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Como a perseguição de gatos pela Igreja contribuiu para a disseminação da peste negra
A peste negra, que devastou a Europa no século XIV, é uma das pandemias mais mortais da história, resultando na morte de milhões e alterando para sempre a estrutura social e econômica do continente. Entre os fatores que exacerbaram a disseminação da peste está um menos conhecido, mas curioso: a perseguição de gatos pela Igreja. A conexão entre a matança de gatos e a disseminação da peste não pode ser ignorada, especialmente quando se considera o papel crucial que esses animais desempenharam no controle de roedores, os principais vetores da doença.
O contexto da perseguição de gatos Durante a Idade Média, a Europa cristã foi profundamente influenciada pela Igreja Católica em todos os aspectos da vida, incluindo crenças e superstições. A partir do século XIII, os gatos começaram a ser vistos com suspeita, especialmente pela Igreja. Gatos, principalmente os pretos, tornaram-se associados à bruxaria, paganismo e demônios. Essa conexão entre gatos e o mal sobrenatural foi alimentada por líderes religiosos, que viam a reverência desses animais, especialmente em comunidades pagãs e em partes da Europa Oriental, como uma ameaça à ordem cristã.
A caça às bruxas, que ganharia força nos séculos seguintes, já estava começando a criar raízes na mentalidade medieval europeia. Acreditava-se que as bruxas podiam se transformar em gatos ou usá-los como familiares (criaturas demoníacas que auxiliavam em rituais mágicos). Como resultado, os gatos começaram a ser caçados, mortos e eliminados em grandes números.
O papel dos gatos no controle de pragas O que as pessoas medievais podem não ter entendido foi o papel vital que os gatos desempenhavam na manutenção do equilíbrio ecológico em cidades e vilas. Ao caçar roedores, como ratos e camundongos, os gatos ajudavam a manter as populações desses animais sob controle, que eram hospedeiros de pulgas infectadas com a bactéria Yersinia pestis — a causa da peste bubônica.
Com a eliminação dos gatos em muitas regiões, as populações de ratos começaram a crescer descontroladamente, sem predadores naturais para conter seus números. Como os ratos eram os principais vetores da peste, carregando pulgas que podiam transmitir a doença aos humanos, o aumento desses roedores foi um fator significativo na rápida disseminação da Peste Negra.
A Peste Negra e a Europa Quando a Peste Negra começou a se espalhar pela Europa em 1347, levada por mercadores da Ásia Central, ela encontrou um continente já enfraquecido por fomes e conflitos. A doença, que causava febre alta, gânglios linfáticos inchados (bubões) e morte rápida, devastou rapidamente as populações urbanas e rurais.
A peste se espalhou com uma velocidade assustadora. Estima-se que entre 30% e 60% da população da Europa morreu durante o surto, com algumas regiões perdendo até 80% de seus habitantes. As condições insalubres nas cidades, a superlotação e a falta de compreensão sobre como a doença se espalhava tornaram mais fácil para a peste devastar comunidades inteiras.
Embora os roedores fossem os principais vetores, a ausência de gatos para controlá-los contribuiu significativamente para a explosão da população de ratos, piorando a disseminação da doença.
A Igreja e a Superstição Embora a Igreja tenha desempenhado um papel vital na vida espiritual da Europa medieval, ela também ajudou a perpetuar superstições que, indiretamente, contribuíram para a catástrofe da peste. Ao alimentar o medo dos gatos como agentes do diabo ou símbolos de bruxaria, a Igreja involuntariamente causou um desequilíbrio ecológico mortal.
A crença de que a peste era uma punição divina também prevaleceu entre o clero. Em vez de buscar explicações racionais ou naturais para o surto, muitos líderes religiosos encorajaram penitência pública, procissões e atos de fé como formas de apaziguar a ira de Deus. Essas práticas não apenas falharam em lidar com a crise, mas muitas dessas reuniões coletivas, que reuniam grandes multidões, facilitaram ainda mais a disseminação da doença.
O Impacto da Perseguição e a Longa Recuperação A caça de gatos, motivada pela superstição e pelo medo religioso, foi apenas um dos muitos fatores que exacerbaram a devastação da Peste Negra. No entanto, ela destaca a relação entre práticas culturais e o impacto ecológico na saúde pública. A Europa medieval levou séculos para se recuperar dos efeitos da peste, tanto em termos de população quanto de estrutura social.
Eventualmente, crenças supersticiosas começaram a ser questionadas e o papel dos gatos no controle de roedores foi redescoberto, a população de gatos cresceu novamente. No entanto, o dano já havia sido feito: a falta de controle natural de pragas durante o surto de peste ajudou a garantir que a doença se espalhasse de forma mais agressiva e devastadora do que se os gatos tivessem sido preservados.
Conclusão A perseguição de gatos pela Igreja durante a Idade Média, alimentada por crenças supersticiosas e medo do sobrenatural, contribuiu inadvertidamente para a disseminação da Peste Negra ao eliminar um dos principais predadores de ratos, a Igreja abriu a porta para um boom populacional de roedores, o que por sua vez ajudou a propagar a doença. Este episódio serve como um lembrete de como as crenças culturais podem ter profundas consequências ecológicas e de saúde pública, muitas vezes de forma não intencional.
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Servidores da Prefeitura de Três Corações participam de 40 edição de Romaria a Aparecida/SP
Servidores da Prefeitura de Três Corações participam de 40° edição de Romaria a Aparecida/SP https://ift.tt/Jm1l38o Entre os dias 23 a 29 de julho, servidores da Prefeitura de Três Corações participaram de mais uma edição da Romaria a pé a Aparecida/SP. Essa é a 40ª edição da já tradicional romaria, que acontece desde 1982. Nos anos de 2020 e 2021, devido à pandemia de covid-19, as edições foram canceladas, retornando ano passado. Os romeiros saíram de Três Corações no dia 23 de julho e, durante sete dias, seguiram por um trajeto que passa por diversas cidades de Minas Gerais e interior de São Paulo, até chegar a Aparecida. Durante o percurso, os romeiros também foram acompanhados das equipes de apoio que auxiliam na alimentação, hidratação e em caso de possíveis incidentes de saúde. A caminhada se encerrou no sábado, dia 29 de julho, com a celebração de uma missa, na Basílica de Aparecida e, logo após, retornaram para o município. A Prefeitura de Três Corações presta sua homenagem aos romeiros, à equipe de apoio e também à comissão organizadora por manter viva essa tradição de fé e devoção. via Prefeitura de Três Corações - Notícias https://ift.tt/CgGwbPv August 02, 2023 at 04:28PM
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O aviso contido no Apocalipse de João
O Livro do Apocalipse foi escrito pelo Apóstolo João, e o espírito Miramez faz uma interpretação quanto ao seu significado na época contemporânea.
Uma interpretação para o Apocalipse de João. João Evangelista foi um dos discípulos de Jesus. Foi perseguido e preso pelo Império Romano, e em seguida exilado por muitos anos na ilha de Patmos. Depois de libertado, foi então viver na cidade de Éfeso, de tempos em tempos voltava à pequena ilha. E foi ali que João Evangelista escreveu o Apocalipse. A palavra “apocalipse” é de origem grega e…
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#Apocalipse de João#manter fé durante pandemia#Miramez e João Evangelista#pandemia e apocalipse#pandemia e transição planetária#reforma íntima e transição planetária
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A completude que todos procuramos ❤️
O mundo mudou durante a pandemia e continua mudando, caminhando para o pós pandemia.
Percebemos que é essencial cuidar da nossa saúde física, se manter saudável e não só irmos ao médico quando estivermos doentes.
Muitos de nós buscou acompanhamento psicológico, a famosa terapia também durante a pandemia.
Alguns estão buscando agora ou ainda buscarão um dia.
Percebemos que se não estamos bem em um aspecto, acaba afetando outras áreas da nossa vida.
Acredito que já nos conscientizamos que as emoções importam, que elas afetam até mesmo o nosso físico.
Pois bem, minha reflexão é:
Já despertamos para a necessidade de cuidar da nossa saúde física e emocional.
Quando despertaremos ou daremos a devida atenção a nossa vida espiritual?
Nós somos espírito, alma e corpo.
Duas questões já estão encaminhadas, mas somente elas não nos completam.
Fomos criados para ter relacionamento com o divino, com o criador... Aquele de Gênesis 1, lembra?
Mas, estamos vivendo nossas vidas bem longe dEle.
Resolvemos questões físicas e emocionais, batalhamos incessamente para alcançar bens materiais e status social.
Nos julgamos abençoados e próximos de Deus, só por sermos pessoas de bem, que não querem ou fazem o mal a alguém.
Verdade seja dita, as nossas boas ações não podem nos aproximar de Deus.
Só existe um meio de nos achegarmos a Ele:
" Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim."
Para se aproximar de Deus, precisamos ir até Jesus, Ele é a ponte, o único intermediador.
Precisamos ir até Ele, lembrando que Jesus já fez tudo, já pagou a nossa dívida e nos garantiu acesso.
Ele fez tudo, nós precisamos reconhecer humildemente que somente Ele pode nos levar até o Pai.
Vou dar um exemplo pessoal para exemplificar:
A terapia me ajudou a entender e a aceitar coisas que eu não poderia mudar, fatos que já ocorreram e não poderiam ser mudados. Consegui relaxar mais fisicamente, tive menos dores de cabeça, maaaas, perdoar ...
Perdoar só Deus pode me ajudar nesse quesito, eu não queria, eu tinha as minhas razões e motivos, eu estava ofendida e magoada.
