E é salutar que o corredor se encante visualmente, até mesmo para que não se concentre no esforço físico exigido pelos 11 km iniciais de subidas. Perto do final, duas ladeiras solicitam uma dose maior de empenho, que precede uma muito bem-vinda e longa descida até a chegada. Que é na praia, claro.
Maratona internacional da Patagônia
Chile – 10,21 e 42 km – setembro (data a ser confirmada)
A Maratona da Patagônia é uma variedade infinita de tons da paleta de cores empregada para “decorar” o cenário natural. O trajeto serpenteia majestosos picos cobertos de gelo, geleiras, lagos multicoloridos, fiordes, ilhas e florestas. A depender do momento do dia, o brilho da luz do sol refletido no gelo cria tons de azul diferentes entre si.
A corrida tem início ao pé do colossal Monte Almirante Nieto, com seus 3.000 metros de altura, no lado chileno da Patagônia, junto ao Parque Nacional Torres del Paine — que tem a reputação de ser um dos cinco mais belos do mundo. Boa parte do percurso transcorre em terreno asfaltado, com um pequeno trecho em terreno de brita. A sensação de correr enchendo os pulmões com um ar tão puro é outro fator que torna a Maratona Internacional da Patagônia muito especial.
Leia mais
Uma viagem ao coração africano em busca de aprendizado
Os personagens que habitam as corridas de rua
21K Llao Llao: meia maratona em paraíso na Argentina
PUBLICIDADE
Por Zé Lúcio Cardim
The post Sonhe com 10 corridas internacionais de 2021 appeared first on Ativo.
o conteúdo Sonhe com 10 corridas internacionais de 2021 é original de ativo
from WordPress https://ift.tt/3heDmzu via IFTTT
0 notes