Mas, aprendi que eu também não merecia o perdão de Deus e Ele me perdoou.
Entendi, que eu negasse o perdão a alguém, Deus também não me perdoaria.
Entretanto, isso não se faz só de forma racional, mas com fé e a força de Deus.
Porque se dependesse de mim, seria muito difícil.
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:15
Escrevi todo esse texto para nos fazer entender que não adianta cuidar de uma parte ou outra da nossa vida, precisamos cuidar do todo.
Espero que a gente desperte espiritual, emocional e fisicamente.
E que possamos encontrar a completude que todos procuramos ❤️
#madrugada#vidacomdeus#vidacompleta#espiritualidade#pandemia#mudancas#terapia#fe#asi es la vida#truelife#perdao#aperegrina
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Compreender Cultos no Covid
É compreensível que para pouparmos palavras nos tenhamos habituado durante a pandemia a falar em celebrações religiosas/missas/serviços de culto online. O problema é que se abdicarmos de algum o rigor com os termos acabamos, bem intencionadamente, a tratar mal o assunto. Com tanta coisa a encerrar durante o último ano, a religião resistiu. A verdade é que os religiosos, fazendo por manter activo o seu credo durante esta crise, podem contribuir para confundi-lo com o que ele não é, se não se derem a algum trabalho de explicação. E não compreender a religião não faz bem nem a crentes nem a descrentes, seja em 2020, em 2021 ou noutro ano qualquer. Daí o esforço deste texto.
Vejamos rapidamente aquilo que os cristãos acreditam que está a acontecer quando se juntam na sua cerimónia religiosa (o termo “cerimónia religiosa” é vago e irritante mas serve agora para o efeito). E, para que fique claro o que os cristãos acreditam que acontece quando celebram juntos, convém fazer uma distinção importante entre duas tradições históricas da cristandade: Católicos e Protestantes (os Ortodoxos estão fundamentalmente de acordo com os Católicos nesta questão). Católicos juntos têm uma missa. Protestantes juntos têm um serviço de culto (termo genérico tendo em conta a grande diversidade dentro do movimento Protestante onde, por exemplo, a palavra “missa” poderia ser usada por Luteranos).
Quando Católicos têm uma missa, o que de mais importante acontece é a convicção de que quando a Eucaristia é celebrada (a hóstia comida e o vinho bebido), Jesus Cristo está lá mesmo, fisicamente, no pão e no vinho (é isso que a transubstanciação sustenta). Os Católicos acreditam que de cada vez que se reúnem existe um milagre—um milagre mesmo, o fisicamente inexplicável a acontecer.
Quando os Protestantes cultuam (e uso o termo “Protestantes” quando podia usar o termo “Evangélicos”), Jesus Cristo não está lá milagrosamente transubstanciado no pão e no vinho (neste sentido, as celebrações Protestantes não garantem qualquer milagre—o que torna ainda mais irónico que num contexto Católico as pessoas se ofendam com Igrejas Evangélicas que publicitam a possibilidade de milagres quando a missa Católica sempre dependeu da certeza de um estar garantido). Ainda nesta medida, na celebração religiosa dos Protestantes a presença de Cristo é sobretudo garantida pela pregação da Bíblia porque, como explica o início do Génesis, é a palavra que dá origem às pessoas e não o contrário (não é a Igreja que garante o Verbo, Jesus, mas é o Verbo que garante a Igreja). Isto também significa que, comparado com a missa Católica, o culto Protestante não afirma o mesmo tipo de presença física de Jesus; mais até: o culto Protestante, ao mesmo tempo que afirma que Cristo está na Igreja, celebra também a ausência dele (intensificando a espera por um tempo que será muito superior a este por finalmente Cristo estar física e plenamente connosco). O culto Protestante tem um twist dançante entre presença e ausência de Jesus que torna o Protestantismo mais sensível a vias negativas—mas essa é outra conversa.
O que interessa sublinhar nestas diferenças é o seu consenso: para que Católicos e Protestantes adorem, é preciso presença. Mesmo que debatam os tipos de presença que Cristo pode ter quando os crentes se juntam, Católicos e Protestantes concordam que celebrá-lo implica um carácter físico nos crentes. Porquê? Católicos e Protestantes, ao acreditarem que Cristo ressuscitou, colocam numa realidade física o fundamento da sua adoração, realidade física essa visível no facto de Cristo estar na Igreja e isso convocar a que o crente esteja nela também (também foi nestes assuntos que Jesus andou ao tratar das dúvidas de um Tomé que, não estando fisicamente onde deveria ter estado, andou mais tempo convicto de que Cristo não tinha ressuscitado). Adorar mesmo é estar em carne e osso.
Sem querer apimentar estas linhas, mas tendo em conta que falamos da importância dos nossos corpos, não resisto a uma comparação: um cristão pode tanto ter uma missa ou um serviço de culto em forma online como uma pessoa qualquer pode fazer amor online. Tentar pode, mas suspeito que não é a mesma coisa. É por isso que o Cristianismo é uma fé mais obcecada pelo corpo do que pelas ideias. Ideias podem ser partilhadas à distância mas a fé tem de ser partilhada ao vivo. Escrevo enquanto cristão mas sei que outras confissões religiosas não-cristãs, não tendo o mesmo credo que eu, dependem também de um carácter físico para que as suas celebrações possam ser realmente vividas enquanto tal. Os crentes, independentemente da sua confissão, não estão a ser caprichosos quando procuram que os serviços religiosos se concretizem mesmo: é a própria natureza da celebração que o exige. Nesta medida, é preciso dizer sem equívoco que não existem cultos online; quando muito existe uma transmissão deles via internet.
Numa época em que pareceu mais prudente à maioria prescindir de adorar colectivamente, facilitámos o uso das tais expressões como “missas/serviços de culto/celebrações religiosas online”. O meu propósito neste texto não é questionar a prudência da interrupção passada, mas o modo como o uso irreflectido desta expressão alimenta um conceito errado que, em último grau, impede que crentes e descrentes se compreendam melhor em nova crise de encerramentos ou distanciamentos sociais. Parece-me um erro chegarmos a um ponto em que se pensa que a religião pode ser garantida da mesma maneira que o teletrabalho. Afinal, quando sentimos o prejuízo de a nossa liberdade poder ser legitimamente condicionada, é difícil resistir à tentação de limitar a liberdade do meu vizinho religioso de acordo com critérios não-religiosos. Ou seja, num Portugal em que mais de 70% da população, com viço variável é certo, se diz cristã, o modo como muitos escolherão honrar essa convicção não prescindindo das suas celebrações religiosas pode irritar todos os outros. O problema de equivaler ir à missa/ao culto com ir a um concerto ou outro evento cultural é optar, mesmo que inconscientemente, por ser indiferente a algo tão qualitativamente distinto para uma parte considerável do país que somos.
Honestamente, acho que é inútil tentar convencer uma pessoa sem religião acerca da pertinência de manter as celebrações dela num quadro pandémico destes. No geral, crentes e descrentes discordarão com ou sem pandemia (aliás, crentes já discordam entre si quanto a isto). Mas não é propriamente isso que agora se insinua nas discussões de muita gente. O que está em causa não é tanto concordar se a religião se deve manifestar socialmente quando as distâncias importam (em último grau, essa deve ser uma decisão das autoridades, que, por exemplo, quando foi tomada há perto de um ano, foi prontamente cumprida por todas as comunidades religiosas); o que está em causa é mais se quando me manifesto socialmente uso a religião para criar mais distâncias ainda. Isto vai de crentes para descrentes, e de descrentes para crentes.
Os crentes devem estar prontos para a possibilidade de fechar a porta dos seus lugares de culto, como já aconteceu. Os crentes não devem usar a sua religião para se inconciliarem com quem não crê. Se os crentes, no entanto, não devem querer impôr o seu direito de culto independentemente do que ele pode provocar nos seus e nos outros, o mesmo se aplica a descrentes. Para os últimos gostaria que pudessem ser sensíveis a esta distinção: não crer em religião alguma é uma coisa; outra é não querer compreender aquilo que é específico nela e que, por muito que a cultura ocupe um lugar importante para tantos de nós, não é igual. O que está em causa é, pelo menos, tentar compreender e não necessariamente concordar. Compreender é provavelmente o melhor que conseguimos quando concordar, com ou sem pandemia, já nos parece impossível. Se medirmos as liberdades uns dos outros sem qualquer desejo de querer compreendê-los podemos ter a certeza que a crise de Covid irá muito além de quando já todos estivermos imunes a ele.
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Após um ano tumultuado, Lili Reinhart está aprendendo a nadar em meio à dor.
“Não sou o ser humano que era há quatro meses”, disse Lili Reinhart durante uma recente ligação no Zoom. A atriz de 23 anos mudou-se recentemente para sua primeira casa em Encino, CA, onde passou a maior parte dos últimos cinco meses presa. É lá que ela está passando tempo com seu amado filhote adotado, Milo, ampliando seu grupo de amigos (“Recentemente fiz amizade com uma estrela pornô!”), E meditando sobre seus dois próximos projetos intensamente pessoais: Swimming Lessons, seu primeiro livro de poesia que será lançado 29 de setembro, e Chemical Hearts, um drama adolescente dolorosamente terno que estreia em 21 de agosto na Amazon.
Juntos, Swimming Lessons e Chemical Hearts atuam como uma dupla apresentação, apresentando outro lado de Reinhart ao mundo. Mais conhecida por seu papel como Betty Cooper na popular série da CW, Riverdale, Reinhart também teve reviravoltas memoráveis no filme indie Miss Stevens de 2016 e no sucesso de 2019 Hustlers. Embora seu novo trabalho pareça mais pessoal do que qualquer outra coisa que ela já fez, também parece uma evolução orgânica não apenas de seus papéis anteriores, mas também de sua experiência de vida. É por isso que, para entender esse nova Reinhart, é preciso entender a antiga Reinhart. E por “velho”, quero dizer jovem.
Nascido em Cleveland, Ohio em 1996, Reinhart sempre foi uma artista. Desde cedo, ela recebeu votos de confiança de sua família e amigos para seguir a carreira de atriz. Ela começou a fazer audições em Cincinnati e Pittsburgh antes mesmo de ser adolescente, o que a levou a reservar seu primeiro curta-metragem em Nova York em 2010. O interesse de Reinhart em atuar é tão inato que ela não se lembra de ter pedido para fazer um teste, ou ter que implorar para sua mãe levá-la em uma viagem de oito horas para Nova York de Cleveland para a audição - era apenas algo que foi compreendido. “Minha mãe realmente acreditou em mim por algum motivo”, diz ela. “Acho que preciso perguntar à minha mãe: 'Como você pôde ter tanta fé em mim a ponto de dirigir oito horas para Nova York em sua minivan azul, enquanto eu fazia você ouvir músicas de Glee o dia todo, o que tenho certeza que era chato pra caralho?”
Reinhart se mudou para Los Angeles aos 16 anos para morar em uma casa com outros jovens atores em dificuldades, onde conseguiu alguns papéis independentes (Not Waving But Drowning, Kings of Summer) e um papel recorrente na curta série de TV Surviving Jack. “Foi deprimente”, diz ela sobre sua experiência em Los Angeles quando adolescente. “Quando me mudei para Los Angeles, minha ansiedade era tão forte que eu vomitava todas as noites.” Entre ansiedade, depressão e rejeição, Reinhart pensou em desistir de atuar. Sua perseverança valeu a pena; aos 19 anos, ela conseguiu um papel em Riverdale e foi imediatamente considerada um "sucesso da noite para o dia". Naquela época, Reinhart já havia trabalhado como atriz por metade de sua vida.
“Você vê o sucesso de alguém e pensa: Oh merda, foi tão fácil para eles”, diz ela, lembrando-se da narrativa sobre a ascensão de sua carreira. "Não. Não foi. Entre [12 e 19], eu estava lidando com os “nãos”. Eu estava falida. Eu não estava mentalmente bem.” E embora ser conhecida em Riverdale resolveria um tanto rapidamente o primeiro desses dois problemas, os problemas de saúde mental nunca serão resolvidos da noite para o dia; eles levam tempo e cuidado para resolver. É por isso que, com Riverdale tendo ocupado totalmente os últimos quatro anos de sua vida, só agora, durante a pandemia, Reinhart conseguiu encontrar um momento para realmente refletir. “Esta foi a primeira vez em quatro anos que consegui parar e processar as imensas mudanças de vida pelas quais passei”, diz ela.
Reinhart está falando comigo sentada em cima de um sofá enorme, uma das poucas peças de mobília em sua sala de estar ainda escassamente decorada, sua nova casa parece a lousa em branco perfeita para seguir em frente com o que ela me disse que parecia um “túnel negro [isso] nunca iria acabar.” Ela diz: “Eu não conseguia ver a luz. Eu estava tipo, eu sinto que estou morrendo. Foi difícil pra caralho, e não há outra maneira de passar além disso. Já vi muitas pessoas quando se trata de sofrimento, tristeza e rompimentos, e elas tentam preencher esse vazio com sexo, drogas, comida, bebida, [mas] o vazio ainda está lá. Peguei a estrada menos percorrida e apenas lidei com meus problemas. Eu tive que enfrentar minha própria dor de frente.”
Dor - de um teérmino, de perda, de trauma - é algo que Reinhart não tem medo de explorar em seu trabalho. Tanto em Riverdale quanto em Hustlers, Reinhart trouxe profundidade a uma personagem animada da vizinhança, explorando as muitas facetas da adolescência. Chemical Hearts, porém, oferece uma visão diferente de como a dor se manifesta em uma pessoa, e é exatamente isso que Reinhart amou, que não era um "drama de nicho de 16 anos", diz ela. “Se eu fosse fazer um filme sobre o ensino médio, teria que ser cru e emotivo. Em Riverdale tudo é muito rápido. Esse filme não é assim. É mais lento, mais pé no chão, e tem mais silêncio”
Baseado em um romance da autora australiana Krystal Sutherland, Chemical Hearts é um filme sobre o primeiro amor. É também sobre o tipo de rompimento extremamente doloroso que pode fazer alguém que está passando por um rompimento por conta própria desistir para se proteger. Mas não para Reinhart - foi exatamente isso que a atraiu.
Em Chemical Hearts, Henry Page, um cara genial interpretado por Austin Abrams de Euphoria, narra sua trágica história de amor com a nova estudante Grace Town, interpretada por Reinhart. Henry nunca pensou muito sobre o amor até Grace se transferir para o colégio e ser recrutada para trabalhar no jornal da escola como sua co-editora-chefe. Henry se apaixona pela figura misteriosa e sua cópia esfarrapada de 100 Love Sonnets. Enquanto Henry é o tipo de cara que almeja ter sua própria manic pixie dream girl, o filme, e Reinhart, vão para outra direção, longe dessa armadilha, fazendo com que Grace alcance e vá além dos devaneios que ele tem, quando está com ela.
O roteirista e diretor do filme, Richard Tanne, diz que Reinhart era perfeita para o papel, mas me diz, por telefone, que ela trouxe algo mais do que apenas suas habilidades de atuação. Quando ele a conheceu em Vancouver, “ela era muito modesta”, diz ele, “e muito determinada a fazer uma obra de arte significativa. Lembro de me sentir muito encorajado por nós dois querermos abraçar a escuridão e a tragédia que permeia o livro.” Os dois concordaram que adicionar fios de escuridão de filmes românticos como Blue Valentine, Blue Is the Warmest Color e Alfred Hitchcock's Vertigo iria falar com o tipo de filme adolescente que cada um queria criar.
O resultado é uma história de amor profundamente melancólica, mais The Virgin Suicides do que The Kissing Booth, em que tanto a comunicação acontece em silêncios desconfortáveis e tomadas precisamente compostas quanto no diálogo. Como Grace, Reinhart fala com moderação, transmitindo profunda tristeza de maneiras sutis, mas poderosas. Para se transformar na menina de coração partido que se protege do mundo, Reinhart adotou um pouco o método ("Eu não sou Daniel Day-Lewis") e abraçou totalmente suas próprias experiências recentes com a perda - um término doloroso e o fim de uma amizade - para realmente deixar Grace assumir.
“Foi um equilíbrio delicado mostrando essa garota que está claramente sofrendo, mas não a retratando como uma megera”, diz Reinhart. “Uma garota não tem um sorriso no rosto [e] as pessoas dizem: ‘Sorria’. É tipo, vá se foder.”
Reinhart provavelmente adoraria dizer “vá se foder” para algumas pessoas - ou melhor, para alguns milhares. Por mais que ela tenha tentado manter sua vida privada, seu romance intermitente com seu colega de trabalho e amigo, Cole Sprouse (aquela capa da W Magazine foi há um ano), levou a um intenso público escrutínio, com incontáveis estranhos dando opiniões desinformadas sobre assuntos altamente íntimos. Para ser honesto, "foda-se" provavelmente seria uma resposta educada a parte do que foi deixado nos comentário do Instagram de Reinhart. E, além de tudo isso, Reinhart está lidando com a verdadeira turbulência associada a deixar um relacionamento.
“Nos últimos meses, eu estive mais emocional do que já estive na minha vida toda, e minha terapeuta me disse ‘Seu corpo está passando por uma abstinência de amor’, ela disse. ‘Você está acostumada a ter essa troca de substâncias químicas felizes com a pessoas com quem você esta’. Em alguns momentos da minha vida já larguei todo orgulho que tinha para falar “Me ame, por favor, suma com essa dor nem que seja por um dia, um segundo, uma hora, só para eu me sentir feliz de novo”
Enquanto ela diz isso, Reinhart está recostada casualmente no encosto do sofá. Quanto mais vulnerável ela fica, mais confortável ela parece. Sem maquiagem em uma camiseta branca, seu cabelo úmido e naturalmente levemente encaracolado ao redor do rosto, Reinhart não parece uma atriz treinada em mídia, com prática em fornecer respostas prontas e curtas: ela parece livre e aberta, como uma artista.
Reinhart escreveu muitas poesias no set de Chemical Hearts, usando o tempo entre as gravações para se expressar de uma maneira diferente e criativa. E mesmo que sua vida tenha imitado a arte por anos - “Quando eu tinha 18 anos, em um momento eu realmente pensei em ser uma stripper”, diz ela, referindo-se a Hustlers - parece estranhamente com o destino que seu primeiro livro de poesia seja lançado na mesma época que seu papel principal como uma jovem escritora e amante da poesia. É arte imitando a vida ou é apenas... vida? Seja o que for, é opressor. “A coisa mais vulnerável que já fiz foi publicar um livro de poesia onde basicamente são meus pensamentos e sentimentos mais íntimos escritos no que, eu acho, é uma bela forma”, diz ela, quase rindo da ideia de seus futuros haters “julgando ela por isso”.
A capacidade de Reinhart de rir dos haters da Internet é uma cortesia de anos de experiência. Recentemente, ela gentilmente lidou com comentaristas do Instagram criticando sua aparência, perguntando se ela estava grávida porque postou uma foto de maiô - ela não está, ela simplesmente não tem um "estômago reto" e não deixa uma balança ditar sua vida. Ela está acostumada com a atenção negativa agora, e aprender a lidar com isso claramente a deixou mais forte. Isso também significa que ela não se importa se ficar aquém da ideia de outra pessoa sobre o que é um poeta. “Eu nem me chamo de poetisa”, diz ela. “Escritora”, no entanto, acerta o alvo.
Qualquer que seja o nome dela, a entrada de Reinhart na poesia vem do que ela chama de "poesia de máquina de escrever" - pense, a obra relacionável e citável que você viu em seus feeds, de escritores como Tyler Knott Gregson, Michael Faudet e Lang Leav, que combina a estética de uma nota feita à mão com as qualidades líricas de sua música favorita sobre término. Reinhart e Leav, uma romancista e poetisa cambojana-australiana que ficou famosa no Tumblr e no Instagram por seus poemas de amor relacionáveis, conectaram-se pela primeira vez nas redes sociais e agora estabeleceram uma amizade virtual. Leav recentemente pediu a Reinhart para escrever o prefácio de seu próximo livro, September Love, sobre - o que mais - relacionamentos,término e desejo secreto. “O prefácio que ela escreveu foi dolorosamente sincero e pessoal”, Leav me disse por e-mail. "Era como se a voz dela sempre tivesse feito parte do livro."
Leav também elogiou Swimming Lessons de Reinhart, bem como sua capacidade de existir de forma criativa, apesar do olhar crítico do público. “Sua poesia é tão crua e honesta. Possui uma qualidade etérea que é rara e maravilhosa”, diz Leav, continuando, “De uma forma resumida, posso me relacionar com algumas de suas experiências nos últimos anos, sendo mulher e sob os holofotes do público. A mídia social às vezes pode ser cruel. É uma cultura hipermoralista e profundamente hipócrita. Estou impressionado com a forma como Lili lida com tudo isso com tanta maturidade e graça.”
A introdução de Swimming Lessons é um exemplo de Reinhart assumindo o controle de sua narrativa antes que uma indesejável possa ser imposta a ela pelos leitores; nele, ela deixa bem claro que sua escrita não é simplesmente uma confissão pessoal. Betty Cooper não é real, nem a Lili Reinhart que existe em sua poesia - as emoções são a única verdade que importa. Embora Reinhart escreva sobre a dor de um coração partido, ela adverte que isso não deve ser lido como um comentário sobre um relacionamento em particular - mesmo que ela não consiga impedir o mundo de pensar assim. “Senti a necessidade de escrever isso porque estava com medo - e estou com medo - de que as pessoas tentassem criar sua própria ideia de como minha vida amorosa era ou como seria”, diz ela. “Eu não estou dizendo, meu namorado fodeu outra mulher. Estou dizendo, me senti traída.”
Mas Swimming Lessons não oferece apenas vislumbres tentadores da história romântica de Reinhart, real ou imaginária, tem um núcleo emocional mais profundo, sugerido na dedicação do livro. Reinhart diz que escreveu para sua Avó: “Ela faleceu há dois anos. Ela teria adorado isso. Ela adorava me ouvir cantar quando criança. Este livro é como eu cantando. É a minha voz vindo de uma palavra escrita.”
Usar a voz de maneira criativa é uma habilidade que ela também está aprimorando em futuros filmes e projetos de TV. Seria fácil para Reinhart apenas colocar seu nome em um filme e ficar de fora das conversas difíceis, mas em vez disso, ela está se aprimorando. Reinhart sugere um próximo projeto com a Netflix, onde ela assinou contrato para produzir um filme com uma diretora negra. Trabalhar em projetos com mulheres poderosas não é novidade para Reinhart - ela trabalhou com quatro mulheres diretoras e tem uma equipe só de mulheres - mas agora ela está mais consciente de se certificar de que seus projetos futuros sejam diversos de maneiras que vão além da inclusão de gênero. “Asha [Bromfield, que interpreta Melody em Riverdale] fez um bom ponto, onde há uma ideia de que se você tem um negro em seu filme, você é bom, cobriu todas as bases. Como se um negro fosse representante de toda a raça”, diz ela, incrédula. “Isso foi impressionante para mim, porque eu não estava olhando para as coisas dessa forma, porque eu sou branca pra caralho, e não fui criada para olhar dessa forma.”
Mas agora ela está se forçando a ver as coisas dessa maneira e usando seu poder institucional para elevar outras pessoas. “Sou uma mulher branca e quero tornar meus filmes diversos”, diz ela, acrescentando: “Eu produzo especificamente me certificando de que, quando tenho um personagem que não é branco, não é de forma alguma contribuindo um estereótipo que já existe. Acho que é o que posso fazer na minha posição.” Reinhart, que se declarou bissexual em junho, diz que isso também se aplica a papéis e atores LGBTQ+.
“Fiz questão de tornar esse momento da minha vida, essa pandemia, essa quarentena útil de alguma forma”, diz ela. “Eu olhei muito para mim e realmente trabalhei em mim mesma e posso sentir que cresci muito. Até mesmo a maneira como estou pensando é diferente e sou menos crítica e estou mais aberta para conhecer novas pessoas. Eu saí do meu caminho para tentar me melhorar como ser humano.”
As filmagens da quinta temporada de Riverdale começam em breve, mas Reinhart tem seus olhos voltados para além da série enquanto continua a moldar sua carreira de atriz e produtora. Mas isso não significa que ela terminou de escrever: ela já terminou seu segundo livro de poesia. E quando se trata de compartilhar ainda mais de si mesma com o mundo, ela diz: “Estou pronta”.
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Friends Church - Pavilion, Coffee Shop - Yorba Linda, CA
BY: @lpainc @agigc @friends_church
A Friends Church em Yorba Linda, Califórnia, tinha um problema: faltava uma porta de entrada. “A melhor maneira de descrevê-la é que era uma igreja projetada como um shopping center”, diz Jeremy Hart , Diretor de Civic + Cultural da LPA. “Era uma grande caixa multifacetada, construída no início dos anos 2000, sem muitas janelas, cercada por campos de estacionamento.” A igreja foi construída em um local estreito e inclinado. Os congregados podiam entrar por cinco portas diferentes em andares diferentes. Os adoradores tendiam a encontrar apenas membros que estacionavam na mesma zona. Os convidados chegavam ao local e olhavam perplexos para o prédio, perguntando-se onde ficava a porta da frente. “Os membros da igreja nunca se sentiram conectados”, diz Hart. “Eles nunca sentiram que o prédio tinha um coração.” A tarefa de design da LPA era criar uma entrada óbvia e atraente para a igreja evangélica de Orange County, com um espaço onde os membros gostariam de sair e se envolver com outras pessoas antes ou depois dos cultos. Eles também precisavam de espaço adicional para eventos e atividades para acomodar diferentes grupos e a comunidade. Oito arquitetos na década anterior tentaram em vão criar um projeto atraente que funcionasse dentro do orçamento limitado da igreja e das restrições do código local. Para a igreja, a paciência era uma virtude.
Para ajudar a manter os custos baixos, os designers da LPA tiveram a ideia de adicionar um grande pavilhão ao ar livre com uma cafeteria, chamada Awaken, perto da entrada. Awaken é uma versão reforçada de um café muito menor que existia anteriormente no terceiro andar da igreja. O pavilhão do primeiro andar acrescentou cerca de 6.000 pés quadrados à igreja existente de 110.400 pés quadrados. Ao criar um espaço “ao ar livre”, os designers foram capazes de adicionar metragem quadrada utilizável, ao mesmo tempo em que atendem aos requisitos de planejamento e código da cidade.
O espaço do pavilhão apresenta portas de vidro dobráveis e janelas inclinadas fixadas em uma posição aberta para maximizar o fluxo de ar fresco e permitir que a entrada seja protegida após o expediente ou reconfigurada como um espaço completamente aberto durante o dia. O teto traz tons quentes de madeira e possui grandes ventiladores para manter o ar circulando. Uma parede de vídeo gigante com alto-falantes é integrada ao espaço para transmissão de serviços e atividades.
Um elemento da visão da igreja era a necessidade de uma característica icônica que atraísse as pessoas para a instalação. A resposta do projeto foi uma cruz iluminada de 70 pés de altura apoiada por uma parede monumental de concreto moldado no local do lado de fora da nova entrada. “É a coisa mais alta que existe e destina-se a localizá-lo e atraí-lo”, diz Hart. “Ele ancora e aterra o novo pavilhão de entrada.” Uma fina linha de iluminação LED ao longo da borda da cruz a ilumina à noite.
“A escala da cruz era tanto sobre a fé quanto sobre encontrar o caminho”, diz Hart. Os membros da igreja imediatamente abraçaram o pavilhão e a cafeteria, inaugurados no início de 2020, como locais de encontro informal e locais de eventos. Os pais costumam parar para conversar e tomar uma xícara de café depois de deixar seus filhos na escola primária afiliada da igreja. A natureza interna-externa do pavilhão o torna um espaço perfeito para atividades voltadas para os alunos. E, durante a pandemia, os espaços permitiram que a igreja mantivesse seu senso de comunidade e realizasse reuniões menores em um ambiente seguro e ao ar livre. O pavilhão pode acomodar confortavelmente 200 pessoas bem espaçadas.
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Olá!
Aqui está um desafio que vai fazer você rir e cantar. Mas o segredo dessa atividade é:
ler sem cantar.
Então, vamos começar?
Desconheço o autor!
Duvido você ler sem cantar!!
Eu li cantando...
Kkkkkk
1- *QUANDO VOCÊ NASCEU ?*Eu nasci há dez mil anos atrás. E não tem nada nesse Mundo que eu não saiba demais.
2-*MORA ONDE?
Moro num país tropical, abençoado por Deus,e bonito por natureza...
Que beleza !
3-QUE CONSELHO VOCÊ DARIA ÀS PESSOAS DESANIMADAS?*Canta, canta, minha gente, deixa a tristeza pra lá
Canta forte, canta alto,
que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar,
que a vida vai melhorar.
4- *QUAIS SÃO SEUS SONHOS?
Os sonhos mais lindos sonhei, de quimeras mil um castelo ergui, e no seu olhar, tonto de emoção,
com sofreguidão mil venturas vivi.
5- *COMO CONSEGUE MANTER VIVA A ESPERANÇA DE UM MUNDO MELHOR?*
É o amor,
que mexe com minha cabeça e me deixa assim.
6- *UM FORTE DESEJO:*
Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar.
7- *E O QUE FAZER DEPOIS DA PANDEMIA?*
Vamos dar as mãos,
vamos dar as mãos
e vamos juntos cantar.
8- *DURANTE A QUARENTENA PEDIU SOCORRO PARA QUEM?*
Jesus Cristo!
Jesus Cristo,
Jesus Cristo eu estou aqui.
9- *COMO VENCEU O MEDO?*
Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus, pois ela, ela te sustentará.
10- *QUAL O CAMINHO A SEGUIR?*
Eu vou seguir
uma luz lá no alto
eu vou ouvir
uma voz que me chama
eu vou subir
a montanha e ficar bem *mais perto de Deus e rezar*.
E assim vamos levando a vida a cantar, alegria, Fé, esperança e *Solidariedade* pois estes são os segredos da *FELICIDADE*.
PS: Eu cantei todas! Kkkkk
🌧🎶☔🌧🎵☔🎼🌧🎶☔🎼🌧🎵☔☔🌧
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Romaria do Senhor do Bonfim terá programação presencial com regras para visitação ao santuário G1 > Tocantins / Há 49 minutos  Maior evento religioso do estado tinha sido cancelado em 2020 por causa da pandemia. Igreja vai manter a transmissão online das missas. Igreja estabelece regras para a celebração do Senhor do Bonfim durante a pandemia Após o cancelamento da programação presencial em 2020, por causa da pandemia, a romaria do Senhor do Bonfim voltará a ser realizada neste ano com algumas adaptações. Os visitantes poderão entrar no santuário, mas não será permitido nenhum acampamento de romeiros. A programação será realizada entre os dias 6 e 16 de agosto. O autônomo Elmar Batista Borges diz que vai agradecer por ter superado a Covid-19 após passar 16 dias na UTI. "Além da importância histórica de participar do maior evento religioso do estado do Tocantins, a nossa caminhada é de fé, de esperança e agradecimento ao nosso milagroso Senhor do Bonfim", afirmou. No ano passado, após o cancelamento da programação presencial, as missas foram transmitidas pelas redes sociais e rádios do estado. Na época a Polícia Militar chegou a fazer uma operação para evitar aglomerações na região. Milhares de fiéis se reúnem para homenagem ao Senhor do Bonfim Emerson Silva/Governo do Tocantins Neste ano, como a pandemia ainda não acabou, a programação seguirá com transmissão online, mas também permitindo a presença dos fiéis no santuário. Apenas os restaurantes vão funcionar no povoado. Não haverá venda de bebidas alcóolicas e os romeiros não poderão ficar acampados em barracas. "O uso da máscara é indispensável e ninguém poderá entrar no santuário sem máscara. Nós teremos álcool em gel para os romeiros que forem", disse o padre Leomar Sousa. O acesso à imagem do Senhor do Bonfim, dentro da igreja, também passou por adequações. "Está permitido, nós colocamos marcações no chão para o distanciamento de um romeiro para outro. Nos degraus da rampa que dá acesso à imagem do Senhor do Bonfim nós colocamos uma pia com água e sabão." A Romaria do Senhor do Bonfim é a maior peregrinação religiosa do Tocantins. Na última edição, antes da pandemia, mais de meio milhão de pessoas foram (em Pmw) https://www.instagram.com/p/CSE06z7goNE/?utm_medium=tumblr
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Como a Perseguição aos Gatos pela Igreja Contribuiu para a Disseminação da Peste Negra
A Peste Negra, que devastou a Europa no século XIV, é uma das pandemias mais mortais da história, resultando na morte de milhões de pessoas e mudando para sempre a estrutura social e econômica do continente. Entre os fatores que agravaram a disseminação da peste, há um menos discutido, mas curioso: a perseguição aos gatos pela Igreja Católica. A relação entre a caça aos gatos e o avanço da peste não pode ser subestimada, especialmente quando se entende o papel crucial que esses animais desempenham no controle de roedores, os principais vetores da praga.
O Contexto da Perseguição aos Gatos
Durante a Idade Média, a Europa cristã era profundamente influenciada pela Igreja Católica em todos os aspectos da vida, incluindo crenças e superstições. A partir do século XIII, os gatos começaram a ser vistos com suspeita, especialmente pela Igreja. Os gatos, em particular os pretos, passaram a ser associados com bruxaria, paganismo e demônios. Essa conexão entre gatos e o mal sobrenatural foi alimentada por líderes religiosos, que viam o crescente culto a esses animais, especialmente entre comunidades pagãs e em regiões da Europa Oriental, como uma ameaça à ordem cristã.
A caça às bruxas, que começaria a ganhar força nos séculos subsequentes, já começava a se enraizar na mentalidade europeia medieval. Acreditava-se que as bruxas podiam se transformar em gatos ou usá-los como familiares (criaturas demoníacas que ajudavam em rituais de magia). Assim, os gatos começaram a ser caçados, mortos e eliminados em grandes números.
O Papel dos Gatos no Controle de Pragas
O que os medievais talvez não compreendessem era o papel vital que os gatos desempenhavam no equilíbrio ecológico das cidades e vilarejos. Ao se alimentar de roedores, como ratos e camundongos, os gatos ajudavam a manter sob controle a população desses animais, que eram hospedeiros de pulgas infectadas pela bactéria Yersinia pestis — a causa da peste bubônica.
Com a eliminação dos gatos em muitas regiões, as populações de ratos começaram a crescer descontroladamente, sem predadores naturais para conter seu número. Como os ratos eram os principais vetores da peste, carregando pulgas infectadas que podiam transmitir a doença aos humanos, o aumento no número desses roedores foi um fator que contribuiu para a rápida disseminação da Peste Negra.
A Peste Negra e a Europa
Quando a Peste Negra começou a se espalhar pela Europa em 1347, transportada por mercadores vindos da Ásia Central, ela encontrou um continente já debilitado por fomes e conflitos. A doença, que causava febre alta, inchaço nos gânglios linfáticos (bubões) e morte rápida, rapidamente devastou as populações urbanas e rurais.
A peste se espalhou com uma velocidade aterrorizante. Estima-se que entre 30% a 60% da população europeia morreu durante o surto, com algumas regiões perdendo até 80% de seus habitantes. As condições insalubres nas cidades, a superpopulação e a falta de conhecimento sobre como a doença se propagava facilitaram sua disseminação.
Embora os roedores fossem o vetor principal, a ausência de gatos para controlá-los contribuiu significativamente para a explosão da população de ratos, agravando a disseminação da doença.
A Igreja e a Superstição
A Igreja, embora tenha desempenhado um papel vital na vida espiritual da Europa medieval, também ajudou a perpetuar superstições que, de maneira indireta, contribuíram para a catástrofe da peste. Ao alimentar o medo dos gatos como agentes do demônio ou símbolos de bruxaria, a Igreja inadvertidamente contribuiu para um desequilíbrio ecológico fatal.
A visão de que a peste era uma punição divina também prevaleceu entre os clérigos. Em vez de buscar explicações racionais ou naturais para o surto, muitos líderes religiosos incentivaram penitências públicas, procissões e autos de fé como formas de aplacar a ira divina. Isso não apenas não resolveu a situação, como também muitas dessas práticas coletivas, que reuniam grandes multidões, acabaram facilitando ainda mais a disseminação da doença.
O Impacto da Perseguição e a Longa Recuperação
A caça aos gatos, incentivada pela superstição e pelo medo religioso, foi apenas um dos muitos fatores que exacerbaram a devastação da Peste Negra. No entanto, ela destaca a relação entre práticas culturais e o impacto da ecologia na saúde pública. A Europa medieval demorou séculos para se recuperar dos efeitos da peste, tanto em termos populacionais quanto em estrutura social.
Eventualmente, à medida que as crenças supersticiosas começaram a ser questionadas e o papel dos gatos na caça aos roedores foi redescoberto, a população de gatos voltou a crescer. No entanto, o dano já havia sido feito: a falta de um controle natural de pragas durante o surto de peste ajudou a garantir que a doença se espalhasse de maneira mais agressiva e devastadora do que talvez teria ocorrido se os gatos tivessem sido preservados.
Conclusão
A perseguição aos gatos pela Igreja durante a Idade Média, alimentada por crenças supersticiosas e medo do sobrenatural, inadvertidamente contribuiu para a disseminação da Peste Negra. Ao eliminar um dos principais predadores dos ratos, a Igreja abriu caminho para uma explosão populacional de roedores, que acabaram ajudando a propagar a doença. Este episódio serve como um lembrete de como crenças culturais podem ter consequências ecológicas e de saúde pública profundas, muitas vezes não intencionais.
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Jovem que estudou em casa sem energia elétrica na BA e tirou 980 na redação do Enem passa em medicina na UFRB
Jovem morador de Feira de Santana estudou em uma casa simples, emprestada da amiga, sem energia elétrica e internet, foi aprovado após quatro anos de preparação. Jovem que estudou em casa sem energia elétrica e tirou 980 na redação do Enem realiza sonho e passa em medicina na URFB Arquivo Pessoal O jovem morador de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, que estudou em uma casa simples, emprestada da amiga, sem energia elétrica e internet, foi aprovado em medicina na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) após quatro anos de preparação. Matheus de Araújo Moreira Silva, de 25 anos, quase atingiu a nota máxima na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 com 980 pontos. As aulas do tão sonhado curso de medicina já começaram na segunda-feira (28), inicialmente de forma remota. “Para mim foi surreal, foram oito anos fazendo Enem. Há quatro anos que eu tento fazer medicina, então é um bom tempo estudando”, disse o jovem em entrevista ao G1. Matheus de Araújo Moreira Silva fez o processo seletivo da UFRB por quase um mês e agora, com o resultado positivo, o jovem vai realizar o maior sonho: vai ser o primeiro médico da família e da comunidade quilombola à qual faz parte. “Eu só vou acreditar quando passar essa pandemia e eu poder me mudar para Santo Antônio de Jesus, que é onde tem o polo que eu vou fazer medicina”, contou. “Minha família e minha comunidade quilombola de Antônio Cardoso estão super felizes, porque é o primeiro médico da família, então eles estão em êxtase, em festa, por isso tudo, porque eles viram o meu esforço durante esse período todo. Estão muito, muito alegres”. Jovem que estudou em casa sem energia elétrica e tirou 980 na redação do Enem realiza sonho e passa em medicina na URFB Arquivo Pessoal Com a aprovação desejada, Matheus Silva agora pensa em conseguir formas de se manter no curso e conseguir se formar. A primeira estratégia pensada foi a realização de uma “vaquinha” virtual. Ele também procura um estágio para conseguir uma fonte de renda. “Eu pretendo agora montar uma vaquinha para a manutenção do curso até eu conseguir uma residência universitária e, nesse momento que eu vou ter aulas remotas, quero achar um horário para eu conseguir um estágio, para conseguir um dinheiro e me manter”. Matheus Silva passou em medicina na UFRB Reprodução Entretanto, os problemas futuros, embora pensados agora, ficam em segundo plano, quando o jovem lembra que vai lutar para salvar vidas. “Eu estou bastante honrado em poder fazer o curso que eu irei possibilitar mudanças de vida de várias pessoas. É um sonho se concretizando”, afirmou Matheus Silva. Jovem que estudou em casa sem energia elétrica e tirou 980 na redação do Enem realiza sonho e passa em medicina na URFB Arquivo Pessoal Estudante de escola pública, o jovem sempre desejou estudar medicina desde que concluiu o ensino médio, em 2013. Em 2015, ele foi aprovado no curso de enfermagem na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Mas, depois de dois anos, trancou a faculdade, o que ele considera uma “uma decisão da vida”, e desde 2018 se dedicou a estudar para passar em medicina. Desafios para aprovação Matheus de Araujo Moreira Silva, de 25 anos, moradores de Feira de Santana, na Bahia, tirou 980 na redação do Enem 2020 Arquivo pessoal O jovem, morador de um bairro periférico de Feira de Santana, filho de pais analfabetos, sonhava cursar medicina. Para o vestibular, Matheus precisou superar algumas barreiras. Matheus estudava na biblioteca municipal da cidade, mas com a pandemia, o local precisou ser fechado. Com isso, ele parou os estudos por um período. Segundo o jovem, em casa, com os pais e mais quatro irmãos, não era possível se concentrar. Em julho do ano passado, uma amiga de Matheus emprestou uma casa simples para que ele pudesse estudar. Porém, o local não tinha energia elétrica e ventilação adequada. No novo local de estudos, também não havia internet. Ele precisou assinar um pacote de internet pelo celular. Para o Enem, Matheus estudou sozinho, cerca de seis horas por dia, de segunda a sexta, e também nos finais de semana, por meio de apostilas e videoaulas online. Matheus de Araujo Moreira Silva, de 25 anos, moradores de Feira de Santana, na Bahia, tirou 980 na redação do Enem 2020 Arquivo pessoal Há cerca de dois anos, ele passou a dar aulas de reforço escolar para pessoas do próprio bairro, para gerar renda e pagar as apostilas e plataformas de preparação para o Enem. Com a pandemia dando sinais de que não iria passar, o jovem passou a estudar de máscara, mesmo sozinho na casa emprestada, para simular o cenário encontrado pelos candidatos no dia da realização da prova. Matheus de Araujo Moreira Silva, de 25 anos, moradores de Feira de Santana, na Bahia, tirou 980 na redação do Enem 2020 Arquivo Pessoal Ao G1, em abril deste ano, Matheus Silva foi enfático ao ser questionado sobre os planos caso não passe em medicina: “O ano da minha aprovação é esse”. Na oportunidade, ele também chegou a lançar uma “vaquinha” virtual para arrecadar dinheiro para comprar um notebook e outros materiais de estudos. Após a repercussão da reportagem, o jovem ganhou o objeto desejado por meio de doação. “Você tem que acreditar nos seus sonhos, porque se você não acreditar, ninguém vai acreditar. Tem uma frase que sempre utilizo: a educação modifica vidas, assim como Jesus modifica o nosso interior. Focar, acreditar e ter fé, que em algum momento, a vitória vai chegar”, disse na época, Matheus. Veja mais notícias do estado no G1 Bahia. Assista aos vídeos do G1 e TV Bahia
Ouça ‘Eu Te Explico’
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Como evitar a sequela emocional do novo coronavírus
O novo coronavírus desafia nosso equilíbrio emocional e nos desafia a fortalecer nosso espírito para seguir em nossa jornada evolutiva.
A pandemia nos separou, mas também nos uniu.
Uma das sequelas que a pandemia do novo coronavírus está deixando, mesmo para quem não contraiu a covid-19, é o abalo no sistema emocional.
O medo de ficar doente ou de não se recuperar; o estresse com o trabalho e o sustento; a ansiedade por ter que mudar os hábitos de vida e adequar-se a novas regras; a solidão de quem mora sozinho e o desgaste…
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#emoções durante pandemia coronavírus#manter a fé#Marianne Williamson#Noemi C. Carvalho#pandemia e tristeza#relacionamentos na pandemia#superar emoções negativas coronavírus#superar momentos difíceis
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Justiça derruba liminar que permitiu reabertura do comércio em Araraquara
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou neste sábado, 27, a liminar que tinha considerado ilegal o decreto municipal de Araraquara que impede o atendimento presencial no comércio. Com isso, os estabelecimentos permanecem fechados na cidade do interior paulista. Ao longo da manhã, houve tumulto no centro da cidade: alguns comerciantes tentavam reabrir o comércio e fiscais do município orientavam que, de acordo com o decreto estadual, deveria permanecer fechado. Diante da tentativa de agressão a fiscais, a polícia militar foi acionada.
A decisão deste sábado derruba a liminar concedida na sexta pela 1ª Vara da Fazenda de Araraquara e considera que, conforme determinou o Supremo Tribunal Federal (STF), Estados e municípios podem estabelecer medidas mais rigorosas buscando conter a pandemia do novo coronavírus. Também destacou a situação crítica que o município de Araraquara viveu recentemente, com seu sistema de saúde colapsado – quadro alterado após a adoção de lockdown.
Enquanto a liminar requerida pela Associação Comercial e Industrial de Araraquara (Acia) estava valendo, cinco estabelecimentos comerciais foram autuados pela fiscalização municipal durante a manhã ao insistirem em manter o atendimento presencial. A multa é de R$ 6 mil reais. “Alguns agiram de boa-fé achando que poderiam estar abertos em razão da liminar e fecharam ao serem orientados, sem autuação. O decreto estadual estava em vigor porque não foi alcançado pela decisão do juiz substituto de Araraquara”, afirma o Coronel João Alberto Nogueira, secretário de Cooperação de Assuntos de Segurança Pública de Araraquara. Segundo Nogueira, outras pessoas aproveitaram o momento da fiscalização para provocar tumulto e houve aglomeração. A Polícia Militar foi acionada para garantir que as agressões verbais aos fiscais não se estendessem para agressões físicas. Decretos municipal e estadual proíbem que o comércio funcione de forma presencial.
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*Com Agência Estado
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A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) esteve sempre de portas abertas no segundo confinamento, nos últimos dois meses. Fiéis dizem que nada substitui a oração em comunidade.
Quando foi decretado o segundo confinamento, a 15 de janeiro, a IURD fez tudo para manter os cultos e estar próxima dos fiéis. Aumentou o número de celebrações religiosas diárias presenciais, reduziu a lotação máxima a 25%, marcou lugares, começou a medir a temperatura e pedir a desinfeção das mãos à entrada e a limpar com mais regularidade o espaço. Nada nas restrições decretadas pelo Governo, há dois meses, impedia as comemorações, mas católicos, muçulmanos e comunidade israelita, por exemplo, optaram por suspender os cultos presenciais.
São 10.00 horas, sexta-feira, e na IURD, na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, o salão principal da igreja está preparado para celebrar o "culto de libertação", uma espécie de "exoneração do pessimismo, da inveja, e outros males", explica o bispo Filipe Santos ao JN, poucos minutos antes de começar a missa. Lá dentro, no imponente espaço, que em tempos foi auditório do Cinema Império, estão quase 40 fiéis, mas há lugar para 1800. Há uma ou duas pessoas por fila de cadeiras, separadas umas das outras por várias dezenas de lugares.
Numa comemoração de uma hora, ungem-se rosas com água consagrada, levantam-se as mãos e o olhar em direção à cruz e clama-se por "coragem, paz e ânimo", para que "todo o mal, angústias e tristezas, pesos alimentados pelo inferno, saiam do corpo, desse coração, dessa vida". Cada fiel vai expressando-se e gesticulando num ritual muito individual, rezas abafadas pelas preces e vontades gritadas pelo sacerdote, um momento quase catártico. Durante a celebração todos utilizam máscara de proteção individual e, no final, a saída é feita por duas portas para evitar ajuntamentos. Há dispensadores com gel desinfetante em várias partes do edifício e nas casas de banho as toalhas de pano foram trocadas por papel, outra medida para reduzir o risco de contágios por covid-19.
Cá fora, no final da missa, já não há espaço para muitas conversas. "Acaba o culto e os fiéis vão embora. Antes da pandemia ficavam mais à porta a falarem, mas também alertamos para não se criarem aglomerados e respeitaram", explica o bispo Filipe Santos. Uma mudança que não os atrapalha, porque "o mais importante é o momento de união que se vive lá dentro", explica Ana Ferreira, que esteve presente na celebração de sexta-feira.
"A fé tem de ser congregada"
A fiel frequenta a igreja há 30 anos e diz que "era impensável" deixar de vir. "Em muitas igrejas não tem sido possível celebrar, talvez por serem mais pequenas. Aqui felizmente sim, pois em termos de higiene cumprem os requisitos. É muito importante continuar a vir porque a fé tem de ser congregada. Sentimo-nos melhor aqui", partilha. Para Célio Mesquita, em tempos "tão difíceis" de pandemia como aqueles que vivemos, "a fé cura e liberta". Elanes Silva também realça vários aspetos positivos das celebrações presenciais.
"É importante estar presencialmente, saio mais aliviada e em paz. No primeiro confinamento senti muito a falta destes cultos. A igreja também continua a ter despesas e as nossas ofertas são fundamentais para se manterem nesta fase complicada", explica. Além disso, acrescenta, "sinto-me segura aqui". "Preocupa-me mais o metro e os autocarros, que andam sempre cheios", repara.
A IURD, que se diz evangélica e neopentecostal, esteve encerrada no primeiro confinamento, tendo as celebrações coletivas passado a ser comemoradas nas redes sociais e por estações de rádio nessa altura. Desde 31 de maio do ano passado, quando voltaram a ser permitidas, reiniciaram os cultos "nunca mais os tendo interrompido" e mantiveram a transmissão on-line para quem ainda não se pode deslocar à igreja.
"Durante a pandemia, a IURD não perdeu fiéis, apenas a ausência de alguns por pertencerem a grupos de risco ou por terem tido um familiar infetado. Por conta das circunstâncias do momento, alguns veem-se temporariamente impossibilitados de frequentar os cultos. A diminuição do transporte público e a proibição de circulação entre concelhos também tem dificultado as deslocações e consequentemente a participação presencial", explica em resposta escrita.
A IURD designou ainda um responsável "a cada três a quatro igrejas" para as visitar com frequência e certificar que as normas da Direção Geral de Saúde estão a ser cumpridas.
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Gilmar Mendes vota para manter decreto que proíbe cultos religiosos
Após voto do ministro, julgamento foi suspenso e será retomado amanhã
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou hoje (7), para manter a validade do decreto do governo do estado de São Paulo que proibiu a realização de cultos religiosos, como medida de prevenção à disseminação da covid-19. Após o voto do ministro, único proferido na sessão, o julgamento foi suspenso e será retomado amanhã (8). Mais dez ministros devem votar sobre a questão.
A Corte começou a julgar se mantém a decisão individual do ministro, que é relator do caso. Na segunda-feira (5), Mendes negou pedido do PSD para suspender o decreto.
A decisão que será tomada também deve pacificar a questão. Em outra decisão, o ministro Nunes Marques atendeu ao pedido de liminar feito pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) e liberou a realização de cultos, desde que os protocolos sanitários sejam respeitados.
Ao reafirmar sua manifestação, Gilmar Mendes votou a favor da validade do decreto por entender que a medida é temporária e necessária diante da pandemia de covid-19. Para o ministro, a liberdade de realização de cultos não é absoluta.
“É possível afirmar que há um razoável consenso na comunidade científica no sentido de que os riscos de contaminação decorrentes de atividades religiosas coletivas são superiores ao de atividades econômicas, mesmo aquelas realizadas em ambientes fechados”, afirmou.
Durante o julgamento, a procuradoria do estado de São Paulo afirmou que o direito de culto é fundamental, mas o direito à vida deve ser preservado. São Paulo também argumentou que a proibição de cultos é medida temporária para garantir o distanciamento social.
AGU
O advogado-geral da União, André Mendonça, afirmou que a Constituição Federal não compactua com o fechamento absoluto de templos religiosos. Mendonça argumentou que o STF não deu um “cheque em branco” para governadores e prefeitos determinarem qualquer tipo de medida contra a covid-19.
“Sabemos que o STF delegou aos estados o poder de estabelecer medidas restritivas às atividades da comunidade, mas até que ponto essa delegação foi um cheque em branco? O governador e o prefeito pode fazer qualquer medida sem sequer passar pelo Poder Legislativo local? Não existe controle? Não se tem que respeitar a proporcionalidade? Não se impedem medidas autoritárias e arbitrárias? Se autoriza rasgar a Constituição? Se autoriza prender um vendedor ambulante de água e espancá-lo no meio da rua, enquanto em grandes supermercados isso [venda] é feito legitimamente? Por que o pobre não pode vender bens de primeira necessidade?”, questionou o AGU.
Durante sua sustentação, André Mendonça também criticou medidas de toque de recolher adotadas por prefeitos e governadores. “Medida de toque de recolher é incompatível com o Estado Democrático de Direito. Não é medida de prevenção à doença, é medida de repressão própria de Estados totalitários”, afirmou.
PGR
O procurador-geral da República, Augusto Aras, também defendeu o funcionamento de templos religiosos, desde que sejam respeitados os protocolos sanitários. Para o procurador, o estado é laico, mas as pessoas têm o direito de professarem sua fé.
“A Constituição Federal, ao dispor sobre a liberdade religiosa, assegura o livre exercício dos cultos religiosos e proteção, na forma da lei. Dessa forma, decretos ou atos meramente administrativos, ainda que decorrentes de uma lei ordinária, podem ter força para subtração de direitos fundamentais postos na lei maior? Parece que não”, afirmou Aras.
*Esta notícia pode ser atualizada a qualquer momento.
*Fonte: Agência Brasil
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Na pandemia, o governo gasta energia tentando impor agenda conservadora
Com 200 000 brasileiros mortos pela pandemia. Nenhuma estratégia definida para pôr em prática um plano nacional de vacinação. Uma economia com 14,1 milhões de desempregados e sem a perspectiva de que reformas estruturantes saiam do papel num futuro próximo. Em meio a esse conjunto gravíssimo de problemas, Jair Bolsonaro praticou um de seus esportes prediletos no litoral paulista durante as férias de fim de ano: provocou aglomerações desnecessárias na praia e desrespeitou as recomendações de prevenção contra o coronavírus. Ao voltar a Brasília, improvisou na entrada do Palácio da Alvorada: “Chefe, o Brasil está quebrado. Eu não consigo fazer nada”, disse ao ser questionado por um apoiador na terça 5, sobre o motivo de não ter cumprido a promessa de alterar a faixa de isenção do imposto de renda.
Em dimensão e complexidade, nenhum outro ocupante do Palácio do Planalto teve desafios do tamanho que se apresentam agora diante do capitão. Causa espanto e preocupação que, em meio a tantas dificuldades, o presidente e os parlamentares mais ligados ao governo tenham decidido que é hora de mergulhar de cabeça na defesa de uma agenda conservadora na moral, nos costumes e na segurança pública. Tentativas de restringir o aborto legal e instituir a chamada Escola sem Partido, entre outras iniciativas que fazem parte desse pacote de ideias deslocadas no tempo e espaço, são caras apenas aos apoiadores mais radicais do bolsonarismo, incluindo sua fiel base evangélica. Caso sejam aprovadas, isolarão ainda mais o Brasil do mundo civilizado. Se não bastasse, um esforço para colocar em discussão esses temas nos dias de hoje a pretexto de que eram promessas da última campanha presidencial representa tirar energia do que realmente importa: a superação das crises sanitária e econômica.
REAÇÃO - Ato contra o aborto em São Paulo: a pressão conservadora tem ameaçado direitos conquistados pelas mulheres –Cris Faga/.
Essa miopia política desastrosa em termos de prioridades pode ser enxergada com clareza na atual disputa pelo comando da Câmara dos Deputados. Para apoiar Arthur Lira (PP-AL), a condição do Palácio do Planalto é que ele coloque em pauta o conjunto principal de temas da agenda conservadora. Expoente do Centrão, núcleo mais fisiológico que atua no Congresso, Lira enfrentará em fevereiro o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), escolhido por Rodrigo Maia (DEM-RJ) para suceder a ele na chefia da Câmara (veja a reportagem na pág. 36). O emedebista ganhou o apoio da oposição ao prometer que não vai abrir espaço a projetos retrógrados, repetindo a estratégia de Maia. Mas Lira aposta no apoio de Bolsonaro e faz um aceno no sentido contrário: recebeu deputados do núcleo mais ideológico e pediu uma lista de projetos que consideram prioritários. Além de propostas que impõem mais restrições ao aborto e que cerceiam a liberdade do professor em sala de aula, foram listadas iniciativas que tratam da redução da maioridade penal, da ampliação do porte de armas e da liberação do homeschooling (educação dos filhos em casa).
Mesmo que esses projetos tenham poucas chances de aprovação, a estratégia dos conservadores radicais é colocá-los em votação, porque com isso eles poderiam inflamar o debate na Casa, ganhar visibilidade política e dar uma satisfação ao eleitorado. Parlamentares experientes dizem que o desempenho ruim dos candidatos ideológicos nos pleitos municipais acendeu um alerta entre os bolsonaristas. Eles se elegeram prometendo uma “revolução conservadora”, mas não conseguiram aprovar ainda nenhum projeto no Legislativo. Lira é conhecido por ser um deputado “cumpridor de palavra” e deu indícios em postagens nas redes sociais de que pretende destravar essa agenda caso seja eleito. “Nós dissemos ao Lira que precisamos de um parceiro. Maia foi um grande antagonista da pauta de costumes”, afirma Carlos Jordy (PSL-RJ).
VITÓRIA - Argentina: manifestantes celebram aprovação de lei que permite interromper gravidez nas primeiras catorze semanas –Juan Ignacio Roncoroni/EFE
O papel de Bolsonaro é manter a cobrança pela agenda e atuar como animador dos radicais. Na semana passada, criticou o Senado argentino por permitir o aborto nas catorze primeiras semanas de gestação e disse que, no que depender dele, isso não vai ocorrer no Brasil. Em dezembro, afirmou que tentará aprovar o excludente de ilicitude, que diminui as punições a policiais que matam em serviço, medida que já foi retirada pelos deputados do pacote anticrime em 2019. “Não são pautas que criam consensos, pelo contrário. Servem para manter o clima de confronto e de polarização crescente”, explica o cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Mackenzie. Para alguns analistas, a agenda dos costumes terá um peso maior em 2022 do que em 2018 para Bolsonaro. Antes, ele se apoiou nos pilares do liberalismo, da antipolítica e do combate à corrupção, mas todos ruíram ao longo do governo. “Bolsonaro precisa manter a tropa mobilizada sem contar mais com essas outras frentes”, diz Eduardo Grin, professor de administração pública da FGV-SP.
Explorar pautas de caráter ideológico é uma muleta para políticos demagógicos e autoritários que tentam manter a popularidade e pautar o debate eleitoral a partir do clima bélico na sociedade. Bolsonaro tem afeição antiga pela agenda. Em quase três décadas, construiu a imagem de um deputado folclórico com propostas absurdas de cunho conservador — de 162 projetos de lei, porém, 113 foram arquivados e apenas dois foram transformados em lei. Desde aquela época, ele mostrava obsessão pelo armamento da população, sugerindo novas redações a artigos de leis que dispõem sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição. Também quis instituir o serviço militar obrigatório para os concluintes da rede de ensino público federal e propôs a realização de laqueadura e vasectomia para fins de planejamento familiar e controle de natalidade.
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ESTRATÉGIA - Bolsonaristas na eleição de 2018: captura do moralismo religioso –Carl de Souza/AFP
Na surpreendente trajetória que transformou o parlamentar folclórico em chefe da nação, a força do rebanho evangélico foi inegavelmente uma das chaves de sua vitória — e explica também a importância que o capitão dá hoje a alguns assuntos. Ele capitalizou como nenhum outro esse apoio e promoveu a maior mistura entre Estado e religião na história recente do país, explicitada pelo slogan de seu governo (“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”). O rebanho só faz crescer. Estimativas mostram que os evangélicos serão maioria no país até 2030 (veja a reportagem na pág. 38). No Congresso, a chamada “bancada da Bíblia” conta hoje com cerca de 140 parlamentares (quase um terço da Câmara). Pesquisa feita pelo instituto americano Pew Research em dezoito países da América Latina, incluindo o Brasil, revela que os evangélicos tendem a ser mais rigorosos com questões morais do que os católicos. Autor do livro Neopentecostais, o professor de sociologia da USP Ricardo Mariano avalia que isso acontece porque lideranças evangélicas têm influência maior sobre os fiéis no plano religioso, moral e político de sua vida. Para ele, parte desse grupo ainda conferiu “base social” e “apelo emocional” ao movimento que se autointitula conservador nos costumes e liberal na economia.
A balbúrdia narrativa que coloca no mesmo balaio o lobby pró-armas, o recrudescimento penal e o fim da “ideologia de gênero” serve à defesa do que é entendido como “família”, um dos pilares do discurso bolsonarista. Para o antropólogo Roberto DaMatta, parte desse conceito traz resquícios da ideia de família do século XIX: patriarcal, religiosa e escravocrata. “A casa (ou a família) é o centro da sociabilidade onde você recebe as regras mais sólidas, tem um nome, é conhecido e está seguro. Já a rua é onde as relações da casa se desfazem e onde imperam o desconhecido, o medo”, diz. “Os legados de longo prazo da escravidão, das hierarquias sociais, da ala conservadora da Igreja Católica e do crescimento dramático dos cristãos evangélicos são a estrutura desse conservadorismo”, acrescenta James Green, diretor da Iniciativa Brasil na Brown University.
O avanço rumo ao retrocesso movido por grupos conservadores não é uma novidade histórica no Brasil. No contexto da Guerra Fria, diante do triunfo da Revolução Cubana e do surgimento de guerrilhas urbanas pela América Latina, milhares de pessoas foram às ruas do país protestar contra o comunismo ateu. As Marchas da Família com Deus e pela Liberdade promoveram o apoio de caráter popular que os militares necessitavam para dar em 1964 um golpe de Estado em João Goulart, introduzindo uma ditadura que durou 21 anos. “O conservadorismo político e social é marca registrada do país”, diz o historiador José Murilo de Carvalho. Um alvo frequente desse movimento é a Constituição promulgada após a democratização, em 1988. Hoje, a ideia ganha voz com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que voltou a defender uma assembleia para elaborar uma nova Carta Magna, sob a alegação de que a atual tem muitos direitos e poucos deveres e torna o país ingovernável. Mas as questões vão muito além da economia. “A Constituição consagrou ou abriu margens para a formalização de propostas avançadas por movimentos identitários que desagradam profundamente ao conservadorismo religioso. Não é estranho, assim, que volta e meia apareçam propostas de revisão”, afirma o historiador Daniel Aarão Reis, da Universidade Federal Fluminense.
O PODER DA FÉ - Bancada evangélica: influente no Congresso –Cristiano Mariz/VEJA
Mesmo assim, ainda que não de forma linear, o saldo das últimas décadas demonstra que o Brasil tem avançado em causas progressistas, principalmente por meio do Supremo Tribunal Federal. No ano passado, por unanimidade, a Corte declarou inconstitucional uma lei de Novo Gama (GO) que vetava a discussão de “ideologia de gênero” nas escolas e derrubou a proibição de doação de sangue por homens homossexuais. “É tradição dos parlamentos serem lentos. E acaba a Corte Constitucional sendo chamada a decidir em conformidade com aquilo que está na Constituição. E a Constituição brasileira é progressista”, diz o ex-presidente do STF Carlos Velloso. O que o Supremo fez, segundo Velloso, foi adequar a Constituição à realidade do que ele chama de tempo presente. Foi assim em outras decisões anteriores, quando, em 2008, a Corte liberou pesquisas com células-tronco embrionárias e, três anos depois, reconheceu a união estável homoafetiva. Em 2012, ainda descriminalizou o aborto de anencéfalos e, em 2019, criminalizou a homofobia.
A despeito desses e de outros avanços, há alguns solavancos no meio do caminho em busca das luzes da civilização, provocadas de tempos em tempos por reações conservadoras. É o que ocorre neste momento. Grupos sociais que acusam uma fantasiosa perda de espaço acabaram capturados pelo reacionarismo personificado na figura de Bolsonaro. “Mudanças sociais recentes, como cotas em universidades públicas, reduziram privilégios das famílias de classe média e média alta brancas, que se voltaram para ideologias conservadoras que argumentam contra essas mudanças”, diz o brasilianista James Green. No Congresso, um grupo liderado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) e formado por parlamentares considerados mais radicais do que a bancada evangélica tenta recolher assinaturas para criar uma frente parlamentar conservadora e fazer avançar essas pautas. É legítimo que Bolsonaro e sua trupe tentem emplacar ideias que venderam na eleição. Mas é altamente questionável que essa seja a preeminência em um momento em que o Brasil afunda numa das maiores crises sanitárias e econômicas de sua história. Se governar é fazer escolhas, como diz a velha máxima da gestão pública, nunca o país se viu diante de tamanho equívoco na eleição de prioridades. O Brasil precisa urgentemente de luzes em meio a tempos tão sombrios. Um governo que governa, na acepção mais elevada do verbo, já seria um ótimo começo.
Publicado em VEJA de 13 de janeiro de 2021, edição nº 2720
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